Minério de Ferro Brasil

Nº PRO.BRA.SSO.079
PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA PARA UTILIZAÇÃO Data de Emissão Data de Revisão
DE EQUIPAMENTOS MANUAIS DE IÇAMENTO
07/04/2014

1 OBJETIVO

Estabelecer as diretrizes e responsabilidades para a operação segura de equipamentos manuais de

içamento na Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil.

2 APLICAÇÃO E ALCANCE

Este procedimento se aplica a todas as áreas da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil e as
contratadas e suas subcontratadas, durante atividades executadas na empresa.

3 REFERÊNCIAS

 POL.BRA.SSO.001 - Política de Segurança e Saúde Ocupacional

 NOR.BRA.CIC.001 - Norma de Gestão de Documentos Normativos
 NOR.BRA.SSO.001 - Norma de Regras Gerais de Segurança
 PRO.BRA.SSO.044 - Bloqueio de Energias
 PRO BRA SSO 048 - Procedimento de Segurança para Movimentação e Içamento de Cargas

4 DEFINIÇÕES

Pau de Carga: é um equipamento fixo ou movel utilizado para suportar talhas, tirfor para elevação e
a movimentação de cargas e materiais utilizados principalmente em obras, manutenção.
Talha Manual: equipamento manual constituído de engrenagens movidas por correntes com a
finalidade de içamento de carga com sua capacidade limitada. A talha manual pode ser acionada por
correntes ou alavanca (macaco corrente).
Tirfor: Guincho manual portátil de cabo passante. Pode elevar, puxar e posicionar cargas ao longo
de uma grande distância. Pode ser utilizado em múltiplas configurações e com grandes extensões de
cabo. As manobras realizam-se com a ajuda de uma alavanca. A capacidade de carga do sistema
Tirfor pode ser aumentada utilizando roldanas de reenvio.

5 RESPONSABILIDADES

5.2 ÁREA DE SEGURANÇA CORPORATIVA

 Definir as diretrizes deste processo e manter este documento normativo atualizado;

5.3 GESTORES

 Assegurar que para todas as atividades com utilização de equipamentos manuais de

içamento possuam os cálculos estruturais necessários à montagem e operação do
equipamento;
 Assegurar que os equipamentos de içamento manuais e acessórios estejam rastreados com a
cor do mês e em boas condições de uso e com a manutenção em dia;

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 Assegurar que somente pessoas capacitadas e autorizadas utilizam equipamentos de

içamento manuais;
 Disponibilizar o manual de operação do equipamento de içamento manual para os operadores
envolvidos.

5.5 OPERADOR DE EQUIPAMENTO DE IÇAMENTO MANUAL

 Seguir os procedimentos de montagem, fixação do equipamento de içamento manual e

amarração de carga, conforme estabelecido pelo profissional habilitado;
 Realizar inspeção no equipamento antes de sua utilização;
 Emitir a Permissão de Trabalho para Equipamentos Manuais de Içamento, conforme Anexo 1
deste procedimento;
 Isolar e sinalizar a área durante a movimentação de cargas;
 Comunicar qualquer desvio ou avaria detectada no equipamento de içamento manual ou seus
acessórios à sua supervisão imediata;
 Somente utilizar equipamento de içamento manual dentro dos seus limites de carga e nunca
sobrecarregar o equipamento;
 Comunicar todas as partes interessadas o início da operação de içamento;
 Permanecer no comando da operação durante todo o tempo de utilização do equipamento.

5.4 ÁREA DE SSO LOCAL

 Assegurar que os perigos relacionados à utilização de equipamentos manuais de içamento

estejam contemplados na avaliação de riscos do site;
 Elaborar e manter programa de inspeções de segurança nas atividades de operação de
equipamentos manuais de içamento;
 Realizar inspeções periódicas nas atividades de operação de equipamentos manuais de
içamento.

6 DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO

A utilização de equipamentos manuais de içamento de cargas como talha de corrente, guincho de

alavanca e tirfor deve ser precedida de análise de riscos que contemple pelo menos os critérios de
montagem, cálculos dos limites de carga e avaliação do local de utilização.
Antes do início da utilização de qualquer equipamento manual para içamento, o operador deve
realizar uma inspeção no equipamento e nos acessórios a serem utilizados e somente iniciar a
atividade após se certificar de que o equipamento e acessórios estão dimensionados corretamente e
estão isentos de avarias.
Se durante a inspeção do equipamento manual para içamento e seus acessórios o operador observar
alguma avaria que possa comprometer a segurança da operação, este deve comunicar ao seu
supervisor imediato, que deve providenciar a substituição do item defeituoso ou encaminhá-lo à
manutenção.

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6.1 UTILIZAÇÃO DE TALHA DE CORRENTE

Modelo de Talha Manual de Corrente Modelo de Talha Manual de Corrente com

acionamento manual por alavanca

O trabalho com as talhas manuais é muito simples e seguro, porém pode acarretar situações de
perigo se os operadores destes equipamentos não o fizerem cuidadosamente e com
responsabilidade. Portanto, as talhas devem ser operadas somente por pessoas especificadamente
selecionadas e treinadas, que tenham alto grau de responsabilidade e bom entendimento do
funcionamento das talhas.
A seguir seguem os cuidados a serem tomados pelo operador durante a operação de talha manual
de corrente.
 Antes de iniciar a operação de içamento, o operador deve se certificar exatamente da carga a
ser levantada, a qual não deverá em hipótese alguma, ultrapassar a capacidade nominal da
talha.

 A estrutura de fixação da talha deve ser definida por profissional habilitado, mediante
avaliação de risco e cálculo estrutural.
 Antes de iniciar a operação, o operador deve verificar se a altura de elevação descrita na
placa de identificação da talha é suficiente para levantar ou abaixar a carga.

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 O operador deve observar se operação não colocará em risco pessoas que estejam na área e
tomar as medidas necessárias de isolamento da área.
 O operador deve se manter focado em todas as etapas da operação da talha e deve evitar
que sua atenção seja desviada por outras tarefas ou motivos.
 Todos os movimentos da talha devem ser testados pelo operador antes de iniciar o trabalho.
Caso algum comando não esteja funcionando satisfatoriamente, ajustes ou reparos tornam-se
necessários devendo o operador comunicar prontamente o responsável pela manutenção do
equipamento.
 O operador deve situar-se em local seguro, de acesso fácil à corrente de acionamento,
alavanca ou botoeira de comando, e que lhe permita boa visão da talha e da carga.
 A corrente da talha não pode ser enrolada na carga (figura abaixo). A carga deve ser fixada
diretamente ao gancho da talha, ou através de lingas e/ou estropos e outros meios adequados
ao manuseio, cuidando-se para que não haja possibilidade de deslizamento, mesmo quando a
carga oscilar nas partidas e paradas.

 O operador deve cuidar para que as correntes da talha não sejam retorcidas durante a
operação, mantendo-as sempre alinhadas, conforme figura abaixo.

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 A carga não deve ser elevada mais que alguns centímetros até se constatar que está
devidamente balanceada nos laços ou nos meios de manuseio da carga.
 O operador deve cuidar para que a corrente não esteja retorcida, e, no caso de moitões, que
os ramais da corrente não estejam enrolados entre si ou que o moitão não tenha sido passado
entre as correntes.
 O operador deve verificar se a carga não está impedida de ser movimentada por qualquer
obstrução.
 O operador deve assegurar que a talha esteja alinhada acima da carga, de tal forma que o
içamento seja feito verticalmente, conforme figura abaixo, sem arrastes que possam danificar
a talha, o trole, além dos elementos de fixação.

 As talhas não devem ser usadas para transporte de pessoas e não podem ser operadas
passando as cargas acima das pessoas.
 Caso a talha opere regularmente com cargas pequenas em relação a sua capacidade
nominal, ou seja, menos de 10% de sua capacidade, o operador deve testar os freios cada
vez que operá-la com uma carga próxima da nominal, levantando a carga um pouco acima do
piso, e verificando a ação do freio, pois os ensaios de frenagem são feitos com 10%, 100%,
150% ao valor nominal da carga conforme a norma NBR 10402.

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 O operador não deve abandonar a carga suspensa pela talha, a menos que sejam tomadas
as devidas precauções de bloqueio, conforme procedimento de bloqueio de energias.
 A corrente de acionamento deve estar sempre ao alcance da mão do operador quando estiver
manipulando a carga.
 O dispositivo de segurança da talha não deve ser utilizado pelo operador para limitar o
percurso do gancho. Não é permitido alterar a posição do fim de curso sem a aprovação
formal do fabricante do equipamento.
 Na utilização de lingas, o operador deve assegurar que o ângulo máximo de trabalho não
exceda 45°.

 O operador não deve içar a carga com inclinação excessiva da corrente.

 Ao utilizar a talha em conjunto com trole o operador não deve permitir a ocorrência de
choques do trole contra os batentes fim de curso da monovia, pois, isso pode ocasionar danos
na talha e no trole.
 Não se deve utilizar duas talhas para operar em conjunto a mesma carga, porém em extrema
necessidade deve-se realizar uma avaliação de riscos específica e o fabricante das talhas a
serem utilizadas deve ser consultado.
 O responsável pela a operação deve assegurar uma comunicação entre as partes envolvidas
durante toda a atividade;
 Durante o içamento deve-se utilizar cordas guias e não tocar na carga durante o içamento.

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6.2 UTILIZAÇÃO DE TIRFOR

A sua atividade baseia-se no princípio do arraste do cabo. Em vez de se enrolar num tambor como
nos diferenciais clássicos, é arrastado de maneira retilínea por duas maxilas da mesma forma que
duas mãos puxam uma corda. O esforço transmite-se às alavancas de manobra (marcha à frente ou
marcha atrás) por meio de uma alavanca telescópica extraível.
O tirfor tem previsto um sistema de amarração (gancho ou cavilhão de amarração) que se pode fixar
rapidamente a qualquer ponto que tenha resistência suficiente.
Antes da utilização do tirfor, o operador deve conhecer o manual de operação do equipamento e
proceder de acordo com as suas indicações.
O manual de operação do tirfor deve estar à disposição do operador no local da sua utilização.
Somente pode operar utilizar um tirfor pessoas qualificadas e formalmente autorizadas pela empresa.
As possibilidades de montagem estão indicadas nas figuras abaixo.

Toda amarração/fixação de um tirfor em qualquer estrutura, deve ser feito um cálculo de forças
aplicadas por um profissional habilitado. Este cálculo deve ser incorporado à avaliação de riscos da
atividade e todos os envolvidos na atividade devem conhecer os limites de carga da estrutura e do
tirfor.
Recomenda-se especialmente em caso de elevação, que o comprimento do cabo seja superior ao do
percurso a efetuar. O operador deve prever, no mínimo, um metro de cabo suplementar que deve
ultrapassar o cárter do aparelho pelo lado da amarração. Nunca deixar que um cabo em tensão roce
num obstáculo e utilizar somente roldanas de diâmetro adequado. Nunca deixar o cabo exposto a
uma temperatura superior a 100° nem aos efeitos de agentes mecânicos ou químicos.
Pelo menos uma vez por ano e/ou sempre que for detectado mau funcionamento e fadiga de seus
componentes, o tirfor deve ser encaminhado para manutenção nas oficinas indicadas pelo fabricante.
O operador nunca deve utilizar um tirfor cuja aparência seja duvidosa. O operador deve eliminar
qualquer cabo de aço deteriorado e somente utilizar o equipamento e seus acessórios após se
certificar que todos estão íntegros e em boas condições de segurança.
Todos os equipamentos manuais de içamento e seus acessórios devem ser inventariados pela
empresa e, quando eliminados por qualquer motivo, o registro do seu descarte deve ser mantido para
assegurar a rastreabilidade.
O tirfor somente pode ser utilizado para elevação e tração de materiais. Nunca deve ser utilizado para
elevação de pessoas.
Sempre se deve trabalhar com o tirfor com uma carga ou esforço inferiores à carga máxima prevista.

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O operador deve verificar  sempre, antes do trabalho, se os pontos de amarração do tirfor, as lingas e
o cabo possuem resistência suficiente  para o esforço previsto (elevação ou tração).
Não se deve utilizar o cabo do tirfor como  linga, fazendo-o passar à volta de um material e fixando-o
com o gancho.
Em hipótese alguma é permitido apoiar a carcaça do tirfor em lajes, pisos ou outras estruturas.

O cabo de aço deve ser enrolado em dispositivos apropriados e armazenado em locais que não
causem sua deterioração.
A equipe deve assegurar uma comunicação entre as partes envolvidas durante toda a atividade.
Durante o içamento deve-se utilizar cordas guias e não tocar na carga durante o içamento.
O tirfor possui um sistema de fusíveis de segurança degoláveis. Com carga excessiva um ou vários
fusíveis (a depender do modelo) situados na alavanca de marcha à frente degolam-se, tornando
impossível o acionamento. Em caso de acionamento do fusível, o operador deve interromper a
atividade imediatamente, liberar a carga de modo que toda a energia seja desprendida, e encaminhar
o tirfor para a manutenção.
A desmontagem ou qualquer manutenção no tirfor somente pode ser realizada por pessoa
qualificada e as peças originais não podem ser substituídas por peças de outra procedência. Da
mesma forma, os fusíveis não podem ser substituídos por outras peças que não sejam os fusíveis
tifor do mesmo  modelo.
Para ter garantia de segurança de funcionamento do tirfor, é essencial utilizar exclusivamente cabo
tirfor fabricado especialmente para estes aparelhos. Os cabos tirfor têm um dos cordões de cor roxa,
visível quando novos. Numa das extremidades o cabo leva um gancho de segurança montado dentro
de um olhal equipado com sapatilha e fechado por manga prensada. A outra extremidade do cabo
termina numa ponta soldada por fusão e batida, conforme figura abaixo.

O bom estado do cabo e do tirfor são garantia de segurança. Porém, é necessário cuidar do estado
do cabo, sendo necessário limpá-lo e lubrifica-lo com produtos recomendados pelo fabricante.

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O cabo deve ser inspecionado diariamente pelo operador para poder detectar possíveis indícios de
deterioração (deformação, ruptura de fios). Se detectar uma evidente deterioração, o operador deve
solicitar que uma pessoa qualificada avalie a integridade do cabo. Os cabos que por desgaste
tenham diminuído o seu diâmetro em 10% devem ser eliminados (medir como se indica na figura
abaixo).

6.3 UTILIZAÇÃO DO PAU DE CARGA

A sua utilização resume-se a locais onde não haja recurso físico instalado para instalação de talha e
ou tirfor.
O uso deste dispositivo é permitido desde que seja precedido de projeto, cálculo de resistência de
carregamento e ART (Análise de Responsabilidade Técnica) elaborado por responsável técnico.

6.4 VERIFICAÇÃO / AUDITORIA

As atividades com utilização de equipamentos manuais de içamento devem ser auditadas

periodicamente a fim de assegurar que as mesmas estão estruturadas de acordo com as
necessidades do site/empresa.

6.5 CONTROLE DE REGISTROS

Todos os registros relacionados à utilização de equipamentos manuais de içamento devem ser

mantidos no site/empresa, conforme procedimento de controle de registros de SSO.

7 ANEXOS

O arquivo listado abaixo esta disponível no documento PRO.BRA.SSO.079.A - Anexos do

Procedimento de Segurança para Utilização de Equipamentos Manuais de Içamento:

 Anexo 1 - Permissão de Trabalho para Equipamentos Manuais de Içamento

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8 HISTÓRICO DO DOCUMENTO

Nº da Revisão Data Revisado Por Descrição

Contribuidor Gestor do Processo Controles Internos e Compliance

Nome: Marco Zanon Nome: Edson Covic Nome: Luciana Flores
Cargo: Coordenador de SSO Cargo: Gerente de SSO Cargo: Analista de Controles Internos &
Compliance

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