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Orientador(a): Sebastião
Montes Claros
2022
Resumo
Os osciladores são circuitos capazes de produzir correntes elétricas em
frequências que se referem às faixas de áudio frequência e radiofrequências. Um
oscilador também pode ser definido como um amplificador que será ligado de forma
que seu sinal terá amplitude e frequências definidas. Neste artigo, será abordado
conceitos acerca do oscilador de deslocamento de fase, além de equações e definições
que se referem a seu estudo. Esse oscilador é usado com o objetivo de deslocar a fase
de um sinal, e para isso em sua estrutura é usado no circuito de realimentação três
capacitores e três resistores. Os três pares de RC são arranjados de maneira que cada
um deles desloque 60º, assim, o deslocamento total da fase é igual a 180º do sinal.
Como ele é usado para produzir sinais na faixa de áudio sua frequência vai de alguns
hertz a dezenas de quilohertz e seus sinais senoidais tem uma baixa potência de saída.
Sua aplicação é bem útil em instrumentos musicais e metrônomos, sendo três os tipos
de osciladores de deslocamento de fase: oscilador de deslocamento de fase com FET,
com transistor e com CI, onde será abordado individualmente cada um deles.
1. Introdução
A realimentação, criada por Harold Black em 1928, pode ser negativa ou positiva.
Sendo negativa é utilizada para dessensibilizar o ganho, fazendo o ganho menos sensível aos
valores dos componentes do circuito, reduzir a distorção não linear tornando a saída
proporcional à entrada, reduzir o efeito do ruído minimizando a contribuição na saída de
sinais gerados pelos componentes ou por interferências externas, controlar as impedâncias de
entrada e saída aumentando ou diminuindo as impedâncias de entrada e de saída pela seleção
de topologia de realimentação adequada e estender a largura de banda do amplificador. Estas
propriedades são conseguidas com a redução de ganho, com a realimentação negativa pode-
se trocar ganho pelas características desejadas.
A realimentação num amplificador pode ser positiva aumentando o seu ganho
levando-o a oscilar. A realimentação positiva é usada em projetos de osciladores, circuitos
biestáveis e filtros ativos (neste caso sem instabilidade). Qualquer circuito envolvendo
circuitos operacionais é utilizado com realimentação.
Este circuito não tem um rendimento muito elevado, servindo mais para a produção
de sinais senoidais de pequena potência na faixa de áudio, entretanto, é bastante atraente
quando precisamos de sinais senoidais de frequências muito baixas, na faixa de 0,1 a 10 Hz,
já que a distorção obtida é pequena e a estabilidade é grande. Dessa forma ,estamos
interessados no valor de atenuação do circuito em uma dada frequência na qual o
deslocamento de fase seja exatamente 180°. Utilizando a análise clássica de circuitos,
percebemos que para encontrar a frequência utilizamos a equação abaixo:
1
f= (1)
2 Π RC √❑
Para que o ganho de malha βA seja maior do que 1, o ganho do estágio amplificador
deve ser maior do que 1/β, ou 29:
1
β= A>29 (2)
29
(COLOCAR EQ OFFLINE)
E o resistor:cadastro
1
R= (3)
2 Π √❑
O sinal resultante de saída será um sinal senoidal com baixa distorção, o sinal source, será
quase imperceptível e o sinal de dreno com a presença do offset.
3. Discussão
| A|=gm R L (4)
R D rd
R L= (5)
R D +r d
Se um transistor TBJ for utilizado como o elemento ativo do estágio amplificador, a saída do
circuito de realimentação sofrerá bastante o efeito de carga em função da impedância de
entrada (hie) relativamente baixa do transistor. Obviamente, poderia ser utilizado um estágio
de entrada seguidor de emissor seguido de um estágio amplificador emissor-comum. No
entanto, caso queiramos um estágio com um único transistor, é mais adequado utilizarmos
uma realimentação-paralela de tensão. Nessa conexão, o sinal de realimentação é acoplado
através do resistor de realimentação R′ em série com a resistência de entrada (Ri ) do estágio
amplificador. A análise CA do circuito fornece a seguinte equação para o cálculo da
frequência do oscilador resultante:
1 1
f= (6)
2 Π RC √ ❑
Para que o ganho de malha seja maior do que 1, o ganho de corrente do transistor deve ser:
R RC
h fe ≥23+29 +4 (7)
RC R
À medida que se tornaram mais populares, os Cis (circuitos integrados) começaram a ser
adaptados para operar em circuitos osciladores. É necessário apenas um amp-op para se obter
um circuito amplificador com ganho estabilizado e incorporar algum meio de realimentação
de sinal para produzir um circuito oscilador. A saída do amp-op alimenta um circuito RC de
três estágios, que realiza o deslocamento necessário de 180° na fase do sinal (com um fator
de atenuação de 1/29). Se o amp-op produzir um ganho (dado pelos resistores Ri e Rƒ) maior
do que 29, o ganho de malha resultante será maior do que 1, e o circuito atuará como um
oscilador.
5. Conclusão
Os amplificadores podem ter sua realimentação como sendo positiva ou negativa, e em
cada caso tem aplicações específicas, com intuito de um objetivo final. As realimentações
podem ser efetuadas tendo tensão ou corrente, ambas realimentadas para entrada em paralelo
ou em série. Dentre alguns tipos de osciladores existentes, tem-se o oscilador de
deslocamento de fase, onde seu circuito com realimentação tem três pares de RC e um de
seus pontos mais importantes é que para haver a oscilação a alimentação tem que fornecer
uma defasagem de 180º. Além disso, a sua realimentação precisa ser positiva, caso contrário
não é possível a oscilação, com um ganho de tensão maior ou igual a 29. Quando trata-se
deste dispositivo, existem três tipos: oscilador de deslocamento de fase com FET, com
transistor e com CI. Os parâmetros que podem ser definidos através do uso desses osciladores
são por exemplo o valor do ganho de tensão, frequência e o ganho de corrente. Sua aplicação
se dá quando é necessário produzir sinais de frequências na faixa de áudio e rádio.
Referências
BOYLESTAD, Roberto L. NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria de
circuitos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
Durney, Carl H; Harris, L Dale; Alley, Charles L; Circuitos Elétricos – Teoria e Aplicações
em Engenharia – Edit. Campus Ltda, Rio de Janeiro, 1985