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9. LINUX

Introdução

Outra plataforma de sistema operacional é o Linux. Diferente do Windows em diversos aspectos,


porém o principal é referente ao licenciamento. O Linux é um software livre, ou seja, entre outras
características, gratuito.

Entre os nomes técnicos que precisamos decorar está o Kernel. Ele é uma parte do sistema
operacional que fica mais próxima do hardware, é a parte do software mais baixo nível, ou seja, em contato
direto com memórias e outros dispositivos.

Nas questões ficar que o kernel é o núcleo do sistema operacional.

Quanto aos usuários, o Linux permite que sejam inseridos e gerenciados vários usuários em um só
computador. Fundamental saber que o nome do superusuário, ou usuário administrador, denomina-se
ROOT.

Arquivos e diretórios

Entre algumas características do Linux precisamos conhecer:

• O Linux é Case Sensitive.


• Os arquivos ocultos possuem um “.” antes do seu nome. Arquivos ocultos não aparecem em
listagens normais de diretórios, deve ser usado
• O comando ls -a para também listar arquivos ocultos, conheceremos os comandos e suas
peculiaridades adiante.

Assim como no Windows o Linux possuir sistemas de arquivos, entre eles podemos citar:

• Ext2
• Ext3 (journaling)
• Ext4 (journaling)
• Reiserfs (journaling)
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Atenção: o recurso de journaling tem, primordialmente, a função de registrar ocorrências no


sistema operacional. O sistema utilizado pelo Windows, NTFS, também possui recurso semelhante.

As extensões de arquivos

Observamos no Windows a importância das extensões de arquivos, indicando os tipos e atrelando


aos programas padrão. No Linux não existe a necessidade absoluta de extensões, porém podem ser
utilizadas. Observe:

• rotina.sh - Arquivo de Script


• texto.odt – Arquivo de Texto
• relat.txt – Arquivo de texto puro
• page.html – Página de Internet

No Windows arquivos executáveis são indicados por extensões como .exe, .com ou .bat. No Linux
verificamos essa situação pelo atributo de permissão para execução que é indicado pelo comando chmod,
que conheceremos depois.

A execução dos programas em Linux podem ser em primeiro ou em segundo plano. Observe.

• Primeiro Plano - Também chamado de foreground. Quando você deve esperar o término da
execução de um programa para executar um novo comando.

• Segundo Plano - Também chamado de background. Quando você não precisa esperar o término da
execução de um programa para executar um novo comando.

No Windows como em outros programas podemos utilizar caracteres especiais com funcionalidade
de curingas. No Linux o mesmo procedimento é permitido.

• - referência a um nome completo


Ex. ls *.txt

• ? – referência a uma letra na posição


Ex. ls test?.txt

Sobre a estrutura de diretórios, entendendo que pasta é um sinônimos de diretório, no Linux não
utilizamos letras de unidade e o diretório raiz é simplesmente representado por “/” (barra).

A estrutura de diretórios também é denominada Árvore de Diretórios e é organizada segundo a FHS


(Filesystem Hierarchy Standard).

Para identificar locais para leitura e gravação não utilizamos letras de unidade, mas sim diretórios.
Observe.

• C: -> /dev/hda1 ou /dev/sda1

• A: -> /dev/fd0
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Observe a descrição da estrutura de identificação de dispositivos no Linux.

(sd - sata ---- hd = IDE)

Licenciamento

Conforme observado no capítulo de software, o licenciamento segue alguns conceitos, entre eles:
• Freeware - gratuito
• Código aberto (OpenSource) – receita do bolo
• Licenciado (proprietário) – necessidade de pagar

A FSF (free software foundation) possui vários projetos de softwares livres. E os softwares livres
estão sob uma licença publica de utilização a GPL (General Public License). Importante saber que a “FSF
denomina que sua missão é preservar, proteger e promover a liberdade de usar, estudar, copiar, modificar
e redistribuir software de computador e defender os direitos dos usuários de Software Livre.”
Sobre o projeto GNU, tem o objetivo primordial de oferecer um sistema operacional completo e totalmente
composto por software livre.
Observe os elementos fundamentais.
• O projeto GNU não é somente desenvolvimento e distribuição de alguns softwares livres úteis.

• O coração do projeto GNU é uma ideia: que software deve ser livre, e que a liberdade do usuário

vale a pena ser defendida.

As GPL seguem os seguintes princípios.

• Utilização para qualquer propósito;

• Adaptação e estudo com o código fonte;

• Distribuição de cópias;

• Melhorias e aprimoramentos para a comunidade.


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Distribuições

Só o kernel GNU/Linux não é suficiente para se ter um sistema funcional, mas é o principal. Entre
as principais distribuições encontramos.

Logo Nome Site


Ubuntu http://www.ubuntu.com/

Debian http://www.debian.org/

Slackware http://www.slackware.com/

SuSE http://www.suse.com/

Red Hat Enterprise Linux http://www.redhat.com/

Fedora - O Fedora é https://getfedora.org/pt_BR/


patrocinado pela RedHat.
Mandriva http://www.mandriva.com/

Interfaces de Comando

Para que o usuário envie comandos para o sistema operacional, seu ambiente de trabalho pode ser
gráfico, ou seja, comn orientação de mouse e janelas ou via linha de comando, nesse caso, necessário
decorar uma série de comandos digitados exclusivamente via teclado.
Gráficas

O Linux possui diversas interfaces gráficas, entre as mais importantes KDE e Gnome.

Interface Logo
KDE

GNOME
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Imagem KDE

Iamgem Gnome

Linha de Comando

A linha ou interface de comando é um ambiente não gráfico, entre a nomenclatura utilizada encontramos:

• Terminal

• Console
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• Bash

• Shell de comando

Diretórios

Um sinônimo de diretório é o termo pasta, porém no Linux o usual é a expressão diretório.


Assim como em outros sistemas operacionais existem diretórios padrão do sistema com suas
funcionalidades. Observe:

Diretório Descrição
/bin Contém arquivos programas do sistema que são usados com frequência pelos usuários.
/boot Arquivos de boot (inicialização; LILO (linux loader); Grub)
Inicialização - (boot manager)

/media Ponto de montagem de dispositivos diversos do sistema (rede, pen-drives, CD-ROM.


/dev Arquivos usados para acessar dispositivos (periféricos) existentes no computador.
/etc Arquivos de configuração locais do computador.
/home Diretórios contendo os arquivos dos usuários. Pastas pessoais.
/lib Bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema.
/mnt Ponto de montagem temporário.
/root Diretório do superusuário
/sbin Diretório de programas usados pelo superusuário (root) para administração e controle
do sistema.
/tmp Diretório para armazenamento de arquivos temporários.
/usr Diretório com a maior parte dos programas do usuário.
/var Arquivos de “log” dos programas.

Comandos

Como já observado entre as interfaces de comandos, existe a linha de comando, um ambiente não
gráfico preparado para receber comandos do usuário. A lista de comando é muito grande, analisaremos os
principais.
Atenção: lembre-se que o Linux é case sensitive, ou seja, diferencia maiúsculas de minúsculas.
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Comando Descrição
Indica quais processos estão sendo
executados no computador. O comando ps
também mostra qual usuário executou o
programa, hora que o processo foi iniciado
entre outros dados.
É um programa que continua em execução
mostrando continuamente os processos que
estão rodando em seu computador e os
recursos utilizados por eles. Para sair do top,
pressione a tecla q ou CTRL+Z.
jobs O comando jobs mostra os processos que
estão parados ou rodando em segundo
plano. Processos em segundo plano são
iniciados usando o símbolo “&” no final da
linha de comando.
Permite fazer um programa rodando em
segundo plano ou parado, rodar em primeiro
plano.
Permite fazer um programa rodando em
primeiro plano ou parado, rodar em segundo
plano. Para fazer um programa em primeiro
plano rodar em segundo, é necessário
primeiro interromper a execução do
comando com CTRL+ Z.
Permite enviar um sinal a um
comando/programa. Caso seja usado sem
parâmetros, o kill enviará um sinal de
término ao processo sendo executado.
Mede o tempo gasto para executar um
processo (programa).
Mostra detalhes sobre a utilização da
memória RAM do sistema.
Mostra o espaço livre/ocupado de cada
partição.
Lista os arquivos de um diretório.
-a, –all Lista todos os arquivos (inclusive os
ocultos) de um diretório.
-l Usa o formato longo para listagem de
arquivos. Lista as permissões, data de
modificação, donos, grupos, etc.

ls –l

-rwxr-xr-- São as permissões de acesso ao arquivo teste. A primeira letra (da esquerda) identifica o tipo do
arquivo, se tiver um “d” é um diretório, se tiver um “-” é um arquivo normal.
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Entra em um diretório. Você precisa ter a


permissão de execução para entrar no
diretório.
• Diretório Anterior – “-”
• Diretório Superior – “..”
• A estrutura de diretórios também é
denominada Árvore de Diretórios.
pwd Mostra o nome e caminho do diretório atual.
Cria um diretório no sistema.

Remove um diretório do sistema. Este


comando faz exatamente o contrário do
mkdir. O diretório a ser removido deve estar
vazio e você deve ter permissão de gravação
para removê-lo.
Mostra o conteúdo de um arquivo de texto.
Apaga arquivos. Também pode ser usado
para apagar diretórios e sub-diretórios vazios
ou que contenham arquivos.
-f, –force Remove os arquivos sem perguntar.
Copia arquivos.
-f, –force Não pergunta, substitui todos os
arquivos caso já exista.
Move ou renomeia arquivos e diretórios. O
processo é semelhante ao do comando cp
mas o arquivo de origem é apagado após o
término da cópia.
-f, –force Substitui o arquivo de destino sem
perguntar.
tar Realiza a compactação de arquivos ou união
de mais de uma arquivo em um só.
-x (eXtract) é para extrair os dados do arquivo
.tar.gz (usado apenas para descompactar).
-c (Create) é para criar um arquivo tar (usado
apenas para compactar).
-z (gZip) é para manipular o arquivo .tar.gz
em GZip.
clear Limpa a tela e posiciona o cursor no canto
superior esquerdo do vídeo.
Permite ver/modificar a Data e Hora do
Sistema. Você precisa estar como usuário
root para modificar a data e hora.
Cria links para arquivos e diretórios no
sistema. O link é um mecanismo que faz
referência a outro arquivo ou diretório em
outra localização.
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Procura por um texto dentro de um


arquivo(s) ou no dispositivo de entrada
padrão.
Procura por arquivos/diretórios no disco. find
pode procurar arquivos através de sua data
de modificação, tamanho, etc através do uso
de opções.
Mostra o tempo de execução do sistema
desde que o computador foi ligado.
Mostra mensagens. Este comando é útil na
construção de scripts para mostrar
mensagens na tela para o usuário
acompanhar sua execução.
man [comando] Ativa o manual do comando escolhido.
Ex. man ls
Desliga/reinicia o computador
imediatamente ou após determinado tempo
(programável) de forma segura.

Permite acesso a um computador remoto.


Permite a transferência de arquivos do
computador remoto/local e vice versa.
Permite o usuário mudar sua identidade para
outro usuário sem fazer o logout. Útil para
executar um programa ou comando como
root sem ter que abandonar a seção atual.
Mostra quem está atualmente conectado no
computador. Este comando lista os nomes de
usuários que estão conectados em seu
computador, o terminal e data da conexão.
Mostra o nome que usou para se conectar ao
sistema.
Adiciona um usuário ou grupo no sistema.
Por padrão, quando um novo usuário é
adicionado, é criado um grupo com o mesmo
nome do usuário.
Modifica a parâmetros e senha de usuário.
Um usuário somente pode alterar a senha de
sua conta, mas o superusuário (root) pode
alterar a senha de qualquer conta de usuário,
inclusive a data de validade da conta, etc.
Apaga um usuário do sistema. Quando é
usado, este comando apaga todos os dados
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da conta especificado dos arquivos de contas


do sistema.
Apaga um grupo do sistema. Quando é
usado, este comando apaga todos os dados
do grupo especificado dos arquivos de contas
do sistema.
Você não pode remover o grupo primário de
um usuário é necessário remover o usuário
primeiro.
Mostra os grupos que o usuário pertence.
Muda a permissão de acesso a um arquivo ou
diretório. Com este comando você pode
escolher se usuário ou grupo terá permissões
para ler, gravar, executar um arquivo ou
arquivos.
Muda dono de um arquivo/diretório.
Opcionalmente pode também ser usado para
mudar o grupo.

Comandos de Redirecionamento

Comando Descrição
> Redireciona a saída padrão de um programa/comando/script para algum
dispositivo ou arquivo ao invés do dispositivo de saída padrão (tela).
Ex. ls >listagem
>> Redireciona a saída padrão de um programa/comando/script para algum
dispositivo ou adiciona as linhas ao final de arquivo. Este redirecionamento se
caso for usado com arquivos, adiciona a saída do comando ao final do arquivo
existente ao invés de substituir seu conteúdo.
| (pipe) Envia a saída de um comando para a entrada do próximo comando para
continuidade do processamento. Os dados enviados são processados pelo
próximo comando que mostrará o resultado do processamento.

Comandos de Impressão

Imprimindo via spool (fila de impressão) - lpr


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Softwares

Tipo Nome
Gerenciador de arquivos KONQUEROR, DOLPHIN, NAUTILUS
Reprodução de vídeo VLC MEDIA PLAYER
Reprodução de áudio AUDACITY
Edição de áudio XMMS
Edição de imagens GIMP
Navegadores GOOGLE CHROME, FIREFOX, OPERA
Gravação de arquivos em CD/DVD K3B
Compatibilidade com Windows SAMBA

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