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Como Analisar um Relatório de Certi�cação


de Cabeamento UTP
Posted on 2 Agosto, 2018 by admin

Neste artigo, vamos falar sobre a aceitação de um relatório de teste de certi�cação de cabos de
par trançado realizado com um DSX-5000 CableAnalyzer da série Versiv, da Fluke Networks. E não
vamos falar do relatório inteiro, nem dos aspectos mais técnicos dos parâmetros de desempenho,
como NEXT e Return Loss. Vamos nos ater apenas ao cabeçalho do relatório. Para entender melhor
o que é e qual a importância da certi�cação do cabeamento, assista este meu vídeo:

Testes de certi�cação do cabeamento estruturado (par trançado e �br…

Certi�cação do cabeamento estruturado

Você sabia que é possível aceitar ou rejeitar um teste apenas analisando o cabeçalho do relatório?
Vamos analisar o cabeçalho do teste abaixo e tirar algumas conclusões. Mas, antes de continuar a
ler o artigo, dê uma olhada e veja se consegue descobrir algumas “pegadinhas”.

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Vemos que o teste foi realizado no enlace identi�cado como TO-001 no dia 25 de maio de 2018,
pouco depois das 10 horas da manhã. Comece sua análise por aí. Esse dia e horário faz sentido
para você, é um momento condizente com o andamento dos serviços contratados?

Mais abaixo, a “altura livre” nos mostra o quanto o teste superou (ou não, se for negativo) a norma
escolhida como parâmetro para a certi�cação. No caso, superou a norma da ANSI/TIA em 4,1 dB, o
que é bom, compatível com o “PASSA” no canto superior direito.

Mas logo a seguir vemos uma aparente inconsistência: a norma utilizada para o teste foi da TIA,
tendo por base a Categoria 5e de componentes, no modelo “Permanent Link”, que testa a parte
“permanente” da instalação, ou seja, entre o patch panel do rack e a tomada de telecomunicações
da área de trabalho, o que está ok. Só que logo abaixo o cabo foi descrito como sendo “Cat 6”, ou
seja, de uma categoria superior ao limite Cat. 5e da norma utilizada. Isto estará certo? Se os
demais componentes do enlace também forem da Categoria 6, o correto seria ter escolhido a
norma “TIA Cat 6 Perm. Link”. O teste realizado não conferiu todo o desempenho do cabo
instalado. Isso seria justi�cado se o enlace mistura cabo Cat. 6 com componentes Cat. 5e, como
tomadas e patch panels. É assim que está a instalação? Ou o instalador não fez o serviço
corretamente e não consegue certi�cá-lo como Cat. 6 (que é mais exigente) e rebaixou o teste
para Cat. 5e, tentando enganar o cliente? A veri�car…

Agora, voltando à “altura livre” e ao “PASSA”, vemos que ele se aplica ao teste Categoria 5e, e não
a um cabeamento Categoria 6… Será que se re�zermos o teste em Cat. 6 ele passa? Apenas
lembrando, um enlace Cat. 6 deve ser certi�cado a até 250 MHz, enquanto o Cat. 5e é testado até
somente 100 MHz, bem abaixo da Cat. 6.

Ainda falando sobre o tipo informado de cabo, “Cat 6 U/UTP”: esse cabo não é blindado. Mas, será
que o cabeamento instalado é esse mesmo? Se for blindado, sua blindagem deve ser veri�cada
por continuidade. Como foi informado um cabo não blindado, o equipamento não testou a
continuidade da blindagem. Veri�que o tipo de cabo instalado. Um cabo blindado precisa ter sua
blindagem contínua ao longo de todo o enlace de forma a garantir seu desempenho contra
interferências eletromagnéticas. E essa continuidade não será veri�cada se o operador do
equipamento não informar corretamente o tipo de cabo.

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Agora, uma pegadinha! Vimos que esse teste recebeu um “PASSA”, mas se analisarmos mais abaixo
no relatório, na parte de resultados detalhados, vemos que há um teste cujo valor aparece com
um asterisco do lado direito: “NEXT (dB)     0,1*”. O que signi�ca isso?

Isso signi�ca que o pior resultado desse teste caiu dentro da margem de precisão do equipamento
utilizado! O nome disso é “resultado marginal”. Como o teste passou, isso é um PASSA*. Se tivesse
falhado, seria um FALHA*. Isso é grave? Não muito, mas um resultado marginal o torna muito
perto do limite estabelecido pela norma utilizada. Se você espera um cabeamento “muito melhor
que a norma”, então resultados marginais não são o ideal. Além disso, se você requisitar a garantia
estendida do fabricante de cabeamento, pode ser que ele recuse.

Outra coisa: foi informado um cabo genérico, sem especi�car fabricante e modelo. Isso garantiria
o tipo da blindagem e o NVP declarado, no caso, 70%. Se o NVP não estiver correto, o
comprimento medido pelo equipamento não será o real, podendo ser maior ou menor. Se essa
informação for importante para você, peça para que o modelo de cabo correto seja informado
(com blindagem e NVP corretos), e que os testes sejam refeitos!

O nome do operador informado é “Marcelo”. Será que foi ele quem realizou o teste? Esse campo é
editável no software… O ideal é que o teste tenha sido realizado por um técnico certi�cado “Fluke
CCTT – Certi�ed Cabling Test Technician”, garantindo que todos os passos, desde a con�guração
do teste até a documentação dos resultados tenham sido realizados da melhor maneira possível,
de acordo com as recomendações do fabricante do equipamento. Esse certi�cado tem validade de
dois anos. Na dúvida, peça cópia do diploma do técnico que está operando o equipamento.

O software presente no equipamento de testes apresenta o �rmware versão 5.3, enquanto a


versão atual é 5.5. Isso não é crítico, mas convém estar com o equipamento sempre atualizado, de
forma a realizar os testes mais correntes.

Outra informação crítica: a data de calibração dos módulos (28/out/2016) é mais de um ano
anterior à data do teste (25/mai/2018). A Fluke recomenda calibração anual dos módulos para que
eles continuem com a precisão garantida. É bom pedir que os equipamentos sejam calibrados na

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autorizada e depois que os testes sejam refeitos!

E temos ainda mais uma inconsistência: os adaptadores de link utilizados (“DSX-CHA004”) são
apropriados para testes de “canal”, que incluem os patch cords em ambas as extremidades do
enlace. E a norma utilizada foi a de “permanent link”, que não inclui os patch cords, sendo
portanto mais exigente. O correto seria ter feito o teste com os adaptadores modelo DSX-PLA004.

Como vimos, em um simples cabeçalho de teste temos diversas informações importantes sobre a
certi�cação. Saber analisar tais informações é crucial para termos a certeza de que nosso
cabeamento foi corretamente testado, de acordo com nossa necessidade, com aquilo que
contratamos, e com as recomendações de normas e fabricantes.

O tema abordado neste artigo é apenas um dos tópicos que fazem parte dos cursos Fluke CCTT –
Certi�ed Cabling Test Technician e SCE331. Con�ra aqui a data e o local da próxima turma do
CCTT.

Conheça um equipamento de certi�cação que gera relatórios semelhantes àquele analisado neste
artigo:

Certi�cador de cabos Versiv (DSX, CertiFiber, OptiFiber) da Fluke Netw…

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Até a próxima!

Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, NTS, ATS, DCS Design, Assessor CEEDA
Clarity Treinamentos
marcelo@claritytreinamentos.com.br

Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo
Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro da BICSI e da comissão de
estudos sobre cabeamento estruturado da ABNT/COBEI, certi�cado pela BICSI (RCDD, DCDC e
NTS), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para
cursos selecionados da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor
para o selo de e�ciência para data centers – CEEDA.

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Artigos sobre cabeamento estruturado em “O Norma ANSI/TIA-568.2-D aprovada para


Setor Elétrico” publicação

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