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PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA PARA TRABALHO A Data de Emissão Data de Revisão


QUENTE
17/07/2013 19/03/2015

1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mínimos e indicar as medidas de proteção coletivas e individuais


necessárias à eliminação ou neutralização dos riscos nas atividades de trabalho a quente, na
Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil.

2 APLICAÇÃO E ALCANCE

Este procedimento aplica-se a todas as áreas da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil e as
contratadas e suas subcontratadas, durante atividades executadas na empresa.

3 REFERÊNCIAS

 POL.BRA.SSO.001 - Política de Segurança e Saúde Ocupacional


 NOR.BRA.CIC.001 - Norma de Gestão de Documentos Normativos
 PRO BRA SSO 010 - Procedimento de Gerenciamento de Perigos, Riscos e Controles
 PRO.BRA.SSO.015 - Procedimento de Análise Preliminar de Riscos da Tarefa e Individual
 PRO.BRA.SSO.031 - Procedimento de Controle de Registros de SSO
 PRO.BRA.SSO.045 - Procedimento de Permissão de Trabalho

4 DEFINIÇÕES

Análise Preliminar de Riscos (APR): estudo de cada etapa de uma determinada atividade com foco
na identificação dos riscos associados e o estabelecimento de medidas de controle capazes de
eliminar esses riscos ou reduzi-los a níveis aceitáveis.
Autorização de Trabalho a Quente (ATQ): é a autorização emitida pelo gestor da área em conjunto
com a área de SSO, através do formulário específico (Anexo 4), contendo informações importantes a
serem checadas e avaliadas antes da execução da atividade.
Área Classificada: área especialmente definida por possuir riscos de explosão, devido a possível
presença e liberação de material inflamável, possibilitando assim a formação de atmosfera explosiva
no local delimitado, havendo a possibilidade, em caso de existência de uma fonte de ignição, haver a
explosão desta atmosfera e todas as suas consequências.
Aterramento elétrico: ligação à terra que assegura a fuga das correntes elétricas indesejáveis.
Combustão: reação química de oxidação, exotérmica, favorecida por uma energia de iniciação,
quando os componentes, combustíveis e oxidante (geralmente o oxigênio do ar) se encontram em
concentrações apropriadas.
EPC: Equipamento de Proteção Coletiva.
EPI: Equipamento de Proteção Individual.
Faixa de Inflamabilidade (mistura inflamável): concentração do gás ou vapor inflamável, em
mistura com o ar, situada entre o limite inferior de explosividade (L.I.E.)  e o limite superior de
explosividade (L.S.E.).
Fumos: vapores provenientes da combustão incompleta de metais.

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GLP: Gás Liquefeito de Petróleo.


Líquido Combustível: todo produto que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70 °C e inferior a
93,3 °C.
Líquido Inflamável: todo produto que possua ponto de fulgor inferior a 70 °C e pressão de vapor
absoluta que não exceda a 2,8 kgf/cm², a 37,7 °C.
Mistura Pobre: mistura de gás ou vapor inflamável com o ar abaixo do L.I.E.
Mistura Rica: mistura de gás ou vapor inflamável com o ar acima do L.S.E.
Ponto de Autoignição: menor temperatura na qual os gases ou vapores entram em combustão pela
energia térmica acumulada (ondas de calor).
Ponto de Combustão: menor temperatura, poucos graus acima do ponto de fulgor, na qual a
quantidade de vapores é suficiente para iniciar e manter a combustão (somente para líquidos e
sólidos).
Ponto de Fulgor: menor temperatura de um líquido ou sólido, na qual os vapores misturados ao ar
atmosférico, e na presença de uma fonte de ignição iniciam a reação de combustão.
Pressão de Vapor: a pressão a uma temperatura na qual um líquido que ocupa, parcialmente, um
recipiente fechado tem interrompida a passagem de suas moléculas para a fase vapor. É a pressão
que o vapor exerce sobre seu liquido, de modo a não haver mais evaporação.
Temperatura Crítica: temperatura característica de cada gás, acima da qual não existe fase líquida
dentro do cilindro.
Tulipa - Capacete de proteção da válvula de cilindro pressurizado, normalmente utilizados para
transportes.

5 RESPONSABILIDADES

5.1 ÁREA DE SSO CORPORATIVA

 Definir as diretrizes deste processo e manter este documento normativo atualizado.

5.2 ÁREA DE SSO LOCAL

 Definir e manter um programa de inspeção de segurança nos trabalhos a quente;


 Verificar periodicamente o cumprimento dos requisitos de SSO para trabalho a quente;
 Disseminar no site a existência de boas práticas operacionais nos trabalhos a quente;
 Fazer a liberação de todo trabalho a quente fora dos pipe shop, se valendo dos instrumentos
de medição e registrando os dados na Autorização de Trabalho a Quente;
 Arquivar a documentação física do processo de trabalho a quente.

5.3 GESTORES

 Assegurar que as atividades de trabalho a quente somente sejam realizadas em sua área por
trabalhadores treinados, qualificados e autorizados neste PRO e seus anexos;
 Identificar as condições perigosas relacionadas a trabalhos a quente, avaliar os riscos e
estabelecer os controles operacionais suficientes para controle dos riscos, preenchendo a
Autorização de trabalho a Quente (Anexo 4);

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 Assegurar que toda máquina de solda ao adentrar o empreendimento seja vistoriada por um
eletricista para garantir que a ligação elétrica da mesma esteja compatível com as exigências
da empresa;
 Assegurar a capacitação dos colaboradores de sua equipe na realização de trabalho a
quente;
 Estabelecer critérios para autorização dos colaboradores de sua equipe para realização de
trabalho a quente;
 Assegurar que todos os cilindros de gases possuam os dispositivos de proteção necessários,
tais como manômetros calibrados, válvulas de segurança, proteção das válvulas, etc.;
 Assegurar que todas as medidas de proteção contra incêndio nos trabalhos a quente
realizados pela sua equipe sejam implantadas antes da realização da atividade;
 Assegurar os recursos necessários ao armazenamento, transporte e operação de cilindros de
gases mantidos e operados pela sua equipe;
 Tomar todas as medidas solicitadas pela equipe responsável pelo trabalho a quente em sua
área, tais como, desligamento de equipamentos, remoção ou isolamento térmico de materiais
combustíveis, etc.

5.4 ÁREA RESPONSÁVEL PELO ARMAZENAMENTO DE CILINDROS DE GÁS COMPRIMIDO

 Assegurar que os locais de armazenagem de cilindros de gases sejam mantidos conforme


recomendações do fornecedor do produto;
 Manter os locais de armazenamento de cilindros de gases sob sua responsabilidade
devidamente sinalizados e protegidos contra incêndio;
 Assegurar que os locais de armazenagem de cilindros de gases sejam mantidos conforme
recomendações do fornecedor do produto;
 Manter controle de distribuição de cilindros de gases.

5.5 EXECUTANTE DO TRABALHO A QUENTE

 Ser treinado no PRO de trabalho a quente e seus anexos;


 Realizar avaliação de risco no local de trabalho antes de iniciar o trabalho a quente;
 Inspecionar os equipamentos envolvidos antes de executar o trabalho a quente. Em caso de
irregularidade, comunicar à supervisão imediata e somente prosseguir na atividade após a
correção do desvio identificado;
 Realizar o trabalho a quente somente depois de emitida a Autorização de Trabalho a Quente
com todas as assinaturas pertinentes;
 Solicitar ao SSO a avaliação de explosividade do local de realização da atividade, quando
fora de pipe shop;
 Operar equipamentos somente quando formalmente autorizado pela empresa.
 Consultar profissional especializado sempre que tiver dúvida da existência de um risco ou
situação de desconhecimento de riscos na área.

6 DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO

Trabalhos a quente são todos os trabalhos e tarefas de construção, manutenção e operação que
geram calor e/ou faísca e/ou chama. Por exemplo:

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 Soldagem elétrica ou por chamas;


 Cortes de metais por chama ou eletrodos;
 Trabalho de lixamento/ esmerilhamento;
 Uso de furadeira, aquecedores, etc.
Toda atividade envolvendo trabalho a quente e utilização de cilindros de gases comprimidos deve ser
precedida de análise de riscos para a identificação dos perigos envolvidos e o estabelecimento de
medidas de controle adequadas, conforme o Procedimento de Gerenciamento de Perigos, Riscos e
Controles.
Antes de se decidir por realizar determinada atividade através de trabalho a quente, o responsável
pela atividade deve buscar alternativas, tais como possibilidade do trabalho ser feito na oficina,
conexões rosqueadas ou aparafusadas em vez de soldadas.

6.1 INSTRUÇÕES GERAIS

É obrigatória a realização de APR e ATQ, para todo e qualquer trabalho a quente, em face da
diversidade de riscos ao trabalho e suas áreas adjacentes. A APR deve considerar:
 Verificação periódica das condições do espaço próximas ao local dos trabalhos;
 Controle de tampar ralos, caixas e bocas de visita da rede de águas contaminadas (com
produtos inflamáveis), onde for executado trabalho a quente;
 Necessidade de se instalar extrator de fumos em ambiente fechados ou com pouca
ventilação;
 Prevenção do risco de incêndio em vegetação ou equipamentos próximos ao local da
atividade.

6.2 SEGURANÇA EM TRABALHOS DE SOLDA ELÉTRICA

As máquinas de solda devem ser protegidas contra jatos de água e intempéries, ter cabos elétricos
identificados e disjuntor individual.
Os responsáveis pela execução de solda elétrica devem:
 Conhecer as recomendações de SSO e do fabricante;
 Realizar inspeção na máquina de solda antes da execução da atividade, através do formulário
de inspeção Anexo 5;
 Assegurar o isolamento da área através de biombos/ barreiras confeccionados em material
incombustível;
 Permitir a realização de solda somente em locais secos, sendo proibida a realização de solda
em locais úmidos ou com areia/terra úmidas ou sob piso molhado;
 Atentar para as condições dos cabos, interruptores, botões de controle, cabo-terra e porta-
eletrodo;
 Assegurar que somente o eletricista autorizado execute reparos elétricos na máquina de
solda;
 Assegurar que todas as máquinas de solda estejam inventariadas e tagueadas;
 Assegurar que máquinas de solda não sejam arrastadas ou movidas, quando ligadas e
funcionando;
 Conectar o retorno próximo ao ponto de solda, na mesma peça que está sendo soldada;

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 Assegurar que os cabos para o retorno de corrente não sejam fixados em estruturas ou peças
metálicas distantes, evitando assim possibilidade de faíscas elétricas;
 Assegurar que os cabos de solda não sejam fixados em tubulação que conduz fluidos
inflamáveis ou em eletrodutos;
 Assegurar que a ligação adequada do cabo terra da máquina de solda antes do equipamento
entrar em funcionamento;
 Disponibilizar extintor de incêndio próximo ao local, para todo trabalho a quente;
 Nunca soldar ou cortar sobre ou perto de pintura com spray ou materiais
inflamáveis/combustíveis;
 Desligar a máquina de solda, enrolar os cabos e recolher os eletrodos ao término do serviço.

6.3 SEGURANÇA EM TRABALHOS COM CONJUNTO OXICORTE

Para a utilização de equipamentos de oxicorte, os seguintes cuidados devem ser tomados pelos
envolvidos:
 Proteger todos os materiais que estejam dentro do raio de ação das chamas e centelhas;
 Estocar cilindros de acetileno, oxigênio e GLP em locais apropriados, protegidos de
intempéries e de fontes de calor, além de afastados de locais habitados e de passagem de
pedestres;
 Manter extintor de incêndio próximo ao local da atividade;
 Não estocar cilindros pressurizados em subsolo;
 Transportar cilindros pressurizados somente na vertical, independente do seu conteúdo;
 Não usar chama direta para acender maçaricos, mesmo vazios;
 Transportar e armazenar os equipamentos de solda e oxicorte somente com remoção prévia
das válvulas reguladoras e utilização dos respectivos capacetes;
 Os cilindros de gases portáteis, quando transportados, devem estar presos ao carrinho
apropriado, através de correntes ou haste metálica;
 Utilizar carrinhos de rodas de borracha ou equivalente e sempre amarrados em estrutura
estável;
 Utilizar anéis de borracha para proteção contra atritos nas mangueiras;
 Utilizar somente cilindros com válvulas corta-fluxo e corta-chamas;
 Mangueiras devem ser fixadas através de abraçadeiras e não devem possuir rachaduras;
 Verificar se há vazamentos nos cilindros e conexões antes da utilização de cilindros;
 Quando o conjunto oxiacetileno estiver sem operar, colocar o equipamento no estado de
energia zero, despressurizando as mangueiras e as válvulas na posição de fluxo fechada;
 Usar sempre mangueira adequada ao gás e à pressão de trabalho a que foi destinada e
totalmente sem emendas;
 Proibido contato de óleo ou graxa com qualquer parte do cilindro ou linhas de oxigênio – risco
de explosão e seguida de incêndio;
 Abrir a válvula de regulagem do oxigênio antes da operação por um instante e fechá-la em
seguida. O mesmo deverá ser feito com o gás combustível. Isto eliminará o ar das
mangueiras ou mesmo misturas gasosas existentes no seu interior;
 Usar o maçarico somente para a finalidade a que se destina. Não use seu maçarico como
martelo ou como qualquer outra ferramenta;
 Verificar se o centelhamento ou escória proveniente da solda ou corte não irão cair sobre os
cilindros ou mangueiras. Recomenda-se proteger toda a área adjacente com chapas
metálicas até o chão, ou com material não combustível;

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 Quando realizar trabalho a quente em ambientes que sejam caracterizados como espaço
confinado, que possam ter como consequência a explosão de gases acumulados ou
intoxicação do operador é obrigatória a emissão da Permissão de Entrada em espaço
confinado, conforme PRO.BRA.SSO.046;
 Trabalhos a quente em pisos superiores, a segurança nos pisos inferiores deve ser garantida,
mantendo-se isoldas as áreas abaixo da atividade;
 É obrigatória a utilização de anteparo (biombo) eficaz para a proteção dos trabalhadores
circunvizinhos. Estas proteções devem ser de material não combustível;
 Todo trabalho a quente fora dos pipe shops somente podem ser executados com o
preenchimento da Autorização de Trabalho a Quente (anexo 4) e suas devidas assinaturas
recolhidas.
 Não reparar as válvulas dos cilindros. Comunique qualquer anormalidade à supervisão.
No caso de "engolimento" de chama onde continua havendo combustão no interior do maçarico as
seguintes medidas devem ser tomadas:
 Fechar a válvula do oxigênio do maçarico;
 Fechar a válvula do acetileno;
 Fazer a checagem da saída dos gases;
 Purguar as mangueiras;
 Após uma pausa reacender o maçarico. Se persistir o "engolimento" é necessário o conserto
do maçarico.

6.3.1 Precauções na Utilização de Mangueiras

Somente devem ser usadas mangueiras em boas condições e presas às conexões com braçadeiras
apropriadas.
Antes de conectar a mangueira ao regulador e maçarico é recomendado aplicação de um jato de ar
comprimido no seu interior para expulsar qualquer poeira ou impureza que houver na mangueira. O
ar comprimido não pode conter óleo.
As mangueiras não devem ser expostas ao calor, tráfego ou centelhamento proveniente da solda ou
corte, bem como a óleo ou graxa.
Vazamentos podem ser reparados por profissionais autorizados, cortando-se a seção defeituosa e
unindo as partes através de conexão apropriada.
Extremidades gastas devem ser cortadas e as novas extremidades presas às conexões com
braçadeiras apropriadas.
A mangueira deve ser adequada ao gás e à pressão de trabalho a que foi destinada.
Deve-se levar em conta que, para maiores comprimentos de mangueira, há maiores perdas de
carga. Esta consideração é necessária para o uso do diâmetro correto da mangueira para o
comprimento necessário.
Para garantir a segurança da operação, devem ser usadas válvulas contra retrocesso e corta
chamas nas extremidades, junto aos maçaricos e na saída dos cilindros, tanto para o oxigênio
quanto para o acetileno. Estas válvulas interrompem o fluxo de gás em caso de retrocesso.
Ao terminar a operação de solda ou corte, as mangueiras devem ser aliviadas abrindo as válvulas de
regulagem dos gases dos maçaricos após fechamento das válvulas dos cilindros.

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6.4 GASES COMPRIMIDOS

Toda atividade envolvendo gás comprimido deve ser precedida de análise de riscos para identificar
condições perigosas relacionadas a essas atividades, avaliar os riscos e estabelecer os controles
necessários à redução do nível de risco a um patamar aceitável, conforme o Procedimento de
Gerenciamento de Perigos, Riscos e Controles.

6.4.1 Identificação / Rotulagem

Cada cilindro deve estar identificado de modo a ter o seu conteúdo e risco reconhecido de modo
seguro e rápido. O diamente de Hommel também deve ser mantido legível nos cilindros.
A identificação do conteúdo de um cilindro deve ser feita pela cor ou pelo próprio nome constante no
corpo do cilindro (vide Anexo 1 - Tabela de Cor e Rótulo de Risco).
A identificação do risco deve ser feita pelo rótulo de risco padronizado pela Norma 7500 da ABNT
(vide Anexo 1 - Tabela de Cor e Rótulo de Risco).
Se algum desvio ou dúvida ocorrer no ato da verificação, o cilindro deve ser etiquetado e separado
do lote. A supervisão da área para a qual o cilindro é destinado deve ser consultada, para definir pela
devolução ou não do cilindro em questão. Caso o cilindro não seja devolvido, este deve ser
identificado e rotulado corretamente para utilização no site.
Cilindro com defeito (carcaça e capacete amassado, problemas nas conexões de saída do cilindro e
etc.) deve ser etiquetado e identificado como avariado e separado dos outros cilindros.

6.4.2 Teste, Inspeção e Manutenção

Cabe à área responsável pelo recebimento do cilindro inspecioná-lo no ato do recebimento,


observando, no mínimo:
 Integridade do corpo do cilindro (amassado, enferrujado, etc.);
 Validade do teste hidrostático (5 anos) nos cilindros de alta pressão;
 Existência e estado do capacete;
 Se estão identificados e com os rótulos de risco adequados.
Qualquer anormalidade nesta inspeção determina que o cilindro deve ser separado e etiquetado com
os dizeres “NÃO OPERE”. A supervisão da área à qual ser destina o cilindro deve definir se o cilindro
deve ou não ser devolvido.
Nota: Cilindros de propriedade da Minério de Ferro Brasil deverão ser inspecionados periodicamente
de acordo com a frequência estabelecida e, a cada cinco (5) anos promover teste hidrostático.
Cilindros utilizados nos sites em regime de comodato devem ser inspecionados visualmente pela
área proprietária, que deverá checar no mínimo a validade do teste hidrostático e as condições do
local de armazenagem.
Cabe aos usuários inspeção antes do uso para atestar a integridade dos cilindros a serem utilizados.

6.4.3 Estocagem

Cilindros com produtos incompatíveis devem ser estocados separadamente. No Anexo 2 - Tabela de
Compatibilidade de Cilindros está disponível a tabela de compatibilidade para os cilindros
normalmente estocados e utilizados no site, que deve ser obedecida.

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Cilindros com gases comprimidos devem ser estocados em locais ventilados e cobertos. Não devem
estar em locais úmidos ou próximos a materiais corrosivos.
Os cilindros quando estocados devem estar colocados na posição vertical, amarrados por correntes
ou outro dispositivo similar, com as válvulas fechadas e protegidas pelo capacete. A amarração deve
ser feita passando a ¾ do corpo do cilindro, a contar da base do cilindro e nunca ser fixado pelo
capacete/tulipa. Esta fixação deve ser individual para cada cilindro estocado, respectivamente.
Os cilindros cheios e vazios devem ser armazenados em locais separados e identificados. Os
cilindros vazios também devem ser estocados com a válvula fechada e com capacete.
Locais designados para estocagem de cilindros contendo produtos inflamáveis devem distar pelo
menos 15 metros de prédios de operação ou escritório.
Os cilindros devem ser armazenados de forma que sejam usados na ordem em que foram recebidos.
Cilindros com gases oxidantes, oxigênio em particular, devem ser estocados separadamente de
materiais combustíveis (óleos, graxas, etc.) e cilindros de gases combustíveis e inflamáveis (GLP,
Hidrogênio, Acetileno, etc.), por uma distância mínima de 8 metros ou através de paredes de 2
metros de altura, no mínimo, com capacidade de isolar o fogo durante 30 minutos.
Nota: Os conjuntos portáteis de cilindros de oxigênio/acetileno para solda colocado sobre carrinhos
especiais são exceções do parágrafo acima. Estes conjuntos terão locais regulares para estocagem,
nas áreas de manutenção.

6.4.4 Transporte de Manuseio

Os cilindros nunca devem ser seguros pelas suas válvulas ou pelo pescoço.
Os cilindros devem ser movidos e transportados na posição vertical em carrinhos adequados para
tal, com 3 rodas, com a válvula fechada e com capacete. Devem ser usados suportes ou apoios para
evitar que eles tombem ou caiam.
Devem ser usados compartimentos fechados (tipo “gaiola”) ou carrinhos com suporte para levantar
cilindros de um nível para outro. Cilindros de gases não devem ser içados. Em caso de extrema
necessidade, deve ser feita uma análise de riscos pela equipe envolvida e controles redundantes
devem ser adotados.
Ao transportar cilindros em caminhões ou caminhonetes, os cilindros devem estar colocados na
posição vertical e seguros por meio de suporte ou no carrinho (em escaninhos apropriados).
Nunca se deve utilizar as tampas de proteção das válvulas como apoio para transportar ou içar os
cilindros.
As tampas de proteção das válvulas devem estar atarraxadas aos cilindros fora de uso, ainda que
estejam vazios.
Existem cilindros em que a proteção das válvulas se faz por um semi-anel que faz parte do próprio
corpo do cilindro. Também neste caso é proibido utilizá-lo como apoio para transporte ou içamento.
Evitar incidência direta de luz solar nos cilindros de gases.
A incompatibilidade citada no Anexo 2 – Tabela de Compatibilidade de Cilindros deve ser observada
para transporte de cilindros. Exceção será feita para os carrinhos de solda.
Ao parar qualquer serviço no qual gás comprimido esteja sendo utilizado, a válvula deve ser fechada,
por menor que seja a interrupção, a não ser que a permanência aberta seja requerimento de
processo.

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Nunca manusear cilindros com mãos, luvas ou ferramentas sujas com óleo ou graxa.
Nunca aproximar ou encostar chamas, faíscas ou arco voltaico em um cilindro. Tampouco é
permitido passar vapor por dentro ou por fora de um cilindro.
Cilindros devem ser utilizados para os fins específicos para os quais foram fabricados, mesmo
quando vazios.
Proibido transporte de cilindros através de veículos fechados ou carros de passeio. Somente por
veículos específicos e autorizados para este fim.
Nota: As exceções ao parágrafo acima são cilindros de ar respirável, extintores de incêndio e
oxigênio medicinal. Ainda assim, em todos os casos, os cilindros deverão ser afixados firmemente ou
embalados de modo a não permitir choques em suas partes frágeis.

6.5 SEGURANÇA EM TRABALHOS COM LIXADEIRA / ESMERILHADEIRA

O cabo elétrico não pode ter emendas nem sinais de defeito ou desgaste da parte isolante.
Deve estar disposto em local protegido de abrasão e/ou alta temperatura e em área de circulação e
possuir tomada indústria.
Tomada industrial deve estar especificada de acordo com a voltagem e a corrente elétrica da
máquina, bem como a classificação da área onde o serviço está sendo realizado.
Inspecionar o aterramento e o quadro de tomadas, que têm que estar em perfeitas condições e
sinalizado quanto à voltagem.
As áreas onde são operadas lixadeiras, esmerilhadeiras ou similares, devem sempre ser protegidas
com biombos de material não combustível.

6.6 EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

É obrigatória a instalação de Proteção Coletiva, tipo anteparo eficaz para a proteção dos
trabalhadores circunvizinhos. O material utilizado nesta proteção deve ser resistente a chamas, ou
seja, a altas temperaturas.
As mangueiras devem possuir mecanismos contra retrocesso das chamas na saída do cilindro e
chegado do maçarico.
Deve haver instalação de sistema de aterramento nos equipamentos de soldagem elétrica.
O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado à corrente usada.
Deve haver isolamento da área de trabalho e Sinalização de advertência.
Extintor de incêndio adequado, rota de fuga e alarme devem ser mantidos à disposição nas
atividades a quente.

6.7 EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Devem ser utilizados os seguintes EPIs nos trabalhos a quente:


 Óculos de segurança;
 Óculos para maçariqueiros c/ lente filtrante – mínimo de 6 paro o executante e 4 para o
colaborador que auxiliar na tarefa;

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 Capacete de segurança com jugular;


 Protetor facial ou Máscara facial, com lente filtrante - mínimo de 6 para o executante e 4 para
o colaborador que auxiliar na tarefa;
 Luvas de couro (raspa e/ou vaqueta) cano longo;
 Avental e mangotes de couro ou blusão de couro;
 Perneiras de couro;
 Cintos de Segurança tipo pára-quedista (para trabalhos em altura);
 Calçado de segurança de couro fechado com biqueira resistente;
 Protetor auricular (Uso em locais com presença de ruído);
 Uniforme ou roupa de proteção adequada.

6.8 ÁREAS CLASSIFICADAS

As áreas classificadas são áreas com risco de explosão. Nestas áreas devem ser utilizadas somente
equipamentos apropriados.
Todos os trabalhos a quente executados em áreas com risco de explosão, ou seja, áreas
classificadas devem possuir procedimentos de segurança também específicos ou estarem cobertos
por permissões de trabalho.
A liderança envolvida, assim como os executantes têm a responsabilidade de cumprir fielmente as
recomendações de tais procedimentos específicos, visando a prevenção na segurança.
Quando houver dúvidas consultar um profissional certificado.
Onde houver a possibilidade de formação de atmosferas explosivas na região dos trabalhos a
quente, mandatório em tempo integral monitorar frequentemente a existência de vapores / gases
inflamáveis nesta área.
Em áreas classificadas somente podem ser utilizados equipamentos intrinsecamente seguros, sendo
expressamente proibida a utilização de:
 Equipamento elétrico não certificado;
 Ferramentas manuais que podem produzir faíscas por atrito;
 Extensões elétricas, luminárias não classificadas.

6.9 PROTEÇÕES CONTRA INCÊNDIO

Em atmosfera suja ou contaminadas de óleo ou graxas, o trabalho a quente não deve ser iniciado
antes de se consultar o responsável pela área e a área de SSO local.
Na elaboração da APR, os responsáveis devem considerar os procedimentos de prevenção e
combate a incêndio e devem estabelecer controles suficientes para conter o fogo em seu início, caso
a operação a quente provoque um princípio de incêndio.
Antes do início de qualquer atividade que necessite de controle em relação a trabalhos a quente com
risco em potencial, verificar se os sistemas de proteção adequados estão instalados e que todos os
colaboradores sabem usá-los corretamente, em especial, o sistema de combate a incêndio.
É obrigatório que os colaboradores envolvidos em trabalhos a quente sejam treinados e qualificados
para operar os equipamentos de combate a princípio de incêndio.
Certificar-se para que não haja material combustível na vizinhança do centelhamento.

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Não usar roupas que sejam facilmente inflamáveis como, por exemplo, o nylon ou outras fibras
sintéticas.
Nunca soldar ou cortar tambores, barris ou recipientes que tenham sido usados para armazenar
combustíveis ou demais produtos inflamáveis – riscos de explosões.
Nunca soldar recipiente vazio e fechado, pois podem explodir pelo efeito do aumento da pressão do
ar por excesso de calor.
Nas proximidades de qualquer local onde estejam realizando operações de corte ou soldagem deve
haver extintores de incêndio apropriados ou outros dispositivos efetivos de combate a incêndio, que
estejam sempre prontos para uso imediato por pessoal treinado e capacitado.
Manter distância segura, entre recipientes de armazenamento de GLP e qualquer outro recipiente
que contenha líquidos inflamáveis.
Manter cilindros de acetileno e oxigênio separados em compartimentos distintos. Também devem
estar separados os cilindros cheios e os cilindros vazios.
Todos os cilindros devem estar fixados em pontos estáveis, por correntes de modo individual,
respectivamente.
As áreas de estocagem devem ser instaladas placas com os dizeres “PROIBIDO FUMAR" e
"INFLAMÁVEL", e de forma visível.

6.10 TREINAMENTO E QUALIFICAÇÃO

Cada site deve promover o treinamento das pessoas envolvidas em trabalhos a quente. Essas
atividades somente podem ser lideradas por pessoas capacitadas e treinadas.
É recomendável que as primeiras atividades a quente lideradas por pessoas recém-treinadas sejam
acompanhadas por pessoas com mais experiência para otimização do processo de qualificação.

6.11 VERIFICAÇÃO / AUDITORIA

As atividades de trabalho a quente devem ser auditadas periodicamente a fim de assegurar que
estão estruturadas de acordo com as necessidades do site/empresa.

6.12 CONTROLE DE REGISTROS

Todos os registros relacionados a trabalhos a quente devem ser mantidos no site/empresa, conforme
a norma administrativa AFB.NA.SSO.31 – Controle de Registros de SSO.

7 ANEXOS

Os arquivos listados abaixo estão disponíveis no documento PRO.BRA.SSO.050.A - Anexos do


Procedimento de Segurança pra Trabalho a Quente.
 Anexo 1 - Tabela de Cor e Rótulo de Risco
 Anexo 2 - Tabela de Compatibilidade de Cilindros
 Anexo 3 - Lista de Verificação do Procedimento de Trabalho a Quente

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PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA PARA TRABALHO A Data de Emissão Data de Revisão
QUENTE
17/07/2013 19/03/2015

 Anexo 4 - Formulário de Autorização para Trabalho a Quente


 Anexo 5 - Formulário de Inspeção em Máquina de Solda

8 HISTÓRICO DO DOCUMENTO

Nº da Revisão Data Revisado Por Descrição


01 19/03/2015 Marco Zanon 4 – Incluída a definição de Autorização de Trabalho
a Quente.
5.2 – Incluída a responsabilidade de fazer a
liberação de todo trabalho a quente fora dos pipe
shop; incluída a responsabilidade de arquivamento
da documentação do processo de trabalho a
quente.
5.3 – Incluída a responsabilidade de assegurar a
emissão da ATQ; assegurar inspeção nas
máquinas de solda antes das mesmas entrarem na
IOB.
5.5 – Incluída a responsabilidade do executante ser
treinado neste PRO; incluída a responsabilidade do
executante de solicitar medição de explosividade;
incluída a responsabilidade do executante somente
realizar trabalho a quente mediante a ATQ.
6.1 – Incluída a obrigatoriedade da ATQ para
trabalho a quente.
6.2 – Incluída a necessidade de inspeção nas
máquinas de solda; incluída a necessidade das
máquinas de solda estarem inventariadas e
tagueadas.
6.3 – Incluída a necessidade de Permissão de
Entrada para serviços a quente em espaços
confinados; incluída a necessidade de isolar áreas
inferiores à realização de trabalho a quente;
incluída a utilização de biombo para proteger
trabalhadores circunvizinhos ao trabalho a quente;
incluída a ATQ para trabalhos fora dos pipe shops.
6.4.1 – Incluída a necessidade do diamante de
Hommel nos cilindros de gases;
6.8 – Incluídos equipamentos intrinsecamente
seguros em áreas classificadas.
7 – Incluídos os anexos 4 e 5.
Contribuidor Gestor do Processo Controles Internos e Compliance
Nome: Marco Zanon Nome: Edson Covic Nome: Luciana Flores
Cargo: Coordenador de SSO Cargo: Gerente de SSO Cargo: Analista de Controles Internos &
Compliance

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