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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 01/2011

Procedimentos administrativos

SUMÁRIO ANEXOS

A Cartão de identificação
1 Objetivo
B Formulário de segurança contra incêndio de Projeto
2 Aplicação
Técnico
3 Referências normativas e bibliográficas
C Formulário de segurança contra incêndio de Projeto
4 Definições
Técnico Simplificado (PTS)
5 Formas de apresentação
D Planta de risco de incêndio
6 Procedimento de vistorias
E Implantação
7 Formulário para atendimento técnico
F Planta das medidas de segurança contra incêndio
8 Solicitação de vistoria por autoridade competente
G Quadro resumo das medidas de segurança
9 Comissão técnica
H Memorial industrial de segurança contra incêndio
10 Informatização do serviço de segurança contra
I Formulário para atendimento técnico
incêndio
J Atestado de brigada de incêndio

K Requerimento de Comissão Técnica

L Termo de compromisso do proprietário

M Termo de responsabilidade das saídas de emergência

N Declaração de edificação desabitada

O Planta de instalação e ocupação temporária

P Memorial básico de construção

Q Memorial de segurança contra incêndio das


estruturas

R Atestado de conformidade da instalação elétrica

Atualizada pelas Portarias nº CCB 010/600/2014 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 106, de 07de junho de 2014, Portaria nº CCB
013/600/2014 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 165, de 03 de setembro de 2014 e Portaria nº CCB 015/600/2015 publicada no
Diário Oficial do Estado, nº 046, de 11 de março de 2015.
1 OBJETIVO NBR 14699 - Desenho técnico - Representação de
símbolos aplicados a tolerâncias geométricas - preparos e
Estabelecer os critérios para apresentação de processo de
dimensões.
segurança contra incêndio, das edificações e áreas de
risco, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº NBR 14611 Desenho técnico - Representação

56.819/2011 - Regulamento de Segurança contra simplificada em estruturas metálicas.

Incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de Meirelles, Hely Lopes - Direito Administrativo
São Paulo. Brasileiro, 25a edição - 2000 - Editora Malheiros.

Lazzarini, Álvaro - Estudos de Direito Administrativo -


2 APLICAÇÃO Editora Revista dos Tribunais – 2000.

2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se aos


processos de segurança contra incêndio adotados no 4 DEFINIÇÕES

Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as
Paulo (CBPMESP). definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
2.2 Para aplicação da medida de segurança Saídas de segurança contra incêndio.
emergência é aceita uma única norma ou lei, exceto
quando constar em texto normativo. 5 FORMAS DE APRESENTAÇÃO

As medidas de segurança contra incêndio nas edificações


3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E
e áreas de risco devem ser apresentadas ao CBPMESP
BIBLIOGRÁFICAS
para análise por meio de:
Constituição Federal da República Federativa do Brasil, a. Projeto Técnico (PT);
de 5 de outubro de 1988, artigo 144, § 5°.
b. Projeto Técnico Simplificado (PTS);
Constituição do Estado de São Paulo, de 5 de outubro de
c. Projeto Técnico para Instalação e Ocupação
1989, artigo 142.
Temporária (PTIOT);
Lei Federal n° 7.256/84, de 3/12/1984, inciso 7, artigo
d. Projeto Técnico para Ocupação Temporária em
11.
Edificação Permanente (PTOTEP).
Lei Estadual n° 684, de 30/9/1975 – Autoriza o Poder
5.1 Projeto Técnico
Executivo a celebrar convênios com os municípios sobre
5.1.1 Características da edificação e áreas de risco
serviços de bombeiros.
O Projeto Técnico deve ser utilizado para apresentação
Lei Estadual n° 616, de 17/12/1974 – Dispõe sobre a
das medidas de segurança contra incêndio das edificações
organização básica da Polícia Militar do Estado de São
e áreas de risco:
Paulo.
5.1.1.1 Com área de construção acima de 750 m² e/ou
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO
com altura acima de 3 pavimentos, exceto os casos que se
ESTADO DE SÃO PAULO, Instruções Técnicas. São
enquadram nas regras para Projeto Técnico Simplificado,
Paulo, 2011.
Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária e
NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura.
Projeto Técnico para Ocupação Temporária em
NBR 8196 - Emprego de desenho técnico. Edificação Permanente.
NBR 10068 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões. 5.1.1.1.1 Para fins do cômputo da quantidade de
NBR 10067 - Princípios gerais de representação em pavimentos, desconsidera-se o subsolo quando usado
desenho técnico. exclusivamente para estacionamento.

NBR 12236 - Critérios de projeto, montagem e operação 5.1.1.2 Independente da área da edificação e áreas de
de postos de gás comprimido. risco, quando estas apresentarem riscos que necessitem
NBR 13273 - Desenho técnico - Referência a itens. de proteção por sistemas fixos tais como: hidrantes,
chuveiros automáticos, alarme e detecção de incêndio,
dentre outros. Documento que contém os dados básicos da edificação e

5.1.1.3 Edificações cuja ocupação é do Grupo “L” áreas de risco, signatários, medidas de segurança contra
incêndio previstas e trâmite no CBPMESP, devendo:
(explosivos).
a. ser apresentado como a primeira folha do
5.1.2 Composição
Projeto Técnico;
O Projeto Técnico deve ser composto pelos seguintes
b. ser preenchido na íntegra conforme Anexo B.
documentos:
5.1.2.4 Procuração do proprietário
a. cartão de identificação (Anexo A);
Deve ser apresentada, sempre que terceiro assine
b. pasta do Projeto Técnico;
documentação do Projeto Técnico pelo proprietário.
c. formulário de segurança contra incêndio de
5.1.2.5 Anotação de Responsabilidade Técnica
Projeto Técnico (Anexo B);
(ART):
d. procuração do proprietário, quando este a. deve ser apresentada pelo responsável técnico
transferir seu poder de signatário; que elabora o Projeto Técnico;
e. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) b. todos os campos devem ser preenchidos e no
do responsável técnico pela elaboração do campo "descrição das atividades profissionais
Projeto Técnico, que deve ser juntada na via que contratadas" deve estar especificado o serviço
permanece no Serviço de Segurança contra pelo qual o profissional se responsabiliza;
Incêndio; c. a assinatura do contratante (proprietário ou
f. documentos complementares, quando responsável pelo uso) é facultativa;
necessário; d. deve ser apresentada a 1ª via original ou

g. implantação, quando houver mais de uma fotocópia.

edificação e áreas de risco, dentro do mesmo 5.1.2.6 Documentos complementares


lote, ou conjunto de edificações, instalações e Documentos solicitados pelo Serviço de Segurança
áreas de risco; contra Incêndio do CBPMESP, a fim de subsidiar a

h. planta das medidas de segurança contra análise do Projeto Técnico da edificação e áreas de risco,

incêndio, conforme Anexo F. quando as características da mesma assim os exigirem:

5.1.2.6.1 Memorial industrial de segurança contra


5.1.2.1 Cartão de identificação
incêndio
Ficha elaborada em papel cartão ou equivalente que
Descrição dos processos industriais, matérias-primas,
contém os dados básicos da edificação e áreas de risco,
produtos acabados, líquidos inflamáveis ou combustíveis
com finalidade de controle do Projeto Técnico no
com ponto de fulgor, estoques, entre outros, conforme
CBPMESP, conforme Anexo A desta IT.
anexo H.
5.1.2.2 Pasta do Projeto Técnico
5.1.2.6.2 Memorial de cálculo
Pasta aberta, sem elástico, com frente de plástico
Memorial descritivo dos cálculos realizados para
transparente, com grampo, incolor, semirrígida, que
dimensionamento dos sistemas fixos contra incêndio, tais
acondiciona todos os documentos do Projeto Técnico, como hidrantes, chuveiros automáticos, pressurização de
afixados na sequência estabelecida no item 5.1.2. Deve escada, sistema de espuma e resfriamento, controle de
ter dimensões de 215 mm a 280 mm (largura) x 315 mm fumaça, dentre outros. No desenvolvimento dos cálculos
a 350 mm (comprimento) e altura conforme a quantidade hidráulicos para as medidas de segurança de espuma e
de documentos. resfriamento deve ser levado em conta o desempenho dos

5.1.2.3 Formulário de Segurança contra Incêndio de equipamentos, utilizando as referências de vazão, pressão

Projeto Técnico e perda de carga, sendo necessária a apresentação de


catálogos técnicos.
5.1.2.6.3 Memorial do sistema fixo de gases para do CBPMESP, plantas aprovadas em prefeitura, imposto
combate a incêndio predial, entre outros).

Memorial descritivo do sistema fixo de gases para 5.1.2.6.8 Memorial de cálculo de dimensionamento
combate a incêndio, conforme IT 26/11 - Sistema fixo de de lotação e saídas de emergência em centros
gases para combate a incêndio, devendo conter: esportivos e de exibição

a. norma adotada; Memorial descritivo dos cálculos realizados para

b. tipo de sistema fixo; dimensionamento de lotação e saídas de emergência em


recintos desportivos e de espetáculo artístico cultural,
c. agente extintor empregado;
conforme IT 12/11 - Centros esportivos e de exibição –
d. forma de acionamento (manual ou automático).
Requisitos de segurança contra incêndio.
5.1.2.6.4 Autorização do Departamento de Produtos
5.1.2.6.9 Cálculo de dimensionamento de lotação e
Controlados da Polícia Civil (DPC)
saídas de emergência em locais de reunião de público
a. documento da Polícia Civil do Estado de São
Cálculos realizados para dimensionamento de lotação e
Paulo que autoriza a atividade de
saídas de emergência em locais de reunião de público,
comercialização e/ou armazenamento de
conforme IT 11/11 - Saídas de emergência, que podem
explosivos, com especificação da quantidade
ser transcritos em planta.
máxima.
5.1.2.6.10 Planilha de informações operacionais
5.1.2.6.5 Documentos referentes ao comércio de
Planilha que contém um conjunto de dados sobre a
fogos de artifício:
edificação, sua ocupação e detalhes úteis para a qualidade
a. inventário de estoque para fogos de artifício
do atendimento operacional do Corpo de Bombeiros,
conforme IT 30/11 – Fogos de artifício;
conforme a IT 16/11 - Plano de emergência contra
b. documento expedido pela Prefeitura Municipal, incêndio.
certificando que pode haver o comércio do
5.1.2.6.11 Licença de funcionamento para instalações
grupo L no local desejado;
radioativas, nucleares, ou de radiografia industrial,
c. detalhes construtivos previstos na IT 30/11 a ou qualquer instalação que trabalhe com fontes
serem inseridos no Memorial básico de radioativas
construção (Anexo P);
Documento emitido pela Comissão Nacional de Energia
d. autorização do Departamento de Produtos Nuclear (CNEN), autorizando o funcionamento da
Controlados da Polícia Civil (DPC), conforme o edificação e áreas de risco.
item 5.1.2.6.4 desta IT.
5.1.2.6.12 Memorial básico de construção, conforme
5.1.2.6.6 Memorial de dimensionamento da carga Anexo P
de incêndio
Documento com a descrição das características
Memorial descritivo da carga de incêndio dos materiais estruturais da edificação e áreas de risco.
existentes na edificação e áreas de risco contendo o
5.1.2.6.13 Memorial de dimensionamento e descritivo
dimensionamento conforme IT 14/11 – Carga de incêndio
da lógica de funcionamento do sistema de controle de
nas edificações e áreas de risco. No desenvolvimento dos
fumaça
cálculos, quando utilizados, os materiais devem ser
Memorial demonstrativo dos parâmetros técnicos
individualizados em unidades, relacionando-os com suas
adotados para dimensionamento do sistema de controle
respectivas massas (kg), sendo que o resultado final deve
de fumaça e a descrição lógica do funcionamento.
ser dado em unidades absolutas (ex.: 200 prateleiras com
30 pallets em cada uma e com 20 caixas em cada pallets). 5.1.2.6.14 Memorial de cálculo de pressurização de
escada
5.1.2.6.7 Documento comprobatório
Memorial descritivo dos cálculos realizados para o
Documento que comprova a área construída, a ocupação
dimensionamento da pressurização da escada de
e a data da edificação e áreas de risco existentes (Projeto
segurança.
5.1.2.6.15 Memorial de cálculo de isolamento de risco h. o quadro de áreas da edificação e áreas de risco

Memorial descritivo dos cálculos realizados para o deve ser colocado na primeira folha;

dimensionamento do isolamento de risco entre i. é facultativa a apresentação da planta de


edificações e áreas de risco. fachada, porém, os detalhes de proteção

5.1.2.7 Implantação estrutural, compartimentação vertical e escadas


devem ser apresentados em planta de corte;
Folha única no formato A4, A3, A2 ou Al em escala
padronizada, conforme Anexo E, obrigatória somente nos j. quando o Projeto Técnico apresentar dificuldade

seguintes casos: para visualização das medidas de segurança


contra incêndio alocado em um espaço da
a. quando houver mais de uma edificação e áreas
planta, devido à grande quantidade de elementos
de risco a ser representada;
gráficos, deve ser feita linha de chamada em
b. quando houver uma única edificação e áreas de
círculo com linha pontilhada com alocação dos
risco, onde suas dimensões não possam ser
símbolos exigidos;
representadas em uma única folha.
k. a apresentação de Projeto Técnico preliminar
5.1.2.8 Planta das medidas de segurança contra
com a representação do sistema de chuveiros
incêndio
automáticos deve ser feita em planta separada,
Representação gráfica da edificação e áreas de risco, porém, em ordem numérica sequencial do
conforme Anexo F, indicando a localização das medidas Projeto Técnico.
de segurança contra incêndio, bem como os riscos
5.1.3.2 Conteúdo da planta das medidas de segurança
existentes, conforme descrito no item 5.l.3.
contra incêndio.
5.1.3 Apresentação da planta das medidas de
5.1.3.2.1 Detalhes genéricos que devem constar nas
segurança contra incêndio
plantas:
5.1.3.1 Deve ser apresentada da seguinte forma:
a. símbolos gráficos, conforme IT 04/11, com a
a. além da planta impressa que compõe o processo, localização das medidas de segurança contra
deve-se apresentar uma mídia, devidamente incêndio em planta baixa;
identificada, com os arquivos eletrônicos das
b. legenda de todas as medidas de segurança contra
plantas com a extensão em PDF;
incêndio utilizadas no Projeto Técnico. A
b. ser elaborada no formato A4 (2l0 mm x 297 apresentação dos demais símbolos não utilizados
mm), A3 (297 mm x 420 mm), A2 (420 mm x no Projeto Técnico é opcional;
594 mm) ou Al (594 mm x 840 mm);
c. nota em planta com a indicação dos
c. as escalas adotadas devem ser as estabelecidas equipamentos móveis ou fixos ou sistemas de
em normas oficiais; segurança instalados que possuírem a mesma
d. adotar escala que permita a visualização das capacidade ou dimensão;
medidas de segurança contra incêndio; d. áreas construídas e áreas de risco com suas
e. quando a planta de uma área construída ou área características, tais como:
de risco não couber integralmente em escala 1) tanques de combustível (produto e capacidade);
reduzida em condições de legibilidade na folha
2) casa de caldeiras ou vasos sob pressão;
A1, esta pode ser fracionada, contudo, deve
3) dutos e aberturas que possibilitem a propagação
adotar numeração que indique onde está
de calor;
localizada tal área na implantação;
4) cabinas de pintura;
f. adotar os símbolos gráficos conforme IT 04/11;
5) locais de armazenamento de recipientes
g. seguir a forma de apresentação gráfica conforme
contendo gases inflamáveis (capacidade do
padrão adotado por normas oficiais;
recipiente e quantidade armazenada);

6) áreas com risco de explosão;


7) centrais prediais de gases inflamáveis; enclausuradas, dentre outros) especificadas em

8) depósitos de metais pirofóricos; um quadro de áreas próprio, quando houver


solicitação de isenção de medidas de segurança
9) depósito de produtos perigosos;
contra incêndio;
10) outros riscos que necessitem de segurança
n. indicar eixos transversais e longitudinais com
contra incêndio.
cor 252 e respectivas cotas de 10 (dez) metros
e. as plantas das medidas de segurança contra
no quadrante superior esquerdo, nas plantas de
incêndio devem ser apresentadas com as
implantação e de risco.
medidas de segurança contra incêndio na cor
Nota:
vermelha, distinguindo-as dos demais detalhes
da planta. Outros itens da planta na cor vermelha Os detalhes genéricos constantes do Projeto Técnico
devem ser apresentados na primeira folha ou, nos casos
podem ser incluídos desde que sua representação em que tais detalhes não caibam nesta, devem constar
tenha vínculo com as medidas de segurança nas próximas folhas, tais como:
a) legenda;
contra incêndio apresentadas no Projeto
b) isométrico;
Técnico;
c) quadro resumo das medidas de segurança;
f. o esquema isométrico da tubulação deve ser d) quadro de localização da edificação e áreas de
apresentado de acordo com o item 5.1.3.2.2 risco;
e) quadro de áreas;
(Detalhes específicos que devem constar em
f) detalhes de corrimãos e guarda-corpos;
planta);
g) detalhes de degraus;
g. quadro de situação da edificação e áreas de h) detalhe da ventilação efetiva da escada de
segurança;
risco, sem escala, indicando os logradouros que
i) detalhe do registro de recalque;
delimitam a quadra;
j) nota sobre o sistema de sinalização adotado;
h. quadro resumo das medidas de segurança contra k) detalhe da sucção da bomba de incêndio;
incêndio indicando as normas e/ou legislações l) especificação dos chuveiros automáticos;
aplicadas nas respectivas medidas de segurança m) quadro do sistema de gases e líquidos
inflamáveis e combustíveis e outros.
constantes do Projeto Técnico conforme Anexo
G; 5.1.3.2.2 Detalhes específicos que devem constar na
i. cotas dos desníveis em uma planta baixa, planta de acordo com a medida de segurança projetada
quando houver; para a edificação e áreas de risco, constante nas

j. medidas de proteção passiva contra incêndio nas respectivas Instruções Técnicas:

plantas de corte, tais como: dutos de ventilação a. Acesso de viatura na edificação e áreas de
da escada, distância verga peitoril, escadas, risco (IT 06/11):
antecâmaras, detalhes de estruturas e outros 1) largura da via de acesso;
quando houver a exigência específica destes
2) indicação se a via de acesso é mão única ou
detalhes construtivos;
mão dupla;
k. localização e independência do sistema elétrico
3) indicação do peso suportado pelo pavimento da
em relação à chave geral de energia da
via de acesso em Kgf;
edificação e áreas de risco sempre que a medida
4) largura e altura do portão de entrada da via de
de segurança contra incêndio tiver seu
acesso;
funcionamento baseado em motores elétricos;
b. Separação entre edificações (IT 07/11):
l. miniatura da implantação com hachuramento da
Para as edificações objetos de cálculo deve-se:
área sempre que houver planta fracionada em
mais de uma folha, conforme planta chave; 1) indicar a distância de outras edificações;

m. destaque no desenho das áreas frias não 2) indicar a ocupação;


computáveis (banheiros, vestiários, escadas 3) indicar a carga de incêndio;
4) indicar as aberturas nas fachadas e suas parede, divisória, teto e forro, correspondentes
respectivas dimensões; a cada ambiente.

5) indicar a fachada da edificação considerada f. Saídas de emergências (IT 11/11):


para o cálculo de isolamento de risco e suas 1) detalhes de degraus;
respectivas dimensões;
2) detalhes de corrimãos;
6) parede corta-fogo para isolamento de risco;
3) detalhes de guarda-corpos;
7) juntar o memorial de cálculo de isolamento de
4) largura das escadas;
risco.
5) detalhe da ventilação efetiva da escada de
c. Segurança estrutural nas edificações (IT
segurança (quando houver);
08/11):
6) largura das portas das saídas de emergência;
1) constar o Tempo Requerido de Resistência ao
7) indicar barra antipânico (quando houver);
Fogo (TRRF) das estruturas em nota ou legenda
e no memorial de construção, independente do 8) casa de máquinas do elevador de emergência

tipo de estrutura; (quando houver exigência);

2) identificar os tipos de estruturas; 9) antecâmaras de segurança (quando houver


exigência);
3) identificar em planta as áreas das estruturas
protegidas com material resistente ao fogo e, se 10) indicar a lotação do ambiente quando se tratar

for o caso, os locais isentos de revestimento, de local de reunião de público, individualizando

conforme Anexo A da IT 08/11. a lotação por ambiente.

d. Compartimentação horizontal e g. Centros esportivos e de exibição – Requisitos

compartimentação vertical (IT 09/11): de segurança contra incêndio (IT 12/11):

1) áreas compartimentadas e o respectivo quadro 1) larguras das escadas, acessos e portas das

de áreas; saídas de emergência;

2) aba horizontal; 2) larguras das portas das entradas dos recintos;

3) aba vertical; 3) barra antipânico onde houver;

4) afastamento de aberturas perpendiculares à 4) corrimãos em escadas e rampas, inclusive os

parede corta-fogo para compartimentação; corrimãos centrais;

5) tempo de resistência ao fogo dos elementos 5) dimensões da base e espelho dos degraus;

estruturais utilizados; 6) porcentagem de inclinação das rampas;

6) elementos corta-fogo: 7) as lotações dos ambientes;

7) parede corta-fogo para compartimentação; 8) delimitação física da área de público em pé;

8) vedador corta-fogo; 9) dimensões dos camarotes (quando houver);

9) selo corta-fogo; 10) dimensões das cadeiras fixas (dobráveis ou

10) porta corta-fogo; não) e o espaçamento entre as mesmas;

11) cortina corta-fogo; 11) indicar o revestimento do piso;

12) cortina d’água; 12) indicar os equipamentos de som;

13) vidro corta-fogo; 13) localização do grupo motogerador;

14) vidro para-chama. 14) localização dos blocos autônomos;

e. Controle de materiais de acabamento e de 15) indicar a sinalização de piso;

revestimento (IT 10/11): 16) constar nota no quadro de informações sobre os

1) indicar nos respectivos cortes ou em notas sistemas de como será o controle de acesso do

específicas, as classes dos materiais de piso, público.


h. Pressurização de escada de segurança (IT 4) dutos e peças especiais;
13/11): 5) registro corta-fogo e fumaça;
1) sala do grupo motoventilador; 6) localização dos pontos de acionamento
2) localização do ponto de captação de ar; alternativo do sistema;

3) detectores de acionamento do sistema; 7) localização dos detectores de incêndio;

4) localização da central de detecção de incêndio; 8) localização da central de alarme/detecção de

5) localização da fonte alternativa de energia do incêndio;

sistema; 9) localização da casa de máquinas dos

6) grelhas de insuflamento; insufladores e exaustores;

7) caminhamento dos dutos; 10) localização da fonte de alimentação, quadros e


comandos;
8) localização do grupo motogerador;
11) juntar o memorial de dimensionamento e
9) janela de sobre pressão;
descritivo da lógica de funcionamento do
10) apresentação esquemática do sistema em corte;
sistema de controle de fumaça.
11) acionadores manuais dos motoventiladores
k. Iluminação de emergência (IT 18/11):
localizados na sala do grupo motoventilador e
1) os pontos de iluminação de emergência;
no local de supervisão predial com
permanência humana constante; 2) quando o sistema de iluminação de emergência
for alimentado por grupo motogerador (GMG)
12) elementos de compartimentação de risco
que não abranja todas as luminárias da
(parede e porta corta-fogo) da sala do grupo
edificação e áreas de risco, devem ser indicadas
motoventilador;
as luminárias a serem acionadas em caso de
13) antecâmara de segurança e indicação da porta
emergência;
estanque quando a sala do grupo
3) o posicionamento da central do sistema;
motoventilador estiver localizada em
pavimento que possa causar risco de captação 4) fonte alternativa de energia do sistema;

de fumaça de um incêndio; 5) quando o sistema for abrangido por GMG,

14) juntar o memorial de cálculo de vazão do devem constar em projeto técnico a

sistema de pressurização da escada; abrangência, autonomia e sistema de


automatização;
15) juntar o memorial de cálculo de vazão do
sistema de pressurização do elevador de 6) duto de entrada de ar, parede corta-fogo e porta

emergência (quando houver exigência). corta-fogo da sala do GMG quando o mesmo


estiver localizado em área com risco de
i. Carga de incêndio nas edificações e áreas de
captação de fumaça ou gases quentes
risco (IT 14/11):
provenientes de um incêndio;
1) Indicar a carga de incêndio específica para as
7) detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos
ocupações não listadas na IT 14/11;
quando passarem por área de risco.
2) Juntar o memorial de carga de incêndio
l. Sistema de detecção e alarme de incêndio (IT
(quando necessário).
19/11):
j. Controle de fumaça (IT 15/11):
1) localização pontual dos detectores;
1) entrada de ar (aberturas, grelhas, venezianas e
2) os acionadores manuais de alarme de incêndio;
insuflação mecânica);
3) os sinalizadores sonoros e visuais;
2) exaustores naturais (entradas, aberturas,
grelhas, venezianas, clarabóias e alçapões); 4) central do sistema;

3) exaustores mecânicos; 5) painel repetidor (quando houver);

6) fonte alternativa de energia do sistema.


m. Sistema de sinalização de emergência (IT 11) quando o sistema de abastecimento de água for
20/11): através de fonte natural (lago, lagoa, açude

Deve ser lançada uma nota referenciando o etc.), indicar a sua localização;

atendimento do sistema de sinalização de emergência 12) juntar o memorial de cálculo do sistema de


de acordo com a IT 20/11. hidrantes.

n. Sistema de proteção por extintores de p. Sistema de chuveiros automáticos (IT 23/11 e


incêndio (IT 21/11): 24/11) - ver também item 5.5.12:

1) indicar as unidades extintoras; 1) localização das bombas do sistema com

2) quando forem usadas unidades extintoras com indicação da pressão, vazão e potência;

capacidades diferentes de um mesmo agente, 2) a área de aplicação dos chuveiros hachurada


deve ser indicada a capacidade ao lado de cada para os respectivos riscos;
símbolo. 3) os tipos de chuveiros especificados;
o. Sistema de hidrantes e de mangotinhos para 4) localização dos cabeçotes de testes;
combate a incêndio (IT 22/11):
5) área de cobertura e localização das válvulas de
1) indicar os hidrantes ou mangotinhos; governo e alarme (VGA) e dos comandos
2) indicar as botoeiras de acionamento da bomba secundários (CS);
de incêndio; 6) localização do painel de alarme;
3) indicar o dispositivo responsável pelo 7) locais onde foram substituídos os chuveiros por
acionamento no barrilete, quando o sistema de detectores de incêndio;
acionamento for automatizado, bem como, a
8) esquema isométrico somente da tubulação
localização do acionador manual alternativo da
envolvida no cálculo;
bomba de incêndio em local de supervisão
9) toda a tubulação abrangida pelo cálculo deve
predial, e com permanência humana constante;
ter seu diâmetro e comprimento cotado no
4) indicar o registro de recalque, bem como o
esquema isométrico;
detalhe que mostre suas condições de
10) devem ser apresentadas todas as tubulações de
instalação;
distribuição com respectivos diâmetros e cotas
5) quando houver mais de um sistema de hidrantes
de distância;
instalado, deve ser indicado no registro de
11) devem ser indicados os pontos de chuveiros
recalque, a qual edificação ele pertence;
automáticos em toda a edificação e áreas de
6) indicar o reservatório de incêndio e sua
risco;
capacidade;
12) para edificações C-3, exceto quando se tratar da
7) indicar a bomba de incêndio principal e jockey
área de operação, não será necessária a
(quando houver) com indicação de pressão,
apresentação dos pontos de chuveiros
vazão e potência;
automáticos nas lojas com área inferior a 300
8) quando forem usadas mangueiras de incêndio e m², neste caso, deve-se indicar a área protegida
esguichos com comprimentos e requintes através de simbologia específica;
diferentes, devem ser indicadas as respectivas
13) localização do registro de recalque;
medidas ao lado do símbolo do hidrante;
14) quando o sistema de abastecimento de água for
9) deve constar a perspectiva isométrica completa
através de fonte natural (lago, lagoa, açude
(sem escala e com cotas);
etc.), indicar a sua localização;
10) deve constar o detalhe da sucção quando o
15) indicar o dispositivo responsável pelo
reservatório for subterrâneo ou ao nível do solo;
acionamento do sistema no barrilete, bem como
a localização do acionador manual alternativo
da bomba de incêndio em local de supervisão 14) juntar o memorial de cálculo do sistema de
predial com permanência humana constante; espuma e resfriamento.

16) indicar a capacidade e localização do r. Sistema fixo de gases para combate a


reservatório de incêndio; incêndio (IT 26/11):
17) juntar o memorial de cálculo do sistema de 1) indicar a botoeira alternativa para acionamento
chuveiros automáticos; do sistema fixo;
18) altura de armazenamento de mercadoria; 2) indicar a botoeira de desativação do sistema de
19) classe da mercadoria armazenada. gases;

q. Segurança contra incêndio para líquidos 3) indicar a central do sistema de detecção e

combustíveis e inflamáveis (IT 25/11): alarme de incêndio;

1) indicar todos os tanques e instalações; 4) indicar os detectores de incêndio;

2) indicar o tipo de tanque (elevado, subterrâneo, 5) indicar a bateria de cilindros de gases;

vertical ou horizontal); 6) indicar as áreas protegidas pelo sistema fixo de

3) indicar o tipo de superfície do tanque (teto gases;

flutuante ou fixo); 7) indicar o tempo de retardo para evacuação do

4) indicar através de cotas os afastamentos entre local;

tanques, edificações, vias públicas, limites de 8) deve constar o esquema isométrico somente da
propriedades e dimensões das bacias de tubulação envolvida no cálculo;
contenção; 9) juntar o memorial de cálculo do sistema de
5) indicar a capacidade de armazenamento de cada gases limpos e CO2.
tanque;
s. Armazenamento em silos (IT 27/11):
6) indicar o produto inflamável ou combustível, e
1) indicar o respiro da cobertura de cada silo;
ponto de fulgor;
2) indicar a largura das escadas;
7) indicar para cada cenário, qual tanque é
3) constar nota no quadro de informações sobre os
considerado o de maior risco para efeito de
sistemas de que os elevadores devem ser
cálculo;
fechados em poços estanques com paredes
8) indicar os tanques considerados vizinhos ao
resistentes ao fogo por 2 horas; que as
tanque de maior risco;
luminárias, inclusive as de emergência, da área
9) indicar os equipamentos de proteção contra de risco são à prova de explosão e de pó; que os
incêndio (bombas de incêndio, esguichos transportadores verticais e horizontais são
reguláveis e lançadores de espuma, dotados de sensores automáticos de
proporcionadores, canhões monitores, movimento, que desligam automaticamente os
aspersores, câmaras de espuma, registro de motores ao ser detectado o escorregamento da
recalque, entre outros); correia ou corrente;
10) apresentar quadro que contenha a indicação do 4) indicar nas escadas e elevadores as portas corta-
tanque, o produto armazenado, volume, ponto fogo (PCF) do tipo P-90, com fecho automático
de fulgor, diâmetro e altura do tanque; em todas as aberturas;
11) indicar a localização e volume do líquido 5) indicar o sensor de temperatura localizado entre
gerador de espuma (LGE); os dispositivos de produção de calor e o
12) constar o esquema isométrico, podendo ser secador;
apenas da tubulação envolvida no cálculo; 6) indicar o dispositivo corta-fogo provido de
13) indicar as especificações dos equipamentos alívio de explosão, no duto de conexão entre os
envolvidos no cálculo; silos e o dispositivo de coleta de poeira;
7) indicar na cobertura a vedação contra pós e postos que comercializem gás combustível
contra água; comprimido;

8) indicar o sistema de detecção e de extinção de 3) indicar o local de estacionamento do veículo


faíscas nos dutos de transporte de poeira; abastecedor quando o gás natural for

9) constar em todos os locais confinados distribuído por este meio de transporte.

ventiladores à prova de explosão, com v. Fogos de artifício (IT 30/11):


acionamento manual ou automático; 1) deve ser lançada uma nota referenciando o
10) indicar os dispositivos de alívio de explosão atendimento às distâncias de separação do
nos equipamentos (dutos, silos de pó, coletores, comércio à via pública, edifícios habitados e
etc), edificações e estruturas onde exista o risco confrontantes de acordo com a IT 30/11;
de explosão de pó. 2) quantidades de fogos armazenados e suas
t. Manipulação, armazenamento, comercializa- classificações.
ção e utilização de gás liquefeito de petróleo - w. Segurança contra incêndio para heliponto e
GLP (IT 28/11): heliporto (IT 31/11):
1) localização da central de GLP; 1) sinalização do heliponto conforme previsto na
2) indicar a capacidade dos cilindros, bem como respectiva IT;
da capacidade total da central; 2) indicar a capacidade de carga do heliponto.
3) afastamentos das divisas de terrenos, áreas x. Produtos perigosos em edificações e áreas de
edificadas no mesmo lote e locais de risco; risco (IT 32/11):
4) local de estacionamento do veículo 1) indicar o centro de monitoramento ou a guarita;
abastecedor, quando o abastecimento for a
2) indicar a quantidade e o local de
granel;
armazenamento ou manipulação.
5) sistema de proteção da central;
y. Cobertura de sapé, piaçava e similares (IT
6) localização do botijão e das aberturas previstas 33/11):
para ventilação (caso de área interna em
1) especificar qual o tipo de cobertura utilizada;
unidade habitacional quando permitido pela IT
2) afastamentos dos limites do terreno e de postos
28/11) e forma de instalação;
de abastecimento de combustíveis, gases
7) indicar os equipamentos de proteção contra
inflamáveis, fogos de artifício ou seus
incêndio (bombas de incêndio, esguichos
depósitos;
reguláveis, canhões monitores, aspersores,
3) localização de fogões, coifas e similares;
registro de recalque, entre outros), se houver
exigência de sistema de resfriamento; 4) localização da central de GLP (quando houver).

8) constar o esquema isométrico, podendo ser z. Hidrante urbano (IT 34/11):

apenas da tubulação envolvida no cálculo, se 1) posicionamento dos hidrantes;


houver exigência de sistema de resfriamento; 2) o raio de ação do hidrante;
9) juntar o memorial de cálculo do sistema de 3) a vazão dos hidrantes;
resfriamento, se houver exigência de sistema de
4) o traçado da rede de água que abastece os
resfriamento.
hidrantes com indicação de seus diâmetros.
u. Comercialização, distribuição e utilização de
a.a. Túnel rodoviário (IT 35/11):
gás natural (IT 29/11):
1) indicar a interligação dos túneis paralelos
1) indicar os compressores, estocagem e unidades
(quando for o caso);
de abastecimento de gás;
2) indicar o sistema de exaustão;
2) indicar as distâncias mínimas de afastamentos
3) indicar as defensas das laterais do túnel;
previstos na tabela I da NBR 12236/94, para
4) indicar os detalhes dos corrimãos; 5.1.4.2 O interessado deve comparecer ao CBPMESP

5) indicar as áreas de refúgio (quando houver); com o comprovante original do pagamento dos
emolumentos referentes ao serviço de análise da área
6) indicar as rotas de fuga e as saídas de
indicada no Projeto Técnico.
emergência;
5.1.4.3 O pagamento dos emolumentos realizado através
7) indicar as medidas de segurança contra
de compensação bancária que apresentar irregularidades
incêndio adotadas;
de quitação junto ao Serviço de Segurança contra
8) indicar o sistema de drenagem de líquidos e
Incêndio deve ter seu processo de análise interrompido.
bacias de contenção;
5.1.4.4 O processo de análise deve ser reiniciado quando
9) indicar o sistema de comunicação interna;
a irregularidade for sanada.
10) indicar o sistema de circuito interno de
5.1.5 Prazos de análise
televisão.
5.1.5.1 O Serviço de Segurança contra Incêndio tem o
a.b. Pátio de contêiner (IT 36/11):
prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis para analisar o
1) Indicar as áreas de segregação de cargas e Projeto Técnico.
respectivas proteções.
5.1.5.2 O Projeto Técnico deve ser analisado conforme
a.c. Subestação elétrica (IT 37/11): ordem cronológica de entrada.
1) indicar as áreas destinadas aos reatores, 5.1.5.3 A ordem do item anterior pode ser alterada para
transformadores e reguladores de tensão; o atendimento das ocupações ou atividades temporárias
2) indicar as vias de acesso a veículos de ou interesse da administração pública, conforme cada
emergência; caso.

3) indicar as paredes corta-fogo de isolamento de 5.1.6 Cassação


risco utilizadas no local; 5.1.6.1 A qualquer tempo o CBPMESP pode anular o
4) indicar a bacia de contenção com drenagem do Projeto Técnico que não tenha atendido todas as
óleo isolante e a caixa separadora de óleo e exigências da legislação vigente à época da aprovação.
água; 5.1.6.2 O Projeto Técnico anulado deve ser substituído
5) detalhamento do sistema de água nebulizada por um novo, podendo ser baseado na legislação vigente
para os casos de subestação compartilhada. à época da elaboração do Projeto Técnico anulado.

a.d. Segurança contra incêndio em cozinha 5.1.6.3 Constatada a inabilitação técnica do responsável
profissional (IT 38/11): técnico que atuou no Projeto Técnico para o ato

1) indicar o caminhamento dos dutos de exaustão; praticado, ao tempo da aprovação, deve ser procedida a
anulação do Projeto Técnico.
2) indicar o sistema fixo de extinção a ser
instalado, quando for o caso. 5.1.6.4 O ato de anulação de Projeto Técnico deve ser
publicado na Imprensa Oficial do Estado.
a.e. Inspeção em instalações elétricas de baixa
tensão (IT 41/11): 5.1.6.5 O ato de anulação nos setores de segurança
contra incêndio dos Grupamentos de Bombeiros do
1) Deve constar no quadro resumo das medidas de
Interior do Estado pode ser publicado na imprensa oficial
segurança, nota esclarecendo o atendimento da
local, onde houver, e nas demais hipóteses seguir o
IT 41/11 - Inspeção visual em instalações
princípio da publicidade previsto na legislação comum.
elétricas de baixa tensão.
5.1.6.6 O ato de anulação deve ser comunicado ao
5.1.4 Apresentação do Projeto Técnico para
proprietário/responsável pelo uso, responsável técnico,
avaliação junto ao CBPMESP
Prefeitura Municipal e, na hipótese do item 5.1.6.3, ao
5.1.4.1 O Projeto Técnico deve ser apresentado na seção
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
de protocolo do Serviço de Segurança contra Incêndio do
Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP).
CBPMESP, em no mínimo duas vias e no máximo três
5.1.6.7 Havendo indício de crime, o responsável pelo
vias.
Serviço de Segurança contra Incêndio deve comunicar o 5.1.7.2.1 É a complementação de informações ou
fato ao Ministério Público. alterações técnicas relativas ao Projeto Técnico aprovado,

5.1.7 Substituição ou atualização do Projeto por meio de documentos encaminhados ao Serviço de

Técnico Segurança contra Incêndio, via Formulário para


Atendimento Técnico, que ficam apensos ao Projeto
5.1.7.1 Substituição do Projeto Técnico
Técnico;
A edificação e áreas de risco que se enquadrar dentro de
5.1.7.2.2 Quando se tratar de área ampliada que
uma das condições abaixo relacionadas devem ter o seu
represente riscos isolados em relação à edificação
Projeto Técnico substituído:
existente, desde que possua as mesmas medidas de
5.1.7.1.1 Ampliação de área construída que implique o
segurança contra incêndio, deve, a área ampliada, atender
redimensionamento dos elementos das saídas de
a legislação atual, e ser regularizada através da
emergência, tais como tipo e quantidade de escadas,
apresentação de plantas.
acessos, portas, rampas, lotação e outros;
5.1.7.2.3 São aceitas as modificações ou
5.1.7.1.2 Ampliação de área construída que implique o
complementações desde que não se enquadrem nos casos
redimensionamento do sistema hidráulico de segurança
previstos no item 5.1.7.1 - Substituição do Projeto
contra incêndio existente, tais como: pressão, vazão,
Técnico.
potência da bomba de incêndio e reserva de incêndio;
5.2 Projeto Técnico Simplificado
5.1.7.1.3 Ampliação de área que implique a adoção de
5.2.1 Procedimento usado para regularização de
nova medida de segurança contra incêndio (medida não
edificações com área de construção de até 750 m² e com
prevista anteriormente);
altura de até 3 pavimentos nos termos e exceções
5.1.7.1.4 A mudança de ocupação da edificação e áreas
previstas na IT 42/11 – Projeto Técnico Simplificado.
de risco com ou sem agravamento de risco que implique
5.2.2 Os procedimentos relacionados ao Projeto
a ampliação das medidas de segurança contra incêndio
Técnico Simplificado são regulados por meio da IT 42/11
existentes e/ou exigência de nova medida de segurança
– Projeto Técnico Simplificado, aplicando-se
contra incêndio;
subsidiariamente os procedimentos desta IT.
5.1.7.1.5 A mudança de leiaute da edificação e áreas de
5.3 Projeto Técnico para Instalação e Ocupação
risco que implique a adoção de nova medida de
Temporária
segurança ou torne ineficaz a medida de segurança
prevista no Projeto Técnico existente; 5.3.1 Características da instalação

5.1.7.1.6 O aumento da altura da edificação e áreas de Instalações como circos, parques de diversão, feiras de

risco que implique a adoção de nova medida de exposições, feiras agropecuárias, rodeios, shows

segurança contra incêndio e/ou redimensionamento do artísticos, entre outros, devem ser desmontadas e

sistema hidráulico de segurança contra incêndio existente transferidas para outros locais após o prazo máximo de 6

e/ou rotas de fuga; (seis) meses, e após este prazo a edificação e áreas de
risco passam a ser regidas pelas regras do item 5.l.
5.1.7.1.7 Sempre que, em decorrência de várias
ampliações ou diversas alterações, houver acúmulo de 5.3.2 Composição

plantas e documentos que dificultem a compreensão e o O Projeto Técnico para Instalação e Ocupação
manuseio do Projeto Técnico por parte do Serviço de Temporária deve ser composto pelos seguintes
Segurança contra Incêndio, a decisão para substituição do documentos:
Projeto Técnico cabe ao Comando da Unidade ou chefe a. cartão de identificação, conforme Anexo A;
da Divisão de Atividades Técnicas, em atenção a pedido
b. pasta do Projeto Técnico;
fundamentado do chefe do Serviço de Segurança contra
c. formulário de segurança contra incêndio de
Incêndio.
Projeto Técnico, conforme Anexo B;
5.1.7.2 Atualização do Projeto Técnico
d. procuração do proprietário, quando este
transferir seu poder de signatário;
e. atestado de brigada de incêndio; assinada pelo proprietário ou responsável pelo uso e

f. ART do responsável técnico sobre: responsável técnico.

1) elaboração do Projeto Técnico para Instalação e 5.3.4 Apresentação para avaliação junto ao

Ocupação Temporária; CBPMESP

2) instalação das medidas de segurança contra 5.3.4.1 O Projeto Técnico para Instalação e Ocupação

incêndio; Temporária deve ser apresentado na seção de protocolo


do Serviço de Segurança contra Incêndio do Corpo de
3) lona de cobertura de material específico,
Bombeiros, em duas vias.
conforme determinado na IT 10/11 para
ocupação com lotação superior a l00 pessoas; 5.3.4.2 A pasta contendo a documentação deve ser
formada quando do início das atividades ou quando da
4) instalação e estabilidade das arquibancadas e
primeira vez que houver presença no Estado de São
arenas desmontáveis;
Paulo. Isso se fará diante do Serviço de Segurança contra
5) instalações dos brinquedos de parques de
Incêndio do Corpo de Bombeiros com atribuições no
diversão;
município.
6) instalação e estabilidade dos palcos;
5.3.4.3 Nesta primeira ocasião, o Serviço de Segurança
7) instalação e estabilidade das armações de contra Incêndio deve orientar o interessado sobre todas as
circos; condições de segurança contra incêndio exigidas, bem
8) instalações elétricas; como, a respectiva documentação necessária.

9) grupo motogerador; 5.3.4.4 Completada a orientação, todos os documentos

10) outras montagens mecânicas ou devem receber carimbo padrão de aprovação, sendo que

eletroeletrônicas. uma das pastas deve ser devolvida ao interessado e a


outra pasta deve ficar arquivada no Serviço de Segurança
g. planta das medidas de segurança contra incêndio
contra Incêndio do município de origem.
ou planta de instalação e ocupação temporária.
5.3.4.5 A pasta do interessado deve acompanhar a
5.3.3 Planta de instalação e ocupação temporária
instalação ou a ocupação em todo o Estado de São Paulo
A planta deve conter: e deve ser apresentada no Serviço de Segurança contra
5.3.3.1 Área com as cotas de todos os perímetros e Incêndio do Corpo de Bombeiros da localidade, em toda
larguras das saídas em escala padronizada; solicitação de nova vistoria.
5.3.3.2 Lotação da edificação e áreas de risco; 5.3.4.6 Depois de instalada toda a proteção exigida,
5.3.3.3 A indicação de todas as dependências, áreas de deve ser realizada a vistoria e emitido o respectivo Auto
risco, arquibancadas, arenas e outras áreas destinadas à de Vistoria, caso não haja irregularidades, com validade
permanência de público, instalações, equipamentos, somente para o endereço onde esteja localizada a
brinquedos de parques de diversões, palcos, centrais de instalação na época da vistoria.
gases inflamáveis, enfim, tudo o que for fisicamente 5.3.4.7 Nos demais municípios, em cada vez que for
instalado, sempre com a identificação das medidas da montada a instalação ou ocupação, não há necessidade de
respectiva área; se refazer a documentação, exceto o cartão de
5.3.3.4 Nota com os seguintes dizeres: “A identificação, o formulário de segurança contra incêndio
responsabilidade pelo controle de acesso ao recinto e da e a ART. Esses documentos, juntamente com a pasta,
lotação, bem como em manter as saídas desimpedidas e devem ser apresentados no Serviço de Segurança contra
desobstruídas, e demais exigências constantes da IT Incêndio, onde devem ser conferidos e liberados para a
12/11 é do responsável pela organização do evento”; realização da vistoria.

5.3.3.5 Os símbolos gráficos dos sistemas e 5.3.4.8 A pasta deve ser devolvida ao interessado que
equipamentos de segurança contra incêndio conforme IT deve apresentá-la ao vistoriador quando da realização da
04/11; vistoria no local.

5.3.3.6 A apresentação em folha tamanho até A1, 5.3.4.9 Devido à peculiaridade do tipo de instalação ou
ocupação, o Projeto deve ser protocolado no setor de 5.5.1 Cada medida de segurança contra incêndio deve
análise do Corpo de Bombeiros com o prazo mínimo de ser dimensionada conforme o critério existente em uma
07 (sete) dias de antecedência. única norma, vedando o uso de mais de um texto

5.3.4.10 A taxa de análise do Projeto Técnico de normativo para uma mesma medida de segurança contra

Instalação e Ocupação Temporária deve ser calculada de incêndio.

acordo com a área delimitada a ser ocupada pelo evento, 5.5.2 É permitido o uso de norma estrangeira quando o
incluindo as áreas edificadas, arenas, estandes, barracas, sistema de segurança estabelecido oferecer melhor nível
arquibancadas, palcos e similares, excluindo-se as áreas de segurança.
descobertas destinadas a circulação de pessoas e 5.5.3 Se o responsável técnico fizer uso de norma
estacionamentos descobertos. estrangeira, deve apresentá-la obrigatoriamente anexada
ao Projeto Técnico no ato de sua entrega para análise.
5.4 Projeto Técnico de Ocupação Temporária em
5.5.4 A norma estrangeira deve ser apresentada
Edificação Permanente
sempre em seu texto total e traduzida para a língua
É o procedimento adotado para evento temporário em
portuguesa, por um tradutor juramentado.
edificação e áreas de risco permanente e deve atender às
5.5.5 A medida de segurança contra incêndio não
seguintes exigências:
exigida, ou dimensionada acima dos parâmetros
a. O evento temporário deve possuir o prazo
normatizados, deve ser orientada por escrito, pelo
máximo de 6 (seis) meses;
analista, ao proprietário ou responsável pelo uso, quanto
b. A edificação e áreas de risco permanente devem a não obrigatoriedade daquela medida ou parte dela.
atender às medidas de segurança contra incêndio
5.5.6 Devem ser adotados todos os modelos de
previstas no Regulamento de Segurança contra
documentos exemplificados nas Instruções Técnicas para
Incêndio, juntamente com as exigências para a
apresentação nos Projetos Técnicos, porém, é permitida a
atividade temporária que se pretende nela
fotocópia e a reprodução por meios eletrônicos,
desenvolver;
dispensando símbolos e brasões neles contidos.
c. A edificação e áreas de risco permanente devem
5.5.7 Todas as páginas dos documentos onde não haja
estar devidamente regularizadas junto ao
campo para assinatura devem ser rubricadas pelo
CBPMESP;
responsável técnico e proprietário ou responsável pelo
d. Se for acrescida uma instalação temporária em uso.
área externa junto da edificação e áreas de risco
5.5.8 Quando for emitido relatório de não
permanente, esta instalação deve estar
conformidades constatadas na análise do Projeto Técnico
regularizada de acordo com o item 5.1;
pelo Serviço de Segurança contra Incêndio, o interessado
e. Se no interior da edificação e áreas de risco deve encaminhar resposta circunstanciada, por meio de
permanente for acrescida instalação temporária, carta resposta sobre os itens emitidos, esclarecendo as
tais como boxe, estande, entre outros, prevalece providências adotadas para que o Projeto Técnico possa
a proteção da edificação e áreas de risco ser reanalisado pelo Serviço de Segurança contra
permanente, desde que atenda aos requisitos Incêndio até a sua aprovação.
para a atividade temporária em questão.
5.5.9 Quando houver a discordância do interessado em
relação aos itens emitidos pelo Serviço de Segurança
5.4.1 Composição
contra Incêndio e esgotadas as argumentações técnicas na
Conforme seções 5.1.2 e/ou 5.3.2.
fase de análise, o interessado pode solicitar recurso em
Comissão Técnica, conforme item 9.
5.4.2 Apresentação do procedimento para
avaliação junto ao CBPMESP 5.5.10 O pagamento do emolumento de análise dá
direito a realização de quantas análises forem necessárias
Conforme seções 5.1.4 ou 5.3.4.
dentro do período de 2 (dois) anos a contar da data de
5.5 Disposições gerais para apresentação de
emissão do primeiro relatório de não conformidades.
Projeto Técnico
5.5.11 Nos casos de extravio do protocolo de análise, o área construída especificada no Projeto Técnico a ser
responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso vistoriado.
deve encaminhar uma solicitação por escrito ou 6.1.8 Nos casos de ocupações temporárias conforme
Formulário para Atendimento Técnico (FAT) ao Serviço descritos nos itens 5.3 e 5.4, o emolumento deve ser
de Segurança contra Incêndio, esclarecendo o fato calculado de acordo com a área delimitada a ser ocupada
ocorrido. pelo evento, incluindo as áreas edificadas, arenas,
5.5.12 Quanto aos detalhes específicos do sistema de estandes, barracas, arquibancadas, palcos e similares,
chuveiros automáticos que devem constar na planta de excluindo-se as áreas descobertas destinadas a circulação
acordo com o item 5.1.3.2.2 desta IT, nas substituições de de pessoas e estacionamentos descobertos.
projeto, com ampliação, cujos projetos anteriores tenham 6.1.9 O pagamento dos emolumentos realizado através
vistoria aprovada, e as plantas atendiam a “Instrução de compensação bancária que apresentar irregularidades
Técnica CB - 005-33-97 - Procedimentos para análise de de quitação junto ao Serviço de Segurança contra
Proposta de Proteção contra Incêndio (20 de março de Incêndio deve ter seu processo de vistoria interrompido.
1997)”, a apresentação pode ser feita mantendo-se a
6.1.10 O processo de vistoria deve ser reiniciado
forma preconizada na Instrução Técnica CB - 005-33-97,
quando a irregularidade for sanada.
na área aprovada, e conforme esta IT para as áreas
6.1.11 Para a solicitação de vistoria de área
ampliadas. Na área existente aprovada deve ser
parcialmente construída o interessado deve informar,
apresentado o esquema isométrico com a área de cálculo
diretamente no portal do Via Fácil Bombeiros, a área a
e caminhamento da tubulação até a bomba, bem como o
ser vistoriada.
respectivo cálculo hidráulico.
6.1.12 O pagamento do emolumento para área
parcialmente construída é correspondente a área
6 PROCEDIMENTOS DE VISTORIA
solicitada.
6.1 Solicitação de vistoria
6.1.13 É permitida a vistoria para áreas parcialmente
6.1.1 A vistoria do Serviço de Segurança contra construídas, desde que atendam aos critérios de
Incêndio do CBPMESP na edificação e áreas de risco é isolamento de risco previstos na IT 07/11 - Separação
realizada mediante solicitação do proprietário, entre edificações, ou as áreas em construção estejam
responsável pelo uso ou responsável técnico com a protegidas conforme tabela 6M.4 do Regulamento de
apresentação dos documentos constantes do item 6.2. Segurança contra Incêndio.
6.1.2 Qualquer pessoa munida dos documentos pré- 6.1.14 Quando um Projeto Técnico englobar várias
estabelecidos pode protocolar a solicitação de vistoria da edificações que atendam aos critérios de risco isolado e
edificação e áreas de risco. que possuam medidas de segurança contra incêndio
6.1.3 O interessado solicita o pedido de vistoria no instaladas e independentes, deve ser permitida a vistoria
portal do Via Fácil Bombeiros, anexando a para áreas parciais desde que haja condição de acesso às
documentação de forma eletrônica (“up load” no sistema) viaturas do Corpo de Bombeiros e às respectivas
e mantendo uma via original na edificação. guarnições, tais como condomínio de edifícios

6.1.4 Caso o interessado não saiba informar o número residenciais, de edifícios comerciais, de edifícios de

do Projeto Técnico, o Serviço de Segurança contra escritórios, de edifícios industriais e condomínios de

Incêndio deve realizar a pesquisa pelo endereço. depósitos.

6.1.5 É facultativa a assinatura da ART pelo 6.1.15 Quando da vistoria em edificação e áreas de

contratante (proprietário ou responsável pelo uso) e risco que possua critério de isolamento através de parede

obrigatória pelo responsável técnico. corta-fogo, a vistoria deve ser executada nos ambientes
que delimitam a parede corta-fogo no mesmo lote e que
6.1.6 Podem ser apresentadas cópias dos documentos
tenham medidas de segurança contra incêndio
especificados nos itens 6.2.1.
independentes.
6.1.7 Deve ser recolhido o emolumento junto à
instituição bancária estadual autorizada de acordo com a
6.1.16 Após o pagamento do respectivo emolumento, o j. de outros sistemas, quando solicitados pelo
CBPMESP deve fornecer um protocolo de SvSCI.
acompanhamento da vistoria que contenha um número 6.2.1.1 A Anotação de Responsabilidade Técnica deve
sequencial de entrada. ser emitida para os serviços específicos de instalação e/ou
6.1.17 Deve ser observado pelo Serviço de Segurança manutenção das medidas de segurança contra incêndio
contra Incêndio a ordem cronológica do número previstas na edificação e áreas de risco.
sequencial de entrada para a realização da vistoria. 6.2.1.2 A Anotação de Responsabilidade Técnica de
6.1.18 Devido à peculiaridade do tipo de instalação ou instalação é exigida quando da solicitação da primeira
ocupação passíveis de serem regularizadas através de vistoria da edificação e áreas de risco.
Projeto Técnico para Instalações e Ocupações 6.2.1.3 A Anotação de Responsabilidade Técnica de
Temporárias e de Projeto Técnico de Ocupação manutenção é exigida quando da renovação do Auto de
Temporária em Edificação Permanente, a solicitação de Vistoria do Corpo de Bombeiros.
vistoria deve ser protocolada no Corpo de Bombeiros,
6.2.1.4 Pode ser emitida uma única ART, quando
com antecedência mínima em relação à data do evento,
houver apenas um responsável técnico pelas medidas de
de acordo com os seguintes prazos:
segurança contra incêndio instaladas.
6.1.18.1 Para os eventos nos dias úteis, o prazo deve ser
6.2.1.5 Podem ser emitidas várias ART desmembradas
de 48 horas;
com as respectivas responsabilidades por medidas
6.1.18.2 Para eventos nos finais de semana ou feriados, o específicas, quando houver mais de um responsável
prazo deve ser de 72 horas. técnico pelas medidas de segurança contra incêndio

6.2 Documentos necessários para a vistoria de instaladas.

acordo com o risco e/ou medida de segurança 6.2.2 Atestado de brigada contra incêndio
existente na edificação e áreas de risco a. documento que atesta que os ocupantes da
6.2.1 Anotação de Responsabilidade Técnica: edificação receberam treinamentos teóricos e

a. de instalação e/ou de manutenção das medidas práticos de prevenção e combate a incêndio.

de segurança contra incêndio; 6.2.3 Planilha de informações operacionais

b. de instalação e/ou de manutenção dos sistemas a. a planilha de informações operacionais constitui


de utilização de gases inflamáveis; no resumo de dados sobre a edificação, sua

c. de instalação e/ou manutenção do grupo ocupação e detalhes úteis para o atendimento

motogerador; operacional, conforme modelo constante da IT


16/11.
d. das instalações elétricas;
6.2.4 Termo de responsabilidade das saídas de
e. de instalação e/ou manutenção do material de
emergência
acabamento e revestimento quando não for de
classe I; a. documento que atesta que as portas de saídas de
emergência da edificação estão instaladas com
f. de instalação e/ou manutenção do revestimento
sentido de abertura no fluxo da rota de fuga e
dos elementos estruturais protegidos contra o
permanecem abertas durante a realização do
fogo;
evento.
g. de inspeção e/ou manutenção de vasos sob
6.2.5 Quando se tratar de comércio ou
pressão;
armazenamento de fogos de artifício, deve-se
h. de instalação e/ou manutenção da
apresentar:
compartimentação vertical de shaft e de fachada
a. protocolo da solicitação do alvará, expedido pela
envidraçada ou similar;
Polícia Civil do Estado de São Paulo ou
i. dos sistemas de controle de temperatura, de
Certificado de Registro fornecido pelo Exército
despoeiramento e de explosão para silos;
Brasileiro;
b. memorial de segurança contra incêndio das possível avaliar no local, que atendam às exigências de
estruturas para as condições descritas na IT segurança contra incêndio vigentes à época, deve ser
30/11 quanto à resistência das paredes e emitido o Auto de Vistoria mediante a apresentação de
elementos estruturais. termo de compromisso do proprietário, conforme Anexo

6.2.6 Quando se tratar do uso de fogos de artifícios: L, para apresentação de novo Projeto Técnico atualizado
de acordo com a IT 43/11 (Adaptação às normas de
a. cópia da habilitação da função de cabo
segurança contra incêndio – Edificações existentes).
pirotécnico, responsável pela montagem e
execução do evento. 6.3.5 Quando constatado em vistoria que o Projeto
Técnico possui alguma não conformidade passível de
6.2.7 Memorial de segurança contra incêndio das
cassação, o vistoriador deve encaminhar o Projeto
estruturas:
Técnico ao Serviço de Segurança contra Incêndio, onde
a. Memorial descritivo dos cálculos realizados para
deve ser submetido à reanálise.
dimensionamento dos revestimentos das
6.3.6 A não conformidade ou a aprovação da vistoria
estruturas contra ação do calor e outros
deve ser registrada no sistema Via Fácil Bombeiros, a fim
conforme IT 08/11.
de ser consultado eletronicamente pelo solicitante.
6.2.8 Atestado de conformidade da instalação
6.3.7 Quando ocorrer a necessidade do primeiro
elétrica
retorno da vistoria na edificação e áreas de risco devido
a. Atestado de conformidade da instalação
às não conformidades constatadas em vistoria anterior, o
elétrica, conforme IT 41/11.
interessado deve apresentar na seção de protocolo o
6.2.9 Documentos mínimos para protocolo de último relatório de vistoria (original ou cópia) emitido
vistoria de Projeto Técnico pelo vistoriador ou solicitar através de correio eletrônico
a. ART de instalação ou manutenção das medidas ou por meio de sistema informatizado desenvolvido para
de segurança contra incêndio; esta finalidade.

b. comprovante do recolhimento do emolumento 6.3.8 A solicitação de retorno de vistoria deve ser


de solicitação de vistoria. realizada diretamente no portal do sistema Via Fácil

6.2.9.1 Os demais documentos devem ser entregues ao Bombeiros.

Serviço de Segurança contra Incêndio no decorrer da 6.3.9 O responsável apresentará suas argumentações
tramitação dos procedimentos para a obtenção do AVCB. por meio do Formulário para Atendimento Técnico,
devidamente fundamentadas nas referências normativas,
6.3 Durante a vistoria quando houver discordância do relatório emitido pelo
6.3.1 Deve haver pessoa habilitada com conhecimento vistoriador ou havendo necessidade de regularização de
do funcionamento das medidas de segurança contra alguma pendência.
incêndio para que possa manuseá-los quando da 6.3.10 As medidas de segurança contra incêndios
realização da vistoria. instaladas na edificação e áreas de risco e não previstas
6.3.2 Durante a realização de vistoria, constatada uma no Projeto Técnico podem ser aceitas como medidas
ou mais das alterações constantes do item 5.1.7.1, tal fato adicionais de segurança, desde que não interfiram na
deve implicar a apresentação de novo Projeto Técnico. cobertura das medidas originalmente previstas no Projeto
6.3.3 Durante a realização de vistoria, constatada uma Técnico. Tais medidas não precisam seguir os parâmetros
ou mais das alterações constantes do item 5.1.7.2, tal fato previstos em normas, porém, se não for possível avaliar
deve implicar a atualização do Projeto Técnico. no local da vistoria a interferência da medida de proteção
adicional, o interessado deve esclarecer posteriormente
6.3.4 Nos casos de Projeto Técnico regido por
por meio de Formulário para Atendimento Técnico
legislação anterior a 11/3/1983, quando constatada em
(FAT) a medida adotada para avaliação no Serviço de
vistoria a existência de medidas de segurança contra
Segurança contra Incêndio.
incêndio instaladas na edificação e áreas de risco que não
estejam previstas no Projeto Técnico original e que seja
6.3.11 Em local de reunião de público, o responsável 6.4.9 Após a emissão do AVCB para a edificação e
pelo uso e/ou proprietário deve manter, na entrada da áreas de risco o responsável pelo uso e/ou proprietário
edificação e áreas de risco, uma placa indicativa contendo deve manter o AVCB original ou cópia na entrada da
a lotação máxima permitida. edificação e áreas de risco em local visível ao público.

6.4 Emissão do Auto de Vistoria do CBPMESP 6.5 Cassação do Auto de Vistoria do CBPMESP

6.4.1 Após a realização da vistoria na edificação e 6.5.1 Quando constatado pelo CBPMESP que
áreas de risco e aprovação pelo vistoriador, deve ser ocorreram alterações prejudiciais às medidas de
emitido pelo Serviço de Segurança contra Incêndio o segurança contra incêndio da edificação ou áreas de risco
respectivo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros que possua AVCB com prazo de validade em vigência e
(AVCB). verificada a necessidade de adequações, deve ser

6.4.2 O responsável técnico que deve ter seu nome confeccionado um relatório de vistoria, apontando os

incluso no Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros deve ajustes a serem realizados, conforme o Regulamento de

ser o profissional que se responsabilizou pela emissão da Segurança contra Incêndio.

ART das medidas de segurança contra incêndio. 6.5.2 O proprietário ou responsável pelo uso deve ser

6.4.3 Quando houver mais de um responsável técnico comunicado por meio de Ofício, sobre as falhas

pelas medidas de segurança contra incêndios existentes constatadas e a necessidade de regularização ou

na edificação e áreas de risco, apenas é incluído no complementação das medidas de segurança contra

AVCB o nome de um profissional, conforme item incêndio, fornecendo ao mesmo um prazo para sanar as

anterior, seguido do termo "e outros". deficiências da instalação.

6.4.4 A retirada do AVCB no protocolo do Serviço de 6.5.3 O prazo a ser fornecido para a complementação

Segurança contra Incêndio somente é permitida com a das medidas de segurança contra incêndio dependerá do

apresentação do respectivo protocolo de vistoria. risco e da gravidade da situação, não podendo ser
superior a 10 (dez) dias úteis.
6.4.5 Nos casos de extravio do protocolo da vistoria, o
responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso 6.5.4 Constatado que o proprietário ou responsável

deve encaminhar uma solicitação por escrito ou pelo uso da edificação ou áreas de risco não adotou as

Formulário para Atendimento Técnico (FAT) ao Serviço providências necessárias para a correção da(s)

de Segurança contra Incêndio, esclarecendo o fato irregularidade(s), o Comandante da UOp/CB deve

ocorrido. remeter ofício ao interessado informando sobre a


cassação do AVCB.
6.4.6 Nos casos de extravio da primeira via do AVCB,
desde que o prazo de validade não tenha expirado, deve o 6.5.5 Caso não seja protocolado pelo interessado, no

proprietário ou responsável pelo uso encaminhar uma prazo de 05 dias úteis, pedido de reconsideração do ato, a

solicitação por escrito ou FAT ao Serviço de Segurança cassação do AVCB deve ser publicada em DOE.

contra Incêndio esclarecendo o motivo do pedido, onde o 6.5.6 Após a publicação, a Prefeitura e demais órgãos
respectivo Serviço de Segurança deve emitir a fotocópia interessados no caso, devem ser cientificados da cassação
com autenticação do Corpo de Bombeiros. do AVCB.

6.4.7 A via original do AVCB deve ser devolvida ao


6.6 Prazos do auto de vistoria
Serviço de Segurança contra Incêndio quando houver a
necessidade de reemissão por mudança de dados 6.6.1 O AVCB terá prazo de validade de 3 (três) anos,

apresentados erroneamente pelo interessado. salvo nos casos previstos nos itens abaixo:

6.4.8 O AVCB somente pode ser emitido para 6.6.1.1 Para Projeto Técnico de Instalação e Ocupação
edificação e áreas de risco que tenha todas as medidas de Temporária e Projeto Técnico de Ocupação Temporária
segurança contra incêndio instaladas e em em Edificação Permanente, o prazo de validade do
funcionamento, de acordo com o Projeto Técnico AVCB deve ser para o período da realização do evento,
aprovado. não podendo ultrapassar o prazo máximo de 6 (seis)
meses e somente deve ser válido para o endereço onde foi prazo de 1 ano, a renovação da vistoria deve seguir os
efetuada a vistoria. trâmites normais conforme a presente IT.

6.6.1.2 O AVCB deve ter prazo de validade de 01 (um) 6.6.6 Quando houver a necessidade de cancelar o
ano para os seguintes locais: AVCB emitido para retificação de dados, o prazo de
a. edificações e/ou áreas de risco que estejam desabitadas validade do novo AVCB deve se restringir ao mesmo
e que não possa ser fornecido o Atestado de brigada período de validade emitido no AVCB cancelado,
contra incêndio; mediante devolução do AVCB original.

b. estádios de futebol; 6.7 Prazo para realização de vistoria


c. locais de reunião de público das divisões F-6 e F-7; 6.7.1 O Serviço de Segurança contra Incêndio tem o
d. edificações com atividades de fogos de artifícios ou prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis para a realização
explosivos (Grupo L). da vistoria técnica.
6.6.1.3 O AVCB deve ter prazo de validade de 2 (dois) 6.7.2 O prazo de realização de vistoria para as
anos para as edificações ou área de risco das divisões F-3 ocupações temporárias deve se a prevista no item 6.1.18
(exceto estádios de futebol), F4 e F5. desta IT.
6.6.1.4 O AVCB deve ter prazo de validade de 5 (cinco) 6.8 Disposições gerais da vistoria
anos para a edificação e áreas de risco cuja ocupação 6.8.1 Para renovação do AVCB, o responsável deve
seja: solicitar nova vistoria ao Corpo de Bombeiros.
a. Grupo A,com altura até 60 metros; 6.8.2 As alterações de dados referentes ao Projeto
b. Divisões G-1,G-2, I-1 e J-1, independente da altura;e Técnico, que não impliquem a substituição, devem ser
c. Grupo D e Divisões E-1, E-2, E-3, E-4, H-4 e H-6, encaminhadas por meio de Formulário para Atendimento
com alturas até 12 metros; Técnico juntamente com cópias de documentos que
comprovem o teor da solicitação.
6.6.2 Quando houver a necessidade de cancelar o
AVCB emitido para retificação de dados, o prazo de 6.8.3 O interessado deve solicitar a renovação do
validade do novo AVCB deve se restringir ao mesmo AVCB diretamente no portal do sistema Via Fácil
período de validade emitido no AVCB cancelado. Bombeiros.”

6.6.3 Nos termos da IT 44/11 – Proteção ao meio 6.8.4 O pagamento do emolumento de vistoria dá
ambiente, a validade do AVCB pode ser prorrogada por 1 direito a realização de uma vistoria e de um retorno, caso
(um) ano sem a necessidade do pagamento de sejam constatadas irregularidades pelo vistoriador.
emolumentos e da entrega dos documentos atualizados 6.8.5 O prazo máximo para solicitação de retorno de
previstos nesta IT. vistoria é de 01 (um) ano a contar da data de emissão do
6.6.4 A prorrogação da validade do AVCB em razão relatório de vistoria apontando as irregularidades. Após
da certificação ambiental não impede que seja efetuada este prazo é exigido o recolhimento de novo emolumento.
vistoria técnica no local, a qualquer tempo e, decorrido o 6.8.6 Não deve ser recolhido novo emolumento,
prazo de 1 (um) ano, a renovação da vistoria deve seguir quando o retorno de vistoria for provocado pelo Serviço
os trâmites normais conforme a presente IT. de Segurança contra Incêndio.

6.8.7 Ficam dispensados do pagamento de


6.6.5 Nos termos da IT 44/11 – Proteção ao meio emolumentos:
ambiente, a validade do AVCB pode ser prorrogada por 1 a. órgão da administração pública direta
(um) ano sem a necessidade do pagamento de (municipal, estadual e federal);
emolumentos e da entrega dos documentos atualizados b. entidade filantrópica declarada oficialmente
previstos nesta IT; como de utilidade pública (asilo, creche, entre
6.6.5.1 A prorrogação da validade do AVCB em razão outros);
da certificação ambiental não impede que seja efetuada c. outros que as legislações determinarem.
vistoria técnica no local, a qualquer tempo e, decorrido o
6.8.8 As entidades citadas no item 6.7.8 dispensadas c. para solicitação de revisão de ato praticado pelo
do pagamento de emolumentos, devem encaminhar o Serviço de Segurança contra Incêndio (relatórios de
pedido por escrito ao Corpo de Bombeiros solicitando tal vistorias);
dispensa. d. para atualização de Projeto Técnico;
6.8.9 O proprietário e/ou responsável pelo uso da e. outras situações em que haja Projeto Técnico no
edificação e áreas de risco é responsável pela manutenção Corpo de Bombeiros.”
e funcionamento das medidas de segurança contra
7.1.1 O interessado quando do preenchimento do
incêndio sob pena de cassação do AVCB, conforme
Formulário para Atendimento Técnico deve propor
previsto no Regulamento de Segurança contra Incêndio.
questão específica sobre a aplicação da legislação,
6.8.10 As edificações com baixo potencial de risco de ficando vedado as perguntas genéricas que deixem a
vida e de incêndio, podem ser regularizadas mediante cargo do Serviço de Segurança contra Incêndio quanto à
Certidões Eletrônicas, nos termos do Capítulo XI do busca da solução específica.
Decreto Estadual 56.819, de 11 de março de 2011, e da
7.1.2 Durante a fase de análise do Projeto Técnico,
IT 42/11- Projeto Técnico Simplificado
quando da necessidade de responder ao Serviço de
6.8.10.1 O Serviço de Segurança contra Incêndio deve Segurança contra Incêndio sobre qualquer irregularidade
orientar o interessado para cumprimento das medidas de ou dúvida, a comunicação pode ser feita por carta
segurança contra incêndio. resposta, anexada no interior do Projeto Técnico.
6.8.10.2 Recomenda-se manter uma cópia do Projeto
Técnico na portaria da edificação ou em outro local de 7.2 Apresentação

fácil acesso, de conhecimento dos brigadistas de A solicitação do interessado deve ser feita no portal do
incêndio, para uso do Corpo de Bombeiros no caso de Via Fácil Bombeiros, devendo ser acompanhada de
sinistro. documentos que comprovem os argumentos apresentados

6.8.11 Quando exigido Plano de emergência, deve ser e a competência do solicitante.

elaborada uma Planta de risco de incêndio, nos termos da


7.3 Competência
IT 16/11 – Plano de emergência contra incêndio,
conforme modelo constante no anexo D. 7.3.1 Podem fazer uso do presente instrumento os
seguintes signatários:
6.8.11.1 A planta de risco de incêndio deve permanecer
afixada na entrada da edificação, portaria ou recepção, a. proprietário;

nos pavimentos de descarga e junto ao “hall” dos demais b. responsável pelo uso; ou
pavimentos, de forma que seja visualizada pelos c. procurador;
ocupantes da edificação e equipes do Corpo de
7.3.2 Quando o assunto abordado for de natureza
Bombeiros, em caso de emergências.
técnica, além dos signatários citados acima, o formulário
6.8.11.2 A Planta de risco de incêndio deve ser conferida deve estar assinado também pelo responsável técnico.
pelo vistoriador a partir da primeira vistoria em que a
7.3.3 Quando a edificação tratar-se de condomínio, o
edificação ou área de risco estiver ocupada.
signatário deve ser o síndico ou o administrador
profissional.
7 FORMULÁRIO PARA ATENDIMENTO
TÉCNICO 7.4 Prazo do FAT

O Formulário para Atendimento Técnico deve ser 7.4.1 A contar da data do protocolo, o Serviço de

utilizado nos seguintes casos: Segurança contra Incêndio deve responder no prazo
máximo de l0 (dez) dias úteis, respeitando a ordem
a. para solicitação de substituição e retificação do
cronológica de entrada do pedido.
AVCB;
7.4.2 Em caso do FAT ser encaminhado para instância
b. para solicitação de retificação de dados do Projeto
superior, o prazo para resposta fica prorrogado para 30
Técnico;
(trinta) dias.
7.5 Esclarecimentos e Dúvidas Técnicas c. utilização de novos sistemas construtivos ou de

7.5.1. Para esclarecimentos e dúvidas que não estão novos conceitos de medidas de segurança contra

vinculadas a um Projeto Técnico, o solicitante pode incêndio;

protocolar o seu pedido diretamente no portal do Via d. casos em que o Serviço de Segurança contra
Fácil Bombeiros. Incêndio não possua os instrumentos adequados

7.5.2. O Serviço de Segurança contra Incêndio deve para a avaliação em análise e/ou vistoria.

responder aos pedidos de esclarecimentos e dúvidas no 9.3 Competência para impetrar a Comissão
prazo de 30 (trinta) dias úteis, respeitando a ordem Técnica
cronológica de entrada do pedido. 9.3.1 Podem fazer uso do presente instrumento os
seguintes signatários:

a. proprietário;
8 SOLICITAÇÃO DE VISTORIA POR b. responsável pelo uso; ou
AUTORIDADE PÚBLICA
c. procurador;
A solicitação de vistoria pode ser encaminhada ao 9.3.2 Quando o assunto abordado for de natureza
CBPMESP por autoridade da administração pública, via técnica, além dos signatários citados acima, o
ofício, desde que tenha competência legal. requerimento deve estar assinado também pelo
8.1 Apresentação responsável técnico.

A solicitação de vistoria pode ser feita via ofício com 9.3.3 Quando a edificação se tratar de condomínio, o
timbre do órgão público, contendo endereço da signatário deve ser o síndico ou o administrador
edificação e áreas de risco, endereço e telefone do órgão profissional.
solicitante, motivação do pedido e identificação do 9.4 A Comissão Técnica funciona em duas
funcionário público signatário. instâncias:
8.2 Prazo de solicitação de vistoria por autoridade a. Comissão Técnica de Primeira Instância;
pública
b. Comissão Técnica de Última Instância.
A contar da data de entrada do ofício no Serviço de
9.4.1 Comissão Técnica de Primeira Instância
Segurança contra Incêndio, a administração deve
É a comissão composta por 3 (três) Oficiais do
responder nos prazos legais das requisições e as demais
CBPMESP sendo um Oficial Intermediário e dois
solicitações em 30 (trinta) dias.
Oficiais Subalternos, que tem a finalidade de julgar o
primeiro recurso no âmbito de atribuição do Grupamento
9 COMISSÃO TÉCNICA
de Bombeiros.
9.1 A Comissão Técnica é o instrumento 9.4.2 Comissão Técnica de Última Instância
administrativo em grau de recurso que funciona como
É a comissão composta por 1 (um) oficial superior e 2
instância superior de decisão de assunto relacionado ao
(dois) oficiais intermediários do CBPMESP, que tem a
Serviço de Segurança contra Incêndio.
finalidade de julgar o recurso sobre decisão da Comissão
9.2 A Comissão Técnica é utilizável nas fases de Técnica de Primeira Instância no âmbito de atribuição do
análise, vistoria ou quando há necessidade de estudo de CBPMESP.
casos especiais como forma de garantir ao interessado a
9.4.3 A Comissão Técnica inicia-se com a
manutenção de exigências de futuro Projeto Técnico, a
apresentação do requerimento de Comissão Técnica
exemplo de:
(Anexo K).
a. solicitação de isenção de medidas de segurança
9.4.4 Na solicitação de análise do Projeto Técnico em
contra incêndio;
Comissão Técnica, deve ser pago novo emolumento, cujo
b. utilização de normas internacionais; valor é igual ao critério adotado para a análise do Projeto
Técnico.
9.4.4.1 A Comissão Técnica apresentada por exigência requerimento de Comissão Técnica as informações sobre
específica do Regulamento de Segurança contra Incêndio a proteção ativa e passiva exigidas pelo Regulamento de
e/ou Instruções Técnicas deve ser isenta de emolumentos. Segurança contra Incêndio, bem como deve ser
Preliminarmente o Projeto Técnico deve ser avaliado pelo especificado o processo industrial e qualquer risco
Serviço de Segurança contra Incêndio. específico existente (ex.: caldeira, alto forno, produtos

9.4.5 Dado início à Comissão Técnica, cessa-se o perigosos etc).

cômputo de prazo da análise e/ou vistoria, recomeçando a 9.5.2 No caso do subitem 9.5.1, pode também ser
nova contagem após o retorno da documentação ao apresentado um croqui, fotos ou mesmo planta para
Serviço de Segurança contra Incêndio. melhor elucidação do pedido.

9.4.6 A solicitação de reavaliação da solução 9.6 Disposições gerais


apresentada pelas diversos níveis de Comissão Técnica, 9.6.1 No caso de indeferimento em primeira instância
não acarreta novo pagamento de emolumento. (CTPI) e havendo contra argumentações ou fatos novos
9.4.7 Toda e qualquer solicitação de Comissão que motivem nova análise, o processo pode ser
Técnica deve possuir a assinatura do proprietário ou apresentado novamente em CTPI, sem necessidade de
responsável pelo uso e do responsável técnico. pagamento de novos emolumentos.

9.4.8 Podem ser signatários diversos responsáveis 9.6.2 No caso de indeferimento em última instância
técnicos em cada nível da Comissão Técnica, desde que (CTUI) e havendo novas argumentações, o processo deve
seja comprovada a anuência do proprietário e/ou ser avaliado em CTUI, não podendo ser reapresentado
responsável pelo uso. para análise em primeira instância, e não haverá

9.4.9 O responsável técnico da Comissão Técnica necessidade de pagamento de novos emolumentos.

pode ser substituído durante o seu andamento, desde que


seja comprovada a anuência do proprietário e/ou 10 INFORMATIZAÇÃO DO SERVIÇO DE
responsável pelo uso e acompanhada da respectiva SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
Por ocasião da informatização do serviço de segurança
9.4.10 A Comissão Técnica pode solicitar, além do contra incêndio, novas regras de procedimentos
levantamento fotográfico, outros documentos administrativos podem ser publicadas pelo CBPMESP.
complementares.

9.4.11 O resultado da Comissão Técnica deve ser


disponibilizado ao interessado por meio do portal do Via
Fácil Bombeiros e do sítio eletrônico do Departamento de
Prevenção.

9.4.12 O prazo para solução de uma Comissão Técnica


não pode ser superior a:

a. 60 (sessenta) dias, para Comissão Técnica de


Primeira Instância;

b. 60 (sessenta) dias, para Comissão Técnica de


Última Instância.

9.5 Requerimento de Comissão Técnica

É o documento essencial para solicitação de Comissão


Técnica que deve conter as informações necessárias para
a avaliação, conforme Anexo K.

9.5.1 Quando a edificação e áreas de risco não possuir


Projeto Técnico com plantas junto ao Serviço de
Segurança contra Incêndio, devem ser apresentadas no
Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 87

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 02/2011

Conceitos básicos de segurança contra incêndio

SUMÁRIO

1 Objetivo

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Embasamento na área de prevenção

6 Cronologia dos principais incêndios em edifícios


altos em São Paulo

7 Resumo histórico da evolução da prevenção no


Corpo de Bombeiros

8 Conceitos gerais de segurança contra incêndio

9 Medidas de segurança contra incêndio

02-IT.pmd 87 18/10/2012, 15:03


88 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

02-IT.pmd 88 18/10/2012, 15:03


Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 89

1 OBJETIVO IPT - Elaboração de documentação técnica necessária para a


complementação da regulamentação Estadual de Proteção
Orientar e familiarizar os profissionais da área, permitindo um
contra Incêndio. In: Relatório n° 28.916. São Paulo: dez/90.
entendimento amplo sobre a proteção contra incêndio des-
crito no Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de ASTM E 662 - Standard test method for specific optical density
segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco of smoke generated by solid materials.
do Estado de São Paulo. NFPA. Manual de Protecion contra Incêndio. 4. Ed. Espanha,
Mapfre, 1993.
2 APLICAÇÃO
4 DEFINIÇÕES
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todos os projetos téc-
nicos e nas execuções das medidas de segurança contra A prevenção contra incêndio é um dos tópicos abordados
incêndio, sendo de cunho informativo aos profissionais da mais importantes na avaliação e planejamento da proteção
área. de uma coletividade. O termo “prevenção de incêndio” ex-
pressa tanto a educação pública como as medidas de prote-
ção contra incêndio em um edifício.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
NBR 8660 - Revestimento de piso - Determinação da densi-
dade crítica de fluxo de energia térmica - Método de ensaio.
NBR 9442 - Materiais de construção - Determinação do índi-
ce de propagação superficial de chama pelo método do pai-
nel radiante - Método de Ensaio.
BERTO, A. Proteção contra Incêndio em Estruturas de Aço. In:
Tecnologia de Edificações. São Paulo: Pini, nov/1988.
BERTO, A. Segurança ao Fogo em Habitação de Madeira de
Pinus SPP/pressupostos básicos. In: Tecnologia de
Edificações. São Paulo: Pini, nov/1988.
DE FARIA, M. M. In: Manual de Normas Técnicas do Corpo de
Bombeiros para Fins de Análise de Projetos (Propostas) de
Edificações. São Paulo: Caes/PMESP, dez/1998.
SEITO A.I. Tópicos da Segurança contra Incêndio. In:
Tecnologia de Edificações. São Paulo: Pini, nov/1988.
SEITO A.I. Fumaça no Incêndio – Movimentação no Edifício e
Figura 1: Educação pública
seu Controle. In: Tecnologia de Edificações. São Paulo: Pini,
nov/1988.
SILVA V.P. Estruturas de Aço em Situação de Incêndio. São
Paulo. Zigurate, abr/2001.
KATO, M. F. Propagação Superficial de Chamas em Mate-
riais. In: Tecnologia de Edificações. São Paulo: Pini, nov/1988.
MACINTYRE, A. J. Instalações Hidráulicas Prediais e Indus-
triais. 2. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
INSTRUCCION TECNICA 07.09. Sistemas de Espuma.
Instalaciones Fijas (generalidades). ITSEMAP. Espanha: abr/
1989.
INSTRUCCION TECNICA 07.10. Instalaciones Fijas de CO2:
Generalidades. Sistemas de Inundacion. ITSEMAP. Espanha:
nov/1986.
INSTRUCCION TECNICA 07.11. Sistemas Fijos de CO2: Sis-
temas de aplicacion Local Y otros. ITSEMAP. Espanha: abr/
1987.
IPT. 1° relatório - Elaboração de requisitos técnicos relativos Figura 2: Vistoria em edificação
às medidas de proteção contra incêndio. In: Relatório n°
28.826. São Paulo: nov/90. A implantação da prevenção de incêndio se faz por meio
IPT. 2° relatório - Elaboração de requisitos técnicos relativos das atividades que visam a evitar o surgimento do sinistro,
às medidas de proteção contra incêndio. In: Relatório n° possibilitar sua extinção e reduzir seus efeitos antes da
28.904. São Paulo: dez/90. chegada do Corpo de Bombeiros.
IPT. 3° relatório - Elaboração de requisitos técnicos relativos As atividades relacionadas com a educação consistem
às medidas de proteção contra incêndio. In: Relatório n° no preparo da população por meio da difusão de ideias que
28.922. São Paulo: dez/90. divulgam as medidas de segurança para evitar o surgimento

02-IT.pmd 89 18/10/2012, 15:03


90 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Figura 3: Análise de projeto de segurança contra incêndio Figura 5: Incêndio em indústria

de incêndios nas ocupações. Buscam, ainda, ensinar os


procedimentos a serem adotados pelas pessoas diante de
um incêndio, os cuidados a serem observados com a mani-
pulação de produtos perigosos e também os perigos das
práticas que geram riscos de incêndio.
As atividades que visam à proteção contra incêndio dos
edifícios podem ser agrupadas em:
a. atividades relacionadas com as exigências de me-
didas de proteção contra incêndio nas diversas
ocupações;
b. atividades relacionadas com a extinção, perícia e coleta
de dados dos incêndios pelos órgãos públicos, que vi-
sam a aprimorar técnicas de combate e melhorar a prote-
ção contra incêndio por meio da investigação, estudo
dos casos reais e estudo quantitativo dos incêndios. Figura 6: Combate a incêndio em engarrafamento de GLP

Figura 7: Isolamento do local sinistrado

Essas medidas dividem-se em:


Figura 4: Sistema de hidrantes
a. medidas ativas de proteção que abrangem a detecção,
alarme e extinção do fogo (automática e/ou manual);
A proteção contra incêndio deve ser entendida como o b. medidas passivas de proteção que abrangem o
conjunto de medidas para a detecção e controle do cresci- controle dos materiais, meios de escape, comparti-
mento e sua consequente contenção ou extinção. mentação e proteção da estrutura do edifício.

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 91

Figura 8: Perícia de incêndio Figura 10: Compartimentação vertical de fachada

e. dimensionamento das rotas de escape e dos disposi-


tivos para controle do movimento da fumaça;
f. controle das fontes de ignição e riscos de incêndio;
g. acesso aos equipamentos de combate a incêndio;
h. treinamento do pessoal habilitado a combater um prin-
cípio de incêndio e coordenar o abandono seguro da
população de um edifício;
i. gerenciamento e manutenção dos sistemas de prote-
ção contra incêndio instalado;
j. controle dos danos ao meio ambiente decorrentes de
um incêndio.

5 EMBASAMENTO LEGAL NA ÁREA DE PREVENÇÃO

Figura 9: Extintor de incêndio


O Corpo de Bombeiros, para atuar na área de prevenção,
utiliza-se do embasamento jurídico descrito abaixo.

4.1 Objetivos da prevenção de incêndio 5.1 Constituição Federal


Os objetivos da prevenção são: O Estado pode legislar concorrentemente com a União, a
a. proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas respeito do Direito Urbanístico, na área de prevenção de in-
de risco, em caso de incêndio; cêndios (art. 24, inciso I).
b. dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições definidas
ao meio ambiente e ao patrimônio; em Lei, compete a execução das atividades de Defesa Civil
c. proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; (art. 144, § 5º).
d. dar condições de acesso para as operações do Corpo
de Bombeiros; 5.2 Constituição Estadual
e. proporcionar a continuidade dos serviços nas edifica- As atribuições do Corpo de Bombeiros por meio de Lei Com-
ções e áreas de risco. plementar (Lei Orgânica da PM - Art. 23, parágrafo único,
inciso 6).
Esses objetivos são alcançados pelo:
a. controle da natureza e da quantidade dos materiais A Lei nº616/74 (Organização Básica da PM), no art. 2º,
combustíveis constituintes e contidos no edifício; inciso V, foi recepcionada pela Constituição e determina que
compete à Polícia Militar a realização de serviços de preven-
b. dimensionamento da compartimentação interna, da re-
ção e de extinção de incêndio.
sistência ao fogo de seus elementos e do distan-
ciamento entre edifícios;
5.3 Lei de Convênio
c. dimensionamento da proteção e da resistência ao fogo
da estrutura do edifício; Atualmente, o Corpo de Bombeiros atua na prevenção de
d. dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme incêndio por meio dos convênios com os municípios, decor-
de incêndio e/ou dos sistemas de chuveiros automáti- rente da Lei Estadual nº684/75.
cos de extinção de incêndio e/ou dos equipamentos “Artigo 3º - Os municípios se obrigarão a autorizar o órgão
manuais para combate; competente do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, a pro-

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92 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

nunciar-se nos processos referentes à aprovação de projetos


e à concessão de alvarás para construção, reforma ou con-
servação de imóveis, os quais, à exceção dos que se destina-
rem às residências unifamiliares, somente serão aprovados
ou expedidos se verificada, pelo órgão, a fiel observância
das normas técnicas de prevenção e segurança contra in-
cêndios”.
Parágrafo único - A autorização de que trata este artigo é
extensiva à vistoria para concessão de alvará de “habite-se”
e de funcionamento...

6 CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS INCÊNDIOS EM EDIFÍ-


CIOS ALTOS EM SÃO PAULO
6.1 Edifício Andraus
Ocorrido em São Paulo - 24 de fevereiro de 1972 em edifício Figura 13: Tentativa de salvamento aéreo
com 31 pavimentos de escritórios e lojas. O incêndio atingiu
todos os andares. Houve 6 vítimas fatais e 329 feridas. O
ponto de origem foi no 4º pavimento, em virtude da grande
quantidade de material depositado.

Figura 14: Incêndio no Edifício Grande Avenida


Figura 11: Incêndio Figura 12: Incêndio
no Edifício Andraus no Edifício Joelma

6.2 Edifício Joelma


Ocorrido em São Paulo - 1ºde fevereiro de 1974 em edifício
com 25 pavimentos de escritórios e garagens. O incêndio
atingiu todos os pavimentos. Houve 189 vítimas fatais e 320
feridas. A causa possível foi um curto-circuito.
Na figura 12, pode ser observada a linha vertical de sani-
tários para onde muitos ocupantes se refugiaram e puderam
ser salvos, devido a ausência de material combustível.
Na figura 13, pode ser visto o desespero das pessoas, que
aguardavam o pouso da aeronave para serem resgatadas.

6.3 Edifício Grande Avenida Figura 15: Incêndio no pavimento


Ocorrido em São Paulo - 14 de fevereiro de 1981. Pela se-
gunda vez. O incêndio atingiu 19 pavimentos. Houve 17 víti- 6.4 Edifício CESP
mas fatais e 53 feridas. A origem foi no subsolo.
Ocorrido em São Paulo - 21 de maio de 1987 em conjunto
Na figura 14, se observa a dificuldade de combate ao in- com 2 blocos, um com 21 pavimentos e outro com 27 pavi-
cêndio ou salvamento, quando a edificação está recuada da mentos. Houve propagação de incêndio entre blocos e, em
via. decorrência, colapso da estrutura com desabamento parcial.

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 93

Em 1983, surgiu a primeira especificação do Corpo de


Bombeiros anexa a um Decreto. Essa especificação passou
a exigir:
a. extintores;
b. sistema de hidrantes;
c. sistema de alarme de incêndio e detecção de fumaça
e calor;
d. sistema de chuveiros automáticos;
e. sistema de iluminação de emergência;
f. compartimentação vertical e horizontal;
g. escadas de segurança;
h. isolamento de risco;
i. sistemas fixos de espuma, CO2, Halon e outras prote-
ções.
Em 1993:
a. passou a vigorar o Decreto Estadual nº 38.069;
b. iniciou-se a publicação em Diário Oficial de Despa-
chos Normativos;
Figura 16: Propagação entre blocos c. foi publicada, no Diário Oficial do Estado, a Portaria do
Sistema de Atividades Técnicas, no que diz respeito
ao funcionamento de forma sistemática das Seções
7 RESUMO HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DA PREVENÇÃO de Atividades Técnicas das Unidades Operacionais
NO CORPO DE BOMBEIROS do Corpo de Bombeiros.
Desde 1909, o Corpo de Bombeiros atua na área de preven- Em 2001, entrou em vigor o Decreto Estadual nº 46.076 e
ção de incêndio e naquela data foi editado o “Regulamento 38 Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros;
para os locais de divertimentos públicos”.
Em 2004, as 38 Instruções Técnicas do Corpo de Bombei-
Em 1936, o Corpo de Bombeiros passou para o Município ros foram revisadas.
de São Paulo e atuou na fiscalização com o Departamento de
Obras. 8 CONCEITOS GERAIS DE SEGURANÇA CONTRA
Em 1942, surgiu a primeira Seção Técnica. INCÊNDIO

Em 1947, foram emitidos os primeiros Atestados de Vistoria. 8.1 A propagação de fogo, fumaça e gases quentes no
interior das edificações
Em 1961, foi editada a primeira Especificação para Insta-
lações de Proteção contra Incêndio, com referência às nor- 8.1.1 Fenômeno característico
mas da ABNT. O fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico
De 1961 a 1980, o Corpo de Bombeiros atuou por meio onde se tem uma reação de oxidação com emissão de calor
das Especificações baixadas pelo Comandante Geral da e luz.
Polícia Militar do Estado de São Paulo e exigia somente Devem coexistir 4 componentes para que ocorra o fenô-
extintores, hidrantes e sinalização de equipamentos. meno do fogo:
a. combustível;
b. comburente (oxigênio);
c. calor;
d. reação em cadeia.

Figura 17: Primeiro Auto de Vistoria do CB (1947) Figura 18: Tetraedro do Fogo

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94 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Os líquidos inflamáveis e combustíveis possuem


mecanismos semelhantes, ou seja, o líquido ao ser aquecido
vaporiza-se e o vapor se mistura com o oxigênio formando a
“mistura inflamável” (explosiva), que na presença de uma
pequena chama (mesmo fagulha ou centelha), ou em contato
com superfícies aquecidas acima de 500ºC, ignizam-se e
aparece então a chama na superfície do líquido, que aumenta
a vaporização e a chama. A quantidade de chama fica
limitada à capacidade de vaporização do líquido.
Os líquidos são classificados pelo seu ponto de fulgor, ou
seja, pela menor temperatura na qual liberam uma quantidade
de vapor que ao contato com uma chama produzem um
lampejo (uma queima instantânea).
Existe, entretanto, outra classe de líquidos, denominados
instáveis ou reativos, cuja característica é de se polimerizar,
decompor, condensar violentamente ou, ainda, de se tornar
autorreativo sob condições de choque, pressão ou tempera-
Figura 19: Formas de extinção do fogo tura, podendo desenvolver grande quantidade de calor.
A mistura inflamável (vapor/ar – gás/ar) possui uma faixa
ideal de concentração para se tornar inflamável ou explosiva,
Os meios de extinção se utilizam deste princípio, pois agem e os limites dessa faixa são denominados limite inferior de
por meio da inibição de um dos componentes para apagar inflamabilidade e limite superior de inflamabilidade, expressos
um incêndio. em porcentagem ou volume. Estando a mistura fora desses
limites não ocorrerá a ignição.
O combustível pode ser definido como qualquer substância
capaz de produzir calor por meio da reação química. Os materiais sólidos não queimam por mecanismos tão
precisos e característicos como os dos líquidos e gases.
O comburente é a substância que alimenta a reação
Nos materiais sólidos, a área específica é um fator impor-
química, sendo mais comum o oxigênio.
tante para determinar sua razão de queima, ou seja, a quan-
O calor pode ser definido como uma forma de energia que tidade do material queimado na unidade de tempo, que está
se transfere de um sistema para outro em virtude de uma associado à quantidade de calor gerado e, portanto, à eleva-
diferença de temperatura. Ele se distingue das outras formas ção da temperatura do ambiente. Um material sólido com
de energia porque, como o trabalho, só se manifesta num pro- igual massa e com área específica diferente, por exemplo, de
cesso de transformação. Podemos, ainda, definir incêndio como 1 m² e 10 m², queima em tempos inversamente proporcio-
sendo o fogo indesejável, qualquer que seja sua dimensão. nais; porém, libera a mesma quantidade de calor. No entanto,
a temperatura atingida no segundo caso será bem maior.
Como foi dito, o comburente é o oxigênio do ar e sua
composição porcentual no ar seco é de 20,99%. Os demais Por outro lado, não se pode afirmar que isso é sempre
componentes são o nitrogênio, com 78,03%, e outros gases verdade; no caso da madeira, se observa que, quando apre-
(CO2, Ar, H2, He, Ne, Kr), com 0,98%. sentada em forma de serragem, ou seja, com áreas específi-
cas grandes, não se queima com grande rapidez.
O calor, por sua vez, pode ter como fonte a energia
Comparativamente, a madeira em forma de pó pode
elétrica, o cigarro aceso, os queimadores a gás, a fricção ou
formar uma mistura explosiva com o ar, comportando-se, desta
mesmo a concentração da luz solar através de uma lente.
maneira, como um gás que possui velocidade de queima
O fogo se manifesta diferentemente em função da muito grande.
composição química do material, mas, por outro lado, um No mecanismo de queima dos materiais sólidos temos a
mesmo material pode queimar de modo diferente em função oxigenação como outro fator de grande importância.
da sua superfície específica, das condições de exposição ao
calor, da oxigenação e da umidade contida. Quando a concentração em volume de oxigênio no
ambiente cai para valores abaixo de 14%, a maioria dos
A maioria dos sólidos combustíveis possui um mecanis- materiais combustíveis existentes no local não mantém a
mo sequencial para sua ignição. O sólido precisa ser aquecido, chama na sua superfície.
quando então desenvolve vapores combustíveis que se
misturam com o oxigênio, formando a mistura inflamável A duração do fogo é limitada pela quantidade de ar e do
(explosiva), a qual, na presença de uma pequena chama material combustível no local. O volume de ar existente numa
(mesmo fagulha ou centelha) ou em contato com uma sala de 30 m2 irá queimar 7,5 Kg de madeira, portanto, o ar
superfície aquecida acima de 500ºC, igniza-se, aparecendo, necessário para a alimentação do fogo dependerá das
então, a chama na superfície do sólido, que fornece mais aberturas existentes na sala.
calor, aquecendo mais materiais e assim sucessivamente. Vários pesquisadores (Kawagoe, Sekine, Lie) estudaram
o fenômeno, e a equação apresentada por Lie é:
Alguns sólidos pirofóricos (sódio, fósforo, magnésio etc.)
não se comportam conforme o mecanismo acima descrito. V’ = a H’ B Vm

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 95

Onde: a. fase inicial de elevação progressiva da temperatura


V’ = vazão do ar introduzido; (ignição);
a = coeficiente de descarga; b. fase de aquecimento;
H’= altura da seção do vão de ventilação abaixo do plano c fase de resfriamento e extinção.
neutro;
B = largura do vão;
Vm = velocidade média do ar;
Considerando L o volume de ar necessário para a queima
completa de kg de madeira, a taxa máxima de combustão
será dada por V’/L, isto é:
R= V’ aH’BV’m
L L
Da taxa de combustão ou queima, segundo os pesquisa-
dores, pode-se definir a seguinte expressão representando a
quantidade de peso de madeira equivalente, consumida na
unidade de tempo:
Figura 20: Curva temperatura - tempo de um incêndio
R = C Av √H
Onde:
A primeira fase inicia-se como ponto de inflamação inicial e
R = taxa de queima (Kg/min); caracteriza-se por grandes variações de temperatura de ponto
C = Constante = 5,5 Kg/mim m5/2; a ponto, ocasionadas pela inflamação sucessiva dos objetos
Av = HB = área da seção de ventilação (m2); existentes no recinto, de acordo com a alimentação de ar.
H = altura da seção (m); Normalmente os materiais combustíveis (materiais passíveis
Av √H = grau de ventilação (Kawagoe) (m5/2); de se ignizarem) e uma variedade de fontes de calor coexis-
tem no interior de uma edificação.
Quando houver mais de uma abertura de ventilação, deve-
se utilizar um fator global igual a: A manipulação acidental desses elementos é, potencial-
mente, capaz de criar uma situação de perigo.
Σ Ai √ Hi
A razão de queima em função da abertura fica, portanto: Os focos de incêndio, deste modo, originam-se em locais
onde fontes de calor e materiais combustíveis são encontrados
R = 5,5 Av √H para a queima (Kg/min);
juntos, de tal forma que ocorrendo a decomposição do material
R = 330 Av √H para a queima: (Kg/h); pelo calor são desprendidos gases que podem se inflamar.
Essa equação diz que o formato da seção tem grande Considerando-se que diferentes materiais combustíveis
influência. Por exemplo, para uma abertura de 1,6 m2 (2 m x necessitam receber diferentes níveis de energia térmica para
0,8 m), teremos: que ocorra a ignição é necessário que as perdas de calor
Sendo: sejam menores que a soma de calor proveniente da fonte
externa e do calor gerado no processo de combustão.
2 m a largura R1 = 7,9 Kg/min;
2 m a altura R2 = 12,4 Kg/min. Neste sentido, se a fonte de calor for pequena ou a massa do
material a ser ignizado for grande ou, ainda, a sua temperatura
Por outro lado, se numa área de piso de 10 m² existir 500 kg de ignição for muito alta, somente irão ocorrer danos locais
de material combustível expresso o equivalente em madeira, sem a evolução do incêndio.
ou seja, se a carga de incêndio específica for de 50 Kg/m e a
razão de queima devido à abertura para ventilação tiver o Se a ignição definitiva for alcançada, o material continuará
valor de R1 e R2 acima calculado, então a duração da a queimar desenvolvendo calor e produtos de decomposição.
queima será respectivamente de 40 min e 63 min. A temperatura subirá progressivamente, acarretando a
acumulação de fumaça e outros gases e vapores junto ao teto.
O cálculo acima tem a finalidade de apresentar o princípio
para determinação da duração do incêndio real; não busca Há, neste caso, a possibilidade de o material envolvido
determinar o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo queimar totalmente sem proporcionar o envolvimento do resto
(TRRF) das estruturas. dos materiais contidos no ambiente ou dos materiais constituin-
tes dos elementos da edificação. De outro modo, se houver
Este cálculo é válido somente para uma abertura enquanto caminhos para a propagação do fogo, através de convecção
as outras permanecem fechadas (portas ou janelas), caso ou radiação, em direção aos materiais presentes nas proximi-
contrário, deve-se redimensionar a duração do incêndio para dades, ocorrerá simultaneamente à elevação da temperatura
uma nova ventilação existente. do recinto e o desenvolvimento de fumaça e gases inflamáveis.
8.1.2 Evolução de um incêndio Nesta fase, pode haver comprometimento da estabilidade
A evolução do incêndio em um local pode ser representada da edificação devido à elevação da temperatura nos elementos
por um ciclo com 3 fases características: estruturais.

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96 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Com a evolução do incêndio e a oxigenação do ambiente, ca-se e se movimenta perigosamente no sentido ascenden-
através de portas e janelas, o incêndio ganhará ímpeto; os te, estabelecendo em instantes, condições críticas para a so-
materiais passarão a ser aquecidos por convecção e brevivência na edificação.
radiação, acarretando um momento denominado de “infla-
Caso a proximidade entre as fachadas da edificação
mação generalizada – flash over”, que se caracteriza pelo
incendiada e as adjacentes possibilite a incidência de inten-
envolvimento total do ambiente pelo fogo e pela emissão de
sidades críticas de radiação, o incêndio poderá se propagar
gases inflamáveis através de portas e janelas, que se
para outras habitações, configurando uma conflagração.
queimam no exterior do edifício. Nesse momento torna-se
impossível à sobrevivência no interior do ambiente. A proximidade ainda maior entre habitações pode estabe-
lecer uma situação ainda mais crítica para a ocorrência da
O tempo gasto para o incêndio alcançar o ponto de infla-
conflagração, na medida em que o incêndio se alastrar muito
mação generalizada é relativamente curto e depende, es-
rapidamente por contato direto das chamas entre as fachadas.
sencialmente, dos revestimentos e acabamentos utilizados
no ambiente de origem, embora as circunstâncias em que o No caso de habitações agrupadas em bloco, a propaga-
fogo comece a se desenvolver exerçam grande influência. ção do incêndio entre unidades poderá dar-se por condução
de calor via paredes e forros, por destruição dessas barreiras
ou, ainda, através da convecção de gases quentes que
venham a penetrar por aberturas existentes.
Com o consumo do combustível existente no local ou de-
corrente da falta de oxigênio, o fogo pode diminuir de intensi-
dade, entrando na fase de resfriamento e consequente extinção.

8.1.3 Formas de propagação de incêndio


O calor e os incêndios se propagam por 3 maneiras funda-
mentais:
a. por condução, ou seja, através de um material sólido
de uma região de temperatura elevada em direção a
outra região de baixa temperatura;
b. por convecção, ou seja, por meio de um fluído líquido
ou gás, entre 2 corpos submersos no fluído, ou entre
um corpo e o fluído;
c. por radiação, ou seja, por meio de um gás ou do
Figura 21: Fase anterior ao flash over - grande desenvolvimento de
fumaça e gases, acumulando-se no nível do teto
vácuo, na forma de energia radiante.
Num incêndio, as 3 formam geralmente são concomitantes,
A possibilidade de um foco de incêndio extinguir ou evo- embora em determinado momento uma delas seja
luir para um grande incêndio depende, basicamente, dos predominante.
seguintes fatores:
a. quantidade, volume e espaçamento dos materiais com- 8.1.4 A influência do conteúdo combustível (carga de
bustíveis no local; incêndio)
b. tamanho e situação das fontes de combustão; O desenvolvimento e a duração de um incêndio são influen-
c. área e locação das janelas; ciados pela quantidade de combustível a queimar.
d. velocidade e direção do vento;
e. a forma e dimensão do local.
Pela radiação emitida por forros e paredes, os materiais
combustíveis que ainda não queimaram são pré-aquecidos à
temperatura próxima da sua temperatura de ignição.
As chamas são bem visíveis no local.
Se esses fatores criarem condições favoráveis ao cresci-
mento do fogo, a inflamação generalizada irá ocorrer e todo o
compartimento será envolvido pelo fogo.
A partir daí, o incêndio irá se propagar para outros com-
partimentos da edificação seja por convecção de gases quen-
tes no interior da casa ou através do exterior, conforme as
chamas saem pelas aberturas (portas e janelas) podem trans-
ferir fogo para o pavimento superior, quando este existir, prin-
cipalmente através das janelas superiores.
A fumaça, que já na fase anterior à inflamação generaliza-
da pode ter-se espalhado no interior da edificação, intensifi- Figura 22: Propagação por condução

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 97

Na carga de incêndio estão incluídos os componentes de


construção, tais como revestimentos de piso, forro, paredes,
divisórias etc. (denominada carga de incêndio incorporada),
mas também todo o material depositado na edificação, tais
como peças de mobiliário, elementos de decoração, livros,
papéis, peças de vestiário e materiais de consumo (denomi-
nada carga de incêndio temporal).

8.1.5 A influência da ventilação


Durante um incêndio o calor emana gases dos materiais com-
bustíveis que podem, em decorrência da variação de tempe-
ratura interna e externa a edificação, ser mais ou menos den-
sos que o ar.
Essa diferença de temperatura provoca um movimento
ascensional dos gases que são paulatinamente substituídos
Figura 23: Propagação por convecção, onde gases quentes pelo ar que adentra a edificação através das janelas e portas.
fazem com que ocorram focos de incêndio em andares distintos
Disso ocorre uma constante troca entre o ambiente inter-
no e externo, com a saída dos gases quentes e fumaça e a
entrada de ar.
Em um incêndio ocorrem 2 casos típicos, que estão relacio-
nados com a ventilação e com a quantidade de combustível
em chama.
No primeiro caso, o ar que adentra a edificação incendiada
for superior à necessidade da combustão dos materiais, temos
um fogo aberto, aproximando-se a uma queima de combustível
ao ar livre, cuja característica será de uma combustão rápida.
No segundo caso, no qual a entrada de ar é controlada, ou
deficiente em decorrência de pequenas aberturas externas,
temos um incêndio com duração mais demorada, cuja queima
é controlada pela quantidade de combustível, ou seja, pela
carga de incêndio. Na qual a estrutura da edificação estará
sujeita a temperaturas elevadas por um tempo maior de expo-
Figura 24: Radiação de calor de um edifício para outro
sição, até que ocorra a queima total do conteúdo do edifício.

Com ele, a duração decorre dividindo-se a quantidade de Em resumo, a taxa de combustão de um incêndio pode
combustível pela taxa ou velocidade de combustão. ser determinada pela velocidade do suprimento de ar, estan-
do implicitamente relacionada com a quantidade de combus-
Portanto, pode-se definir um parâmetro que exprime o tível e sua disposição da área do ambiente em chamas e das
poder calorífico médio da massa de materiais combustíveis dimensões das aberturas.
por unidade de área de um local, que se denomina carga de
incêndio específica (ou térmica) unitária (fire load density). Deste conceito decorre a importância da forma e quanti-
dade de aberturas em uma fachada.

8.1.6 Mecanismos de movimentação dos gases quentes


Quando se tem um foco de fogo num ambiente fechado, numa
sala, por exemplo, o calor destila gases combustíveis do ma-
terial e há ainda a formação de outros gases devido à com-
bustão dos gases destilados.
Esses gases podem ser mais ou menos densos de acordo
com a sua temperatura, a qual é sempre maior do que e am-
biente e, portanto, possuem uma força de flutuação com mo-
vimento ascensional bem maior que o movimento horizontal.
Os gases quentes se acumulam junto ao forro e se espa-
lham por toda a camada superior do ambiente, penetrando
nas aberturas existentes no local.
Os gases quentes, assim como a fumaça, gerados por
uma fonte de calor (material em combustão) fluem no sentido
ascendente com formato de cone invertido. Esta figura é de-
Figura 25: Material de acabamento interno, e mobiliário de um escritório nominada “plume”.

02-IT.pmd 97 18/10/2012, 15:03


98 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

sua autoignição, saindo pelas aberturas, encontram o oxigê-


u, Δ O
v nio do ar externo ao ambiente e se ignizam formando gran-
des labaredas.
As chamas assim formadas são as responsáveis pela rápida
propagação vertical nos atuais edifícios que não possuem
sistemas para evitá-las

8.1.7 “A fumaça” – Um problema sério a ser considerado


Z
8.1.7.1 Efeitos da fumaça
1 1 Associadas ao incêndio e acompanhando o fenômeno da
U≤ Q 3 Z 3 combustão, aparecem, em geral, 4 causas determinantes de
2 5 Q uma situação perigosa:
ΔO ≤ Q 3 Z 3
FONTE DE CALOR a. calor;
1 b. chamas;
V = 0,153 ( ) gQ

CpT
3
Z
5
3 c. fumaça;
d. insuficiência de oxigênio.
Figura 26: Plume de fumaça Do ponto de vista de segurança das pessoas, entre os 4
fatores considerados, a fumaça indubitavelmente causa
Onde: danos mais graves e, portanto, deve ser o fator mais importante
a ser considerado.
Q = taxa de desenvolvimento de calor de fonte;
Z = distância entre e fonte e a base do “plume”; A fumaça pode ser definida como uma mistura complexa
de sólidos em suspensão, vapores e gases, desenvolvida
U = velocidade do ar na região do “plume”; quando um material sofre o processo de pirólise (decomposi-
V = volume do “plume”; ção por efeito do calor) ou combustão.
CI = diferença de temperatura entre o “plume” e o ambiente; Os componentes dessa mistura, associados ou não,
T = temperatura do gás; influem diferentemente sobre as pessoas, ocasionando os
v = massa específica; seguintes efeitos:
Cp = calor específico. a. diminuição da visibilidade devido à atenuação luminosa
do local;
b. lacrimejamento e irritações dos olhos;
c. modificação de atividade orgânica pela aceleração da
respiração e batidas cardíacas;
d. vômitos e tosse;
e. medo;
f. desorientação;
g. intoxicação e asfixia;
h. desmaios e morte.
A redução da visibilidade do local impede a locomoção
das pessoas, fazendo com que fiquem expostas por tempo
maior aos gases e vapores tóxicos. Esses, por sua vez,
Figura 27: Processo de formação de gases e fluxo básico do ar causam a morte se estiverem presentes em quantidade
suficiente e se as pessoas ficarem expostas durante o tempo
que acarreta essa ação.
De acordo com a quantidade de materiais combustíveis, Daí decorre a importância em se entender o comporta-
da sua disposição, da área e volume do local e das dimen- mento da fumaça em uma edificação.
sões das aberturas, a taxa de queima pode ser determinada
pela velocidade de suprimento do ar. A propagação da fumaça está diretamente relacionada
com a taxa de elevação da temperatura; portanto, a fumaça
Entretanto, quando a vazão do ar for superior às necessi- desprendida por qualquer material, desde que exposta à
dades da combustão, então a taxa de queima não será mais mesma taxa de elevação da temperatura, gerará igual propa-
controlada por este mecanismo, aproximando-se, neste caso, gação.
à combustão do material ao ar livre.
Se conseguirmos determinar os valores de densidade ótica
No incêndio, devido ao alto nível de energia a que ficam da fumaça e da toxicidade na saída de um ambiente sinistra-
expostos, os materiais destilam gases combustíveis que não do, poderemos estudar o movimento do fluxo de ar quente e,
queimam no ambiente, por falta de oxigênio. Esses gases então, será possível determinar o tempo e a área do edifício
superaquecidos, com temperaturas muito superiores às de que se tornará perigosa, devido à propagação da fumaça.

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 99

Assim, se conseguirmos determinar o valor de Q e se uti- Como condições que têm grande efeito sobre o movimen-
lizarmos as características do “plume” (V, g, Q, y, Cp, T), prog- to da fumaça no edifício, podem-se citar:
nosticando a formação da camada de fumaça dentro do am- a. momento (época do ano) da ocorrência do incêndio;
biente, será possível calcular o tempo em que este ambiente
b. condições meteorológicas (direção e velocidade e co-
se tornará perigoso. De outro modo, se o volume V de fumaça
eficiente de pressão do vento e temperatura do ar);
se propagar em pouco tempo por toda a extensão do forro e
se fizermos com que Q seja uma função de tempo, o cálculo c. localização do início do fogo;
do valor de Z pode ser obtido em função do tempo e essa d. resistência ao fluxo do ar das portas, janelas, dutos e
equação diferencial pode ser resolvida. Isso permitirá deter- chaminés;
minar o tempo necessário para evacuar o ambiente, antes e. distribuição da temperatura no edifício (ambiente onde
que a fumaça atinja a altura de um homem. está ocorrendo o fogo, compartimentos em geral, caixa
A movimentação da fumaça através de corredores e esca- da escada, dutos e chaminés).
das dependerá, sobretudo, das aberturas existentes e da ve- Devem-se estabelecer os padrões para cada uma dessas
locidade do ar nestes locais, porém, se o mecanismo de loco- condições.
moção for considerado em relação às características do
“plume”, pode-se, então, estabelecer uma correlação com o Entende-se como momento de ocorrência do incêndio a
fluxo de água, em casos em que exista um exaustor de seção época do ano (verão/inverno) em que isso possa ocorrer,
quadrada menor que a largura do corredor; e se a fumaça pois, para o cálculo, deve-se levar em conta a diferença de
vier fluíndo em sua direção, parte dessa fumaça será exauri- temperatura existente entre o ambiente interno e o externo ao
da e grande parte passará direto e continuará fluíndo para o edifício. Essa diferença será grande, caso sejam utilizados
outro lado. No entanto, se o fluxo de fumaça exaurir-se atra- aquecedores ou ar condicionado no edifício.
vés de uma abertura que possua largura igual à do corredor, As condições meteorológicas devem ser determinadas
a fumaça será retirada totalmente. pelos dados estatísticos meteorológicos da região na qual
está situado o edifício, para as estações quentes e frias.
Foi verificado que quanto mais a fumaça se alastrar, me-
nor será a espessura de sua camada, e que a velocidade de Pode-se determinar a temperatura do ar, a velocidade do
propagação de fumaça na direção horizontal, no caso dos vento, coeficiente de pressão do vento e a direção do vento.
corredores, está em torno de 1 m/s, e na direção vertical, no O andar do prédio onde se iniciou o incêndio deve ser
caso das escadas, está entre 2 e 3 m/s. analisado, considerando-se o efeito da ventilação natural
(movimento ascendente ou descendente da fumaça) através
8.1.8 Processo de controle de fumaça
das aberturas ou dutos durante o período de utilização, ou
O processo de controle de fumaça necessário em cada edifí- seja, no inverno o prédio é aquecido e no verão, resfriado.
cio para garantir a segurança de seus ocupantes contra o Considerando-se esses dados, os estudos devem ser leva-
fogo e fumaça é baseado nos princípios de engenharia. O dos a efeito nos andares inferiores no inverno (térreo, sobre-
processo deve ter a flexibilidade e a liberdade de seleção de loja e segundo andar) ou nos andares superiores e inferiores
método e da estrutura do sistema de segurança para promo- no verão (os 2 últimos andares do prédio e térreo).
ver os requisitos num nível de segurança que se deseja.
Em muitos casos, há andares que possuem característi-
Em outras palavras, o objetivo do projeto da segurança de cas perigosas, pois propiciam a propagação de fumaça caso
prevenção ao fogo (fumaça) é obter um sistema que satisfaça ocorra incêndio neste local. Em adição, para tais casos, é
as conveniências das atividades diárias, devendo ser econô- necessário um trabalho mais aprofundado para estudar as
mico, garantindo a segurança necessária sem estar limitado várias situações de mudança das condições do andar, por
por método ou estruturas especiais prefixados. exemplo, num edifício com detalhes especiais de construção.
Existem vários meios para controlar o movimento da fuma- Com relação ao compartimento de origem do fogo, de-
ça, e todos eles têm por objetivo encontrar um meio ou um sis- vem-se levar em consideração os seguintes requisitos para o
tema levando-se em conta as características de cada edifício. andar em questão:
a. compartimento densamente ocupado, com ocupações
totalmente distintas;
b. o compartimento apresenta grande probabilidade de
iniciar o incêndio;
c. o compartimento possui características de difícil con-
trole da fumaça.
Quando existirem vários compartimentos que satisfaçam
essas condições, devem-se fazer estudos em cada um deles,
principalmente se as medidas de controle de fumaça deter-
minadas levarem a resultados bastante diferentes.
O valor da resistência ao fluxo do ar das aberturas à tempe-
ratura ambiente pode ser facilmente obtido a partir de dados
de projeto de ventilação, porém é muito difícil estimar as condi-
ções das aberturas das janelas e portas numa situação de
Figura 28: Extração de fumaça de átrios incêndio.

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100 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Para determinar as temperaturas dos vários ambientes do


edifício, deve-se considerar que os mesmos não sofreram
modificações com o tempo.
A temperatura média no local do fogo é considerada 900ºC
com o incêndio totalmente desenvolvido no compartimento.

9 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


9.1 Medidas de proteção passiva
9.1.1 Isolamento de risco
A propagação do incêndio entre edifícios distintos pode se
dar através dos seguintes mecanismos:
1) radiação térmica, emitida:
a. através das aberturas existentes na fachada do edifício
incendiado;
b. através da cobertura do edifício incendiado;
c. pelas chamas que saem pelas aberturas na fachada
Figura 30: Isolamento por distância de afastamento
ou pela cobertura;
d. pelas chamas desenvolvidas pela própria fachada,
quando esta for composta por materiais combustíveis.
2) convecção, que ocorre quando os gases quentes emiti-
dos pelas aberturas existentes na fachada ou pela cobertura
do edifício incendiado atinjam a fachada do edifício adjacente;
3) condução, que ocorre quando as chamas da edificação
ou parte da edificação contígua à outra atingem a essa trans-
mitindo calor e incendiando a mesma.

Figura 29: Propagação por radiação, convecção e condução

Dessa forma há duas maneiras de isolar uma edificação


em relação à outra, sendo:
1) por meio de distanciamento seguro (afastamento) entre
as fachadas das edificações;
2) por meio de barreiras estanques entre edifícios contí-
guos.
Com a previsão das paredes corta-fogo, uma edificação é
considerada totalmente estanque em relação à edificação
contígua.
O distanciamento seguro entre edifícios pode ser obtido
por meio de uma distância mínima horizontal, entre fachadas Figura 31: Isolamento obtido por parede corta-fogo

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 101

de edifícios adjacentes, capaz de evitar a propagação de a. duração da fase de inflamação generalizada;


incêndio entre os mesmos, decorrente do calor transferido b. temperatura média dos gases durante esta fase;
por radiação térmica através da fachada e/ou por convecção
c. fluxo de calor médio através dos elementos construtivos.
através da cobertura.
Em ambos os casos, o incêndio irá se propagar ignizando
através das aberturas, os materiais localizados no interior
dos edifícios adjacentes e/ou ignizando materiais combustí-
veis localizados em suas próprias fachadas.

9.1.2 Compartimentação vertical e horizontal


A partir da ocorrência de inflamação generalizada no
ambiente de origem do incêndio, este poderá propagar-se
para outros ambientes através dos seguintes mecanismos
principais:
a. convecção de gases quentes dentro do próprio edifício;
b. convecção dos gases quentes que saem pelas janelas
(incluindo as chamas) capazes de transferir o fogo para
pavimentos superiores;
c. condução de calor através das barreiras entre compar-
timentos;
d. destruição dessas barreiras.
Diante da necessidade de limitação da propagação do
incêndio, a principal medida a ser adotada consiste na
compartimentação, que visa a dividir o edifício em células
capacitadas a suportar a queima dos materiais combustíveis
nelas contidos, impedindo o alastramento do incêndio.
Os principais propósitos da compartimentação são:
Figura 32: Detalhes de parede de compartimentação
a. conter o fogo em seu ambiente de origem;
b. manter as rotas de fuga seguras contra os efeitos do
incêndio;
Os valores de resistência ao fogo a serem requeridos para
c. facilitar as operações de resgate e combate ao incêndio. a compartimentação na especificação foram obtidos toman-
A capacidade dos elementos construtivos de suportar a do-se por base:
ação do incêndio denomina-se “resistência ao fogo” e se re- a. a severidade (relação temperatura x tempo) típica do
fere ao tempo durante o qual conservam suas características incêndio;
funcionais (vedação e/ou estrutural). b. a severidade obtida nos ensaios de resistência ao fogo.
O método utilizado para determinar a resistência ao fogo A severidade típica do incêndio é estimada de acordo com
consiste em expor um protótipo (reproduzindo tanto quanto a variável ocupação (natureza das atividades desenvolvidas
possível às condições de uso do elemento construtivo no no edifício).
edifício), a uma elevação padronizada de temperatura em
função do tempo. A compartimentação horizontal se destina a impedir a
propagação do incêndio de forma que grandes áreas sejam
Ao longo do tempo são feitas medidas e observações para afetadas, dificultando sobremaneira o controle do incêndio,
determinar o período no qual o protótipo satisfaz a determina- aumentando o risco de ocorrência de propagação vertical e
dos critérios relacionados com a função do elemento construtivo aumentando o risco à vida humana.
no edifício.
A compartimentação horizontal pode ser obtida através
O protótipo do elemento de compartimentação deve dos seguintes dispositivos:
obstruir a passagem do fogo mantendo, obviamente, sua
a. paredes e portas corta-fogo;
integridade (recebe por isso a denominação de corta-fogo).
b. registros corta-fogo nos dutos que transpassam as
A elevação padronizada de temperatura utilizada no mé- paredes corta-fogo;
todo para determinação da resistência ao fogo constitui-se
em uma simplificação das condições encontradas nos incên- c. selagem corta-fogo da passagem de cabos elétricos e
dios e visa reproduzir somente a fase de inflamação genera- tubulações das paredes corta-fogo;
lizada. d. afastamento horizontal entre janelas de setores
compartimentados.
Deve-se ressaltar que, de acordo com a situação particu-
lar do ambiente incendiado, irão ocorrer variações importan- A compartimentação vertical se destina a impedir o
tes nos fatores que determinam o grau de severidade de ex- alastramento do incêndio entre andares e assume caráter
posição, que são: fundamental para o caso de edifícios altos em geral.

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102 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

A compartimentação vertical deve ser tal que cada pavi-


mento componha um compartimento seguro, para isso são
necessários:
a. lajes corta-fogo;
b. enclausuramento das escadas através de paredes e
portas corta-fogo;
c. registros corta-fogo em dutos que intercomunicam os
pavimentos;
d. selagem corta-fogo de passagens de cabos elétricos e
tubulações, através das lajes;
e. utilização de abas verticais (parapeitos) ou abas hori-
zontais projetando-se além da fachada, resistentes ao
fogo e separando as janelas de pavimentos consecuti-
vos (nesse caso é suficiente que estes elementos
mantenham suas características funcionais, obstruindo
dessa forma a livre emissão de chamas para o exterior).

Figura 35: Compartimentação vertical

9.1.3 Resistência ao fogo das estruturas


Uma vez que o incêndio atingiu a fase de inflamação genera-
lizada, os elementos construtivos no entorno do fogo estarão
sujeitos à exposição de intensos fluxos de energia térmica.
A capacidade dos elementos estruturais de suportar por
determinado período tal ação, que se denomina de resistência
ao fogo, permite preservar a estabilidade estrutural do edifício.

Figura 33: Distância de afastamento entre verga e peitoril

Figura 36: Incêndio generalizado

Durante o incêndio a estrutura do edifício como um todo


estará sujeita a esforços decorrentes de deformações térmi-
cas, e os seus materiais constituintes estarão sendo afetados
(perdendo resistência) por atingir temperaturas elevadas.
O efeito global das mudanças promovidas pelas altas
Figura 34: Compartimentação por aba horizontal ou balcão temperaturas alcançadas nos incêndios sobre a estrutura do

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 103

edifício traduz-se na diminuição progressiva da sua Se a disponibilidade de ar for assegurada, a temperatura


capacidade portante. do compartimento subirá rapidamente e uma camada de ga-
ses quentes se formará abaixo do teto, sendo que intensos
Durante esse processo pode ocorrer que, em determina-
fluxos de energia térmica radiante se originarão, principal-
do instante, o esforço atuante em uma seção se iguale ao
mente, a partir do teto aquecido. Os materiais combustíveis
esforço resistente, podendo ocorrer o colapso do elemento
existentes no compartimento, aquecidos por convecção e ra-
estrutural.
diação, emitirão gases inflamáveis. Isso levará a uma infla-
Os objetivos principais de garantir a resistência ao fogo mação generalizada e todo o ambiente tornar-se-á envolvido
dos elementos estruturais são: pelo fogo, os gases que não queimam serão emitidos pelas
a. possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em aberturas do compartimento.
condições de segurança; A possibilidade de um foco de incêndio extinguir-se ou
b. garantir condições razoáveis para o emprego de socor- evoluir em um grande incêndio (atingir a fase de inflamação
ro público, onde se permita o acesso operacional de generalizada) depende de 3 fatores principais:
viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com a. razão de desenvolvimento de calor pelo primeiro
tempo hábil para exercer as atividades de salvamento objeto ignizado;
(pessoas retidas) e combate a incêndio (extinção);
b. natureza, distribuição e quantidade de materiais com-
c. evitar ou minimizar danos ao próprio prédio, a edificações bustíveis no compartimento incendiado;
adjacentes, à infra-estrutura pública e ao meio ambiente.
c. natureza das superfícies dos elementos construtivos
sob o ponto de vista de sustentar a combustão a propa-
gar as chamas.
Os 2 primeiros fatores dependem largamente dos materi-
ais contidos no compartimento. O primeiro está absolutamen-
te fora do controle do projetista. Sobre o segundo é possível
conseguir, no máximo, um controle parcial. O terceiro fator
está, em grande medida, sob o controle do projetista, que
pode adicionar minutos preciosos ao tempo da ocorrência da
inflamação generalizada, pela escolha criteriosa dos mate-
riais de revestimento.

Figura 37: Colapso estrutural

Em suma, as estruturas dos edifícios, principalmente as


de grande porte, independentemente dos materiais que as
constituam, devem ser dimensionadas, de forma a possuírem
resistência ao fogo compatível com a magnitude do incêndio
que possam vir a ser submetidas.

9.1.4 Revestimento dos materiais


Embora os materiais combustíveis contidos no edifício e cons-
tituintes do sistema construtivo possam ser responsáveis pelo
início do incêndio, muito frequentemente são os materiais con-
tidos no edifício que se ignizam em primeiro lugar.
À medida que as chamas se espalham sobre a superfície
do primeiro objeto ignizado e, talvez, para outros objetos con-
tíguos, o processo de combustão torna-se mais fortemente
influenciado por fatores característicos do ambiente. Figura 38: Evolução da propagação nos materiais

02-IT.pmd 103 18/10/2012, 15:03


104 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

9.1.4.1 NBR 9442/86 - Materiais de construção - Determina-


ção do índice de propagação superficial de chama pelo mé-
todo do painel radiante - Método de Ensaio:

Figura 40: Equipamento de ensaio

9.1.4.2.1 O método de ensaio descrito na NBR 8660 é utiliza-


do para determinar o fluxo crítico de energia radiante de reves-
timentos de piso expostos a uma fonte de calor, dentro de uma
câmara de ensaio fechada. O fluxo radiante simula os níveis
de radiação térmica que os materiais estariam expostos em
sua superfície, durante os estágios iniciais de um incêndio;
9.1.4.2.2 Os corpos de prova, com dimensões de 230 ± 5 mm
de largura e 1050 ± 5 mm de comprimento, são colocados em
Figura 39: Método de ensaio
posição horizontal e abaixo de um painel radiante poroso
inclinado a 30º em relação a sua superfície, sendo expostos a
9.1.4.1.1 O método de ensaio descrito na norma NBR 9442 é um fluxo radiante padronizado. Uma chama piloto é aplicada
utilizado para determinar o índice de propagação de chama na extremidade do corpo de prova mais próxima do painel
de materiais pelo método do painel radiante; radiante e a propagação de chama desenvolvida na superfí-
cie do material é verificada, medindo-se o tempo para atingir
9.1.4.1.2 Os corpos de prova, com dimensões de 150 ± 5 mm
as distâncias padronizadas, indicadas no suporte metálico
de largura e 460 ± 5 mm de comprimento, são inseridos em
onde o corpo de prova é inserido.
um suporte metálico e colocados em frente a um painel
radiante poroso, com 300 mm de largura e 460 mm de com- 9.1.4.3 ASTM E 662 - Standard test method for specific optical
primento, alimentado por gás propano e ar. O conjunto density of smoke generated by solid materials:
(suporte e corpo de prova) é posicionado em frente ao painel
radiante com uma inclinação de 60º, de modo a expor o corpo
de prova a um fluxo radiante padronizado. Uma chama piloto
é aplicada na extremidade superior do corpo de prova;
9.1.4.1.3 É obtido no ensaio o fator de propagação de chama
desenvolvida na superfície do material (Pc), medido através
do tempo para atingir as distâncias padronizadas no suporte
metálico com corpo de prova, e o fator de evolução de calor
desenvolvido pelo material (Q), medido através de sensores
de temperatura (termopares) localizados em uma chaminé
sobre o painel e o suporte com o corpo de prova.
O índice é determinado através da seguinte equação (sem
unidade):
lp = Pc x Q
Onde:
lp: Índice de propagação superficial de chama;
Pc: Fator de propagação da chama;
Q: Fator de evolução do calor.
9.1.4.2 NBR 8660/84 - Revestimento de piso - Determinação
da densidade crítica de fluxo de energia térmica - Método de
Ensaio: Figura 41: Câmara de densidade óptica fechada

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 105

9.1.4.3.1 O método de ensaio definido na norma ASTM E662 ensaio por meio de 3 termopares. Um dos termopares é
utiliza uma câmara de densidade óptica fechada, onde é colocado no interior do corpo de prova, outro na sua superfície
medida a fumaça gerada por materiais sólidos. A medição é lateral e o terceiro, chamado termopar do forno, entre o corpo
feita pela atenuação de um raio de luz em razão do acúmulo de prova e a parede do forno. Os resultados são obtidos a
da fumaça gerada na decomposição pirolítica e na combus- partir de ensaios em 5 corpos de prova;
tão com chama.
9.1.4.4.3 De acordo com a norma, os testes são conduzidos
9.1.4.3.2 Os corpos de prova medindo 76 mm x 76 mm são por 30 min. se a variação no termopar do forno for menor que
testados na posição vertical, expostos a um fluxo radiante de 2ºC nos últimos 10 min. desse tempo. Caso contrário, o teste
calor de 2,5 W/cm². São realizados 3 ensaios com aplicação deve prosseguir até essa estabilização ser verificada em um
de chama piloto, descritos como “com chama”, visando ga- período de 5min, ou até o tempo máximo de ensaio de 60 min.
rantir a condição de combustão com chama e outros 3 sem,
9.1.4.5 BS EN 13823:2002 - Reaction to fire tests for building
escritos como “sem chama”, visando garantir a condição de
products - Building products excluding floorings exposed to
decomposição pirolítica;
the thermal attack by a single burning item:
9.1.4.3.3 Os resultados são expressos em termos de densi-
dade óptica específica (sem unidade), Ds, de acordo com a
seguinte equação:
Ds = V/AL [log10 (100/T) + F]
Onde:
V é o volume da câmara fechada;
A é a área exposta do corpo de prova;
L é o comprimento do caminho da luz através da fumaça;
T é a porcentagem de transmitância da luz;
F é uma função da densidade óptica do filtro utilizado. Figura 43: Reação do fogo em materiais de construção

9.1.4.3.4 Os resultados do ensaio estão apresentados nas 9.1.4.5.1 O método de ensaio especificado na norma BS EN
formas tabular e gráfica neste relatório. De acordo com a ISO 13823 é utilizado para a determinação do desempenho
norma, os ensaios são conduzidos até um valor mínimo de quanto à reação do fogo de materiais de construção, com
transmitância ser atingido, agregando-se, no mínimo, um exceção daqueles empregados em pisos, quando expostos
tempo adicional de ensaio de 3 min, ou até o tempo máximo a uma chama padrão singular (SBI - Single Burning Item);
de ensaio de 20 min, o que ocorrer primeiro.
9.1.4.5.2 Os corpos de prova são formandos por duas partes
9.1.4.4 ISO 1182 - Buildings materials - non - combustibility test: denominadas “asas”, sendo a maior com dimensões de 1000
± 5 mm x 1500 ± 5 mm, e a menor com dimensões de 495 ± 5
mm x 1500 ± 5 mm. As asas são montadas em forma de “L” no
carrinho que faz parte do equipamento. Este Queimador
produz uma chama padrão à qual o corpo de prova é subme-
tido. São determinados então, a partir da queima do corpo de
prova, os dados de ensaio, por meio de instrumentação do equi-
pamento localizado no duto de extração dos gases gerados;
9.1.4.5.3 Os resultados são expressos da seguinte forma: índi-
ce da taxa de desenvolvimento de fogo (FIGRA); índice da taxa
de desenvolvimento de fumaça (SMOGRA); liberação total de
calor do material (THR); produção total de fumaça (TSP);
propagação de chama (LFS) e ocorrência ou não de
gotejamento e/ou desprendimento de material em chamas.
9.1.4.6 BS EN ISO 11925-2 - Reaction to fire tests - Ignitability
Figura 42: Forno cerâmico of building products subjected to direct impingement of flame
- Part 2: Single-flame source test:
9.1.4.4.1 O método de ensaio definido na norma ISO 1182
utiliza um forno cerâmico cilíndrico com 150 ± 1 mm de altura,
diâmetro interno de 75 ± 1 mm e parede de 10 ± 1 mm,
aquecido externamente por resistências e envolvido por
material isolante térmico. Os corpos de prova são inseridos
no forno, cuja temperatura é mantida em 750ºC. Verifica-se
nessa condição a liberação de calor, o desenvolvimento de
chamas e a perda de massa por parte do corpo de prova;
9.1.4.4.2 Os corpos de prova têm formato cilíndrico com um
diâmetro de 45 ± 2 mm e altura de 50 ± 3 mm, são inseridos
no forno, presos a um suporte e monitorados durante o Figura 44: Determinação da ignitabilidade dos materiais

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106 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

9.1.4.6.1 O método de ensaio descrito na norma BS EN ISO 9.1.4.10 Os 2 métodos de ensaio básicos para avaliar as
11925-2 é utilizado para determinar a ignitabilidade dos ma- características dos materiais constituintes do sistema
teriais, quando expostos à chama de queimador padrão den- construtivo, sob o ponto de vista de sustentar a combustão e
tro de uma câmara de ensaio fechada; propagar as chamas, são os seguintes:
9.1.4.6.2 Os corpos de prova, com dimensões de 250 mm x a. ensaio de incombustibilidade que possibilitam verificar
90 mm, para produtos normais, ou 250 mm x 180 mm, para se os materiais são passíveis de sofrer a ignição e,
produtos que contraem ou derretem para longe da chama do portanto, esses ensaios possuem capacidade de
queimador sem serem ignizados, são presos no suporte den- contribuir para a evolução da prevenção de incêndio;
tro da câmara de ensaio e colocados em contato com a cha- b. ensaio da propagação superficial de chamas, por meio
ma do queimador, com um filtro (lenço) de papel posicionado do qual, os materiais passíveis de se ignizarem (mate-
abaixo do corpo de prova. É verificada, então, a propagação riais combustíveis de revestimento) podem ser classi-
da chama, levando-se em conta o tempo em que a frente da ficados com relação à rapidez de propagação superficial
chama leva para atingir a marca de 150 mm, medida a partir de chamas e a quantidade de calor desenvolvido neste
da extremidade inferior do corpo de prova. São realizados 2 processo.
tipos de aplicação de chama: de superfície e de borda.
9.1.4.11 Outra característica que os materiais incorporados
9.1.4.7 Quando os materiais de revestimento são expostos a aos elementos construtivos apresentam diz respeito à fuma-
uma situação de início de incêndio, a contribuição que possa ça que podem desenvolver à medida que são expostos a
vir a trazer para o seu desenvolvimento, ao sustentar a com- uma situação de início de incêndio. Em função da quantidade
bustão, e possibilitar a propagação superficial das chamas, de fumaça que podem produzir e da opacidade dessa fuma-
denomina-se “reação ao fogo”. As características de reação ça, os materiais incorporados aos elementos construtivos
ao fogo dos materiais, utilizadas como revestimento dos ele- podem provocar empecilhos importantes à fuga das pessoas
mentos construtivos, podem ser avaliadas em laboratórios, e ao combate do incêndio.
obtendo-se assim subsídios para a seleção dos materiais na
9.1.4.12 Para avaliar essa característica deve-se utilizar o
fase de projeto da edificação.
método de ensaio para determinação da densidade ótica da
9.1.4.8 Os métodos de ensaio utilizados em laboratório para fumaça produzida na combustão ou pirólise dos materiais.
essas avaliações estipulam condições padronizadas a que os
9.1.4.13 O controle da quantidade de materiais combustíveis
materiais devem ser expostos, que visam a reproduzir certas
incorporados aos elementos construtivos apresenta dois
situações críticas, características dos incêndios antes de ocor-
objetivos distintos. O primeiro é dificultar a ocorrência da
rência de inflamação generalizada. O desempenho que a su-
inflamação generalizada no local em que o incêndio se origina.
perfície de um elemento construtivo deve apresentar, para ga-
O segundo, considerando que a inflamação generalizada
rantir um nível mais elevado de segurança contra incêndio,
tenha ocorrido, é limitar a severidade além do ambiente em
deve ser retirado de uma correlação entre os índices ou cate-
que se originou.
gorias obtidos nos ensaios e a função do elemento construtivo
(consequentemente, sua provável influência no incêndio). 9.1.4.14 Com relação ao primeiro objetivo, a utilização inten-
siva de revestimentos combustíveis capazes de contribuir para
9.1.4.9 A influência de determinado elemento construtivo na
o desenvolvimento do incêndio ao sofrerem a ignição e ao
evolução de um incêndio se manifesta de duas maneiras dis-
levar as chamas para outros objetos combustíveis além do
tintas:
material ou objeto onde o fogo se iniciou.
a. a primeira delas se refere à posição relativa do elemento
no ambiente, por exemplo, a propagação de chamas na 9.1.4.15 Com relação ao segundo objetivo, quanto maior for
superfície inferior do forro é fator comprovadamente mais a quantidade de materiais combustíveis envolvidos no incên-
crítico para o desenvolvimento do incêndio do que a dio maior severidade este poderá assumir, aumentando assim
propagação de chamas no revestimento do piso, pois a
transferência de calor, a partir de um foco de incêndio, é
em geral muito mais intensa no forro, neste sentido, o
material de revestimento do forro deve apresentar um
melhor desempenho nos ensaios de laboratório;
b. o outro tipo de influência se deve ao local onde o material
está instalado: por exemplo, a propagação de chamas
no forro posicionado nas proximidades das janelas, em
relação ao forro afastado das janelas, a fator acentuada-
mente mais crítico para a transferência do incêndio en-
tre pavimentos, pois além de sua eventual contribuição
para a emissão de chamas para o exterior, estará mais
exposto (quando o incêndio se desenvolver em um pavi-
mento inferior) a gases quentes e chamas emitidas atra-
vés das janelas inferiores. Algo semelhante se dá em
relação à propagação do incêndio entre edifícios, onde
os materiais combustíveis incorporados aos elementos
construtivos nas proximidades das fachadas podem
facilitar a propagação do incêndio entre edifícios. Figura 45: Material de acabamento interno em escritório

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 107

o seu potencial de causar danos e a possibilidade de se e de adotar escadas com largura suficiente para acomodar
propagar para outros ambientes do edifício. em seus interiores toda a população do edifício.
9.1.4.16 O método para avalizar a quantidade de calor com As normas técnicas e os códigos de obras estipulam os
que os materiais incorporados aos elementos construtivos valores da largura mínima (denominado de Unidade de
podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio é Passagem (UP)) para todos os tipos de ocupação.
denominado “ensaio para determinação do calor potencial”.
9.2.5 Localização das saídas e das escadas de segurança
9.2 Rotas de fuga As saídas (para um local seguro) e as escadas devem ser
9.2.1 Saídas de emergência localizadas de forma a propiciar efetivamente aos ocupantes
a oportunidade de escolher a melhor rota de escape.
Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é
necessário que as edificações sejam dotadas de meios ade-
quados de fuga, que permitam aos ocupantes se deslocarem
com segurança para um local livre da ação do fogo, calor e
fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, indepen-
dentemente do local de origem do incêndio.
Além disso, nem sempre o incêndio pode ser combatido
pelo exterior do edifício, decorrente da altura do pavimento
onde o fogo se localiza ou pela extensão do pavimento (edi-
fícios térreos).
Nesses casos, há a necessidade da brigada de incêndio
ou do Corpo de Bombeiros de adentrar ao edifício pelos meios
internos a fim de efetuar ações de salvamento ou combate.
Essas ações devem ser rápidas e seguras, e normalmente
utilizam os meios de acesso da edificação, que são as próprias
saídas de emergência ou escadas de segurança utilizadas
para a evacuação de emergência. Figura 46: Escada com largura apropriada
para saída das pessoas
Para isso ser possível as rotas de fuga devem atender,
entre outras, às seguintes condições básicas:
Mesmo havendo mais de uma escada, é importante um
9.2.2 Número de saídas estudo e a previsão de pelo menos 10 m entre elas, de forma
O número de saídas difere para os diversos tipos de ocupação, que um único foco de incêndio impossibilite os acessos.
em função da altura, dimensões em planta e características
construtivas.
Normalmente o número mínimo de saídas consta de códi-
gos e normas técnicas que tratam do assunto.
9.2.3 Distância a percorrer
A distância máxima a percorrer consiste no caminhamento
entre o ponto mais distante de um pavimento até o acesso a
uma saída nesse mesmo pavimento.
Da mesma forma como o item anterior, essa distância
varia conforme o tipo de ocupação e as características cons-
trutivas do edifício e a existência de chuveiros automáticos
como proteção.
Os valores máximos permitidos constam dos textos de
códigos e normas técnicas que tratam do assunto.
9.2.4 Largura das escadas de segurança e das rotas de
fuga horizontais
O número previsto de pessoas que deverão usar as escadas
e rotas de fuga horizontais é baseado na lotação da edificação,
calculada em função das áreas dos pavimentos e do tipo de
ocupação.
As larguras das escadas de segurança e outras rotas
devem permitir desocupar todos os pavimentos em um tempo
aceitável como seguro.
Isso indica a necessidade de compatibilizar a largura das
rotas horizontais e das portas com a lotação dos pavimentos Figura 47: Localização e caminhamento para acesso a uma escada

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108 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

9.2.5.1 Descarga das escadas de segurança e saídas finais As escadas de segurança devem ser construídas com
A descarga das escadas de segurança deve se dar preferen- materiais incombustíveis, sendo também desejável que os
cialmente para saídas com acesso exclusivo para o exterior, materiais de revestimento sejam incombustíveis.
localizado em pavimento ao nível da via pública. As escadas de segurança devem possuir altura e largura
Outras saídas podem ser aceitas, como as diretamente no ergométrica dos degraus, corrimãos corretamente posiciona-
átrio de entrada do edifício, desde que alguns cuidados dos, piso antiderrapante, além de outras exigências para con-
sejam tomados, representados por: forto e segurança.

a. sinalização dos caminhos a tomar; É importante a adequação das saídas ao uso da edificação,
como exemplo pode ser citado a necessidade de corrimão
b. saídas finais alternativas;
intermediário para escolas ou outras ocupações onde há
c. compartimentação em relação ao subsolo e proteção crianças e outras pessoas de baixa estatura.
contra queda de objetos (principalmente vidros)
devido ao incêndio etc. 9.2.7 Escadas de segurança
Todas as escadas de segurança devem ser enclausuradas
com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo. Em
determinadas situações essas escadas também devem ser
dotadas de antecâmaras enclausuradas, de maneira a
dificultar o acesso de fumaça no interior da caixa de escada.
As dimensões mínimas (largura e comprimento) são determi-
nadas nos códigos e normas técnicas.
A antecâmara só deve dar acesso à escada e a porta entre
ambas, quando aberta, não deve avançar sobre o patamar da
mudança da direção, de forma a prejudicar a livre circulação.
Para prevenir que o fogo e a fumaça desprendida através
das fachadas do edifício penetrem em eventuais aberturas
de ventilação na escada e antecâmara, deve ser mantida
uma distância horizontal mínima entre essas aberturas e as
janelas do edifício.

9.2.8 Corredores
Figura 48: Descarga apropriada Quando a rota de fuga horizontal incorporar corredores, o fecha-
mento destes deve ser feito de forma a restringir a penetração
de fumaça durante o estágio inicial do incêndio. Para isso suas
9.2.6 Projeto e construção das escadas de segurança paredes e portas devem apresentar resistência ao fogo.
A largura mínima das escadas de segurança varia conforme Para prevenir que corredores longos se inundem de
os códigos e normas técnicas, sendo normalmente 2,2 m para fumaça, é necessário prever aberturas de exaustão e sua
hospitais e 1,2 m para as demais ocupações, devendo subdivisão com portas à prova de fumaça.
possuir patamares retos nas mudanças de direção com
largura mínima igual à largura da escada.

Figura 50: Corredor desobstruído e sinalizado

9.2.9 Portas nas rotas de fuga


As portas incluídas nas rotas de fuga não podem ser trancadas,
entretanto, devem permanecer sempre fechadas, dispondo para
Figura 49: Corrimão isso de um mecanismo de fechamento automático.

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 109

Alternativamente, essas portas podem permanecer a. permitir a saída fácil e segura do público para o exterior,
abertas, desde que o fechamento seja acionado automatica- no caso de interrupção de alimentação normal;
mente no momento do incêndio. b. garantir também a execução das manobras de interes-
Essas portas devem abrir no sentido do fluxo, com exce- se da segurança e intervenção de socorro.
ção do caso em que não estão localizadas na escada ou na
antecâmara e não são utilizadas por mais de 50 pessoas.
Para prevenir acidentes e obstruções, não devem ser
admitidos degraus junto à soleira, e a abertura de porta não
deve obstruir a passagem de pessoas nas rotas de fuga.

Figura 53: Porta com barra antipânico

Figura 51: Escada e elevador à prova de fumaça


A iluminação de emergência para fins de segurança
contra incêndio pode ser de 2 tipos:
O único tipo de porta admitida é aquele com dobradiças a. de balizamento;
de eixo vertical com único sentido de abertura. b. de aclaramento.
Dependendo da situação, tais portas podem ser à prova
de fumaça, corta-fogo ou ambas.
A largura mínima do vão livre deve ser de 0,8 m.

9.3 Sistema de iluminação de emergência


Esse sistema consiste em um conjunto de componentes e
equipamentos que, em funcionamento, propicia a iluminação
suficiente e adequada para:

Figura 54: Luz de aclaramento

A iluminação de balizamento é aquela associada à sinali-


zação de indicação de rotas de fuga, com a função de orien-
tar a direção e o sentido que as pessoas devem seguir em
caso de emergência.
A iluminação de aclaramento se destina a iluminar as
rotas de fuga de tal forma que os ocupantes não tenham
dificuldade de transitar por elas.
A iluminação de emergência se destina a substituir a
iluminação artificial normal que pode falhar em caso de
incêndio, por isso deve ser alimentada por baterias ou por
motogeradores de acionamento automático e imediato; a partir
Figura 52: PCF em corredor da falha do sistema de alimentação normal de energia.

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110 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Métodos de iluminação de emergência:


a. iluminação permanente, quando as instalações são
alimentadas em serviço normal pela fonte normal e cuja
alimentação é comutada automaticamente para a
fonte de alimentação própria em caso de falha da fonte
normal;
b. iluminação não permanente, quando as instalações não
são alimentadas em serviço normal e, em caso de
falha da fonte normal será alimentada automaticamente
pela fonte de alimentação própria.
Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como
corredores, acessos, passagens antecâmara e patamares de
escadas.
Seu posicionamento, distanciamento entre pontos e sua
potência são determinados nas Normas Técnicas Oficiais.
Figura 55: Acesso à fachada frontal da edificação
9.4 Elevador de segurança
Para o caso de edifícios altos, adicionalmente à escada, é
necessária a disposição de elevadores de emergência,
alimentada por circuito próprio e concebida de forma a não
sofrer interrupção de funcionamento durante o incêndio.
Esses elevadores devem:
a. apresentar a possibilidade de serem operados pela
brigada do edifício ou pelos bombeiros;
b. estar localizados em área protegida dos efeitos do
incêndio.
O número de elevadores de emergência necessário e sua
localização são estabelecidos levando-se em conta as áreas
dos pavimentos e as distâncias a percorrer para serem alcan-
çados a partir de qualquer ponto do pavimento. (figura 52)

9.5 Acesso a viaturas do Corpo de Bombeiros


Figura 56: Fachada do edifício da CESP
Os equipamentos de combate devem-se aproximar ao máximo
do edifício afetado pelo incêndio, de tal forma que o combate ao
fogo possa ser iniciado sem demora e não seja necessária a
utilização de linhas de mangueiras muito longas. Muito Uma vez que o fogo foi descoberto, a sequência de ações
importante é, também, a aproximação de viaturas com escadas normalmente adotada é a seguinte: alertar o controle central
e plataformas aéreas para realizar salvamentos pela fachada. do edifício; fazer a primeira tentativa de extinção do fogo, alertar
os ocupantes do edifício para iniciar o abandono do edifício e
Para isso, se possível, o edifício deve estar localizado ao
informar o Corpo de Bombeiros. A detecção automática é utili-
longo de vias públicas ou privadas que possibilitam a livre
zada com o intuito de vencer de uma única vez esta série de
circulação de veículos de combate e o seu posicionamento
ações, propiciando a possibilidade de tomar uma atitude ime-
adequado em relação às fachadas, aos hidrantes e aos aces-
diata de controle de fogo e da evacuação do edifício.
sos ao interior do edifício. Tais vias também devem ser prepa-
radas para suportar os esforços provenientes da circulação, O sistema de detecção e alarme pode ser dividido basica-
estacionamento e manobras desses veículos. mente em 5 partes:
O número de fachadas que deve permitir a aproximação dos 1) detector de incêndio, constitui-se em parte do sistema
veículos de combate deve ser determinado tendo em conta a de detecção que, constantemente ou em intervalos, destina-
área de cada pavimento, a altura e o volume total do edifício. se a detecção de incêndio em sua área de atuação. Os
detectores podem ser divididos de acordo com o fenômeno
9.6 Meios de aviso e alerta que detectar em:
Sistema de alarme manual contra incêndio e detecção a. térmicos, que respondem a aumentos da temperatura;
automática de fogo e fumaça. b. de fumaça, sensíveis a produtos de combustíveis e/ou
pirólise suspenso na atmosfera;
Quanto mais rapidamente o fogo for descoberto, corres-
pondendo a um estágio mais incipiente do incêndio, tanto c. de gás, sensíveis aos produtos gasosos de combustão
mais fácil será controlá-lo; além disso, tanto maiores serão as e/ou pirólise;
chances dos ocupantes do edifício escaparem sem sofrer d. de chama, que respondem às radiações emitidas
qualquer injúria. pelas chamas.

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 111

3) central de controle do sistema, pela qual o detector é


alimentado eletricamente com a função de:
a. receber, indicar e registrar o sinal de perigo enviado
pelo detector;
b. transmitir o sinal recebido por meio de equipamento de
envio de alarme de incêndio para, por exemplo:
• dar o alarme automático no pavimento afetado pelo fogo;
• dar o alarme temporizado para todo o edifício; acionar uma
instalação automática de extinção de incêndio; fechar por-
tas etc;
• controlar o funcionamento do sistema;
• possibilitar teste.

Figura 57: Detector de incêndio

2) acionador manual, que se constitui em parte do sistema


destinada ao acionamento do sistema de detecção;

Figura 60: Central de alarme

4) avisadores sonoros e/ou visuais, não incorporados ao


Figura 58: Acionador manual painel de alarme, com função de, por decisão humana, dar o
alarme para os ocupantes de determinados setores ou de
todo o edifício;
5) fonte de alimentação de energia elétrica, que deve
garantir em quaisquer circunstâncias o funcionamento do sis-
tema.
O tipo de detector a ser utilizado depende das caracterís-
ticas dos materiais do local e do risco de incêndio ali existen-
te. A posição dos detectores também é um fator importante e
a localização escolhida (normalmente junto à superfície infe-
rior do forro) deve ser apropriada à concentração de fumaça
e dos gases quentes.
Para a definição dos aspectos acima e de outros necessá-
rios ao projeto do sistema de detecção automática devem ser
utilizadas as normas técnicas vigentes.
O sistema de detecção automática deve ser instalado em
edifícios quando as seguintes condições sejam simultanea-
mente preenchidas:
a. início do incêndio não pode ser prontamente percebi-
do de qualquer parte do edifício pelos seus ocupantes;
Figura 59: Detalhe de sirene b. grande número de pessoas para evacuar o edifício;

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112 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

c. tempo de evacuação excessivo; d. sinalização de condições de orientação e salvamento,


d. risco acentuado de início e propagação do incêndio; cuja função é indicar as rotas de saída e ações neces-
sárias para o seu acesso;
e. estado de inconsciência dos ocupantes (sono em
hotel, hospitais etc); e. sinalização dos equipamentos de combate, cuja
função é indicar a localização e os tipos dos equipa-
f. incapacitação dos ocupantes por motivos de saúde
mentos de combate.
(hospitais, clínicas com internação).
Os acionadores manuais devem ser instalados em todos
os tipos de edifício, exceto nos de pequeno porte onde o
reconhecimento de um princípio de incêndio pode ser feito
simultaneamente por todos os ocupantes, não comprome-
tendo a fuga desses ou possíveis tentativas de extensão.
Os acionadores manuais devem ser instalados mesmo
em edificações dotadas de sistema de detecção automática
e/ou extinção automática, já que o incêndio pode ser percebi-
do pelos ocupantes antes de seus efeitos sensibilizarem os
detectores ou os chuveiros automáticos.
A partir daí, os ocupantes que em primeiro lugar detecta-
rem o incêndio, devem ter rápido acesso a um dispositivo de
acionamento do alarme, que deve ser devidamente sinaliza-
do a propiciar facilidade de acionamento.
Os acionadores manuais devem ser instalados nas rotas
de fuga, de preferência nas proximidades das saídas (nas Figura 61: Sinalização de extintores
proximidades das escadas de segurança, no caso de edifícios
de múltiplos pavimentos). Tais dispositivos devem transmitir 9.8 Proteção ativa
um sinal de uma estação de controle, que faz parte
9.8.1 Extintores portáteis e extintores sobrerrodas
integrante do sistema, a partir do qual as necessárias
(carretas)
providências devem ser tomadas.
O extintor portátil é um aparelho manual, constituído de reci-
9.7 Sinalização piente e acessório, contendo o agente extintor, destinado a
combater princípios de incêndio.
A sinalização de emergência utilizada para informar e guiar
os ocupantes do edifício, relativamente a questões associa- O extintor sobrerrodas (carreta) também é constituído em
das aos incêndios, assume dois objetivos: um único recipiente com agente extintor para extinção do
a. reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndio; fogo, porém com capacidade de agente extintor em maior
quantidade.
b. indicar as ações apropriadas em caso de incêndio.
As previsões desses equipamentos nas edificações
O primeiro objetivo tem caráter preventivo e assume as
decorrem da necessidade de se efetuar o combate ao incên-
funções de:
dio imediato, enquanto são pequenos focos.
a. alertar para os riscos potenciais;
Esses equipamentos primam pela facilidade de manuseio,
b. requerer ações que contribuam para a segurança
de forma a serem utilizados por homens e mulheres, contan-
contra incêndio;
do unicamente com um treinamento básico.
c. proibir ações capazes de afetar a segurança contra
incêndio. Além disso, os preparativos necessários para o seu
manuseio não consomem um tempo significativo e,
O segundo objetivo tem caráter de proteção e assume as consequentemente, não inviabilizam sua eficácia em função
funções de: do crescimento do incêndio.
a. indicar a localização dos equipamentos de combate;
Os extintores portáteis e sobrerrodas podem ser divididos
b. orientar as ações de combate; em 5 tipos, de acordo com o agente extintor que utilizam:
c. indicar as rotas de fuga e os caminhos a serem seguidos. a. água;
A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo b. espuma mecânica;
com suas funções em 5 categorias: c. pó químico seco;
a. sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas d. dióxido de carbono;
e materiais com potencial de risco;
e. compostos halogenados.
b. sinalização de comando, cuja função é requerer ações
que deem condições adequadas para a utilização das Esses agentes extintores se destinam a extinção de
rotas de fuga; incêndios de diferentes naturezas.
c. sinalização de proibição, cuja função é proibir ações A quantidade e o tipo de extintores portáteis e sobrerrodas
capazes de conduzir ao início do incêndio; devem ser dimensionados para cada ocupação em função:

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 113

1) da área a ser protegida; 9.8.3 Componentes do sistema


2) das distâncias a serem percorridas para alcançar o ex- Os componentes de um sistema de hidrantes são:
tintor;
a. reservatório de água, que pode ser subterrâneo, ao
3) os riscos a proteger (decorrente de variável “natureza nível do piso elevado;
da atividade desenvolvida ou equipamento a proteger”).
b. sistema de pressurização;
Os riscos especiais, como casa de medidores, cabinas de
força, depósitos de gases inflamáveis e caldeiras, devem ser O sistema de pressurização consiste normalmente em uma
protegidos por extintores, independentemente de outros que bomba de incêndio, dimensionada a propiciar um reforço de
cubram a área onde se encontram os demais riscos. pressão e vazão, conforme o dimensionamento hidráulico de
que o sistema necessitar.
Os extintores portáteis devem ser instalados, de tal forma
que sua parte superior não ultrapasse a 1,6 m de altura em
relação ao piso acabado, e a parte inferior fique acima de 0,2 m
(podem ficar apoiados em suportes apropriados sobre o piso).
Devem ser previstas, no mínimo, independente da área,
risco a proteger e distância a percorrer, duas unidades extinto-
ras, sendo destinadas para proteção de incêndio em sólidos
e equipamentos elétricos energizados.
Os parâmetros acima descritos são definidos de acordo
com o risco de incêndio do local.
Quanto aos extintores sobrerrodas, esses podem substi-
tuir até a metade da capacidade dos extintores em um pavi-
mento, não podendo, porém, ser previstos como proteção
única para uma edificação ou pavimento.
Tanto os extintores portáteis como os extintores sobrerro-
das devem possuir selo ou marca de conformidade de órgão Figura 64: Registro de recalque para bombeiros
competente ou credenciado e ser submetidos a inspeções e
manutenções frequentes.
Quando os desníveis geométricos entre o reservatório e
os hidrantes são suficientes para propiciar a pressão e vazão
mínima requeridas ao sistema, as bombas hidráulicas são
dispensadas.
Seu volume deve permitir uma autonomia para o funcio-
namento do sistema, que varia conforme o risco e a área total
do edifício.
c. conjunto de peças hidráulicas e acessórios;
São compostos por registros (gaveta, ângulo aberto e
recalque), válvula de retenção, esguichos etc.
d. tubulação;
A tubulação é responsável pela condução da água, cujos
Figura 62: Detalhe de instalação de extintores em áreas sujeitas à diâmetros são determinados, por cálculo hidráulico.
obstrução e. forma de acionamento do sistema.

9.8.2 Sistema de hidrantes As bombas de recalque podem ser acionadas por botoei-
ras do tipo liga-desliga, pressostatos, chaves de fluxo ou uma
bomba auxiliar de pressurização (jockey).

Figura 63: Detalhe de hidrante Figura 65: Perspectiva isométrica de sistema de hidrantes

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114 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

O Corpo de Bombeiros, em sua intervenção a um incên-


dio, pode utilizar a rede de hidrantes (principalmente nos
casos de edifícios altos). Para que isso ocorra, os hidrantes
devem ser instalados em todos os andares, em local protegi-
do dos efeitos do incêndio, e nas proximidades das escadas
de segurança.
A canalização do sistema de hidrante deve ser dotada de
um prolongamento até o exterior da edificação de forma que
possa permitir, quando necessário, recalcar água para o
sistema pelas viaturas do Corpo de Bombeiros.

9.8.4 Dimensionamento
Figura 67: Sistema de mangotinhos
O dimensionamento do sistema é projetado:
a. de acordo com a classificação de carga de incêndio
de aspersão d’água (chuveiros automáticos), que podem ser
que se espera;
abertos ou conter um elemento termo-sensível, que se rompe
b. de forma a garantir uma pressão e vazão mínima nas por ação do calor proveniente do foco de incêndio, permitin-
tomadas de água (hidrantes) mais desfavoráveis; do a descarga d’água sobre os materiais em chamas.
c. que assegure uma reserva de água para que o funcio-
O sistema de chuveiros automáticos para extinção a
namento de um número mínimo de hidrantes mais
incêndios possui grande confiabilidade, e se destina a proteger
desfavoráveis, por um determinado tempo.
diversos tipos de edifícios.

Figura 66: Bomba de incêndio e acessórios hidráulicos Figura 68: Chuveiro automático

9.8.5 Sistema de mangotinhos Deve ser utilizado em situações:


Outro sistema que pode ser adotado no lugar dos tradicionais a. quando a evacuação rápida e total do edifício é impra-
hidrantes internos são os mangotinhos. ticável e o combate ao incêndio é difícil;
b. quando se deseja projetar edifícios com pavimentos
Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de
com grandes áreas sem compartimentação.
poder ser operado de maneira rápida por uma única pessoa.
Devido a vazões baixas de consumo, seu operador pode Pode-se dizer que, o sistema de chuveiros automáticos é
contar com grande autonomia do sistema. a medida de proteção contra incêndio mais eficaz quando a
água for o agente extintor mais adequado.
Por esses motivos os mangotinhos são recomendados
pelos bombeiros, principalmente nos locais onde o manu- De seu desempenho, espera-se que:
seio do sistema é executado por pessoas não habilitadas a. atue com rapidez;
(Ex.: uma dona de casa em um edifício residencial). b. extinga o incêndio em seu início;
O dimensionamento do sistema de mangotinhos é idêntico c. controle o incêndio no seu ambiente de origem, permi-
ao sistema de hidrantes. tindo aos bombeiros a extinção do incêndio com relati-
va facilidade.
9.8.6 Sistema de chuveiros automáticos “sprinklers”
9.8.7 Dimensionamento
O sistema de chuveiros automáticos é composto por um
suprimento d’água em uma rede hidráulica sob pressão, onde O dimensionamento do sistema é feito:
são instalados em diversos pontos estratégicos, dispositivos a. de acordo com a severidade do incêndio que se espera;

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 115

b. de forma a garantir em toda a rede níveis de pressão e 9.8.9.1 Aplicação


vazão em todos os chuveiros automáticos, a fim de aten-
Sua aplicação destina-se ao combate a incêndio de grandes
der a um valor mínimo estipulado;
dimensões que envolvam locais que armazenem líquido com-
c. para que a distribuição de água seja suficientemente bustível e inflamável.
homogênea, dentro de uma área de influência prede-
terminada; Também se destina a:
d. de forma que seja ativado automaticamente e com ra- a. extinção de fogos de líquidos de menor densidade que
pidez, a fim de controlar ou extinguir o incêndio em seu a água;
início; b. prevenção da ignição em locais onde ocorra o derra-
e. de acordo com o risco, sendo que o arranjo do material me de líquidos inflamáveis;
tanto no que diz respeito ao acionamento, quanto ao c. extinga incêndios em superfície de combustíveis sóli-
acesso do agente extintor ao foco de incêndio são im- dos;
portantíssimos. Quando o armazenamento for superior d. outras aplicações especiais, tais como derrame de ga-
a 3,7 m, obrigatoriamente deve atender à IT 24/11 - ses na forma líquida, isolamento e proteção de fogos
Chuveiros automáticos para áreas de depósitos, seja externos, contenção de derrames tóxicos etc.;
qual for o risco.
e. estas últimas aplicações dependem de características
9.8.8 Sistema de espuma mecânica especiais da espuma, condições de aplicação e ensai-
os específicos ao caso a ser aplicado.
A espuma mecânica é amplamente aplicada para combate
em incêndio em líquidos combustíveis e inflamáveis. A espuma não é eficaz em:
a. fogo em gases;
O tipo da espuma, forma e componentes para sua aplica-
ção estão detalhados a seguir. b. fogo em vazamento de líquidos sobre pressão;
c. fogo em materiais que reagem com a água.
9.8.9 A espuma
A espuma é um agente extintor condutor de eletricidade e,
A espuma destinada à extinção do incêndio é um agregado
normalmente, não deve ser aplicada na presença de equipa-
estável de bolhas, que tem a propriedade de cobrir e aderir
mentos elétricos com tensão, salvo aplicações específicas.
aos líquidos combustíveis e inflamáveis, formando uma ca-
mada resistente e contínua que isola do ar, e impede a saída Cuidado especial deve se ter na aplicação de líquidos
dos vapores voláteis desses líquidos para a atmosfera. inflamáveis que se encontram ou podem alcançar uma tem-
peratura superior ao ponto de ebulição da água; evitando-se
a projeção do líquido durante o combate (slop over).

9.8.9.2 Características
Os vários tipos de espuma apresentam características pecu-
liares ao tipo de fogo a combater que as tornam mais ou
menos adequadas. Na escolha da espuma devem-se levar
em consideração:
a. aderência;
b. capacidade de supressão de vapores inflamáveis;
c. estabilidade e capacidade de retenção de água;
d. fluidez;
e. resistência ao calor;
f. resistência aos combustíveis polares.

9.8.9.3 Tipos de espuma


Os tipos de espuma variam:
1) segundo sua origem:
Figura 69: Incêndio em parque de tanques
a. química, que é obtida pela reação entre uma solução
de sal básica (normalmente bicarbonato de sódio), e
Sua atuação se baseia na criação de uma capa de cober- outra de sal ácida (normalmente sulfato de alumínio),
tura sobre a superfície livre dos líquidos, com a finalidade de: com a formação de gás carbônico na presença de um
agente espumante. Esse tipo de espuma é totalmente
a. separar combustível e comburente;
obsoleto e seu emprego não está mais normatizado;
b. impedir e reduzir a liberação de vapores inflamáveis; b. física ou mecânica, que é formada ao introduzir, por
c. separar as chamas da superfície dos combustíveis; agitação mecânica, ar em uma solução aquosa (pré-
mistura), obtendo-se uma espuma adequada. Esse é o
d. esfriar o combustível e superfícies adjacentes. tipo de espuma mais empregado atualmente.

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116 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

2) segundo a composição:
a. base proteínica, que se dividem:
• proteínicas, que são obtidas pela hidrólise de resíduos
proteínicos naturais. Caracteriza-se por uma excelente
resistência à temperatura;
• fluorproteínicas, que são obtidas mediante a adição de
elementos fluorados ativos a concentração proteínica,
da qual se consegue uma melhora na fluidez e resistên-
cia a contaminação.
b. base sintética.
3) segundo o coeficiente de expansão:
O coeficiente de expansão é a relação entre o volume
final de espuma e o volume inicial da pré-mistura. E se divi-
dem em:
Figura 71: Sistema semifixo
a. espuma de baixa expansão, cujo coeficiente de
expansão está entre 3 e 30;
b. espuma de média expansão, cujo coeficiente de b. Semifixos - são equipamentos destinados à proteção
expansão está entre 30 e 250; de tanque de armazenamento de combustível, cujos
c. espuma de alta expansão, cujo coeficiente de expan- componentes, permanentemente fixos, são comple-
são está entre 250 e 1.000. mentados por equipamentos móveis para sua opera-
4) segundo as características de extinção: ção. São, normalmente, móveis o reservatório de ex-
trato e o conjunto dosador (proporcionador);
a. espuma convencional, que extingue somente pela capa
de cobertura de espuma aplicada;
b. espuma aplicadora de película aquosa (AFFF), que
forma uma fina película de água que se estende rapi-
damente sobre a superfície do combustível;
c. espuma antiálcool, que forma uma película que protege
a capa de cobertura de espuma ante a ação de
solventes polares.

9.8.9.4 Tipos de sistemas


Os sistemas de espuma são classificados conforme:
1) a sua capacidade de mobilidade em:
a. fixos - são equipamentos para proteção de tanque de
armazenamento de combustível, cujos componentes
são fixos, permanentemente, desde a estação gerado-
ra de espuma até à câmara aplicadora; Figura 72: Detalhe de câmara de espuma

c. móveis - são as instalações totalmente independentes,


normalmente veículos ou carretas, podendo se locomo-
ver e aplicar onde forem necessários, requerendo
somente sua conexão a um abastecimento de água
adequado.
2) Segundo a sua forma de funcionamento, pode ser:
a. automático;
b. semiautomático;
c. manual.

9.8.9.5 Componentes do sistema


1) Reserva (tanque) de extrato.
É uma determinada quantidade de extrato formador de
espuma necessária para o funcionamento do sistema.
Deve dispor dos seguintes componentes básicos:
a. indicador de nível, com válvula de isolamento;
Figura 70: Sistema fixo de espuma b. registro para abertura e fechamento;

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 117

c. conexão para enchimento e esvaziamento; tanque. Pode ser constituído de elementos especiais no inte-
d. conexão para o proporcionador; rior do tanque, que fazem com que a espuma caia de forma
mais suave evitando a sua fragmentação.
e. domo de expansão (espaço), preferencialmente com
válvula de (pressão/vácuo). É composta por um selo de vidro que impede a saída de
vapores voláteis do interior do tanque, mas que se rompem
O material com que é construído o tanque de extrato deve
quando o sistema entra em funcionamento, permitindo a pas-
ser adequado ao líquido gerador que armazena (problemas
sagem da espuma.
de corrosão etc.).
Dispõe também de uma placa de orifício que regula a
2) Elemento dosador (proporcionador).
pressão, de forma a possibilitar a formação de uma espuma
São equipamentos responsáveis pela mistura do líquido adequada.
gerador de espuma e a água, na proporção adequada para
É utilizada para tanque acima de 10 m de altura e ou diâ-
formação da espuma que se deseja.
metro superior a 24 m, normalmente em tanque de teto fixo,
Seu funcionamento se baseia no efeito “venturi”, que é podendo também ser projetada para tanques de teto flutuante.
passagem da água proporcionando a sucção do líquido ge-
6) Geradores de alta expansão
rador de espuma na dosagem preestabelecida.
São elementos de geração e aplicação de espuma de alta
Normalmente funcionam com pressões acima de sete bar
expansão, formando uma espuma com maior proporção de ar.
para permitir que proceda a pré-mistura necessária.
São compostos por um ventilador, podem ser acionados
A proporção é fundamental para permitir uma espuma efi-
por um motor elétrico ou pela própria passagem da solução
ciente ao combate ao fogo que se espera.
de pré-mistura.
Normalmente a proporção é de 3% para hidrocarburentes
Podem ser do tipo móvel ou fixo, aplicando a espuma
e 6% para combustíveis polares.
diretamente ou por meio de mangas e condutos especial-
3) Bombas hidráulicas para dosar a pré-mistura. mente projetados.
Também denominado de dosagem por equilíbrio de pres- Sua pressão de funcionamento varia de 5 a 7 bar.
são, consiste em uma bomba hidráulica que possibilita uma
7) Tubulações e acessórios.
regulagem automática da proporção de pré-mistura, sobre
uma grande demanda de vazão necessária. As tubulações são responsáveis pela condução da água
ou pré-mistura para os equipamentos que formam ou apli-
Essa regulagem pode ser por orifícios calibrados no
cam espuma.
proporcionador, com uma válvula diafragma que controla a
pressão da linha de extrato, em função do diferencial de pres- Deve ser resistente à corrosão.
são entre essa e a linha de abastecimento de água, ou por
Quanto aos acessórios, esses devem resistir a altas pres-
pistões que bombeiam o extrato para a linha de água,
sões, uma vez que os sistemas de espuma trabalham,
formando a pré-mistura.
normalmente, com valores elevados de pressão, decorrente
4) Esguichos e canhões lançadores de espuma. das perdas de carga nos equipamentos, e pressões mínimas
para a formação da espuma.
São elementos portáteis e fixos, cuja função é dar forma à
espuma de baixa e média expansão e fazê-la atingir o tanque 9.8.9.6 Dimensionamento
de combustível em chama.
O dimensionamento do sistema varia conforme o tipo, dimen-
Os esguichos lançadores (linhas manuais) podem ou não são e arranjo físico dos locais que armazenam líquidos infla-
possuir um dosificador em seu corpo (proporcionador). máveis e combustíveis, devendo seguir as normas técnicas
A diferença de emprego entre o esguicho lançador de oficiais e instruções técnicas do Corpo de Bombeiros.
espuma e os canhões de espuma está na capacidade de A reserva de incêndio também varia conforme o tamanho
lançar e alcançar os tanques no que tange sua altura. e o arranjo das áreas de armazenamento; mas possuem ca-
Os esguichos são recomendados para tanques até 6 m de pacidade de reserva maior que as destinadas ao sistema de
altura, enquanto os canhões atingem alturas mais elevadas. hidrantes.

Os esguichos de espuma são recomendados como com- 9.8.10 Sistema fixo de CO2
plemento de apoio às instalações fixas, pois como medida de
proteção principal, expõem os operadores a sérios riscos. O sistema fixo de baterias de cilindros de CO2 consiste de
tubulações, válvulas, difusores, rede de detecção, sinaliza-
5) Câmaras de espuma. ção, alarme, painel de comando e acessórios, destinado a
São elementos especialmente projetados para a aplica- extinguir incêndio por abafamento, por meio da descarga do
ção de espuma de baixa expansão, de forma que seja cober- agente extintor.
ta a superfície de combustíveis contidos em tanques de Seu emprego visa à proteção de locais onde o emprego
armazenamento de grande diâmetro e altura, de forma a iso- de água é desaconselhável, ou locais cujo valor agregado
lar o líquido em relação ao ar. dos objetos e equipamentos é elevado, nos quais a extinção
Tem a característica de aplicar a espuma no interior do por outro agente causará a depreciação do bem pela deposi-
tanque em chamas por meio da descarga junto à parede do ção de resíduos.

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118 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

É recomendado normalmente nos locais onde se buscam Os componentes dos sistemas são:
economia e limpeza e naqueles onde o custo agente/instala-
1) cilindros: recipientes que contêm o agente extintor
ção é mais inferior do que outro agente extintor empregado.
pressurizado, onde a própria pressão do cilindro será utiliza-
Possui uma efetiva extinção em: da para pressurização do sistema, sendo responsáveis pela
descarga dos difusores;
1) Fogos de classe “B” e “C” (líquidos inflamáveis, gases
combustíveis e equipamentos elétricos energizados de alta Sua localização deve ser próxima à área/equipamento a
tensão) em: proteger, a fim de evitar perdas de carga, diminuir a possibili-
a. recintos fechados, por inundação total, onde o sistema dade de danos à instalação e baratear o custo do sistema,
extingue pelo abafamento, baixando-se a concentra- porém, não deve ser instalada dentro da área de risco, de-
ção de oxigênio do local necessária para a combustão, vendo ficar em local protegido (exceto para os sistemas mo-
criando uma atmosfera inerte; dulares).
b. recintos abertos, mediante aplicação local sob deter- Os cilindros devem ser protegidos contra danos mecâni-
minada área. cos ou danos causados pelo ambiente agressivo.
2) Fogos de classe “A” (combustíveis sólidos): No conjunto de cilindros, há um destinado a ser “cilindro-
a. decorrente de seu efeito de resfriamento, nos incêndi- piloto”, cuja função é, mediante acionamento de um disposi-
os em sólidos, em que o fogo é pouco profundo e o tivo de comando, estabelecer um fluxo inicial do agente, a fim
calor gerado é baixo; de abrir por pressão as demais cabeças de descarga dos
demais cilindros da bateria.
b. nos usos de inundação total, aliados a uma detecção
prévia, a fim de evitar a formação de brasas profundas; Os cilindros podem ser de:
c. nos usos de aplicação local leva-se em conta o tipo e a. alta pressão, na qual o CO2 encontra-se contido a uma
disposição do combustível, uma vez que a descarga temperatura de 20°C e uma pressão de 60 bar. Esse
do CO2 impedirá a extinção nas regiões não acessíveis sistema é o mais comum;
diretamente pelo sistema. b. baixa pressão, na qual o CO2 encontra-se resfriado a
O sistema não é capaz de extinguir: 20°C e com uma pressão de 20 bar.
1) Fogos em combustíveis (não pirofóricos) que não preci- 2) cabeça de descarga: consiste de um dispositivo fixo
sam de oxigênio para a sua combustão, pois permitem uma adaptado à válvula do cilindro, a fim de possibilitar sua aber-
combustão anaeróbia; tura e consequente descarga ininterrupta do gás;
2) Fogos em combustíveis de classe “D” (materiais 3) tubulação e suas conexões: responsáveis pela condu-
pirofóricos). ção do agente extintor devem ser resistentes à pressão, à
Os tipos de sistema são: baixa temperatura e à corrosão, tanto internamente como
externamente. Devem resistir a uma pressão de ruptura 5,5
1) Inundação total, onde a descarga de CO2 é projetada
vezes maior que a pressão nominal do cilindro;
para uma concentração em todo o volume do risco a proteger;
2) Aplicação local, onde o CO2 é projetado sobre elemen- 4) válvulas: com a função de direcionamento (direcional)
tos a proteger não confinados; do agente extintor ou de purga do coletor de distribuição de
gás (evitar que fugas do sistema acionem os difusores fecha-
3) Modulares, que consiste em um pequeno sistema de
dos). Essas válvulas devem resistir a uma pressão de ruptura
inundação total instalado no interior dos compartimentos dos
7 vezes maior que a pressão nominal do cilindro;
equipamentos a proteger.
5) difusores: consistem de dispositivos fixos de funciona-
mento automático, equipados com espalhador de orifícios
calibrados, destinados a proporcionar a descarga do CO2 sem
congelamento interno e com espalhamento uniforme.

9.8.11 Brigada de incêndio


O dimensionamento da brigada de incêndio deve atender às
especificações contidas nas normas técnicas adotadas pelo
Corpo de Bombeiros e ITs e, em especial a IT 17/11 – Briga-
da de incêndio.
A população do edifício deve estar preparada para en-
frentar uma situação de incêndio, quer seja adotando as pri-
meiras providências no sentido de controlar o incêndio e aban-
donar o edifício de maneira rápida e ordenada.
Para isso ser possível é necessário, como primeiro passo,
a elaboração de planos para enfrentar a situação de emer-
gência que estabeleçam, em função dos fatores determinantes
de risco de incêndio, as ações a serem adotadas e os recur-
Figura 73: Sistema de CO2 sos materiais e humanos necessários. A formação de uma

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Instrução Técnica nº 02/2011 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio 119

equipe com esse fim específico é um aspecto importante des-


se plano, pois permitirá a execução adequada do plano de
emergência.
Essas equipes podem ser divididas em duas categorias,
decorrentes da função a exercer:
a. equipes destinadas a propiciar o abandono seguro do
edifício em caso de incêndio;
b. equipe destinada a propiciar o combate aos princípios
de incêndio na edificação.
Obs: Pode haver equipe distinta ou executando as fun-
ções simultaneamente.
Tais planos devem incluir a provisão de quadros sinóticos
em distintos setores do edifício (aqueles que apresentem
parcela significativa da população flutuante como, por exem-
plo, hotéis) que indiquem a localização das saídas, a locali-
zação do quadro sinótico com o texto “você está aqui” e a
localização dos equipamentos de combate manual no setor.
Por último, deve-se promover o treinamento periódico dos
brigadistas e de toda a população do edifício. Figura 74: Treinamento de brigada de incêndio

Figura 75: Planta de risco. Fonte: IT 01/11.

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120 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

É fundamental evitar qualquer perda de tempo quando os


bombeiros chegam ao edifício em que está ocorrendo o incên-
dio. Para isso é necessário existir em todas as entradas do
edifício (cujo porte pode definir dificuldades às ações dos bom-
beiros) informações úteis ao combate, fáceis de entender, que
localizam por meio de plantas os seguintes aspectos:
a. ruas de acesso;
b. saídas, escadas, corredores e elevadores de emer-
gência;
c. válvulas de controle de gás e outros combustíveis;
d. chaves de controle elétrico;
Figura 77: Bateria de GLP
e. localização de produtos químicos perigosos;
f. reservatórios de gases liquefeitos, comprimidos e de
produtos perigosos;
g. registros e portas corta-fogo, que fecham automatica-
mente em caso de incêndios e botoeiras para aciona-
mento manual desses dispositivos;
h. pontos de saída de fumaça;
i. janelas que podem ser abertas em edifícios selados;
j. painéis de sinalização e alarme de incêndio;
k. casa de bombas do sistema de hidrantes e de chuvei-
ros automáticos;
l. extintores etc.;
m. sistema de ventilação e localização das chaves de con-
trole;
n. sistemas de chuveiros automáticos e respectivas vál-
vulas de controle;
o. hidrantes internos e externos e hidrantes de recalque
e respectivas válvulas de controle.

Figura 78: Caldeira

Figura 79: Casa de máquinas dos elevadores

9.9 Observações gerais


Cada medida de segurança contra incêndio abordada e
exigida nas instalações tem finalidades e características pró-
prias, portanto, o superdimensionamento ou a adoção de uma
não implica necessariamente na eliminação de outra, salvo
Figura 76: Plano de abandono se previsto expressamente.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 121

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 03/2011

Terminologia de segurança contra incêndio

SUMÁRIO

1 Objetivo

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Termos e definições

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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122 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 123

1 OBJETIVO 4.7 ABP-EX: Associação Brasileira para Prevenção de


Explosões.
Padronizar os termos e definições utilizados no serviço de
segurança contra incêndio e no Decreto Estadual nº56.819/11 4.8 ABPI: Associação Brasileira de Prevenção de Incêndios.
– Regulamento de segurança contra incêndio das edificações
4.9 Abrigo: compartimento, embutido ou aparente, dotado
e áreas de risco do Estado de São Paulo.
de porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos,
carretéis ou outros equipamentos de combate a incêndio,
2 APLICAÇÃO capaz de proteger contra intempéries e danos diversos.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a toda legislação de 4.10 Acantonamento: 1. volume livre de fumaça compreen-
Segurança contra Incêndio do Corpo de Bombeiros da Polí- dido entre o chão e o teto/telhado, delimitado por painéis de
cia Militar do Estado de São Paulo. fumaça. 2. construção ou grupo de construções não militares,
particulares ou públicas, utilizadas para alojar, temporaria-
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS mente, organizações militares.
Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outu- 4.11 Aceite: documento em que a Prefeitura local aceita as
bro de 1988, artigo 144, § 5°. obras e serviços realizados pelo loteador.
Constituição do Estado de São Paulo, de 5 de outubro de 4.12 Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do
1989, artigo 142. pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída horizon-
tal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou
Lei Estadual n° 616, de 17/12/1974 (dispõe sobre a organiza-
descarga para saída do recinto do evento. Os acessos po-
ção básica da Polícia Militar do Estado de São Paulo).
dem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos,
NBR 13860/97 - Glossário de termos relacionados com a se- balcões, varandas e terraços.
gurança contra incêndio;
4.13 Acesso para bombeiros: áreas ou locais que proporci-
ISO 8421-1 (1987) General terms and phenomena of fire; onem facilidades de acesso para bombeiros e equipamen-
tos, no interior das edificações e áreas de risco, em caso de
ISO 8421-2 (1987) Strutural fire protection; emergência.
ISO 8421-3 (1989) Fire detection and alarm; 4.14 Acesso para viaturas: vias trafegáveis com prioridade
ISO 8421-4 (1990) Fire extinction equipment; para a aproximação e operação dos veículos e equipamentos
de emergência juntos às edificações e instalações industriais.
ISO 8421-5 (1988) Smoke control;
4.15 Acionador manual: dispositivo destinado a dar partida
ISO 8421-6 (1987) Evacuation and means of escape; a um sistema ou equipamento de segurança contra incêndio,
ISO 8421-7 (1987) Explosion detection and suppression pela interferência do elemento humano.
means; 4.16 Acionador manual de alarme: dispositivo de alarme de
ISO 8421-8 (1990) Terms specific to fire-fighting, rescue incêndio, operado manualmente, o qual proporciona um alar-
services and handling hazardous materials. me de incêndio sonoro e/ou visual.
4.17 Acompanhante do vistoriador: pessoa com conheci-
4 DEFINIÇÕES mento da operacionalidade dos sistemas de segurança con-
Para efeitos desta Instrução Técnica, aplicam-se os seguin- tra incêndios instalados na edificação que acompanha o
tes termos e definições: vistoriador, executando os testes necessários na vistoria.
4.18 Adaptação: junta de união usada para conectar man-
4.1 Abafamento: método de extinção de incêndio destinado
gueiras com conexões diferentes.
a impedir o contato do ar atmosférico com o combustível e a
liberação de gases ou vapores inflamáveis. 4.19 Adução e recalque d’água: transferência de água de
uma fonte de abastecimento para o local do incêndio, através
4.2 Abandono de edificação: conjunto de ações que visam
da interposição de bombas intermediárias nas linhas de man-
remoção rápida, segura, de forma ordenada e eficiente de
gueiras.
toda a população fixa e flutuante da edificação, em caso de
uma situação de sinistro. 4.20 Aduchar: trata-se do acondicionamento de um cabo
(ou mangueira), visando seu pronto emprego.
4.3 Abertura de ventilação: abertura em uma parede ou
cobertura de uma edificação concebida para retirar o calor e 4.21 Adutora: canalização, geralmente de grande diâmetro,
a fumaça. que tem como finalidade conduzir a água da Estação de Tra-
tamento de Águas (ETA), até as redes de distribuição.
4.4 Abertura desprotegida: porta, janela ou qualquer outra
abertura não dotada de vedação com o índice exigido de 4.22 Aeração: 1. ato ou efeito de arejar; renovação de ar;
proteção ao fogo. Considera-se, ainda, qualquer parte da passagem forçada de ar, através de uma solução, de um ba-
parede externa da edificação com índice de resistência ao nho ou de outro sistema, com o objetivo de aumentar o teor
fogo menor que o exigido para a face exposta da edificação. de oxigênio ou expulsar gases indesejáveis. 2. (PP) técnica
simples e eficiente, realizada por meio da aplicação de vapor
4.5 ABIQUIM: Associação Brasileira da Indústria Química.
d’água no material contaminado. Apresenta bons resultados
4.6 ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas. em produtos voláteis.

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124 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.23 Aeródromo: toda área de terra, água ou flutuante des- 4.38 Andar: volume compreendido entre dois pavimentos
tinada à chegada, partida e movimentação de aeronaves. consecutivos ou entre o pavimento e o nível superior à sua
4.24 Afastamento horizontal entre aberturas: distância cobertura.
mínima entre as aberturas nas fachadas (parede externa) dos 4.39 Anemômetro: instrumento que realiza a medição da
setores compartimentados. velocidade de gases.
4.25 Agente extintor: entende-se por agentes extintores, 4.40 Anemômetro de fio quente ou termo-anemômetro:
certas substâncias químicas (sólidas, líquidas, gasosas ou tipo de anemômetro que opera associando o efeito de troca
outros materiais) que são utilizados na extinção de um incên- de calor convectiva no elemento sensor (fio quente) com a
dio, quer abafando, quer resfriando ou, ainda, acumulando velocidade do ar que passa pelo mesmo. Possibilita realizar
esses dois processos o que, aliás, é o mais comum. Os medições de valores baixos de velocidade, em geral com
principais agentes extintores são os seguintes: água; espuma; valores em torno de 0,1 m/s.
dióxido de carbono; pó químico seco; agentes halogenados
e agentes umectantes. 4.41 ANP: Agência Nacional do Petróleo.

4.26 Agente supressor de explosão: substâncias que, quan- 4.42 Antecâmara: recinto que antecede a caixa da escada,
do dispersas dentro de um recipiente, podem interromper o com ventilação natural garantida por janela para o exterior,
desenvolvimento de uma explosão naquele recipiente. por dutos de entrada e saída de ar ou por ventilação forçada
(pressurização).
4.27 Alívio de emergência: dispositivo capaz de aliviar a
pressão interna de um recipiente ou vaso sobre pressão. 4.43 Antiálcool: é um liquido gerador de espuma (LGE) fa-
bricado a partir de proteína animal hidrolizada e estabilizada
4.28 Alambrado: tela de arame ou outro material similar. mediante uso de aditivos especiais que formam uma mem-
4.29 Alarme de incêndio: aviso de um incêndio, sonoro e/ou brana química insolúvel entre as bolhas de espuma e a su-
luminoso, originado por uma pessoa ou por um mecanismo perfície do líquido inflamado.
automático, destinado a alertar as pessoas sobre a existên- 4.44 Aplicadores de espuma: Tipo I: utiliza aplicador que
cia de um incêndio em determinada área da edificação. deposita a espuma suavemente na superfície do líquido, pro-
4.30 Altura ascendente: medida em metros entre o ponto vocando o mínimo de submergência; Tipo II: utiliza
que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção aplicadores que não depositam a espuma suavemente na
do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais superfície do líquido, mas que são projetados para reduzir a
baixo do nível do piso do pavimento mais baixo da edificação submergência e agitar a superfície do líquido; Tipo III: utiliza
(subsolo). equipamentos que aplicam a espuma por meio de jatos que
atingem a superfície do líquido em queda livre.
4.31 Altura da edificação ou altura descendente: medida em
metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descar- 4.45 Aprovado: aceito pela autoridade competente.
ga, sob a projeção do paramento externo da parede da
4.46 Área a construir: área projetada não edificada.
edificação, ao piso do último pavimento, excluindo-se áticos,
casas de máquinas, barrilete, reservatórios de água e asseme- 4.47 Área construída: somatório de todas as áreas ocupáveis
lhados. Nos casos onde os subsolos tenham ocupação distinta e cobertas de uma edificação.
de estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitá-
4.48 Área da edificação: somatório da área a construir e da
rias ou respectivas dependências sem aproveitamento para
área construída de uma edificação.
quaisquer atividades ou permanência humana, a mensuração
da altura será a partir do piso mais baixo do subsolo ocupado. 4.49 Área de aberturas na fachada de uma edificação: su-
4.32 Altura de sucção: altura entre o nível de água de um perfície aberta nas fachadas (janelas, portas, elementos de
reservatório e a linha de centro da sucção da bomba. vedação), paredes, parapeitos e vergas que não apresentam
resistência ao fogo e pelas quais se pode irradiar o incêndio.
4.33 Alvará para comércio de fogos de artifícios: docu-
mento expedido pela Divisão de Produtos Controlados da 4.50 Área de armazenagem: local destinado à estocagem
Capital ou setor congênere nas Delegacias Seccionais de de fogos de artifício industrializado.
Polícia dos demais municípios, que permite a empresa funci- 4.51 Área de armazenamento: local contínuo destinado ao
onar durante o exercício corrente de sua expedição. armazenamento de recipientes transportáveis de Gás Lique-
4.34 Ampliação de área: aumento da área construída da feito de Petróleo (GLP), cheios, parcialmente utilizados, e
edificação. vazios, compreendendo os corredores de inspeção, quando
existirem.
4.35 Análise: ato de verificação das exigências das medidas
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de 4.52 Área de estacionamento de helicópteros: local desti-
risco, no processo de segurança contra incêndio. nado ao estacionamento de helicópteros, localizado dentro
dos limites do heliporto ou heliponto.
4.36 Análise de projeto: ato de verificação das exigências
das medidas de segurança contra incêndio das edificações e 4.53 Área de operação para chuveiros automáticos: é a
áreas de risco, no processo de segurança contra incêndio. área calculada a ser totalmente inundada por um sistema de
chuveiros automáticos.
4.37 Análise preliminar de risco: estudo prévio sobre a exis-
tência de riscos, elaborado durante a concepção e o desen- 4.54 Área de pavimento: medida em metros quadrados, em
volvimento de um projeto ou sistema. qualquer pavimento de uma edificação, do espaço compre-

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 125

endido pelo perímetro interno das paredes externas e pare- 4.70 Aspersor: dispositivo utilizado nos sistemas de pulveri-
des corta fogo, excluindo a área de antecâmara, e dos recin- zação de água que tem por finalidade a aplicação do agente
tos fechados de escadas e rampas. extintor para controle ou extinção de incêndios ou resfriamento.
4.55 Área de pouso e decolagem: local do heliponto ou 4.71 Aterramento: processo de conexão a terra, de um ou
heliporto, com dimensões definidas, onde o helicóptero pou- mais objetos condutores, visando à proteção do operador ou
sa e decola. equipamento contra descargas atmosféricas, acúmulo de
4.56 Área de pouso e decolagem de emergência para he- cargas estáticas e falhas entre condutores vivos.
licópteros: local construído sobre edificações, cadastrado no 4.72 Atestado de brigada de incêndio: documento que ates-
Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utiliza- ta que os ocupantes da edificação receberam treinamento
do para pousos e decolagens de helicópteros, exclusivamente teórico e prático de prevenção e combate a incêndio.
em casos de emergência ou de calamidade.
4.73 Ático: parte do volume superior de uma edificação,
4.57 Área de pouso ocasional: local de dimensões defini- destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores,
das, que pode ser usado, em caráter temporário, para pousos caixas de água e circulação vertical.
e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia,
específica e por prazo limitado, do órgão regional do Coman- 4.74 Átrio “atrium”: espaço amplo criado por um andar aberto
do Aéreo Regional. ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais
pavimentos cobertos, com fechamento na cobertura, excetu-
4.58 Área de refúgio: local seguro que é utilizado tempora- ando-se os locais destinados à escada, escada rolante e
riamente pelo usuário, acessado através das saídas de emer- “shafts” de hidráulica, eletricidade, ar condicionado e cabos
gência de um setor ou setores, ficando entre esse (s) e o de comunicação.
logradouro público ou área externa com acesso aos setores.
4.75 Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB):
4.59 Área de refúgio para helipontos: local ventilado, previ-
documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar
amente delimitado, com acesso à escada de emergência,
do Estado de São Paulo (CBPMESP) certificando que, durante
separado desta por porta corta-fogo e situado em helipontos
a vistoria, a edificação possui condições de segurança contra
elevados, próximo ao local de resgate de vítimas, com uso de
incêndio, previstas pela legislação e constantes no processo,
helicópteros para casos de impossibilidade de abandono da
estabelecendo um período de revalidação.
edificação pelas rotas de fuga previamente dimensionadas.
4.76 Autonomia do sistema: tempo mínimo em que o siste-
4.60 Área de risco: ambiente externo à edificação que con-
ma de iluminação de emergência assegura os níveis de
tém armazenamento de produtos perigosos, inflamáveis ou
iluminância exigidos.
combustíveis; instalações elétricas, radioativas ou de gás; ou,
ainda, concentração de pessoas. 4.77 Autoridade competente: órgão, repartição pública ou
4.61 Área de toque: parte da área de pouso e decolagem, privada, pessoa jurídica ou física investida de autoridade para
com dimensões definidas, na qual é recomendado o toque legislar, examinar, aprovar e/ou fiscalizar os assuntos relacio-
do helicóptero ao pousar. nados à segurança contra incêndio nas edificações e áreas
de risco, baseados em legislação específica local.
4.62 Área de venda de fogos de artifício: local destinado à
permanência de pessoas para escolha e compra de fogos de 4.78 Avisador: dispositivo previsto para chamar a atenção
artifício. de todas as pessoas dentro de uma área de perigo, controla-
do pela central.
4.63 Área do maior pavimento: área do maior pavimento da
edificação, excluindo o de descarga. 4.79 Avisador sonoro: dispositivo que emite sinais audíveis
de alerta.
4.64 Área fria: local que possui piso e paredes, normalmente
revestidos com cerâmica, possuindo também instalação 4.80 Avisador sonoro e visual: dispositivo que emite sinais
hidráulica - banheiros, vestiários, sauna e assemelhados. audíveis e visíveis de alerta combinados.
4.65 Área protegida: 1. área enclausurada provida de um 4.81 Avisador visual: dispositivo que emite sinais visuais de
adequado grau de resistência ao fogo da qual há meios alter- alerta.
nativos de fuga. 2. área dotada de equipamento de proteção
4.82 Bacia de contenção: área construída por uma depres-
e combate a incêndio.
são, pela topografia do terreno ou ainda limitada por dique,
4.66 Áreas de produção: locais onde se localizam poços de destinada a conter eventuais vazamentos de produto; a área
petróleo. interna da bacia deve possuir um coeficiente de permea-
4.67 Armazém de líquidos inflamáveis: construção destina- bilidade de 10-6 cm/s, referenciado à água a 20ºC.
da, exclusivamente, a armazenagem de recipientes de líqui- 4.83 Bacia de contenção de óleo isolante: dispositivo cons-
dos inflamáveis. tituído por grelha, duto de coleta e dreno, preenchido com
4.68 Armazém de produtos acondicionados: área coberta pedra britada, com a finalidade de coletar vazamentos de
ou não, onde são acondicionados recipientes (tais como tam- óleo isolante.
bores, tonéis, latas, baldes etc.) que contenham produtos ou 4.84 Balaústre: 1. colunelo de madeira, pedra ou metal, que
materiais combustíveis ou produtos inflamáveis. sustenta com outros iguais, regularmente distribuídos, uma
4.69 Arruamentos de quadras: vias de circulação de veícu- travessa, corrimão ou peitoril. 2. haste de madeira ou metal,
los pesados existentes entre as quadras de armazenamento geralmente usada nas viaturas para auxiliar o bombeiro no
externo de um pátio de contêineres. embarque ou desembarque.

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126 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.85 Balcão ou sacada: parte de pavimento da edificação 4.99 Bomba de pressurização “jockey”: dispositivo hidráu-
em balanço em relação à parede externa do prédio, tendo, lico centrífugo destinado a manter o sistema pressurizado em
pelo menos, uma face aberta para o espaço livre exterior. uma faixa preestabelecida.
4.86 Baldrame: 1. peça de madeira que serve de base às 4.100 Bomba de reforço: dispositivo hidráulico destinado a
paredes e sustenta os barrotes do soalho. 2. base de parede fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavo-
ou muralha, alicerce de alvenaria. ráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abas-
tecidos pelo reservatório elevado.
4.87 Barra acionadora: componente da barra antipânico,
fixada horizontalmente na face da folha, cujo acionamento, 4.101 Bomba principal: dispositivo hidráulico centrífugo des-
em qualquer ponto de seu comprimento, libera a folha da tinado a recalcar água para os sistemas de combate a incêndio.
porta de sua posição de travamento, no sentido da abertura. 4.102 Bombeiro militar: agente público, pertencente ao
4.88 Barra antipânico: dispositivo de destravamento da fo- Corpo de Bombeiros, com atribuição de realizar atividades
lha de uma porta, na posição de fechamento, acionado medi- de prevenção e combate a incêndios, de busca e salvamen-
ante pressão exercida no sentido de abertura, em uma barra to e de defesa civil, no âmbito das Unidades Federativas
horizontal fixada na face da folha. respectivas.

4.89 Barreiras de fumaça “smoke barriers”: membrana, 4.103 Botoeira de alarme: dispositivo destinado a dar um
tanto vertical quanto horizontal, tal como uma parede, andar alarme em um sistema de segurança contra incêndio, pela
ou teto, que é projetada e construída para restringir o interferência do elemento humano.
movimento da fumaça. As barreiras de fumaça podem ter 4.104 Botoeira “liga-desliga”: acionador manual, do tipo
aberturas que são protegidas por dispositivos de fechamento liga-desliga, para bomba principal.
automático ou por dutos de ar, adequados para controlar o
4.105 Brigada de incêndio: grupo organizado de pessoas,
movimento da fumaça.
voluntárias ou não, treinadas e capacitadas em prevenção e
4.90 Barreiras de proteção: dispositivos que evitam a pas- combate a incêndios e primeiros socorros, para atuação em
sagem de gases, chamas ou calor de um local ou instalação edificações ou áreas de risco.
para outro contíguo.
4.106 Brigada profissional: brigada particular composta por
4.91 Bateria de cilindros: conjunto de dois ou mais cilindros pessoas habilitadas que exercem, em caráter habitual, fun-
ligados por uma tubulação coletora contendo gás extintor ou ção remunerada e exclusiva de prevenção e combate a in-
propulsor. cêndios e primeiros socorros, contratadas diretamente por
empresas privadas ou públicas, por sociedades de econo-
4.92 Bico nebulizador: dispositivo de orifício fixo, normalmen-
mia mista ou por empresas especializadas, para atuação em
te aberto, para descarga de água sob pressão, destinado a
edificações e áreas de risco.
produzir neblina de água com forma geométrica definida.
4.107 Cabo Pirotécnico (também denominado “Blaster”
4.93 Bleve: explosão de vapores em expansão de líquido Pirotécnico): é o operador responsável pelo planejamento,
em ebulição. Fenômeno que ocorre quando há ruptura do supervisão e/ou execução do espetáculo pirotécnico, legal-
recipiente de estocagem como consequência de fogo exter- mente habilitado pelo órgão estadual competente, segundo
no. Há uma liberação instantânea do produto em combustão, a regulamentação do Exército Brasileiro.
que rapidamente se expande na área de incêndio, gerando
uma bola de fogo. sigla da expressão boilling liquid expanding 4.108 Cais: estrutura com plataforma, construída ao longo e
vapour explosion. paralela a um corpo d´água. Um cais pode ter deck aberto ou
pode ser equipado com uma superestrutura.
4.94 Bocel do degrau: borda saliente do degrau sobre o
espelho, arredondada inferiormente ou não. 4.109 Caldeira: é toda e qualquer instalação fixa destinada
a produzir vapor d’água sob pressão superior à atmosférica,
Nota: utilizando qualquer fonte externa de calor.
Se o degrau não possui bocel, a linha de concorrência dos planos do 4.110 Calor: forma de energia que eleva a temperatura, ge-
degrau e do espelho, nesse caso obrigatoriamente inclinada, chama-
rada da transformação de outra energia, através de proces-
se quina do degrau; a saliência do bocel ou da quina sobre o degrau
so físico ou químico.
imediatamente inferior não pode ser menor que 15 mm em projeção
horizontal. 4.111 Calor de combustão, potencial calorífico: energia
calorífica passível de ser liberada pela combustão completa
4.95 Bomba “booster”: bomba destinada a suprir deficiên- de um material por umidade de massa.
cias de pressão em uma instalação hidráulica de proteção
contra incêndios. 4.112 Camada de fumaça “smoke layer”: espessura acu-
mulada de fumaça abaixo de uma barreira física ou térmica.
4.96 Bomba com motor a explosão: equipamento para o
combate a incêndio, cuja força provém da explosão do com- 4.113 Câmara de espuma: dispositivo dotado de selo de
bustível misturado com o ar. vapor, destinado a conduzir a espuma para o interior do tan-
que de armazenamento de teto cônico.
4.97 Bomba com motor elétrico: equipamento para comba-
4.114 Câmara de retardo da válvula de alarme do
te a incêndio, cuja força provém da eletricidade.
sprinkler: dispositivo volumétrico projetado para minimizar
4.98 Bomba de escorva: bomba destinada a remover o ar alarmes falsos devido a surtos e flutuações no fornecimento
do interior das bombas de combate a incêndio. de água do sistema de sprinkler.

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4.115 Campo de pouso: área preparada para pouso, deco- de produzir gotas grandes de água, utilizado para controle de
lagem e acomodação de aeronaves. alguns tipos de incêndios graves. 4) Difusores: dispositivo
para uso em aplicações que requerem formas especiais de
4.116 Canal de fuga: canal que interliga os tanques à bacia
distribuição de água, sprays direcionais ou outras caracterís-
de contenção à distância, construído com material incombus-
ticas incomuns. 5) Chuveiro de estilo antigo: chuveiro que
tível, inerte aos produtos armazenados e com o coeficiente
direciona 40% a 60% da água para o teto e que deve ser
de permeabilidade mínima de 10-6 cm/s, referenciado à água
instalado com o defletor pendente ou de pé. 6) Chuveiro aber-
a 20ºC.
to: chuveiro que não possui elementos acionadores ou
4.117 Canalização (tubulação): rede de tubos, conexões e termossensíveis. 7) Chuveiro de resposta imediata e cober-
acessório, destinada a conduzir água para alimentar o siste- tura estendida: chuveiro de resposta rápida projetados para
ma de combate a incêndios. cobrir uma área maior do que a área de cobertura de chuvei-
ros padrão. 8) Chuveiro de resposta imediata (QR–Quick-
4.118 Canhão monitor: equipamento usado para lançar ja-
Response): tipo de chuveiro de resposta rápida utilizado para
tos com grande quantidade de água ou de espuma, com
extinção (e não simplesmente controle) de alguns tipos de
movimento lateral e vertical. Pode ser fixo ou móvel (portátil).
incêndios. 9) Chuveiro especial: chuveiro testado e certifica-
4.119 Capacidade volumétrica: capacidade total em volu- do para uma aplicação específica. 10) Chuveiro tipo spray:
me de água que o recipiente pode comportar. chuveiro cujo defletor direciona a água para baixo, lançando
uma quantidade mínima de água, ou nenhuma, para o teto. É
4.120 Carga de incêndio: soma das energias caloríficas pos-
o chuveiro de uso mais difundido nos últimos cinquenta anos
síveis de serem liberadas pela combustão completa de todos
devido à sua capacidade de controlar incêndios em vários
os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive
tipos de riscos. 11) Chuveiro resistente à corrosão: chuvei-
o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos.
ro fabricado com materiais resistentes à corrosão, ou com
4.121 Carga de incêndio específica: valor da carga de in- revestimentos especiais, para serem utilizados em atmosfe-
cêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, ras que normalmente causam corrosão. 12) Chuveiro seco:
expresso em MJ/m2. chuveiro fixado a um niple de extensão que é provido de um
selo na extremidade de entrada para permitir que a água
4.122 Carretel axial: dispositivo rígido destinado ao ingresse em seu interior somente em caso de operação do
enrolamento de mangueiras semirrígidas. chuveiro. Definições quanto à instalação: (a) Chuveiro ocul-
4.123 Causa: origem de caráter humano ou material, relacio- to: chuveiro embutido coberto por uma placa que é liberada
nada com um acidente. antes do funcionamento do chuveiro. (b) Chuveiro flush: chu-
veiro decorativo cujo corpo, ou parte dele, incluindo a rosca,
4.124 CBM: Comando de Bombeiros Metropolitano. é montado acima do plano inferior do teto. Ao ser ativado, o
4.125 CBO: Curso de Bombeiro para Oficiais. defletor se prolonga para baixo do plano inferior do teto. (c)
Chuveiro pendente: chuveiro projetado para ser instalado
4.126 CBS: Curso de Bombeiro para Sargentos. em uma posição na qual o jato de água é direcionado para
4.127 Central de alarme: equipamento destinado a proces- baixo, contra o defletor. (d) Chuveiro embutido: chuveiro
sar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, convertê- decorativo cujo corpo, ou parte dele, exceto a rosca, é monta-
los em indicações adequadas, comandar e controlar os de- do dentro de um invólucro embutido. (e) Chuveiro lateral:
mais componentes do sistema. chuveiro com defletor especial projetado para descarregar
água para longe da parede mais próxima a ele, em um forma-
4.128 Central de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo): área to parecido com um quarto de esfera. Um pequeno volume de
devidamente delimitada que contém os recipientes transpor- água é direcionado à parede atrás do chuveiro. (f) Chuveiro
táveis ou estacionários e acessórios destinados ao em pé: chuveiro projetado para ser instalado em uma posi-
armazenamento de GLP para consumo. ção na qual o jato de água é direcionado para cima, contra o
4.129 Chama: zona de combustão na fase gasosa, com defletor.
emissão de luz. 4.132 Circulação de uso comum: passagem que dá acesso
4.130 Chave de mangueira: ferramenta para apertar e/ou à saída de mais de uma unidade autônoma, quarto de hotel
soltar conexões de mangueira. ou assemelhado.
4.133 Classes de incêndio: classificação didática na qual
4.131 Chuveiro automático: dispositivo hidráulico para
se definem fogos de diferentes naturezas. Adotada no Brasil
extinção ou controle de incêndios que funciona automatica-
em quatro classes: fogo classe A, fogo classe B, fogo classe C
mente quando seu elemento termossensível é aquecido à
e fogo classe D.
sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo que
a água seja descarregada sobre uma área específica. 1) Chu- 4.134 Cobertura: elemento construtivo, localizado no topo
veiro de extinção precoce e resposta rápida (ESFR–Early da edificação, com a função de protegê-la da ação dos fenô-
Suppression and Fast Response): chuveiro de resposta rá- menos naturais (chuva, calor, vento etc.).
pida utilizado para extinção (e não simplesmente controle)
4.135 Combate a incêndio: conjunto de ações táticas desti-
de alguns tipos de incêndios, considerados graves, típico em
nadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de equipa-
armazenagem a grande altura de material combustível. 2)
mentos manuais ou automáticos.
Chuveiro de cobertura extensiva: chuveiro projetado para
cobrir uma área maior do que a área de cobertura de chuvei- 4.136 Combustão ativa: combustão em ambiente rico em
ros padrão. 3) Chuveiro de gotas grandes: chuveiro capaz oxigênio. Produz fogo (calor e chama).

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128 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.137 Combustão completa: é aquela em que a queima pro- 4.150 Compartimentação de áreas (vertical e horizontal):
duz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxi- medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de
gênio. construção corta-fogo, destinadas a evitar ou minimizar a pro-
pagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao
4.138 Combustão espontânea: 1. processo em que o com-
edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados
bustível absorve o comburente (oxigênio do ar ou de subs-
consecutivos, dentro de uma área máxima de compartimen-
tância doadora de oxigênio) e gera calor, que ultrapassa o
tação pré-estabelecida.
ponto de ignição, e o corpo se inflama sem necessidade de
ocorrência de chama ou faísca. 2. é o que ocorre, por exem- 4.151 Compartimentação horizontal: medida de proteção,
plo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela constituída de elementos construtivos corta-fogo, separando
ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e ambientes, de tal modo que o incêndio fique contido no local
libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram de origem e evite a sua propagação no plano horizontal. In-
em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo cluem-se nesse conceito os elementos de vedação abaixo
ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatu- descritos:
ra ambiente (20 ºC), como o fósforo branco. 3. ocorre também a. paredes corta-fogo;
na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a
b. portas corta-fogo;
combinação gera calor e libera gases em quantidade sufici-
ente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio. c. vedadores corta-fogo;
d. registros corta-fogo (dampers);
4.139 Combustão incompleta: é aquela em que a queima
produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em e. selos corta-fogo;
ambiente pobre em oxigênio. f. afastamento horizontal entre aberturas.
4.140 Combustão instantânea (v. detonação). 4.152 Compartimentação vertical: medida de proteção,
constituída de elementos construtivos corta-fogo, separando
4.141 Combustão lenta: ocorre em ambiente pobre de oxi-
pavimentos consecutivos, de tal modo que o incêndio fique
gênio. A reação é fraca, a geração de calor é gradual e não
contido no local de origem e dificulte a sua propagação no
há chama.
plano vertical. Incluem-se nesse conceito os elementos de
4.142 Combustão muito viva (v. deflagração) vedação abaixo descritos:
4.143 Combustão: ação de queimar ou arder. Estado de um a. entrepisos ou lajes corta-fogo;
corpo que queima, produzindo calor e luz. Oxidação forte b. vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo;
com produção de calor e normalmente de chama (não obri- c. enclausuramento de dutos “shafts” através de paredes
gatoriamente). Reação química que resulta da combinação corta-fogo;
de um elemento combustível com o oxigênio (comburente),
d. enclausuramento das escadas por meio de paredes e
com intensa produção de energia calorífica e, não obrigatori-
portas corta-fogo;
amente, de chama.
e. selagem corta-fogo dos dutos “shafts” na altura dos pi-
4.144 Combustibilidade dos elementos de revestimento sos e/ou entrepisos;
das fachadas das edificações: característica de reação ao
f. paredes corta-fogo na envoltória do edifício;
fogo dos materiais utilizados no revestimento das fachadas
dos edifícios, que podem contribuir para a propagação e radi- g. parapeitos ou abas corta-fogo, separando aberturas
ação do fogo, determinados nas normas técnicas em vigor. de pavimentos consecutivos;
h. registros corta-fogo nas aberturas em cada pavimento
4.145 Combustível: é toda a substância capaz de queimar e
dos dutos de ventilação e de ar condicionado.
alimentar a combustão. Pode ser sólido, líquido ou gasoso.
4.153 Compartimentar: separar um ou mais locais do res-
4.146 Comissão Especial de Avaliação (CEA): grupo de
tante da edificação por intermédio de paredes, portas, selos e
pessoas qualificadas no campo da segurança contra incên-
“dampers” corta-fogo.
dio, representativas de entidades públicas e privadas, com o
objetivo de avaliar e propor alterações necessárias ao Regu- 4.154 Compartimento: parte de uma edificação, compreen-
lamento de Segurança contra Incêndio. dendo um ou mais cômodos, espaços ou andares, construídos
para evitar ou minimizar a propagação do incêndio de dentro
4.147 Comissão técnica: grupo de estudo do CBPMESP, ins-
para fora de seus limites.
tituído com o objetivo de analisar e emitir pareceres relativos
aos casos que necessitarem de soluções técnicas mais com- 4.155 Compensadores síncronos: equipamento que com-
plexas ou apresentarem dúvidas quantos às exigências pre- pensa reativos do sistema, trabalhando como carga quando
vistas na legislação. o sistema está com a tensão alta e trabalhando como gerador
quando o sistema está com a tensão baixa.
4.148 Como construído “as built”: documentos, desenhos
ou plantas do sistema, que correspondem exatamente ao que 4.156 Componentes de travamento: componentes da bar-
foi executado pelo instalador. ra antipânico que mantêm a(s) folha(s) de porta corta-fogo na
posição fechada.
4.149 Compatibilidade da espuma: capacidade da espuma
em permanecer eficaz quando aplicada simultaneamente com 4.157 Comportamento do fogo: todas as mudanças, físicas
outros agentes extintores (tais como pó extintor) em um in- ou químicas, que ocorrem quando um material, produto e/ou
cêndio. estrutura queima ou está exposto ao fogo.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 129

4.158 Compostos halogenados: agentes que contém, como me jurídico administrativo particular, com atribuição de reali-
componentes primários, uma ou mais misturas orgânicas que, zar atividades de prevenção e combate a incêndios, ações
por sua vez, contenham um ou mais dos seguintes elemen- de busca e salvamento e de defesa civil.
tos: flúor, cloro, bromo ou iodo.
4.175 Corredor de inspeção: intervalo entre lotes contíguos
4.159 Comunicação visual: conjunto de informações visu- de recipientes de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) ou outros
ais aplicadas em uma edificação, com a finalidade de orien- gases.
tar sua população, tais como: localização de ambientes, saí-
4.176 Corrimão: barra, cano ou peça similar, com superfície
das, prestação de serviços e propagandas, não se tratando
lisa, arredondada e contínua, aplicada em áreas de escadas
especificamente de sinalização de emergência.
e rampas destinadas a servir de apoio para as pessoas
4.160 Concentrado de espuma formadora de filme aquo- durante o deslocamento.
so (AFFF): concentrado de espuma formadora de filme aquo-
4.177 Corta-fogo: elemento que apresenta, por um período
so que flutua na superfície dos hidrocarbonos sob condições
determinado de tempo, as seguintes propriedades: integrida-
definidas.
de mecânica a impactos (resistência); impede a passagem
4.161 Concentrado de espuma resistente ao álcool: con- das chamas e da fumaça (estanqueidade); e impede a pas-
centrado de espuma usado para a extinção de incêndios en- sagem de caloria (isolamento térmico).
volvendo combustível misturado com água (líquidos polares)
4.178 Cortina automatizada corta-fogo: cortina móvel pro-
e outros incêndios com combustível que destrói a espuma
jetada para fechar automaticamente uma abertura dentro de
normal.
uma edificação de tal forma que impeça a passagem de fu-
4.162 Concentrado de espuma sintética: concentrado de maça e gases quentes gerados pelo fogo, e proporcional iso-
espuma baseado em líquidos ativadores sintéticos de super- lamento térmico, por um período determinado de tempo.
fície (geralmente detergentes) como agentes estabilizadores
4.179 Cortina de aço: sistema que impede a propagação de
adequados.
incêndios em teatros, cinemas e outras casas de diversões.
4.163 Condução: é a transferência de calor, através de um
4.180 Cortina para fumaça: separação vertical feita ao teto
corpo sólido, de molécula a molécula.
(barreira) para criar um obstáculo à propagação lateral da
4.164 Conexão da mangueira: o tipo de conexão utilizada fumaça e dos gases de incêndio. (no RU = roof screen; nos
para conectar duas mangueiras entre si ou para conectar a EUA = smoke curtains; na França = écran de cantonnement).
mangueira a algum outro equipamento hidráulico.
4.181 CREA: Conselho Regional de Engenharia, Arquitetu-
4.165 Contêiner: grande caixa metálica de dimensões e ca- ra e Agronomia.
racterísticas padronizadas, para acondicionamento de carga
4.182 Critério de aceitabilidade: critérios que devem ser
geral a transportar, com a finalidade de facilitar o seu embar-
estabelecidos em todas as decisões sobre segurança de pro-
que, desembarque e transbordo entre diferentes meios de
jetos, construções e operações de plantas industriais, não
transporte.
devendo ser estabelecidos como base de que a “falha é im-
4.166 Contenção de produtos vazados: processos que possível”. São valores que definem a taxa de aceitabilidade
levam a manter um material em seu recipiente ou processo. ou não de uma escala de danos e que, ultrapassados, invali-
dam um projeto.
4.167 Controle de fumaça: medidas e meios para controlar
a propagação e o movimento da fumaça e gases da combus- 4.183 Damper (equivalente similar): dispositivo de fechamento
tão, durante um incêndio, em uma edificação. móvel instalado sobre a abertura de um duto ou shaft e controla-
do automaticamente ou manualmente, utilizado para interrom-
4.168 Controle mecânico de fumaça: controle de fumaça
per a passagem de fluido (líquido ou gás) dentro do referido duto.
com o auxílio de meios mecânicos.
Pode permanecer aberto ou fechado quando estiver inativo.
4.169 Controle natural de fumaça: controle da fumaça com
4.184 Damper corta-fogo: damper projetado para funcionar
a ajuda das correntes de convecção da fumaça.
automaticamente a fim de prevenir a passagem de fogo por
4.170 Controle para sistema de proteção contra incêndio meio de um duto, em condições de teste pré-determinadas.
automático: dispositivo automático usado para acionar o sis-
4.185 Damper para fumaça: dispositivo para controle a
tema de proteção contra incêndio automático após receber
fumaça, em posição normalmente aberta ou fechada, com
um sinal do equipamento de controle e sinalização.
acionamento manual ou automático. Na França usa-se clapet
4.171 Convecção: processo de propagação de calor que quando normalmente aberta e volet quando fechada.
se verifica nos líquidos e nos gases, por meio de correntes
4.186 Dano: lesões a pessoas, destruição de recursos natu-
circulatórias originadas da fonte de calor.
rais (água, ar, solo, animais, plantas ou ecossistemas) ou de
4.172 Cor de contraste: aquela que contrasta com a cor de bens materiais.
segurança a fim de fazer com que a última se sobressaia.
4.187 DAT: Divisão de Atividades Técnicas.
4.173 Cor de segurança: aquela para a qual é atribuída uma
4.188 Degrau: conjunto de elementos de uma escada com-
finalidade ou um significado específico de segurança ou saúde.
posta pela face horizontal conhecida como “piso”, destinado
4.174 Corpo de Bombeiros: instituição organizada com base ao pisoteio, e pelo espelho que é a parte vertical do degrau,
na hierarquia e disciplina, legalmente constituída, com regi- que lhe define a altura.

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130 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.189 Deflagração: explosão que se propaga à velocidade 4.207 Detector de radiação: aparelho portátil usado para
subsônica. detectar e medir a presença de radiação ionizante alfa, beta,
gama e nêutron.
4.190 Defletor de chuveiro automático: componente do bico
destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a água 4.208 Detector linear: detector destinado a atuar nos fenô-
segundo padrão estabelecido. menos monitorados ao longo de uma linha contínua.
4.191 Densidade de carga de incêndio: carga de incêndio 4.209 Detector multiponto: detector destinado a atuar nos
dividida por áreas de piso. fenômenos monitorados além de um sensor somente, tal qual
4.192 Densidade ocupacional estimada: número de pes- uma dupla de detectores.
soas por metro quadrado da área útil de pavimento de acordo 4.210 Detector pontual: detector destinado a atuar nos fe-
com sua ocupação. Usado para calcular (em particular) o nômenos monitorados por um sensor compacto somente.
número e a largura das saídas de uma sala ou espaço.
4.211 Detonação: explosão que se propaga à velocidade
4.193 Densidade populacional (d): número de pessoas em supersônica, caracterizada por uma onda de choque.
uma área determinada (pessoas/m2).
4.212 Dióxido de carbono: o composto químico, CO2, usado
4.194 Depósito: espaço físico em que se armazenam maté- como agente extintor de incêndio.
rias-primas, produtos semiacabados ou acabados à espera de
ser transferidos ao seguinte ciclo da cadeia de distribuição. 4.213 Dique: maciço de terra, concreto ou outro material qui-
micamente compatível com os produtos armazenados nos
4.195 Descarga: parte da saída de emergência que fica en- tanques, formando uma bacia capaz de conter o volume exi-
tre a escada ou a rampa e a via pública ou área externa em gido por norma.
comunicação com a via pública. Pode ser constituída por cor-
redores ou átrios cobertos ou a céu aberto. 4.214 Dique intermediário: dique colocado dentro da bacia
de contenção com a finalidade de conter pequenos vaza-
4.196 Deslizador de espuma: dispositivo destinado a facili- mentos.
tar a aplicação suave da espuma sobre líquidos combustíveis
armazenados em tanques. 4.215 Disposição central: disposição do sistema de enca-
namento da instalação de “sprinklers” no qual os canos estão
4.197 Destravadores eletromagnéticos: dispositivo de con-
instalados de um lado ou do outro do encanamento de distri-
trole de abertura com travamento determinado pelo acionamen-
buição secundário.
to magnético, decorrente da passagem de corrente elétrica.
4.216 Dispositivo de ativação: dispositivo capaz de iniciar
4.198 Detector automático de incêndio: dispositivo que,
um alarme podendo ser operado manual ou automaticamen-
quando sensibilizado por fenômenos físicos e/ou químicos,
te. Ex.: detector, acionador manual de alarme ou um interrup-
detecta princípios de incêndio, podendo ser ativado, basica-
tor de pressão.
mente, por calor, chama ou fumaça.
4.217 Dispositivo de recalque: registro para uso do Corpo
4.199 Detector de calor: detector sensível à temperatura
de Bombeiros, que permite o recalque de água para o siste-
anormal e/ou taxa de aumento de temperatura e/ou diferen-
ma, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do
ças de temperatura.
Corpo de Bombeiros estiver garantido.
4.200 Detector de chama: detector que capta a radiação
emitida pelas chamas. 4.218 Dispositivos de descarga: equipamentos que apli-
cam a espuma sob a forma de neblina e que aplicam o agente
4.201 Detector de explosão: dispositivo ou arranjo de apa- numa corrente compacta de baixa velocidade. Podem ser:
relhos, contendo um ou mais sensores de explosão, que res- dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de as-
ponde a uma explosão em desenvolvimento. persão e terminam em um defletor ou uma calha que distri-
4.202 Detector de fumaça: detector sensível às partículas bui a espuma; dispositivos que descarregam a espuma sob
sólidas ou líquidas dos produtos da combustão e/ou pirólise a forma de uma corrente compacta de baixa velocidade;
na atmosfera. podem ter ou não defletores ou calhas incluídos como par-
tes integrantes do sistema. Esses dispositivos podem ter
4.203 Detector de fumaça iônico: detector sensível aos pro- formas como as de tubos abertos, esguichos de fluxo
dutos da combustão capazes de afetar correntes iônicas den- direcional ou pequenas câmaras de geração com bocas de
tro do detector. saídas abertas.
4.204 Detector de fumaça óptico (fotoelétrico): detector 4.219 Distância a percorrer: distância a ser percorrida de
sensível aos produtos da combustão capazes de afetar a ab- um ponto de uma edificação para uma rota de fuga protegida,
sorção ou dispersão de radiação na região infravermelha vi- rota de fuga externa ou saída final.
sível e/ou ultravioleta do espectro eletromagnético.
4.220 Distância de segurança: 1) afastamento entre a fa-
4.205 Detector de gás inflamável: equipamento destinado chada de uma edificação ou de um local compartimentado à
a detectar a presença de gás inflamável e concentração da outra edificação ou outro local compartimentado, medido na
mistura de ar em um local, a fim de determinar o potencial de projeção horizontal, independente do pavimento; 2) com re-
explosão. lação a líquidos combustíveis ou inflamáveis e GLP, distância
4.206 Detector de incêndio sensível a gás: detector sensí- de segurança é a distância mínima livre, medida na horizon-
vel aos produtos gasosos da combustão e/ou decomposição tal, para que, em caso de acidente (incêndio, explosão), os
térmica. danos sejam minimizados.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 131

4.221 Distância máxima horizontal de caminhamento: afas- das correspondam a pelo menos 1/3 da superfície to-
tamento máximo a ser percorrido pelo espectador para tal das fachadas externas, e pelo menos 50% destas
alcançar um acesso. áreas abertas situadas em duas fachadas opostas.
4.222 Distância mínima de segurança: afastamento míni- Observação:
mo entre a área de armazenamento de recipientes transpor- Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais externas
táveis de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e outra instalação somadas devem possuir ventilação direta para o meio externo e
necessária para a segurança do usuário, do manipulador, de devem corresponder a, pelo menos 5%, da área do piso no pavimen-
to e as obstruções internas eventualmente existentes devem ter pelo
edificação e do público em geral, estabelecida a partir do
menos 20% de suas áreas abertas, com aberturas dispostas de
limite de área de armazenamento. forma a poderem ser consideradas uniformemente distribuídas, para
4.223 Distribuição de GNL (Gás Natural Liquefeito) a gra- permitir a ventilação.
nel: compreendem as atividades de aquisição ou recepção,
armazenamento, transvazamento, controle de qualidade e 4.234 Edificação destinada ao comércio de fogos de artifí-
comercialização do GNL, por meio de transporte próprio ou cio no varejo: local destinado ao armazenamento e venda
contratado, podendo também exercer a atividade de liquefa- de fogos de artifício e estampido industrializados.
ção de gás natural, que serão realizadas por pessoas jurídi- 4.235 Edificação em exposição: construção que recebe a
cas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e adminis- radiação de calor, convecção de gases quentes ou a trans-
tração no País. missão direta de chama.
4.224 Divisória ou tabique: parede interna, baixa ou 4.236 Edificação expositora: construção na qual o incêndio
atingindo o teto, sem efeito estrutural e que, portanto, pode está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convec-
ser suprimida facilmente em caso de reforma. ção de gases quentes e ou transmissão direta de chamas.
4.225 Dosador: equipamento destinado a misturar quanti- 4.237 Edificação importante: edificação considerada crucial
dades determinadas de “líquido gerador” de espuma e água. em caso de exposição ao fogo. Exemplos: casa de controle,
4.226 DSCI: Departamento de Segurança contra Incêndio. casa de combate a incêndio, edificações com permanência
de pessoas ou que contenham bens de alto valor, equipa-
4.227 Duto de entrada de ar (DE): espaço no interior da mentos ou suprimentos críticos.
edificação, que conduz ar puro, coletado ao nível inferior des-
ta, às escadas, antecâmaras ou acessos, exclusivamente, 4.238 Edificação ou prédio horizontalizado: edifício com até
mantendo-os devidamente ventilados e livres de fumaça em 2 pavimentos acima do perfil do terreno (por exemplo: térreo
caso de incêndio. e primeiro pavimento).

4.228 Duto de saída de ar (DS): espaço vertical no interior 4.239 Edificação ou prédio verticalizado: edifício com mais
da edificação, que permite a saída de gases e fumaça para o de 2 pavimentos acima do perfil do terreno (por exemplo:
ar livre, acima da cobertura da edificação. térreo, primeiro pavimento e segundo pavimento).

4.229 Duto “plenum”: condição de dimensionamento do 4.240 Edificação principal: construção que abriga a ativida-
sistema de pressurização no qual se admite apenas um de principal sem a qual as demais edificações não teriam
ponto de pressurização, dispensando-se o duto interno e/ou função.
externo para pressurização. 4.241 Edificação térrea: construção de um pavimento
4.230 Ebulição turbilhonar “Boil Over”: acidente que pode podendo possuir mezaninos cuja somatória de áreas deve
ocorrer com certos óleos em um tanque, originalmente sem ser menor ou igual à terça parte da área do piso de pavimento.
teto ou que tenha perdido o teto em função de explosão, quan- 4.242 Efeito chaminé “Stack effect”: fluxo de ar vertical
do, após um longo período de queima serena, ocorre um dentro das edificações, causado pela diferença de tempera-
súbito aumento na intensidade do fogo, associado à expul- tura interna e externa.
são do óleo no tanque em chamas.
4.243 Efeito do sistema de escada pressurizada: efeito
4.231 ECPI: Equipamento Conjugado de Proteção Individual. causado pelo erro de projeto e/ou instalação com configura-
4.232 Edificação: área construída destinada a abrigar ções inadequadas do sistema onde o ventilador está instala-
atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou do, ocasionando redução do desempenho do ventilador em
material. termos de vazão.

4.233 Edificação aberta lateralmente: edificação ou parte 4.244 Elemento corta-fogo: aquele que apresenta, por um
de edificação que, em cada pavimento: período determinado de tempo, as seguintes propriedades:
integridade mecânica a impactos (resistência); impede a pas-
a. tenha ventilação permanente em duas ou mais facha- sagem das chamas e da fumaça (estanqueidade); e impede
das externas, providas por aberturas que possam ser a passagem de caloria (isolamento térmico).
consideradas uniformemente distribuídas e que te-
nham comprimentos em planta que somados atinjam 4.245 Elemento estrutural: todo e qualquer elemento de
pelo menos 40% do perímetro do edifício e áreas que construção do qual dependa a resistência e a estabilidade
somadas correspondam a pelo menos 20% da super- total ou parcial da edificação.
fície total das fachadas externas; ou 4.246 Elemento para-chamas: aquele que apresenta, por
b. tenha ventilação permanente em duas ou mais facha- um período determinado de tempo, as seguintes proprieda-
das externas, provida por aberturas cujas áreas soma- des: integridade mecânica a impactos (resistência); e impede

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132 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

a passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade), não 4.261 Escada enclausurada protegida (EP): escada devi-
proporcionando isolamento térmico. damente ventilada situada em ambiente envolvido por pare-
des resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo.
4.247 Elevador de emergência/elevador de segurança:
elevador instalado dentro de uma edificação com fechamen- 4.262 Escada não enclausurada ou escada comum (NE):
to estrutural especialmente protegido ou instalado na facha- escada que embora possa fazer parte de uma rota de saída
da do prédio, dotado de mecanismo, fontes de energia e se comunica diretamente com os demais ambientes como
controles os quais podem ser comutados para uso exclusivo corredores, halls e outros, em cada pavimento, não possuin-
do Corpo de Bombeiros durante uma emergência. do portas corta-fogo.
4.248 Elevador de segurança: elevador, dentro de uma 4.263 Escoamento (E): número máximo de pessoas possí-
edificação, com enclausuramento e proteção estrutural espe- veis de abandonar um recinto dentro do tempo máximo de
ciais, ou na fachada de uma edificação, e com maquinário, abandono.
fonte de energia e controles que podem ser comutados para
4.264 Esguicho: dispositivo adaptado na extremidade das
uso exclusivo de bombeiros durante uma emergência.
mangueiras destinado a dar forma, direção e controle ao jato,
4.249 Emergência: situação crítica e fortuita que representa podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de
perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente jato compacto.
de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a
uma rápida intervenção operacional. 4.265 Esguicho agulheta: esguicho utilizado para ser acopla-
do à conexão de uma mangueira, servindo para reduzir o
4.250 Entrepiso: conjunto de elementos de construção, com diâmetro desta e aumentar a velocidade da água.
ou sem espaços vazios, compreendido entre a parte inferior
do forro de um pavimento e a parte superior do piso do pavi- 4.266 Esguicho-canhão: canhão-monitor montado sobre
mento imediatamente superior. uma viatura de bombeiro, barco de bombeiro, autoescada,
“snorkel” ou edificação.
4.251 EPI: Equipamentos de Proteção Individual. (Ex.: capa-
cete de bombeiro, capa de bombeiro, bota de bombeiro, cal- 4.267 Esguicho regulável: acessório hidráulico que dá for-
ça de bombeiro, luvas de bombeiro, óculos de segurança e ma ao jato, permitindo o uso d’água em forma de chuveiro de
outros). alta velocidade.

4.252 EPI de nível “A”: é o nível máximo de proteção para 4.268 Esguicho universal: esguicho dotado de válvula des-
todas as possíveis vias de intoxicação, sendo por inalação, tinada a formar jato sólido ou de neblina ou fechamento da
ingestão ou absorção cutânea. Utiliza-se roupa encapsulada água. Permite ainda acoplar um dispositivo para produção
de proteção química, com proteção respiratória de pressão de neblina de baixa velocidade.
positiva. 4.269 Espaçamento: é a menor distância livre entre os equi-
4.253 EPI de nível “B”: é o nível de proteção intermediário, pamentos, unidades de produção, instalações de armazena-
para exposições de produtos com possibilidade de respin- mento e transferência, edificações, vias públicas, cursos
gos. Utiliza-se roupa de proteção química conforme especifi- d’água e propriedades de terceiros.
cação da tabela de compatibilidade da roupa. 4.270 Espaço confinado: local onde a presença humana é
4.254 EPI de nível “C”: é o nível mínimo necessário de pro- apenas momentânea para prestação de um serviço de ma-
teção para qualquer tipo de acidente envolvendo produtos nutenção em máquinas, tubulações e sistemas.
químicos. 4.271 Espaço compartimentado: parte de uma edificação,
4.255 EPR: Equipamentos de Proteção Respiratória. compreendendo uma ou mais salas ou espaços, construída
para prevenir propagação de incêndio por um período de
4.256 Escada aberta: escada não enclausurada por pare- tempo pré-determinado.
des e porta corta-fogo.
4.272 Espaço livre exterior: espaço externo à edificação
4.257 Escada aberta externa (AE): escada de emergência para o qual abram seus vãos de ventilação e iluminação.
precedida de porta corta-fogo (PCF) no seu acesso, cuja pro- Pode ser constituído por logradouro público ou pátio amplo.
jeção esteja fora do corpo principal da edificação, sendo do-
tada de guarda corpo ou gradil (barreiras) e corrimãos em 4.273 Espaços comuns “communicating space”: espa-
toda sua extensão (degraus e patamares), permitindo desta ços dentro de uma edificação com comunicação com espa-
forma eficaz ventilação, propiciando um seguro abandono. ços amplos adjacentes, nos quais a fumaça proveniente de
um incêndio pode se propagar livremente. Os espaços co-
4.258 Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP): es- muns podem permitir aberturas diretamente dentro dos es-
cada à prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à paços amplos ou podem conectar-se por meio de passa-
fumaça é obtida por intermédio de pressurização. gens abertas.
4.259 Escada enclausurada: escada protegida com pare-
4.274 Espaços comuns e amplos “large volume spaces”:
des resistentes ao fogo e portas corta-fogo.
espaço descompartimentado, geralmente com 2 ou mais pa-
4.260 Escada enclausurada à prova de fumaça (PF): esca- vimentos que se comunicam internamente, dentro do qual a
da cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de fumaça proveniente de um incêndio, tanto no espaço amplo
portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente como no espaço comum, pode mover-se ou acumular-se sem
enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça restrições. Os átrios e shoppings cobertos são exemplos de
em caso de incêndio. espaços amplos.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 133

4.275 Espaços separados “separated spaces”: espaços 4.291 Estado de funcionamento do sistema: condição na
dentro de edificações que são isolados das áreas grandes por qual a(s) fonte(s) de energia alimenta(m), efetivamente, os
barreiras de fumaça, os quais não podem ser utilizados no dispositivos da iluminação de emergência.
suprimento de ar, visando a restringir o movimento da fumaça.
4.292 Estado de repouso do sistema: condição na qual o
4.276 Espetáculo pirotécnico: evento onde se realiza a ig- sistema foi inibido de iluminar propositadamente. Tanto inibi-
nição de fogos de artifício das classes “C” ou “D”, também do manualmente com religamento automático ou por meio de
chamado de “queima” ou “show pirotécnico”. célula fotoelétrica, para conservar energia e manter a bateria
em estado de carga para uso em emergência, quando do
4.277 Espuma de alta expansão: é recomendada para áre- escurecimento da noite.
as confinadas, tais como subsolos, edificações, poços de mi-
nas, esgotos e outros lugares geralmente inacessíveis aos 4.293 Estado de vigília do sistema: condição em que a fon-
bombeiros, espuma que tem uma razão de expansão maior te de energia alternativa (sistema de iluminação de emergên-
do que 200 (geralmente, cerca de 500). cia) está pronta para entrar em funcionamento na falta ou na
falha da rede elétrica da concessionária.
4.278 Espuma de baixa expansão: espuma que tem uma
razão de expansão de até 20 (geralmente, cerca de 10). 4.294 Estanqueidade: (1) Propriedade de um vaso de não
permitir a passagem indesejável do fluido nele contido. (2)
4.279 Espuma de combate a incêndio: é uma suspensão Propriedade de um elemento construtivo em vedar a passa-
aquosa fluida composta de ar ou gás na forma de pequenas gem de gases quentes e/ou chamas, por um período de
bolhas, separadas por películas da solução. A espuma ex- tempo.
tingue o fogo envolvendo os líquidos combustíveis ou infla-
máveis. 4.295 Evacuação: procedimento de deslocamento e reloca-
ção de pessoas e de bens, desde um local onde ocorreu ou
4.280 Espuma de expansão média: espuma que tem uma haja risco de ocorrer um sinistro, até uma área segura e isen-
razão de expansão entre 20 e 200 (geralmente, cerca de 100). ta de risco.
4.281 Espuma extintora: agente extintor composto de uma 4.296 Exaustão: princípio pelo qual os gases e produtos de
massa de bolhas formada mecânica ou quimicamente por combustão são retirados do interior do túnel.
um líquido.
4.297 Exercício simulado: atividade prática realizada peri-
4.282 Espuma formadora de filme aquoso (AFFF): líquido odicamente para manter a brigada e os ocupantes das edifica-
gerador de espuma que forma um filme aquoso que flutua na ções com condições de enfrentar uma situação real de emer-
superfície dos hidrocarbonetos sob condições definidas. gência.
4.283 Espuma mecânica: agente extintor constituído por um 4.298 Exercício simulado parcial: atividade prática abran-
aglomerado de bolhas produzidas por agitação da água com gendo apenas uma parte da planta, respeitando-se os turnos
líquido gerador de espuma (LGE) e ar. de trabalho.
4.284 Espuma química: espuma extintora formada pela re- 4.299 Expedidor: pessoa responsável pela contratação do
ação de uma solução de sal alcalino com uma solução ácida, embarque e transporte de logística envolvendo produtos pe-
na presença de um agente estabilizante de espuma. rigosos expressos em nota fiscal ou conhecimento de transporte
internacional. É responsável pela segurança veicular, compa-
4.285 Estabilidade ao fogo: capacidade de um elemento de tibilidade entre os produtos e a identificação de seus riscos.
construção, estrutural ou não estrutural, de resistir ao colapso
por certo período de tempo, sob ação do fogo, no decorrer de 4.300 Explosão: fenômeno acompanhado de rápida expan-
um ensaio normalizado de resistência ao fogo. são de um sistema de gases, seguida de uma rápida eleva-
ção na pressão; seus principais efeitos são o desenvolvimen-
4.286 Estação central de alarme de incêndio: centro com to de uma onda de choque e ruído.
constante permanência humana, normalmente não perten-
cente à edificação, protegida pelo sistema de alarme, o qual 4.301 Explosivos: substâncias capazes de rapidamente se
recebe um chamado de incêndio e comunica imediatamente transformarem em gases, produzindo calor intenso e pres-
ao Corpo de Bombeiros local. sões elevadas.

4.287 Estação de carregamento: instalação especialmen- 4.302 Extinção ou supressão de incêndio: redução drásti-
te construída para carregamento de caminhões-tanques ou ca da taxa de liberação de calor de um incêndio e prevenção
de vagões-tanques. de seu ressurgimento pela aplicação direta de quantidade
suficiente de agente extintor através da coluna de gases as-
4.288 Estação fixa de emulsificação: local onde se situam cendentes gerados pelo fogo até atingir a superfície incendia-
bombas, dosadores, válvulas e reservatórios de líquido gera- da do material combustível.
dor de espuma.
4.303 Extintor de incêndio: aparelho de acionamento ma-
4.289 Estação móvel de emulsificação: veículo especifica- nual, portátil ou sobrerodas, destinado a combater princípios
do para transporte de líquido gerador de espuma (LGE) e o de incêndio.
seu emulsionamento com a água.
4.304 Extintor de incêndio com pressão armazenada: ex-
4.290 Estado de flutuação: condição em que a bateria de tintor no qual o agente extintor está permanentemente arma-
acumuladores elétricos recebe uma corrente necessária para zenado com o gás propelente e, desta forma, está constante-
a manutenção de sua capacidade nominal. mente sujeito à sua pressão.

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134 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.305 Extintor de incêndio de água: extintor de incêndio 4.323 Fogo classe B: fogo em líquidos e gases inflamáveis
contendo água, com ou sem aditivos, como agente extintor. ou combustíveis sólidos que se liquefazem por ação do calor
e queima somente em superfície.
4.306 Extintor de incêndio de dióxido de carbono (CO2):
extintor de incêndio contendo dióxido de carbono como agente 4.324 Fogo classe C: fogo em equipamentos de instalações
extintor sob pressão. elétricas energizados.
4.307 Extintor de incêndio de espuma: extintor de incêndio 4.325 Fogo classe D: fogo em metais pirofóricos.
contendo solução de espuma como agente extintor.
4.326 Fogos de artifício: peças pirotécnicas com proprieda-
4.308 Extintor de incêndio de espuma (químico): extintor de para produzir ignição para produção de luz, ruído, chamas
de incêndio do qual uma espuma química é expelida quando ou explosões, empregadas normalmente em festividades.
se permite que as soluções químicas, separadas dentro do
corpo do extintor, se misturem e reajam. 4.327 Fogos de artifício e estampido: artefato pirotécnico,
que produz ruídos e efeitos luminosos.
4.309 Extintor de incêndio de halon: extintor contendo o
halon como agente extintor. 4.328 Fonte de energia alternativa: dispositivo destinado a
fornecer energia elétrica na falta ou falha de alimentação na
4.310 Extintor de incêndio de pó: extintor contendo pó como rede elétrica da concessionária.
agente extintor.
4.329 Fonte de ignição: fonte de calor (externa) que inicia a
4.311 Extintor de incêndio operado por cartucho de gás: combustão.
extintor no qual a pressão para a expulsão do agente do
corpo do extintor é produzida pela abertura, quando do uso, 4.330 Formador de espuma: equipamento posicionado na
de um cartucho de gás comprimido ou liquefeito. linha de mangueira para aerar uma solução de espuma.

4.312 Extintor de incêndio portátil: extintor que é projetado 4.331 Formador de espuma na linha (gerador mecânico
para ser carregado e operado manualmente. de espuma): aparelho que induz o concentrado de espuma
para o jato de água para fazer a solução de espuma e, em
4.313 Extintor de incêndio sobrerodas (carreta): extintor seguida, induz ar sob pressão para formar a espuma.
de incêndio montado em rodas ou patins.
4.332 Formas de acondicionamento mangueiras: 1) em es-
4.314 Fachada: face de uma edificação constituída de vedos
piral: forma de acondicionamento em que a mangueira é enro-
e aberturas, que emitirá ou receberá a propagação de um
lada a partir de uma das juntas de união. 2) aduchada: forma
incêndio.
de acondicionamento em que a mangueira é permeada pelo
4.315 Fachada de acesso operacional: face da edificação centro e enrolada de tal forma que as juntas de união perma-
localizada ao longo de uma via pública ou privada com largura necem unidas. 3) ziguezague: forma de acondicionamento
livre maior ou igual a 6 m, sem obstrução, possibilitando o que a mangueira demonstra um arranjo em forma de zigue-
acesso operacional dos equipamentos de combate e seu posicio- zague.
namento em relação a ela. A fachada deve possuir pelo menos
4.333 Formas de Combustão: as combustões podem ser
um meio de acesso ao interior do edifício e não ter obstáculos.
classificadas, conforme a sua velocidade, em: completa, in-
4.316 Fator de massividade (“fator de forma”) (m-1): ra- completa, espontânea e explosão.
zão entre o perímetro exposto ao incêndio e a área da seção
4.334 Formulário de Segurança contra Incêndio: documen-
transversal de um perfil estrutural.
to que contém os dados básicos da edificação, signatários,
4.317 Filtro de partículas: elemento destinado a realizar re- sistemas previstos e trâmite no Corpo de Bombeiros da Polí-
tenção de partículas existentes no escoamento de ar e que cia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP).
estão sendo arrastadas por este fluxo.
4.335 Formulário para Atendimento Técnico (FAT): instru-
4.318 Fluxo (F): número de pessoas que passam por unida- mento administrativo utilizado pelo interessado para sanar
de de tempo (pessoas/min) em um determinado meio de aban- dúvidas, solicitar alterações em Processo e Auto de Vistoria
dono. do Corpo de Bombeiros, solicitar juntada de documentos, soli-
4.319 Fluxo luminoso nominal: fluxo luminoso medido após citar reconsideração de ato em vistoria, entre outros.
2 min de funcionamento do sistema de iluminação de emer- 4.336 Fotoluminescência: efeito alcançado por meio de um
gência. pigmento não radioativo, não tóxico, o qual absorve luz do
4.320 Fluxo luminoso residual: fluxo luminoso medido após dia ou luz artificial e emite brilho (luz) por no mínimo 10 min. O
o tempo de autonomia garantida pelo fabricante no funciona- pigmento armazena fótons claros (como energia) que excita
mento do sistema de iluminação de emergência. as moléculas de sulfeto, aluminato, silicato etc. e emite brilho
intenso, em ambiente escuro, de cor amarelo-esverdeado.
4.321 Fogo: é uma reação química de oxidação (processo
de combustão), caracterizada pela emissão de calor, luz e 4.337 Fumaça “smoke”: partículas transportadas na forma
gases tóxicos. Para que o fogo exista, é necessária a presen- sólida, líquida e gasosa, decorrente de um material submeti-
ça de quatro elementos: combustível, comburente (normal- do à pirólise ou combustão que juntamente com a quantida-
mente o Oxigênio), calor e reação em cadeia. de de ar que é conduzida, ou de qualquer outra forma, mistu-
rada formando uma massa.
4.322 Fogo classe A: fogo em materiais combustíveis sóli-
dos que queimam em superfície e profundidade, deixando 4.338 Gás limpo: agentes extintores na forma de gás que não
resíduos. degradam a natureza e não afetam a camada de ozônio. São

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 135

inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e não 4.353 Heliponto privado: local destinado ao uso de helicóp-
corrosivos. Dividem-se em compostos halogenados e mistura teros civis, de seu proprietário ou de pessoas por ele autori-
de gases inertes. Quando utilizado na sua concentração de zadas, sendo vedada sua utilização em caráter comercial.
extinção, permite a respiração humana com segurança.
4.354 Heliponto público: local destinado ao uso de
4.339 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): produto constituí- helicópteros em geral.
do de hidrocarbonetos com 3 ou 4 átomos de carbono
4.355 Heliportos: helipontos públicos dotados de instalações
(propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se
e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e
em mistura entre si e com pequenas frações de outros
desembarque de pessoas, tais como: pátio de estacionamen-
hidrocarbonetos.
to, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipa-
4.340 Gás Natural Liquefeito (GNL): fluído no estado líqui- mentos de manutenção etc.
do em condições criogênicas, composto predominantemente
4.356 Heliportos elevados: heliportos localizados sobre
de metano e que pode conter quantidades mínimas de etano,
edificações.
propano, nitrogênio ou outros componentes normalmente
encontrados no gás natural. 4.357 Hidrante: ponto de tomada de água onde há uma (sim-
ples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares
4.341 Gerador de espuma: equipamento que se destina a
com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de
facilitar a mistura da solução com o ar para a formação de
incêndio e demais acessórios.
espuma.
4.342 Gerenciamento de risco: são os procedimentos a 4.358 Hidrante de coluna: aparelho ligado à rede pública
serem tomados em uma edificação ou área de risco, visando de distribuição de água, que permite a adaptação de bombas
ao estudo, planejamento e execução de medidas que ve- e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios.
nham a garantir a segurança contra incêndio desses locais. 4.359 Hidrante de parede: ponto de tomada de água insta-
4.343 Grelha de insuflamento: dispositivo utilizado nas lado na rede particular, embutido em parede, podendo estar
redes de distribuição de ar, posicionado no final de cada no interior de um abrigo de mangueira.
trecho. Esse elemento terminal é utilizado para direcionar 4.360 Hidrante para sistema de espuma: equipamento
e/ou distribuir do modo adequado o fluxo de ar de determinado destinado a alimentar com água ou solução de espuma as
ambiente. mangueiras para combate a incêndio.
4.344 Grupo motogerador: equipamento cuja força provém 4.361 Hidrante urbano: ponto de tomada de água provido
da explosão do combustível misturado ao ar, com a finalida- de dispositivo de manobra (registro) e união de engate rápi-
de de gerar energia elétrica. do, ligado à rede pública de abastecimento de água, poden-
4.345 Grupo motoventilador: equipamento composto por do ser emergente (de coluna) ou subterrâneo (de piso).
motor elétrico e ventilador, com a finalidade de insuflar ar 4.362 Ignição: iniciação da combustão.
dentro de um corpo de escada de segurança para pressurizá-la
4.363 Iluminação auxiliar: iluminação destinada a permitir a
e evitar/expulsar a possível entrada de fumaça.
continuação do trabalho, em caso de falha do sistema normal
4.346 Guarda ou guarda-corpo: barreira protetora vertical, de iluminação. Por exemplo: centros médicos, aeroportos,
maciça ou não, delimitando as faces laterais abertas de esca- metrô etc.
das, rampas, patamares, acessos, terraços, balcões, galerias
e assemelhados, servindo como proteção contra eventuais 4.364 Iluminação de emergência: sistema que permite
quedas de um nível para outro. clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais,
incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de
4.347 Habite-se (“ocupe-se”, “alvará de utilização”): ato restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta
administrativo emanado de autoridade competente que auto- de iluminação normal.
riza o início da utilização efetiva de construções ou edificações.
4.365 Iluminação de emergência de aclaramento: sistema
4.348 Halon: agente extintor de hidrocarbono halogenado. composto por dispositivos de iluminação de ambientes para
Nota: o sistema de numeração a seguir é usado para identifi- permitir a saída fácil e segura das pessoas para o exterior da
car os hidrocarbonos halogenados. A palavra “halon” é se- edificação, bem como proporcionar a execução de interven-
guida por um número, normalmente de quatro dígitos, resul- ção ou garantir a continuação do trabalho em certas áreas,
tando, por sua vez, no número de átomos de carbono, flúor, em caso de interrupção da alimentação normal.
cloro e bromo. Os zeros terminais são omitidos. Desta forma,
halon 1211 é o bromoclorodifluorometano (CF2ClBr) e o halon 4.366 Iluminação de emergência de balizamento ou de
1301 é o bromotrifluorometano (CF3Br). sinalização: iluminação de sinalização com símbolos e/ou
letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada
4.349 Heliponto: área homologada ou registrada, ao nível neste momento.
do solo ou elevada, utilizada para pousos e decolagens de
helicópteros. 4.367 Iluminação não permanente: sistema no qual, as lâm-
padas de iluminação de emergência não são alimentadas pe-
4.350 Heliponto civil: local destinado, em princípio, ao uso la rede elétrica da concessionária e, só em caso de falta da
de helicópteros civis. fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de
4.351 Heliponto elevado: local instalado sobre edificações. alimentação de energia alternativa.
4.352 Heliponto militar: local destinado ao uso de 4.368 Iluminação permanente: sistema no qual as lâmpa-
helicópteros militares. das de iluminação de emergência são alimentadas pela rede

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136 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

elétrica da concessionária, sendo comutada automaticamen- 4.381 Instalação de Gás Liquefeito de Petróleo: sistema cons-
te para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso tituído de tubulações, acessórios e equipamentos que condu-
de falta ou falha da fonte normal. zem e utilizam o GLP para consumo, por meio da queima e/ou
outro meio previsto e autorizado na legislação competente.
4.369 Incêndio: é o fogo sem controle, intenso, o qual causa
danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. 4.382 Instalação fixa de aplicação local: dispositivo com
suprimento de gás, permanentemente conectado a uma tu-
4.370 Incêndio classe A: incêndio envolvendo combustíveis
bulação que alimenta difusores distribuídos com a finalidade
sólidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha. É ca-
de descarregar o agente extintor (gás) diretamente sobre o
racterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos
material no caso de incêndio. Podem ser de comando auto-
e por queimar em razão do seu volume, isto é, a queima se dá
mático ou manual.
na superfície e em profundidade.
4.371 Incêndio classe B: aquele que acontece em líquidos 4.383 Instalação fixa de espuma: são aquelas instalações
ou em gases combustíveis. O líquido queima na superfície, os em que a adução de pré-mistura de espuma é feita por tubu-
gases, em volume. Os mais frequentes são: gasolina, álcool, lações a partir de uma central de espuma diretamente para
GLP e éter. É caracterizado por não deixar resíduos e quei- os tanques através de dispositivo de formação (câmaras de
mar apenas na superfície exposta e não em profundidade. espuma) fixos ao tanque.

4.372 Incêndio classe C: incêndio que acontece em materi- 4.384 Instalação interna de gás: conjunto de tubulações,
al energizado, normalmente equipamento elétrico, onde a medidores, reguladores, registros e aparelhos de utilização
extinção deve ser realizada com agente não condutor de ele- de gás, com os necessários complementos, destinado à con-
tricidade. dução e ao uso do gás no interior da edificação.

4.373 Incêndio classe D: incêndio envolvendo metais com- 4.385 Instalações fixas de mangotinhos: dispositivo com
bustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio, po- suprimento fixo de gases compreendendo um ou mais cilin-
tássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio). dros que alimentam um mangotinho acondicionado em um
É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por carretel de alimentação axial, equipado na sua extremidade
reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que livre um esguicho difusor com válvula de comando manual
contenham água). de jato. Esse equipamento é de comando manual.

4.374 Incêndio natural: variação de temperatura que simula 4.386 Instalações sob comando: o agente extintor fica arma-
o incêndio real, em função da geometria, ventilação, caracte- zenado em depósitos fixos e é conduzido através de tubula-
rísticas térmicas dos elementos de vedação e da carga de ções rígidas até pontos táticos, onde existem válvulas termi-
incêndio específica. nais (difusores). Desses pontos, por meio da intervenção do
homem, as tubulações são complementadas com mangotinhos
4.375 Incêndio-padrão: elevação padronizada de tempera- até o local do foco de incêndio onde o agente é aplicado.
tura em função do tempo, dada pela seguinte expressão:
Ug = uo + 345 log (8t+1) 4.387 Instalações temporárias: locais que não possuem
características construtivas em caráter definitivo, podendo ser
Onde: desmontadas e transferidas para outros locais.
t é o tempo, expresso em minutos;
4.388 Instalador: pessoa física ou jurídica responsável pela
Uo é a temperatura do ambiente antes do início do aqueci- execução da instalação do sistema de proteção contra incên-
mento em graus Celsius, geralmente tomada igual a 20ºC; dio em uma edificação.
Ug é a temperatura dos gases, em graus Celsius no instante t.
4.389 Instrução Técnica (IT): documento técnico, elabora-
4.376 Índice de propagação de chamas: produto do fator do pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de
de evolução do calor pelo fator de propagação de chama. São Paulo (CBPMESP), que regulamenta as medidas de se-
4.377 Inertização: redução do percentual de oxigênio no gurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco.
ambiente, com a introdução de gás inerte, de modo a inibir a 4.390 Interface da camada de fumaça “smoke layer
combustão. interface”: limite teórico entre uma camada de fumaça e a
4.378 Inflamabilidade: facilidade com que determinado ma- fumaça provinda do ar externo (livre). Na prática, a interface
terial entra em processo de ignição, por contato com da camada de fumaça é um limite efetivo dentro da zona de
centelhamento de várias origens, por exposição a uma fonte diminuição de impacto, que pode ter vários metros de espes-
de alta temperatura, ou por contato com chama. sura. Abaixo desse limite efetivo, a densidade da fumaça na
zona de transição cai a zero.
4.379 Inibidor de vórtice: acessório de tubulação destinado
a eliminar o efeito do vórtice dentro de um reservatório. 4.391 Interligação entre túneis: abertura entre túneis, sina-
lizada, provida de porta de passagem que em caso de inci-
4.380 Instalação: montagem mecânica, hidráulica, elétrica, dente possa ser utilizada como rota de fuga.
eletroeletrônica, ou outra, para fins de atividades de produ-
ção industrial, geração ou controle de energia, contenção ou 4.392 Inundação total: descarga de gases por meio de
distribuição de fluídos líquidos ou gasosos, ocupação de toda difusores fixos no interior do recinto que contém o equipa-
espécie, cuja montagem tenha caráter permanente ou tem- mento protegido, de modo a permitir uma atmosfera inerte
porário que necessite de proteção contra incêndio previsto com uma concentração determinada de gás a ser atingida
na legislação. em tempo determinado.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 137

4.393 Irradiação: é a transmissão de calor por ondas de 4.410 Linha de percurso de uma escada: linha imaginária
energia calorífica que se deslocam através do espaço. sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corri-
mão, afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede.
4.394 Isolamento de risco: medida de proteção passiva por
meio de parede de compartimentação sem aberturas ou afas- Nota:
tamento entre edificações, destinado a evitar a propagação Sobre essa linha, todos os degraus possuem piso de largura igual,
do fogo, calor e gases, entre os blocos isolados. inclusive os degraus ingrauxidos nos locais em que a escada faz de-
flexão. Nas escadas de menos de 1,10 m de largura, a linha de percur-
4.395 Isolante térmico: material com característica de resis- so coincide com o eixo da escada, ficando, pois, mais perto da borda.
tir à transmissão do calor, impedindo que as temperaturas na
4.411 Linha de solução: tubulação ou linha de mangueiras
face não exposta ao fogo superem determinados limites.
destinada a conduzir a solução de espuma mecânica.
4.396 Itinerário: trajeto a ser percorrido pelas guarnições do
4.412 Líquido: qualquer material que apresente fluidez maior
Corpo de Bombeiros na ida ou no regresso do atendimento
do que o ponto 300 de penetração do asfalto, quando ensaia-
de uma emergência, previamente estabelecido por meio de
do de acordo com a ABNT NBR 6576 ou uma substância visco-
croqui.
sa cujo ponto de fluidez específico não pode ser determinado
4.397 Jato compacto: tipo de jato de água caracterizado mas definido como líquido de acordo com a ASTM D 4359.
por linhas de corrente de escoamento paralelas, observado
4.413 Líquido combustível: líquido que possui ponto de ful-
na extremidade do esguicho.
gor igual ou superior a 37,8ºC, subdividido como segue:
4.398 Jato de espuma de monitor (canhão): jato de grande a. Classe II: líquidos que possuem ponto de fulgor igual
capacidade de esguicho, que está apoiado em posição e que ou superior a 37,8ºC e inferior a 60ºC;
pode ser dirigido por um homem.
b. Classe IIIA: líquidos que possuem ponto de fulgor igual
4.399 Jato de fumaça sob o teto “ceiling jet”: fluxo de fu- ou superior a 60ºC e inferior a 93,4ºC;
maça sob o teto, estendendo-se radialmente do ponto de cho- c. Classe IIIB: líquidos que possuem ponto de fulgor igual
que da coluna de fogo contra o teto. Normalmente, a tempe- ou superior a 93,4ºC.
ratura do jato de fumaça sob o teto será maior que a camada
de fogo adjacente. 4.414 Líquido criogênico: líquido com ponto de ebulição abai-
xo de – 90ºC a uma pressão absoluta de 101 kPa (14,7 psi).
4.400 Jato de linha de mangueira: jato de espuma de um
esguicho que pode ser segurado e dirigido manualmente. A 4.415 Líquido estável: qualquer líquido não definido como
reação do esguicho usualmente limita o fluxo da solução a instável.
aproximadamente 1.000 L/min. no máximo. 4.416 Líquido inflamável: líquido que possui ponto de fulgor
4.401 Jato de neblina: jato d’água contínuo de gotículas inferior a 37,8ºC, também conhecido como líquido Classe I,
finamente divididas e projetadas em diferentes ângulos. subdividindo-se em:
a. Classe IA: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8ºC
4.402 Lance de mangueira: mangueira de incêndio de
e ponto de ebulição abaixo de 37,8ºC;
comprimento padronizado (15 ou 30 m).
b. Classe IB: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8ºC
4.403 Lanço de escada: sucessão ininterrupta de degraus e ponto de ebulição igual ou acima de 37,8ºC;
entre dois patamares sucessivos.
c. Classe IC: líquido com ponto de fulgor igual ou acima
Nota: de 22,8ºC.
Um lanço de escada nunca pode ter menos de três degraus, nem
subir altura superior a 3,70m.
4.417 Líquidos instáveis ou reativos: líquidos que no estado
4.404 Largura do degrau (b): distância entre o bocel do de- puro ou nas especificações comerciais, por efeito de variação
grau e a projeção do bocel do degrau imediatamente superior, de temperatura, pressão ou de choque mecânico, na estoca-
medida horizontalmente sobre a linha de percurso da escada. gem ou no transporte, tornam-se autorreativos e, em consequên-
cia, se decomponham, polimerizem ou venham a explodir.
4.405 Laudo: documento que exibe o relato do técnico ou
especialista designado para avaliar determinada situação ou 4.418 Listagem confiável: relação de dados e característi-
matéria que estava dentro do escopo de seus conhecimentos. cas de projeto de equipamentos ou dispositivos, publicada
pelo fabricante e reconhecida por órgãos regulamentadores
4.406 Leiaute “layout”: distribuição física de elementos num
ou normativos, aceita pelo proprietário da instalação ou seu
determinado espaço.
preposto legal designado.
4.407 Limite de área de armazenamento: linha fixada pela
4.419 Local de abastecimento: área determinada pelo con-
fileira externa de recipientes transportáveis de Gás Liquefeito
junto de veículo abastecedor, mangueira flexível de abasteci-
de Petróleo (GLP), em um lote de recipientes, acrescida da
mento e central de Gás Liquefeito de Petróleo.
largura do corredor de inspeção, quando este for exigido.
4.420 Local de relativa segurança: local dentro de uma
4.408 Limite do lote de recipientes: linha fixada pela fileira
edificação ou estrutura onde, por um período limitado de tempo,
externa de recipientes transportáveis de Gás Liquefeito de
as pessoas têm alguma proteção contra os efeitos do fogo e da
Petróleo (GLP), em um lote de recipientes.
fumaça. Este local deve possuir resistência ao fogo e elementos
4.409 Linha de espuma: tubulação ou linha de mangueiras construtivos, de acabamento e de revestimento incombustíveis,
destinada a conduzir a espuma. proporcionando às pessoas continuarem sua saída para um

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138 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

local de segurança. Exemplos: escadas de segurança, escadas 4.437 Materiais semicombustíveis: produtos ou substânci-
abertas externas, corredores de circulação (saída) ventilados as que, submetidos à ignição ou combustão, apresentam baixa
(mínimo de 1/3 da lateral com ventilação permanente). taxa de queima e pouco desenvolvimento de fumaça.
4.421 Local de risco: área interna ou externa da edificação, 4.438 Máximo enchimento: volume máximo de Gás Lique-
onde haja a probabilidade de um perigo se materializar cau- feito de Petróleo (GLP) em estado líquido que um recipiente
sando um dano. pode armazenar com segurança.
4.422 Local de saída única: condição de um pavimento da
4.439 Medidas de segurança contra incêndio: conjunto de
edificação, onde a saída é possível apenas em um sentido.
dispositivos ou sistemas a ser instalados nas edificações e
4.423 Local de segurança: local, fora da edificação, no qual áreas de risco necessários para evitar o surgimento de um
as pessoas estão sem perigo imediato dos efeitos do fogo. incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e
4.424 Loteamento: parcelamento do solo com abertura de ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e ao
novos sistemas de circulação ou prolongamento, modifica- patrimônio.
ção ou ampliação dos existentes. 4.440 Meio defensável “tenable environment”: meio no qual
4.425 Lotes de recipientes: conjunto de recipientes trans- a fumaça e o calor estão limitados e restritos, visando a preser-
portáveis de Gás Liquefeito de Petróleo sem que haja corre- var os ocupantes num nível que não exista ameaça de vida.
dor de inspeção entre estes.
4.441 Memorial: conceitos, premissas e etapas utilizados
4.426 Maior risco (para dimensionamento de sistemas): para definir, localizar, caracterizar e detalhar o projeto do sis-
aquele que requer a maior demanda do sistema a ser proje- tema de hidrantes e mangotinhos de uma edificação, desde a
tado em uma determinada edificação ou área de risco. Ver concepção até a sua implantação e manutenção. É composto
também “Risco”. de parte descritiva, cálculos, ábacos e tabelas.
4.427 Mangotinho: ponto de tomada de água onde há uma 4.442 Mezanino: piso que subdivide parcialmente um andar
simples saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador em dois andares. Deve possuir área menor que 1/3 (um ter-
(se necessário), mangueira semirrígida, esguichos reguláveis ço) da área do andar onde estiver localizado. Será conside-
e demais acessórios. rado andar o mezanino que possuir área maior que um terço
4.428 Mangueira de incêndio: tubo flexível, fabricado com (1/3) da área do andar subdividido.
fios naturais ou artificiais, usado para canalizar água, solu-
4.443 Mistura de gases inertes: agentes que contenham,
ção ou espuma.
como componentes primários, um ou mais dos seguintes ga-
4.429 Mangueira flexível: tubo flexível de material sintético ses: hélio, neônio, argônio ou nitrogênio. São misturas de
com características comprovadas para uso do Gás Liquefeito gases que também contém dióxido de carbono (CO2) como
de Petróleo (GLP), podendo ou não possuir proteção metáli- componente secundário
ca ou têxtil.
4.444 Módulo habitável: contêineres adaptados, que rece-
4.430 Manômetro: instrumento que realiza a medição de beu portas e janelas, além de instalação elétrica e/ou hidráuli-
pressões efetivas ou relativas. ca; empregado como escritório, sala de reuniões, sala de trei-
4.431 Manômetro de líquido ajustável: tipo de manômetro namento ou de aula, depósito, almoxarifado ou guarita. O
que permite a realização da avaliação da diferença de pres- módulo habitável pode ser formado por um ou mais contêine-
são entre dois ambientes por meio da comparação entre altu- res conjugados, dispostos horizontalmente (afastados ou não
ras de colunas de líquido dito manométrico. Permite o ajuste entre si) ou verticalmente, havendo comunicação entre os
do valor inicial, antes do início da medição (ajuste do “zero”). módulos, através de portas, com ou sem emprego de escadas.
4.432 Mapeamento de risco: estudo desenvolvido pelo res- 4.445 Monitor: equipamento destinado a formar e orientar
ponsável por uma edificação em conjunto com o Corpo de jatos de água ou espuma de grande volume e alcance.
Bombeiros, visando a relacionar os meios humanos e materi-
ais disponíveis por uma empresa, seguido da qualificação e 4.446 Monitor fixo (canhão): equipamento que lança jato
melhora da capacidade de reação. de espuma e está montado num suporte estacionário fixo ao
nível do solo ou em elevação. O monitor pode ser alimenta-
4.433 Materiais combustíveis: produtos ou substâncias
do com a solução mediante tubulação permanente ou man-
(não resistentes ao fogo) que sofrem ignição ou combustão
gueiras.
quando sujeitos a calor.
4.434 Materiais de acabamento: produtos ou substâncias 4.447 Mudança de ocupação: alteração de uso que motive
que, não fazendo parte da estrutura principal, são agregados a mudança de divisão da edificação e áreas de risco constan-
a ela com fins de conforto, estética ou segurança. te da tabela de classificações das ocupações prevista neste
Regulamento.
4.435 Materiais fogo-retardantes: produtos ou substâncias
que, em seu processo químico, recebem tratamento para 4.448 Muro de arrimo: parede forte construída de alvena-
melhor se comportarem ante a ação do calor, ou ainda aque- ria ou de concreto, com o objetivo de proteger, apoiar ou
les protegidos por produtos que dificultem a queima. escorar áreas que apresentam riscos de deslizamento, des-
moronamento e erosão, tais como encostas, vertentes, bar-
4.436 Materiais incombustíveis: produtos ou substâncias
rancos etc.
que, submetidos à ignição ou combustão, não apresentam
rachaduras, derretimento, deformações excessivas e não 4.449 NAT: Núcleo de Atividades Técnicas do Subgrupa-
desenvolvem elevada quantia de fumaça e gases. mento de Bombeiros.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 139

4.450 Neblina de água: jato de pequenas partículas d’água, zada para impedir a propagação do fogo em ambientes con-
produzido por esguichos especiais. tíguos, vedando-os do piso ao teto. Deve possuir estabilida-
4.451 Nível de acesso: ponto do terreno em que atravessa a de, resistência mecânica e proporciornar estanqueidade e
projeção do parâmetro externo da parede do prédio ao se isolamento térmico, impedindo a propagação de gases quen-
entrar na edificação. tes, fumaça, chamas e calor. Para fins de isolamento de risco,
não podem possuir aberturas, devendo ainda ultrapassar um
Nota: metro acima dos telhados ou coberturas.
É aplicado para a determinação da altura da edificação.
4.467 Parede, divisória ou porta para-chamas: elemento
4.452 Nível de descarga: nível no qual uma porta externa construtivo com propriedade para-chamas por um determina-
conduz a um local seguro no exterior. do período de tempo, utilizado para impedir a propagação do
4.453 Ocupação: atividade ou uso da edificação. fogo em ambientes contíguos. Deve possuir estabilidade, re-
sistência mecânica e proporciornar estanqueidade, impedin-
4.454 Ocupação mista: edificação que abriga mais de um do a propagação de gases quentes, fumaça e das chamas.
tipo de ocupação.
4.468 Parede de vedação: normalmente de tijolos ou blo-
4.455 Ocupação predominante: atividade ou uso principal cos, serve para vedar e compartimentar o ambiente, não fa-
exercido na edificação. zendo parte da estrutura da edificação.
4.456 Ocupação temporária: atividade desenvolvida de 4.469 Parede estrutural: é aquela que faz parte da estrutura
caráter temporário, tais como circos, feiras, espetáculos e da edificação, sendo responsável por sua estabilidade.
parques de diversões.
4.470 Parque de inflamáveis: área destinada ao armaze-
4.457 Ocupações temporárias em instalações permanen- namento de substâncias combustíveis, como álcool, gasolina
tes: instalações de caráter temporário e transitório, não defini- e outros.
tivo em local com características de estrutura construtiva per-
manente, podendo ser anexadas ocupações temporárias. 4.471 Parque de tanques: área destinada à armazenagem
e transferência de produtos, onde se situam tanques, depósi-
4.458 Operação automática: atividade que não depende tos e bombas de transferência; não se incluem, de modo ge-
de qualquer intervenção humana para determinar o funcio- ral, as instalações complementares, tais como escritórios,
namento de uma instalação. vestiários etc.
4.459 Operação de abastecimento de GLP: atividade de
4.472 Passagem subterrânea: obra de construção civil des-
transferência de Gás Liquefeito de Petróleo entre o veículo
tinada à transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao
abastecedor e a central de GLP.
uso de pedestres ou veículos.
4.460 Operação manual: atividade que depende da ação
4.473 Passarela: obra de construção civil destinada à trans-
do elemento humano.
posição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
4.461 Órgão competente: órgão público, federal, estadual,
4.474 Passarela de emergência: passagem estreita para
municipal, ou ainda autarquias, ou entidades capacitadas
pedestres que corre ao longo da pista ou dos trilhos do túnel,
legalmente para determinar aspectos relevantes dos siste-
servida exclusivamente para rota de fuga, manutenção ou
mas de proteção contra incêndio.
resgate, sendo iluminada, sinalizada e monitorada.
4.462 Orientado: termo utilizado após a análise de um pro-
cesso de segurança contra incêndio. 4.475 PAT: Posto de Atividades Técnicas dos Postos de Bom-
beiros.
4.463 Painel repetidor: equipamento comandado por um
painel central destinado a sinalizar de forma visual e/ou so- 4.476 Pavimento: plano de piso.
nora, no local desejado, as informações do painel central. 4.477 Pavimento de descarga: parte da saída de emergên-
4.464 Para-chama: elemento que apresenta, por um perío- cia de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro
do determinado de tempo, as seguintes propriedades: inte- público ou área externa com acesso a este.
gridade mecânica a impactos (resistência), e impede a pas- 4.478 Pavimento em pilotis: local edificado de uso comum,
sagem das chamas e da fumaça (estanqueidade), não pro- aberto em pelo menos 3 lados, devendo os lados abertos
porcionando isolamento térmico. ficar afastados, no mínimo, 1,50 m das divisas. Considera-se,
4.465 Parede de compartimentação: parede com proprie- também, como tal, o local coberto, aberto em pelo menos
dade corta-fogo por um determinado período de tempo, utili- duas faces opostas, cujo perímetro aberto tenha, no mínimo,
zada para impedir a propagação do fogo em ambientes con- 70% do perímetro total.
tíguos, vedando-os do piso ao teto. Deve possuir estabilida- 4.479 Pé-direito: 1) distância vertical que limita o piso e o
de, resistência mecânica e proporciornar estanqueidade e teto de um pavimento. 2) altura livre de um andar de um edi-
isolamento térmico, impedindo a propagação de gases quen- fício, medida do piso à parte inferior do teto (ou telhado).
tes, fumaça, chamas e calor. Para fins de compartimentação
horizontal, pode possuir aberturas, desde que protegidas por 4.480 Peitoril: muro ou parede que se eleva à altura do peito
porta ou outros elementos corta-fogo, não necessitando que ou pouco menos.
ultrapasse o telhado ou cobertura.
4.481 Percentual de aberturas em uma fachada: relação
4.466 Parede de isolamento de risco: parede com proprie- entre a área total (edificações não compartimentadas) ou área
dade corta-fogo por um determinado período de tempo, utili- parcial (edificações compartimentadas) da fachada de uma

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140 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

edificação, dividido pela área de aberturas existentes na multidisciplinar (engenheiros ou técnicos que atuem na área
mesma fachada. de segurança contra incêndio e ambiental), em conjunto com
o Corpo de Bombeiros.
4.482 Perda de carga: perda de pressão em duto devido à
fricção entre o líquido fluindo e as paredes internas do duto. 4.498 Planta: desenho técnico onde está situada uma única
ou mais empresas, com uma única ou mais edificações.
4.483 Perigo: propriedade de causar dano inerente a uma
substância, a uma instalação ou a um procedimento. 4.499 Planta de bombeiro: representação gráfica da edifica-
ção, contendo informações através de legenda específica da
4.484 Pesquisa de incêndio: apuração das causas, desen-
localização, arranjo e previsão dos meios de segurança con-
volvimento e consequências dos incêndios atendidos pelo
tra incêndio e riscos existentes.
CBPMESP, mediante exame técnico das edificações, materi-
ais e equipamentos, no local ou em laboratório especializado. 4.500 Planta de risco: mapa simplificado no formato A1, A2,
A3 ou A4, em escala padronizada, podendo ser em mais de
4.485 Petróleo cru: mistura de hidrocarbonetos retirados do uma folha, devendo indicar:
subsolo, com ponto de fulgor abaixo de 65,6ºC e que não
tenha sido processada em refinaria. a. principais riscos;
b. paredes corta-fogo e de compartimentação;
4.486 Píer: estrutura de comprimento geralmente maior do
que a largura e que se projeta do litoral ou da margem, em c. hidrantes externos;
direção a um corpo d’água. Um píer pode ter deck aberto ou d. número de pavimentos;
ser provido de uma superestrutura.
e. registro de recalque;
4.487 Pirofórico: metal como sódio, potássio, zircônio e ou- f. reserva de incêndio;
tros, que se inflama em contato com o ar.
g. armazenamento de produtos perigosos;
4.488 Piso: superfície superior do elemento construtivo hori-
h. vias de acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros;
zontal sobre o qual haja previsão de estocagem de materiais
ou onde o usuário da edificação tenha acesso irrestrito. i. hidrantes urbanos próximos da edificação (se houver).
4.489 Piso técnico: piso destinado exclusivamente à insta- 4.501 Poço de instalação: passagem essencialmente
lação e manutenção de equipamentos, com acesso restrito vertical deixada numa edificação com finalidade específica de
de pessoas. facilitar a instalação de serviços tais como dutos de ar-condicio-
nado, ventilação, tubulações hidráulico-sanitárias, eletrodutos,
4.490 Pista de rolagem: pista de dimensões definidas, des- cabos, tubos de lixo, elevadores, monta-cargas e outros.
tinada à rolagem de helicópteros entre área de pouso ou de
decolagem e a área de estacionamento ou de serviços. 4.502 Poço de sucção: elemento construtivo do reservató-
rio destinado a maximizar a utilização do volume de água
4.491 Planilha de levantamento de dados: instrumento utili- acumulado, bem como para evitar a entrada de impurezas no
zado para a catalogação de todas as informações e dados da interior das tubulações.
empresa, indispensável à elaboração de um PPI.
4.503 Ponto de abastecimento: ponto de interligação entre
4.492 Plano de Auxílio Mútuo (PAM): plano que tem por o engate de enchimento da mangueira de abastecimento e a
objetivo conjugar os esforços dos órgãos públicos (Corpo de válvula do recipiente que deve ser abastecido.
Bombeiros, Defesa Civil, Polícia etc.) e brigadas de incêndio
e de abandono das empresas privadas, em caso de sinistro. 4.504 Ponto de combustão: menor temperatura na qual um
combustível emite vapores em quantidade suficiente para for-
4.493 Plano de abandono: conjunto de normas e ações vi- mar uma mistura com o ar na região imediatamente acima da
sando à remoção rápida, segura, de forma ordenada e efici- sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em conta-
ente de toda a população fixa e flutuante da edificação, em to com uma chama e mantiver a combustão após a retirada
caso de uma situação de sinistro. da chama.
4.494 Plano de emergência: documento estabelecido em 4.505 Ponto de ebulição: temperatura na qual um contínuo
função dos riscos da edificação que encerra um conjunto de fluxo de bolhas de vapor ocorre em determinado líquido, que
ações e procedimentos a serem adotados, visando à prote- seja aquecido num recipiente aberto; temperatura na qual a
ção da vida, do meio ambiente e do patrimônio, bem como a pressão de vapores é igual à pressão atmosférica.
redução das consequências de sinistros.
4.506 Ponto de fulgor “flash point”: menor temperatura na qual
4.495 Plano de intervenção de incêndio: plano estabeleci- um combustível emite vapores em quantidade suficiente para
do em função dos riscos da edificação para definir a melhor formar uma mistura com o ar na região imediatamente acima da
utilização dos recursos materiais e humanos em uma situa- sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em contato
ção de emergência. com uma chama e não mantê-la após a retirada da chama.
4.496 Plano global de segurança: integração de todas as 4.507 Ponto de ignição: temperatura mínima em que ocorre
medidas de prevenção contra incêndios e pânico que garan- uma combustão independente de uma fonte de ignição como
tam a segurança efetiva das pessoas (aspecto humano) e do chama e faísca. O simples contato do combustível com o
edifício, envolvendo as medidas de proteção ativa e passiva. comburente é suficiente para estabelecer a reação.
4.497 Plano Particular de Intervenção (PPI): procedimento 4.508 Ponto de inflamabilidade: temperatura intermediária
peculiar de atendimento de emergência em locais previa- entre o ponto de fulgor e o ponto de combustão; temperatura
mente definidos, elaborado por profissionais de grupo acima da qual o combustível admite sua inflamação.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 141

4.509 Ponto de luz: dispositivo constituído de lâmpada(s) ou um risco de dano. Compreendem substâncias inflamáveis,
outros dispositivos de iluminação, invólucro(s) e/ou outros(s) explosivas, corrosivas, tóxicas, radioativas e outras.
componente(s) que têm a função de promover o aclaramento
4.524 Projetor de spray de água: esguichos conectados a
do ambiente ou a sinalização.
um cano de água e projetados para produzir um spray de
4.510 População: número de pessoas para as quais uma água de alta pressão.
edificação, ou parte dela é projetada.
4.525 Profissional habilitado: toda pessoa com formação
4.511 População fixa: número de pessoas que permanece em higiene, segurança e medicina do trabalho, devidamente
regularmente na edificação, considerando-se os turnos de registrada nos Conselhos Regionais competentes ou no
trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros Ministério do Trabalho, das Polícias Militares e dos Corpos
nessas condições. de Bombeiros Militares que possuam especialização em
4.512 População flutuante: número de pessoas que não se prevenção e combate a incêndio e técnicas de emergências
enquadra no item de população fixa. Será sempre pelo nú- médicas, conforme sua área de especialização.
mero máximo diário de pessoas. 4.526 Profissional legalmente habilitado: pessoa física ou
4.513 Porta corta-fogo (PCF): dispositivo construtivo (con- jurídica que goza do direito, segundo as leis vigentes, de
junto de folha(s) de porta, marco e acessórios), com proprie- prestar serviços especializados de proteção contra incêndio.
dade corta-fogo, instalado nas aberturas da parede de compar- 4.527 Profundidade de piso em subsolo: profundidade
timentação e destinado à circulação de pessoas e de equipa- medida em relação ao nível de descarga da edificação.
mentos. É um dispositivo móvel que, vedando aberturas em
paredes, retarda a propagação do incêndio de um ambiente 4.528 Projetista: pessoa física ou jurídica responsável pela
para outro. Quando instaladas nas escadas de segurança, elaboração de todos os documentos de um projeto, assim
possibilitam que os ocupantes das edificações atinjam os pi- como do memorial.
sos de descarga com as suas integridades físicas garantidas. 4.529 Projeto: conjunto de peças gráficas e escritas, neces-
4.514 Posto de abastecimento e serviço: atividade onde sárias à definição das características principais do sistema
são abastecidos os tanques de combustível de veículos de combate a incêndio, composto de plantas, seções, eleva-
automotores. ções, detalhes e perspectivas isométricas e, inclusive, das
especificações de materiais e equipamentos.
4.515 Posto de abastecimento interno: instalação interna a
uma indústria ou empresa, cuja finalidade é o abastecimento 4.530 Propagação do calor: troca de energia térmica entre
de combustível e/ou lubrificantes para sua frota. dois sistemas de temperaturas diferentes.

4.516 Posto de comando: local fixo ou móvel, com repre- 4.531 Propagação por condução: transferência de calor por
sentantes de todos os órgãos envolvidos no atendimento de contato direto das partículas da matéria.
uma emergência. 4.532 Propagação por convecção: transferência de
4.517 Pressão de vapor: pressão na qual um líquido e seu va- energia térmica que ocorre pelo movimento de moléculas de
por coexistem em equilíbrio a uma determinada temperatura. uma parte do material para outra.

4.518 Pressurização: estabelecimento de uma diferença de 4.533 Propagação por radiação: transferência de energia
pressão através de uma barreira para proteger uma escada, térmica através do espaço livre.
antecâmara, rota de escape ou recinto de uma edificação 4.534 Proporcionador: equipamento destinado a misturar
contra a penetração de fumaça. em quantidades proporcionais preestabelecidas de água e
4.519 Prevenção de incêndio: conjunto de medidas que líquido gerador de espuma.
visam: a evitar o incêndio; a permitir o abandono seguro dos 4.535 Proteção ativa: são medidas de segurança contra
ocupantes da edificação e áreas de risco; a dificultar a propa- incêndio que dependem de uma ação inicial para o seu
gação do incêndio; a proporcionar meios de controle e extin- funcionamento, seja ela manual ou automática. Exemplos:
ção do incêndio e a permitir o acesso para as operações do extintores, hidrantes, chuveiros automáticos, sistemas fixos
Corpo de Bombeiros. de gases etc.
4.520 Procedimentos de abandono (plano): registros, onde
4.536 Proteção contra exposição: recursos permanente-
rotas de fuga e lugares seguros são indicadas e onde regras
mente disponíveis, representados pela existência de
de conduta, procedimentos e ações necessárias para as pes-
medidas de segurança contra incêndio dentro da empresa,
soas presentes, em caso de incêndio, são estabelecidas.
capazes de resfriar com água as estruturas vizinhas à arma-
4.521 Processo de segurança contra incêndio: documenta- zenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis e as
ção que contém os elementos formais exigidos pelo CBPMESP propriedades adjacentes, enquanto durar o incêndio.
na apresentação das medidas de segurança contra incêndio
4.537 Proteção de incêndios: é conjunto das operações ne-
de uma edificação e áreas de risco que devem ser projetadas
cessárias para proteger o prédio e seu conteúdo contra os
para avaliação em análise técnica.
prejuízos causados pelo fogo, calor irradiado, fumaça, água
4.522 Produtos perigosos: substâncias químicas com e salvamento etc.
potencial lesivo à saúde humana e ao meio ambiente.
4.538 Proteção estrutural: característica construtiva que
4.523 Produtos perigosos: tipos de substâncias que, por sua evita ou retarda a propagação do fogo e auxilia no trabalho
natureza ou pelo uso que o homem faz delas, representam de salvamento de pessoas em uma edificação.

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142 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.539 Proteção passiva: são medidas de segurança contra 4.554 Registro de fluxo: dispositivo com a função de
incêndio que não dependem de ação inicial para o seu direcionar o fluxo de ar, normalmente utilizado na saída dos
funcionamento. Exemplos: compartimentação horizontal, grupos motoventiladores, quando utilizado duplicidade de
compartimentação vertical, escada de segurança, materiais equipamentos.
retardantes de chama etc.
4.555 Registro de fumaça “smoke damper”: dispositivo
4.540 Quadra de armazenamento de contêineres: área utilizado no sistema de controle de fumaça, projetado para
descoberta, não construída, possuidora de demarcação de solo resistir à passagem de ar ou fumaça. Um registro de fumaça
indicativa da disposição de contêineres em pátio externo. pode ser combinado, atendendo a requisitos de resistência a
fogo e fumaça.
4.541 Quadro de áreas: tabela que contém as áreas indivi-
dualizadas das edificações e seus pavimentos. 4.556 Registro de paragem: dispositivo hidráulico manual,
destinado a interrromper o fluxo de água das instalações
4.542 Quadro de controle do equipamento de proteção hidráulicas de combate a incêndio em edificações.
respiratória: quadro expositivo compreendendo espaços den-
tro dos quais podem ser colocadas plaquetas de identificação 4.557 Registro de recalque: dispositivo hidráulico destina-
dos EPR’s e no qual informações adicionais podem ser grava- do a permitir a introdução de água proveniente de fontes
das, como tempo de uso do equipamento e localização das externas, na instalação hidráulica de combate a incêndio das
equipes. Um relógio normalmente faz parte do referido quadro. edificações.

4.543 Rampa: parte construtiva inclinada de uma rota de 4.558 Registros corta-fogo “dampers”: dispositivos
saída, que se destina a unir dois níveis ou setores de um construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, insta-
recinto de evento. lados nos dutos de ventilação e dutos de exaustão, que
cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos.
4.544 Recipiente: qualquer vaso com capacidade de até
450 L, usado para o transporte ou armazenamento de líquidos. 4.559 Reserva de incêndio: volume de água destinado
exclusivamente ao combate a incêndio.
4.545 Recipiente de GLP: vaso de pressão destinado a
4.560 Reservatório ao nível do solo: reserva de incêndio
conter o gás liquefeito de petróleo.
cujo fundo se encontra instalado no mesmo nível do terreno
4.546 Recipiente estacionário: recipiente com capacidade natural.
volumétrica total superior a 0,5 m³, projetado e construído
4.561 Reservatório de escorva: reservatório de água com
conforme normas reconhecidas internacionalmente.
volume necessário para manter a tubulação de sucção da
4.547 Recipiente intermediário para granéis (IBC) ou bomba de incêndio sempre cheia d’água.
tanque portátil: embalagens portáteis rígidas ou flexíveis, com 4.562 Reservatório elevado: reserva de incêndio cujo
capacidade maior que 450 L e até 3.000 L, com o propósito fundo se encontra instalado acima do nível do terreno natural
de armazenar e transportar líquidos, projetados para o com a tubulação formando uma coluna d’água.
manuseio mecânico, com resistência aos esforços provoca-
dos por manuseio e transporte, conforme ensaios. 4.563 Reservatório enterrado ou subterrâneo: reserva de
incêndio cuja parte superior encontra-se instalada abaixo do
4.548 Recipiente transportável abastecido no local: reci- nível do terreno natural.
piente transportável que pode ser abastecido por volume no
próprio local da instalação, através de dispositivos apropria- 4.564 Reservatório semienterrado: reserva de incêndio cujo
dos para este fim, respeitando o limite máximo de enchimen- fundo se encontra instalado abaixo do nível do terreno natural
to a 85 % da capacidade volumétrica. e com a parte superior acima do nível do terreno natural.

4.549 Recipiente transportável trocável: recipiente trans- 4.565 Resfriamento: 1) consiste em diminuir a temperatura do
portável com capacidade volumétrica total igual ou inferior a material combustível que está queimando e, consequentemente,
0,5 m³, abastecido por massa em base de engarrafamento e a liberação de gases ou vapores inflamáveis. Retirada do calor
transportado cheio para troca. de um material incendiado até que fique abaixo de seu ponto de
ignição. 2) Método de extinção de incêndio por redução do
4.550 Rede de detecção, sinalização e alarme: conjunto calor, até um ponto em que não queima, por não haver emissão
de dispositivos de atuação automática destinados a detectar de vapores combustíveis.
calor, fumaça ou chama e a atuar equipamentos de proteção
e dispositivos de sinalização e alarme. 4.566 Resistência à chama: propriedade de um material, atra-
vés da qual a combustão com chama é retardada, encerrada
4.551 Refinaria: instalação industrial na qual são produzi- ou impedida. A resistência à chama pode ser uma propriedade
dos líquidos e gases inflamáveis ou combustíveis em uma do material básico ou então imposta por tratamento específico.
escala comercial, a partir de petróleo cru, gasolina natural ou
4.567 Resistência ao fogo: propriedade de um elemento de
outras fontes de hidrocarbonetos.
construção de resistir à ação do fogo por um determinado
4.552 Reforma: alterações nas edificações e áreas de risco período de tempo, mantendo sua integridade, isolação
sem aumento de área construída. térmica e estanqueidade ou características de vedação aos
gases e chamas.
4.553 Registro “damper” de sobrepressão: dispositivo que
atua como regulador em ambiente que deva ser mantido em 4.568 Responsável técnico: profissional habilitado para
determinado nível de pressão, evitando que a pressão elaboração e/ou execução de atividades relacionadas à
assuma valores maiores por onde ocorra escape do ar. segurança contra incêndio.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 143

4.569 Retardante de chama: substância adicionada a um 4.582 Rotas alternativas de fuga: rotas de fuga suficiente-
material ou um tratamento a ele aplicado, com a finalidade de mente separadas por direção e espaço ou por estruturas
suprimir, reduzir ou retardar o desenvolvimento de chamas. resistentes ao fogo, para garantir que uma sempre estará
disponível, mesmo que a outra esteja afetada pelo fogo.
4.570 Retardante de fogo: substância adicionada a um
material ou um tratamento a ele aplicado com a finalidade de 4.583 Saída de emergência, rota de fuga, rota de saída ou
suprimir, reduzir ou retardar a sua combustão. saída: caminho contínuo, devidamente protegido e sinaliza-
do, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens
4.571 Risco: probabilidade de um perigo se materializar,
externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões
causando um dano. O risco é a relação entre a probabilidade e
entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou
a consequência. O risco pode ser físico (ruídos, vibrações,
combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso
radiações, pressões anormais, temperaturas extremas, umi-
de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de
dade e iluminação deficiente). Pode ser químico (poeiras, fu-
evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto
mos, vapores, gases, líquidos e neblinas provenientes de pro-
(área de refúgio), com garantia de integridade física.
dutos químicos). Pode ainda ser biológico (vírus, bactérias,
protozoários, fungos, bacilos, parasitas e animais peçonhentos). 4.584 Saída horizontal: passagem de um edifício para outro
por meio de porta corta-fogo, vestíbulo, passagem coberta,
4.572 Risco iminente: possibilidade de ocorrência de
passadiço ou balcão.
sinistro que requer ação imediata.
4.585 Saída única: local em um setor do recinto de evento,
4.573 Risco isolado: condição que possibilita isolar por
onde a saída é possível apenas em um sentido.
todos os lados, por meio de equipamentos, pessoal de com-
bate a incêndio ou por meios do extravasamento de produto 4.586 Sala de Comando e Controle: local instalado em
para áreas externas ao risco. ponto estratégico que proporcione visão geral de todo recinto
(setores de público, campo, quadra, arena etc.), devidamente
4.574 Risco isolado da central de GLP: distância da central equipado com todos os recursos de informação e de comuni-
de Gás Liquefeito de Petróleo à projeção da edificação que cação disponíveis, destinado à coordenação integrada das
permite sua proteção contra os efeitos de um eventual incên- operações desenvolvidas pelos órgãos de Defesa Civil e
dio em edificações e áreas de risco. Segurança Pública em situação de normalidade.
4.575 Risco predominante: maior risco determinado pela 4.587 Sapé, piaçava (ou piaçaba): fibras vegetais de fácil
carga de incêndio dentre as ocupações, em função da área combustão, de largo emprego na zona rural para cobertura
dos pavimentos. de ranchos, na fabricação de vassouras e também utilizadas
Notas: como cobertura de edificações destinadas à reunião de
a. ocorrendo equivalência na somatória da carga de incêndio, ado- público, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, casas
tar-se-á, para efeito da classificação do maior risco, a ocupação que de espetáculos etc.
possuir maior carga de incêndio por m2;
4.588 SAT: Seção de Atividades Técnicas dos Grupamentos
b. para o dimensionamento das saídas de emergência, os locais com
concentração de público prevalecerão como sendo o maior risco.
de Bombeiros.
4.589 Segurança: compromisso acerca da relativa proteção
4.576 Risco primário: risco principal do produto de acordo da exposição a riscos.
com tabela do Decreto nº 96.044, de 18/5/88, Regulamento 4.590 Segurança contra incêndio: conjunto de ações e
Federal para o transporte rodoviário de produtos perigosos. recursos, internos e externos à edificação e áreas de risco,
4.577 Risco secundário: risco subsidiário do produto de acor- que permitem controlar a situação de incêndio.
do com tabela do Decreto 96.044, de 18/5/88, Regulamento 4.591 Selo hidráulico: dispositivo que atua na forma de
Federal para o transporte rodoviário de produtos perigosos. sifão, evitando a propagação de chama.
4.578 Rolagem: movimento do helicóptero de um ponto para 4.592 Selos corta-fogo: dispositivos construtivos com
outro, realizado na superfície ou pouco acima desta, tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas passa-
conforme o tipo de trem de pouso do helicóptero. gens de eletrodutos e tubulações que cruzam as paredes de
compartimentação ou entrepisos.
4.579 Rota de fuga em túnel: passagem para pessoas,
devidamente sinalizada e monitorada, dentro do túnel, que 4.593 Sensor de explosão: dispositivo que reage às
conduz a abrigo ou saída segura em caso de incidente, com mudanças causadas pelo desenvolvimento de uma explo-
ou sem incêndio. são em um ou mais dos seus parâmetros ambientais, como a
pressão, a temperatura e/ou radiação térmica.
4.580 Rota de fuga externa: rota de abandono externa: rota
de fuga externa a um prédio, por exemplo, através de um telha- 4.594 Separação de riscos de incêndio: recursos que
do, escada, balcão, ponte, terraço, viela, caminho ou pátio visam a separar fisicamente edificações ou equipamentos.
externo, que termina na saída final ou em outra rota de fuga. Podem ser áreas livres, barreiras de proteção, anteparos
e/ou paredes de material incombustível, com resistência
4.581 Rota de fuga pressurizada: rota de abandono pressuri-
mínima à exposição ao fogo de 2 h.
zada: rota de fuga, permanentemente ou em caso de incêndio,
pressurizada em comparação às partes adjacentes da 4.595 Separação entre edificações: distância entre edifica-
edificação, de forma a inibir a propagação do fogo (fumaça, ções adjacentes que se caracteriza pela distância medida
gases ou chamas) dentro das rotas de fuga. horizontalmente entre a cobertura ou fachada de uma edifi-

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144 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

cação e a fachada de outra edificação adjacente. Setor: tubulações, alimentado por uma ou mais fontes de abasteci-
Espaço delimitado para acomodação dos espectadores, mento automático de água. A parte do sistema de chuveiros
permitindo a ocupação ordenada do recinto, definido por um automáticos acima do piso consiste de uma rede de tubula-
conjunto de blocos. ções, dimensionada por tabelas ou por cálculo hidráulico,
instalada em edifícios, estruturas ou áreas, normalmente jun-
4.596 Severidade da exposição: soma total da energia
to ao teto, à qual são conectados chuveiros segundo um pa-
produzida com a evolução de um incêndio, que resulta na
drão regular. A válvula que controla cada coluna de alimenta-
intensidade de uma exposição.
ção do sistema deve ser instalada na própria coluna ou na
4.597 Shaft: abertura existente na edificação, vertical ou hori- tubulação que a abastece. Cada coluna de alimentação de
zontal, que permite a passagem e interligação de instalações um sistema de chuveiros automáticos deve contar com um
elétricas, hidráulicas ou de outros dispositivos necessários. dispositivo de acionamento de alarme. O sistema é normal-
mente ativado pelo calor do fogo e descarrega água sobre a
4.598 Shopping coberto “covered mall”: espaço amplo
área de incêndio em uma densidade adequada para extin-
criado por uma área coberta de pedestre em uma edificação,
gui-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial.
agregando um número de ocupantes, tais como lojas de
varejo, bares, entretenimento e diversão, escritórios ou outros 4.611 Sistema de chuveiro automático de tubo seco: rede
usos similares, onde esses espaços ocupados são abertos, de tubulação fixa, permanentemente seca, mantida sob pres-
permitindo comunicação direta com a área de pedestres. são do ar comprimido ou Nitrogênio, em cujos ramais são
instalados os chuveiros automáticos.
4.599 Silo: estrutura destinada ao armazenamento de
cereais e seus derivados, sementes oleaginosas, sementes 4.612 Sistema de controle de fumaça “smoke management
agrícolas, legumes, açúcar, farinhas, entre outros produtos. system”: um sistema projetado, que inclui todos os méto-
dos isolados ou combinados, para modificar o movimento
4.600 Simulado: emprego técnico e tático dos meios dispo- da fumaça.
níveis, realizados por pessoal especializado, em situação não
real, visando ao treinamento dos participantes. 4.613 Sistema de extinção com agentes combinados:
sistemas nos quais mais de um agente é usado para extinguir
4.601 Sinais visuais: compreendem a combinação de sím- um incêndio (por exemplo, espuma e pó extintor), manual ou
bolos, mensagens, formas geométricas, dimensões e cores. automaticamente.
4.602 Sinalização de emergência: conjunto de sinais 4.614 Sistema de extinção com espuma mecânica:
visuais que indicam, de forma rápida e eficaz, a existência, a sistema projetado para controle e extinção de incêndio que
localização e os procedimentos referentes a saídas de utiliza espuma (LGE+água) como agente extintor.
emergência, equipamentos de segurança contra incêndios e
riscos potenciais de uma edificação ou áreas relacionadas a 4.615 Sistema de extinção com halon: sistema fixo de
produtos perigosos. extinção contendo halon como agente extintor.

4.603 Sinalização de saída: sinalização que indica clara- 4.616 Sistema de extinção de aplicação local: sistema de
mente a saída. Nota: a sinalização pode ser luminosa. extinção de incêndio fixo composto por um suprimento
calculado de agente extintor preparado para descarregar
4.604 Sinistro: ocorrência de prejuízo ou dano, causado por diretamente no material que está queimando ou no perigo
incêndio ou acidente, explosão etc. identificado.
4.605 Sistema de aplicação local: sistema desenhado para 4.617 Sistema de extinção de dióxido de carbono (CO2):
aplicação do agente extintor diretamente sobre o material em sistema de extinção fixo contendo CO2 como agente extintor.
chamas.
4.618 Sistema de extinção de inundação total: sistema fixo
4.606 Sistema de aspersão de água: sistemas especiais, de extinção de incêndio para a extinção de incêndios em um
ligados à fonte da solução produtora, estando equipado com recinto protegido.
aspersores para descarga e distribuição na área a ser
protegida. 4.619 Sistema de extinção de pó: sistema fixo de extinção
de incêndio contendo pó como agente extintor.
4.607 Sistema de aspersão de espuma: sistemas especiais,
ligados à fonte da solução produtora, estando equipado com 4.620 Sistema de extração de fumaça: sistema constituído
aspersores de neblina para descarga e distribuição na área a de exaustores de fumaça, dispositivos de comando etc.,
ser protegida. permanentemente instalados em uma edificação com o
objetivo de promover a exaustão da fumaça.
4.608 Sistema de carregamento: dispositivo para o abaste-
4.621 Sistema de detecção e alarme: conjunto de disposi-
cimento de tanques de combustível de motores de veículos,
tivos que visa a identificar um princípio de incêndio, notifican-
que engloba uma ou mais unidades de abastecimento.
do sua ocorrência a uma central, que repassará este aviso a
4.609 Sistema de cortina de água: sistema automático de uma equipe de intervenção, ou determinará o alarme para a
canos de água conectados com exposição de difusores de edificação, com o consequente abandono da área.
cortina de água, a intervalos e altura adequados, e projetados
4.622 Sistema de hidrantes ou de mangotinhos: conjunto
para descarregar água em uma superfície ser protegida con-
de dispositivos de combate a incêndio composto por reserva
tra a exposição ao fogo.
de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede
4.610 Sistema de chuveiros automáticos: para fins de pro- de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios
teção contra incêndio, consiste de um sistema integrado de descritos nesta norma.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 145

4.623 Sistema de inundação total: sistema desenhado para dispositivos de função é monitorado para acompanhar a
aplicação do agente extintor no ambiente onde está o incên- falha ou integridade dos condutores e dos equipamentos
dio, de forma que a atmosfera obtida impeça o desenvolvi- controlam o sistema.
mento e manutenção do fogo.
4.638 Supressão de incêndio: ver extinção de incêndio.
4.624 Sistema de proteção contra explosão: composição
4.639 Tambor: vasilha metálica, cilíndrica, usada para
arranjada de dispositivos para detectar automaticamente o
armazenar e transportar combustíveis líquidos.
princípio de uma explosão e iniciar a atuação do sistema de
supressão ou outros dispositivos para limitar os efeitos 4.640 Tanque a baixa pressão: tanque vertical projetado para
destrutivos de uma explosão. operar com pressão manométrica interna, superior a 6,9 KPa
(1 psi), até 103, 4 KPa (15 psi), medida no topo do tanque.
4.625 Sistema de supressão de explosão: arranjo composto
de dispositivos para detectar automaticamente o princípio de 4.641 Tanque atmosférico: tanque vertical projetado para
uma explosão e iniciar a atuação da supressão. operar com pressão manométrica interna, desde a pressão
atmosférica até 6,9 KPa (1 psig), medida no topo do tanque.
4.626 Sistema fixo de espuma: sistema constituído de um
reservatório e dispositivo de dosagem do LGE (líquido gera- 4.642 Tanque atmosférico não refrigerado: reservatório não
dor de espuma) e uma tubulação de fornecimento da solução equipado com sistema de refrigeração.
que abastece os dispositivos formadores de espuma. 4.643 Tanque atmosférico refrigerado: reservatório
4.627 Solicitação de vistoria por autoridade pública: ins- equipado com sistema de refrigeração que visa controlar a
trumento administrativo, utilizado para atender solicitação de temperatura entre – 35ºC a – 40ºC de forma a manter o Gás
autoridade pública, no setor de prevenção de incêndio do Liquefeito de Petróleo (GLP) em estado líquido sem a neces-
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Pau- sidade de pressurização.
lo, para realização de vistoria na edificação. 4.644 Tanque com selo flutuante: tanque vertical com teto
4.628 Solução de espuma: pré-mistura de água com LGE fixo metálico que dispõe em seu interior de um selo flutuante
(líquido gerador de espuma). metálico suportado por dispositivos herméticos de flutuação
metálicos.
4.629 Sprinkler: ver chuveiro automático.
4.645 Tanque de Armazenamento: qualquer reservatório
4.630 Subestação atendida: instalação operada localmen- com capacidade líquida superior a 450 L, destinado à instala-
te e dispõe de pessoas. ção fixa e não utilizado no processamento. Não se incluem
4.631 Subestação compacta: instalação atendida ou não, nesta definição os tanques de consumo.
localizada em região urbana, com os tipos descritos abaixo: 4.646 Tanque de consumo: tanque diretamente ligado a
a. subestação abrigada: instalação total ou parcialmente motores ou equipamentos térmicos, visando à alimentação
abrigada, devido a fatores diversos, como limitação de destes.
área do empreendimento, aspectos econômicos e 4.647 Tanque de maior risco: reservatório contendo líquido
sociais; combustível ou inflamável, que possui maior demanda de
b. subestação subterrânea: instalações que se encontram vazão de espuma mecânica e/ou água para resfriamento.
situadas abaixo do nível do solo;
4.648 Tanque de superfície: tanque que possui a sua base
c. subestação de uso múltiplo: instalação localizada em totalmente apoiada sobre a superfície do solo.
uma única área compartilhada pelo proprietário e por
terceiros. 4.649 Tanque de teto cônico: reservatório com teto soldado
na parte superior do costado.
4.632 Subestação de uso múltiplo: instalação convencio-
nal, acrescida de outras edificações separadas e distancia- 4.650 Tanque de teto fixo: tanque vertical cujo teto está liga-
das entre si, de único proprietário. do à parte superior de seu costado.
4.633 Subestação elétrica convencional: instalação de pátio 4.651 Tanque de teto flutuante: tanque vertical projetado
se encontra ao ar livre, podendo os transformadores perma- para operar à pressão atmosférica, cujo teto flutua sobre a
necer ou não enclausurados. superfície do líquido.
4.634 Subestação não atendida: instalação tele-controlada 4.652 Tanque elevado: tanque instalado acima do nível do
ou operada localmente por pessoas não permanentes ou não solo, apoiado em uma estrutura e com espaço livre sob esta.
estacionadas. 4.653 Tanque horizontal: tanque com eixo horizontal que
4.635 Subsolo: pavimento situado abaixo do perfil do terreno. pode ser construído e instalado para operar abaixo, acima ou
Não será considerado subsolo o pavimento que possuir venti- nível do solo.
lação natural para o exterior, com área total superior a 0,006 m² 4.654 Tanque portátil: qualquer recipiente fechado contendo
para cada metro cúbico de ar do compartimento, e tiver sua capacidade líquida superior a 450 L e inferior a 3000 L e que
laje de cobertura acima de 1,20 m do perfil do terreno. não seja destinado à instalação fixa. Inclui os recipientes
4.636 Substância tóxica: aquela capaz de produzir danos à intermediários para granel (IBC).
saúde, através do contato, inalação ou ingestão.
4.655 Tanque subterrâneo: tanque horizontal construído e
4.637 Supervisão “supervision”: autoteste do sistema de instalado para operar abaixo do nível do solo e totalmente
controle de fumaça, no qual o circuito de condutores ou enterrado.

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146 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.656 Tanque vertical: tanque com eixo vertical, instalado 4.675 Túnel bidirecional: túnel singelo com tráfego nos dois
com sua base totalmente apoiada sobre a superfície do solo. sentidos.
4.657 Taxa de aplicação: vazão de solução de espuma a 4.676 Túnel de serviço: túnel de menor porte, interligado ao
ser lançada sobre a área da superfície líquida em chamas. principal, destinado à manutenção, rota de fuga e acesso de
4.658 Taxa de fluxo (F): número de pessoas que passam socorro.
por minuto, por determinada largura de saída (pessoas/ 4.677 Túnel ferroviário: estrutura pavimentada com trilhos,
minuto). abaixo do nível do solo, com superfície protegida por estrutura
4.659 Telhado resistente à propagação externa do fogo: de rocha, concreto e/ou aço, destinada à passagem de trens
telhado e cobertura resistentes à penetração externa do fogo ferroviários para transporte de passageiros e/ou cargas.
e à propagação de chama sobre a superfície externa deles.
4.678 Túnel metroviário: estrutura pavimentada com trilhos,
4.660 Temperatura crítica: temperatura que causa o abaixo do nível do solo, com superfície protegida por estrutu-
colapso no elemento estrutural. ra de rocha, concreto, e/ou aço, destinada à passagem de
4.661 Tempo de comutação: intervalo de tempo entre a trens metroviários para transporte de passageiros.
interrupção da alimentação da rede elétrica da concessioná- 4.679 Túnel rodoviário: estrutura pavimentada, abaixo do
ria e a entrada em funcionamento do sistema de iluminação nível do solo, com superfície protegida por estrutura de rocha,
de emergência. concreto, e/ou aço, destinada à passagem de veículos de
4.662 Tempo máximo de abandono (t): duração considera- passageiros e/ou transporte de carga.
da para que todos os ocupantes do recinto consigam atingir o 4.680 Túnel singelo: passagem subterrânea com tubo único
espaço livre exterior. para o tráfego de veículos ou trens, cujo acesso é delimitado
4.663 Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF): por emboques.
tempo de duração da resistência ao fogo dos elementos
4.681 Túnel unidirecional: túnel gêmeo com tráfego em
construtivos de uma edificação estabelecida em normas.
sentido único.
4.664 Terceiros: prestadores de serviço.
4.682 Unidade autônoma: 1) parte da edificação vinculada a
4.665 Terraço: local descoberto sobre uma edificação ou ao uma fração ideal de terreno, sujeita às limitações da lei, cons-
nível de um de seus pavimentos acima do pavimento térreo. tituída de dependências e instalações de uso privativo e de
4.666 Teste: verificação ou prova (fazer funcionar experimen- parcela de dependências e instalações de uso comum da
talmente), para determinar a qualidade ou comportamento de edificação assinalado por designação especial numérica, para
um sistema de acordo com as condições estabelecidas na IT. efeitos de identificação, nos termos da Lei Federal nº4.591, de
16 de dezembro de 1964. 2) unidades autônomas: para efeitos
4.667 Torre de espuma: equipamento portátil destinado a de compartimentação e resistência ao fogo entende-se como
facilitar a aplicação da espuma em tanques. sendo os apartamentos residenciais; os apartamentos de ho-
4.668 Trajetórias de escape: vazão de ar que sai dos téis, motéis e flats; as salas de aula; as enfermarias e quartos
ambientes pressurizados, definida no projeto do sistema, e de hospitais; as celas dos presídios e assemelhados.
através deste fluxo de ar que são estabelecidas as trajetórias
4.683 Unidade de passagem: largura mínima para a passa-
que serão percorridas pelo ar que gera a pressurização.
gem de um fluxo de pessoas, fixada em 0,55 m.
4.669 Transposição: abertura ou túnel de interligação entre
túneis gêmeos, sinalizada, com pavimentação rodoviária ou Nota:
trilhos ferroviários, servindo para desvio do tráfego de veícu- Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas
que passa por esta unidade em 1 min.
los ou de trens.
4.670 Treinamento de abandono de local: ensaio de proce-
dimentos de abandono de local envolvendo os ocupantes da 4.684 Unidade de processamento: estabelecimento ou parte
edificação. de estabelecimento cujo objetivo principal é misturar,
aquecer, separar ou processar, de outra forma, líquidos
4.671 Tubo-luva de proteção: dispositivo no interior do qual inflamáveis. Nesta definição não estão incluídas as refinarias,
a tubulação de gás (GLP, nafta, gás natural ou outro similar) é destilarias ou unidades químicas.
montada, e cuja finalidade é diminuir o risco de um princípio
de incêndio. 4.685 Valor de descarga: número máximo de pessoas que
podem passar por um determinado número de unidades de
4.672 Tubulação (canalização): conjunto de tubos, conexões largura de saída em um determinado período de tempo,
e outros acessórios destinados a conduzir água, desde a sendo considerado em uma edificação de múltiplos pavimen-
reserva de incêndio até os hidrantes ou mangotinhos. tos para a capacidade das escadas. Valor total de descarga;
4.673 Tubulação seca: parte do sistema hidráulico de valor global de descarga: número máximo de pessoas que
combate a incêndios que por condições específicas fica podem abandonar uma edificação através de todas as
permanentemente sem água no seu interior, sendo saídas disponíveis dentro de um tempo determinado.
pressurizada apenas no momento da atuação.
4.686 Válvula de alarme do sprinkler: válvula tipo retenção
4.674 Túneis gêmeos: são túneis singelos, interligados por projetada para liberar o fluxo de água para um sistema de
transposições, para tráfego de veículos ou trens, cujo acesso sprinkler e para fornecer um alarme quando em condição de
é delimitado por emboques. fluxo.

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Instrução Técnica nº 03/2011 - Terminologia de segurança contra incêndio 147

4.687 Válvula de retenção: dispositivo hidráulico destinado 4.700 Ventilação cruzada: movimentação de ar, que se
a evitar o retorno da água para o reservatório. caracteriza por aberturas situadas em lados opostos das
paredes de uma edificação, sendo uma localizada junto ao
4.688 Válvula de segurança: válvula que, a determinado
piso e a outra situada junto ao teto.
ponto de temperatura ou de pressão, funciona automatica-
mente, a fim de evitar a elevação desses parâmetros acima 4.701 Ventiladores de exaustão de fumaça: ventiladores
do limite determinado. usados para a exaustão de fumaça e gases quentes em caso
de incêndio. Pode ser imóvel, (geralmente trazidos pelos
4.689 Válvulas: acessórios de tubulação destinados a con-
bombeiros) ou fixo (incorporados à edificação).
trolar ou bloquear o fluxo de água no interior das tubulações.
4.702 Verga: peça que se põe horizontalmente sobre
4.690 Varanda: parte da edificação, não em balanço, limita-
ombreiras de porta ou de janela.
da pela parede perimetral do edifício, tendo pelo menos uma
das faces aberta para o logradouro ou área de ventilação. 4.703 Via de acesso: arruamento trafegável para aproxima-
ção e operação dos veículos e equipamentos de emergência
4.691 Vaso de pressão: reservatório que opera com
juntos às edificações ou áreas de risco.
pressão manométrica interna superior a 103,4 KPa (1,05 Kgf/
cm2), fabricado conforme a norma Asme “Boiler and Pressure 4.704 Via de acesso para atendimento a emergências:
Vessel Code”. áreas ou locais definidos para passagem de pessoas, em
casos de abandono de emergência, e/ou para transporte de
4.692 Vazamento: vazão de ar que sai do ambiente e/ou da
equipamentos ou materiais para extinção de incêndios.
rede de dutos de modo não desejável causando perda de
uma parcela do ar que é insuflado. 4.705 Via urbana: espaços abertos destinados à circulação
pública (tais como ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e simi-
4.693 Vedadores corta-fogo: dispositivos construtivos com
lares), situados na área urbana e caracterizados principalmente
tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas abertu-
por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão.
ras das paredes de compartimentação ou dos entrepisos,
destinadas à passagem de instalações elétricas e hidráuli- 4.706 Viaduto: obra de construção civil destinada a transpor
cas etc. uma depressão de terreno ou servir de passagem superior.
4.694 Veículo abastecedor: veículo especificamente homo- 4.707 Vigas principais: elementos estruturais ligados dire-
logado para transporte e transferência de Gás Liquefeito de tamente aos pilares ou a outros elementos estruturais que
Petróleo (GLP) a granel. sejam essenciais à estabilidade do edifício como um todo.
4.695 Veículo transportador: veículo que dispõe de tanque 4.708 Visão de futuro do Corpo de Bombeiros: ser modelo
criogênico, especialmente projetado e utilizado para o de excelência nos serviços de bombeiros por meio da
transporte e transvasamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) prevenção e do atendimento operacional.
e devidamente certificado pelo Inmetro.
4.709 Vistoria: ato de verificar o cumprimento das exigên-
4.696 Veios: dispositivos instalados no interior de curvas, cias das medidas de segurança contra incêndio nas
bifurcações ou outros acessórios com a finalidade de direcionar edificações e áreas de risco, em inspeção no local.
o fluxo de ar, visando, também, à diminuição da perda de
4.710 Vistoriador (vistoriante): servidor público militar,
carga localizada.
credenciado para o serviço de vistoria do Corpo de Bombei-
4.697 Velocidade (v): distância percorrida por uma pessoa ros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
em uma unidade de tempo (m/min).
4.711 Vistoria periódica: ato de verificar as edificações e
4.698 Veneziana de tomada de ar: dispositivo localizado respectivos sistemas de segurança contra incêndio que já
em local fora do risco de contaminação por fumaça prove- possuem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros da Polí-
niente do incêndio e por partículas que proporcionam o supri- cia Militar do Estado de São Paulo (AVCB) e que necessitam
mento de ar adequado para o sistema de pressurização. da renovação.
4.699 Ventilação constante: movimentação constante de ar 4.712 Vítima: pessoa ou animal que sofreu qualquer tipo de
em um ambiente. lesão ou dano.

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148 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 149

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 04/2011

Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio

SUMÁRIO ANEXO

1 Objetivo Símbolos gráficos para projeto de segurança


contra incêndio
2 Aplicação

3 Referência normativa

4 Definições

5 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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150 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 151

1 OBJETIVO 5 PROCEDIMENTOS
Padronizar os símbolos gráficos a serem utilizados nos proje- 5.1 Os símbolos gráficos que devem constar nos projetos de
tos de segurança contra incêndio das edificações e áreas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco
risco, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº56.819/11 são apresentados no anexo desta IT.
– Regulamento de segurança contra incêndio das edificações
5.2 Os símbolos gráficos são compostos por uma forma
e áreas de risco do Estado de São Paulo.
geométrica básica, que define uma categoria de segurança
contra incêndio e por um símbolo suplementar, que, quando
2 APLICAÇÃO colocado no interior da forma geométrica básica, define o
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todos os projetos significado específico do conjunto.
de segurança contra incêndio, por ocasião da regularização 5.3 As dimensões dos símbolos devem estar em uma mesma
perante ao Corpo de Bombeiros. escala, proporcional à escala de desenho do projeto, e
2.2 Adota-se a NBR 14100/98 – Proteção contra incêndio – devem permitir a perfeita visualização dos sistemas e
símbolos gráficos para projeto, com as inclusões e adequa- equipamentos de segurança contra incêndio.
ções de exigências constantes nesta IT. 5.4 Os símbolos podem ser suplementados por figuras deta-
lhadas, números ou abreviaturas.
3 REFERÊNCIA NORMATIVA
5.5 Os significados de todos os símbolos utilizados devem
NBR 14100/98 – Proteção contra incêndio – símbolos ser representados em uma legenda, de forma clara e de fácil
gráficos para projeto. identificação pelo leitor.
5.6 Símbolos complementares que não constem do anexo
4 DEFINIÇÕES desta IT, podem ser incorporados ao projeto de segurança
Para efeito desta Instrução Técnica, aplicam-se as definições contra incêndio, desde que devidamente definidos em legenda.
constantes da IT 03/11 – Terminologia de segurança contra 5.7 No caso de projetos executivos das instalações de segu-
incêndio. rança contra incêndio, podem ser adotadas as simbologias
próprias das respectivas normas técnicas da ABNT.

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152 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio

CARGA D’ÁGUA

CARGA DE ESPUMA MECÂNICA


EXTINTORES PORTÁTEIS

CARGA DE DIÓXIDO
DE CARBONO (CO2)

CARGA DE PÓ BC
EXTINTORES

CARGA DE PÓ ABC

CARGA DE PÓ D

CARGA D’ÁGUA
EXTINTORES SOBRERRODAS

CARGA DE ESPUMA MECÂNICA

CARGA DE DIÓXIDO
DE CARBONO (CO2)

CARGA DE PÓ BC

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Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 153

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

EXTINTORES SOBRE RODAS


EXTINTORES

CARGA DE PÓ ABC

CARGA DE PÓ D

HIDRANTE SIMPLES

HIDRANTE DUPLO
SISTEMA DE HIDRANTES

HIDRANTE URBANO DE COLUNA


SISTEMA DE HIDRANTES

HIDRANTE URBANO SUBTERRÂNEO

MANGOTINHO

REGISTRO DE RECALQUE
COM VÁLVULA DE RETENÇÃO

REGISTRO DE RECALQUE
SEM VÁLVULA DE RETENÇÃO

ACIONADOR DE BOMBA
DE INCÊNDIO
(BOTOEIRA TIPO LIGA-DESLIGA)

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154 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

SISTEMA DE HIDRANTES

SISTEMA DE HIDRANTES

BOMBA DE INCÊNDIO

RESERVA DE INCÊNDIO

PONTO (BICO DE SPRINKLER)

ÁREA PROTEGIDA PELO SISTEMA


DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
SISTEMA FIXO DE EXTINÇÃO

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

REGISTRO DE RECALQUE PARA


SISTEMA DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS

BOMBA DE INCÊNDIO PARA


SISTEMA DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS

RESERVA DE INCÊNDIO PARA


SISTEMA DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS

PAINEL DE COMANDO CENTRAL


SISTEMA DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS

VÁLVULA DE GOVERNO E
ALARME (VGA) E/OU
COMANDO SECCIONAL (CS)
GÁS CARBÔNICO

ÁREA PROTEGIDA PELO


SISTEMA FIXO DE CO2

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Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 155

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

GÁS CARBÔNICO (CO2)

BATERIA DE CILINDROS DO
SISTEMA FIXO DE CO2

ACIONADOR MANUAL DO
SISTEMA FIXO DE CO2
SISTEMA ALTERNATIVO AO HALON

ÁREA PROTEGIDA
HALON

CENTRAL DE BATERIAS
HALON
SISTEMA FIXO DE EXTINÇÃO

ACIONADOR MANUAL
HALON

TANQUE ATMOSFÉRICO DE LGE


SISTEMA FIXO DE ESPUMA

ESTAÇÃO FIXA DE
SISTEMA DE ESPUMA

EMULSIONAMENTO

ESTAÇÃO MÓVEL DE
EMULSIONAMENTO

CANHÃO MONITOR (PORTÁTIL)


SISTEMA FIXO DE ESPUMA

CANHÃO MONITOR (PORTÁTIL)


SISTEMA FIXO DE RESFRIAMENTO

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156 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

ÁREA PROTEGIDA PELO


SISTEMA FIXO DE ESPUMA

CÂMARA DE ESPUMA DO
SISTEMA DE ESPUMA

SISTEMA FIXO DE ESPUMA


SISTEMA FIXO DE EXTINÇÃO

LÍQUIDO GERADOR DE ESPUMA


(LGE) - PORTÁTIL

SISTEMA PORTÁTIL DE ESPUMA


(ESGUICHO LANÇADOR)
NEBULIZADORES

ÁREA PROTEGIDA PELO


SISTEMA DE NEBULIZADORES

REGISTRO MAUNAL DO SISTEMA


DE NEBULIZADORES
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

AVISADOR SONORO TIPO SIRENE


SISTEMA DE ALARME

AVISADOR SONORO TIPO


ALTO FALANTE

AVISADOR SONORO TIPO GONGO

AVISADOR VISUAL

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Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 157

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

AVISADOR SONORO E VISUAL


SISTEMA DE ALARME

(COM SIRENE)

AVISADOR SONORO E VISUAL


(COM ALTO FALANTE)

AVISADOR SONORO E VISUAL


(COM GONGO)
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

DETECTOR DE CALOR LINEAR


DETECTORES LINEARES

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR

DETECTOR DE GÁS LINEAR


DETECTORES LINEARES ENTRE FORRO

DETECTOR DE CALOR LINEAR


ENTRE FORRO

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR


ENTRE FORRO

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR


ENTRE FORRO

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158 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

DETECTOR LINEAR
ENTRE FORRO
DETECTOR DE GÁS LINEAR
ENTRE FORRO

DETECTOR DE PISO LINEAR


ENTRE PISO
DETECTORES LINEARES ENTRE PISO

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR


ENTRE PISO

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR


ENTRE PISO

DETECTOR DE GÁS LINEAR


SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

ENTRE PISO

DETECTOR DE CALOR LINEAR


DETECTORES LINEARES EM ARMÁRIOS

EM ARMÁRIO

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR


EM ARMÁRIO

DETECTOR DE CHAMA LINEAR


EM ARMÁRIO

DETECTOR DE GÁS LINEAR


EM ARMÁRIO
DETECTORES
PONTUAIS

DETECTOR DE CALOR PONTUAL

04-IT.pmd 158 18/10/2012, 15:10


Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 159

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

DETECTORES PONTUAIS

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL

DETECTOR DE GÁS PONTUAL


DETECTORES PONTUAIS ENTRE FORRO

DETECTOR DE CALOR PONTUAL


ENTRE FORRO
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL


ENTRE FORRO

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL


ENTRE FORRO

DETECTOR DE GÁS PONTUAL


ENTRE FORRO
DETECTORES PONTUAIS ENTRE PISO

DETECTOR DE PISO PONTUAL


ENTRE PISO

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL


ENTRE PISO

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL


ENTRE PISO

04-IT.pmd 159 18/10/2012, 15:10


160 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

DETECTOR PONTUAL
ENTRE PISO
DETECTOR DE GÁS PONTUAL
ENTRE PISO

DETECTOR DE CALOR PONTUAL


DETECTORES PONTUAIS EM ARMÁRIO

EM ARMÁRIO

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL


EM ARMÁRIO

DETECTOR DE CHAMA PONTUAL


EM ARMÁRIO

DETECTOR DE GÁS PONTUAL


SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

EM ARMÁRIO

DETECTOR DE CALOR LINEAR COM


PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES
DETECTORES LINEARES PROT.

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR


COM PROTEÇÃO CONTRA
INTEMPÉRIES

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR


COM PROTEÇÃO CONTRA
INTEMPÉRIES

DETECTOR DE GÁS LINEAR COM


PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES
PONTUAIS PROT.
DETECTORES

DETECTOR DE CALOR PONTUAL


COM PROTEÇÃO CONTRA
INTEMPÉRIES

04-IT.pmd 160 18/10/2012, 15:10


Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 161

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

DETECTORES PONTUAIS PROT.


DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL
COM PROTEÇÃO CONTRA
INTEMPÉRIES

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL


COM PROTEÇÃO CONTRA
INTEMPÉRIES

DETECTOR DE GÁS PONTUAL


COM PROTEÇÃO CONTRA
INTEMPÉRIES

ACIONADOR MANUAL DO
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

SISTEMA DE DETECÇÃO
E ALARME

CENTRAL DE DETECÇÃO
E ALARME
COMPLEMENTOS

BATERIAS DO SISTEMA
DE DETECÇÃO - ALARME

PAINEL REPETIDOR DO SISTEMA

TELEFONE DE EMERGÊNCIA/
INTERFONE
SIST. DE ILUM. DE EMERG.

ILUM. DE EMERGÊNCIA

PONTO DE ILUMINAÇÃO
DE EMERGÊNCIA

BATERIAS DE ACUMULADORES
PARA O SISTEMA DE
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

04-IT.pmd 161 18/10/2012, 15:10


162 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

SIST. DE ILUM. DE EMERGÊNCIA

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
PONTO DE ILUMINAÇÃO DE
EMERGÊNCIA TIPO BALIZAMENTO

GRUPO MOTOGERADOR

CENTRAL DO SISTEMA DE
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
VASO PRES. CENTRAL GLP

CENTRAL PREDIAL DE GLP


OU GÁS NATURAL

VASO SOBRE PRESSÃO

TANQUE HORIZONTAL ABAIXO


VASOS E TANQUES

DO SOLO (ENTERRADO)

TANQUE HORIZONTAL ACIMA


DO SOLO (SUPERFÍCIE)
TANQUES

TANQUE VERTICAL ABAIXO


DO SOLO (ENTERRADO)

TANQUE VERTICAL ACIMA


DO SOLO (ELEVADO)

TANQUE HORIZONTAL
SEMIENTERRADO

04-IT.pmd 162 18/10/2012, 15:10


Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 163

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

VASOS E TANQUES

TANQUES
TANQUE VERTICAL
SEMIENTERRADO
ÁREAS DE RISCO

ÁREA DE RISCO ESPECIAL

ÁREAS FRIAS

RADIOATIVOS

TÓXICO
RISCOS

PRODUTOS PERIGOSOS

CORROSIVO

EXPLOSIVO

COMBUSTÍVEL

COMBURENTE
DIRECIONAMENTO
ROTAS DE SAÍDA

DIREÇÃO DO FLUXO DA
ROTA DE SAÍDA

04-IT.pmd 163 18/10/2012, 15:10


164 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

DIRECIONAMENTO
ROTAS DE SAÍDA

SAÍDA FINAL DA ROTA


INSTALAÇÃO ELÉTRICA

CHAVE ELÉTRICA SECUNDÁRIA


SISTEMA ELÉTRICO

CHAVE ELÉTRICA PRINCIPAL

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE
LUZ (QDL)
ANTIPÂNICO PARA-RAIO

PARA-RAIO

BARRA ANTIPÂNICO
SISTEMA PASSIVO

PORTA CORTA-FOGO P-60


ABERTURAS PROTEGIDAS

PORTA CORTA-FOGO P-90

PORTA CORTA-FOGO P-120

ABERTURA PROTEGIDA P-60

04-IT.pmd 164 18/10/2012, 15:10


Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 165

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

ABERTURA PROT.
SIST. PASSIVO

ABERTURA PROTEGIDA P-30

PAREDES CORTA-FOGO

PAREDE DE COMPARTIMENTAÇÃO
VEDOS

PAREDE COMUM

DIVISÓRIAS LEVES
SISTEMA PASSIVO

ELEVADOR MONTACARGA
ELEVADORES

ELEVADOR SIMPLES

ELEVADOR DE EMERGÊNCIA
SHAFTS

SHAFTS PROTEGIDOS
DÂMPERS

DÂMPERS CORTA-FOGO

04-IT.pmd 165 18/10/2012, 15:10


166 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

DÂMPERS CORTA-FUMAÇA
DÂMPERS

DÂMPERS CORTA-FOGO E
FUMAÇA

GRUPO MOTOVENTILADOR OU
GRUPO MOTOEXAUSTOR OU
EXAUSTOR PARA CONTROLE
DE FUMAÇA
SISTEMA DE VENTILAÇÃO E SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA

ACIONADOR MANUAL
PRESSURIZAÇÃO/EXAUSTÃO
SISTEMA PASSIVO

DÂMPER DE SOBREPRESSÃO

VENEZIANA DE ENTRADA DE AR
COM FILTRO METÁLICO LAVÁVEL

VENEZIANA DE ENTRADA DE AR
PARA SISTEMA DE CONTROLE
DE FUMAÇA (junto ao PISO)

VENEZIANA DE EXAUSTÃO
PARA SISTEMA DE CONTROLE
DE FUMAÇA (junto ao TETO)

Largura x Altura
(Veneziana)
DIMENSÕES DA VENEZIANA
E ALTURA DO PISO (m) Altura do piso

GRELHA COM DISPOSITIVO DE


AJUSTE E BALANCEAMENTO

04-IT.pmd 166 18/10/2012, 15:10


Instrução Técnica nº 04/2011 - Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio 167

ANEXO
Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio (cont.)

Sistema de Controle de Fumaça


GRELHA PARA SISTEMA
Sistema de Ventilação e

DE CONTROLE DE FUMAÇA
SISTEMA PASSIVO

REGISTRO DE FLUXO

CENTRAL DE ACIONAMENTO
DAS VENEZIANAS

ACESSO DE VIATURA NA
EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO

ACESSO DE GUARNIÇÃO À
EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO

EQUIPAMENTOS A PROVA
DE EXPLOSÃO
OUTROS

ESCADA DE SEGURANÇA COM


RESISTÊNCIA AO FOGO

HIDRANTE PÚBLICO

LOCAL CONFINADO

PRODUTO PERIGOSO

04-IT.pmd 167 18/10/2012, 15:10


168 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

04-IT.pmd 168 18/10/2012, 15:10


Instrução Técnica nº 05/2011 - Segurança contra incêndio - urbanística 169

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 05/2011

Segurança contra incêndio - urbanística

SUMÁRIO ANEXO

1 Objetivo A Tipos de retornos

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

05-IT.pmd 169 18/10/2012, 15:11


170 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

05-IT.pmd 170 18/10/2012, 15:11


Instrução Técnica nº 05/2011 - Segurança contra incêndio - urbanística 171

1 OBJETIVO 5 PROCEDIMENTOS
Estabelecer condições para o deslocamento de viaturas de 5.1 Via urbana
bombeiros nas vias públicas, possibilitando o acesso, para 5.1.1 Possuir largura mínima de 6 m.
as operações do Corpo de Bombeiros, nas edificações e
5.1.2 O piso deve suportar viaturas com peso de 25 tonela-
áreas de risco do Estado de São Paulo.
das distribuídas em dois eixos.
2 APLICAÇÃO 5.1.3 Altura livre mínima deve ser de 4,5 m.
5.1.4 A via urbana que exceda 45 m de comprimento deve
Esta Instrução Técnica (IT) é recomendativa.
possuir retorno circular (Figura 1), retorno em formato de “Y”
(Figura 2) ou retorno em formato de “T” (Figura 3), respeita-
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
das as medidas mínimas indicadas.
Código de Trânsito Brasileiro. Lei nº9.503 de 23 de setembro 5.1.4.1 São aceitos outros tipos de retornos, que não os
de 1997. especificados acima, mas que garantam a entrada e a saída
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO de viaturas, desde que atendam aos itens 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3,
DE SÃO PAULO, Instrução Técnica nº03. São Paulo, 2011. desta IT.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO 5.2 Passagens subterrâneas e viadutos


DE SÃO PAULO, Instrução Técnica nº06. São Paulo, 2011. 5.2.1 Deve possuir largura mínima de 5 m.
5.2.2 Deve suportar viaturas com peso de 25 toneladas
4 DEFINIÇÕES distribuídas em dois eixos.
Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini- 5.2.3 Deve ser desobstruída em toda a largura e com altura
ções constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança livre mínima de 4,5 m.
contra incêndio
5.3 Passarelas
5.3.1 Deve possuir altura livre mínima de 4,5 m.

05-IT.pmd 171 18/10/2012, 15:11


172 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Tipos de retornos

Figura 1: Retorno circular

Figura 2: Retorno em formato de “Y”

Figura 3: Retorno em formato de “T”

05-IT.pmd 172 18/10/2012, 15:11


Instrução Técnica nº 06/2011 - Acesso de viatura na edificação e áreas de risco 173

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 06/2011

Acesso de viatura na edificação e áreas de risco

SUMÁRIO ANEXO

1 Objetivo A Figuras ilustrativas

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

06-IT.pmd 173 18/10/2012, 15:12


174 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

06-IT.pmd 174 18/10/2012, 15:12


Instrução Técnica nº 06/2011 - Acesso de viatura na edificação e áreas de risco 175

1 OBJETIVO 5.1.1.3 Altura livre mínima de 4,5 m.


Estabelecer as condições mínimas para o acesso de viaturas 5.1.1.4 O portão de acesso (quando houver) deve ter as
de bombeiros nas edificações e áreas de risco, visando o seguintes dimensões mínimas (ver Figura 2):
emprego operacional do Corpo de Bombeiros da Polícia a. largura: 4,0 m;
Militar do Estado de São Paulo, atendendo ao previsto no
b. altura: 4,5 m.
Decreto Estadual nº56.819/11 – Regulamento de segurança
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado 5.1.1.5 Recomenda-se que as vias de acesso com extensão
de São Paulo. superior a 45 m possuam retornos, que podem ser dos
seguintes tipos:
2 APLICAÇÃO a. circular;
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações e b. em formato de “Y”; ou,
áreas de risco onde for exigido o acesso de viatura nos c. em formato de “T”.
termos do item 5.2 desta IT.
Nota:
ver modelos desses retornos na IT 05/11 – Segurança contra incên-
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
dio – urbanística.
BELEZIA, Eduardo. Estacionamento de Viaturas em Locais
de Sinistro, uma Estratégia ou uma Tática. São Paulo, 1998.
5.1.1.5.1 Outros tipos de retornos podem ser usados, desde
Monografia elaborada no Curso de Aperfeiçoamento de Ofi-
que garantam a entrada e a saída das viaturas nos termos
ciais-I/98 da PMESP.
desta IT (ver modelo na Figura 3).
INTERNATIONAL FIRE SERVICE TRAINING ASSOCIATION
5.2 Exigências
- Fire Department Aerial Apparatus. First Edition, 1991.
Oklahoma State University. 5.2.1 As edificações ou áreas de risco abaixo descritas
devem possuir as vias de acesso (incluindo os arruamentos
The Building Regulations , 1991. Código de Prevenção
internos) conforme os critérios do item 5.1:
Inglês.
a. centros esportivos e de exibição ou eventos temporá-
4 DEFINIÇÕES rios nos termos da IT 12/11 – Centros esportivos e de
exibição – requisitos de segurança contra incêndio;
Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
b. estabelecimentos destinados à restrição de liberdade
segurança contra incêndio aplica-se a definição abaixo:
nos termos da IT 39/11 - Estabelecimentos destinados
4.1 Via de acesso: arruamento trafegável para aproximação à restrição de liberdade;
e operação dos veículos e equipamentos de emergência c. locais que possuam sistema de proteção por espuma
juntos às edificações ou áreas de risco. ou por resfriamento nos termos da IT 25/11 - Segurança
contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamá-
5 PROCEDIMENTOS veis.
5.1 Via de acesso para viaturas 5.2.2 Todas as edificações ou áreas de risco, com arruamento
5.1.1 Características mínimas da via de acesso: interno, devem possuir o portão de acesso nos termos do
item 5.1.1.4.
5.1.1.1 Largura mínima de 6 m (Figura 1).
5.1.1.2 Suportar viaturas com peso de 25 toneladas distribuí- 5.2.2.1 Excetuando-se os casos descritos em 5.2.1, as de-
das em dois eixos. mais exigências para as vias de acesso são recomendadas.

06-IT.pmd 175 18/10/2012, 15:12


176 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Figuras ilustrativas

Figura 1: Largura mínima da via de acesso deve ser 6 m

Figura 2: Largura e altura mínimas do portão de acesso à edificação

06-IT.pmd 176 18/10/2012, 15:12


Instrução Técnica nº 06/2011 - Acesso de viatura na edificação e áreas de risco 177

ANEXO A
Figuras ilustrativas

Figura 3: Modelo de retorno

06-IT.pmd 177 18/10/2012, 15:12


178 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

06-IT.pmd 178 18/10/2012, 15:12


Instrução Técnica nº 07/2011 - Separação entre edificações (isolamento de risco) 179

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 07/2011

Separação entre edificações (isolamento de risco)

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tabela A-1: Índice das distâncias de segurança

2 Aplicação B Tabela B-1: Redutores de distância de separação

3 Referências normativas e bibliográficas C Exemplos de dimensionamento

4 Definições e conceitos D Distância de separação entre a fachada de uma


edificação e a divisa do terreno (recomendatório)
5 Arranjos físicos das edificações e os tipos de
isolamentos de risco

6 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

07-IT.pmd 179 31/10/2012, 14:24


180 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

07-IT.pmd 180 18/10/2012, 15:14


Instrução Técnica nº 07/2011 - Separação entre edificações (isolamento de risco) 181

1 OBJETIVO NFPA 80A “Recommended Practice for Protection of Buildings


from Exterior Fire Exposures”. Ed. Eletrônica, USA, 1996
Estabelecer critérios para o isolamento de risco de propaga-
edition.
ção do incêndio por radiação de calor, convecção de gases
quentes e a transmissão de chama, garantindo que o incên- NFPA 5000 Building Construction and Safety Code, USA, 2003
dio proveniente de uma edificação não propague para outra, edition.
atendendo às exigências do Decreto Estadual nº56.819/11 –
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações 4 DEFINIÇÕES E CONCEITOS
e áreas de risco do Estado de São Paulo.
Para os efeitos desta Instrução Técnica (IT) aplicam-se as
definições constantes da IT 03/11 – Terminologia de segu-
2 APLICAÇÃO
rança contra incêndio.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações,
4.1 Definições específicas:
independente de sua ocupação, altura, número de pavimen-
tos, volume, área total e área específica de pavimento, para 4.1.1 Edificação expositora: construção na qual o incêndio
considerar-se uma edificação como risco isolado em relação está ocorrendo, responsável pela radiação de calor,
à(s) outra(s) adjacente(s) na mesma propriedade (Figura 1), convecção de gases quentes ou transmissão direta das
conforme Regulamento de Segurança contra Incêndio do chamas. É a que exige a maior distância de afastamento,
CBPMESP. considerando-se duas edificações em um mesmo lote ou
propriedade.
4.1.2 Edificação em exposição: construção que recebe a
radiação de calor, convecção de gases quentes ou a trans-
missão direta das chamas.
4.1.3 Propriedades distintas: são edificações localizadas
em lotes distintos, com plantas aprovadas pela Prefeitura
Municipal separadamente, sem qualquer tipo de abertura ou
comunicação de área.

5 ARRANJOS FÍSICOS DAS EDIFICAÇÕES E OS TIPOS


DE ISOLAMENTO DE RISCO
5.1 O tipo de propagação e o consequente tipo de isolamento
a ser adotado dependem do arranjo físico das edificações
que podem ser:
5.1.1 Entre as fachadas das edificações adjacentes, por
radiação térmica (Figura 2).

Figura 1: Separação entre edificações no mesmo lote

2.1 Considera-se isolamento de risco a distância ou proteção,


de tal forma que, para fins de previsão das exigências de
medidas de segurança contra incêndio, uma edificação seja
considerada independente em relação à adjacente.
2.2 As edificações situadas no mesmo lote que não atende-
rem às exigências de isolamento de risco deverão ser consi-
deradas como uma única edificação para o dimensionamento Figura 2: Propagação entre fachadas
das medidas de proteção.
2.3 Em edificações geminadas admite-se o telhado comum 5.1.2 Entre a cobertura de uma edificação de menor altura e
desde que haja lajes com TRRF de 2 h. a fachada da outra edificação, por radiação térmica (Figura 3).
2.4 Para separação entre edificações de propriedades 5.1.3 Entre duas edificações geminadas, pelas aberturas lo-
distintas (em lotes distintos), esta IT será recomendatória, nos calizadas em suas fachadas e/ou pelas coberturas das mes-
termos do prescrito no Anexo D. mas, pelas três formas de transferência de energia (Figura 4).
5.1.4 Entre edificações geminadas, por meio da cobertura
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
de uma edificação de menor altura e a fachada de outra
Para a compreensão desta Instrução Técnica é necessário edificação, pelas três formas de transferência de energia
consultar a seguinte norma: (Figura 5).

07-IT.pmd 181 18/10/2012, 15:14


182 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Figura 3: Propagação entre cobertura e fachadas

Figura 6: Distância de segurança

Figura 4: Propagação entre duas edificações geminadas com a


mesma altura

Figura 7: Distância de segurança entre a cobertura e fachada

5.2.3 Parede corta-fogo sem aberturas entre edificações


contíguas (Figura 8).

Figura 5: Propagação entre duas edificações geminadas com


alturas diferenciadas

5.2 Situações de isolamento de risco


5.2.1 Isolamento (distância de segurança) entre fachadas de
edificações adjacentes (Figura 6).
5.2.2 Isolamento (distância de segurança) entre a cobertura
de uma edificação de menor altura e a fachada de uma
edificação adjacente (Figura 7). Figura 8: Parede corta-fogo

07-IT.pmd 182 18/10/2012, 15:14


Instrução Técnica nº 07/2011 - Separação entre edificações (isolamento de risco) 183

6 PROCEDIMENTOS Notas genéricas da Tabela 1:


1) Edificações com TRRF inferior ao especificado na tabela “A” da IT
6.1 Isolamento de risco por distância de separação entre 08/11 – Resistência ao fogo dos elementos de construção devem
fachadas ser consideradas sem compartimentação horizontal e vertical e
devem ser consideradas com porcentagem de abertura de 100%;
2) Para edifícios residenciais, consideram-se compartimentadas
horizontalmente as unidades residenciais separadas por paredes e
portas que atendam aos critérios de TRRF especificados na IT 08/11
para unidades autônomas.

6.1.1.6 Para as edificações que possuem fachadas não pa-


ralelas ou não coincidentes, devem-se efetuar os dimensio-
namentos de acordo com a Tabela 1 e aplicar a distância
para o ponto mais próximo entre as aberturas das edificações
(Figura 10).

Figura 9: Exposição entre edificações adjacentes

6.1.1 Parâmetros preliminares a serem determinados


para distâncias de separações
6.1.1.1 A propagação por radiação térmica depende basica-
mente do nível de radiação proveniente de uma edificação
em chamas.
6.1.1.2 O nível de radiação está associado à severidade do
incêndio, à área de aberturas existentes e à resistência ao
fogo dos vedos.
6.1.1.3 Dentre vários fatores que determinam a severidade Figura 10: Distância entre fachadas não paralelas ou não coincidentes
de um incêndio, dois possuem importância significativa e
estão relacionados com o tamanho do compartimento incen-
6.1.1.7 A carga de incêndio é outro fator a ser considerado e
diado e a carga de incêndio da edificação.
as edificações classificam-se, para esta IT, conforme Tabela 2.
6.1.1.4 O tamanho do compartimento está relacionado com
a dimensão do incêndio e a relação – largura e altura – do Tabela 2: Severidade da carga de incêndio para o isolamento
painel radiante localizados na fachada. de risco
6.1.1.5 A Tabela 1 indica qual a parte da fachada a ser
considerada no dimensionamento.

Tabela 1: Determinação da fachada para o dimensionamento

6.1.1.8 Caso a edificação possua proteção por chuveiros


automáticos, a classificação da severidade será reduzida em
um nível. Caso essa edificação tenha inicialmente a classificação
“I”, então, poder-se-á reduzir o índice “α” da Tabela A-1 em
50%.
6.1.1.9 Para determinação dos valores de carga de incêndio
para as diversas ocupações, deve-se consultar a IT 14/11 –
Carga de incêndio.

6.1.2 Procedimentos para o dimensionamento da distância


de separação
6.1.2.1 A fórmula geral para o dimensionamento é
D = “α” x (largura ou altura) + “β”, onde:

07-IT.pmd 183 18/10/2012, 15:14


184 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

a. “D” = distância de separação em metros; Nota:


Ver exemplo no Anexo “C”.
b. “α” = coeficiente obtido da Tabela A-1, em função da
relação (largura/altura ou altura/largura), da porcentagem de
aberturas e da classificação de severidade; 6.1.3 Fatores redutores de distância de separação

c. “β”= coeficiente de segurança que assume os valores de 6.1.3.1 Os fatores especificados na Tabela B-1 são reduto-
1,5 m (β1) ou de 3 m (β2), conforme a existência de Corpo de res da distância de separação (D), considerando as fachadas
Bombeiros no município. que recebem exposição de calor proveniente de edificações
adjacentes localizadas dentro do mesmo lote.
6.1.2.2 Para dimensionar a distância de separação segu-
ra entre edificações “D”, considerando a radiação térmica, 6.1.3.2 Se a edificação em exposição ou expositora possuir
deve-se: até 12 m de altura e até 750 m² de área, desconsiderando
aquelas áreas permitidas pelo Regulamento de Segurança
6.1.2.2.1 Relacionar as dimensões (largura/altura ou altura/ contra Incêndio, a distância de separação “D” pode ser defini-
largura) do setor da fachada a ser considerado na edificação da, alternativamente, de acordo com a Tabela 3.
conforme Tabela 1, dividindo-se sempre o maior parâmetro
pelo menor (largura e altura) e obter o valor.
Tabela 3: Distância de separação, em metros, para edificações
Nota:
que possuam até 12 m de altura e até 750 m²
Se o valor “x” obtido for um valor intermediário na Tabela A-1, deve-
se adotar o valor imediatamente superior.

6.1.2.2.2 Determinar a porcentagem de aberturas “y” no setor


a ser considerado (Figura 11).

Notas da Tabela 3:
1. Considerar a maior porcentagem de abertura entre as edificações
em exposição e a expositora, de acordo com o item 6.1.2.2.2;
2. As distâncias acima deverão ser aplicadas entre as aberturas
mais próximas na projeção horizontal, independente do pavimento;
3. A distância entre aberturas situadas em banheiros, vestiários,
saunas e piscinas pode ser de 4 m.

6.2 Isolamento de risco por distância de separação entre


Figura 11: Porcentagem de aberturas na fachada cobertura e fachada
Nota: 6.2.1 Para edificações com alturas distintas, caso a cobertura
Se o valor obtido y for um valor intermediário na tabela A-1, deve-se da edificação de menor altura não atenda ao TRRF estabele-
adotar o valor imediatamente superior. cido na Tabela “A” da IT 08/11, devem-se adotar as distâncias
contidas na Tabela 4.
6.1.2.2.3 Verificar a carga de incêndio da edificação e
classificá-la conforme Tabela 2.
6.1.2.2.4 Com os valores x e y obtidos e a classificação da Tabela 4: Mínima distância de separação entre a cobertura
severidade, consultar a Tabela A-1, obtendo-se o índice “α”, da edificação menor em relação à outra edificação adjacente
que é a base de cálculo para a distância segura entre de maior altura
edificações.
6.1.2.2.5 A distância de separação “D” é obtida multiplican-
do-se o índice “α” pela menor dimensão do setor considera-
do na fachada (largura ou altura), acrescentando o fator de
segurança “β”, que possui 2 valores:
a. “β1” igual a 1,5 m nos municípios que possuem Corpo de
Bombeiros com viaturas para combate a incêndios; ou,
b. “β2” igual a 3 m nos municípios que não possuem Corpo de
Bombeiros.

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Instrução Técnica nº 07/2011 - Separação entre edificações (isolamento de risco) 185

6.2.2 Na Tabela 4, considera-se o número de pavimentos 6.4.8 O tempo mínimo de resistência ao fogo deve ser igual
que contribuem para o incêndio e que variam conforme a ao TRRF da estrutura principal, porém, não inferior a 120 min.
existência de compartimentação vertical.
6.4.9 As aberturas situadas em lados opostos de uma parede
6.2.3 Quando a cobertura como um todo atender a IT 08/11, corta-fogo devem ser afastadas no mínimo 2 m entre si,
fica dispensado o dimensionamento previsto no item 6.2, exceção àquelas aberturas que estejam contidas em com-
permanecendo o dimensionamento conforme o item 6.1. partimentos considerados áreas frias (banheiro, vestiário,
caixa de escada ou outra ocupação sem carga de incêndio),
6.2.4 Caso a edificação possua resistência ao fogo parcial
com ventilação permanente.
da cobertura, a área a ser computada na determinação da
distância de separação será aquela desprotegida. 6.4.10 A distância mencionada no item anterior pode ser
substituída por uma aba vertical, perpendicular ao plano das
6.2.5 O distanciamento horizontal, previsto na Tabela 4, pode
aberturas, com 0,9 m de saliência (Figura 8).
ser substituído por paredes de isolamento, prolongando-se
acima do topo da fachada, com altura igual ou superior ao 6.4.11 Essa saliência deve ser solidária à estrutura da pare-
distanciamento obtido. de corta-fogo.
6.2.6 O distanciamento horizontal, previsto na Tabela 4, pode 6.4.12 A parede corta-fogo, para fins de isolamento de risco,
ser desconsiderado quando a fachada da edificação não deve possuir nenhum tipo de abertura, mesmo que
adjacente for “cega”, e com resistência ao fogo de acordo protegida.
com a IT 08/11.
6.5 Passagens cobertas
6.3 Considerações gerais No caso de edificações que obedeçam aos critérios de afas-
6.3.1 Nas edificações com alturas diferenciadas, deve-se tamento, interligadas por passagens cobertas, as seguintes
adotar a distância de separação mais rigorosa, dimensio- regras devem ser adotadas:
nando as separações pelos métodos descritos no item 6.1 6.5.1 As passagens cobertas devem possuir largura máxi-
para qualquer dos dois edifícios, e no item 6.2 para o edifício ma de 3 m e serem utilizadas exclusivamente para o trânsito
mais baixo. de pessoas, materiais, equipamentos de pequeno porte e
6.3.2 Para a distância de separação entre edificações adja- trânsito de veículos;
centes com a mesma altura, pode-se desconsiderar o 6.5.2 As passagens cobertas ou coberturas destinadas ao
dimensionamento decorrente da propagação pela cobertura, estacionamento de veículos, equipamentos de grande porte
permanecendo somente o dimensionamento pelas fachadas ou linhas de produção industriais descaracterizam o afasta-
das edificações. mento entre as edificações;

6.4 Proteção por paredes corta-fogo em edificações 6.5.3 Serão admitidas nas áreas adjacentes às passagens
contíguas (geminadas) cobertas construções destinadas a sanitários, escadas com
materiais incombustíveis, elevadores, guarita de recepção,
6.4.1 Independentes dos critérios anteriores são considera- reservatórios de água e similares;
dos isolados os riscos que estiverem separados por parede
corta-fogo, construída de acordo com as normas técnicas. 6.5.4 Todos os materiais utilizados na construção das pas-
sagens cobertas devem ser incombustíveis;
6.4.2 A parede corta-fogo deve ser dimensionada de acor-
do com os ensaios realizados em laboratórios técnicos 6.5.5 As passagens cobertas devem possuir as laterais
oficiais ou normas técnicas, em função do material emprega- totalmente abertas, sendo admissível apenas as guardas e
do, devendo o conjunto apresentar as características de proteções laterais, também incombustíveis.
isolamento térmico, estanqueidade e estabilidade.
6.6 Edifícios residenciais
6.4.3 A parede corta-fogo deve ultrapassar 1 m, acima dos
6.6.1 Os edifícios residenciais, constituídos por duas torres,
telhados ou das coberturas dos riscos.
com altura máxima de 12 m e com área útil de construção até
6.4.4 Existindo diferença de altura nas paredes, de no míni- 750 m² em cada torre (incluindo-se a área da escada, propor-
mo 1 m entre dois telhados ou coberturas, não haverá neces- cionalmente), serão considerados isolados quando houver
sidade de prolongamento da parede corta-fogo. afastamento entre as torres de no mínimo 4 m, podendo ha-
ver ligação por meio de uma escada simples, com ventilação
6.4.5 As armações dos telhados ou das coberturas podem
permanente (janelas) nas extremidades, abrindo para o es-
ficar apoiadas em consolos (suportes), e não em uma parede
paço livre exterior, desde que as janelas:
corta-fogo e, para o caso de dilatação desses consolos
decorrente de um incêndio, deve ser prevista uma distância 6.6.1.1 Estejam situadas junto ao teto, ou no máximo a 20 cm
de compensação da parede. deste, de forma a permitir o escoamento da fumaça, nos dois
lados da escada;
6.4.6 A parede corta-fogo deve ser capaz de permanecer
6.6.1.2 Tenham área de ventilação efetiva mínima de 0,50 m2,
estável quando a estrutura do telhado entrar em colapso.
em cada pavimento, dotadas de venezianas ou outro material
6.4.7 A parede corta-fogo deve ter resistência suficiente para (inclusive venezianas tipo “maxiar”) que assegure a ventilação
suportar, sem grandes danos, impactos de cargas ou equipa- permanente (Figura 12). Nesse caso não se pode aplicar os
mentos normais em trabalho dentro da edificação. meios de proteção das aberturas, contidos na Tabela B-1.

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186 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

6.6.2 Nos casos de edifícios contíguos, serão considerados


isolados quando houver estruturas e paredes distintas sem
aberturas de comunicação e com afastamentos entre abertu-
ras de lados opostos, atendendo aos requisitos dos itens 6.4.9
e 6.4.10; ou
6.6.2.1 Quando a parede for comum entre os blocos contíguos,
deverá ter resistência ao fogo por 2 h, sem a necessidade de
ultrapassar 1 m acima do telhado, desde que os blocos
tenham lajes ou telhados independentes no último pavimento.

6.6.3 Nos casos em que o pavimento térreo se constituir de


pilotis destinados a estacionamento comum, para se conside-
rar os blocos tipo “H” isolados, nos pavimentos superiores as
aberturas devem possuir distâncias mínimas conforme critérios
anteriores, e no pavimento térreo, próximo à junção dos blocos, Figura 12: Abertura lateral na escada
01 vaga de veículo deverá ser transformada em passagem de
pedestres com elevação do piso em, no mínimo, 0,15 m, de
forma a garantir o afastamento entre cargas de incêndio.

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Instrução Técnica nº 07/2011 - Separação entre edificações (isolamento de risco) 187

TABELA A-1: ÍNDICE DAS DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA α


D = α x (largura ou altura) + β
ANEXO A

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188 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

TABELA B-1: REDUTORES DE DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO


ANEXO B

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Instrução Técnica nº 07/2011 - Separação entre edificações (isolamento de risco) 189

ANEXO C
EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO

Exemplo 1: Em uma edificação de escritórios que possui uma Exemplo 2: Em uma edificação de escritórios que tenha uma
carga de incêndio de 700 MJ/m2, com superfície radiante de carga de Incêndio de 700 MJ/m², com superfície radiante tendo
50 m de largura e altura de 15 m (sem compartimentação), largura igual a 50 m e altura de 18 m (sem chuveiros auto-
com porcentual de aberturas de 60%, a distância de separa- máticos e com compartimentação horizontal e vertical entre
ção será calculada abaixo: pisos, pé-direito de 3 m), com porcentual de aberturas de 20%.
Terá como distância de separação a medida calculada abaixo:
Obs.:
A edificação situa-se em uma cidade com Corpo de Bombeiros.
Obs.:
A edificação situa-se em uma cidade com Corpo de Bombeiros.
1º passo: Relação largura/altura, X = 50/15 = 3,333 (adotar
índice 4, na Tabela A-1;
1º passo: Relação largura/altura, X = 50/3 = 16,7 (adotar índi-
2º passo: Determinação do porcentual de abertura, Y = 60% ce “20” na Tabela A-1);
(área considerada da fachada - vedos / área total da facha-
da); 2º passo: Determinação do porcentual de abertura Y = 20%
(área considerada da fachada - vedos / área total da fachada);
3º passo: Determinar a severidade, conforme carga de
incêndio (Tabela 2) = Classificação de severidade “II”; 3º passo: Determinar a classificação da severidade, confor-
me carga de incêndio (Tabela 2) = Classificação de severida-
4º passo: Com os valores de “X” e “Y”, consultar a Tabela A-1, de “II”;
obtendo-se o índice “α”= “2,88”;
4º passo: Com os valores de “X” e “Y”, consultar a Tabela A-1,
5º passo: Multiplicar a menor dimensão (15 m) pelo índice obtendo-se o índice “α” = “1,34”;
“α”. Então: 2,88 x 15 m = 43,2 m e adicionando-se o índice “β”
=1,5 m, obtém-se 44,7 m de distância (D = “α α ” x (menor 5º passo: Multiplicar a menor dimensão da maior área
dimensão) + “β β ”); compartimentada (50 m de comprimento e 3 m de pé-direito)
pelo índice “α”;
6ª passo: Refazer todos os cálculos para o edifício do qual se
pretende isolar o risco, obtendo-se uma nova distância “D” de Então: 3 x 1,34 m = 4,02 m e adicionando-se mais o índice
separação; “β” de 1,5 m, obtendo-se 5,52 m de distância;

7º passo: A maior distância encontrada deverá ser emprega-


Obs.:
da para o isolamento do risco, podendo-se aplicar os fatores
verifica-se neste exemplo a importância da compartimentação de
de redução de distância de separação, conforme Tabela B-1 áreas.
(Anexo B);
8º passo: Se a edificação em exposição ou expositora pos- 6º passo: Refazer todos os cálculos para o edifício do qual se
suir até 12 m de altura e até 750 m² de área, desconsiderando pretende isolar o risco, obtendo-se uma nova distância “D” de
aquelas áreas permitidas pelo Regulamento de Segurança separação;
contra Incêndio, a distância de separação “D” pode ser de 7º passo: A maior distância encontrada deve ser empregada
definida, alternativamente, de acordo com a Tabela 3. para o isolamento do risco, podendo-se aplicar os fatores de
redução de distância de separação, conforme Tabela B-1
(Anexo B-1);
8º passo: Se a edificação em exposição ou expositora pos-
suir até 12 m de altura e até 750 m² de área, desconsiderando
aquelas áreas permitidas pelo Regulamento de Segurança
contra Incêndio, a distância de separação “D” pode ser de
definida, alternativamente, de acordo com a Tabela 3.

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190 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO D
(recomendatório)
DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO ENTRE A FACHADA DE
UMA EDIFICAÇÃO E A DIVISA DO TERRENO
Prever distância de separação mínima entre a fachada de uma edificação e a divisa do terreno.

1 SEPARAÇÃO ENTRE FACHADAS DE UMA EDIFICAÇÃO 1.2 Nesse caso, para aplicar os conceitos do item 6.1, se
E A DIVISA DO TERRENO considera a fachada do edifício expositor em relação à divisa
do terreno.
1.1 Para determinar a distância de afastamento entre a
fachada de uma edificação e a divisa do terreno deve ser 1.3 Para reduzir as distâncias de segurança, quando neces-
utilizado o parâmetro descrito no item 6.1 e seguintes, consi- sário, recomenda-se alterar as dimensões do painel radiante
derando como distância de afastamento o valor calculado ou compartimentar o edifício internamente (Figura A).
(D), dividindo por 2 (D/2).
Obs:
Entende-se “lote” como “propriedade”.

Figura A: Separação entre edificações em lotes distintos

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Instrução Técnica nº 08/2011 - Resistência ao fogo dos elementos de construção 191

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 08/2011

Resistência ao fogo dos elementos de construção

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF)

2 Aplicação B Tabela de resistência ao fogo para alvenarias

3 Referências normativas e bibliográficas C Tabela de resistência ao fogo de paredes em chapas


de gesso para Drywall
4 Definições
D Método do tempo equivalente de resistência ao fogo
5 Procedimentos

6 Outras exigências

7 Edificações de caráter temporário

8 Edificações existentes

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192 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 08/2011 - Resistência ao fogo dos elementos de construção 193

1 OBJETIVO NBR 14715-2 - Chapas de gesso para drywall – Parte 2 –


Métodos de ensaio.
Estabelecer as condições a serem atendidas pelos elemen-
tos estruturais e de compartimentação que integram as NBR 14762 - Dimensionamento de estruturas de aço consti-
edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência tuídas por perfis formados a frio – Procedimento.
ao Fogo (TRRF), para que, em situação de incêndio, seja
NBR 15200 - Projeto de estruturas de concreto em situação
evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possi-
de incêndio – Procedimento.
bilitar a saída segura das pessoas e o acesso para as opera-
ções do Corpo de Bombeiros, atendendo ao previsto no NBR 15217 – Perfis de aço para sistemas construtivos em
Decreto Estadual nº56.819/11 – Regulamento de segurança chapas de gesso para drywall – Requisitos e métodos de
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado ensaio.
de São Paulo.
NBR 15758-1 – Sistemas construtivos em chapas de gesso
para drywall - Projeto e procedimentos executivos para
2 APLICAÇÃO
montagem - Parte 1: Requisitos para sistemas usados como
2.1 Esta Instrução (IT) Técnica aplica-se a todas as edificações paredes.
e áreas de risco onde for exigida a segurança estrutural con-
NBR 15758-2 - Sistemas construtivos em chapas de gesso
tra incêndio, conforme tabelas de exigências do Regulamen-
para drywall - Projeto e procedimentos executivos para monta-
to de Segurança contra Incêndio do Estado de São Paulo.
gem - Parte 2: Requisitos para sistemas usados como forros.
2.2 Na ausência de norma nacional sobre dimensionamento
NBR 15758-3 - Sistemas construtivos em chapas de gesso
das estruturas em situação de incêndio, adota-se o Eurocode
para drywall - Projeto e procedimentos executivos para mon-
em sua última edição, ou norma similar reconhecida internacio-
tagem - Parte 3: Requisitos para sistemas usados como re-
nalmente. No momento da publicação de norma nacional so-
vestimentos.
bre o assunto, esta passará a ser adotada nos termos desta IT.
EUROCODE. European Committee for Standardization.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
Regulamentação de MARGARET LAW and TURLOGH
Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas O’BRIEN - Fire Safety of Bare External Structure Steel.
técnicas:
SILVA, Valdir Pignatta. Estruturas de aço em situação de
NBR 5628 - Componentes construtivos estruturais - Determi- incêndio. Editora Zigurate. São Paulo: 2004.
nação da resistência ao fogo.
4 DEFINIÇÕES
NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
NBR 6120 - Cargas para cálculo de estruturas de edifícios –
segurança contra incêndio, aplicam-se as definições especí-
Procedimento.
ficas abaixo:
NBR 6479 - Portas e vedadores – Determinação da resistên-
cia ao fogo – Método de ensaio. 5 PROCEDIMENTOS
NBR 8681 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. 5.1 Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) são
aplicados aos elementos estruturais e de compartimentação,
NBR 8800 - Projeto e execução de estruturas de aço de
conforme os critérios estabelecidos nesta IT e em seu Anexo
edifícios - Procedimento.
A (Tabela).
NBR 9062 - Projeto e execução de estruturas de concreto
5.2 Para comprovar os TRRF constantes desta IT, são aceitas
pré-moldado - Procedimento.
as seguintes metodologias:
NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios – Procedi- a. execução de ensaios específicos de resistência ao fogo
mento. em laboratórios;
NBR 10636 - Paredes divisórias sem função estrutural - b. atendimento a tabelas elaboradas a partir de resulta-
Determinação da resistência ao fogo – Método de ensaio. dos obtidos em ensaios de resistência ao fogo;
NBR 11711 - Porta e vedadores corta-fogo com núcleo de c. modelos matemáticos (analíticos) devidamente
madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais normatizados ou internacionalmente reconhecidos.
e industriais – Especificação. 5.2.1 Para os elementos de compartimentação, admitem-se
NBR 11742 - Porta corta-fogo para saída de emergência - as metodologias “a” e “b”. Para os elementos estruturais, as 3
Especificação. metodologias podem ser aceitas.

NBR 14323 - Dimensionamento de estrutura de aço em situa- Nota:


ção de incêndio – Procedimento. As lajes, os painéis pré-moldados que apresentem função estrutural
e os painéis alveolares utilizados para compartimentação são consi-
NBR 14432 - Exigência de resistência ao fogo de elementos derados como elementos estruturais.
de construção de edificações – Procedimento.
NBR 14715-1 - Chapas de gesso para drywall – Parte 1 – 5.2.2 A metodologia de que trata no item 5.2, letra “c” desta IT,
Requisitos. somente será aceita após análise em Comissão Técnica.

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194 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3 Método de tempo equivalente para redução do TRRF e antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao
estabelecido no Anexo A desta IT, porém, não podendo ser
5.3.1 Admite-se o uso do método de tempo equivalente para
inferior a 120 min.
redução dos TRRF (vide Anexo D), excetuando-se as
edificações do grupo L (explosivos) e das divisões M1 (túneis); 5.7.2 Os elementos de compartimentação (externa e interna-
M2 (parques de tanques) e M3 (centrais de comunicação e mente à edificação, incluindo as lajes, as fachadas, paredes
energia), contudo, fica limitada a redução de 30 min dos valo- externas e as selagens dos shafts e dutos de instalações) e os
res dos TRRF constantes da Tabela A, Anexo A, desta IT. elementos estruturais essenciais à estabilidade desta compar-
timentação, devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF da estrutura
principal da edificação, não podendo ser inferior a 60 min,
Nota:
Para classificar as ocupações quanto ao Grupo e Divisão, consultar inclusive para as selagens dos shafts e dutos de instalações.
a Tabela 1 do Decreto Estadual 56.819/11. 5.7.3 As vedações usadas como isolamento de riscos (vide
IT 07/11) e os elementos estruturais essenciais à estabilida-
5.3.2 Na utilização do método de tempo equivalente, os TRRF de destas vedações devem ter, no mínimo, TRRF de 120 min.
resultantes dos cálculos não podem ter valores inferiores a: 5.7.4 As paredes divisórias entre unidades autônomas e
5.3.2.1 15 minutos, para edificações com altura menor ou entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos
igual a 6 metros dos Grupos A; D; E; G e Divisões I-1; I-2, J-1 Grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2; H3; H5 e H6), devem possuir
e J-2; TRRF mínimo de 60 min, independente do TRRF da edificação
e das possíveis isenções. Para as edificações com chuveiros
5.3.2.2 30 minutos, para as demais edificações. automáticos, isenta-se desta exigência.

5.4 Ensaios Nota:


São consideradas unidades autônomas os apartamentos residen-
Os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconheci-
ciais, os apartamentos de hotéis, motéis e “flats”, as salas de aula, as
dos, de acordo com as normas técnicas nacionais ou, na enfermarias e quartos de hospitais, as celas dos presídios e asse-
ausência destas, de acordo com normas ou especificações melhados.
estrangeiras internacionalmente reconhecidas.
5.7.4.1 As portas das unidades autônomas que dão acesso
5.5 Dimensionamento de elementos estruturais em situa-
aos corredores e/ou hall de entrada das divisões B-1, B-2, H-2,
ção de incêndio
H-3 e H-5, excetuando-se edificações térreas, devem ser do
5.5.1 Aço: adota-se NBR 14323/99 - Dimensionamento de tipo resistente ao fogo (30 min). Para as edificações com siste-
estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio. Reco- ma de chuveiros automáticos, dispensa-se desta exigência.
menda-se que a temperatura crítica do aço seja tomada como
um valor máximo de 550ºC para os aços convencionais utili- 5.8 Mezaninos
zados em perfis cujo estado limite último à temperatura
Os mezaninos que não atendam aos requisitos de isenção
ambiente não seja o de instabilidade local elástica ou calcu-
do Anexo A, devem ter os TRRF conforme estabelecido nesta
lada para cada elemento estrutural de acordo com a norma
IT, de acordo com a respectiva ocupação.
supracitada. Aceita-se também o dimensionamento através de
ensaios de resistência ao fogo de acordo com a NBR 5628/01.
5.9 Materiais de revestimento contra fogo
5.5.2 Concreto: adota-se a NBR 15200/04 - Projeto de es- 5.9.1 A escolha, o dimensionamento e a aplicação de mate-
truturas de concreto em situação de incêndio. Se aceita tam- riais de revestimento contra fogo são de responsabilidade
bém o dimensionamento através de ensaios de resistência do(s) responsável(eis) técnico(s).
ao fogo de acordo com a NBR 5628.
5.9.2 As propriedades térmicas e o desempenho dos mate-
5.5.3 Outros materiais estruturais: na ausência de nor- riais de revestimento contra fogo quanto à aderência, combus-
mas nacionais, adota-se o Eurocode em sua última edição, tibilidade, fissuras, toxidade, erosão, corrosão, deflexão,
ou norma similar reconhecida internacionalmente. No mo- impacto, compressão, densidade e outras propriedades
mento da publicação de norma nacional sobre o assunto, necessárias para garantir o desempenho e durabilidade dos
esta passará a ser adotada nos termos desta IT. Aceita-se materiais, devem ser determinados por ensaios realizados
também o dimensionamento através de ensaios de resistên- em laboratório nacional ou estrangeiro reconhecido interna-
cia ao fogo de acordo com a NBR 5628. cionalmente, de acordo com norma técnica nacional ou, na
ausência desta, de acordo com norma estrangeira reconhe-
5.6 Cobertura cida internacionalmente.
As estruturas das coberturas que não atendam aos requisitos
de isenção do Anexo A desta IT, devem ter, no mínimo, o 5.10 Subsolo
mesmo TRRF das estruturas principais da edificação. Os subsolos das edificações devem ter o TRRF estabelecido
em função do TRRF da ocupação a que pertencer, conforme
5.7 Elementos de compartimentação e paredes divisórias
Anexo A. Os TRRF dos elementos estruturais do subsolo,
de unidades autônomas
cujo dano possa causar colapso progressivo das estruturas
5.7.1 Para as escadas e elevadores de segurança, os ele- dos pavimentos acima do solo, a critério do profissional habi-
mentos de compartimentação, constituídos pelo sistema es- litado, responsável pelo projeto, não poderão ser inferiores
trutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos ao TRRF dos pavimentos situados acima do solo.

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Instrução Técnica nº 08/2011 - Resistência ao fogo dos elementos de construção 195

5.11 Isenção de TRRF a. tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas


externas, providas por aberturas que possam ser
As edificações isentas de TRRF, conforme Anexo A, devem ser
consideradas uniformemente distribuídas e que
projetadas (considerando medidas ativas e passivas) visando
tenham comprimentos em planta que, somados, atinjam
atender aos objetivos do Regulamento de Segurança contra
pelo menos 40% do perímetro da edificação e áreas
Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de São
que, somadas, correspondam a, pelo menos 20% da
Paulo. Caso contrário, as isenções não são admitidas.
superfície total das fachadas externas;
5.12 Estruturas externas b. tenha ventilação permanente em duas ou mais facha-
das externas, provida por aberturas cujas áreas soma-
5.12.1 O elemento estrutural situado no exterior da edificação
das correspondam a, pelo menos 1/3 da superfície
pode ser considerado livre da ação do incêndio, quando o
total das fachadas externas e pelo menos 50% destas
seu afastamento das aberturas existentes na fachada for su-
áreas abertas situadas em duas fachadas opostas.
ficiente para garantir que a sua elevação de temperatura não
superará a temperatura crítica considerada. Tal situação deve 5.14.2 Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais
ser tecnicamente comprovada pelo responsável técnico pelo externas somadas devem possuir ventilação direta para o meio
projeto estrutural. externo e devem corresponder a, pelo menos 5% da área do
piso no pavimento; as obstruções internas eventualmente
5.12.2 Para estruturas de aço, o procedimento para a verifi-
existentes devem ter pelo menos 20% de suas áreas abertas,
cação da possibilidade de aceitação do item anterior deve
com aberturas dispostas de forma que possam ser considera-
ser analítico, envolvendo os seguintes passos:
das uniformemente distribuídas, para permitir a ventilação.
a. definição das dimensões do setor que pode ser afeta-
do pelo incêndio; 5.15 Ocupações mistas
b. determinação da carga de incêndio específica; Nas ocupações mistas, para determinação dos TRRF
c. determinação da temperatura atingida pelo incêndio; necessários, devem ser avaliados os respectivos usos, as
d. determinação da altura, profundidade e largura das áreas e as alturas, podendo-se proteger os elementos de
chamas emitidas para o exterior à edificação; construção em função de cada ocupação.
e. determinação da temperatura das chamas nas proxi- 5.16 Vigas e estruturas principais
midades dos elementos estruturais;
5.16.1 Vigas principais: considerar, para efeito desta IT, como
f. cálculo da transferência de calor para os elementos
sendo todas as vigas que estão diretamente ligadas aos pila-
estruturais;
res ou a outros elementos estruturais que sejam essenciais à
g. determinação da temperatura do aço no ponto mais estabilidade da edificação como um todo.
crítico.
5.16.2 Estruturas principais: considerar, para efeito desta IT,
5.12.2.1 Para atender aos itens 5.12.1 e 5.12.2, usar a regu- como sendo todas as estruturas que sejam essenciais à
lamentação de MARGARET LAW and TURLOGH O’BRIEN - estabilidade da edificação como um todo.
“Fire Safety of Bare External Structure Steel” ou regulamento
similar. 5.17 Vigas e estruturas secundárias

5.12.2.2 Caso a temperatura determinada de acordo com o item 5.17.1 São as vigas e estruturas não enquadradas no
5.12.2 seja superior à temperatura crítica das estruturas calcula- conceito do item 5.16.
das, essas devem ter o TRRF conforme o estabelecido nesta IT. 5.17.2 A classificação das vigas e estruturas como secundárias
5.12.3 Para outros materiais estruturais, aceita-se método ou principais é de total responsabilidade do técnico respon-
analítico internacionalmente reconhecido. sável pelo projeto estrutural.

5.13 Estruturas encapsuladas ou protegidas por forro 5.18 Controle de qualidade


resistente ao fogo Para as edificações com área superior a 10.000 m2, será
5.13.1 O elemento estrutural encapsulado pode ser conside- exigido controle de qualidade, realizado por empresa ou
rado livre da ação do incêndio, quando o encapsulamento profissional qualificado, durante a execução e aplicação dos
tiver o TRRF no mínimo igual ao exigido para a estrutura materiais de revestimento contra fogo às estruturas.
considerada.
5.19 Memorial de segurança contra incêndio dos elementos
5.13.2 Considera-se forro resistente ao fogo o conjunto envol- de construção
vendo as placas, perfis, suportes e selagens das aberturas, devi-
5.19.1 Quando houver aplicação de materiais de revestimento
damente ensaiado (conjunto), atendendo ao TRRF mínimo igual
contra fogo nos elementos de construção, deve ser anexado,
ao que seria exigido para o elemento protegido considerado. O
na solicitação da Vistoria junto ao Corpo de Bombeiros, um
ensaio de resistência ao fogo deve mencionar as soluções
memorial com os seguintes dados (ver modelo na IT 01/11 –
adotadas para as selagens das aberturas (penetrações) no forro
Procedimentos administrativos):
(tais como: iluminação, ar-condicionado e outras).
a. metodologia para atingir os TRRF dos elementos
5.14 Edificação aberta lateralmente estruturais da edificação, citando a norma empregada;
5.14.1 Será considerada aberta lateralmente a edificação ou b. os TRRF para os diversos elementos construtivos:
parte de edificação que, em cada pavimento: estruturas internas e externas, compartimentações,

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196 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

mezaninos, coberturas, subsolos, proteção de dutos e 5.19.2 Este memorial pode ser assinado por mais de um
shafts, encapsulamento de estruturas etc; responsável técnico, discriminando na ART as respectivas
c. especificações e condições de isenções e/ou atribuições.
reduções de TRRF; 5.20 As edificações com área superior a 750 m², com
d. tipo e espessuras de materiais de revestimento contra elementos de construção em madeira, independentemente
fogo utilizados nos elementos construtivos e respecti- da resistência da estrutura e das possíveis isenções ou redu-
vas cartas de cobertura adotadas. ções de TRRF, devem possuir tratamento retardante ao fogo.

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Instrução Técnica nº 08/2011 - Resistência ao fogo dos elementos de construção 197

ANEXO A
Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF)

A.1 Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) bem como os mezaninos com área superior a 750 m² das
devem ser determinados conforme a Tabela A deste anexo, edificações isentas de verificação do TRRF;
obedecendo-se às recomendações contidas nesta IT e nas A.2.3.8 As escadas abertas (não enclausuradas), desde que
considerações abaixo: não possuam materiais combustíveis incorporados em suas
A.2 Condições de isenção de verificação e redução dos TRRF estruturas, acabamentos ou revestimentos;
A.2.1 As edificações desta seção para obterem o benefício A.2.3.9 Edificações destinadas a academias de ginástica e
de isenção de verificação ou redução dos TRRF devem similares (divisão E-3), de classes P1 e P2 (tabela A), nas
atender aos objetivos do Regulamento de Segurança contra áreas destinadas a piscinas, vestiários, salas de ginástica,
Incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São musculação e similares, desde que possuam nestas áreas
Paulo e possuírem as saídas de emergência, as rotas de fuga materiais de acabamento e revestimento incombustíveis ou,
e as condições de ventilação dimensionadas conforme de classe II-A, conforme IT 10/11 – Controle de materiais de
regulamentações vigentes. acabamento e de revestimento;
A.2.2 As isenções e reduções abaixo não se aplicam: A.2.3.10 Edificações térreas, quando atenderem um ou mais
a. aos subsolos com mais de um piso de profundidade requisitos abaixo:
ou área de pavimento superior a 500 m2; a. forem providas de chuveiros automáticos com bicos
b. à estrutura e paredes de vedação das escadas e ele- do tipo resposta rápida, dimensionados conforme
vadores de segurança, de isolamento de riscos e de normas específicas;
compartimentação descritos no item 5.7 e respectivos b. possuírem carga de incêndio específica menor ou igual
subitens; a 500 MJ/m2;
c. às edificações do Grupo L (explosivos) e às divisões c. forem do grupo I (industrial), com carga de incêndio
M1 (túneis), M2 (parques de tanques) e M3 (centrais específica menor ou igual a 1.200 MJ/m2;
de comunicação e energia). d. forem do grupo J (depósito), com carga de incêndio
A.2.3 Edificações enquadradas nos subitens abaixo estão específica menor ou igual a 2.000 MJ/m2.
ISENTAS de TRRF, nas condições dos itens A.2.1 e A.2.2, A.2.3.10.1 A isenção deste item não se aplica:
sendo que as áreas indicadas referem-se à área total
a. quando a cobertura da edificação tiver função de piso
construída da edificação:
ou for usada como rota de fuga;
A.2.3.1 Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área b. quando os elementos estruturais considerados forem es-
inferior a 750 m2; senciais à estabilidade de um elemento de compartimen-
A.2.3.2 Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área tação ou de isolamento de risco. Esses elementos estru-
inferior a 1.500 m2, com carga de incêndio (qfi) menor ou turais devem ser dimensionados de forma a não entrar
igual a 500 MJ/m2, excluindo-se dessa isenção as edificações em colapso caso ocorra a ruína da cobertura do edifício.
pertencentes às divisões C2, C3, E6, F1, F5, F6, H2, H3 e H5; A.2.4 As edificações térreas podem ter os TRRF constantes
A.2.3.3 Edificações pertencentes às divisões F3, F4 (exclusi- da Tabela A reduzidos em 30 minutos, caso atendam a um
vo para as áreas de transbordo e circulação de pessoas) e dos requisitos abaixo:
F7, de classes P1 e P2 (Tabela A), exceto nas áreas destina- a. forem providas de chuveiros automáticos; ou,
das a outras ocupações, que caracterizem ou não ocupação
b. possuírem área total menor ou igual a 5.000 m2, com
mista (nessas regiões devem ser respeitados os TRRF cons-
pelo menos duas fachadas para acesso e estaciona-
tantes da Tabela A, conforme a ocupação específica);
mento operacional de viaturas, conforme consta na IT
A.2.3.4 Edificações pertencentes à divisão J1 de classes P1 06/11, que perfaçam no mínimo 50% do perímetro da
e P2 (Tabela A); edificação; ou,
A.2.3.5 Edificações pertencentes às divisões G1 e G2 (gara- c. forem consideradas lateralmente abertas, conforme
gens), de classes P1 a P4 (Tabela A), quando abertos lateral- item 5.14 desta IT.
mente conforme item 5.14 desta IT e com as estruturas
dimensionadas conforme Anexo D da NBR 14432; A.2.5 O TRRF das vigas secundárias, conforme item 5.17
desta IT, das edificações com até 80 m de altura, não necessita
A.2.3.6 As coberturas das edificações que atendam aos ser maior que:
requisitos abaixo:
a. 60 minutos para as edificações de classes P1 a P4
a. não tiverem função de piso; (Tabela A);
b. não forem usadas como rota de fuga; b. 90 minutos para as edificações de classe P5 (Tabela A).
c. o seu colapso estrutural não comprometa a estabilida-
A.2.6 A opção de escolha para a determinação do TRRF
de das paredes externas e da estrutura principal da
conforme item 5.3 (tempo equivalente) fica a critério do
edificação.
responsável técnico, não podendo haver em qualquer
A.2.3.7 Os mezaninos que apresentem área inferior a 750 m2, hipótese sobreposições de isenções, em função do item A.2
cuja estrutura não dependa da estrutura principal do edifício, e subitens ou em função de aços não convencionais.

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08-IT.pmd
Tabela A: Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF)
198

Para a classificação detalhada das ocupações (Grupo e Divisão), consultar a Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio

198
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Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
Instrução Técnica nº 08/2011 - Resistência ao fogo dos elementos de construção 199

Tabela de resistência ao fogo para alvenarias


ANEXO B (informativo)

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200 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela de resistência ao fogo de paredes em chapas de gesso para drywall


ANEXO C (informativo)

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Instrução Técnica nº 08/2011 - Resistência ao fogo dos elementos de construção 201

ANEXO D
Método de tempo equivalente para redução do TRRF

O tempo equivalente a ser determinado de acordo com a formulação abaixo não poderá ter valores menores de TRRF
conforme o especificado no item 5.3 (e subitens) desta IT. A redução de TRRF desse está limitada a 30 min dos valores dos
TRRF constantes da Tabela A, Anexo A (ver item 5.3).

Onde:
teq – tempo equivalente (minutos).
qfi – é o valor da carga de incêndio específica do compartimento analisado em MJ/m² e determinada conforme a IT 14.
γ n – é o produto γ n1 x γ n2 x γ n3 que são fatores adimensionais que levam em conta a presença de medidas de proteção ativa da
edificação e determinados conforme a Tabela D1.
γ s – é o produto γ s1 x γ s2 que são fatores adimensionais que dependem do risco de incêndio e determinados, respectivamente,
pela equação D2 e Tabela D2.
W – é um fator adimensional associado à ventilação do ambiente e à altura do compartimento analisado, determinado conforme
equação D3.

Tabela D1: Fatores das medidas de segurança contra incêndio

Na ausência de algum meio de proteção indicado na tabela acima, adotar o respectivo γ n


igual a 1.

Característica da edificação (γ s1)

Onde:

1 ≥ γ s1 ≥ 3
Af – área de piso do compartimento analisado (m2)
h – altura do piso habitável mais alto do edifício (m)

Tabela D2: Risco de ativação (γs2)

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202 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 09/2011 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical 203

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 09/2011

Compartimentação horizontal e compartimentação vertical

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Modelos de compartimentação horizontal e vertical

2 Aplicação B Tabela de área máxima de compartimentação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Compartimentação horizontal

6 Compartimentação vertical

7 Cortinas corta-fogo

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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204 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 09/2011 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical 205

1 OBJETIVO integridade mecânica a impactos (resistência); impede a pas-


sagem das chamas e da fumaça (estanqueidade); e impede
1.1 Estabelecer os parâmetros da compartimentação hori-
a passagem de caloria (isolamento térmico);
zontal e compartimentação vertical do Decreto Estadual
nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio 4.2 Elemento para-chamas é aquele que apresenta, por um
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo. período determinado de tempo, as seguintes propriedades:
integridade mecânica a impactos (resistência); e impede a
1.2 A compartimentação horizontal se destina a impedir a
passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade), não
propagação de incêndio no pavimento de origem para outros
proporcionando isolamento térmico.
ambientes no plano horizontal.
1.3 A compartimentação vertical se destina a impedir a pro- 5 COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL
pagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavi-
5.1 Área máxima de compartimentação e composição
mentos elevados consecutivos.
Sempre que houver exigência de compartimentação horizontal
2 APLICAÇÃO (de áreas), deve-se restringir as áreas dos compartimentos,
de acordo com o Anexo B “Tabela de área máxima de compar-
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações
timentação”, com os seguintes elementos construtivos ou de
onde são exigidas a compartimentação horizontal e/ou
vedação:
compartimentação vertical, conforme previsto no Regulamento
de Segurança contra Incêndio do CBPMESP, estabelecendo a. paredes corta-fogo;
detalhamentos técnicos relativos à área de compartimentação. b. portas corta-fogo;
c. vedadores corta-fogo;
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
d. registros corta-fogo (dampers);
NBR 5628 – Componentes construtivos estruturais – determi- e. selos corta-fogo;
nação da resistência ao fogo.
f. cortina corta-fogo;
NBR 6118 – Projeto e execução de obras em concreto armado. g. afastamento horizontal entre aberturas.
NBR 6479 – Portas e vedadores – determinação da resistên-
5.2 Características de construção
cia ao fogo.
Para os ambientes compartimentados horizontalmente entre
NBR 7199 – Projeção, execução e aplicações de vidros na
si, devem ser exigidos os seguintes requisitos:
construção civil.
5.2.1 A parede de compartimentação deve ter a propriedade
NBR 10636 – Paredes divisórias sem função estrutural –
corta-fogo, sendo construída entre o piso e o teto devidamen-
Determinação da resistência ao fogo.
te vinculada à estrutura do edifício, com reforços estruturais
NBR 11711 – Portas e vedadores corta-fogo com núcleo de adequados;
madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais
5.2.2 No caso de edificações que possuam coberturas com-
e industriais.
bustíveis (telhados), a parede de compartimentação deve
NBR 11742 – Porta corta-fogo para saídas de emergência. estender-se, no mínimo, 1 m acima da linha de cobertura
(telhado);
NBR 13768 – Acessórios destinados à porta corta-fogo para
saída de emergência – requisitos. 5.2.3 Se as telhas combustíveis, translúcidas ou não, estive-
rem distanciadas pelo menos 2 m da parede de
NBR 14323 – Dimensionamento de estrutura de aço de edifí-
compartimentação, não há necessidade de estender a pare-
cio em situação de incêndio - Procedimento.
de 1 m acima do telhado; (Figura 1)
NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elemen-
tos construtivos de edificações – Procedimento.
NBR 14925 – Unidades envidraçadas resistentes ao fogo
para uso em edificações.
NBR 17240 – Sistema de detecção e alarme de incêndio –
Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sis-
temas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos.
ISO 1182 – Reaction to fire tests for products – Non combus-
tible test.

4 DEFINIÇÕES
Figura 1: Afastamento de telhas combustíveis
Além das definições constantes da IT 03 - Terminologia de
segurança contra incêndio, aplicam-se as definições especí-
ficas abaixo: 5.2.4 As aberturas situadas na mesma fachada, em lados opos-
4.1 Elemento corta-fogo é aquele que apresenta, por um tos da parede de compartimentação, devem ser afastadas ho-
período determinado de tempo, as seguintes propriedades: rizontalmente entre si por trecho de parede com 2 m de exten-

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206 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

são devidamente consolidada à parede de compartimentação


e apresentando a mesma resistência ao fogo (Figura. A1);
5.2.5 A distância mencionada no item anterior pode ser substitu-
ída por um prolongamento da parede de compartimentação, ex-
terno à edificação, com extensão mínima de 0,90 m (Figura A1);
5.2.6 As aberturas situadas em fachadas ortogonais, perten-
centes a áreas de compartimentação horizontal distintas do
edifício devem estar distanciadas 4 m na projeção horizontal,
de forma a evitar a propagação do incêndio por radiação
térmica; (Figura 2)

Figura 3: Fachadas paralelas

Figura 2: Fachadas ortogonais

5.2.7 As aberturas situadas em fachadas paralelas, coinci-


dentes ou não, pertencentes a áreas de compartimentação Figura 4: Fachadas não coincidentes
horizontal distintas dos edifícios situados no mesmo lote ou
terreno, devem estar distanciadas de forma a evitar a propa-
gação do incêndio por radiação térmica, atendendo ao cons- 5.2.8 As distâncias requeridas nos itens 5.2.6 e 5.2.7 podem
tante na Tabela 1; (Figuras 3 e 4). ser reduzidas pela metade caso as aberturas sejam protegi-
das por elementos construtivos para-chama, de acordo com
as condições prescritas no item 5.4.2 desta IT;
Tabela 1: Afastamento entre fachadas paralelas
5.2.9 As distâncias requeridas nos itens 5.2.6 e 5.2.7 podem
ser suprimidas caso as aberturas sejam protegidas por ele-
mentos construtivos corta-fogo, de acordo com as condições
prescritas no item 5.4.2 desta IT;
5.2.10 As paredes de compartimentação devem ser dimen-
sionadas estruturalmente de forma a não entrarem em colap-
so caso ocorra a ruína da cobertura do edifício do lado afeta-
do pelo incêndio;
5.2.11 A resistência ao fogo dos materiais constitutivos da
parede de compartimentação sem função estrutural deve ser
comprovada por meio do teste previsto na NBR 10636/89;
5.2.12 A compartimentação horizontal deve ser compatibili-
zada com o atendimento da IT 11/11 – Saídas de emergên-
cia, quanto às distâncias máximas a serem percorridas, de
forma que cada área compartimentada seja dotada de no
mínimo uma saída para local de segurança.

5.3 Proteção das aberturas nas paredes de compartimen-


Notas Genéricas: tação
1) A porcentagem de abertura é obtida dividindo-se a soma das
As aberturas existentes nas paredes de compartimentação
áreas de aberturas pela área total de fachada, das duas edificações;
2) As distâncias acima devem ser aplicadas entre as aberturas mais devem ser devidamente protegidas por elementos corta-fogo
próximas na projeção horizontal, independente do pavimento; de forma a não serem comprometidas suas características
3) A distância entre aberturas situadas em banheiros, vestiários, de resistência ao fogo, conforme as condições do item 5.4.2
saunas e piscinas pode ser de 4 m. desta IT.

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Instrução Técnica nº 09/2011 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical 207

5.3.1 Portas corta-fogo 5.3.3.3 A destruição da instalação do lado afetado pelo fogo
não deve promover a destruição da selagem.
As portas destinadas à vedação de aberturas em paredes de
compartimentação devem ser do tipo corta-fogo, sendo apli- 5.3.4 Registros corta-fogo (Dampers)
cáveis as seguintes condições:
Quando dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão
5.3.1.1 As portas corta-fogo devem atender ao disposto na atravessarem paredes de compartimentação, além da
norma NBR 11742/03 para saída de emergência e NBR adequada selagem corta-fogo da abertura em torno dos dutos,
11711/03 para compartimentação em ambientes comerciais, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados à
industriais e de depósitos; parede de compartimentação. As seguintes condições
5.3.1.2 Na situação de compartimentação de áreas de edifica- devem ser atendidas:
ções comerciais, industriais e de depósitos são aceitas também Os registros corta-fogo devem ser ensaiados para caracteri-
portas corta-fogo de acordo com a norma NBR 11742/03, desde zação da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da
que as dimensões máximas especificadas nesta norma NBR 6479/92;
sejam respeitadas;
5.3.4.1 Os registros corta-fogo devem ser dotados de acio-
5.3.1.3 Quando houver necessidade de passagem (rota de namentos automáticos comandados por meio de fusíveis
saída) entre ambientes compartimentados providos de portas bimetálicos ou por sistema de detecção automática de fumaça
de acordo com a NBR 11711/03, devem ser instaladas que esteja de acordo com a NBR 17240/10;
adicionalmente portas de acordo com a NBR 11742/03
(Figura A1). 5.3.4.2 No caso da classe de ocupação não se referir aos
edifícios industriais ou depósitos, o fechamento automático dos
5.3.2 Vedadores corta-fogo registros deve ser comandado por sistema de detecção auto-
mática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240/10;
As aberturas nas paredes de compartimentação de passa-
gem exclusivas de materiais devem ser protegidas por 5.3.4.3 Quando o fechamento for comandado por sistema
vedadores corta-fogo atendendo às seguintes condições: de detecção automática de fumaça, o status dos equipamen-
tos deve ser indicado na central do sistema e o fechamento
5.3.2.1 Os vedadores corta-fogo devem atender ao disposto
dos dispositivos deve poder ser efetuado por decisão humana
na norma NBR 11711/03;
na central do sistema;
5.3.2.2 Caso a classe de ocupação não se refira a edifícios
5.3.4.4 A falha do dispositivo de acionamento do registro
industriais ou depósitos, o fechamento automático dos veda-
corta-fogo deve se dar na posição de segurança, ou seja,
dores deve ser comandado por sistema de detecção automá-
qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automati-
tica de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240/10;
camente o fechamento do registro;
5.3.2.3 Quando o fechamento for comandado por sistema de
5.3.4.5 Os dutos de ventilação, ar-condicionado e/ou exaustão,
detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos
que não possam ser dotados de registros corta-fogo, devem
deve ser indicado na central do sistema e deve ser prevista a
ser dotados de proteção em toda a extensão (de ambos os
possibilidade de fechamento dos dispositivos de forma
lados das paredes), garantindo resistência ao fogo igual a
manual na central do sistema;
das paredes.
5.3.2.4 Na impossibilidade de serem utilizados vedadores
corta-fogo, pela existência de obstáculos na abertura, repre- 5.4 Características de resistência ao fogo
sentados, por exemplo, por esteiras transportadoras, pode- 5.4.1 No interior da edificação, as áreas de compartimenta-
se utilizar alternativamente a proteção por cortina d’água, ção horizontal devem ser separadas por paredes de comparti-
desde que a área da abertura não ultrapasse 1,5 m2, aten- mentação, devendo atender aos tempos requeridos de resis-
dendo aos parâmetros da IT 23/11 – Sistemas de chuveiros tência ao fogo (TRRF), conforme IT 08/11 – Resistência ao
automáticos e normas técnicas específicas. A cortina d´água fogo dos elementos de construção.
pode ser interligada ao sistema de hidrantes, que deve pos-
suir acionamento automático. 5.4.2 Os elementos de proteção das aberturas existentes
nas paredes corta-fogo de compartimentação podem apre-
5.3.3 Selos corta-fogo sentar TRRF de 30 min menor que a resistência das paredes
de compartimentação, porém nunca inferior a 60 min.
Quaisquer aberturas existentes nas paredes de compartimen-
tação destinadas à passagem de instalações elétricas, 5.5 Condições especiais da compartimentação horizontal
hidrossanitárias, telefônicas e outros que permitam a comu-
nicação direta entre áreas compartimentadas devem ser 5.5.1 A compartimentação horizontal está dispensada nas áreas
seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo destinadas exclusivamente a estacionamento de veículos.
atendendo às seguintes condições:
5.5.2 As paredes divisórias entre unidades autônomas e
5.3.3.1 Devem ser ensaiadas para caracterização da resis- entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos
tência ao fogo seguindo os procedimentos da NBR 6479/92; grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2, H3, H5 e H6) devem possuir
requisitos mínimos de resistência ao fogo, de acordo com o
5.3.3.2 Os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40 prescrito na IT 08/11.
mm devem receber proteção especial representada por sela-
gem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser 5.5.3 São consideradas unidades autônomas, para efeito
consumido pelo fogo em ambos os lados da parede; desta IT, os apartamentos residenciais, os quartos de hotéis,

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208 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

motéis e flats, as salas de aula, as enfermarias e quartos de 6.2.1.2 Os elementos corta-fogo de separação entre abertu-
hospital, as celas de presídios e assemelhados. ras de pavimentos consecutivos e as fachadas cegas devem
ser consolidadas de forma adequada aos entrepisos, a fim de
5.5.4 Subsolos ocupados devem atender às exigências es-
não comprometer a resistência ao fogo destes elementos.
pecíficas da Tabela 7 do Decreto Estadual nº 56.819/11 –
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações 6.2.1.3 As fachadas pré-moldadas devem ter seus elemen-
e áreas de risco do Estado de São Paulo. tos de fixação devidamente protegidos contra a ação do in-
cêndio e as frestas com as vigas e/ou lajes devidamente sela-
6 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL das, de forma a garantir a resistência ao fogo do conjunto.
6.1 Área máxima de compartimentação e composição 6.2.1.4 Os caixilhos e os componentes transparentes ou
translúcidos das janelas devem ser compostos por materiais
A inexistência ou a simples quebra da compartimentação
incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados. A
vertical, por qualquer meio, implica na somatória das áreas
incombustibilidade desses materiais deve ser determinada
dos pavimentos, para fins de cálculo da área máxima compar-
em ensaios utilizando-se o método ISO 1182/2010.
timentada, de acordo com o anexo “B” desta IT. A comparti-
mentação vertical é constituída dos seguintes elementos cons- 6.2.1.5 Todas as unidades envidraçadas devem atender aos
trutivos ou de vedação: critérios de segurança previstos na NBR 7199/89.
a. entrepisos corta-fogo; 6.2.1.6 Os revestimentos das fachadas das edificações
b. enclausuramento de escadas por meio de parede de devem atender ao contido na IT 10 – Controle de material de
compartimentação; acabamento e de revestimento.
c. enclausuramento de poços de elevador e de monta- 6.2.1.7 Nas edificações com fachadas totalmente envidra-
carga por meio de parede de compartimentação; çadas ou “fachadas-cortina” são exigidas as seguintes condi-
d. selos corta-fogo; ções: (Figura A4).
e. registros corta-fogo (dampers); 6.2.1.7.1 Se a própria fachada não for constituída de vidros
f. vedadores corta-fogo; corta-fogo, devem ser previstos atrás destas fachadas, ele-
g. elementos construtivos corta-fogo de separação verti- mentos corta-fogo de separação, ou seja, instalados parapei-
cal entre pavimentos consecutivos; tos, vigas ou prolongamentos dos entrepisos, de acordo com
o inciso 6.2.1.1 desta IT;
h. selagem perimetral corta-fogo;
i. cortina corta-fogo. 6.2.1.7.2 As frestas ou as aberturas entre a “fachada-cortina”
e os elementos de separação devem ser vedados com selos
6.2 Características de construção corta-fogo em todo perímetro. Tais selos devem ser fixados
aos elementos de separação de modo que sejam estrutural-
6.2.1 Compartimentação vertical na envoltória do edifício mente independentes dos caixilhos da fachada não sendo
(fachadas) danificados em caso de movimentação dos elementos estru-
As seguintes condições devem ser atendidas pelas fachadas, turais da edificação.
com intuito de dificultar a propagação vertical do incêndio 6.2.1.7.3 Devem ser atendidos os itens 6.2.1.4 e 6.2.1.5.
pelo exterior dos edifícios:
6.2.2 Compartimentação vertical no interior do edifício
6.2.1.1 Deve existir elemento corta-fogo na fachada, com tem-
po de resistência determinado pela IT 08/11, separando aber- A compartimentação vertical no interior dos edifícios é provi-
turas de pavimentos consecutivos, que podem se constituir da por meio de entrepisos, cuja resistência ao fogo não deve
de vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos entrepisos, ser comprometida pelas transposições que intercomunicam
além do alinhamento da fachada; pavimentos.
6.2.1.1.1 Quando a separação for provida por meio de vigas 6.2.2.1 Os entrepisos podem ser compostos por lajes de con-
e/ou parapeitos, estes devem apresentar altura mínima de creto armado ou protendido ou por composição de outros
1,2 m separando aberturas de pavimentos consecutivos materiais que garantam a separação física dos pavimentos.
(Figura A2);
6.2.2.2 A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser com-
6.2.1.1.2 Quando a separação for provida por meio dos pro- provada por meio de ensaio segundo a NBR 5628/01 ou
longamentos dos entrepisos, as abas devem se projetar, no dimensionada de acordo com norma brasileira pertinente.
mínimo, 0,9 m além do plano externo da fachada (Figura A3);
As aberturas existentes nos entrepisos devem ser devida-
6.2.1.1.3 Para efeito de compartimentação vertical externa
mente protegidas por elementos corta-fogo de forma a não
das edificações de baixo risco (até 300 MJ/m²), podem ser
serem comprometidas suas características de resistência ao
somadas as dimensões da aba horizontal e a distância da
fogo.
verga até o piso da laje superior, totalizando o mínimo de
1,20 m. (Figura A5);
6.3 Aberturas nos entrepisos
6.2.1.1.4 Nas edificações exclusivamente residenciais, as
6.3.1 Escadas
sacadas e terraços utilizadas na composição da comparti-
mentação vertical, podem ser fechadas com vidros de segu- As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes
rança, desde que sejam constituídos por materiais de acaba- de compartimentação e portas corta-fogo, atendendo aos
mento e de revestimento incombustíveis (piso, parede e teto). requisitos da IT 11/11 e às seguintes condições:

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Instrução Técnica nº 09/2011 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical 209

6.3.1.1 A resistência ao fogo dos materiais constitutivos da camente em caso de incêndio e atendendo ainda ao disposto
parede de compartimentação sem função estrutural deve ser nos itens 6.3.1.5 e 6.3.1.6;
comprovada por meio do teste previsto na NBR 10636/89;
6.3.2.6 As portas mencionadas no item anterior não devem
6.3.1.2 As portas corta-fogo de ingresso nas escadas e entre estar incluídas nas rotas de fuga;
as antecâmaras e a escada devem atender ao disposto na
6.3.2.7 As portas retráteis corta-fogo também devem ser
NBR 11742/03;
abertas ou fechadas no local de sua instalação, manual ou
6.3.1.3 As portas corta-fogo utilizadas para enclausuramento mecanicamente, requerendo na primeira situação um
das escadas devem ser construídas integralmente com mate- esforço máximo de 130 N;
riais incombustíveis, caracterizados de acordo com o método
6.3.2.8 O enclausuramento dos halls dos elevadores permi-
ISO 1182/2010, exceção feita à pintura de acabamento;
tirá a disposição do elevador de emergência em seu interior;
6.3.1.4 Excepcionalmente, quando a escada de segurança
6.3.2.9 As portas de andar de elevadores e as portas de
for utilizada como via de circulação vertical em situação de
enclausuramento dos halls devem ser ensaiadas para a
uso normal dos edifícios, suas portas corta-fogo podem
caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os proce-
permanecer abertas desde que sejam utilizados dispositivos
dimentos da NBR 6479/92.
elétricos que permitam seu fechamento em caso de incêndio,
comandados por sistema de detecção automática de fumaça 6.3.3 Monta-cargas
e instalados nos halls de acesso às escadas, de acordo com
a NBR 17240/10; Os poços destinados à monta-carga devem ser constituí-
dos por paredes de compartimentação devidamente con-
6.3.1.5 A falha dos dispositivos de acionamento das portas solidadas aos entrepisos e devem atender às seguintes
corta-fogo deve dar-se na posição de segurança, ou seja, condições:
qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automati-
camente o fechamento da porta; 6.3.3.1 As portas de andares devem ser classificadas como
para-chamas, com resistência ao fogo de 30 minutos;
6.3.1.6 A situação das portas corta-fogo (aberto ou fechado)
deve ser indicada na central do sistema de detecção e o fe- 6.3.3.2 Devem ser atendidas as condições estabelecidas nos
chamento das mesmas deve, alternativamente, ser efetuado itens 6.3.1.5 e 6.3.1.6;
por decisão humana na central; 6.3.3.3 As portas de andar do monta-carga não devem per-
6.3.1.7 Nos pavimentos de descarga, os trechos das esca- manecer abertas em razão de presença da cabine nem abrir
das que provém do subsolo ou dos pavimentos elevados em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétri-
devem ser enclausurados de maneira equivalente a todos os cos que comandam sua abertura;
outros pavimentos; 6.3.3.4 As portas mencionadas devem ser ensaiadas seguin-
6.3.1.8 A exigência de resistência ao fogo das paredes de do-se os procedimentos da NBR 6479/92;
enclausuramento da escada também se aplica às antecâ- 6.3.3.5 Alternativamente às portas para-chamas do monta-
maras quando estas existirem. carga, os halls de acesso aos elevadores devem ser enclau-
surados conforme as condições estabelecidas nos itens
6.3.2 Elevadores
6.3.1.3 ao 6.3.1.7.
Os poços destinados a elevadores devem ser constituídos por
paredes de compartimentação devidamente consolidadas aos 6.3.4 Prumadas das instalações de serviço
entrepisos e devem atender às seguintes condições: Quaisquer aberturas existentes nos entrepisos destinadas à
6.3.2.1 As portas de andares dos elevadores devem ser clas- passagem de instalação elétrica, hidrossanitárias, telefôni-
sificadas como para-chamas, com resistência ao fogo de 30 cas e outras, que permitam a comunicação direta entre os
minutos; pavimentos de um edifício, devem ser seladas de forma a
promover a vedação total corta-fogo atendendo às seguintes
6.3.2.2 Devem ser atendidas as condições estabelecidas nos condições:
itens 6.3.1.1.e 6.3.1.2;
6.3.4.1 Devem ser ensaiadas para a caracterização da
6.3.2.3 As portas de andares dos elevadores não devem per- resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da
manecer abertas em razão da presença da cabine nem abrir NBR 6479/92;
em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétri-
6.3.4.2 Os tubos plásticos com diâmetro interno superior a
cos que comandam sua abertura;
40 mm devem receber proteção especial representada por
6.3.2.4 As portas para-chamas dos andares dos elevadores, selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser
podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls de consumido pelo fogo abaixo do entrepiso;
acesso aos elevadores, por meio de paredes e portas corta-
6.3.4.3 A destruição da instalação do lado afetado pelo fogo
fogo;
não deve promover a destruição da selagem;
6.3.2.5 Alternativamente às portas para-chamas de andar 6.3.4.4 Tais selos podem ser substituídos por paredes de
pode-se enclausurar os halls dos elevadores, por meio de compartimentação cegas posicionadas entre piso e teto.
portas retráteis corta-fogo, mantidas permanentemente aber-
tas e comandadas por sistema de detecção automática de 6.3.5 Aberturas de passagem de dutos de ventilação,
fumaça, de acordo com a NBR 17240/10, fechando automati- ar-condicionado e exaustão

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210 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Quando dutos de ventilação, ar-condicionado ou exaustão 6.3.7.2.2 A proteção do átrio deve ser feita em todos os pavi-
atravessarem os entrepisos, além da adequada selagem cor- mentos servidos em seu perímetro interno ou no perímetro da
ta-fogo da abertura em torno do duto, devem existir registros área de circulação que o rodeia em cada pavimento;
corta-fogo devidamente ancorados aos entrepisos e atendi- 6.3.7.2.3 Os vidros para-chamas devem atender aos requisi-
das as condições estabelecidas nos itens 5.3.4.1 a 5.3.4.5; tos da NBR 14.925/03 e da NBR 6.479/92, ou normas interna-
6.3.5.1 Caso os dutos de ventilação, ar-condicionado e cionais equivalentes, e devem ser certificados por laboratório
exaustão não possam ser dotados de registros corta-fogo na independente;
transposição dos entrepisos, devem ser dotados de proteção 6.3.7.2.4 As cortinas automatizadas para-chamas devem aten-
em toda a extensão, garantindo a adequada resistência ao der ao contido nos itens 7.2 ao 7.8.
fogo. Nesse caso, as derivações existentes nos pavimentos
devem ser protegidas por registros corta-fogo, cujo aciona- 6.3.7.3 Os átrios descobertos, ou seja, aqueles que não pos-
mento deve atender às condições estabelecidas nos itens suem nenhuma oclusão em sua parte superior devem aten-
5.3.4.1 a 5.3.4.5. der às condições de segurança previstas no item 6.2.1 para
evitar a quebra de compartimentação vertical e possuir di-
6.3.6 Aberturas de passagem de materiais mensões mínimas de acordo com a Tabela 2.
As aberturas nos entrepisos de passagem exclusiva de 6.3.7.4 Caso o átrio não possua a dimensão constante na
materiais devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, tabela 2, suas aberturas devem ser protegidas com vidros ou
atendendo às condições estabelecidas no item 5.3.2. cortinas automatizadas para-chamas, conforme os itens
6.3.7.2.1. a 6.3.7.2.4.
6.3.7 Átrios
Os átrios devem ser entendidos como espaços no interior de 6.3.8 Prumadas enclausuradas
edifícios que interferem na compartimentação horizontal ou As prumadas totalmente enclausuradas por onde passam as
vertical, devendo atender às condições de segurança abaixo instalações de serviço, como esgoto e águas pluviais, não
descritas, para dificultarem a propagação do incêndio e da necessitam ser seladas desde que as paredes sejam de
fumaça: compartimentação e as derivações das instalações que as
transpassam sejam devidamente seladas (conforme condi-
6.3.7.1 A compartimentação vertical quebrada pelos átrios
ções definidas em outros tópicos desta IT). As paredes de-
pode ser substituída por medidas de proteções alternativas
vem atender ao disposto nos itens 6.3.1.1 e 6.3.1.2.
(sistemas de chuveiros automáticos, detecção de fumaça e
controle de fumaça), de acordo com o previsto nas Tabelas 6.3.9 Prumadas de ventilação permanente
6A a 6M do Decreto Estadual nº56.819/11. Os dutos de ventilação/exaustão permanentes de banheiros,
6.3.7.2 Quando permitido o átrio em edificações com mais lareiras, churrasqueiras e similares devem atender às
de 60 metros de altura, de acordo com o Decreto Estadual seguintes condições para que não comprometam a comparti-
nº 56.819/11, o mesmo deve ser protegido por vidros para- mentação vertical dos edifícios:
chamas, cortinas automatizadas para-chamas ou outro 6.3.9.1 Devem ser integralmente compostos por materiais
elemento para-chama, atentando para: incombustíveis, classificados como classe I de acordo com a
6.3.7.2.1 Os elementos de vedação do átrio devem ter o mes- IT 10/11 – Controle de material de acabamento e de revesti-
mo tempo de resistência ao fogo previsto para a edificação; mento;

Tabela 2: Dimensões mínimas para átrios descobertos

Notas genéricas:
1) A porcentagem de abertura é obtida dividindo-se a soma das áreas de aberturas das faces laterais do átrio, pela área total das faces
laterais do átrio;
2) A dimensão “d” em metros é aquela que possibilita a inserção de um cilindro reto, cujo diâmetro se insere sobre toda a altura do átrio,
dentro do espaço livre correspondente entre as aberturas de suas faces laterais;
3) A dimensão entre aberturas situadas em banheiros, vestiários, saunas e piscinas pode ser de 4 m;
4) Edificações acima de 120 m devem ser analisadas por meio de Comissão Técnica.”

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Instrução Técnica nº 09/2011 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical 211

6.3.9.2 Cada prumada de ventilação deve fazer parte, cutivos (nos pisos acima do térreo), por intermédio de átrios,
exclusivamente, de uma única área de compartimentação escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, desde
horizontal, ou seja, as áreas distintas de compartimentação que o somatório de áreas desses pavimentos não ultrapasse
horizontal não se devem intercomunicar por dutos de ventilação os valores estabelecidos para a compartimentação de áreas,
permanente; conforme Anexo “B”. Esta exceção não se aplica para as
6.3.9.3 A prumada de ventilação permanente deve ser com- compartimentações das fachadas, selagens dos shafts e dutos
partimentada em relação às demais áreas da edificação não de instalações.
destinadas a banheiros ou similares por meio de paredes e 6.5.2 Os dutos e shafts de instalações dos subsolos devem
portas corta-fogo; ser compartimentados integralmente em relação ao piso
6.3.9.4 Alternativamente ao disposto no item anterior, cada térreo, piso de descarga e demais pisos elevados, indepen-
derivação das prumadas deve ser protegida por registro cor- dente da área máxima compartimentada.
ta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições 6.5.3 As escadas e rampas destinadas à circulação de
estabelecidas nos itens 5.3.4.1 a 5.3.4.5; pessoas provenientes dos subsolos das edificações devem
6.3.9.5 As paredes que compõem estas prumadas devem ser compartimentados com PCF P-90 em relação aos demais
atender ao disposto nos itens 6.3.1.1 e 6.3.1.2. pisos contíguos, independente da área máxima compar-
timentada.
6.4 Características de resistência ao fogo
6.4.1 Os entrepisos devem atender aos TRRF, conforme 7 CORTINAS CORTA-FOGO
IT 08/11.
7.1 As cortinas automatizadas corta-fogo podem ser utiliza-
6.4.2 Os elementos de proteção das transposições nos das na compartimentação horizontal ou vertical, em
entrepisos (selagens corta-fogo), os elementos de comparti- edificações protegidas por chuveiros automáticos, nas
mentação vertical na envoltória do edifício, incluindo as fa- seguintes situações:
chadas sem aberturas (cegas), e a proteção dos átrios, de-
7.1.1 Interligação de até dois pavimentos consecutivos situa-
vem atender aos TRRF conforme IT 08/11. Portas e veda-
dos acima do piso de descarga, através de escadas ou ram-
dores corta-fogo podem apresentar TRRF de 30 min menor
pas secundárias, e átrios. Apenas uma abertura entre os
que as paredes, porém nunca inferior a 60 min.
pavimentos pode ser implementada por meio deste sistema;
6.4.3 Como exceção às regras estabelecidas nos itens 6.4.1 7.1.2 Entre o pavimento com uso exclusivo de estaciona-
e 6.4.2: mento, situado acima ou abaixo do piso de descarga, e os
6.4.3.1 As paredes de enclausuramento das escadas e eleva- demais pavimentos ocupados das edificações dos grupos A,
dores de segurança, constituídas pelo sistema estrutural das C, D, E e G;
compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâ- 7.1.3 Proteção de abertura situada no mesmo pavimento,
maras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabele- entre uma edificação considerada existente e a parte ampliada,
cido na IT 08/11 porém, não podendo ser inferior a 120 min; devendo esta medida ser analisada por meio de Comissão
6.4.3.2 As selagens das prumadas das instalações de servi- Técnica.
ço e os registros protegendo aberturas de passagem de dutos
de ventilação, ar-condicionado e exaustão e prumada de ven- 7.2 As cortinas automatizadas não devem ser utilizadas nas
tilação permanente devem apresentar, no mínimo, os tempos rotas de fuga e saídas de emergência, e não podem interferir
requeridos de resistência ao fogo conforme IT 08, porém ou inviabilizar o funcionamento dos sistemas de proteção
nunca inferior a 60 min; existentes na edificação;
6.4.3.3 As portas corta-fogo de ingresso nas escadas em cada 7.3 A utilização da cortina automatizada não exclui a neces-
pavimento devem apresentar resistência mínima ao fogo de sidade de compartimentação das fachadas, selagens dos
90 min quando forem únicas (escadas sem antecâmaras) e shafts e dutos de instalações;
de 60 min quando a escada for dotada de antecâmara;
6.4.3.4 Os dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão, 7.4 As condições de fechamento das cortinas não devem
quando não podem ser dotados de registros corta-fogo na trans- oferecer risco de acidentes e ferimentos nas pessoas;
posição dos entrepisos devem ser protegidos em toda a exten-
7.5 Os materiais de construção da interligação devem ser
são de forma a garantir a resistência mínima ao fogo de 120
incombustíveis e não deve haver nenhum material combustí-
min, porém nunca inferior ao TRRF estabelecido na IT 08/11;
vel a menos de 2 m da cortina corta-fogo;
6.4.3.5 As paredes e registros corta-fogo tratadas em 6.3.9
(prumadas de ventilação permanente) devem apresentar 7.6 As cortinas automatizadas devem ser acionadas por
resistência mínima ao fogo de, respectivamente, 60 min e sistema de detecção automática e por acionamento alternativo
30 min; manual, de acordo com a NBR 17240/10;
6.4.3.6 Todos os elementos de selagem corta-fogo devem
ser autoportantes ou sustentados por armação protegida 7.7 Os integrantes da Brigada de Incêndio devem receber
contra a ação do fogo. treinamento específico para a operacionalização deste siste-
ma, sobretudo no que se refere à restrição para saída dos
ocupantes.
6.5 Condições especiais de compartimentação vertical
6.5.1 Quando exigida a compartimentação vertical, será per- 7.8 O equipamento deve ser certificado por laboratório inde-
mitida a interligação de, no máximo, três pavimentos conse- pendente, de acordo normas nacionais e/ou internacionais.

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212 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A

Figura A1: Modelo de compartimentação horizontal

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Instrução Técnica nº 09/2011 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical 213

Figura A2: Modelo de compartimentação vertical (verga-peitoril)

Figura A3: Modelo de compartimentação vertical (abas)

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214 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Figura A4: Modelo de compartimentação vertical (fachada envidraçada)

Figura A5: Modelo de compartimentação vertical (composição entre aba e verga-peitoril)

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Instrução Técnica nº 09/2011 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical 215

ANEXO B
Tabela de área máxima de compartimentação (m2)

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216 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 10/2011 - Controle de materiais de acabamento e de revestimento 217

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 10/2011

Controle de materiais de acabamento e de revestimento

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tabelas de classificação dos materiais

2 Aplicação B Tabela de utilização dos materiais conforme


classificação das ocupações
3 Referências normativas e bibliográficas
C Exemplos de aplicação
4 Definições

5 Procedimentos

6 Apresentação em Projeto Técnico e solicitação de vistorias

7 Exigências aplicadas aos substratos

8 Impossibilidade de aplicação do método NBR 9442

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218 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

10-IT.pmd 218 18/10/2012, 15:25


Instrução Técnica nº 10/2011 - Controle de materiais de acabamento e de revestimento 219

1 OBJETIVO propícias do crescimento e da propagação de incêndios, bem


como da geração de fumaça.
Estabelecer as condições a serem atendidas pelos materiais
de acabamento e de revestimento empregados nas 5.1.2 Deve ser exigido o CMAR, em razão da ocupação da
edificações, para que, na ocorrência de incêndio, restrinjam edificação, e em função da posição dos materiais de acaba-
a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça, mento, materiais de revestimento e materiais termo-acústicos,
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 – visando:
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações a. piso;
e áreas de risco do Estado de São Paulo.
b. paredes/divisórias;
2 APLICAÇÃO c. teto/forro;
d. cobertura.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações
onde são exigidos controles de materiais de acabamento e 5.1.3 As exigências quanto a utilização dos materiais serão
de revestimento conforme ocupações e usos constantes da requeridas conforme a classificação da Tabela B, incluindo as
Tabela B.1 (Anexo B). disposições estabelecidas nas respectivas Notas genéricas.
5.1.4 Os métodos de ensaio que devem ser utilizados para
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
classificar os materiais com relação ao seu comportamento
NBR 8660 - Revestimento de piso - determinação da densi- frente ao fogo (reação ao fogo) seguirão os padrões indica-
dade crítica de fluxo de energia térmica – método de ensaio. dos nas Tabelas A.1, A.2, A.3.
NBR 9442 - Materiais de construção - determinação do índice 5.1.5 O CMAR não será exigido nas edificações com área
de propagação superficial de chama pelo método do painel menor ou igual a 750 m2 e altura menor ou igual a 12 m nos
radiante - método de ensaio. grupos/divisões: A, C, D, E, G, F-9, F-10, H-1, H-4, H-6, I, J.

ASTM E 662 – “Standard test method for specific optical density 6 APRESENTAÇÃO EM PROJETO TÉCNICO E
of smoke generated by solid materials”. SOLICITAÇÃO DE VISTORIAS
ISO 1182 – “Buildings materials – non – combustibility test”. 6.1 Quando da apresentação do Projeto Técnico, devem ser
BS EN 13823:2002 – Reaction to fire tests for building products indicadas em planta baixa e respectivos cortes, correspon-
– Building products excluding floorings exposed to the thermal dentes a cada ambiente, ou em notas específicas, as classes
attack by a single burning item. dos materiais de piso, parede, teto e forro (vide Anexo “C”).

BS EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of 6.2 A responsabilidade do controle de materiais de
building products subjected to direct impingement of flame – acabamento e de revestimento nas áreas comuns e locais de
Part 2: Single-flame source test. reunião de público deve ser do responsável técnico, sendo
a manutenção destes materiais de responsabilidade do
Uniform Building Code Standard 26-3 (UBC 26-3) – “Room
proprietário ou responsável pelo uso da edificação.
fire test standard for interior of foam plastic systems”.
6.2.1 Na solicitação da vistoria técnica deve ser apresentada
4 DEFINIÇÕES a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do Emprego
de Materiais de Acabamento e de Revestimento.
4.1 Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminolo-
6.2.2 O mesmo procedimento se aplica aos materiais que por
gia de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
ocasião da vistoria de renovação do AVCB não existiam na
específicas abaixo:
vistoria anterior.
4.1.1 Materiais de revestimento: todo material ou conjunto
de materiais empregados nas superfícies dos elementos cons- 6.3 Quando o material empregado for incombustível (classe
trutivos das edificações, tanto nos ambientes internos como I), não haverá necessidade de apresentar Anotação de Res-
nos externos, com finalidades de atribuir características esté- ponsabilidade Técnica (ART) do Emprego de Materiais de
ticas, de conforto, de durabilidade etc. Incluem-se como Acabamento e de Revestimento.
material de revestimento, os pisos, forros e as proteções
térmicas dos elementos estruturais. 7 EXIGÊNCIAS APLICADAS AOS SUBSTRATOS

4.1.2 Materiais de acabamento: todo material ou conjunto Os ensaios para classificação dos materiais devem considerar a
de materiais utilizados como arremates entre elementos maneira como são aplicados na edificação, e o relatório conclu-
construtivos (rodapés, mata-juntas, golas etc.). sivo deve reproduzir os resultados obtidos. Caso o material seja
aplicado sobre substrato combustível, este deve ser incluído no
4.1.3 Materiais termo acústicos: todo material ou conjunto ensaio. Caso o material seja aplicado a um substrato
de materiais utilizados para isolação térmica e/ou acústica. incombustível, o ensaio pode ser realizado utilizando-se substra-
to de placas de fibro-cimento com 6 mm de espessura.
5 PROCEDIMENTOS
5.1 Controle de materiais de acabamento e de revestimento 8 IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO MÉTODO DA
(CMAR). NBR 9442
5.1.1 O CMAR empregado nas edificações destina-se a 8.1 O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como
estabelecer padrões para o não surgimento de condições base da classificação dos materiais é a NBR 9442/86 - Mate-

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220 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

riais de construção – determinação do índice de propagação 8.1.4 Materiais que na instalação formam juntas, através das
superficial de chama pelo método do painel radiante – méto- quais, especialmente, o fogo pode propagar ou penetrar.
do de ensaio, entretanto para as situações mencionadas a
seguir este método não é apropriado: 8.2 Para os casos enquadrados nas situações acima, a clas-
8.1.1 Quando ocorre derretimento ou o material sofre retra- sificação dos materiais deve ser feita de acordo com o padrão
ção abrupta afastando-se da chama-piloto; indicado na Tabela A.3.

8.1.2 Quando o material é composto por miolo combustível 8.3 Na impossibilidade de classificação conforme NBR 9442
protegido por barreira incombustível ou que pode se desa- ou Tabela A.3, pode ser realizado ensaio por meio do método
gregar; UBC 26.3, sendo as exigências estabelecidas em termos do
8.1.3 Materiais compostos por diversas camadas de materiais Índice de Propagação Superficial de Chamas, substituídas
combustíveis apresentando espessura total superior a 25 mm; pela exigência de aprovação por meio do UBC 26.3.

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Instrução Técnica nº 10/2011 - Controle de materiais de acabamento e de revestimento 221

ANEXO A
Tabelas de classificação dos materiais
Tabela A.1: Classificação dos materiais de revestimento de piso

Notas:
Fluxo crítico – Fluxo de energia radiante necessário à manutenção da frente de chama no corpo de prova.
FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado.
Dm – Densidade ótica específica máxima corrigida.
Δt – Variação da temperatura no interior do forno.
Δm – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.

Tabela A.2: Classificação dos materiais exceto revestimentos de piso

Notas:
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade específica ótica máxima.
Δt – Variação da temperatura no interior do forno.
Δm – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.

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222 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela A.3: Classificação dos materiais especiais que não podem ser
caracterizados através da NBR 9442 exceto revestimentos de piso

Notas:
FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor.
LFS – Propagação lateral da chama.
THR600s – Liberação total de calor do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas.
TSP600s – Produção total de fumaça do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas.
SMOGRA – Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao máximo do quociente de produção de fumaça do corpo de prova e o tempo de
sua ocorrência.
FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado.
Δt – Variação da temperatura no interior do forno.
Δm – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.

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Instrução Técnica nº 10/2011 - Controle de materiais de acabamento e de revestimento 223

ANEXO B
Tabela de utilização dos materiais conforme classificação das ocupações

Tabela B.1: Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão


da ocupação/uso em função da finalidade do material

Notas específicas:
1 – Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates;
2 – Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20% da parede onde estão aplicados;
3 – Somente para líquidos e gases combustíveis e inflamáveis acondicionados;
4 – Exceto edificação térrea;
5 – Obrigatório para todo o grupo F, sendo que a divisão F-7, no que se refere a edificações com altura superior a 6 metros, será submetida à
Comissão Técnica para definição das medidas de segurança contra incêndio;
6 – Somente para edificações com altura superior a 12 metros;
7 – Exceto para cozinhas que serão Classe I ou II-A;
8 – Exceto para revestimentos que serão Classe I, II-A, III-A ou IV-A;
9 – Exceto para revestimentos que serão Classe I, II-A ou III-A;
10 – Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A.

Notas genéricas:
a – Os materiais de acabamento e de revestimento das fachadas das edificações devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B;
b – Os materiais de acabamento e de revestimento das coberturas de edificações devem enquadrar-se entre as Classes I a III-B, exceto para os
grupos/divisões C, F5, I-2, I-3, J-3, J-4, L-1, M-23 e M-3 que devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B;
c – Os materiais isolantes termo-acústicos não aparentes, que podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio, como por exemplo: espumas
plásticas protegidas por materiais incombustíveis, lajes mistas com enchimento de espumas plásticas protegidas por forro ou revestimentos
aplicados diretamente, forros em grelha com isolamento termo-acústico envoltos em filmes plásticos e assemelhados; devem enquadrar-se entre
as Classes I a II-A quando aplicados junto ao teto/forro ou paredes, exceto para os grupos/divisões A2, A3 e Condomínios residenciais que será
Classe I, II-A ou III-A quando aplicados nas paredes;
d – Os materiais isolantes termo-acústicos aplicados nas instalações de serviço, em redes de dutos de ventilação e ar-condicionado, e em cabines
ou salas de equipamentos, aparentes ou não, devem enquadrar-se entre as Classes I a II–A;
e – Componentes construtivos onde não são aplicados revestimentos e/ou acabamentos em razão de já se constituírem em produtos acabados,
incluindo-se divisórias, telhas, forros, painéis em geral, face inferior de coberturas, entre outros, também estão submetidos aos critérios da
Tabela “B”;
f – Determinados componentes construtivos que podem expor-se ao incêndio em faces não voltadas para o ambiente ocupado, como é o caso de
pisos elevados, forros, revestimentos destacados do substrato devem atender aos critérios da Tabela “B” para ambas as faces;
g – Materiais de proteção de elementos estruturais, juntamente com seus revestimentos e acabamentos devem atender aos critérios dos
elementos construtivos onde estão inseridos, ou seja, de tetos para as vigas e de paredes para pilares;
h – Materiais empregados em subcoberturas com finalidades de estanqueidade e de conforto termo – acústico devem atender os critérios da Tabela
“B” aplicados a tetos e a superfície inferior da cobertura, mesmo que escondidas por forro;
i – Coberturas de passarelas e toldos, instalados no pavimento térreo, estarão dispensados do CMAR, desde que não apresentem área superficial
superior a 50,00 m2 e que a área de cobertura não possua materiais incombustíveis;
j – As circulações (corredores) que dão acesso às saídas de emergência enclausuradas devem possuir CMAR Classe I ou Classe II – A (Tabela
“A”) e as Saídas de emergência (escadas, rampas etc), Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela “A”);
k – Os materiais utilizados como revestimento, acabamento e isolamento térmico-acústico no interior dos poços de elevadores, monta-cargas e
shafts, devem ser enquadrados na Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela “A”);
l - Materiais enquadrados na categoria II, por meio da NBR 9442, ou que não sofrem a ignição no ensaio executado de acordo com a UBC 26-
3, podem ser incluídos na Classe II-A, dispensando a avaliação por meio da ASTM E662, desde que sejam submetidos especialmente ao ensaio
de acordo com a UBC 26-3 e, nos primeiros 5 minutos deste ensaio, ocorra o desprendimento de todo o material do substrato ou se solte da
estrutura que o sustenta e que, mesmo nesta condição, o material não sofra a ignição.

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224 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
Exemplos de aplicações

Modelo – 1

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Instrução Técnica nº 10/2011 - Controle de materiais de acabamento e de revestimento 225

ANEXO C

Modelo – 2

Modelo – 3

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226 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 11/2014

Saídas de emergência

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tabela 1 - Dados para o dimensionamento das saídas

2 Aplicação de emergência

3 Referências normativas e bibliográficas B Tabela 2 - Distâncias máximas a serem percorridas

4 Definições C Tabela 3 - Tipos de escadas de emergência por


ocupação
5 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 009/600/2014, publicada no Diário Oficial do Estado, nº 084, de 08 de maio de 2014.

Atualizada pela Portaria nº CCB 012/600/2014, publicada no Diário Oficial do Estado, nº 129, de 15 de julho de 2014.

Atualizada pela Portaria nº CCB 014/600/2014, publicada no Diário Oficial do Estado, nº 029, de 12 de fevereiro de 2015.
Instrução Técnica nº 11/2014 – Saídas de Emergência

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1 OBJETIVO NBR 13437 - Símbolos gráficos para sinalização contra


incêndio e pânico.
Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento das saídas de emergência, para que sua NBR 13768 - Acessórios destinados a PCF para saídas de

população possa abandonar a edificação, em caso de emergência.

incêndio ou pânico, completamente protegida em sua NBR 14718 - Guarda-corpos para edificação.
integridade física e permitir o acesso de guarnições de NBR 17240 - Sistema de detecção e alarme de incêndio.
bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas,
NFPA 101 - Life Safety Code.
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº
The Building Regulations, 1991 Edition. Means of
56.819/2011 - Regulamento de Segurança contra
Escape.
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de
São Paulo. BS 5588 - Fire precaution in the design and construction
of buildings.

2 APLICAÇÃO BS 7941-1 - Methods for measuring the skid resistence of


pavement surfaces.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as
Japan International Cooperation Agency, tradução do
edificações, exceto para as ocupações destinadas à
Código de Segurança Japonês pelo Corpo de Bombeiros
divisão F-3 e F-7, com população total superior a 2.500
do Distrito Federal, volume 1, edição de março de 1994.
pessoas, onde deve ser aplicada a IT 12/11 – Centros
Código de Obras e Edificações do Município de São
esportivos e de exibição – Requisitos de segurança contra
Paulo (COE/PMSP) – Lei nº 11.228, de 25 de Junho de
incêndio.
1992.
Nota: Para a classificação das ocupações constantes desta IT,
consultar a Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra
incêndio. 4 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as


3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E
definições constantes da IT 03/11 – Terminologia de
BIBLIOGRÁFICAS
segurança contra incêndio.
NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão.

NBR 5413 - Iluminância de interiores. 5 PROCEDIMENTOS

NBR NM 207 - Elevadores elétricos de passageiros.


5.1 Classificação das edificações
NBR 6479 - Portas e vedadores – determinação da 5.1.1 Para os efeitos desta Instrução Técnica, as
resistência ao fogo. edificações são classificadas, quanto à ocupação e à
NBR 7199 - Projeto, execução e aplicações de vidros na altura, conforme o Regulamento de Segurança contra
construção civil. incêndio.

NBR 9050 - Acessibilidade à edificações, mobiliário,


5.2 Componentes da saída de emergência
espaços e equipamentos urbanos.
5.2.1 A saída de emergência compreende o seguinte:
NBR 9077 - Saídas de emergências em edifícios. a. Acessos ou corredores;
NBR 10898 - Sistemas de iluminação de emergência. b. rotas de saídas horizontais, quando houver, e
NBR 11742 - Porta corta-fogo para saídas de emergência. respectivas portas ou espaço livre exterior, nas

NBR 11785 - Barra antipânico – requisitos. edificações térreas ou no pavimento de


saída/descarga das pessoas nas edificações com
NBR 13434 - Sinalização de segurança contra incêndio e
mais de um pavimento;
pânico - 3 partes.
c. escadas ou rampas;
NBR 13435 - Sinalização de segurança contra incêndio e
pânico. d. descarga.
Instrução Técnica nº 11/2014 – Saídas de Emergência

_____________________________________________________________________________________________________

e. elevador de emergência. C = Capacidade da unidade de passagem conforme

5.3 Cálculo da população Tabela 1 (Anexo “A”).

5.3.1 As saídas de emergência são dimensionadas em Notas:


1. Unidade de passagem: largura mínima para a passagem de
função da população da edificação. um fluxo de pessoas, fixada em 0,55 m;
5.3.2 A população de cada pavimento da edificação é 2. Capacidade de uma unidade de passagem: é o número de
pessoas que passa por esta unidade em 1 minuto;
calculada pelos coeficientes da Tabela 1 (Anexo “A”),
3. A largura mínima da saída é calculada pela multiplicação
considerando sua ocupação dada na Tabela 1 - do N pelo fator 0,55, resultando na quantidade, em metros, da
Classificação das edificações e áreas de risco quanto à largura mínima total das saídas.

ocupação do Regulamento de segurança contra incêndio e 5.4.1.2.1 No cálculo da largura das saídas, deve ser

áreas de risco do Estado de São Paulo. atendida a metragem total calculada na somatória das

5.3.3 Exclusivamente para o cálculo da população, larguras, quando houver mais de uma saída, aceitando-se

devem ser incluídas nas áreas de pavimento: somente o que for múltiplo de 0,55 (1 UP).

a. as áreas de terraços, sacadas, beirais e 5.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas


platibandas, excetuadas àquelas pertencentes às As larguras mínimas das saídas de emergência para
edificações dos grupos de ocupação A, B e H; acessos, escadas, rampas ou descargas, devem ser de 1,2
b. as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F- m, para as ocupações em geral, ressalvando o disposto
6, inclusive canchas e assemelhados; abaixo:
c. as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no a. 1,65 m, correspondente a 3 unidades de passagem
caso de edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7, de 55 cm, para as escadas, os acessos (corredores
quando, em razão de sua disposição em planta, e passagens) e descarga, nas ocupações do Grupo
esses lugares puderem, eventualmente, ser H, divisão H-2 e H-3;
utilizados como arquibancadas. b. 1,65 m, correspondente a 3 unidades de passagem
5.3.4 Exclusivamente para o cálculo da população, as de 55 cm, para as rampas, acessos (corredores e
áreas de elevadores, são excluídas das áreas de passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H,
pavimento. divisão H-2;
c. 2,2 m, correspondente a 4 unidades de passagem
5.4 Dimensionamento das saídas de emergência
de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas
5.4.1 Largura das saídas
(corredores e passagens) e descarga das rampas,
5.4.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em
nas ocupações do grupo H, divisão H-3.
função do número de pessoas que por elas deva transitar,
5.4.3 Exigências adicionais sobre largura de saídas
observados os seguintes critérios:
5.4.3.1 A largura das saídas deve ser medida em sua
a. os acessos são dimensionados em função dos
parte mais estreita, não sendo admitidas saliências de
pavimentos que sirvam à população;
alizares, pilares e outros, com dimensões maiores que as
b. as escadas, rampas e descargas são
indicadas na Figura 1, e estas somente em saídas com
dimensionadas em função do pavimento de maior
largura superior a 1,2 m.
população, o qual determina as larguras mínimas
para os lanços correspondentes aos demais
pavimentos, considerando-se o sentido da saída.
5.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas,
descargas, é dada pela seguinte fórmula:

N = P_
C
Figura 1 - Medida da largura em corredores e passagens
N = Número de unidades de passagem, arredondado para
número inteiro imediatamente superior. 5.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de

P = População, conforme coeficiente da Tabela 1 (Anexo saída, em ângulo de 180º, em seu movimento de abrir, no

“A”), e critérios das seções 5.3 e 5.4.1.1. sentido do trânsito de saída, não podem diminuir a
Instrução Técnica nº 11/2014 – Saídas de Emergência

_____________________________________________________________________________________________________

largura efetiva destas em valor menor que a metade (ver forma permanente, mesmo quando o prédio esteja
figura 2), sempre mantendo uma largura mínima livre de supostamente fora de uso.
1,2 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as 5.5.2 Distâncias máximas a serem percorridas
divisões H-2 e H-3. 5.5.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas para
5.4.3.3 As portas que abrem no sentido do trânsito de atingir um local de relativa segurança (espaço livre
saída, para dentro de rotas de saída, em ângulo de 90º, exterior, área de refúgio, área compartimentada que tenha
devem ficar em recessos de paredes, de forma a não pelo menos uma saída direta para o espaço livre exterior,
reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,1 m (ver escada protegida ou à prova de fumaça e outros conforme
figura 2). conceito da IT 03), tendo em vista o risco à vida humana
decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar:
a. o acréscimo de risco quando a fuga é possível em
apenas um sentido;
b. a redução de risco em caso de proteção por
chuveiros automáticos, detectores ou controle de
fumaça;
c. a redução de risco pela facilidade de saídas em
edificações térreas.
Figura 2 - Abertura das portas no sentido de saída
5.5.2.2 As distâncias máximas a serem percorridas para
5.4.3.4 Nas edificações do Grupo F, com capacidade atingir as portas de acesso às saídas das edificações e o
acima de 300 pessoas, serão obrigatórias no mínimo duas acesso às escadas ou às portas das escadas (nos
saídas de emergência, atendendo sempre as distâncias pavimentos) constam da Tabela 2 (Anexo “B”) e devem
máximas a serem percorridas. Deve haver, no mínimo, ser consideradas a partir da porta de acesso da unidade
duas saídas com 10 m entre elas. autônoma mais distante, desde que o seu caminhamento
interno não ultrapasse 10 m.
5.5 Acessos
5.5.2.2.1 No caso das distâncias máximas a percorrer
5.5.1 Generalidades
para as rotas de fuga que não forem definidas no projeto
5.5.1.1 Os acessos devem satisfazer às seguintes
arquitetônico, como, por exemplo, escritórios de plano
condições:
espacial aberto e galpões sem o arranjo físico interno
a. permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes
(leiaute), devem ser consideradas as distâncias diretas
da edificação;
comparadas aos limites da Tabela 2 (Anexo “B”), nota b,
b. permanecer desobstruídos em todos os
reduzidas em 30%.
pavimentos;
5.5.2.3 Nas ocupações do Grupo J, em que as áreas de
c. ter larguras de acordo conforme o estabelecido no
depósitos sejam automatizadas e sem presença humana, a
item 5.4;
exigência de distância máxima a ser percorrida pode ser
d. ter pé-direito, mínimo de, 2,5 m, com exceção de
desconsiderada.
obstáculos representados por vigas, vergas de
5.5.2.4 Nas áreas técnicas (locais destinados a
portas e outros, cuja altura mínima livre deve ser
equipamentos, sem permanência humana e de acesso
de 2,10 m;
restrito) a distância máxima a ser percorrida é de 140
e. ser sinalizados e iluminados (iluminação de
metros.
emergência de balizamento) com indicação clara
5.5.3 Saídas nos pavimentos
do sentido da saída, de acordo com o estabelecido
5.5.3.1 A quantidade de saídas de emergência e escadas
na IT 18/11 – Iluminação de emergência e na IT
depende do cálculo da população, largura das escadas,
20/11 – Sinalização de emergência.
dos parâmetros de distância máxima a percorrer (Tabela 2
5.5.1.2 Os acessos devem permanecer livres de
– Anexo “B”) e quantidade mínima de unidades de
quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias
passagem para a lotação prevista (Tabela 1), atentando
móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de
Instrução Técnica nº 11/2014 – Saídas de Emergência

_____________________________________________________________________________________________________

para as notas da Tabela 3.


Instrução Técnica nº 11/2014 – Saídas de Emergência

_____________________________________________________________________________________________________

5.5.3.2 Os tipos de escadas exigidas para as diversas 2. Porta com dimensão maior ou igual a 2,2 m exige coluna
central.
ocupações, em função da altura, encontram-se na Tabela
5.5.4.4 As portas das antecâmaras das escadas à prova
3 (Anexo “C”).
de fumaça e das paredes corta-fogo devem ser do tipo
5.5.3.3 Havendo necessidade de acrescer escadas, estas
corta-fogo (PCF), obedecendo à NBR 11742, no que lhe
devem ser do mesmo tipo que a exigida por esta Instrução
for aplicável.
Técnica (Tabela 3);
5.5.4.5 As portas das antecâmaras, escadas e similares
5.5.3.4 No caso de duas ou mais escadas de emergência,
devem ser providas de dispositivos mecânicos e
a distância de trajeto entre as suas portas de acesso deve
automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas
ser, no mínimo, de 10 m, exceto quando o corredor de
destrancadas no sentido do fluxo de saída, sendo
acesso possuir comprimento inferior a este valor.
admissível que se mantenham abertas desde que
5.5.3.5 Nas edificações com altura acima de 36 m,
disponham de dispositivo de fechamento, quando
independente do item 5.5.3.1, é obrigatória a quantidade
necessário, conforme estabelecido na NBR 11742.
mínima de duas escadas, exceto para grupo A-2. Nas
5.5.4.6 Para as ocupações do grupo F, com capacidade
edificações do grupo A-2, com altura acima de 80 m,
total acima de 100 pessoas, será obrigatória a instalação
independente do item 5.5.3.1, é obrigatória a quantidade
de barra antipânico nas portas de saídas de emergência,
mínima de duas escadas.
conforme NBR 11785, das salas, das rotas de saída, das
5.5.3.6 As condições das saídas de emergência em
portas de comunicação com os acessos às escadas e
edificações com altura superior a 150 m devem ser
descarga.
analisadas por Comissão Técnica, devido as suas
5.5.4.6.1 Somente para as ocupações de divisão F-2,
particularidades e risco.
térreas (com ou sem mezaninos), com área máxima
5.5.3.7 As escadas e rampas destinadas à circulação de
construída de 1500 m², pode ser dispensada a exigência
pessoas provenientes dos subsolos das edificações devem
anterior, desde que haja compromisso do responsável
ser compartimentadas com PCF P-90 em relação aos
pelo uso, através de termo de responsabilidade das saídas
demais pisos contíguos, independente da área máxima
de emergência (ver modelo em anexo da IT 01/11),
compartimentada.
assinado pelo proprietário ou responsável pelo uso, de
5.5.4 Portas de saídas de emergência
que as portas permanecerão abertas durante a realização
5.5.4.1 As portas das rotas de saídas e aquelas das salas
dos eventos, atentando para o item 5.5.4.1 desta IT.
com capacidade acima de 100 pessoas, em comunicação
com os acessos e descargas, devem abrir no sentido do 5.5.4.6.2 Nas rotas de fuga não se admite porta de

trânsito de saída (ver Figura 2). enrolar, exceto quando esta for utilizada com a finalidade

5.5.4.2 Se as portas dividirem corredores que constituem de segurança patrimonial da edificação, devendo

rotas de saída, devem abrir no sentido do fluxo de saída. permanecer aberta durante todo o transcorrer dos eventos,

5.5.4.3 A largura, vão livre ou “luz” das portas, comuns mediante compromisso do responsável pelo uso, através

ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída de de termo de responsabilidade das saídas de emergência,

emergências, devem ser dimensionadas como conforme modelo do anexo “M” da IT 01 –

estabelecido no item 5.4. As portas devem ter as Procedimentos administrativos. Neste caso, havendo,

seguintes dimensões mínimas de luz: internamente, portas de saídas na rota de fuga, estas

a. 80 cm, valendo por 1 unidade de passagem; devem abrir no sentido de fuga e serem dotadas de barra

b. 1 m, valendo por 2 unidades de passagem; antipânico, quando a capacidade de público for superior a

c. 1,5 m, em duas folhas, valendo por 3 unidades de 100 pessoas.

passagem; 5.5.4.7 É vedada a utilização de peças plásticas em


d. 2 m, em duas folhas, valendo por 4 unidades de fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros, nas
passagem. portas dos seguintes locais:
Notas: a. rotas de saídas;
1. Porta com dimensão maior que 1,2 m deve ter duas folhas;
b. entrada em unidades autônomas;
Instrução Técnica nº 11/2014 – Saídas de Emergência

_____________________________________________________________________________________________________

c. salas com capacidade acima de 100 pessoas. 5.6.2.1 O dimensionamento das rampas deve obedecer
5.5.4.8 Exceto para as ocupações do Grupo “F”, com ao estabelecido no item 5.4.
capacidade total acima de 100 pessoas, são admitidas nas 5.6.2.2 As rampas não podem terminar em degraus ou
rotas de fuga e nas saídas de emergência portas de correr soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por
com sistemas de abertura automática desde que possuam patamares planos.
dispositivo que, em caso de falta de energia, pane ou 5.6.2.3 Os patamares das rampas devem ser sempre em
defeito de seu sistema, permaneçam abertas. nível, tendo comprimento mínimo de 1,20 m, medidos na
5.5.4.9 A colocação de fechaduras com chave nas portas direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver
de acesso e descargas é permitida, desde que seja possível mudança de direção ou quando a altura a ser vencida
a abertura do lado interno, sem a necessidade de chave, ultrapassar 3,7 m.
admitindo-se que a abertura pelo lado externo seja feita 5.6.2.4 As rampas podem suceder um lanço de escada,
apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas etc. no sentido descendente de saída, mas não podem
5.5.4.10 Quando não houver dispositivo de travamento, precedê-lo.
tranca ou fechadura na porta de saída de emergência, não 5.6.2.4.1 No caso de edificações dos grupos H-2 e H-3,
haverá necessidade de dispositivo de barra antipânico. as rampas não podem suceder ao lanço de escada e vice-
versa.
5.6 Rampas
5.6.2.5 Não é permitida a colocação de portas em
5.6.1 Obrigatoriedade
rampas; estas devem estar situadas sempre em patamares
O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos:
planos, com largura não inferior à da folha da porta de
a. para interligar áreas de refúgio em níveis
cada lado do vão.
diferentes, em edificações com ocupações dos
5.6.2.6 O piso das rampas deve ser antiderrapante com,
grupos H-2 e H-3;
no mínimo, 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico,
b. na descarga e acesso de elevadores de
conforme norma brasileira ou internacionalmente
emergência;
reconhecida, e permanecer antiderrapante com o uso.
c. quando a altura a ser vencida não permitir o
5.6.2.7 As rampas devem ser dotadas de guarda-corpo e
dimensionamento equilibrado dos degraus de
corrimão de forma análoga ao especificado no item 5.8.
uma escada;
5.6.2.8 As exigências de sinalização (IT 20/11),
d. para unir o nível externo ao nível do saguão
iluminação de emergência (IT 18/11), ausência de
térreo das edificações (NBR 9050), quando
obstáculos e outros, dos acessos, aplicam-se, com as
houver desnível.
devidas alterações, às rampas.
5.6.2 Condições de atendimento
5.6.2.9 Devem atender às condições estabelecidas nas
alíneas “a, b, c, d, e, f, g e h” do item 5.7.1.1 desta IT.
5.6.2.10 Devem ser classificadas, a exemplo das escadas,
como NE, EP, PF, PFP e AE, seguindo para isso as
condições específicas a cada uma delas estabelecidas nos
itens 5.7.7, 5.7.8, 5.7.9, 5.7.10, 5.7.11 e 5.7.12.
5.6.3 Declividade
5.6.3.1 A declividade das rampas deve ser de acordo
com o prescrito na NBR 9050.

5.7 Escadas
5.7.1 Generalidades
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5.7.1.1 Em qualquer edificação, os pavimentos sem consideradas como uma única escada, quanto aos
saída em nível para o espaço livre exterior devem ser critérios de acesso, ventilação e iluminação;
dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais j. atender ao item 5.5.1.2.
devem: 5.7.1.2 Não são aceitas escadas com degraus em leque
a. ser constituídas com material estrutural e de ou em espiral como escadas de segurança, exceto para
compartimentação incombustível; mezaninos e áreas privativas, conforme item 5.7.5.
b. oferecer resistência ao fogo nos elementos
estruturais além da incombustibilidade, conforme
IT 08/11 – Resistência ao fogo dos elementos de
construção, quando não enclausuradas;
c. atender às condições específicas estabelecidas na
IT 10/11 – Controle de materiais de acabamento e
de revestimento, quanto aos materiais de
acabamento e revestimento utilizados na escada; Figura 3 - Segmentação das escadas no piso da descarga
d. ser dotadas de guardas em seus lados abertos
5.7.2 Largura
conforme item 5.8;
As larguras das escadas devem atender aos seguintes
e. ser dotadas de corrimãos em ambos os lados;
requisitos:
f. atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da
a. ser proporcionais ao número de pessoas que por
descarga, mas terminando obrigatoriamente no
elas devam transitar em caso de emergência,
piso de descarga, não podendo ter comunicação
conforme item 5.4;
direta com outro lanço na mesma prumada (ver
b. ser medidas no ponto mais estreito da escada ou
Figura 3), devendo ter compartimentação,
patamar, excluindo os corrimãos (mas não as
conforme a IT 09/11 – Compartimentação
guardas ou balaustradas), que se podem projetar
horizontal e compartimentação vertical, na
até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de
divisão entre os lanços ascendente e descendente
aumento na largura das escadas;
em relação ao piso de descarga, exceto para
c. ter, quando se desenvolver em lanços paralelos,
escadas tipo NE (comum), onde deve ser
espaço mínimo de 10 cm entre lanços, para
acrescida a iluminação de emergência e
permitir localização de guarda ou fixação do
sinalização de balizamento (IT 18/11 e 20/11),
corrimão.
indicando a rota de fuga e descarga;
5.7.3 Dimensionamento de degraus e patamares
g. ter os pisos em condições antiderrapantes, com no
5.7.3.1 Os degraus devem:
mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico,
a. ter altura h (ver Figura 4) compreendida entre 16
conforme norma brasileira ou internacionalmente
cm e 18 cm, com tolerância de 0,5 cm;
reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes
b. ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela
com o uso;
fórmula de Blondel:
h. quando houver exigência de duas ou mais escadas
63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm
enclausuradas de emergência e estas ocuparem a
c. ser balanceados quando o lanço da escada for
mesma caixa de escada (volume), não será aceita
curvo (escada em leque) ou em espiral, quando se
comunicação entre si, devendo haver
tratar de escadas para mezaninos e áreas
compartimentação entre ambas, de acordo com a
privativas (ver item 5.7.5), caso em que a medida
IT 09/11 – Compartimentação horizontal e
do degrau (largura do degrau) será feita segundo
compartimentação vertical;
a linha de percurso e a parte mais estreita desses
i. quando houver exigência de uma escada e for
degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm
utilizado o recurso arquitetônico de construir duas
para lanço curvo (ver Figura 5) e 7 cm para
escadas em um único corpo, estas serão
espiral;
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d. ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, fórmula anterior.


em lanços sucessivos de uma mesma escada, 5.7.3.4 Em ambos os lados de vão da porta, deve haver
diferenças entre as alturas de degraus de, no patamares com comprimento mínimo igual à largura da
máximo, 5 mm; folha da porta.
e. ter balanço da quina do degrau sobre o
imediatamente inferior com o valor máximo de
1,5 cm (ver Figura 4);
f. quando possuir bocel (nariz), deve ter no máximo
1,5 cm da quina do degrau sobre o imediatamente
inferior (ver Figura 4).

Figura 6 - Lanço mínimo e comprimento de patamar

5.7.4 Caixas das escadas


5.7.4.1 As paredes das caixas de escadas, das guardas,
dos acessos e das descargas devem ter acabamento liso.

5.7.4.2 As caixas de escadas não podem ser utilizadas

Figura 4 - Altura e largura dos degraus como depósitos ou para guarda de lixeiras, mesmo por
curto espaço de tempo, nem para a localização de
5.7.3.2 O lanço máximo, entre 2 patamares
quaisquer móveis ou equipamentos, exceto os previstos
consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura.
especificamente nesta IT.
Quando houver menos de 3 degraus entre patamares,
5.7.4.3 Nas caixas de escadas, não podem existir
estes devem ser sinalizados na borda dos degraus e prever
aberturas para tubulações de lixo, passagem para rede
iluminação de emergência de aclaramento, acima deles.
elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para
medidores de gás e assemelhados.
5.7.4.4 As paredes das caixas de escadas enclausuradas
devem garantir e possuir Tempo de Resistência ao Fogo
por, no mínimo, 120 minutos.
5.7.4.5 Os pontos de fixação das escadas metálicas na
caixa de escada devem possuir Tempo de Resistência ao
Fogo de 120 minutos.
5.7.5 Escadas para mezaninos e áreas privativas
5.7.5.1 Nos mezaninos e áreas privativas de qualquer
Figura 5 - Escada com lanços curvos e degraus balanceados edificação, podem ser aceitas escadas em leque, em
espiral ou de lances retos, desde que:
5.7.3.3 O comprimento dos patamares deve ser (ver
a. a população seja inferior a 20 pessoas e a altura
Figura 6):
da escada não seja superior a 3,7 m;
a. dado pela fórmula:
b. tenha largura mínima de 0,80 m;
p = (2h + b) n + b
c. tenha os pisos em condições antiderrapantes, com
onde n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando
no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico,
se tratar de escada reta, medido na direção do
conforme norma brasileira ou internacionalmente
trânsito;
reconhecida, que permaneçam antiderrapantes
b. no mínimo, igual à largura da escada quando há
com o uso;
mudança de direção da escada sem degraus
d. seja dotada de corrimãos, atendendo ao prescrito
ingrauxidos, não se aplicando, nesse caso, a
no item 5.8, bastando, porém, apenas um
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corrimão nas escadas com até 1,10 m de largura e e. ser dotada de ventilação permanente inferior, com
dispensando-se corrimãos intermediários; área de 1,20 m2 , no mínimo, tendo largura
e. seja dotada de guardas em seus lados abertos, mínima de 0,80 m, devendo ficar junto ao solo da
conforme item 5.8; caixa da escada podendo ser no piso do
f. atenda ao prescrito no item 5.7.3 pavimento térreo ou no patamar intermediário
(dimensionamento dos degraus, conforme entre o pavimento térreo e o pavimento
fórmula de Blondel, balanceamento e outros) e, imediatamente superior, que permita a entrada de
nas escadas curvas (escadas em leque), dispensa- ar puro, em condições análogas à tomada de ar
se a aplicação da fórmula dos patamares (5.7.3.3), dos dutos de ventilação (ver item 5.7.9.5).
bastando que o patamar tenha um mínimo de 0,80 5.7.8.2 As janelas das escadas protegidas devem:
m. a. estar situadas junto ao teto ou, no máximo, a 20
5.7.5.2 Admitem-se nessas escadas, as seguintes alturas cm deste, estando o peitoril no mínimo a 1,1 m
máximas h dos degraus, respeitando, porém, sempre a acima do piso do patamar ou degrau adjacente e
fórmula de Blondel: tendo largura mínima de 0,80 m, podendo ser
a. ocupações A até G: h = 20 cm aceitas na posição centralizada, acima dos lances
b. ocupações H: h = 19 cm de degraus, devendo pelo menos uma das faces da
c. ocupações I até M: h = 23 cm janela estar a no máximo 20 cm do teto;
5.7.6 Escadas em edificações em construção b. ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m2
Em edificações em construção, as escadas devem ser em cada pavimento (ver Figura 8);
construídas concomitantemente com a execução da c. ser dotadas de venezianas ou outro material que
estrutura, permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso assegure a ventilação permanente, devendo distar
dos bombeiros. pelo menos 3 m, em projeção diagonal, de
5.7.7 Escadas não enclausuradas ou escada comum qualquer outra abertura, no mesmo nível,
(NE) podendo essa distância ser reduzida para 2 m em
A escada comum (NE) deve atender aos requisitos dos aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou
itens 5.7.1 a 5.7.3, exceto o 5.7.3.1 “c”. áreas de serviço. Ter distância de 1,40 m, de
5.7.8 Escadas enclausuradas protegidas (EP) qualquer outra abertura, desde que estejam no
5.7.8.1 As escadas enclausuradas protegidas (ver Figura mesmo plano de parede e no mesmo nível;
7) devem atender aos requisitos dos itens 5.7.1 a 5.7.4, d. ser construídas em perfis metálicos reforçados,
exceto o 5.7.3.1 “c”, e: sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa
a. ter suas caixas isoladas por paredes resistentes a dobrada, madeira, plástico e outros;
120 minutos de fogo, no mínimo; e. os caixilhos podem ser do tipo basculante, junto
b. ter as portas de acesso a esta caixa de escada do ao teto, sendo vedados os tipos em eixo vertical e
tipo corta-fogo (PCF), com resistência de 90 “máxiar”. Os caixilhos devem ser fixados na
minutos de fogo; posição aberta.
c. ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no 5.7.8.3 Na impossibilidade de colocação de janela na
da descarga, onde isto é facultativo), de janelas caixa da escada enclausurada protegida, conforme a
abrindo para o espaço livre exterior, atendendo ao alínea “c” do item 5.7.8.1, os corredores de acesso
previsto no item 5.7.8.2; devem:
d. ser dotadas de janela que permita a ventilação em a. ser ventilados por janelas, com distâncias de
seu término superior, com área mínima de 0,80 outras aberturas a no máximo 5 m da porta da
m², devendo estar localizada na parede junto ao escada, abrindo para o espaço livre exterior, com
teto ou no máximo a 20 cm deste, no término da área mínima de 0,80 m2, largura mínima de
escada; 0,80m, situadas junto ao teto ou, no mínimo, a 20
cm deste, devendo ainda prever no topo da caixa
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de escada uma janela de ventilação ou alçapão retangular, obedecendo à proporção máxima de


para saída da fumaça; ou 1:4 entre suas dimensões;
b. ter sua ligação com a caixa da escada por meio de g. ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar,
antecâmaras ventiladas, executadas nos moldes a distância vertical mínima de 30 cm, entre a base
do especificado no item 5.7.9.2 ou 5.7.10. inferior da abertura superior e da base superior da
abertura inferior;
h. ter a abertura de saída de gases e fumaça (DS), no
máximo, a uma distância horizontal de 3 m,
medida em planta, da porta de entrada da
antecâmara, e a abertura de entrada de ar (DE)
situada, no máximo, a uma distância horizontal de
3 m, medida em planta, da porta de entrada da
Figura 7 - Escada enclausurada protegida escada;
i. ter paredes resistentes ao fogo por, no mínimo,
5.7.9 Escadas enclausuradas à prova de fumaça
120 minutos;
(PF)
j. as aberturas dos dutos de entrada de ar e saída de
5.7.9.1 As escadas enclausuradas à prova de fumaça (ver
gases e fumaças das antecâmaras devem ser
Figuras 9, 10 e 11) devem atender ao estabelecido nos
guarnecidas por telas de arame, com espessura
itens 5.7.1 a 5.7.4, exceto o 5.7.3.1 “c”, e:
dos fios superior ou igual a 3 mm e malha com
a. ter suas caixas enclausuradas por paredes
dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm.
resistentes a 120 minutos de fogo;
b. ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços
ou balcões, atendendo as primeiras ao prescrito
no item 5.7.9.2 e os últimos no item 5.7.10;
c. ser providas de portas corta-fogo (PCF) com
resistência de 60 minutos ao fogo.
5.7.9.2 As antecâmaras, para ingressos nas escadas
enclausuradas (Figura 9), devem:
a. ter comprimento mínimo de 1,8 m;
b. ter pé-direito mínimo de 2,5 m; Figura 8 - Ventilação da escada enclausurada protegida e seu
acesso
c. ser dotadas de porta corta-fogo (PCF) na entrada
e na comunicação da caixa da escada, com
resistência de 60 minutos de fogo cada;
5.7.9.3 Não é necessária antecâmara no pavimento de
d. ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar,
descarga da escada;
de acordo com os itens 5.7.9.5.2 a 5.7.9.5.4, os
5.7.9.4 A antecâmara nos subsolos e pavimentos
quais devem ficar entre as PCFs para garantia da
inferiores, até 12 m de altura descendente, terá apenas o
ventilação;
duto de saída de fumaça;
e. ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo
5.7.9.5 Dutos de ventilação natural
situada junto ao piso ou, no máximo, a 20 cm
5.7.9.5.1 Os dutos de ventilação natural devem formar
deste, com área mínima de 0,84 m2 e, quando
um sistema integrado: o duto de entrada de ar (DE) e o
retangular, obedecendo à proporção máxima de
duto de saída de gases e fumaça (DS).
1:4 entre suas dimensões;
5.7.9.5.2 Os dutos de saída de gases e fumaça devem:
f. ter a abertura de saída de ar do duto respectivo
a. ter aberturas somente nas paredes que dão para as
situada junto ao teto ou, no máximo, a 20 cm
antecâmaras;
deste, com área mínima de 0,84 m2 e, quando
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b. ter secção mínima calculada pela seguinte e. ter abertura em sua extremidade inferior ou junto
expressão: ao teto do 1º pavimento, possuindo acesso direto
s = 0,105 x n ao exterior que assegure a captação de ar fresco
onde: respirável, devendo esta abertura ser guarnecida

s = secção mínima em m 2 por telas de arame, com espessura dos fios


superior ou igual a 3 mm e malha com dimensões
n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto;
mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm; que não diminua
c. ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84 m²,
a área efetiva de ventilação, isto é, sua secção
tendo largura mínima de 0,80 m, e, quando de
deve ser aumentada para compensar a redução.
secção retangular, obedecer à proporção máxima
Essa abertura pode ser projetada junto ao teto do
de 1:4 entre suas dimensões;
primeiro pavimento que possua acesso direto ao
d. elevar-se, no mínimo, 3 m acima do eixo da
exterior (Ex.: piso térreo).
abertura da antecâmara do último pavimento
5.7.9.5.5 A secção da parte horizontal inferior do duto de
servido pelo eixo, devendo seu topo situar-se 1 m
entrada de ar deve:
acima de qualquer elemento construtivo existente
a. ser, no mínimo, igual à do duto, em edificações
sobre a cobertura;
com altura igual ou inferior a 30 m;
e. ter, quando não forem totalmente abertos no topo,
b. ser igual a 1,5 vez a área da secção do trecho
aberturas de saída de ar com área efetiva superior
vertical do duto de entrada de ar, no caso de
ou igual a 1,5 vezes a área da secção do duto,
edificações com mais de 30 m de altura.
guarnecidas ou não por venezianas ou
5.7.9.5.6 A tomada de ar do duto de entrada de ar deve
equivalente, devendo essas aberturas ser dispostas
ficar, de preferência, ao nível do solo ou abaixo deste,
em, pelo menos, duas faces opostas com área
longe de qualquer eventual fonte de fumaça em caso de
nunca inferior a 1 m2 cada uma, e se situarem em
incêndio.
nível superior a qualquer elemento construtivo do
5.7.9.5.7 As dimensões dos dutos (item 5.7.9.3.2) são as
prédio (reservatórios, casas de máquinas,
mínimas absolutas, recomendando-se o cálculo exato
cumeeiras, muretas e outros);
dessas dimensões pela mecânica dos fluídos, em especial
f. não serem utilizados para a instalação de
no caso da existência de subsolos e em prédios de
quaisquer equipamentos ou canalizações;
excepcional altura ou em locais sujeitos a ventos
g. ser fechados na base.
excepcionais.
5.7.9.5.3 As paredes dos dutos de saídas de gases e
fumaça devem:
a. ser resistentes, no mínimo, a 120 minutos de
fogo;
b. ter isolamento térmico e inércia térmica
equivalente, no mínimo, a resistência mínima de
120 minutos de fogo, conforme IT 08/11;
c. ter revestimento interno liso.
5.7.9.5.4 Os dutos de entrada de ar devem:
a. ter paredes resistentes ao fogo por 120 minutos,
no mínimo;
Figura 9 - Escada enclausurada à prova de fumaça
b. ter revestimento interno liso;
c. atender às condições das alíneas “a” à “c” e “f” 5.7.9.6 A iluminação natural das caixas de escadas

do item 5.7.9.3.2; enclausuradas, quando houver, deve obedecer aos

d. ser totalmente fechados em sua extremidade seguintes requisitos:

superior; a. ser obtida por abertura provida de caixilho de


perfil metálico reforçado, provido de fecho
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acionável por chave ou ferramenta especial, c. ter piso praticamente em nível ou em desnível
devendo ser aberto somente para fins de máximo de 30 mm dos compartimentos internos
manutenção ou emergência; do prédio e da caixa de escada enclausurada;
b. este caixilho deve ser guarnecido com vidro d. em se tratando de terraço a céu aberto, não
transparente ou não, laminado ou aramado (malha situado no último pavimento, o acesso deve ser
de 12,5 mm), com espessura, mínima de, 6,5 protegido por marquise com largura mínima de
mm; 1,20 m.
c. em paredes dando para o exterior, sua área 5.7.10.2 A distância horizontal entre o paramento externo
2
máxima não pode ultrapassar 0,5 m ; em parede das guardas dos balcões, varandas e terraços que sirvam
dando para antecâmara ou varanda, pode ser de para ingresso às escadas enclausuradas à prova de fumaça
2 e qualquer outra abertura desprotegida do próprio prédio
até 1 m ;
d. havendo mais de uma abertura de iluminação, a ou das divisas do lote deve ser, no mínimo, igual a um

distância entre elas não pode ser inferior a 0,5 m terço da altura da edificação, ressalvado o estabelecido no

e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% item 5.7.10.3, mas nunca a menos de 3 m.

da área da parede em que estiverem situadas. 5.7.10.3 A distância estabelecida no item 5.7.10.2 pode

5.7.10 Escada enclausurada com acesso por balcões, ser reduzida à metade, isto é, a um sexto da altura, mas

varandas e terraços nunca a menos de 3 m, quando:

5.7.10.1 Os balcões, varandas, terraços e assemelhados, a. o prédio for dotado de chuveiros automáticos;

para ingresso em escadas enclausuradas, devem atender b. o somatório das áreas das aberturas da parede

aos seguintes requisitos: fronteira à edificação considerada não ultrapassar

a. ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na um décimo da área total dessa parede;

saída com resistência mínima de 60 minutos; c. na edificação considerada não houver ocupações

b. ter guarda de material incombustível e não vazada pertencentes aos grupos C (comercial) ou I

com altura mínima de 1,30 m; (industrial).


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Figura 10 - Exemplo de dutos de ventilação (corte AB e corte CD)


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5.7.10.4 Será aceita uma distância de 1,20 m, para exigências da IT 13/11 – Pressurização de escada de
qualquer altura da edificação, entre a abertura segurança.
desprotegida do próprio prédio até o paramento externo 5.7.12 Escada aberta externa (AE)
do balcão, varanda ou terraço para o ingresso na escada 5.7.12.1 As escadas abertas externas (Figuras 12 e 13)
enclausurada à prova de fumaça (PF), desde que entre podem substituir os demais tipos de escadas e devem
elas seja interposta uma parede com TRF mínimo de 120 atender aos requisitos dos itens 5.7.1 a 5.7.3, 5.8.1.3 e
minutos (Figura 11). 5.8.2, e:
a. ter seu acesso provido de porta corta-fogo com
resistência mínima de 90 min.;
b. manter raio mínimo de escoamento exigido em
função da largura da escada;
c. atender tão somente aos pavimentos acima do
piso de descarga, terminando obrigatoriamente
neste, atendendo ao prescrito no item 5.11;
d. entre a escada aberta e a fachada da edificação
deverá ser interposta outra parede com TRRF
mínimo de 120 min.;

Figura 11 - Escada enclausurada do tipo PF ventilada por balcão

5.7.10.5 Será aceita a ventilação no balcão da escada à


prova de fumaça, através de janela com ventilação
permanente, desde que:
a. área efetiva mínima de ventilação seja de 1,5 m;
b. as distâncias entre as aletas das aberturas das
janelas tenham espaçamentos de, no mínimo, Figura 12 - Escada aberta externa
0,15 m;
e. toda abertura desprotegida do próprio prédio até a
c. as aletas possuam um ângulo de abertura de no
escada deverá ser mantida distância mínima de 3
mínimo 45 graus em relação ao plano vertical da
m quando a altura da edificação for inferior ou
janela;
igual a 12 m e de 8 m quando a altura da
d. as antecâmaras devem atender o item 5.7.9.2, „a‟,
edificação for superior a 12 m;
„b‟ e „c‟;
e. ter altura de peitoril de 1,3 m;
f. ter distância de, no mínimo, 3 m de outras
aberturas em projeção horizontal, no mesmo nível
ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, e
no mesmo plano de parede;
g. os pisos de balcão, varandas e terraços devem ser
antiderrapantes, conforme item 5.7.1.1, „g‟.
5.7.11 Escadas à prova de fumaça pressurizadas
(PFP)
As escadas à prova de fumaça pressurizadas, ou escadas
pressurizadas, podem sempre substituir as escadas Figura 13 - Escada aberta externa

enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas


f. a distância do paramento externo da escada aberta
à prova de fumaça (PF), devendo atender a todas as
até o limite de outra edificação no mesmo terreno
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ou limite da propriedade deverá atender aos (depósitos) para as escadas e saídas não
critérios adotados na IT 07/11 – Separação entre emergenciais.
edificações; 5.8.2 Corrimãos
g. a estrutura portante da escada aberta externa 5.8.2.1 Os corrimãos devem ser adotados em ambos os
deverá ser construída em material incombustível, lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre
atendendo aos critérios estabelecidos na IT 08/11 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo em escadas,
– Resistência ao fogo dos elementos de essa medida tomada verticalmente da forma especificada
construção, com TRRF de 120 min; no item 5.8.1.2 (Figura 14).
h. na existência de shafts, dutos ou outras aberturas
verticais que tangenciam a projeção da escada
aberta externa, tais aberturas deverão ser
delimitadas por paredes estanques nos termos da
IT 08/11;
i. será admitido esse tipo de escada para edificações
com altura até 45 m.

5.8 Guardas e corrimãos


5.8.1 Guarda-corpos e balaústres
5.8.1.1 Toda saída de emergência, corredores, balcões,
terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas Figura 14 - Dimensões de guardas e corrimãos
e outros deve ser protegida de ambos os lados por paredes
ou guardas (guarda-corpos) contínuas, sempre que houver
qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas. 5.8.2.2 Uma escada pode ter corrimãos em diversas
5.8.1.2 A altura das guardas, medida internamente, deve alturas, além do corrimão principal na altura normal
ser, no mínimo, de 1,10 m ao longo dos patamares, exigida; em escolas, jardins de infância e assemelhados,
escadas, corredores, mezaninos e outros (Figura 14), se for o caso, deve haver corrimãos nas alturas indicadas
medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que para os respectivos usuários, além do corrimão principal.
una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus.
5.8.1.3 As alturas das guardas em escada aberta externa 5.8.2.3 Os corrimãos devem ser projetados de forma a
(AE), de seus patamares, de balcões e assemelhados, poderem ser agarrados fáceis e confortavelmente,
devem ser de no mínimo 1,3 m, medidas como permitindo um contínuo deslocamento da mão ao longo
especificado no item 5.8.1.2. de toda a sua extensão, sem encontrar quaisquer
5.8.1.4 As guardas constituídas por balaustradas, grades, obstruções, arestas ou soluções de continuidade. No caso
telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem: de secção circular, seu diâmetro varia entre 38 mm e 65
a. ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, mm (Figura 15).
grades, telas, vidros de segurança (laminados ou
aramados) e outros, de modo que uma esfera de
15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma
5.8.2.4 Os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no
abertura; mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados e
b. ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias terão largura máxima de 65 mm.
ou quaisquer elementos que possam enganchar
5.8.2.5 Não são aceitáveis, em saídas de emergência,
em roupas; corrimãos constituídos por elementos com arestas vivas,
c. ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, tábuas largas e outros (Figura 15).
exigindo-se o uso de vidros aramados ou de
segurança laminados, se for o caso. Exceção: será
feita às ocupações do grupo I (industrial) e J
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corrimãos devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e


0,70 m do piso acabado.

5.8.3 Exigências estruturais


5.8.3.1 As guardas de alvenaria ou concreto, as grades
de balaustres, as paredes, as esquadrias, as divisórias
leves e outros elementos de construção que envolvam as
saídas de emergência devem ser projetados de forma a:
a. resistir a cargas transmitidas por corrimãos
nelas fixados ou calculadas para resistir a uma
Figura 15 - Pormenores de corrimãos força horizontal de 730 N/m aplicada a 1,10 m
de altura, adotando-se a condição que conduzir
5.8.2.6 Para auxílio das pessoas portadoras de
a maiores tensões (ver Figura 16);
necessidades especiais, os corrimãos das escadas devem
b. ter seus painéis, longarinas, balaústres e
ser contínuos, sem interrupção nos patamares,
assemelhados calculados para resistir a uma
prolongando-se, sempre que for possível pelo menos 0,3
carga horizontal de 1,20 kPa aplicada à área
m do início e término da escada com suas extremidades
bruta da guarda ou equivalente da qual façam
voltadas para a parede ou com solução alternativa.
parte; as reações devidas a esse carregamento
não precisam ser adicionadas às cargas
5.8.2.7 Nas rampas e, opcionalmente nas escadas, os
especificadas na alínea precedente (Figura 16);

Figura 16 - Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir

5.8.3.2 Os corrimãos devem ser calculados para resistir preceitos do corrimão, conforme itens 5.8.2.3, 5.8.2.4 e
a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer ponto deles, 5.8.2.5 desta IT.
verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em 5.8.4 Corrimãos intermediários
ambos os sentidos. 5.8.4.1 Escadas com mais de 2,2 m de largura devem ter
5.8.3.3 Nas escadas internas, tipo NE, pode-se dispensar corrimão intermediário, no máximo, a cada 1,8 m. Os
o corrimão, desde que o guarda-corpo atenda também os lanços determinados pelos corrimãos intermediários
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devem ter, no mínimo, 1,1 m de largura, ressalvado o ele seja ligado a um gerador externo na falta de
caso de escadas em ocupações dos tipos H-2 e H-3, energia elétrica na rede pública;
utilizadas por pessoas muito idosas e portadores de d. deve estar ligado a um grupo motogerador
necessidades especiais, que exijam máximo apoio com (GMG) de emergência.
ambas as mãos em corrimãos, onde pode ser previsto, em 5.9.2.1 O painel de comando deve atender, ainda, às
escadas largas, uma unidade de passagem especial com seguintes condições:
69 cm entre corrimãos. a. estar localizado no pavimento da descarga;
5.8.4.2 As extremidades dos corrimãos intermediários b. possuir chave de comando de reversão para
devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos permitir a volta do elevador a este piso, em caso
para evitar acidentes. de emergência;
5.8.4.3 Escadas externas de caráter monumental podem, c. possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos
excepcionalmente, ter apenas 2 corrimãos laterais, carros no pavimento da descarga, anulando as
independentemente de sua largura, quando forem chamas existentes, de modo que as respectivas
utilizadas por grandes multidões. portas permaneçam abertas, sem prejuízo do
5.9 Elevadores de emergência fechamento do vão do poço nos demais
5.9.1 Obrigatoriedade pavimentos;
É obrigatória a instalação de elevadores de emergência: d. possuir duplo comando, automático e manual
a. em todas as edificações residenciais A-2 e A-3 reversível, mediante chamada apropriada.
com altura superior a 80 m e nas demais 5.9.2.2 Nas ocupações institucionais H-2 e H-3, o
ocupações com altura superior a 60 m, elevador de emergência deve ter cabine com dimensões
excetuadas as de classe de ocupação G-1, e em apropriadas para o transporte de maca.
torres exclusivamente monumentais de ocupação 5.9.2.3 As caixas de corrida (poço) e casas de máquinas
F-2; dos elevadores de emergência devem ser enclausuradas e
b. nas ocupações institucionais H-2 e H-3, sempre totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de
que sua altura ultrapassar 12 m, sendo um máquinas dos demais elevadores. A caixa de corrida
elevador de emergência para cada área de refúgio. (poço) deve ter abertura de ventilação permanente em sua
5.9.2 Exigências parte superior, atendendo às condições estabelecidas na
Enquanto não houver norma específica referente a alínea “d” do item 5.7.8.1.
elevadores de emergência, estes devem atender a todas as 5.9.2.4 O elevador de emergência deve atender a todos
normas gerais de segurança previstas nas NBR 5410/04 e os pavimentos do edifício, incluindo os localizados
NBR 9077/01 (Figura 9): abaixo do pavimento de descarga com altura ascendente
a. ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes superior a 12 m (IT 13/11).
a 120 minutos de fogo, independente dos
5.10 Área de refúgio
elevadores de uso comum;
5.10.1 Conceituação e exigências
b. ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara
ventilada, nos termos de 5.7.9.2, para varanda
conforme 5.7.10, para hall enclausurado e
pressurizado, para patamar de escada
pressurizada ou local análogo do ponto de vista
de segurança contra fogo e fumaça;
c. ter circuito de alimentação de energia elétrica
com chave própria independente da chave geral
do edifício, possuindo este circuito chave
reversível no piso da descarga, que possibilite que
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5.10.1.1 Área de refúgio é a parte de um pavimento 5.10.3.1 Em ocupações H-2 e H-3, as áreas de refúgio
separada por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, não devem ter áreas superiores a 2.000 m².
tendo acesso direto, cada uma delas a pelo menos uma 5.10.3.2 Nessas ocupações H-2 e H-3, bem como nas
escada/rampa de emergência ou saída para área externa ocupações E-6, a comunicação entre as áreas de refúgio
(Figura 17). e/ou entre essas áreas e saídas deve ser em nível ou, caso
haja desníveis, em rampas, como especificado no item
5.6.
5.10.3.3 Se as portas dividirem corredores que
constituem rotas de saída, estas devem ser corta-fogo e à
prova de fumaça conforme estabelecido na NBR 11742 e
serem providas de visor transparente de área mínima de
0,07 m², com altura mínima de 25 cm, com a mesma
resistência ao fogo da porta.

5.11 Descarga
5.11.1 Tipos
Figura 17 - Desenho esquemático da área de refúgio 5.11.1.1 A descarga, parte da saída de emergência de
uma edificação, que fica entre a escada e a via pública ou
5.10.1.2 A estrutura dos prédios dotados de áreas de
área externa em comunicação com a via pública, pode ser
refúgio deve ter resistência conforme IT 08/11 -
constituída por:
Resistência ao fogo dos elementos de construção. As
a. corredor ou átrio enclausurado;
paredes que definem as áreas de refúgio devem
b. área em pilotis;
apresentar resistência ao fogo conforme a IT 08/11 e as
c. corredor a céu aberto.
condições estabelecidas na IT 09/11.
5.11.1.2 O corredor ou átrio enclausurado que for
5.10.2 Obrigatoriedade
utilizado como descarga deve:
É obrigatória a existência de áreas de refúgio em todos os
a. ter paredes resistentes ao fogo por tempo
pavimentos nos seguintes casos:
equivalente ao das paredes das escadas que a ele
a. em edificações institucionais de ocupação E-5, E-
conduzirem, conforme IT 08/11;
6 e H-2 com altura superior a 12 m e na ocupação
b. ter pisos e paredes revestidos com materiais que
H-3 com altura superior a 6 m, bem como, para
atendam as condições da IT 10/11;
esta ocupação, no térreo e/ou 1º pavimento, se
c. ter portas corta-fogo com resistência de 90
nestes houver internação. Nesses casos a área
minutos de fogo; quando a escada for à prova de
mínima de refúgio de cada pavimento deve ser
fumaça ou quando a escada for enclausurada
de, no mínimo, 30% da área de cada pavimento;
protegida; isolando-o de todo compartimento que
b. a existência de compartimentação de área no
com ele se comunique, tais como apartamentos,
pavimento será aceita como área de refúgio,
salas de medidores, restaurante e outros.
desde que tenha acesso direto às saídas de
emergência (escadas, rampas ou portas).
5.10.3 Hospitais e assemelhados
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5.11.1.3 Admite-se que a descarga seja feita por meio de 5.11.2.1 No dimensionamento da descarga, devem ser
saguão ou hall térreo não enclausurado, desde que entre o consideradas todas as saídas horizontais e verticais que
final da descarga e a fachada ou alinhamento predial para ela convergirem.
(passeio) mantenha-se um espaço livre para acesso ao 5.11.2.2 A largura das descargas não pode ser inferior:
exterior, atendendo-se às dimensões exigidas no item a. a 1,20 m, nos prédios em geral, e a 1,65 m e 2,20
5.11.2, sendo admitido nesse saguão ou hall elevadores, m, nas ocupações classificadas com H-2 e H-3
portaria, recepção, sala de espera, sala de estar e salão de por sua ocupação, respectivamente;
festas, bem como, possuam materiais de acabamento e b. a largura calculada conforme 5.4, considerando-
revestimento de classe I ou II-A (Figura 18 - ilustrativa). se esta largura para cada segmento de descarga
entre saídas de escadas (Figura 19), não sendo
5.11.1.4 A área em pilotis que servir como descarga necessário que a descarga tenha, em toda a sua
deve: extensão, a soma das larguras das escadas que a
a. não ser utilizada como estacionamento de ela concorrem.
veículos de qualquer natureza, sendo, quando
necessário, dotada de divisores físicos que
impeçam tal utilização;
b. não será exigido o item anterior, nas edificações
onde as escadas exigidas forem do tipo NE –
(escadas não enclausuradas) e altura até 12 m,
desde que entre o acesso à escada e a área externa
(fachada ou alinhamento predial) possua um
espaço reservado e desimpedido, no mínimo, com
largura de 2,2 m;
c. ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser
utilizada como depósito de qualquer natureza.

Figura 19 - Dimensionamento de corredores de descarga


DESCARGA D
5.11.3 Outros ambientes com acesso
ELEVADOR 5.11.4 Galerias comerciais (galerias de lojas) podem
estar ligadas à descarga desde que seja feito por meio de

ELEVADOR antecâmara enclausurada e ventilada diretamente para o


SAGUÃO LOJA, etc. exterior ou através de dutos, dentro dos padrões
PCF
P90
estabelecidos para as escadas à prova de fumaça (PF),
dotadas de duas portas corta-fogo P-60, conforme
PORTARIA
indicado na Figura 20.

Figura 18 - (ilustrativa) Descarga através de hall térreo não


enclausurado

5.11.1.5 O elevador de emergência pode estar ligado ao


hall de descarga, desde que seja agregado à largura desta
uma unidade de saída (0,55 m).
5.11.2 Dimensionamento
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5.12.3.1 A sinalização de saída deve ser executada


obedecendo à IT 20/11.
5.12.3.2 Nos locais de reunião de público, das divisões
F-1, F-2, F-3, F-5, F-6, F-7, F-8 e F-10 deverá haver na
entrada, em local visível, uma placa indicativa da
capacidade populacional máxima admitida, conforme
projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros, atentando
para o modelo código M2 constante na IT 20/11.
5.12.3.3 Nos locais de reunião de público, das divisões
F-6 e F-7, com capacidade acima de 500 pessoas, deverá
haver na entrada, em local visível ao público, um painel
Figura 20 - Acesso de galeria comercial à descarga
eletrônico que indique a quantidade de pessoas nas áreas
5.12 Iluminação de emergência e sinalização de de público, em tempo real, para controle de acesso do
saída público.
5.12.1 Iluminação das rotas de saídas de emergência
As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou 5.13 Exigências para edificações existentes
artificial em nível suficiente, de acordo com a NBR 5413. 5.13.1 Para as edificações existentes, deve ser aplicada
Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso a IT 43/11 - Adaptação às normas de segurança contra
unicamente diurno, é indispensável a iluminação artificial incêndio – edificações existentes.
noturna.
5.14 Construções subterrâneas, subsolos e edificações
5.12.2 Iluminação de emergência
sem janelas ou sem ventilação natural.
5.12.2.1 A iluminação de emergência deve ser executada
5.14.1 Edificações com estas características devem
obedecendo à IT 18/11.
atender os parâmetros desta Instrução Técnica, bem como
5.12.2.2 As luminárias de emergência localizadas acima
os requisitos da Parte 1, da IT 15.
das portas de saída (intermediárias e finais) em ambientes
fechados com lotação superior a 100 pessoas para as
ocupações F-3, F-5, F-6, F-7 e F-10 devem ser do tipo
balizamento, mantendo-se permanentemente acesas
durante a utilização do ambiente (funcionamento: normal
e emergência).
5.12.3 Sinalização de saídas de emergência
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Anexo A
Tabela 1 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência

Capacidade da Unidade de Passagem


Ocupação (O)
(UP)
População (A)
Acessos / Escadas /
Grupo Divisão Portas
Descargas rampas

A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório (C)


A
Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4 m²
A-3 60 45 100
de área de alojamento (D)
B Uma pessoa por 15 m² de área (E) (G)

C Uma pessoa por 5 m² de área (E) (J) (M)

D Uma pessoa por 7 m² de área (L) 100 75 100

E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula(F)


E
E-5, E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F) 30 22 30

F-1, F-10 Uma pessoa por 3 m² de área (N)

F-2, F-5, F-8 Uma pessoa por m² de área (E) (G) (N) (Q)
F 100 75 100
F-3, F-9 Duas pessoas por m² de área (G) (N) (1:0,5 m²) (Q)
F-6, F-7 Três pessoas por m² de área (G) (N) (P) (Q)
F-4 Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J) (F) (N)

G-1, G-2, G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veículo


G 100 60 100
G-4, G-5 Uma pessoa por 20 m² de área (E)

H-1, H-6 Uma pessoa por 7 m² de área (E) 60 45 100


Duas pessoas por dormitório (C) e uma pessoa por 4
H-2
m² de área de alojamento (E)
H 30 22 30
Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7 m²
H-3
de área de ambulatório (H)
H-4, H-5 Uma pessoa por 7 m² de área (F) 60 45 100

I Uma pessoa por 10 m² de área


100 60 100
J Uma pessoa por 30 m² de área(J)

L-1 Uma pessoa por 3 m² de área


L 100 60 100
L-2, L-3 Uma pessoa por 10 m² de área

M-1 + 100 75 100

M M-3, M-5 Uma pessoa por 10 m² de área 100 60 100

M-4 Uma pessoa por 4 m² de área 60 45 100

Notas:
(A) os parâmetros dados nesta tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população (ver 5.3);
(B) as capacidades das unidades de passagem (1 UP = 0,55 m) em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída
descendente;
(C) em apartamentos de até 2 dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (3 e
mais dormitórios), as salas, gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para
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empregadas) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para
cada 6 m² de área de pavimento;
(D) alojamento = dormitório coletivo, com mais de 10 m²;
(E) por ”Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme terminologia da IT 03;
quando discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão;
(F) auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados
nos grupos de ocupação F-5, F-6 e outros, conforme o caso;
(G) as cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações B, F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é,
uma pessoa por 7 m² de área;
(H) em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por
leito, a área de pavimento correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7 m²;
(I) o símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta IT);
(J) a parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C;
(K) esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados a divisão F-3 e F-7, com população total
superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a IT 12/11;
(L) para ocupações do tipo Call-center, o cálculo da população é de uma pessoa por 1,5 m² de área;
(M) para a área de Lojas adota-se no cálculo “uma pessoa por 7 m² de área”;
(N) para o cálculo da população, será admitido o leiaute dos assentos fixos (permanente) apresentado em planta;
(O) para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a tabela 1 do Decreto Estadual 56.819/2011;
(P) para a ocupação “restaurante dançante” e “ salão de festas” onde há mesas e cadeiras para refeição e pista de dança, o
parâmetro para cálculo de população é de 1 pessoa por 0,67 m² de área;
(Q) para os locais que possuam assento do tipo banco (assento comprido, para várias pessoas, com ou sem encosto) o
parâmetro para cálculo de população é de 1 pessoa por 0,50 m linear, mediante apresentação de leiaute;
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Anexo B
Tabela 2 - Distâncias máximas a serem percorridas

Sem chuveiros automáticos Com chuveiros automáticos

Grupo e Saída única Mais de uma saída Saída única Mais de uma saída
divisão
Andar Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com
de
ocupação detecção detecção detecção detecção detecção detecção detecção detecção
automática automática automática automática automática automática automática automática
de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça
(referência) (referência)
De saída
da
edificação 45 m 55 m 55 m 65 m 60 m 70 m 80 m 95 m
AeB (piso de
descarga)
Demais
40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m
andares
De saída
da
C, D, E, edificação 40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m
F, G-3, (piso de
G-4, G-5, descarga)
H, L e M
Demais
30 m 35 m 40 m 45 m 45 m 55 m 65 m 75 m
andares
De saída
da
edificação 80 m 95 m 120 m 140 m - - - -
I-1 e J-1 (piso de
descarga)
Demais
70 m 80 m 110 m 130 m - - - -
andares
De saída
da
edificação 50 m 60 m 60 m 70 m 80 m 95 m 120 m 140 m
G-1, G-2 (piso de
e J-2 descarga)
Demais
45 m 55 m 55 m 65 m 70 m 80 m 110 m 130 m
andares
De saída
da
edificação 40 m 45 m 50 m 60 m 60 m 70 m 100 m 120 m
I-2, I-3, (piso de
J-3 e J-4 descarga)
Demais
30 m 35 m 40 m 45 m 50 m 65 m 80 m 95 m
andares

Notas:
a. esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3 e F-7, com população total
superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a IT 12/11;
b. para que ocorram as distâncias previstas nesta Tabela e Notas, é necessária a apresentação do leiaute definido em
planta baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, escritórios panorâmicos, galpões e outros). Caso não seja
apresentado o leiaute definido em planta baixa, as distâncias definidas devem ser reduzidas em 30%;
c. para edificações com sistema de controle de fumaça, admite-se acrescentar 50% nos valores acima;
d. para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a tabela 1 do Decreto Estadual 56.819/11;
e. Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída” deve haver uma distância mínima de 10 m entre elas;
Instrução Técnica nº 11/2014 – Saídas de Emergência

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f. Nas áreas técnicas (locais destinados a equipamentos, sem permanência humana e de acesso restrito), a distância
máxima a ser percorrida é de 140 metros.
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Anexo C

Tabela 3 - Tipos de escadas de emergência por ocupação


Dimensão
Altura
H6 6  H  12 12  H  30 Acima de 30
(em metros)
Ocupação
Tipo Tipo Tipo Tipo
Gr. Div.
Esc Esc Esc Esc
A-1 NE NE - -
A-2 NE NE EP PF (1)
A
A-3 NE NE EP PF
B-1 NE EP EP PF
B
B-2 NE EP EP PF
C-1 NE NE EP PF
C C-2 NE NE PF PF
C-3 NE EP PF PF
D - NE NE EP PF
E-1 NE NE EP PF
E-2 NE NE EP PF
E-3 NE NE EP PF
E
E-4 NE NE EP PF
E-5 NE NE EP PF
E-6 NE NE EP PF
F-1 NE NE EP PF
F-2 NE EP PF PF
F-3 NE NE EP PF
F-4 NE NE EP PF
F-5 NE NE EP PF
F
F-6 NE EP PF PF
F-7 NE EP EP PF
F-8 NE EP PF PF
F-9 NE EP EP PF
F-10 NE EP EP PF
G-1 NE NE EP EP
G-2 NE NE EP EP
G-3 NE NE EP PF
G
G-4 NE NE EP PF
G-5 NE NE EP PF
H-1 NE NE EP EP
H-2 NE EP PF PF
H-3 NE EP PF PF
H
H-4 NE NE EP PF
H-5 NE NE EP PF
H-6 NE NE EP PF
I-1 NE NE EP PF
I I-2 NE NE PF PF
I-3 NE EP PF PF
J - NE NE EP PF
L-1 NE EP PF PF
L L-2 NE EP PF PF
L-3 NE EP PF PF
M-1 NE NE EP+ PF+
M-2 NE EP PF PF
M M-3 NE EP PF PF
M-4 NE NE NE NE
M-5 NE EP PF PF
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Notas:
a. para o uso desta tabela, devem ser consultadas as tabelas anteriores desta IT. Para a classificação das ocupações
(grupos e divisões), consultar a tabela 1 do Decreto Estadual 56.819/2011.
b. abreviatura dos tipos de escada:
NE = Escada não enclausurada (escada comum);
EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida);
PF = Escada à prova de fumaça.
c. outros símbolos e abreviaturas usados nesta tabela:
Tipo esc. = Tipo de escada;
Gr. = Grupo de ocupação (uso) - conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio;
Div. = Subdivisão do grupo de ocupação - conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio.
Nota (1) = Em edificações de ocupação do grupo A - divisão A-2, área de pavimento “N” (menor ou igual a 750 m²),
altura acima de 30 m, contudo não superior a 50 m, a escada poderá ser do tipo EP (Escada Enclausurada Protegida),
sendo que acima desta altura (50 m) permanece a escada do tipo PF (Escada Enclausurada à Prova de fumaça);
+ = Símbolo que indica necessidade de consultar IT, normas ou regulamentos específicos (ocupação não coberta por
essa IT);
-= Não se aplica.
d. para as ocupações de divisão F-3, onde o local tratar-se de recintos esportivos e/ou de espetáculos artístico cultural
(exceto ginásios e piscinas com ou sem arquibancadas, academias e pista de patinação), deve ser consultada a IT 12/11;
e. para a divisões F-3 e F-7, com população total superior a 2.500 pessoas, deve ser consultada a IT 12/11;
f. havendo necessidade de duas ou mais escadas de segurança, uma delas pode ser do tipo Aberta Externa (AE), atendendo
ao item 5.7.12 desta IT;
g. para divisões H-2 e H-3: altura superior a 12 m = além das saídas de emergências por escadas (Tabela 3) deve possuir
elevador de emergência (Figura 9) e áreas de refúgio (Figura 18). As áreas de refúgio quando situadas somente em
alguns pavimentos de níveis diferentes deve ter seus acessos ligados por rampa (5.6.1.a). Para as edificações que
possuam área de refúgio em todos os pavimentos (exceto pavimento térreo), não há necessidade de rampa interligando
os diferentes níveis em acessos às áreas de refúgio;
h. o número de Escadas depende do dimensionamento das saídas pelo cálculo da população (Tabela 1) e distâncias
máximas a serem percorridas (Tabela 2);
i. nas edificações com altura acima de 36 m, independente da nota anterior, é obrigatória a quantidade mínima de duas
escadas, exceto para grupo A-2. Nas edificações do grupo A-2, com altura acima de 80 m, independente da nota
anterior, é obrigatória a quantidade, mínima de, duas escadas;
j. as condições das saídas de emergência em edificações com altura superior a 150 m devem ser analisadas por meio de
Comissão Técnica, devido as suas particularidades e risco;
k. nas escadas abaixo do pavimento de descarga, em subsolos, onde está prevista a escada NE, conforme Tabela 3, esta
deve ser enclausurada, dotada de PCF P-90, sem a necessidade de ventilação. Para os subsolos com altura descendentes
com profundidade maior que 12 m, e que tenham sua ocupação diferente de estacionamento (garagens - G1 e G2),
devem ser projetados sistemas de pressurização para as escadas.
Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 249

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 12/2011

Centros esportivos e de exibição –


requisitos de segurança contra incêndio

SUMÁRIO ANEXOS

Figura 1: Detalhe do comprimento e número máximo


1 Objetivo
de assentos
2 Aplicação
Figura 2: Barreiras, guarda-corpos e corrimãos
3 Referências normativas e bibliográficas centrais: cargas de projeto, alturas e disposições

4 Definições Figura 3: Detalhe das dimensões dos assentos e dos


patamares
5 Área de acomodação do público – setores
Figura 4: Dimensões dos corrimãos e guarda-corpos
6 Saídas (normais e de emergência) das escadas

7 Dimensionamento das saídas Figura 5: Detalhe dos assentos nos patamares e


guarda-corpos (barreiras)
8 Medidas específicas
Figura 6: Corrimãos centrais e laterais
9 Edificações de caráter temporário
Figura 7: Detalhe de patamares para público em pé
10 Edificações existentes
Figura 8: Distâncias a percorrer e acessos
11 Prescrições diversas
Figura 9: Barreiras antiesmagamento – posição e
resistência mecânica
Figura 10: Barreiras antiesmagamento – contínuas e
não-contínuas

Figura 11: Perspectiva de vomitório padrão

Figura 12: Perspectiva de corrimãos centrais e laterais

Figura 13: Saídas e escoamento do público

Figura 14: Obstáculos na entrada de acesso

Figura 15: Sinalização de lotação

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011
e pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

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250 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 251

1 OBJETIVO 4 DEFINIÇÕES
Estabelecer os requisitos mínimos necessários para a segu- Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
rança contra incêndio e pânico em centros esportivos e de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições especí-
exibição, em especial quanto à determinação da população ficas abaixo:
máxima e o dimensionamento das saídas, visando à prote-
4.1 Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do
ção da vida, atendendo ao previsto no Decreto Estadual
pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída para se
nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio
alcançar uma escada, ou uma rampa, ou uma área de
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
refúgio, ou descarga para saída do recinto. Os acessos
podem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos,
2 APLICAÇÃO balcões, varandas, terraços e similares.
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações 4.2 Acesso lateral: é um corredor de circulação paralelo às
enquadradas nas Divisões F-3 (estádios, ginásios, rodeios, filas (fileiras) de assentos ou arquibancadas, geralmente pos-
arenas e similares) e F-7 (construções provisórias para público, sui piso plano ou levemente inclinado (rampa) (ver Figura 1).
circos, arquibancadas e similares), permanentes ou não,
fechadas ou abertas, cobertas ou ao ar livre. 4.3 Acesso radial: é um corredor de circulação que dá aces-
so direto na área de acomodação dos espectadores (patama-
2.1.1 Quando houver lotação inferior a 2.500 pessoas, para res das arquibancadas), podendo ser inclinado (rampa) ou
edificações permanentes, admite-se que os parâmetros de com degraus. Deve ter largura mínima de 1,20 m (ver Figura 1).
saídas sejam dimensionados conforme a Instrução Técnica
nº11/11 - Saídas de Emergência. 4.4 Arquibancada: série de assentos em filas sucessivas,
cada uma em plano mais elevado que a outra, em forma de
2.2 A IT 11/11 complementa o presente texto nos assuntos degraus, que se destina a dar melhor visibilidade aos especta-
não detalhados nesta IT. dores, em estádios, anfiteatros, circos, auditórios etc. Podem
ser providas de assentos (cadeiras ou poltronas) ou não. Há
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS também a modalidade de arquibancadas para público em pé.

BRASIL. Decreto nº6.795, de 16 de março de 2009. Regula- 4.5 Assento rebatível: mobiliário que apresenta duas peças
menta o art. 23 da Lei nº10.671, de 15 de maio de 2003. principais, encosto e assento. A peça do assento possui
características retráteis que permanece na posição recolhida
BRASIL. Lei nº10.671, de 15 de maio de 2003. Dispõe sobre
quando desocupada.
o Estatuto de Defesa do Torcedor e dá outras providências.
COELHO, Antônio Leça. Modelação matemática do abandono 4.6 Barreiras: estruturas físicas destinadas a impedir ou
de edifícios sujeitos à ação de um incêndio. Faculdade de dificultar a livre circulação de pessoas.
Engenharia da Universidade do Porto, Portugal. 4.7 Barreiras antiesmagamento: barreiras destinadas a
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO evitar esmagamentos dos espectadores, devido à pressão
DE SÃO PAULO. Instruções Técnicas. São Paulo, 2011. da multidão aglomerada nas áreas de acomodação de público
em pé.
COTÉ, Ron. NFPA-101 - Life Safety Code Handbook. 18.ed.
Quincy: NFPA, 2000. 4.8 Bloco: agrupamento de assentos preferencialmente
FIFA. Football Stadiums - Technical recommendations and localizados entre dois acessos radiais ou entre um acesso
requirements. 4.ed. FIFA: Zurich, 2007. radial e uma barreira.
GUIDE TO SAFETY AT SPORTS GROUNDS (Green Guide). 4.9 Descarga: parte da saída de emergência que fica entre
5.ed. United Kingdom, 2008. a escada ou a rampa e a via pública ou área externa em
comunicação com a via pública, pode ser constituída por
NBR 15.476 – Móveis plásticos - assentos plásticos para
corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto.
estádios desportivos e lugares públicos não cobertos.
NBR 15.816 – Móveis plásticos - assentos plásticos para 4.10 Local de segurança: local fora da edificação, no qual
estádios desportivos e lugares públicos fechados. as pessoas estão sem o perigo imediato dos efeitos do fogo
(ver Figura 13).
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão.
4.11 Local de relativa segurança: local dentro de uma
NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmos-
edificação ou estrutura onde, por um período limitado de tempo,
féricas.
as pessoas têm alguma proteção contra os efeitos do fogo e da
NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços fumaça. Este local deve possuir resistência ao fogo e elemen-
e equipamentos urbanos. tos construtivos (de acabamento e de revestimento)
PAULS, JAKE . Movement of People. Fire Protection incombustíveis, proporcionando às pessoas continuarem sua
Engineering. 2ed. Quincy: NFPA,1995. saída para um local de segurança. Exemplos: escadas de se-
PORTARIA Nº PM3-001/02/96, que disciplina o disposto na gurança, escadas abertas externas, corredores de circulação
Resolução SSP-122/85, baixando instrução técnica para a (saída) ventilados (mínimo de 1/3 da lateral com ventilação
realização das vistorias prévias. permanente). (ver Figura 13).
PORTUGAL. Decreto Regulamentar nº 34/95, de 16 de 4.12 Plano de abandono: conjunto de normas e ações
dezembro de 1995. Regulamento das Condições Técnicas e visando à remoção rápida, segura, de forma ordenada e
de Segurança dos Recintos de Espetáculos e Divertimentos eficiente de toda a população fixa e flutuante da edificação
Públicos. em caso de uma situação de sinistro.

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252 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.13 Plano de emergência: documento estabelecido em serem identificadas nas laterais dos acessos radiais, em cor
função dos riscos da edificação, que encerra um conjunto de contrastante com a superfície.
ações e procedimentos a serem adotados, visando à 5.1.7 As numerações dos ingressos devem conter a identifi-
proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio, bem cação do setor (com sua cor destacada), do bloco, da fila e do
como a redução das consequências de sinistros. assento. Tal medida objetiva: controlar e facilitar o acesso do
4.14 Posto de comando: local fixo ou móvel, com repre- público; evitar tumultos durante a acomodação dos especta-
sentantes de todos os órgãos envolvidos no atendimento de dores; coibir possíveis vendas de ingressos acima da capaci-
uma emergência. dade do recinto.

4.15 Sala de comando e controle: local instalado em pon- 5.1.8 Os setores das arquibancadas para público em pé
to estratégico que proporcione visão geral de todo recinto devem ser dotados de barreiras antiesmagamento – ver
(setores de público, campo, quadra, arena etc.), devidamente Capítulo “Guarda-corpos (barreiras) e corrimãos”.
equipado com todos os recursos de informação e de comuni-
5.2 Patamares (degraus) das arquibancadas
cação disponíveis no local, destinado à coordenação inte-
grada das operações desenvolvidas pelos órgãos de Defesa 5.2.1 O comprimento máximo dos patamares das arquiban-
Civil e Segurança Pública em situação de normalidade. cadas deve obedecer às seguintes regras:
4.16 Setor: espaço delimitado para acomodação dos 5.2.2 Para estádios e similares (arquibancadas permanen-
espectadores, permitindo a ocupação ordenada do recinto. tes): 20 metros, quando houver acesso em ambas extremida-
Definido por um conjunto de blocos. des do patamar; e, 10 metros, quando houver apenas um
acesso (ver Figura 7).
4.17 Taxa de fluxo (F): número de pessoas que passam, por
minuto, por determinada largura de saída (pessoas/minuto). 5.2.3 Para ginásios cobertos e similares (locais internos) e
para arquibancadas provisórias (desmontáveis): 14 metros,
4.18 Tempo de saída: é o tempo no qual todos os especta- quando houver acessos nas duas extremidades; e, 7 metros,
dores, em condições normais, conseguem deixar a respectiva quando houver apenas um acesso.
área de acomodação (setor) e adentrarem em um local
5.2.4 A altura e largura dos degraus das arquibancadas,
seguro ou de relativa segurança.
para público em pé (quando permitido), devem possuir as
Nota: seguintes dimensões:
Não inclui o tempo total necessário para percorrer a circulação inteira a. altura máxima de 0,19 m;
de saída (do assento ao exterior).
b. largura mínima de 0,40 m (ver Figura 7).
5.2.5 A altura e largura dos patamares (degraus) das arqui-
4.19 Túnel de saída ou “vomitório”: passagem coberta que bancadas (ver Figura 7), para público sentado (cadeiras
interliga as áreas de acomodação do público (arquibanca- individuais ou assentos numerados direto na arquibancada,
das) às circulações de saída ou de entrada do recinto. quando permitido), devem possuir as seguintes dimensões:
a. altura máxima de 0,57 m;
5 ÁREA DE ACOMODAÇÃO DO PÚBLICO – SETORES
b. largura mínima de 0,80 m. Para maior conforto do usuário,
5.1 Generalidades recomenda-se mínimo de 0,85 m.
5.1.1 Os recintos para eventos desportivos devem ser setori- 5.2.5.1 Para edificações existentes, admite-se que os
zados em função de suas dimensões a fim de evitar-se que, em degraus das arquibancadas tenham largura mínima de 0,75 m,
uma situação de emergência, o movimento dos ocupantes desde que haja:
venha a saturar determinadas rotas de fuga, bem como possibi- a. redução de 25% no comprimento máximo do patamar,
litar às equipes de segurança, socorro e salvamento, condições constante no item 5.2.1, quando os assentos das
para executarem suas respectivas ações nos diversos eventos. cadeiras (poltronas) forem rebatíveis;
5.1.2 Em todos os setores devem ter saídas suficientes, em b. redução de 50% no comprimento máximo do patamar,
função da população existente, sendo exigidas, no mínimo, constante no item 5.2.1, quando os assentos das
duas alternativas de saída, em lados distintos. Recomenda- cadeiras (poltronas) forem não-rebatíveis (tipo concha)
se que cada setor tenha lotação máxima de 10.000 pessoas. ou quando não houver assentos fixos.
5.1.3 Somente são considerados lugares destinados a 5.2.5.2 Para arquibancadas provisórias (desmontáveis, sem
espectadores aqueles inseridos dentro dos setores previa- cadeiras ou poltronas), aceita-se largura mínima do patamar
mente estabelecidos e com rotas de fuga definidas. de 0,70 m. Caso haja cadeiras ou poltronas, aceita-se largura
5.1.4 As rotas de fuga dos espectadores devem ser inde- mínima de 0,75m, com redução em 25% do comprimento
pendentes das rotas de fuga dos atletas ou artistas que se máximo do patamar.
apresentam no recinto. 5.2.6 Quando os próprios patamares da arquibancada são
5.1.5 Recomenda-se que os setores sejam identificados por usados como degraus de escada, a altura máxima destes
meio de cores diferenciadas e predominantes. deve ser de 0,15 a 0,19 m.

5.1.6 Os setores, as fileiras e os assentos dos espectadores 5.3 Inclinação das arquibancadas
(inclusive quando o assento for no próprio patamar da arqui- 5.3.1 Nos setores com assentos fixos (cadeiras ou poltronas),
bancada) devem ser devidamente numerados e identifica- a inclinação máxima deve ser de 37 graus (recomenda-se
dos, com marcação fixa e visível, devendo também as fileiras inclinação de 34 graus).

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Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 253

5.3.1.1Nos setores cuja inclinação superar ou igualar-se a 32 para prover aos espectadores uma circulação livre e
graus, é obrigatória a instalação de guarda-corpos na frente desimpedida até que eles consigam atingir a área externa da
de cada fila de assentos (ver Figura 3). A altura dessas barrei- edificação, devendo apresentar este planejamento no plano de
ras deve ser, no mínimo, de 0,70 m do piso e sua resistência emergência. Assim, deve-se assegurar que:
mecânica mínima de 1,5 kN/m (Kilonewton por metro). a. haja números suficientes de saídas em posições ade-
5.3.2 Nos setores com assento no próprio patamar da arqui- quadas (distribuídas de forma uniforme);
bancada (sem cadeiras), a inclinação máxima deve ser de 25 b. todas as áreas de circulações de saída tenham largu-
graus. ras adequadas à respectiva população;
5.3.3 Nos setores com arquibancadas para público em pé, a c. as pessoas não tenham que percorrer distâncias exces-
inclinação não deve ser superior a 25 graus, sendo recomen- sivas para sair do local de assistência (acomodação),
dada a inclinação de 10 graus (ver Capítulo “Guarda-corpos devendo ser adotadas as rotas mais diretas possíveis;
(barreiras) e corrimãos” sobre exigência de barreiras anties- d. haja dispositivos que direcionem o fluxo de pessoas
magamentos). que irão adentrar em uma rota de fuga, conforme
dimensionamento das saídas;
5.4 Assentos
e. as saídas tenham sinalização e identificação adequa-
5.4.1 Os assentos individuais (cadeiras ou poltronas) das das, tanto em condições normais como em emergência;
arquibancadas, destinados aos espectadores, devem obe- f. haja controle de acesso do público, visando à garantia
decer às características abaixo (ver Figuras 3 e 5): da lotação máxima estabelecida.
5.4.1.1 Serem projetados, conforme normas técnicas, com
6.1.4 Nas saídas, os elementos construtivos e os materiais
resistência mecânica suficiente para os esforços solicitados;
de acabamentos e de revestimento devem ser de Classe I
5.4.1.2 Serem constituídos com material incombustível ou (incombustíveis). Ver prescrições da IT 10/11 - Controle de
retardante ao fogo, conforme normas técnicas; materiais de acabamento e de revestimento.
5.4.1.3 Cada assento deverá possuir, no mínimo, 0,42 m de
6.1.5 O piso das áreas destinadas à saída do público (inclu-
largura útil e deve ser instalado, no mínimo, a cada 50 cm
indo os patamares das arquibancadas), além de ser incom-
entre eixos, medidos centralizadamente;
bustível, deve também ser executado em material antiderra-
5.4.1.4 Terem encosto mínimo: 0,30 m de altura (ver Figura 3); pante e conter sinalização complementar de balizamento
5.4.1.5 Terem espaçamento mínimo de 0,40 m para circula- conforme normas pertinentes.
ção nas filas, entre a projeção dianteira de um assento de
6.1.6 As circulações não podem sofrer estreitamento em
uma fila e as costas do assento em frente (ou guarda-corpo).
sua largura, no sentido da saída do recinto, devendo, no
Para edificações existentes admite-se este espaçamento com
mínimo, manter a mesma largura ou, no caso de aumento
0,35 m (ver Figuras 3 e 5).
de fluxo na circulação, deve-se dimensionar para o novo
5.4.1.6 Serem afixados de forma a não permitir sua remoção número de pessoas.
ou desprendimento de partes, manualmente;
6.1.7 As saídas devem possuir, no mínimo, 1,20 m de largura.
5.4.2 Os estádios com público superior a 35.000 pessoas Para edificações existentes se aceita 1,10 m.
devem adotar assentos rebatíveis, exceto se o degrau (patamar)
da arquibancada possuir largura igual ou superior a 1,10 m. 6.1.8 As portas e passagens nas circulações devem ter altura
mínima de 2,20 m para edificações novas e de 2,00 m para as
5.4.3 À frente da primeira fileira de assentos fixos, nas cotas existentes.
inferiores dos setores das arquibancadas, deve ser mantida
a distância mínima de 0,55 m para circulação (ver Figura 5). 6.1.9 As saídas devem ser dimensionadas em função da
população de cada setor considerado, sendo que deve haver,
6 SAÍDAS (NORMAIS E DE EMERGÊNCIA) no mínimo, duas opções (alternativas) de fuga, em lados
distintos, em cada setor.
6.1 Generalidades
6.1.10 Para recintos com previsão de público igual ou
6.1.1 As saídas podem ser nominadas didaticamente em:
superior a 2.500 pessoas, deverá ser elaborado plano de
a. acessos; emergência, devendo constar as plantas ou croquis que
b. circulações de saídas horizontais e verticais e respec- estabeleçam o “plano de abandono” de cada um dos setores.
tivas portas, quando houver; Cópia do plano de emergência deve ser mantida na sala de
c. escadas ou rampas; comando e controle do recinto.
d. descarga; 6.1.11 As saídas que não servem aos setores de
e. espaços livres no exterior. arquibancadas ou à plateia devem seguir aos parâmetros da
IT 11/11 - Saídas de emergência.
6.1.2 É importante que se forneça, nos recintos de grande
aglomeração de pessoas, circulações de saída capazes de 6.1.12 Os acessos destinados aos portadores de necessidades
comportar, de forma segura, a passagem das pessoas dentro especiais devem observar, ainda, os critérios descritos na
de um período de tempo aceitável, evitar o congestionamento NBR 9050.
das saídas e o estresse psicológico. 6.1.13 Toda circulação horizontal deve estar livre de obstá-
6.1.3 Os responsáveis pela edificação e pela segurança do culos e permitir o acesso rápido e seguro do público às
evento devem assegurar que as vias de saída estão planejadas saídas verticais dos respectivos pisos ou à área de descarga.

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254 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

6.1.13.1 Locais de vendas e outros locais de acúmulo de segurança. Para este cálculo, deve ser considerada uma ca-
pessoas devem distar, no mínimo, 5 m das saídas dos setores pacidade máxima de 660 espectadores por catraca por hora.
(ver Figura 13).
6.1.25 Ao lado das entradas devem ser previstas portas ou
6.1.13.2 Nos túneis de saída ou de acesso de público portões de saída dos espectadores, dimensionados de
(“vomitórios”) não devem ser dispostos obstáculos ou acordo com o estabelecido nesta IT, com as respectivas
aberturas (portas, janelas) que criem acúmulo de pessoas, sinalizações, não podendo ser obstruídos pela movimentação
visando assim evitar interferências no fluxo de saída. de entrada do público ao recinto (em caso de emergência,
6.1.14 Os desníveis existentes nas saídas horizontais devem devem estar livres e prontas para o uso). Para tanto, junto aos
ser vencidos por rampas de inclinação não superior a 10% e portões, durante o acesso do público ao recinto, deve ter,
patamar horizontal de descanso a cada 10 m. permanentemente, monitoramento pelo pessoal do serviço
de segurança, de forma a garantir o abandono rápido das
6.1.15 Nas barreiras ou alambrados que separam a área pessoas que já se encontram em seu interior.
do evento (arena, campo, quadra, pista etc.) dos locais
acessíveis ao público devem ser previstas passagens que 6.1.26 Portas e portões de correr ou de enrolar não devem
permitam aos espectadores sua utilização em caso de ser usados nas saídas (proibido), pois são incapazes de
emergência, mediante sistema de abertura acionado pelos serem abertos quando há pressão exercida na direção do
componentes do serviço de segurança ou da brigada de fluxo da multidão; e, também, por possuírem mecanismos ou
incêndio. Essas passagens devem ser instaladas ao final de trilhos que são suscetíveis a travamentos (emperramentos).
todos os acessos radiais e devidamente sinalizadas, 6.1.27 As circulações devem ser iluminadas e sinalizadas
preferencialmente, na cor amarela. com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o
6.1.16 Quando houver mudanças de direção, as paredes não estabelecido e adotado na IT 18/11 - Iluminação de
devem ter cantos vivos. emergência e IT 20/11 - Sinalização de emergência.
6.1.17 As portas e os portões de saída do público devem 6.1.28 Todas as saídas (portas, portões) devem ser
abrir sempre no sentido de fuga das pessoas, e possuir largu- claramente marcadas, nos 2 lados (interno e externo), com
ra dimensionada para o abandono seguro da população do seus respectivos números de identificação, para facilitar o
recinto, porém, nunca inferior a 1,20 m. deslocamento rápido em caso de emergência.
6.1.18 As portas e os portões de saída devem ser providos de 6.2 Saídas verticais - escadas ou rampas
sistema de destravamento rápido (Exemplo: barra antipânico),
não sendo permitido qualquer tipo de travamento no sentido As saídas verticais (escadas ou rampas) devem, ainda,
de saída do recinto. satisfazer as exigências descritas a seguir:

6.1.19 Nenhum sistema de saída deve ser fechado de modo 6.2.1 Serem contínuas desde o piso ou nível que atendem
que não possa ser facilmente e imediatamente aberto em até o piso de descarga ou nível de saída do recinto ou setor.
caso de emergência, devendo ser monitorado pelo serviço 6.2.2 Terem largura mínima de 1,20 m. As escadas, quando
de segurança. possuírem largura superior a 2,40 m, devem ser subdividi-
6.1.20 As saídas finais devem ser monitoradas pessoalmente das, por meio de corrimãos em canais com largura mínima de
pela segurança, enquanto o recinto for utilizado pelo público. 1,20 m e máxima de 1,80 m (ver Figuras 5 e 14).
6.1.21 Todas as portas e portões de saída dos respectivos 6.2.3 Terem corrimãos contínuos em ambos os lados, com
setores devem ser mantidos na posição totalmente aberta altura entre 0,80 m a 0,92 m, e guarda-corpos (onde aplicável)
antes do fim do evento. Quando abrir, não deve obstruir qual- com altura mínima de 1,10 m. Ambos atendendo aos requisi-
quer tipo de circulação (corredores, escadas, descarga etc.). tos do item 6.4 – Guarda-corpos (barreiras) e corrimãos.
O responsável pela segurança deve verificar ou ser informa- 6.2.4 Terem, atendido aos requisitos do item 6.4.
do quando todas as portas e portões das saídas finais estive-
rem seguramente na posição aberta, com prazo suficiente 6.2.5 Devem ser construídas em lances retos e sua mudança
para garantir o egresso seguro do público. de direção deve ocorrer em patamar intermediário e plano.
6.1.21.1 Deverão ser observadas medidas que permitam a 6.2.6 O lanço máximo, entre 2 patamares de escada ou ram-
saída do público de torcidas distintas, separadamente, pa, consecutivos, não deve ultrapassar 3,20 m de altura. Para
devendo estas saídas atenderem proporcionalmente ao as escadas, recomenda-se que a cada lanço de 12 degraus
público a que se destinam. seja interposto um patamar.
6.1.22 Não devem existir peças plásticas em fechaduras, 6.2.7 Os patamares devem ter largura mínima igual à da
espelhos, maçanetas, dobradiças e outros. escada (ou rampa), e comprimento conforme a seguir:
6.1.23 As catracas de acesso devem ser reversíveis, para a. quando houver mudança de direção na escada ou na
permitir a saída do recinto, em caso de necessidade, a qual- rampa, o comprimento mínimo dos patamares deve
quer momento, sendo que esses espaços não são aceitos e ser igual à largura da respectiva saída;
não devem ser computados como parte do sistema de saída b. caso não haja mudança de direção, o comprimento
normal ou de emergência. mínimo deve ser igual a 1,20 m (exemplo: patamar
entre dois lanços na mesma direção).
6.1.24 As catracas devem ser dimensionadas para atender a
todo o público e a seu acesso em um tempo máximo de 1 hora 6.2.8 Elevadores e escadas rolantes não são aceitos como
com a devida agilidade e atendimento aos procedimentos de saídas de emergência.

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Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 255

6.2.9 Os degraus das escadas (exceto os acessos radiais) 6.3.2 Nos acessos ao recinto devem ser planejadas áreas
devem atender aos seguintes requisitos: de acúmulo de público suficientemente dimensionadas para
a. altura dos espelhos dos degraus (h) deve situar-se conter o público com segurança, organizado em filas antes
entre 0,15 m e 0,18 m, ou seja, 0,15 m ≤ h ≤ 0,18 m, de passar pelas catracas.
com tolerância de 0,005 m (0,5 cm); 6.3.3 No dimensionamento da área de descarga, devem ser
b. largura mínima das pisadas (b): 0,27 m; consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para
c. o balanceamento dos degraus deve atender a relação ela convergirem.
entre altura do espelho (h) e a largura da pisada (b), a 6.3.4 As descargas devem atender aos seguintes requisitos:
saber: 0,63 ≤ 2 h + b ≤ 0,64 (m).
a. não serem utilizadas como estacionamento de veícu-
6.2.9.1 Os degraus dos acessos radiais, nas arquibancadas, los de qualquer natureza. Caso necessário, prever
devem ser balanceados em função da inclinação da arqui- divisores físicos que impeçam tal utilização;
bancada e das dimensões dos patamares. b. serem mantidas livres e desimpedidas, não devendo
6.2.10 Em áreas de uso comum não são admitidas escadas ser dispostas dependências que, pela sua natureza
em leque, caracol ou helicoidal. ou sua utilização, possam provocar a aglomeração de
público, tais como bares, pistas de dança, lojas de
6.2.11 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: “souvenir” ou outras ocupações;
a. na descarga e acesso de elevadores de emergência; c. não serem utilizadas como depósito de qualquer
b. quando a altura a ser vencida não permitir o dimensio- natureza;
namento equilibrado dos degraus de uma escada; d. serem distribuídas de forma equidistante e de maneira
c. para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das a atender o fluxo a elas destinado e o respectivo cami-
edificações para acesso de portadores de necessida- nhamento máximo;
des especiais (ver NBR 9050). e. não possuir saliências, obstáculos ou instalações que
6.2.12 As rampas devem ser dotadas de guardas e corri- possam causar lesões em caso de abandono de emer-
mãos nas laterais. gência.

6.2.13 As rampas não podem terminar em degraus ou 6.4 Guarda-corpos (barreiras) e corrimãos
soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por
6.4.1 As saídas devem ser protegidas, de ambos os lados,
patamares planos.
com guarda-corpos e/ou corrimãos (conforme o caso)
6.2.14 Os patamares das escadas e rampas devem ser sempre que houver qualquer desnível maior de 18 cm.
sempre em nível. 6.4.2 A altura das guardas (barreiras) internas deve ser, no
6.2.15 As rampas podem suceder um lanço de escada, no mínimo, de 1,10 m e sua resistência mecânica varia de acor-
sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo. do com a sua função e posicionamento (ver Figuras 2 e 5).

6.2.16 Não é permitida a colocação de portas em rampas, 6.4.2.1 No perímetro de proteção dos túneis de acesso
sendo que estas devem estar situadas sempre em patamares (vomitórios), para compor a altura mínima de 1,10 m,
planos, com comprimento não inferior à da folha da porta de recomenda-se que até a altura 0,90 m (90 cm) a guarda seja
cada lado do vão. confeccionada com concreto (ver Figura 11).

6.2.17 As inclinações das rampas não devem exceder a 10% 6.4.3 As arquibancadas cujas alturas em relação ao piso de
(1:10). descarga sejam superiores a 2,10 m devem possuir fecha-
mento dos encostos (guarda-costas) do último nível superior
6.2.18 As saídas que não servem aos setores de arquiban- de assentos, de forma idêntica aos guarda-corpos, porém, com
cadas ou à plateia devem atender aos parâmetros estabele- altura mínima de 1,80 m em relação a este nível (ver Figura 5).
cidos no item 7.2.3.
6.4.4 O fechamento dos guarda-corpos deve ser feito por
6.2.19 Devem ser previstos espaços adequados para porta- meio de balaústres, com vão máximo de 0,15 m entre eles,
dores de necessidades especiais, atendendo aos critérios podendo ser utilizadas longarinas quando o uso de balaústres
descritos nas normas técnicas pertinentes. for inviável.

6.3 Descarga e espaços livres no exterior 6.4.5 Os guarda-corpos não devem possuir vãos (aberturas)
superiores a 15 cm (ver requisitos na IT 11/11 – Saídas de
6.3.1 Cuidados especiais devem ser adotados pela organi- emergência).
zação do evento e pelas autoridades competentes para que
a descarga do público tenha fluxo suficiente na área externa, 6.4.6 Os corrimãos devem ser adotados em ambos os lados
ao redor do recinto, para se evitar congestionamento nas das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm
circulações internas da edificação, o que comprometeria as e 92 cm acima do nível do piso atendendo também aos de-
saídas do recinto, mesmo que corretamente dimensionadas. mais requisitos previstos na IT 11/11.
Dessa forma, medidas de segurança devem ser adotadas 6.4.7 Nos acessos radiais das arquibancadas com inclina-
para se evitar a aglomeração de público nas descargas ção superior a 32 graus, quando houver acomodações ou
externas do recinto, por exemplo: desvios de trânsito nas vias assentos em ambos os lados, os corrimãos devem ser laterais
próximas ao recinto, proibição de “comércio” nas proximida- (individuais por fila) ou centrais, com altura entre 80 e 92 cm
des das saídas etc. e resistência mínima de 2,00 KN/m. Quando forem centrais,

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256 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

devem possuir intervalos (aberturas), pelo menos, a cada cinco 7.1.5 Nos setores destinados ao público em pé, o cálculo se dá
fileiras de bancos, visando facilitar o acesso ao assento e pela densidade (D) máxima permitida, de 4 pessoas por m² da
permitir a passagem de um lado para o outro (ver Figuras 5 e área útil destinada aos espectadores (Dmáx. = 4 pessoas/m²);
10). Esses intervalos (aberturas) terão uma largura livre, contudo, deve-se adotar, para disponibilização de ingressos
horizontalmente, entre 70 cm a 90 cm (correspondente à (lotação real), a densidade (D) de 3 pessoas por m² (D = 3
largura do patamar). pessoas/m² - fator de segurança e controle de lotação);
6.4.8 Os corrimãos devem possuir as terminações (pontas) 7.1.6 Quando a área do gramado, do campo, da pista, da qua-
arredondadas ou curvas. dra, da arena de rodeios etc. for usada para espectadores, a
densidade máxima deve ser de 3 pessoas por m² (Dmáx. = 3
6.4.9 As escadas com mais de 2,40 m de largura, devem ser
pessoas/m²), com tempo máximo para evacuação de 5 minutos.
subdividas com corrimãos centrais, formando canais de
Neste caso o dimensionamento das saídas, como fator de
circulação, espaçados a intervalos entre 1,20 m a 1,80 m,
segurança, deve atender ao disposto acima (D = 4 pessoas/m²).
sendo que, neste caso, as extremidades devem ser dotadas
de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes. 7.1.6.1 Para este tipo de uso, as autoridades competentes
devem ser consultadas quanto às possíveis restrições.
6.4.10 Os corrimãos devem ser construídos para resistir a
uma carga de 900 N (Newton), em qualquer ponto, aplicada 7.1.6.2 O público do gramado deve ser computado no
verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em am- dimensionamento das saídas permanentes do recinto.
bos os sentidos. 7.1.7 No caso de camarotes que não possuam cadeiras
6.4.11 Nas escadas comuns e rampas não enclausuradas fixas, a densidade (D), para fins de cálculo, é de 2,5 pessoas
pode-se dispensar o corrimão, desde que o guarda-corpo aten- por m² da área bruta do camarote.
da também aos preceitos do corrimão, conforme IT 11/11. 7.1.7.1 No caso de camarotes que possuam mobiliários
(cadeiras, poltronas, mesas), a população será definida
6.4.12 Para escadas de escoamento e circulação de público
conforme o leiaute.
com largura útil total maior que 3,60 m, é recomendada a
colocação de barreiras retardantes antes da chegada às 7.1.8 A organização dos setores com as respectivas lota-
mesmas para um melhor controle e promoção de um ritmo ções deve ser devidamente comprovada pelos responsáveis
contínuo de público. dos respectivos eventos, por meio de memorial de cálculo,
sendo tais informações essenciais para o dimensionamento
6.4.13 As barreiras antiesmagamentos devem ser previstas
das rotas de fuga.
nas arquibancadas para público em pé, espaçadas em
função da inclinação (ver Figura 9), possuindo os seguintes 7.1.9 Nos setores de público em pé, medidas de segurança
requisitos: devem ser adotadas, pela organização do evento e pelas
a. serem contínuas; autoridades competentes, para se evitar que haja migração
de determinadas áreas para outras com maior visibilidade do
b. terem alturas de 1,10 m;
evento, provocando assim uma saturação de alguns pontos e
c. não possuírem pontas ou bordas agudas. As bordas esvaziamento de outros. Nesse caso, barreiras físicas e
devem ser arredondadas; outros dispositivos eficazes devem ser usados para se evitar
d. terem resistência mecânica e distâncias entre barreiras, a superlotação de algum setor ou área.
conforme Figura 9;
7.1.10 Outros métodos analíticos de cálculo de população,
e. terem sua resistência e funcionalidade testadas, por devidamente normalizados ou internacionalmente reconhe-
engenheiro habilitado, antes de serem colocadas em cidos, podem ser aceitos, desde que sejam devidamente com-
uso, sendo exigido laudo técnico específico com provados, pelo responsável técnico, ao Serviço de Seguran-
recolhimento de ART; ça contra Incêndio do Corpo de Bombeiros.
f. serem verificadas antes de cada evento, devendo
7.1.11 Quando verificada por autoridades competentes a ne-
possuir manutenção constante.
cessidade de redução de público em função do risco que o
6.4.14 Para maiores informações sobre dimensionamento de evento oferece, pode ser adotado o critério de redução de
guardas e barreiras, consultar a literatura denominada “Green público, utilizando-se para tal fim a avaliação da redução do
Guide” (ver item 3 desta IT). tempo necessário para abandono.
7.1.12 É vedada a utilização das áreas de circulação e rotas
7 DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS
de saída para o cômputo do público.
7.1 Cálculo da população
7.2 Tempo de saída
7.1.1 As saídas são dimensionadas em função da popula-
ção máxima no recinto e/ou setor do evento. 7.2.1 O tempo máximo de saída é usado, em conjunto com
7.1.2 A lotação do recinto (população máxima) deve ser a taxa de fluxo (F) para determinar a capacidade do sistema
calculada obedecendo-se aos seguintes critérios: de saída da área de acomodação do público para um local
de segurança ou de relativa segurança (ver Capítulo 4 –
7.1.3 Arquibancadas com cadeiras ou poltronas (rebatíveis
Definições).
ou não-rebatíveis): número total de assentos demarcados
(observando-se os espaçamentos)
Nota:
7.1.4 Arquibancadas sem cadeiras ou poltronas: na propor- Não inclui, assim, o tempo total necessário para percorrer a circula-
ção de 0,5 m linear de arquibancada por pessoa. ção inteira de saída (do assento ao exterior).

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Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 257

7.2.2 Nas áreas de arquibancadas externas (baixo risco de máximo de saída da área de acomodação e o risco à vida
incêndio, ver IT 14/11 – Carga de incêndio), o tempo máximo de humana, são:
saída, nos termos desta IT, será de 8 minutos (ver Figura 13). a. 60 m para se alcançar um local de segurança ou de
Caso a arquibancada seja interna (local fechado), o tempo má- relativa segurança (ver Capítulo 4 – Definições);
ximo será de 6 minutos (ginásios poliesportivos, por exemplo). b. 30 m até o patamar de entrada do “vomitório” mais
7.2.3 Nas áreas internas destinadas a usos diversos, com próximo. Para edificações existentes, aceita-se até 40 m;
presença de carga de incêndio (por exemplo: museus, lojas, c. 10 m para se alcançar um acesso radial (ver Figura 7),
bibliotecas, camarotes, cabines de imprensa, estúdios, para estádios e similares, e 7 m para arquibancadas
camarins, administração, estacionamentos, restaurantes, provisórias, ginásios cobertos e similares;
depósitos, área de concentração dos atletas ou artistas e d. Nos casos de eventos temporários em locais desco-
outros), as saídas devem ser dimensionadas conforme IT 11/11. bertos, a distância máxima a ser percorrida não pode-
Contudo, caso sejam instalados, nesses locais, sistemas de rá ser superior a 120 m.
chuveiros automáticos e detecção automática de incêndio,
se aceita o dimensionamento conforme esta IT, devendo 7.4 Dimensionamento das saídas de emergência -
adotar tempo de saída de 2,5 minutos. parâmetros relativos ao escoamento de pessoas

7.2.4 Nas áreas usadas para eventos temporários tais como: 7.4.1 Para dimensionar o abandono de uma edificação, deve
gramado, campo de jogo, arena, pista, quadra, praças e ser utilizada a taxa de fluxo (F) que é o indicativo do número
similares (quando usados para o público), o tempo de saída de pessoas por minuto que passam por determinada largura
máximo será de 5 minutos. de saída (pessoas/minuto).

7.2.5 Em certas circunstâncias pode ser necessário aplicar 7.4.2 Siglas adotadas:
um tempo de egresso menor do que o estabelecido, por exem- P = população (pessoas)
plo, se for constatado pelos responsáveis, em observação E = capacidade de escoamento (pessoas)
regular, que os espectadores ficam agitados, frustrados ou D = densidade (pessoas por m²)
estressados, em menos tempo do que o período pré-estipulado F = taxa de fluxo (pessoas por minuto)
para a saída completa do setor. L = largura (metro)

7.2.6 Para os locais cuja construção consista em materiais 7.4.3 O dimensionamento será em função do fluxo de
não-retardantes ao fogo, o tempo máximo de saída não pessoas por minuto (pessoas/minuto) que passam por uma
poderá ser superior a 2,5 minutos. circulação de saída. O fluxo a ser considerado nesta IT deve
ser conforme as taxas abaixo:
7.2.7 Para definição da lotação máxima e disponibilização a. nas escadas e circulações com degraus: 66 pessoas
de ingressos de cada setor, deverá ser considerada, para por minuto por metro (79 pessoas por minuto, para
cada evento, a possibilidade de redução do público em uma largura de 1,20m). Aceita-se, para edificações
função da necessidade de divisão de setores, por parte das existentes, o valor de 73 pessoas/minuto/metro;
autoridades, e em função de possíveis áreas de risco
b. nas saídas horizontais (rampas, portas, corredores): 83
verificadas em vistoria.
pessoas por minuto por metro (99 pessoas por minuto,
7.2.8 Caso os espectadores, no dimensionamento ou em para largura de 1,20 m). Aceita-se, para edificações
testes práticos, não consigam sair do setor dentro de tempo existentes, o valor de 109 pessoas/minuto/metro.
estipulado, por algum motivo (exemplo: divisão de setores,
7.4.3.1 Caso o cálculo resultar em valor fracionado de
insuficiência de saídas etc.), então, uma redução da capaci-
pessoas, adota-se o número inteiro imediatamente inferior.
dade final do(s) setor(es) deve ser avaliada pelos responsá-
Por exemplo: 97,5 pessoas (valor de cálculo) adota-se como
veis pela edificação.
resultado final o valor de 97 pessoas.
7.2.9 Para diminuir o tempo de saída, podem ser adotadas
7.4.4 Exemplos de dimensionamentos:
medidas como limitar a lotação no setor, aumentar as saídas,
redirecionar o fluxo dos espectadores para outras saídas não 7.4.4.1 Exemplo 1: Arquibancada para público em pé em
saturadas etc. estádio existente – considerando um setor de arquibancadas
com dimensões de 20 m de frente por 18 m de profundidade
7.2.10 É vedada a utilização das áreas de circulação e rotas (área útil para público em pé). Determinar a largura dos
de saída para o cômputo do público. acessos radiais para a população deste setor:
Nota: a. densidade máxima (D): 4 pessoas por m²;
Deve-se também ser considerado que alguns espectadores, em b. cálculo da população (P) total: P = 20 x 18 x (D) P = 20
certas circunstâncias, ficarão na área de acomodação para olharem
x 18 x (4) = 1440 pessoas;
placares, ouvirem anúncios adicionais, ou simplesmente esperando
a multidão dispersar-se. Assim, levará um tempo maior que 8 minu- c. fluxo (F) nos acessos radiais = 73 pessoas por minuto
tos para deixarem o local. Esta prática não deve ser considerada na por metro (estádio existente);
determinação do tempo de egresso. d. tempo (T) de saída do setor = máximo de 8 minutos
(estádio);
e. capacidade de escoamento (E) por metro:
7.3 Distâncias máximas a serem percorridas E = F x T = 73 x 8 = 584 pessoas por metro;
7.3.1 As distâncias máximas de percurso para o espectador, f. largura necessária = 1440 / 584 = 2,47 metros, no
partindo de seu assento ou posição, tendo em vista o tempo mínimo.

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258 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

7.4.4.2 Exemplo 2: Arquibancada para público sentado em 8.1.1.2 A sala de comando e controle funcionará como posto
estádio novo (assentos individuais), considerando um setor de comando integrado das operações desenvolvidas em
de arquibancadas com dimensões de 20 m de frente por situação de normalidade, sendo que em caso de emergência,
28,80 m de profundidade. Determinar o número necessário deve-se avaliar o melhor local para destinação do posto de
de acessos (considerar os acessos com largura de 1,40 m): comando.
a. largura (L) mínima dos patamares: L = 0,80 m (assen-
tos fixos); 8.1.2 Sonorização
b. espaçamento entre assentos = 0,50 m; 8.1.2.1 Os recintos devem ser equipados com sistema de
c. quantidade de assentos por patamar: sonorização, setorizados, que permita difundir, em caso de
20 m / 0,50 m = 40 assentos; emergência, aviso de abandono ao público e acionar os meios
d. quantidade de patamares (filas de assentos): necessários de socorro.
28,80 m / 0,80 m = 36 patamares totais; 8.1.2.2 Os equipamentos de sonorização devem ser conec-
e. cálculo da população: P = 36 x 40 = 1440 pessoas; tados a sistemas autônomos de alimentação elétrica para que,
f. fluxo (F) nos acessos radiais (F = 66 pessoas por no caso de interrupção do fornecimento de energia, sejam
minuto por metro, ou 92 pessoas para uma largura de mantidos em funcionamento por período mínimo de 120 minutos.
1,40 m); 8.1.2.3 Antes do início de cada evento, o público presente
g. tempo (T) de saída do setor = máximo de 8 minutos deve ser orientado quanto à localização das saídas de emer-
(estádio); gência para cada setor e sobre os sistemas de segurança
h. capacidade de escoamento (E) para cada acesso de existentes.
1,40 m: E = F x T = 92 x 8 = 736 pessoas;
i. quantidade de acessos necessários (P / E) = 1440 / 8.2 Acesso de viaturas
736 = 2 acessos de 1,40 m cada (um acesso em cada 8.2.1 Deve-se prever no recinto acesso e saída adequados
extremidade do setor). aos serviços de emergência (incluindo o local da prática
7.4.4.3 Exemplo 3: Largura das saídas horizontais e verticais desportiva: arena, campo, quadra, pista etc.), obedecendo
– considerando um estádio novo com capacidade máxima de aos critérios da IT 06/11 – Acesso de viatura na edificação e
65.000 espectadores, dimensionar a largura total das saídas. áreas de risco.

7.4.4.3.1 Para saídas horizontais (corredores e portas): 8.2.2 As vias de acesso e saída dos serviços de emergência
devem ser separadas dos acessos e saídas usadas pelo
a. fluxo (F) nas saídas horizontais = 83 pessoas por
público.
minuto por metro;
b. tempo (T) de saída dos setores = máximo de 8 minutos; 8.2.3 Devem ser garantidos dois acessos de veículos de
c. capacidade de escoamento (E) para saída por metro: emergência junto ao campo, em lados ou extremidades
E = F x T = 83 x 8 = 664 pessoas; opostas, viabilizando a remoção de vítimas.
d. largura total das saídas horizontais necessárias: 65.000 8.2.4 Deve ser reservada e devidamente sinalizada, área
/ 664 = 98 metros, distribuídos de forma a atender aos destinada a viaturas de emergência, com dimensões míni-
requisitos desta IT (divisão por setores, larguras mas de 20 m de comprimento por 8 m de largura, em local
mínimas, caminhamento máximo etc.). externo, adjacente ao estádio e próximo a um dos portões de
acesso ao campo.
7.4.4.3.2 Para saídas verticais (escadas):
a. fluxo (F) nas saídas horizontais = 66 pessoas por 8.3 Proteção passiva
minuto para cada metro;
8.3.1 Os elementos estruturais dos recintos devem apresentar
b. tempo (T) de saída dos setores = máximo de 8 minutos;
resistência mecânica compatível com as ações e as solicitações
c. capacidade de escoamento (E) por metro:
a que são sujeitos (conforme normas da ABNT), bem como,
E = F x T = 66 x 8 = 528 pessoas;
devem possuir resistência ao fogo, suficiente para o abandono
d. largura total das escadas: 65.000 / 528 = 123 metros seguro dos ocupantes e para as ações de socorro (conforme IT
de escadas, distribuídos de forma a atender aos requi- 08/11 – Resistência ao fogo dos elementos de construção).
sitos desta IT (divisão por setores, larguras mínimas,
caminhamento máximo etc.). 8.3.2 A estabilidade estrutural da edificação deve ser
comprovada em laudo técnico específico, emitido por profis-
8 MEDIDAS ESPECÍFICAS sional capacitado e habilitado.

8.1 Sala de comando e controle 8.3.3 As áreas internas da edificação (depósitos, escritórios,
museus, lojas, sala de imprensa, áreas técnicas, bibliotecas,
8.1.1 Na edificação, deve-se prever uma sala em local estra- camarins, administração, estacionamentos, restaurantes, área
tégico, que possa dar visão completa de todo recinto (setores de concentração dos atletas ou artistas e outras áreas
de público, campo, quadra, arena e outros), devidamente similares) devem ser devidamente compartimentadas das
equipada com todos os recursos de informação e de comuni- áreas de público e circulações de saída com elementos resis-
cação disponíveis no local, incluindo controle de acesso. tentes ao fogo (ver IT 09/11 - Compartimentação horizontal e
8.1.1.1 Nesta sala, devem-se interligar os sistemas de monito- compartimentação vertical). Essa compartimentação pode ser
ramento, de som e de alarmes (incêndio e segurança) substituída por sistemas de chuveiros automáticos e de
existentes no recinto. detecção automática de incêndio.

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Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 259

8.3.4 Os dutos e “shafts” (horizontais ou verticais) das insta- 8.6.3 Sistema de Hidrantes
lações em geral do recinto devem ser devidamente selados,
8.6.3.1 A proteção por hidrantes deverá atender aos
quando atravessarem qualquer elemento de construção (em
parâmetros da IT 22/11, admitindo-se as adaptações abaixo.
especial paredes e lajes), mantendo-se assim a comparti-
mentação dos espaços, o isolamento dos locais e a proteção 8.6.3.2 Nos locais de acesso de público, os hidrantes poderão
das circulações (ver IT 09/11). ser instalados em locais de acesso restrito ao Corpo de
Bombeiros e à Brigada de Incêndio, em armários próprios,
8.3.5 A reação ao fogo dos materiais utilizados nos acaba-
com chave mestra.
mentos, nos elementos de decoração e no mobiliário princi-
pal fixo deve ser controlada para limitar o risco de deflagração 8.6.3.3 As áreas de acomodação do público (arquibancadas,
e a velocidade do desenvolvimento do incêndio. cadeiras, sociais e similares) estão isentas da instalação de
hidrantes, devendo ser cobertas pelos hidrantes instalados
8.4 Instalações elétricas nas circulações de acesso, permitindo-se adotar até 60 m de
8.4.1 As instalações elétricas e o sistema de proteção contra mangueiras (divididos em lances de 15 metros). Nas demais
descargas atmosféricas devem atender aos requisitos áreas adota-se as prescrições da IT 22/11.
previstos, respectivamente, na NBR 5410 (Instalações elétricas 8.6.4 Sistema de iluminação de emergência
de baixa tensão) e NBR 5419 (Proteção de estruturas contra
descargas atmosféricas). 8.6.4.1 A proteção pelo sistema de iluminação de emergência
é obrigatória em todos os eventos, devendo atender às
8.4.2 Os circuitos que alimentam os sistemas ou serviços de prescrições da IT 18/11 - Sistema de iluminação de emergência.
segurança devem ser devidamente protegidos contra a ação
do fogo e fumaça, conforme as prescrições contidas na IT 41/11 8.6.4.2 O sistema de iluminação e os demais sistemas de
– Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão. emergência devem possuir duas fontes alternativas de
energia, sendo recomendado o uso de grupo motogerador.
8.5 Brigada de incêndio 8.6.4.3 Nos recintos com capacidade acima de 5.000 espec-
8.5.1 Os critérios para constituição da brigada de incêndio tadores é obrigatória a instalação de grupo motogerador de
dos recintos devem ser estabelecidos em conformidade com energia, para a manutenção de todos os sistemas elétricos
a IT 17/11 – Brigada de incêndio. de segurança (emergência).
8.6.4.4 A iluminação do espetáculo esportivo deve ser
8.6 Equipamentos de segurança contra incêndio
mantida acesa até a saída total do público, devendo seu
8.6.1 Os equipamentos de segurança contra incêndio dos desligamento ser efetuado apenas após consulta ao Posto
recintos devem ser projetados de acordo com o Decreto Esta- de Comando.
dual nº 56.819/11 - Regulamento de segurança contra incên-
dio e áreas de risco no Estado de São Paulo e respectivas 8.6.5 Sistema de detecção e alarme de incêndio
Instruções Técnicas, devendo considerar os riscos específicos 8.6.5.1 O sistema de detecção e alarme de incêndio deve ser
a serem protegidos e as adaptações admitidas neste capítulo. setorizado e monitorado pela central de segurança, atendendo
8.6.1.1 Os responsáveis pelo evento deverão disponibilizar às prescrições da IT 19/11 – Sistema de detecção e alarme
chaves mestras, na sala de comando e controle e no posto de de incêndio.
comando integrado, para abertura de todos os locais de aces- 8.6.5.2 Os acionadores manuais de alarme devem ser
so restrito que contenham equipamentos de combate a instalados junto aos hidrantes. Os avisadores sonoros, nas
incêndio, bem como manter os integrantes da brigada de áreas de acomodação e de circulação do público, devem ser
incêndio e da segurança com cópia da chave mestra, substituídos por sistema de som audível.
próximo aos locais de uso.
8.6.5.3 Junto à central de alarme e na sala de comando e
8.6.2 Extintores controle, deverá ser instalado microfone conectado ao siste-
8.6.2.1 A proteção por extintores deverá atender aos ma de som do recinto.
parâmetros da IT 21/11, admitindo-se as adaptações abaixo.
8.6.5.4 As áreas técnicas, depósitos, museus, lojas, subsolos,
8.6.2.2 Nos locais de acesso de público para assistência shafts, dutos, espaços confinados e outras áreas similares
aos espetáculos desportivos, os extintores, devem ser insta- devem ser protegidas por detecção automática de incêndio.
lados em armários, em locais de acesso restrito à brigada de
8.6.6 Sinalização de emergência e geral
incêndio e ao pessoal de segurança, com percurso máximo
(caminhamento) de 35 m para se alcançar um armário. Estes 8.6.6.1 O sistema de sinalização de emergência é obrigató-
locais, quando trancados, deverão possuir chave mestra. rio em todos os eventos, conforme parâmetros da IT 20/11
(Sinalização de emergência).
8.6.2.3 As áreas de acomodação do público (arquibanca-
das) estão isentas da instalação de extintores de incêndio e 8.6.6.2 Todas as saídas, as circulações, os acessos, os setores,
do caminhamento do item anterior. os blocos, os equipamentos de segurança, os riscos especí-
ficos, as áreas de acomodação do público, os serviços de
8.6.2.4 Nos locais administrativos, vestiários, bares, restau-
socorro e as orientações em geral devem ser devidamente
rantes, museus, lojas, cabines de rádios, camarotes, sala de
sinalizadas e visíveis, atendendo aos objetivos desta IT.
imprensa, estacionamentos cobertos e demais áreas onde
não há presença de espectadores, deve-se atender às 8.6.6.3 Devem ser instaladas, em todos os acessos de entrada
prescrições da IT 21/11. do recinto, placas indicativas da capacidade total de público, e

12-IT.pmd 259 18/10/2012, 15:00


260 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

nas entradas dos setores, placas indicativas da capacidade de pantes e sejam afixados de forma a não permitir sua remoção
público do respectivo setor (ver Figura 15). sem auxílio de ferramentas.

8.7 Devem ser fixados, em locais visíveis do estádio, 9.1.4 Os circuitos elétricos e fiação do sistema de ilumina-
mapas indicando: ção de emergência devem ser instalados em conformidade
a. a localização atual do usuário no estádio; com a IT 18/11 – Iluminação de emergência e as demais
instalações elétricas e o sistema de proteção contra descar-
b. as duas saídas de emergência mais próximas; gas atmosféricas devem atender aos requisitos previstos, res-
c. o caminhamento para atingir essas saídas; pectivamente, na NBR 5410 e NBR 5419.
d. telefones da central de segurança do estádio;
9.1.5 Nos locais destinados aos espectadores e rotas de
e. outras informações úteis. fuga todas as fiações e circuitos elétricos devem estar embu-
tidos, além de devidamente isolados.
8.8 Gás combustível (GLP e GN)
8.8.1 O uso de GLP ou de GN deve atender aos requisitos 9.1.6 Nas barreiras ou alambrados que separam área do
da IT 28/11 - Manipulação, armazenamento, comercialização evento dos locais de público devem ser previstas passagens
e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) ou da IT 29/11 que permitam aos espectadores sua utilização em caso de emer-
– Comercialização, distribuição e utilização de gás natural, gência, mediante sistema de abertura acionado pelos com-
respectivamente. ponentes do serviço de segurança ou da brigada de incêndio.

8.8.2 Não é permitido o uso de gás combustível nos locais de 9.1.7 Os recintos devem ser servidos por, no mínimo, duas
vendas, nas áreas de acomodação e circulação do público. vias de acesso que permitam a aproximação, estacionamento
e a manobra das viaturas do Corpo de Bombeiros e
8.9 Subsolos atender aos demais requisitos preconizados na IT 06/11 –
Acesso de viaturas na edificação e áreas de risco.
8.9.1 Os subsolos que possuírem ocupações distintas de
estacionamento de veículos (subsolos ocupados) devem atender 9.1.8 Os elementos estruturais dos recintos devem apresen-
às exigências adicionais contidas no Regulamento de segu- tar resistência mecânica compatível com as ações e solicita-
rança contra incêndio das edificações e áreas de risco do ções a que são sujeitos, levando-se em consideração,
Estado de São Paulo, principalmente quanto às medidas de inclusive, a resistência e comportamento do solo que recebe-
controle de fumaça; chuveiros automáticos; rotas de fuga; rá as cargas, as ações das intempéries e ventos.
detecção automática de incêndio e compartimentação.
9.1.9 As Anotações de Responsabilidade Técnicas (ART)
8.10 Controle de acesso referentes às arquibancadas e outras montagens, conforme
requerido pela IT 01/11, devem também abranger os requisitos
8.10.1 Em todos os eventos, com áreas delimitadas, devem
acima descritos.
ser instalados mecanismos de controle de acesso de público
(catracas reversíveis ou outros dispositivos de controle, des- 9.1.10 Os materiais utilizados nos acabamentos, elementos
de que aprovados pelas autoridades competentes), de forma de decoração, coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário prin-
a se garantir a lotação prevista no projeto. Este controle é cipal devem ser especificados de forma a restringir a propa-
responsabilidade dos organizadores do evento. gação de fogo e o desenvolvimento de fumaça, com a devida
8.10.2 É vedada a realização de eventos com entrada comprovação por meio de documentação pertinente.
franca, em recintos com áreas delimitadas, sem o devido 9.1.11 Os elementos de suporte estrutural das tendas ou
controle de acesso e da lotação máxima. outras coberturas flexíveis devem possuir as mesmas carac-
terísticas de resistência e/ou retardo de fogo, de forma a
9 EDIFICAÇÕES DE CARÁTER TEMPORÁRIO garantir a necessária evacuação do público.

9.1 Além dos critérios estabelecidos nesta IT, as edificações ou 9.1.12 Deverão ser apresentadas as Anotações de Respon-
eventos cuja infra-estrutura seja de caráter temporário sabilidade Técnica (ART) referentes às estruturas provisórias
(desmontável), conforme o disposto na IT 01/11 – Procedimen- (palcos, arquibancadas, tendas, camarotes, estruturas sus-
tos administrativos, devem atender ainda aos requisitos abaixo. pensas e outros), instalações elétricas (iluminação, sono-
rização, grupo motogerador e outros), equipamentos, instala-
9.1.1 Os espaços vazios abaixo das arquibancadas não ções dos brinquedos de parques de diversão e outros.
podem ser utilizados como áreas úteis, tais como depósitos
9.1.13 Deverão ser garantidos dois acessos de veículos de
de materiais diversos, áreas de comércio, banheiros e outros,
emergência com dimensões mínimas de 4 metros de largura
devendo ser mantidos limpos e sem quaisquer materiais
e 4,5 metros de altura até o espaço de concentração de
combustíveis durante todo o período do evento.
público (campo, arena ou outros), em lados ou extremidades
9.1.2 Os vãos (espelhos) entre os assentos das arquibanca- opostas, viabilizando a remoção de vítimas.
das que possuam alturas superiores a 0,3 m devem ser
9.1.14 Em eventos realizados em pistas, campos, praças e
fechados com materiais de resistência mecânica análoga aos
similares, com previsão de público em pé, que possuam
guarda-corpos, de forma a impedir a passagem de pessoas.
locais de concentração de público acima de 10.000 pessoas,
9.1.3 Em ocupações temporárias (desmontáveis) são devem ser previstos corredores de acesso aos componentes
aceitos pisos em madeira na rota de fuga, desde que possuam do serviço de segurança ou da brigada de incêndio, com
resistência mecânica compatível, características antiderra- largura mínima útil (livre e desimpedidas) de 2,50 m.

12-IT.pmd 260 18/10/2012, 15:00


Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 261

9.1.14.1 Estes corredores de acesso deverão ser previamente Bombeiros, o Plano de Emergência, contemplando, dentre
definidos pelas autoridades competentes. outras medidas, o planejamento de abandono do público em
emergências.
10 EDIFICAÇÕES EXISTENTES 11.2 Devem ser instalados postos de atendimento pré-hospi-
10.1 As ocupações enquadradas no item 2.1 desta Instrução talar em pontos distintos do recinto, atendendo às normas
Técnica, consideradas existentes nos termos do Regulamento pertinentes.
de segurança contra incêndio do Estado de São Paulo, e que 11.3 Recomenda-se que seja reservada e devidamente
não permitam, pelas suas características, as adequações sinalizada, uma área para pouso de aeronaves de emergência,
previstas nesta IT, devem ser avaliadas pelo Serviço de com dimensões mínimas de 30 m x 30 m, observando o
Segurança contra Incêndio, no tocante à exigência tecnica- prescrito nas normas pertinentes.
mente inviável.
11.4 O organizador do evento deverá estar atento às recomen-
10.2 O responsável técnico pelo pedido de avaliação deve dações das autoridades federais, estaduais e municipais que
apresentar as justificativas quanto à impossibilidade do aten- poderão evidenciar outras limitações em decorrência dos
dimento dos requisitos desta IT, devidamente embasadas tec- efeitos dos impactos ambientais e urbanos gerados pelo evento.
nicamente, e propor medidas alternativas, de forma a garantir
o abandono seguro das pessoas e a intervenção do socorro 11.5 O atendimento às exigências contidas nesta IT não
público de maneira rápida e segura em caso de emergência. exime o responsável pela edificação ou evento da responsa-
bilidade do atendimento a outras normas, legislações e
medidas de segurança específicas, como a instalação de
11 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
locais adequados para o atendimento médico de urgência e
11.1 O responsável pelo evento, o administrador da edificação o emprego de pessoal qualificado para tal, dentre outras.
ou o gerente de operações deve apresentar no Corpo de

Fonte: CBPMESP e ARENA


Figura 1: Detalhe do comprimento e número máximo de assentos

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262 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 2: Barreiras, guarda-corpos e corrimãos centrais: cargas de projeto, alturas e disposições

12-IT.pmd 262 18/10/2012, 15:00


Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 263

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Figura 3: Detalhe das dimensões dos assentos e dos patamares

12-IT.pmd 263 18/10/2012, 15:00


264 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Nota:
a) Verificar também os itens sobre guarda-corpos e corrimãos desta norma. Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Figura 4: Dimensões dos corrimãos e guarda-corpos das escadas

12-IT.pmd 264 18/10/2012, 15:00


Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 265

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 5: Detalhe dos assentos nos patamares e guarda-corpos (barreiras)

12-IT.pmd 265 18/10/2012, 15:01


266 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 6: Corrimãos centrais e laterais

12-IT.pmd 266 18/10/2012, 15:01


Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 267

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 7: Detalhe de patamares para público em pé

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268 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 8: Distâncias a percorrer e acessos

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Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 269

Resistência mecânica e distâncias entre barreiras antiesmagamentos

ângulo de inclinação
distância horizontal entre barreiras antiesmagamentos (metros) - D
da arquibancada

5º 5,0 4,0 3,3 3,0 2,0

10º 4,3 3,4 2,9 2,6 1,7

15º 3,8 3,0 2,6 2,3 1,5

20º 3,4 2,7 2,3 2,0 1,3

25º 3,1 2,5 2,1 1,8 1,2

Carga horizontal 5,0 kN/m 4,0 kN/m 3,4 kN/m 3,0 kN/m 2,0 kN/m
mínima
Nota: kN/m = kilonewton por metro

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 9: Barreiras antiesmagamento – posição e resistência mecânica

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270 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 10: Barreiras antiesmagamento – contínuas e não contínuas

12-IT.pmd 270 18/10/2012, 15:01


Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 271

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”


Figura 11: Perspectiva de vomitório padrão

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272 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Fonte: CBPMESP e ARENA


Figura 12: Perspectiva de corrimãos centrais e laterais

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Instrução Técnica nº 12/2011 - Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio 273

Nota: Tempo máximo até um local de relativa segurança: - 8 minutos Fonte: CBPMESP e ARENA
Figura 13: Saídas e escoamento do público

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274 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Fonte: CBPMESP e ARENA


Figura 14: Obstáculos na entrada de acesso
Notas:
- Largura mínima de A ou B deve ser 1,20 m, sendo somados A + B, não pode ser superior a 3 m de largura.
- Para efeito de cálculo de dimensionamento dos obstáculos adotar a seguinte fórmula: 2 (A + B) = 2C / 3 ou (A + B) = C/3.

ESTA EDIFICAÇÃO ESTÁ DOTADA DE TODOS OS


SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E
PÂNICO DE ACORDO COM AS NORMAS VIGENTES

LOTAÇÃO MÁXIMA DA EDIFICAÇÃO:


45.000 ESPECTADORES
LOTAÇÃO MÁXIMA DESTE SETOR
(nome do setor):
5.000 ESPECTADORES

EM CASO DE EMERGÊNCIA:
Ligue 193 – Corpo de Bombeiros
Ligue 190 – Polícia Militar
XXXX-XXXX – Sala de Segurança da Edificação
Figura 15: Sinalização de lotação Fonte: CBPMESP

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 275

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 13/2011

Pressurização de escada de segurança

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tabela 1: Níveis de pressurização


2 Aplicação Tabela 2: Áreas típicas de escape para quatro
tipos de PCF
3 Referências normativas e bibliográficas
B Resumo de exigências para os diversos tipos de
4 Definições edificações com sistemas de pressurização

5 Procedimentos C Condições para instalação de casa de máquinas de


pressurização no pavimento de cobertura

D Condições para não se revestir os dutos metálicos de


sucção e/ou pressurização

E Esquema geral do sistema de pressurização (com


duto no interior da escada)

F Modelo de cálculo de vazão do sistema de


pressurização de escada

Atualizada pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

13-IT.pmd 275 31/10/2012, 14:45


276 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 277

1 OBJETIVO a. considera-se um espaço pressurizado quando este


receber um suprimento contínuo de ar que possibilite
1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o
manter um diferencial de pressão entre este espaço e
dimensionamento da pressurização de escadas de seguran-
os adjacentes, preservando-se um fluxo de ar através
ça em edificações.
de uma ou várias trajetórias de escape que conduzem
1.2 Manter as escadas de emergência livres da fumaça, de o ar para o exterior da edificação;
modo a permitir a fuga dos ocupantes de uma edificação no b. para a finalidade prevista nesta IT, o diferencial de
caso de incêndio. Esse sistema também pode ser acionado pressão deve ser mantido em nível adequado para
em qualquer caso de necessidade de abandono da impedir a entrada de fumaça no interior da escada;
edificação.
c. o método estabelecido nesta IT também se aplica às
escadas de segurança com pavimentos abaixo do piso
2 APLICAÇÃO
de descarga.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações
descritas no Anexo B. 5.1.2 Pressurização de 1 ou 2 estágios
O sistema de pressurização pode ser projetado de duas for-
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
mas:
NBR 9050 - que trata da adequação das edificações e do
imobiliário urbano à pessoa deficiente – Procedimento. 5.1.2.1 Sistema de 1 estágio: para operar somente em situa-
ção de emergência;
NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios.
NBR 10898 - Sistemas de iluminação de emergência. 5.1.2.2 Sistema de 2 estágios: incorporar um nível baixo de
pressurização, para funcionamento contínuo, com previsão
NBR 11742 – Porta corta-fogo para saída de emergência.
para um nível maior de pressurização que entra em funciona-
NBR 13768 – Acessórios destinados à porta corta-fogo para mento em uma situação de emergência.
saída de emergência – requisitos.
5.1.2.3 Recomenda-se dar preferência para a opção do sis-
NBR 14880 – Saídas de emergência em edifícios – Escada
tema de 2 estágios, para que se mantenha um nível mínimo
de Segurança – Controle de fumaça por pressurização.
de proteção em permanente operação, bem como propiciar a
NBR 16401 – Instalações de ar-condicionado - Sistemas cen- renovação de ar no volume da escada.
trais e unitários.
NBR 17240 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio 5.1.3 Elementos básicos de um sistema de pressurização
BS-5588-4 (British Standards Institution) - Pressurização de São elementos básicos de um sistema de pressurização:
escadas de segurança.
a. sistema de acionamento e alarme;
ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and
b. ar externo suprido mecanicamente;
Air-Conditioning Engineers) Handbook - Normas ASNI /
ASHRAE 51. c. trajetória de escape do ar;
HVAC (Heating, Ventilating, and Air-Conditioning, and d. fonte de energia garantida.
Refrigeration) Publications - Recomendação Técnica DW/143
da Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC). 5.1.4 Unidades adotadas
SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ Toda e qualquer proposta de sistema de pressurização deve
National Association) Publications HVAC Duct Construction - seguir os critérios de apresentação e desenvolvimento de
Metal and Flexible. acordo com o estabelecido abaixo:
HVAC System Duct Design; HVAC Air Duct Leakage Test Vazão ( Q ) = m3/s
Manual. Velocidade ( V ) = m/s
AMCA (Air Movement and Control Association International, Área ( A ) = m2
Inc.) - AMCA 203, pela literatura Field Performance
Pressão ( P ) = Pa ( Pascal ), ou mmH2O (milímetro de
Measurement of Fan System; AMCA-210 e o Manual da AMCA
coluna d’água)
“Fans and Systems” - publicação 201-90 - “O fator do efeito do
sistema” (System Effect Factor) e suas tabelas. Potência = CV (Cavalo Vapor) ou HP (Horse Power)
Norma ISO 6944 - Fire Resistance Tests - Ventilation Ducts Temperatura em graus Celsius = ºC
ou similar. Altura da edificação (h) = m

4 DEFINIÇÕES 5.1.5 Níveis de pressurização adotados


Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini- 5.1.5.1 O nível de pressurização utilizado para fins de proje-
ções constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança to não deve ser menor que o apresentado na Tabela 1 do
contra incêndio. Anexo A desta IT e não deve ultrapassar o limite de 60 Pa,
considerando-se todas as PCF (portas corta-fogo) de acesso
5 PROCEDIMENTOS à escada, na condição fechadas.
5.1 Conceitos básicos do sistema de pressurização 5.1.5.2 Os edifícios utilizados por crianças, idosos e ou pes-
5.1.1 Princípio geral da pressurização soas incapacitadas precisam de considerações especiais, a

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278 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

fim de assegurar que as PCF possam ser abertas, apesar da No caso de frestas em torno de uma PCF, N = 2
força criada pelo diferencial de pressão. No caso de frestas em vãos estreitos, tais como frestas em
5.1.5.3 Para obtenção dos níveis de pressurização, no torno de janelas, N = 1,6
interior dos espaços pressurizados, na determinação da Vazão de ar (condição padrão de ar com densidade de
capacidade de vazão e pressão dos motoventiladores, 1,204 kg/m3).
devem ser avaliadas as perdas de carga localizadas em
5.1.6.2 Trajetórias de escape em série e paralelo
todos os componentes de captação e distribuição do sistema
(dutos, venezianas, grelhas, joelhos, dampers, saídas dos a. na trajetória de escape do ar para fora de um espaço
motoventiladores, rugosidades das superfícies internas dos pressurizado, podem existir elementos de restrição
dutos etc.) que devem constar de memorial de cálculo, posicionados em paralelo, tal como ilustrado na Figu-
atendendo as seguintes condições: ra 1, ou em série, como apresentado na Figura 2, ou
ainda uma combinação desses.
a. desenvolvimento do cálculo do suprimento de ar
necessário considerando as duas situações previstas
no item 5.1.6 abaixo: escape de ar com todas as portas
do espaço pressurizado na condição fechadas
(equação 2); e escape de ar considerando as portas
na condição abertas, conforme a quantidade estipulada
no Anexo B desta IT (equação 3);
b. desenvolvimento do cálculo das perdas de carga ao
longo da rede de captação e distribuição ar, conside-
rando todas as singularidades. Deve constar também
a velocidade do fluxo de ar em todos os trechos e aces-
sórios, que devem estar dentro dos limites estipulados
nesta IT. Tabelas e ábacos de fabricantes de acessóri-
os podem ser considerados para determinação das
perdas de carga de singularidades, a partir da veloci-
Figura 1: Trajetórias de escape do ar em paralelo
dade e vazão;
c. a velocidade do fluxo de ar em todo o trecho de
captação deve ser de, no máximo, 8 m/s e, no trecho de b. no caso de trajetórias de escape do ar em paralelo,
distribuição: máximo de 10 m/s quando o duto for com as portas do ambiente conforme Figura 1 acima, a
construído em alvenaria ou gesso acartonado e de 15 área total de escape é determinada pela simples soma
m/s quando o duto for construído em chapa metálica. de todas as áreas de escape envolvidas, então:
No dimensionamento, adotar parâmetros do manual da
Equação 2:
ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating
and Air-Conditioning Engineers), podendo ser aceitas • A Total = A1 + A 2 + A 3 + A 4
velocidades diferentes, quando se tratar de edificação
existente, desde que não haja possibilidade técnica de
adequação, devidamente justificada.

5.1.6 Suprimento de ar necessário


5.1.6.1 Cálculo do suprimento de ar
Para determinação do primeiro valor de suprimento de ar
necessário para obtenção de um diferencial de pressão entre
o ambiente a ser pressurizado e os ambientes contíguos, deve-
se adotar a equação 1. Essa equação depende diretamente
da área de restrição e do diferencial de pressão entre os
ambientes contíguos. A área de restrição é determinada pelo
escape de ar para fora do espaço a ser pressurizado, quando
o ar passa, por exemplo, pelas frestas ao redor de uma PCF.
O diferencial de pressão é o mínimo estabelecido na Tabela
Figura 2: Trajetórias de escape do ar em série
1 do Anexo A desta IT, ou seja, 50 Pa.
Equação 1:
Q = 0,827 x A x (P) (1/N) c. no caso das portas em série, como a PCF da escada e
a PCF da antecâmara não ventilada a ela associada,
Onde: como demonstrado na Figura 2 acima, temos:
Q é o fluxo de ar (m3/s)
Equação 3:
A é a área de restrição (m2)
P é o diferencial de pressão (Pa) 1 = 1 + 1 + 1 + 1__
N é um índice que varia de 1 a 2 (A Total)² (A1)² (A2)² (A3)² (A4)²

13-IT.pmd 278 18/10/2012, 15:40


Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 279

d. o escape total e efetivo de uma combinação de tra- através de escadas exclusivas, de tal modo que a es-
jetórias de escape do ar em série e em paralelo, pode cada pressurizada não seja utilizada como rota predo-
ser obtido combinando sucessivamente grupos sim- minante de saída de emergência para esse público;
ples de escape isolados (PCF da escada e da g. devem ser considerados os vãos e frestas reais de
antecâmara pressurizada do mesmo pavimento), com todas as PCF da caixa da escada pressurizada, con-
os outros equivalentes (PCF em paralelo). forme especificado abaixo, na quantidade estipulada
no Anexo B desta IT:
5.1.6.3 Áreas de escape a partir de uma escada pressurizada.
1) PCF simples, quando todos os acessos à escada
De maneira geral, o escape de ar a partir de uma escada pressurizada ocorrer apenas através de PCF simples;
ocorre: 2) PCF duplas, quando a quantidade de PCF duplas
a. por meio das frestas em torno das PCF (quando essas instaladas for igual ou superior à quantidade de
estiverem fechadas), devendo ser adotados os valo- PCF abertas - critério esse estipulado no Anexo B
res constantes da Tabela 2 do Anexo A desta IT; desta IT, para efeito de dimensionamento de esca-
b. por meio do vão de luz das PCF consideradas na con- pes de ar por meio de PCF na condição abertas;
dição abertas, na quantidade estipulada na Tabela do 3) PCF duplas e PCF simples na mesma caixa de es-
Anexo B desta IT, somadas às perdas pelas frestas cada, quando a quantidade de PCF duplas for infe-
das demais PCF consideradas na condição fechadas; rior à quantidade de PCF consideradas na condi-
ção abertas (conforme critério estipulado no Anexo
c. por meio das frestas no entorno de portas de elevado-
B desta IT, para efeito de dimensionamento de es-
res e janelas existentes no espaço pressurizado.
capes de ar por meio de PCF na condição abertas)
5.1.6.4 Portas corta-fogo abertas e outras aberturas devem ser consideradas todas as PCF duplas e, na
quantidade devida, complementar com PCF sim-
a. para ser eficaz, a escada de emergência deve ter seus ples. Neste caso, cada PCF dupla deve ser compu-
acessos protegidos por PCF, sendo inevitável que es- tada como uma PCF aberta e não como duas, em-
tas sejam abertas ocasionalmente. A pressurização pro- bora devam ser somados o vão de luz real de cada
jetada não pode ser mantida, se houver grande abertu- PCF dupla e simples consideradas.
ra entre a área pressurizada e os espaços adjacentes;
h. em edificações existentes é comum o uso da pressu-
b. caso haja uma abertura permanente (uma janela den- rização de um amplo hall e o uso da PCF no acesso às
tro da caixa de escada, por exemplo), deve ser consi- unidades residenciais ou unidades de escritório etc.,
derada a introdução de vazão de ar suficiente para se como estabelecido na figura 1 do item 5.1.6.2. Nesses
obter uma velocidade média do ar, através desta aber- casos, o número de PCF duplas ou simples calcula-
tura, de 4 m/s; das (respeitando-se suas áreas), deve ser de 4 para
c. a abertura intermitente das PCF, quando do abando- edificações com até 60 m de altura, sendo que acima
no da edificação, produz, momentaneamente, uma desse valor é exigido o cálculo de 5 PCF abertas.
perda de pressão no interior da escada. Nesta situa-
ção, a vazão de ar determinada pela Equação 1 deve Obs.:
ser avaliada para que seja obtida uma condição O número máximo de PCF por pavimento em contato com esse
ambiente pressurizado deve ser de 4 PCF simples. Características
satisfatória para minimizar a infiltração de fumaça no
diferentes devem ser avaliadas em Comissão Técnica do CBPMESP.
interior da escada nesta situação, devendo possibili-
tar a manutenção de uma velocidade de ar mínima de Nota:
A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas
1,0 m/s saindo através das PCF consideradas na con-
deve ser calculada pela equação abaixo:
dição abertas;
d. os critérios para verificação da velocidade do ar a que Equação 4:
se referem os itens seguintes são os estipulados no • Se QFT > QAT, então QT = QFT
item 5.1.6.5, adiante; • Se QFT < QAT, então QT = QAT
e. o número de PCF, na condição abertas, a ser utilizado Onde:
nos cálculos, depende do tipo de edificação, conside- QT = vazão total requerida do sistema de pressurização;
rando-se o número de ocupantes e as dificuldades QFT = vazão total das frestas com todas as portas fechadas
encontradas para o abandono, devendo obedecer aos (m3/s) conforme Equação 1;
critérios estipulados no Anexo B, desta IT; QAT = vazamento de ar através das portas consideradas na
f. uma PCF considerada na condição aberta (em rela- condição abertas somadas às frestas das demais portas,
ção ao estabelecido no Anexo B, desta IT) deve ser na condição fechadas (m3/s), com velocidade de 1 m/s.
acrescentada no cálculo do suprimento de ar do siste-
ma de pressurização, em edificações de escritório até Obs.:
21 m de altura onde existem locais de reunião de pú- Em todos os casos, levar em consideração a condição padrão do ar.
blico, com capacidade para 50 ou mais pessoas (tais
como auditórios, refeitórios, salas de exposição e as- 5.1.6.5 Estimativa da velocidade de saída do ar através
semelhados). Esse critério deve ser desconsiderado da PCF aberta
quando o local de reunião de público estiver no piso a. na prática, a velocidade de saída do ar deve ser obtida
de descarga (térreo ou nível com saída direta para o dividindo-se a vazão de ar de suprimento (Equação 1)
exterior) ou em mezaninos do piso térreo com acessos pela área de abertura total;

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280 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

b. a área de abertura total deve ser calculada somando- a. no cálculo da vazão de ar de pressurização, deve ser
se as áreas das PCF consideradas abertas (ver Anexo considerado o escape de ar através das aberturas no
B, desta IT) e as frestas das demais PCF previstas na entorno da passagem de cabos de aço e outros no
escada, na condição fechadas; topo do poço do elevador, no piso da casa de máqui-
c. quando a velocidade obtida no cálculo especificado nas, em série com o escape pelas frestas das portas
no item “a” acima for inferior ao parâmetro mínimo es- de acesso ao elevador nos diversos pavimentos;
tabelecido, a vazão de ar deve ser aumentada até que b. o cálculo para determinação da vazão de ar de
seja alcançado o valor requerido (1 m/s); pressurização deverá considerar as frestas das portas
d. sobre o valor de vazão de ar obtido conforme itens “a” do elevador e das PCF de acesso às antecâmaras
ou “c” acima, devem ser aplicados os fatores de vaza- conforme a Tabela 2 do Anexo A. Considerando que
mentos em dutos e de vazamentos não identificados, esses parâmetros dimensionais poderão estar altera-
conforme item 5.1.6.6; dos na conclusão da obra, a vazão de ar introduzida
e. para atender a todas as hipóteses de escapes de ar e em cada antecâmara deve ser regulada para que a
de vazamentos não identificados, contidos nesta IT, pressão interna não ultrapasse a 60 Pa;
invariavelmente a escada pressurizada deve ser pro- c. quando contígua com a escada pressurizada, a
vida de dispositivos que impeçam que a pressão no antecâmara, quando não pressurizada por duto exclu-
seu interior eleve-se acima de 60 Pa, devido ao exces- sivo, deve ser pressurizada pelo mesmo sistema da
so de ar que pode ser necessário. escada, através de vasos comunicantes, controlados
por venezianas unidirecionais, reguláveis e indepen-
5.1.6.6 Vazamentos em dutos e vazamentos não identifi-
dentes em cada nível de pavimento, de forma a manter
cados
um gradiente de pressão no sentido do interior da es-
Para se determinar a vazão de ar total requerida, após o desen- cada pressurizada para a antecâmara de segurança,
volvimento da equação 4, constante do item anterior, acrescen- neste caso, considerar o escape de ar através dessas
tar ao resultado final, conforme equação 5, abaixo, os fatores de janelas no cálculo do suprimento total de ar necessá-
vazamentos de ar em dutos e de vazamentos não identificados: rio para o sistema de pressurização da escada (adotar
a. acrescentar 15% para vazamentos em dutos metáli- as frestas e vão reais efetivos);
cos ou 25% para dutos construídos em alvenaria ou
mistos, sendo que esses valores porcentuais devem d. ser protegida por PCF P-90, no acesso à antecâmara
ser considerados independentemente do comprimen- de segurança, a partir do pavimento;
to dos dutos; e. a casa de máquinas deve ser independente e isolada
b. acrescentar 25% - para atender à hipótese de vaza- em relação aos demais elevadores, com paredes com
mentos não identificados: TRRF, mínimo de, 2 h e acessos por PCF P-90;
• QTS = QT + 15% (vazamentos em dutos metálicos) +
f. alternativamente, pode ser adotada a pressurização
25% (vazamentos não identificados);
das antecâmaras do elevador de emergência a partir
ou
do poço do elevador que, nesse caso, funcionará como
• QTS = QT + 25% (vazamentos em dutos de alvenaria
um duto de pressurização, para tanto, avaliar as con-
ou mistos) + 25% (vazamentos não identificados);
dições para se manter as antecâmaras pressurizadas
Onde:
até o limite de 60 Pa, considerando-se as resistências
QT = vazão total requerida do sistema de pressurização
das frestas no entorno das portas dos elevadores e
(m3/s) conforme equação 4, levando-se em considera-
PCF de acesso em cada pavimento – precaver-se de
ção a condição padrão do ar;
que haja um fluxo de ar contínuo entre esse espaço
QTS = vazão total requerida do sistema de pressurização
pressurizado com os ambientes contíguos e, desses,
(m3/s), conforme equação 4 acrescida dos fatores de
com aberturas permanentes para o exterior da
segurança, levando-se em consideração a condição
edificação. As paredes do poço do elevador devem
padrão do ar.
seguir os critérios do item 5.3.3, desta IT;
Nota:
A vazão total requerida para o sistema de pressurização de esca- g. também, alternativamente, pode-se fazer o acesso ao
das, somada aos dois fatores de segurança acima descritos, deve elevador de segurança diretamente por um patamar
ser calculada conforme abaixo: da escada pressurizada, a partir de um hall disposto
fora da rota de circulação das pessoas na escada, for-
Equação 5: mando um ambiente único com a caixa de escada. No
a. QTS = QT x 1,4 (quando se tratar de duto metálico); ingresso a este conjunto, verificar a necessidade, ou
ou não, da exigência da antecâmara de segurança con-
b. QTS = QT x 1,5 (quando se tratar de duto de alvenaria ou forme item 5.1.6.8 desta IT; o gradiente de pressão
misto). entre a escada e a antecâmara pode ser obtido por
meio de grelha unidirecional, no sentido da escada
5.1.6.7 Antecâmara do elevador de emergência para a antecâmara. A dimensão do acesso ao eleva-
A antecâmara de segurança do elevador de emergência deve dor emergência deve possuir espaço livre (largura)
ser pressurizada, adotando-se os critérios do item 5.1.6.8 e de, no mínimo, 1,50 m, não podendo esse espaço, em
da Tabela 1 do Anexo A, desta IT, e apresentar as seguintes nenhuma hipótese, interferir no raio de escoamento
características: da escada de segurança.

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 281

5.1.6.8 Antecâmara de segurança de escada pressurizada 5.1.6.10 Cálculo de pressão


a. para as edificações residenciais com altura superior a A apresentação da memória de cálculo da perda de pressão
120 m e para as demais ocupações com altura supe- no circuito de transporte de ar do sistema não é obrigatória,
rior a 90 m será exigida, além da pressurização da porém pode ser exigida pelo Serviço de Segurança contra
escada de segurança, a existência de uma antecâmara Incêndio, a comprovação da metodologia de cálculo, para
de segurança; esclarecimentos do valor obtido.
b. essa antecâmara deve possuir as seguintes caracte-
rísticas: 5.2 A edificação
1) Ser interposta entre a escada pressurizada e as
áreas comuns ou privativas da edificação, em to- 5.2.1 Aspectos gerais
dos os níveis de pavimento, considerando-se a a. cuidados especiais devem ser avaliados para
partir do piso de descarga, nos sentidos ascen- dimensionamento do sistema de pressurização de
dente e descendente (pavimentos superiores e in- escada de segurança para edificação com altura su-
feriores ao nível da descarga) dentro do critério de perior a 80 m, principalmente quanto a velocidade
altura fixado na Tabela do Anexo B desta IT; máxima nos dutos, vazão e perdas;
2) Ser protegida por PCF P-60, tanto no acesso à b. a edificação deve ser planejada de forma a atender
antecâmara de segurança quanto no acesso à es- aos requisitos do sistema de pressurização, garantin-
cada pressurizada. do o seu funcionamento com relação às condições
c. deve haver um diferencial de pressão (DDP) entre a descritas nesta IT;
antecâmara de segurança e o interior da escada c. todos os componentes do sistema de pressurização
pressurizada, garantindo-se dessa forma o gradiente (dutos, grupo motoventilador, grupo motogerador
de pressão no sentido do interior da escada pressu- automatizado) devem ser protegidos contra o fogo por
rizada para a antecâmara de segurança; para realizar no mínimo 2 h (exceção feita às portas corta-fogo que
essa DDP, o Corpo de Bombeiros aceita: devem ser do tipo P-90, nas casas de máquinas), a fim
1) A previsão de insuflação somente na escada, dei- de garantir o abandono dos ocupantes da edificação,
xando uma abertura na parede entre a escada e bem como, o acesso ao Corpo de Bombeiros;
cada antecâmara, adotando o princípio de vasos
d. pisos escorregadios nas proximidades das PCF de
comunicantes, com um único dispositivo de contro-
acesso aos espaços pressurizados devem ser evi-
le de pressão localizado no interior da escada. A
tados;
abertura mencionada deve ser dotada de dispositi-
vo que garanta o fluxo de ar somente no sentido da e. portas corta-fogo devem estar de acordo com a norma
escada à antecâmara, impedindo o fluxo da antecâ- NBR 11742/03, e serem instaladas de forma a atender
mara à escada. O sistema deve ser dimensionado às premissas básicas do projeto de pressurização de
considerando as aberturas de frestas da antecâmara escadas. Caso contrário, a pressurização perde sua
ao exterior, incluindo o poço do elevador; função e deve ser reavaliada, ou dispositivos comple-
2) Sistemas de pressurização independentes entre a mentares, junto a esta PCF, devem dar as garantias do
escada e as antecâmaras, com dutos, ventiladores projetado na pressurização. Tais dispositivos não po-
e controles exclusivos para cada sistema, tendo dem alterar as características de resistência ao fogo
um nível de pressurização mais alto na escada e das PCF;
mais baixo nas antecâmaras, aceita-se o controle f. atenção especial deve ser dada às edificações que
de pressurização pela variação da rotação dos possuam acesso de pessoas portadoras de deficiên-
ventiladores utilizando inversores de frequência na cia física;
alimentação elétrica de seus motores. g. quando a pressurização da escada dificulta o fecha-
d. a antecâmara de segurança deve possuir dimensões mento das PCF (como exemplo, PCF posicionada no
mínimas de acordo com a IT 11/11; pavimento de descarga), dispositivos de fechamento
Obs.: devem ser dimensionados de forma a vencer esta for-
Quando exigido (ver Anexo B), as antecâmaras de segurança das
escadas pressurizadas e dos elevadores de emergência, localiza- ça. Tais dispositivos devem ser capazes de mantê-las
das em níveis inferiores ao piso de descarga, devem possuir as fechadas contra a pressão do sistema de pressurização;
mesmas características mencionadas acima. h. deve ser prevista sinalização nas PCF, na face exter-
na à escada, com os seguintes dizeres: “ESCADA
e. as edificações existentes estão isentas do cumprimento PRESSURIZADA”, seguindo critérios da IT 20/11;
do estabelecido neste item, caso haja impossibilidade
técnica de adaptação. i. visando à selagem como forma de não prejudicar o
estabelecido no item 5.1.6.4 desta IT, deve ser consi-
5.1.6.9 Efeito do sistema derado o controle da porosidade das paredes que
envolvem as escadas, bem como, dos dutos de suc-
Com a finalidade de eliminar o risco de redução de desempe-
ção e pressurização, construídos em alvenaria;
nho do ventilador, em termos de vazão, deve ser considerado
o “efeito do sistema”, atendendo aos parâmetros definidos j. deve ser previsto sistema de detecção de fumaça e
pelo fabricante. Normas de referência: Normas ASNI / iluminação de emergência nos seguintes locais: casa
ASHRAE 51; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and de máquinas de pressurização; sala do grupo
Systems” - publicação 201-90 - “O fator do efeito do sistema” motogerador automatizado; no ambiente onde se lo-
(System Effect Factor) e suas tabelas. calizar os acionadores manuais alternativos dos

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282 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

motoventiladores; em qualquer outro local que projetada de modo a manter a trajetória do fluxo de ar
possua contato direto com a escada pressurizada; no sentido contrário ao estabelecido para o abandono
k. caso exista algum compartimento ou equipamento que, da população da edificação, a fim de diminuir o risco
direta ou indiretamente, possa gerar dúvida quanto à das rotas de fuga serem atingidas pela fumaça oriunda
sua real interferência no sistema de pressurização, do incêndio. Caso isso não seja atendido, devem ser
como por exemplo sistema de controle de fumaça, o previstos dispositivos de fechamento automático, que
projeto deve ser submetido à análise de Comissão garantam o bloqueio da passagem de fumaça em caso
Técnica. de incêndio. Portanto, esses dispositivos devem ser
utilizados quando existir o risco desses dutos e/ou
5.2.2 Edifícios com múltiplas escadas sistemas contribuírem para o alastramento do incêndio,
ou não atenderem aos critérios de compartimentação
a. em edifícios com múltiplas escadas pressurizadas, de-
horizontal e/ou vertical;
vem ser instalados sistemas independentes de
pressurização para cada escada. A exigência de siste- b. na situação de emergência (em funcionamento do
mas independentes aplica-se aos equipamentos a serem sistema de pressurização), todo o sistema de circulação
instalados, devendo estes serem independentes para de ar existente na edificação deve ser projetado para
cada escada (conjunto motoventilador, dutos de imediata interrupção do seu funcionamento.
insuflamento, registros e grelhas), e quanto ao ambiente c. sistemas de exaustão podem ser mantidos ligados
onde serão instalados os motoventiladores (proteção desde que promovam um fluxo favorável ao sentido
passiva dos sistemas) pode-se aceitar uma casa de do escape de ar do sistema de pressurização de escada,
máquinas única, desde que seja dimensionada conforme sendo que tais casos devem ser analisados em
item 5.2.4 desta IT, em especial as letras “e’”, “j”, “n” e Comissão Técnica;
“o”. Esse conceito aplica-se igualmente para os siste- d. o sistema de alarme e detecção de incêndio também
mas de detecção automática de incêndio e para o deve ser o responsável pelo comando das alterações
grupo motogerador, que pode ser único para alimentação necessárias no sistema de ventilação e ar condicionado.
dos sistemas de pressurização de uma edificação; O sinal, que deve dar início a todas estas alterações na
b. não devem ser aceitas escadas de segurança com operação desses sistemas, deve vir da mesma fonte que
aberturas entre si (uma escada se comunicando com aciona a pressurização na situação de emergência;
a outra, através de dutos, janelas etc.), quando se e. detector de fumaça dentro dos dutos de retorno do ar
tratarem de quantidade mínima de escadas exigidas condicionado pode ser utilizado como sistema auxiliar
para a edificação, conforme IT 11/11 - Saídas de emer- de acionamento do sistema de pressurização, devendo
gência ou Código de Obras local; o mesmo ser adequadamente instalado e ter sua
c. no caso de uma escada em que for utilizado o recurso eficiência comprovada por meio de ensaio, de acordo
arquitetônico de aproveitamento de área da caixa de com NBR 17240/10.
escada, mantendo-se as larguras, unidades de pas-
sagens etc, com duas entradas distintas para a 5.2.4 Estruturas de proteção e garantias de funcionamento
mesma caixa de escada em um mesmo nível, é permi- do sistema de pressurização
tida a pressurização por um único duto, devendo-se a. a edificação deve proporcionar a proteção adequada
levar em conta o número de portas abertas, frestas e contra incêndio para todos os componentes que ga-
perdas em duplicata, não podendo diminuir o número rantam o funcionamento do sistema de pressurização;
mínimo de escadas previstas para a edificação;
b. os dutos de sucção e/ou pressurização, seus
d. devem ser projetados sistemas de pressurização para ancoramentos ou seus revestimentos contra incêndio,
as escadas que atenderem os pavimentos abaixo do piso em seu caminhamento interno ou externamente à
de descarga e subsolos, caso esses pisos sejam utiliza- edificação, não devem passar por ambientes que pos-
dos para atividades diversas de estacionamento de sam prejudicar (com danos mecânicos, químicos ou
veículos ou possuam altura ascendente maior que 12 m; do próprio incêndio) a eficiência do sistema de
e. como regra geral, deve-se evitar o uso de escadas de pressurização;
segurança pressurizadas e escadas simples ou c. os dutos de sucção e/ou pressurização, no seu
enclausuradas sem pressurização, quando ocupam o caminhamento devem, de preferência, estar
mesmo espaço (mesmo ambiente – por exemplo: mes- posicionados o mais próximo possível ao teto (laje) dos
mo corredor de acesso). Casos específicos poderão ambientes, sendo que quaisquer outras instalações
ser aceitos pelo Corpo de Bombeiros, desde que o devem estar posicionadas logo abaixo, desde que aten-
responsável técnico cite claramente, no memorial dam aos requisitos do item 5.2.4, letras (f, g e h) desta IT;
específico, que as ventilações do ambiente (por exem-
d. os ancoramentos dos dutos e outros acessórios,
plo: ventilações permanentes nas fachadas, nos
necessários ao sistema de pressurização, não podem
corredores de acesso e outras) garantam a não inter-
servir funcionalmente a outros tipos de instalações;
ferência da escada pressurizada sobre as demais.
e. cabos elétricos e dutos de sucção e/ou pressurização
5.2.3 Relação entre a pressurização e o sistema de devem estar devidamente protegidos contra a ação do
ar-condicionado fogo em caso de incêndio, garantindo o acionamento
a. a circulação de ar promovida pelo sistema de condicio- e o funcionamento do sistema de pressurização para
namento de ar ou de exaustão mecânica deve ser no mínimo 2 h;

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 283

f. os dutos de sucção e/ou pressurização, para que não vista a vibração originária do funcionamento do grupo
seja exigido o revestimento contra incêndio, devem es- motogerador;
tar afastados de sistemas de vasos sob pressão, bateri- m. o circuito formado pela tomada de ar frio e saída do ar
as de GLP ou sistemas alimentados por gás natural, de aquecido (do compartimento casa de máquinas do
nafta ou similares e depósitos ou tanques de combustí- grupo motogerador), bem como, o escape dos gases
vel, de acordo com o estabelecido no Anexo D desta IT; da combustão, para o perfeito funcionamento do gru-
g. para os riscos citados no item 5.2.4 letra (f), em que po motogerador automatizado e seus acessórios, de-
não consiga os afastamentos estabelecidos no Anexo vem ser adequadamente projetados como forma de
D (todos desta IT), além da proteção que garanta re- garantir a alimentação elétrica dos sistemas de segu-
sistência ao fogo por 2 h nos dutos de sucção e/ou rança e sistema de pressurização das edificações. Pre-
pressurização, deve ser prevista distância mínima, ferencialmente, o grupo motogerador e seus acessóri-
medida no plano horizontal, de 2 m desses riscos; os devem estar posicionados no pavimento térreo ou
h. caso o afastamento de 2 m entre as tubulações que próximo deste. Caso não exista condição técnica para
conduzem gás GLP, gases naturais, de nafta ou simi- o cumprimento dessa exigência, no mínimo, deve ser
lares e os dutos de sucção e/ou pressurização não garantida que a tomada de ar frio seja realizada próxi-
seja cumprido, essas tubulações de gás devem ser mo ao pavimento térreo, através de dutos, sem o risco
envolvidas por tubo-luva de proteção, de ferro galva- de se captar a fumaça oriunda de um incêndio. Os
nizado ou aço carbono, devidamente identificada na dutos de tomada de ar frio se passarem por áreas de
cor vermelha e suportado de forma independente, com risco, devem possuir proteção que garanta resistência
diâmetro nominal mínimo 1,5 vezes maior que a tubu- ao fogo por no mínimo 2 h. Cuidados especiais, quan-
lação a ser envolvida. O afastamento, medido no pla- to ao isolamento térmico e/ou de resistência ao fogo,
no horizontal, entre a entrada e saída do tubo-luva de devem ser tomados para os dutos de saída do ar aque-
proteção e os dutos de sucção e/ou pressurização, cido e dutos de escape de gases da combustão;
deve ser de no mínimo 1 m, de acordo com o estabele- n. cuidados especiais devem ser tomados para evitar a
cido no Anexo D desta IT; entrada de água ou produtos agressivos, nos compar-
i. o grupo motoventilador, seus acessórios, componen- timentos casa de máquinas do grupo motoventilador e
tes elétricos e de controle, devem ser alojado em com- do grupo motogerador automatizado, por intempéries
partimento resistente ao fogo por, no mínimo, 2 h. As ou mesmo quando da manutenção geral da edificação;
PCF de acesso a esse compartimento devem ser do o. o grupo motoventilador deve estar posicionado em
tipo PCF P-90; compartimento diferente do que abriga o grupo
j. caso o compartimento da casa de máquinas do grupo motogerador automatizado;
motoventilador esteja posicionado em pavimento p. nas edificações existentes, não é obrigatório o uso do
subsolo, ou outro pavimento que possa causar risco grupo motogerador automatizado, que pode ser subs-
de captação da fumaça de um incêndio, deve ser pre- tituído pela ligação independente do grupo
visto uma antecâmara de segurança entre esse com- motoventilador;
partimento e o pavimento. Também deve ser previsto q. prever fechamento adequado para as instalações hi-
sistema de detecção no acesso a esse conjunto com- dráulicas de água, esgoto e águas pluviais no interior
partimento casa de máquinas. Essa antecâmara de das casas do grupo motoventilador e grupo motoge-
segurança pode possuir dimensões reduzidas, com rador, com TRRF conforme a IT 08/11 - Resistência ao
relação ao estabelecido na IT 11/11. O acesso à fogo dos elementos de construção.
antecâmara de segurança deve ser protegido por uma
PCF P-90, bem como, o acesso à casa de máquinas 5.3 A Instalação e equipamentos
do grupo motoventilador ser protegido por uma porta
5.3.1 Ventilador
estanque, de forma a evitar a captação de fumaça que
porventura passe pelas frestas desta PCF. Essa solu- a. o conjunto motoventilador deve atender a todos os re-
ção pode ser substituída por outra que garanta a dimi- quisitos desta IT, para proporcionar a pressurização
nuição de risco de captação da fumaça de um incên- requerida;
dio pelo compartimento casa de máquinas do grupo b. em todos os edifícios devem ser previstos sistemas
motoventilador; motoventiladores em duplicata, com as mesmas ca-
k. quando o sistema de interligação do grupo motoventila- racterísticas, para atuarem especificamente na situa-
dor for realizado por correias, deve ser providenciada ção de emergência, de acordo com os critérios esta-
proteção contra eventuais acidentes pessoais, por belecidos no Anexo B desta IT;
meio de grade ou outro dispositivo que possua mes- c. nos edifícios residenciais com até 80 m de altura, nos
ma finalidade e eficiência; edifícios de escritórios com até 60 m de altura e nos
l. o grupo motogerador automatizado e seus acessóri- edifícios escolares com até 30 m de altura, é permitido
os, quando exigidos, de acordo com os critérios do o uso de somente um motoventilador;
Anexo B, desta IT, devem ter seu compartimento, o d. para se atingir a vazão total de projeto, podem ser utiliza-
mesmo nível de proteção estabelecido no item 5.2.4, dos 2 grupos motoventiladores, sendo que cada grupo
letra i desta IT. Tais compartimentos devem ser deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do sistema
projetados com vistas a garantir a manutenção de sua e 100% da pressão total requerida, para atuarem especi-
estabilidade, integridade e estanqueidade, tendo em ficamente no estágio de emergência e em conjunto.

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284 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.2 Tomada de ar 5.3.2.2 Edificações existentes


a. é essencial que o suprimento de ar usado para a. em edificações existentes, anteriores a IT -010/33/99
pressurização nunca esteja em risco de contamina- e, quando não houver condições técnicas de se cum-
ção pela fumaça proveniente de um incêndio no edifí- prir o estabelecido no item 5.3.2.1.a desta IT, devida-
cio. Medidas para minimizar a influência da ação dos mente comprovada a inviabilidade, quanto à instala-
ventos sobre o sistema de pressurização (como a to- ção do conjunto motoventilador e a tomada de ar, pode
mada e a saída de ar) também devem ser adotadas; ser permitida sua instalação no pavimento cobertura;
b. as seguintes distâncias mínimas devem ser adotadas, b. caso seja aceita a tomada de ar ao nível da cobertura
em relação às aberturas próximas à tomada de ar da da edificação, requisitos mínimos devem ser providen-
pressurização: ciados de modo a diminuir o risco de captação da fu-
1) 2,5 m das aberturas nas laterais, medidos horizon- maça que sobe pelas fachadas do edifício, a saber:
talmente. Quando a tomada de ar for feita abaixo 1) Construção de uma parede alta, posicionada em
do nível do piso de descarga da edificação, a dis- todo o perímetro da cobertura da edificação, e afas-
tância deverá então ser de 5 m; tada da tomada de ar 5 m, medida no plano hori-
2) 2 m das aberturas acima da tomada de ar; zontal, tal parede deve ser 1 m, mais alta que o
3) abaixo da veneziana de tomada de ar não serão nível da tomada de ar.
permitidas aberturas, exceto quando, comprovada-
Obs.: Ver Anexo C desta IT;
mente, esta abertura não prejudicar a tomada de
ar, devido à posição, à existência de proteções etc; 2) Construção de uma parede alta, 2 m acima da toma-
4) Não é permitida a instalação da tomada de ar em da de ar, posicionada em todo o perímetro da co-
local interno à linha de projeção do pavimento su- bertura da edificação, quando não se conseguir o
perior. afastamento de 5 m, medidos no plano horizontal.
Obs.: Ver Anexo C desta IT;
c. da mesma forma, o ponto de descarga de qualquer duto
vertical que possa eventualmente descarregar fumaça
de um incêndio, deve também estar afastado 2 m, no
mínimo, medida no plano vertical, em relação ao nível
da tomada de ar. Esse duto deve atender aos requisitos
estabelecidos no item 5.2.4, letra b, desta IT, e preferen-
cialmente o seu ponto de descarga deve ficar
posicionado o mais próximo possível, medido no plano
horizontal, da tomada de ar do sistema de pressurização.
Obs.: Ver Anexo C desta IT.

5.3.3 Sistema de distribuição de ar


a. nos edifícios com vários pavimentos, a disposição pre-
ferida para um sistema de distribuição de ar para
pressurização consiste em um duto vertical que corre
Figura 3: Distâncias mínimas de aberturas à tomada de ar adjacente aos espaços pressurizados, sendo que,
para edificações existentes, havendo impossibilidade
técnica justificada de execução desse duto, pode ser
5.3.2.1 Edificações novas aceita a distribuição de ar através de duto plenum.
a. a tomada de ar e instalação do grupo motoventilador e Neste caso o projeto deve ser analisado em Comissão
seus acessórios, para o sistema de pressurização, Técnica. Devem-se verificar os efeitos da “resistência
devem atender às seguintes características: fluído-dinâmica” associada ao escoamento vertical do
ar pela escada, que se manifesta em série, de um an-
1) Localizarem-se no pavimento térreo ou próximo
dar a outro. O problema fica, portanto, na dependência
deste e possuir filtro de partículas, conforme NBR
da geometria da escada, que deve ser objeto de aná-
16401/08, sendo do tipo metálico lavável;
lise específica de cada caso;
2) Caso necessário, a tomada de ar deve ser realiza- b. os dutos devem, de preferência, ser construídos em
da através de duto de captação de um local sem metal laminado, com costuras longitudinais lacradas à
risco de fumaça de incêndio até o compartimento máquina, com material de vedação adequado. Os as-
que abriga o conjunto motoventilador; pectos construtivos devem obedecer às recomenda-
3) Não é permitido conjugar a captação de ar do siste- ções da SMACNA, por meio das literaturas HVAC Duct
ma de pressurização com a saída da extração de Construction - Metal and Flexible e HVAC System Duct
fumaça dos subsolos; Design. A utilização de dutos confeccionados em ou-
4) O compartimento que abriga o conjunto mo- tros materiais, além de atender as condições de exi-
toventilador deve permitir facilidades de acesso gência relativas aos dutos metálicos, deve ser subme-
para manutenção, mesmo quando estiver posi- tida à avaliação da Comissão Técnica, no Serviço de
cionado em nível subterrâneo. Segurança contra Incêndio;

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 285

c. cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem 5.3.4 Grelhas de insuflamento de ar


dos dutos do sistema de pressurização, quando for a. para a pressurização de uma escada, através de duto,
necessário o uso de revestimento resistente ao fogo devem ser previstas várias grelhas de insuflamento,
para sua proteção, tendo em vista o aumento de peso localizadas a intervalos regulares por toda a altura da
causado por esses revestimentos; escada, e posicionadas de modo a haver uma distância
d. dutos de alvenaria podem ser utilizados, desde que sejam máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes.
somente para a distribuição do ar de pressurização, e Os pontos de saída devem ser balanceados para permi-
que a sua superfície interna, preferencialmente, possua tir a saída de quantidades iguais de ar em cada grelha,
revestimento com argamassa, com objetivo de se obter devendo obrigatoriamente haver uma grelha no piso de
uma superfície lisa e estanque, ou revestida com chapas descarga (pavimento térreo) e uma no último pavimento;
metálicas ou outro material incombustível. Dutos para b. os dispositivos de ajuste e balanceamento das
pressurização, com áreas internas inferiores a grelhas de insuflamento não podem permitir altera-
0,5 m2, triangulares e muito estreitos (com largura menor ções, mesmo que acidentais, após montagens e
que 40 cm), devem, à medida do possível, ser evitados; testes, a não ser por pessoal técnico capacitado.
e. recomenda-se que o nível de ruído transmitido pelo
5.3.5 Sistema elétrico
sistema de pressurização no interior da escada não
deve ultrapassar a 85 db(a), na condição desocupada; a. deve ser assegurado o fornecimento de energia elétrica
para o sistema de pressurização e de segurança exis-
f. caso necessário, um teste de vazamento nos dutos
tente na edificação durante o incêndio, de modo a
pode ser aplicado de forma a se verificar a exatidão
garantir o funcionamento e permitir o abandono seguro
dos parâmetros adotados. O método de teste deve ser
dos ocupantes da edificação.
o recomendado pela SMACNA, por meio da literatura
O edifício deve possuir um sistema de fornecimento de
HVAC Air Duct Leakage Test Manual;
energia de emergência por meio de um grupo motogera-
g. registros corta-fogo não devem ser usados na rede de dor automatizado, de acordo com as Normas Técnicas
dutos de tomada ou distribuição do ar de pressurização, Oficiais, com autonomia de funcionamento de acordo
de modo que o seu acionamento não prejudique o com os critérios do Anexo B desta IT e acionado auto-
suprimento de ar; maticamente quando houver interrupção no fornecimento
h. os dutos metálicos, tanto na tomada de ar quanto na de energia normal para o sistema de pressurização;
sua distribuição, que ficarem posicionados de forma b. os demais sistemas de emergência (tais como
aparente, devem possuir tratamento de revestimento iluminação de emergência, registros corta-fogo, bombas
contra o fogo, que garanta resistência ao fogo por 2 h, de pressurização hidráulicas de incêndio, elevadores
mesmo que esses dutos estejam posicionados em pa- de segurança etc.), podem ser alimentados pelo
vimentos subsolos ou na face externa do edifício. Exce- mesmo grupo motogerador automatizado;
ção, quando do caminhamento do duto externo à edifica- c. o comando elétrico, de início de funcionamento do gru-
ção com os afastamentos citados no Anexo D desta IT; po motoventilador, na situação de emergência, deve
i. os revestimentos resistentes ao fogo aplicados direta- se dar a partir de um sistema automático de detecção
mente sobre os dutos metálicos de ventilação, quando de fumaça, cuja instalação é exigida nos locais cita-
submetidos às condições de trabalho esperadas, prin- dos no item 5.2.4 letra (e), Anexo B desta IT e IT 19/11;
cipalmente às condições de um incêndio, devem de- d. as instalações elétricas devem estar de acordo com a
monstrar resistência ao fogo por um período mínimo NBR 5410/04;
de 2 h, atendendo aos seguintes critérios abaixo: e. os circuitos elétricos do sistema de pressurização devem
1) Integridade à passagem de chamas, fumaça e ser acondicionados de forma a garantir a operação do
gases quentes; sistema conforme tempo preconizado nesta IT. Se os
2) Estabilidade ao colapso do duto, que evitaria o circuitos elétricos do sistema de pressurização passa-
cumprimento normal de suas funções; rem por áreas de risco, aparentes ou embutidas em
3) Isolamento térmico, para evitar que a elevação da forros sem resistência contra incêndio, devem ser
temperatura na superfície interna do duto não protegidos contra a ação do calor do incêndio, pelo tem-
alcance 140ºC (temperatura média) e 180ºC po de utilização do grupo motogerador automatizado;
(temperatura máxima pontual), acima da tempera-
f. quando a edificação for isenta de grupo motogerador,
tura ambiente;
deverá ser prevista uma alimentação independente
4) Incombustibilidade do revestimento.
do consumo geral, de forma a permitir o desligamento
geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do
Obs.:
sistema de pressurização da escada.
Os critérios acima devem ser definidos em testes normalizados de
resistência ao fogo de dutos de ventilação, utilizando a norma brasi- 5.3.6 Sistemas de controle
leira, e na sua ausência a norma ISO 6944 - Fire Resistance Tests -
Ventilation Ducts ou similar.
a. considerando-se a diversidade de condições a que o
sistema é submetido, para manter um diferencial de
pressão adequado, quando todas as PCF estiverem
j. caso se adote parede sem função estrutural para pro- fechadas e a velocidade mínima necessária, referida
teger dutos metálicos verticalizados, pode ser adota- à condição padrão do ar, por meio das PCF considera-
da a Tabela de Resistência ao Fogo Para Alvenarias, das na condição abertas, deve ser previsto registro de
conforme Anexo B da IT 08/11. sobrepressão, ou damper motorizado acionado por

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286 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

sensor diferencial de pressão, a fim de impedir que a 2) O treinamento da brigada de combate a incêndios e a elaboração
pressão se eleve acima de 60 Pa, quando todas as de plano de abandono e emergências, para a plena utilização do
sistema de detecção e alarme, devem ser elaborados e constante-
PCF estiverem fechadas;
mente avaliados.
b. esse registro é colocado entre um espaço pressurizado
e um espaço interno ou externo, desde que haja ga-
rantias de funcionamento, considerando-se a influên- e. procedimentos devem ser adotados no sentido de se
cia da ação dos ventos. Esse registro deve ser testar o sistema de alarme de incêndio, sem necessari-
posicionado fora das áreas de risco e afastados de amente operar o sistema de pressurização de escadas;
acordo com o Anexo E desta IT; f. a instalação dos detectores automáticos ou acionado-
c. alternativamente ao registro de sobrepressão, podem ser res manuais de alarme devem seguir as orientações
adotados sistemas que modulem a capacidade dos ven- do Corpo de Bombeiros e, subsidiariamente, o que
tiladores de pressurização (variador de frequência do preceitua a IT 19/11;
motor), sob comando de um controlador de pressão com g. o painel da central de comando de alarme/detecção
sensor instalado no interior da escada pressurizada; deve sinalizar o setor atingido, não sendo permitido que
d. para sistemas de pressurização que se utilizam 2 con- um laço de alarme/detecção supervisione mais de um
juntos motoventiladores, um funcionando como reser- pavimento; todas as indicações da central de alarme/
va do outro, deve ser instalado no sistema de dutos, detecção devem ser informadas na língua portuguesa;
um dispositivo automático que identifique a parada de h. qualquer sinal de alarme ou defeito deve ser interpre-
um grupo motoventilador e possibilitar o imediato tado pela central de alarme/detecção como alarme e
acionamento do outro; deve acionar o sistema de pressurização, sendo que
e. orienta-se que, quando se utilizar registros (dampers) nas não é permitido, por meio da central de alarme, reali-
descargas dos ventiladores, suas lâminas sejam posi- zar o desligamento do sistema de pressurização, res-
cionadas de forma perpendicular ao eixo do ventilador, peitadas as considerações dos itens seguintes;
como forma de diminuir o chamado “efeito do sistema”; i. o sistema de pressurização deve ser acionado imedia-
f. sistemas de controle também devem ser aplicados nos tamente quando a central de alarme e detecção de
trechos de escadas situados em subsolos, quando incêndio receber sinal de ativação do detector de fu-
existir a descontinuidade no piso de descarga (térreo) maça/calor e/ou acionador manual de alarme de in-
todavia, deve-se ter a precaução de que aberturas não cêndio instalados na edificação. O funcionamento de
sejam utilizadas para os pavimentos enterrados, de- motoventiladores não pode depender da ativação dos
vendo-se dar preferência para instalação de registros dispositivos sonoros, cujo retardo pode causar a con-
de sobrepressão localizados no nível térreo ou, então, taminação da escada pela fumaça oriunda do incên-
de variador de frequência ou similar. dio; dessa forma, o sistema de alarme e detecção de
5.3.7 Sistema de acionamento e alarme incêndio deve ativar o sistema de pressurização antes
mesmo do reconhecimento do sinal de alarme pela
a. o sistema principal para acionamento do sistema de pres-
pessoa responsável pela vigilância;
surização, na situação de emergência, deve ser o de de-
tecção automática de fumaça, pontual ou linear. Em to- j. o detector de fumaça instalado na sala dos motoven-
dos os edifícios, deve haver tal sistema, no mínimo, no hall tiladores deve possuir laço exclusivo e independente
interno de acesso à escada pressurizada e nos seus cor- (ou similar) dos demais e funcionar de forma diferencia-
redores principais de acesso, dimensionados conforme da, ou seja, ao ser acionado, deve inibir o acionamento
IT 19/11 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio; do sistema de pressurização;
Obs.: k. somente é aceito, para garantia do sistema de pressu-
Todos os ambientes ou halls que possuem acesso direto à escada rização, sistemas com acionadores manuais que sejam
pressurizada devem possuir sistema de detecção de fumaça. supervisionados pela central de alarme e detecção, de
acordo com os critérios estabelecidos na IT 19/11;
b. nos edifícios em que os detectores de fumaça foram l. a lógica do sistema deve contemplar a necessidade de
instalados apenas para acionar a situação de emer- se evitar que o sistema de pressurização da escada entre
gência do sistema de pressurização, esse detector em funcionamento automaticamente em caso da exis-
deve ser posicionado no lado de menor pressão de tência real de fumaça no interior do compartimento que
todas as PCF de comunicação entre a escada pressuri- abriga o conjunto motoventilador, proveniente de um in-
zada e o espaço adjacente, nos locais indicados no cêndio em suas adjacências. Dessa forma, devem ser
Anexo B desta IT; adotados mecanismos adequados que impeçam que o
c. a instalação do detector de fumaça dentro do espaço falso alarme desative o funcionamento do conjunto
pressurizado não é aceitável; motoventilador. O monitoramento através do sistema de
d. o uso do sistema de detecção não isenta o uso do detecção de fumaça desse compartimento deve ser rea-
sistema de alarme manual, sistema de chuveiros auto- lizado através de um laço exclusivo e independente (ou
máticos ou outro sistema de prevenção ou combate a similar) em relação aos demais detectores de fumaça e
incêndios. acionadores manuais de alarme da edificação;
Obs.: m. o sistema de detecção deve ser submetido aos testes
1) A existência de sistema de chuveiros automáticos ou outro siste-
ma de combate a incêndios não isenta a necessidade de instalação de acordo com a IT 19/11, e também com as interferên-
de sistema de detecção e alarme, como forma principal de cias da pressurização, quando o sistema for de 2 está-
acionamento do sistema de pressurização; gios. Deve-se apresentar o laudo de teste do sistema

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 287

de detecção, quando da solicitação da vistoria junto 5) Outro método, a critério do projetista, desde que
ao Corpo de Bombeiros; comprovando que foram rea- seja possível comprovar o desempenho e não haja
lizados os testes de acordo com a referida norma, bem prejuízo às demais medidas de segurança exigidas
como, o devido recolhimento da ART (Anotação de para a edificação, como por exemplo, compartimen-
Responsabilidade Técnica); tação vertical, entre outras.
n. é permitido o uso de destravadores eletromagnéticos para b. nos edifícios onde haja necessidade de sistema de es-
PCF de acesso à escada pressurizada, sendo que o seu cape do ar de pressurização, baseado na operação au-
circuito deve ser ligado à central de comando do sistema tomática dos dispositivos instalados para esta finalida-
de detecção e alarme. O sistema deve permitir ainda o de, o sinal que opera tais dispositivos deve ser o mes-
destravamento manual por meio da central de comando mo que aciona o grupo motoventilador no estágio de
do sistema de alarme, ou manualmente na própria PCF. emergência. Sensores independentes, que acionem
Esse sistema tem a função de destravar a PCF automati- apenas os dispositivos de escape, não são permitidos;
camente na falta de energia elétrica ou quando aciona- c. todo equipamento acionado automaticamente para
do o sistema de pressurização de escadas; proporcionar o escape do ar de pressurização do edi-
o. o tempo máximo de fechamento das PCF de acesso à fício, caso exista, deve ser incluído nos procedimentos
escada pressurizada, onde houver destravadores ele- de manutenção.
tromagnéticos, deve ser de 30 s;
p. os acionadores manuais de alarme, de forma comple- 5.3.9 Procedimentos de manutenção
mentar (e nunca substitutiva), devem sempre permitir a. todo equipamento de pressurização deve ser submetido
o acionamento do sistema de pressurização em situa- a um processo regular de manutenção, que inclui: o sis-
ção de emergência; tema de detectores de fumaça ou qualquer outro tipo de
q. um acionador remoto manual, do sistema de pressuri- sistema de alarme de incêndio utilizado, o mecanismo de
zação, deve sempre ser instalado em cada local abai- comutação, o grupo motoventilador, suas correias de
xo descrito: interligação, dutos (sucção e/ou pressurização) e suas
1) Na sala de controle central de serviços do edifício ancoragens e proteções contra incêndio, os sistemas para
(desde que possua fácil comunicação com todo o o fornecimento de energia em emergência, portas corta-
edifício) ou na portaria ou guarita de entrada do fogo e o equipamento do sistema de escape do ar acio-
edifício com vigilância permanente; nado automaticamente. Os cuidados com esses equipa-
2) No compartimento do grupo motoventilador e seus mentos devem ser incluídos no programa de manuten-
acessórios, se este for distante da sala de controle ção anual do edifício e devem ser apresentados quando
central; da solicitação de vistoria. Esses cuidados são de inteira
responsabilidade do proprietário da edificação e/ou seu
r. a parada do sistema de pressurização, em situação de
representante legal (como exemplo o síndico);
emergência, somente pode ser realizada de modo
manual. b. todos os sistemas de emergência devem ser coloca-
dos em operação semanalmente, a fim de garantir que
cada um dos grupos motoventiladores de pressuri-
5.3.8 Métodos de escape do ar para o exterior, a partir dos
zação esteja funcionando;
pavimentos
c. sistemas que se utilizam de duplicidade de motores, con-
a. no dimensionamento do sistema de pressurização
dições devem ser dadas para o teste individualizado;
devem ser previstas áreas de escape de ar para o
exterior da edificação, de preferência utilizando-se de d. os diferenciais de pressão devem ser verificados anu-
aberturas em pelo menos duas de suas faces. Tais almente, podendo ser prevista a instalação permanen-
aberturas em cada pavimento devem proporcionar, no te de equipamentos para esta finalidade. Uma lista de
total, um mínimo de vazão correspondente a 15% da verificações dos procedimentos de manutenção deve
vazão volumétrica média que escapa de uma PCF ser fornecida aos proprietários do edifício ao final das
aberta (com velocidade de 1 m/s). Para tanto, o proje- obras, pelos responsáveis da instalação do sistema,
tista deve adotar uma das alternativas a seguir: com manuais em português.
1) Método do escape de ar por janelas;
5.4 Integração com outras medidas ativas de proteção
2) Método do escape de ar através de aberturas es-
contra incêndio
peciais no perímetro do edifício, que permanecem
normalmente fechadas, na condição normal de uso 5.4.1 Acionamento do sistema de pressurização
da edificação, e funcionem no caso de ativação do O acionamento do sistema de pressurização deve estar em
sistema de pressurização; conformidade com o item 5.3.7 desta IT, podendo haver a
3) Método do escape de ar através de dutos verticais, interligação com outros sistemas automáticos de combate,
desde que não comprometa a compartimentação permitindo de forma secundária, o acionamento do sistema.
vertical exigida para a edificação. As aberturas
devem ser protegidas nos moldes do especificado 5.4.2 Dutos conjugados com sistema de controle de
na IT 09/11 - Compartimentação horizontal e com- fumaça
partimentação vertical; Serão aceitos projetos com dutos conjugados de pressuri-
4) Método do escape de ar através de extração me- zação de escadas e controle de fumaça (para entrada de ar),
cânica, seguindo critérios adotados na IT 09/11 e desde que atendam as respectivas demandas concomi-
IT 15/11 - Controle de fumaça; tantemente.

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288 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.5 Testes de aprovação tando a superfície da PCF do rebaixo no batente. A


posição da sonda de medição deve ser escolhida de
5.5.1 Aspectos gerais
acordo com esses critérios.
a. um teste de fumaça não é satisfatório para se determi-
nar o correto funcionamento de uma instalação de 5.5.3 Correção de divergências no nível de pressurização
pressurização, visto que não se pode garantir que to- obtido
das as condições climáticas adversas possam estar a. se houver qualquer divergência séria, entre os valores
presentes no momento da execução do teste. Entre- medidos e os níveis de pressurização especificados,
tanto, esse teste pode, às vezes, revelar trajetórias in- os motivos dessa divergência devem ser detectados e
desejáveis de fluxo da fumaça provocadas por defei- corrigidos. Há 3 razões principais que explicam a não
tos na construção. obtenção do nível de pressurização projetado:
b. o teste de aprovação da pressurização deve consistir de: 1) vazão de ar insuficiente;
1) Medição do diferencial de pressão entre a escada 2) áreas de vazamento para fora do espaço pres-
e os espaços não pressurizados adjacentes com surizado, excessivas;
todas as PCF fechadas; 3) áreas de escape do ar para fora do edifício, insufici-
2) Medição da velocidade do ar que sai de um con- entes.
junto representativo (de acordo com estipulado no b. deve ser medida a vazão de ar dos ventiladores e a
cálculo) de PCF abertas que, quando fechadas, vazão de ar através de todas as grelhas de insufla-
separam o espaço pressurizado dos recintos ocu- mento, a fim de se detectar os níveis de escape e o
pados do edifício. suprimento total de ar que chega à escada. Para a
c. o teste deve ser feito quando o edifício estiver concluí- avaliação do teste de escape podem ser utilizados os
do, com os sistemas de condicionamento de ar e de procedimentos previstos no MANUAL SMACNA, HVAC
pressurização balanceados e todo o sistema pronto e AIR DUCT LEAKAGE TEST MANUAL ou da Recomen-
funcionando, com cada componente operando satisfa- dação Técnica DW/143 da Heating and Ventilation
toriamente e sendo controlado pelo sistema de aciona- Contractors’ Association (HVAC). Essas medições de-
mento no seu modo correto de operação em emergên- vem ser efetuadas com as PCF da escada fechadas,
cia. As medições efetuadas em campo devem seguir as utilizando o próprio ventilador da instalação;
recomendações da AMCA 203, pela literatura Field c. caso a vazão de ar que entra na escada esteja de acor-
Performance Measurement of Fan System. do com a prevista em projeto, devem ser verificadas as
d. nos sistemas com 2 estágios são exigidas medições frestas em redor das PCF, dando-se atenção especial à
apenas com o segundo estágio operando (estágio de folga na sua parte inferior. Se qualquer PCF tiver folgas
emergência); inaceitavelmente grandes, estas devem ser reduzidas.
e. O sistema de detecção deve ser submetido aos testes, Devem ser localizadas, também, áreas de vazamentos
de acordo com a IT 19/11, e também considerando as adicionais não previstas, que devem ser vedadas;
interferências da pressurização, quando o sistema for d. caso a vazão de ar não atinja o nível previsto, o esca-
de 2 estágios. pe de ar a partir dos espaços não pressurizados deve
5.5.2 Medição dos diferenciais de pressão ser examinado para se ter certeza que está em confor-
midade com o projeto e as necessidades desta IT. Se
a. a medição dos diferenciais de pressão, entre os espa- for inadequado, o escape deve ser aumentado para
ços pressurizados e os espaços não pressurizados os valores recomendados. Como alternativa, pode ser
adjacentes, deve ser feita com o auxílio de um manô- aumentada a vazão de entrada de ar até o nível dese-
metro de líquido ajustável ou outro instrumento sensí- jado de pressurização a ser atingido, mesmo diante
vel e adequadamente calibrado; de escapes adicionais ou de condições insuficientes.
b. um local conveniente para medir o diferencial de pres- O nível de pressurização medido não deve ser menor
são é por meio de uma PCF fechada. Pequenas son- que 90% do valor projetado, nem exceder a 60 Pa.
das são colocadas de cada lado da PCF, sendo que
uma das sondas passa através de uma fresta da PCF, 5.5.4 Medição da velocidade média do ar através de uma
ou por baixo dela. As duas sondas, a seguir, são liga- PCF aberta
das ao manômetro por meio de tubos flexíveis. É im- a. essa medida deve ser tomada com um anemômetro
portante que o tubo que passa através da fresta da
de fio quente ou outro instrumento com resolução e
PCF, efetivamente, atravesse-a e penetre suficiente-
exatidão adequados e devidamente calibrado;
mente no espaço, para que a extremidade livre fique
em uma região de ar parado. Sugere-se que essa son- b. a velocidade média através da PCF aberta deve ser
da tenha uma dobra em L (de pelo menos 50 mm de obtida por meio da média aritmética de pelo menos 12
comprimento), para que depois da inserção através medições em pontos uniformemente distribuídos no
da fresta, a sonda possa ser girada em ângulo reto em vão da PCF, sendo necessárias condições estáveis
relação à fresta. Este processo introduz a extremidade de vento e com o edifício vazio;
livre em uma região de ar parado; c. o número de PCF abertas durante a realização das medi-
c. é importante que a inserção da sonda não modifique ções deve seguir o estabelecido no Anexo B desta IT.
as características de escape da PCF, por exemplo, afas-

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 289

ANEXO A
Tabela 1: Níveis de pressurização

Observações:
1) Pa = Pascal, sendo que 10 Pa equivalem a 1,0 mmH2O;
2) Quando pavimentos subterrâneos necessitem ser pressurizados, o projeto deve ser submetido à avaliação em
Comissão Técnica.

Tabela 2: Áreas típicas de escape para quatro tipos de PCF

Observação:
Nos demais tipos de PCF, PCF duplas, portas de elevadores, suas dimensões devem ser verificadas junto aos fabricantes.

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290 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Resumo de exigências para os diversos tipos de edificações com sistemas de pressurização

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 291

Notas:
(1) A exigência de sistema de detecção de fumaça para o sistema de pressurização não isenta a edificação das demais exigências previstas no Decreto Estadual
nº 56.819/11.
(2) Conforme item 5.3.1. letra c: “Nos edifícios residenciais com até 80 m de altura e escritórios com até 60 m de altura e nos edifícios escolares com até 30 m
de altura, é permitido o uso de somente um ventilador com um motor. De forma substitutiva, podem ser utilizados 2 grupos motoventiladores, sendo que cada grupo
deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do sistema e 100% da pressão total requerida, para atuarem especificamente no estágio de emergência, e em
conjunto”.
(3) Em edificações com altura superior a 12 m, do tipo Convento, é exigido grupo motogerador automatizado.
(4) Quando o subsolo necessitar de proteção por escada à prova de fumaça, conforme IT 11/11, esta poderá alternativamente ser dotada de sistema de
pressurização.
(5) Edificações isentas de uso do grupo motogerador desde que a área de cada pavimento seja inferior a 750 m2.
(6) Somente é exigido “antecâmara de segurança” nos acessos à escada pressurizada, de acordo com item 5.1.6.8 desta IT, para edificações residenciais com
altura igual ou superior a 120 m e demais ocupações com altura igual ou superior a 90 m.
7) Quando a edificação for dotada de elevador de emergência, seus acessos devem ser protegidos por antecâmara de segurança, conforme descrito no item 5.1.6.7.
desta IT, em todos os pavimentos, inclusive para os pavimentos situados abaixo do piso de descarga; essa antecâmara pode ser dispensada apenas no nível térreo
(piso de descarga) quando este não estiver em local de risco de incêndio, ou seja, esse pavimento seja destinado única e exclusivamente a hall de recepção ou,
caso possua loja ou dependências com carga incêndio, estas devem possuir compartimentação em relação à esse hall.
(8) Caso o edifício possua local de reunião de público, adotar o item 5.1.6.4. letra (f) desta IT.
(9) Foi considerado que o acesso do pavimento para a escada se dá apenas por uma PCF; se o pavimento tiver acesso por duas ou mais PCFs, o cálculo será pelo
nº total de PCFs de acesso multiplicado pelo nº de pavimentos do cálculo.
(10) A previsão de detecção automática de fumaça nos locais descritos no item I acima não isenta a edificação da instalação desse mesmo sistema em outros locais
que porventura sejam exigidos pelo Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo.
(11) Toda edificação com altura superior a 150 m deve obrigatoriamente ser analisada por meio de Comissão Técnica.

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292 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
Condições para instalação de casa de máquinas de pressurização no pavimento de cobertura

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 293

ANEXO D
Condições para não se revestir os dutos metálicos de sucção e/ou pressurização

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294 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO E
Esquema geral do sistema de pressurização (com duto no interior da escada)

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Instrução Técnica nº 13/2011 - Pressurização de escada de segurança 295

ANEXO F
Modelo de cálculo de vazão do sistema de pressurização de escada

I – Parâmetros para os cálculos de vazão de ar


1) Quantidade de pavimentos com comunicação com a escada pressurizada: 18
2) Quantidade total de portas corta-fogo (PCF) de ingresso à escada de segurança: NPI = 17 portas simples
3) Quantidade total de PCF de saída da escada de segurança: NPS = 01 porta simples
4) Quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação de emergência (incêndio): NPA = 02 (conforme
Anexo B - Edifício de serviços profissionais)
5) Área de vazamento por meio de frestas das portas corta-fogo (PCF) que comunicam a escada pressurizada com os
diversos pavimentos adotando PCF simples e batentes rebaixados. Conforme Tabela 2 do Anexo A:
a. 0.03 m2 – porta de acesso ao espaço pressurizado
b. 0.04 m2 – porta de saída do espaço pressurizado
6) Área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta, em caso de situação de incêndio – adotar
PCF simples: 1,64 m2 (conforme Tabela 1 do Anexo A)
7) Fator de segurança adotados:
a. 15% para vazamentos em dutos metálicos;
b. 25% para vazamentos não identificados.
8) Velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta: V = 1 m/s

II - Cálculo do suprimento de ar necessário para se obter o diferencial de pressão entre a escada e os ambientes
contíguos
1) Condições consideradas:
a. situação de emergência (incêndio);
b. todas as PCF da escada pressurizada fechadas;
c. diferencial de pressão entre o espaço pressurizado e os ambientes contíguos igual a 50 Pa.
2) Cálculo das áreas de restrição - escape de ar através de frestas das portas - (A):
a. dados:
NPI = 17; área de fresta de 0,03 m2 para PCF de ingresso
NPS = 01; área de frestas de 0,04 m2 para PCF de saída
b. cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de ingresso ao espaço pressurizado (API):
API = 17 x 0,03 m2
API = 0,51 m2
c. cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de saída do espaço pressurizado (APS):
APS = 01 x 0,04 m2
APS = 0,04 m2
d. cálculo da área total de restrição (A):
A = API + APS = 0,51 m2 + 0,04 m2
A = 0,55 m2
3) Cálculo do fluxo de ar necessário para o sistema de pressurização considerando as PCF fechadas - (QFT)
Cálculo de QFT:
QFT = 0,827 x A x (P)(1/N) (Equação 1)
sendo:
A = área de restrição = 0,55 m2
P = diferencial de pressão = 50 (Pa) (conforme Anexo A da IT)
N = índice numérico = 2
Portanto, QFT = 0,827 x 0,55 x (50)1/2
QFT = 3,22 m3/s

13-IT.pmd 295 18/10/2012, 15:41


296 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

III - Cálculo do suprimento de ar necessário para a condição de portas abertas


1) Condições consideradas:
a. área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta:
AVL = 1,64 m2;
b. quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação de emergência (incêndio):
NPA = 02 (sendo 1 de ingresso e 1 de saída)
c. área de passagem de ar por meio das frestas de uma porta corta-fogo fechada:
APF = 0,03 m2 (portas de ingresso);
d. quantidade de PCF fechadas a serem consideradas no cálculo:
NPF = 16
e. velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta:
VPA(min) = 1 m/s
2) Cálculo da área aberta considerando as portas abertas mais as frestas das PCF consideradas fechadas:
APA = AVL x NPA + APF x NPF
APA = 1,64 m2 x 02 + 0,03 x 16
APA = 3,76 m2
3) Cálculo da vazão de ar através da área aberta (QAT ):
QAT = APA x VPA
QAT = 3,76 m2 x 1,0 m/s
QAT = 3,76 m3/s

IV - Cálculo de vazão de ar considerando o incremento dos valores referenciais de vazamentos em dutos e vazamentos
não identificados
1) Condições:
a. fator de segurança quanto ao tipo de duto: dutos metálicos: 15%
b. fator de segurança para vazamentos não identificados: 25%
2) aplicação das condições previstas na Equação 4:
QFT < QAT, então QT = QAT
QT = 3,76 m3/s
3) Cálculo da vazão de ar para pressurização com acréscimo dos fatores de segurança:
QTS = QT x 1,4 [Equação 5 a) item 5.1.6.6]
QTS = 3,76 x 1,4
QTS = 5,26 m3/s

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Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 297

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 14/2011

Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tabela de cargas de incêndio específicas por


ocupação
2 Aplicação
B Tabela de carga de incêndio relativa à altura de
3 Referências normativas e bibliográficas armazenamento (depósitos)

4 Definições C Método para levantamento da carga de incêndio


específica
5 Procedimentos
D Modelo de planilha para cálculo da carga de
incêndio

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298 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 299

1 OBJETIVO 4.3 Método de cálculo probabilístico: é o método de cálculo


baseado em resultados estatísticos do tipo de atividade
Estabelecer valores característicos de carga de incêndio nas
exercida na edificação em estudo;
edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso
específico. 4.4 Método de cálculo determinístico: é o método de
cálculo baseado no prévio conhecimento da quantidade e
2 APLICAÇÃO qualidade de materiais existentes na edificação em estudo.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações e áreas
de risco para classificação do risco e determinação do nível 5 PROCEDIMENTOS
de exigência das medidas de segurança contra incêndio, 5.1 Em regra, para determinação da carga de incêndio espe-
conforme prescreve o contido no Decreto Estadual nº56.819/11 cífica das edificações, aplicam-se as tabelas constantes dos
– Regulamento de segurança contra incêndio das edifica- Anexos A e B (métodos probabilísticos).
ções e áreas de risco do Estado de São Paulo.
5.1.1 Para edificações destinadas a explosivos (Grupo “L”)
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS e ocupações especiais (Grupo “M”), aplica-se a metodologia
constante do Anexo C (método determinístico).
NBR 14432 - Exigências de resistência ao fogo de elementos
construtivos de edificações – Procedimento 5.1.2 Ocupações não listadas nas tabelas dos Anexos A e B
Liga Federal de Combate a Incêndio da Áustria. TRVB - 126. podem ter os valores da carga de incêndio específica deter-
1987. minados por similaridade. Admite-se também a similaridade
entre as edificações comerciais (Grupo “C”) e industriais
Despacho nº2073/2009 da Autoridade Nacional de Protecção
(Grupo “I”). Alternativamente, para ocupações do Grupo “J”
Civil de Portugal.
admite-se adotar o método determinístico.
European Committee for Standardization. Eurocode 1 – ENV.
5.2 O levantamento da carga de incêndio específica cons-
4 DEFINIÇÕES tante do Anexo C deve ser realizado em módulos de, no
máximo, 1000 m² de área de piso (espaço considerado).
Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
Módulos maiores de 1000 m² podem ser utilizados quando o
segurança contra incêndio, aplicam-se as definições especí-
espaço analisado possuir materiais combustíveis com poten-
ficas abaixo:
ciais caloríficos semelhantes e uniformemente distribuídos.
4.1 Carga de incêndio: é a soma das energias caloríficas
5.2.1 A carga de incêndio específica do piso analisado deve
possíveis de serem liberadas pela combustão completa de
ser tomada como sendo a média entre os 2 módulos de maior
todos os materiais combustíveis em um espaço, inclusive os
valor.
revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos;
4.2 Carga de incêndio específica: é o valor da carga de 5.3 Considerar para o cálculo: 1 kg (um quilograma) de
incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, madeira equivale a 19,0 megajoules (MJ); 1 caloria equivale
expresso em megajoule (MJ) por metro quadrado (m²); a 4,185 joules (J); e 1 BTU equivale a 252 calorias (cal).

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300 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação

Para a classificação detalhada das ocupações (Divisão), consultar a Tabela 1 do Decreto Estadual nº56.819/11 –
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 301

ANEXO A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)

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302 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)

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Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 303

ANEXO A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)

14-IT.pmd 303 18/10/2012, 15:39


304 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)

14-IT.pmd 304 18/10/2012, 15:39


Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 305

ANEXO A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)

14-IT.pmd 305 18/10/2012, 15:39


306 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Tabela de carga de incêndio relativa à altura de armazenamento (depósitos)

14-IT.pmd 306 18/10/2012, 15:39


Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 307

ANEXO B
Tabela de carga de incêndio relativa à altura de armazenamento (depósitos) (cont.)

14-IT.pmd 307 18/10/2012, 15:39


308 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Tabela de carga de incêndio relativa à altura de armazenamento (depósitos) (cont.)

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Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 309

ANEXO C
Método para levantamento da carga de incêndio específica

C.1 Os valores da carga de incêndio específica para as edificações destinadas a depósitos, explosivos e ocupações especiais
podem ser determinados pela seguinte expressão:

q =
∑M i Hi
fi A
f
Onde:
qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso;
Mi - massa total de cada componente (i) do material combustível, em quilograma. Esse valor não pode ser excedido durante
a vida útil da edificação exceto quando houver alteração de ocupação, ocasião em que (Mi) deve ser reavaliado;
Hi - potencial calorífico específico de cada componente do material combustível, em megajoule por quilograma, conforme
Tabela C.1;
Af - área do piso do compartimento, em metro quadrado.

C.1.1 O levantamento da carga de incêndio deverá ser realizado conforme item 5 (Procedimentos) desta IT.

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310 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela C.1: Valores de referência - potencial calorífico específico (Hi)

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Instrução Técnica nº 14/2011 - Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco 311

ANEXO D (Informativo)
Planilha para cálculo da carga de incêndio

Observações:
(1) - Constante da Tabela C.1.
(2) - Massa total de cada material x potencial calorífico específico
(3) - Somatória de todos os potenciais caloríficos considerados
(4) - Total do potencial calorífico do pavimento / área do piso do pavimento = (qfi )

Legenda:
qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso;
Mi - massa total de cada componente “i” do material combustível, em quilograma. Esse valor não poderá ser excedido durante a vida útil da
edificação exceto quando houver alteração de ocupação, ocasião em que “Mi” deverá ser reavaliado;
Hi - potencial calorífico específico de cada componente do material combustível, em megajoule por quilograma, conforme Tabela C.1;
Af - área do piso do compartimento, em m2.

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312 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 1 – Regras gerais 313

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça
Parte 1 – Regras gerais

SUMÁRIO ANEXO

1 Objetivo A Tabela 2: Determinação dos locais onde deve


haver controle por ocupação
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Procedimentos

5 Subsolos

6 Edificações sem janela

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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314 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 1 – Regras gerais 315

1 OBJETIVO trativo - Ministério do Equipamento, do Planejamento e da


Administração do Território – Portugal.
Fornecer parâmetros técnicos para implementação de siste-
ma de controle de fumaça, atendendo ao previsto no Decreto Decreto-lei nº414/98 de 31 de Dezembro - regulamento de
Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra segurança contra incêndio em edificações escolares - Minis-
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São tério do Equipamento, do Planejamento e da Administração
Paulo. do Território – Portugal.
Decreto-lei nº 368/99 de 18 de Setembro - regulamento de
2 APLICAÇÃO segurança contra incêndio em estabelecimentos comerciais
- Ministério do Equipamento, do Planejamento e da Adminis-
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se ao controle de fuma-
tração do Território – Portugal.
ça dos “átrios, malls, subsolos, espaços amplos e rotas hori-
zontais”, visando: Guia de projeto de sistemas de ventilação de fumaça para
edificações industriais de andar único, incluindo aqueles com
a. a manutenção de um ambiente seguro nas edificações,
mezaninos e depósitos com estantes altas – Ventilation Of
durante o tempo necessário para abandono do local
Smoke Association (Hevac) – Inglaterra.
sinistrado, evitando os perigos da intoxicação e falta
de visibilidade pela fumaça;
4 PROCEDIMENTOS
b. o controle e redução da propagação de gases quen-
tes e fumaça entre a área incendiada e áreas adjacen- 4.1 Condições gerais
tes, baixando a temperatura interna e limitando a pro- 4.1.1 As edificações devem ser dotadas de meios de contro-
pagação do incêndio; le de fumaça que promovam a extração (mecânica ou natu-
c. prever condições dentro e fora da área incendiada que ral) dos gases e da fumaça do local de origem do incêndio,
irão auxiliar nas operações de busca e resgate de pes- controlando a entrada de ar (ventilação) e prevenindo a
soas, localização e controle do incêndio. migração de fumaça e gases quentes para as áreas adjacentes
não sinistradas.
2.2 Conforme a aplicação a que se destina o sistema de contro-
le de fumaça haverá implicações nas características dos materi- 4.1.2 Para obter um controle de fumaça eficiente, as seguin-
ais empregados, tempo de autonomia e vazões de extração. tes condições devem ser estabelecidas:
a. divisão dos volumes de fumaça a extrair por meio da
2.3 As escadas e rotas de fuga verticais devem atender às compartimentação de área ou pela previsão de área
Instruções Técnicas nº11/11 - Saídas de emergência, 12/11 - de acantonamento (ver Figura 1);
Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança
contra incêndio e 13/11 - Pressurização de escada de segu-
rança, devendo ser observados que diferentes sistemas de SAÍDAS PARA
controle de fumaça (em rotas de fuga horizontais e verticais) EXTRAÇÃO DE FUMAÇA

devem ser compatíveis entre si.


ÁREAS DE
ACANTONAMENTO
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
PAINEL
Para compreensão desta Instrução Técnica é necessário con- DE FUMAÇA
SISTEMA DE
sultar as seguintes normas: DETECTOR
DETECÇÃO

NFPA 92B – Guide for Smoke Management Systems in Malls,


Atria, and Large Areas – 1995 edition – Estados Unidos.
Instruction Tecnique nº246 – Relative au désenfumage dans
les établissements recevant du public – journal officiel du 4 Figura 1: Acantonamento
mai 1982 – França.
Instruction Tecnique nº 247 – Relative aux mécanismes de b. extração adequada da fumaça, não permitindo a cria-
déclenchement des dispositifis de fermeture résistant au feu ção de zonas mortas onde a fumaça possa vir a ficar
et de désenfumage – journa officiel du 4 mai 1982 – França. acumulada, após o sistema entrar em funcionamento
Instruction Tecnique nº263 – Relative à la construction et au (ver Figura 2);
désenfumage des volumes libres intérieurs dans les établissse-
ments recevant du public – journa officiel du 7 février 1995 et
rectificatif au journal officiel de 11 de novembre 1995 – França.
Règles relatives a la conception et a l’installation d’exutores
de fumeé et de chaleur – edition mai07.2006.0 (Julho2006) –
França. EXTRAÇÃO NATURAL
EXTRAÇÃO MECÂNICA
(NÃO POSICIONADA NA ROTA DE FUGA)
DIN V 18232-5 Rauch- und Wärmefreihaltung - Teil 5: ZONA MORTA
ENTRADA DE AR ENTRADA DE AR
Maschinelle Rauchabzugsanlagen (MRA); - Alemanha.
BOCA (Building Official & Code Administrators Internacional,
Country Club Hills, edição 1999 – National Building Code – ACANTONAMENTO SINISTRADO
Illinois - USA).
LEGENDA: 1 • ENTRADA DE AR NÃO OPERANDO
Decreto-lei nº410/98 de 23 de Dezembro - regulamento de 2 • EXTRAÇÃO DE FUMAÇA NÃO OPERANDO
segurança contra incêndio em edificações do tipo adminis- Figura 2: Zonas mortas

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316 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

c. permitir um diferencial de pressão, por meio do contro- a. espaços amplos (grandes volumes);
le das aberturas de extração de fumaça da zona b. átrios, malls e corredores;
sinistrada, e fechamento das aberturas de extração de
c. rotas de fuga horizontais;
fumaça das demais áreas adjacentes à zona sinistrada,
conduzindo a fumaça para as saídas externas ao d. subsolos.
edifício (ver Figura 3). 4.1.7 A “Tabela 2” constante do Anexo A, indica por ocupa-
ção as partes da edificação que devem possuir controle de
fumaça.

4.2 Edificações elevadas (altura superior a 60 metros)


4.2.1 Nas edificações com altura superior a 60 metros é
requerida a instalação de um sistema de controle de fumaça
protegendo os acessos às rotas de fuga.
4.2.2 Estão dispensadas da instalação de sistema de con-
trole de fumaça as edificações elevadas que atenderem, cu-
mulativamente, às seguintes condições:
a. unidades autônomas com área inferior a 300 m². A
parede ou divisória que separa as unidades autôno-
mas deve atender o tempo requerido de resistência ao
Figura 3: Diferencial de pressão
fogo mínimo de 60 minutos; a porta de acesso à unida-
de autônoma pode ser comum;
4.1.3 O controle de fumaça é obtido pela introdução de ar b. rota de fuga através de corredores onde o caminha-
limpo e pela extração de fumaça, pelos seguintes tipos de mento entre a porta de saída das unidades autônomas
sistemas, conforme Tabela 1. e uma escada protegida seja igual ou inferior a 10 m.
4.2.3 A dispensa citada no item anterior fica limitada a edifica-
ções com altura igual ou inferior a 90 metros.
Tabela 1: Sistemas de introdução e extração de fumaça
4.2.4 O sistema deverá ser dimensionado conforme a Parte
Introdução de ar limpo Extração de fumaça 5 desta IT, adotando-se.
Natural Natural 4.2.4.1 A altura mínima da camada de fumaça a ser conside-
Natural Mecânica rada para o cálculo da vazão de exaustão deve ser 2,20 m.
Mecânica Mecânica 4.2.4.2 A velocidade de ar, por ponto de exaustão, deve ser
de no máximo 5 m/s.
4.2.4.3 Deve haver, no mínimo, 2 pontos de exaustão por
4.1.3.1 A escolha do sistema a ser adotado fica a critério do pavimento.
projetista, desde que atenda as condições descritas nesta
Instrução Técnica. 4.2.4.4 A velocidade deve ser medida considerando-se a
área de face da grelha de exaustão.
4.1.4 A lógica de funcionamento do sistema deve ser proje-
tada de forma que a área sinistrada seja colocada em pres- 4.2.5 Devem ser adotados os seguintes parâmetros quando
são negativa em relação às áreas adjacentes. se tratar de unidades autônomas com área superior a 300 m².
4.2.5.1 A exaustão de fumaça deve ser feita no interior da
4.1.4.1 Deve ser acionada a exaustão de fumaça apenas da
unidade, com pontos de exaustão distribuídos nos acessos à
área sinistrada; concomitantemente, deve ser acionada a intro-
porta de comunicação com o núcleo do edifício, mantendo-se
dução de ar da área sinistrada e também das áreas adjacentes.
uma distância mínima de 2 m entre estes pontos e a porta.
4.1.5 Cuidados especiais devem ser observados no projeto 4.2.5.2 Deve ser prevista uma barreira de fumaça com
e execução do sistema de controle de fumaça, prevendo sua dimensão mínima de 0,50 m na comunicação da unidade
entrada em operação no início da formação da fumaça pelo com o núcleo do edifício.
incêndio, ou projetando a camada de fumaça em determina-
da altura, de forma a se evitar condições perigosas, como a 4.2.5.3 A introdução de ar deve ser realizada de forma mecâ-
explosão ambiental “backdraft” ou a propagação do incêndio nica, com grelha posicionada dentro do núcleo ou no interior
decorrente do aumento de temperatura do local incendiado. do conjunto (junto ao acesso à rota de fuga), próximo ao piso.
Caso a introdução de ar esteja posicionada no núcleo, deve
4.1.5.1 Para evitar as condições perigosas citadas no item ser prevista interligação com o interior do conjunto, que pode
anterior, deve ser previsto o acionamento em conjunto da ser realizada por grelhas posicionadas no terço inferior do
abertura de extração de fumaça da área sinistrada, com a pavimento, através do forro e grelha posicionada junto à por-
introdução de ar no menor tempo possível, para que não ocorra ta direcionando o fluxo de ar para o piso ou através de porta
a explosão ambiental. com sistema de abertura automatizado.
4.1.6 De forma genérica, o controle de fumaça deve ser pre- 4.2.5.4 Deve ser previsto um sistema independente de exaus-
visto isoladamente ou de forma conjunta para: tão e introdução de ar para cada área de compartimentação

15-1-IT.pmd 316 18/10/2012, 15:43


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 1 – Regras gerais 317

existente em função de critério estabelecido na IT 09/11 - 5 SUBSOLOS


Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.
5.1 Os subsolos são definidos conforme o item XXXVI do
4.2.6 Devem ser adotados os seguintes parâmetros quando Artigo 3ºdo Regulamento de Segurança contra Incêndio das
se tratar de corredores com distância maior que 10 m entre a edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
saída das unidades autônomas e a escada de segurança.
5.2 A ventilação natural de que trata o item XXXVI do Artigo 3º
4.2.6.1 Os pontos de exaustão de fumaça devem estar
do Regulamento de Segurança contra Incêndio pode ser
uniformemente distribuídos, mantendo-se um distanciamento
realizada através de qualquer abertura ligada diretamente
máximo de 10 m entre 2 pontos consecutivos.
ao exterior da edificação como portas, janelas, alçapões e
4.2.6.2 Deve haver um ponto localizado a uma distância poços ingleses.
máxima de 3 m de cada extremidade do corredor.
5.3 Os subsolos devem ser dotados de exaustão ou sistema
4.2.6.3 A velocidade de ar, por ponto de exaustão, deve ser de controle de fumaça, conforme prescrito na Tabela 7 do
de no máximo 5 m/s. Decreto Estadual nº56.819/11 – Regulamento de segurança
contra incêndio das edificações e áreas de risco no Estado
4.2.6.4 Deve haver, no mínimo, 2 pontos de exaustão por
de São Paulo; o projeto e o dimensionamento devem ser
pavimento.
desenvolvidos conforme a parte 6 desta IT.
4.2.6.5 A velocidade deve ser medida considerando-se a
área de face da grelha de exaustão. 6 EDIFICAÇÕES SEM JANELAS
4.2.6.6 A introdução de ar deve ser realizada de forma mecâ- 6.1 As edificações sem janelas são aquelas edificações ou
nica, com grelha posicionada dentro do núcleo, junto ao aces- parte delas que não possuem aberturas para ventilação dire-
so à escada de segurança, próximo ao piso. tamente ao exterior através de suas paredes periféricas.
4.2.7 Quando a edificação for composta por unidades autô- 6.2 Uma edificação não é considerada sem janelas quando
nomas com área superior a 300 m² e corredores com distân- os pavimentos forem dotados de portas externas, janelas ou
cia maior que 10 m entre a saída das unidades autônomas e outras aberturas com dimensões mínimas de 60 cm x 60 cm
a escada de segurança, o sistema deverá ser projetado e espaçadas a não mais de 50 m nas paredes periféricas, per-
instalado conforme o item 4.2.5; mitindo a ventilação e operações de salvamento.
4.2.8 Quando o sistema de controle de fumaça for exigido em 6.3 As edificações sem janelas devem ser dotadas de
função da altura da edificação ser superior à 90,00 m, apesar exaustão mecânica com capacidade mínima de 10 trocas do
de existir condições citadas nas letras a. e b. do item 4.2.2, o seu volume por hora, acionada automaticamente por um
sistema deverá ser projetado e instalado conforme o item 4.2.6. sistema de detecção de fumaça.

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318 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 2: Determinação dos locais onde deve haver controle de fumaça


ANEXO A

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 1 – Regras gerais 319

Tabela 2: Determinação dos locais onde deve haver controle de fumaça (cont.)
ANEXO A

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320 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 2: Determinação dos locais onde deve haver controle de fumaça (cont.)
ANEXO A

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15-1-IT.pmd
ANEXO A
Tabela 2: Determinação dos locais onde deve haver controle de fumaça (cont.)

321
Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 1 – Regras gerais

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Nota genérica:
(1) Todos os subsolos destinados a estacionamento devem atender ao item 13.3 da Parte “6” desta IT.
321
322 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 2 – Conceitos, definições e componentes do sistema 323

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça

Parte 2 – Conceitos, definições e componentes do sistema

SUMÁRIO ANEXO
A Tabela 2 - Determinação dos locais onde deve
7 Definições e conceitos
haver controle por ocupação
8 Componentes do sistema

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324 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 2 – Conceitos, definições e componentes do sistema 325

7 DEFINIÇÕES E CONCEITOS hidráulica, eletricidade, ar-condicionado, cabos de comunica-


ção e poços de ventilação e iluminação (Figura 6).
7.1 Acantonamento: volume livre compreendido entre o chão
e o teto/ telhado, ou falso teto, delimitado por painéis de fuma-
ça (Figura 4).

SAÍDAS PARA
EXTRAÇÃO DE FUMAÇA

ÁREAS DE
ACANTONAMENTO

PAINEL
DE FUMAÇA
SISTEMA DE
DETECÇÃO
DETECTOR

Figura 6: Átrio

Figura 4: Acantonamento
7.8 Barreiras de fumaça: elemento vertical de separação
montado no teto, com altura mínima e características de resis-
7.2 Altura da zona enfumaçada (Hf): altura média entre a tência ao fogo, que previna a propagação horizontal de fuma-
face inferior da camada de fumaça e o ponto mais elevado do ça de um espaço para outro (Figura 8).
teto ou telhado (Figura 5).
7.9 Camada de fumaça “smoke layer”: espessura acumu-
7.3 Altura da zona livre de fumaça (H’): altura medida entre lada de fumaça por uma barreira ou painel.
face superior do chão e a face inferior da camada de fumaça
(Figura 5). 7.10 Dimensões do incêndio: as dimensões de base do
maior incêndio com o qual um sistema de controle de fumaça
7.4 Altura de referência (H): média aritmética das alturas do deve lidar, podendo ser no formato de um quadrado ou de um
ponto mais alto e do ponto mais baixo da cobertura (ou do círculo.
falso teto) medida a partir da face superior do piso (Figura 5).
7.11 Entrada de ar limpo: ar fresco, em temperatura ambien-
te, livre de fumaça, que entra no acantonamento durante as
operações de extração de fumaça.
7.12 Efeito chaminé: fluxo de ar vertical dentro das edifica-
ções, causado pela diferença de temperatura interna e externa.
Saída de
fumaça 7.13 Espaços adjacentes: áreas dentro de uma edificação
com comunicação com corredores, malls e átrios (ex. lojas
Altura de referência (H)

Altura da zona
enfumaçada Hf em um shopping center).
7.14 Exaustor mecânico de fumaça: dispositivo instalado
Altura livre
da fumaça “H” em um edifício, acionado automaticamente em caso de in-
Face inferior da
camada de fumaça Nível do piso inferior cêndio, permitindo a extração de fumaça para o exterior por
meios mecânicos.
Figura 5: Altura de referência, livre de fumaça e da zona enfumaçada 7.15 Exaustor natural de fumaça: dispositivo instalado na
cobertura ou fachada de um edifício, susceptível de abertura
automática em caso de incêndio, permitindo a extração da
7.5 Área livre de um vão de fachada, de grelha ou de um fumaça para o exterior por meios naturais.
exaustor natural de fumaça: área geométrica interior da
7.16 Extração de fumaça: retirada (natural ou mecânica) da
abertura efetivamente desobstruída para passagem de ar,
fumaça de ambientes protegidos pelo sistema de controle de
tendo em conta a eventual existência de palhetas.
fumaça.
7.6 Área útil de um vão de fachada, de uma boca de venti-
7.17 Fluxo de calor: a energia total de calor transportada
lação ou de um exaustor de fumaça: área equivalente a um
pelos gases quentes na área incendiada.
porcentual de área livre, utilizada para fins de cálculo, consi-
derando a influência dos ventos e das eventuais deforma- 7.18 Fumaça: partículas de ar transportadas na forma sóli-
ções provocadas por um aquecimento excessivo. da, líquidas e gasosas, decorrentes de um material submeti-
do à pirólise ou combustão que juntamente com a quantida-
7.7 Átrio: espaço amplo criado por um andar aberto ou con-
de de ar formam uma massa.
juntos de andares abertos, conectando 2 ou mais pavimentos
cobertos, com ou sem fechamento na cobertura, excetuando- 7.19 Interface da camada de fumaça “ smoke layer
se os locais destinados à escada, escada rolante, “shafts” de interface”: o limite teórico entre a camada de fumaça e a

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326 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

zona de transição onde a fumaça está tomando volume. Na ça ou, nos casos em que estes não existam, a face inferior
prática, a interface da camada de fumaça é um limite efetivo das bandeiras das portas.
dentro da zona de transição, que pode ter vários metros de
espessura. Abaixo desse limite efetivo, a densidade da fuma- 8 COMPONENTES DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE
ça cai à zero (Figura 7). FUMAÇA
8.1 O controle de fumaça é composto, de forma genérica,
pelos seguintes itens:
8.1.1 Sistema de extração natural
a. Entrada de ar, que pode ser por:
1) Aberturas de entrada localizadas nas fachadas e
acantonamentos adjacentes;
2) Pelas portas dos locais a extrair fumaça, localiza-
das nas fachadas e acantonamentos adjacentes;
3) Pelos vãos das escadas abertas;
4) Abertura de ar por insuflação mecânica por meio
de grelhas e venezianas.
b. Extração de fumaça, que pode ser pelos seguintes dis-
Figura 7: Interface da camada de fumaça positivos:
1) Exaustores naturais, que são:
7.20 Jato de fumaça sob o teto “ceiling jet”: um fluxo de a. abertura ou vão de extração;
fumaça horizontal estendendo-se radialmente do ponto de
choque da coluna de fogo contra o teto. Normalmente, a tem- b. janela e veneziana de extração;
peratura do jato de fumaça sob o teto será maior que a cama- c. grelhas ligadas a dutos;
da de fogo adjacente. d. clarabóia ou alçapão de extração;
7.21 Núcleo do pavimento: área de acesso do pavimento e. poços ingleses;
onde se concentram os elevadores e, normalmente, as esca- f. dutos e peças especiais;
das de segurança.
g. registros corta-fogo e fumaça;
7.22 Painel de fumaça: elemento vertical de separação monta- h. mecanismos elétricos, pneumáticos e mecâni-
do no teto, com altura e característica de resistência ao fogo, cos de acionamento dos dispositivos de extra-
utilizada para delimitar uma área de acantonamento (Figura 1). ção de fumaça.
7.23 Pleno: ambientente criado pela interposição de ele- 8.1.2 Sistema de extração mecânica
mentos de acabamento como, por exemplo, forros, divisórias
a. Entrada de ar, que pode ser por:
e elementos estruturais como, por exemplo, lajes e paredes.
1) Abertura ou vão de entrada;
7.24 Pressurização: diferença de pressão criada em um 2) Pelas portas;
ambiente, com a finalidade de impedir a entrada de fumaça. 3) Pelos vãos das escadas abertas;
7.25 Produção de calor: calor total gerado pela fonte de fogo. 4) Abertura de ar por insuflação mecânica por meio
de grelhas;
7.26 Registro corta-fumaça: dispositivo utilizado no siste-
5) Escadas pressurizadas.
ma de controle de fumaça, projetado para resistir à passa-
gem de gases quentes e/ou fumaça no interior de dutos, aten- b. Extração de fumaça, que pode ser pelos seguintes dis-
dendo a requisitos de resistência a fogo e estanqueidade. positivos:
1) Grelha de extração de fumaça em dutos;
7.27 Sistema de corta-controle de fumaça: conjunto de
2) Duto e peças especiais;
equipamentos através dos quais a fumaça e os gases quen-
tes são limitados, restringidos e extraídos. 3) Registro corta-fogo e fumaça;
4) Ventiladores de extração mecânica de fumaça;
7.28 Superfície útil de um exaustor: superfície dada pelo 5) Mecanismos elétricos, pneumáticos e mecânicos
fabricante, baseada na influência do vento e das deforma- de acionamento dos dispositivos de extração de
ções provocadas por uma elevação de temperatura. fumaça.
7.29 Supervisão: autoteste do sistema de controle de fumaça, c. podem ser utilizados plenos para entrada de ar, mas
onde a instalação e os dispositivos com função são monitorados nunca para extração de fumaça.
para acompanhar uma falha funcional ou de integridade da
instalação e dos equipamentos que controlam o sistema. 8.1.3 Outros sistemas comuns para o controle de fumaça
7.30 Zona enfumaçada: espaço compreendido entre a zona por extração natural e mecânica:
livre de fumaça e a cobertura ou o teto. a. sistema de detecção automática de fumaça e calor;
7.31 Zona livre de fumaça: espaço compreendido entre o b. fonte de alimentação;
piso de um pavimento e a face inferior das barreiras de fuma- c. quadros e comandos elétricos;

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 2 – Conceitos, definições e componentes do sistema 327

d. acionadores automáticos e mecânicos dos dispositi- Observações:


vos de extração de fumaça; 1) A utilização do sistema acima citado deve fazer parte de um estu-
do particular, com o objetivo de se evitar a propagação de fumaça
e. sistema de supervisão e acionamento. para outras áreas não sinistradas, pelas grelhas e venezianas nor-
malmente abertas para o sistema de ventilação e tratamento de ar
8.2 Características dos componentes dos sistemas de normal da edificação;
controle de fumaça 2) Outras formas de atender ao item 6.2.2.1, podem ser aplicadas
pelo projetista desde que justificadas em projeto.
8.2.1 Barreira de fumaça
8.2.1.1 As barreiras de fumaça são constituídas por:
a. elementos de construção do edifício ou qualquer outro
componente rígido e estável;
b. materiais incombustíveis parachamas que apresentem
tempo de resistência ao previsto para as coberturas
conforme IT 08/11 – Resistência ao fogo dos elemen-
tos de construção, porém, com o tempo mínimo de 15
min;
c. podem ser utilizados vidros de segurança, do tipo
laminado, conforme NBR 7199/99;
d. outros dispositivos, decorrentes de inovações
tecnológicas, desde que submetidos à aprovação pré-
via do Corpo de Bombeiros.

8.2.1.2 As barreiras de fumaça devem ter altura mínima de


Figura 9: Grelha de fumaça
0,50 m e conter a camada de fumaça (Figura 8).

8.2.2.2 As grelhas e venezianas devem ser de materiais


incombustíveis utilizados na condução de ar, podendo conter
dispositivos corta-fogo (ex. dumpers) quando necessário.
8.2.2.3 O dispositivo de obturação das grelhas e venezia-
nas, quando instaladas em abertura ou vão de fachada, deve
permitir abertura em um ângulo superior a 60º(Figura 10).

Figura 8: Detalhe de barreira de fumaça - corte

8.2.1.3 O tamanho da barreira de fumaça depende do tama-


nho da camada de fumaça adotada em projeto.
8.2.1.4 Caso as barreiras de fumaça possuam aberturas, es-
tas devem ser protegidas por dispositivos de fechamento au-
tomático ou por dutos adequadamente protegidos para con-
trolar o movimento da fumaça pelas barreiras.
Figura 10: Ângulo de abertura dos obturadores

8.2.2 Grelhas e venezianas


8.2.2.4 A relação entre as dimensões transversais de uma
8.2.2.1 As aberturas de introdução de ar e de extração de
veneziana ou grelha de fumaça natural não deve ser superior
fumaça dispostas no interior do edifício devem permanecer
a dois.
normalmente fechadas por obturadores, exceto:
a. nos casos em que sirvam a dutos exclusivos a um piso; 8.2.3 Circuitos de instalação elétrica
b. nas instalações de ventilação e de tratamento de ar 8.2.3.1 Os circuitos de alimentação das instalações de segu-
normais da edificação que participem do controle de rança devem ser independentes de quaisquer outros e prote-
fumaça; gidos de forma que qualquer ruptura, sobretensão ou defeito
c. onde haja dispositivos de fechamento (dumpers etc.) de isolamento num circuito não danifique ou interfira em ou-
para o sistema de dutos do acantonamento, que iso- tros circuitos.
lem os dutos das demais partes comuns do sistema de 8.2.3.2 Os circuitos de alimentação dos ventiladores de con-
controle de fumaça da edificação. trole de fumaça devem ser dimensionados para as maiores

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328 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

sobrecargas que os motores possam suportar e protegidos tração de fumaça, só entrem em funcionamento, após a aber-
contra curto-circuito. tura dos registros de introdução de ar e de extração de fuma-
ça do espaço sinistrado.
8.2.3.3 As canalizações elétricas, embutidas ou aparentes,
dos circuitos de alimentação devem ser constituídas e prote- 8.2.4.8 O comando de partida dos ventiladores não deve ser
gidas por elementos que assegurem, em caso de incêndio, a efetuado por intermédio de contatos de fim de curso nas ve-
sua integridade durante o tempo mínimo de 2 h. nezianas e registros.

8.2.4 Comando dos sistemas 8.2.5 Dutos


8.2.4.1 As instalações de controle de fumaça devem ser 8.2.5.1 Os dutos de um sistema de controle de fumaça de-
dotadas de dispositivo de destravamento por comandos vem atender às seguintes características:
automáticos duplicados por comandos manuais, assegurando a. Para sistema de controle de fumaça natural:
as seguintes funções:
1) Ser construídos em materiais incombustíveis e ter
a) abertura dos registros ou dos exaustores naturais do resistência interna à fumaça e gases quentes de
local ou da circulação sinistrada; 60 min;
b) interrupção das operações das instalações de ventila- 2) Apresentar uma estanqueidade satisfatória do ar;
ção ou de tratamento de ar, quando existirem, a
3) Ter a seção mínima igual às áreas livres das aber-
menos que essas instalações participem do controle
turas que o servem em cada piso;
de fumaça;
4) Ter a relação entre as dimensões transversais de
c) partida dos ventiladores utilizados nos sistemas de con-
um duto não superior a dois;
trole de fumaça.
5) Os dutos coletores verticais não podem comportar
8.2.4.2 Nos sistemas de comando manual os dispositivos de mais de dois desvios e qualquer um deles deve
abertura devem ser de funcionamento mecânico, elétrico, fazer com a vertical um ângulo máximo de 20º.
eletromagnético, pneumático ou hidráulico e acionável por
comandos dispostos na proximidade dos acessos aos locais, b. Para sistema de controle de fumaça mecânico:
duplicados na central de segurança, portaria ou local de 1) Ser construídos em materiais incombustíveis e ter
vigilância de 24 h. resistência interna à fumaça e gases quentes de
8.2.4.3 Os sistemas de comando automático devem compre- 60 min;
ender detectores de fumaça e calor, instalados nos locais, ou 2) Ter resistência externa a fogo por 60 min, quando
nas circulações, atuando em dispositivos de acionamento fizer parte de um sistema utilizado para extrair
eletromagnéticos. fumaça de diversos ambientes ou quando utilizado
8.2.4.4 Nas instalações dotadas de comando automático deve para introdução de ar;
ser assegurada a entrada em funcionamento do sistema de 3) Apresentar estanqueidade satisfatória do ar;
controle de fumaça no local sinistrado, bloqueando o acio- 4) Ser dimensionado para uma velocidade máxima de
namento automático dos sistemas de extração de fumaça das 10 m/s quando for construído em alvenaria ou
demais áreas adjacentes, permanecendo, entretanto, a possi- gesso acartonado;
bilidade do acionamento por comando manual nestas áreas.
5) Ser dimensionado para uma velocidade máxima de
8.2.4.4.1 A regra acima citada pode ser desconsiderada des- 15 m/s quando for construído em chapa metálica.
de que seja justificada pelo projetista que a abertura do con-
trole de fumaça dos acantonamentos adjacentes se torne 8.2.5.2 Para o cálculo da resistência interna do duto, a fuma-
imprescindível ao funcionamento do sistema. ça deve ser considerada à temperatura de 70ºC quando a
edificação for dotada de sistema de chuveiros automáticos e
8.2.4.5 A restituição dos registros, ou dos exaustores natu-
300ºC nos demais casos e o ar exterior à temperatura de
rais, à sua posição inicial deve ser possível, em qualquer
21ºC, com velocidade nula.
caso, por dispositivos de acionamento manual facilmente aces-
sível a partir do pavimento onde estejam instalados. 8.2.5.3 Quando os dutos atravessarem paredes de comparti-
8.2.4.6 Nos locais equipados com instalações de extinção mentação ou lajes entre pavimentos compartimentados de-
automática por chuveiros automáticos, deve ser assegurado verá ser instalado registro corta fogo na passagem, com o
que as instalações de controle de fumaça entrem em funcio- mesmo tempo de resistência ao fogo, conforme parâmetros
namento antes daquelas. previstos na IT 09/11- Compartimentação horizontal e com-
partimentação vertical.
8.2.4.6.1 Nos depósitos e áreas de armazenamento protegi-
do por chuveiros automáticos do tipo ESFR, o sistema de 8.2.5.4 Os dutos utilizados para o transporte de fumaça a
controle de fumaça pode ser acionado com um retardo de, no 70ºC deverão ser construídos em chapa de aço galvanizada
máximo, 15 min, a fim de não interferir no acionamento do obedecendo às recomendações da NBR 16401. Os dutos
sistema de chuveiros automáticos. utilizados para o transporte de fumaça a 300ºC devem ser
8.2.4.6.2 No caso acima descrito, deve ser previsto o construídos em chapa de aço carbono com bitola mínima 16
acionamento alternativo do sistema de controle de fumaça MSG, de construção soldada nas juntas longitudinais e
por botoeiras manuais. flangeadas nas juntas transversais, com vedação resistente
à fumaça e gases quentes por 60 min.
8.2.4.7 Os sistemas de comando das instalações de extra-
ção mecânica devem assegurar que os ventiladores de ex-

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 2 – Conceitos, definições e componentes do sistema 329

8.2.6 Fontes de alimentação elétrica 8.2.7 Registros corta-fogo e fumaça


8.2.6.1 A alimentação dos ventiladores do sistema de con- 8.2.7.1 Os registros devem ter dispositivo de fechamento e
trole de fumaça deve ser feita a partir do quadro geral do abertura conforme a necessidade que a situação exige, ba-
edifício por: seada na lógica de funcionamento do sistema de controle de
fumaça implantado.
1) Conjunto de baterias (nobreak), quando aplicável; 8.2.7.2 Seu funcionamento está vinculado ao sistema de
2) Grupo motogeradores (GMG). detecção de fumaça e calor.
8.2.7.3 Deve ter a mesma resistência ao fogo do ambiente onde
8.2.6.2 Caso o sistema de controle de fumaça seja alimenta- se encontra instalado, possuindo resistência mínima de 1 h.
do por grupo motogerador, este deve ter a sua partida auto-
8.2.7.4 Devem permitir as mesmas vazões dos dutos (insufla-
mática com comutação máxima de 15 segundos, em caso de
ção e extração) de onde se encontram instalados.
falha de alimentação de energia da rede pública.
8.2.6.3 Caso o sistema de controle de fumaça seja alimenta- 8.2.8 Ventiladores de extração de fumaça e introdução
do por baterias de acumuladores, estas devem: de ar
a. apenas alimentar as instalações que possuam potên- 8.2.8.1 Os exaustores de fumaça devem resistir, sem altera-
cia compatível com a capacidade das baterias; ções sensíveis do seu regime de funcionamento, à passa-
gem de fumaça, considerando a temperatura adotada confor-
b. ser constituídas por baterias estanque, dotadas de dis-
me o item 6.2.5.2, durante o tempo mínimo de 60 min.
positivos de carga e regulagem automáticas, que de-
vem: 8.2.8.2 Os dispositivos de ligação dos ventiladores aos dutos
1) Na presença de energia da fonte normal, assegu- devem ser constituídos por materiais incombustíveis e estáveis.
rar a carga máxima dos acumuladores; 8.2.8.3 A condição dos ventiladores (em funcionamento/pa-
rado) deve ser sinalizada na central de segurança, portaria
2) Após descarga por falha de alimentação da ener-
ou local de vigilância de 24 h.
gia da rede, promover a sua recarga automática no
prazo máximo de 30 h. 8.2.8.4 Devem ser previstos ventiladores em duplicata tanto
para extração de fumaça quanto para introdução de ar, com
8.2.6.4 O tempo de autonomia deve ser de 60 min. reversão automática em caso de falha no equipamento operante.

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330 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 331

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça
Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias,
depósitos e áreas de armazenamento em comércios

SUMÁRIO ANEXOS

9 Disposições gerais relativas ao controle de fumaça B Eficiência dos exaustores


com extração natural
C Tabela 4: Lista de classificação de riscos comerciais,
industriais e depósitos
D Tabela 5: Determinação de risco para as ocupações
E Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação
das aberturas

F Exemplos de aplicação

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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332 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 333

9 DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AO CONTROLE DE 9.5.1 Aberturas na fachada;


FUMAÇA COM EXTRAÇÃO NATURAL
9.5.2 Portas dos locais onde a fumaça é extraída e que dêem
9.1 O controle de fumaça por extração natural é realizado por para o exterior;
meio da introdução do ar externo e extração de fumaça, seja
9.5.3 Escadas abertas ou ao ar livre;
diretamente, seja por meio de dutos para o exterior, disposto
para assegurar a ventilação do local (ver Figuras 11 e 12). 9.5.4 Aberturas de introdução posicionadas na fachada ou
ligadas a dutos de captação de ar externo.

9.6 As aberturas de introdução de ar devem ser dispostas em


zonas resguardadas da fumaça produzida em um incêndio.

9.7 Para edifícios com sistema de controle de fumaça natural


com impossibilidade técnica de prever entrada de ar no
acantonamento, esta poderá ser prevista ou complementada
pelas aberturas de extração de fumaça dos acantonamentos
adjacentes à área incendiada.

9.8 Parâmetros de projeto


9.8.1 Os parâmetros abaixo se aplicam em edificações tér-
Figura 11: Exemplo de controle de fumaça por extração natural e reas, grandes áreas isoladas em um pavimento e edificações
entrada de ar natural que possuam seus pavimentos isolados por lajes.
9.8.1.1 Nas edificações térreas que possuam áreas que ne-
cessitam de sistema de controle de fumaça, estas devem ser
divididas em acantonamentos com uma superfície máxima
de 1.600 m2 (Figura 13).
9.8.1.2 O comprimento máximo de um lado da área de
acantonamento não deve ultrapassar 60 m (Figura 13).

Figura 12: Exemplo de controle de fumaça por extração mecânica e


entrada de ar mecânica

9.2 A extração da fumaça pode ser realizada por qualquer


um dos seguintes meios: Figura 13: Divisão em áreas de acantonamento

9.2.1 Aberturas na fachada;


9.2.2 Exaustores naturais; 9.8.1.3 As áreas de acantonamento devem ser delimitadas:

9.2.3 Aberturas de extração (ligadas ou não aos dutos). 9.8.1.3.1 por barreiras de fumaça;
9.8.1.3.2 pela configuração do telhado;
9.3 Os exaustores naturais e as outras aberturas exteriores
de extração de fumaça devem ser instalados de forma que a 9.8.1.3.3 pela compartimentação da área, desde que a área
distância, medida na horizontal, a qualquer obstáculo que compartimentada atenda aos parâmetros descritos nos itens
lhes seja mais elevado, não seja inferior à diferença de altu- 9.8.1.1 e 9.8.1.2.
ra, com um máximo exigido de 8 m. 9.8.1.4 As barreiras de fumaça devem ter altura:
a. igual a 25% da altura média sob o teto (H), quando
9.4 Com relação à divisa do terreno e a propriedade adja-
esta for igual ou inferior a 6 m;
cente, os exaustores e outras aberturas de descarga de fu-
maça devem distar horizontalmente, no mínimo, 4 m. b. no mínimo igual a 2 m para edificações que possuam
altura de referência superior a 6 m;
9.4.1 Caso a condição acima não possa ser atendida, deve-
c. para fins de dimensionamento, a barreira de fumaça
rá ser criado um anteparo (alpendre), de forma a evitar a
deve conter a camada de fumaça.
propagação do incêndio à edificação vizinha.
9.8.1.5 As superfícies das aberturas destinadas a extração
9.5 A abertura de introdução de ar para o controle de fumaça da fumaça devem se situar no ponto mais alto possível, den-
pode ser realizada por qualquer um dos seguintes meios: tro da zona enfumaçada (Hf). (Figura 14)

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334 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

9.8.1.11 A distância citada no item anterior não deve exceder


a 30 m.
9.8.1.12 Nos acantonamentos nos quais a inclinação dos
telhados ou tetos for superior a 10%, as saídas de extração
de fumaça devem ser implantadas no ponto mais alto possí-
vel, a uma altura superior ou igual à altura de referência.
9.8.1.13 No acantonamento que possuir telhado com
descontinuidade de altura, deve ser calculada a média das
diversas alturas sob o teto ou telhado (H) (Figura 16).
Figura 14: Altura de referência, livre de fumaça e da zona enfumaçada

9.8.1.6 As superfícies das aberturas destinadas a introdução


de ar devem se situar na zona livre de fumaça no ponto mais
baixo possível.
9.8.1.7 A superfície geométrica total das áreas destinada à
entrada de ar deve ser ao menos igual àquelas destinadas a
extração de fumaça.
9.8.1.8 No caso de locais divididos em vários acanto-
namentos, a entrada de ar pode ser realizada pelos acanto-
namentos periféricos.
Figura 16: Altura de referência diversificada por acantonamento
9.8.1.9 Na impossibilidade de se prever aberturas para intro-
dução de ar nas fachadas da edificação, podem ser conside-
radas as aberturas de extração de fumaça dos acantona- 9.8.1.14 Quando, no mesmo local, existirem exaustores na-
mentos vizinhos. turais no teto e aberturas de extração na fachada, estas últi-
mas apenas podem contribuir com um terço da área total útil
9.8.1.10 Todo acantonamento no qual a inclinação do telhado
das aberturas de extração.
ou teto for inferior a 10%, a distância entre as saídas de extração
deve ser de até sete vezes a altura média sob o teto (Figura 15). 9.8.1.15 No caso de aberturas de extração ligadas a dutos
verticais, o comprimento dos dutos deve ser inferior a 40 ve-
zes a razão entre a sua secção e o seu perímetro (Figura 17).
9.8.1.16 A superfície útil de um exaustor natural a ser consi-
derada deve ser minorada ou majorada, multiplicando-se um
coeficiente de eficácia, baseada na posição (acima ou abai-
xo) deste exaustor em relação à altura de referência (H).
9.8.1.17 Nesse caso, a altura dos dutos está limitada a 10
diâmetros hidráulicos (Dh = 4 x seção do duto / perímetro do
duto), salvo justificação dimensionada por cálculo.

Figura 15: Distâncias entre saídas


Figura 17: Diâmetro hidráulico

Observação:
1) d = distância horizontal da abertura superior “EX” de extração até 9.8.1.18 Esse coeficiente de eficácia (E) encontra-se no Ane-
a barreira de fumaça ou parede limite do acantonamento; xo B, considerando-se a altura da zona enfumaçada (Hf) e da
2) d1 = distância horizontal da abertura de extração, localizada na fa- altura de referência (H).
chada “EX” até a barreira de fumaça ou parede limite do acantonamento;
3) d e d1 ≤ 7H; 9.8.1.19 O mesmo coeficiente de eficácia se aplica à superfí-
4) H é a Altura de Referência conforme definido em 5.4 (Parte 2). cie útil das aberturas de extração.

15-3-IT.pmd 334 18/10/2012, 15:47


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 335

9.8.1.20 Para as aberturas nas fachadas, esse coeficiente se b. com a classificação de risco, obter o grupo no qual a
aplica à superfície útil dessa abertura situada dentro da zona edificação se enquadra por meio da Tabela 5 (Anexo D);
enfumaçada.
9.8.1.21 O valor de “ΔH” representa a diferença de nível entre Observação:
a altura de referência e a média das alturas dos pontos alto e Nos casos de depósitos e áreas de armazenamento, o grupo de
baixo da abertura contida na zona enfumaçada. risco depende, também, da altura de estocagem, conforme se ob-
serva na Tabela 5.
9.9 Parâmetros de dimensionamento
c. obtido o grupo no qual a edificação se enquadra e
9.9.1 Para obter a área de extração de fumaça a ser previs- baseando-se na altura de referência e na altura que
ta, deve-se, preliminarmente: se pretende ter livre de fumaça (dados de projeto),
a. para as edificações comerciais industriais e depósi- obtem-se a taxa (porcentagem) de extração de fuma-
tos, classificar o risco por meio da Tabela 4 (Anexo C); ça com o emprego da Tabela 6 (Anexo E).

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336 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Eficiência dos exaustores

2
Δ 1
) 2
f

ABAIXO E = (1– Δ H )1 2
Hf

Δ H/H f
0
0 1 2 3 4

Se H’ ≤ H então H’ = H
2 2

Notas:
1. Gráfico que indica a eficiência dos exaustores naturais;
2. Na determinação da superfície útil de qualquer exaustor, a superfície dever ser fornecida pelo fabricante, após ensaio em laboratório credenciado, contendo a
influência do vento e das deformações provocadas pela elevação de temperatura;
3. O ensaio deve ser realizado conforme regra que consta “Règles relatives a la conception et a l’installation d’exutores de fumeé et de chaleur – edition mai 07.2006.0
(julho de 2006) - França; ou outra norma de renomada aceitação;
4. Para os sistemas que não forem objetos de ensaio, a superfície livre de passagem de ar será afetada por um coeficiente de 0,5.

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 337

ANEXO C

Tabela 4: Lista de classificação de riscos comerciais, industriais e depósitos

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338 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C

Tabela 4: Lista de classificação de riscos comerciais, industriais e depósitos (cont.)

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 339

ANEXO C

Tabela 4: Lista de classificação de riscos comerciais, industriais e depósitos (cont.)

15-3-IT.pmd 339 18/10/2012, 15:47


340 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C

Tabela 4: Lista de classificação de riscos comerciais, industriais e depósitos (cont.)

15-3-IT.pmd 340 18/10/2012, 15:47


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 341

ANEXO C

Tabela 4: Lista de classificação de riscos comerciais, industriais e depósitos (cont.)

Referências:
(1) Classificações válidas segundo a natureza das embalagens, sendo RE2 para embalagens de papelão e RE3 para embalagens de espuma/plástico;
(2) Classificação válida para embalagens de papelão, caso sejam embalagens de plástico para risco RE2;
(3) Classificação - RC1, quando a peça metálica não possuir embalagem;
RC2, quando a peça metálica possuir embalagem de papelão;
RC3, quando a peça metálica possuir embalagem de plástico.
(4) Considerado RC para as áreas comuns de shoppings e lojas menores de 300 m2, sendo que para as lojas maiores que 300 m2 e riscos especiais deverão ser classificados pelo risco predominante;
(5) Para armazenamento de papel e rolos de papel, considerar RE2 quando armazenado horizontalmente e RE3 quando armazenado verticalmente.

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342 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO D
Tabela 5: Determinação de risco para ocupações

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 343

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas

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344 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 345

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-3-IT.pmd 345 18/10/2012, 15:47


346 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-3-IT.pmd 346 18/10/2012, 15:47


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 347

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-3-IT.pmd 347 18/10/2012, 15:47


348 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-3-IT.pmd 348 18/10/2012, 15:47


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 349

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-3-IT.pmd 349 18/10/2012, 15:48


350 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-3-IT.pmd 350 18/10/2012, 15:48


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 3 – Controle de fumaça natural em indústrias... 351

ANEXO E
Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-3-IT.pmd 351 18/10/2012, 15:48


352 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO F
Exemplo de aplicação

1. Cálculo do controle de fumaça de um galpão industrial

1.1 Características
• atividade – fábrica de automóveis
• dimensões – 250 m x 100 m x 9 m
• teto falso – na totalidade do galpão a 8 m do solo
• pontes rolantes – funcionamento a uma altura máxima do solo de 6 m
• armazenamento – altura de 5 m
• portas de acesso – 2 portões com áreas de 16 m2 cada e 4 portas com 2 m2 cada nas paredes maiores

2. Resolução
2.1 Geral:
• área total do galpão:
S = 250 m x 100 m = 25.000 m2
• os acantonamentos centrais de fumaça devem ter áreas compreendidas entre 1.000 m a 1.600 m2 e dimensões lineares
inferiores a 60 m.
• pode adaptar-se a criação de 16 acantonamentos com uma área aproximada de 1.550 m2 cada.

2.2 Para extração de fumaça natural


• a altura de referência H será de 8 m, tendo em conta a existência de teto falso.
H = 8 m.
• a zona livre de fumaça terá uma altura de 6 m, condicionada pelo trabalho das gruas a 6 m de altura, o que impõe a
instalação de painéis de acantonamento com 2 m de altura.
• pela Tabela 4, baseado na atividade exercida:
- categoria de risco – RF2 – para área industrial.
- categoria de risco – RE3 – para área de depósito.
• da Tabela 5 e 6, para H = 8 e H’ = 6 m.
- GR = 3 – para área industrial, com % de abertura de 1,22.
- GR = 6 – para área de depósitos, com % de abertura de 2,58 para acantonamento da área industrial.
• NA ÁREA INDUSTRIAL
- A superfície útil de exaustão deve ser de:
1.550 x 1,22 = 18,91 m2
100
- podendo ser utilizados 6 exaustores naturais de ± 3 m2 ou 8 exaustores de ± 2,5 m2.

• NA ÁREA DE DEPÓSITOS
1.550 x 2,58 = 39,99 m2
100
- podendo ser utilizado 10 exaustores naturais de ± 4 m2 ou 14 exaustores naturais de ± 3,5 m2.
• ENTRADA DE AR
- Deverá haver no mínimo 19 m2 e 40 m2 de área de abertura para entrada de ar para parte industrial e de depósitos,
respectivamente;
- Essas aberturas devem estar localizadas abaixo da camada de fumaça.

15-3-IT.pmd 352 18/10/2012, 15:48


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações... 353

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça
Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações
(exceto comercial, industrial e depósitos)

SUMÁRIO ANEXOS
10 Disposições gerais relativas ao controle de fumaça G Tabela 7: Classificação de risco para as demais
com extração natural, para as demais edificações ocupações
(exceto comercial, industrial e depósitos)
H Tabela 8: Taxa em porcentagem para determinação
das áreas de aberturas

I Exemplo de aplicação

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

15-4-IT.pmd 353 31/10/2012, 14:52


354 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

15-4-IT.pmd 354 18/10/2012, 15:50


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações... 355

10 DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AO CONTROLE a. pela altura de referência e a altura que se pretende
DE FUMAÇA COM EXTRAÇÃO NATURAL PARA AS ter livre de fumaça (dados de projeto);
DEMAIS EDIFICAÇÕES (EXCETO COMERCIAL, b. pela classificação obtida na Tabela 7 (Anexo G);
INDUSTRIAL E DEPÓSITOS)
c. pela multiplicação da área de cada acantonamento
pela taxa (em porcentagem) obtida na Tabela 8
10.1 Para fins de arranjo da área de acantonamento,
(Anexo H).
posição dos exaustores naturais e outros parâmetros para
previsão dos equipamentos, devem ser atendidos os itens 2) Independente da área da edificação, a área mínima a
9.1 a 9.8, constantes da Parte 3 desta IT. ser considerada para extração de fumaça deve ser de
10 m2.
10.2 Parâmetros de dimensionamento
3) Um exemplo da utilização dos métodos descrito acima
10.2.1 Para obter a área de extração de fumaça a ser prevista, consta do Anexo I.
deve-se:
10.2.2 Alturas superiores às encontradas na Tabela 8
1) A superfície útil das saídas de extração é determinada: devem ser submetidas à análise em comissão técnica.

15-4-IT.pmd 355 18/10/2012, 15:50


356 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO G
Tabela 7: Classificação de risco para as demais ocupações

15-4-IT.pmd 356 18/10/2012, 15:51


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações... 357

ANEXO G
Tabela 7: Classificação de risco para as demais ocupações (cont.)

15-4-IT.pmd 357 18/10/2012, 15:51


358 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO G
Tabela 7: Classificação de risco para as demais ocupações (cont.)

15-4-IT.pmd 358 18/10/2012, 15:51


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações... 359

ANEXO H
Tabela 8: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas

15-4-IT.pmd 359 18/10/2012, 15:51


360 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO H
Tabela 8: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-4-IT.pmd 360 18/10/2012, 15:51


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações... 361

ANEXO H
Tabela 8: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-4-IT.pmd 361 18/10/2012, 15:51


362 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO H
Tabela 8: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-4-IT.pmd 362 18/10/2012, 15:51


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações... 363

ANEXO H
Tabela 8: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-4-IT.pmd 363 18/10/2012, 15:51


364 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO H
Tabela 8: Taxa de porcentagem para determinação das áreas de aberturas (cont.)

15-4-IT.pmd 364 18/10/2012, 15:51


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 4 – Controle de fumaça natural demais ocupações... 365

ANEXO I
Exemplos de aplicação

1. Cálculo do controle de fumaça de um teatro.


1.1 Características:
• atividade – TEATRO
• dimensões – 100 m x 60 m x 8 m
• portas de acesso – 2 portões com áreas de 8 m2 cada e 8 portas com 2 m2 cada, nas paredes maiores.

2. Resolução.
2.1 Geral:
• área total do teatro:
S = 100 x 60 = 6000 m2
• os acantonamentos centrais de fumaça devem ter áreas compreendidas entre 1000 a 1600 m2 e dimensões lineares
inferiores a 60 m.
• pode adaptar-se a criação de 5 acantonamentos com uma área aproximada de 1200 m2 cada (20 m x 60 m).

2.2 Para extração de fumaça natural:


• a altura de referência H será de 8 m;
• a zona livre de fumaça terá uma altura de 4 m, o que impõe a instalação de painéis de acantonamento com 4 m de altura.
• pela Tabela 7 e em função da atividade exercida:
- TEATRO – F5 – Classe 2;
• da Tabela 8 e de acordo com H = 8 e H’ = 4 m
– Classe 2 – para teatro, com % de abertura de 0,33.
• A superfície útil de exaustão deve ser de:
– para cada acantonamento:
1200 x 0,33 = 3,96 m2
100

– podem ser utilizados 4 exaustores naturais de 1 m2.


• Deve haver, no mínimo, 4 m2 de área de abertura para entrada de ar, abaixo da camada de fumaça, que pela quantidade
de aberturas das portas existentes, são suficientes para atender ao risco.

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366 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 5 – Controle de fumaça mecânico em edificações horizontais... 367

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça
Parte 5 – Controle de fumaça mecânico em edificações horizontais,
áreas isoladas em um pavimento ou edificações que
possuam seus pavimentos isolados

SUMÁRIO ANEXO
11 Controle de fumaça mecânico em edificações J Exemplos de aplicação
horizontais, áreas isoladas em um pavimento ou
edificações que possuam seus pavimentos isolados

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

15-5-IT.pmd 367 31/10/2012, 14:53


368 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

15-5-IT.pmd 368 18/10/2012, 15:53


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 5 – Controle de fumaça mecânico em edificações horizontais... 369

11 CONTROLE DE FUMAÇA MECÂNICO EM EDIFICAÇÕES 11.8.2 Taxa de liberação de calor.


HORIZONTAIS, ÁREAS ISOLADAS EM UM PAVIMENTO OU
11.8.3 Altura da camada de fumaça.
EDIFICAÇÕES QUE POSSUAM SEUS PAVIMENTOS
ISOLADOS 11.8.4 Tempo para a camada de fumaça descer até a altura
de projeto.
11.1 O controle de fumaça é realizado pela extração mecâni-
11.8.5 Dimensão do acantonamento.
ca de fumaça e pela introdução do ar de forma natural ou
mecânica, disposta de maneira a assegurar uma exaustão 11.8.6 Espessura da camada de fumaça.
do volume a proteger. 11.8.7 Temperatura do ambiente.
11.2 A extração de fumaça pode ser realizada por dispositi- 11.8.8 Temperatura da fumaça.
vos ligados a ventiladores por meio de dutos ou por ventila- 11.8.9 Introdução de ar.
dores instalados diretamente na área a proteger. 11.8.10 Obstáculos.
11.3 A extração visa:
11.9 Tamanho do incêndio:
11.3.1 Manter um ambiente seguro nas edificações, durante
11.9.1 A dimensão do incêndio depende do tipo de fogo espe-
o tempo necessário para abandono do local sinistrado, evi-
rado e de se estabelecer uma condição de estabilidade para
tando os perigos da intoxicação e falta de visibilidade pela
que o mesmo seja mantido em um determinado tamanho.
fumaça.
11.9.2 Para fins de projeto de controle de fumaça, o fogo é
11.3.2 Controlar e reduzir a propagação de gases quentes e
classificado como estável ou instável.
fumaça entre a área incendiada e áreas adjacentes, baixando
a temperatura interna e limitando a propagação do incêndio. 11.9.3 O fogo pode ser considerado estável quando a
edificação for dotada de meios de supressão automática do
11.3.3 Providenciar condições dentro e fora da área
incêndio (chuveiros automáticos, nebulizadores etc).
incendiada, que irão auxiliar nas operações de busca e res-
gate de pessoas, localização e controle do incêndio. 11.9.4 O fogo deve ser classificado como instável, quando
não atender a condição especificada no item 11.9.3.
11.4 O controle de fumaça conforme especificado acima tem
condições de emprego diferenciadas, e deve ter característi- 11.9.5 Edificações com proteção por chuveiros automáticos:
cas conforme o item 8.2. O tamanho do incêndio das edificações, deve ser conforme
tabela abaixo:
11.5 O Controle de fumaça mecânico pode:
11.5.1 Ser um sistema específico, destinado exclusivamente
Tabela 9: Dimensões do incêndio
à extração de fumaça.

11.5.2 Utilizar o sistema de ventilação ou ar-condicionado


normal à edificação, com dupla função, de forma a atender às
funções a que normalmente são projetados e também aten-
der a função de extração de fumaça.

11.5.3 Utilizar um sistema conjugado, com o emprego do siste-


ma de ventilação ou ar-condicionado normal da edificação,
complementado por um sistema de controle de fumaça auxiliar.

11.6 Nos casos em que o sistema de ventilação ou de


ar-condicionado normal à edificação seja utilizado para o
controle de fumaça por extração mecânica, estes devem:

11.6.1 Atender às mesmas exigências para um sistema ex- 11.9.5.1 Nas edificações do grupo J (depósitos) o tamanho
clusivo de controle de fumaça por extração mecânica. do incêndio será o resultado da multiplicação da área
constante na Tabela 9 pela altura de estocagem.
11.6.2 Assegurar o controle (abertura/ fechamento) de todas
as partes que compõe o sistema, garantindo a não intrusão 11.10 Edificações sem proteção por chuveiros
de fumaça nas demais áreas não sinistradas do edifício. automáticos

11.7 Como regra geral pretende-se, com o controle de fuma- 11.1.1 Será aceita a instalação parcial de sistema de
ça, projetar e estabilizar a camada de fumaça em uma deter- chuveiros automáticos para a proteção de subsolos com
minada altura, para que as pessoas possam sair em segu- ocupação distinta de estacionamento de veículos nas
rança deste ambiente ou a brigada de incêndio possa atuar edificações onde este sistema (chuveiros automáticos) não é
para o resgate de vítimas e controle e extinção do incêndio. obrigatório.

11.8 Para elaboração do projeto de controle de fumaça, os 11.11 Taxa de liberação de calor
seguintes fatores devem ser observados: 11.11.1 A taxa de liberação de calor deve adotar os
11.8.1 Tamanho do incêndio. parâmetros da Tabela 10.

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370 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 10: Taxa de liberação de calor

11.12 Altura da camada de fumaça de fumaça deve ser projetada a 0,50 m acima do topo dos
11.12.1 Uma altura livre de fumaça deve ser projetada de produtos armazenados.
forma a garantir o escape das pessoas.
11.12.2 Esta altura devido a presença do jato de fumaça 11.13 Tempo para a camada de fumaça descer até a altura
pode alcançar no máximo 85% da altura da edificação, de- de projeto
vendo estar no mínimo a 2,5 m acima do piso da edificação. 11.13.1 A posição da interface da camada de fumaça a qual-
11.12.3 Onde houver depósito de mercadorias, caso haja quer tempo pode ser determinada pelas relações que repor-
possibilidade de ocorrer o fenômeno “flash over”, a camada tam a 3 situações:

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 5 – Controle de fumaça mecânico em edificações horizontais... 371

a. quando nenhum sistema de exaustão de fumaça está Tabela 11: Fator de ajuste da vazão mássica mínima de
em operação; exaustão
b. quando a vazão mássica de exaustão de fumaça for
igual ou superior à vazão fornecida à coluna da cama-
da de fumaça;
c. quando a vazão de exaustão de fumaça for menor que
a vazão fornecida à coluna da camada de fumaça.
11.13.2 Posição da camada de fumaça com nenhum sistema
de exaustão em funcionamento.
a. com o fogo na condição estável, a altura das primeiras
indicações da fumaça acima da superfície do piso, ‘z’,
pode ser estimada a qualquer tempo, ‘t’, pela equação
(1) (onde os cálculos abrangendo z/H > 1.0 significam
que a camada de fumaça não começou a descer).
Equação (1)
z/H = 1,11 – 0.28 ln [(t Q1/3 / H4/3) / (A/H2)] Onde:
Onde: z = altura de projeto da camada de fumaça acima do piso
H = altura do teto acima da base do fogo (m)
z = altura de projeto da camada de fumaça acima do
t = tempo para a camada de fumaça descer até z (seg)
piso (m)
t0 = valor de t na ausência de exaustão de fumaça (veja
H = altura do teto acima da superfície de fumaça (m) equação 1) (seg)
t = tempo (seg) m = vazão mássica de exaustão de fumaça (menos qual-
Q = taxa de liberação de calor de fogo estável (Kw) quer vazão mássica dentro da camada de fumaça, decor-
rentes de outras fontes que não seja a coluna de fumaça)
A = área do acantonamento (m2). me = valor de “m” requerido para manter a camada de
1) A equação acima: fumaça indefinidamente em z [obtido pela equação 3)]
a. está baseada em informações experimentais proveni-
entes de investigações utilizando áreas uniformes 11.14 Altura da chama
(seccionais-transversais), baseadas em uma altura 11.14.1 Na determinação da altura da chama proveniente da
com proporções A/H2 que pode variar de 0.9 a 14 e base do fogo, deve-se adotar a seguinte equação:
para valores de z/H ≥ 0,2;
Equação (2)
b. avalia a posição da camada a qualquer tempo depois
z1 = 0,166 Qc2/5
da ignição.
Onde:
11.13.3 Posição da camada de fumaça com a exaustão de
z1 = limite de elevação da chama (m)
fumaça em operação.
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (Kw)
a. vazão mássica de exaustão de fumaça igual à vazão
mássica de fumaça fornecida pelo incêndio. 11.15 Dimensionamento da massa de fumaça a ser extraída
1) Depois que o sistema de exaustão estiver operan- 11.15.1 Na determinação da massa de fumaça gerada pelo
do por um determinado período de tempo, será es- incêndio, duas condições podem ocorrer:
tabelecido uma posição de equilíbrio na altura da a. altura (z) da camada de fumaça ser superior à altura
camada de fumaça, desde que vazão mássica de (z1) da chama, ou seja: (z > z1);
exaustão for igual à vazão mássica fornecida pela
b. altura da camada de fumaça (z) igual ou inferior à
coluna à base do fogo;
altura (z1) da chama, ou seja: (z ≤ z1).
2) Uma vez determinada esta posição, deve ser man-
tido o equilíbrio, desde que as vazões mássicas 11.15.2 Para a condição (z > z1), a massa de fumaça gerada
permaneçam iguais. é determinada pela seguinte equação:
Equação (3)
b. vazão mássica de exaustão de fumaça diferente da
vazão mássica de fumaça fornecida pelo incêndio. m = 0,071 Qc1/3 z5/3 + 0,0018 Qc (z > z1)
1) Com a vazão mássica fornecida pela coluna de Onde:
fumaça à base do fogo maior que a vazão mássica m = vazão mássica da coluna de fumaça para a altura z
de exaustão, não haverá uma posição de equilí- (Kg/s)
brio para camada de fumaça; z = altura de projeto da camada de fumaça acima do piso
2) Neste caso, a camada de fumaça irá descer, ainda Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor,
que lentamente, em função da vazão mássica de estimada em 70% da taxa de liberação de calor (Q)
exaustão ser menor; (Kw)
3) Nesta condição, deve ser utilizado o valor de corre- 11.15.3 Para a condição (z ≤ z1), a massa de fumaça gerada
ção constante da Tabela 11. é determinada pela seguinte equação:

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372 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Equação (4) a. 70ºC quando a edificação for dotada de proteção por


m = 0.0208 Qc3/5 z (z ≤ z1) sistema de chuveiros automáticos;
b. 300ºC quando a edificação não for dotada de prote-
Onde:
ção por sistema de chuveiros automáticos.
m = vazão mássica da coluna de fumaça para a altura z
(Kg/s)
11.21 Exaustão de fumaça
z = altura de projeto da camada de fumaça acima do piso
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor 11.21.1 Distribuição de grelhas de exaustão de fumaça em
estimada em 70% da taxa de liberação de calor (Q) (Kw). espaços amplos:
11.21.1.1 As grelhas devem ser distribuídas no ambiente de
11.16 Volume de fumaça produzido
forma mais uniforme possível; deve haver, no mínimo, uma
11.16.1 Para se obter o volume de fumaça a extrair do grelha a cada 300 m2 de área de abrangência.
ambiente, a seguinte equação deve ser utilizada:
11.21.2 A quantidade de grelhas para sistema de controle
Equação (5) de fumaça mecânico deve atender à tabela abaixo:
ρ
V = m/ρ
Onde: Tabela 12: Máxima corrente volumétrica por ponto de suc-
V = volume produzido pela fumaça (m3/s) ção ou ventilador individual
m = vazão mássica da coluna de fumaça para a altura z
(Kg/s)
ρ = densidade da fumaça em Kg/m³, de acordo com a
temperatura adotada.

11.16.2 Para compensar os possíveis vazamentos nos


registros de trancamento, deve ser previsto um coeficiente de
vazamento mínimo de 25% a ser acrescido sobre o resultado
da equação (5) para a seleção dos ventiladores e dimensio-
namento dos dutos principais de exaustão de fumaça.

11.17 Acantonamento
11.71.1 A área máxima de um acantonamento deve ser de (1) Aplicável também para camadas de fumaça de altura < 0,5 m, desde que os
1.600 m2. pontos de sucção estejam posicionados para cima.
(2) Em locais com pé direito baixo, onde não seja possível haver maior espessura
11.17.2 Será possível dispensar a previsão dos acantona- de camada de fumaça, a utilização de corrente volumétrica de maior magnitude por
mentos, desde que: ponto de exaustão pode ser admitida mediante avaliação em Comissão Técnica.

a. edificação seja do grupo J (depósito);


b. edificação possua sistema de chuveiros automáticos.
11.22 Introdução do ar
11.18 Espessura da camada de fumaça 11.22.1 A introdução de ar para controle de fumaça pode ser
11.18.1 Para edificações que não possuam armazenamento realizada por meios naturais ou mecânicos, da seguinte
elevado (acima de 1,50 m), a espessura da camada de fuma- forma:
ça não pode ser menor que 15% da altura da edificação.
a. Naturalmente
11.18.2 Para edificações que possuam área de armaze- 1) Por meio de portas, janelas, venezianas etc.,
namento elevada (acima de 1,50 m), o projetista deve posicionadas abaixo da camada de fumaça;
considerar: 2) Caso a velocidade de entrada de ar seja superior a
a. possibilidade de ocorrer o flash over; 1 m/s, a camada de fumaça deve ser projetada a
b. possibilidade de a fumaça esfriar e estratificar, decor- 1,5 m acima das aberturas consideradas;
rente: 3) Caso a velocidade de entrada de ar seja menor
1) da altura da camada de fumaça estar afastada com que 1 m/s, a camada de fumaça pode ser projetada
relação à origem do incêndio; a 0,5 m acima das aberturas consideradas;
2) da existência de sistema de chuveiros automáti- 4) A velocidade máxima de entrada de ar não deve
cos, que esfriam a fumaça e gases quentes. ser superior a 5 m/s;
5) Caso haja impossibilidade técnica de prever en-
11.19 Temperatura ambiente trada de ar no acantonamento, esta pode ser pre-
vista pelas aberturas de introdução de ar dos
11.19.1 Para fins de cálculo, deve ser prevista uma tempera- acantonamentos adjacentes à área incendiada;
tura ambiente de 20ºC. 6) A introdução de ar em edificações com pavimentos
11.20 Temperatura da camada de fumaça interligados como, por exemplo, centros comerci-
ais “shopping centers”, pode ser realizada pelas
11.20.1 Para fins de dimensionamento, deve ser prevista a portas de acesso e demais aberturas localizadas
temperatura da camada de fumaça de: no térreo. As portas e demais aberturas utilizadas

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 5 – Controle de fumaça mecânico em edificações horizontais... 373

para este fim devem ter abertura automática a. a característica da coluna de fumaça saindo por um
acionada pelo sistema de detecção de fumaça; mezanino depende da característica do fogo, largura
7) A introdução de ar para os pavimentos superiores da coluna de fumaça e da altura do teto acima do
das edificações descritas no item anterior pode ser fogo;
realizada pelas aberturas localizadas no térreo será b. para dimensionar a entrada de ar na coluna de fumaça
considerada, para fins de cálculo, a área efetiva de sob um mezanino, a seguinte fórmula deve ser
abertura entre os pavimentos composta por átrios, atendida:
escadas não enclausuradas e escadas rolantes.
Equação (6)
b. Por meios mecânicos:
m = 0.36 (QW2)1/3 (Zb + 0.25H)
1) Realizadas por aberturas de insuflação ligadas a
ventiladores por meio de dutos; Onde:
2) Cuidados devem ser observados pelo projetista a m = taxa do fluxo de massa na coluna (Kg/s)
fim de posicionar (os ventiladores) as aberturas de Q = taxa de liberação de calor (Kw)
insuflação no terço inferior do acantonamento, w = extensão da coluna saindo das sacadas (m)
evitando turbulências que podem espalhar a Zb = altura acima da sacada (m)
fumaça ou o fogo; H – altura da sacada acima do combustível (m)
3) Caso haja impossibilidade técnica de prever c. quando zb for aproximadamente 13 vezes a largu-
entrada de ar no acantonamento, esta pode ser ra do acantonamento, a coluna de fumaça deve ter
prevista pelas aberturas de introdução de ar dos a mesma vazão mássica adotada no item 9.16
acantonamentos adjacentes á área incendiada; desta IT;
neste caso, não há necessidade de posicionar as
d. quando zb for menor que 13 vezes a largura do
aberturas de insuflação no terço inferior dos
mezanino, além do especificado no item anterior,
acantonamentos.
barreiras de fumaça devem ser projetadas para que a
11.22.2 Para efeito de dimensionamento, a velocidade do ar fumaça seja contida.
nas aberturas de insuflação deve ser inferior a 5 m/s, e sua
vazão volumétrica deve ser da ordem de 60% da vazão das
aberturas de extração de fumaça, à temperatura de 20ºC.

11.23 Obstáculos
11.23.1 Os mezaninos são obstáculos que devem ser consi-
derados na extração de fumaça.
11.23.2 Existem 2 tipos de mezaninos a serem considerados:
a. mezaninos permeáveis, que são aqueles cujo teto ou
piso superior possui 25% de aberturas, permitindo o
escape e fluidez da fumaça pelo mesmo;
b. mezaninos sólidos, que são aqueles que não permi-
tem o escape da fumaça.
11.23.3 Os mezaninos considerados permeáveis estão
dispensados da previsão de sistema de controle de fumaça.
11.23.4 Os mezaninos sólidos devem atender à seguinte Figura 18: Máxima corrente volumétrica por ponto de sucção ou
regra: ventilador individual

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374 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO J
Exemplos de aplicação

Exemplo 1
1. Dados do ambiente:
a. escritórios;
b. área de 500,00 m2;
c. dimensão: 20,00 m x 25,00 m x 3,00 m;
d. edifício protegido por chuveiros automáticos de teto;
e. edificação protegida por sistema de detecção.
2. Dados para projeto:
a. classificação segundo IT 14/11: risco médio;
b. dimensão do incêndio esperado segundo Tabela 9 – Parte 5:
1) Tamanho do incêndio = 4,00 m x 4,00 m;
2) Perímetro = 16 m;
3) Área = 16,00 m2;
4) Taxa de liberação de calor segundo Tabela 10 – Parte 5 = 228,00 Kw/m2.
3. Dimensionamento:
a. taxa total de liberação de calor (Q) = 228,00 x 16,00 = 3.648,00 Kw;
b. altura da camada de fumaça adotada em projeto (Z) = 2,20 m;
c. tempo para a fumaça atingir a altura de projeto:
Pela equação nº1: (cálculo da altura da camada de fumaça, sem nenhum sistema entrar em funcionamento)
z/H = 1,11 – 0.28 ln [(tQ1/3 / H4/3) / (A/H2)];
2,20/3,0 = 1,11 - 0.28 ln [(t 3.6481/3/34/3) / (500/32)];
t = 60,23 s.
d. altura da chama:
Pela equação nº2 - z1 = 0,166 Qc2/5
Z1 = 0,166 (3.648 x 0,7)2/5
Z1 = 3,83 m
e. como z < z1, temos para cálculo da massa de fumaça a utilização da equação 4:

EQUAÇÃO (4)
m = 0.0208 Qc3/5 z (z < z1);
m = 0,0208 x 2.553,63/5 x 2,20;
m = 5,067 Kg/s.
f. cálculo da Vazão Volumétrica:

EQUAÇÃO (5)
Para atingir os objetivos descritos em 11.20.1 letra a (ρ para 70ºC):
V = m/ρρ;
V = 5,067/0,92;
V = 5,51 m3/s.
g. Deve ser acrescido, para seleção dos ventiladores e dimensionamento dos dutos, o coeficiente de segurança de 25%,
conforme previsto no item 11.16.2:
Ve : vazão do exaustor
Ve = V x 1,25
Ve = 5,51 x 1,25
Ve = 6,87 m³/s (24.732 m³/h)
h. cálculo da entrada de ar, conforme item 11.22.2
Vv: vazão do ventilador de entrada de ar
Vv = Ve x 0,6
Vv = 6,87 x 0,6
Vv = 4,12 m³/s (14.839 m³/h)

15-5-IT.pmd 374 18/10/2012, 15:53


Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 5 – Controle de fumaça mecânico em edificações horizontais... 375

Exemplo 2
1. Dados do ambiente:
a. escritórios;
b. área de 500,00 m2;
c. dimensão: 20,00 m x 25,00 m x 3,00 m;
d. edifício sem proteção por chuveiros automáticos de teto;
e. edificação protegida por sistema de detecção.
2. Dados para projeto:
a. classificação segundo IT 14/11: risco médio;
b. dimensão do incêndio esperado segundo Tabela 9 – Parte 5:
5) Tamanho do incêndio = 4,00 m x 4,00 m;
6) Perímetro = 16 m;
7) Área = 16,00 m2.
8) Taxa de liberação de calor segundo Tabela 10 – Parte 5 = 228,00 Kw/m2.
3. Dimensionamento:
a. taxa total de liberação de calor (Q) = 228,00 x 16,00 = 3.648,00 Kw;
b. altura da camada de fumaça adotada em projeto (Z) = 2,20 m;
c. tempo para a fumaça atingir a altura de projeto:
Pela equação nº2: (cálculo da altura da camada de fumaça, sem nenhum sistema entrar em funcionamento)
z/H = 1,11 – 0.28 ln [(tQ1/3 / H4/3) / (A/H2)];
2,20/3,0 = 1,11 - 0.28 ln [(t 3.6481/3 / 34/3) / (500/32)];
t = 60,23 s.
d. altura da chama:
Pela equação nº3 - z1 = 0,166 Qc2/5
Z1 = 0,166 (3.648 x 0,7)2/5;
Z1 = 3,83 m.
e. como z < z1, temos para cálculo da massa de fumaça a utilização da equação 5:

EQUAÇÃO (5)
m = 0.0208 Qc3/5 z (z < z1);
m = 0,0208 x 2.553,63/5 x 2,20;
m = 5,067 Kg/s.
f. cálculo da Vazão Volumétrica:

EQUAÇÃO (6)
Para atingir os objetivos descritos em 11.20.1, letra b (ρ para 300ºC):
V = m/ρρ
V = 5,067/0,55;
V = 9,21 m3/s.
g. Deve ser acrescido, para seleção dos ventiladores e dimensionamento dos dutos, o coeficiente de segurança de
25%, conforme previsto no item 11.16.2:
Ve : vazão do exaustor
Ve = V x 1,25
Ve = 9,21 x 1,25
Ve = 11,51m³/s (41.436 m³/h)
h. cálculo da entrada de ar, conforme item 11.22.2
Vv: vazão do ventilador de entrada de ar
Vv = Ve x 0,6
Vv =11,51 x 0,6
Vv = 6,91 m³/s (24.862 m³/h)

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376 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Exemplo 3
Dados do edifício:
a. depósito de livros (J-3);
b. área de 1000,00 m2;
c. dimensão: 20,00 m x 50,00 m x 6,00 m;
d. estocagem em prateleiras fixas com altura de 4,00 m;
e. edifício protegido por chuveiros automáticos de teto;
f. edificação protegida por sistema de detecção;
1. Dados para projeto:
a. classificação segundo IT 14/11: risco médio;
b. dimensão do incêndio esperado segundo Tabela 9 – Parte 5:
1) Tamanho do incêndio = 4,00m x 4,00m;
2) Perímetro = 16 m;
3) Área = 16,00 m2;
c. Taxa de liberação de calor segundo Tabela 10 – Parte 5 = 720,00 Kw/m2/m;
2. Dimensionamento:
a. taxa total de liberação de calor (Q) = 720,00 x 16,00 x 4,00 = 46.080,00 Kw;
b. altura da Camada de fumaça adotada em projeto (Z) = 4,50 m
c. tempo para a fumaça atingir a altura de projeto:
1) Pela equação n° 1: (Cálculo da altura da camada de fumaça, sem nenhum sistema entrar em funcionamento)
z/H = 1,11 – 0.28 ln [(tQ1/3 / H4/3) / (A/H2)];
4,5/6,0 = 1,11 - 0.28 ln [(t 46.0801/3 / 64/3) / (1000 / 62)];
t = 30,27s
d. altura da chama:
1) Pela equação n° 2 - z1 = 0,166 Qc2/5
Z1 = 0,166 (46.080 x 0,7)2/5
Z1 = 10,55 m.
e. como z < z1, temos para cálculo da massa de fumaça a utilização da equação 4:

EQUAÇÃO (4)
m = 0.0208 Qc3/5 z (z < z1);
m = 0,0208 x 32.2563/5 x 4,5;
m = 47,47 Kg/s.
f. cálculo da vazão volumétrica:

EQUAÇÃO (5)
ρ para 70ºC):
1) Para atingir os objetivos descritos em 11.20.1 letra a (ρ
ρ
V = m/ρ
V = 47,47/0,92
V = 51,60 m3/s
g. Deve ser acrescido, para seleção dos ventiladores e dimensionamento dos dutos, o coeficiente de segurança de
25%, conforme previsto no item 11.16.2:
Ve: vazão do exaustor
Ve = V x 1,25
Ve = 51,60 x 1,25
Ve = 64,5 m³/s (232.200 m³/h)
h. cálculo da entrada de ar, conforme item 11.22.2.
Vv: vazão do ventilador de entrada de ar
Vv = Ve x 0,6
Vv = 64,5 x 0,6
Vv = 38,7 m³/s (139.320 m³/h)

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 6 – Controle de fumaça, mecânico ou natural... 377

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça
Parte 6 – Controle de fumaça, mecânico ou natural,
nas rotas de fuga horizontais protegidas e subsolos

SUMÁRIO ANEXOS

12 Rotas de fuga horizontais J Exemplos de aplicação

13 Subsolos

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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378 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 6 – Controle de fumaça, mecânico ou natural... 379

12 ROTAS DE FUGA HORIZONTAIS 12.1.4 Extração natural


Aplicam-se estas regras quando se tratar de rotas de 12.1.4.1 Nas instalações de extração natural as aberturas
fugas horizontais protegidas (compartimentadas com para introdução de ar e extração de fumaça devem ser
paredes e portas corta-fogo). alternadamente distribuídas, tendo em conta a situação dos
locais de risco (Figura 22).
12.1 O controle de fumaça pode ser realizado por qual-
quer um dos seguintes métodos:
12.1.1 Extração natural

Figura 22: Posição de aberturas de extração e introdução de ar

Figura 19: Extração natural


12.1.4.2 A distância máxima, medida segundo o eixo da
circulação, entre duas aberturas consecutivas de introdução
12.1.2 Extração mecânica e extração deve ser de:
a) 10 m nos percursos em linha reta

Figura 20: Extração mecânica


Figura 23: Distância em linha reta de aberturas de extração

12.1.3 Sobrepressão relativamente ao local sinistrado b) 7 m nos outros percursos

Figura 21: Controle por sobrepressão Figura 24: Distância de extração de aberturas em trajeto diverso

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380 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

12.1.4.3 As aberturas para introdução de ar não devem ser por unidade de passagem da circulação (Figura 26). Para ro-
em número inferior às destinadas à extração de fumaça. tas de fuga com largura variável, deve ser adotada a largura
12.1.4.4 Toda porta de acesso ao local deve distar no média entre 2 pontos consecutivos de extração de fumaça e
máximo 5 m das aberturas de introdução de ar (Figura 25). introdução de ar.

Figura 25: Distância de introdução de ar de portas de acesso Figura 26: Resumo geral de aberturas de extração de fumaça e
entrada de ar em um pavimento

12.1.4.5 As aberturas de introdução de ar e extração de fu-


maça devem ter a área livre mínima de 0,10 m² por unidade 12.1.5.4 No caso de serem utilizadas aberturas localizadas
de passagem da rota de fuga onde se encontram instaladas. em paredes para introdução de ar, a respectiva área livre
12.1.4.5.1 As aberturas devem ser posicionadas em paredes considerada deve situar-se na metade inferior da altura de
externas, sem a utilização de dutos. referência (H).
12.1.4.6 Deve ser consultada a IT 11/11 - Saídas de emer- 12.1.5.5 Quando o sistema entrar em funcionamento, a dife-
gência, para definição da unidade de passagem. Para rotas rença de pressão entre a rota horizontal e as rotas verticais
de fuga com largura variável, deve ser adotada a largura protegidas que dêem acesso deve ser inferior a 60 Pa, com
média entre 2 pontos consecutivos de extração de fumaça e todas as portas de comunicação fechadas.
introdução de ar.
12.1.4.7 A abertura para extração de fumaça deve ter a sua 12.1.6 Controle por sobrepressão
parte mais baixa no mínimo a 1,8 m do piso do pavimento, e 12.1.6.1 O controle de fumaça por sobrepressão de rotas
serem situadas no terço superior da altura de referência. horizontais enclausuradas, em relação a locais sinistrados,
12.1.4.8 A abertura para introdução de ar deve ter a sua parte apenas é permitido se estes dispuserem de uma instalação
mais alta a menos de 1 m do piso do pavimento. de controle de fumaça por sistemas mecânicos.
12.1.4.9 As aberturas existentes nas fachadas podem ser 12.1.6.2 Nesse caso deve ser estabelecida uma diferença de
equiparadas as aberturas de introdução de ar e extração de pressão da ordem de 20 Pa entre as circulações horizontais e
fumaça simultaneamente, desde que: os locais sinistrados.
a. a área livre considerada para extração de fumaça se 12.1.6.3 Esse tipo de controle é permitido para circulações
situe na metade superior do vão e atenda ao contido que não possuam carga incêndio ou com revestimento de
no item 12.1.4.7; Classe I conforme IT 10/11 – Controle de materiais de acaba-
b. área livre considerada para introdução de ar se situe mento e de revestimento.
na metade inferior da abertura e atenda ao item 12.1.6.4 No caso acima descrito, as áreas de circulação de-
12.1.4.8. vem dispor de instalações de controle de fumaça conforme
descritas nos itens 12.1.2 ou 12.1.3.
12.1.5 Extração mecânica
12.1.6.5 Quando a circulação horizontal for dotada de antecâ-
12.1.5.1 Para o sistema de extração mecânica adota-se o mara pressurizada, a diferença de pressão referida no item
contido em 12.1.4 e os subitens 12.1.4.1, 12.1.4.4, 12.1.4.7 e 12.1.6.2, deve ser criada pela antecâmara.
12.1.4.8.
12.1.5.2 A distância máxima, medida segundo o eixo da 13 SUBSOLOS
circulação, entre duas aberturas consecutivas de introdução
13.1 Controle de Fumaça
e extração deve ser de:
a. 15 m nos percursos em linha reta; 13.1.1 Os sistemas de controle de fumaça para subsolos,
conforme prescrito no Decreto Estadual nº56.819/11 – Regu-
b. 10 m nos outros percursos.
lamento de segurança contra Incêndio das edificações e
12.1.5.3 As áreas de circulação compreendidas entre uma áreas de risco no Estado de São Paulo devem ser projetados
abertura para introdução de ar e uma boca de extração de fu- com introdução de ar, mecânica ou natural, e extração de
maça devem ter uma vazão de extração não inferior a 0,5m³/s fumaça mecânica.

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 6 – Controle de fumaça, mecânico ou natural... 381

13.1.2 Para definição das vazões de extração de fumaça, utilização de dutos será permitida apenas para trajeto em
deve ser consultado: trecho vertical.
13.1.2.1 Para corredores protegidos – item 12 da Parte 6 13.2.1.1.2 As aberturas devem ser distribuídas da forma mais
(Rotas de Fugas Horizontais) desta IT. uniforme possível pelo perímetro do subsolo.
13.1.2.2 Para áreas adjacentes aos corredores ou para
13.2.1.1.3 A somatória total da área de aberturas deve ser,
áreas sem corredores protegidos a Parte 5 desta IT.
no mínimo, igual a 1/40 da área ocupada do subsolo.
13.1.3 Quando a área ocupada for constituída por ambientes
com área inferior a 100 m2, as grelhas de exaustão de fumaça 13.2.1.1.4 Caso a abertura de exaustão termine em um ponto
podem ser posicionadas apenas na circulação. O dimensio- que não é prontamente acessível, ela deve ser mantida
namento deve ser realizado pela Parte 5 desta IT. desobstruída e coberta com uma grelha não combustível ou
similar.
13.1.4 Os dutos para tomada de ar devem ter resistência
externa a fogo por 60 minutos. 13.2.1.1.5 Caso a abertura de exaustão termine em uma posi-
ção prontamente acessível, ela pode ser coberta por um pai-
13.1.5 As entradas de ar devem ser posicionadas junto ao nel, claraboia ou similar que possa ser aberto ou quebrado. A
piso (terço inferior), nos acessos das rotas de fuga. posição destes elementos deve ser claramente sinalizada.
13.1.6 Os parâmetros de área de acantonamento e 13.2.1.1.6 As aberturas não podem ser posicionadas em
dimensionamento devem atender ao prescrito no item 11.17.1 locais onde a exaustão de fumaça prejudique a rota de fuga
da Parte 5 (1.600 m2). da edificação.
13.1.7 Caso ocorra uma situação na qual, áreas com controle
de fumaça estejam em comunicação com outras destinadas 13.2.1.2 Exaustão mecânica
a rotas de fuga protegidas, ou outras com ocupação distinta,
13.2.1.2.1 A exaustão mecânica deve ser dimensionada para
estas devem ser isoladas ou compartimentadas conforme
atender, no mínimo, 10 trocas do volume de ar por hora.
IT 09/11 – Compartimentação horizontal e compartimentação
vertical. 13.2.1.2.2 A exaustão pode ser realizada através da rede de
dutos do sistema de “ar condicionado”.
13.2 Exaustão (onde não se exige sistema de controle de
13.2.1.2.3 A exaustão deve ser acionada automaticamente
fumaça)
por um sistema de detecção de fumaça.
13.2.1 A exaustão citada na nota 4 da Tabela 7 do Decreto
Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra 13.3 Estacionamentos
Incêndio das edificações e áreas e risco no Estado de São
13.3.1 Os subsolos destinados a estacionamento devem dis-
Paulo, deve ser realizada conforme os itens seguintes.
por de ventilação e exaustão permanente conforme Código
13.2.1.1 Exaustão natural de Obras do Município.
13.2.1.1.1 As aberturas para exaustão devem ser 13.3.2 Na ausência deste, deve-se seguir o Código de Obras
posicionadas no teto ou no terço superior das paredes. A do Município de São Paulo ou similar.

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382 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 383

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça

Parte 7 – Átrios

SUMÁRIO ANEXOS

14 Átrios J Exemplos de aplicação

15 Átrios padronizados

16 Espaços adjacentes aos átrios

17 Átrios não padronizados

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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384 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 385

14 ÁTRIOS
14.1 Os átrios classificam-se, quanto à comunicação com
o exterior, em:
14.1.1 Átrio ao ar livre: aqueles que possuem um volume
livre fechado sob todas as suas faces laterais, cuja menor
dimensão é inferior ou igual à altura da edificação e não com-
portam nenhuma oclusão em sua parte superior (Figura 27).

Figura 29: Modelo 1 de átrios cobertos fechados

Figura 27: Átrio ao ar livre

14.1.2 Átrio coberto: aqueles que possuem um volume livre


fechado sob todas as suas faces laterais, com uma cobertura
total ou parcial, podendo subdividir-se em:
14.1.2.1 Átrios cobertos abertos: nos quais os níveis são
abertos permanentemente sobre o volume central (Figura 28).

Figura 30: Modelo 2 de átrios cobertos fechados

14.1.3 Os átrios, para efeito desta IT, classificam-se quanto


à padronização em:
14.1.3.1 Átrios padronizados;
14.1.3.2 Átrios não padronizados.
14.1.4 Os átrios padronizados caracterizam-se por permitir a
inserção de um cilindro reto, cujo diâmetro se insere sobre toda
a altura do átrio, dentro do espaço livre correspondente entre:
14.1.4.1 Ponta dos balcões para os átrios abertos (Figura 28).
14.1.4.2 Paredes verticais para os átrios fechados (Figuras
29 e 30).
Figura 28: Átrio coberto aberto 14.1.4.3 Ponta dos balcões e paredes verticais para os átrios
abertos sobre uma face e fechados para a outra (Figura 31).
14.1.2.2 Átrios cobertos fechados: cujos níveis (à exceção 14.1.5 A dimensão do diâmetro do cilindro citado anterior-
do nível inferior) são fechados por uma parede, mesmo que mente deve ser de √7h (raiz quadrada de sete vezes a
ela comporte aberturas, balcões ou uma circulação horizon- altura), sendo h a altura do piso mais baixo ao piso mais alto
tal aberta (Figuras 29 e 30). do átrio (Figura 32).

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386 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

elementos de construção fixos, dispostos na periferia do va-


zio entre os elementos de construção (ponta dos balcões ou
paredes verticais) (Figura 33).
15.1.6 Esses elementos podem ser vidros ou outro material
de difícil inflamabilidade.
15.1.7 A colocação desses elementos não tem influência so-
bre a determinação da menor dimensão do átrio.
15.1.8 O contido no item 15.1.5 pode ser substituído pela
colocação em sobrepressão das áreas adjacentes e que se
comunicam com o átrio, desde que no dimensionamento da
vazão de extração do mesmo, seja computada esta vazão
adicional.

Figura 31: Átrio considerado aberto de um lado e fechado do outro

Figura 33: Fechamento do átrio

15.2 Métodos de controle de fumaça para átrios


Figura 32: Dados relativos a um átrio coberto padronizado padronizados
15.2.1 Átrios ao ar livre

14.1.6 Os átrios não padronizados são todos aqueles que 15.2.1.1 O controle de fumaça se faz naturalmente pela parte
não atendem à regra estabelecida na alínea 14.1.5 acima. superior.

15.2.2 Pequenos átrios


15 ÁTRIOS PADRONIZADOS - GENERALIDADES
15.2.2.1 Entende-se por pequenos átrios aqueles onde a
15.1 Para um átrio padronizado considera-se:
altura do nível inferior em relação ao nível superior não ultra-
15.1.1 Seção da base do átrio, como a maior das seções passa a 8 m e a seção de base tem dimensões mínimas de
horizontais correspondidas entre os elementos de constru- 5 m x 5 m.
ção delimitantes do átrio (ponta do balcão e/ou paredes ver-
15.2.2.2 Os sistemas de controle de fumaça podem ser obtidos:
ticais) (Figura 32).
a. naturalmente pelas aberturas instaladas na parte alta
15.1.2 O volume total de base do átrio, como o produto da do átrio, por meio de uma superfície livre igual a 1/100
seção de base pela altura entre o nível mais baixo e o teto do da seção de base, com um mínimo de 2 m²;
último nível do átrio.
b. mecanicamente, com uma vazão de extração igual a
15.1.3 A menor dimensão de um átrio, como o diâmetro do 1 m³/s, para cada 100 m² de seção de base, e com um
cilindro reto descrito em 14.1.5 (Figura 32). mínimo de 3 m³/s.
15.1.4 Para cada nível, a seção de vazio entre elementos de 15.2.2.3 No controle de fumaça por extração natural, as en-
construção deve ser ao menos igual à metade dessa seção tradas de ar devem ter uma superfície livre equivalente àque-
da base. las das extrações de fumaça.
15.1.5 A fim de impedir a invasão dos andares superiores 15.2.2.4 No controle de fumaça por extração mecânica, a
pela fumaça, será indispensável isolar do átrio os níveis situ- vazão de introdução de ar deve ser igual a 60% (sessenta por
ados na metade superior do volume a extrair a fumaça por cento) da vazão de extração.

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 387

15.2.2.5 No controle de fumaça por extração mecânica, a b. A área a ser considerada de cada átrio deve ser a
velocidade da passagem de introdução de ar deve ser inferior área livre, descontando-se escadas ou outras
ou igual a 2 m/s para as aberturas de ar naturais e a 5 m/s obstruções situadas no mesmo volume;
para as entradas de ar mecânicas. c. Devem ser considerados, para a somatória prevista
15.2.2.6 As áreas adjacentes, caso seja exigido o controle de na letra a., apenas os átrios com dimensão igual ou
fumaça, devem: superior a 36 m²;
a. ser separadas por barreiras de fumaça; d. A distância entre qualquer ponto da edificação e um
átrio que atenda a letra anterior deve ser de, no
b. atender aos critérios contidos nas Partes 3, 4, 5 e 6
máximo, 90,00 metros;
desta IT.
e. O dimensionamento deve ser realizado conforme o
15.2.3 Átrios com carga incêndio inferior a 190 MJ/m² e item 15.2.4 desta IT.
material de acabamento e revestimento classe I e II A 15.5 O sistema projetado conforme a nota 7 da Tabela 6D
15.2.3.1 Os sistemas de controle de fumaça podem ser obtidos: ou a nota 9 da Tabela 6H.3 do Decreto Estadual 56.819/11
deve atender as seguintes condições:
a. naturalmente pelas aberturas instaladas na parte alta
do átrio, por meio de uma superfície livre igual a 1/100 a. Os átrios devem ser padronizados, conforme os itens
da seção de base, com um mínimo de 2 m²; 14.1.4 e 14.1.5 desta IT;
b. mecanicamente, com uma vazão de extração igual a 1 b. A distância entre qualquer ponto da edificação e um
m³/s, para cada 100 m² da seção de base, e com um átrio deve ser de, no máximo, 90,00 metros;
mínimo de 3 m³/s. c. O dimensionamento deve ser realizado conforme o
item 15.2.4 desta IT.
15.2.3.2 Para ambos os casos a introdução de ar pode ser
natural ou mecânica.
16 ESPAÇOS ADJACENTES AOS ÁTRIOS
15.2.3.3 Para o controle de fumaça por extração natural, as
introduções de ar devem ter uma superfície livre equivalente 16.1 Entende-se por espaços adjacentes ao átrio as lojas,
àquela das extrações de fumaça. circulações horizontais, escritórios e demais ocupações que
possuam comunicação, direta ou indireta, com o átrio.
15.2.3.4 Para o controle de fumaça por extração mecânica,
a vazão de introdução de ar deve ser igual a 60% da vazão 16.2 Esses espaços devem ser separados dos átrios por
de extração, permitindo uma velocidade máxima de 2 m/s meio de barreiras de fumaça fixas.
para introdução de ar natural e 5 m/s para introdução de ar
16.3 Essas barreiras devem ser construídas sob o teto com,
mecânica.
no mínimo, 0,50 m de altura, de forma a permitir que exista
uma altura livre entre o piso e a barreira de, no mínimo, 2 m,
15.2.4 Demais átrios padronizados
conforme ilustrado na Figura 34.
15.2.4.1 Os sistemas de controle de fumaça podem ser
obtidos: 16.4 Genericamente, as circulações horizontais adjacen-
a. naturalmente por meio de aberturas situadas na parte tes ao átrio devem:
alta do átrio, por meio de uma superfície livre igual a 16.4.1 Ter extração de fumaça por sistemas mecânicos.
1/15 da seção de base do volume do átrio;
16.4.2 Ser dotadas de barreiras de fumaça perpendiculares
b. mecanicamente efetuada na parte alta, equivalente a
com altura mínima de 0,5 m, espaçadas, no máximo, a cada
12 trocas por hora do volume do átrio.
30 m, formando áreas de acomodação de fumaça.
15.2.4.2 As introduções de ar devem estar situadas na parte
16.4.3 Ter, no mínimo, duas aberturas de extração de fuma-
baixa do átrio, devendo:
ça posicionadas no teto em cada área de acomodação de
a. para sistema natural, ter uma superfície livre equiva- fumaça.
lente àquela das extrações de fumaça;
b. para sistema mecânico, ter a mesma vazão adotada 16.5 A distância máxima, medida segundo o eixo da
para extração de fumaça, permitindo uma velocidade circulação, entre duas aberturas consecutivas de
máxima de 2 m/s para introdução de ar natural e 5 m/s extração deve ser de:
para introdução de ar mecânica.
16.5.1 10 m nos percursos em linha reta;
15.3 O sistema projetado conforme a nota 2 da Tabela 6A do
Decreto Estadual 56.819/11 deve atender a seguinte condição: 16.5.2 7 m nos outros percursos.
a. Os átrios devem ser padronizados, conforme os itens
14.1.4 e 14.1.5 desta IT. 16.6 As aberturas de introdução de ar devem ser posicio-
nadas na metade inferior da altura média do teto ou telhado,
15.4 O sistema projetado conforme a nota 9 da Tabela 6C
abaixo da zona enfumaçada.
do Decreto Estadual 56.819/11 deve atender as seguintes
condições: 16.7 Outros mecanismos de introdução de ar podem ser
a. A somatória das áreas dos átrios deve ser equivalente utilizados, desde que seja comprovado pelo projetista que
a, no mínimo, 5% da área do maior pavimento da atendem ao especificado no item anterior e que não irão cau-
edificação; sar turbilhonamento na camada de fumaça.

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388 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

16.8 Os demais espaços adjacentes ao átrio são


classificados em:
16.8.1 Locais fechados com acesso à circulação por meio de
uma porta, e separados do átrio por uma circulação horizontal
aberta (ex.: escritórios, consultórios, quartos etc.) (Figura 34).
16.8.2 Locais diretamente abertos à circulação horizontal,
porém separados do átrio por esta circulação (ex.: lojas co-
merciais, galerias de exposição, restaurantes etc.) (Figura 35).
16.8.3 Locais diretamente abertos sob o átrio (Figura 36).
16.9 Locais fechados com acesso à circulação por meio de
uma porta e separados do átrio por uma circulação horizontal
aberta. Figura 36: Exemplo de locais diretamente abertos sob o átrio

16.10.1 Caso esses locais tenham área de construção


inferior ou igual a 300 m² por unidade, estão dispensados do
sistema de controle de fumaça.
16.10.1.1 Deve-se prever o controle de fumaça das circula-
ções horizontais, com uma vazão de 8 m³/s por cada área de
acomodação de fumaça.
16.10.1.2 A velocidade máxima nas aberturas de introdução
de ar da circulação horizontal deve ser 5 m/s;
16.10.1.3 Atender os itens 16.1 ao 16.7 desta IT.
16.10.1.4 Os subsolos devem atender à Parte 6 desta IT.
16.10.2 Caso esses locais tenham área superior a 300 m²
por unidade, devem:
a. ter controle de fumaça específico de acordo com a
Figura 34: Exemplo de locais fechados com acesso à circulação por
Parte V desta IT;
meio de uma porta b. ter extração de fumaça na circulação horizontal, com
uma vazão de 4 m³/s para cada área de acomodação
de fumaça;
16.9.1 Esses locais devem ter controle de fumaça específico de
acordo com a parte 5 desta IT, atendendo aos itens seguintes. c. ter uma velocidade máxima nas aberturas de introdu-
ção de ar da circulação horizontal de 5 m/s.
16.9.1.1 Devem possuir extração de fumaça na circulação
horizontal (ex.: malls) com uma vazão de 4 m³/s para cada 16.10.3 Locais diretamente abertos sob o átrio:
área de acomodação de fumaça).
a. esses locais devem ser divididos em áreas de
16.9.1.2 Devem possuir velocidade máxima nas aberturas acantonamento de, no máximo, 1.600 m²;
de introdução de ar de 5 m/s.
b. o controle de fumaça dessas áreas deve ser mecânico,
16.9.1.3 Os subsolos devem atender à Parte 6 desta IT. posicionado junto ao teto, com uma vazão de 1 m³/s
para cada 100 m² de área de acantonamento, com uma
16.10 Locais diretamente abertos à circulação horizontal, vazão mínima de 10,00 m³/s para cada acantonamento;
porém separados do átrio por esta circulação
c. a entrada de ar para esses ambientes, seja natural ou
mecânica, deve permitir uma velocidade máxima de
5 m/s;
d. os subsolos devem atender à Parte 6 desta IT.

17 ÁTRIOS NÃO PADRONIZADOS


17.1 Três alternativas diferentes podem ser utilizadas para
o dimensionamento do controle de fumaça
17.1.1 Modelo em escala que utiliza escala física reduzida,
seguindo regras estabelecidas, no qual testes em pequena
escala são conduzidos para determinar os requisitos e neces-
sidades do sistema de controle de fumaça a ser projetado;
17.1.2 Álgebra, que são equações fechadas derivadas
Figura 35: Exemplo de locais diretamente abertos, porém separa- primariamente da correlação de resultado experimental de
dos do átrio por uma circulação horizontal grande e pequena escala;

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 389

17.1.3 Modelos dimensionados por programas (computador) c. evitar a propagação da fumaça para dentro do
usando ambos, teoria e valores empiricamente derivados para átrio, por meio da previsão de um fluxo de ar
estimar as condições no espaço. para dentro das áreas adjacentes (fluxo de ar
invertido), conforme item 17.7.9 desta IT.
17.2 Esta IT detalha o modelo algébrico; entretanto, outros
modelos podem ser utilizados por profissionais habilitados, 17.4.3 Considerações gerais
que devem apresentar os resultados ao Corpo de Bombeiros
17.4.3.1 A seleção dos vários objetivos de um projeto de
por meio de Comissão Técnica.
controle de fumaça, bem como os seus métodos de controle,
17.3 No caso da utilização do Modelo em Escala ou de dependem:
Modelo dimensionados por programas (computador), uma a. do tipo de ocupação das dependências ao redor do
vasta literatura é encontrada na NFPA 92-B. átrio, bem como da sua localização;
b. da altura e dimensão das aberturas que se comuni-
17.4 Para dimensionar o sistema algébrico, devem-se cam com o átrio;
aplicar os seguintes conceitos e fórmulas c. das barreiras que separam as áreas adjacentes ao átrio;
17.4.1 Metodologia d. da posição das áreas de refúgio, se existirem;
17.4.1.1 Os objetivos de um projeto de controle de fumaça e. do tamanho do incêndio, utilizado para dimensionar a
devem incluir o gerenciamento da fumaça dentro do átrio produção de fumaça.
e/ou quaisquer outras áreas adjacentes que se comuniquem 17.4.3.2 Para determinação do tamanho do incêndio,
diretamente com o átrio. consultar o item 11.9 da Parte 5 desta IT.
17.4.1.2 Baseado no item anterior, a fonte formadora da 17.4.3.3 Limitações do projeto de controle de fumaça:
fumaça poderá ser um incêndio (fogo) dentro do átrio ou a) Quanto ao acúmulo de fumaça:
dentro das áreas adjacentes. 1) Não deve ser objetivo do projeto de controle de
17.4.1.3 Os objetivos do projeto de controle de fumaça são: fumaça, prevenir a acumulação da fumaça em
a. manter a interface da camada de fumaça em uma altura áreas localizadas em níveis mais elevados ao teto
predeterminada; do átrio;
2) Interrupção (quebra) do nível da interface da fumaça.
b. manter o controle de fumaça em todas as áreas
adjacentes ao átrio pelo tempo necessário para que 17.4.3.4 Aspectos do projeto
toda a população de uma edificação acesse uma rota a) Quanto à falha na análise:
de fuga segura; Ver item 18.1.1 – Parte 8
c. limitar a propagação da fumaça para outras áreas; b) Quanto à confiabilidade:
d. possibilitar uma visibilidade adequada aos ocupantes Ver item 18.1.2 – Parte 8
da edificação, permitindo também à brigada de c) Quanto aos testes periódicos:
incêndio encontrar e extinguir o foco de incêndio; Ver item 18.1.3 – Parte 8
e. extrair a fumaça que se tenha acumulado no átrio em d) Fogo no interior dos átrios:
um determinado tempo; 1) O sistema de controle de fumaça deve controlar os
f. limitar a temperatura da camada de fumaça. níveis de fumaça nos pavimentos acima do piso
térreo do átrio ou limitar a quantidade de fumaça
17.4.2 Seleção dos métodos que se propaga para as áreas adjacentes.
17.4.2.1 Os métodos apresentados para gerenciar a fumaça 2) Os seguintes critérios devem ser observados:
dependem do espaço nos quais a fumaça e a sua fonte a. o foco do incêndio (fogo) deve ser detectado de
formadora serão controlados, que podem ser: imediato, antes que o nível de fumaça ou sua
taxa de decréscimo exceda os objetivos
a) Controle da fumaça no interior do átrio
propostos no projeto de controle de fumaça;
1) Para controlar a fumaça formada por um foco de
b. deve ser observado o tempo de reação dos
incêndio no interior do átrio, deve-se:
ocupantes da edificação para perceberem a
a. remover a fumaça, a fim de limitar a sua acumu- emergência e o tempo necessário para aban-
lação; ou, dono da área protegida pelo sistema, permitin-
b. remover a fumaça dentro de um gradiente do um abandono seguro da edificação;
suficiente para aumentar o tempo em que a c. o sistema de ventilação e ar-condicionado
fumaça preencha todo este espaço. comum à edificação devem ter sua operação
b) Controle de fumaça, formada por um foco de incên- interrompida, a fim de evitar que afete o funcio-
dio, que se inicia nas áreas adjacentes ao átrio namento do sistema de controle de fumaça;
d. a fumaça deve ser removida do átrio acima da
1) Para controlar a fumaça formada por um foco de
interface da camada de fumaça;
incêndio na área adjacente ao átrio, deve-se:
e. deve ser prevista a entrada de ar limpo, a fim de
a. remover a fumaça dentro dessas áreas adja- possibilitar a exaustão da fumaça;
centes conforme Partes 3, 4, 5, 6 e 7 desta IT; f. a entrada de ar limpo deve ser resguardada,
b. retardar a propagação da fumaça para o evitando que entre ar contaminado (fumaça) da
interior do átrio; ou, própria edificação.

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390 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

e) Ativação automática: f) Ativação manual:


1) A configuração (tipo, forma e tamanho) do átrio deve 1) Deve ser previsto, em local de fácil acesso, um
ser considerada ao selecionar-se o tipo de detector sistema manual para acionamento e parada do
a ser utilizado para ativar o sistema de controle de sistema de controle de fumaça.
fumaça. g) Nível de exaustão:
2) Quanto à possibilidade de estratificação da fuma- 1) O nível de exaustão deve ser estabelecido no
ça, devem ser avaliados: projeto de incêndio usando os procedimentos
contidos no item 17.5 desta parte da IT;
a. a interferência das áreas adjacentes ao átrio
2) Os seguintes fatores devem ser considerados:
na estratificação da temperatura da fumaça;
a. o volume de exaustão de fumaça, que deve ser
b. a altura do átrio, sua forma arquitetônica e a determinada pela altura predeterminada e
existência de ventilações na cobertura (ex.: permitida da camada de fumaça projetada;
claraboias), que são importantes fatores para b. a possibilidade, em locais amplos (grande ex-
determinar a estratificação da fumaça; tensão), de a coluna de fumaça se dividir para
c. na seleção do tipo e localização dos detectores vários lados deste espaço;
devem ser observados: c. o impacto da fumaça contra a parede.
1. os fatores ambientais, tais como correntes h) Proteção das áreas adjacentes:
de ar circulares; 1) Para impedir o movimento da fumaça do átrio para as
2. o movimento mecânico do ar-condicionado áreas adjacentes por meio de um fluxo de ar, requer-
no interior da edificação. se a previsão de uma velocidade desse ar transver-
salmente pela abertura, de forma a exceder a veloci-
3) A ativação automática do sistema de controle de
dade de ar que ocorre na entrada da coluna de fogo;
fumaça poderá ser iniciada por:
2) Um método de calcular esta velocidade está
a. detectores de incêndio tipo pontual; demonstrado no item 17.7.9 desta parte da IT.
b. detectores de incêndio tipo linear (feixe
i) Fogo em áreas adjacentes ao átrio:
direcional);
1) As formas possíveis de relação entre o átrio e as
c. outros detectores que sirvam para o caso;
áreas adjacentes podem ser:
d. uma combinação dos sistemas acima citados. a. áreas adjacentes isoladas do átrio;
4) Como regra geral, todos os sistemas de detecção b. áreas adjacentes abertas em comunicação com
do incêndio devem acionar o sistema de controle o átrio.
de fumaça; entretanto, meios de detecção e aciona- j) Fogo com origem em áreas isoladas:
mento não convencionais (botões de chamada de 1) Nas edificações que tenham as áreas adjacentes com
elevador e sistemas de abertura de portas) podem configurações construtivas que efetivamente a sepa-
ser utilizados, desde que façam parte de um estudo rarem do átrio, de forma que a diferença de pressão
particular e com aceitação prévia do Corpo de entre a zona de fogo e zona que não tenham fogo
Bombeiros; possa ser controlado, o átrio pode então ser conside-
5) Deve-se prever uma lógica de operação dos rado como zona controlada pelo sistema de controle
dispositivos de detecção e acionamento do sistema de fumaça previsto para a área adjacente.
de controle de fumaça por meio da integração de k) Fogo em áreas abertas em comunicação:
todos esses sistemas; 1) As áreas comuns podem ser projetadas para
6) Nesta lógica a ser empregada, a dualidade de permitir que a fumaça se propague para o átrio.
sistema deve ser utilizada, a fim de evitar a operação a. neste caso, a fumaça que se propaga para o
desnecessária e consequente ativação do sistema átrio deve ser gerenciada pelo sistema de con-
de controle de fumaça; trole de fumaça, a fim de se manter uma cama-
7) Os detectores pontuais podem ser utilizados nas da de fumaça dentro de parâmetros estipula-
áreas adjacentes ao átrio, onde se tem baixa altura dos pelo projeto;
do pavimento e posicionados com base nos efeitos b. a taxa de exaustão para o átrio precisa ser ava-
de estratificação e correntes de ar causadas por liada para uma das seguintes formas:
forças mecânicas e naturais; 1. com a propagação da coluna de fumaça
para o átrio;
8) Os detectores do tipo linear (feixe) podem ser
2. com fogo ocorrendo no interior do átrio.
usados no interior dos átrios, desde que bem
c. o sistema de controle de fumaça deve ser
posicionados para detectar o incêndio em seu início.
capaz de gerenciar qualquer uma das condi-
a. devido a problemas relativos à estratificação da ções acima, porém não necessita gerenciar as
fumaça e movimentação de correntes de ar duas simultaneamente;
naturais ou mecânicas internas ao átrio, pode d. uma vez no interior do átrio, deve ser conside-
ser necessário posicionar detectores em altu- rada a possibilidade da fumaça adentrar aos
ras intermediárias, a fim de atender à necessi- andares superiores ou impingir sobre os tetos
dade de uma imediata detecção do incêndio e desses andares. Neste caso, deve ser avaliada
consequente rápida ativação do sistema de a consequência desta fumaça adentrando as
controle de fumaça. áreas adjacentes.

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 391

2) As áreas adjacentes também podem ser projetadas a. a dimensão do incêndio depende em se estabelecer
para prevenir o movimento de fumaça para dentro uma condição de estabilidade, ou seja, que o fogo
do átrio; seja mantido em um determinado tamanho (estável);
a. desta forma, o projeto de controle de fumaça b. para as edificações que possuem sistema de chuvei-
requer uma exaustão suficiente da área ros automáticos, devem-se adotar os parâmetros da
adjacente; Tabela 9 da Parte 5 desta IT;
b. a quantidade de exaustão necessária que esta c. para edificações que não possuam sistema de chuvei-
situação requer, pode exceder em muito a ros automáticos, o tamanho do incêndio depende:
capacidade dos sistemas de ar-condicionado 1) Da existência de um sistema de detecção e alar-
normal à edificação, necessitando a instalação me;
de um sistema de controle de fumaça exclusivo 2) Da existência de sistema de hidrantes ou
para a área adjacente. mangotinhos;
3) A previsão de aberturas de exaustão deve ser ava- 3) Da existência de uma brigada de incêndio eficiente.
liada cuidadosamente, sendo que as aberturas de a. o tamanho do incêndio para uma edificação
entrada de ar e saída da exaustão devem estar que não possua chuveiros automáticos está
posicionadas com base no movimento da fumaça, condicionado à existência das proteções cita-
de forma a não interferir nas saídas das pessoas; das no item anterior e deve atender ao item
4) A localização das saídas da exaustão para o exte- 11.11 da Parte 5 desta IT;
rior deve estar localizada longe das entradas de ar b. também são considerados fogos estáveis, aque-
limpo externo, a fim de se evitar a possibilidade de les que atenderem a condição de distância de
a fumaça ser recirculada para dentro da edificação. separação dos materiais combustíveis da área
a ser considerada, conforme item 17.5.7 desta
17.5 Dimensionamento por cálculo algébrico parte da IT;
17.5.1 Os procedimentos deste item são de cálculos basea- c. caso o projetista não tenha certeza de que a
dos em equações para os vários parâmetros de um projeto condição descrita no item b anterior seja atendi-
de controle de fumaça. da e que o incêndio possa ficar fora de controle,
o fogo deve ser considerado como instável.
17.5.2 Os procedimentos de cálculo representam um
conjunto de equações baseadas na NFPA-92b. 17.5.6 Fogo instável
17.5.3 Estabelecimento de um ambiente com duas 17.5.6.1 Um fogo instável é aquele que varia em relação ao
camadas. tempo.
17.5.3.1 A demora em ativar a exaustão pelos ventiladores
17.5.6.2 Presume-se que nenhum mecanismo de supressão
pode permitir que a fumaça desça abaixo da altura de projeto
ou outras formas de controle possam ser aplicados.
da camada de fumaça.
17.5.6.3 Caracteriza-se também quando não atender à
17.5.3.2 A acumulação da fumaça gerada inicialmente (nos
condição de distância de separação dos materiais combustí-
primeiros instantes) nos níveis inferiores pode ser agravada
veis da área a ser considerada, conforme item 17.5.7 desta
pela estratificação da temperatura vertical desta fumaça e,
parte da IT.
consequentemente, atrasar o seu transporte para os níveis
de saída superior do átrio. 17.5.7 Distância de separação
17.5.3.3 Com a exaustão e a ventilação propostos pelo 17.5.7.1 Na avaliação do tamanho do projeto do fogo, deve
projeto do sistema de controle de fumaça, deve-se esperar a ser verificado o tipo de material que irá queimar (combustí-
formação de uma camada de fumaça, principalmente na vel), o espaçamento entre esses materiais e a configuração
parte inferior, que seja mais limpa e clara. (disposição) no ambiente.
17.5.4 Tipo do fogo (chama) 17.5.7.2 Do estudo da configuração dos materiais no ambi-
ente, será determinado o provável tamanho esperado de fogo,
17.5.4.1 Todos os cálculos de projeto de controle de fumaça
ou seja, aquele que será envolvido pelo fogo.
são baseados na taxa de calor liberada pela chama (fogo).
17.5.7.3 Baseado na afirmação do item anterior, um determi-
17.5.4.2 O fogo é classificado como estável ou instável.
nado tamanho de projeto de fogo deve ser ampliado, se o
17.5.5 Fogo estável utros materiais estiverem dentro da distância de separação,
R, indicada na Figura 37 e determinada na Equação 7.
17.5.5.1 Considera-se fogo estável aquele bem definido que
possui uma constante taxa de liberação de calor, esperando-
se que o mesmo cresça rapidamente até um limite.
Equação 7
17.5.5.2 A sua propagação fica restringida pelo controle
ativo do fogo ou por uma distância de separação suficiente π q”)]
R = [Q/(12π
para os materiais combustíveis próximos.
Onde:
17.5.5.3 Parâmetros de definição deste tipo de fogo podem R = Distância de separação em (m)
ser encontrados no item 11.9 da Parte 5 desta IT. Q = taxa de liberação de calor do fogo (Kw)
17.5.5.4 Para fogos estáveis, as seguintes regras devem ser q” = Fluxo de calor radiante requerido para ignição sem
utilizadas: chama (Kw/m²).

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392 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

17.5.9.2 Na equação “tg” é o intervalo de tempo para a ativa-


ção efetiva dos meios de detecção e supressão, para que o
fogo exceda a 1.055 W (1.000 Btu/s).
17.5.9.3 Um perfil t-quadrado pode ser usado para os propó-
sitos de engenharia, quando estão envolvidas áreas gran-
des, decorrentes da dinâmica de ignições secundárias que
podem ocorrer.
17.5.9.4 Assim, um perfil t-quadrado será utilizado nos casos
em que o crescimento do fogo não for limitado pelas ativida-
Figura 37: Distância de separação R des de controle (supressão) de um incêndio, ou pela inexistên-
cia da distância de separação dos combustíveis próximos,
visando prevenir ignições adicionais dos materiais combustí-
veis adjacentes.
17.5.9.5 Decorrido o tempo determinado pela Equação 8,
entende-se que o fogo não crescerá em tamanho.

17.5.10 Cuidados
17.5.10.1 Os responsáveis pelo projeto devem acautelar-se
em adotar e limitar a taxa de liberação de calor com valores
abaixo de 1,055 Kw, pois poucas situações estão incluídas
nesta condição, aliado ao fato de ser difícil em manter esta
condição decorrente das mudanças impostas pelo usuário
ao edifício.

17.5.11 Detecção do fogo


17.5.11.1 As respostas dos detectores de incêndio coloca-
dos sob o teto devem ser estimadas, para verificação da posi-
ção da camada de fumaça.
Figura 38: Materiais combustíveis 17.5.11.2 Os detectores podem atuar de diferentes formas,
seja pela percepção da fumaça ou do calor.

17.5.7.4 Deve-se observar que, caso o acondicionamento do 17.5.11.3 No caso dos detectores que atuam pela fumaça, é
material (combustível) não for circular, um raio equivalente importante verificar com os fabricantes em quanto tempo irão
precisa ser dimensionado, equacionando-se o andar onde perceber o início do incêndio.
se encontra acondicionado o material, pela suposição de que 17.5.11.4 No caso dos detectores de temperatura, deve-se
este esteja dentro de um círculo de raio equivalente. verificar o aumento da temperatura, que depende do raio da
17.5.7.5 A área total de piso onde se encontra o material base da chama e do calor transmitido pelo seu eixo vertical.
deve ser considerada nos cálculos, caso o acondicionamen- 17.5.11.5 Como regra, para os espaços onde a altura entre
to do material combustível não atenda aos valores indicados a base da chama e o teto seja menor ou igual a 0,6 vezes o
na equação 7 desta parte da IT. raio da chama, deve-se considerar o aumento da temperatu-
ra no teto igual à temperatura localizada na base da chama.
17.5.8 Taxa de liberação de calor para fogo considerado
estável 17.5.12 Determinação da temperatura de resposta dos
17.5.8.1 A taxa de liberação de calor, para fogo estável, deve detectores
adotar os parâmetros da Tabela 10 do item 11.11 da Parte 5 17.5.12.1 Detectores de temperatura do tipo pontual
desta IT. instalado no teto

17.5.9 Taxa de liberação de calor para fogo considerado a. a resposta de um detector pontual instalado no teto
instável pode ser estimada considerando o acréscimo de tem-
peratura dos gases da chama (fogo);
17.5.9.1 Um perfil do tempo ao quadrado será utilizado para b. dependendo do modelo do detector e da origem do fogo,
expressar o fogo instável. Então, a taxa de liberação de calor baseando-se no acréscimo de temperatura oriundo da
será dada pela Equação 8. concentração de gases combustíveis comuns, um incên-
Equação 8 dio poderia ser descoberto por um detector com aproxi-
madamente 10ºC de aumento de temperatura.
Q = 1.000 (t/tg)2
17.5.13 Temperatura da fumaça sob o teto
Onde:
Q = taxa de liberação de calor do fogo (Kw) 17.5.13.1 Fogos estáveis
t = tempo depois da ignição efetiva (s) a. para a proporção entre a altura da base da chama e o
tg = tempo de crescimento (s) teto menor que 0,6 vezes o raio da chama, o acrésci-

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 393

mo da temperatura da fumaça dentro da coluna de a ignição, que depende da taxa de liberação de calor
fumaça, pode ser estimada em função do tempo, ba- convectiva e a variação de temperatura ambiental no interior
seando-se em teorias gerais e análise de alguns ex- do átrio ou espaço amplo.
perimentos; 17.5.14.4 Esta altura é determinada pela Equação 11:
b. a equação (9) está baseada em informações experi-
mentais derivadas de investigações em salas de Equação 11
várias formas, caracterizadas pela proporção (relação) Zm = 5,54 Qc1/4 (ΔT/dz )-3/8
da área seccional transversal horizontal, pelo quadra- Onde:
do da altura do cômodo (A/H2); zm = altura máxima da fumaça acima da superfície do
c. estas salas incluem as relações de A/H2, variando de fogo (m)
0.9 (num cômodo sem ventilação) a 7.0 (num cômodo Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (Kw)
com ventilação mecânica e taxa de 1.0 de troca de ar ΔT/dz = taxa de mudança da temperatura ambiental basea-
por hora, para tetos lisos sem obstrução); da na altura (ºC/m)
d. o uso da equação (9) para A/H2 > 7.0 visa a superesti-
17.5.14.5 A porção convectiva da taxa de troca de calor, Qc,
mar o aumento da temperatura no decorrer do tempo.
pode ser estimada como 70% da taxa de liberação de calor
Equação 9 total (Q).
X = (0,42 Y2) + (8,2 x 10-8 Y6) 17.5.14.6 Assumindo que a temperatura ambiente varia line-
Para X ≤ 480 armente com a altura, a Qc mínima requer superar a diferen-
Onde: ça de temperatura ambiente e direcionar a fumaça para o teto
X = (t Q1/3) / (H4/3) (zm = H), conforme a Equação 12:
Y = (ΔT H5/3) / (Q2/3) Equação 12
Qc, min = 1,18 x 10-3 H5/2 ΔTO3/2
17.5.13.2 Fogo instável Onde:
a. para fogo instável, também denominado de t-quadra- Qc, min = taxa mínima liberação de calor convectiva para
do, a equação (10) estima em função do tempo, o superar a estratificação (Kw)
aumento da temperatura do jato de fumaça (celing jet) H = altura do teto acima da superfície do fogo (m)
sob o teto;
ΔT0 = diferença de temperatura ambiental entre o teto e o
b. considera à proporção entre a altura da base da cha- nível do fogo (ºC)
ma e o teto, que deve ser menor que 0,6 vezes o raio
17.5.14.7 Como segunda alternativa, a Equação 13 pode ser
da chama;
utilizada, em termos de aumentar a temperatura ambiental
c. está embasada em correlações aceitas empiricamente,
entre o piso e o teto, suficientemente para prevenir que a
decorrentes de investigações com tetos amplos, lisos
coluna de fumaça, derivado da taxa de calor convectivo (Qc)
e sem obstruções, avaliando-se a relação entre o raio
alcance a altura (H) do teto.
da chama (r) e a altura entre a base da chama e o teto
(H), sendo r / H = 0.3.; Equação 13
ΔTO = 96 Qc2/3 H-5/3
d. também foi aplicada para outras informações expe-
rimentais em tetos limitados, onde a relação da área Onde:
do ambiente (A) e a altura do ambiente (H), sendo ΔTO = diferença de temperatura ambiental entre o teto e o
A/H2 ≤ 7.4, com tg = 480 s, e também com taxa de nível do fogo (ºC)
ventilação não excedendo a 1,0 troca de ar por hora. Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (Kw)
H = altura do teto acima da superfície do fogo (m)
Equação 10
17.5.14.8 Como terceira alternativa, na Equação 14, pode-
ΔT = 2.090 [t/ (tg2/5 H4/5) – 0,57]4/3 / [tg4/5 H3/5]
se avaliar a altura máxima que a coluna de fumaça, derivada
(ΔT em ºC; t e tg em s; H em m) da Qc, considerando a diferença de temperatura do ambien-
te, tenha potência suficiente para alcançar o teto.
Onde:
t = tempo da ignição (ativação) (s) Equação 14
Q = taxa de liberação de calor (fogo estável) (Kw) Hmax = 15,5 Qc2/5 ΔTO-3/5
H = altura do teto acima da superfície do fogo (m) Onde:
ΔT = aumento da temperatura no teto (ºC) Hmax = altura do teto acima da superfície do fogo (m)
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (Kw)
17.5.14 Estratificação de fumaça
ΔT0 = diferença de temperatura do ambiente, entre o piso
17.5.14.1 O movimento ascendente da fumaça na coluna de- que contém a superfície de fogo e o teto do atrio (ºC)
pende da flutuabilidade desta dentro do átrio ou espaço amplo.
17.5.14.2 O potencial para estratificação relaciona a diferen- 17.5.15 Altura da interface da camada de fumaça a
ça da temperatura entre o teto e os níveis de piso do átrio ou qualquer tempo
espaço amplo. 17.5.15.1 A posição da interface da camada de fumaça a
17.5.14.3 Existe uma altura máxima na qual a fluidez da qualquer tempo pode ser determinada pelas relações que
coluna de fumaça aumentará logo no início do incêndio, após reportam a 3 situações:

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394 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

a. nenhum sistema de exaustão de fumaça em operação; H = altura do teto acima da superfície de fumaça (m)
b. taxa de massa de exaustão de fumaça sendo igual à t = tempo (s)
taxa de massa de fumaça fornecida pela coluna de A = área seccional cruzada do espaço sendo preenchido
fumaça até a camada de fumaça; com fumaça (m²)
c. taxa de massa de exaustão de fumaça sendo menor tg = crescimento do tempo (s)
que a taxa de massa de fumaça fornecida pela coluna 3) Para Equação 16:
de fumaça até a camada de fumaça. a. quando os cálculos resultam em um valor maior
17.5.15.2 Posição da camada de fumaça com nenhum que 1,0 (z/H > 1,0), significam que a camada
sistema de exaustão operante de fumaça ainda não começou a descer;
b. está baseada em informações experimentais
a. as Equações 15 e 16 abaixo descritas são utilizadas
provenientes de investigações com proporções
para avaliar a posição da camada a qualquer tempo
A/H2 variando de 1.0 a 23 e para valores de
depois da ignição.
z/H ≥ 0,2.;
b. fogos estáveis c. está baseada em áreas uniformes seccionais
1) Para fogos estáveis, a altura das primeiras indica- transversais e relativas altura;
ções da fumaça acima da superfície (nível) de fogo, d. é considerada como aplicada para o caso de
‘z’, pode ser estimada a qualquer tempo ‘t’, pela pior condição, ou seja, fogo no centro do átrio
Equação 15: fora de quaisquer paredes;
Equação 15 e. fornece uma estimativa conservadora de risco,
z/H = 1,11 – 0.28 ln [(tQ1/3 / H4/3) / (A/H2)] porque “z” relaciona a altura onde existe a
primeira indicação de fumaça, ao invés da
Onde: posição da interface da camada de fumaça.
z = altura das primeiras indicações de fumaça acima da
superfície do fogo (m) 17.5.15.3 Quantidade de fumaça formada
H = altura do teto acima da superfície de fumaça (m) a. A quantidade de fumaça formada pode ser estimada
T = tempo (s) conforme Equações 17 e 18 abaixo:
Q = taxa de liberação de calor de fogo estável (Kw) 1) Fogo estável
A = área seccional cruzada do espaço sendo preenchido a) para fogo estável, o consumo total de massa
com fumaça (m²) requerida para sustentar uma taxa constante
2) Para a Equação 15: de liberação de calor, durante um período de
a. quando os cálculos resultam em um valor tempo necessário (conforme interesse do pro-
maior que 1,0 (z/H > 1,0), significa que a cama- jeto), pode ser determinado da seguinte forma:
da de fumaça ainda não começou a descer; Equação 17
b. verifica-se que está baseada em informações m = Q Δ t / Hc
experimentais, provenientes de investigações
Onde:
utilizando áreas uniformes (seccionais-transver-
m = massa total combustível consumida (kg)
sais) baseadas em uma altura com proporções
Q = taxa de liberação de calor do fogo (Kw)
A/H2, que pode variar de 0.9 a 14, e com valo-
ΔT = duração do fogo (s)
res de z/H ≥ 0.2;
Hc = calor de combustão do combustível (Kj/Kg)
c. é considerada como aplicada para o caso de
pior condição, ou seja, fogo no centro do átrio b) para fogo instável (t-quadrado), o consumo total de
fora de quaisquer paredes; massa requerida, durante um período de tempo
d. fornece uma estimativa conservadora de peri- necessário (conforme interesse do projeto), pode
go, porque “z” relaciona a altura onde existe a ser determinado da seguinte forma:
primeira indicação de fumaça, ao invés da po- Equação 18
sição da interface da camada de fumaça. m = 333 Δ t3 /(Hc x tg2)
c) Fogos instáveis Onde:
1) A altura das primeiras indicações da fumaça acima m = massa total combustível consumida (Kg)
da superfície (nível) do fogo, z, também pode ser ΔT = duração do fogo (s)
estimada para fogo instável (t-quadrado); Hc = calor de combustão do combustível (Kj/Kg)
2) Da teoria básica e de evidencias experimentais li- tg = crescimento do tempo (s)
mitadas, a altura das primeiras indicações da fu-
17.5.15.4 Variáveis geométricas em seções transversais
maça acima da superfície (nível) do fogo, z, pode
e geometrias complexas
ser estimada para um determinado tempo, de acor-
do com a relação constante da equação 16: a. na prática, pode ocorrer em um espaço a ser estuda-
do, que não apresente uma geometria uniforme, onde
Equação 16
a descida da camada de fumaça em seções transver-
z/H = 0,91 [t/(tg2/5 H4/5 (A/H2)3/5)] -1.45 sais variadas ou com geometrias complexas pode ser
Onde: afetada por condições adversas tais como: tetos em
z = altura das primeiras indicações de fumaça acima da declive, variações nas áreas seccionais e origem da
superfície do fogo (m) projeção da coluna de fumaça;

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 395

b. para os locais onde essas irregularidades ocorrerem, 7) Para outras configurações da coluna (plume) de
outros métodos de análise devem ser considerados. fumaça (não assimétricas), uma análise compu-
c. esses métodos de análise, que podem variar em sua tadorizada se torna necessária.
complexidade, podem ser:
1. Modelos em escala;
2. Modelos de campo; Tabela 13: Acréscimo do tempo para interface da camada de
3. Adaptação de modelos de zona; fumaça para encontrar posição selecionada (colunas
4. Análises de sensibilidade. assimétricas e fogos estáveis)
d. para sua aplicação, deve-se consultar literatura espe-
cífica (Ex. NFPA-92B) e submetê-la a avaliação do Cor-
po de Bombeiros por meio de Comissão Técnica.
17.5.15.5 Posição da camada de fumaça com o sistema
de exaustão de fumaça em operação
a) Taxa de massa de exaustão de fumaça igual à taxa
de massa de fumaça fornecida
1) Depois que o sistema de exaustão estiver operando,
por um determinado período de tempo, será encon-
trado uma posição de equilíbrio da interface da
camada de fumaça, e esta se manterá, caso a taxa de
massa de exaustão da camada de fumaça for igual à
taxa da massa fornecida pela coluna de fumaça.
a. uma vez determinado esta posição, a mesma
deve ser mantida, desde que as taxas de
massas permaneçam iguais; Onde:
b. as taxas de massa da formação de fumaça z = altura de projeto da camada de fumaça acima da base
variam conforme a forma e posição da coluna do fogo
de fumaça; H = altura do teto acima da base do fogo (m)
c. para determinação da massa de fumaça gera- t = tempo para a camada de fumaça descer até z (s)
da pela coluna de fumaça, deve-se considerar t0 = valor de t na ausência de exaustão de fumaça (veja
o descrito no item 2.8 deste anexo para as ta- Equação 15) (s)
xas de massa fornecida à base da camada de m = vazão mássica de exaustão de fumaça (excetuando-
fumaça para diferentes configurações do plume se qualquer vazão mássica adicional dentro da camada
(coluna). de fumaça, decorrente de outras fontes que não sejam a
b) Taxa de massa de exaustão de fumaça diferente da coluna de fumaça).
taxa de massa de fumaça fornecida me = valor de “m” requerido para manter a camada de fuma-
1) Com a taxa de massa fornecida pela coluna (plume) ça indefinidamente em z, que é obtido pela Equação 20.
de fumaça à base da camada de fumaça, maior
17.5.16 Altura da chama
que a taxa de massa de exaustão da camada de
fumaça, não será encontrada uma posição de equi- 17.5.16.1 A altura da chama e sua distância em relação à
líbrio para camada de fumaça; interface da camada de fumaça têm influência significativa na
2) Neste caso, a interface da camada de fumaça irá formação do volume mássico de fumaça a extrair.
descer, ainda que lentamente decorrente das 17.5.16.2 Para determinação da altura da chama provenien-
taxas menores de exaustão; te da base do fogo, deve atender à seguinte equação:
3) A Tabela 13 inclui informações sobre a posição da
Equação 19 – Altura da chama
camada de fumaça em função do tempo, para co-
lunas de fumaça assimétricas de fogo estável, com z1 = 0,166 Qc2/5
desigualdade de taxas de massa; Onde:
4) As informações da Tabela 13 podem ser utilizadas, z1 = limite de elevação da chama (m)
quando o sistema de ar-condicionado normal à Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (Kw).
edificação for utilizado na extração de fumaça, e o
projeto pretender estimar um complemento de taxa 17.6 Altura da camada de fumaça
de extração de fumaça para um sistema específico,
17.6.1 Uma altura livre de fumaça deve ser projetada, de for-
a fim de se manter a altura da camada de fumaça
ma a garantir o escape das pessoas.
projetada, e se atingir uma posição de equilíbrio;
5) Também pode ser utilizada, para estimar o tempo 17.6.2 Esta altura devido a presença do jato de fumaça pode
em que a camada de fumaça irá descer até um nível alcançar no máximo 85% da altura da edificação, devendo
considerado crítico, para verificar se este tempo é estar no mínimo à 2,5 m acima do piso de escape da edificação.
suficiente para o abandono e saídas das pessoas; 17.6.3 A altura da interface da camada de fumaça deve ser
6) Caso o projeto adote a solução anterior, o mesmo mantida em um nível constante através da exaustão da mes-
deve ser submetido a Comissão Técnica, para fins ma taxa de vazão de massa fornecida à camada pelo plume
de verificação da solução adotada; (coluna).

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396 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

17.7 Taxa de produção de massa de fumaça 17.7.4.4 Além disto, é significante a migração horizontal do
17.7.1 A taxa de massa fornecida pelo plume (coluna) de- plume até a extremidade de sacada.
penderá de sua configuração. 17.7.4.5 Para situações envolvendo um fogo em um espaço
adjacente a um átrio, a entrada de ar no plume saindo de
17.7.2 Há 3 configurações de plume (coluna) de fumaça:
sacada pode ser calculada de Equação 22.
17.7.2.1 Plume (colunas) de fumaça assimétricas;
Equação 22
17.7.2.2 Plume de fumaças saindo pelas sacadas;
m = 0.36 (QW2)1/3 (Zb + 0.25H)
17.7.2.3 Plume saindo por aberturas (janelas).
Onde:
17.7.3 Plume (colunas) de fumaça assimétricas
m = taxa do fluxo de massa na coluna (Kg/s)
17.7.3.1 Um plume (coluna) assimétrico pode aparecer de Q = taxa de liberação de calor (Kw)
um fogo que se origina no piso do átrio, com o plume afastado w = extensão da coluna saindo das sacadas (m)
de qualquer parede. Zb = altura acima da sacada (m)
17.7.3.2 Neste caso, o ar entra de todos os lados e ao longo H – altura da sacada acima do combustível (m)
de toda a altura do plume, até que o plume fique envolvido
(submerso) pela camada de fumaça.
17.7.3.3 Na determinação da massa de fumaça gerada pelo
incêndio, duas condições podem ocorrer:
a. altura (Z) da camada de fumaça ser superior a altura
(Z1) da chama, ou seja, (Z > Z1);
b. altura da camada de fumaça (Z) igual ou inferior a altu-
ra (Z1) da camada de fumaça, ou seja (Z ≤ Z1).
17.7.3.4 Para a condição (Z > Z1), a massa de fumaça gerada
é determinada pela seguinte equação:
Equação 20
Massa de fumaça para a condição Z > Z1
m = 0,071 Qc1/3 z5/3 + 0,0018 Qc (z > z1)
Onde: Figura 39: Coluna de fumaça saindo de um balcão
m = vazão mássica da colina de fumaça para a altura z
(Kg/s)
17.7.4.6 Da Equação 22 pode-se concluir:
z = altura acima do combustível (m)
a. quando zb for aproximadamente 13 vezes a largura do
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor,
espaço (zb > 13 W), a coluna (plume) de fumaça saindo
estimada em 70% da taxa de liberação de calor (Q) (Kw).
pela sacada, pode ser considerado como uma coluna
17.7.3.5 Para a condição (Z ≤ Z1), a massa de fumaça gera- (plume) de fumaça assimétrico, e utilizar para determi-
da é determinada pela seguinte equação: nação da taxa de produção de fumaça a Equação 20;
Equação 21 b. na determinação da largura da coluna (plume) de
fumaça (W), esta pode ser determinada pela previsão
Massa de fumaça para a condição Z ≤ Z1 de barreira física, projetando-se abaixo da sacada, e
m = 0.0208 Qc3/5 z (z ≤ z1) visando a restringir a migração de fumaça horizontal
Onde: sob toda a extensão da sacada.
m = vazão mássica da colina de fumaça para a altura z c. com a existência dessas barreiras de fumaça, uma
(Kg/s) largura equivalente pode ser determinada por meio
z = altura acima do combustível (m) da seguinte expressão:
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor es- Equação 23
timada em 70% da taxa de liberação de calor (Q) (Kw). Massa de fumaça para a condição Z > Z1
W=w+b
17.7.4 Plume de fumaças saindo pelas sacadas
Onde:
17.7.4.1 A coluna (plume) de fumaça saindo de uma sacada W = largura do plume de fumaça
é aquele que flui sob e em volta de uma sacada antes de w = largura da entrada da área de origem
ascender, dando a impressão de sair pela sacada (veja b = distância da abertura a extremidade da sacada.
Figura 39).
17.7.5 Coluna de fumaça saindo por aberturas (janelas)
17.7.4.2 Cenários com o plume de fumaça saindo pela saca-
17.7.5.1 A coluna de fumaça saindo por aberturas nas pare-
da envolvem um acréscimo de fumaça acima da base do
des, tais como portas e janelas, para o átrio, é configurada
fogo, alcançando primeiro o teto, sacada ou outra projeção
conforme Figuras 40 e 41.
horizontal do pavimento, para então migrar horizontalmente
em direção à extremidade da sacada. 17.7.5.2 Na determinação taxa de liberação de calor, a equa-
ção abaixo pode ser utilizada:
17.7.4.3 A característica de um plume saindo pela sacada
depende da característica do fogo, largura do plume e pela Equação 24
altura do teto acima do fogo. Q = 1260 Aw Hw1/2

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 397

Onde: Equação 25
Q = taxa de liberação de calor (Kw) a = 2.40 Aw2/5 Hw1/5 – 2.1 Hw
Aw = área da abertura de ventilação (m²)
Onde:
Hw = altura da abertura de ventilação (m)
a = altura efetiva (m)
17.7.5.3 A equação acima assume que: Aw = área da abertura de ventilação (m²)
a. liberação do calor é limitada pelo fornecimento de ar Hw = altura da abertura de ventilação (m)
do espaço adjacente; 17.7.5.3.4 Então, a massa que entra pelo plume oriundo de
b. a geração de combustível está limitada pelo forneci- janela é determinada como:
mento de ar;
c. a queima do excesso de combustível ocorre fora do átrio; Equação 26
d. a entrada de ar fresco ocorre fora do atrio; m = 0.071 Qc1/3 (zw + a)5/3 + 0.0018 Qc
e. os métodos neste item são apenas válidos para Onde:
compartimentos tendo em vista uma única abertura de Zw = altura acima do topo da janela
ventilação.
17.7.5.3.5 Substituindo QC proveniente da Equação 17, temos:
Equação 27
m = 0.68 (Aw Hw1/2)1/3 (zw + a)5/3 + 1,59 Aw Hw1/2
17.7.5.3.6 A altura da chama formadora da coluna de fumaça
é determinada como sendo a altura da abertura que fornece
a mesma entrada para a coluna de fumaça.
17.7.5.3.7 Qualquer outra entrada acima da chama é consi-
derada como se fosse a mesma de um fogo pela abertura.

17.7.6 Volume de fumaça produzido


17.7.6.1 Para obter o volume de fumaça a extrair do ambiente,
a seguinte equação deve ser utilizada:
Equação 28
Figura 40: Coluna de fumaça saindo por aberturas (janelas) V = m/ρρ
Onde:
V = volume produzido pela fumaça (m³/s);
m = vazão mássica da coluna de fumaça para a altura
z (Kg/s);
VOLUME DO ESPAÇO AMPLO
ρ = densidade da fumaça adotada (para 20ºC = 1,2 Kg/m³)
17.7.7 Influência do contato da coluna de fumaça com as
paredes
17.7.7.1 A coluna de fumaça ascende, no interior do átrio
pode alarga-se, e entrar em contato com todas as paredes
deste átrio antes de alcançar o teto.
17.7.7.2 Neste caso, a interface da fumaça deve ser conside-
rada como sendo a altura de contato com as paredes do átrio.
17.7.7.3 O diâmetro da coluna de fumaça pode ser estimado
como:
Equação 29
Figura 41: Coluna de fumaça saindo por aberturas (janelas) d = 0.48 (T0 / T)1/2 z
Onde:
d = diâmetro da coluna (baseada em excesso de tempe-
17.7.5.3.1 O ar que entra pelas janelas na coluna de fumaça ratura) (m)
pode ser determinado por analogia como uma coluna de T0 = temperatura no centro da coluna (ºC)
fumaça assimétrica. T = temperatura ambiente (ºC)
17.7.5.3.2 Isso é obtido determinando-se a taxa de entrada z = altura (m)
de ar na ponta da chama, que são emitidas pela janela, e 17.7.7.4 Na maioria dos casos, perto do topo do átrio, a
determinando-se a altura da coluna assimétrica, que pode temperatura do centro da coluna de fumaça não deve ser
permitir a mesma quantidade de entrada de ar. considerada maior que a do átrio, decorrente do resfriamento
17.7.5.3.3 Como resultado dessa analogia, um fator de corre- causado pela entrada de ar frio ao longo da coluna.
ção indicando a diferença entre a altura da chama real e a 17.7.7.5 Baseado no conceito do item anterior, de forma
altura do plume assimétrico pode ser aplicado, para equacionar genérica, o diâmetro total da coluna de fumaça pode ser
a assimetria do plume, de acordo com a seguinte relação: expresso conforme a seguinte equação:

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398 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Equação 30 ser fornecido do espaço adjacente numa taxa suficiente, que


d = 0.5 z cause uma velocidade na abertura de entrada da área adja-
Onde: cente, que exceda o limite mínimo contido na Equação 32.
d = diâmetro da coluna (baseada em excesso de Equação 32
temperatura) (m) ve = velocidade do ar (m/s)
z = altura (m) ve (m/s) = 0,57 [Q/z]1/3
17.7.8 Velocidade máxima de entrada de ar Onde:
17.7.8.1 A velocidade de entrada do ar, no perímetro do átrio, ve = velocidade do ar (m/s)
deve ser limitada aos valores de perda para não defletir Q = taxa de liberação de calor (Kw)
(inclinar) a coluna de fogo, aumentando a taxa de entrada do Z = distância acima da base do fogo à abertura (m)
ar na chama, ou perturbar a interface da fumaça. Observação:
17.7.8.2 Uma velocidade recomendada de entrada de ar é 1) A velocidade (vê) não deve exceder a 1,01 m/s;
de 1 m/s, podendo no máximo atingir 5 m/s. 2) Esta equação não deve ser usada quando z < 3,0 m;
3) Caso a abertura para o espaço comum esteja localizada
17.7.9 Requisitos para o fluxo de ar invertido acima da posição da camada de fumaça, deve-se utilizar
17.7.9.1 A fim de prevenir a migração da fumaça do átrio, para a Equação 31 para calcular o limite da velocidade, esta-
as áreas adjacentes não afetadas pelo incêndio, a fumaça no belecendo que (v=vê), onde os valores de (Tf – T0) de-
átrio deve ser extraída numa vazão, que cause uma velocida- vem ser considerados como o valor de ΔT da tabela abai-
de de ar média na abertura de entrada da área adjacente. xo, sendo (Tf = ΔT + T0).
17.7.9.2 Recomenda-se que esta velocidade seja de 1,0 m/s. 17.8 Condições perigosas
17.7.9.3 Esta velocidade (v) pode ser calculada com a 17.8.1 As condições perigosas são aquelas que ocorrem
seguinte equação: como resultado de temperaturas inaceitáveis, escurecimento
Equação 31 da fumaça, ou espécies de concentrações tóxicas (por exem-
v = 0,64 [gH (Tf – T0)/Tf]1/2 plo, CO, HCl, HCN), em uma camada de fumaça.
Onde: 17.8.2 As equações para calcular a profundidade da camada
v = velocidade do ar (m/s) de fumaça, aumento de temperatura, densidade óptica, tipos
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s2) de concentração durante o estágio de acumulação da fumaça
H = altura da abertura (m) e de quase-estabilidade, estão mencionados na Tabela 14.
Tf = temperatura da fumaça (ºC)
17.8.3 Estas equações são utilizadas para fogo com taxas
T0 = temperatura do ar ambiente (ºC)
constantes de liberação de calor e fogos t-quadrado.
17.7.9.4 Dois casos podem ocorrer na determinação da velo- 17.8.4 Também podem ser utilizadas para calcular as condi-
cidade: ções dentro da camada de fumaça quando existir condições
a. as aberturas estão localizadas abaixo da interface da de ventilação.
camada de fumaça;
17.8.5 Os conceitos deste item são baseados na manuten-
b. as aberturas estão localizadas acima da interface da
ção do nível da camada de fumaça, por meio dessa camada
camada de fumaça.
num cenário com ventilação.
17.7.9.5 Para o primeiro caso, como a temperatura do 17.8.6 Antes da operação do sistema de exaustão, e por um
ambiente é menor, os valores de velocidade também serão: período de tempo depois dessa operação inicial, existe um
Ex.: Com H = 3,3 m, Tf = 74ºC (considerado para espaços cenário de acumulação de fumaça, no qual o nível da cama-
com sprinkler) e T0= 21ºC, o limite de velocidade será de da de fumaça utilizados nos cálculos de ventilação pode es-
1,37 m/s. tar dentro da camada de fumaça.
a. para as mesmas condições com Tf = 894ºC (conside-
Onde:
rado para espaços sem sprinkler), o limite de velocida-
A = área de espaço seccional cruzada horizontal (ft2);
de começa a 3,01 m/s.
Cp = calor específico do ar-ambiente;
17.7.9.6 A fim de prevenir a entrada de fumaça no volume do D = L –I log (Io/I), densidade óptica;
espaço adjacente, oriunda da propagação do átrio, o ar deve L = extensão da luz através da fumaça (ft);

Tabela 14: Equações para calcular as propriedades da camada de fumaça

[exp(Qn/Qo)] - 1 [exp(Qn/Qo)] - 1 ρ 0cpV)


[60(I-χ 1)Qc]/(ρ

(DmQT)/[χα ΔHcA(H-z)] (Dmát3)/[3χα ΔHcA(H-z)] (60DmQ)/(χα ΔHcV)


α α

(fi QT)/[ρ 0χ αΔHcA(H-z)] (fiα t3)/[3ρ 0χ α ΔHcA(H-z)] ρ 0χα ΔHcV)


(60fiQ)/(ρ

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 399

Io = intensidade da luz no ar limpo; Para fogos estáveis: Qn = (l-X11) Qt (Btu);


I = intensidade da luz na fumaça; Para fogos t2: Qn = (l-X1 l) at3/3 (Btu);
Dm DV/mf = massa de densidade óptica (ft2/lb) medida Qo = roCpToA(H-z) (Btu);
num teste de vapor contendo toda a fumaça proveniente t = tempo para ignição (s);
do material ensaiado; ΔT = aumento da temperatura na camada de fumaça (oF);
mf = a taxa de massa incandescente (lb/s); V = taxa de ventilação volumétrica;
V = Taxa de vazão volumétrica (ft3/s); Yi = fração de massa das espécies i (espécies lb i/lb de
fi = fator de produção de espécies i (espécies lb i/lb com- fumaça;
bustível); z = altura do topo do combustível à camada de fumaça (ft);
H = altura do teto (ft); a = coeficiente do crescimento do fogo t2 (Btu/s3);
ΔHc = calor da combustão completa (Btu/lb); ro = densidade do ar ambiente (lb/ft3);
Q = taxa de liberação do calor do fogo (Btu/s); xa = fator de eficiência da combustão (-), valor máximo de 1;
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor x1 = fator de perda de calor total da camada de fumaça aos
(Btu/s); limites do átrio, valor máximo de 1, aumento máximo de
temperatura ocorrerá se X1 = 0.

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400 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO H
Modelo de utilização do dimensionamento para extração de fumaça em átrio

1. Dados do projeto:
a. átrio retangular e uniforme;
b. altura : 36,5 m;
c. comprimento de 61 m e largura de 30,5 m;
d. fogo considerado do tipo estável;
e. projeto do fogo: 5.275 kW;
f. diferença de temperatura interna: 9,26ºC;
g. detector de temperatura localizado no teto do átrio, acionado com uma diferença de temperatura de 10ºC.
2. 1° passo: Determinação do tempo de ativação do detector, com o fogo localizado na base do átrio e os detectores no
topo do átrio:
a. Utilizando a Equação 9:
X = (0,42 Y2) + (8,2 x 10-8 Y6)
Para X ≤ 480
Onde:
X = (t Q1/3) / (H4/3)
Y = (ΔT H5/3) / (Q2/3)
Onde:
t = tempo da ignição (ativação) (seg)
Q = taxa de liberação de calor (fogo estável) (Kw)
H = altura do teto acima da superfície do fogo (m)
ΔT = aumento da temperatura no teto (ºC)
Y = 9,86 (36,5)5/3 / (5275)2/3 = 13,07
X = 0,42 (13,07)2 + 8,2 x 10-8 (13,07)6 = 72,14
T = (72,14 (36,5)4/3) / (5275)1/3 = 502 seg.
3. 2° passo: Verificação da altura que a fumaça irá alcançar sem estratificar, para confirmar se a posição (altura) dos
detectores irá acionar o sistema de controle de fumaça:
a. Utilizando a Equação 7:
Hmax = 15,5 Qc2/5 Δ TO-3/5
Onde:
Hmax = altura do teto acima da superfície do fogo (m)
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (Kw)
ΔT0 = diferença de temperatura ambiental entre o piso da superfície do fogo e o teto (ºC)
Hmax = 15,5 (5275 x 0,7)2/5 x 10-3/5 = 104 m
Obs.:
1) Qc = 0,7 Q;
2) A altura que a fumaça atingirá sem estratificar é de 104 m, sendo que os detectores estão instalados a 36,5 ft, portanto
serão acionados.
4. 3° passo: Determinação da profundidade da camada de fumaça quando o detector for ativado.
a. Utilizando a Equação 8:
z/H = 1,11 – 0.28 ln [(tQ1/3 / H4/3) / (A/H2)]
Onde:
z = altura das primeiras indicações de fumaça acima da superfície do fogo (m);
H = altura do teto acima da superfície de fumaça (m);
T = tempo (s);
Q = taxa de liberação de calor de fogo estável (Kw);
A = área seccional cruzada do espaço sendo preenchido com fumaça (m²).
z/36,5 = {1,11 – 0, 28 ln [(502 x 52751/3 / 36,54/3) / (30,5 x 61 / 36,52)]} = 0,20 m
Obs.:
1) Quando a profundidade da camada de fumaça for menor que 0,2 H, o dimensionamento obtido pela Equação 8 não
prevê uma estimativa que se pode confiar;
2) Entretanto, o resultado indica que o átrio terá um acumulo de fumaça significativo;

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 7 – Átrios 401

3) O fato da camada de fumaça descer até o nível do piso não indica necessariamente condição de perigo;
4) Pode-se afirmar que a interface da camada de fumaça é definida quão antecipadamente será detectada a presença de
fumaça.
b. Em uma segunda tentativa com t = 120 s, decorrente da previsão de detector linear, temos:
z = {1,1 – 0,28 ln [(tQ1/3/H4/3)/(A/H2)]} H
z = {1,1 – 0, 28 ln [(120 x 52751/3 / 36,54/3) / (30,5 x 61 / 36,52)]} x 36,5 = 14,82 m
Obs.:
1) A comparação dos vários cálculos no exemplo acima demonstra a diferença quando da aplicação de detectores distintos;
2) Esta substituição de tipo de detector é valida para antecipar a detecção do incêndio e, consequentemente, se prever uma
interface da camada de fumaça em uma posição mais elevada e que atenda as expectativas do projeto de controle de
fumaça.
5. 4° passo: Determinação da taxa de exaustão de fumaça, prevendo-se uma altura de 1,52 m, acima do piso do último
pavimento (nono pavimento), e considerando o fogo localizado no centro do piso térreo do átrio (coluna de fumaça
assimétrica).
a. com a localização do fogo no centro do átrio, é esperada a formação de uma camada de fumaça assimétrica, sendo
assim, deve-se primeiro utilizar a Equação 12, a fim de determinar a altura da chama:
Z1 = 0,166 Qc2/5
Onde:
z1= limite de elevação da chama (m)
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (Kw)
Z1 = 0,166 (5.275 x 0,7)2/5
Z1 = 4,45 m
b. com a interface da camada de fumaça sendo projetada com a altura de 26 m acima do nível do piso térreo do átrio, e com
a altura da chama dimensionada em 4,45 m, pode-se determinar a taxa de produção de fumaça dentro da camada de
fumaça (Equação 13):
Equação 13
m = 0,071 Qc1/3 z5/3 + 0,0018 Qc (z > z1)
Onde:
m = vazão mássica da colina de fumaça para a altura z (Kg/s)
z = altura acima do combustível (m)
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor, estimada em 70% da taxa de liberação de calor (Q) (Kw)
m = 0,071 (5.275 x 0,7)1/3 x (26)5/3 + 0,0018 (3692,5)
m = 257,06 Kg/s
c. se a taxa de extração de for igual à taxa de produção de fumaça, a profundidade de camada de fumaça será estabilizada
em uma altura predeterminada no projeto de controle de fumaça. Desse modo, convertendo a taxa de vazão de massa
para um taxa de vazão volumétrica usando Equação 15, temos:
ρ
V = m/ρ
Onde:
ρ = densidade da fumaça (Kg/m³)
m = taxa de vazão de massa da coluna de fumaça para a altura z (Kg/s);
Para o exemplo:
ρ = 1,2 Kg/m³
m = 257,06 Kg/s
V = 257,06/1,2
V = 214,21 m³/s
6. 5° passo: Verificação se a coluna de fumaça entrará em contato com as paredes, com o projeto de controle de fumaça
fixando a camada de fumaça em 1,52 m acima do teto do nono pavimento. Utilizando a Equação 22, temos:
d = 0.5 z
Onde:
d = diâmetro do plume de fumaça (m)
z = altura da camada de fumaça (ft) = 26 m
d = 0,5 (26)
d = 13 m
Obs.:
Como as dimensões do átrio horizontalmente são 30,5 m e 61 m, com o dado acima se constata que a coluna de fumaça tem um
diâmetro menor (13 m), portanto não entra em contato com as paredes do átrio, antes de alcançar a interface da camada de
fumaça prevista em projeto.

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402 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

7. 6° passo: Determinação da temperatura da camada de fumaça depois da atuação do sistema de exaustão, visando
estudar se a coluna de fumaça terá alterações.
a. Aplicando-se as fórmulas contidas na Tabela 14:
ΔT = [60(I-x1)Qc]/(ρ
ρ 0cpV)
Onde:
ΔT = temperatura da camada de fumaça
I = intensidade da luz na fumaça
x1 = fator de perda de calor total da camada de fumaça aos limites do átrio, valor máximo de 1, aumento máximo de
temperatura ocorrerá se X1= 0
Qc = porção convectiva da taxa de liberação de calor (btu/s).
ρ 0 = densidade do ar ambiente (lb/ft3)
Cp = calor específico do ar-ambiente
V = taxa de vazão volumétrica (ft3/s)
Para a equação temos:
1 = intensidade da luz na fumaça = 2 v.i.
x1 = 1
Qc = 3500 btu/s
ρ 0 = 0,075 lb/ft3
cp = 0,24 btu/lb-ºF
V = 60 x 7521 ft3/s
ΔT = 60 (2-1) 3500/ 0,075 x 0,24 x 60 x 7521 = 25,85ºF
ΔT = 32ºC
8. 7° passo: Determinação do fluxo de ar oposto
a. o fogo localizado no espaço adjacente ao átrio, com a determinação do fluxo de ar oposto (invertido) para manter a
fumaça neste espaço adjacente:
1) As aberturas no átrio são de 3,04 m (largura) x 1,82 m (altura);
2) A temperatura da chama é de 537ºC;
3) Utilizando a Equação 23, temos:
v = 0,64 [gH (Tf - T0)/(Tf)]1/2
Onde:
v = velocidade do ar (m/s);
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s2);
H = altura da abertura (m);
Tf = temperatura da fumaça quente (ºC);
T0 = temperatura do ar ambiente (ºC).
Para o caso, temos:
H = 1,82 m
Tf = 537(ºC);
T0 = 21 (ºC);
V = 0,64 [9,8 x 1,82 x (537 - 21)/(537)]1/2
V = 2,64 m/s.
para um fogo no átrio, determine o fluxo de ar oposto requerido para restringir que a fumaça propague para as áreas
adjacentes.
Baseado na Equação 24, temos:
Ve = 0,057 [Q/z]1/3
Onde:
ve = velocidade do ar (m/s)
Q = taxa de liberação de calor (Kw)
z = distância acima da base do fogo à abertura (m).
Para o exemplo:
Q = 5275 KW
z = 27,45 m
Ve = 0,057 [Q/z]1/3 = 0,057 [5275/ 27,45]1/3
Ve = 0,33 m/s

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 8 – Aspectos de segurança 403

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

Controle de fumaça
Parte 8 – Aspectos de segurança

SUMÁRIO
18 Aspectos de segurança do projeto de sistema de controle de fumaça

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404 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 8 – Aspectos de segurança 405

18 ASPECTOS DE SEGURANÇA DO PROJETO DE 18.2.2 Sistema de renovação do ar


SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA
18.2.2.1 Os sistemas de ar-condicionado podem ser adapta-
18.1.1 Quanto à falha na análise dos para funcionar na admissão de ar externo, desde que as
grelhas estejam posicionadas corretamente e possuam ca-
18.1.1.1 Todo sistema de controle de fumaça deve ser sub-
pacidade e permitam velocidades apropriadas.
metido a uma simulação de falha de análise, para determinar
o impacto de erros de projeto, operação indevida do sistema 18.2.2.2 Neste caso, estes sistemas devem prevenir a admis-
ou operação parcial de cada componente principal do são de ar, até que o fluxo de exaustão tenha sido estabiliza-
sistema. do, visando a evitar a entrada de ar não controlada na área
de fogo.
18.1.1.2 Particularmente merecem atenção os sistemas que
tem por objetivo manter uma pressão ou o equilíbrio entre 18.2.2.3 Quanto à utilização na exaustão de fumaça, geral-
áreas adjacentes, visando a controlar o movimento da fuma- mente os sistemas de ar-condicionado não têm a capacidade
ça para o átrio. para este fim, decorrente de não possuírem grelhas para
exaustão, localizadas nos locais apropriados para uma efi-
18.1.1.3 Deve ser previsto que a falha na operação de um
ciente exaustão.
determinado componente poderá causar a reversão do fluxo
de fumaça e a queda da camada de fumaça a níveis 18.2.2.4 Caso o sistema de ar-condicionado não integrar o
perigosos. sistema de controle de fumaça, cuidados especiais devem
ser observado para que:
18.1.1.4 Deve ainda ser verificado, quando da ocorrência de
uma falha, o grau em que as operações de controle de fuma- a. o sistema de ar-condicionado seja desligado imedia-
ça serão reduzidas e a probabilidade de se determinar estas tamente quando da ocorrência do incêndio;
falhas durante a operação do sistema. b. sejam previstos meios internos aos dutos, a fim de se
evitar a propagação de fumaça e gases nocivos a ou-
18.1.2 Quanto à confiabilidade
tros para áreas adjacentes e pisos superiores ao local
18.1.2.1 A confiabilidade no sistema de controle de fumaça sinistrado.
depende de seus componentes individuais, da dependência
18.2.3 Sistemas de controle
funcional entre estes, bem como no grau de redundância pre-
visto. 18.2.3.1 A simplicidade deve ser o objetivo do gerenciamento
do sistema de controle de fumaça.
18.1.2.2 Uma avaliação deve ser elaborada para cada com-
ponente do sistema e/ou o seu conjunto, a fim de verificar se o 18.2.3.2 Sistemas complexos devem ser evitados, pois:
sistema não sofre uma pane quando submetido a um incêndio. a. tendem a ser confusos;
18.1.2.3 Desta forma, além da previsão de uma manutenção b. podem não ser instalados corretamente;
constante e de testes de funcionamento do sistema, torna-se c. podem não permitir testes apropriados;
necessária uma análise total sobre a sua confiabilidade.
d. geralmente não se refletem na realidade em caso de
18.1.2.4 A supervisão dos componentes aumenta a um incêndio.
confiabilidade no sistema, pode ser obtida por meio das indi-
18.2.4 Coordenação
cações audiovisuais da ocorrência de uma falha, que possi-
bilita a rápida solução do problema. 18.2.4.1 O sistema de gerenciamento deve coordenar com-
pletamente o sistema de controle de fumaça.
18.1.3 Quanto aos testes periódicos
18.2.4.2 Devem gerenciar a sinalização de todos os siste-
18.1.3.1 Devem ser criados alguns meios para testar periodi- mas que interferem ou contribuem com o sistema de controle
camente o sistema, a fim de se verificar, e confiar, na de fumaça (sistema de chuveiros automáticos, sistema de ar-
performance e funcionamento correto do sistema de controle condicionado, sistema de detecção etc.).
de fumaça.
18.2.5 Tempo de resposta
18.1.3.2 Esses meios de teste não devem ser obtidos por 18.2.5.1 A ativação do sistema de controle de fumaça deve
equipamentos especiais, mas baseado nos próprios equipa- se iniciar imediatamente após receber o comando/aviso de
mentos constituintes do próprio sistema. ativação.
18.2 Equipamentos e controle 18.2.5.2 O gerenciamento deve ativar todos os componentes
que compõe o sistema de controle de fumaça na sequência
18.2.1 Informações gerais necessária e projetada para um perfeito funcionamento.
18.2.1.1 A dinâmica, flutuação, coluna e estratificação da fu- 18.2.5.3 Cuidados especiais devem ser observados quando
maça, juntamente com a largura e altura dos átrios, devem ser do desligamento do sistema de controle de fumaça, a fim de
consideradas na escolha do sistema de controle de fumaça. evitar danos.
18.2.1.2 Cuidados especiais devem ser adotados para 18.2.5.4 O tempo total de resposta, incluindo aquele neces-
edificações que tenham temperaturas internas elevadas, de- sário para a detecção, parada de operação do sistema de ar
correntes da capacidade dos elementos construtivos de fe- condicionado (quando houver) e entrada em operação do
chamento lateral e cobertura do átrio suportarem este acrés- sistema de controle de fumaça, devem ser projetados para
cimo de temperatura. que o ambiente interno da edificação não se torne perigosos.

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406 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

18.2.6 Instrumentalização e supervisão dos sistemas de menda-se que o procedimento seja feito sob a supervisão do
controle de fumaça agente fiscalizador do empreendimento, ou do projetista da
instalação que poderá ser contratado para esta finalidade.
18.2.6.1 Cada componente ou parte do sistema precisa de
meios para assegurar que entre em operação quando ne- 18.2.11.3 Antes do teste, o responsável técnico por ele deve
cessário. verificar a integridade da edificação, incluindo os seguintes
aspectos arquitetônicos:
18.2.6.2 Os meios podem variar de acordo com a complexi-
dade do sistema. a. integridade de qualquer parte, andar ou outra obstru-
ção que resista à passagem da fumaça;
18.2.6.3 As seguintes confirmações devem ser observadas:
b. o projeto de fogo esperado (caso seja dimensionado);
a. acionamento de ventiladores e insufladores de ar ex-
c. o perfeito fechamento de portas e elementos de cons-
terno;
trução considerados no projeto de controle de fumaça;
b. ativação de exaustores por meio de pressão do duto;
d. a rapidez, volume, sensibilidade, calibragem, voltagem
c. ativação de insufladores de ar; e amperagem.
d. problemas de energia ou controle dos sistemas de ins-
18.2.11.4 Os resultados dos testes devem ser documenta-
talação elétrica;
dos por escrito.
e. obstruções ao fluxo de ar e extração de fumaça;
18.2.11.5 O teste deve incluir os seguintes subsistemas,
f. falha geral no sistema;
uma vez que podem afetar ou ser afetados pela operação do
g. outras essenciais ao bom funcionamento do sistema. sistema de gerenciamento de fumaça:
a. sinalização de detecção do incêndio;
18.2.7 Acionamento manual
b. sistema de gerenciamento de energia;
18.2.7.1 O acionamento manual de todos os sistemas deve
c. equipamento de ar-condicionado;
estar localizado numa área central.
d. sistema de controle de temperatura;
18.2.7.2 Tais controles devem estar aptos a superar quais-
e. fontes de energia;
quer falhas de acionamento automático.
f. interrupção de energia;
18.2.8 Fornecimento elétrico g. sistemas automáticos de supressão;
18.2.8.1 Instalações elétricas devem atender aos requisitos h. operação automática de portas e fechamentos;
das normas técnicas oficiais. i. outros sistemas que interferem no sistema de controle
18.2.8.2 Essas instalações devem estar localizadas em áre- de fumaça.
as que não serão afetadas pelo incêndio.
18.2.12 Testes de aceitação
18.2.9 Materiais 18.2.12.1 O teste de aceitação deve confirmar que as instala-
ções finais dos equipamentos/subsistemas que integram o
18.2.9.1 Materiais e equipamentos utilizados para o controle
sistema de controle de fumaça estão de acordo com o projeto
de sistemas de fumaça devem ser apropriados ao fim a que
e funcionamento apropriadamente.
se destinam.
18.2.12.2 Todas as documentações dos testes dos compo-
18.2.10 Testes nentes do sistema devem estar disponíveis para inspeção.
18.2.10.1 O sistema de controle de fumaça e seus e 18.2.12.3 Os seguintes parâmetros precisam ser mensurados
subsistemas, devem ser testado nos critérios especificados durante a aceitação do teste:
em projeto. a. taxa volumétrica de todas as grelhas de extração de
fumaça e introdução de ar, considerando o isolamento
18.2.10.2 Os procedimentos de teste são divididos em três
de cada setor previsto na divisão de zonas de atuação
categorias:
do sistema;
a. testes dos componentes do sistema; b. direção do fluxo de ar;
b. testes de aceitação; c. enclausuramento de abertura das portas (quando cons-
c. testes periódicos e de manutenção. tantes do projeto);
d. diferenciais de pressão;
18.2.11 Testes dos componentes do sistema
e. temperatura ambiente.
18.2.11.1 Os objetivos dos testes dos componentes do siste- 18.2.12.4 Antes de iniciar o teste de aceitação, todo o equi-
ma são de estabelecer que a instalação final satisfaça os pamento da edificação deve ser colocado em funcionamen-
requisitos do projeto, funcione corretamente e esteja pronta to, incluindo os equipamentos que não são utilizados no sis-
para os testes de aceitação. tema de controle de fumaça, mas que podem influenciar em
18.2.11.2 Os testes devem ser feitos por profissional ou enti- seu desempenho, tais como a exaustão nos banheiros, ele-
dade de reconhecida especialização, de preferência sem vín- vadores, casa de máquinas e outros sistemas similares.
culo de qualquer espécie com a firma que executou instala- 18.2.12.5 A velocidade do vento, direção e temperatura ex-
ção. Quando os testes forem feitos pela firma instaladora, reco- terna devem ser registradas para cada dia de teste.

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Instrução Técnica nº 15/2011 - Controle de fumaça – Parte 8 – Aspectos de segurança 407

18.2.12.6 O sistema alternativo de energia da edificação tiladores, obturadores e controles dos diversos componentes
também deve ser testado. do sistema.
18.2.12.7 O teste de aceitação deve demonstrar de que os 18.2.16.2 Os equipamentos que compõem o sistema de con-
resultados esperados em projeto estão sendo obtidos. trole de fumaça devem ser mantidos de acordo com as reco-
mendações dos fabricantes.
18.2.12.8 Os testes com bombas de fumaça não fornecerão
calor e flutuação da fumaça como um fogo real, e não se 18.2.16.3 Os testes periódicos devem verificar se o sistema
prestam para avaliar o real desempenho do sistema. instalado continua a operar de acordo com o projeto aprovado.
18.2.12.9 Mediante conclusão dos testes de aceitação, uma 18.2.16.4 A frequência de teste deve ser semestral e realiza-
cópia de todos os documentos de teste operacionais deve da por profissionais que possuam conhecimento da opera-
ser entregue ao proprietário e estar disponível na edificação. ção, funcionamento do teste e manutenção dos sistemas, com
Anotação de Responsabilidade Técnica para que a devida
18.2.13 Manuais e instruções atribuição seja registrada junto ao CREA.
18.2.13.1 As informações visando à operação básica e ma- 18.2.16.5 Os resultados dos testes devem ser registrados.
nutenção do sistema devem ser fornecidas ao proprietário.
18.2.16.6 Para este teste, o sistema de controle de fumaça
deverá ser operado na sequência especificada em projeto.
18.2.14 Testes para obtenção do AVCB
18.2.14.1 Um teste geral de funcionamento deve ser execu- 18.3 Outros métodos de dimensionamento
tado, quando da vistoria para obtenção do AVCB.
18.3.1 Os objetivos da proteção por controle de fumaça con-
tidos nesta instrução podem encontrar uma variedade de
18.2.15 Modificações
metodologias de dimensionamento.
18.2.15.1 Caso ocorra mudança na edificação, um novo pro-
18.3.2 Esses métodos podem ser aceitos, desde que basea-
jeto de controle de fumaça deve ser elaborado e, após sua
dos em normas de renomada aceitação, previamente sub-
implantação, ser realizados todos os testes descritos acima.
metidas à aprovação do Corpo de Bombeiros por meio de
Comissão Técnica.
18.2.16 Testes periódicos
18.2.16.1 Uma manutenção deve incluir testes periódicos de
todos os equipamentos, como sistema de acionamento, ven-

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408 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 16/2011 - Plano de emergência contra incêndio 409

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 16/2011

Plano de emergência contra incêndio

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Fluxograma de procedimentos de emergência contra


incêndio
2 Aplicação
B Modelo de Plano de emergência contra incêndio
3 Referências normativas e bibliográficas
C Exemplo de Plano de emergência contra incêndio
4 Definições
D Planilha de informações operacionais
5 Plano de emergência contra incêndio
E Modelo de Planta de risco de incêndio
6 Procedimentos para vistoria do CB

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410 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 16/2011 - Plano de emergência contra incêndio 411

1 OBJETIVO riscos de incêndio, buscando identificá-los, relacioná-los e


1.1 Estabelecer os requisitos para a elaboração, manuten- representá-los em Planta de risco de incêndio.
ção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, 5.1.2 Conforme o nível dos riscos de incêndio existentes, o
visando proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio, bem levantamento prévio e o plano de emergência devem ser ela-
como viabilizar a continuidade dos negócios. borados por engenheiros, técnicos ou especialistas em
1.2 Fornecer informações operacionais das edificações ou gerenciamento de emergências.
áreas de risco ao Corpo de Bombeiros para otimizar o atendi-
5.1.3 O profissional habilitado deve realizar uma análise dos
mento de ocorrências.
riscos da edificação com o objetivo de minimizar e/ou elimi-
1.3 Padronizar e alocar as plantas de risco de incêndio nas nar todos os riscos existentes, recomendando-se a utilização
edificações para facilitar o atendimento operacional prestado de métodos consagrados tais como: “What if”, “Check list”,
pelo Corpo de Bombeiros. HAZOP, Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de Falhas.

2 APLICAÇÃO 5.1.4 O Plano de emergência contra incêndio deve contem-


plar, no mínimo, as informações detalhadas da edificação e os
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações e
procedimentos básicos de emergência em caso de incêndio.
áreas de risco onde se exige o Plano de Emergência contra
Incêndio, de acordo com o Decreto Estadual nº56.819/11 - 5.1.5 As informações da edificação devem contemplar os
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações seguintes aspectos: (ver anexos B e C).
e áreas de risco do Estado de São Paulo. 5.1.5.1 Localização (urbana, rural, características da vizinhan-
2.2 Aplica-se ainda a outras edificações que, por suas carac- ça, distâncias de outras edificações e/ou riscos, distância da
terísticas construtivas, localização ou tipo de ocupação, ne- unidade do Corpo de Bombeiros, existência de Plano de
cessitem do fornecimento de informações operacionais e da Auxílio Mútuo-PAM etc);
planta de risco para as ações das equipes de emergência 5.1.5.2 Construção (alvenaria, concreto, metálica, madeira etc);
(públicas ou privadas), conforme solicitação do Corpo de
5.1.5.3 Ocupação (industrial, comercial, residencial, escolar etc);
Bombeiros.
5.1.5.4 População total e por setor, área e andar (fixa,
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS flutuante, características, cultura etc);
NBR 15219 - Plano de emergência contra incêndio – Re- 5.1.5.5 Característica de funcionamento (horários e turnos
quisitos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas de trabalho e os dias e horários fora do expediente);
Técnicas. 5.1.5.6 Pessoas portadoras de necessidades especiais;
FUNDACENTRO, “Introdução à Engenharia de Segurança 5.1.5.7 Riscos específicos inerentes à atividade;
de Sistemas”, 4 ed.. São Paulo: Fundação, 1994. 5.1.5.8 Recursos humanos (brigada de incêndio, brigada
FireEx Internacional de Proteção Industrial Ltda, “Introdução profissionais, grupos de apoio etc) e materiais existentes
à Análise de Risco – sistemática e métodos”, 1ª edição, 1997. (saídas de emergência, sistema de hidrantes, chuveiros
IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, “Ma- automáticos, sistema de detecção de incêndio, sistema de
nual de Regulamentação de Segurança contra Incêndios”, espuma mecânica e de resfriamento, escadas pressurizadas,
1992. grupo motogerador etc).
NFPA 1620. “Recommended Practice for Pre-incident 5.1.6 Os procedimentos básicos de emergência em caso de
Planning”. Quincy: National Fire Protection Association, 1998. incêndio devem contemplar os seguintes aspectos: (ver
NFPA. “Handbook of Fire Protection”. 18 ed. Quincy: National anexo A).
Fire Protection Association, 1998. 5.1.6.1 Alerta: identificada uma situação de emergência, qual-
SELLIE, Gerald. “Seminário sobre a Intervenção dos Bombei- quer pessoa pode, pelos meios de comunicação disponíveis
ros no Meio Industrial”. São Paulo: Fire-Ex Internacional de ou sistema de alarme, alertar os ocupantes, os brigadistas, os
Proteção Industrial Ltda., 1997. bombeiros profissionais civis e o apoio externo. Este alerta
SEITO, Alexandre Itiu et al, “A Segurança Contra Incêndio no pode ser executado automaticamente em edificações que
Brasil”. São Paulo: Projeto Editora, 2008. possuem sistema de detecção de incêndio.
SFPE, “The SFPE Handbook of Fire Protection Engineering”, 5.1.6.2 Análise da situação: após o alerta, deve ser analisa-
2 ed. Quincy: National Fire Protection Association. da a situação, desde o início até o final da emergência, e
desencadeados os procedimentos necessários, que podem
4 DEFINIÇÕES ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo
com os recursos materiais e humanos, disponíveis no local.
Para efeito desta Instrução Técnica aplicam-se as definições
5.1.6.3 Apoio externo: o Corpo de Bombeiros e/ou outros
constantes da IT 03/11 – Terminologia de segurança contra
órgãos locais devem ser acionados de imediato, preferen-
incêndio.
cialmente por um brigadista, que deve informar:
a. nome do solicitante e o número do telefone utilizado;
5 PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO
b. endereço completo, pontos de referência e/ou aces-
5.1 Elaboração do Plano de emergência contra incêndio sos;
5.1.1 Para a elaboração de um Plano de emergência contra c. características da emergência, local ou pavimento e
incêndio é necessário realizar uma análise preliminar dos eventuais vítimas e suas condições.

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412 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.1.6.4 Primeiros socorros: prestar os primeiros socorros às d. atuação dos profissionais envolvidos;
possíveis vítimas, mantendo ou estabelecendo suas funções e. comportamento da população;
vitais (SBV – suporte básico da vida, RCP – reanimação cardio-
f. participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto
pulmonar etc.), até que se obtenha o socorro especializado.
para a sua chegada;
5.1.6.5 Eliminar os riscos: por meio do corte das fontes de
g. ajuda externa (por exemplo: PAM – Plano de Auxílio
energia (elétrica etc.) e do fechamento das válvulas das tubu-
Mútuo etc.);
lações (GLP, oxiacetileno, gases, produtos perigosos etc), quan-
do possível e necessário, da área sinistrada atingida ou geral. h. falha de equipamentos;
5.1.6.6 Abandono de área: proceder ao abandono da área i. falhas operacionais;
parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação j. demais problemas levantados na reunião.
preestabelecida, conduzindo a população fixa e flutuante para
o ponto de encontro, ali permanecendo até a definição final 5.4 Manutenção do plano de emergência contra incêndio
da emergência. O plano deve contemplar ações de abando-
5.4.1 Devem ser realizadas reuniões periódicas com o
no para portadores de deficiência física permanente ou tem-
coordenador geral da brigada de incêndio, chefes e líderes
porária, bem como as pessoas que necessitem de auxílio
de brigada de incêndio, um representante dos brigadistas
(idosos, gestantes etc).
profissionais (se houver) e um representante do grupo de
5.1.6.7 Isolamento da área: isolar fisicamente a área sinis- apoio, com registro em ata e envio às áreas competentes
trada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar para as providências pertinentes.
que pessoas não autorizadas adentrem ao local.
5.4.2 Nas reuniões periódicas devem ser discutidos os se-
5.1.6.8 Confinamento do incêndio: confinar o incêndio de
guintes itens:
modo a evitar a sua propagação e consequências.
a. calendário dos exercícios de abandono;
5.1.6.9 Combate ao incêndio: proceder ao combate, quando
possível, até a extinção do incêndio, restabelecendo a b. funções de cada pessoa dentro do plano de emergên-
normalidade. cia contra incêndio;
5.1.6.10 Investigação: levantar as possíveis causas do sinis- c. condições de uso dos equipamentos de combate a
tro e os demais procedimentos adotados, com o objetivo de incêndio;
propor medidas preventivas e corretivas para evitar a sua d. apresentação dos problemas relacionados à preven-
repetição. ção de incêndios, encontrados nas inspeções, para
que sejam feitas propostas corretivas;
5.1.7 Deve ser prevista a interface do Plano de Emergência
e. atualização de técnicas e táticas de combate a incên-
contra incêndio com outros planos da edificação ou área de
dio;
risco (produtos perigosos, explosões, inundações, pânico etc).
f. outros assuntos.
5.2 Divulgação e treinamento do plano de emergência 5.4.3 Devem ser realizadas reuniões extraordinárias para
contra incêndio análise de situação sempre que:
5.2.1 O Plano de Emergência contra Incêndio deve ser a. ocorrer um sinistro;
amplamente divulgado aos ocupantes da edificação, de b. for identificado um perigo iminente;
forma a garantir que todos tenham conhecimento dos proce- c. ocorrer uma alteração significativa dos processos
dimentos a serem executados em caso de emergência. industriais ou de serviços, de área ou de leiaute;
5.2.2 Sugere-se que os visitantes sejam informados sobre o d. houver a previsão e execução de serviços que pos-
Plano de Emergência contra Incêndio da edificação por meio sam gerar algum risco.
de panfletos, vídeos e/ou palestras.
5.5 Revisão do Plano de emergência contra incêndio
5.2.3 O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte
dos treinamentos de formação, treinamentos periódicos e 5.5.1 O Plano de emergência contra incêndio deve ser
reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndio, revisado por profissional habilitado sempre que:
dos brigadistas profissionais, do grupo de apoio etc. a. ocorrer uma alteração significativa nos processos in-
dustriais, processos de serviços, de área ou leiaute;
5.3 Exercícios simulados b. for constatada a possibilidade de melhoria do plano;
5.3.1 Devem ser realizados exercícios simulados de aban- c. completar 12 meses da última revisão.
dono de área, parciais e completos, na edificação, com a
participação de todos os ocupantes, sendo recomendada uma 5.5.2 As alterações significativas nos processos industriais,
periodicidade máxima de um ano para simulados completos. processos de serviços, de área ou leiaute, devem ser acom-
panhadas de uma avaliação por um profissional habilitado,
5.3.2 Imediatamente após o simulado, deve ser realizada preferencialmente aquele que elaborou o plano de emergên-
uma reunião extraordinária para avaliação e correção das cia contra incêndio, a fim de que avalie e efetue as eventuais
falhas ocorridas, com a elaboração de ata na qual constem: alterações necessárias.
a. data e horário do evento;
5.5.3 As avaliações do plano devem contar com a colabora-
b. tempo gasto no abandono; ção do coordenador geral da brigada de incêndio, líderes da
c. tempo gasto no retorno; brigada de incêndio, um representante dos brigadistas

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Instrução Técnica nº 16/2011 - Plano de emergência contra incêndio 413

profissionais (se houver na edificação), um representante do para Centro de Operações e para o PB responsável pelo
grupo de apoio e os profissionais responsáveis pelas altera- atendimento daquela localidade.
ções significativas nos processos industriais, processos de 6.1.3.6 Com a informatização do serviço de segurança con-
serviços, de área ou de leiaute. tra incêndio, a referida planilha pode ser disponibilizada para
preenchimento e envio diretamente pela página do Corpo de
5.6 Auditoria do plano Bombeiros, na rede de alcance mundial.
Um profissional habilitado deve realizar uma auditoria do plano
a cada 12 meses, preferencialmente antes de sua revisão. 6.1.4 Planta de risco de incêndio
Nesta auditoria deve-se avaliar se o plano está sendo cum- 6.1.4.1 A Planta de risco de incêndio visa facilitar o reconhe-
prido em conformidade com esta IT, bem como verificar se os cimento do local por parte das equipes de emergência e dos
riscos encontrados na análise elaborada pelo profissional ocupantes da edificação e área de risco.
habilitado, foram minimizados ou eliminados. 6.1.4.2 Planta de risco de incêndio deve fornecer as seguin-
tes informações:
6 PROCEDIMENTOS PARA VISTORIA DO CB a. principais riscos (explosão e incêndio);
6.1.1 O Plano de emergência contra incêndio não deve ser b. paredes e portas corta-fogo;
exigido por ocasião da análise ou vistoria, para fins de emis- c. hidrantes externos;
são do AVCB, sendo obrigatório apenas a Planilha de infor- d. número de pavimentos;
mações operacionais e a Planta de risco de incêndio, nos
e. registro de recalque;
termos dos itens 6.1.3. e 6.1.4.
f. reserva de incêndio;
6.1.2 Entretanto, uma cópia do Plano de emergência contra g. local de manuseio e/ou armazenamento de produtos
incêndio deve estar disponível para consulta em local de per- perigosos;
manência humana constante (portaria, sala de segurança etc),
h. vias de acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros;
podendo ser requisitada pelo Corpo de Bombeiros na visto-
ria, em treinamento ou em situações de emergência. i. hidrantes urbanos próximos da edificação;
j. localização das saídas de emergência.
6.1.3 Planilha de informações operacionais
6.1.4.3 A planta de risco de incêndio deve ser elaborada em
6.1.3.1 A Planilha de informações operacionais constitui no
formato A2, A3 ou A4, preferencialmente em escala padroni-
resumo de dados sobre a edificação, sua ocupação e deta-
zada, conforme modelo em anexo.
lhes úteis para o pronto atendimento operacional do Corpo
de Bombeiros. 6.1.4.4 A planta de risco de incêndio deve permanecer afixa-
6.1.3.2 As informações operacionais devem ser fornecidas por da na entrada da edificação, portaria ou recepção, nos pavi-
meio do preenchimento de planilha, constante do “anexo D”. mentos de descarga e junto ao “hall” dos demais pavimentos,
de forma que seja visualizado por ocupantes da edificação e
6.1.3.3 A Planilha de informações operacionais deve ser
equipes do Corpo de Bombeiros, em caso de emergências.
apresentada por ocasião do pedido de vistoria a ser realiza-
da na edificação ou área de risco. 6.1.4.5 A Planta de risco de incêndio deve ser conferida pelo
6.1.3.4 Quando da alteração dos dados ou dos riscos exis- vistoriador a partir da primeira vistoria em que a edificação ou
tentes na edificação, deve ser feita a atualização da Planilha área de risco estiver ocupada.
de informações operacionais. 6.1.4.6 Por ocasião da alteração dos riscos existentes na
6.1.3.5 O Serviço de segurança contra incêndio deve enca- edificação, deve ser feita a substituição da Planta de risco de
minhar uma cópia da Planilha de informações operacionais incêndio.

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414 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Fluxograma de procedimento de emergência contra incêndio

Fonte: NBR 15.219/05, da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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Instrução Técnica nº 16/2011 - Plano de emergência contra incêndio 415

ANEXO B
Modelo de plano de emergência contra incêndio

B.1 Descrição da edificação ou área de risco


B.1.1 Identificação da edificação: identificar o nome da empresa.
B.1.2 Localização: indicar o tipo de localização: se urbana ou rural, endereço, característica da vizinhança, distância do Corpo
de Bombeiros e meios de ajuda externa.
B.1.3 Estrutura: indicar o tipo, por exemplo: de alvenaria, concreto, metálica, madeira etc.
B.1.4 Dimensões: indicar área total construída e de cada uma das edificações, altura de cada edificação, número de andares,
se há subsolos, garagens e outros detalhes.
B.1.5 Ocupação: indicar o tipo de ocupação de acordo com o Regulamento de segurança contra incêndio.
B.1.6 População: indicar a população fixa e flutuante, e suas características, total e por setor, área e andar.
B.1.7 Características de funcionamento: indicar os horários e turnos de trabalho, os dias e horários fora do expediente de
funcionamento e as demais características da planta, departamentos, responsáveis e ramais internos.
B.1.8 Pessoas portadoras de necessidades especiais: indicar o número de pessoas e sua localização na planta.
B.1.9 Riscos específicos inerentes à atividade: detalhar todos os riscos existentes (por exemplo: cabine primária, caldeira,
equipamentos, cabine de pintura etc).
B.1.10 Recursos humanos: indicar o número de membros da Brigada de Incêndio, de Brigadistas Profissionais, de Corpo de
Bombeiros e outros meio de ajuda externa.
B.1.11 Sistemas de Segurança contra Incêndio: indicar os equipamentos e recursos existentes (sistema de hidrantes, chuvei-
ros automáticos, sistema de espuma e resfriamento, reserva técnica de incêndio, reserva de líquido gerador de espuma, grupo
motogerador etc).
B.1.12 Rotas de fuga: indicar as rotas de fuga e os pontos de encontro, mantendo-os sinalizados e desobstruídos.

B.2 Procedimentos básicos de emergência contra incêndio


Os procedimentos descritos em B.2.1 a B.2.10 estão relacionados numa ordem lógica e devem ser executados conforme a
disponibilidade do pessoal e com prioridade ao atendimento de vítimas.
B.2.1 Alerta: deve contemplar como deve ser dado o alerta em caso de incêndio (por exemplo: através de alarme, telefone ou
outro meio), especificar órgão e telefones de quem devem ser avisados e como os membros da Brigada e a população em geral
devem ser avisados sobre o alerta.
B.2.2 Análise da situação: deve identificar quem vai realizar a análise da situação, qual a responsabilidade desta pessoa, a
quem ela vai informar caso seja confirmada a emergência e demais providências necessárias.
B.2.3 Apoio externo: deve identificar quem é a pessoa responsável por acionar o Corpo de Bombeiros ou outro meio de ajuda
externa. Deve estar claro que esta pessoa deve fornecer, no mínimo, as seguintes informações:
a. nome e número do telefone utilizado;
b. endereço da planta (completo);
c. pontos de referência;
d. características do incêndio;
e. quantidade e estado das eventuais vítimas.
Uma pessoa, preferencialmente um brigadista, deve orientar o Corpo de Bombeiros ou o meio de ajuda externa quando da sua
chegada, sobre as condições e acessos, e apresentá-los ao Chefe da Brigada.
B.2.4 Primeiros socorros e hospitais próximos: deve indicar quem são as pessoas habilitadas para prestar os primeiros
socorros às eventuais vítimas e os hospitais próximos.
B.2.5 Eliminar riscos: deve indicar quem é a pessoa responsável pelo corte da energia elétrica (parcial ou total) e pelo
fechamento das válvulas das tubulações, se necessário.
B.2.6 Abandono de área: deve indicar a metodologia a ser usada, caso seja necessário abandonar o prédio e as pessoas
responsáveis por este processo.

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416 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

B.2.7 Isolamento de área: deve indicar a metodologia a ser usada para isolar as áreas sinistradas e as pessoas responsáveis
por este processo.
B.2.8 Confinamento do incêndio: deve indicar a metodologia a ser usada para evitar a propagação do incêndio e suas
consequências, bem como, as pessoas responsáveis por este processo.
B.2.9 Combate ao incêndio: deve indicar quem vai combater o incêndio e os meios a serem utilizados em seu combate.
B.2.10 Investigação: após o controle total da emergência e a volta à normalidade, o Chefe da Brigada deve iniciar o processo
de investigação e elaborar um relatório, por escrito, sobre o sinistro e as ações de contenção, para as devidas providências e/
ou investigação.
B.3 Responsabilidade pelo plano: o responsável pela empresa (preposto) e o responsável pela elaboração do Plano de
Emergência contra Incêndio devem assinar o plano.

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Instrução Técnica nº 16/2011 - Plano de emergência contra incêndio 417

ANEXO C
Exemplo de plano de emergência contra incêndio

C.1 Descrição da edificação ou área de risco


C.1.1 Identificação da edificação: condomínio comercial São Paulo.
C.1.2 Localização: urbana.
– endereço: Av. Paulista, 10.980 - Centro - São Paulo - SP
– característica da vizinhança: alta concentração de edificações comerciais e residenciais.
– distância do Corpo de Bombeiros: 4 Km.
– meios de ajuda externa: Posto de Bombeiros do Centro a 4 Km (fone 193) e Brigada de Incêndio da empresa Aliada (fone
9999-9999).
C.1.3 Estrutura: concreto armado.
C.1.4 Dimensões: 2 subsolos (garagens), térreo, 15 andares e cobertura com heliponto, com altura total de 48 m (do piso de
entrada até o piso do heliponto) e área construída de 9.500 m2.
C.1.5 Ocupação: escritórios e consultórios médicos.
C.1.6 População: (total e por setor, área, andar)
– fixa: 600 pessoas.
– flutuante: 1.000 pessoas.
C.1.7 Características de funcionamento: horário comercial (das 08:00h às 18:00h). Vendas, encarregado Roberto (Ramal
238), Estoque, encarregado Edson (Ramal 253), Administração, encarregado Luiz (Ramal 287).
C.1.8 Pessoas portadoras de necessidades especiais: 3 pessoas localizadas no térreo, uma (gestante) no 15° andar.
C.1.9 Riscos específicos inerentes à atividade: cabine primária e caldeira elétrica localizadas no 1º subsolo, heliponto na
cobertura e equipamentos de raio-x nos conjuntos 37, 73 e 103.
C.1.10 Recursos humanos:
– brigada de incêndio: 80 membros (40 por turno);
– brigada profissional civil: 01 por turno.
C.1.11 Recursos materiais:
– extintores de incêndio portáteis;
– sistema de hidrantes;
– iluminação de emergência;
– alarme de incêndio manual (central na portaria) e detecção automática somente nos saguões dos elevadores para proteção
da escada;
– escada interna à prova de fumaça (pressurizada), sinalizada e com acionamento pelo alarme de incêndio e detectores
automáticos nas portas corta-fogo das saídas de emergência dos andares, com descarga no andar térreo;
– sistema motogerador existente no subsolo, em sala compartimentada, tipo automático diesel e com autonomia para 6 horas.
Alimenta os seguintes sistemas em caso de falta de energia da concessionária: iluminação de emergência, insufladores da
escada, bombas de incêndio, e portão de veículos.

C.2 Procedimentos básicos de emergência contra incêndio


C.2.1 Alerta: ao ser detectado um princípio de incêndio, o alarme de incêndio manual será acionado por meio de botoeira, tipo
quebra-vidro, localizada em cada andar ao lado da porta de saída de emergência. Deve-se ligar para o Corpo de Bombeiros
(Fone 193).
C.2.2 Análise da situação: após identificação do andar sinistrado (pelo painel da central) localizado na portaria, o alarme deve
ser desligado e o brigadista de plantão no Condomínio deve comparecer ao local para análise final da emergência.
Nota:
Sempre que houver uma suspeita de princípio de incêndio (por calor, cheiro, fumaça ou outros meios), esta deverá ser investigada. Nunca deve
ser subestimada uma suspeita.

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418 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

C.2.3 Apoio externo: um Brigadista deve acionar o Corpo de Bombeiros dando as seguintes informações:
– nome e número do telefone utilizado;
– endereço do Condomínio (completo);
– pontos de referência (esquina com Rua da Paz);
– características do incêndio;
– quantidade e estado das eventuais vítimas;
– quando da existência de vítima grave e o incêndio estiver controlado, deve ser informada a existência do heliponto na
cobertura para eventual resgate por helicóptero.
Nota:
O mesmo brigadista que acionou o Corpo de Bombeiros preferencialmente deve orientá-los quando da sua chegada sobre as condições e
acessos, e apresentá-los ao Chefe da Brigada.

C.2.4 Primeiros socorros e hospitais próximos: os primeiros socorros devem ser prestados às eventuais vítimas, conforme
treinamento específico dado aos brigadistas. Em caso de necessidade encaminhar ao Hospital Santa Catarina, Av Paulista 200.
C.2.5 Eliminar riscos: caso necessário, deve ser providenciado o corte da energia elétrica (parcial ou total) e o fechamento das
válvulas das tubulações. O corte geral deve ser executado pelo pessoal da manutenção, que deve estar à disposição do Chefe
da Brigada.
C.2.6 Abandono de área: caso seja necessário abandonar a edificação, deve ser acionado novamente o alarme de incêndio
para que se inicie o abandono geral. Os ocupantes do andar sinistrado, que já devem estar cientes da emergência, devem ser
os primeiros a descer, em fila e sem tumulto, após o primeiro toque, com um brigadista liderando a fila e outro encerrando a
mesma. Antes do abandono definitivo do pavimento, um ou dois brigadistas devem verificar se não ficaram ocupantes retarda-
tários e providenciar o fechamento de portas e/ou janelas, se possível. Cada pessoa portadora de deficiência física, permanente
ou temporária, deve ser acompanhada por dois brigadistas ou voluntários, previamente designados pelo Chefe da Brigada.
Todos os demais ocupantes de cada pavimento, após soar o primeiro alarme, devem parar o que estiverem fazendo, pegar
apenas seus documentos pessoais e agruparem-se no saguão dos elevadores, organizados em fila direcionada à porta de
saída de emergência. Após o segundo toque do alarme, os ocupantes dos andares devem iniciar a descida, dando preferência
às demais filas, quando cruzarem com as mesmas (como numa rotatória de trânsito), até a saída (andar térreo), onde devem se
deslocar até o ponto de encontro.
C.2.7 Isolamento de área: a área sinistrada deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir os trabalhos de emergência e
evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.
C.2.8 Confinamento do incêndio: o incêndio deve ser confinado de modo a evitar a sua propagação e consequências.
C.2.9 Combate ao incêndio: os demais Brigadistas devem iniciar, se necessário e/ou possível, o combate ao fogo sob comando
de Brigadista Profissional, podendo ser auxiliados por outros ocupantes do andar, desde que devidamente treinados, capaci-
tados e protegidos. O combate ao incêndio deve ser efetuado conforme treinamento específico dado aos Brigadistas.
C.2.10 Investigação: após o controle total da emergência e a volta à normalidade, incluindo a liberação do Condomínio pelas
autoridades, o Chefe da Brigada deve iniciar o processo de investigação e elaborar um relatório, por escrito, sobre o sinistro e
as ações de controle, para as devidas providências e/ou investigação.
São Paulo, 10 de março de 2011.
Responsável pela Empresa
(nome legível, RG e assinatura)

Responsável Técnico
(nome legível, RG e assinatura)

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Instrução Técnica nº 16/2011 - Plano de emergência contra incêndio 419

ANEXO D
Planilha de informações operacionais

1. Informações Gerais: 3. Sistemas de Segurança contra Incêndio instalados e re-


cursos materiais: (Sim ou Não)
1.1 Localização: (Endereço)
________________________________________________________________________________________________ 3.1 Hidrantes: ( )

________________________________________________________________________________________________ 3.2 Chuveiros automáticos: ( )

1.2 Ocupação: 3.3 Gás carbônico (CO2): ( )


________________________________________________________________________________________________ 3.4 Gases especiais: ( )
________________________________________________________________________________________________ 3.5 Sistema de detecção de incêndio ( )

1.3 Área:________________________________________ 3.6 Grupo motogerador: ( )

Nº pavimentos: ________________________________ 3.7 Escada pressurizada: ( )


3.8. Sistema de espuma mecânica: ( )
1.4 Construção:
3.9 Sistema de resfriamento: ( )
1.4.1 Tipo de estrutura (concreto, metálica, madeira ou
mista); 3.10 Reserva de líquido gerador de espuma: ( )

_______________________________________________ 3.11 Bombas de recalque:

1.4.2 Material de acabamento das paredes: VAZÃO: _______ LPM


PRESSÃO: _______ MCA
_______________________________________________
TIPO (elétrica / óleo ou gasolina)
1.4.3 Material de acabamento dos pisos:
_________________________________________________________
_______________________________________________
3.12 Localização do registro de recalque:
1.4.4 Material da cobertura: _________________________________________________________
_______________________________________________ 3.13 Reservatório de água para incêndio:
1.5 População: ________________ LITROS
1.5.1 População flutuante: __________________________ Tipo: _____________ (Subterrâneo/ elevado ou nível do solo)

1.5.2 Número de ocupantes: ________________________


4. Posto de Bombeiros mais próximo:
1.5.3 Localização do(s) ponto(s) de encontro: _________________________________________________________
__________________________________________________
5. Riscos especiais da edificação: (Sim ou Não)
1.6 Características de funcionamento:
Caldeiras: ( )
1.6.1 Número de funcionários: ________________________
Sistema de GLP: ( )
1.6.2 Horário de funcionamento: ______________________ Armazenamento de produtos químicos: ( )
Central de distribuição elétrica: ( )
1.6.3 Vias de acesso e pontos de referência:
____________________________________________________ Produtos radioativos: ( )
Espaços confinados: ( )
1.6.4 Vias de acesso para as viaturas de emergência do Cor-
po de Bombeiros:
_____________________________________________________ 6. Outros riscos específicos inerentes à atividade:
2. Recursos Humanos: _________________________________________________________

2.1 Nº de Brigadistas por turno:_______________________


7. Outras informações úteis para uma intervenção do
Corpo de Bombeiros:
2.2 Nº de Brigadista profissional: _____________________
_________________________________________________________
2.3 Encarregado da Segurança contra Incêndio: _________________________________________________________
____________________________________________________ _________________________________________________________
Telefone/Ramais: ___________________________________ _________________________________________________________
_________________________________________________________ _________________________________________________________

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420 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Modelo de planta de risco de incêndio


ANEXO E

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Anexo D – Planilha de informações operacionais

1. Informações Gerais: 2. Recursos Humanos:

1.1 Localização: (Endereço) 2.1 Nº de Brigadistas por turno:__________

________________________________________________
________________________________________________ 2.2 Nº de Brigadista profissional: _________

1.2 Ocupação:

________________________________________________ 2.3 Encarregado da Segurança contra Incêndio:

________________________________________________ _______________________________________________
1.3 Área:________________________________________
Telefone/Ramais: ________________________________
Nº pavimentos: _______________________________

1.4 Construção: 3. Sistemas de Segurança contra Incêndio instalados e


1.4.1 Tipo de estrutura (concreto, metálica, madeira ou recursos materiais: (Sim ou Não)
mista 3.1 Hidrantes: ( )
_______________________________________________ 3.2 Chuveiros automáticos: ( )
1.4.2 Material de acabamento das paredes: 3.3 Gás carbônico (CO2): ( )
_______________________________________________ 3.4 Gases especiais: ( )
1.4.3 Material de acabamento dos pisos: 3.5 Sistema de detecção de incêndio: ( )
_______________________________________________ 3.6 Grupo motogerador: ( )
1.4.4 Material da cobertura: 3.7 Escada pressurizada: ( )
_______________________________________________ 3.8. Sistema de espuma mecânica: ( )
1.5 População: 3.9 Sistema de resfriamento: ( )
1.5.1 População flutuante: _________________________ 3.10 Reserva de líquido gerador de espuma: ( )

1.5.2 Número de ocupantes: ________________________


3.11 Bombas de recalque:

1.5.3 Localização do (s) Ponto (s) de Encontro: VAZÃO: _______ LPM

PRESSÃO: _______ MCA


_______________________________________________

1.6 Características de funcionamento:


TIPO (elétrica / óleo ou gasolina)
1.6.1 Número de funcionários: __________________
_______________________________________________

1.6.2 Horário de funcionamento: _________________


3.12 Localização do registro de recalque:

_______________________________________________
1.6.3 Vias de acesso e pontos de referência:

________________________________________________
3.13 Reservatório de água para incêndio:
1.6.4 Vias de acesso para as viaturas de emergência do
________________ LITROS
Corpo de Bombeiros:
Tipo: _____________(Subterrâneo/ elevado ou nível do
________________________________________________
solo)
4. Posto de Bombeiros mais próximo:

______________________________________________

5. Riscos especiais da edificação: (Sim ou Não)

Caldeiras: ( )

Sistema de GLP: ( )

Armazenamento de produtos químicos: ( )

Central de distribuição elétrica: ( )

Produtos radioativos: ( )

Espaços confinados: ( )

6. Outros riscos específicos inerentes à atividade:

________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________

7. Outras informações úteis para uma intervenção do


Corpo de Bombeiros:

________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 17/2014

Brigada de incêndio
Parte 1 – Brigada de incêndio

SUMÁRIO

1 Objetivo ANEXO

2 Aplicação A Composição mínima da brigada de incêndio por

3 Referências normativas e bibliográficas pavimento ou compartimento

4 Definições B Formação da brigada de incêndio

5 Procedimentos C Questionário de avaliação de brigadista

D Etapas para implantação da brigada de incêndio

E Exemplos de organogramas de brigadas de incêndio

F Fluxograma de procedimento de emergência da


brigada de incêndio

Atualizada pela Portaria nº CCB 009/600/2014 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 084, de 08 de maio de 2014
1 OBJETIVO 5.1.1 A composição da brigada de incêndio de cada
pavimento, compartimento ou setor é determinada pela
Estabelecer as condições mínimas para a composição,
Tabela A.1, que leva em conta a população fixa, o grau
formação, implantação, treinamento e reciclagem da
de risco e os grupos/divisões de ocupação da planta.
brigada de incêndio e os requisitos mínimos para o
dimensionamento da quantidade de bombeiro civil, para 5.1.2 Quando em uma planta houver mais de um

atuação em edificações e áreas de risco no Estado de São grupo de ocupação, o número de brigadistas deve ser

Paulo, na prevenção e no combate ao princípio de calculado levando-se em conta o grupo de ocupação de

incêndio, abandono de área e primeiros socorros, visando, maior risco. O número de brigadistas só é calculado para

em caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio, cada grupo de ocupação se as unidades forem

reduzir os danos ao meio ambiente, até a chegada do compartimentadas ou se os riscos forem isolados.

socorro especializado, momento em que poderá atuar no 5.1.3 A composição da brigada de incêndio deve levar
apoio. em conta a participação de pessoas de todos os setores.

2 APLICAÇÃO 5.2 Critérios básicos para seleção de candidatos a


Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as brigadista
edificações ou áreas de risco, conforme o Decreto Os candidatos a brigadista devem atender
Estadual nº 56.819/11 - Regulamento de Segurança preferencialmente aos seguintes critérios básicos:
contra Incêndio das edificações e áreas de risco do Estado 5.2.1 Permanecer na edificação durante seu turno de
de São Paulo. trabalho;

5.2.2 Experiência anterior como brigadista;


3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E
5.2.3 Possuir boa condição física e boa saúde;
BIBLIOGRÁFICAS
5.2.4 Possuir bom conhecimento das instalações,
NBR 14023 – Registro de atividades de bombeiros. devendo ser escolhidos preferencialmente os funcionários
NBR 14096 – Viaturas de combate a incêndio. da área de utilidades, elétrica, hidráulica e manutenção
NBR 14276 – Programa de brigada de incêndio. geral;

NBR 14277 – Instalações e equipamentos para 5.2.5 Ter responsabilidade legal;


treinamento de combate a incêndio. 5.2.6 Ser alfabetizado.
NBR 14561 – Veículos para atendimento a emergências NOTA: Caso nenhum candidato atenda aos critérios básicos
médicas e resgate. relacionados, devem ser selecionados aqueles que atendam ao
maior número de requisitos.
NBR 14608 – Bombeiro profissional civil.

NBR 15219 – Plano de emergência contra incêndio –


requisitos. 5.3 Organização da brigada

Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros da 5.3.1 Brigada de incêndio


Polícia Militar do Estado de São Paulo. A brigada de incêndio deve ser organizada
funcionalmente, como segue:
4 DEFINIÇÕES a. brigadistas: membros da brigada que executam as
atribuições previstas em 5.5;
Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as
definições constantes da IT 03 - Terminologia de b. líder: responsável pela coordenação e execução das
Segurança contra Incêndio. ações de emergência de um determinado
setor/pavimento/compartimento. É escolhido dentre
os brigadistas aprovados no processo seletivo;
5 PROCEDIMENTOS
c. chefe da edificação ou do turno: brigadista
5.1 Composição da brigada de incêndio
responsável pela coordenação e execução das ações
de emergência de uma determinada edificação da certificados de brigadista, a critério do profissional
planta. É escolhido dentre os brigadistas aprovados habilitado, definido no item 5.4.5.
no processo seletivo; 5.4.3.1 No caso de alteração de 50% dos membros da
d. coordenador geral: brigadista responsável pela brigada, aos componentes remanescentes, que já tiverem
coordenação e execução das ações de emergência de frequentado a formação, serão facultadas as partes teórica
todas as edificações que compõem uma planta, e prática, desde que o brigadista seja aprovado em pré-
independentemente do número de turnos. É escolhido avaliação com 70% de aproveitamento.
dentre os brigadistas que tenham sido aprovados no 5.4.3.2 A reciclagem da brigada de incêndio deve
processo seletivo, devendo ser uma pessoa com englobar a parte prática, conforme conteúdo
capacidade de liderança, com respaldo da direção da programático previsto na tabela B.1 e carga horária
empresa ou que faça parte dela. Na ausência do prevista na tabela B.2. A parte teórica na reciclagem será
coordenador geral, deve estar previsto no plano de facultada, desde que o brigadista seja aprovado em pré-
emergência da edificação um substituto treinado e avaliação com 70% de aproveitamento.
capacitado, sem que ocorra o acúmulo de funções.
5.4.4 Após a formação ou reciclagem da brigada de
incêndio, o profissional habilitado, conforme item 5.4.5 e
5.3.2 Organograma da brigada de incêndio subitens, deve emitir o respectivo atestado de brigada de

O organograma da brigada de incêndio da planta varia de incêndio, conforme anexo da IT 01/11. Caso a formação

acordo com o número de edificações, o número de ou reciclagem seja realizada por 02 (dois) instrutores em

pavimentos em cada edificação e o número de áreas diferentes (incêndio e primeiros socorros), o

empregados em cada pavimento, compartimento, setor ou atestado de brigada de incêndio deve ser assinado por

turno. (ver anexo E). ambos.

5.4.5 O profissional habilitado para a formação e para


a reciclagem da brigada de incêndio deve ter uma das
5.4 Programa do curso de brigada de incêndio
seguintes qualificações:
Os candidatos a brigadista, selecionados conforme o item
5.4.5.1 Formação em Higiene, Segurança e Medicina do
5.2, devem frequentar curso com carga horária mínima
Trabalho, devidamente registrado nos conselhos regionais
definida na Tabela B.2, abrangendo as partes teórica e
competentes ou no Ministério do Trabalho.
prática, conforme Tabela B.1.
5.4.5.1.1 O médico e o enfermeiro do trabalho só podem
5.4.1 O curso deve enfocar principalmente os riscos
responsabilizar-se pelo treinamento de primeiros
inerentes ao grupo de ocupação
socorros.
5.4.2 O atestado de brigada de incêndio será exigido
5.4.5.2 Ensino médio completo e especialização em
quando da solicitação de vistoria, conforme critérios
Prevenção e Combate a Incêndio (carga horária mínima
estabelecidos pela IT 01/11 – Procedimentos
de 120 horas-aula para risco baixo ou médio e 160 horas-
administrativos.
aula para risco alto) e técnicas de emergências médicas
5.4.2.1 O atestado de brigada de incêndio deve ser
(carga horária mínima de 100 horas-aula para risco baixo,
renovado quando houver alteração de 50% dos seus
médio ou alto) para os componentes das Polícias
membros, conforme item 5.4.3.1.
Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.
5.4.2.2 Anualmente deve ser realizada reciclagem para
5.4.6 A avaliação teórica é realizada na forma escrita,
os brigadistas já formados, com a emissão de atestado de
preferencialmente dissertativa, conforme objetivos
brigada de incêndio.
constantes da tabela B.1, e a avaliação prática é realizada
5.4.3 Os brigadistas que concluírem a formação ou a de acordo com o desempenho do aluno nos exercícios
reciclagem, com aproveitamento mínimo de 70% em realizados, conforme objetivos constantes da tabela B.1.
avaliação teórica e/ou prática, definida com base nos
5.4.7 Para fins de instrução prática e teórica, os grupos
objetivos constantes da tabela B.1, podem receber
de alunos do curso de formação ou reciclagem da brigada
de incêndio devem ser compostos de, no máximo, 30 desencadear os procedimentos necessários que podem ser
(trinta) alunos. priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo

5.4.8 Devem ser disponibilizados a cada membro da com o número de brigadistas e com os recursos

brigada, conforme sua função prevista no plano de disponíveis no local.

emergência da planta, os EPIs para proteção da cabeça, 5.6.3 Primeiros socorros


dos olhos, do tronco, dos membros superiores e inferiores Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo
e do corpo todo, de forma a protegê-los dos riscos ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte
específicos da planta. Básico da Vida) e RCP (Reanimação Cardiopulmonar)
5.4.9 Os treinamentos práticos de combate a incêndios até que se obtenha o socorro especializado.
que forem realizados em campo de treinamento devem 5.6.4 Corte de energia
obedecer aos requisitos da NBR 14277 - Instalações e
Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica
equipamentos para treinamento e combate a incêndios.
dos equipamentos da área ou geral.

5.6.5 Abandono de área


5.5 Atribuições da brigada de incêndio
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando
5.5.1 Ações de prevenção: necessário, conforme comunicação preestabelecida,
a. análise dos riscos existentes durante as reuniões da removendo para local seguro, a uma distância mínima de
brigada de incêndio; 100 m do local do sinistro, permanecendo até a definição

b. notificação ao setor competente da empresa ou da final.

edificação das eventuais irregularidades encontradas 5.6.6 Confinamento do sinistro


no tocante a prevenção e proteção contra incêndios; Evitar a propagação do sinistro e suas consequências.
c. orientação à população fixa e flutuante; 5.6.7 Isolamento da área
d. participação nos exercícios simulados; Isolar fisicamente a área sinistrada de modo a garantir os
e. conhecer o plano de emergência da edificação. trabalhos de emergência e evitar que pessoas não

5.5.2 Ações de emergência: autorizadas adentrem ao local.

a. identificação da situação; 5.6.8 Extinção

b. alarme/abandono de área; Eliminar o sinistro restabelecendo a normalidade.

c. acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda 5.6.9 Investigação

externa; Levantar as possíveis causas do sinistro e suas

d. corte de energia; consequências e emitir relatório para discussão nas


reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor
e. primeiros socorros;
medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência.
f. combate ao princípio de incêndio;
5.6.10 Com a chegada do Corpo de Bombeiros a
g. recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros.
brigada deve ficar à sua disposição.

5.6.11 Para a elaboração dos procedimentos básicos de


5.6 Procedimentos básicos de emergência emergência, deve-se consultar o fluxograma constante no
5.6.1 Alerta Anexo G.

Identificada uma situação de emergência, qualquer


pessoa pode alertar, através dos meios de comunicação 5.7 Controle do programa de brigada de incêndio
disponíveis, os ocupantes e os brigadistas.
5.7.1 Reuniões ordinárias
5.6.2 Análise da situação
Devem ser realizadas reuniões mensais com os membros
Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o da brigada, com registro em ata, onde são discutidos os
início até o final do sinistro. Havendo necessidade, seguintes assuntos:
acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e
a. funções de cada membro da brigada dentro do plano;
b. condições de uso dos equipamentos de combate a indicando seus integrantes com suas respectivas
incêndio; localizações.

c. apresentação de problemas relacionados à prevenção 5.8.1.2 O brigadista deve utilizar constantemente em


de incêndios encontrados nas inspeções para que lugar visível uma identificação que o reconheçam como
sejam feitas propostas corretivas; membro da brigada.

d. atualização das técnicas e táticas de combate a 5.8.1.3 No caso de uma situação real ou simulado de
incêndio; emergência, o brigadista deve usar braçadeira, colete ou

e. alterações ou mudanças do efetivo da brigada; capacete para facilitar sua identificação e auxiliar na sua
atuação.
f. outros assuntos de interesse.
5.8.1.4 É vedado ao brigadista ou bombeiro civil o uso
de uniformes ou distintivos iguais ou semelhantes aos
5.7.2 Reuniões extraordinárias
utilizados pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Após a ocorrência de um sinistro, ou quando identificada Estado de São Paulo, conforme o art. 46 do Decreto-Lei
uma situação de risco iminente, fazer uma reunião n° 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das
extraordinária para discussão e providências a serem Contravenções Penais) e legislação infraconstitucional
tomadas. As decisões tomadas são registradas em ata e pertinente.
enviadas às áreas competentes para as providências
pertinentes.
5.8.2 Comunicação interna e externa
5.7.3 Exercícios simulados
5.8.2.1 Nas plantas em que houver mais de um
Deve ser realizado, no mínimo a cada 6 meses, um
pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser
exercício simulado no estabelecimento ou local de
estabelecido previamente um sistema de comunicação
trabalho com participação de toda a população.
entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações
Imediatamente após o simulado deve ser realizada uma
durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de
reunião extraordinária para avaliação e correção das
emergência;
falhas ocorridas. Deve ser elaborada ata na qual conste:
5.8.2.2 Essa comunicação pode ser feita por meio de
a. horário do evento;
telefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas de
b. tempo gasto no abandono; alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som interno etc;
c. tempo gasto no retorno; 5.8.2.3 Caso seja necessária a comunicação com meios
d. tempo gasto no atendimento de primeiros socorros; externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Auxílio

e. atuação da brigada; Mútuo), o(a) telefonista ou operador de rádio é o(a)


responsável. Para tanto, faz-se necessário que essa pessoa
f. comportamento da população;
seja devidamente treinada e que esteja instalada em local
g. participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto
seguro e estratégico para o abandono.
para sua chegada;
5.8.3 Ordem de abandono
h. ajuda externa (Ex: PAM - Plano de Auxílio Mútuo);
O responsável máximo da brigada de incêndio
i. falhas de equipamentos;
(coordenador-geral, chefe da brigada ou líder, conforme o
j. falhas operacionais; caso) determina o início do abandono, devendo priorizar
k. demais problemas levantados na reunião. os locais sinistrados, os pavimentos superiores a esses, os
setores próximos e os locais de maior risco.

5.8 Procedimentos complementares 5.8.4 Ponto de encontro

5.8.1 Identificação da brigada Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos
brigadistas, para distribuição das tarefas, conforme item
5.8.1.1 Devem ser distribuídos em locais visíveis e de
5.6.
grande circulação quadros de aviso ou similar,
sinalizando a existência da brigada de incêndio e
5.8.5 Grupo de apoio Proteger a respiração com um lenço molhado junto à

O grupo de apoio é formado com a participação da boca e o nariz, manter-se sempre o mais próximo do

Segurança Patrimonial, de eletricistas, encanadores, chão, já que é o local com menor concentração de

telefonistas e técnicos especializados na natureza da fumaça;

ocupação. c. sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela


não está quente, e mesmo assim só abrir
vagarosamente;
5.9 Recomendações gerais
d. se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o
5.9.1 Em caso de simulado ou incêndio, adotar os
local com água, sempre se mantendo molhado;
seguintes procedimentos:
e. não saltar, mesmo que esteja com queimaduras ou
a. manter a calma;
intoxicações.
b. caminhar em ordem sem atropelos;

c. não correr e não empurrar;


5.10 Implantação da brigada de incêndio
d. não gritar e não fazer algazarras;
A implantação da brigada de incêndio da planta deve
e. não ficar na frente de pessoas em pânico, se não
seguir o anexo D.
puder acalmá-las, evite-as. Se possível, avisar a um
5.11 Certificação e avaliação
brigadista;
5.11.1 Os integrantes da brigada de incêndio devem
f. todos os empregados, independente do cargo que
ser avaliados pelo Corpo de Bombeiros, durante as
ocupar na empresa, devem seguir rigorosamente as
vistorias técnicas, de acordo com o anexo C desta IT.
instruções do brigadista;
5.11.1.1 Para esta avaliação, o vistoriador deve escolher
g. nunca voltar para apanhar objetos; ao sair de um
um brigadista e fazer 06 (seis) perguntas dentre as 24
lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;
(vinte e quatro) constantes do Anexo C. O avaliado deve
h. não se afastar dos outros e não parar nos andares;
acertar, no mínimo, 03 (três) das perguntas feitas.
i. levar consigo os visitantes que estiverem em seu local Quando isso não ocorrer, deve ser avaliado outro
de trabalho; brigadista e, caso este também não acerte o mínimo
j. sapatos de salto alto devem ser retirados; estipulado acima, deve ser exigido um novo treinamento.

k. não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir 5.11.2 Os profissionais responsáveis pela formação ou
cheiro de gás; reciclagem da brigada de incêndio devem apresentar, com

l. deixar a rua e as entradas livres para a ação dos os respectivos atestados, a sua habilitação específica.

bombeiros e do pessoal de socorro médico; 5.11.3 Recomenda-se para os casos isentos de brigada

m. dirigir-se para um local seguro, pré-determinado pela de incêndio a permanência de pessoas capacitadas a

brigada, e aguardar novas instruções. operar os equipamentos de combate a incêndio existentes


na edificação.
5.9.2 Em locais com mais de um pavimento:
5.11.4 A edificação que possuir Posto de Bombeiro
a. nunca utilizar o elevador;
interno, com efetivo mínimo de 05 (cinco) bombeiros
b. não subir, procurar sempre descer;
civis (por turno de 24 h) e viatura de combate a incêndio
c. utilizar as escadas de emergência, descer sempre devidamente equipada nos parâmetros da NBR 14096/98
utilizando o lado direito da escada. - Viaturas de combate a incêndio, pode ficar isenta da
5.9.3 Em situações extremas: brigada de incêndio, desde que o bombeiro civil ministre
a. nunca retirar as roupas, procurar molhá-las a fim de treinamento periódico aos demais funcionários, nos
proteger a pele da temperatura elevada (exceto em parâmetros desta IT.
simulados); 5.12 Em edificações e/ou áreas de risco que produzam,
b. se houver necessidade de atravessar uma barreira de manipulem ou armazenem produtos perigosos deve-se
fogo, molhar todo o corpo, roupas, sapatos e cabelo. aplicar o estabelecido no Anexo B, tabela B-1, item 22
desta IT a todos os funcionários que trabalham com o que estarão presentes ao evento, com as respectivas
manuseio dos produtos perigosos. cópias dos certificados de treinamento.

5.13.5 O administrador do local deve ter a relação

5.13 Centro esportivo e de exibição nominal dos brigadistas presentes no evento afixado em
local visível e de acesso público.
Nas edificações enquadradas na divisão F-3, onde se
aplica a IT 12/11 – Centros esportivos e de exibição, 5.13.6 O brigadista deve utilizar, durante o evento, um

devem ainda ser observadas as seguintes condições: colete refletivo que permita identificá-lo como membro
da brigada e que possa ser facilmente visualizado a
5.13.1 Considerando que a população fixa
distância.
(funcionários a serviço do evento) faz parte das atrações e
normalmente não estarão permanentemente junto ao 5.13.7 O sinal sonoro emitido para acionamento da

público, é permitida a contratação de brigadistas ou brigada de incêndio deve ser inconfundível com qualquer

bombeiro civil, desde que atendam, no mínimo, aos outro e audível em todos os pontos do recinto suscetíveis

requisitos desta IT. de ocupação.

5.13.2 Considerando o especificado no item anterior,


em instalações temporárias ou em edificações
classificadas como F-3, o número de brigadistas deve ser
calculado de acordo com o previsto na Tabela A.1 para
locais com lotação de até 500 (quinhentas) pessoas, sendo
que acima deste valor populacional deve-se levar em
conta a população máxima prevista para o local, na razão
de:

a. locais com lotação entre 500 e 1.000 pessoas, o


número de brigadistas deve ser, no mínimo, 05;

b. locais com lotação entre 1.000 e 2.500 pessoas, o


número de brigadistas deve ser, no mínimo, 10;

c. locais com lotação entre 2.500 e 5.000 pessoas, o


número de brigadistas deve ser, no mínimo, 15;

d. locais com lotação entre 5.000 e 10.000 pessoas, o


número de brigadistas deve ser, no mínimo, 20;

e. locais com lotação acima de 10.000 pessoas,


acrescentar 1 brigadista para cada grupo de 500
pessoas.

5.13.3 A fim de atender ao prescrito no item acima, é


permitido definir o número de brigadistas em função da
quantidade efetiva de ingressos colocados à venda ou
limitação do número de pessoas quando o evento for
gratuito, devendo esta informação ficar à disposição da
fiscalização e afixada junto à portaria principal, conforme
IT 20/11 – Sinalização de emergência. Neste caso, deve
haver na portaria, meios para controlar o número de
pessoas que adentrarão ao evento.

5.13.4 Por ocasião da vistoria do Corpo de Bombeiros


devem ser apresentadas relações nominais dos brigadistas
Anexo A
Tabela A.1 – Composição mínima da brigada de incêndio por pavimento ou compartimento

População fixa por pavimento ou compartimento Nível do


Grau de
Grupo Divisão Descrição Exemplos
risco Até Até Até Até Até Acima de treinamento
2 4 6 8 10 10 (Anexo B)

Casas térreas ou
assobradadas
Habitação
A-1 (isoladas ou não), Baixo Isento Isento
unifamiliar
condomínios
horizontais etc.
A – Residencial

Edifícios de 80% dos funcionários da edificação mais um brigadista


Habitação
A-2 apartamento em Baixo (morador ou funcionário) Básico
multifamiliar
geral por pavimento. (nota 7)

Pensionatos,
internatos,
alojamentos,
Habitação mosteiros,
A-3 coletiva (nota conventos, Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
8) residências
geriátricas etc.
(capacidade
máxima: 16 leitos)

Hotéis, motéis,
pensões,
hospedarias,
B - Serviço de hospedagem

Hotel e pousadas, (nota 5) e


B-1 Médio 1 2 3 4 4 Intermediário
assemelhado albergues, casas (nota 14)
de cômodos e
divisão A3 com
mais de 16 leitos

Hotéis e
assemelhados com
Hotel cozinha própria
(nota 5) e
B-2 residencial nos apartamentos Médio 1 2 3 4 4 Intermediário
(nota 14)
(nota 9) (incluem-se apart-
hotéis, hotéis
residenciais)
Açougue, artigos
de bijuteria, metal
ou vidro,
automóveis,
C-1 Comércio ferragens, Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
floricultura,
material
fotográfico,
C – Comercial

verduras e vinhos
Edifícios de lojas
de departamentos, Médio 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário
drogarias, tintas e
vernizes,
C-2 Comércio magazines,
galerias
comerciais, Alto 2 2 3 4 5 (nota 5) Intermediário
mercados,
supermercados
Shopping etc. de
Centro
Intermediário
C-3 Centers (nota compras em geral Médio 2 4 5 6 8 (nota 5)
10) (shopping centers)
Tabela A.1
(continuação)
População fixa por pavimento ou compartimento Nível do
Grau de
Grupo Divisão Descrição Exemplos
risco Até Acima treinamento
Até 2 Até 4 Até 6 Até 8 (Anexo B)
10 de 10
Escritórios
administrativos ou
Local para Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
técnicos,
prestação de
instituições
serviço
D-1 financeiras (que
profissional
não estejam
ou condução Intermediário
incluídas em D-2), Médio 1 2 3 4 4 (nota 5)
de negócios
centros
profissionais etc.
D - Serviço profissional

Agências
Agência
D-2 bancárias e Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
bancária
assemelhados

Lavanderias,
Serviço de assistência Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
reparação técnica, reparação
D-3 (exceto os e manutenção de
classificados aparelhos
em G4) eletrodomésticos, Médio 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário
chaveiros etc.

Laboratórios de
análises clínicas Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
sem internação,
D-4 Laboratório laboratórios
químicos,
fotográficos e Médio 2 3 4 5 6 (nota 5) Intermediário
assemelhados
Escolas de
primeiro, segundo
Escola em e terceiro graus, Intermediário
E-1 Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5)
geral cursos supletivos (nota 13)
e pré-universitário
e assemelhados
Escolas de artes e
artesanato, de
línguas, de cultura
Escola Intermediário
E-2 geral, de cultura Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
especial (nota 13)
estrangeira,
escolas religiosas
etc.
E - Educacional e cultura física

Locais de ensino
e/ou práticas de
artes marciais,
academia,
Espaço para ginástica, esportes Intermediário
E-3 Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
cultura física coletivos (outros (nota 13)
que não estejam
incluídos em F-3),
sauna, casas de
fisioterapia etc.
Centro de Escolas
Intermediário
E-4 treinamento profissionais em Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5)
(nota 13)
profissional geral

80% da
Creches, escolas
popula- Intermediário
E-5 Pré-escola maternais, jardins- Baixo 2 4 6 8 8
ção fixa (nota 13)
de-infância etc.
(nota 15)

Escolas para
Escola para 80% da
excepcionais,
portadores popula- Intermediário
E-6 deficientes visuais Baixo 2 4 6 6 8
de ção fixa (nota 13)
e auditivos e
deficiências (nota 15)
assemelhados
Tabela A.1
(continuação)
População fixa por pavimento ou compartimento Nível do
Grau
Grupo Divisão Descrição Exemplos Até Acima treinamento
de risco Até 2 Até 4 Até 6 Até 8 (Anexo B)
10 de 10

Museus, centro de Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico


Local onde há
documentos
objeto de
F-1 históricos,
valor
bibliotecas e
inestimável Alto 2 2 3 4 5 (nota 5) Intermediário
assemelhados

Igrejas, capelas,
sinagogas,
mesquitas,
Local
templos,
F-2 religioso e Baixo 2 3 4 5 6 (nota 5) Básico
cemitérios,
velório
crematórios,
necrotérios, salas
de funerais etc.
Estádios, ginásios
e piscinas com
arquibancadas,
rodeios,
Centro
academias,
F-3 esportivo e de Baixo 2 3 4 5 6 (nota 5) Básico
autódromos,
exibição
sambódromos e
arenas
(edificações
permanentes)
Estações
rodoferroviárias e
Estação e
marítimas, portos,
terminal de
F - Local de reunião de público

F-4 metrô, aeroportos, Baixo 2 3 4 5 6 (nota 5) Básico


passageiro
heliponto,
estações de
transbordo etc.
Teatros em geral,
cinemas, óperas,
auditórios de
Artes cênicas
F-5 estúdios de rádio e Médio 2 3 4 5 6 (nota 5) Intermediário
e auditório
televisão,
auditórios em
geral etc.
Boates, clubes,
salões de baile,
restaurantes
Clube social e
F-6 dançantes, clubes Médio 2 3 4 5 6 (nota 5) Intermediário
diversão
sociais, bingo,
bilhares, tiro ao
alvo, boliche etc.

Circos, rodeios,
sambódromos,
Construção
F-7 arenas, boates, etc Médio 2 3 4 5 6 (nota 5) Intermediário
provisória
(edificações
provisórias)

Restaurantes,
lanchonetes,
Local para bares, cafés,
F-8 Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
refeição refeitórios,
cantinas e
assemelhados

Jardim zoológico,
parques
Recreação recreativos e
F-9 Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
pública assemelhados
(edificações
permanentes)
Tabela A.1
(continuação)

População fixa por pavimento ou compartimento


Nível do
Grau de
Grupo Divisão Descrição Exemplos treinamento
risco
Até Acima (Anexo B)
Até 2 Até 4 Até 6 Até 8
10 de 10

Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico


Salas de
F - Local de reunião

exposição de
de público

objetos e animais, Médio 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário


Exposição de
show-room,
F-10 objetos e
galerias de arte,
animais
planetário etc.
(edificações Alto 2 2 3 4 5 (nota 5) Intermediário
permanentes)

Garagem sem
acesso de Garagens
G-1 Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
público e sem automáticas
abastecimento

Garagens
coletivas sem
Garagem com automação, em
acesso de geral, sem
G-2 Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
público e sem abastecimento
abastecimento (exceto veículos
de carga e
coletivos)

Postos de
Local dotado
abastecimento e
de
serviço, garagens
G-3 abastecimento Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
(exceto veículos
de
G – Serviço automotivo

de carga e
combustível
coletivos)

Oficinas de
conserto de
veículos,
Serviço de
borracharia (sem
conservação,
G-4 recauchutagem), Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
manutenção e
oficinas e
reparos
garagens de
veículos de carga
e coletivos etc.

Abrigos para
aeronaves com ou
G-5 Hangares Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
sem
abastecimento

Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico


Marinas,
iates-clubes e
G-6 Médio 2 3 4 5 6 (nota 5) Intermediário
garagens
náuticas.
Alto 2 4 5 6 8 (nota 5) Avançado
Tabela A.1 (continuação)
População fixa por pavimento ou compartimento Nível do
Grau de
Grupo Divisão Descrição Exemplos
risco
treinamento
Até 2 Até 4 Até 6 Até 8 Até Acima (Anexo B)
10 de 10
Hospitais, clínicas
e consultórios
veterinários e
Hospitais
assemelhados
H-1 veterinários e Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
(inclui-se
assemelhados
alojamento com
ou sem
adestramento)
Asilos, orfanatos,
Locais onde
abrigos
pessoas
geriátricos,
requerem 80% da
hospitais
cuidados popula-
H-2 psiquiátricos, Médio 2 4 5 6 8 Intermediário
especiais por ção fixa
reformatórios,
limitações (nota 15)
tratamento de
físicas ou
dependentes etc.
mentais
(todos sem celas)
Hospitais, casa de
H - Serviço de saúde e institucional

saúde, prontos-
socorros, clínicas
Hospital e com internação,
H-3 assemelhado ambulatórios e Baixo 2 3 4 5 6 (nota 5) Intermediário
(nota 11) postos de
atendimento de
urgência, postos
de saúde etc.
Edificações do
Repartição Executivo,
pública, Legislativo e
edificações Judiciário, Intermediário
H-4 Médio 1 2 3 4 4 (nota 5)
das forças tribunais, (nota 13)
armadas e cartórios, quartéis,
policiais delegacias, postos
policiais etc.
Hospitais
psiquiátricos,
manicômios,
Local onde a 80% da
reformatórios,
liberdade das popula-
H-5 prisões (casa de Baixo 2 4 5 6 8 Básico
pessoas sofre ção fixa
detenção,
restrições (nota 15)
penitenciárias,
presídios) etc.
(todos com celas)
Clínicas médicas,
consultórios em
Clínica e
geral, unidades de
consultório
H-6 hemodiálise, Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
médico e
ambulatórios etc.
odontológico
(todos sem
internação)
Intermediário
Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
I - Indústria

(Nota 12)
Fábricas e
I-1,
atividades
I-2, Indústria Médio 2 4 4 5 6 (nota 5) Intermediário
industriais em
I-3
geral
Alto 2 4 5 7 8 (nota 5) Avançado

Edificações sem
processo
industrial que
armazenam
Depósitos de
tijolos, pedras,
J-1 material Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
areias, metais e
J - Depósito

incombustível
outros materiais
incombustíveis
(todos sem
embalagem)
Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Intermediário
J-2,
Depósitos em
J-3, Depósitos Médio 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário
geral
J-4
Alto 2 4 5 6 8 (nota 5) Avançado
Tabela A.1
(continuação)
População fixa por pavimento ou compartimento Nível do
Grau de
Grupo Divisão Descrição Exemplos
risco Até Acima treinamento
Até 2 Até 4 Até 6 Até 8 (Anexo B)
10 de 10

80% da
populaçã
Baixo 2 4 5 8 6 Intermediário
o fixa
(nota 15)

Comércio em
80% da
geral de fogos de
L-1 Comércio popula-
artifício e Médio 2 4 5 6 8 Intermediário
ção fixa
assemelhados
(nota 15)

80% da
popula-
Alto 2 4 5 6 8 Avançado
ção fixa
(nota 15)

80% da
popula-
Baixo 2 4 5 6 8 Avançado
ção fixa
(nota 15)
L - Explosivos

80% da
Indústria de popula-
L-2 Indústria Médio 2 4 5 6 8 Avançado
material explosivo ção fixa
(nota 15)

80% da
popula-
Alto 2 4 5 6 8 Avançado
ção fixa
(nota 15)

80% da
popula-
Baixo 2 4 5 6 8 Avançado
ção fixa
(nota 15)
80% da
Depósito de popula-
L-3 Depósito Médio 2 4 5 6 8 ção fixa Avançado
material explosivo
(nota 15)

80% da
popula-
Alto 2 4 5 6 8 ção fixa Avançado
(nota 15)

Baixo 2 3 4 5 6 (nota 5) Avançado


Túnel rodoviário,
destinados a
transporte de Médio 2 4 5 6 8 (nota 5) Avançado
M-1 Túnel
passageiros ou
cargas diversas
Alto 2 4 5 6 8 (nota 5) Avançado

80% da
M - Especial

popula-
Baixo 2 4 5 6 8 Avançado
ção fixa
Edificação (nota 15)
destinada à
Líquidos 80% da
produção,
inflamáveis, popula-
manipulação, Médio 2 4 5 6 8 Avançado
gás ção fixa
M-2 armazenamento e
inflamáveis (nota 15)
distribuição de
ou
líquidos ou gases
combustível
combustíveis e
inflamáveis 80% da
popula-
Alto 2 4 6 8 10 Avançado
ção fixa
(nota 15)
Central telefônica, Baixo 2 3 4 6 6 (nota 5) Intermediário
centros de
comunicação,
Central de
centrais de
M-3 comunicação Médio 2 4 5 6 8 (nota 5) Intermediário
transmissão ou de
e energia
distribuição de
energia e
assemelhados Alto 2 4 6 8 10 (nota 5) Avançado

Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico


Locais em
Propriedade
construção ou Médio 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
M-4 em
demolição e
transformação
assemelhados
Alto 2 2 3 4 5 (nota 5) Básico

Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico

Armazéns de Médio 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário


M-5 Silos grãos e
assemelhados
Alto 2 2 3 4 5 (nota 5) Avançado

Baixo 2 3 4 5 6 (nota 5) Básico


Floresta, reserva
Terra ecológica, parque Intermediário
M-6 Médio 2 4 5 6 8 (nota 5)
selvagem florestal e (nota 13)
assemelhados
Alto 2 4 6 6 8 (nota 5) Avançado

Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico


Área aberta
Pátio de destinada a Intermediário
M-7 Médio 2 3 4 5 6 (nota 5)
contêineres armazenamento (nota 13)
de contêineres
Alto 2 4 5 7 8 (nota 5) Avançado
NOTAS:
1) A definição do número mínimo de brigadistas por setor/pavimento/compartimento deve prever os turnos, a natureza de trabalho e os eventuais
afastamentos, sendo que a previsão de brigadistas contempla todas as atividades existentes na edificação, ou seja, se durante o período noturno
funcionar alguma atividade deve ser previsto o número mínimo de brigadistas.

2) A composição da brigada de incêndio deve levar em conta a participação de pessoas de todos os setores, sendo que caso haja diversos turnos de
serviço, o número mínimo de brigadistas deve ser calculado em função da população fixa do turno, ou seja, se durante o período diurno a população
fixa for de 80 funcionários, calcula o número de brigadistas para essa quantidade de funcionários e, se durante o período noturno a população fixa for
de 20 funcionários, calcula o número de brigadistas somente para essa quantidade de funcionários. (ver exemplo A)

3) Os bombeiro civil podem ser considerados na composição da brigada de incêndio da planta, desde que atendam aos parâmetros estabelecidos nesta
IT.

4) A planta que não for enquadrada em nenhuma das divisões previstas neste anexo deve ser classificada por analogia com o nível de risco mais
próximo.

5 ) Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será acrescido mais um brigadista para cada grupo de
até 20 pessoas para risco baixo, mais um brigadista para cada grupo de até 15 pessoas para risco médio e mais um brigadista para cada grupo de até
10 pessoas para risco alto (ver exemplo B).

6) Quando em uma planta houver mais de uma classe de ocupação, o número de brigadistas é determinado levando-se em conta a classe de ocupação
do maior risco. O número de brigadista só é determinado por classe de ocupação, se as unidades forem compartimentadas ou os riscos forem isolados.
(ver exemplos C e D).

7) Na divisão A-2, funcionário por pavimento deve ser pessoa que desenvolva suas atividades em apartamento, por exemplo, empregada doméstica.

8) Na divisão A-3, a população fixa com idade acima de 60 anos e abaixo de 18 anos não é considerada no cálculo.

9) Na divisão B-2, somente os funcionários da planta são considerados na composição da brigada de incêndio.

10) No cálculo de estabelecimentos que possuam diversas atividades, todas estas atividades devem ser consideradas para efeito de cálculo do número
de brigadistas, salvo se houver compartimentação ou isolamento de risco.(ver exemplo E).

11) Na divisão H-3, UTIs, centros cirúrgicos e demais locais definidos como risco alto no plano de emergência, toda população fixa deve fazer parte da
brigada de incêndio.

12) As plantas que não possuírem hidrantes em suas instalações podem optar pelo nível de treinamento básico de combate a incêndio.

13) As plantas com altura inferior ou igual a 12 m podem optar pelo nível de treinamento básico de combate a incêndio, mantendo-se o nível
intermediário para primeiros socorros no grupo de ocupação F.

14) Na divisão B-1 e B-2, quando os funcionários da edificação não forem distribuídos nos pavimentos, o cálculo será feito considerando 50% do
número total de funcionários existentes na edificação.

15 Nas divisões onde a população fixa for acima de 10 e a tabela A.1 determinar o cálculo para 80% da população fixa, o número total de brigadistas
será calculado conforme exemplo F.

16 ) Na divisão M-2, a quantidade mínima de brigadistas deve ser conforme o previsto nesta tabela ou de acordo com a necessidade no cenário de
combate ao incêndio, o que for maior.

EXEMPLOS:
Exemplo A: Indústria em um único setor (divisão I-3 – risco alto) com 2 turnos de serviço.

a) Indústria em um único setor (divisão I-3 – risco alto) com população fixa no período diurno: 80 pessoas

- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 80 (população fixa total por pavimento) – 10 = 70 pessoas = 70/10 (mais um brigadista para cada grupo de até 10
pessoas para risco alto) = 7 brigadistas.

- Número de brigadistas no período diurno = 08+07=15 brigadistas.

b) Indústria em um único setor (divisão I-3 – risco alto) com população fixa no período noturno: 20 pessoas

- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 20 (população fixa total por pavimento) – 10 = 10 pessoas = 10/10 (mais um brigadista para cada grupo de até 10
pessoas para risco alto) = 1 brigadista.

- Número de brigadistas no período noturno = 08+01 = 9 brigadistas.

- Total de brigadistas da planta = 15 (período diurno) + 09 (período noturno) = 24 brigadistas.

Exemplo B: Escritório administrativo em um único setor (divisão D-1 – risco baixo) com população fixa: 25 pessoas.

-População fixa até 10 pessoas = 2 brigadistas (tabela A.1).

-População fixa acima de 10 = 25 (população fixa total) – 10 = 15 pessoas = 15/20 (mais 1 brigadista para cada grupo de até 20 pessoas para risco
baixo) = 0,75 = 1 brigadista.

-Número de brigadistas = 2 brigadistas (população fixa até 10) + 1 brigadista (população fixa acima de 10)

-Número de brigadistas = 3.

Exemplo C: Planta com duas edificações, sendo a primeira uma área de escritórios administrativos em um único setor com 3 pavimentos e 19 pessoas
por pavimento e a segunda uma indústria de risco alto com 116 pessoas (edificações com pavimentos compartimentados ou riscos isolados, calcula-se o
número de brigadistas separadamente por divisão).

a) escritório administrativo em um único setor (divisão D -1 – risco médio) com população fixa: 19 pessoas por pavimento (3 pavimentos):

- População fixa até 10 pessoas = 4 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 19 (população fixa total por pavimento) – 10 = 9 pessoas = 9/15 (mais um brigadista para cada grupo de até 15 pessoas
para risco médio) = 0,60 = 1 brigadista.

- Número de brigadistas por pavimento = 4 brigadistas (população fixa até 10) + 1 brigadista (população fixa acima de 10).

- Número de brigadistas por pavimento= 5.

- Total de brigadistas no escritório = 5 brigadistas por pavimento x 3 pavimentos = 15.

b) Indústria em um único setor (divisão I-3 – risco alto) com população fixa: 116 pessoas

- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 116 (população fixa total por pavimento) – 10 = 106 pessoas = 106/10 (mais um brigadista para cada grupo de até 10
pessoas para risco alto) = 10,6 = 11 brigadistas.
- Número de brigadistas na indústria = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 11 brigadistas (população fixa acima de 10).

- Número de brigadistas na indústria = 19.

- Total de brigadistas da planta = Total de brigadistas no escritório + Total de brigadistas na indústria.

- Total de brigadistas da planta = 15 + 19 = 34.

Exemplo D: Planta com duas edificações, sendo a primeira uma área de escritórios administrativos em um único setor com 3 pavimentos e 19 pessoas
por pavimento e a segunda uma indústria de risco alto com 116 pessoas (edificações sem compartimentação dos pavimentos ou sem isolamento dos
riscos calcula-se o número de brigadistas através da divisão de maior risco- Área industrial de risco alto).

a) Escritório administrativo em um único setor contendo comunicação através de aberturas com área industrial de risco alto (usar a classificação da
indústria divisão I-3 – risco alto) com população fixa: 19 pessoas por pavimento (3 pavimentos):

- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 19 (população fixa total por pavimento) – 10 = 9 pessoas = 9/10 (mais um brigadista para cada grupo de até 10 pessoas
para risco alto) = 0,90 = 1 brigadista.

- Número de brigadistas por pavimento = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 1 brigadista (população fixa acima de 10).

- Número de brigadistas por pavimento = 9.

- Total de brigadistas no escritório = 9 brigadistas por pavimento x 3 pavimentos = 27.

b) Indústria em um único setor (divisão I-3 – risco alto) com população fixa: 116 pessoas.

- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 116 (população fixa total por pavimento) – 10 = 106 pessoas = 106/10 (mais um brigadista para cada grupo de até 10
pessoas para risco alto) = 10,6 = 11 brigadistas.

- Número de brigadistas na indústria = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 11 brigadista (população fixa acima de 10)

- Número de brigadistas na indústria = 19.

- Total de brigadistas da planta = Total de brigadistas no escritório + Total de brigadistas na indústria.

- Total de brigadistas da planta = 27 + 19 = 46.

Exemplo E: Shopping center de risco médio (comercial – divisão C-3).

a) Administração do shopping com população fixa = 47 pessoas

- População fixa até 10 pessoas = 4 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 47 (população fixa total) – 10 = 37 pessoas = 37/15 (mais um brigadista para cada grupo de até 15 pessoas para risco
médio) = 2,46 = 3 brigadistas.

- Número de brigadistas = 4 brigadistas (população fixa até 10) + 3 brigadistas (população fixa acima de 10).

- Número de brigadistas da administração = 7.

b) Lojas de risco médio (comercial – divisão C-2) com população fixa = 10 pessoas por loja (32 lojas).

- População fixa até 10 pessoas = 4 brigadistas (tabela A.1).

- Número de brigadistas = 4 brigadistas (população fixa até 10) x 32 lojas.

- Número de brigadistas das lojas = 128.

- Total de brigadistas do shopping = brigadistas da administração do shopping mais brigadistas das lojas

- Total de brigadistas do shopping = 7 + 128.

- Total de brigadistas do shopping = 135 pessoas

Exemplo F: Creche risco baixo (pré-escola – divisão E-5) com população fixa de 30 pessoas.

- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).

- População fixa acima de 10 = 30 (população fixa total) – 10 = 20 pessoas.

- Número de brigadistas= 80% de 20 pessoas = 16 pessoas.

- Número de brigadistas = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 16 brigadistas (população fixa acima de 10).

- Número de brigadistas da creche = 24 brigadistas.


Anexo B

Formação da brigada de incêndio

OBJETIVO: Proporcionar aos alunos conhecimentos para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio,
abandono de área e primeiros socorros.

Tabela B.1 - Conteúdo programático


Módulo Assunto Objetivos Objetivos parte prática
parte teórica
Objetivos do curso e Conhecer os objetivos gerais do curso
01 Introdução
o brigadista e comportamento do brigadista

Conhecer os aspectos legais


Responsabilidade do
02 Aspectos Legais relacionados a responsabilidade do
brigadista
brigadista

Conhecer a combustão, seus


Combustão, seus elementos, funções, temperaturas do
03 Teoria do fogo elementos e a reação fogo (por exemplo: ponto de fulgor,
em cadeia ignição e combustão) e a reação em
cadeia

Condução,
04 Propagação do Conhecer as formas de propagação do
convecção e
fogo fogo
irradiação

Classificação e Identificar as classes de incêndio


05 Classes de incêndio Reconhecer as classes de incêndio
características

06 Prevenção de Técnicas de Conhecer as técnicas de prevenção


incêndio prevenção para avaliação dos riscos em potencial

Isolamento,
07 Métodos de abafamento,
Conhecer os métodos e suas aplicações Aplicar os métodos
extinção resfriamento e
extinção química

Água, Pós, CO2, Conhecer os agentes, suas


08 Agentes extintores Aplicar os agentes
espumas e outros características e aplicações

Conhecer os EPI necessários para


09 EPI (equipamentos
proteção da cabeça, dos olhos, do
de proteção EPI Utilizar os EPI corretamente
tronco, dos membros superiores e
individual)
inferiores e do corpo todo

10 Equipamentos de Extintores e Conhecer os equipamentos suas


Operar os equipamentos
combate a incêndio acessórios aplicações, manuseio e inspeções

Hidrantes,
11 Equipamentos de Conhecer os equipamentos suas
mangueiras e Operar os equipamentos
combate a incêndio aplicações, manuseio e inspeções
acessórios

12 Equipamentos de
Identificar as formas de
detecção, alarme, luz Tipos e Conhecer os meios mais comuns de
acionamento e desativação dos
de emergência e funcionamento sistemas e manuseio
equipamentos
comunicações

Conhecer as técnicas de abandono de


13 Abandono de área área, saída organizada, pontos de
Conceitos
encontro e chamada e controle de
pânico
Tabela B.1
(continuação)
Módulo Assunto Objetivos Objetivos parte prática
parte teórica

Descrever as técnicas de abordagem,


14 Pessoas com
Conceitos cuidados e condução de acordo com
mobilidade reduzida
o plano de emergência da planta

Avaliação do Avaliar e reconhecer os riscos


Conhecer os riscos iminentes, os
cenário, mecanismo iminentes, os mecanismos de lesão, o
15 Avaliação inicial mecanismos de lesão, número de
de lesão e número número de vítimas e o exame físico
vítimas e o exame físico destas
de vítimas destas

Descrever os sinais e sintomas de


Conhecer os sinais e sintomas de
Causas de obstrução obstruções em adultos, crianças e bebês
16 Vias aéreas obstruções em adultos, crianças e
e liberação conscientes e inconscientes e promover
bebês conscientes e inconscientes
a desobstrução

Ventilação artificial
17 RCP (reanimação Conhecer as técnicas de RCP para
e compressão Praticar as técnicas de RCP
cardiopulmonar) adultos, crianças e bebês
cardíaca externa

Classificação e Aplicar as técnicas de contenção de


18 Hemorragias Descrever as técnicas de hemostasia
tratamento hemorragias

Discutir os riscos específicos e o


19 Riscos específicos
Conhecimento plano de emergência contra incêndio
da planta
da planta

20 Psicologia em Conhecer a reação das pessoas em


Conceitos
emergências situações de emergência

Conhecer os conceitos e
21 Sistema de Conceitos e
procedimentos relacionados ao
controle de incidentes procedimentos
sistema de controle de incidentes

22 Emergências Conhecer as normas e


Conceitos e Aplicar as técnicas para emergências
químicas e procedimentos relacionados às
procedimentos químicas e tecnológicas
tecnológicas emergências químicas e tecnológicas
Tabela B.2 - Módulo e carga horária mínima por nível do treinamento

Nível do
Módulo Carga horária mínima (horas)
treinamento
Teórica de combate a incêndio: 1
Parte teórica de combate a incêndio: 01 a 14 Prática de combate a incêndio: 2
Parte prática de combate a incêndio: 5, 7, 8, 9, Teórica e prática de primeiros socorros: 1
10, 11 e 12
Básico
Parte teórica e prática de primeiros socorros: OBS: A aplicação da teoria e da prática de primeiros
15, 16, 17 e 18 (somente grandes hemorragias) socorros para os brigadistas é isenta para a divisão A-2
(edifícios de apartamentos), entretanto, pode ser aplicada
como complemento.
Parte teórica de combate a incêndio: 01 a 14,
19 e 20.
Parte teórica de primeiros socorros: 15, 16, 17 Teórica de combate a incêndio: 2
Intermediário e 18 (somente grandes hemorragias). Prática de combate a incêndio: 3
Parte prática de combate a incêndio: 5, 7, 8, 9, Teórica e prática de primeiros socorros: 3
10, 11 e 12.
Parte prática de primeiros socorros: 15, 16, 17
e 18 (somente grandes hemorragias).

Parte teórica de combate a incêndio: 01 a 14,


19, 20 e 21. Teórica de combate a incêncio: 6
Parte teórica de primeiros socorros: 15, 16, 17 Prática de combate a incêndio: 8
e 18. Teórica de primeiros socorros: 4
Avançado
Parte prática de combate a incêndio: 5, 7, 8, 9, Prática de primeiros socorros: 6
10, 11 e 12.
Parte prática de primeiros socorros: 15, 16, 17
e 18.

NOTAS:
1. Os módulos podem ser realizados separadamente desde que não haja prejuízo na continuidade do aprendizado e da sequência lógica do
conteúdo programático.
2. O responsável pelo treinamento da brigada deve adequar os conteúdos dos módulos à carga horária aplicável para cada nível de
treinamento.
3. Os módulos para treinamento de brigada de incêndio, previstos na Tabela B.3, são recomendativos e podem ser aplicados aos
brigadistas como complemento da parte de combate a incêndio e da parte de primeiros socorros.
Tabela B.3 – Conteúdo complementar para treinamento de brigada (recomendado)

Objetivos Objetivos
Módulo Assunto
parte teórica parte prática
Conhecer equipamentos semi- Utilizar equipamentos semi-
Desfribilação semi-
01 AED/DEA automáticos para desfribilação externa automáticos para desfribilação
automática externa
precoce externa precoce

Classificação
Conhecer os sinais, sintomas e Aplicar as técnicas de prevenção e
02 Estado de choque prevenção e
técnicas de prevenção e tratamento tratamento do estado de choque
tratamento

Classificação e Conhecer as fraturas abertas e Aplicar as técnicas de


03 Fraturas
tratamento fechadas e técnicas de imobilizações imobilizações

Classificação e Identificar os tipos de ferimentos Aplicar os cuidados específicos em


04 Ferimentos
tratamento localizados ferimentos

Conhecer os tipos (térmicas, químicas


Classificação e Aplicar as técnicas e procedimentos
05 Queimaduras e elétricas) e os graus (primeiro,
tratamento de socorro de queimaduras
segundo e terceiro) das queimaduras

Conhecer síncope, convulsões, AVC


(acidente vascular cerebral), dispneias,
06 Emergências Reconhecimento e
crises hiper e hipotensiva, IAM Aplicar as técnicas de atendimento
clínicas tratamento
(infarto agudo do miocárdio), diabetes
e hipoglicemia

07 Movimentação, Conhecer as técnicas de transporte de Aplicar as técnicas de


remoção e transporte Avaliação e técnicas vítimas clínicas e traumáticas com movimentação, remoção e
de vítimas suspeita de lesão na coluna vertebral transporte de vítima

Corte,
08 Ferramentas de arrombamento, Conhecer as ferramentas de Utilizar as ferramentas de
salvamento remoção e salvamento salvamento
iluminação

Conhecer os procedimentos para


09 Proteção Conceitos e
utilização dos equipamentos Utilizar os EPRs
respiratória procedimentos
autônomos de proteção respiratória

10 Resgate de vítimas Conhecer as normas e procedimentos Aplicar as técnicas e os


em espaços Avaliação e técnicas para resgate de vítimas em espaços equipamentos para resgate de
confinados confinados vítimas em espaços confinados

Aplicar as técnicas e utilizar os


11 Resgate de vítimas Conhecer as técnicas para resgate de
Avaliação e técnicas equipamentos para resgate de
em altura vítimas em altura
vítimas em altura
Anexo C

Questionário de avaliação de brigadista

O presente questionário deve ser aplicado, durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de incêndio que
constam no atestado fornecido.

O bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta, e ERRADO, quando o brigadista errar ou
não responder.

As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação.

1 – Onde se localizam as escadas de segurança existentes na edificação?

( ) CERTO ( ) ERRADO

2 – As portas corta-fogo de uma escada de segurança podem permanecer abertas?

( ) CERTO ( ) ERRADO

3 – Onde se localiza a central de alarme?

( ) CERTO ( ) ERRADO

4 – Onde se localiza a central de iluminação de emergência?

( ) CERTO ( ) ERRADO

5 – Onde se localiza a central de detecção de incêndio?

( ) CERTO ( ) ERRADO

6 – Cite uma forma correta de acondicionamento da mangueira de incêndio no interior do abrigo:

( ) CERTO ( ) ERRADO

7 – Solicito que aponte um acionador manual do sistema de alarme instalado na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

8 – Solicito que demonstre a localização do registro de recalque:

( ) CERTO ( ) ERRADO

9 – Solicito que demonstre a forma de acionamento de um hidrante existente na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

10 – Solicito que demonstre a forma de funcionamento do sistema de espuma existente na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

11 – Cite 3 elementos que formam o tetraedro do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?

( ) CERTO ( ) ERRADO

14 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe B?

( ) CERTO ( ) ERRADO

15 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe C?

( ) CERTO ( ) ERRADO
16 – Solicito que demonstre a forma de utilização de um extintor de incêndio existente na edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

17 – Qual o telefone para acionamento do Corpo de Bombeiros?

( ) CERTO ( ) ERRADO

18 – Qual a sequência para análise primária de uma vítima?

( ) CERTO ( ) ERRADO

19 – Como deve ser realizado a RCP em um adulto?

( ) CERTO ( ) ERRADO

20 – Onde se localiza a chave geral de energia elétrica da edificação?

( ) CERTO ( ) ERRADO

21 - O comando seccional (CS) do sistema de chuveiros automáticos deve permanecer aberto ou fechado?

( ) CERTO ( ) ERRADO

22 - Solicito que demonstre o procedimento para acionamento manual da bomba de incêndio:

( ) CERTO ( ) ERRADO

23 - Como é o acionamento e/ou desativação manual do sistema fixo de gás (CO 2 ou outros)?

( ) CERTO ( ) ERRADO

24 - Aponte as rotas de fuga da edificação:

( ) CERTO ( ) ERRADO

Ocupação: _____________________End.:_________________________________________

Nº Vistoria:_______________ Nº Proposta:______________

Nome do avaliado (1) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Nome do avaliado (2) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Data:____/______/_________

_______________________________ ___________________________________

Avaliado (1) Avaliado (2)

______________________________ ___________________________________

Vistoriador (Avaliador) Testemunha


Anexo D

Tabela D.1 - Etapas para implantação da brigada de incêndio

O que Como Quem

Designando por escrito


Designar o responsável Se o responsável pela ocupação da planta não Responsável pela ocupação da
01 pela brigada de designar alguém, ele será automaticamente o planta
incêndio da planta responsável pela brigada de incêndio da
planta.
- estabelecendo a população fixa por
pavimento, compartimento ou setor da planta;
- estabelecendo o grau de risco de cada setor
Estabelecer a da planta;
Responsável pela brigada de
02 composição da brigada - verificando no anexo A, em quais divisões incêndio da planta
de incêndio cada setor da planta se enquadra;
- definindo o número de brigadistas por
pavimento, compartimento ou setor, usando o
anexo A

Estabelecer o
- atendendo aos critérios de 5.3.2 Responsável pela brigada de
03 organograma da
incêndio da planta
brigada de incêndio

Selecionar os Responsável pela brigada de


04 - atendendo aos critérios de 5.2
candidatos a brigadista incêndio da planta
Definir o nível de Responsável pela brigada de
05 - usando o anexo A
treinamento da brigada. incêndio da planta
Treinar a brigada na
- atendendo ao conteúdo programático do
06 parte teórica e prática Profissional habilitado
anexo B
de incêndio
Treinar a brigada na
- atendendo ao conteúdo programático do
07 parte teórica e prática Profissional habilitado
anexo B
de primeiros socorros
Divulgar e Identificar a Responsável pela brigada de
08 - atendendo a 5.8.1
brigada de incêndio incêndio da planta
Disponibilizar EPI e
sistema de Responsável pela brigada de
09 - atendendo a 5.4.8 e 5.8.2
comunicação para os incêndio da planta
brigadistas
Cumprir as atribuições
e os procedimentos - atendendo à IT 17 e ao Plano de Emergência.
10 básicos e Brigadistas
complementares de
incêndio
Realizar reuniões
ordinárias, reuniões - atendendo ao Plano de Emergência.
11 Brigada de incêndio
extraordinárias e
exercícios simulados
Garantir a reciclagem
Responsável pela brigada de
12 do treinamento da - atendendo a 5.4.2.2.
incêndio da planta
brigada de incêndio
Monitorar e analisar
criticamente o Responsável pela brigada de
13 - atendendo à IT 17 e ao Plano de Emergência.
funcionamento da incêndio da planta
brigada de incêndio
Anexo E

Exemplos de organogramas de brigadas de incêndio

Exemplo 1 - Planta com uma edificação, 1 pavimento e 4 brigadistas.

c o o rd e n a d o r g e ra l d a b rig a d a

líd e r d o s e to r
(b rig a d is ta )

b r i g a d i s ta b r i g a d i s ta b r i g a d i s ta

Exemplo 2 - Planta com uma edificação, 3 pavimentos e 3 brigadistas por pavimento.

c o o rd e n a d o r g e ra l d a b rig a d a

l í d e r d o s e to r n ° 1 l í d e r d o s e to r n ° 2 l í d e r d o s e to r n ° 3
(b r i g a d i s ta ) (b r i g a d i s ta ) (b r i g a d i s ta )

b r i g a d i s ta b r i g a d i s ta b r i g a d i s ta b r i g a d i s ta b r i g a d i s ta b r i g a d i s ta

Exemplo 3 - Planta com duas edificações, a primeira com 3 pavimentos e 2 brigadistas por pavimento, e a segunda com um
pavimento e 4 brigadistas por pavimento.

c o o rd e na d o r ge ra l d a b ri g a da

c h e fe c h e fe
e d i fi ca ç ã o n ° 1 e d i fi ca ç ã o n ° 2

l í d e r d o se to r n ° 1 l í d e r d o se to r n ° 2 l í d e r d o se to r n ° 3 l í d e r d o s e tor n ° 4
(b ri g a d i s ta) (b ri g a d i s ta) (b ri g a d i s ta) (b ri g a d i s ta)

b rig a d is ta b rig a d is ta b rig a d is ta b rig a d is ta b ri g a d i s ta b rig a d is ta


Exemplo 4 - Planta com duas edificações, com 3 turnos de trabalho e 3 brigadistas por edificação.

coordenador geral da brigada

chefe chefe chefe


1° turno 2° turno 3° turno

líder do setor n° 1 líder do setor n° 2 líder do setor n° 1 líder do setor n° 2 líder do setor n° 1 líder do setor n° 2
(brigadista) (brigadista) (brigadista) (brigadista) (brigadista) (brigadista)

brigadista brigadista brigadista brigadista brigadista brigadista

brigadista brigadista brigadista brigadista brigadista brigadista


Anexo F

Fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio (recomendação)

Iníc io

AL E R TA

Aná lis e da s itua ç ã o .

nã o

e m e rgê nc ia ?

s im Ac io na m e nto do
C o rpo de B o m be iro s
e a po io e xte rno
P ro c e dim e nto s
ne c e s s á rio s .

nã o nã o
Há v ítim a s ? Há inc ê ndio ?

s im
s im

Há Há
Há Há
nã o Há nã o ne c e s s ida de nã o nã o nã o ne c e s s ida de nã o Há
ne c e s s ida de ne c e s s ida de
ne c e s s ida de de c o rta r a de ne c e s s ida de
de a ba ndo no de is o la m e nto
de s o c o rro ? e ne rgia c o nfina m e nto de c o m ba te ?
de á re a ? de á re a ?
e lé tric a ? da á re a ?

s im s im s im s im s im s im

P R IM E IR O S C O R TE D E AB AND O NO DE IS O L AM E NTO D E C O NF INAM E NTO D A C O M B ATE AO


SOCORROS E NE R G IA ÁR E A ÁR E A ÁR E A INC Ê ND IO

nã o Há
ne c e s s ida de
de re m o ç ã o ?

s im nã o
O s inis tro fo i
c o ntro la do ?
S o c o rro e s pe c ia liza do

s im
INVE S TIG AÇ ÃO

C ó pia pa ra o s s e to re s
re s po ns á v e is
E la bo ra ç ã o de re la tó rio

C ó pia pa ra a rquiv o F im
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 17/2014

Brigada de incêndio
Parte 2 – Bombeiro civil

SUMÁRIO ANEXOS

f. Procedimentos G Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em

6 edificações dos grupos B-1, B-2, C-2, C-3, D-1, D-2, E-1,
E-2, E-3, E-4, E-5, E-6, H-2, H-3,H-6, I-3, J-4, L-1 e M-2

H Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em


edificações dos grupos B-1, B-2, D-1, D-2, E-1, E-2, E-3,
E-4, E-5, E-6 e H-6 em função da altura.

I Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em


edificações dos grupos F-1, F-2, F-3, F-4, F-5, F-7 e F-10

J Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em


edificação do grupo F-6

K Questionário de avaliação de bombeiro civil


6 PROCEDIMENTOS 6.1.8 Devem ser disponibilizados a cada bombeiro
civil, conforme sua função prevista no plano de
6.1 Quantidade de bombeiro civil nas edificações
emergência da planta, os EPIs para proteção da cabeça,
6.1.1 A quantidade de bombeiro civil para os grupos B-
dos olhos, do tronco, dos membros superiores e inferiores
1, B-2, D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 e H-6 será
e do corpo todo, e equipamento de proteção respiratória
determinada levando-se em conta os grupos/divisões de
de forma a protegê-los dos riscos específicos da planta.
ocupação da edificação, o grau de risco, a altura e a área
6.1.9 A coordenação e a direção das ações caberão,
total construída da edificação, conforme previsto no
com exclusividade e em qualquer hipótese, ao Corpo de
Anexo G e H.
Bombeiros, quando ocorrer atuação em conjunto com os
6.1.1.1 No dimensionamento dos bombeiros civis para os
bombeiros civis no atendimento aos sinistros.
grupos B-1, B-2, D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 e
6.1.10 O dimensionamento e a aplicação de bombeiro
H-6 quando os parâmetros envolverem a área e a altura
civil nas edificações deve levar em conta também os
deve prevalecer a maior exigência para fins da quantidade
turnos de serviço.
de bombeiros civis, conforme Anexo G e H.
6.1.11 O profissional habilitado para a formação e para a
6.1.2 A quantidade de bombeiro civil para os grupos C-
reciclagem do bombeiro civil deve ter as qualificações
2, C-3, H-2, H-3, I-3, J-4, L-1 e M-2 será determinada
previstas na NBR 14.608 e na Portaria do Comandante do
levando-se em conta os grupos/divisões de ocupação da
Corpo de Bombeiros que regulamenta a Lei Estadual n.º
edificação, o grau de risco e a área total construída da
15.180, de 23 de outubro de 2013.
edificação, conforme previsto no Anexo G.

NOTA: O grau de risco de cada setor da planta é obtido 6.2 Certificação e avaliação
na Tabela 3, do Decreto Estadual 56.809/11 e na IT 14.
6.2.1 Os bombeiros civis exigidos nas edificações
6.1.3 A quantidade de bombeiro civil para os grupos F- previstas no Anexo G, H, I e J devem ser avaliados pelo
1, F-2, F-3, F-4, F-5, F-6, F-7 e F-10 será determinada Corpo de Bombeiros, durante as vistorias técnicas, de
levando-se em conta a lotação máxima da edificação, acordo com o Anexo E desta Instrução Técnica.
conforme previsto no Anexo I e J. 6.2.2 Para esta avaliação, o vistoriador deve escolher
6.1.4 A formação e atuação do bombeiro civil deverá um bombeiro civil e fazer 08 (oito) perguntas dentre as
obedecer aos requisitos previstos na NBR 14608 e aos 30 (trinta) constantes do Anexo K. O avaliado deve
requisitos previstos na Portaria do Comandante do Corpo acertar no mínimo 06 (seis) das perguntas feitas. Quando
de Bombeiros que regulamenta a Lei Estadual n.º 15.180, isto não ocorrer, deve ser avaliado outro bombeiro civil e,
de 23 de outubro de 2013. caso este também não acerte o mínimo estipulado acima,

6.1.5 A reciclagem anual do bombeiro civil deve ter deve ser exigido a reciclagem.

uma carga horária mínima de 40 (quarenta) horas, 6.2.3 Os bombeiros civis previstos na edificação de
conforme definido na Portaria do Comandante do Corpo acordo com o Anexo G, H, I e J devem apresentar,
de Bombeiros que regulamenta a Lei Estadual n.º 15.180, quando do pedido de vistoria, o certificado de formação
de 23 de outubro de 2013. e/ou reciclagem do curso de bombeiro civil, atendendo a

6.1.6 A atuação do bombeiro civil, independentemente NBR 14.608.

da ocupação, do risco, da complexidade e do número de 6.2.4 O Certificado de formação e/ou reciclagem do


pessoas envolvidas, deve estar baseada no plano de curso de bombeiro civil deve ser assinado pelo
emergência da edificação. Coordenador do Curso que é um profissional com

6.1.7 A cor do uniforme, os brevês e insígnias usadas formação na área de Segurança do Trabalho, com registro

pelo bombeiro civil devem ser diferentes dos usados profissional, ou o militar da reserva possuidor de Curso

pelos componentes do Corpo de Bombeiro da Policia de Especialização de Bombeiro, com carga horária

Militar do Estado de São Paulo, de forma que ele não mínima de 800 (oitocentas) horas-aula.

possa ser confundido. 6.2.5 Além dos bombeiros civis previstos na edificação
ou no evento temporário, conforme requisitos da Parte 2
desta IT, o responsável pela edificação deve manter uma
quantidade mínima de brigadistas de incêndio, atendendo
a Parte 1 desta IT.
ANEXO G

Tabela G.1: Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em edificações Grupos B, C, D, E, H, I, J, L E M

Área construída total


Acima de Acima de
Grau Acima de
5.000 m² até 10.000 m² até
Grupo Divisão Descrição Exemplos de
10.000 m² 50.000 m² 50.000 m²
risco
(inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros civis por turno
Hotéis, motéis,
pensões,
B – Serviço de Hospedagem

hospedarias,
Hotel e pousadas,
B-1 Médio Isento 1 Nota 4
assemelhado albergues, casas de
cômodos, divisão
A-3 com mais de
16 leitos.
Hotéis e
assemelhados com
cozinha própria nos
Hotel
B-2 apartamentos Médio Isento 1 Nota 4
residencial
(incluem-se apart-
hotéis, flats, hotéis
residenciais).

Edifícios de lojas
de departamentos, Médio 1 2 Nota 4
magazines,
Comércio com
armarinhos,
média e alta
C-2 galerias
carga de
C - Comercial

comerciais,
incêndio
supermercados em
geral, mercados e Alto 1 2 Nota 4
outros.

Centro de compras
Shopping
C-3 em geral (shopping Médio 1 2 Nota 4
Centers
centers)

Escritórios
administrativos ou
técnicos,
instituições Baixo Isento 1 Nota 4
Local para
financeiras (que
prestação de
D – Serviço Profissional

não estejam
serviço
D-1 incluídas em D-2),
profissional ou
repartições
condução de
públicas,
negócios
cabeleireiros, Médio 1 2 Nota 4
centros
profissionais e
assemelhados.

Agência Agências bancárias


D-2 Baixo Isento 1 Nota 4
bancária e assemelhados

Escolas de
Educacional
e Cultura

primeiro, segundo
Física

e terceiro graus,
E–

E-1 Escola em geral Baixo Isento 1 Nota 4


cursos supletivos e
pré-universitário e
assemelhados
Escolas de artes e
artesanato, de
línguas, de cultura
E-2 Escola especial geral, de cultura Baixo Isento 1 Nota 4
estrangeira, escolas
religiosas e
assemelhados.
Locais de ensino
e/ou práticas de
artes marciais,
natação, ginástica
(artística, dança,
musculação e
outros) esportes
Espaço para
E-3 coletivos (tênis, Baixo Isento 1 Nota 4
cultura física
futebol e outros
que não estejam
incluídos em F-3),
sauna, casas de
fisioterapia e
assemelhados. Sem
arquibancadas.

Centro de Escolas
E-4 treinamento profissionais em Baixo Isento 1 Nota 4
profissional geral

Creches, escolas
E-5 Pré-escola maternais, jardins Baixo Isento 1 Nota 4
de infância.

Escolas para
Escola para excepcionais,
E-6 portadores de deficientes visuais Baixo Isento 1 Nota 4
deficiências e auditivos e
assemelhados.

Asilos, orfanatos,
Local onde abrigos geriátricos,
pessoas hospitais
requerem psiquiátricos,
cuidados reformatórios,
H-2 Médio Isento 1 Nota 4
especiais por tratamento de
H – Serviço de saúde e institucional

limitações dependentes de
físicas ou drogas, álcool. E
mentais assemelhados.
Todos sem celas
Hospitais, casas de
saúde, prontos-
socorros, clínicas
com internação,
H-3 Hospital e
ambulatórios e Baixo 1 2 Nota 4
assemelhado
postos de
atendimento de
urgência, postos de
saúde etc.
Clínicas médicas,
consultórios em
Clínica e geral, unidades de
consultório hemodiálise,
H-6 Baixo 1 2 Nota 4
médico e ambulatórios e
odontológico assemelhados.
Todos sem
internação
Atividades
industriais que
Locais onde há envolvam
I – Indústria

alto risco de inflamáveis,


incêndio. Locais materiais
I-3 com carga de oxidantes, ceras, Alto 1 2 Nota 4
incêndio espuma sintética,
superior a 1.200 grãos, tintas,
MJ/m² borracha,
processamento de
lixo.
J – Depósito
Depósitos onde a
Todo tipo de carga de incêndio
J-4 Alto Isento 1 Nota 4
Depósito ultrapassa a
1.200MJ/m²

Baixo 2 2 Nota 4
L – Explosivos

Comércio em geral
de fogos de
L-1 Comércio Médio 2 2 Nota 4
artifício e
assemelhados

Alto 2 2 Nota 4

Baixo 2 4 Nota 4

Edificação
destinada a
M – Especial

produção,
Líquido ou gás manipulação,
M-2 inflamáveis ou armazenamento e Médio 2 4 Nota 4
combustíveis distribuição de
líquidos ou gases
inflamáveis ou
combustíveis.

Alto 2 4 Nota 4
NOTAS DO ANEXO G

1 O número máximo de bombeiro civil por planta por turno exigido por esta Instrução Técnica é de 05 (cinco) para
risco baixo, 10 (dez) para risco médio e 15 (quinze) para risco alto.

2 Nos turnos em que não haja nenhum tipo de atividade o número de bombeiro civil pode ser reduzido em 50%,
observando um número mínimo de 01 (um) bombeiro civil para permanência na edificação.

3 Sempre que o resultado do cálculo do número de bombeiro civil for fracionário deve ser arredondado para mais.

4 Para plantas com área construída acima de 50.000 m² deve ser acrescido mais 01 (um) bombeiro para cada 25.000
m².

4.1 Exemplo: Shopping Center com área construída de 62.500 m².

Shopping Center = C-comercial = divisão C-3 = shopping centers

Carga de incêndio = 800 MJ/m² = risco médio

Área construída de 62.500 m² = área construída acima de 50.000 m² (nota 4)

Área construída total


Grau Acima de 5.000 Acima de 10.000 Acima de
Grupo Divisão Descrição Exemplos de m² até 10.000 m² m² até 50.000 m² 50.000 m²
risco (inclusive) (inclusive)
Número de bombeiros civis por turno
Comercial

Centro de
Shopping compras em
C–

C-3 Médio 1 2 Nota 4


Centers geral (shopping
centers)
Total de bombeiros civis da planta por turno = número de bombeiros para área construída acima de 10.000 m² até
50.000 m² para grau de risco médio para Divisão C-3 + nota 4.

Número de bombeiros para área construída acima de 10.000 m² até 50.000 m² com risco médio na divisão C-3 = 2

Cálculo da nota 4 = mais um bombeiro para cada 25.000 m²

Cálculo da nota 4 = [(área total – 50.000 m²) / 25.000 m²]

Cálculo da nota 4 = [(62.500 – 50.000) / 25.000]

Cálculo da nota 4 = [(12.500) / 25.000]

Cálculo da nota 4 = [0.5] = 1 (ver nota 4)

Total de bombeiros civis da planta por turno = 2 + 1 = 3

5 Nas edificações do Grupo E a quantidade prevista de bombeiros civis é para aplicação durante o período efetivo de aula.

6 Na divisão M-2 as exigências são para as áreas de risco interna e externa das edificações.
ANEXO H

F Tabela H.1: Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em edificações dos Grupos B, D, E e H em função
da altura

Grau Altura (em metros)


Grupo Divisão Descrição Exemplos de 30 < H < 60 60 < H < 90 Acima de 90
risco Número de bombeiros civis por turno
Hotéis, motéis,
pensões,
hospedarias,
B – Serviço de Hospedagem

Hotel e pousadas,
B-1 Médio 1 2 3
assemelhado albergues, casas
de cômodos,
divisão A-3 com
mais de 16 leitos.
Hotéis e
assemelhados
com cozinha
própria nos
Hotel
B-2 apartamentos Médio 1 2 3
residencial
(incluem-se
apart-hotéis,
flats, hotéis
residenciais).
Escritórios
administrativos
ou técnicos,
instituições Baixo 1 2 3
Local para
financeiras (que
prestação de
D – Serviço Profissional

não estejam
serviço
D-1 incluídas em D-
profissional ou
2), repartições
condução de
públicas,
negócios
cabeleireiros, Médio 1 2 3
centros
profissionais e
assemelhados.

Agências
Agência
D-2 bancárias e Baixo 1 2 3
bancária
assemelhados
Grau Altura (em metros)
Grupo Divisão Descrição Exemplos de 30 < H < 60 60 < H < 90 Acima de 90
risco Número de bombeiros civis por turno
Escolas de
primeiro,
segundo e
Escola em terceiro graus,
E-1 Baixo 1 2 3
geral cursos supletivos
e pré-
universitário e
assemelhados
Escolas de artes e
artesanato, de
línguas, de
Escola cultura geral, de
E-2 Baixo 1 2 3
especial cultura
estrangeira,
escolas religiosas
e assemelhados.
Locais de ensino
e/ou práticas de
artes marciais,
natação, ginástica
E – Educacional e Cultura Física

(artística, dança,
musculação e
outros) esportes
Espaço para coletivos (tênis,
E-3 Baixo 1 2 3
cultura física futebol e outros
que não estejam
incluídos em F-
3), sauna, casas
de fisioterapia e
assemelhados.
Sem
arquibancadas.

Centro de Escolas
E-4 treinamento profissionais em Baixo 1 2 3
profissional geral

Creches, escolas
E-5 Pré-escola maternais, jardins Baixo 1 2 3
de infância.

Escolas para
excepcionais,
Escola para
deficientes
E-6 portadores de Baixo 1 2 3
visuais e
deficiências
auditivos e
assemelhados.
Clínicas médicas,
H – Serviço de

consultórios em
institucional

Clínica e geral, unidades


saúde e

consultório de hemodiálise,
H-6 Baixo 1 2 3
médico e ambulatórios e
odontológico assemelhados.
Todos sem
internação
ANEXO I

Tabela I.1: Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em edificações de Divisões F-1, F-2, F-3, F-4, F-5, F-7 e
F-10

População
Grupo Divisão Descrição Exemplo 2.500 a 5.000 a Acima de
5.000 10000 10.000
pessoas pessoas pessoas

Museus, centro de documentos


Local onde há objeto de valor
F-1 históricos, galerias de arte, 1 2 Nota 1
inestimável
bibliotecas e assemelhados.

Igrejas, capelas, sinagogas,


mesquitas, templos, cemitérios,
F-2 Local religioso e velório 1 2 Nota 1
crematórios, necrotérios, salas
de funerais e assemelhados.

Arenas em geral, estádios,


ginásios, piscinas, rodeios,
F-3 Centro esportivo e de exibição autódromos, sambódromos, pista 3 4 Nota 1
F – Local de Reunião do Público

de patinação e assemelhados.
Todos com arquibancadas

Estações rodoferroviárias e
marítimas, portos, metrô,
Estação e terminal de
F-4 aeroportos, heliponto, estações 1 2 Nota 1
passageiro
de transbordo em geral e
assemelhados.

Teatros em geral, cinemas,


óperas, auditórios de estúdios de
F-5 Arte cênica e auditória 1 2 Nota 1
rádio e televisão, auditórios em
geral e assemelhados.

F-7 Construção provisória Circos e assemelhados 2 3 Nota 1

Salões e salas para exposição de


Exposição de objetos ou
F-10 objetos ou animais. Edificações 1 2 Nota 1
animais
permanentes

NOTA DO ANEXO I:

1 Acima de 10.000 pessoas deve ser previsto 01 (um) bombeiro civil para cada grupo de 5.000 pessoas.

2 Nas edificações do grupo F a quantidade prevista de bombeiros civis é para aplicação durante o período de
funcionamento da edificação.

3 As estações e terminais urbanos de passageiros estarão isentas das exigências acima desde que a área edificada não
possua fechamento por materiais construtivos em todo o seu perímetro.
ANEXO J

Tabela J.1: Dimensionamento e aplicação de bombeiro civil em edificação de Divisão F-6

População
Grupo Divisão Descrição Exemplo Acima de
500 a 1.000 1.000 a 2.500 2.500 a 5.000
5.000
pessoas pessoas pessoas
pessoas
Boates, clubes,
F – Local de
Reunião do

salões de baile,
Público

restaurantes
Clube social e
F-6 dançantes, clubes 1 2 3 Nota 1
diversão
sociais, bingo,
bilhares, tiro ao
alvo, boliche etc.

NOTA DO ANEXO J:

1 Acima de 5.000 pessoas deve ser previsto 01 (um) bombeiro civil para cada grupo de 2.500 pessoas.

2 Nas edificações do grupo F a quantidade prevista de bombeiros civis é para aplicação durante o período de
funcionamento da edificação.
ANEXO K

Questionário de avaliação de bombeiro civil


O presente questionário deve ser aplicado, durante a realização das vistorias, aos bombeiros civis que atuam na edificação.

O bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta, e ERRADO, quando o bombeiro civil errar ou
não responder.

As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação.

1 – Quais os elementos que formam o tetraedro do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

2 – Quais os métodos de extinção do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

3 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe C?

( ) CERTO ( ) ERRADO

4 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe A?

( ) CERTO ( ) ERRADO

5 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe B?

( ) CERTO ( ) ERRADO

6 – Quais são os pontos e/ou temperaturas do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

7 – Para que serve o registro de recalque instalado na calçada da edificação?

( ) CERTO ( ) ERRADO

8 – Cite dois cuidados que se deve ter com as mangueiras de incêndio:

( ) CERTO ( ) ERRADO

9 – Cite qual o número de telefone usado para acionamento do Corpo de Bombeiros:

( ) CERTO ( ) ERRADO

10 – Demonstre a forma de utilização de um extintor de incêndio de CO2 :

( ) CERTO ( ) ERRADO

11 – Demonstre, a partir do hidrante, como deve ser armada uma linha de combate a incêndio, quando operada por uma única
pessoa:

( ) CERTO ( ) ERRADO

12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?

( ) CERTO ( ) ERRADO

13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?

( ) CERTO ( ) ERRADO

14 – Qual a sequencia da análise primária de uma vítima?

( ) CERTO ( ) ERRADO

15 – Demonstre o emprego do respirador manual (ambu) em uma vítima com parada respiratória:

( ) CERTO ( ) ERRADO

16 – Descreva dois sintomas de uma vítima com ataque cardíaco:

( ) CERTO ( ) ERRADO
17 – Demonstre a aplicação de massagem cardíaca e respiração em um adulto com auxílio do respirador manual (ambu):

( ) CERTO ( ) ERRADO

18 – Como se procede a RCP em uma vítima atendida por dois socorristas?

( ) CERTO ( ) ERRADO

19 – Como deve ser tratada uma vítima com hemorragia venosa no braço?

( ) CERTO ( ) ERRADO

20 – Cite dois cuidados que se deve ter com uma vítima de queimadura de 2º grau:

( ) CERTO ( ) ERRADO

21- Como deve ser tratada uma vítima de ataque epiléptico?

( ) CERTO ( ) ERRADO

22- Cite duas providências que devem ser tomadas em caso de vítima de choque elétrico:

( ) CERTO ( ) ERRADO

23- Quais os procedimentos a serem adotados, antes da chegada do socorro especializado, para uma vítima que apresenta fratura
exposta?

( ) CERTO ( ) ERRADO

24- Para que serve o sistema de pressurização em escada de emergência?

( ) CERTO ( ) ERRADO

25- O que significa um extintor com capacidade 2A e 20B?

( ) CERTO ( ) ERRADO

26- Onde se localiza o barrilete do sistema de combate a incêndio da edificação?

( ) CERTO ( ) ERRADO

27- Qual a primeira providência a ser tomada antes da retirada de uma pessoa retida em um elevador?

( ) CERTO ( ) ERRADO

28- Para que serve a válvula de governo e alarme do sistema de chuveiro automático?

( ) CERTO ( ) ERRADO

29- Demonstre a colocação da máscara autônoma contra gases:

( ) CERTO ( ) ERRADO

30- Explique dois processos para se efetuar ventilação em um ambiente tomado por fumaça:

( ) CERTO ( ) ERRADO

Ocupação: _____________________End.:_________________________________________

Nº Vistoria:_______________ Nº Proposta:______________

Nome do avaliado (1) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Nome do avaliado (2) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado

Data :____/____/_________

_______________________________ ____________________________________

Avaliado (1) Avaliado (2)

_______________________________ ____________________________________

Vistoriador (Avaliador) Testemunha


Instrução Técnica nº 18/2011 - Iluminação de emergência 449

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 18/2011

Iluminação de emergência

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Composição mínima da brigada de incêndio por


pavimento ou compartimento
2 Aplicação B Formação da brigada de incêndio

3 Referências normativas e bibliográficas C Questionário de avaliação de brigadista


D Questionário de avaliação de brigadista profissional
4 Definições
E Etapas para implantação da brigada de incêndio
5 Procedimentos F Exemplos de organogramas de brigadas de incêndio
G Fluxograma de procedimento de emergência da
brigada de incêndio

Atualizada pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

18-IT.pmd 449 31/10/2012, 15:02


450 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 18/2011 - Iluminação de emergência 451

1 OBJETIVO 5.2 Sistema centralizado com baterias


Fixar as condições necessárias para o projeto e instalação 5.2.1 Os componentes da fonte de energia centralizada de
do sistema de iluminação de emergência em edificações e alimentação do sistema de iluminação de emergência, bem
áreas de risco, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº como seus comandos devem ser instalados em local não
56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio das acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que
edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo. não ofereça risco de acidentes aos usuários.
5.2.2 Se houver baterias reguladas por válvulas, o painel de
2 APLICAÇÃO
controle pode ser instalado no mesmo local das baterias. O
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações e local da instalação deverá ser em lugar ventilado e protegido
áreas de risco onde o sistema de iluminação de emergência do acúmulo de gases.
é exigido.
5.2.3 A vida útil das baterias usadas nesse sistema deve ser
2.2 Adota-se a NBR 10898/99 – Sistema de iluminação de de quatro anos, comprovado pelo fabricante.
emergência, naquilo que não contrariar o disposto nesta IT.
5.3 Conjunto de blocos autônomos
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS As baterias para sistemas autônomos devem ser de chumbo-
NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão. ácido selada ou níquel-cádmio, isenta de manutenção.
NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência.
NBR 15465 - Sistema de eletrodutos plásticos para instala- 5.4 Considerações gerais
ções elétricas de baixa tensão – Requisitos de desempenho. 5.4.1 No caso de instalação aparente, a tubulação e as cai-
xas de passagem devem ser metálicas ou em PVC rígido
4 DEFINIÇÕES antichama, conforme NBR 15465/08.
Aplicam-se as definições constantes da IT 03/11 - Terminolo- 5.4.2 A distância máxima entre os pontos de iluminação de
gia de segurança contra incêndio. emergência não deve ultrapassar 15 m e entre o ponto de
iluminação e a parede 7,5 m. Outro distanciamento entre
5 PROCEDIMENTOS pontos pode ser adotado, desde que atenda aos parâmetros
da NBR 10898/99.
5.1 Grupo motogerador (GMG)
5.4.2.1 Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento
5.1.1 Deve-se garantir acesso controlado e desobstruído
de 3 lux em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio)
desde a área externa da edificação até o grupo motogerador.
e 5 lux em locais com desnível (escadas ou passagens com
5.1.2 No caso de grupo motogerador instalado em local con- obstáculos).
finado, para o seu perfeito funcionamento, deve ser garantido
5.4.3 A tensão das luminárias de aclaramento e balizamento
que a tomada de ar seja realizada sem o risco de se captar a
para iluminação de emergência em áreas com carga de
fumaça oriunda de um incêndio.
incêndio deve ser de, no máximo, de 30 Volts.
5.1.3 Na condição acima descrita, o GMG deve ser instala-
5.4.4 Para instalações existentes e na impossibilidade de
do em compartimento resistente ao fogo por 2 h, com acesso
reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser
protegido por PCF P-90.
utilizado um interruptor diferencial de 30mA, com disjuntor
5.1.4 Quando a tomada de ar externo for realizada por meio termomagnético de 10A.
de duto, este deve ser construído ou protegido por material
5.4.4.1Recomenda-se a instalação de uma tomada externa à
resistente ao fogo por 2 h.
edificação, compatível com a potência da iluminação, para
5.1.5 Nas edificações atendidas por grupo motogerador, ligação de um gerador móvel. Esta tomada deve ser acessí-
quando o tempo de comutação do sistema for superior ao vel, protegida adequadamente contra intempéries e devida-
estabelecido pela NBR 10898/99, deve ser previsto sistema mente identificada.
centralizado por bateria ou bloco autônomo.
5.4.5 O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de
5.1.6 Os circuitos elétricos do GMG devem atender as pres- São Paulo, na vistoria, poderá exigir que os equipamentos
crições da IT 41/11 – Inspeção visual em instalações elétricas utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam
de baixa tensão. certificados pelo Sistema Brasileiro de Certificação.

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452 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

18-IT.pmd 452 18/10/2012, 16:02


Instrução Técnica nº 19/2011 - Sistema de detecção e alarme de incêndio 453

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 19/2011

Sistema de detecção e alarme de incêndio

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Composição mínima da brigada de incêndio por


pavimento ou compartimento
2 Aplicação
B Formação da brigada de incêndio
3 Referências normativas C Questionário de avaliação de brigadista
4 Definições D Questionário de avaliação de brigadista profissional

5 Procedimentos E Etapas para implantação da brigada de incêndio


F Exemplos de organogramas de brigadas de incêndio
G Fluxograma de procedimento de emergência da
brigada de incêndio

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454 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 19/2011 - Sistema de detecção e alarme de incêndio 455

1 OBJETIVOS 5.6.1 Em locais de grande concentração de pessoas, o alar-


me geral pode ser substituído por um sinal sonoro (pré-alar-
Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o
me) apenas na sala de segurança, junto à central, para evitar
dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de
tumulto, com o intuito de acionar primeiramente a brigada de
incêndio, na segurança e proteção de uma edificação.
incêndio para verificação do sinal de pré-alarme. No entanto,
para esse caso, a central deve possuir um temporizador para
2 APLICAÇÃO
o acionamento posterior do alarme geral, com tempo de re-
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações tardo de, no máximo, 2 minutos, caso não sejam tomadas as
ou áreas de riscos onde se exigem os sistemas de detecção ações necessárias para verificar o pré-alarme da central.
e alarme de incêndio, conforme Decreto Estadual nº56.819/11 Nesses tipos de locais, pode-se ainda optar por uma mensa-
– Regulamento de segurança contra incêndio das edificações gem eletrônica automática de orientação de abandono, como
e áreas de risco do Estado de São Paulo. pré-alarme; sendo que só será aceita essa comunicação,
desde que exista brigada de incêndio na edificação. Mesmo
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS com o pré-alarme na central de segurança, o alarme geral é
NBR 11836 - Detectores automáticos de fumaça para prote- obrigatório para toda a edificação.
ção contra incêndio.
5.7 A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em
NBR 13848 - Acionador manual para utilização em sistemas qualquer ponto da área protegida até o acionador manual
de detecção e alarme de incêndio. mais próximo, não deve ser superior a 30 metros.
NBR 17240 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio –
projeto, instalação, comissionamento e manutenção de siste- 5.8 Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser
mas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. localizados junto aos hidrantes.
NFPA 72 - National Fire Alarm Code. 5.9 Nos edifícios com mais de um pavimento, deve ser pre-
visto pelo menos um acionador manual em cada pavimento.
4 DEFINIÇÕES Os mezaninos estarão dispensados desta exigência, caso o
Para os efeitos desta Instrução Técnica são adotadas as acionador manual do piso principal dê cobertura para a área
definições da NBR 17240 e da IT 03/11 - Terminologia de do mezanino, conforme item 5.7.
segurança contra incêndio.
5.10 Nas edificações anteriores a 20 de março de 1983, o
posicionamento dos acionadores manuais deverá ser junto
5 PROCEDIMENTOS aos hidrantes; neste caso, exclui-se a exigência do item 5.7
5.1 O projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio desta IT.
deve conter os elementos necessários ao seu completo
entendimento, onde os procedimentos para elaboração do 5.11 Onde houver sistema de detecção instalado será obriga-
Projeto Técnico devem atender a IT 01/11 - Procedimentos tória a instalação de acionadores manuais, exceto para ocu-
administrativos. pações das divisões F-6, onde o acionador manual é opcional
nas áreas de público e obrigatório nas demais áreas.
5.2 Os detalhes para execução gráfica do Projeto Técnico
devem atender aos procedimentos exigidos pelo Corpo de 5.12 Nos locais onde não seja possível ouvir o alarme geral
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo devido a sua atividade sonora intensa, será obrigatória a ins-
(CBPMESP), conforme IT 04/11 - Símbolos gráficos para talação de avisadores visuais e sonoros.
projeto de segurança contra incêndio.
5.13 Nos locais de reunião de público, tais como: casa de
5.3 Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. A show, música, espetáculo, dança, discoteca, danceteria, sa-
principal é a rede do sistema elétrico da edificação, e a auxi- lões de baile etc.; onde se tem, naturalmente, uma situação
liar é constituída por baterias, nobreak ou gerador. Quando a acústica elevada, será obrigatória também a instalação de
fonte de alimentação auxiliar for constituída por bateria de avisadores visuais, quando houver a exigência do sistema
acumuladores ou “nobreak”, esta deve ter autonomia mínima de detecção ou de alarme.
de 24 horas em regime de supervisão, sendo que no regime
de alarme deve ser de, no mínimo, 15 minutos para supri- 5.14 Quando houver exigência de sistema de detecção para
mento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo ne- uma edificação, será obrigatória a instalação de detectores
cessário para o abandono da edificação. Quando a alimenta- nos entreforros e entrepisos (pisos falsos) que contenham
ção auxiliar for por gerador, também deve ter os mesmos instalações com materiais combustíveis.
parâmetros de autonomia mínima.
5.15 Os elementos de proteção contra calor que contenham
5.4 As centrais de detecção e alarme devem ter dispositivo a fiação do sistema devem atender a IT 41/11 – Inspeção
de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acús- visual em instalações elétricas de baixa tensão.
ticos.
5.5 A central de detecção e alarme e o painel repetidor de- 5.16 Os eletrodutos e a fiação devem atender à NBR 17240/10.
vem ficar em local onde haja constante vigilância humana e 5.17 Os acionadores manuais instalados na edificação de-
de fácil visualização. vem obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento
5.6 A central deve acionar o alarme geral da edificação, de- (cor verde) e alarme (cor vermelha) indicando o funciona-
vendo ser audível em toda edificação. mento e supervisão do sistema, quando a central do sistema

19-IT.pmd 455 18/10/2012, 16:03


456 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

for do tipo convencional. Quando a central for do tipo inteli- ligado à central que deve ficar em portaria com vigilância
gente pode ser dispensada a presença dos leds nos aciona- humana de 24 horas, e tenha fonte autônoma com duração
dores, desde que haja na central uma supervisão constante e mínima de 60 minutos.
periódica dos equipamentos periféricos (acionadores manu-
ais, indicadores sonoros, detectores etc.), sendo que, quan- 5.21.1 As garagens de edifícios residenciais que se valerem
do a central possuir o sistema de pré-alarme (conforme item do sistema de interfone como substituto do sistema de alar-
5.6.1), obrigatoriamente deverá ter o led de alarme nos acio- me, devem possuir interfone devidamente sinalizado, confor-
nadores, indicando que o sistema foi acionado. me IT 20/11 - Sinalização de emergência, devendo ter pelo
menos um aparelho de interfone, o qual deve estar
5.18 Nas centrais de detecção e alarme é obrigatório con- posicionado, no máximo, a 5 m do acesso à rota de fuga.
ter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com
identificação dos acionadores manuais ou detectores dispos- 5.22 Em locais em que a altura da cobertura do prédio pre-
tos na área da edificação, respeitadas as características téc- judique a sensibilidade ou desempenho dos detectores, bem
nicas da central. Esse painel pode ser substituído por um como naqueles pontos em que não se recomenda o uso de
display da central que indique a localização do acionamento. detectores sobre equipamentos, devem ser usados detectores
com tecnologias que atuem pelo princípio de detecção linear.
5.19 Em locais de ocupação de indústria e depósito com
alto risco de propagação de incêndio, podem ser acrescenta- 5.23 Quando houver edificações ou áreas protegidas por
dos sistemas complementares de confirmação de indicação subcentral, esta deverá estar interligada à central
de alarme, tais como interfone, rede rádio etc, devidamente supervisionadora, emitindo sinal simultâneo de alarme, po-
sinalizados. dendo o alarme geral ser soado somente na edificação ou
área protegida pela subcentral, mas emitindo sinal de pré-
5.20 A colocação de leds de alto brilho, para aviso visual alarme para a central. O alarme geral para toda a edificação
sobre as saídas de emergência pode ser acrescentada à exe- será soado caso, em 2 minutos, não sejam tomadas medidas
cução do sistema de alarme e detecção, nos locais onde a de ação junto à central supervisionadora.
produção de fumaça seja esperada em grande quantidade.
5.24 A utilização do sistema de detecção e alarme contra
5.21 Em edifícios residenciais com altura até 30 m, o incêndio com tecnologia sem fio deve atender aos objetivos e
sistema de alarme pode ser substituído pelo sistema de desempenho da Norma Brasileira, bem como, deve possuir
interfone, desde que cada apartamento possua um ramal certificação em laboratório reconhecido com laudo de ensaio.

19-IT.pmd 456 18/10/2012, 16:03


Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 457

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 20/2011

Sinalização de emergência

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Formas geométricas e dimensões para a


sinalização de emergência
2 Aplicação
B Simbologia para sinalização de emergência
3 Referências normativas e bibliográficas
C Exemplos de instalação de sinalização
4 Definições

5 Procedimentos gerais

6 Procedimentos específicos

20-IT.pmd 457 18/10/2012, 16:05


458 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

20-IT.pmd 458 18/10/2012, 16:05


Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 459

1 OBJETIVO b. as simbologias das sinalizações de emergência são


as constantes do Anexo B.
Fixar as condições exigíveis que devem satisfazer o sistema
de sinalização de emergência em edificações e áreas de ris- 5.3 Tipos de sinalização
co, conforme o Decreto Estadual nº56.819/11 – Regulamen-
to de segurança contra incêndio das edificações e áreas de A sinalização de emergência divide-se em sinalização bási-
risco do Estado de São Paulo. ca e sinalização complementar, conforme segue:
5.3.1 Sinalização básica
2 APLICAÇÃO
A sinalização básica é o conjunto mínimo de sinalização que
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações e uma edificação deve apresentar, constituído por 4 categorias,
áreas de risco, exceto residências unifamiliares. de acordo com sua função:
5.3.1.1 Proibição
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
Visa a proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do
NBR 7500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte
incêndio ou ao seu agravamento.
e armazenamento de materiais.
NBR 13434-1 - Sinalização de segurança contra incêndio – 5.3.1.2 Alerta
Parte 1: Princípios de projeto. Visa a alertar para áreas e materiais com potencial de risco
NBR 13434-2 – Sinalização de segurança contra incêndio – de incêndio, explosão, choques elétricos e contaminação por
Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores. produtos perigosos.
NBR 13434-3 – Sinalização de segurança contra incêndio – 5.3.1.3 Orientação e salvamento
Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio. Visa a indicar as rotas de saída e as ações necessárias para
Portaria nº204:1997 do Ministério dos Transportes – Instru- o seu acesso e uso.
ções complementares ao Regulamento do Transporte Rodo- 5.3.1.4 Equipamentos
viário de Produtos Perigosos.
Visa a indicar a localização e os tipos de equipamentos de
Norma ISO 6309:1987 – Fire protection – safety signs. combate a incêndios e alarme disponíveis no local.
Norma ISO 3864:1984 - Safety colours and safety signs.
5.3.2 Sinalização complementar
Norma BS 5378-1:1980 – Safety signs and colours.
Specifications for colour and design. A sinalização complementar é o conjunto de sinalização com-
posto por faixas de cor ou mensagens complementares à
Norma BS 5499-1:1990 – Fire safety signs, notices and graphic
sinalização básica, porém, das quais esta última não é de-
symbols. Specification for fire safety signs.
pendente.
Directive 92/58/EEC (OJ L 245, 26.8.1992) Minimum
requirements for the provision of safety and/or health signs at A sinalização complementar tem a finalidade de:
work Germany, Spain, Italy. 5.3.2.1 Complementar, através de um conjunto de faixas de
cor, símbolos ou mensagens escritas, a sinalização básica,
4 DEFINIÇÕES nas seguintes situações:
a. indicação continuada de rotas de saída;
Aplicam-se as definições constantes da IT 03/11 – Terminolo-
gia de segurança contra incêndio. b. indicação de obstáculos e riscos de utilização das ro-
tas de saída;
5 PROCEDIMENTOS GERAIS c. mensagens específicas escritas que acompanham a
sinalização básica, onde for necessária a complemen-
5.1 Finalidade
tação da mensagem dada pelo símbolo.
A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o
5.3.2.2 Informar circunstâncias específicas em uma edifi-
risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos exis-
cação ou áreas de risco, por meio de mensagens escritas;
tentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situ-
ação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a 5.3.2.3 Demarcar áreas para assegurar corredores de circu-
localização dos equipamentos e das rotas de saída para aban- lação destinados às rotas de saídas e acesso a equipamen-
dono seguro da edificação em caso de incêndio. tos de combate a incêndio e alarme, em locais ocupados por
estacionamento de veículos, depósitos de mercadorias e
5.2 Características da sinalização de emergência máquinas ou equipamentos de áreas fabris;
5.2.1 Características básicas 5.3.2.4 Identificar sistemas hidráulicos fixos de combate a
incêndio.
A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensa-
gens e cores, definidos nesta IT, que devem ser alocados 5.3.2.5 Rotas de saída
convenientemente no interior da edificação e áreas de risco, Visa a indicar o trajeto completo das rotas de fuga até uma
segundo os critérios desta IT. saída de emergência (indicação continuada).
5.2.2 Características específicas 5.3.2.6 Obstáculos
a. formas geométricas e as dimensões das sinalizações Visa a indicar a existência de obstáculos nas rotas de fuga,
de emergência são as constantes do Anexo A; tais como: pilares, arestas de paredes e vigas, desníveis de

20-IT.pmd 459 18/10/2012, 16:05


460 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

piso, fechamento de vãos com vidros ou outros materiais b. a sinalização de orientação das rotas de saída deve
translúcidos e transparentes etc. ser localizada de modo que a distância de percurso de
qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja
5.3.2.7 Mensagens escritas
de, no máximo, 15 m. Adicionalmente, essa também
Visa a informar o público sobre: deve ser instalada, de forma que na direção de saída
a. uma sinalização básica, quando for necessária a de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto se-
complementação da mensagem dada pelo símbolo; guinte, respeitado o limite máximo de 30 m. A sinaliza-
ção deve ser instalada de modo que a sua base esteja
b. as medidas de proteção contra incêndio existentes na
a 1,8 m do piso acabado;
edificação ou áreas de risco;
c. a sinalização de identificação dos pavimentos no inte-
c. as circunstâncias específicas de uma edificação e áre-
rior da caixa de escada de emergência deve estar a
as de risco;
uma altura de 1,8 m medido do piso acabado à base
d. a lotação admitida em recintos destinados a reunião da sinalização, instalada junto à parede, sobre o pata-
de público. mar de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser
visualizada em ambos os sentidos da escada (subida
5.3.2.8 Demarcações de áreas
e descida);
Visa a definir um leiaute no piso, para informar aos usuários d. a mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada
as rotas de saída e os equipamentos de combate a incêndio no idioma português. Caso exista a necessidade de
e alarme, em áreas utilizadas para depósito de materiais, utilização de outras línguas estrangeiras, devem ser
instalações de máquinas e ou equipamentos industriais e em aplicados textos adicionais;
locais destinados a estacionamento de veículos.
e. em escadas contínuas, além da identificação do pavi-
5.3.2.9 Identificação de sistemas hidráulicos fixos de com- mento de descarga no interior da caixa de escada de
bate a incêndio emergência, deve-se incluir uma sinalização de saída de
emergência com seta indicativa da direção do fluxo atra-
Visa a identificar, por meio de pintura diferenciada, as vés dos símbolos (Anexo B – código S3 ou S4 na parede
tubulações e acessórios utilizados para sistemas de hidrantes frontal aos lances de escadas e S5 acima da porta de
e chuveiros automáticos quando aparentes. saída, de forma a evidenciar o piso de descarga);
6 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS f. a abertura das portas em escadas não deve obstruir a
visualização de qualquer sinalização.
6.1 Implantação da sinalização básica
6.1.4 Sinalização de equipamentos de combate a incêndio
Os diversos tipos de sinalização de emergência devem ser
implantados em função de características específicas de uso A sinalização apropriada de equipamentos de combate a in-
e dos riscos, bem como em função de necessidades básicas cêndio deve estar a uma altura de 1,8 m, medida do piso
para a garantia da segurança contra incêndio e pânico na acabado à base da sinalização, e imediatamente acima do
edificação (ver exemplos no Anexo C). equipamento sinalizado. Ainda:
a. quando houver, na área de risco, obstáculos que difi-
6.1.1 Sinalização de proibição cultem ou impeçam a visualização direta da sinaliza-
A sinalização de proibição apropriada deve ser instalada em ção básica no plano vertical, a mesma sinalização deve
local visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado ser repetida a uma altura suficiente para a sua
à base da sinalização, distribuída em mais de um ponto den- visualização;
tro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas b. quando a visualização direta do equipamento ou sua
possa ser claramente visível de qualquer posição dentro da sinalização não for possível no plano horizontal, a sua
área, distanciadas em no máximo 15 m entre si. localização deve ser indicada a partir do ponto de boa
visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o
6.1.2 Sinalização de alerta símbolo do equipamento em questão e uma seta
indicativa, sendo que o conjunto não deve distar mais
A sinalização de alerta apropriada deve ser instalada em lo-
que 7,5 m do equipamento;
cal visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à
base da sinalização, próxima ao risco isolado ou distribuída c. quando o equipamento encontrar-se instalado em pi-
ao longo da área de risco generalizado, distanciadas entre si lar, devem ser sinalizadas todas as faces do pilar que
em, no máximo, 15 m. estiverem voltadas para os corredores de circulação
de pessoas ou veículos;
6.1.3 Sinalização de orientação e salvamento d. quando se tratar de hidrante e extintor de incêndio
A sinalização de saída de emergência apropriada deve assi- instalados em garagem, área de fabricação, depósito
nalar todas as mudanças de direção, saídas, escadas etc., e e locais utilizados para movimentação de mercadori-
ser instalada segundo sua função, a saber: as e de grande varejo deve ser implantada também a
sinalização de piso.
a. a sinalização de portas de saída de emergência deve
ser localizada imediatamente acima das portas, no
6.2 Implantação da sinalização complementar
máximo a 0,1 m da verga, ou diretamente na folha da
porta, centralizada a uma altura de 1,8 m medida do 6.2.1 A sinalização complementar de indicação continuada
piso acabado à base da sinalização; das rotas de saída é facultativa e, quando utilizada, deve ser

20-IT.pmd 460 18/10/2012, 16:05


Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 461

aplicada sobre o piso acabado ou sobre as paredes de corre- 6.2.4.1 No acesso principal da edificação, informando o pú-
dores e escadas destinadas a saídas de emergência, indi- blico sobre:
cando a direção do fluxo, atendendo aos seguintes critérios: a. os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e pas-
(ver exemplos no Anexo C). sivos) instalados na edificação;
a. o espaçamento entre cada uma delas deve ser de até b. a característica estrutural da edificação (metálica,
3 m na linha horizontal, medidas a partir das extremi- protendida, concreto armado, madeira etc);
dades internamente consideradas;
c. o número do telefone de emergência para acionamento
b. independente do critério anterior, deve ser aplicada a do Corpo de Bombeiros (193) ou, na falta de Posto de
sinalização a cada mudança de direção; Bombeiros no Município, o número de telefone da
c. quando aplicada sobre o piso, a sinalização deve es- Polícia Militar (190).
tar centralizada em relação à largura da rota de saída;
6.2.4.2 No acesso principal dos recintos destinados a
d. quando aplicada nas paredes, a sinalização deve es- reunião de público, indicando a lotação máxima admitida,
tar a uma altura constante entre 0,25 m e 0,5 m do piso regularizada em projeto aprovado no Corpo de Bombeiros
acabado à base da sinalização, podendo ser aplica- da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
da, alternadamente, à parede direita e esquerda da
rota de saída. 6.2.4.3 No acesso principal da área de risco, informando ao
público sobre:
6.2.2 A sinalização complementar de indicação de obstáculos a. os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e
ou de riscos nas circulações das rotas de saída deve ser im- passivos) instalados na área de risco;
plantada toda vez que houver uma das seguintes condições:
b. os produtos líquidos combustíveis armazenados,
a. desnível de piso; indicando a quantidade total de recipientes transpor-
b. rebaixo de teto; táveis ou tanques, bem como a capacidade máxima
c. outras saliências resultantes de elementos construti- individual de cada tipo, em litros ou metros cúbicos,
vos ou equipamentos que reduzam a largura das rotas regularizados em projeto aprovado no CBPMESP;
de saída, prejudicando a sua utilização; c. os gases combustíveis armazenados em tanques
d. elementos translúcidos e transparentes, tais como vi- fixos, indicando a quantidade total de tanques, bem
dros, utilizados em esquadrias destinadas a portas e como a capacidade máxima individual dos tanques,
painéis (com função de divisórias ou de fachadas, des- em litros ou metros cúbicos e em quilogramas, regula-
de que não assentadas sobre muretas com altura mí- rizados em projeto aprovado no CBPMESP;
nima de 1 m). d. os gases combustíveis armazenados em recipientes
transportáveis, indicando a quantidade total de recipi-
6.2.2.1 A sinalização complementar de indicação de obstá-
entes de acordo com a capacidade máxima individual
culos e riscos na circulação de rotas de saída deve ser insta-
de cada tipo, em quilogramas, regularizados em pro-
lada de acordo com os seguintes critérios:
jeto aprovado no CBPMESP;
6.2.2.1.1 Faixa zebrada, conforme Anexo B: e. outros produtos perigosos armazenados, indicando o
a. nas situações previstas nas alíneas “a” e “c” do item tipo, a quantidade e os perigos que oferecem às
anterior, devem ser aplicadas, verticalmente, a uma pessoas e meio ambiente.
altura de 0,5 m do piso acabado, com comprimento
6.2.4.4 Próximo aos produtos armazenados, separados
mínimo de 1 m;
por categoria, indicando o nome comercial e científico do
b. nas situações previstas na alínea “c” do item anterior, produto.
devem ser aplicadas, horizontalmente, por toda a
6.2.4.5 Além das sinalizações previstas nesta IT, as áreas de
extensão dos obstáculos, em todas as faces, com
armazenamento de produtos perigosos devem ser sinaliza-
largura mínima de 0,1 m em cada face.
das de acordo com a NBR 7500/09.
6.2.2.1.2 Nas situações previstas na alínea “d” do item 6.2.2
6.2.5 As sinalizações complementares destinadas à
devem ser aplicadas tarjas, em cor contrastante com o
demarcação de áreas devem ser implantadas no piso acaba-
ambiente, com largura mínima de 50 mm, aplicada horizon-
do, através de faixas contínuas com largura entre 0,05 m e
talmente em toda sua extensão, na altura constante compre-
0,2 m, nas seguintes situações:
endida entre 1 m e 1,4 m do piso acabado.
6.2.5.1 Na cor branca ou amarela, em todo o perímetro das
6.2.3 As mensagens escritas específicas, que acompanham áreas destinadas a depósito de mercadorias, máquinas e
a sinalização básica, devem se situar imediatamente adja- equipamentos industriais etc, a fim de indicar uma separação
cente à sinalização que complementar e devem ser escritas entre os locais desses materiais e os corredores de circula-
na língua portuguesa. ção de pessoas e veículos;
6.2.3.1 Quando houver necessidade de mensagens em uma 6.2.5.2 Na cor branca ou amarela, para indicar as vagas de
ou mais línguas estrangeiras, essas podem ser adicionadas estacionamento de veículos em garagens ou locais de carga
sem, no entanto, substituir a mensagem na língua portuguesa. e descarga;
6.2.4 As mensagens que indicam circunstâncias específicas 6.2.5.3 Na cor branca, paralelas entre si e com o espaçamento
de uma edificação ou área de risco devem ser utilizadas em variando entre uma e duas vezes a largura da faixa adotada,
placas a serem instaladas nas seguintes situações: dispostas perpendicularmente ao sentido de fluxo de pedes-

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462 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

tres (faixa de pedestres), com comprimento mínimo de 1,2 m, f. as sinalizações complementares de indicação conti-
formando um retângulo ou quadrado de pelo menos 1,2 m de nuada das rotas de saída e de indicação de obstácu-
largura por 1,8 m de comprimento, sem bordas laterais, nos los devem possuir efeito fotoluminescente;
acessos às saídas de emergência, a fim de identificar o corre- g. os recintos destinados à reunião de público, cujas ati-
dor de acesso para pedestres localizado junto a: vidades se desenvolvem sem aclaramento natural ou
a. vagas de estacionamento de veículos; artificial suficientes para permitir o acúmulo de ener-
gia no elemento fotoluminescente das sinalizações de
b. depósitos de mercadorias. saídas, devem possuir luminária de balizamento com
6.2.6 As sinalizações complementares destinadas à identi- a indicação de saída (mensagem escrita e/ou símbolo
ficação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio correspondente), sem prejuízo do sistema de ilumina-
devem ser implantadas da seguinte forma: ção de emergência, em substituição à sinalização apro-
priada de saída com o efeito fotoluminescente;
6.2.6.1 Para o sistema de proteção por hidrantes, as tubula-
h. os equipamentos de origem estrangeira, instalados na
ções aparentes, não embutidas na alvenaria (parede e piso),
edificação, utilizados na segurança contra incêndio,
devem ter pintura na cor vermelha;
devem possuir as orientações necessárias à sua ope-
6.2.6.2 As portas dos abrigos dos hidrantes: ração na língua portuguesa.
a. podem ser pintadas em outra cor, mesmo quando
metálicas, combinando com a arquitetura e decoração 6.4 Projeto de sinalização de emergência
do ambiente, desde que as mesmas estejam devida- Para fins de apresentação junto ao Corpo de Bombeiros, deve
mente identificadas com o dístico “incêndio” – fundo ser indicada uma nota no projeto técnico de proteção e segu-
vermelho com inscrição na cor branca ou amarela; rança contra incêndio referente ao atendimento das exigên-
b. podem possuir abertura no centro com área mínima cias contidas nesta IT.
de 0,04 m², fechada com material transparente (vidro,
6.4.1 Nos detalhes de sistemas a serem apresentados em
acrílico etc), identificado com o dístico “incêndio” – fun-
projeto técnico, a simbologia indicativa da sinalização deve
do vermelho com inscrição na cor branca ou amarela.
ser a prevista por esta IT.
6.2.6.3 Os acessórios hidráulicos (válvulas de retenção,
6.4.2 É recomendada a elaboração de projeto executivo do
registros de paragem, válvulas de governo e alarme) devem
sistema de sinalização de emergência, de forma a adequar
receber pintura na cor amarela;
tecnicamente a edificação aos parâmetros desta IT, entretan-
6.2.6.4 A tampa de abrigo do registro de recalque deve ser to tal projeto não necessita ser encaminhado para análise do
pintada na cor vermelha; Corpo de Bombeiros, mas deve estar à disposição na
edificação para suprir possíveis dúvidas do agente vistoriador.
6.2.6.5 Quando houver 2 ou mais registros de recalque na
edificação, tratando-se de sistemas diferenciados de prote- 6.4.3 O projeto executivo de sinalização de emergência,
ção contra incêndio (sistema de hidrantes e sistema de quando elaborado, deve ser constituído de memoriais descri-
chuveiros automáticos), deve haver indicação específica no tivos do sistema de sinalização e de plantas-baixa da
interior dos respectivos abrigos: inscrição “H” para hidrantes edificação onde constem os tipos e dimensões das sinaliza-
e “CA” ou “SPK” para chuveiros automáticos. ções apropriadas à edificação, indicadas através de um
círculo dividido ao meio na posição a serem instaladas,
6.3 Requisitos conforme indicado na Tabela A-4 do Anexo A ou através de
linhas finas de chamada, onde:
São requisitos básicos para que a sinalização de emergên-
cia possa ser visualizada e compreendida no interior da a. na parte superior do círculo deve constar o código do
edificação ou área de risco: símbolo, conforme Anexo B;
a. a sinalização de emergência deve destacar-se em re- b. na parte inferior do círculo devem constar as dimensões
lação à comunicação visual adotada para outros fins; (diâmetro, altura e/ou largura) da placa (em milímetros),
conforme Tabela A-1 do Anexo A.
b. a sinalização de emergência não deve ser neutraliza-
da pelas cores de paredes e acabamentos, dificultan- 6.4.3.1 Quando as sinalizações se utilizarem de mensagens
do a sua visualização; escritas, devem constar à altura mínima de letras (conforme
c. a sinalização de emergência deve ser instalada perpen- Tabela A-2 do Anexo A) para cada placa, indicando-se através
dicularmente aos corredores de circulação de pessoas e de linha fina de chamada;
veículos, permitindo-se condições de fácil visualização; 6.4.3.2 Deve ainda constar do projeto uma legenda conten-
d. as expressões escritas utilizadas nas sinalizações de do todos os símbolos adotados em conformidade com o
emergência devem seguir as regras, termos e vocábulos Anexo B desta IT, bem como, o quadro de quantidades de
da língua portuguesa, podendo, complementarmente, placas de sinalização discriminados por tipo e dimensões.
e nunca exclusivamente, ser adotada outra língua
estrangeira; 6.5 Material
e. as sinalizações básicas de emergência destinadas à Os seguintes materiais podem ser utilizados para a confecção
orientação e salvamento, alarme de incêndio e equi- das sinalizações de emergência:
pamentos de combate a incêndio devem possuir efei-
to fotoluminescente; a. placas em materiais plásticos;

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 463

b. chapas metálicas; mesmos padrões exigidos para os materiais empregados na


c. outros materiais semelhantes. sinalização aérea do mesmo tipo.
6.5.4.1 As demais sinalizações aplicadas em pisos acaba-
6.5.1 Os materiais utilizados para a confecção das sinaliza-
dos podem ser executadas em tinta que resista a desgaste,
ções de emergência devem atender às seguintes caracterís-
por um período de tempo considerável, decorrente de tráfego
ticas:
de pessoas, veículos e utilização de produtos e materiais uti-
a. possuir resistência mecânica; lizados para limpeza de pisos.
b. possuir espessura suficiente para que não sejam 6.5.4.2 As placas utilizadas na sinalização podem ser do tipo
transferidas para a superfície da placa possíveis irre- plana ou angular; quando angular, devem seguir as
gularidades das superfícies onde forem aplicadas; especificações conforme demonstrado na Figura 1, abaixo:
c. não propagar chamas;
d. resistir a agentes químicos e limpeza;
e. resistir à água;
f. resistir ao intemperismo.
6.5.2 Devem utilizar elemento fotoluminescente para as co-
res brancas e amarelas dos símbolos, faixas e outros ele-
mentos empregados para indicar:
a. sinalizações de orientação e salvamento;
b. equipamentos de combate a incêndio e alarme de
incêndio;
c. sinalização complementar de indicação continuada de
rotas de saída;
d. sinalização complementar de indicação de obstácu-
los e de riscos na circulação de rotas de saída.
Figura 1: Instalação de placa angular
6.5.2.1 Os materiais que constituem a pintura das placas e
películas devem ser atóxicos e não radioativos, devendo aten-
der às propriedades colorimétricas, de resistência à luz e re- 6.6 Manutenção
sistência mecânica.
A sinalização de emergência utilizada na edificação e áreas
6.5.3 O material fotoluminescente deve atender à norma NBR de risco deve ser objeto de inspeção periódica para efeito de
13434-3/05 – requisitos e métodos de ensaio. manutenção, desde a simples limpeza até a substituição por
outra nova, quando suas propriedades físicas e químicas
6.5.4 A sinalização de emergência complementar de rotas deixarem de produzir o efeito visual para as quais foram con-
de saída aplicadas nos pisos acabados deve atender aos feccionadas.

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464 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Formas geométricas e dimensões para a sinalização de emergência
Tabela A-1: Formas geométricas e dimensões das placas de sinalização

Notas:
1. Dimensões básicas da sinalização
A >. L² .
2000
Onde:
A = Área da placa, em m².
L = Distância do observador à placa, em m (metros). Esta relação é válida para L < 50 m, sendo que deve ser observada a distância mínima de 4 m, conforme Tabela A-1.
2. A Tabela A-1 apresenta dimensões referenciais para algumas distâncias pré-definidas.
3. Formas da sinalização:
a. circular: utilizada para implantar símbolos de proibição e ação de comando (ver forma geométrica da Tabela A-1);
b. triangular: utilizada para implantar símbolos de alerta (ver forma geométrica da Tabela A-1);
c. quadrada e retangular: utilizadas para implantar símbolos de orientação, socorro, emergência, identificação de equipamentos utilizados no combate a
incêndio, alarme e mensagens escritas (ver forma geométrica da Tabela A-1).

4. Sinalização de proibição:
a. forma: circular;
b. cor de contraste: branca;
c. barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha;
d. cor do símbolo: preta;
e. margem (opcional): branca.

5. Sinalização de alerta:
a. forma: triangular;
b. cor do fundo (cor de contraste): amarela;
c. moldura: preta;
d. cor do símbolo (cor de segurança): preta;
e. margem (opcional): amarelo.

6. Sinalização de orientação e salvamento:


a. forma: quadrada ou retangular;
b. cor do fundo (cor de segurança): verde;
c. cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d. margem (opcional): fotoluminescente.

7. Sinalização de equipamentos:
a. forma: quadrada ou retangular;
b. cor de fundo (cor de segurança): vermelha;
c. cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d. margem (opcional): fotoluminescente.

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 465

ANEXO A
Formas geométricas e dimensões para a sinalização de emergência (cont.)
Tabela A-2: Altura mínima das letras em placa de sinalização em função da distância de leitura

Notas:

1. No caso de emprego de letras, elas devem ser grafadas obedecendo à relação:

h>. L.
125

Onde:
h= Altura da letra, em metros.
L= Distância do observador à placa, em metros.

2. A Tabela A-2 apresenta valores de altura de letra para distâncias predefinidas. Todas as palavras e sentenças devem apresentar letras em caixa alta, fonte
Univers 65 ou Helvetica Bold.

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466 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Formas geométricas e dimensões para a sinalização de emergência
Tabela A-3: Cores de segurança e contraste

Notas específicas:
1)
O padrão de cores básico é o Munsell Book of Colors®.
2)
As cores Pantone® foram convertidas do sistema Munsell Book of Colors®.
3)
Os valores das tabelas CMYK e RGB para impressão gráfica foram convertidos do sistema Pantone®.

Notas gerais:

1. Cores de sinalização: as cores de segurança e cores de contraste são apresentadas na Tabela A-3.

2. Cores de segurança: a cor de segurança deve cobrir, no mínimo, 50% da área do símbolo, exceto no símbolo de proibição, onde este valor deve ser, no mínimo,
de 35%. A essa cor é atribuída uma finalidade ou um significado específico de segurança.

3. Aplicação das cores de segurança:


a. vermelha: utilizada para símbolos de proibição, emergência, e identificação de equipamentos de combate a incêndio e alarme;
b. verde: utilizada para símbolos de orientação e salvamento;
c. preta: utilizadas para símbolos de alerta e sinais de perigo.

4. Cores de contraste: as cores de contraste são a branca ou amarela, conforme especificado na Tabela A-3, para sinalização de proibição e alerta, respectivamente.
Essas cores têm a finalidade de contrastar com a cor de segurança, de modo a fazer com que esta se sobressaia. As cores de contraste devem ser
fotoluminescentes, para a sinalização de orientação e salvamento e de equipamentos.

Tabela A-4: Símbolos para identificação de placas em planta baixa de projeto executivo

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 467

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

I - Símbolos da sinalização básica


Os símbolos adotados por esta norma para sinalização de emergência são apresentados a seguir, acompanhados de exemplos
de aplicação. A especificação de cada cor designada abaixo é apresentada na Tabela A-3 do Anexo A desta IT.
1. Sinalização de Proibição

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468 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

2. Sinalização de Alerta

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 469

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

3. Sinalização de Orientação e Salvamento

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470 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

3. Sinalização de Orientação e Salvamento (cont.)

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 471

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

3. Sinalização de Orientação e Salvamento (cont.)

20-IT.pmd 471 18/10/2012, 16:05


472 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

4. Sinalização de Equipamentos de Combate a Incêndio e Alarme

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 473

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

4. Sinalização de Equipamentos de Combate a Incêndio e Alarme (cont.)

20-IT.pmd 473 18/10/2012, 16:05


474 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

4. Sinalização de Equipamentos de Combate a Incêndio e Alarme (cont.)

20-IT.pmd 474 18/10/2012, 16:05


Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 475

Notas:
1. Sinalizações básicas
As formas geométricas e as cores de segurança e de contraste devem ser utilizadas somente nas combinações descritas a seguir, a fim de obter quatro tipos
básicos de sinalização de segurança, observando os requisitos da Tabela A-1 do Anexo “A” para proporcionalidades paramétricas e os requisitos da Tabela A-3 do
Anexo “A” para as cores.

1.1 Sinalização de proibição - a sinalização de proibição deve obedecer a:


a) forma: circular;
b) cor de contraste: branca;
c) barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha;
d) cor do símbolo: preta;
e) margem (opcional): branca;
f) proporcionalidades paramétricas.

1.2 Sinalização de alerta - a sinalização de alerta deve obedecer a:


a) forma: triangular;
b) cor do fundo (cor de contraste): amarela;
c) moldura: preta;
d) cor do símbolo (cor de segurança): preta;
e) margem (opcional): branca;
f) proporcionalidades paramétricas.

1.3 Sinalização de orientação e salvamento - a sinalização de orientação deve obedecer a:


a) forma: quadrada ou retangular;
b) cor do fundo (cor de segurança): verde;
c) cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d) margem (opcional): fotoluminescente;
e) proporcionalidades paramétricas.

1.4 Sinalização de equipamentos - a sinalização de equipamentos de combate a incêndio deve obedecer:


a) forma: quadrada ou retangular;
b) cor de fundo (cor de segurança): vermelha;
c) cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d) margem (opcional): fotoluminescente;
e) proporcionalidades paramétricas.

2. Sinalização complementar
A padronização de formas, dimensões e cores da sinalização complementar é estabelecida neste capítulo.

1. Mensagens escritas
A complementação da sinalização básica por sinalização complementar composta por mensagem escrita deve atender aos
requisitos de dimensionamento apresentados nas Tabelas A-1 e A-2 do Anexo A desta IT.

(a seguir)

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476 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Esta edificação está dotada dos seguintes


Sistemas de Segurança contra Incêndio:
. Extintores de Incêndio
. Hidrantes
. Iluminação de Emergência
. Alarme de Incêndio
. Detecção Automática de Fumaça/Calor
. Chuveiros Automáticos
. Escada de Segurança
. Sinalização de Emergência
-
Edificação em Estrutura Metálica
-
Em caso de emergência:
Ligue 193 – Corpo de Bombeiros
Ligue 190 – Polícia Militar

Figura 1: modelo de sinalização tipo M1.

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 477

2. Indicação continuada de rotas de fuga


A indicação continuada de rotas de fuga deve ser realizada por meio de setas indicativas, de acordo com os critérios especifi-
cados no texto desta norma, instaladas no sentido das saídas, com as especificações abaixo:

Figura 2: Detalhe da sinalização tipo C-1

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478 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

3. Indicação de obstáculos
Obstáculos nas rotas de saídas devem ser sinalizados por meio de uma faixa zebrada, conforme símbolos abaixo, com largura
mínima de 100 mm.
As listras amarelas e pretas ou brancas fotoluminescentes e vermelhas devem ser inclinadas a 45ºe com largura mínima de 50
mm cada.

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Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 479

ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização

Figura C-1: Sinalização de porta corta-fogo (vista da escada) Figura C-2: Sinalização de porta corta-fogo (vista do hall)

Figura C-3: Sinalização de porta corta-fogo Figura C-4: Sinalização de elevadores (vista da escada)

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480 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-5: Sinalização de portas com barras antipânico (modelos 1 e 2)

Figura C-6: Sinalização de extintores

Figura C-7: Sinalização de hidrante

20-IT.pmd 480 18/10/2012, 16:06


Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 481

ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-8: Sinalização complementar. Exemplo de rodapé

20-IT.pmd 481 18/10/2012, 16:06


482 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-9: Sinalização de saída sobre verga de portas, sinalização complementar de saídas e obstáculos

Figura C-10: Sinalização de saída sobre porta corta-fogo, sinalização complementar de saídas e obstáculos

20-IT.pmd 482 18/10/2012, 16:06


Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 483

ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-11: Sinalização de saída sobre paredes e vergas de portas

Figura C-12: Sinalização de saída sobre porta corta-fogo

20-IT.pmd 483 18/10/2012, 16:06


484 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-13: Sinalização de saída perpendicular ao sentido da fuga, em dupla face

Figura C-14: Sinalização de saída no sentido da fuga, em dupla face

20-IT.pmd 484 18/10/2012, 16:06


Instrução Técnica nº 20/2011 - Sinalização de emergência 485

ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-15: Sinalização de saída em rampa

20-IT.pmd 485 18/10/2012, 16:06


486 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

20-IT.pmd 486 18/10/2012, 16:06


Instrução Técnica nº 21/2011 - Sistema de proteção por extintores de incêndio 487

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 21/2011

Sistema de proteção por extintores de incêndio

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Formas geométricas e dimensões para a


sinalização de emergência
2 Aplicação B Simbologia para sinalização de emergência
C Exemplos de instalação de sinalização
3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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488 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 21/2011 - Sistema de proteção por extintores de incêndio 489

1 OBJETIVO d. carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de,


no mínimo, 80-B:C;
Estabelecer critérios para proteção contra incêndio em
edificações e áreas de risco por meio de extintores de incên- e. carga de pó ABC – extintor com capacidade extintora
dio (portáteis ou sobrerrodas), para o combate a princípios de de, no mínimo, 6-A : 80-B:C.
incêndios, atendendo às exigências do Decreto Estadual 5.1.3 Níveis mais elevados de capacidades extintoras
nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio podem ser exigidos em razão do risco a ser protegido.
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
5.1.4 Os extintores portáteis devem ser distribuídos de tal
forma que o operador não percorra distância maior do que a
2 APLICAÇÃO
estabelecida na Tabela 1.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações e
áreas de risco, com exceção de uso residencial unifamiliar,
em conformidade com o disposto no Decreto Estadual Tabela 1: Distância máxima de caminhamento
nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS


Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas:
NBR 12693 - Sistema de proteção por extintores de incêndio.
NBR 12962 - Inspeção, manutenção e recarga em extintores
de incêndio.
NBR 13485 - Manutenção de terceiro nível (vistorias em
extintores de incêndio).
5.1.5 As distâncias máximas de caminhamento para os ex-
NBR 15808 - Extintores de incêndio portáteis. tintores sobrerrodas devem ser acrescidas da metade dos
NBR 15809 - Extintores de incêndio sobrerrodas. valores estabelecidos na Tabela 1.
5.2 Instalação e sinalização
4 DEFINIÇÕES
5.2.1 Extintores portáteis
Para efeitos desta IT, aplicam-se as definições constantes da
IT 03/11 - Terminologia de segurança contra incêndio. 5.2.1.1Quando os extintores forem instalados em paredes ou
divisórias, a altura de fixação do suporte deve variar, no má-
5 PROCEDIMENTOS ximo, entre 1,6 m do piso e de forma que a parte inferior do
extintor permaneça, no mínimo, a 0,10 m do piso acabado.
5.1 Capacidade extintora
5.2.1.2 É permitida a instalação de extintores sobre o piso
5.1.1 A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor acabado, desde que permaneçam apoiados em suportes
portátil, para que se constitua uma unidade extintora, deve ser: apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m
a. carga d’água: extintor com capacidade extintora de, do piso.
no mínimo, 2-A;
5.2.1.3 Os extintores não podem ser instalados em escadas
b. carga de espuma mecânica: extintor com capacidade e devem permanecer desobstruídos e sinalizados de acordo
extintora de, no mínimo, 2-A : 10-B; com o estabelecido na IT 20/11 – Sinalização de emergência.
c. carga de Dióxido de Carbono (CO2): extintor com ca-
5.2.1.4 Cada pavimento deve possuir, no mínimo, duas uni-
pacidade extintora de, no mínimo, 5-B:C;
dades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra
d. carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de, para incêndio classe B e C. É permitida a instalação de duas
no mínimo, 20-B:C; unidades extintoras iguais de pó ABC.
e. carga de pó ABC – extintor com capacidade extintora
5.2.1.4.1 O extintor de pó ABC pode substituir qualquer tipo
de, no mínimo, 2-A : 20-B:C;
de extintor de classes específicas A, B e C dentro de uma
f. carga de halogenado: extintor com capacidade edificação ou área de risco.
extintora de, no mínimo, 5-B:C.
5.2.1.5 É permitida a instalação de uma única unidade
5.1.2 A capacidade extintora mínima de cada tipo de extin- extintora de pó ABC em edificações, mezaninos e pavimen-
tor sobrerrodas, para que se constitua uma unidade extintora, tos com área construída inferior a 50 m².
deve ser: 5.2.1.6 Os extintores de incêndio devem ser adequados à
a. carga d’água: extintor com capacidade extintora de, classe de incêndio predominante dentro da área de risco a
no mínimo, 10-A; ser protegida, de forma que sejam intercalados na proporção
b. carga de espuma mecânica: extintor com capacidade de dois extintores para o risco predominante e um para a
extintora de, no mínimo, 6-A : 40-B; proteção do risco secundário.
c. carga de Dióxido de Carbono (CO2): extintor com ca- 5.2.1.7 São aceitos extintores com acabamento externo em
pacidade extintora de, no mínimo, 10-B:C; material cromado, latão ou metal polido, desde que possuam

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490 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

marca de conformidade expedida por órgão credenciado pelo BC) ou espuma mecânica em local de fácil acesso, próximo
Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). ao setor de abastecimento do posto.
5.2.1.8 Quando os extintores de incêndio forem instalados 5.2.1.10.4 Para proteção de reservatórios de alimentação
em abrigo embutido na parede ou divisória, além da sinaliza- exclusivo de grupo motogerador, com capacidade máxima
ção, deve existir uma superfície transparente que possibilite de 500 litros, serão necessários dois extintores portáteis (pó
a visualização do extintor no interior do abrigo. ABC, pó BC ou espuma mecânica).
5.2.1.9 As unidades extintoras devem ser as correspondentes 5.2.1.10.5 Nos pátios de contêineres, os extintores podem
a um só extintor, não sendo aceitas combinações de dois ou ser centralizados e localizados em abrigos sinalizados, no
mais extintores, à exceção do extintor de espuma mecânica. mínimo, em dois pontos distintos e opostos da área externa
de armazenamento de contêineres, conforme prescreve a
5.2.1.10 Em locais de riscos específicos devem ser instala-
IT 36/11 – Pátio de contêiner.
dos extintores de incêndio que atendam ao item 5.1, inde-
pendente da proteção geral da edificação ou risco, tais como: 5.2.2 Extintores sobrerrodas (carretas)
a. casa de caldeira;
5.2.2.1 Não é permitida a proteção de edificações ou áreas
b. casa de bombas; de risco unicamente por extintores sobrerrodas, admitindo-
c. casa de força elétrica; se, no máximo, a proteção da metade da área total corres-
d. casa de máquinas; pondente ao risco, considerando o complemento por extinto-
res portáteis, de forma alternada entre extintores portáteis e
e. galeria de transmissão;
sobrerrodas na área de risco.
f. incinerador;
5.2.2.2 O emprego de extintores sobrerrodas só é computado
g. elevador (casa de máquinas);
como proteção efetiva em locais que permitam o livre acesso.
h. escada rolante (casa de máquinas);
5.2.2.3 Os extintores sobrerrodas devem ser localizados em
i. quadro de redução para baixa tensão;
pontos estratégicos e sua área de proteção deve ser restrita
j. transformadores; ao nível do piso que se encontram.
k. contêineres de telefonia;
5.2.2.4 A proteção por extintores sobrerrodas deve ser
l. gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis; obrigatória nas edificações de risco alto onde houver
m. outros que necessitam de proteção adequada. manipulação e ou armazenamento de explosivos e líquidos
inflamáveis ou combustíveis, exceto quando os reservatórios
5.2.1.10.1 Para proteção por extintores de incêndio em insta-
de inflamáveis/combustíveis forem enterrados.
lações de líquidos inflamáveis e combustíveis, gás liquefeito
de petróleo, gás natural, pátio de contêineres, heliponto,
5.3 Certificação, validade e garantia
heliportos e outras instalações específicas devem ser observa-
das, adicionalmente, as ITs pertinentes. 5.3.1 Os extintores devem estar lacrados, com a pressão
5.2.1.10.2 Deve ser instalado, pelo menos, um extintor de adequada e possuir selo de conformidade concedida por
incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da edificação órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação
e das escadas nos demais pavimentos. (Inmetro).

5.2.1.10.3 Em locais de abastecimentos e/ou postos de abas- 5.3.2 Para efeito de vistoria do Corpo de Bombeiros, o prazo
tecimento e serviços onde os tanques de combustíveis são de validade da carga e a garantia de funcionamento dos ex-
enterrados, além dos extintores instalados por percurso má- tintores deve ser aquele estabelecido pelo fabricante, se novo,
ximo e riscos específicos, deve ser instaladas mais duas uni- ou pela empresa de manutenção certificada pelo Inmetro, se
dades extintoras portáteis de pó químico seco (pó ABC ou recarregado.

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Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 491

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 22/2011

Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Sistema de mangotinho com válvula globo angular


na prumada
2 Aplicação
B Reservatórios
3 Referências normativas e bibliográficas
C Bombas de incêndio
4 Definições D Abrigos de mangueiras e mangotinhos
5 Procedimentos E Casos de isenção de sistema fixo de hidrantes e de
mangotinhos

Atualizada pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.
492 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 493

1 OBJETIVO NBR 12779 – Inspeção, manutenção e cuidados em man-


gueiras de incêndio – Procedimento.
Fixar as condições necessárias exigíveis para dimensio-
namento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem NBR 12912 – Rosca NPT para tubos – Dimensões – Padroni-
como as características, dos componentes de sistemas de zação.
hidrantes e/ou de mangotinhos para uso exclusivo de Com- NBR 13206 – Tubo de cobre leve, médio e pesado sem cos-
bate a Incêndio em edificações. tura, para condução de água e outros fluídos – Especificação.
NBR 13434-1 – Sinalização de segurança contra incêndio e
2 APLICAÇÃO pânico – Parte 1: Princípios de projeto.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações em que NBR 13434-2 – Sinalização de segurança contra incêndio e
seja necessária a instalação de Sistemas de hidrantes e/ou pânico – Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores.
de mangotinhos para combate a incêndio, de acordo com o
NBR 13714 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para
previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 - Regulamento de
combate a incêndio.
segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco
do Estado de São Paulo. NBR 14276 – Programa de brigada de incêndio.
NBR 14105 – Medidores de pressão.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS NBR 14349 – União para mangueira de incêndio.
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. NBR 14870 – Esguichos de jato regulável para combate a
NBR 5580 – Tubos de aço-carbono para rosca Whitworth gás incêndio.
para usos comuns na condução de fluídos – Especificação. NBR NM ISO 7-1 – Rosca para tubos onde a vedação é feita
NBR 5587 – Tubos de aço para condução, com rosca ANSI/ pela rosca – Designação, dimensões e tolerâncias – Padro-
ASME B1.20.1 – Dimensões básicas – Padronização. nização.
NBR 5590 – Tubo de aço-carbono com ou sem costura, pre- Projeto de norma 44:000.08 – 001 – Instalação predial
tos ou galvanizados por imersão a quente, para condução de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Procedi-
de fluídos – Especificação. mento.
NBR 5626 – Instalação predial de água fria. ISSO 1182 – Building materials – non-combustibility test.
NBR 5647-1 – Sistemas para adução distribuição de água – EN 694 – Fire-fighting hoses – Semi-rigid hoses for fixed
Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâ- systems.
metros nominais até DN 100 – Parte 1: Requisitos gerais. EN 671 – Fixed Firefighting Systems – Hose systems – Part 1:
NBR 5647-2 – Sistemas para adução distribuição de água – Hose reels with semi-rigid hose.
Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâ- ANSI/ASME B1.20.7 NH – Hose coupling screw threads.
metros nominais até DN 100 – Parte 2: Requisitos específicos
para tubos com pressão nominal PN 1,0 MPa. ASTM A 234 – Specification for piping fitting wrought carbon
steel and alloy steel for moderate and elevate temperature.
NBR 5647-3 – Sistemas para adução distribuição de água –
Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâ- ASTM B 30 – Specification for copper-base alloys in ingot
metros nominais até DN 100 – Parte 3: Requisitos específicos form.
para tubos com pressão nominal PN 0,75 MPa. ASTM B 62 – Specification for composition bronze or ounce
NBR 5647-4 – Sistemas para adução distribuição de água – metal castings.
Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâ- ASTM B 584 – Standard specification for copper alloy sand
metros nominais até DN 100 – Parte 4: Requisitos específicos castings for general applications.
para tubos com pressão nominal PN 0,60 MPa. ASTM D 2000 – Classification system for rubber products in
NBR 5667 – Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido. automotive applications.
3 Partes – Especificações. AWS A5.8 – Brazing filler metal (Classifications Bcup-3 or
NBR 6414 – Rosca para tubos onde a vedação é feita pela Bcup-4).
rosca – Designação, dimensões e tolerâncias – Padronização. BS 5041 Part 1 – Specification for landing valves for wet risers.
NBR 6925 – Conexão de ferro fundido maleável, de classes BRENTANO, Telmo. Instalações Hidráulicas de Combate a
150 e 300, com rosca NPT, para tubulação. incêndios nas Edificações - 3 ed. – Porto Alegre: EDIPUCRS,
NBR 6943 – Conexão de ferro maleável para tubulações – 2007.
Classe 10 – Especificações. CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. – 5 ed.
NBR 10351 – Conexões injetadas de PVC rígido com junta - Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.,
elástica para redes e adutoras de água – Especificação. 1.991.
NBR 10897 – Proteção contra incêndio por chuveiro automá- MACINTYRE, Archibald Joseph. Bombas e Instalações de
tico – Procedimento. Bombeamento – 2 ed. - Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos Editora S. A., 1.997.
NBR 11720 – Conexão para unir tubos de cobre por soldagem
ou brasagem capilar – Especificações. HICKEY, Harry E.. Hydraulics for Fire Protection. Boston:NFPA,
1980.
NBR 11861 – Mangueira de incêndio – Requisitos e métodos
de ensaio. NFPA. Fire Protection Engineering – 2 ed. Boston, 1.995.
494 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4 DEFINIÇÕES 5.3.4 O dispositivo de recalque deve ser instalado na facha-


da principal da edificação, ou no muro da divisa com a rua,
Para efeito desta Instrução Técnica, aplicam-se as definições
com a introdução voltada para a rua e para baixo em um
constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança contra
ângulo de 45º e a uma altura entre 0,60 m e 1,50 m em rela-
incêndio.
ção ao piso do passeio da propriedade. A localização do
dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação
5 PROCEDIMENTOS
da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do
5.1 Requisitos gerais logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros.
5.1.1 Os sistemas de combate a incêndio estão classifica- 5.3.4.1 O dispositivo de recalque deve ser instalado dentro
dos em sistema tipo 1 (mangotinho) e sistemas tipo 2, 3, 4 e 5 de um abrigo embutido no muro, conforme Figura 1.
(hidrantes), conforme especificado na tabela 2. 5.3.4.2 Para a proteção do dispositivo de recalque contra
5.1.2 Todos os parâmetros, ábacos, tabelas e outros recur- atos de vandalismo, a junta de união tipo engate rápido pode
sos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser ser soldada.
relacionados no memorial. Não é admitida a referência a ou-
5.3.5 Na impossibilidade técnica, o dispositivo de recalque
tro projeto para justificar a aplicação de qualquer informação
pode estar situado no passeio público e deve possuir as se-
no memorial.
guintes características, conforme Figura 2.
5.1.3 O manuseio do sistema deve ser feito por pessoal de-
5.3.5.1 Ser enterrado em caixa de alvenaria, com fundo per-
vidamente habilitado e treinado de acordo com a IT 17/11 –
meável ou dreno;
Brigada de incêndio.
5.3.5.2 A tampa deve ser articulada e o requadro em ferro
5.2 Projeto fundido ou material similar, identificada pela palavra
5.2.1 O sistema a ser instalado deve corresponder a um “HIDRANTE”, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m;
memorial, constando cálculos, dimensionamentos e uma pers- 5.3.5.3 Estar afastada a 0,50 m da guia do passeio;
pectiva isométrica da tubulação (sem escala, com cotas e 5.3.5.4 A introdução voltada para cima em ângulo de 45º e
com os hidrantes numerados), conforme prescrito na IT 01/11 posicionada, no máximo, a 0,15 m de profundidade em rela-
– Procedimentos administrativos. ção ao piso do passeio;
5.2.2 O Corpo de Bombeiros pode solicitar documentos rela- 5.3.5.5 O volante de manobra deve ser situado a, no máxi-
tivos ao sistema, se houver necessidade. mo, 0,50 m do nível do piso acabado;
5.2.3 Critérios básicos de projeto 5.3.5.6 A válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitin-
do o fluxo de água nos dois sentidos e instalada de forma a
5.2.3.1O projeto de um sistema de hidrantes e mangotinhos é
garantir seu adequado manuseio.
definido de acordo com a aplicabilidade do sistema, confor-
me estabelecido na Tabela 3, em função da área construída e 5.3.6 Deve haver também dispositivo de recalque tipo colu-
da ocupação. na nas portarias da edificação, quando esta estiver muito afas-
tada do leito carroçável, com válvula apropriada para o
5.3 Dispositivo de recalque recalque pelo Corpo de Bombeiros. Sua localização não deve
ser superior a 10 m do local de estacionamento das viaturas
5.3.1 Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de do Corpo de Bombeiros.
recalque, consistindo de um prolongamento de mesmo diâ-
metro da tubulação principal, cujos engates sejam compatí-
veis com os usados pelo Corpo de Bombeiros.
5.3.2 O dispositivo de recalque deve ser preferencialmente
do tipo coluna. Onde houver impossibilidade técnica o dispo-
sitivo de recalque pode ser instalado no passeio público.
5.3.3 Para os sistemas com vazão superior a 1.000 L/min
deve haver duas entradas para o recalque de água por meio
de veículo de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros.

Figura 2: Dispositivo de recalque no passeio público

5.3.7 É vedada a instalação do dispositivo de recalque em


local que tenha circulação ou passagem de veículos.

5.4 Abrigo
5.4.1 Os abrigos de mangueiras devem atender aos
Figura 1: Dispositivo de recalque tipo coluna parâmetros do Anexo D.
Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 495

5.4.2 As mangueiras de incêndio devem ser acondiciona- 5.7 Distribuição dos hidrantes e ou mangotinhos
das dentro dos abrigos, em ziguezague ou aduchadas, con-
5.7.1 Os pontos de tomada de água devem ser posicionados:
forme especificado na NBR 12779/09, sendo que as man-
gueiras de incêndio semirrígidas podem ser acondicionadas a. nas proximidades das portas externas, escadas e/ou
enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou em forma acesso principal a ser protegido, a não mais de 5 m;
 
de oito, permitindo sua utilização com facilidade e rapidez. b. em posições centrais nas áreas protegidas, devendo
atender ao item “a” obrigatoriamente;
5.4.3 As mangueiras de incêndio dos hidrantes internos po-
dem ser acondicionadas, alternativamente, em ziguezague, c. fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
por meio de suportes tipo “rack”, com acoplamento tipo “enga- d. de 1,0 m a 1,5 m do piso.
te rápido” nas válvulas dos hidrantes, conforme Figura 3.
5.7.2 No caso de projetos utilizando hidrantes externos, de-
5.4.4 O abrigo deve ter utilização exclusiva conforme esta-
vem atender ao afastamento de, no mínimo, uma vez e meia
belecido nesta IT.
a altura da parede externa da edificação a ser protegida, po-
dendo ser utilizados até 60 m de mangueira de incêndio (pre-
ferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente
dimensionados por cálculo hidraúlico. Recomenda-se, neste
caso, que sejam utilizadas mangueiras de incêndio de diâ-
metro DN65 para redução da perda de carga e o último lance
de DN40 para facilitar seu manuseio, prevendo-se uma redu-
ção de mangueira de DN65 para DN40.

5.7.3 A utilização do sistema não deve comprometer a fuga


dos ocupantes da edificação, portanto, deve ser projetado de
tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja
a necessidade de adentrar às escadas, antecâmaras ou ou-
tros locais determinados exclusivamente para servirem de
rota de fuga dos ocupantes.

5.8 Dimensionamento do sistema


5.8.1 O dimensionamento deve consistir na determinação
do caminhamento das tubulações, dos diâmetros dos aces-
sórios e dos suportes, necessários e suficientes para garantir
o funcionamento dos sistemas previstos nesta IT.

Figura 3: Suporte para mangueira tipo “rack” 5.8.2 Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos
de tal forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja
alcançado por um esguicho (sistemas tipo 1, 2, 3, ou 4) ou
5.5 Válvulas de abertura para hidrantes ou mangotinhos dois esguichos (sistema tipo 5), considerando-se o compri-
mento da(s) mangueira(s) de incêndio por meio de seu traje-
5.5.1 As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo globo to real e o alcance mínimo do jato de água igual a 10 m,
angulares de diâmetro DN65 (2 ½”). devendo ter contato visual sem barreiras físicas a qualquer
5.5.1.1As válvulas do tipo angular (45º ou 90º ) devem possuir parte do ambiente, após adentrar pelo menos 1 m em qual-
junta de união do tipo engate rápido, compatível com as man- quer compartimento.
gueiras usadas pelo Corpo de Bombeiros. 5.8.3 No dimensionamento de sistemas com mais de um
5.5.2 As válvulas para mangotinhos devem ser do tipo aber- hidrante simples deve ser considerado o uso simultâneo dos
tura rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”). dois jatos de água mais desfavoráveis considerados nos cál-
culos, para qualquer tipo de sistema especificado, conside-
5.6 Requisitos específicos rando-se, em cada jato de água, no mínimo as vazões obti-
das conforme a Tabela 2 e condições do item 5.6.1.2.
5.6.1 Tipos de sistemas
5.8.4 O local mais desfavorável considerado nos cálculos
5.6.1.1 Os tipos de sistemas previstos são dados na Tabela 2. deve ser aquele que proporciona menor pressão dinâmica
5.6.1.2 As vazões da Tabela 2 devem ser obtidas na saída na saída do hidrante.
das válvulas globo angulares dos hidrantes mais desfavorá-
5.8.5 Nos casos de mais de um tipo de ocupação (ocupa-
veis hidraulicamente.
ções mistas) na edificação que requeiram proteções por sis-
5.6.1.3 A edificação onde for instalado o sistema do tipo 1 temas distintos, o dimensionamento dos sistemas deve ser
(mangotinho) deve ser dotada de ponto de tomada de água feito para cada tipo de sistema individualmente ou dimensio-
de engate rápido para mangueira de incêndio de diâmetro 40 nado para atender ao maior risco.
mm (1 ½”), conforme Anexo A.
5.8.6 O sistema deve ser dimensionado de forma que a pres-
5.6.1.4 Para cada ponto de hidrante ou de mangotinho são são máxima de trabalho nos esguichos não ultrapasse 100
obrigatórios os materiais descritos na Tabela 4. mca (1.000kPa).
496 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.8.7 O cálculo hidráulico da somatória de perda de carga ou 3 m/s (sucção positiva), a qual deve ser calculada pela
nas tubulações deve ser executado por métodos adequados equação:
para este fim, sendo que os resultados alcançados têm que
satisfazer a uma das seguintes equações apresentadas:
a) Darcy-Weisbach - fórmula geral para perdas de carga
localizadas, “fórmula universal”: Para o cálculo da área deve ser considerado o diâmetro inter-
no da tubulação.
Onde:
V é a velocidade da água, em metros por segundo;
Onde: Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo;
hf é a perda de carga, em metros de coluna d’água; A é a área interna da tubulação, em metros quadrados.
f é o fator de atrito (diagramas de Moody e Hunter-Rouse);
5.8.9 A velocidade máxima da água na tubulação não deve
L é o comprimento da tubulação (tubos), em metros;
ser superior a 5 m/s, a qual deve ser calculada conforme
D é o diâmetro interno, em metros; equação indicada em 5.8.8.
v é a velocidade do fluído, em metros por segundo;
5.8.10 No sistema de malha ou anel fechado, deve existir
g é a aceleração da gravidade em metros por segundo, válvulas de paragem, localizadas de tal maneira que, pelo
por segundo; menos dois lados em uma malha que envolva quadras de
k é a somatória dos coeficientes de perda de carga das processamento ou armazenamento, possam ficar em opera-
singularidades (conexões). ção, no caso de rompimento ou bloqueio dos outros dois.
5.8.11 Para efeito de equilíbrio de pressão nos pontos de
b) Hazen-Williams:
cálculos é admitida a variação máxima de 0,50 mca (5,0 kPa).
5.8.12 O net positive suction head (NPSH) disponível deve ser
maior ou igual ao NPSH requerido pela bomba de incêndio.
Para cálculo do NPSH disponível na tubulação de sucção deve-
Onde: se considerar 1,5 vezes a vazão nominal do sistema.
hf é a perda de carga em metros de coluna d’água;
5.9 Reservatório e reserva técnica de incêndio
Lt é o comprimento total, sendo a soma dos comprimentos
da tubulação e dos comprimentos equivalentes das 5.9.1 O volume de água da reserva de incêndio encontra-se
conexões; na Tabela 3.
J é a perda de carga por atrito em metros por metros; 5.9.2 Pode ser admitida a alimentação de outros sistemas
Q é a vazão, em litros por minuto; de proteção contra incêndio, sob comando ou automáticos,
C é o fator de Hazem Willians (ver Tabela 1); por meio da interligação das tubulações dos reservatórios,
desde que atenda aos parâmetros da IT 23/11 - Sistema de
D é o diâmetro interno do tubo em milímetros. chuveiros automáticos.
5.9.3 Deve ser previsto reservatório construído conforme o
Tabela 1: Fator “C” de Hazen-Williams Anexo B.
5.9.4 O inibidor de vórtice e poço de sucção para reservató-
rio elevado deve ser conforme o Anexo B.
5.9.5 O reservatório que também acumula água para con-
sumo normal da edificação deve ser adequado para preser-
var a qualidade da água, conforme a NBR 5626/98.
5.9.6 As águas provenientes de fontes naturais tais como:
lagos, rios, açudes etc, devem ser captadas conforme descri-
to no Anexo B.
5.9.7 O reservatório pode ser subdividido desde que todas
as unidades estejam ligadas diretamente à tubulação de
sucção da bomba de incêndio e tenha subdivisões em
unidades mínimas de 3 m³.
5.9.8 Não é permitida a utilização da reserva de incêndio
Nota:
Os valores de “C” de Hazen Willians são válidos para tubos novos pelo emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e
elevados.
5.9.9 Os reservatórios devem ser dotados de meios que
5.8.8 A velocidade da água no tubo de sucção das bombas assegurem uma reserva efetiva e ofereçam condições
de incêndio não deve ser superior a 2 m/s (sucção negativa) seguras para inspeção.
Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 497

5.9.10 Para edificações de risco alto, recomenda-se que os 5.11.3.3 O comprimento total das mangueiras que servem
reservatórios sejam elevados e possuam fácil acesso para cada saída a um ponto de hidrante ou mangotinho deve ser
abastecimento de veículos de combate a incêndio, com vis- suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que exis-
tas a suprir eventual falha da bomba de incêndio da edificação. tem, considerando também toda a influência que a ocupação
final é capaz de exercer, não excedendo os comprimentos
5.10 Bombas de incêndio máximos estabelecidos na Tabela 2. Para sistemas de
hidrantes, deve-se preferencialmente utilizar lances de
5.10.1 A bomba de incêndio deve ser do tipo centrífuga acio-
mangueiras de 15 m.
nada por motor elétrico ou combustão.
5.10.2 As prescrições e recomendações encontram-se no 5.11.4 Juntas de união
Anexo C. 5.11.4.1 As juntas de união rosca/engate rápido devem ser
5.10.3 No caso de ocupações mistas com uma bomba de compatíveis com os utilizados nas mangueiras de incêndio.
incêndio principal, deve ser feito o dimensionamento da 5.11.4.2 As uniões de engate rápido entre mangueiras de
vazão da bomba e do reservatório para o maior risco, sendo incêndio devem ser conforme a NBR 14349/99.
que os esguichos e mangueiras podem ser previstos de
acordo com os riscos específicos. A altura manométrica total 5.11.4.3 As dimensões e os materiais para a confecção dos adap-
da bomba deve ser calculada para o hidrante mais desfavo- tadores tipo engate rápido devem atender a NBR 14349/99.
rável do sistema.
5.11.5 Válvulas
5.11 Componentes das instalações 5.11.5.1 Na ausência de normas brasileiras aplicáveis às
válvulas, é recomendável que atendam aos requisitos da BS
5.11.1 Geral
5041 parte 1/87.
5.11.1.1 Os componentes das instalações devem ser previs-
5.11.5.2 As roscas de entrada das válvulas devem ser de
tos em normas, conforme aquelas descritas no item 3 - Refe-
acordo com a NBR NM ISSO 7-1 ou NBR 12912/93.
rências normativas desta IT, ou em especificações reconhe-
cidas e aceitas pelos órgãos oficiais. 5.11.5.3 As roscas de saída das válvulas para acoplamento
do engate rápido devem ser conforme a NBR 5667 1-06 ou
5.11.1.2 Os componentes que não satisfaçam a todas as
ANSI/ASME B1.20.7 NH.
especificações das normas existentes ou às exigências dos
órgãos competentes e entidades envolvidas devem ser sub- 5.11.5.4 As válvulas devem satisfazer aos ensaios de
metidos a ensaios e verificações, a fim de obterem aceitação estanqueidade pertinentes, especificados em A.1.1 e A .1. 2
formal da utilização nas condições específicas da instalação, da BS 5041 PARTE 1/87.
expedida pelos órgãos competentes.
5.11.5.5 É recomendada a instalação de válvulas de blo-
5.11.2 Esguichos queio adequadamente posicionadas, com objetivo de pro-
porcionar manutenção em trechos da tubulação sem
5.11.2.1 Estes dispositivos são para lançamento de água desativação do sistema.
através de mangueiras, sendo reguláveis, possibilitando a
emissão do jato compacto ou neblina conforme norma NBR 5.11.5.6 As válvulas que comprometem o abastecimento de
14870/02. água a qualquer ponto do sistema, quando estiverem em
posição fechada, devem ser do tipo indicadoras. Recomen-
5.11.2.2 Cada esguicho instalado deve ser adequado aos da-se a utilização de dispositivos de travamento para manter
valores de pressão, vazão de água e de alcance de jato, para as válvulas na posição aberta.
proporcionar o seu perfeito funcionamento, conforme dados
do fabricante. 5.11.6 Tubulações e conexões
5.11.2.3 O alcance do jato para esguicho regulável, produzi- 5.11.6.1 A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nomi-
do por qualquer sistema adotado conforme a Tabela 2, não nal inferior a DN65 (2 ½”).
deve ser inferior a 10 m, medido da saída do esguicho ao
5.11.6.2 Para sistemas tipo 1 ou 2 pode ser utilizada tubulação
ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo e com o
com diâmetro nominal DN50 (2”), desde que comprovado tec-
esguicho regulado para jato compacto.
nicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do
5.11.2.4 Os componentes de vedação devem ser em borra- sistema, por meio de laudo de laboratório oficial competente.
cha, quando necessários, conforme ASMT D 2000.
5.11.6.3 Os drenos, recursos para simulação e ensaios,
5.11.2.5 O acionador do esguicho regulável deve permitir a escorvas e outros dispositivos devem ser dimensionados con-
modulação da conformação do jato e o fechamento total do forme a aplicação.
fluxo.
5.11.6.4 As tubulações aparentes do sistema devem ser em
5.11.3 Mangueira de incêndio cor vermelha.
5.11.3.1 A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve 5.11.6.5 Os trechos das tubulações do sistema, que passam
atender às condições da NBR 11861/98. em dutos verticais ou horizontais e que sejam visíveis através
5.11.3.2 A mangueira de incêndio semirrígida para uso de da porta de inspeção, devem ser em cor vermelha.
mangotinho deve atender às condições da EN 694/96 para o 5.11.6.6 Opcionalmente a tubulação aparente do sistema
sistema tipo 1. pode ser pintada em outras cores, desde que identificada
498 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

com anéis vermelhos com 0,20 m de largura e dispostos, no 5.11.6.19 As conexões de PVC devem ser conforme a NBR
máximo, a 3 m um do outro, exceto para edificações dos gru- 10351/88.
pos G, I, J, L e M da Tabela 1 do Decreto Estadual nº 56.819/11.
5.11.7 Instrumentos do sistema
5.11.6.7 As tubulações destinadas à alimentação dos
hidrantes e de mangotinhos não podem passar pelos poços 5.11.7.1 Os instrumentos devem ser adequados ao trabalho
de elevadores e/ou dutos de ventilação. a que se destinam, pelas suas características e localização
no sistema, sendo especificados pelo projetista.
5.11.6.8 Todo material previsto ou instalado deve ser capaz
de resistir ao efeito do calor e esfoços mecânicos, mantendo 5.11.7.2 Os manômetros devem ser conforme a NBR 14105/98.
seu funcionamento normal. 5.11.7.3 A pressão de acionamento a que podem estar sub-
5.11.6.8.1 Recomenda-se que, no caso de emprego de metidos os pressostatos corresponde a, no máximo, 70% da
tubulações em anel, em edificações térreas destinadas às sua maior pressão de funcionamento.
edificações dos grupos I e J, sejam instaladas na parte 5.11.7.4 A chave de nível deve ser utilizada em tanque de
externa das edificações, de modo que sejam protegidas con- escorva, para garantia do nível de água e pode ser utilizada
tra a ação do calor. no reservatório de água somente para supervisionar seu ní-
5.11.6.9 O meio de ligação entre os tubos, conexões e aces- vel. Tal dispositivo deve ser capaz de operar normalmente
sórios diversos deve garantir a estanqueidade e a estabilida- após longos períodos de repouso ou falta de uso (ver B.1.6).
de mecânica da junta e não deve sofrer comprometimento de
5.12 Considerações gerais
desempenho, se for exposto ao fogo.
5.11.6.10 A tubulação deve ser fixada nos elementos estru- 5.12.1 A proteção por sistemas de hidrantes para as áreas de
turais da edificação por meio de suportes metálicos, confor- risco destinadas a parques de tanques ou tanques isolados
me a NBR 10897/08, rígidos e espaçados, no máximo, 4 m, deve atender à IT 25/11 – Segurança contra incêndio para
de modo que cada ponto de fixação resista a cinco vezes a líquidos combustíveis e inflamáveis.
massa do tubo cheio de água mais a carga de 100 Kg. 5.12.2 O dimensionamento do sistema de hidrantes, de acor-
5.11.6.11 Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e do com o item 5.8, deve seguir os parâmetros definidos pela
conexões, somente devem ser utilizados enterrados a 0,50 m tabela 3, conforme a respectiva ocupação.
e fora da projeção da planta da edificação satisfazendo a 5.12.3 Quando o conjunto do sistema hidraúlico de combate
todos os requisitos de resistência à pressão interna e a esfor- a incêndio for único (bombas de incêndio e tubulações) sen-
ços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação. do utilizado para atender às condições do item 5.8.5, as bom-
5.11.6.12 A tubulação enterrada com tipo de acoplamento bas de incêndio devem atender aos maiores valores de pres-
ponta e bolsa deve ser provida de blocos de ancoragem nas são e de vazão dos cálculos obtidos, considerando a não
mudanças de direção e abraçadeiras com tirantes nos simultaneidade de eventos.
acoplamentos conforme especificado na NBR 10897/08.
5.12.4 Nas áreas de edificações, tais como tanque ou par-
5.11.6.13 Os tubos de aço devem ser conforme as NBR que de tanques, onde seja necessária a proteção por siste-
5580/07, NBR 5587/85 ou NBR 5590/80. mas de resfriamento e/ou de proteção por espuma, a rede de
5.11.6.14 As conexões de ferro maleável devem ser confor- hidrantes pode possuir uma bomba de pressurização para
me a NBR 6925/95 ou NBR 6943/00. completar a altura manométrica necessária, desde que ali-
mentada por fonte alternativa de energia.
5.11.6.15 As conexões de aço devem ser conforme ASMT
A 234. 5.12.5 Para fins de dimensionamento da reserva de incêndio
em sistema de hidrantes, de resfriamento ou de espuma, o
5.11.6.16 Os tubos de cobre devem ser conforme a NBR volume da reserva do sistema de hidrantes calculado para as
13206/10. condições do item 5.8.5 não deve ser somado ao volume da
5.11.6.17 As conexões de cobre devem ser conforme a NBR reserva de água dos demais sistemas, caso as áreas de risco,
11720, atendendo às especificações de instalação conforme tais como tanques isolados ou parques de tanques, sejam se-
projeto de norma 44:000.08 – 001. parados das demais construções de acordo com a IT 25/11.
5.11.6.18 Os tubos de PVC devem ser conforme as NBR
5647/99, partes 1 a 4.
Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 499

Tabela 2: Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinho

Notas:
1) As vazões consideradas são as necessárias para o funcionamento dos esguichos reguláveis com jato pleno ou neblina 30º, de forma que um brigadista possa dar
o primeiro combate a um incêndio de forma segura, considerando o alcance do jato previsto no item 5.8.2.

Tabela 3: Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m³)

Notas:
1) As ocupações enquadradas no sistema tipo 5 que possuírem a exigência de sistema de chuveiros automáticos, podem aplicar o sistema tipo 4;
2) As ocupações enquadradas no sistema tipo 5 e as ocupações enquadradas no sistema tipo 4, que não possuírem a exigência de sistema de chuveiros automáticos,
mas que, por outras circunstâncias, tal sistema for instalado, podem aplicar, respectivamente, o sistema tipo 4 e o sistema tipo 3, com a RTI de um nível inferior no
quadro acima;
3) Para o grupo A, a área a ser considerada para determinar a reserva de incêndio deve ser apenas a do maior bloco, desde que respeitada a distância de isolamento
entre os blocos (IT 07);
4) Para divisão M-2, atender à IT 25/11 – Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis.
500 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 4: Componentes para cada hidrante ou mangotinho


Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 501

ANEXO A
Sistema de mangotinho com válvula globo angular na prumada

Figura A.1: Exemplo de instalação de sistema de mangotinho com válvula globo angular na prumada, para emprego pelo Corpo de Bombeiros,
em caso de uso do dispositivo de recalque da edificação.
502 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Reservatórios

B.1 Geral B.3.2 O reservatório deve conter uma capacidade efetiva,


com o ponto de tomada da sucção da bomba principal locali-
B.1.1 Quando o reservatório atender a outros abastecimen-
zado junto ao fundo deste, conforme ilustrado nas Figuras
tos, as tomadas de água desses devem ser instaladas de
B.1 a B.3 e Tabela B.1.
modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva
para o combate. B.3.3 Para o cálculo da capacidade efetiva, deve ser consi-
derada como altura a distância entre o nível normal da água
B.1.2 A capacidade efetiva do reservatório deve ser mantida
e o nível X da água, conforme as Figuras B.1 a B.3.
permanentemente.
B.3.4 O nível X é calculado como o mais baixo nível, antes de
B.1.3 O reservatório deve ser construído em material que
ser criado um vórtice com a bomba principal em plena carga,
garanta a resistência ao fogo e resistência mecânica.
e deve ser determinado pela dimensão A da Tabela B.1,
B.1.4 O reservatório pode ser uma piscina da edificação a abaixo:
ser protegida, desde que garantida a reserva efetiva perma-
nentemente, por meio de uma declaração do responsável
pelo uso. Tabela B.1: Dimensões de poços de sucção
B.1.5 O reservatório deve ser provido de sistemas de drena-
gem e ladrão convenientes dimensionados e independentes.
B.1.6 É recomendado que a reposição da capacidade efeti-
va seja efetuada à razão de 1 L/min por metro cúbico de
reserva.

B.2 Reservatório elevado (ação da gravidade)


B.2.1 Quando o abastecimento é feito somente pela ação da
gravidade, o reservatório elevado deve estar a altura sufici-
ente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas
para cada sistema. Essa altura é considerada:
a) do fundo do reservatório (quando a adução for feita na
parte inferior do reservatório) até os hidrantes ou man-
gotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo;
b) da face superior do tubo de adução (quando a adução
for feita nas paredes laterais dos reservatórios) até os B.3.5 Quando o tubo de sucção D for dotado de um disposi-
hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis consi- tivo antivórtice, pode-se desconsiderar a dimensão A da
derados no cálculo. Tabela B.1.

B.2.2 Quando a altura do reservatório elevado não for sufi- B.3.6 Não se deve utilizar o dispositivo antivórtice quando a
ciente para fornecer as vazões e pressões requeridas, para captação no reservatório de incêndio ocorrer em posição
os pontos dos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis horizontal, conforme exemplos das Figuras B.1 e B.2.
considerados no cálculo, deve-se utilizar uma bomba de re- B.3.7 Sempre que possível, o reservatório deve dispor de
forço, em sistema “by pass”, para garantir as pressões e va- um poço de sucção como demonstrado nas Figuras B.1 a B.3
zões mínimas para aqueles pontos. A instalação desta bom- e com as dimensões mínimas A e B da Tabela B.1, respeitan-
ba deve atender ao Anexo C e demais itens desta IT. do-se também as distâncias mínimas com relação ao diâme-
B.2.3 A tubulação de descida do reservatório elevado para tro D do tubo de sucção.
abastecer os sistemas de hidrantes ou de mangotinhos deve B.3.8 Caso não seja previsto o poço de sucção, as dimen-
ser provido de uma válvula de gaveta e uma válvula de reten- sões mínimas A e B da Tabela B.1, ainda assim devem ser
ção, considerando-se o sentido reservatório–sistema. A vál- previstas, não se computando como reserva de incêndio e
vula de retenção deve ter passagem livre, sentido reservató- respeitando-se as dimensões mínimas com relação ao
rio–sistema. diâmetro D do tubo de sucção.

B.3 Reservatório ao nível do solo, semienterrado ou B.3.9 No caso de reservatório ao nível do solo, semienterrado
subterrâneo ou subterrâneo, deve-se atender aos requisitos de B.1.1 a
B.1.6.
B.3.1 Nestas condições, o abastecimento dos sistemas de
hidrantes ou mangotinhos deve ser efetuado por meio de B.3.10 O reservatório deve ser localizado, dentro do possível,
bombas fixas. em local de fácil acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros.
Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 503

B.4 Fontes naturais (lagos, rios, açudes, lagoas)


B.4.1 Para esses casos, suas dimensões devem ser confor-
me as Figuras B.4 e B.6, e atendendo à Tabela B.2.
B.4.2 Nos casos das Figuras B.4 e B.6 a profundidade da
água em canais abertos ou adufas (incluindo a adufa entre a
câmara de decantação e a câmara de sucção), abaixo do
menor nível de água conhecido de fonte, não deve ser
inferior ao indicado na Tabela B.2, para as correspondentes
larguras W e vazão Q.
B.4.3 A altura total dos canais abertos ou adufas deve ser tal
Figura B.1:Tomada superior de sucção para bomba principal que comporte o nível mais alto de água conhecido da fonte.
B.4.4 Cada bomba principal deve possuir uma câmara de
sucção com respectiva câmara de decantação, independente.
B.4.5 As dimensões da câmara de sucção, a posição da
tubulação de sucção da bomba principal em relação às pare-
des da câmara, a parte submersa da tubulação em relação
ao menor nível de água conhecido e a sua distância em rela-
ção ao fundo, indicadas nas Figuras B.4 a B.6 são idênticas.
B.4.6 A câmara de decantação deve possuir a mesma largu-
ra e profundidade da câmara de sucção e o comprimento
mínimo igual a 4,4 x √h onde h é a profundidade da câmara
de decantação.
Figura B.2: Tomada lateral de sucção para bomba principal B.4.7 Antes de entrar na câmara de decantação, a água
deve passar através de uma grade de arame ou uma placa
de metal perfurada, localizada abaixo do nível de água e com
uma área agregada de aberturas de, no mínimo, 15 cm² para
cada dm³/min da vazão Q; a grade deve ser suficientemente
resistente para suportar a pressão exercida pela água em
caso de obstrução.
B.4.8 É recomendável que duas grades sejam previstas,
sendo que enquanto uma delas se encontra em operação, a
outra pode ser suspensa para limpeza.
B.4.9 Deve ser feita uma previsão para que as câmaras de
sucção e de decantação possam ser isoladas periodicamen-
te para a limpeza e manutenção.
B.4.10 Nos casos da Figura B.6 o conduto de alimentação
Figura B.3: Tomada Inferior de sucção para bomba principal deve possuir uma inclinação mínima constante de 0,8%, no

Figura B.4: Alimentação natural do reservatório de incêndio


504 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

sentido da câmara de decantação, e um diâmetro que obede- B.4.11 Ainda nos casos da Figura B.6, a entrada do conduto
ça à seguinte equação: de alimentação deve possuir um ralo submerso, no mínimo,
um diâmetro abaixo do nível de água conhecido, para o açu-
D = 21,68 x Q 0.357
de, represa, rios, lagos ou lagoas; as aberturas do ralo citado
Onde: devem impedir a passagem de uma esfera de 25 mm de
D é o diâmetro interno do conduto, em milímetros e diâmetro.
Q é a máxima vazão da bomba principal, em decímetros
cúbicos por minuto.

Figura B.5 – Alimentação natural de reservatório por canal

Figura B.6 - Alimentação natural de reservatório por conduto


Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 505

Tabela B.2: Níveis de água e largura mínima para canais e adufa em função da vazão de alimentação
506 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
Bombas de Incêndio

C.1 Geral hidrante ou mangotinho, desde que o número máximo de


hidrantes ou mangotinhos não exceda seis pontos.
C.1.1 Quando o abastecimento é feito por bomba de incên-
dio, deve possuir pelo menos uma bomba elétrica ou de com- C.1.11 Excetuam-se do disposto em C.1.10 os casos em que
bustão interna, devendo ser utilizada para este fim. a bomba de incêndio recalca água de reservatório elevado,
C.1.2 As dimensões das casas de bombas devem ser tais ou seja, quando a rede de hidrantes ou mangotinhos estiver
que permitam acesso em toda volta das bombas de incêndio permanentemente cheia d’água.
e espaço suficiente para qualquer serviço de manutenção
C.1.12 As bombas de incêndio, preferencialmente, devem
local, nas bombas de incêndio e no painel de comando, in-
ser instaladas em condição de sucção positiva. Esta condi-
clusive viabilidade de remoção completa de qualquer das
ção é conseguida quando a linha do eixo da bomba se situa
bombas de incêndio.
abaixo do nível X de água. Admite-se que a linha de centro do
C.1.2.1 As casas de bombas quando estiverem em compar- eixo da bomba se situe 2 m acima do nível X de água, ou a
timento enterrado ou em barriletes, devem possuir acesso, 1/3 da capacidade efetiva do reservatório, o que for menor,
no mínimo, por meio de escadas do tipo marinheiro, sendo acima do que é considerada condição de sucção negativa
que o barrilete deve possuir no mínimo 1,5m de pé direito. (ver Figura C.1).
C.1.3 As bombas de incêndio devem, ser utilizadas somente C.1.13 A capacidade das bombas principais, em vazão e
para este fim. pressão, é suficiente para manter a demanda do sistema de
C.1.4 As bombas de incêndio devem ser protegidas contra hidrantes e mangotinhos, de acordo com os critérios adotados.
danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo ou
C.1.14 Não é recomendada a instalação de bombas de in-
umidade.
cêndio com pressões superiores a 100 mca (1MPa).
C.1.5 As bombas principais devem ser diretamente acopladas
por meio de luva elástica, sem interposição de correias e C.1.15 Quando o sistema de hidrantes ou de mangotinhos
correntes, possuindo a montante uma válvula de paragem, e dispuser de mais de seis saídas, a fim de manter a rede devi-
a jusante uma válvula de retenção e outra de paragem. damente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para
compensar pequenas perdas de pressão, uma bomba de
C.1.6 A automatização da bomba principal ou de reforço pressurização (jockey) deve ser instalada; tal bomba deve ter
deve ser executada de maneira que, após a partida do motor vazão máxima de 20 L/min.
seu desligamento seja somente manual no seu próprio pai-
nel de comando, localizado na casa de bombas. C.1.15.1 A pressão máxima de operação da bomba de
C.1.7 Quando a(s) bomba(s) de incêndio for(em) automati- pressurização (jockey) instalada no sistema deve ser igual à
zada(s), deve ser previsto pelo menos um ponto de aciona- pressão da bomba principal, medida sem vazão (shut-off).
mento manual para a(s) mesma(s), instalado em local seguro Recomenda-se que o diferencial de pressão entre os
da edificação e que permita fácil acesso. acionamentos sequenciais das bombas seja de aproximada-
mente 10 mca (100 kPa).
C.1.8 O funcionamento automático é indicado pela simples
abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação. C.1.15.2 As automatizações da bomba de pressurização
(jockey) para ligá-la e desligá-la automaticamente e da bom-
C.1.9 As bombas de incêndio, devem atingir pleno regime
ba principal para somente ligá-la automaticamente devem
em aproximadamente 30s após a sua partida.
ser feitas através de pressostatos instalados conforme apre-
C.1.10 As bombas de incêndio podem ser acionadas manual- sentado na Figura C.2, e ligados nos painéis de comando e
mente por meio de dispositivos instalados junto a cada chaves de partida dos motores de cada bomba.

Figura C.1: Condição positiva de sucção da bomba de incêndio


Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 507

Figura C.2: Cavalete de automação das bombas principal e de pressurização

C.1.16 O painel de sinalização das bombas principal ou de desliga”, para os pontos de hidrantes ou mangotinhos que
reforço, elétrica ou de combustão interna, deve ser dotado de atendam as pressões e vazões mínimas requeridas em fun-
uma botoeira para ligar manualmente tais bombas, possuin- ção da ação da gravidade, pode ser dispensado as botoeiras
do sinalização ótica e acústica, indicando pelo menos os se- junto a estes hidrantes ou mangotinhos, devendo ser demons-
guintes eventos: trado nos cálculos hidráulicos e no detalhe isométrico da rede.
C.1.16.1 Bomba elétrica: C.2.4 Os condutores elétricos das botoeiras devem ser pro-
a) painel energizado; tegidos contra danos físicos e mecânicos por meio de
eletrodutos rígidos embutidos nas paredes, ou quando apa-
b) bomba em funcionamento;
rentes em eletrodutos metálicos, não devendo passar em áre-
c) falta de fase; as de risco.
d) falta de energia no comando da partida.
C.2.5 As bombas de incêndio não podem ser instaladas em
C.1.16.2 Bomba de combustão interna: salas que contenham qualquer outro tipo de máquina ou
a) painel energizado; motor, exceto quando estes últimos se destinem a sistemas
de proteção e combate a incêndio que utilizem a água como
b) bomba em funcionamento;
agente de combate.
c) baixa carga da bateria;
C.2.6 É permitida a instalação de bombas de incêndio com
d) chave na posição manual ou painel desligado.
as sucções acima do nível de água, desde que atenda aos
C.1.17 As bombas principais devem ser dotadas de manô- seguintes requisitos (ver Figura C.3):
metro para determinação da pressão em sua descarga. Nos a) ter a sua própria tubulação de sucção;
casos em que foram instaladas em condição de sucção b) ter a válvula de pé com crivo no extremo da tubulação
negativa, devem também ser dotadas de manovacuômetro de sucção;
para determinação da pressão em sucção.
c) ter meios adequados que mantenham a tubulação de
sucção sempre cheia de água;
C.2 Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos
d) o volume do reservatório de escorva e o diâmetro da
C.2.1 As bombas de incêndio dos sistemas de hidrantes e de
tubulação que abastece a bomba de incêndio devem
mangotinhos podem dispor de dispositivos para acionamento
ser para sistemas do tipo 1, no mínimo, de 100 litros e
automático ou manual.
diâmetro de 19 mm respectivamente e, para sistemas
C.2.2 Quando o acionamento for manual devem ser previs- do tipo 2 e 3 no mínimo de 200 litros e diâmetro de
tas botoeiras do tipo “liga-desliga”, junto a cada hidrante ou 19 mm;
mangotinho.
e) o reservatório de escorva deve ter seu abastecimento
C.2.3 Nos casos em que houver necessidade de instalação por outro reservatório elevado e possuir, de forma al-
de bomba de reforço, conforme especificado no item B.2.2, ternativa, abastecimento pela rede pública de água da
sendo a bomba de reforço acionada por botoeira do tipo “liga- concessionária local.
508 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

VR - Válvula de retenção VP - Válvula de paragem

Figura C.3: Exemplo de afogamento de bomba de incêndio

C.2.7 A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve C.2.8 Na falta de energia da concessionária, as bombas de
ser independente do consumo geral, de forma a permitir o incêndio acionadas por motor elétrico podem ser alimenta-
desligamento geral da energia, sem prejuízo do funciona- das por um gerador diesel, atendendo ao requisito de C.2.9.
mento do motor da bomba de incêndio (ver Figura C.4).
C.2.9 A entrada de força para a edificação a ser protegida
deve ser dimensionada para suportar o funcionamento das
bombas de incêndio em conjunto com os demais componen-
tes elétricos da edificação, a plena carga.

C.2.10 As chaves elétricas de alimentação das bombas de


incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição “ALIMENTA-
ÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”.

C.2.11 Os fios elétricos de alimentação do motor das bom-


bas de incêndio, quando dentro da área protegida pelo siste-
ma de hidrantes devem ser protegidos contra danos mecâni-
cos e químicos, fogo e umidade.

C.2.12 Nos casos em que a bomba de reforço, conforme


especificado em B.2.2, for automatizada por chave de fluxo, a
instalação pode ser conforme esquematizado na Figura C.6.

C.2.13 A bomba de pressurização jockey pode ser sinaliza-


da apenas com recurso ótico, indicando bomba em funciona-
Figura C.4: Esquema de ligação elétrica para acionamento da bom- mento.
ba de incêndio
Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 509

Figura C.6: Esquema de instalação de bomba de reforço abaste-


cendo os pontos de hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis
considerados no cálculo, (prumada específica)
Legenda:
1 - Bomba de reforço
2 - Válvula–gaveta
3 - Válvula de retenção
Figura C.5: Esquema de instalação de bomba de reforço abaste- 4 - Chave de fluxo com retardo
cendo os pontos de hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis 5 - Pontos de hidrantes / mangotinhos
considerados no cálculo, por uma só prumada 6 - Registro de recalque
Legenda: 7 - Reservatório
1 - Bomba de reforço Nota:
2 - Válvula-gaveta NA - Normalmente aberta
3 - Válvula de retenção NF - Normalmente fechada
4 - Acionador manual tipo “liga-desliga”
5 - Pontos de hidrantes / mangotinhos
6 - Registro de recalque
7 - Reservatório
C.2.16 O painel de comando para proteção e partida auto-
mática do motor da bomba de incêndio deve ser selecionado
de acordo com a potência em CV do motor.
C.2.14 Cada bomba principal ou de reforço deve possuir
uma placa de identificação com as seguintes características: C.2.17 A partida do motor elétrico deve estar de acordo com
a) nome do fabricante; as recomendações da NBR 5410/04 ou da concessionária
b) número de série; local.
c) modelo da bomba; C.2.17.1 O sistema de partida deve ser do tipo magnético.
d) vazão nominal;
C.2.17.2 O período de aceleração do motor não deve
e) pressão nominal;
exceder 10 s.
f) rotações por minutos de regime;
g) diâmetro do rotor. C.2.18 O painel deve ser localizado o mais próximo possível
do motor da bomba de incêndio e convenientemente protegi-
C.2.15 Os motores elétricos também devem ser caracteriza- do contra respingos de água e penetração de poeira.
dos através de placa de identificação, exibindo: C.2.19 O painel deve ser fornecido com os desenhos
a) nome do fabricante; dimensionais, leiaute, diagrama elétrico, régua de bornes,
b) tipo; diagrama elétrico interno e listagem dos materiais aplicados.
c) modelo; C.2.20 Todos os fios devem ser anilhados, de acordo com o
d) número de série; diagrama elétrico correspondente.
e) potência, em CV; C.2.21 O alarme acústico do painel deve ser tal que, uma vez
f) rotações por minuto sob a tensão nominal; cancelado por botão de impulso, volte a funcionar normal-
g) tensão de entrada, em volts; mente quando surgir um novo evento.
h) corrente de funcionamento, ampéres; C.2.22 O sistema de proteção dos motores elétricos deve ser
i) frequência, em hertz. conforme a NBR 5410/04.
510 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

C.2.23 As bombas de incêndio com vazão nominal acima de com volume mínimo de uma vez e meia a capacidade do
600 l/min devem dispor de um fluxo contínuo de água por tanque de combustível.
meio de uma tubulação de 6 mm ou placa de orifício de 6 mm,
C.3.7 Existindo mais de um motor a explosão, cada um deve
derivada da voluta da bomba e com retorno preferencialmen-
ser dotado de seu próprio tanque de combustível, com suas
te para o reservatório ou tanque de escorva (ver Figura C.7),
respectivas tubulações de alimentação para bomba injetora.
a fim de se evitar o superaquecimento das mesmas.
C.3.8 O motor a explosão deve possuir uma placa de identi-
C.3 Bombas acopladas a motores de combustão interna ficação com as seguintes características:
C.3.1 O motor a combustão deve ser instalado em ambiente a) nome do fabricante;
cuja temperatura não seja, em qualquer hipótese, inferior à b) tipo;
mínima recomendada pelo fabricante, ou dotado de sistema c) modelo;
de pré-aquecimento permanentemente ligado.
d) número de série;
C.3.1.1 São dotados de injeção direta de combustível por e) potência em CV, considerando o regime contínuo de
bomba injetora ou de ar comprimido, para a partida. funcionamento;
C 3.1.2 São dotados de sistema de arrefecimento por ar ou f) rotações por minuto nominal.
água, não sendo permitido o emprego de ar comprimido.
C.3.9 Um painel de comando deve ser instalado no interior
C.3.1.3 A aspiração de ar para combustão pode ser natural da casa de bombas, indicando bomba em funcionamento e
ou forçada (turbo). sistema automático desligado (chave seletora na posição
C.3.1.4 Dispõe de controlador de rotação, o qual deve man- manual).
ter a rotação nominal, tolerada uma faixa de 10% seja qual for C.3.10 As baterias do motor a explosão, localizadas na casa
a carga. de bombas, devem ser mantidas carregadas por um sistema
C.3.1.5 Dispõe de meios de operação manual, de preferên- de flutuação automática, por meio de um carregador duplo de
cia no próprio motor, o qual volta sempre à posição normal. baterias. O sistema de flutuação deve ser capaz de atender,
independente, aos dois jogos de baterias (principal e reserva).
C.3.2 As bombas de incêndio devem ter condição de operar
a plena carga, no local onde forem instaladas, durante 6 h C.3.11 O sistema de flutuação automática deve ser capaz de
ininterruptas, sem apresentar quaisquer avarias. carregar uma bateria descarregada em até 24 h, sem que
haja danos às suas placas, determinando ainda, por meio de
C.3.3 Os sistemas de refrigeração aceitáveis devem ser os amperímetros e voltímetros, o estado de carga de cada jogo
descritos em C.3.3.1 a C.3.3.4. de baterias.
C.3.3.1 A injeção direta de água, da bomba para o bloco do C.3.12 Nos casos em que houver apenas uma bomba de
motor, de acordo com as especificações do fabricante. A saí- incêndio, por motor à explosão, o sistema de partida deve ser
da de água de resfriamento deve passar, no mínimo, 15 cm sempre automático.
acima do bloco do motor e terminar em um ponto onde possa
ser observada sua descarga.
C.3.3.2 Por trocador de calor, vindo água fria diretamente da
bomba específica para esse fim, com pressões limitadas pelo
fabricante do motor. A saída de água do trocador também
deve ser posicionada conforme C.3.3.1.
C.3.3.3 Por meio de radiador no próprio motor, sendo o ven-
tilador acionado diretamente pelo motor ou por intermédio de
correias, as quais devem ser múltiplas.
C.3.3.4 Por meio de ventoinhas ou ventilador, acionado direta-
mente pelo motor ou por correias, as quais devem ser múltiplas.
C.3.4 A entrada de ar para a combustão deve ser provida de
um filtro adequado.
C.3.5 O escapamento dos gases do motor deve ser provido
de silencioso, de acordo com as especificações do fabrican-
te, sendo direcionados para serem expelidos fora da casa de
bombas, sem chances de retornar ao seu interior.
C.3.6 O tanque de combustível do motor deve ser montado
de acordo com as especificações do fabricante e deve conter
um volume de combustível suficiente para manter o conjunto
motobomba operando a plena carga durante o tempo de, no
mínimo, duas vezes o tempo de funcionamento dos abasteci-
mentos de água, para cada sistema existente na edificação.
Deve ser instalada sob o tanque uma bacia de contenção Figura C.7: Arrefecimento da bomba principal elétrica
Instrução Técnica nº 22/2011 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 511

ANEXO D
Abrigos de mangueiras e mangotinhos

D.1 Aspectos construtivos D.2.4 A porta do abrigo pode ser lacrada para prevenir aber-
tura indevida, desde que o lacre seja de fácil rompimento
D.1.1 O abrigo pode ser construído em alvenaria, em mate-
manual ou exista a possibilidade de alerta por monitoramento
riais metálicos, em fibra ou vidro laminado, ou de outro mate-
eletrônico.
rial a critério do projetista, desde que atendam os demais
itens especificados, podendo ser pintados em qualquer cor, D.2.5 Para as áreas destinadas a garagem, fabricação, de-
desde que sinalizados de acordo com a IT 20/11- Sinalização pósitos e locais utilizados para movimentação de mercadori-
de emergência. as, o abrigo de hidrante interno deve ser sinalizado no piso
com um quadrado de 1 m de lado, com borda de 15 cm,
D.1.2 O abrigo das mangueiras podem ter portas confeccio-
pintada na cor amarela fotoluminescente e, o quadrado inter-
nadas em material transparente.
no de 70 cm, na cor vermelha.
D.1.3 O abrigo deve possuir apoio ou fixação própria, inde-
D.2.6 O abrigo de hidrante interno deve ser disposto de
pendente da tubulação que abastece o hidrante ou
modo a evitar que, em caso de sinistro, fique bloqueado pelo
mangotinho.
fogo.
D.1.4 O abrigo deve ter dimensões suficientes para acondici-
D.2.7 O abrigo não deve ser instalado em frente a acessos
onar, com facilidade, as mangueiras e respectivos acessóri-
de entrada e saída de: pedestres, garagens, estacionamen-
os, permitindo rápido acesso e utilização de todo conteúdo,
tos, rampas, escadas e seus patamares.
em caso de incêndio.
D.3 Arrumação interna
D.2 Uso e instalação
Cada abrigo deve dispor, no mínimo, dos equipamentos indi-
D.2.1 A válvula de hidrante e a botoeira de acionamento da
cados nas Tabelas 2 e 4.
bomba de incêndio podem ser instaladas dentro do abrigo
desde que não impeçam a manobra dos seus componentes.
D.4 Abrigo de mangotinhos
D.2.2 O abrigo de hidrante interno não deve ser instalado a
D.4.1 Quando os mangotinhos forem abrigados em caixas
mais de 5 m da porta de acesso da área a ser protegida. A
de incêndio, estas devem atender às mesmas condições
válvula angular deve ser instalada neste intervalo, entre a
estabelecidas para as caixas de hidrantes.
porta e o abrigo, devendo estar em local visível e de fácil
acesso. Deve-se adotar espaço suficiente para a manobra da D.4.2 O mangotinho externo à edificação deve ser instalado
válvula angular e conexão de mangueira(s). em abrigo apropriado, devidamente sinalizado.
D.2.3 A porta do abrigo deve estar situada em sua face mais
larga.
512 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO E
Casos de isenção de sistema fixo de hidrantes e mangotinhos

E.1 Podem ser considerados casos de isenção de sistema E.2 Pode ser isenta a instalação de pontos de hidrante ou de
de hidrantes e mangotinhos as áreas das edificações com as mangotinho em edículas, mezaninos, escritórios em andar
seguintes ocupações: superior, porão e subsolo de até 200 m² ou nos pavimentos
superiores de apartamentos “duplex” ou “triplex”, desde que
E.1.1 Áreas exclusivamente destinadas a processos indus-
o caminhamento máximo adotado seja o comprimento esta-
triais com carga de incêndio igual ou inferior a 200 MJ/m²;
belecido na Tabela 2 desta IT, e que o hidrante ou mangotinho
E.1.2 Depósitos de materiais incombustíveis, tais como: ci- do pavimento mais próximo assegure sua proteção e o aces-
mento, cal, metais, cerâmicas, agregados e água, desde que, so aos locais citados não seja por meio de escada
quando embalados, a carga de incêndio, calculada de acor- enclausurada.
do com a IT 14/11 - Carga de incêndio nas edificações e
E.3 Fica isenta a instalação de pontos de hidrante ou de
áreas de risco, não ultrapasse 100 MJ/m²;
mangotinho em zeladorias, localizadas nas coberturas de
E.1.3 Ginásios poliesportivos e piscinas cobertas, desde que edifícios, com área inferior a 70 m², desde que o caminhamento
não utilizados para outros eventos que não sejam atividades máximo do hidrante ou mangotinho seja o estabelecido na
esportivas e desde que as áreas de apoio não ultrapassem Tabela 2 desta IT e o hidrante ou mangotinho do pavimento
750 m²; inferior assegure sua proteção.
E.1.4 Processos industriais com altos fornos onde o emprego
de água seja desaconselhável.
Instrução Técnica nº 23/2011 - Sistemas de chuveiros automáticos 513

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 23/2011

Sistemas de chuveiros automáticos

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Passos básicos para cálculos hidráulicos de chuveiros


automáticos
2 Aplicação
B Sinalização do registro de recalque do sistema de
3 Referências normativas e bibliográficas chuveiros automáticos
4 Definições

5 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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514 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 23/2011 - Sistemas de chuveiros automáticos 515

1 OBJETIVO 5.5 A critério do projetista, a instalação de chuveiros auto-


máticos em casa de máquinas, subestações, casa de bom-
Adequar o texto da norma NBR 10.897/07 – Sistemas de pro-
bas de incêndio, sala de gerador e similares onde haja exclu-
teção contra incêndio por chuveiro automático da ABNT, para
sivamente equipamentos elétricos energizados, pode ser
aplicação na análise e vistoria de projetos/processos subme-
substituída pela instalação de detectores, ligados ao sistema
tidos ao Corpo de Bombeiros, atendendo ao previsto no De-
de alarme do prédio ou ao alarme do sistema de chuveiros
creto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança
automáticos.
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado
de São Paulo. 5.6 A substituição prevista no item 5.5 fica limitada a compar-
timentos com área máxima de 200 m².
2 APLICAÇÃO
5.6.1 Aplicam-se os mesmos critérios para os CPD localiza-
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações dos no interior das edificações, sendo que os compartimen-
onde é exigida a instalação de chuveiros automáticos, de tos ficam com área máxima limitada a 40 m² desde que exista
acordo com as Tabelas 6B a 6M.3 do Decreto Estadual nº compartimentação entre CPD e os ambientes adjacentes.
56.819/11.
5.7 Nos casos de edificações com ocupação mista, a reserva
2.2 Adotam-se a NBR 10.897 – Sistemas de proteção contra de incêndio deve ser calculada em função da vazão de risco
incêndio por chuveiro automático, com as adequações cons- mais grave e do tempo de funcionamento do risco predomi-
tantes no item 5 desta IT. nante.
2.3 Nos locais destinados a depósito deve ser aplicada a
5.8 O dimensionamento do sistema deve ser feito por cálculo
IT 24/11 – Sistemas de chuveiros automáticos para áreas de
hidráulico.
depósitos.
5.8.1 O dimensionamento por tabelas pode ser utilizado nas
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS situações de ampliação ou modificações de sistemas exis-
tentes.
NFPA 13 - Standard for the Installation of Sprinkler Systems.
5.9 Nos casos em que hidrantes e mangotinhos sejam insta-
4 DEFINIÇÕES lados em conjunto com o sistema de chuveiros automáticos,
Aplicam-se as definições constantes da IT 03/11 – Terminolo- as vazões e pressões mínimas exigidas na IT 22/11 - Siste-
gia de segurança contra incêndio. mas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incên-
dio, devem ser garantidas, sendo somadas as reservas efeti-
5 PROCEDIMENTOS vas de água para o combate a incêndios, atendendo aos
requisitos técnicos previstos nas normas técnicas oficiais.
5.1 Os sistemas de proteção por chuveiros automáticos de-
vem ser elaborados de acordo com critérios estabelecidos 5.10 Nas edificações elevadas, constituídas de múltiplos
em normas técnicas brasileiras, sendo aceita a norma NFPA pavimentos, serão aceitos os limites máximos previstos na
13 da National Fire Protection Association, se o assunto não NBR 10897 para cada válvula de governo e alarme, sendo
for por elas contemplado. A classificação do risco, área de que após a instalação de pelo menos uma para cada limite
operação, tabelas e demais parâmetros técnicos devem se- de área atendida, os demais pavimentos podem conter ape-
guir os critérios contidos nas normas técnicas. nas as chaves de fluxo secundárias, ficando sob o controle
da respectiva válvula de governo e alarme.
5.2 Para fins de apresentação junto ao Corpo de Bombeiros,
deve ser elaborado um projeto técnico com simbologia aten- 5.10.1 Caso a reserva e bomba sejam elevadas, não há
dendo ao contido na IT 03/11 - Terminologia de segurança necessidade de previsão de Válvula de Governo e Alarme
contra incêndio, devendo ser apresentado o projeto prelimi- (VGA) na prumada principal, mantendo-se as Válvulas de
nar, de acordo com as normas técnicas, contendo o esquema Comando Secundário nos pavimentos.
isométrico da área de operação e caminhamento da tubula- 5.11 Quando não houver necessidade da instalação de mais
ção até o abastecimento de água. do que uma válvula de governo e sendo a reserva efetiva,
5.2.1 O projeto executivo do sistema de chuveiros automáti- situada acima do pavimento mais elevado, a instalação desta
cos não necessita ser encaminhado para análise junto ao válvula de governo pode ser dispensada, substituindo-se por
Corpo de Bombeiros, mas deve estar à disposição na válvula de retenção instalada na expedição da bomba e cha-
edificação para suprir possíveis dúvidas do agente vistoriador. ve de fluxo para acionamento do alarme, de modo que aten-
da às funções da válvula de governo e alarme.
5.3 Nas edificações onde houver exigência da instalação do 5.12 O gongo hidráulico, normalmente presente nas válvulas
sistema de chuveiros automáticos, deve-se atender a toda área de governo e alarme, pode ser substituído pelo alarme elétri-
de edificação, podendo, a critério do projetista, deixar de abran- co, interligando a mesma ao sistema de alarme principal da
ger a casa do zelador, quando localizada na cobertura. edificação, de forma a avisar quando passar água no sistema
a partir do funcionamento de um único chuveiro.
5.4 Nas edificações existentes, onde não exista exigência do 5.12.1 O circuito do alarme de que trata este item deve ser
sistema de chuveiros automáticos ou quando este for propos- supervisionado.
to como solução técnica alternativa, pode ser utilizada a ins-
talação parcial, atendendo-se às demais exigências previs- 5.13 O registro de recalque para chuveiros automáticos deve
tas nas normas técnicas oficiais. conter sinalização e indicação claras, de forma a ser diferen-

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516 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ciado do recalque do sistema de hidrantes, de acordo com o 5.17 Quando houver forros incombustíveis, os chuveiros au-
Anexo B desta IT. tomáticos devem ser instalados para proteção do espaço
entre-forro somente se houver carga de incêndio.
5.14 Não são aceitas placas de orifício para balanceamento
do sistema de chuveiros automáticos. 5.17.1 As eletrocalhas fechadas não caracterizam carga de
incêndio para os critérios de proteção estabelecidas neste
5.15 Quando for necessária a redução de pressão, em siste- item.
mas conjugados ou não, devem ser utilizadas válvulas redu-
toras de pressão, aprovadas para o uso em instalações de
proteção contra incêndios.

5.16 Nos locais com forros combustíveis, os chuveiros auto-


máticos devem ser instalados acima para proteção do espa-
ço entre-forro.

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Instrução Técnica nº 23/2011 - Sistemas de chuveiros automáticos 517

ANEXO A
Passos básicos para cálculos hidráulicos de chuveiros automáticos

A técnica de projeto hidráulico pode ser resumida em 15 pas- Passo 9: Calcular a vazão do segundo chuveiro;
sos básicos. Estes passos podem ser usados como um guia Passo 10: Repetir os Passos 8 e 9 para os chuveiros
para o projeto do sistema ou como um “check list” para a seguintes até que todos os chuveiros do ramal estejam
análise do projeto: calculados;
Passo 1: Identificar a ocupação ou o risco a ser protegido; Passo 11: Se a área de cálculo se estender até o outro
Passo 2: Determinar o tamanho da área de aplicação dos lado do subgeral, os Passos 6 até 9 são repetidos para o
chuveiros automáticos; lado oposto. Os ramais que cruzam deverão ser balance-
Passo 3: Determinar a densidade de projeto exigida; ados com a mais alta pressão de demanda;
Passo 4: Estabelecer o número de chuveiros contidos na Passo 12: Calcular o fator K para a primeira subida, com
área de cálculo; fatores adicionais calculados para as linhas desiguais;
Passo 5: Determinar o formato da área de cálculo; Passo 13: Repetir os Passos 8 e 9 para as subidas (ao
invés de chuveiros) até que todas as subidas da área de
Passo 6: Calcular a vazão mínima exigida para o primeiro
cálculo tenham sido calculadas;
chuveiro;
Passo 14: Computar a perda de carga no ponto de abas-
Passo 7: Calcular a pressão mínima exigida para o pri-
tecimento com as compensações devido a desníveis geo-
meiro chuveiro;
métricos, válvulas e acessórios e diferença de materiais
Passo 8: Calcular a perda de carga entre o primeiro e o da tubulação enterrada;
segundo chuveiro;
Passo 15: Comparar a vazão calculada com o suprimen-
to de água disponível.

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518 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Sinalização do registro de recalque do sistema de chuveiros automáticos

I – REGISTRO DE RECALQUE ENTERRADO E DE PAREDE

OBSERVAÇÃO: O REGISTRO DE RECALQUE DO SISTEMA DE HIDRANTES DEVERÁ SER SINALI-


ZADO DA MESMA FORMA ACIMA, PORÉM SUBSTITUINDO-SE AS LETRAS “SPK” POR “HID”.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 519

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 24/2011

Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Definições

2 Aplicação B Classificações de mercadorias

3 Referências normativas e bibliográficas C Exemplos de mercadorias

4 Definições D Exemplos de mercadorias Classes I, II, III e IV

5 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011
e pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

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520 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 521

1 OBJETIVO 5.1.1.3 Os chuveiros ESFR de K=22.4 (320) podem ser utilizados


em conformidade com o estabelecido na NFPA 13/10.
Estabelecer parâmetros técnicos para implementação do
sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito, 5.1.1.4 Nos cálculos hidráulicos de sistemas com chuveiros
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 – do tipo ESFR devem ser adotados os fatores K indicados
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações entre parênteses: K-14.0 (200) , K-16.8 (240), K-22.4 (320) e
e áreas de risco do Estado de São Paulo. K-25.2 (360).

2 APLICAÇÃO 5.1.2 Altura do edifício (pé-direito)


2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as áreas de 5.1.2.1 A máxima altura do edifício (pé-direito) deve ser
depósitos das edificações onde é exigida a instalação de medida no ponto mais elevado do teto ou telhado.
chuveiros automáticos. 5.1.2.2 Chuveiros ESFR (Early Suppression and Fast Response)
2.2 Excetuam as áreas onde houver armazenamento de devem ser usados somente em edifícios cuja altura seja igual ou
líquidos inflamáveis ou combustíveis. inferior à altura de edifício para a qual foram certificados.
5.1.2.3 Chuveiros de gotas grandes, chuveiros de controle
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
para aplicações específicas e chuveiros ESFR podem ser
Esta IT foi baseada na NFPA 13 - Standard for the Installation usados para a proteção de riscos ordinários, armazenagem
of Sprinkler Systems. de mercadorias Classe I a Classe IV, plásticos, armazenagem
Para compreensão desta Instrução Técnica é necessário temporária e outros tipos de armazenagem especificadas
consultar a seguinte bibliografia: nesta IT ou em outras normas.
NFPA 13 - Standard for the Installation of Sprinkler Systems.
5.1.3 Hidrantes devem ser dimensionados e instalados
4 DEFINIÇÕES de acordo com a IT 22/11
4.1 Para os efeitos desta Instrução Técnica, aplicam-se 5.1.4 Sistemas de tubo molhado
as definições constantes da IT 03/11 – Terminologia de 5.1.4.1 Os sistemas de chuveiros devem ser preferencialmen-
segurança contra incêndio e Anexo “A”. te de tubo molhado.
4.2 Armazenagem temporária: é aquela que não se constitui 5.1.4.2 Em áreas sujeitas a congelamento, ou quando houver
na principal utilização do edifício e não pode exceder a 12 ft condições especiais, podem ser usados sistemas secos e de
(3,7 m) de altura. As áreas de armazenagem temporária não ação prévia para a proteção de áreas de armazenamento.
devem exceder a 10% da área do edifício ou 4000 ft² (372 m²),
cada pilha não pode exceder a 1000 ft² (93 m²) e deve ter afasta- 5.1.4.3 Chuveiros ESFR só podem ser usados em sistemas
mento de 25 ft (7,62 m) de outras áreas de armazenagem. de tubos molhados.
4.3 Caixas tipo bin-box: caixas de metal, madeira, plástico ou 5.1.5 Em edifícios com duas ou mais ocupações adjacentes,
papelão com 5 lados fechados e 1 aberto, normalmente as seguintes medidas são aplicáveis:
voltado para o corredor, para permitir acesso ao conteúdo. As 1) quando as áreas não forem separadas fisicamente por
caixas tipo Bin-box podem ser auto-portantes ou sustentadas uma barreira ou divisória capaz de impedir que o calor do
por uma estrutura. fogo em uma área acione os chuveiros na área adjacente, a
proteção requerida para a ocupação de maior demanda deve
5 PROCEDIMENTOS se estender 15 ft (4,6 m) além de seu perímetro;
5.1 Geral 2) o exigido em 5.1.5 1) não será aplicável quando as áreas
5.1.1 Este item se aplica a todos os tipos de armazenagem e forem separadas por uma divisória capaz de evitar que o
mercadorias, a menos que indicado em contrário nos itens calor do fogo na área de armazenagem acione os chuveiros
específicos. na área não utilizada para armazenagem.
5.1.1.1 Os critérios de proteção por chuveiros aqui apresen- 5.1.6 Sistemas de tubos secos e de ação prévia
tados baseiam-se na premissa de que sejam consideradas 5.1.6.1 A área de operação de sistemas de tubo seco e de
as barreiras fixas dos acantonamentos, nas edificações onde ação prévia deve ser aumentada em 30%, sem alteração da
haja o sistema de controle de fumaça e que seu acionamento densidade.
será anterior a este sistema. 5.1.6.2 As densidades e áreas devem ser selecionadas de
5.1.1.2 A área máxima de cobertura por chuveiro (As) deve modo que a área final de operação, após o aumento de 30%,
ser estabelecida com base na Tabela 5.1.2. não seja maior que 6000 ft2 (557,4 m²).

Tabela 5.1.2: Áreas máximas de proteção por chuveiros automáticos pendentes e em pé para depósitos
Área de Distância máxima entre
Tipo de construção Tipo de sistema
proteção (m2) bicos ou ramais (m)
Cálculo hidráulico com
Todas 9,3 3,7*
densidade ≥ 10,2 L/min/m²
Cálculo hidráulico com
Todas 12,1 4,6
densidade < 10,2 L/min/m²
*Os chuveiros do tipo ESFR utilizados em depósitos com o pé-direito acima de 9,10 m a distância máxima entre bicos ou ramais será de 3,10 m

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522 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.1.6.3 O exigido em 5.1.6.1 não precisa ser aplicado, caso c. dentro de edifícios, com paletes dispostos e protegidos
possa ser demonstrado que o sistema de detecção que conforme 5.1.9.1.2.
aciona o sistema de ação prévia produz uma descarga de
5.1.9.1.2 Quando armazenados dentro de edifícios, os paletes
água a uma velocidade equivalente à de um sistema de
devem ser protegidos com chuveiros spray standard, confor-
tubo molhado.
me indicado na Tabela 5.1.9.1.2(a), com chuveiros de contro-
5.1.7 Os critérios especificados neste capítulo devem ser le para aplicações específicas, conforme a Tabela 5.1.9.1.2(b),
aplicados somente a edificações cujos tetos não tenham ou com chuveiros ESFR, conforme a Tabela 5.1.9.1.2(c), a
inclinação superior a 16,7%. menos que as seguintes condições sejam atendidas:
5.1.8 Quando for necessário fazer vários ajustes na área de 1) os paletes não devem ser armazenados a mais de 6 ft
operação, estes devem ser cumulativos, com base na área (1,8 m) de altura;
de operação original. Caso o edifício tenha espaços enco- 2) cada grupo de pilhas de paletes, formado por, no máximo,
bertos combustíveis sem proteção por chuveiros, as regras 4 pilhas, deve ser separado de outros grupos de pilhas por
de 5.2.3.1.8 devem ser aplicadas após todas as outras modi- um espaço vazio de pelo menos 8 ft (2,4 m), e de outras
ficações terem sido feitas. mercadorias por um espaço vazio de 25 ft (7,6 m).
5.1.9 Proteção de paletes vazios 5.1.9.1.3 Paletes de madeira vazios não devem ser armaze-
nados em estruturas porta-paletes a menos que sejam prote-
5.1.9.1 Paletes de madeira
gidos conforme a Tabela 5.1.9.1.2(c).
5.1.9.1.1 Paletes de madeira podem ser armazenados das
seguintes maneiras: 5.1.9.2 Paletes de plástico
a. em área externa; 5.1.9.2.1 Paletes de plástico podem ser armazenados das
b. em uma estrutura separada e isolada; seguintes maneiras:

Tabela 5.1.9.1.2(a): Proteção de armazenagem interna de paletes de madeira vazios utilizando chuveiros de controle
densidade-área

Tabela 5.1.9.1.2(b): Proteção de armazenagem interna de paletes de madeira vazios utilizando chuveiros de controle para
uso específico

Tabela 5.1.9.1.2(c): Proteção de armazenagem interna de paletes de madeira vazios utilizando chuveiros ESFR

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 523

1) em áreas externas; 1. Com um sistema capaz de descarregar 0,6 gpm/ft2


2) em uma estrutura separada e isolada; (24,5 L/min/m²) em toda a sala, ou com um sistema
3) dentro de edificações quando dispostos e protegidos de espuma de alta expansão e chuveiros, conforme
conforme 5.1.9.2.2; indicado em 5.1.11;
4) a armazenagem interna de paletes de plástico pode ser 2. Se o material for armazenado no piso, deve ser uti-
protegida conforme a Tabela 5.1.9.2.1; lizado um sistema de chuveiros com bicos ESFR K
14 pendentes, projetado para alimentar todos os
5) a armazenagem interna de paletes de plástico pode ser
chuveiros da sala a 50 psi (3,4 bar), se a altura do
protegida da seguinte maneira:
teto for, no máximo, 30 ft (9,1 m), ou a 75 psi (5,2
a. a altura máxima de armazenagem deve ser 10 ft (3 m);
bar), se a altura do teto for, no máximo, 35 ft (10,7 m).
b. a altura máxima do teto deve ser 30 ft (9,1 m);
c. a densidade do sistema de chuveiros deve ser igual a d. a altura das pilhas não deve ser superior a 12 ft (3,7 m);
0,6 gpm/ft2 (24,5 L/min/m²) sobre 2000 ft2 (186,0 m²); 2) Quando não forem usadas salas isoladas, as seguintes
d. o fator K mínimo deve ser igual a 16,8. condições devem ser aplicadas:
a. a altura das pilhas de paletes de plástico não deve ser
6) a armazenagem interna de paletes que não sejam de
superior a 4 ft (1,2 m);
madeira e que tenham demonstrado risco de incêndio igual
b. devem ser usados chuveiros de temperatura alta;
ou menor do que o de paletes de madeira vazios, caso essa
c. cada grupo de pilhas de paletes formado, no máximo,
equivalência tenha sido certificada, podem ser protegidos
duas pilhas, deve ser separado de outros grupos de pi-
conforme 5.1.9.2.2;
lhas por um espaço vazio de pelo menos 8 ft (2,4 m), e de
7) quando houver resultados experimentais, estes devem ter outras mercadorias por um espaço vazio de 25 ft (7,6 m).
preferência na determinação da proteção necessária para
paletes de plástico vazios. 5.1.9.2.3 Paletes de plástico vazios só podem ser armazenados
em estruturas porta-paletes quando protegidos conforme a
5.1.9.2.2 Paletes de plástico armazenados dentro de Tabela 5.1.9.2.1.
edificações devem ser protegidos conforme segue:
1) Quando armazenados em salas isoladas, dentro de um 5.1.10 Armazenagem temporária e armazenagem de
edifício, as seguintes condições devem ser aplicadas: mercadorias Classe I a IV até 12 ft (3,7 m) de altura
a. pelo menos uma das paredes da sala isolada deve ser 5.1.10.1 Critério de descarga
uma parede externa do edifício; 5.1.10.1.1 A proteção da armazenagem mista, com altura até
b. as paredes que separam a sala do restante do edifício 12 ft (3,7 m), de plásticos Grupo A, pneus, bobinas de papel, e
devem ter resistência ao fogo de 3 h; da armazenagem de paletes vazios até 6 ft (1,4 m) de altura,
c. a proteção por chuveiros deve ser feita de acordo com deve seguir os critérios de descarga da Tabela 5.1.10.1.1 e
uma das seguintes maneiras: Figura 5.1.10.

Tabela 5.1.9.2.1: Proteção de armazenagem interna de paletes de plástico vazios utilizando chuveiros ESFR

Densidade (L/min/m2)
2.0 4.1 6.1 8.1 10.2 12.2 14.3 16.3
5000 465
Área de Operação (m2)

Curva 2 Curva 3
Área de Operação (ft2)

4000 372

Curva 1
3000 279

2500 232
Curva 4 Curva 5
2000 186

1500 139
0.050.20 0.25
0.10 0.30
0.15 0.35 0.40
Densidade (gpm/ft2)
Figura 5.1.10: Armazenagem temporária e armazenagem de mercadorias Classe I a IV até 12 ft (3,7 m) de altura - curva de projeto.

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524 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.1.10.1.1: Critério de descarga para armazenagem temporária e armazenagem de mercadorias Classe I a IV até 12 ft
(3,7 m) de altura

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 525

5.1.10.1.2 Os critérios de descarga para a proteção de mer- resposta normal, com fator K = 11,2 ou maior, em pé ou pen-
cadorias Classe I a IV até 12 ft (3,7 m) de altura devem aten- dentes, certificados para proteção de áreas de armazena-
der à Tabela 5.1.10.1.1 e Figura 5.1.10. mento, para a proteção de áreas de armazenagem geral, ar-
mazenagem em estruturas porta-paletes, armazenagem de
5.1.10.2 Duração do reservatório
pneus, bobinas de papel e de fardos de algodão.
5.1.10.2.1 A Tabela 5.1.10.1.1 deve ser utilizada para a de-
5.1.13.4 Os itens 5.1.13.2 e 5.1.13.3 não devem ser aplica-
terminação do reservatório para a proteção de mercadorias
dos a alterações em sistemas existentes que utilizem chuvei-
Classe I até Classe IV e de armazenagem temporária de plás-
ros com fator K=8,0 ou menor.
ticos Grupo A, em formato paletizado, em pilhas sólidas, em
caixa tipo bin-box, em estantes ou estruturas porta-paletes, 5.1.13.5 O uso de chuveiros spray de resposta rápida para
assim como para a proteção de armazenagem temporária de proteção de áreas de armazenagem é permitido somente
mercadorias Classe I a IV até 12 ft (3,7 m) de altura em estru- quando os chuveiros forem certificados para tal uso.
turas porta-paletes.
5.2 Método de controle de incêndio para a proteção de
5.1.10.2.2 A Tabela 5.1.10.1.1 deve ser utilizada para a de-
mercadorias armazenadas em paletes, pilhas sólidas,
terminação da duração do reservatório para a proteção de
caixas tipo bin-box ou em prateleiras
armazenagem temporária de pneus, bobinas de papel e
paletes vazios. 5.2.1 Geral
5.1.11 Sistemas de espuma de alta expansão 5.2.1.1 Este item deve ser aplicado a uma grande variedade
de materiais combustíveis, incluindo plásticos, armazenados
5.1.11.1 Os sistemas de espuma de alta expansão instala-
de forma paletizada, em pilhas sólidas, caixa tipo bin-box ou
dos como suplementos de sistemas de chuveiros automáti-
em estantes, utilizando chuveiros spray standard.
cos devem ser instalados conforme a NFPA 11A, Standard for
Medium - and High-Expansion Foam. 5.2.1.2 A demanda mínima de água de um sistema de chu-
veiros projetado por cálculo hidráulico para controle de in-
5.1.11.2 Os sistemas de espuma de alta expansão devem
cêndio com base na ocupação deve estar disponível durante
ser automáticos.
o período mínimo especificado na Tabela 5.2.1.2.
5.1.11.3 A redução de 50% da densidade para mercadorias
5.2.1.3 Sistemas de espuma de alta expansão
Classe I a Classe IV, paletes vazios ou plásticos pode ser
feita sem alteração da área de operação, desde que não seja 5.2.1.3.1 A redução de 50% da densidade para mercadorias
inferior a 0.15 gpm/ft2 (6,1 L/min/m²). Classe I a Classe IV, paletes vazios ou plásticos, pode ser
feita sem alteração da área de operação, desde que não seja
5.1.11.4 Sistemas de espuma de alta expansão utilizados inferior a 0,15 gpm/ft2 (6,1 L/min/m²).
para a proteção de paletes vazios devem ter um tempo máxi-
mo de enchimento de 4 min. 5.2.1.3.2 Os detectores usados em sistemas de espuma de
alta expansão devem ser certificados e devem ser instalados
5.1.12 Chuveiros internos de estruturas porta-paletes a não mais que metade do espaçamento indicado por sua
5.1.12.1 Os chuveiros internos de estruturas porta-paletes, que certificação.
forem considerados obrigatórios por esta IT, devem cumprir os 5.2.1.3.3 Os sistemas de detecção, bombas de líquido gera-
requisitos dos itens específicos, e aqueles aplicáveis referentes dor de espuma, geradores e outros componentes considera-
à proteção e organização de áreas de armazenagem. dos essenciais para a operação do sistema, devem ter uma
5.1.12.2 A pressão mínima de operação dos chuveiros inter- fonte de energia de emergência aprovada.
nos de estruturas porta-paletes deve ser 15 psi (1 bar). 5.2.2 Proteção de mercadorias Classe I a Classe IV
5.1.12.3 Quando for instalado um nível de chuveiros internos paletizadas, em pilhas sólidas, em caixas tipo bin-box ou
para a proteção de armazenagem mista, a demanda de água em estantes
deve ser baseada na operação simultânea dos 4 chuveiros 5.2.2.1 Proteção de mercadorias Classe I a Classe IV
adjacentes que apresentarem maior demanda hidráulica. paletizadas, em pilhas sólidas, em caixa tipo bin-box ou em
5.1.13 Armazenagem estantes, utilizando chuveiros de controle área-densidade
5.1.13.1 Quando a densidade exigida for menor ou igual a 5.2.2.1.1 A proteção de mercadorias Classe I a IV armazena-
0,20 gpm/ft2 (8,2 L/min/m²), podem ser usados chuveiros de das conforme as seguintes configurações deve ser feita de
resposta normal, com fator K = 5,6 ou maior em áreas de acordo com este item:
armazenagem. 1) mercadorias não encapsuladas armazenadas em
pilhas sólidas, paletizadas ou em caixa tipo bin-box a
5.1.13.2 Quando a densidade exigida for maior que 0,20
até 30 ft (9,1 m) de altura;
gpm/ft2 (8,2 L/min/m²) e menor ou igual a 0,34 gpm/ft2 (13,9
L/min/m²), devem ser usados chuveiros spray de resposta 2) mercadorias não encapsuladas em estantes a até 15 ft
normal com fator K = 8,0 ou maior, em pé ou pendentes, para (4,6 m) de altura;
a proteção de áreas de armazenagem geral, armazenagem 3) mercadorias encapsuladas armazenadas em pilhas
em estruturas porta-paletes, armazenagem de pneus, bobi- sólidas, paletizadas ou em caixa tipo bin-box a até 15
nas de papel e de fardos de algodão. ft (4,6 m) de altura.
5.1.13.3 Quando a densidade exigida for maior que 0,34 5.2.2.1.2 As dimensões e a densidade da área mais remota
gpm/ft2 (13,9 L/min/m²), devem ser usados chuveiros spray de hidraulicamente, assim como o reservatório, devem ser de-

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526 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

terminadas, conforme especificado em 5.1.10 para alturas de 5.2.2.1.5 No caso de caixa tipo bin-box metálicas com áreas
armazenagem de até 12 ft (3,7 m), e conforme o item 5.2.2 de face até 16 ft2 (1,5 m²) e estantes metálicas fechadas com
para alturas de armazenagem superiores a 12 ft (3,7 m). áreas de face até 16 ft2 (1,5 m²), a área de operação pode ser
reduzida em 50%, desde que os requisitos mínimos de
5.2.2.1.3 Requisitos mínimos de descarga do sistema
5.2.2.1.4 sejam cumpridos.
5.2.2.1.3.1 Independentemente do tipo de mercadoria, Classe
5.2.2.1.6 Chuveiros de temperatura normal e intermediária
ou grupo a ser protegido, a densidade de projeto nunca deve
com fatores K = 11,2 ou maiores podem utilizar as
ser inferior a 0,15 gpm/ft2 (6,1 L/min/m²), e a área de operação
densidades das curvas de alta temperatura da Figura
nunca deve ser inferior a 2000 ft2 (186 m²) para sistemas de
5.2.2.1.5.2, desde que certificados para proteção de áreas
tubo molhado, ou 2600 ft2 (242 m²) para sistemas de tubo seco.
de armazenagem.
5.2.2.1.3.2 A densidade de projeto que deve ser utilizada
para a proteção de mercadorias Classe III ou Classe IV, 5.2.2.2 Chuveiros de gotas grandes e chuveiros de
calculada de acordo com 5.2.2, não deve ser menor que a controle para aplicações específicas para mercadorias
densidade da área de operação correspondente para um Classe I a Classe IV paletizadas ou em pilhas sólidas
risco ordinário Grupo 2 especificado na NBR 10897/07. 5.2.2.2.1 A proteção de mercadorias Classe I a Classe IV
5.2.2.1.4 Critérios de proteção paletizadas ou em pilhas sólidas deve ser feita conforme as
Tabelas 5.2.2.2.1(a) e 5.2.2.2.1(b).
5.2.2.1.4.1 Quando forem utilizados chuveiros de temperatura
normal, deve ser escolhido um único ponto na curva apropriada 5.2.2.2.2 A mínima pressão de operação e o número de
da Figura 5.2.2.1.5.1. chuveiros a serem incluídos na área de operação devem ser
5.2.2.1.4.2 Quando forem utilizados chuveiros de temperatura obtidos nas Tabelas 5.2.2.2.1(a) e 5.2.2.2.1(b).
alta, deve ser escolhido um único ponto na curva apropriada 5.2.2.2.2.1 O número mínimo de chuveiros para proteção de
da Figura 5.2.2.1.5.2. riscos ordinários e armazenagem temporária deve ser 15,
5.2.2.1.4.3 As densidades escolhidas de acordo com quando se tratar de sistemas de tubo molhado, e 25 em caso
5.2.2.1.5.1 ou 5.2.2.1.5.2 devem ser modificadas de acordo de sistemas de ação prévia com bloqueio duplo e sistemas de
com a Figura 5.2.2.1.5.3, sem alteração da área de operação. tubo seco.

Tabela 5.2.1.2: Duração do reservatório

m 2 ft2
550 6000
Classe IV
500 Classe III
450 5000
Área de Operação

400 Classe II
4000
350 Classe I

300
3000
250
200 2000
gpm/ft2 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
L/min/m2 4.1 6.1 8.2 10.2 12.2 14.3 16.3
Densidade
Figura 5.2.2.1.5.1: Curvas de projetos de sistemas de chuveiros, armazenagem a 20 ft (6,1 m) de altura - chuveiros de temperatura normal.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 527

m 2 ft2
375 4000
Classe IV

Área de Operação
Classe III

280 3000

Classe II
4000
Classe I

190 2000
gpm/ft2 0.1 0.15 0.2 0.25 0.30
L/min/m 2 4.1 6.1 8.2 10.2 12.2
Densidade
Figura 5.2.2.1.5.2: Curvas de projetos de sistemas de chuveiros, armazenagem a 20 ft (6,1 m) de altura - chuveiros de temperatura alta.

5.2.2.2.2.2 Para fins de projeto de sistemas de gotas gran-


250
des, 95 psi (6,6 bar) deve ser a maior pressão de descarga no
chuveiro mais remoto hidraulicamente.

Porcentagem da Curva de Densidade


200
5.2.2.2.2.3 Treliças de madeira sob piso
1) quando chuveiros de gotas grandes com K=12,2 forem
150
instalados sob pisos com treliças de madeira, sua
pressão mínima de operação deve ser 50 psi (3,4 bar).
100
2) especificamente para chuveiros de gotas grandes,
quando cada espaço vazado, das treliças de madeira
são totalmente protegidos em profundidade, em 50
intervalos que não excedam 20 ft (6,1 m), podem ser
usadas as pressões mais baixas especificadas na
0
Tabela 5.2.2.2.1(a). ft 10 15 20 25 30
m 3.0 4.5 6.0 7.5 9.0
Altura de Estocagem
Figura 5.2.2.1.5.3: Densidade do sistema no teto vs. altura de arma-
zenagem.

Tabela 5.2.2.2.1(a): Parâmetros de projeto para a proteção de mercadorias Classe I a Classe IV paletizadas e em pilhas sólidas
com chuveiros de gotas grandes

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528 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.2.2.2.1(b): Parâmetros de projeto para a proteção de mercadorias Classe I a Classe IV paletizadas e em pilhas sólidas
com chuveiros de controle para aplicações específicas (K = 16,8)

5.2.2.2.2.4 Especificamente para chuveiros de gotas grandes, a 5.2.2.3.4 Para fins de cálculo hidráulico, quando houver
área de operação deve ser retangular e o comprimento de seu chuveiros ESFR instalados acima e abaixo de obstruções, a
lado paralelo aos ramais deve ser equivalente a, pelo menos, descarga de até 2 chuveiros em um dos níveis deve ser
1,2 vezes o valor da raiz quadrada da área formada pelos chu- somada à descarga do outro nível.
veiros que devem ser incluído na área de operação. Qualquer
5.2.2.4 Situações especiais envolvendo mercadorias
fração de chuveiro deve ser incluída na área de operação.
Classe I a Classe IV paletizadas, em pilhas sólidas, em
5.2.2.2.2.5 Sistemas de ação prévia caixas tipo bin-box ou em estantes
1) Para fins de uso das Tabelas 5.2.2.2.1(a) e 5.2.2.2.1(b), 5.2.2.4.1 Mercadorias em caixas tipo bin-box e em estantes com
os sistemas de ação prévia devem ser classificados altura superior a 12 ft (3,7 m) e inferior aos limites de altura
como sistemas de tubo seco; conforme 5.2.2.1, e que tenham passarelas em intervalos verti-
2) O sistema de ação prévia pode ser tratado como um cais de até 12 ft (3,7 m), devem ser protegidas com chuveiros
sistema de tubo molhado quando puder ser demons- automáticos sob as passarelas. A proteção deve ser a seguinte:
trado que o sistema de detecção que o aciona permite 1) A densidade do sistema de chuveiros do teto deve ser
que a água atinja os chuveiros quando estes entrarem baseada na altura total de armazenagem dentro do
em operação. edifício;
2) A pressão mínima de descarga dos 6 chuveiros com
5.2.2.2.2.6 O diâmetro nominal dos ramais (incluindo niples
maior demanda hidráulica em cada nível sob as pas-
de elevação) deve cumprir os seguintes requisitos:
sarelas deve ser 15 psi (1 bar). A demanda dos chu-
1) Não devem ser menores que 1 ¼ in. (32 mm) nem veiros sob passarelas não precisa ser adicionada à
maiores que 2 in. (51 mm); demanda do sistema de chuveiros do teto;
2) As tubulações de início do ramal podem ter diâmetro 3) O espaçamento horizontal entre chuveiros sob passa-
de 2 ½ in. (64 mm); relas não deve ser menor que 8 ft (2,4 m).
3) Quando os ramais forem maiores que 2 in. (51 mm), o
chuveiro será alimentado por um niple de elevação 5.2.3 Proteção de plásticos e borrachas em pilhas
para elevá-lo 13 in. (330 mm) no caso de tubos de 2 ½ sólidas, em caixa tipo bin-box, em estantes ou paletizadas
in. (64mm), e 15 in. (380 mm), no caso de tubos de 3 in. 5.2.3.1 Proteção de plásticos e borrachas em pilhas sólidas,
(76mm). Essas medidas devem ser tomadas entre o em caixa tipo bin-box, em estantes ou paletizadas utilizando
eixo longitudinal do tubo e o defletor. Outra opção é chuveiros de controle área-densidade.
fazer um deslocamento horizontal do chuveiro de, no
5.2.3.1.1 Plásticos armazenados a até 25 ft (7,62 m) de altura
mínimo, 12 in. (305 mm).
protegidos por chuveiros spray devem atender a 5.2.3.1. A
5.2.2.3 Chuveiros ESFR para proteção de mercadorias árvore de decisão mostrada na Figura 5.2.3.1.1 deve ser usa-
Classe I a Classe IV paletizadas ou em pilhas sólidas da para determinar a proteção em cada situação específica.
5.2.2.3.1 A proteção de mercadorias Classe I a Classe IV 5.2.3.1.2 Os fatores que afetam os parâmetros de proteção,
paletizadas ou em pilhas sólidas deve ser feita de acordo tais como configuração aberta ou fechada, distância livre en-
com a Tabela 5.2.2.3.1. tre chuveiros, material armazenado e estabilidade das pilhas,
5.2.2.3.2 Sistemas com chuveiros ESFR devem ser projetados devem ser aplicados somente à armazenagem de plásticos
de modo que a pressão mínima de operação, a altura de Grupo A. A árvore de decisão deve também ser usada para
armazenagem para a mercadoria e altura (pé-direito) do edi- se determinar a proteção de mercadorias que não forem to-
fício, não sejam inferiores aos valores indicados na Tabela talmente plásticos Grupo A, mas que contenham quantida-
5.2.2.3.1. des e configurações desses plásticos que tornem a carga
5.2.2.3.3 A área de operação deve incluir os 12 chuveiros mais perigosa do que mercadorias Classe IV.
com maior demanda hidráulica, sendo formada por 4 chuvei- 5.2.3.1.3 Plásticos Grupo A e os plásticos Grupo B devem ser
ros em 3 ramais. A área deve ter, no mínimo, 960 ft2 (89 m²). protegidos da mesma maneira que as mercadorias Classe

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 529

IV. Ver 5.2.2 para a proteção dessas mercadorias com chu- 5.2.3.1.8 É permitida a interpolação de densidades entre
veiros spray. alturas de armazenagem. As densidades devem ser basea-
5.2.3.1.4 Plásticos Grupo C devem ser protegidos como mer- das em uma área de 2500 ft2 (232 m²). O objetivo da expres-
cadorias Classe III. Ver 5.2.2 para a proteção dessas merca- são “até” na tabela é auxiliar na interpolação de densidades
dorias com chuveiros spray. entre alturas de armazenagem. A interpolação de alturas en-
tre tetos e telhados não é permitida.
5.2.3.1.5 Condições de armazenagem
5.2.3.2 Chuveiros de gotas grandes e chuveiros de
5.2.3.1.5.1 Os sistemas de chuveiros devem ser dimensio-
controle para aplicações específicas para plásticos e
nados como base nas condições que gerem a maior deman-
borrachas em pilhas sólidas ou paletizadas
da de água encontradas normalmente ou periodicamente no
edifício. Essas condições incluem: 5.2.3.2.1 A proteção de plásticos expandidos e não expandi-
1) Altura das pilhas; dos em pilhas sólidas ou paletizados deve ser feita conforme
as Tabelas 5.2.3.2.1(a) e 5.2.3.2.1(b).
2) Distância livre;
3) Estabilidade das pilhas; 5.2.3.2.2 A mínima pressão de operação e o número de chu-
veiros a serem incluídos na área de operação devem ser
4) Configuração de armazenagem.
obtidos nas Tabelas 5.2.3.2.1(a) e 5.2.3.2.1(b).
5.2.3.1.5.2 Quando a distância livre entre o teto e o telhado, e 5.2.3.2.2.1 Para fins de projeto, 95 psi (6,6 bar) deve ser a
o topo do material armazenado, for maior que 20 ft (6,1 m), a maior pressão de descarga no chuveiro mais remoto hidrau-
proteção deve ser feita para a altura de armazenagem que licamente.
resultaria em uma distância de 20 ft (6,1 m) entre o teto e o
5.2.3.2.2.2 Prateleiras de madeira vazadas
telhado e o topo do material armazenado.
1) A pressão mínima de operação de chuveiros de gotas
5.2.3.1.6 As áreas e densidades devem ser escolhidas na Tabe- grandes com K=11.2 instalados sob prateleiras de
la 5.2.3.1.6. As colunas A, B, C, D e E, correspondem à proteção madeira vazadas deve ser 50 psi (3,4 bar);
requerida pela árvore de decisão mostrada na Figura 5.2.3.1.1.
2) Quando cada espaço vazado, das prateleiras de madeira
5.2.3.1.7 Para a Tabela 5.2.3.1.6, as áreas de operação de- são totalmente protegidos em profundidade em interva-
vem ser as seguintes: los que não excedam 20 ft (6,1 m), podem ser usadas as
1) A área deve ser, no mínimo, 2500 ft2 (232 m²); pressões mais baixas especificadas na Tabela 5.2.3.2.1(a).
2) Quando a Tabela 5.2.3.1.6 permitir que áreas e densi-
5.2.3.2.2.3 A área de operação deve ser retangular e o com-
dades sejam selecionadas na Figura 5.1.10, Curva 3,
primento de seu lado paralelo aos ramais deve ser equiva-
qualquer densidade/área obtida na Curva 3 pode ser
lente a, pelo menos, 1,2 vezes o valor da raiz quadrada da
usada;
área formada pelos chuveiros que devem ser incluído na área
3) Para a proteção de configurações fechadas a área de operação. Qualquer fração de chuveiro deve ser incluída
pode ser reduzida a 2000 ft2 (186 m²). na área de operação.

Tabela 5.2.2.3.1: Proteção de mercadorias Classe I a Classe IV paletizadas e em pilhas sólidas utilizando chuveiros ESFR

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530 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Plástico

Grupo A (ver nota) Grupo B Grupo C


Classe IV Classe III

Expandido Não Expandido Natural


Classe IV

Embalado Exposto Instável Estável


Tabela 5.2.3.1.6
Coluna A

Estável Instável Estável Instável Unid. de Carga Sólida Embalado Exposto


Tabela 5.2.3.1.6 Tabela 5.2.3.1.6 Tabela 5.2.3.1.6 Tabela 5.2.3.1.6 Tabela 5.2.3.1.6 Tabela 5.2.3.1.6 Tabela 5.2.3.1.6
Coluna E Coluna D Coluna B Coluna C Coluna A Coluna C Coluna E

Nota:
Embalagens que contêm material plástico Grupo A podem ser tratadas como mercadorias de Classe IV nas seguintes condições:
(a) Havendo várias camadas de plástico ou material externo equivalente que atrasaria significativamente a participação de plástico do Grupo A no incêndio
(b) A quantidade e disposição de material plástico do Grupo A dentro de uma embalagem normal não deveria aumentar significativamente o risco de incêndio.

Figura 5.2.3.1.1: Árvore de decisão

Tabela 5.2.3.1.6: Densidades de projeto para proteção de plásticos e borrachas em pilhas sólidas, em caixas tipo bin-box, em
estantes ou paletizadas

Notas:
1. A distância livre mínima entre o defletor do chuveiro e o topo da pilha de material armazenado deve ser mantida conforme exigido.
2. A denominação das colunas corresponde à configuração da armazenagem de plásticos, conforme segue:
A: (1) Não expandido, instável
(2) Não expandido, estável, unidade de carga sólida
B: Expandido, exposto, estável
C: (1) Expandido, exposto, instável
(2) Não expandido, instável, em caixas de papelão
D: Expandido, em caixas de papelão, instável
(1) Não expandido, em caixas de papelão, estável
(2) Não expandido, estável, exposto
3. Curva 3 = Densidade requerida pela Figura 5.1.10 para Curva 3.
Curva 4 = Densidade requerida pela Figura 5.1.10 para Curva 4.
Curva 5 = Densidade requerida pela Figura 5.1.10 para Curva 5.
4. Os reservatórios devem ser os seguintes: 5 ft 90 min; > 5 ft a 20 ft 120 min, > 20 ft a 25 ft 150 min.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 531

5.2.3.2.2.4 Sistemas de ação prévia Outra opção é fazer um deslocamento horizontal do


1) Quando for utilizado 5.2.3.2.1, os sistemas de ação pré- chuveiro de, no mínimo, 12 in. (305 mm).
via devem ser classificados como sistemas de tubo seco. 5.2.3.3 Proteção de plásticos e borrachas em pilhas sólidas
2) O sistema de ação prévia pode ser tratado como um siste- ou paletizadas utilizando chuveiros ESFR
ma de tubo molhado quando puder ser demonstrado que 5.2.3.3.1 A proteção de plásticos não expandidos, em caixas
o sistema de detecção que o aciona permite que a água de papelão ou não, e de plásticos expandidos em caixas de
atinja os chuveiros quando estes entrarem em operação. papelão, em pilhas sólidas ou paletizados, deve ser feita con-
5.2.3.2.2.5 O diâmetro nominal dos ramais (incluindo niples forme a Tabela 5.2.3.3.1.
de elevação) deve cumprir os seguintes requisitos: 5.2.3.3.2 Sistemas com chuveiros ESFR devem ser projetados
1) O diâmetro dos tubos não deve ser menor que 1 ¼ in. de modo que a pressão mínima de operação, a altura de arma-
(33 mm) nem maior que 2 in. (51 mm); zenagem para a mercadoria e altura (pé-direito) do edifício,
2) As tubulações de início do ramal podem ter diâmetro não sejam inferiores aos valores indicados na Tabela 5.2.3.3.1.
de 2 ½ in. (64 mm); 5.2.3.3.3 A área de operação deve ter os 12 chuveiros com
3) Quando o diâmetro dos ramais for maior que 2 in. maior demanda hidráulica, consistindo de 4 chuveiros em 3
(51 mm), o chuveiro deve ser alimentado por um niple ramais. A área deve ter, no mínimo, 960 ft2 (89 m²).
de elevação para levá-lo 13 in. (330 mm), no caso de 5.2.3.3.4 Para fins de cálculo hidráulico, quando houver chu-
tubos de 2 ½ in. (64 mm), e 15 in. (380 mm), no caso veiros ESFR instalados acima e abaixo de obstruções, a des-
de tubos de 3 in. (76 mm). Essas medidas devem ser carga de até 2 chuveiros em um dos níveis deve ser somada
tomadas entre o eixo longitudinal do tubo e o defletor. à descarga do outro nível.

Tabela 5.2.3.2.1(a): Parâmetros de projeto para a proteção de plásticos e borrachas em pilhas sólidas ou paletizadas e
utilizando chuveiros de gotas grandes

Tabela 5.2.3.2.1(b): Critérios de projeto para a proteção de plásticos e borrachas em pilhas sólidas ou paletizadas utilizando
chuveiros de controle para aplicações específicas (K = 16,8)

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532 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.2.3.3.1: Proteção de plásticos e borrachas paletizadas e em pilhas sólidas com chuveiros ESFR

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 533

5.2.3.4 Proteção de plásticos e borrachas em pilhas 5.3.1.7 Espuma de alta expansão


sólidas, em caixas tipo bin-box, em estantes ou paletizadas
5.3.1.7.1 Quando forem instalados sistemas de espuma de alta
utilizando chuveiros de desenho especial
expansão, estes devem estar de acordo com a NFPA 11A,
Standard for Medium - and High-Expansion Foam, e devem ser
5.3 Proteção de mercadorias em estruturas porta-paletes
de operação automática, exceto quando modificado por esta IT.
5.3.1 Critérios de proteção - geral 5.3.1.7.2 Não é necessário o uso de chuveiros internos de
5.3.1.1 Este item aplica-se à armazenagem de uma ampla estruturas porta-paletes quando forem usados sistemas de
variedade de materiais combustíveis em estruturas porta- espuma de alta expansão juntamente com chuveiros no teto.
paletes. 5.3.1.7.3 Detectores para sistemas de espuma de alta
expansão.
5.3.1.2 Parâmetros de proteção por chuveiros
5.3.1.7.3.1 Os detectores devem ser certificados e devem ser
5.3.1.2.1 Os parâmetros de proteção por chuveiros de instalados de acordo com uma das seguintes configurações:
materiais armazenados em estruturas porta-paletes devem 1) Somente no teto, quando for utilizado espaçamento
atender ao item 5.3.2 ou 5.3.3 para armazenagem a até 25 ft linear igual à metade do recomendado pela certificação
(7,6 m) de altura, e 5.3.4 e 5.3.5 para armazenagem acima de do detector [por exemplo, 15 ft × 15 ft (4,6 m × 4,6 m)
25 ft (7,6 m) de altura. em vez de 30 ft × 30 ft (9,1 m × 9,1 m)]; no teto, utilizan-
5.3.1.2.2 Os parâmetros de proteção utilizados para plásticos do-se o espaçamento recomendado pela certificação,
Grupo A podem ser utilizados para a proteção de mercadorias e em níveis alternados da estrutura porta-paletes;
Classe I, II, III e IV, desde que armazenadas à mesma altura e 2) Quando certificados para instalação em estruturas
com a mesma configuração. porta-paletes, e instalados conforme sua certificação
de modo a responder dentro de 1 minuto após a igni-
5.3.1.3 Os valores de densidade indicam a demanda de água ção, quando for usada uma fonte de ignição equiva-
de chuveiros de temperatura ordinária e alta instalados no lente à utilizada no programa de testes de armazena-
teto. As densidades de projeto de temperatura ordinária gem em estruturas porta-paletes.
correspondem a chuveiros de temperatura ordinária e devem
5.3.1.7.3.2 Não é permitido o uso de detectores somente no
ser usados para chuveiros de temperatura ordinária e inter-
teto quando a distância livre entre o teto e o topo do material
mediária. As densidades de projeto de alta temperatura
armazenado for maior que 10 ft (3,1 m) ou quando a altura de
correspondem a chuveiros de alta temperatura e devem ser
armazenagem for maior que 25 ft (7,6 m).
usadas para chuveiros de temperatura alta.
5.3.1.7.4 Os detectores de sistemas de ação prévia devem
5.3.1.4 Chuveiros de temperatura normal e intermediária com ser instalados conforme 5.3.1.8.3.
fatores K = 11,2, ou maiores, podem utilizar as densidades
para chuveiros de alta temperatura, desde que certificados 5.3.1.8 Prateleiras sólidas
para proteção de áreas de armazenagem. 5.3.1.8.1 Quando a área de prateleiras sólidas em estruturas
porta-paletes simples, duplas ou múltiplas for maior que 20 ft2
5.3.1.5 O material armazenado em estruturas porta-paletes (1,82 m²) e menor que 64 ft2 (5,9 m²), não será necessário
móveis deve ser protegido de maneira semelhante a estruturas instalar chuveiros sob todas as prateleiras, mas os chuveiros
porta-paletes múltiplas. devem ser instalados no teto e sob prateleiras em níveis inter-
mediários, em intervalos verticais máximos de 6 ft (2 m).
5.3.1.6 Proteção de colunas de aço contra incêndios -
colunas no interior de estruturas porta-paletes com 5.3.1.8.2 Quando a área de prateleiras sólidas em estruturas
mercadorias Classe I a Classe IV e plásticos porta-paletes simples, duplas ou múltiplas for maior que
64 ft2 (5,9 m²), ou quando os níveis de armazenagem forem
5.3.1.6.1 Quando, em lugar de se aplicar material isolante,
maiores que 6 ft (2 m), os chuveiros devem ser instalados no
for necessário proteger com chuveiros as colunas do edifício
teto e sob cada nível de prateleiras.
localizadas dentro de estruturas porta-paletes, ou os montan-
tes da estrutura porta-paletes utilizados para apoio do edifício, 5.3.1.9 Recipientes abertos combustíveis. Pode ser objeto
essa proteção com chuveiros deve ser feita de acordo com de norma específica.
um dos seguintes métodos: 5.3.1.10 Chuveiros internos em estruturas porta-paletes
1) Chuveiros laterais a 15 ft (4,6 m) de altura, direcionados 5.3.1.10.1 O número de chuveiros e o diâmetro da tubulação
para um lado da coluna de aço; das linhas de chuveiros internos em estruturas porta-paletes
2) Aplicação da densidade do sistema do teto sobre área devem ser limitados somente pelo cálculo hidráulico e nunca
de, no mínimo, 2000 ft2 (186 m²) com chuveiros de por tabelas de diâmetros de tubos.
temperatura ordinária [165°F (74°C)] ou de temperatu- 5.3.1.10.2 Quando for necessário instalar chuveiros internos
ra alta [286°F (141°C)], conforme mostrado na Tabela em estruturas porta-paletes, para proteger mercadorias que
5.3.1.7.1, para alturas de armazenagem maiores de ocupem somente uma parte da estrutura porta-paletes, e que
15 ft (4,6 m) até 20 ft (6,1 m); tenham risco mais alto do que as mercadorias armazenadas
3) Instalação de sistema no teto com chuveiros de gotas no restante da estrutura, os chuveiros internos devem ser
grandes, chuveiros de controle para aplicações espe- estendidos pelo menos 8 ft (2,4 m) ou um espaçamento, caso
cíficas ou chuveiros ESFR. seja maior que 8 ft (2,4 m), em ambas as direções ao longo da
estrutura porta-paletes, em ambos os lados do risco mais alto.
5.3.1.6.2 A vazão dos chuveiros de coluna não precisa ser Os chuveiros internos para proteção do risco mais alto não
incluída no cálculo hidráulico do sistema de chuveiros. precisam ser estendidos ao outro lado do corredor.

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534 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.3.1.7.1: Densidades de sistemas de chuveiros de teto para proteção de colunas de aço de edifícios

5.3.1.10.3 Quando uma estrutura porta-paletes, devido a cais longitudinais devem ser posicionados nas intersecções
seu comprimento, necessitar de um número menor de chu- com os vãos verticais transversais, e seus defletores devem
veiros internos do que o especificado, somente os chuvei- ser posicionados no mesmo nível ou abaixo da superfície
ros de uma única estrutura porta-paletes precisam ser incluí- inferior das longarinas, ou então, acima ou abaixo de outros
dos no cálculo. elementos estruturais horizontais adjacentes. Esses chuvei-
ros internos devem estar, no mínimo, 3 in. (76 mm) de distân-
5.3.1.11 Barreiras horizontais usadas juntamente com chu-
cia das laterais dos montantes da estrutura porta-paletes.
veiros internos em estruturas porta-paletes, para impedir o
desenvolvimento vertical do fogo, devem ser feitas de chapa 5.3.2 Parâmetros de proteção para armazenagem de
metálica, madeira ou material similar, e devem se estender mercadorias Classe I até Classe IV até 25 ft (7,6 m) de
por toda a largura e comprimento da estrutura porta-paletes. altura em estruturas porta-paletes
O espaço entre as barreiras e os montantes das estruturas
5.3.2.1 Parâmetros de proteção para armazenagem de
porta-paletes deve ser de, no máximo, 2 in. (51 mm).
mercadorias Classe I até Classe IV até 25 ft (7,6 m) de
5.3.1.12 Para armazenagem com até 25 ft (7,6 m) de altura, altura em estruturas porta-paletes utilizando chuveiros de
em estruturas porta-paletes duplas e múltiplas sem pratelei- controle para aplicações específicas
ras sólidas, não é necessário manter um vão vertical longitu-
5.3.2.1.1 A área e a densidade da área mais remota hidrau-
dinal (espaço livre entre as cargas). As estruturas porta-paletes
licamente, e o reservatório, devem ser determinadas confor-
simples, duplas e múltiplas devem ter vãos verticais transver-
me especificado em 5.1.10 para alturas de armazenagem de
sais de 6 in. (152,4 mm) entre cargas e nos montantes das
até 12 ft (3,7 m), e no item 5.3.2 para alturas de armazenagem
estruturas. É permitida a variação aleatória da largura ou
superiores a 12 ft (3,7 m).
alinhamento vertical dos vãos verticais.
5.3.2.1.1.1 A demanda de um sistema de chuveiros de teto
5.3.1.13 Para armazenagem com mais de 25 ft (7,6 m) de
deve ser determinada de acordo com 5.3.2.1.2 para estrutu-
altura
ras porta-paletes simples e duplas, ou conforme 5.3.2.1.3 para
5.3.1.13.1 As estruturas porta-paletes simples, duplas e múl- estruturas porta-paletes múltiplas.
tiplas devem ter vãos verticais transversais de 6 in.(152.4 mm)
5.3.2.1.2 A demanda de água dos chuveiros de teto, dada em
entre cargas e nos montantes das estruturas. Vãos verticais
termos de densidade [gpm/ft2 (L/min/m²)] e área de operação
longitudinais de 6 in. (152.4 mm) devem ser mantidos em
[ft2 (m²) do teto] para mercadorias Classe I, Classe II, Classe III
estruturas porta-paletes duplas. É permitida a variação alea-
ou Classe IV, encapsuladas ou não, em estruturas porta-
tória da largura ou alinhamento vertical dos vãos verticais.
paletes simples ou duplas, deve ser selecionadas nas curvas
5.3.1.13.2 Em estruturas porta-paletes simples, duplas e de densidade/área das Figuras 5.3.2.1.2(a) até 5.3.2.1.2(g).
múltiplas deve ser mantida uma distância livre vertical de pelo As curvas são apropriadas para cada Classe de mercadoria
menos 6 in. (152,4 mm) entre os defletores e o topo de cada e configuração, conforme mostrado na Tabela 5.3.2.1.2, e
nível de material armazenado. Os chuveiros de face nessas devem ser modificadas por 5.3.2.1.5 caso seja apropriado.
estruturas porta-paletes devem estar a, no mínimo, 3 in. (76 Esses requisitos devem também ser aplicados a estruturas
mm) de distância dos montantes das estruturas, e a não mais porta-paletes portáteis dispostas de maneira semelhante a
que 18 in. (460 mm) de distância da face da mercadoria ex- estruturas porta-paletes simples e duplas.
posta para o corredor. Os chuveiros internos nos vãos verti-

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 535

Tabela 5.3.2.1.2: Armazenagem em estruturas porta-paletes simples e duplas - Altura de armazenagem até 25 ft (7,6 m), sem
prateleiras sólidas

Ver 5.3.2.1.2.1 para interpolação de larguras de corredores.

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536 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Densidade dos bicos no teto L/min/m2 Densidade dos bicos no teto L/min/m2
4.1 6.1 8.1 10.2 12.2 14.3 16.3 18.3 20.4
6.1 8.1 10.2 12.2 14.3 16.3 18.3 20.4
A BC D E F G H
6000 557 A BC D E FG H
6000 557

Área de operação m2
Área de operação ft2

5000 465

Área de operação ft2


5000 465

Área de operação m2
4000 372
4000 372
J 279
3000
J
I 3000 279
2000 186
I
2000 186
1000 93
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Densidade dos bicos no teto gpm/ft2 1000 93
0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 0.40 0.45 0.50

A - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto Densidade dos bicos no teto (gpm/ft2)
de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C) A - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto
B - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C) B - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto
de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
C - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e estruturas porta-
C - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e estruturas porta-
paletes múltiplas com chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C) paletes múltiplas com chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
D - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e estruturas porta- D - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e estruturas porta-
paletes múltiplas com chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C) paletes múltiplas com chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
E - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de E - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de
teto de 286°F (141°C) teto de 286°F (141°C)
F - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de F - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de
teto de 165°F (74°C) teto de 165°F (74°C)
G - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de G - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de
teto de 286°F (141°C) teto de 286°F (141°C)
H - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de H - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de
teto de 165°F (74°C) teto de 165°F (74°C)
I - Estruturas porta-paletes múltiplas com corredores de 8 ft (2,44 m) ou maiores e chuveiros I - Estruturas porta-paletes múltiplas com corredores de 8 ft (2,44 m) ou maiores e chuveiros
de teto de 286°F (141°C) de teto de 286°F (141°C)
J - Estruturas porta-paletes múltiplas com corredores de 8 ft (2,44 m) ou maiores e chuveiros J - Estruturas porta-paletes múltiplas com corredores de 8 ft (2,44 m) ou maiores e chuveiros
de teto de 165°F (74°C) de teto de 165°F (74°C)

Figura 5.3.2.1.2(a): Curvas de projeto de sistemas de chuveiros - Figura 5.3.2.1.2(c): Curvas de projeto de sistemas de chuveiros -
Armazenagem a 20 ft (6,1 m) de altura em estruturas porta-paletes - Armazenagem a 20 ft (6,1 m) de altura em estruturas porta-paletes -
mercadoria Classe I não encapsulada - paletes convencionais Mercadoria Classe III não encapsulada - Paletes convencionais.

Densidade dos bicos no teto L/min/m2 Densidade dos bicos no teto L/min/m2
4.1 6.1 8.1 10.2 12.2 14.3 16.3 18.3 20.4 8.2 10.2 12.2 14.3 16.3 18.3 20.4 22.4 24.5

6000 A BC D E FG H 557 A BC D E FG H
6000 557
Área de operação ft2

465

Área de operação m2
5000 5000 465
Área de operação m2

Área de operação ft2

4000 372 4000 372

J
3000 279 3000 279

I
2000 186 2000 186

1000 93 1000 93
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
Densidade dos bicos no teto (gpm/ft ) 2

Densidade dos bicos no teto gpm/ft2


A - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto
de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
B - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto
de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
C - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e estruturas porta-
paletes múltiplas com chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C) A - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de
D - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e estruturas porta- teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
paletes múltiplas com chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C) B - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de
E - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F (74°C)
teto de 286°F (141°C) C - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e estruturas
F - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de porta-paletes múltiplas com chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de 165°F
teto de 165°F (74°C) (74°C)
G - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de E - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de
teto de 286°F (141°C) teto de 286°F (141°C)
H - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de F - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 8 ft (2,44 m) e chuveiros de
teto de 165°F (74°C)
teto de 165°F (74°C)
G - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de
I - Estruturas porta-paletes múltiplas com corredores de 8 ft (2,44 m) ou maiores e chuveiros
teto de 286°F (141°C)
de teto de 286°F (141°C)
H - Estruturas porta-paletes simples e duplas com corredores de 4 ft (1,22 m) e chuveiros de
J - Estruturas porta-paletes múltiplas com corredores de 8 ft (2,44 m) ou maiores e chuveiros
teto de 165°F (74°C)
de teto de 165°F (74°C)

Figura 5.3.2.1.2(b): Curvas de Projeto de Sistemas de Chuveiros Figura 5.3.2.1.2(d): Curvas de projeto de sistemas de chuveiros -
- Armazenagem a 20 ft (6,1m) de Altura em Estruturas Porta-Paletes Armazenagem a 20 ft (6,1 m) de altura em estruturas porta-paletes -
- Mercadoria Classe II Não Encapsulada - Paletes Convencionais. Mercadoria Classe IV não encapsulada - Paletes convencionais.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 537

Densidade dos bicos no teto L/min/m2 Densidade dos bicos no teto L/min/m2
6.1 8.2 10.2 12.2 14.2 16.3 18.3 20.4 10.2 12.2 14.3 16.3 18.3 20.4 22.4 24.5
A BC D
6000 557 A B C D
6000 557

5000 465
Área de operação ft2

5000 465

Área de operação m2

Área de operação ft2

Área de operação m2
F H
4000 372
4000 372

3000 279
E 3000 279
G
2000 186
2000 186
1000 93
0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 1000 93
Densidade dos bicos no teto (gpm/ft2) 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
Densidade dos bicos no teto gpm/ft2

A - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de


165°F (74°C)
B - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F
(74°C)
A - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de
C - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 286°C (141°C) e chuveiros internos de
165°F (74°C)
165°F (74°C)
B - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de
D - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de 165°F
165°F (74°C)
(74°C)
C - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 286°C (141°C) e chuveiros internos de
E - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C)
165°F (74°C)
F - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C)
D - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de
G - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 286°F (141°C)
165°F (74°C)
H - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C)

Figura 5.3.2.1.2(e): Estruturas porta-paletes simples ou duplas - Figura 5.3.2.1.2(g): Estruturas porta-paletes simples ou duplas -
Armazenagem a 20 ft (6,1 m) de altura em estruturas porta-paletes - Armazenagem a 20 ft (6,1 m) de altura em estruturas porta-paletes -
Curvas de projeto de sistemas de chuveiros - Mercadoria Classe I e Curvas de projeto de sistemas de chuveiros - Mercadoria Classe IV
II encapsulada - Paletes convencionais. encapsulada - Paletes convencionais.

5.3.2.1.2.1 As densidades de projeto para estruturas porta-


Densidade dos bicos no teto L/min/m2 paletes simples e duplas devem ser selecionadas de acordo
6.1 8.2 10.2 12.2 14.3 16.3 18.3 20.4 com a largura do corredor. Para corredores com largura entre
A B C D 4 ft (1,2 m) e 8 ft (2,4 m), deve ser feita uma interpolação linear
6000 557
direta entre densidades. A densidade dada para corredores
5000
com 8ft (2,4 m) de largura deve ser aplicada a corredores
465
Área de operação m2
Área de operação ft2

mais largos que 8 ft (2,4 m). A densidade dada para corredo-


4000 372
res com 4 ft (1,2m) de largura deve ser aplicada a corredores
mais estreitos, até a largura de 3 ½ ft (1,07 m). Quando os
3000 279
corredores forem mais estreitos que 3 ½ ft (1,07 m), as estru-
turas porta-paletes deverão ser consideradas estruturas por-
2000 186 ta-paletes múltiplas.
5.3.2.1.3 Estruturas porta-paletes múltiplas - com até 16 ft
1000 93
(4,9 m) de profundidade e corredores de 8 ft (2,4 m) ou mais
0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
de largura. As demandas de água para os chuveiros de teto,
Densidade dos bicos no teto gpm/ft2
dadas em termos de densidade [gpm/ft2 (L/min/m²)] e área de
operação dos chuveiros [ft2 (m²) do teto] para mercadorias
Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV, encapsuladas ou
não, devem ser selecionadas nas curvas de densidade/área
das Figuras 5.3.2.1.2(a) até 5.3.2.1.2(g). As curvas são apro-
A - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de priadas para cada Classe de mercadoria e configuração, con-
165°F (74°C)
B - Corredores de 8 ft (2,44 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de forme mostrado na Tabela 5.3.2.1.3, e devem ser modifica-
165°F (74°C) das por 5.3.2.1.5 caso seja apropriado. Esses requisitos de-
C - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 286°F (141°C) e chuveiros internos de
165°F (74°C) vem também ser aplicados a estruturas porta-paletes portá-
D - Corredores de 4 ft (1,22 m), chuveiros de teto de 165°F (74°C) e chuveiros internos de teis dispostas de maneira semelhante a estruturas porta-
165°F (74°C
paletes simples e duplas.

Figura 5.3.2.1.2(f): Estruturas porta-paletes simples ou duplas - 5.3.2.1.4 Estruturas porta-paletes múltiplas - com mais de 16
Armazenagem a 20ft (6,1m) de altura em estruturas porta-paletes - ft (4,9 m) de profundidade ou corredores com menos de 8 ft
Curvas de projeto de sistemas de chuveiros - Mercadoria Classe III (2,4 m) de largura. As demandas de água para os chuveiros
encapsulada - Paletes convencionais. de teto, dadas em termos de densidade [gpm/ft2 (L/min/m²)] e

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538 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.3.2.1.3: Estruturas porta-paletes múltiplas - Com até 16 ft (4,9 m) de profundidade, corredores de 8 ft (2,4 m) ou mais
de largura, altura de armazenagem até 25 ft (7,6 m)

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 539

área de operação dos chuveiros [ft2 (m²) do teto] para merca- 5.3.2.1.5 Ajustes da densidade dos chuveiros de teto
dorias Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV,
5.3.2.1.5.1 Quando mercadorias armazenadas até 25 ft
encapsuladas ou não, devem ser selecionadas nas curvas
(7,6 m) de altura forem protegidas somente com chuveiros de
de densidade/área das Figuras 5.3.2.1.2(a) até 5.3.2.1.2(g).
teto, ou quando mercadorias armazenadas até 20 ft (6,1 m)
As curvas são apropriadas para cada Classe de mercadoria
de altura forem protegidas com chuveiros de teto e com o
e configuração, conforme mostrado na Tabela 5.3.2.1.4, e
número mínimo exigido de chuveiros internos nas estruturas
devem ser modificadas por 5.3.2.1.5 caso seja apropriado.
porta-paletes, deve ser feito um ajuste à densidade obtida
Esses requisitos devem também ser aplicados a estruturas
das curvas de projeto, conforme a Figura 5.3.2.1.5.1.
porta-paletes portáteis dispostas de maneira semelhante a
5.3.2.1.5.2 Quando a altura de armazenagem for maior que
estruturas porta-paletes simples, duplas e múltiplas.
20 ft (6,1 m) e menor ou igual a 25 ft (7,6 m), e a mercadoria for

Tabela 5.3.2.1.4: Estruturas porta-paletes múltiplas - Com mais de 16 ft (4,9 m) de profundidade ou corredores com menos de 8
ft (2,4 m) de largura, altura de armazenagem até 25 ft (7,6 m)

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540 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

protegida por chuveiros de teto e pela a quantidade mínima 5.3.2.1.5.4 Quando a altura de armazenagem for maior que
exigida de chuveiros internos, deve ser usada a densidade 20 ft (6,1 m) e menor ou igual a 25 ft (7,6 m), e a mercadoria for
obtida nas curvas de projeto. A densidade não deve ser ajus- protegida por chuveiros de teto e por mais do que o nível míni-
tada pela Figura 5.3.2.1.5.1. mo exigido de chuveiros internos, mas não em cada andar da
5.3.2.1.5.3 Quando mercadorias armazenadas até 20 ft (7,6 m) estrutura porta-paletes, a densidade obtida nas curvas de
de altura forem protegidas com chuveiros de teto e com mais projeto pode ser reduzida em 20% conforme indicado na
de um nível de chuveiros internos, mas não em cada andar da Tabela 5.3.2.1.5.3. A densidade não deve ser ajustada de acor-
estrutura porta-paletes, pode ser feita uma redução de 20%, do com a Figura 5.3.2.1.5.1 devido à altura de armazenagem.
conforme indicado na Tabela 5.3.2.1.5.3, à densidade obtida 5.3.2.1.5.5 Quando mercadorias armazenadas até 20 ft (7,6
das curvas de projeto e ajustada conforme a Figura 5.3.2.1.5.1. m) de altura forem protegidas com chuveiros de teto e com

Altura de armazenamento m Redução da área de operação m2


3.66
3.0 4.57 6.10 7.62 9.14 10.67 138 186 232 279 325 372 419
175 6000 557

5500 511
150

Área de operação original ft2

Área de operação original m2


5000 465
125
Área de operação

4500 418
100
4000 372
75
3500 325
60
50
3000 279

25 2500 232

0 2000 186
0 10 12 15 20 25 30 35 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Altura de armazenamento ft Redução da área de operação ft2

Figura 5.3.2.1.5.1: Variação da densidade do sistema de chuveiros Figura 5.3.2.1.5.7: Ajuste à área de operação do sistema de chuvei-
do teto com a altura de armazenagem ros devido à distância livre entre o topo da carga e o teto

Tabela 5.3.2.1.5.3: Ajuste da densidade do sistema de chuveiros do teto devido à altura de armazenagem e existência de
chuveiros internos na estrutura porta-paletes

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 541

chuveiros internos em todos os andares da estrutura porta- 5.3.2.2.3.1 Para fins de projeto, a maior pressão de descarga no
paletes, pode ser feita uma redução adicional de 40%, con- chuveiro mais remoto hidraulicamente deve ser 95 psi (6,6 bar).
forme indicado na Tabela 5.3.2.1.5.3, à densidade obtida das
5.3.2.2.3.2 Treliças de madeira sob piso
curvas de projeto e ajustada conforme a Figura 5.3.2.1.5.1.
1) Quando chuveiros de gotas grandes com K=11.2 fo-
5.3.2.1.5.6 Quando a altura de armazenagem for maior que rem instalados sob pisos com treliças de madeira, sua
20 ft (6,1 m) e menor ou igual a 25 ft (7,6 m), e a mercadoria for pressão mínima de operação deve ser 50 psi (3,4 bar);
protegida por chuveiros de teto e por chuveiros internos em
2) Quando cada espaço vazado, das treliças de madeira
cada andar da estrutura porta-paletes, a densidade obtida
são totalmente protegidos em profundidade, em inter-
nas curvas de projeto pode ser reduzida em 40% conforme
valos que não excedam 20 ft (6,1 m), podem ser usa-
indicado na Tabela 5.3.2.1.5.3. A densidade não deve ser
das as pressões mais baixas especificadas na Tabela
ajustada de acordo com a Figura 5.3.2.1.5.1 devido à altura
5.2.3.2.1(a).
de armazenagem.
5.3.2.2.3.3 A área de operação deve ser retangular e o com-
5.3.2.1.5.7 Quando a distância livre entre o teto e o topo do
primento de seu lado paralelo aos ramais deve ser equiva-
material armazenado for menor que 4 ½ ft (1,37 m), a área de
lente a pelo menos 1,2 vezes o valor da raiz quadrada da
operação de chuveiros indicada nas curvas E, F, G e H nas
área formada pelos chuveiros que devem ser incluído na área
Figuras 5.3.2.1.2(a) até 5.3.2.1.2(e) pode ser reduzida con-
de operação. Qualquer fração de chuveiro deve ser incluída
forme indicado na Figura 5.3.2.1.5.7, mas nunca abaixo de
na área de operação.
2000 ft2 (185,8 m²).
5.3.2.1.5.8 Quando a distância livre entre o teto e o topo do 5.3.2.2.3.4 Sistemas de ação prévia
armazenamento de mercadorias Classe I ou Classe I 1) Para fins de uso das Tabelas 5.3.2.2.1(a) e 5.3.2.2.1(b),
encapsuladas for entre 1 ½ e 3 ft (0,46 m e 0,91 m), a área de os sistemas de ação prévia devem ser classificados
operação do sistema de chuveiros indicada somente na cur- como sistemas de tubo seco;
va F da Figura 5.3.2.1.2(e) pode ser reduzida em 50%, mas 2) O sistema de ação prévia pode ser tratado como um
nunca abaixo de 2000 ft2 (186 m²). sistema de tubo molhado quando puder ser demons-
5.3.2.1.5.9 Quando forem usados paletes combustíveis, sóli- trado que o sistema de detecção que o aciona permite
dos e de fundo plano em armazenagem de mercadorias até que a água atinja os chuveiros quando estes entrarem
25 ft (7,6 m) de altura, as densidades indicadas nas curvas de em operação.
projeto mostradas nas Figuras 5.3.2.1.2(a) até 5.3.2.1.2(g), 5.3.2.2.3.5 O diâmetro nominal dos ramais (incluindo niples
baseadas em paletes convencionais, devem ser aumenta- de elevação) deve cumprir com os seguintes pontos:
das em 20% para uma dada área. A porcentagem deve ser 1) Os diâmetros dos tubos não devem ser menores que
aplicado à densidade determinada conforme a Figura 1 ¼ in. (33 mm) nem maiores que 2 in. (51 mm);
5.3.2.1.5.1. O aumento de densidade não deve ser feito quan- 2) As tubulações de início do ramal podem ter diâmetro
do houver chuveiros internos instalados. de 2 ½ in. (64 mm);
5.3.2.2 Parâmetros de proteção para armazenagem de mer- 3) Quando os ramais forem maiores que 2 in. (51 mm), o
cadorias Classe I até Classe IV até 25 ft (7,6 m) de altura em chuveiro será alimentado por um niple de elevação
estruturas porta-paletes utilizando chuveiros ESFR e chuvei- para elevá-lo 13 in. (330 mm) no caso de tubos de 2 ½
ros de controle para aplicação específica. in. (64mm), e 15 in. (380 mm), no caso de tubos de 3 in.
5.3.2.2.1 A proteção de mercadorias Classe I a Classe IV (76mm). Essas medidas devem ser tomadas entre o
armazenadas em estruturas porta-paletes simples, duplas ou eixo longitudinal do tubo e o defletor. Outra opção é
múltiplas sem prateleiras sólidas deve ser feita conforme a fazer um deslocamento horizontal do chuveiro de, no
Tabela 5.3.2.2.1(a) ou Tabela 5.3.2.2.1(b). mínimo, 12 in. (305 mm).
5.3.2.2.2 Quando for exigida a proteção com chuveiros inter- 5.3.2.2.3.6 Elementos estruturais de aço em edifícios não
nos pelas Tabelas 5.3.2.2.1(a) e 5.3.2.2.1(b), o espaçamento, necessitam proteção especial quando as Tabelas 5.3.2.2.1(a)
pressão de projeto e parâmetros de cálculo hidráulico dos e 5.3.2.2.1(b) forem aplicadas.
chuveiros internos devem ser determinados de acordo com 5.3.2.3 Parâmetros de proteção para armazenagem de
os requisitos de 5.3.2.4, conforme o tipo de mercadoria. mercadorias Classe I até Classe IV até 25 ft (7,6 m) de altura
em estruturas porta-paletes utilizando chuveiros ESFR
5.3.2.2.3 A mínima pressão de operação e número de chu-
veiros a serem incluídos na área de operação devem ser 5.3.2.3.1 A proteção de áreas de armazenagem de mercado-
determinados pelas Tabelas 2.2.2.1(a) e 2.2.2.1(b), ou con- rias Classe I a Classe IV em estruturas porta-paletes simples,
forme indicado por outras normas. duplas e múltiplas deve ser feita de acordo com a Tabela
5.3.2.3.1.

Tabela 5.3.2.1.6: Duração do reservatório para proteção de armazenagem em estruturas porta-paletes de mercadorias Classe
I até Classe IV até 25 ft (7,6 m) de altura

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542 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.3.2.2.1(a): Parâmetros de projeto para a proteção de mercadorias Classe I até Classe IV armazenadas em estruturas
porta-paletes simples, duplas e múltiplas sem prateleiras sólidas até 25 ft (7,6 m) utilizando chuveiros de gotas grandes

Tabela 5.3.2.2.1(b): Parâmetros de projeto para a proteção de mercadorias Classe I até Classe IV armazenadas em estruturas
porta-paletes simples, duplas e múltiplas sem prateleiras sólidas até 25 ft (7,6 m) utilizando chuveiros de controle para aplica-
ções específicas (K = 16,8)

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 543

Tabela 5.3.2.3.1: Parâmetros de proteção para armazenagem em estruturas porta-paletes sem prateleiras sólidas de mercado-
rias Classe I até Classe IV até 25 ft (7,6 m) de altura utilizando chuveiros ESFR

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544 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.2.3.1.1 A proteção com chuveiros ESFR não pode ser Quando o material armazenado for encapsulado, o
aplicada a: espaçamento horizontal máximo será de 8 ft (2,44 m).
1) Armazenamento em estruturas porta-paletes com 5.3.2.4.2.2 O espaçamento horizontal máximo de chuveiros
prateleiras sólidas; internos em um mesmo ramal, em estruturas porta-paletes
2) Armazenamento em estruturas porta-paletes envolven- múltiplas com mercadorias encapsuladas e não encapsuladas
do caixas ou recipientes abertos combustíveis. até 25 ft (7,6 m) de altura, não deve ser superior a 12 ft (3,7 m),
no caso de mercadorias Classe I, II ou III, e 8 ft (2,4 m) no caso
5.3.2.3.2 Os sistemas de detecção, bombas de líquido gerador
de mercadorias Classe IV. As áreas máximas por cada chuvei-
de espuma, geradores e outros componentes considerados
ro devem ser 100 ft2 (9,3 m²), no caso de mercadorias Classe I,
essenciais para a operação do sistema devem ter uma fonte
II ou III, e 80 ft2 (7,4 m²) para mercadorias Classe IV. A vista em
de energia de emergência aprovada.
planta da estrutura porta-paletes deve ser considerada para a
5.3.2.3.3 Sistemas com chuveiros ESFR devem ser projetados determinação da área de cobertura de cada chuveiro. Os
de modo que a pressão mínima de operação não seja inferior corredores não devem ser incluídos nos cálculos de área.
à indicada na Tabela 5.3.2.3.1 para o tipo de armazenagem,
5.3.2.4.2.3 A altura dos defletores dos chuveiros internos
mercadoria, altura de armazenagem e altura de edifício.
com relação ao material armazenado não precisa ser levada
5.3.2.3.4 A área de operação deve ter os 12 chuveiros com em conta nas estruturas porta-paletes simples e duplas até
maior demanda hidráulica, consistindo de 4 chuveiros em 3 20 ft (6,1 m) de altura.
ramais. A área deve ter, no mínimo, 960 ft2 (89 m²).
5.3.2.4.2.4 Em estruturas porta-paletes simples e duplas sem
5.3.2.3.5 Para fins de cálculo hidráulico, quando houver prateleiras sólidas com mercadorias armazenadas a mais de
chuveiros ESFR instalados acima e abaixo de obstruções, a 20 ft (6,1 m) de altura, ou em estruturas porta-paletes múlti-
descarga de até 2 chuveiros em um dos níveis deve ser plas, ou em estruturas porta-paletes simples e duplas com
somada à descarga do outro nível. prateleiras sólidas e altura de armazenagem até 25 ft (7,6 m),
deve ser mantida uma distância vertical livre mínima de 6 in.
5.3.2.4 Parâmetros de proteção para armazenagem de
(152,4 mm) entre os defletores dos chuveiros internos e o
mercadorias Classe I até Classe IV até 25 ft (7,6 m) de altura
topo do material armazenado em cada andar da estrutura. A
em estruturas porta-paletes utilizando chuveiros internos.
descarga dos chuveiros não deve ser obstruída pelos ele-
5.3.2.4.1 Localização de chuveiros internos para a proteção mentos estruturais horizontais do porta-paletes.
de armazenagem de mercadorias Classe I até Classe IV até
5.3.2.4.2.5 Em estruturas porta-paletes múltiplas, deve ser
25 ft (7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes.
mantida uma distância de 6 in. (152,4 mm) entre os defletores
5.3.2.4.1.1 Em estruturas porta-paletes simples e duplas sem dos chuveiros internos e o topo do material armazenado em
prateleiras sólidas, os chuveiros internos devem ser instala- cada andar da estrutura.
dos conforme indicado na Tabela 5.3.2.1.2.
5.3.2.4.2.6 O espaçamento dos chuveiros instalados dentro
5.3.2.4.1.2 Em estruturas porta-paletes múltiplas com profun- de estruturas porta-paletes não deve levar em conta os
didade inferior a 16 ft (4,9 m) e corredores com largura de 8 ft montantes da estrutura.
(2,4 m) ou maior, os chuveiros internos devem ser instalados
5.3.2.4.3 Demanda de água de chuveiros internos para a
conforme indicado na Tabela 5.3.2.1.3.
proteção de armazenagem de mercadorias Classe I até Clas-
5.3.2.4.1.3 Em estruturas porta-paletes múltiplas com profun- se IV até 25 ft (7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes
didade superior a 16 ft (4,9 m) ou com corredores com largura
5.3.2.4.3.1 A demanda de água dos chuveiros internos deve
inferior a 8 ft (2,4 m), os chuveiros internos devem ser instala-
ser baseada na operação simultânea dos chuveiros mais
dos conforme indicado na Tabela 5.3.2.1.4.
remotos hidraulicamente:
5.3.2.4.1.4 Quando for instalado somente um nível de 1) 6 chuveiros, quando somente um nível for instalado
chuveiros internos para mercadorias armazenadas até 25 ft em estruturas porta-paletes com mercadorias Classe
(7,6 m) de altura, os chuveiros devem ser instalados no pri- I, Classe II ou Classe III;
meiro andar da estrutura porta-paletes, na metade, ou acima
2) 8 chuveiros, quando somente um nível for instalado em
da metade da altura de armazenagem.
estruturas porta-paletes com mercadorias Classe IV;
5.3.2.4.1.5 Quando forem instalados somente 2 níveis de 3) 10 chuveiros (5 em cada um dos níveis mais altos),
chuveiros internos para mercadorias armazenadas até 25 ft quando mais de um nível for instalado em estruturas
(7,6 m) de altura, os chuveiros devem ser localizados no porta-paletes com mercadorias Classe I, Classe II ou
primeiro andar da estrutura porta-paletes, a 1/3 da altura da Classe III;
estrutura, e a 2/3 da altura total de armazenagem.
4) 14 chuveiros (7 em cada um dos 2 níveis mais altos),
5.3.2.4.2 Espaçamento de chuveiros internos para a prote- quando mais de um nível for instalado em estruturas
ção de armazenagem de mercadorias Classe I até Classe IV porta-paletes com mercadorias Classe IV.
até 25 ft (7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes.
5.3.2.4.4 Quando uma estrutura porta-paletes, devido a seu
5.3.2.4.2.1 O espaçamento horizontal máximo de chuveiros comprimento, necessitar um número menor de chuveiros in-
internos em estruturas porta-paletes simples e duplas com ternos do que o especificado em 5.3.2.4.3.1(1) até
mercadorias não encapsuladas até 25 ft (7,6 m) de altura 5.3.2.4.3.1(4), somente os chuveiros de uma única estrutura
deve ser feito conforme indicado na Tabela 5.3.2.4.2.1. porta-paletes precisam ser incluídos no cálculo.

24-IT.pmd 544 18/10/2012, 16:15


Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 545

Tabela 5.3.2.4.2.1: Espaçamento de chuveiros internos para mercadorias Classe I, II, III e IV armazenadas em estruturas porta
paletes a até 25 ft (7,6 m) de altura

5.3.2.4.5 Pressão de descarga de chuveiros internos para a 6) Devem ser mantidos vãos verticais longitudinais de pelo
proteção de armazenagem de mercadorias Classe I até Classe menos 6 in. (152 mm) de largura em estruturas porta-
IV até 25 ft (7.6 m) de altura em estruturas porta-paletes. A pres- paletes duplas. Vãos verticais longitudinais não são
são de descarga dos chuveiros internos nunca deve ser inferior necessários quando forem usados chuveiros ESFR;
a 15 psi (1 bar), independentemente do tipo de mercadoria. 7) Os corredores devem ter largura mínima de 7½ ft (2,3 m);
5.3.2.5 Parâmetros especiais de proteção para armaze- 8) A máxima altura do telhado deve ser 27 ft (8,2 m), ou
nagem de mercadorias Classe I até Classe IV até 25 ft 30 ft quando forem utilizados chuveiros ESFR;
(7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes 9) A máxima altura de armazenagem permitida deve ser
5.3.2.5.1 Prateleiras vazadas 20 ft (6,1 m);
10) Compensado ou materiais similares não devem ser
5.3.2.5.1.1 As prateleiras vazadas devem ser consideradas
colocados sobre as prateleiras vazadas de modo que
equivalentes a prateleiras sólidas quando as exigências de
os espaços de 2 in. (51 mm) entre ripas sejam bloque-
5.3.2.5.1 não forem atendidas.
ados, nem devem ser colocados sobre as prateleiras
5.3.2.5.1.2 Estruturas porta-paletes simples e duplas com de telas metálicas.
prateleiras vazadas podem ser protegidas por sistemas de
5.3.2.5.2 Densidade de sistemas de chuveiros de teto com
tubo molhado capazes de fornecer no mínimo uma densida-
espuma de alta expansão. Quando sistemas de espuma de
de de 0.6 gpm/ft2 (24,5 L/min/m²) sobre uma área mínima de
alta expansão forem usados juntamente com sistemas de
2000 ft2 (186 m²), ou por sistemas com chuveiros ESFR de
chuveiros de teto, a densidade mínima dos chuveiros de teto
K=14,0 operando à pressão mínima de 50 psi (3,5 bar), com
deve ser 0,2 gpm/ft2 (8,2 L/min/m²) para mercadorias Classe I,
chuveiros ESFR de K=16,8 operando à pressão mínima de
Classe II ou Classe III, ou 0,25 gpm/ft2 (10,2 L/min/m²) para
32 psi (2,2 bar), ou chuveiros ESFR de K=25,2 operando à
mercadorias Classe IV, para a área de operação de 2000 ft2
pressão mínima de 15 psi (1,1 bar), desde que todas as
(186 m²) mais remota hidraulicamente.
condições a seguir sejam atendidas:
1) Os chuveiros devem ser do tipo spray com fator K igual 5.3.2.5.2.1 Quando sistemas de espuma de alta expansão
11,2, 14,0 ou 16,8 e com temperatura de operação forem usados juntamente com sistemas de chuveiros de teto,
ordinária, intermediária ou alta, e devem ser certifica- o máximo tempo de submersão deve ser 7 minutos para mer-
dos para proteção de áreas de armazenagem, ou de- cadorias Classe I, Classe II ou Classe III, e 5 minutos para
vem ser chuveiros ESFR com fator K igual a 14,0, 16,8 mercadorias Classe IV.
ou 25,2; 5.3.2.5.2.2 Quando sistemas de espuma de alta expansão
2) As mercadorias protegidas devem ser limitadas a Clas- forem usados sem sistemas de chuveiros, o máximo tempo
ses I-IV, plásticos Grupo B e C, plásticos Grupo A em de submersão deve ser de 5 min para mercadorias Classe I,
caixas de papelão (expandido e não expandido), e Classe II ou Classe III, e 4 min para mercadorias Classe IV.
plásticos Grupo A expostos (não expandidos);
5.3.3 Parâmetros de proteção para armazenagem de plás-
3) As prateleiras vazadas devem ser feitas com ripas de ticos até 25 ft (7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes
espessura nominal mínima de 2-in. (51 mm) e largura
nominal mínima de 6-in. (152 mm), fixadas por 5.3.3.1 Parâmetros de proteção para armazenagem de plás-
espaçadores que garantam uma abertura mínima de 2 ticos até 25 ft (7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes
in. (51 mm) entre cada ripa; simples, duplas e múltiplas, com distância livre de 10 ft
4) Quando forem usados chuveiros com K igual a 11.2, (3,1 m) entre o teto e o topo da carga, utilizando chuveiros de
14.0 ou 16.8, não deve haver prateleiras vazadas na controle densidade-área.
estrutura porta-paletes acima do nível de 12 ft (3,7 m). 5.3.3.1.1 Plásticos devem ser protegidos de acordo com a
Telas metálicas (mais que 50% de abertura) podem Figura 5.3.3.1.1. Essa árvore de decisões também deve ser
ser usadas nos níveis acima de 12 ft (3,7 m) de altura; usada para determinar a proteção de mercadorias que não
5) Devem ser mantidos vãos verticais transversais de são rigorosamente classificadas como plásticos Grupo A, mas
pelo menos 3 in. (76 mm) de largura a cada 10 ft (3,1 que contêm quantidades desses plásticos que as torna mais
m) medidos horizontalmente; perigosas do que mercadorias Classe IV. Os parâmetros de

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546 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

projeto indicados em 5.3.3.1 para armazenagem de plásticos 5.3.3.1.6 Armazenagem em estruturas porta-paletes simples,
em estruturas porta-paletes simples e duplas devem ser duplas e múltiplas até 10 ft (3,1 m) de altura, com distância
utilizados quando os corredores tiverem largura de 3,5 ft livre teto-topo da carga de até 10 ft (3,1 m). As estratégias de
(1 m) ou mais. Caso os corredores tenham largura inferior a proteção utilizando somente chuveiros de teto, conforme mos-
3,5 ft (1,0 m), a proteção deve ser adequada para estruturas trado na Figura 5.3.3.1.5(a), são aceitáveis para armazena-
porta-paletes múltiplas. gem em estruturas porta-paletes simples, duplas e múltiplas.
5.3.3.1.2 Os parâmetros de projeto de sistema de chuveiros 5.3.3.1.7 Armazenagem em estruturas porta-paletes simples
para a proteção de plásticos Grupo A armazenados até a e duplas com mais de 10 ft (3,1 m) até 15 ft (4,6 m) de altura,
altura de 5 ft (1.5 m) devem ser os parâmetros especificados com menos de 5 ft (1,25 m) de distância livre teto-topo da
em 5.1.10 para armazenagem mista. carga. As estratégias de proteção utilizando somente chuvei-
ros de teto, conforme mostrado na Figura 5.3.3.1.5(b), são
5.3.3.1.3 Os plásticos, Grupo A, fluentes e plásticos Grupo B
aceitáveis somente para armazenagem em estruturas porta-
devem ser protegidos da mesma maneira que as mercadorias
paletes simples e duplas.
Classe IV.
5.3.3.1.4 Os plásticos, Grupo C, devem ser protegidos da Plásticos
mesma maneira que as mercadorias Classe III.
5.3.3.1.5 A demanda de água dos chuveiros de teto, dada em Grupo C
Grupo A Grupo B
termos de densidade [gpm/ft2 (L/min/m²)] e área de operação
[ft2 (m²) do teto], para plásticos Grupo A em caixas de papelão,
encapsuladas ou não, em estruturas porta-paletes simples, Cartonado exposto sem Exposto
duplas ou múltiplas, devem ser selecionadas das Figuras experiência e exposto expandido
sem expansão
5.3.3.1.5(a) até 5.3.3.1.5(f). É permitida a interpolação linear
de densidades e áreas de aplicação entre alturas de armaze-
nagem com mesma distância livre entre o teto e o topo da Estável Fluído
livre
carga. Não é permitida a interpolação entre distâncias livres
entre o teto e o topo da carga. Figura 5.3.3.1.1: Árvore de decisão

Fileiras simples, dupla e múltiplas Fileiras simples, dupla e múltiplas


0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2 0,45 gpm/ft2 para 2000 ft2
(12,21 L/min para 186 m2) (18,31 L/min para 186 m2)
< 5 ft (1,5 m) distância p/teto 5 ft a 10 ft (1,5 m 3,1 m) distância p/teto
CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

Planta Planta

Elevação Elevação

Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.
(0,46 m) até 10 ft (3,05 m). Portanto, pode haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.3.1.5(a): Altura de armazenagem: 5 ft a 10 ft (1,5 m a 3 m)

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 547

Fileiras simples, dupla e múltiplas Fileiras simples, dupla e múltiplas


0,60 gpm/ft2 para 2000 ft2 0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2
(24,5 mm/min para 186 m2) (12,2 mm/min para 186 m2)

5 ft para 10 ft (1,5 m para 3,1 m) 5 ft para 10 ft (1,5 m para 3,1 m)


distância p/teto distância p/teto
Veja 5.3.3.1.8, 5.3.3.1.10 e nota 2 Veja nota 1 8 ft (2,44 m) máximo entre bicos

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR
Planta Planta

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

Elevação Elevação
Notas:
1. Um único nível de chuveiros internos [1/2 in. ou 17/32 in. (1,7 mm ou 13,5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo] instalado conforme indicado nos vãos verticais transversais;
2. Nos casos em que a proteção é feita somente por chuveiros de teto certificados para áreas de armazenagem, e desde que a altura do teto na área protegida não ultrapasse 22 ft (6,7 m), e a distância
livre mínima entre teto-topo da carga seja 7 ft (2,13 m), o parâmetro de descarga do sistema de teto pode ser reduzido para 0,45 gpm/ft2 por 2000 ft2 (18,3 L/min/m² por 186 m²);
3. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.3.1.5(b): Altura de armazenagem: 15 ft (4,6 m); distância livre teto-topo da carga: Até 10 ft (1,5 m para 3,1 m)

Fileiras simples e dupla Fileiras simples, dupla e múltiplas Fileiras simples, dupla e múltiplas
0,60 gpm/ft2 para 2000 ft2 0,45 gpm/ft2 para 2000 ft2 0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2
(24,5 L/min para 186 m2) (18,3 L/min para 186 m2) (12.2 L/min para 186 m2)
5 ft (1,5 m) distância p/teto 5 ft (1,5 m) distância p/teto 5 ft (1,5 m) distância p/teto
Veja 5.3.3.1.8, 5.3.3.1.10 Veja nota 1 Veja nota 2
8 ft (2,44 m) máximo entre bicos 8 ft (2,44 m) máximo entre bicos
CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

Planta Planta Planta


CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

Elevação Elevação Elevação

Notas:
1. Um único nível de chuveiros internos [1/2 in. ou 17/32 in. (12,7 mm ou 13.5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo] instalado conforme indicado nos vãos verticais transversais;
2. Um único nível de chuveiros internos [17/32 in. (13,5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo ou ½ in. (12,7 mm) operando a 30 psi (2,07 bar) mínimo] instalado em intervalos de 4 ft a 5 ft (1,25 m
a 1,56 m) localizados, conforme indicado, nos vãos verticais longitudinais, na interseção de cada vão vertical transversal;
3. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 10 ft
(3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3.05 m) verticalmente.

Figura 5.3.3.1.5(c): Altura de armazenagem: 20 ft (4,6 m); Distância livre teto-topo da carga: menor que 5 ft (1,5 m)

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548 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

0,45 gpm/ft2 para 2000 ft2 0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2
(18,3 L/min para 186 m2) (12,2 L/min para 186 m2)
5 ft para 10 ft (1,5 m para 3,1 m) distância p/teto 5 ft para 10 ft (1,5 m para 3,1 m) distância p/teto
Veja notas 1 e 5 Veja notas 2 e 3
8 ft (2,44 m) máximo entre bicos 8 ft (2,44 m) máximo entre bicos

CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR Planta Planta
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
Elevação Elevação

0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2 0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2
(12,2 L/min para 186 m2) (12,2 L/min para 186 m2)
5 ft para 10 ft (1,5 m para 3,1 m) distância p/teto 5 ft para 10 ft (1,5 m para 3,1 m) distância p/teto
Veja notas 2 e 3 Veja notas 2 e 4
8 ft (2,44 m) máximo entre bicos 8 ft (2,44 m) máximo entre bicos
CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

Planta Planta
CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

Elevação Elevação
Notas:
1. Um único nível de chuveiros internos [1/2 in. ou 17/32 in. (12,7 mm ou 13,5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo] instalado conforme indicado nos vãos verticais transversais;
2. Não é permitida a proteção somente com chuveiros de teto para esta configuração;
3. Dois níveis de chuveiros internos [1/2 in. ou 17/32 in. (12,7 mm ou 13,5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo] instalados conforme indicado e escalonados nos vãos verticais transversais;
4. Um único nível de chuveiros internos [17/32 in. (13,5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo ou ½ in. (12,7 mm) operando a 30 psi (2,07 bar) mínimo] instalado em intervalos de 4 ft a 5 ft (1,25 m
a 1,56 m) localizados, conforme indicado, nos vãos verticais longitudinais, na interseção de cada vão vertical transversal;
5. Não é necessário utilizar chuveiros internos quando forem usados no teto chuveiros spray certificados para áreas de armazenagem com K=11,2, K=14, K=16,8, desde que o parâmetro de descarga
do sistema do teto seja aumentado para 0,6 gpm/ft2 [24 (L/min)/m2] sobre 2000 ft2 (186 m²) e desde que a altura do teto na área protegida não seja maior que 27 ft (8,2 m);
6. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 10 ft (3,05 m)
Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.3.1.5(d): Altura de armazenagem: 20 ft (4,6 m); distância livre teto-topo da carga: 5 ft a 10 ft (1,5 m a 3,1 m)

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 549

0,45 gpm/ft2 para 2000 ft2 0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2
(18,3 L/min para 186 m2) (12,2 L/min para 186 m2)
5 ft para 10 ft (1,5 m) distância p/teto 5 ft para 10 ft (1,5 m) distância p/teto
Veja notas 1, 2 e 4 Veja notas 2, 3 e 4
CORREDOR 8 ft (2,44 m) máximo entre bicos 8 ft (2,44 m) máximo entre bicos

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR
Planta Planta
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

Elevação Elevação

Notas:
1. Um único nível de chuveiros internos [17/32 in. (13,5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo ou ½ in. (12,7 mm) operando a 30 psi (2,07 bar) mínimo] instalado em intervalos de 4 ft a 5 ft
(1,25 m a 1,56 m) localizados, conforme indicado, nos vãos verticais longitudinais, na interseção de cada vão vertical transversal;
2. Não é permitida a proteção somente com chuveiros de teto para esta configuração;
3. dois níveis de chuveiros internos [1/2 in. ou 17/32 in. (12,7 mm ou 13,5 mm) operando a 15 psi (1,03 bar) mínimo] instalados conforme indicado e escalonados nos vãos verticais transversais;
4. Não é necessário utilizar chuveiros internos quando forem usados no teto chuveiros spray certificados para áreas de armazenagem com K=16,8, desde que o parâmetro de descarga do sistema do
teto seja aumentado para 0,8 gpm/ft2 [32,6 (L/min)/m 2] sobre 2000 ft2 (186 m²), no caso de sistemas de tubo molhado, e sobre 4500 ft2 (419 m²) no caso de sistemas de tubo seco, e desde que a altura
do teto na área protegida não seja maior que 30 ft (9,1 m);
5. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 10 ft
(3,05 m) Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.3.1.5(e): Altura de armazenagem: 25 ft (7,6 m); distância livre teto-topo da carga: menor que 5 ft (1,5 m)

0,30 gpm/ft2 para 2000 ft2


(12,2 L/min para 186 m2)
< 5 ft para 10 ft (1,5 m) distância p/teto
Veja notas 1, 2 e 3
8 ft (2,44 m) máximo entre bicos
CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

Planta
Notas:
1. Dois níveis de chuveiros internos [1/2 in. ou 17/32 in. (12,7 mm ou 13,5 mm) operando a 15 psi
(1,03 bar) mínimo] instalados em intervalos de 8 ft a 10 ft (2,5 m a 3,12 m), conforme indicado, e
escalonados nos vãos verticais transversais;
CORREDOR

2. Não é permitido utilizar somente proteção de teto para esta configuração;


CORREDOR

CORREDOR

3. Não é necessário utilizar chuveiros internos quando forem usados no teto chuveiros spray
certificados para áreas de armazenagem com K=16,8, desde que o parâmetro de descarga do
sistema do teto seja aumentado para 0,8 gpm/ft2 [32,6 (L/min)/m 2] sobre 2000 ft2 (186 m²), no caso
de sistemas de tubo molhado, e sobre 4500 ft2 (419 m²) no caso de sistemas de tubo seco, e desde
que a altura do teto na área protegida não seja maior que 30 ft (9,1 m). Não é permitida a proteção
somente com chuveiros de teto para esta configuração;
4. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
Elevação 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.3.1.5(f): Altura de armazenagem: 25 ft (7,6 m); distância livre teto-topo da carga: 5 ft a 10 ft (1,5 m a 3,1 m)

24-IT.pmd 549 18/10/2012, 16:15


550 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.3.1.8 Estruturas porta-paletes simples e duplas com altura de proteção utilizando somente chuveiros de teto, conforme
maior que 10 ft (3,1 m) Até 15 ft (4,6 m) e com distância livre mostrado nas Figuras 5.3.3.1.5(c) e 5.3.3.1.5(d), não são
teto-topo da carga variando entre 5 ft e 10 ft (1,5 m e 3,1 m), e permitidas para estruturas porta-paletes múltiplas. Somente
estruturas porta-paletes simples e duplas com altura até 20 ft a combinação especificada de chuveiros de teto e internos
(6.1 m) e com distância livre teto-topo da carga menor que 5 ft deve ser usada.
(1,5 m). As estratégias de proteção utilizando somente
5.3.3.2 Parâmetros de proteção para proteção de
chuveiros de teto, conforme mostrado nas Figuras 5.3.3.1.5(c)
armazenagem de plásticos até 25 ft (7,6 m) de altura em
e 5.3.3.1.5(d) são aceitáveis somente para armazenagem em
estruturas porta-paletes utilizando chuveiros ESFR e
estruturas porta-paletes simples e duplas.
chuveiros de controle para aplicação específica
5.3.3.1.9 Armazenagem em estruturas porta-paletes múltiplas
5.3.3.2.1 A proteção de plásticos não expandidos armazena-
com 15 ft (3,1 m) de altura e distância livre teto-topo da carga
dos em estruturas porta-paletes simples, duplas e múltiplas
menor que 5ft (1,5 m) quando for utilizada a estratégia de
sem prateleiras sólidas deve ser feita conforme a Tabela
proteção somente com chuveiros de teto, conforme mostrado
5.3.3.2.1(a) ou Tabela 5.3.3.2.1(b).
na Figura 5.3.3.1.5(b), para a proteção de armazenagem em
estruturas porta-paletes múltiplas, a densidade a ser usada 5.3.3.2.2 Quando for exigida proteção com chuveiros internos
deve ser 0.6 gpm/ft2 (24,5 L/min/m²) sobre 2000 ft2 (186 m²). A pelas Tabelas 5.3.3.2.1(a) e 5.3.3.2.1(b), o espaçamento,
combinação de chuveiros de teto e chuveiros internos pressão de projeto e parâmetros de cálculo hidráulico dos
especificada na Figura 5.3.3.1.5(b) pode ser usada como chuveiros internos devem atender aos requisitos de 5.3.2.4,
alternativa. conforme o tipo de mercadoria.
5.3.3.1.9.1 Armazenagem em estruturas porta-paletes 5.3.3.2.3 A mínima pressão de operação e o número de
múltiplas com 15 ft (3,1 m) de altura e 10 ft (3,1 m) de distância chuveiros a serem incluídos na área de operação deve ser
livre teto-topo da carga; e com 20 ft (6,1 m) de altura e menos de determinada pelas Tabelas 5.3.3.2.1(a) e 5.3.3.2.1(b), ou
5 ft (1,5 m) de distância livre teto-topo da carga as estratégias conforme indicado por outras normas, exemplo: NFPA.

Tabela 5.3.3.1.11: Duração do reservatório para proteção de armazenagem de plásticos em estruturas porta-paletes até 25 ft
(7,6 m) de altura

Tabela 5.3.3.2.1(a): Parâmetros de projeto para a proteção de plásticos armazenados em estruturas porta-paletes simples,
duplas e múltiplas sem prateleiras sólidas até 25 ft (7.6 m) utilizando chuveiros de gotas grandes

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 551

Tabela 5.3.3.2.1(b): Parâmetros de projeto para a proteção de plásticos armazenados em estruturas porta-paletes simples,
duplas e múltiplas sem prateleiras sólidas até 25 ft (7,6 m) utilizando chuveiros de controle para aplicações específicas (K = 16,8)

5.3.3.2.3.1 Para fins de projeto, a maior pressão de descarga no papelão, armazenados em estruturas porta-paletes simples,
chuveiro mais remoto hidraulicamente deve ser 95 psi (6,6 bar). duplas e múltiplas, deve ser feita conforme a Tabela 5.3.3.3.1.
5.3.3.2.3.2 Treliças de madeira sob piso 5.3.3.3.1.1 A proteção com chuveiros ESFR não pode ser
1) quando chuveiros de gotas grandes com K = 11.2 forem aplicada a:
instalados sob pisos com treliças de madeira, sua 1) armazenagem em estruturas porta-paletes com prate-
pressão mínima de operação deve ser 50 psi (3,4 bar); leiras sólidas;
2) quando cada espaço vazado, das treliças de madeira 2) armazenagem em estruturas porta-paletes envolvendo
são totalmente protegidos em profundidade em inter- caixas ou recipientes abertos combustíveis.
valos que não excedam 20 ft (6,1 m), podem ser
usadas as pressões mais baixas especificadas na 5.3.3.3.2 Sistemas com chuveiros ESFR devem ser projetados
Tabela 5.3.3.2.1(a). de modo que a pressão mínima de operação não seja inferior
à indicada na Tabela 5.3.3.3.1 para tipo de armazenagem,
5.3.3.2.3.3 A área de operação deve ser retangular e o com- mercadoria, altura de armazenagem e altura de edifício.
primento de seu lado paralelo aos ramais deve ser equiva-
lente a pelo menos 1,2 vezes o valor da raiz quadrada da 5.3.3.3.3 A área de operação deve ter os 12 chuveiros com
área formada pelos chuveiros que devem ser incluídos na maior demanda hidráulica, consistindo de 4 chuveiros em 3
área de operação. Qualquer fração de chuveiro deve ser ramais. A área deve ter, no mínimo, 960 ft2 (89 m²).
incluída na área de operação. 5.3.3.3.4 Para fins de cálculo hidráulico, quando houver
5.3.3.2.3.4 Sistemas de ação prévia chuveiros ESFR instalados acima e abaixo de obstruções, a
1) Para fins de uso das Tabelas 5.3.3.2.1(a) e 5.3.3.2.1(b), descarga de até dois chuveiros em um dos níveis deve ser
os sistemas de ação prévia devem ser classificados somada à descarga do outro nível.
como sistemas de tubo seco;
5.3.3.4 Chuveiros internos para a proteção de armazenagem
2) O sistema de ação prévia pode ser tratado como um de plásticos até 25 ft (7,6 m) de altura em estruturas
sistema de tubo molhado quando puder ser demons- porta-paletes.
trado que o sistema de detecção que o aciona permite
que a água atinja os chuveiros quando estes entrarem 5.3.3.4.1 Localização de chuveiros internos para a proteção
em operação. de armazenagem de plásticos até 25 ft (7,6 m) de altura em
estruturas porta-paletes. Os chuveiros internos em estruturas
5.3.3.2.3.5 O diâmetro nominal dos ramais (incluindo niples
porta-paletes devem ser instalados conforme a Figura
de elevação) deve cumprir com os seguintes requisitos:
5.3.3.1.5(a) até a Figura 5.3.3.1.5(f).
1) Os diâmetros dos tubos não devem ser menores que
1 ¼ in. (33 mm) nem maiores que 2 in. (51 mm); 5.3.3.4.2 Espaçamento de chuveiros internos para a prote-
2) As tubulações de início do ramal podem ter diâmetro ção de armazenagem de plásticos até 25 ft (7,6 m) de altura
de 2 ½ in. (64 mm); em estruturas porta-paletes.
3) Quando os ramais forem maiores que 2 in. (51 mm), o
5.3.3.4.2.1 Distância livre entre chuveiros internos e o material
chuveiro será alimentado por um niple de elevação
armazenado. Uma distância livre vertical de pelo menos 6-in.
para elevá-lo 13 in. (330 mm) no caso de tubos de 2 ½ in.
(152,4 mm) deve ser mantida entre os defletores e o topo de
(64 mm), e 15 in. (380 mm), no caso de tubos de 3 in.
cada nível de material armazenado.
(76 mm). Essas medidas devem ser tomadas entre o
eixo longitudinal do tubo e o defletor. Outra opção é 5.3.3.4.2.2 O espaçamento dos chuveiros internos em estru-
fazer um deslocamento horizontal do chuveiro de, no turas porta-paletes deve ser o indicado pela Figura 5.3.3.1.5(a)
mínimo, 12 in. (305 mm). e Figura 5.3.3.1.5(f).
5.3.3.3 Parâmetros de proteção para armazenagem de 5.3.3.4.3 Demanda de água de chuveiros internos para a
plásticos até 25 ft (7,6 m) de altura em estruturas proteção de armazenagem de plásticos até 25 ft (7,6 m) de
porta-paletes utilizando chuveiros ESFR altura em estruturas porta-paletes. A demanda de água dos
5.3.3.3.1 A proteção de plásticos não expandidos, em caixas chuveiros internos deve ser baseada na operação simultânea
de papelão ou não, e de plásticos expandidos em caixas de dos chuveiros mais remotos hidraulicamente:

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552 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

1) 8 chuveiros, quando somente um nível for instalado 5.3.3.5.1 Prateleiras vazadas


nas estruturas porta-paletes;
5.3.3.5.1.1 As prateleiras vazadas são equivalentes a
2) 14 chuveiros (7 em cada um dos 2 níveis mais altos), prateleiras sólidas se as exigências de 5.3.3.5.1 não forem
quando mais de um nível for instalado em estruturas atendidas.
porta-paletes.
5.3.3.5.1.2 Estruturas porta-paletes simples e duplas com
5.3.3.4.4 Pressão de descarga de chuveiros internos para a prateleiras vazadas podem ser protegidas por sistemas de
proteção de armazenagem de plásticos até 25 ft (7,6 m) de tubo molhado capazes de fornecer, no mínimo, uma densida-
altura em estruturas porta-paletes. A pressão de descarga de de 0.6 gpm/ft2 (24,5 L/min/m²) sobre uma área mínima de
dos chuveiros internos nunca deve ser inferior a 15 psi 2000 ft2 (186 m²), ou por sistemas com chuveiros ESFR de
(1 bar), independentemente do tipo de mercadoria. K=14,0 operando à pressão mínima de 50 psi (3,5 bar), com
5.3.3.5 Parâmetros especiais de proteção para armazena- chuveiros ESFR de K=16,8 operando à pressão mínima de
gem de plásticos até 25 ft (7,6 m) de altura em estruturas 32 psi (1,7 bar), ou chuveiros ESFR de K=25.2 operando à
porta-paletes. pressão mínima de 15 psi (1 bar), desde que todas as condi-
ções a seguir sejam atendidas:

Tabela 5.3.3.3.1: Parâmetros de proteção para armazenagem de plásticos em estruturas porta-paletes sem prateleiras sólidas
até 25 ft (7.6 m) de altura utilizando chuveiros ESFR

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 553

1) Os chuveiros devem ser do tipo spray com fator K igual Telas metálicas (mais que 50% de abertura) podem
11,2, 14,0 ou 16,8 e com temperatura de operação ser usadas nos níveis acima de 12 ft (3,7 m) de altura;
ordinária, intermediária ou alta e devem ser certifica- 5) Devem ser mantidos vãos verticais transversais de
dos para proteção de áreas de armazenagem, ou de- pelo menos 3 in. (76 mm) de largura a cada 10 ft (3,1
vem ser chuveiros ESFR com fator K igual a 14,0, 16,8 m) medidos horizontalmente; devem ser mantidos vãos
ou K-25,2; verticais longitudinais de pelo menos 6 in. (152 mm)
2) As mercadorias protegidas devem ser limitadas as de largura em estruturas porta-paletes duplas. Vãos
Classes I-IV, plásticos Grupo B e C, plásticos Grupo A verticais longitudinais não são necessários quando
em caixas de papelão (expandido e não expandido), e forem usados chuveiros ESFR;
Plásticos Grupo A expostos (não expandidos); 6) A máxima altura do telhado deve ser 27 ft (8,2 m), ou
3) As prateleiras vazadas devem ser feitas com ripas de 30 ft (9,1 m) (quando forem utilizados chuveiros ESFR);
espessura nominal mínima de 2 in. (51 mm) e largura 7) A máxima altura de armazenagem permitida deve ser
nominal mínima de 6 in. (152 mm), fixadas por 20 ft (6,1 m);
espaçadores que garantam uma abertura mínima de 2
8) Compensado ou materiais similares não devem ser
in. (51 mm) entre cada ripa;
colocados sobre as prateleiras vazadas de modo que
4) Quando forem usados chuveiros com K igual a 11,2, os espaços de 2 in. (51 mm) entre ripas sejam bloquea-
14,0 ou 16,8, não deve haver prateleiras vazadas na dos, nem devem ser colocados sobre as prateleiras de
estrutura porta-paletes acima do nível de 12 ft (3,7 m); telas metálicas.

Tabela 5.3.3.3.1: Parâmetros de proteção para armazenagem de plásticos em estruturas porta-paletes sem prateleiras sólidas
até 25 ft (7.6 m) de altura utilizando chuveiros ESFR (cont.)

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554 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.4 Parâmetros de proteção para armazenagem de 5.3.4.2.2 Quando for exigida a proteção com chuveiros inter-
mercadorias Classe I até Classe IV em estruturas porta- nos pela Tabela 5.3.4.2.1, o espaçamento, pressão de proje-
paletes até 25 ft (7,6 m) de altura to e parâmetros de cálculo hidráulico dos chuveiros internos
devem atender aos requisitos de 5.3.2.4, conforme o tipo de
5.3.4.1 Parâmetros de proteção de armazenagem de mer-
mercadoria.
cadorias Classe I até Classe IV em estruturas porta-paletes
até 25 ft (7,6 m) de altura utilizando chuveiros de controle 5.3.4.2.3 A mínima pressão de operação e número de chu-
área-densidade veiros a serem incluídos na área de operação devem ser
determinados pela Tabela 5.3.4.2.1.
5.3.4.1.1 A demanda de água para a proteção de mercadori-
as não encapsuladas armazenadas em estruturas porta- 5.3.4.2.3.1 Para fins de projeto, a maior pressão de descarga
paletes simples e duplas, sem prateleiras sólidas, separadas no chuveiro mais remoto hidraulicamente deve ser 95 psi
por corredores de pelo menos 4 ft (1,2 m) de largura, e com, (6,6 bar).
no máximo, 10 ft (3,1 m) de distância livre teto-topo da carga,
5.3.4.2.3.2 Treliças de madeira sob piso
deve ser baseada em uma área de operação de 2000 ft2 (186
m²). Se forem usados chuveiros de temperatura ordinária, a 1) quando chuveiros de gotas grandes com K=11.2 fo-
descarga mínima deve ser 0,25 gpm/ft2 (10,2 L/min/m²) para rem instalados sob pisos com treliças de madeira, sua
mercadorias Classe I, 0,3 gpm/ft2 (12,2 L/min/m²) para merca- pressão mínima de operação deve ser 50 psi (3,4 bar);
dorias Classes II e III, e 0,35 gpm/ft2 (14,3 L/min/m²) para merca- 2) quando cada espaço vazado, das treliças de madeira
dorias Classe IV. Caso sejam usados chuveiros de temperatu- são totalmente protegidos em profundidade em inter-
ra alta, a descarga mínima deve ser 0.35 gpm/ft2 (14,3 L/min/m²) valos que não excedam 20 ft (6,1 m), podem ser usa-
para mercadorias Classe I, 0.4 gpm/ft2 (16,3 L/min/m²) para das as pressões mais baixas especificadas na Tabela
mercadorias Classe II e III, e 0,45 gpm/ft2 (18,3 L/min/m²) para 1.2.4.2.1.
mercadorias Classe IV. (Ver Tabela 5.3.4.1.1.).
5.3.4.2.3.3 A área de operação deve ser retangular e o com-
5.3.4.1.2 Quando a armazenagem, conforme descrita em primento de seu lado paralelo aos ramais deve ser equiva-
5.3.4.1.1, for encapsulada, a densidade dos chuveiros de teto lente a pelo menos 1,2 vezes o valor da raiz quadrada da
deve ser 25% maior do que a densidade utilizada para arma- área formada pelos chuveiros que devem ser incluído na área
zenagem não encapsulada. de operação. Qualquer fração de chuveiro deve ser incluída
na área de operação.
5.3.4.1.3 A demanda de água para a proteção de mercadori-
as não encapsuladas armazenadas em estruturas porta- 5.3.4.2.3.4 Sistemas de ação prévia
paletes múltiplas, sem prateleiras sólidas, separadas por cor- 1) para fins de uso da Tabela 5.3.4.2.1, os sistemas de
redores de pelo menos 4 ft (1,2 m) de largura, e com, no ação prévia devem ser classificados como sistemas
máximo, 10 ft (3,1 m) de distância livre teto-topo da carga, de tubo seco;
deve ser baseada em uma área de operação de 2000 ft2 (186
2) o sistema de ação prévia pode ser tratado como um
m²). Se forem usados chuveiros de temperatura ordinária, a
sistema de tubo molhado quando puder ser demons-
descarga mínima deve ser 0,25 gpm/ft2 (10,2 l/min/m²) para
trado que o sistema de detecção que o aciona permite
mercadorias Classe I, 0,3 gpm/ft2 (12,2 L/min/m²) para merca-
que a água atinja os chuveiros quando estes entrarem
dorias Classes II e III, e 0,35 gpm/ft2 (14.3 L/min/m²) para merca-
em operação.
dorias Classe IV. Caso sejam usados chuveiros de temperatu-
ra alta, a descarga mínima deve ser 0,35 gpm/ft2 (14,3 L/min/ 5.3.4.2.3.5 O diâmetro nominal dos ramais (incluindo niples
m²) para mercadorias Classe I, 0,4 gpm/ft2 (16,3 L/min/m²) de elevação) deve cumprir com os seguintes pontos:
para mercadorias Classe II e III, e 0,45 gpm/ft2 (18,3 L/min/m²) a) os diâmetros dos tubos não devem ser menores que
para mercadorias Classe IV. (Ver Tabela 5.3.4.1.3.). 1 ¼ in. (33 mm) nem maiores que 2 in. (51 mm);
5.3.4.1.4 Quando a armazenagem for encapsulada, a densi- b) as tubulações de início do ramal podem ter diâmetro
dade dos chuveiros de teto deve ser 25% maior do que a de 2 ½ in. (64 mm);
densidade utilizada para armazenagem não encapsulada. c) quando os ramais forem maiores que 2 in. (51 mm), o
5.3.4.2 Parâmetros de proteção para proteção de armazena- chuveiro será alimentado por um niple de elevação
gem em estruturas porta-paletes de mercadorias Classe I até para elevá-lo 13 in. (330 mm) no caso de tubos de
Classe IV acima de 25 ft (7.6 m) de altura utilizando chuveiros 2 ½ in. (64 mm), e 15 in. (380 mm), no caso de tubos de
de gotas grandes e chuveiros de controle para aplicação es- 3 in. (76 mm). Essas medidas devem ser tomadas en-
pecífica. tre o eixo longitudinal do tubo e o defletor. Outra opção
é fazer um deslocamento horizontal do chuveiro de,
5.3.4.2.1 A proteção de mercadorias Classe I a Classe IV no mínimo, 12 in. (305 mm).
armazenadas em estruturas porta-paletes simples, duplas e
múltiplas, sem prateleiras sólidas, deve ser feita de acordo
com a Tabela 5.3.4.2.1.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 555

Tabela 5.3.4.1.1: Estruturas porta-paletes duplas sem prateleiras sólidas, com mercadorias Classe I a Classe IV armazenadas
acima de 25 ft (7,6 m) de altura, corredores com largura de 4 ft (1,2 m) ou maiores

Notas:
1. Descarga mínima por cada chuveiro interno: 30 gpm (114 L/min).
2. São necessárias guarnições contra água;
3. Todas as dimensões de espaçamento de chuveiros internos são medidas a partir do piso;
4. Instale os chuveiros a pelo menos 3 in. (76,2 mm) dos montantes da estrutura porta-paletes;
5. Chuveiros de face não precisam ser instalados para mercadorias Classe I que consistam de produtos incombustíveis em paletes de madeira (sem recipientes combustíveis), exceto nos casos mostrados
na Figura 5.3.4.4.1.1(g) e Figura 5.3.4.4.1.1(j);
6. Nas Figuras 5.3.4.4.1.1(a) até 5.3.4.4.1.1(j), cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem 4 ft a 5 ft (1,2 m a 1,5 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente
18 in. (0,46 m) até 10 ft (3,1 m) Portanto, pode haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente;
7. Aumente a densidade em 25% em caso de mercadorias encapsuladas;
8. Distância livre entre topo do material armazenado e o teto.

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556 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.4.2.3.6 Os elementos estruturais de aço de edifícios não 5.3.4.3.5 Para fins de cálculo hidráulico, quando houver chu-
necessitam proteção especial quando a Tabela 5.3.4.2.1 for veiros ESFR instalados acima e abaixo de obstruções, a des-
aplicada. carga de até 2 chuveiros em um dos níveis deve ser somada
à descarga do outro nível.
5.3.4.3 Parâmetros de proteção para armazenagem de
mercadorias Classe I até Classe IV acima de 25 ft (7,6 m) 5.3.4.4 Chuveiros internos para a proteção de armazena-
de altura em estruturas porta-paletes utilizando chuveiros gem de mercadorias Classe I até Classe IV acima de 25 ft
ESFR (7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes
5.3.4.3.1.1 A proteção de áreas de armazenagem de merca-
dorias Classe I a Classe IV em estruturas porta-paletes 5.3.4.4.1 Localização dos chuveiros internos para a
simples, duplas e múltiplas deve ser feita de acordo com a proteção de armazenagem em estruturas porta-paletes de
Tabela 5.3.4.3.1. mercadorias Classe I até Classe IV acima de 25 ft (7,6 m)
de altura
5.3.4.3.1.2 A proteção com chuveiros ESFR não pode ser
aplicada a: 5.3.4.4.1.1 Estruturas porta-paletes duplas
1) Em estruturas porta-paletes duplas sem prateleiras
1) Armazenamento em estruturas porta-paletes com
sólidas e com uma distância livre máxima entre o teto
prateleiras sólidas;
e o topo da carga de 10 ft (3,1 m), os chuveiros internos
2) Armazenagem em estruturas porta-paletes envolvendo devem ser instalados conforme a Tabela 5.3.4.1.1 e as
caixas ou recipientes abertos combustíveis. Figuras 5.3.4.4.1.1(a) até 5.3.4.4.1.1(j). O nível mais
alto de chuveiros internos não deve estar menos de 10
5.3.4.3.2 Sistemas com chuveiros ESFR devem ser projetados ft (3,1 m) abaixo do topo da carga. Quando houver
de modo que a pressão mínima de operação não seja inferior estruturas porta-paletes simples misturadas a estrutu-
à indicada na Tabela 5.3.4.3.1 para tipo de armazenagem, ras duplas, devem ser usadas a Tabela 5.3.4.1.1 e as
mercadoria, altura de armazenagem e altura de edifício. Figuras 5.3.4.4.1.1(a) até 5.3.4.4.1.1(j);
5.3.4.3.3 A área de operação deve ter os 12 chuveiros com 2) As Figuras 5.3.4.4.1.2(a) até 5.3.4.4.1.2(c) podem ser
maior demanda hidráulica, consistindo de 4 chuveiros em 3 usadas para a proteção de estruturas porta-paletes
ramais. A área deve ter, no mínimo, 960 ft2 (89 m²). simples.

5.3.4.3.4 Quando exigido pela Tabela 5.3.4.3.1, um nível de 5.3.4.4.1.2 Estruturas porta-paletes simples. Em estruturas
chuveiros internos de resposta rápida de temperatura ordiná- porta-paletes simples sem prateleiras sólidas com mercado-
ria, com K=8,0, deve ser instalado no nível do andar mais rias armazenadas a mais de 25 ft (6,1 m) de altura e distância
próximo, mas não excedendo metade da máxima altura de livre teto-topo da carga de, no máximo, 10 ft (3,1 m), os chu-
armazenagem. O cálculo hidráulico do sistema de chuveiros veiros devem ser instalados conforme as Figuras
internos deve considerar os 8 chuveiros mais remotos hidrau- 5.3.4.4.1.2(a) até 5.3.4.4.1.2(e). Para estruturas porta-paletes
licamente, a 50 psi (3,4 bar). Os chuveiros internos devem ser simples, quando as figuras mostrarem chuveiros internos nos
instalados na interseção dos vãos verticais longitudinais e vãos verticais transversais centrados entre as faces das
transversais. O espaçamento horizontal não pode exceder estruturas, será permitido posicioná-los no vão vertical trans-
intervalos de 5 ft (1,5m). versal em qualquer ponto entre as faces da carga.

Tabela 5.3.4.1.3: Estruturas porta-paletes com mercadorias Classe I até Classe IV armazenadas acima de 25 ft (7,6 m) de altura

Notas:
1. Unidades SI, °C = 5/9 (°F 32); 1 gpm/ft2 = 40,746 L/min/m²;
2. As quatro faces da estrutura porta-paletes devem ser protegidas por chuveiros localizados a no máximo 18 in. (0,46 m) das faces, conforme indicado nas Figuras 5.3.4.4.1.3(a) até 5.3.4.4.1.3(c). Não é
necessário que cada nível de chuveiros proteja todas as faces;
3. Todas as dimensões de espaçamento de chuveiros internos são medidas a partir do piso;
4. Nas Figuras 5.3.4.4.1.3(a) até 5.3.4.4.1.3(c), cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem 4 ft a 5 ft (1,2 m a 1,5 m);
5. A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 10 ft (3,1 m) Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,1 m) verticalmente.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 557

Tabela 5.3.4.1.5: Duração do reservatório para proteção de armazenagem de mercadorias Classe I até Classe IV acima de 25
ft (7,6 m) de altura em estruturas porta-paletes

Tabela 5.3.4.2.1(a): Parâmetros de projeto para a proteção de mercadorias Classe I até Classe IV armazenadas em estruturas
porta-paletes simples, duplas e múltiplas sem prateleiras sólidas acima de 25 ft (7,6 m) utilizando chuveiros de gotas grandes

Tabela 5.3.4.3.1: Proteção de mercadorias Classe I até Classe IV armazenadas em estruturas porta-paletes sem prateleiras
sólidas, acima de 25 ft (7,6 m) de altura, utilizando chuveiros ESFR

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558 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

E E E
B
D D D

CORREDOR

CORREDOR
A
Barreira C C C
B
B B B
A
A A A

Elevação Planta A ou B
Notas:
1. Posicionamento alternativo de chuveiros internos. Os chuveiros podem ser instalados acima
Barreiras apresentadas das cargas A e C ou acima das cargas B e D;
Elevação com fundo 2. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal;
3. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
Planta 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos
Notas: espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.
1. O símbolo x representa chuveiros internos;
2. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft Figura 5.3.4.4.1.1(c): Distribuição de chuveiros internos, mercado-
(entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.
(0,46 m) até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre
rias Classe I, Classe II ou Classe III, altura de armazenagem entre
chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. 25 ft e 30 ft (7,6 m e 9,1 m)
Figura 5.3.4.4.1.1(a): Distribuição de chuveiros internos, mercado-
rias Classe I, altura de armazenagem entre 25 ft e 30 ft (7,6 m e 9,1 m)
H H H
5
G G G

Face sprinkler
F F F
F F F 4
E E E
E E E
3 D D D
D D D 3
Face sprinkler

C C C
CORREDOR

C C C B B B
2 2
B B B A A A
CORREDOR

A A A
CORREDOR

CORREDOR
1 1

Elevação Planta
Elevação Planta Notas:
1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 são necessários quando as cargas identificadas
por A representam o topo do material armazenado;
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas
Notas: identificadas por B ou C representam o topo do material armazenado;
1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 (a configuração escolhida na Tabela 5.3.4.1.1) 3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2 e 3 são necessários quando as cargas
são necessários quando as cargas identificadas por A ou B representam o topo do material identificadas por D ou E representam o topo do material armazenado;
armazenado; 4. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3 e 4 são necessários quando as cargas
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas identificadas por F ou G representam o topo do material armazenado;
identificadas por C ou D representam o topo do material armazenado; 5. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5 são necessários quando as cargas
3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as cargas identificadas por H representam o topo do material armazenado;
identificadas por E ou F representam o topo do material armazenado; 6. No caso de altura de armazenagem superior a H, o ciclo definido pelas Notas 3, 4 e 5 devem
4. No caso de altura de armazenagem superior a F, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 devem ser ser repetidos, de forma escalonada conforme indicado;
repetidos, de forma escalonada conforme indicado; 7. Os chuveiros de face indicados podem ser omitidos quando a mercadoria consistir de peças
5. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal; metálicas, sem embalagem, em paletes de madeira;
6. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 8. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal;
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 9. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
10 ft (3,05 m) .Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.4.4.1.1(b): Distribuição de chuveiros internos, mercado- Figura 5.3.4.4.1.1(d): Distribuição de chuveiros internos, mercado-
rias Classe I, altura de armazenagem acima de 25 ft e 30 ft (7,6 m e rias Classe I, Classe II ou Classe III, altura de armazenagem acima
9,1 m) de 25 ft (7,6 m) - Opção 1.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 559

F F F G G G

E E E F F F
3 4
D D D E E E

Face sprinkler

Face sprinkler
3
D D D
C C C
2
C C C

CORREDOR
B B B 2
B B B
A A A
1 A A A
CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR
Planta

Elevação

Elevação Planta
Notas: Notas:
1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 (o arranjo escolhido na Tabela 5.3.4.1.1) são 1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 (o arranjo escolhido na Tabela 5.3.4.1.1) são
necessários quando as cargas identificadas por A ou B representam o topo do material armaze- necessários quando as cargas identificadas por A ou B representam o topo do material armaze-
nado; nado;
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas 2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas identificadas
identificadas por C ou D representam o topo do material armazenado; por C ou D representam o topo do material armazenado;
3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as cargas 3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as cargas identificadas
identificadas por E ou F representam o topo do material armazenado; por E representam o topo do material armazenado;
4. No caso de altura de armazenagem superior a F, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 devem ser 4. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 4 são necessários quando as cargas identificadas
repetidos, de forma escalonada conforme indicado; por F ou G representam o topo do material armazenado;
5. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal. Os níveis 5. No caso de altura de armazenagem superior a G, o ciclo definido pelas Notas 2, 3 e 4 devem
de chuveiros internos identificados por 1 e 2 são mostrados em vista em planta; ser repetidos, de forma escalonada conforme indicado;
6. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 6. O símbolo x representa chuveiros de face e chuveiros internos;
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 7. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.4.4.1.1(e): Distribuição de chuveiros internos, mercado- Figura 5.3.4.4.1.1(f): Distribuição de chuveiros internos, mercado-
rias Classe I, Classe II ou Classe III, altura de armazenagem acima rias Classe I, Classe II ou Classe III, altura de armazenagem acima
de 25 ft (7,6 m) - Opção 2. de 25 ft (7.6 m) - Opção 3.

F F F

E E E
3
D D D
Face sprinkler

C C C
2
B B B
CORREDOR

A A A
1 Notas:
1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 (o arranjo escolhido na Tabela 5.3.4.1.1)
são necessários quando as cargas identificadas por A ou B representam o topo do
Barreira
CORREDOR

material armazenado;
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as
cargas identificadas por C ou D representam o topo do material armazenado;
3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as
cargas identificadas por E ou F representam o topo do material armazenado;
4. No caso de altura de armazenagem superior a F, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3
deve ser repetido;
5. Os símbolos o, e x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou ho-
Barreiras apresentadas rizontal;
com fundo 6. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre
4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente
Elevação 18 in. (0,46 m) até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7
Planta cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.4.4.1.1(g): Distribuição de chuveiros internos, mercadorias Classe I, Classe II ou Classe III, altura de armazenagem acima de 25
ft (7,6 m) - Opção 4.

24-IT.pmd 559 18/10/2012, 16:15


560 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

N N N F F F
M M M E E E
9 3
L L L D D D

Face sprinkler
Face sprinkler
8
K K K C C C
7 2
J J J B B B
I I I A A A
6 1

CORREDOR
H H H

CORREDOR
5
G G G
F F F
4
E E E
3
D D D Elevação Planta
Face sprinkler

C C C Notas:
2 1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 (o arranjo escolhido na Tabela 5.3.4.1.1) são
CORREDOR

B B B necessários quando as cargas identificadas por A ou B representam o topo do material arma-


zenado;
CORREDOR

2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas


A A A identificadas por C ou D representam o topo do material armazenado;
1 3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as cargas
identificadas por E ou F representam o topo do material armazenado;
1 4. No caso de altura de armazenagem superior a F, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 deve ser
repetido;
5. O símbolo x representa chuveiros de face e chuveiros internos;
6. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft
(entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m)
até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros
internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.
Planta Figura 5.3.4.4.1.1(i): Distribuição de chuveiros internos, mercado-
Elevação rias Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV, altura de armazena-
gem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 2.

Notas:
1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 (o arranjo escolhido na Tabela 5.3.4.1.1) são
necessários quando as cargas identificadas por A ou B representam o topo do material arma-
E E E
zenado;
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas D D D Barreira
identificadas por C ou D representam o topo do material armazenado;
3
3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2 e 3 são necessários quando as cargas
Face sprinkler

identificadas por E ou F representam o topo do material armazenado; C C C


4. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3 e 4 são necessários quando as cargas 2
identificadas por G representam o topo do material armazenado;
5. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5 são necessários quando as cargas B B B
identificadas por H representam o topo do material armazenado;
6. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3, 4 e 6 (e não por 5) são necessários
A A A
CORREDOR
CORREDOR

quando as cargas identificadas por I ou J representam o topo do material armazenado;


7. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3, 4, 6 e 7 são necessários quando as 1
cargas identificadas por K representam o topo do material armazenado;
8. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3, 4, 6 e 8 são necessários quando as
cargas identificadas por L representam o topo do material armazenado;
9. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1, 2, 3, 4, 6, 8 e 9 são necessários quando as Barreira
cargas identificadas por M ou N representam o topo do material armazenado;
10. No caso de altura de armazenagem superior a N, o ciclo definido pelas Notas 1 até 9 deve
ser repetido, de forma escalonada conforme indicado;
No ciclo, as cargas identificadas como M são equivalentes às cargas identificadas como A; Barreiras apresentadas
11. Os símbolos o, x e . indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal; com fundo
12. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft
(entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. Elevação Planta
(0,46 m) até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre Notas:
chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. 1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 (o arranjo escolhido na Tabela 5.3.4.1.1) são
necessários quando as cargas identificadas por A ou B representam o topo do material armazenado;
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 e a barreira identificada pelo algarismo 1 são
Figura 5.3.4.4.1.1(h): Distribuição de chuveiros internos, mercado- necessários quando as cargas identificadas por C representam o topo do material armazenado;
rias Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV, altura de armazena- 3. Os chuveiros e barreiras identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as
gem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 1. cargas identificadas por D ou E representam o topo do material armazenado;
4. No caso de altura de armazenagem superior a E, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 deve ser
repetido;
5. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal;
6. O símbolo o indica chuveiros nos vãos verticais longitudinais;
7. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.4.4.1.1(j): Distribuição de chuveiros internos, mercado-


rias Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV, altura de armazena-
gem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 3.

24-IT.pmd 560 18/10/2012, 16:15


Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 561

Elevação Planta Elevação Planta


Notas:
1. Para todas as alturas de armazenagem os chuveiros devem ser instalados a cada dois
andares, e de forma escalonada, conforme indicado;
2. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal; Nota:
3. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
(entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
até 10 ft (3,05 m) Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros
internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.4.4.1.2(a): Distribuição de chuveiros internos, mercado- Figura 5.3.4.4.1.2(b): Distribuição de chuveiros internos, mercado-
rias Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV, estruturas porta- rias Classe I, Classe II ou Classe III, estruturas porta-paletes sim-
paletes simples, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - ples, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 1.
Opção 1.

Barreira Barreira

Barreira
Barreira

Barreira
Barreira

Barreira

Barreiras apresentadas
com fundo

Elevação Planta

Elevação Planta

Nota: Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
(entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
(0,46 m) até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros
chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.4.4.1.2(c): Distribuição de chuveiros internos, mercado- Figura 5.3.4.4.1.2(d): Distribuição de chuveiros internos, mercado-
rias Classe I, Classe II ou Classe III, estruturas porta-paletes sim- rias Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV, estruturas porta-
ples, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 2. paletes simples, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) -
Opção 2.

24-IT.pmd 561 18/10/2012, 16:15


562 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Corredor Carregado
Barreira

Máximo 12 ft (3,66 m)
Entre Sprinklers

Corredor Carregado
Barreira Planta
Máximo 10 ft (3,05 m)
Entre Sprinklers
E 10 ft (3,05 m) Entre
D D Sprinklers e o topo da estocagem
Barreira Face 3
sprinklers C C
B
2
A
1
Máximo
Barreira
20 ft
(6,10 m) Entre Sprinklers e o piso

Elevação
Notas:
1. Os chuveiros identificados com o algarismo 1 são necessários quando as cargas identificadas
Barreiras apresentadas por A representam o topo do material armazenado;
com fundo 2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas
identificadas por B ou C representam o topo do material armazenado;
3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as cargas
Elevação Planta identificadas por D ou E representam o topo do material armazenado;
4. No caso de altura de armazenagem superior a E, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 deve ser
repetido, de forma escalonada conforme indicado;
Nota: 5. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal;
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 6. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros (0,46 m) até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre
internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m).

Figura 5.3.4.4.1.2(e): Distribuição de chuveiros internos, mercado- Figura 5.3.4.4.1.3(a): Distribuição de chuveiros internos, estruturas
rias Classe I, Classe II, Classe III ou Classe IV, estruturas porta- porta-paletes múltiplas, mercadorias Classe I, altura de armazena-
paletes simples, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - gem acima de 25 ft (7,6 m)
Opção 3.

Corredor Carregado

Máximo
10 ft (3,05 m)
Entre Sprinklers

Corredor Carregado
Planta Máximo 10 ft (3,05 m)
Entre Sprinklers

B B
4
A A Máximo 5 ft (1,52 m)
3 Entre Sprinklers e o Notas:
1. Os chuveiros identificados com os algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas
topo da estocagem identificadas por A representam o topo do material armazenado;
2
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as cargas
Face identificadas por B ou C representam o topo do material armazenado;
sprinklers 3. No caso de altura de armazenagem superior a C, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 deve ser
repetido, de forma escalonada conforme indicado;
1 4. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal;
Máximo 10 ft (3,05 m) 5. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
Entre Sprinklers e o piso 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 10
ft (3,05 m) Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.
Elevação
Figura 5.3.4.4.1.3(b): Distribuição de chuveiros internos - estruturas porta-paletes múltiplas, mercadorias Classe I, Classe II ou Classe III,
altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m)

24-IT.pmd 562 18/10/2012, 16:15


Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 563

5.3.4.4.1.3 Localização dos chuveiros internos para a Figuras 5.3.4.4.1.1(a) até 5.3.4.4.1.1(j) e Figuras 5.3.4.4.1.2(a)
proteção de armazenagem em estruturas porta-paletes até 5.3.4.4.1.2(e).
múltiplas de mercadorias Classe I até Classe IV acima de
5.3.4.4.2.2 Os chuveiros internos para armazenagem de
25 ft (7,6 m) de altura. Em estruturas porta-paletes múltiplas
altura maior que 25 ft (7,6 m) em estruturas porta-paletes
com distância livre máxima teto-topo da carga de 10 ft (3,1 m),
duplas devem ser espaçados horizontalmente e
a proteção deve ser feita conforme a Tabela 5.3.4.1.3. Os
posicionados no espaço horizontal mais próximo dos inter-
chuveiros internos devem ser como indicado nas Figuras
valos especificados na Tabela 5.3.4.1.1 e Figuras
5.3.4.4.1.3(a) até 5.3.4.4.1.3(c). O nível mais alto de chuveiros
5.3.4.4.1.1(a) até 5.3.4.4.1.1(j).
internos não deve estar a mais de 10 ft (3,1m) abaixo da
máxima altura de armazenagem para mercadorias Classe I, 5.3.4.4.2.3 Espaçamento dos chuveiros internos. O
Classe II ou Classe III, ou 5 ft (1,5 m) abaixo do topo da carga espaçamento horizontal máximo dos chuveiros em estruturas
para mercadorias Classe IV. porta-paletes múltiplas com armazenagem com altura maior
de 25 ft (7,6 m) deve ser feito conforme as Figuras
5.3.4.4.1.3(a) até 5.3.4.4.1.3(c).

Corredor Carregado 5.3.4.4.3 Demanda de água dos chuveiros internos para a


proteção de armazenagem em estruturas porta-paletes de
mercadorias Classe I até Classe IV acima de 25 ft (7,6 m) de
altura. A demanda de água dos chuveiros internos deve ser
Máximo
10 ft (3,05 m)
baseada na operação simultânea dos chuveiros mais remotos
Entre Sprinklers hidraulicamente:
1) 6 chuveiros, quando somente um nível for instalado
Corredor Carregado em estruturas porta-paletes com mercadorias Classe
Planta Máximo 10 ft (3,05 m)
I, Classe II ou Classe III;
Entre Sprinklers 2) 8 chuveiros, quando somente um nível for instalado em
estruturas porta-paletes com mercadorias Classe IV;
B B 3) 10 chuveiros (5 em cada um dos níveis mais altos),
4
quando mais de um nível for instalado em estruturas
A A Máximo 5 ft (1,52 m)
3 porta-paletes com mercadorias Classe I, Classe II ou
Entre Sprinklers e o
topo da estocagem Classe III;
2
Face
4) 14 chuveiros (7 em cada um dos 2 níveis mais altos),
sprinklers quando mais de um nível for instalado em estruturas
porta-paletes com mercadorias Classe IV.
1
Máximo 10 ft (3,05 m) 5.3.4.4.4 Descarga dos chuveiros internos para a proteção
Entre Sprinklers e o piso
de armazenagem em estruturas porta-paletes de merca-
dorias Classe I até Classe IV acima de 25 ft (7,6 m) de altura.
Elevação A vazão dos chuveiros internos nunca deve ser inferior a 30
gpm (113,6 L/min), independentemente do tipo de mercadoria.
Notas: 5.3.4.5 Parâmetros especiais de proteção para armaze-
1. Os chuveiros identificados com os algarismos 1, 2 e 3 são necessários quando as cargas nagem em estruturas porta-paletes de mercadorias
identificadas por A representam o topo do material armazenado;
2. Os chuveiros identificados com os algarismos 1, 2 e 4 são necessários quando as cargas Classe I até Classe IV acima de 25 ft (7,6 m) de altura
identificadas por B representam o topo do material armazenado;
3. No caso de altura de armazenagem superior a B, o ciclo definido pelas Notas 1 e 2 deve ser 5.3.4.5.1 Sistemas de espuma de alta expansão. Quando
repetido, de forma escalonada conforme indicado;
4. Os símbolos ou x indicam chuveiros escalonados no sentido vertical ou horizontal; sistemas de espuma de alta expansão forem usados
5. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft juntamente com sistemas de chuveiros de teto, a densidade
(entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46
m) até 10 ft (3,05 m) Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros mínima dos chuveiros de teto deve ser 0.2 gpm/ft2 (8,2 L/min/m²)
internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.
para mercadorias Classe I, Classe II ou Classe III, e
0,25 gpm/ft2 (10,2 L/min/m²) para mercadorias Classe IV, para
Figura 5.3.4.4.1.3(c): Distribuição de chuveiros internos - Estrutu- a área de operação de 2000 ft2 (186 m²) mais remota hidrau-
ras porta-paletes múltiplas, mercadorias Classe I, Classe II, Classe
licamente.
III ou Classe IV, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m)
5.3.4.5.1.1 Quando sistemas de espuma de alta expansão
forem usados juntamente com sistemas de chuveiros de teto,
a densidade mínima dos chuveiros de teto deve ser 0,2 gpm/ft2
5.3.4.4.2 Espaçamento dos chuveiros internos para a (8,2 L/min/m²) para mercadorias Classe I, Classe II ou Classe
proteção de armazenagem em estruturas porta-paletes de III, e 0.25 gpm/ft2 (10,2 L/min/m²) para mercadorias Classe IV,
mercadorias Classe I até Classe IV acima de 25 ft (7,6 m) para a área de operação de 2000 ft2 (186 m²) mais remota
de altura hidraulicamente.
5.3.4.4.2.1 Espaçamento dos chuveiros internos. Os chu- 5.3.4.5.1.2 Os sistemas de espuma de alta expansão usados
veiros internos devem ser escalonados horizontal, e vertical- para proteção de material armazenado a mais de 25 ft (7,6 m)
mente quando instalados conforme a Tabela 5.3.4.1.1, até 35 ft (10,7 m) de altura devem ser usados conjuntamente

24-IT.pmd 563 18/10/2012, 16:15


564 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

com chuveiros de teto. O tempo máximo de submersão de Figura 5.3.5.1.2(b) devem ser usadas de acordo com a altura
espuma de alta expansão deve ser de 5 min para mercadorias de armazenagem correspondente.
Classe I, Classe II ou Classe III, e 4 min para mercadorias
5.3.5.1.2.1 As Figuras 5.3.5.1.2.1(a) até 5.3.5.1.2.1(c) podem
Classe IV.
ser usadas para a proteção de estruturas porta-paletes simples.
5.3.5 Parâmetros de proteção para armazenagem de
plásticos em estruturas porta-paletes acima de 25 ft
(7,6 m) de altura
Tabela 5.3.5.1.1: Parâmetros de proteção para armazena-
5.3.5.1 Parâmetros de proteção para armazenagem de plás- gem de plásticos em estruturas porta-paletes simples, duplas
ticos em estruturas porta-paletes simples, duplas e múltiplas e múltiplas acima de 25 ft (7.6 m) de altura, utilizando chuvei-
acima de 25 ft (7,6 m) de altura, com distância livre de 10 ft ros de controle área-densidade
(3,1 m) entre o teto e o topo da carga, utilizando chuveiros de
controle área-densidade.
5.3.5.1.1 Demanda de água dos chuveiros de teto. A demanda
de água dos chuveiros de teto, dada em termos de densidade
[gpm/ft2 (L/min/m²)] e área de operação [ft2 (m²) do teto], para
plásticos Grupo A em caixas de papelão, encapsuladas ou
não, devem ser selecionadas na Tabela 5.3.5.1.1.
5.3.5.1.2 Quando houver estruturas porta-paletes simples
misturadas a estruturas duplas, a Figura 5.3.5.1.2(a) ou a

Barreira

F F F
E E E
Face sprinkler

E E E Face sprinkler
D D D D D D
3
3
C C C
C C C
2
2
B B B B B B
CORREDOR

CORREDOR

A A A A A A
CORREDOR

CORREDOR

1
1

Barreira

Barreiras apresentadas
com fundo
Elevação Planta Elevação Planta
Notas:
1. Os chuveiros identificados pelo algarismo 1 são necessários quando as cargas identificadas
por A ou B representam o topo do material armazenado;
2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 e as barreiras identificada pelo algaris- Notas:
mo 1 são necessários quando as cargas identificadas por C representam o topo do material 1. Os chuveiros identificados pelo algarismo 1 são necessários quando as cargas identificadas
armazenado; por A ou B representam o topo do material armazenado;
3. Os chuveiros e barreiras identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as 2. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 2 são necessários quando as cargas
cargas identificadas por D ou E representam o topo do material armazenado; identificadas por E representam o topo do material armazenado;
4. No caso de altura de armazenagem superior a E, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 deve 3. Os chuveiros identificados pelos algarismos 1 e 3 são necessários quando as cargas
ser repetido; identificadas por D ou E representam o topo do material armazenado;
5. Os símbolos ou x indicam chuveiros de face escalonados no sentido vertical ou 4. No caso de altura de armazenagem superior a F, o ciclo definido pelas Notas 2 e 3 deve ser
horizontal; repetido;
6. O símbolo o indica chuveiros nos vãos verticais longitudinais; 5. O símbolo x representa chuveiros de face e chuveiros internos;
7. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft 6. Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft
(entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m)
(0,46 m) até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre até 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros
chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente. internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.5.1.2(a): Distribuição de chuveiros internos, plásticos Figura 5.3.5.1.2(b): Distribuição de chuveiros internos, plásticos
grupo A, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 1. grupo A, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 2.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 565

Planta

Planta

Elevação
Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros Elevação
internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.
Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
Figura 5.3.5.1.2.1(a): Distribuição de chuveiros internos, plásticos 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.(0,46 m) até
grupo A, estruturas porta-paletes simples, altura de armazenagem 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros
internos espaçados 10 ft (3,05m) verticalmente.
acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 1.
Figura 5.3.5.1.2.1(b): Distribuição de chuveiros internos, plásticos
grupo A, estruturas porta-paletes simples, altura de armazenagem
acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 2.

5.3.5.2 Proteção de armazenagem de plásticos em


estruturas porta-paletes acima de 25 ft (7,6 m) de altura
utilizando chuveiros ESFR e chuveiros de controle para
aplicação específica

5.3.5.3 Proteção de armazenagem de plásticos em


estruturas porta-paletes acima de 25 ft (7,6 m) de altura
Barreiras com chuveiros ESFR
5.3.5.3.1 A proteção de plásticos não expandidos, em caixas
de papelão ou não, e de plásticos expandidos em caixas de
papelão, armazenados em estruturas porta-paletes simples,
duplas e múltiplas, deve ser feita conforme a Tabela 5.3.5.3.1.

Planta 5.3.5.3.1.1 A proteção com chuveiros ESFR não pode ser


aplicada a:
1) armazenamento em estruturas porta-paletes com
prateleiras sólidas;
2) armazenagem em estruturas porta-paletes envolvendo
caixas ou recipientes abertos combustíveis.
5.3.5.3.2 Sistemas com chuveiros ESFR devem ser projetados
Elevação de modo que a pressão mínima de operação não seja inferior
Nota: à indicada na Tabela 5.3.5.3.1, para tipo de armazenagem,
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até mercadoria, altura de armazenagem e altura de edifício
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos envolvido.
espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.5.1.2.1(c): Distribuição de chuveiros internos, plásticos 5.3.5.3.3 A área de operação deve ter os 12 chuveiros com
grupo A, estruturas porta-paletes simples, altura de armazenagem maior demanda hidráulica, consistindo de 4 chuveiros em 3
acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 3. ramais. A área deve ter, no mínimo, 960 ft2 (89 m²).

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566 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.5.3.4 Quando exigido pela Tabela 5.3.5.3.1, um nível de ser instalados conforme as Figuras 5.3.5.1.2(a) ou 5.3.5.1.2(b).
chuveiros internos de resposta rápida de temperatura ordinária, O nível mais alto de chuveiros internos não pode estar a me-
com K=8.0, deve ser instalado no nível do andar mais nos de 10 ft (3,1 m) abaixo do topo da carga.
próximo, mas não excedendo metade da máxima altura de
5.3.5.4.1.2 Em estruturas porta-paletes simples sem pratelei-
armazenagem.
ras sólidas, com mercadorias armazenadas a mais de 25 ft
O cálculo hidráulico do sistema de chuveiros internos deve con- (6,1 m) de altura e distância livre teto-topo da carga de, no
siderar os 8 chuveiros mais remotos hidraulicamente, a 50 psi máximo 10 ft (3,1m), os chuveiros devem ser instalados con-
(3,4 bar). Os chuveiros internos devem ser instalados na inter- forme as Figuras 5.3.5.1.2.1(a), 5.3.5.1.2.1(b) ou 5.3.5.1.2.1(c).
seção dos vãos verticais longitudinais e transversais. O espa-
5.3.5.4.1.3 Em estruturas porta-paletes múltiplas sem prate-
çamento horizontal não poderá exceder intervalos de 5 ft (1,5 m).
leiras sólidas, com mercadorias armazenadas a mais de 25 ft
5.3.5.3.5 Para fins de cálculo hidráulico, quando houver (6,1m) de altura, e distância livre do teto ao topo da carga de,
chuveiros ESFR instalados acima e abaixo de obstruções, a no máximo, 10 ft (3,1 m), os chuveiros internos devem ser
descarga de até 2 chuveiros em um dos níveis deve ser instalados conforme as Figuras 5.3.5.4.1.3(a) até 5.3.5.4.1.3(f).
somada à descarga do outro nível.
5.3.5.4 Chuveiros internos para proteção de armazenagem Tabela 5.3.5.1.3: Duração do reservatório para proteção de
de plásticos em estruturas porta-paletes acima de 25 ft armazenagem de plásticos em estruturas porta-paletes aci-
(7,6 m) de altura ma de 25 ft (7,6 m) de altura

5.3.5.4.1 Localização dos chuveiros internos para prote-


ção de armazenagem de plásticos em estruturas porta-
paletes acima de 25 ft (7,6 m) de altura
5.3.5.4.1.1 Em estruturas porta-paletes duplas sem pratelei-
ras sólidas e com uma distância livre máxima entre o teto e o
topo da carga de 10 ft (3,1 m), os chuveiros internos devem

24-IT.pmd 566 18/10/2012, 16:15


Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 567

Tabela 5.3.5.3.1: Proteção de plásticos em estruturas porta-paletes sem prateleiras sólidas acima de 25 ft (7,6 m) de altura
utilizando chuveiros ESFR

24-IT.pmd 567 18/10/2012, 16:15


568 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Barreira
18 in. (0,46 m) 8 ft (2,44 m)
Face sprinklers
Máximo 5 ft (1,52 m) Máximo
máximo

Face sprinklers
Barreira

Barreira

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR
CORREDOR

10 ft
(3,05 m)
Aproximadamente

Planta Elevação

Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 10 ft
(3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.5.4.1.3(a): Distribuição de chuveiros internos, plásticos em caixas de papelão e plásticos não expandidos expostos, estruturas
porta-paletes múltiplas, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 1 (Espaçamento máximo de 10 ft)

18 in. (0,46 m) 8 ft (2,44 m)


Face sprinklers
5 ft (1,52 m)

Máximo Máximo
máximo

CORREDOR
CORREDOR

Planta

Barreira
Face sprinklers

Barreira

Barreira
CORREDOR

CORREDOR

10 ft
(3,05 m)
Aproximadamente

Elevação

Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente (0,46 m) até 10 ft
(3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.5.4.1.3(b): Distribuição de chuveiros internos, plásticos em caixas de papelão e plásticos não expandidos expostos, estruturas
porta-paletes múltiplas, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 2 (Espaçamento máximo de 10 ft).

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 569

Barreira
18 in. (0,46 m) 8 ft (2,44 m)
Face sprinklers
Máximo Máximo
5 ft (1,52 m)
máximo

Face sprinklers
Barreira

Barreira

CORREDOR

CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR
10 ft
(3,05 m)
Aproximadamente

Planta Elevação

Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.(0,46 m) até 10 ft
(3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.5.4.1.3(c): Distribuição de chuveiros internos, plásticos em caixas de papelão e plásticos não expandidos expostos, estruturas
porta-paletes múltiplas, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 1 (Espaçamento máximo de 152,40 cm)

18 in. (0,46 m) 8 ft (2,44 m)


Face sprinklers
Máximo Máximo
5 ft (1,52 m)
máximo

CORREDOR
CORREDOR

Planta

Barreira
Face sprinklers

Barreira

Barreira
CORREDOR
CORREDOR

10 ft
(3,05 m)
Aproximadamente

Elevação
Nota:
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.(0,46m) até 10 ft
(3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.5.4.1.3(d): Distribuição de chuveiros internos, plásticos em caixas de papelão e plásticos não expandidos expostos, estruturas
porta-paletes múltiplas, altura de armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) - Opção 2 [(Espaçamento máximo de 5 ft (1,5 m)]

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570 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

18 in. (0,46 m) 8 ft (2,44 m) 18 in. (0,46 m) 8 ft (2,44 m)


Face sprinklers Face sprinklers
Máximo Máximo Máximo Máximo

5 ft (1,52 m)

5 ft (1,52 m)
máximo

máximo
CORREDOR
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
Planta
Planta
Face sprinklers

Face sprinklers
CORREDOR

CORREDOR

CORREDOR
Elevação
Nota: Nota: Elevação
Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre
1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.(0,46 m) até 1,22 m e 1,53 m). A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in.(0,46 m) até
10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros 10 ft (3,05 m). Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros
internos espaçados 10 ft (3.05 m) verticalmente. internos espaçados 10 ft (3,05 m) verticalmente.

Figura 5.3.5.4.1.3(e): Distribuição de chuveiros internos, plásticos Figura 5.3.5.4.1.3(f): Distribuição de chuveiros internos, plásticos
em caixas de papelão e plásticos não expandidos expostos, estrutu- em caixas de papelão e plásticos não expandidos expostos, estrutu-
ras porta-paletes múltiplas, altura de armazenagem acima de 25 ft ras porta-paletes múltiplas, altura de armazenagem acima de 25 ft
(7,6 m) - Opção 3 [(Espaçamento máximo de 5 ft (1,5 m)] (7,6 m) - Opção 4 [(Espaçamento máximo de 5 ft (1,5 m)]

5.3.5.4.1.4 Em estruturas porta-paletes simples e duplas sem 2) 14 chuveiros (7 em cada um dos 2 níveis mais altos),
prateleiras sólidas, com armazenagem acima de 25 ft (7,6 m) quando mais de um nível for instalado em estruturas
de altura e corredores com mais de 4 ft (1,2 m) de largura, os porta-paletes.
chuveiros internos devem ser posicionados conforme a
5.3.5.4.4 Pressão de descarga de chuveiros internos para
Figura 5.3.5.4.1.4 e os chuveiros de teto devem ser projetados
proteção de armazenagem de plásticos em estruturas porta-
para uma densidade de 0,45 gpm/ft2 sobre uma área mínima
paletes acima de 25 ft (7,6 m) de altura. A pressão de descar-
de operação de 2000 ft2 (186 m²).
ga dos chuveiros internos não deve ser inferior a 30 gpm
5.3.5.4.2 Espaçamento de chuveiros internos para proteção (113,6 L/min).
de armazenagem de plásticos em estruturas porta-paletes
acima de 25 ft (7,6 m) de altura. 5.4 Proteção de armazenagem de pneus
5.3.5.4.2.1 Os chuveiros internos para armazenagem a altura 5.4.1 Geral. Os critérios especificados do item 5.1.4 devem
maior que 25 ft (7,6 m) em estruturas porta-paletes duplas ser aplicados somente a edificações com tetos cuja inclina-
devem ser espaçados horizontalmente e posicionados no ção não seja superior a 16,7%.
espaço horizontal mais próximo dos intervalos especificados
5.4.1.1 A quantidade de água disponível deve ser suficiente
nas Figuras 5.3.5.1.2(a) ou 5.3.5.1.2(b)
para a densidade de descarga exigida sobre a área de apli-
5.3.5.4.2.2 Uma distância livre vertical de pelo menos 6 in. cação exigida, além da quantidade necessária para geração
(152,4 mm) deve ser mantida entre os defletores e o topo de de espuma de alta densidade e para chuveiros internos, quan-
cada nível de material armazenado. do usados.
5.3.5.4.3 Demanda de água de chuveiros internos para 5.4.1.2 Armazenagem temporária de pneus deve ser prote-
proteção de armazenagem de plásticos em estruturas porta- gida de acordo com 5.1.10.
paletes acima de 25 ft (7,6 m) de altura. A demanda de água 5.4.2 Sistemas de teto. A descarga e área de aplicação dos
dos chuveiros internos deve ser baseada na operação simul- chuveiros deve atender às Tabelas 5.4.2(a) e Tabela 5.4.2(b)
tânea dos chuveiros mais remotos hidraulicamente: para chuveiros standard spray. Chuveiros de gotas grandes
1) 8 chuveiros, quando somente um nível for instalado e ESFR devem seguir o indicado pelas Tabelas 5.4.2(c) e
nas estruturas porta-paletes; 5.4.2(d), respectivamente.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 571

24 ft
(7,31 m)

15 ft 4 ft (1,22 m)
(4,57 m) 3 ½ ft (1,06 m)

6 in. (152 mm)


7 ½ in. 3 ½ ft
(190 mm) (1,06 m)
Sprinklers

Planta

6 ft
(1,83 m)
Teto

para cima

4 ft (1,22 m)
Material estocado

54 ft Pallet
(16,46 m)

6 in. (152 mm)


Distância do defletor para
o topo do material estocado

12 in. Piso
(305 mm)

Elevação

Notas:
1. Chuveiros em andares alternados em cada vão vertical transversal chuveiros de teto.
a) Cada quadrado representa um cubo de armazenagem cujos lados medem entre 4 ft e 5 ft (entre 1,22 m e 1,53 m).
A altura real da carga pode variar de aproximadamente 18 in. (0,46 m) até 10 ft (3,05 m) Portanto, poderia haver somente uma ou até 6 ou 7 cargas entre chuveiros internos espaçados 10 ft (3,05 m)
verticalmente.

Figura 5.3.5.4.1.4: Distribuição de chuveiros internos para plásticos expandidos e não expandidos em caixas de papelão e plásticos não
expandidos expostos, estruturas porta paletes simples e duplas, altura de armazenagem acima de 25 ft (7.6 m)

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572 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.4.2(a): Critérios de proteção de armazenagem de pneus utilizando chuveiros de controle área-densidade

Notas:
1. A descarga e área de aplicação de chuveiros são baseadas em uma distância livre máxima entre o teto e a maior altura de armazenagem 10 ft (3.1 m). A distância livre máxima é medida no local e não
é uma medida definitiva;
2. Armazenagem entrelaçada no piso, pneus deitados empilhados (típico para pneus de caminhão) e pneus fora-de-estrada (off-road). Pneus entrelaçados não são armazenados a grandes alturas devido aos
danos causados aos pneus (por exemplo, talão);
3. O fornecimento de água deve atender a ambas as exigências.

24-IT.pmd 572 18/10/2012, 16:16


Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 573

Tabela 5.4.2(b): Densidade de sistemas utilizando chuveiros de controle área-densidade para a proteção de pneus armazenados em
porta-paletes portáteis paletizados e em estruturas porta-paletes fixas, com paletes, com altura maior que 5 ft (1,5 m) até 20 ft (6,1 m)

Tabela 5.4.2(c): Proteção de pneus com chuveiros de gotas grandes e chuveiros de controle para aplicações específicas (ver Nota 1)

Notas:
1. Somente sistemas de tubo molhado;
2. As pressões de operação e o número de chuveiros foram baseados em testes nos quais a distância livre entre os defletores dos chuveiros e a máxima altura de armazenagem era de 5 ft a 7 ft (1.5 m a 2.1 m);
3. A área de operação deve conter os 15 chuveiros com maior demanda hidráulica, com 4 chuveiros em cada um dos 3 ramais. A área mínima de operação do sistema deve ser 1200 ft2 (112 m²) e a máxima
1500 ft2 (139 m²), e o sistema deve utilizar chuveiros de alta temperatura.

Tabela 5.4.2(d): Proteção de pneus com chuveiros ESFR

Notas:
1. Somente sistemas de tubo molhado;
2. As pressões de operação e o número de chuveiros foram baseados em testes nos quais a distância livre entre os defletores dos chuveiros e a máxima altura de armazenagem era de 5 ft a 7 ft (1,5 m a 2,1 m);
3. O formato da área de operação deve estar de acordo com 5.2.2.3.3 e 5.2.2.3.4;
4. Quando usados nesta aplicação, espera-se que o chuveiro ESFR controle o fogo em vez de extingui-lo;
5. A área de operação deve conter os 20 chuveiros com maior demanda hidráulica, distribuídos em 4 ramais com 5 chuveiros cada um. A área deve ter no mínimo 1600 ft2 (149 m²).

24-IT.pmd 573 18/10/2012, 16:16


574 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.4.3 Parâmetros de projeto de sistemas de chuveiros 5.6.1.5 Papéis de peso médio podem ser protegidos como
internos para proteção de armazenagem de pneus papéis pesados, desde que cada bobina seja envolta com-
pletamente com papel, nas laterais e extremidades, ou então,
5.4.3.1 Quando necessários, os chuveiros internos devem
seja envolta somente nas laterais e amarrada com cintas de
ser instalados de acordo com o item 5.1.3, exceto quando
aço. O papel utilizado como envoltório deve ser uma folha
modificado por 5.4.3.2 até 5.4.3.4.
única de papel pesado com gramatura de 40 lb (18,1 kg), ou
5.4.3.2 O espaçamento horizontal máximo dos chuveiros in- duas camadas de papel pesado com gramatura inferior a
ternos deve ser 8 ft (2,4 m). 40 lb (18,1 kg).
5.4.3.3 A demanda de água dos chuveiros internos deve ser 5.6.1.6 Papéis de peso leve e papéis tissue podem ser prote-
baseada na operação simultânea dos 12 chuveiros mais re- gidos como papéis de peso médio, desde que cada bobina
motos hidraulicamente, quando somente houver um nível de seja envolta completamente com papel, nas laterais e extre-
chuveiros. midades, ou então seja envolta somente nas laterais e amar-
rada com cintas de aço. O papel utilizado como envoltório
5.4.3.4 A pressão de descarga dos chuveiros internos não
deve ser uma folha única de papel pesado com gramatura de
deve ser inferior a 30 psi (2,1 bar).
40 lb (18,1 kg), ou duas camadas de papel pesado com
5.4.4 Quando forem usados sistemas de espuma de alta gramatura inferior a 40 lb (18,1 kg).
expansão, instalados de acordo com a NFPA 11A, Standard
5.6.1.7 Para efeito de projeto do sistema de chuveiros, os
for Medium- and High-Expansion Foam Systems, a densida-
papéis leves devem ser protegidos da mesma maneira que
de de descarga dos chuveiros especificada na Tabela 5.4.2(a)
os papéis tissue.
pode ser reduzida à metade, fixada em 0,24 gpm/ft2 (9,78
L/min/m²), escolhendo-se o maior dentre os dois valores. 5.6.2 Parâmetros de proteção para a armazenagem de
bobinas de papel
5.5 Proteção de algodão em fardos
5.6.2.1 Parâmetros de proteção para a armazenagem de
5.5.1 Geral bobinas de papel utilizando chuveiros de controle área-den-
sidade.
5.5.1.1 A quantidade de água disponível deve ser suficiente
para suprir a densidade de descarga exigida sobre a área a 5.6.2.1.1 A proteção com chuveiros de áreas de armazena-
ser protegida. gem de bobinas de papéis pesados e médios até 10 ft (3.1 m)
de altura deve ser feita de acordo com as densidades para
5.5.1.2 O fornecimento de água deve ser capaz de atender a
risco ordinário Grupo 2.
demanda dos sistemas de chuveiros por pelo menos 2 h.
5.6.2.1.2 A proteção com chuveiros de áreas de armazena-
5.5.2 Proteção de algodão em fardos utilizando chuveiros
gem de bobinas de papéis leves e tissue até 10 ft (3,1 m) de
de controle de área-densidade
altura deve ser feita de acordo com as densidades para risco
5.5.2.1 Para a armazenagem em níveis ou em estruturas por- extra Grupo 1.
ta-paletes até a altura de 15 ft (4.6 m), as densidades de
5.6.2.1.3 A proteção com chuveiros de áreas de armazena-
descarga e áreas de aplicação devem atender à Tabela
gem de bobinas de papel de no mínimo 10 ft (3,1 m) de altura
5.5.2.1.
em edifícios ou estruturas com telhados ou tetos de até 30 ft
5.5.2.2Quando a altura do telhado ou do teto não permitir a (9,1 m) deve ser feita de acordo com as Tabelas 5.6.2.1.3(a) e
armazenagem acima de 10 ft (3,1 m), a densidade de descar- 5.6.2.1.3(b).
ga dos chuveiros pode ser reduzida em 20% do valor indica-
5.6.2.1.4 A proteção de bobinas de papel armazenadas a, no
do na Tabela 5.5.2.1, mas nunca abaixo de 0,15 gpm/ft2 (6,1
mínimo, 15 ft (4,6 m) de altura deve ser feita com chuveiros de
L/min/m²).
temperatura alta.
5.6 Proteção de papel em bobinas
5.6.2.1.5 A área de proteção de cada chuveiro não deve
5.6.1 Geral exceder 100 ft2 (9,3 m²) nem ser menor que 70 ft2 (6,5 m²).
5.6.1.1 O suprimento de água para sistemas automáticos de 5.6.2.1.6 Quando forem instalados sistemas de espuma de
proteção contra incêndio deve ser projetado para uma dura- alta expansão em áreas de armazenagem de papéis pesa-
ção mínima de 2 h. dos e médios, a densidade de projeto do sistema pode ser
reduzida até 0.24 gpm/ft2 (9.8 L/min/m²) com área mínima de
5.6.1.1.1 Quando forem usados chuveiros ESFR a duração
operação de 2000 ft2 (186 m²).
do suprimento de água deve ser de 1 h.
5.6.2.1.7 Quando forem instalados sistemas de espuma de
5.6.1.2 O suprimento de água deve incluir a demanda do
alta expansão em áreas de armazenagem de papéis tissue,
sistema de chuveiros automáticos e a demanda do sistema
as densidades de projeto e as áreas de operação somente
de espuma de alta expansão.
podem ser reduzidas até os valores indicados nas Tabelas
5.6.1.3 Somente sistemas de tubo molhado devem ser usa- 5.6.2.1.3(a) e 5.6.2.1.3(b).
dos em áreas de armazenagem de papel tissue (produtos como
5.6.2.2 Proteção de bobinas de papel utilizando chuveiros
guardanapos, papéis toalha, papéis higiênicos e lenços).
de gotas grandes e chuveiros de controle para aplicações
5.6.1.4 Papéis pesados e médios armazenados horizontal- específicas. Quando a proteção utilizar chuveiros de gotas
mente devem ser protegidos como uma configuração fechada. grandes, os parâmetros de cálculo hidráulico devem ser os

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 575

especificados na Tabela 5.6.2.2. A pressão de descarga de 5.6.2.3 Proteção de bobinas de papel com chuveiros ESFR.
projeto deve ser 50 psi (3,4 bar). O número de chuveiros a ser Quando forem utilizados chuveiros ESFR, os parâmetros de
calculado é indicado com base na altura de armazenagem, cálculo hidráulico devem ser os especificados na Tabela
distância livre entre teto e topo da carga, e tipo de sistema. 5.6.2.3. A pressão de descarga deve ser calculada com base
na operação simultânea de 12 chuveiros.

Tabela 5.5.2.1: Armazenagem de algodão em fardos até 15 ft (4.6 m)

Tabela 5.6.2.1.3(a): Parâmetros de proteção de papéis em bobinas armazenados em edifícios ou estruturas com teto ou telhado
de até 30 ft, utilizando chuveiros de controle área-densidade (densidades de descarga em gpm/ft2 sobre ft2)

Notas:
1. Os parâmetros para a proteção com chuveiros de papel tissue, armazenado a mais de 20 ft de altura ainda não foram determinados;
2. As densidades ou áreas, ou ambas, podem ser interpoladas entre qualquer incremento de 5ft de altura de armazenagem.

Tabela 5.6.2.1.3(b): Parâmetros de proteção de papéis em bobinas armazenados em edifícios ou estruturas com teto ou telhado
de até 9,1 m, utilizando chuveiros de controle área-densidade (densidades de descarga em L/min/m² sobre m²)

Notas:
1. Os parâmetros para a proteção com chuveiros de papel tissue armazenado a mais de 6,1 m de altura ainda não foram determinados;
2. As densidades ou áreas, ou ambas, podem ser interpoladas entre qualquer incremento de 1,5 m de altura de armazenagem.

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576 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 5.6.2.2: Chuveiros de gotas grandes para a proteção de armazenagem de bobinas de papel (número de chuveiros a ser
calculado)

Notas:
1. TM = tubo molhado; TS = tubo seco; NA = não aplicável;
2. Ver definição de altura de armazenagem em 3.9.2;
3. 25 chuveiros de gotas grandes a 75 psi (5,2 bar) para configurações fechadas ou configurações padrão; não é aplicável a outras configurações.

Tabela 5.6.2.3: Proteção de armazenagem de bobinas de papel com chuveiros ESFR (altura máxima de armazenagem permitida)

Tabela 5.7.1: K-25,2 Proteção com chuveiros ESFR de prateleiras portáteis (arranjo fechado1) sem prateleiras sólidas contendo
componentes automotivos

Notas:
1. O arranjo de racks portáteis deve ser de forma alinhada sem corredores;
2. O espaçamento entre chuveiros pode ser maior que 100 ft2 (9,3 m²) quando os chuveiros forem certificados para espaçamentos maiores;
3. O sistema deve ser também capaz de uma densidade de descarga de 0,60 gpm/ft2 sobre os 4000 ft2 (370 m²) mais remotos;
4. A distância máxima do defletor abaixo do teto pode ser maior que 18 in. (457 mm) quando os chuveiros forem certificados para distâncias maiores.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 577

5.7 Projetos especiais 3) A altura do teto na área protegida não deve ser supe-
rior a 22 ft (6,7 m);
5.7.1 Peças de motores de veículos feitas de plástico. Com-
ponentes automotivos de plástico e seus materiais de emba- 4) Estrutura das prateleiras não deve ter mais de 48 in. (1,2
lagem podem ser protegidos conforme a Tabela 5.7.1. m) de profundidade agregada ou 78 in (2,0 m) de altura;
5) Deve ser mantido um corredor de, no mínimo, 5 ft
5.7.2 Parâmetros de proteção de áreas de armazenagem e (1,5 m) de largura entre o material armazenado;
de exibição, em lojas de varejo, de mercadorias Classe I até 6) O comprimento das prateleiras não deve ser maior que
Classe IV, plásticos grupo A não expandidos em caixas de 70 ft (21,2 m).
papelão, e plásticos grupo A expostos não expandidos.
5.7.2.3 Um sistema de tubo molhado projetado para atingir 2
5.7.2.1 Um sistema de tubo molhado projetado para atingir pontos diferentes de projeto – densidade de 0.425 gpm/ft2
dois pontos diferentes de projeto - densidade de 0.6 gpm/ft2 sobre 2000 ft2 (186 m²) e densidade de 0.50 gpm/ft2 para os 4
sobre 2000 ft2 e densidade de 0.7 gpm/ft2 para os 4 chuveiros chuveiros de maior demanda hidráulica pode ser usado para
de maior demanda hidráulica - pode ser usado para proteger proteger gôndolas das prateleiras metálicas, quando as se-
estruturas porta-paletes simples e duplas com prateleiras va- guintes condições forem atendidas:
zadas, quando as seguintes condições forem atendidas:
1) Devem ser utilizados chuveiros de cobertura estendi-
1) Devem ser utilizados chuveiros de cobertura estendi- da, certificados para uso em áreas de armazenagem,
da, certificados para uso em áreas de armazenagem, com Fator K nominal de 25.2;
com fator K nominal de 25,2;
2) A altura de armazenagem deve ser, no máximo, 15 ft
2) As prateleiras vazadas devem ser formadas por ripas (4,5 m);
de 2 in. (51 mm) de espessura e largura máxima de 6 3) A altura do teto na área protegida não deve ser supe-
in. (153 mm) fixadas por espaçadores que garantam rior a 25 ft;
uma abertura mínima de 2 in. (51 mm) entre cada ripa;
4) Estrutura das prateleiras não deve ter mais de 60 in. (1,5
3) Não é permitido o uso de prateleiras vazadas na estru- m) de profundidade agregada ou 8 ft (2,4 m) de altura;
tura porta-paletes acima do nível de 12ft. Telas metáli-
5) Uma plataforma de metal perfurada a 8 ft (2,4 m) de
cas (mais que 50% de abertura) podem ser usadas
altura pode ser utilizada para armazenagem, com ou
nos níveis acima de 12 ft (3,7 m) de altura;
sem vãos verticais, de mercadorias até 15 ft (4,5 m) de
4) Prateleiras de madeira compensada (31/2 ft × 8 ft 3 in.) altura (medido a partir do piso);
podem ser usadas sobre as ripas no nível de 5 ft. (1,5 m);
6) O comprimento da prateleira deve ser, no máximo,
5) Metal perfurado (40% ou mais de área aberta) pode ser 70 ft (21,2 m);
usado sobre as prateleiras vazadas até o nível de 60 in; 7) Deve ser mantido um corredor de pelo menos 6 ft.
6) A menos que especificamente citado neste item, ma- (1,8 m).
deira compensada ou materiais similares não podem
5.7.2.4 Um sistema de tubo molhado projetado para atingir 2
ser colocadas sobre as prateleiras vazadas;
pontos diferentes de projeto – densidade de 0.45 gpm/ft2 so-
7) A altura máxima do telhado na área protegida deve bre 2000 ft2 (186 m²) e densidade de 0.55 gpm/ft2 para os 4
ser 30 ft (9,1 m); chuveiros de maior demanda hidráulica é permitido sem o
8) A máxima altura de armazenagem permitida deve ser uso de chuveiros internos quando as seguintes condições
22 ft (6,7 m); forem atendidas:
9) A largura mínima dos corredores deve ser 8 ft (2,4 m); 1) Devem ser utilizados chuveiros de cobertura estendi-
10) Deve haver vãos verticais transversais de, no míni- da, certificados para uso em áreas de armazenagem,
mo, 3 in. (76 mm) a cada 10 ft (3 m) horizontalmente; com Fator K nominal de 25.2;
11) Devem ser mantidos vãos verticais longitudinais de 2) A altura de armazenagem deve ser, no máximo, 15 ft
pelo menos 6 in. (152 mm) de largura em estruturas (4,5 m);
porta-paletes duplas; 3) A altura do teto deve ser, no máximo, 20 ft (6 m);
12) A armazenagem de mercadorias nos corredores 4) As prateleiras não devem ter mais de 48 in. (1,2 m) de
pode ser feita se essa mercadoria não tiver mais que profundidade agregada ou 12 ft (3,6 m) de altura;
4 ft (1,2 m) de altura e se for mantido um corredor livre 5) As prateleiras podem ser feitas de placas de aglome-
mínimo de 4 ft. (1,52 m). rado;
5.7.2.2 Um sistema de tubo molhado projetado para atingir 2 6) deve ser mantido um corredor de pelo menos 3 ft (1m);
pontos diferentes de projeto – densidade de 0.425 gpm/ft2 7) O comprimento das prateleiras não devem ser maio-
sobre 2000 ft2 (186 m²) e densidade de 0.50 gpm/ft2 para os 4 res que 70 ft (21,2 m).
chuveiros de maior demanda hidráulica – pode ser usado
para proteger as gôndolas das prateleiras metálicas, quando
5.7.2.5 Um sistema de tubo molhado projetado para atingir 2
as seguintes condições forem atendidas:
pontos diferentes de projeto – densidade de 0.38 gpm/ft2 so-
1) Devem ser utilizados chuveiros de cobertura estendi- bre 2000 ft2 (186 m²) e densidade de 0.45 gpm/ft2 para os 4
da, certificados para uso em áreas de armazenagem, chuveiros de maior demanda hidráulica pode ser usado para
com Fator K nominal de 25,2; proteger as bases das gôndolas das prateleiras metálicas
2) A altura de armazenagem deve ser, no máximo, 12 ft. sem necessidade de chuveiros internos, quando as seguin-
(3,6 m); tes condições forem atendidas:

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578 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

1) Devem ser utilizados chuveiros de cobertura estendida, sobre 2000 ft2 (186 m²), e densidade de 0.55 gpm/ft2 para os 4
certificados para uso em áreas de armazenagem, com chuveiros de maior demanda hidráulica pode ser usado para
fator k nominal de 25.2; proteger prateleira sólida com estrutura em aço sem necessi-
2) A altura de armazenagem deve ser, no máximo, 14 ft dade de chuveiros internos, quando as seguintes condições
(4,2 m); forem atendidas:
3) A altura do teto deve ser, no máximo, 20 ft (6 m); 1) Devem ser utilizados chuveiros de cobertura estendi-
4) Prateleiras metálicas não vazadas podem ser usadas da, certificados para uso em áreas de armazenagem,
até o nível de 72 in. (1,8 m); prateleiras de tela metálica com fator k nominal de 25.2;
podem ser usadas até 10 ft (3 m) de altura; 2) A altura de armazenagem deve ser, no máximo, 5,0 m;
5) As prateleiras de metal não vazadas não devem ter 3) A altura do teto deve ser, no máximo, 22 ft (6,7 m);
mais de 66 in. (1,6 m) de profundidade agregada, com
um vão vertical longitudinal de 6 in, entre duas prate- 4) As prateleiras não devem ter mais de 51 in. (1,3 m). de
leiras de 30 in. (762 mm) de profundidade; profundidade agregada ou 148 in. (3,8 m) de altura;
6) Deve ser mantido um corredor de pelo menos 5 ft; 5) A intersecção de prateleiras metálicas perpendiculares
7) deve ser mantido um vão vertical longitudinal de pelo é permitida desde que não sejam colocadas mercadorias
menos 6 in. (152 mm); no espaço vazio na junção das prateleiras;
8) o comprimento das prateleiras não deve ser maior que 6) A prateleira superior deve ser de tela metálica;
70 ft (21,2 m). 7) Deve ser mantido um corredor de, no mínimo, 4 ft
5.7.2.6 Um sistema de tubo molhado projetado para atingir 2 (1,2 m) de largura entre prateleiras.
pontos diferentes de projeto – densidade de 0.49 gpm/ft2

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 579

ANEXO A
Definições

1.1 Armazenagem a grande altura: armazenagem de mate- 1.3.7 Contentor (para transporte, mestre ou externo): um reci-
riais em pilhas sólidas, em pilhas entremeadas por paletes, piente resistente o bastante, devido ao seu material, projeto
em estruturas porta-paletes, em estantes e em caixas tipo ou construção, que pode ser transportado em segurança ser
Bin-box a mais de 3,7m de altura. embalagem adicional.
1.2 Palete de plástico reforçado: palete de plástico que te- 1.3.8 Encapsulamento: método de embalagem que consiste
nha um material de reforço secundário (tal como aço ou fibra em envolver com filme plástico as laterais e o topo da carga
de vidro) em seu interior. de um palete contendo mercadoria combustível ou embala-
1.2.1.1 Chuveiro de Extinção Precoce e Resposta Rápida gem combustível ou um grupo de mercadorias combustíveis
(ESFR – Early Suppression and Fast Response): tipo de chu- ou embalagens combustíveis. Mercadorias combustíveis,
veiro de resposta rápida utilizado para extinção (e não sim- embaladas individualmente com filme plástico e armazena-
plesmente controle) de alguns tipos de incêndios graves. das de forma exposta sobre um palete, são também conside-
radas encapsuladas. Mercadorias totalmente incombustíveis
1.2.1.2 Chuveiro de gotas grandes: tipo de chuveiro capaz em paletes de madeira envoltas somente por filme plástico,
de produzir gotas grandes de água, utilizado para controle de como descrito acima, não estão cobertas por esta definição.
alguns tipos de incêndios graves. O fechamento com filme plástico somente das laterais da car-
1.2.1.3 Chuveiro de controle para uso específico (para uso ga sobre paletes não é considerado encapsulamento. O ter-
em armazenagem): tipo de chuveiro spray certificado para mo encapsulamento também não é aplicável quando houver
ser utilizado a uma pressão mínima de operação, com um buracos ou falhas no plástico ou na cobertura impermeável
número específico de chuveiros em funcionamento, para um sobre as caixas que excedam metade da área da cobertura.
determinado arranjo de proteção. O termo encapsulamento também não se aplica a produtos
ou embalagens envoltas em plástico colocados dentro de
1.2.1.4 Chuveiro para nível intermediário/estrutura porta- caixas grandes fechadas não envoltas em plástico.
paletes: chuveiro equipado com guarnição que protege seus
elementos de operação contra a água descarregada por ou- 1.3.9 Plásticos expandidos (espumados ou celulares) plásti-
tros chuveiros instalados em níveis superiores. cos cuja densidade é reduzida pela presença de grande nú-
mero de células, interconectadas ou não, dispersas em seu
1.3 Definições de armazenagem em pilhas sólidas, pilhas corpo.
entremeadas por paletes, em caixas tipo bin-box e em estantes.
1.3.10 Mercadorias de plásticos Grupo A expostos: plásticos
1.3.1 Arranjo
não utilizados para embalagem ou recobrimento, que absor-
1.3.1.1 Arranjo fechado: arranjo de armazenagem no qual o vem água ou retardem significativamente o risco de queima
movimento de ar através das pilhas é limitado devido à exis- da mercadoria. (Envoltos em papel ou encapsulados, ou
tência de vãos verticais de 6-in. (152-mm) ou menos entre ambos, devem ser considerados expostos).
pilhas.
1.3.11 Materiais plásticos fluentes: plásticos que caem de
1.3.1.2 Arranjo aberto: arranjo de armazenagem no qual o suas embalagens durante um incêndio, obstruem os vãos
movimento de ar através das pilhas é favorecido devido à exis- verticais e criam um efeito de abafamento do fogo. Exemplos
tência de vãos verticais maiores de 6-in. (152-mm) entre pilhas incluem plásticos em pó, paletizado, em flocos ou pequenos
1.3.2 * Altura disponível para armazenagem: altura máxima objetos [estojos de lâminas de barbear, pequenos frascos de
até a qual a carga pode ser armazenada acima do piso e 1-oz a 2-oz (28-g a 57-g)].
ainda manter um espaço livre até os elementos estruturais e 1.3.12 Embalagem: envoltório, protetor contra impactos ou
uma distância adequada até os chuveiros. contentor.
1.3.3 Armazenagem em tipo bin-box: armazenagem em cai-
1.3.13 Armazenagem entremeada com paletes: armazena-
xas de madeira, metal ou papelão, consistindo de cinco la-
gem de mercadorias sobre paletes ou outros meios para for-
dos fechados e um lado aberto voltado para o corredor. As
mar espaços horizontais entre níveis de armazenagem.
caixas são autossuportadas ou suportadas por uma estrutu-
ra que deixa poucos ou nenhum vão horizontal ou vertical 1.3.14* Estabilidade de pilhas, pilhas estáveis: arranjos onde
ao redor das caixas. não é esperado o colapso, escoamento do conteúdo ou incli-
1.3.4 Distância livre: distância entre o topo da carga e os nação das pilhas sobre os vãos verticais, logo após o início
defletores dos chuveiros do teto. do desenvolvimento do incêndio.

1.3.5 Mercadoria: combinação de produtos, material de em- 1.3.15* Estabilidade de pilhas, pilhas instáveis: arranjos onde
balagem e embalagem na qual é baseada a classificação de é esperado o colapso, escoamento do conteúdo ou inclina-
mercadoria. ção das pilhas sobre os vãos verticais, logo após o início do
desenvolvimento do incêndio.
1.3.6 * Compartimentado: uma separação rígida dos produ-
tos em um contentor feita por divisórias que formam uma uni- 1.3.16 Altura do telhado: distância entre o piso e a parte
dade estável em condições de incêndio. inferior do telhado dentro da área de armazenagem.

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580 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

1.3.17 Armazenagem em estantes: armazenagem em estru- 1.4.8.3 Estruturas porta-paletes de filas múltiplas: estruturas
turas com menos de 30 in. (76,2 cm) de profundidade, com porta-paletes com larguras maiores que 12 ft (3,7 m) ou estru-
prateleiras com espaçamento vertical aproximado de 2 ft (0,6 turas de fila única ou filas duplas separadas por corredores
m) e separadas por corredores de aproximadamente 30-in. com largura menor que 3,5 ft (1,1 m), formando um conjunto
(76,2 cm). com largura total superior a 12 ft (3,7 m).
1.3.18 Unidade sólida de carga de um plástico não expandi- 1.4.8.4 Estruturas porta-paletes portáteis: estruturas porta-
do (em caixas de papelão ou exposta): carga que não apre- paletes que não são fixas. Podem ser dispostas em várias
senta vazios (ar) em seu interior e que queimaria somente configurações diferentes.
sua parte externa; a água dos chuveiros poderia atingir a 1.4.8.5 Estruturas porta-paletes de fila única: estruturas por-
maior parte da superfície disponível para a queima. ta-paletes sem vão verticais longitudinais, com largura máxi-
1.3.19 Acessórios para armazenagem: objetos para armaze- ma de 6 ft (1,8 m) e corredores de pelo menos 3,5 ft (1,1 m)
nagem como paletes, suportes, separadores e estrados. separando-as de outras mercadorias armazenadas.
1.4.9 Paletes escravos: palete especial que pertence ao sis-
1.3.20 Unidade de carga: carga sobre um palete ou módulo,
tema de manuseio de material. (Ver Figura A.3.10.4.)
mantida coesa por qualquer método, e normalmente trans-
portada por equipamentos de transporte de cargas. 1.4.10 Prateleiras sólidas: prateleiras sólidas podem ser fi-
xas, em forma de estrado, de tela metálica ou de outro tipo,
1.4 Definições de armazenagem em estruturas porta-paletes utilizadas em estruturas porta-paletes. A área de uma prate-
leira sólida é definida pelo corredor ou vão vertical ao redor
1.4.1 Largura do corredor: a distância horizontal entre as
de seus 4 lados. Prateleiras sólidas com área igual ou menor
faces das cargas nas estruturas porta-paletes em questão.
a 20 ft2 serão definidas como estruturas porta-paletes aber-
1.4.2 Barreira vertical: uma barreira vertical na estrutura tas. Caso as prateleiras de tela metálica, estrados ou outros
porta-paletes. materiais deixem abertos mais que 50% da área, e caso haja
vãos verticais desimpedidos, a estrutura será considerada
1.4.3 Em Caixas de papelão: método de armazenagem no como uma estrutura porta-paletes aberta.
qual a mercadoria é completamente envolvida por recipien-
tes de papelão corrugado ou cartão. 1.4.11 Vão vertical transversal: o espaço entre filas de merca-
doria paralelamente à direção de carregamento da estrutura.
1.4.4 Paletes convencionais: um acessório para manuseio
de cargas feito suportar uma carga unitária, com aberturas 1.4.12 Caixas tipo bin-box: caixas de metal, madeira, plásti-
para acesso de equipamentos de manuseio de cargas. co ou papelão com 5 lados fechados e 1 aberto, normalmente
voltado para o corredor, para permitir acesso ao conteúdo. As
1.4.5 Chuveiros de face: chuveiros tipo padrão localizados caixas tipo Bin-box podem ser auto-portantes ou sustentadas
nos vãos verticais transversais ao longo do corredor ou na por uma estrutura.
estrutura porta-paletes. São posicionados a, no máximo, 18 in.
(0.46 m) da face da carga e são utilizados para evitar o desen- 1.5 Definições sobre armazenagem de pneus
volvimento vertical do fogo na face externa da mercadoria.
1.5.1 Pneus atados: método de armazenagem no qual uma
1.4.6 Barreira horizontal: barreira sólida horizontal, que co- quantidade de pneus é atada.
bre toda a estrutura porta-paletes, incluindo todos os vãos
verticais e posicionados de determinadas alturas para evitar 1.5.2 Canal horizontal: qualquer espaço ininterrupto de com-
a propagação vertical do fogo. primento maior que 5 ft (1,5 m) entre camadas horizontais de
pneus armazenados. Esses canais podem ser formados por
1.4.7 Vão vertical longitudinal: espaço entre filas de merca- paletes, prateleiras ou outros arranjos de armazenagem.
doria perpendicular à direção de carregamento da estrutura.
1.5.3 Armazenagem trançada de pneus: método de armaze-
1.4.8 Estrutura porta-paletes. Qualquer combinação de ele- nagem de pneus no qual as laterais dos mesmos se sobre-
mentos estruturais verticais, horizontais e diagonais que põem, aparentando uma trama ou malha.
apoiam mercadorias armazenadas. Algumas estruturas por-
1.5.4 Armazenagem temporária de pneus: armazenagem de
ta-paletes utilizam prateleiras sólidas. As estruturas porta-
pneus que não se constitui na principal utilização do edifício.
paletes podem ser fixas, portáteis ou móveis. O carregamen-
As áreas de armazenagem não deverão exceder 2000 ft2 (186
to pode ser manual, utilizando empilhadeiras, gruas ou colo-
m2). Pilhas formadas por pneus apoiados sobre a banda de
cação manual, ou automático, com sistemas de armazena-
rodagem, independentemente do método de armazenagem,
gem e recuperação controlados por máquinas.
não devem exceder 25 ft (7,6 m) no sentido dos orifícios das
1.4.8.1 Estruturas porta-paletes de filas duplas: duas estrutu- rodas. Os métodos aceitáveis de armazenagem incluem (a) no
ras porta-paletes de fila única, encostadas uma na outra, for- piso, deitados, até 12 ft (3,7 m) de altura; (b) no piso, de pé, até
mando uma estrutura com largura máxima total de 12 ft (3,7 m), 5 ft (1,5 m) de altura; (c) deitados ou de pé em estruturas porta-
com corredores de pelo menos 3,5 ft (1,1 m) em cada lado. paletes fixas de filas duplas ou múltiplas ou em estruturas por-
táteis, até 5 ft (1.5 m) de altura; (d) deitados ou de pé em estru-
1.4.8.2 Estruturas porta-paletes móveis: estruturas porta-
turas porta-paletes fixas de filas únicas ou em estruturas portá-
paletes sobre trilhos ou guias. Podem ser movidos horizon-
teis, até 12 ft (3,7 m) de altura; e (e) armazenagem trançada em
talmente para frente e para trás em um único plano. Um corre-
estruturas porta-paletes até 5 ft (1,5 m) de altura.
dor móvel é criado quando estruturas porta-paletes contíguas
são carregadas ou descarregadas, e depois movidas ao ou- 1.5.5 Armazenagem de pneus deitados: pneus são armaze-
tro lado do corredor para encostar-se a outros porta-paletes. nados horizontalmente.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 581

1.5.6 Armazenagem de pneus em pé: pneus armazenados 1.7 Definições sobre papel em bobinas
em pé ou sobre a banda de rodagem.
1.7.1 Arranjo (Papel).
1.5.7 Armazenagem de pneus sobre paletes. Armazenagem
1.7.1.1 Arranjo fechado (Papel): armazenagem vertical na
em estruturas porta-paletes de vários tipos utilizando um palete
qual as distâncias entre pilhas são curtas, não devendo exce-
convencional como base.
der mais que 2 pol. (50 mm) em uma direção e 1 pol. (25 mm)
1.5.8 Armazenagem de pneus em pirâmide: armazenagem na outra.
sobre o piso na qual os pneus são dispostos em forma de
1.7.1.2 Arranjo aberto (Papel): armazenagem vertical na qual
pirâmide para melhor estabilidade da pilha.
as pilhas são bastante espaçadas entre si. Esta definição
1.5.9* Ilustrações sobre estruturas porta-paletes para pneus. aplica-se a todos os arranjos verticais que não atendam à
definição de arranjo fechado ou arranjo padrão.
1.5.10 Pneus: pneus utilizados para autos de passageiros, ae-
ronaves, caminhões leves e pesados, carretas, equipamento 1.7.1.3* Arranjo padrão (Papel): armazenagem vertical na
agrícola, equipamentos de contrução (off-the-road) e ônibus. qual a distância entre pilhas em uma direção é curta [1 pol.
(25 mm) ou menos] e maior que 2 pol. (50 mm) na outra.
1.6 Definições sobre algodão em fardos
1.7.2 Armazenagem de bobinas com cintas: bobinas provi-
1.6.1* Algodão em fardos: fibra natural embalada com mate- das de cintas de aço de 3/8 pol. (9.5 mm) ou mais largas em
riais considerados aceitáveis pela indústria, em geral cada extremidade da bobina.
aniagem, polipropileno trançado ou filme de polietileno, e
1.7.3 Pilha: pilha formada por bobinas sobrepostas.
amarrada com cintas de aço, de material sintético, ou com
arame. Podem conter também línteres (pequenas fibras da 1.7.4 Tubete: tubo central ao redor do qual o papel é enrola-
semente de algodão) e material residual do processo de do para formar a bobina.
descaroçamento.
1.7.5 Papel (termo geral): termo utilizado para todos os tipos
1.6.2 Armazenagem de algodão em blocos: quantidade de de folhas formadas por materiais fibrosos naturais, normal-
fardos empilhados em forma cúbica e envoltos por corredo- mente vegetais, mas algumas vezes minerais ou animais,
res, paredes, ou ambos. sobre uma tela fina a partir de uma suspensão em água.
1.6.3 Algodão frio: algodão em fardos, 5 ou mais dias após o 1.7.6 Armazenagem de Bobinas de Papel
processo de descaroçamento.
1.7.6.1 Armazenagem horizontal de bobinas de papel: bobi-
1.6.4 Enfardado com fogo: fardo dentro do qual há fogo pro- nas armazenadas com os tubetes no plano horizontal (arma-
veniente do processo. O descaroçamento é geralmente a zenagem lateral).
causa mais frequente.
1.7.6.2 Armazenagem vertical de bobinas de papel: bobinas
1.6.5 Fardo de algodão sem envoltório: fardo amarrado com armazenadas com os tubetes no plano vertical (armazena-
cintas de arame ou aço, em envoltório. gem de pé).
1.7.6.3* Armazenagem de bobinas de papel embaladas: bo-
binas com envoltório de papel kraft pesado que recobre total-
mente as suas laterais e extremidades.
1.8* Altura de armazenagem de bobinas de papel: a máxima
altura acima do piso na qual papel em bobinas é armazenado.

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582 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B

Classificação de mercadorias o restante composto de materiais como metal, madeira, pa-


pel, fibras naturais ou sintéticas e plásticos do Grupo B ou C.
1. Classificação de mercadorias
1.1 Generalidades 1.4 Classificação de plásticos, elastômeros e borrachas
A classificação de mercadorias e a relação com os requisitos 1.4.1 Grupo A:
de proteção devem ser baseados na unidade de estoque de
uma determinada mercadoria (Por exemplo: palete carrega- 1.4.1.1 ABS (copolímero de acrilonitrila - butadieno - estireno);
do). Outros exemplos são encontrados no Anexo B. 1.4.1.2 ACETAL (poliformaldeído);
Na classificação de mercadorias devem ser considerados os 1.4.1.3 ACRÍLICO (polimetacrilado de metila);
produtos e suas respectivas embalagens.
1.4.1.4 BORRACHA BUTÍLICA;
Mercadorias misturadas: a estocagem de mercadorias mistu-
radas deve ser protegida pelos requisitos mais restritivos re- 1.4.1.5 EPDM (copolímero de etilenopropilenodieno);
lacionado à classificação por produtos ou arranjo da 1.4.1.6 FRP (poliéster reforçado com fibra de vidro);
estocagem.
1.4.1.7 BORRACHA NATURAL EXPANDIDA;
Materiais de risco alto podem ser segregados em áreas es-
pecíficas, desde que protegidas adequadamente para este 1.4.1.8 BORRACHA NITRÍLICA (borracha de acrilonitrila -
tipo de material. butadieno);
1.4.1.9 PET (poliéster termoplástico);
1.2 Tipos de paletes
1.4.1.10 POLIBUTADIENO;
Para mercadorias que são estocadas com paletes de madei-
ra ou metal, estes devem ser considerados na classificação 1.4.1.11 POLICARBONATO;
de mercadorias. Quando são empregados paletes plásticos 1.4.1.12 ELASTÔMEROS DE POLIÉSTER;
a classificação de mercadorias deve ser elevada em uma
Classe, a menos que esta já seja classificada como plástico 1.4.1.13 POLIETILENO;
no Grupo A. 1.4.1.14 POLIPROPILENO;

1.3 Classes de mercadorias 1.4.1.15 POLIESTIRENO;

1.3.1 Classe I: produtos incombustíveis que atendam ao me- 1.4.1.16 POLIURETANO;


nos uma das condições: 1.4.1.17 PVC (policloreto de vinila - altamente plastificado,
1.3.1.1 Colocados sobre paletes de madeira; com teor maior que 20% de plastificante, exemplos: tecidos
revestidos de PVC, filme não portantes);
1.3.1.2 embalados em caixa de papelão com ou sem divisores,
sobre paletes ou não; 1.4.1.18 SAN (estireno - acrilonitrila);

1.3.1.3 embrulhados com papel ou plástico, sobre paletes ou 1.4.1.19 SBR (borracha butadieno estireno).
não;
1.4.2 Grupo B
1.3.2 Classe II: produtos incombustíveis colocados em engra-
dados de madeira, caixotes de madeira, caixas de papelão de 1.4.2.1 CELULÓSICOS (acetato de celulose, butirato de
multicamadas ou material cuja embalagem é de combus- acetato de celulose - etil celulose);
tibilidade equivalente, colocados ou não sobre paletes. 1.4.2.2 POLICLOROPRENO (borracha neopreme);
1.3.3 Classe III: são definidas como: madeira, papel, tecidos 1.4.2.3 PLÁSTICOS FLUORADOS (ECTFE - copolímero de
de fibras naturais, ou plásticos do Grupo C ou produtos simi- etileno de clorotrifluoretileno, ETFE - copolímero de
lares com ou sem paletes. Os produtos podem conter uma etilenotetrafluoretileno, FEP - copolímero etilenopropileno
quantidade limitada (5% em volume ou peso) de plásticos do fluorado);
Grupo A e B.
1.4.2.4 BORRACHA NATURAL NÃO EXPANDIDA
1.3.4 Classe IV: produtos que atendam a pelos menos uma
das seguintes condições: 1.4.2.5 NYLON (náilon, poliamida 6, poliamida 6/6);
1.3.4.1 Fabricados parcial ou totalmente de plásticos do Gru- 1.4.2.6 BORRACHA DE SILICONE.
po B;
1.4.3 Grupo C
1.3.4.2 Plásticos Grupo A sujeitos a derramamento, como
polietileno em grãos, ou que contenham de 5% a 25% em 1.4.3.1 PLÁSTICOS FLUORADOS (PCTFE - policlorotri-
volume ou 5% a 15% em peso de plásticos do Grupo A sendo fluoretileno);

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 583

1.4.3.2 PTFE (politetrafluoretileno); 1.4.3.9 URÉIA (resina uréia - formaldeído).


1.4.3.3 MELAMINA (resina melamina formaldeído);
1.5 Classificação de papéis em bobinas
1.4.3.4 FENÓLICOS (resina fenólica);
1.5.1 Classe pesada: bobinas de papel com gramatura igual
1.4.3.5 PVC (policloreto de vinila, com teor até 20% de ou superior a 0,10 kg/m2 (0,0098 g/cm2);
plastificante, - rígido e levemente plastificado - exemplos: tu-
1.5.2 Classe média: bobinas de papel com gramatura supe-
bos e conexões);
rior a 0,10 kg/m 2 (0,0098 g/cm 2) e inferior a 0,05 kg/m 2
1.4.3.6 PVDC (policloreto de vinilideno); (0,0048 g/cm2);
1.4.3.7 PVDF (polifluoreto de vinilideno); 1.5.3 Classe leve: bobinas de papel com gramatura igual ou
inferior a 0,05 kg/m2 (0,0048 g/cm2).
1.4.3.8 PVF (polifluoreto de vinila);

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584 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
MERCADORIAS – EXEMPLOS

Mercadoria Classe
Aerossóis
Com e sem caixas de papelão
- Nível 1 Classe III
Bebidas alcoólicas
Com e sem caixas de papelão
- Até 20% de álcool em recipientes de metal, vidro ou cerâmica Classe I
- Até 20% de álcool em recipientes de madeira Classe II
Munições
Armas leves, armas de caça
- Embaladas, em caixas de papelão Classe IV
Aparelhos elétricos grandes (Linha branca: fogões, geladeiras)
Sem embalagem, sem quantidades significativas de plástico no exterior Classe I
- Em caixas de papelão corrugado, sem quantidades significativas de plástico Classe II
Produtos de confeitaria
Biscoitos, bolos e tortas
- Congelados, em caixas de papelão1 Classe II
- Embalados, em caixas de papelão Classe III
Pilhas e baterias
Pilhas secas (sem lítio ou metais exóticos similares)
- Embaladas, em caixas de papelão Classe I
- Em blísters, em caixas de papelão Classe II
Automotivas
- Cheias2 Classe I
p/ caminhões ou maiores
- Vazias ou cheias2 Plástico Grupo A
Feijão
Seco
- Embalado, em caixas de papelão Classe III
Garrafas e frascos
Vazias, em caixas de papelão
- Vidro Classe I
- PET (polietileno tereftalato) Classe IV
Cheio com pós incombustíveis
- PET Classe II
- Vidro, em caixas de papelão Classe I
- Plástico, em caixas de papelão [menos que 1 gal (3,8 L)] Classe IV
- Plástico, sem caixas de papelão (exceto PET), qualquer tamanho Plástico Grupo A
- Plástico, em caixas de papelão ou exposto [maior que 1 gal (3,8 L)] Plástico Grupo A
- Plástico, engradados sólidos de plástico Plástico Grupo A
- Plástico, engradados abertos de plástico Plástico Grupo A
Cheios com líquidos incombustíveis
- Vidro, em caixas de papelão Classe I
- Plástico, em caixas de papelão [menos que 5 gal. (18,9 L)] Classe I
- Plástico, engradados de plástico sólidos ou abertos3 Plástico Grupo A
- Plástico, PET Classe I
Caixas, engradados
- Vazias, de madeira, com paredes sólidas Classe II
- Vazias, madeira, de tábuas espaçadas4 Fora do escopo
Pão
Embrulhado, em caixas de papelão Classe III
Manteiga
Margarina Classe III

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 585

ANEXO C
MERCADORIAS – EXEMPLOS (cont.)

Mercadoria Classe
Velas
Embaladas, em caixas de papelão
- Tratar como plástico expandido Plástico Grupo A
Balas
Embaladas, em caixas de papelão Classe III
Comidas enlatadas
Em caixas de papelão comuns Classe I
Latas
Metal
- Vazias Classe I
Carpetes (placas modulares)
Em caixas de papelão Plástico Grupo A
Caixas de papelão
Corrugadas
- Desmontadas (em pilhas organizadas) Classe III
- Parcialmente montadas Classe IV
Revestidas com cera, parede simples Plástico Grupo A
Cimento
Em sacos Classe I
Cereais matinais
Embalados, em caixas de papelão Classe III
Carvão (vegetal)
Em sacos
- Padrão Classe III
Queijo
- Embalado, em caixas de papelão Classe III
- Discos, em caixas de papelão Classe III
Goma de mascar
Embalada, em caixas de papelão Classe III
Chocolate
Embalado, em caixas de papelão Classe III
Tecido
Com ou sem caixas de papelão
- Fibras naturais, viscose Classe III
- Sintéticos5 Classe IV
Produtos de cacau
Embalado, em caixas de papelão Classe III
Café
- Em latas, em caixas de papelão Classe I
- Embalado, em caixas de papelão Classe III
Café em grão
Em sacos Classe III
Algodão
Embalado, em caixas de papelão Classe III
Fraldas
- Algodão, linho Classe III
- Descartáveis, com plástico e material não-tecido (em caixas de papelão) Classe IV
- Descartáveis, com plástico e material não-tecido (sem caixas de papelão),
embaladas em plástico Plástico Grupo A

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586 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
MERCADORIAS – EXEMPLOS (cont.)

Mercadoria Classe
Comidas secas
Embaladas, em caixas de papelão Classe III
Fertilizantes
Em sacos
- Fosfatos Classe I
- Nitratos Classe II
Isolamento de fibra de vidro
- Rolos de mantas laminadas com papel em um dos lados, em sacos ou não Classe IV
Arquivos
Metal
- Caixa de papelão Classe I
Peixe ou produtos derivados
Congelado
- Embalagem sem plásticos e sem cera Classe I
- Em caixas de papel com cera, dentro de caixas de papelão Classe II
- Em caixas de madeira ou barricas Classe II
- Em bandejas plásticas, em caixas de papelão Classe III
Enlatado
- Em caixas de papelão Classe I
Comidas congeladas
Embalagem sem plásticos e sem cera Classe I
- Em caixas de papel com cera, dentro de caixas de papelão Classe II
- Bandejas plásticas Classe III
Frutas
Frescas
- Em recipientes e bandejas, exceto de plástico Classe I
- Com divisórias de madeira Classe I
Móveis
Madeira
- Sem cobertura de plásticos ou estofamento de espuma plástica Classe III
- Com cobertura plástica Classe IV
- Com estofamento de espuma plástica Plástico Grupo A
Grãos – Embalados em caixas de papelão
- Cevada Classe III
- Arroz Classe III
- Aveia Classe III
Sorvete Classe I
Produtos de couro Classe III
Couros e Peles
Em fardos Classe II
Luminárias
Não feitas de plástico
- Em caixas de papelão Classe II
Isqueiros
Butano
- Em blísters, em caixas de papelão Plástico Grupo A
- A granel em caixas grandes (Aerossol Nível 3) Fora do escopo
Bebidas alcoólicas (destiladas)
Teor alcoólico de 50% ou menos, 1 gal (3,8 L) ou menos, em caixas de papelão
- Vidro (paletizado)6 Classe IV
- Garrafas plásticas Classe IV

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 587

ANEXO C
MERCADORIAS – EXEMPLOS (cont.)

Mercadoria Classe
Mármore
Artificial, pias e tampos
- Em caixas de papelão, em engradados Classe II
Margarina
- Até 50% de óleo (em recipientes de papel ou plástico) Classe III
- Entre 50 e 80% de óleo (em qualquer embalagem) Plástico Grupo A
Fósforos
Embalados, em caixas de papelão
- Papel Classe IV
- Madeira Plástico Grupo A
Colchões
- De molas Classe III
- Espuma (produto final) Plástico Grupo A
Carnes e derivados
- A granel Classe I
- Em latas, em caixas de papelão Classe I
- Congelada, embalagem sem plástico e sem cera Classe I
- Congelada, recipientes de papel encerado Classe II
- Congelada, bandejas de plástico expandido Classe II
Mesas de escritório de metal
- Com tampos e acabamento em plástico Classe I
Leite
- Recipientes de papel não encerado Classe I
- Recipientes de papel encerado Classe I
- Recipientes plásticos Classe I
- Recipientes em engradados plásticos Plástico Grupo A
Motores
- Elétricos Classe I
Esmalte para unhas
- Frascos de vidro de 1-oz a 2-oz (29,6-ml a 59,1-ml), em caixas de papelão Classe IV
- Frascos de plástico de 1-oz a 2-oz (29,6-ml a 59,1-ml), em caixas de papelão Plástico Grupo A
Nozes, amêndoas e similares
- Em latas, em caixas de papelão Classe I
- Embaladas, em caixas de papelão Classe III
- Em sacos Classe III
Tintas
Latas, em caixas de papelão
- À base de água (látex) Classe I
- À base de óleo Classe IV
Produtos de papel
- Livros, revistas, papéis de carta e envelopes, embalagens de papel revestido com
plástico para alimentos, jornais, jogos de tabuleiros ou papel tissue em caixas de papelão Classe III
- Produtos de papel tissue, sem caixas de papelão e embalados em plástico Plástico Grupo A
Papel, bobinas
Em porta-paletes ou empilhados deitados- Peso médio ou pesado Classe III
Em porta-paletes- Peso leve Classe IV
Papel, revestido com cera
Embalado, em caixas de papelão Classe IV

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588 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
MERCADORIAS – EXEMPLOS (cont.)

Mercadoria Classe
Remédios
Pílulas, pós
- Frascos de vidro, em caixas de papelão Classe II
- Frascos de plástico, em caixas de papelão Classe IV
Líquidos não inflamáveis
- Frascos de vidro, em caixas de papelão Classe II
Filme fotográfico
- Filme para cinema ou rolos grandes de filme em latas de policarbonato, polietileno ou
metal, dentro de sacos de polietileno, em caixas de papelão Classe II
- Filmes de 35 mm em cartuchos de metal em latas de polietileno em caixas de papelão Classe III
- Papel, em folhas, dentro de sacos de polietileno, em caixas de papelão Classe III
- Rolos em cartuchos de policarbonato, embrulhados a granel, dentro de caixas de papelão Classe IV
Recipientes plásticos (exceto PET)
- Líquidos ou semilíquidos incombustíveis em recipientes plásticos menores que
5 gal (18,9 L) Classe I
- Líquidos ou semilíquidos (ketchup, por exemplo) incombustíveis em recipientes plásticos
com paredes de espessura menor ou igual a ¼ pol. (6,4 mm) e volumes maiores que
5 gal (18,9 L) Classe II
- Líquidos ou semilíquidos (ketchup, por exemplo) incombustíveis em recipientes plásticos
com paredes de espessura maior que ¼ pol. (6,4 mm) e volumes maiores que
5 gal (18,9 L) Plástico Grupo A
Poliuretano
- Expandido, com ou sem caixas de papelão Plástico Grupo A
Aves e derivados
- Em latas, em caixas de papelão Classe I
- Congelada, embalagem sem plástico e sem cera Classe I
- Congeladas (em bandejas de papel ou de plástico expandido) Classe II
Pós
Materiais combustíveis comuns – fluem livremente
- Em sacos de papel (por exemplo, farinha, açúcar) Classe II
PVA (álcool polivinílico), Resinas
PVC (cloreto de polivinila)
- Flexível (por exemplo, coberturas de cabos, folhas plastificadas) Classe III
- Rígido (por exemplo, tubos e conexões) Classe III
- Resinas em sacos Classe III
Trapos
Em fardos
- Fibras naturais Classe III
- Fibras sintéticas Classe IV
Borracha
- Natural, blocos em caixas de papelão Classe IV
- Sintético Plástico Grupo A
Sal
- Em sacos Classe I
- Embalado, em caixas de papelão Classe II
Telhas tipo Shingles
- Fibra de vidro revestida com asfalto Classe III
- Feltro impregnado com asfalto Classe IV
Amortecedores
- Cobertura metálica Classe II
- Cobertura plástica Classe III

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 589

ANEXO C
MERCADORIAS – EXEMPLOS (cont.)

Mercadoria Classe
Livros e revistas inacabados
Livros e revistas
- Pilha sólida sobre palete Classe II
Esquis
- Madeira Classe III
- Alma de espuma Classe IV
Bonecos de pelúcia
Espuma ou sintético Plástico Grupo A
Melaço
- Em tambores metálicos Classe I
- Barricas de madeira Classe II
Têxteis
Vestimentas ou produtos têxteis de fibras naturais Classe III
Sintéticos (exceto raiom e náilon) - mistura 50/50 ou menos
- Linha, em carretéis de madeira ou papel Classe III
- Tecidos Classe III
- Linha, em carretéis plásticos Classe IV
- Fibras em fardos Plástico Grupo A
Sintéticos (exceto raiom e náilon) - mistura maior que 50/50
- Linha, em carretéis de madeira ou papel Classe IV
- Tecidos Classe IV
- Fibras em fardos Plástico Grupo A
- Linha, em carretéis plásticos Plástico Grupo A
Raiom e náilon
- Fibras em fardos Classe IV
- Linha, em carretéis de madeira ou papel Classe IV
- Tecidos Classe IV
- Linha, em carretéis plásticos Plástico Grupo A
Produtos de tabaco
Em caixas de cartão Classe III
Transformadores
Secos ou com óleo isolante Classe I
Tecidos revestidos com resinas vinílicas
Em caixas de papelão Plástico Grupo A
Pisos vinílicos
- Placas em caixas de papelão Classe IV
- Em rolos Plástico Grupo A
Papel revestido com cera
Copos, pratos
- Em caixas ou embalados em caixas de papelão (ênfase no método de embalagem) Classe IV
- A granel em caixas de papelão grandes Plástico Grupo A
Cera
Parafina, blocos, em caixas de papelão Plástico Grupo A
Arame
- Arame sem capa em carretéis de metal em estrados de madeira Classe I
- Arame sem capa em carretéis de madeira ou papelão em estrados de madeira Classe II
- Arame sem capa em carretéis de metal, madeira ou papelão em caixas de papelão
sobre estrados de madeira Classe II
- Arame com capa simples ou múltipla de PVC e, carretéis de metal sobre estrados
de madeira Classe II

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590 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C
MERCADORIAS – EXEMPLOS (cont.)

Mercadoria Classe
Arame
- Cabo com isolamento de (PVC) em grandes carretéis de madeira ou metal sobre
estrados de madeira Classe II
- Arame sem capa em carretéis de plástico em caixas de papelão sobre estrados de madeira Classe IV
- Arame com capa simples ou múltipla de PVC em carretéis de plástico em caixas de
papelão sobre estrados de madeira Classe IV
- Cabos simples, múltiplos ou de potência (PVC) em carretéis grandes de plástico Classe IV
- Armazenagem em grandes quantidades de carretéis de plástico vazios Plástico Grupo A
Produtos de Madeira
- Pilhas sólidas – madeira, compensado, aglomerado, placa de papelão prensado
(extremidades e arestas lisas) Classe II
- Carretéis (vazios) Classe III
- Palitos, pegadores, cabides, em caixas de papelão Classe III
- Portas, janelas, armários e móveis Classe III
- Moldes Classe IV
1
Produto em embalagem laminada com plástico em caixa de papelão corrugado. Se embalado em metal laminado, pode ser considerado Classe I;
2
A maioria das baterias tem gabinete de polipropileno. Se armazenadas vazias devem ser tratadas como plástico Grupo A. Baterias para caminhões, mesmo
quando cheias, devem ser consideradas plástico Grupo A por causa das paredes mais espessas;
3
À medida que as aberturas em engradados plásticos aumentam, o produto comporta-se mais como Classe III. Da mesma maneira, à medida que as aberturas
tornam-se menores, o produto comporta-se mais como plástico;
4
Estes itens devem ser tratados como paletes vazios;
5
Testes mostram claramente que um material sintético ou uma mistura com materiais sintéticos é considerada superior a Classe III;
6
Quando bebidas alcoólicas destiladas são armazenadas em recipientes de vidro em porta-paletes, devem ser consideradas Classe III; quando paletizadas, devem
ser consideradas Classe IV.

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 591

ANEXO D
EXEMPLOS DAS MERCADORIAS – CLASSES I, II, III e IV

Exemplos de mercadorias Classe I

Bebidas alcoólicas
Com e sem caixas de papelão
- Até 20% de álcool em recipientes de metal, vidro ou cerâmica
Aparelhos elétricos grandes (Linha branca: fogões, geladeiras)
Sem embalagem, sem quantidades significativas de plástico no exterior
Pilhas e baterias
Pilhas secas (sem lítio ou metais exóticos similares)
- Embaladas, em caixas de papelão
Automotivas
- Cheias*
Garrafas e frascos
Vazias, em caixas de papelão
- Vidro
Cheios com líquidos incombustíveis
- Vidro, em caixas de papelão
- Plástico, em caixas de papelão [menos que 5 gal. (18,9 L)]
- Plástico, PET
Cheio com pós incombustíveis
- Vidro, em caixas de papelão
Comidas enlatadas
Em caixas de papelão comuns
Latas
Metal
- Vazias
Cimento
Em sacos
Café
Em latas, em caixas de papelão
Fertilizantes
Em sacos
- Fosfatos
Arquivos
Metal
- Caixa de papelão
Peixe ou produtos derivados
Congelado
- Embalagem não laminada com plástico ou cera
Enlatado
- Em caixas de papelão
Comidas congeladas
Embalagem não laminada com plástico ou cera
Frutas
Frescas
- Em recipientes e bandejas, exceto de plástico
- Com divisórias de madeira
Sorvete
Carnes e derivados
- A granel
- Em latas, em caixas de papelão
- Congelada, embalagem sem plástico e sem cera

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592 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Mesas de escritório de metal


- Com tampos e acabamento em plástico
Leite
- Recipientes de papel não revestidos com cera
- Recipientes de papel revestidos com cera
- Recipientes plásticos
Motores
- Elétricos
Amêndoas
- Em latas, em caixas de papelão
Tintas
Latas, em caixas de papelão
- À base de água (látex)
Recipientes plásticos
- Líquidos ou semilíquidos incombustíveis em recipientes plásticos com capacidade menor que 5 gal (18,9 L)
Aves e derivados
- Em latas, em caixas de papelão
- Congelada, embalagem sem plástico e sem cera
Sal
Em sacos
Melaço
Em tambores metálicos
Transformadores
Secos ou com óleo isolante
Arame
Arame sem capa em carretéis de metal em estrados de madeira
* A maioria das baterias tem gabinete de polipropileno. Se armazenadas vazias devem ser tratadas como plástico Grupo A. Baterias para caminhões, mesmo
quando cheias, devem ser consideradas plástico Grupo A por causa das paredes mais espessas.

Exemplos de mercadorias Classe II


Bebidas alcoólicas
Até 20% de álcool em recipientes de madeira
Aparelhos elétricos grandes (por exemplo, fogões)
- Em caixas de papelão corrugado, (sem quantidades significativas de plástico)
Produtos de confeitaria
Biscoitos, bolos e tortas
- Embaladas, em caixas de papelão
Pilhas e baterias
Pilhas secas (sem lítio ou metais exóticos similares) em embalagens blíster em caixas de papelão
Garrafas e frascos
Cheio com pós incombustíveis
- PET
Caixas, engradados
Vazias, de madeira, com paredes sólidas
Fertilizantes
Em sacos
- Nitratos
Peixe ou produtos derivados
Congelado
- Em caixas de papel com cera, dentro de caixas de papelão
- Em caixas de madeira ou barricas
Comidas congeladas
Em caixas de papel com cera, dentro de caixas de papelão

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 593

Couros e peles
Em fardos
Luminárias
Não feitas de plástico
- Em caixas de papelão
Mármore
Artificial, pias e tampos
- Em caixas de papelão, em engradados
Carnes e derivados
- Congelada, recipientes de papel encerado
- Congelada, bandejas de plástico expandido
Remédios
Pílulas, pós
- Frascos de vidro, em caixas de papelão
Líquidos incombustíveis
- Frascos de vidro, em caixas de papelão
Filme fotográfico
Filmes para cinema ou em rolos grandes dentro de latas de policarbonato, polietileno ou metal;
em sacos de polietileno em caixas de papelão.
Recipientes plásticos
Líquidos ou semilíquidos (como ketchup) em recipientes plásticos com paredes de espessura de ¼ pol. (6,4 mm)
ou menor e com capacidades maiores que 5 gal (18,9 L)
Aves e derivados
Congeladas (em bandejas de papel ou de plástico expandido)
Pós (materiais combustíveis comuns – fluem livremente)
Em sacos de papel (por exemplo, farinha, açúcar)
Sal
Embalados, em caixas de papelão
Amortecedores
Cobertura metálica
Livros e revistas inacabados
Livros e revistas
- Pilha sólida sobre palete
Melaço
Barricas de madeira
Arame
- Arame sem capa em carretéis de madeira ou papelão em estrados de madeira
- Arame sem capa em carretéis de metal, madeira ou papelão em caixas de papelão sobre estrados de madeira
- Arame com capa simples ou múltipla de PVC em carretéis de metal sobre estrados de madeira
- Cabo com isolamento de (PVC) em grandes carretéis de madeira ou metal sobre estrados de madeira
Produtos de madeira
Pilhas sólidas
- Madeira, compensado, aglomerado, placa de papelão prensado (extremidades e arestas lisas)
* Produto em embalagem laminada com plástico em caixa de papelão corrugado. Se embalado em metal laminado, pode ser considerado Classe I.

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594 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Exemplos de mercadorias Classe III


Aerossóis
Com e sem caixas de papelão
- Nível 1
Produtos de confeitaria
Biscoitos, bolos e tortas
- Embalados, em caixas de papelão
Feijão
Seco
- Embalado, em caixas de papelão
Pão
Embrulhado, em caixas de papelão
Manteiga
Margarina
Balas
Embalados, em caixas de papelão
Caixas de papelão
Corrugadas
- Desmontadas (em pilhas organizadas)
Cereais matinais
Embalados, em caixas de papelão
Carvão (vegetal)
Em sacos
- Padrão
Queijo
- Embalado, em caixas de papelão
- Discos, em caixas de papelão
Goma de mascar
Embalados, em caixas de papelão
Chocolate
Embalados, em caixas de papelão
Tecido
Com ou sem caixas de papelão
- Fibras naturais, viscose
Produtos de cacau
Embalados, em caixas de papelão
Café
Embalados, em caixas de papelão
Café em grão
Em sacos
Algodão
Embalados, em caixas de papelão
Fraldas
Algodão, linho
Comidas secas
Embalados, em caixas de papelão
Peixe ou produtos derivados
Congelado
- Em bandejas plásticas, em caixas de papelão
Comidas congeladas
Bandejas plásticas
Móveis
Madeira
- Sem cobertura de plásticos ou estofamento de espuma plástica

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 595

Grãos – embalados em caixas de papelão


- Cevada
- Arroz
- Aveia
Margarina
Até 50% de óleo (em recipientes de papel ou plástico)
Colchões
Molas
Amêndoas
- Embaladas, em caixas de papelão
- Em sacos
Produtos de papel
Livros, revistas, papéis de carta e envelopes, recipientes de papel para comida revestidas de plástico, jornais, jogos
de tabuleiro, produtos de papel tissue em caixas de papelão.
Papel, bobinas
Em porta-paletes ou empilhado deitado
- Peso médio ou pesado
Filme fotográfico
- Filme de 35 mm em cartuchos de metal em latas de polietileno em caixas de papelão
- Papel, em folhas, em sacos de polietileno, em caixas de papelão
PVC (cloreto de polivinila)
- Flexível (por exemplo, coberturas de cabos, folhas plastificadas)
- Rígido (por exemplo, tubos e conexões)
- Resinas em sacos
Trapos
Em fardos
- Fibras naturais
Telhas tipo shingles
Fibra de vidro revestida com asfalto
Amortecedores
Cobertura plástica
Esquis
Madeira
Têxteis
Vestimentas ou produtos têxteis de fibras naturais
Sintéticos (exceto raiom e náilon)
mistura 50/50 ou menos
- Linha, em carretéis de madeira ou papel
- Tecidos
Produtos de tabaco
Em caixas de cartão
Produtos de madeira
- Carretéis (vazios)
- Palitos, pegadores, cabides, em caixas de papelão
- Portas, janelas, armários e móveis

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596 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Exemplos de mercadorias Classe IV


Munições
Armas leves, armas de caça
- Embaladas, em caixas de papelão
Garrafas e frascos
Vazias, em caixas de papelão
- PET (polietileno tereftalato)
Cheio com pós incombustíveis
- Plástico, em caixas de papelão [menos que 1 gal (3,8 L)]
Caixas de papelão
Corrugadas
- Parcialmente montadas
Tecido
Com ou sem caixas de papelão
- Sintéticos1
Fraldas
- Descartáveis, com plástico e material não-tecido (em caixas de papelão)
Isolamento de fibra de vidro
- Rolos de mantas laminadas com papel em um dos lados, em sacos ou não
Móveis
Madeira
- Com cobertura plástica
Bebidas alcoólicas (destiladas)
Teor alcoólico de 50% ou menos, 1 gal (3,8 L) ou menos, em caixas de papelão
- Vidro (paletizado)2
- Garrafas plásticas
Fósforos
Embalados, em caixas de papelão
- Papel
Esmalte para unhas
Frascos de vidro de 1-oz a 2-oz (29,6-ml a 59,1-ml), em caixas de papelão
Tintas
Latas, em caixas de papelão
- À base de óleo
Papel, bobinas
Em porta-paletes
- Peso leve
Papel, recoberto com cera
Embaladas, em caixas de papelão
Remédios
Pílulas, pós
- Frascos de vidro, em caixas de papelão
Filme fotográfico
- Rolos em cartuchos de policarbonato, embalados em grandes quantidades em caixas de papelão
PVA (álcool polivinílico), resinas
Em sacos
Trapos
Em fardos
- Fibras sintéticas
Borracha
Natural, blocos em caixas de papelão
Telhas tipo Shingles
Feltro impregnado com asfalto

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Instrução Técnica nº 24/2011 - Sistema de chuveiros automáticos para áreas de depósito 597

Esquis
Alma de espuma
Têxteis
Sintéticos (exceto raiom e náilon)
mistura 50/50 ou menos
- Linha, em carretéis plásticos
Sintéticos (exceto raiom e náilon) - mistura maior que 50/50
- Linha, em carretéis de madeira ou papel
- Tecidos
Raiom e náilon
- Fibras em fardos
- Linha, em carretéis de madeira ou papel
- Tecidos
Pisos Vinílicos
Placas em caixas de papelão
Papel revestido com cera
Copos, pratos
- Em caixas ou embalados em caixas de papelão (ênfase no método de embalagem)
Arame
- Arame sem capa em carretéis de plástico em caixas de papelão sobre estrados de madeira
- Arame com capa simples ou múltipla de PVC em carretéis de plástico em caixas de papelão sobre estrados
de madeira
- Cabos simples, múltiplos ou de potência (PVC) em carretéis grandes de plástico
Produtos de madeira
Moldes
1
Testes mostram claramente que um material sintético ou uma mistura com materiais sintéticos é considerada superior a Classe III.
2
Quando bebidas alcoólicas destiladas são armazenadas em recipientes de vidro em porta-paletes, devem ser consideradas Classe III; quando paletizadas,
devem ser consideradas Classe IV.

Exemplos de plásticos Grupo A


Baterias
Caminhões ou maiores
- Vazias ou cheias1
Garrafas e frascos
Vazias, em caixas de papelão
- Plástico (exceto PET), qualquer tamanho
Cheios com líquidos incombustíveis
- Plástico, engradados de plástico sólidos ou abertos
Cheio com pós incombustíveis
- Plástico, em caixas de papelão ou exposto [maior que 1 gal (3,8 L)]
- Plástico, engradados sólidos de plástico
- Plástico, engradados abertos de plástico
Velas
Embalados, em caixas de papelão
- Tratar como plástico expandido
Carpetes (placas modulares)
Em caixas de papelão
Caixas de papelão
Revestidas com cera, parede simples
Fraldas
Descartáveis, com plástico e material não-tecido (sem caixas de papelão), embaladas em plástico
Móveis
Madeira
- Com estofamento de espuma plástica

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598 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Isqueiros
Butano
- Em blísters, em caixas de papelão
Margarina
- Entre 50 e 80% de óleo (em qualquer embalagem)
Fósforos
Embalados, em caixas de papelão
- Madeira
Colchões
Espuma (produto final)
Leite
Recipientes em engradados plásticos
Esmalte para unhas
Frascos de plástico de 1-oz a 2-oz (29,6-ml a 59,1-ml), em caixas de papelão
Produtos de papel
Produtos de papel tissue, sem caixas de papelão e embrulhados em plástico
Recipientes plásticos
- Sólidos combustíveis e incombustíveis em recipientes plásticos e recipientes plásticos vazios
Líquidos ou semilíquidos (como ketchup) em recipientes plásticos com paredes de espessura maior que ¼ pol.
(6,4 mm) com capacidades maiores que 5 gal (18,9 L)
Poliuretano
Com e sem caixas de papelão
Borracha
Sintético
Bonecos de pelúcia
Espuma ou sintético
Têxteis
Sintéticos (exceto raiom e náilon) - Mistura 50/50 ou menos
- Fibras em fardos
Sintéticos (exceto raiom e náilon) - mistura maior que 50/50
- Fibras em fardos
- Linha, em carretéis plásticos
Raiom e náilon
- Linha, em carretéis plásticos
Tecidos resistidos com resinas vinílicas
Em caixas de papelão
Pisos vinílicos
Em rolos
Papel revestido com cera
Copos, pratos
- A granel em caixas de papelão grandes
Cera
Parafina, blocos, em caixas de papelão
Arame
Armazenagem em grandes quantidades de carretéis de plástico vazios
1
A maioria das baterias tem gabinete de polipropileno. Se armazenadas vazias devem ser tratadas como plástico Grupo A. Baterias para caminhões, mesmo quando
2
cheias, devem ser consideradas plástico Grupo A por causa das paredes mais espessas.
À medida que as aberturas em engradados plásticos aumentam, o produto comporta-se mais como Classe III. Da mesma maneira, à medida que as aberturas
tornam-se menores, o produto comporta-se mais como plástico.

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 1 – Generalidades... 599

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 25/2011

Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis


Parte 1 – Generalidades e requisitos básicos

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Definições
B Classificações de mercadorias
2 Aplicação
C Exemplos de mercadorias
3 Referências normativas e bibliográficas
D Exemplos de mercadorias Classes I, II, III e IV.
4 Definições

5 Procedimentos

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600 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 1 – Generalidades... 601

1 OBJETIVO NFPA 30 – Flammable and combustible liquids code – 2003


Estabelecer os requisitos mínimos necessários para a Edition.
elaboração de projeto e dimensionamento das medidas de ANSI B 31.1 – Piping and piping systems
segurança contra incêndio exigidos para instalações de API STD 620 – Recommended rules for design and
produção, armazenamento, manipulação e distribuição de construction of large, welded, low pressure storage tanks.
líquidos combustíveis e inflamáveis.
API STD 650 – Welded steel tanks for oil storage.
2 APLICAÇÃO Norma Petrobrás N-1203D/97 - Projeto de sistemas fixos de
proteção contra incêndio em instalações terrestres com
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações
Hidrocarbonetos.
e/ou áreas de risco em que haja produção, manipulação,
armazenamento e distribuição de líquidos combustíveis ou Norma Petrobrás N-1674B/98 - Projeto de arranjo de refinarias
inflamáveis localizadas no interior de edificações ou a céu de petróleo.
aberto, conforme o Decreto Estadual nº56.819/11 – Regula- BRITO, Júlio César Silva. Proposta de medidas de segurança
mento de segurança contra incêndio das edificações e áreas contra incêndio para destilarias de álcool. Monografia apre-
de risco do Estado de São Paulo. sentada no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. São
Paulo: CAES-PMESP, 2009.
2.2 Esta Instrução Técnica não se aplica a:
2.2.1 Instalações que, pelas características, exijam a aplica- 4 DEFINIÇÕES
ção de norma técnica específica, desde que seja reconhecida Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini-
(nacional ou internacionalmente) por órgão certificador oficial; ções constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança
2.2.2 Instalações com produtos em aerossóis, spray, névoa, contra incêndio.
líquido criogênico, ou qualquer material que tenha ponto de
fusão igual ou superior a 37,8oC;
5 PROCEDIMENTOS
2.2.3 Instalações de gases inflamáveis, cuja aplicação será
5.1 Conceitos fundamentais (premissas) para
pela IT 28/11 – Manipulação, armazenamento, comercia-
dimensionamento das medidas de segurança contra
lização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP).
incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis
2.3 Parques de abastecimento de aeronaves devem atender 5.1.1 Para o projeto dos sistemas de proteção conside-
ao disposto nesta IT. ram-se dois conceitos fundamentais:

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS 5.1.1.1 Dimensionamento pelo cenário de maior risco;


NBR 7820 – Segurança nas instalações de produção, arma- 5.1.1.2 Não simultaneidade de eventos, isto é, o dimensio-
zenamento, manuseio e transporte de etanol (álcool etílico). namento deve ser feito baseando-se na ocorrência de
apenas um evento.
NBR 7821 – Tanques soldados para armazenamento de
petróleo e derivados – procedimento. 5.1.2 Devem ser realizados testes de funcionamento e aceita-
NBR 10897 – Sistemas de proteção contra incêndio por ção final dos sistemas de proteção ou extinção considerados
chuveiros automáticos - requisitos. nesta IT, pelo responsável técnico, bem como apresentados
os documentos indicados na IT 01/11 – Procedimentos
NBR 12615 – Sistema de combate a incêndio por espuma. administrativos.
NBR 13792 – Proteção contra incêndio, por sistema de
5.1.3 As instalações elétricas dessas edificações devem ser
chuveiros automáticos, para áreas de armazenamento em
antiexplosão, nos locais classificados conforme normas
geral – Procedimento.
técnicas vigentes.
NBR 14.605 - Armazenamento de líquidos inflamáveis e
combustíveis – Sistema de drenagem oleosa. 5.1.4 A Tabela 1 apresenta a classificação dos líquidos
inflamáveis e combustíveis abrangidos por esta IT.
NBR 15511 – Líquido gerador de espuma (LGE), de baixa
expansão, para combate a incêndios em combustíveis líquidos.
NBR 17505 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e Tabela 1: Classificação de líquidos inflamáveis e
combustíveis. combustíveis
NBR IEC 60079-1 – Equipamentos elétricos para atmosferas
explosivas – Especificação.
NFPA 409 – Standard on Aircraft Hangars – 2001 Edition.
NFPA 11 – Standard for Low-Expansion Foam – 2002-2005
Edition.
NFPA 13 – Standard for the installation of sprinkler systems –
2002-2010 Edition.
NFPA 15 - Standard for Water Spray Fixed Systems for Fire
Protection – 2007 Edition.
NFPA 16 – Standard for the installation of foam-water sprinkler
and foam water spray systems - 2003 Edition.

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602 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.2 Bombas de incêndio 5.3.6 Quando for utilizada água salgada, a tubulação deve
ser de material adequado para esta finalidade.
5.2.1 Quando instalado o sistema de combate a incêndio
por espuma e/ou resfriamento, é obrigatória a instalação de 5.3.7 Devem existir válvulas de bloqueio localizadas de tal
duas bombas de incêndio (principal e reserva), podendo ser forma que pelo menos dois lados de uma malha em anel de
uma elétrica e a outra movida por motor à explosão, ou as rede de hidrantes que envolva a área de armazenamento
duas bombas com motor à explosão. Ambas as bombas possam ficar em operação, no caso de rompimento ou
devem possuir as mesmas características de vazão/pressão bloqueio de um dos outros dois lados. As válvulas devem
e serem acionadas automaticamente. ficar em condições de fácil acesso para sua operação, inspe-
ção e manutenção.
5.2.1.1 É permitida a instalação de duas bombas de incên-
dio elétricas, devendo uma delas ser alimentada por gerador 5.3.8 Sistemas para conexão de mangueiras, controles e
automatizado com a mesma autonomia requerida para o válvulas de controle de aplicação de espuma ou água de
funcionamento do sistema. Neste caso, ambas as bombas proteção contra incêndio em tanques devem ser posicionados
devem ter acionamento automatizado. fora das bacias de contenção, das bacias de contenção à
distância, e distantes das canaletas de drenagem de derra-
5.2.1.2 É permitida a instalação de uma única bomba de
mamentos para uma bacia de contenção à distância.
incêndio para locais de armazenamento com capacidade
máxima de até 120 m³ no cenário de maior risco, caso em que 5.4 Arranjo físico e controle de vazamentos
não será exigido acionamento automatizado.
Para efeito de determinação do arranjo físico e controle de
5.2.2 As bombas de incêndio com acionamento elétrico de- vazamentos nas instalações e/ou áreas de risco em que haja
vem atender às premissas específicas previstas na IT 41/11 - produção, manipulação, armazenamento e distribuição de
Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão, líquidos combustíveis ou inflamáveis localizadas no interior
sobretudo, ter circuito de alimentação elétrica do motor inde- de edificações ou a céu aberto deve ser observado o contido
pendente da rede geral, de forma a permitir o desligamento nas especificações desta IT, conforme enquadramento
geral da energia elétrica das instalações sem prejuízo do obtido a partir do seguinte:
funcionamento do conjunto motobomba.
a. Parte 1 – Generalidades e requisitos básicos;
5.2.3 As bombas de incêndio automatizadas devem ter,
obrigatoriamente, pelo menos um ponto de acionamento b. Parte 2 – Armazenamento em tanques estacionários;
manual alternativo de fácil acesso, devendo sua localização c. Parte 3 – Armazenamento fracionado;
ser indicada no projeto.
d. Parte 4 – Manipulação.
5.2.4 As bombas devem ser projetadas de modo a atender à
demanda total do cenário de maior risco para os sistemas de 5.5 Sistema de proteção por extintores
espuma e resfriamento, bem como das linhas suplementa-
res, nas vazões e pressões previstas. 5.5.1 Para o dimensionamento da proteção por extintores,
deve ser considerada a capacidade de cada tanque,
5.2.5 Os equipamentos elétricos do sistema devem atender quando for isolado, ou a somatória da capacidade dos
ao disposto nas normas NBR IEC 60079-1/09, NBR IEC 60079- tanques, ou a quantidade total da armazenagem fracionada,
14/06 e na IT 41/11. conforme Tabela 2.
5.2.6 Para demais requisitos sobre bombas de incêndio, não 5.5.2 Os extintores, em locais onde haja parques de
abordados nesta IT, adotar a IT 22/11 - Sistemas de hidrantes tanques, podem estar todos localizados e centralizados num
e de mangotinhos para combate a incêndio. abrigo sinalizado, a não mais de 150 m do tanque mais
desfavorável, desde que tenha condições técnicas de conduzir
5.3 Rede de tubulações estes extintores por veículo de emergência da própria
5.3.1 A rede de tubulações deve ser projetada de acordo edificação ou área de risco; caso não haja veículo de emer-
com as necessidades dos riscos a proteger, atendendo gência, a distância máxima entre o abrigo e o tanque mais
plenamente as vazões e pressões previstas. desfavorável deve ser de 50 m.

5.3.2 A rede de tubulações deve ser instalada de modo que nas 5.5.3 Os tanques enterrados devem ter proteção por extinto-
emergências ela não venha a ser danificada pelo fogo e/ou ex- res somente próximo do local de enchimento e/ou saída
plosão, utilizando juntas flexíveis quando possível e necessário. (bomba): 2 extintores do tipo 20-B.

5.3.3 Todos os ramais da rede de tubulações devem ser 5.5.4 Para armazenamento de líquidos em recipientes
claramente identificados para facilitar a operação rápida do abertos deve ser considerada a proporção de 20-B de
sistema. capacidade extintora para cada 4,65 m² de superfície de
líquido inflamável.
5.3.4 Quando a rede de tubulações for aérea, devem ser
previstos suportes de apoio e meios que permitam, quando 5.5.5 Para as bacias de contenção à distância deve ser
necessário, drenagem adequada. prevista proteção por extintores, levando-se em conta o volu-
me da bacia de contenção e a Tabela a seguir.
5.3.5 No caso de rede de tubulações enterradas, esta deve
possuir revestimento adequado à corrosão e proteção contra 5.5.6 Para as áreas descritas na Parte 4 desta IT, os extinto-
movimentação do solo, especialmente quando houver res devem ser distribuídos de forma que o operador não per-
tráfego de veículos pesados. corra mais do que 15 m para alcançar um aparelho extintor.

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 1 – Generalidades... 603

Tabela 2: Proteção por extintores de incêndio variadas, satisfazendo a todas as exigências referentes a um
fluído de densidade muito baixa e alta capacidade de absor-
ção do calor. A espuma mecânica não é considerada um
agente adequado para incêndios em gases. Sua densidade,
sendo menor que a dos líquidos inflamáveis, permite que
seja usada principalmente para formar uma cobertura flutu-
ante, extinguindo, cobrindo e resfriando o combustível de
forma a interromper a evaporação dos vapores e impedir a
sua mistura com o oxigênio do ar.
5.6.1.3 A espuma mecânica é condutora de eletricidade,
portanto, não deve ser usada em equipamentos elétricos
energizados.
5.6.1.4 Casos especiais de isenção do sistema de combate
a incêndio por espuma, para líquidos combustíveis classes
III-A e III-B, devem ser verificados nas tabelas de exigências
desta IT.

5.6.2 Gerador de espuma mecânica


Os tipos de sistemas aceitos por esta IT para obter a espuma
mecânica são:
5.6.2.1 Sistema fixo: instalação contínua que inclui os reser-
vatórios de água e de líquido gerador de espuma (LGE), as
bombas, as tubulações, os proporcionadores e os geradores
de espuma;
5.6.2.2 Sistema semifixo: sistema no qual um dispositivo de
descarga de espuma é fixado ao risco ou tanque, sendo este
ligado a uma tubulação, que termina em local seguro, de
forma que permita o acoplamento de linhas de mangueira;
5.6.2.3 Sistema móvel: qualquer tipo de equipamento
gerador de espuma montado sobrerrodas (automóvel ou
reboque), podendo ser conectado a uma fonte de água ou
utilizar solução de espuma pré-misturada;
5.6.2.4 Sistema portátil: equipamento gerador de espuma,
materiais, esguichos, mangueiras, entre outros, que são trans-
portados manualmente;
5.6.2.5 A relação entre a quantidade de espuma produzida
pelos equipamentos e a quantidade de solução de espuma
(coeficiente de expansão) deve ser na ordem de 8 vezes como
o valor máximo, e 4 vezes como o valor mínimo. O tempo de
permanência da espuma sobre a superfície do líquido deve
5.5.6.1 As áreas descritas no item acima devem ser protegi- ser, no mínimo, de 15 min. Para produtos onde seja necessária
das por extintores sobrerrodas localizados em pontos estra- a contenção de vapores por um maior tempo, pode ser aceito
tégicos e sua área de proteção deve ser restrita ao nível do tempo diferente, devendo tal alteração constar no estudo de
piso que se encontram, de forma que o operador não percor- cenários.
ra mais do que 22,5 m para alcançar um aparelho extintor,
cuja capacidade extintora deve ser de, no mínimo, 80-B. 5.6.2.5.1 Injeção subsuperficial e semissubsuperficial podem
exigir coeficientes de expansão menores.
5.6 Sistema de proteção por espuma
5.6.3 Armazenamento do líquido gerador de espuma (LGE)
5.6.1 Premissas e conceitos utilizados para os sistemas em instalações fixas
de proteção por espuma
5.6.3.1 O LGE deve ser armazenado em tanques ou
5.6.1.1 A espuma mecânica ou espuma de ar, para as finali- recipientes que não comprometam sua qualidade.
dades desta IT, deve ser entendida como um agregado de
bolhas cheias de ar, geradas por meios puramente mecâni- 5.6.3.2 Os tanques ou recipientes devem estar localizados,
cos, de soluções aquosas contendo um concentrado de sempre que possível, em pontos equidistantes dos riscos a
origem animal, sintética ou vegetal. proteger, nas estações de emulsionamento.
5.6.1.2 A espuma mecânica ou espuma de ar é útil como 5.6.3.3 A temperatura no interior da massa líquida do LGE
agente de prevenção e extinção ao fogo nas situações mais não poderá ser superior a 45oC.

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604 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.6.3.4 Os tanques de LGE devem ser projetados de modo a a. esguicho autoedutor;


disporem de respiros adequados, válvulas de descarga, fácil b. proporcionador de linha;
acesso para enchimento, dispositivo de medição e de contro-
c. proporcionadores de pressão;
le de nível, boca de visita para facilitar a inspeção, limpeza e
tomada de amostras. d. proporcionadores “around-the-pump”;
e. sistema de bombeamento de espuma com saída
5.6.3.5 Os recipientes devem conter rótulo de identificação
variável de injeção direta;
do tipo de LGE, indicando a aplicabilidade, taxas de aplica-
ção e dosagens recomendadas. f. bomba com motor acoplado;
g. proporcionadores tipo bomba de pressão balanceada.
5.6.4 Suprimento de água para espuma
5.6.6.2 A solução de espuma normalmente é obtida à razão
5.6.4.1 Os itens básicos para se dimensionar um sistema de 3% para derivados de petróleo (hidrocarbonetos) e 6%
eficiente de proteção por meio de espuma mecânica são a para solventes polares.
vazão, o volume e a pressão da água.
5.6.6.2.1 São aceitas dosagens de LGE diferentes do previs-
5.6.4.2 A vazão e o volume de água para o sistema de prote- to acima desde que devidamente atestadas pelo fabricante
ção contra incêndio por espuma devem ser determinados em sua eficiência para o produto a ser protegido.
relação ao cenário de maior risco a ser protegido.
5.6.6.2.2 Em todos os casos devem ser juntados catálogos
5.6.4.3 A vazão e o volume de água determinados pelo ou relatórios técnicos de ensaios específicos normalizados,
cenário de maior risco a ser protegido devem ser adiciona- conforme NBR 15511/08.
dos à vazão e ao volume necessário para alimentar equipa-
mentos móveis a serem previstos no projeto (esguichos para 5.6.6.3 Quando a mistura de água com LGE for efetuada em
espuma ou água) e à vazão e volume necessários para o estação fixa de emulsionamento, devem ser observados os
sistema de resfriamento. seguintes requisitos:

5.6.4.4 O suprimento de água para os sistemas de espuma 5.6.6.3.1 A estação deve estar localizada em local que ofere-
mecânica pode ser feito com água doce ou salgada, porém, ça proteção contra danos que possam ser causados pelo
com a necessária qualidade de modo que a espuma gerada fogo e/ou explosão;
não sofra efeitos adversos. 5.6.6.3.2 A estação fixa deve dispor de sistemas elétricos e
5.6.4.5 A alimentação de água da estação de emulsio- de comunicação suficientemente protegidos contra danos
namento pode ser obtida a partir da rede de alimentação dos causados pelo fogo e ou explosão;
hidrantes. 5.6.6.3.3 A estação fixa pode dispor dos seguintes equipa-
5.6.4.6 A pressão do sistema deve ser, no mínimo, a projeta- mentos básicos para a mistura de água e LGE:
da para atender ao desempenho dos equipamentos a serem a. bomba booster, válvulas de controle e respectivas tu-
utilizados, tanto nas estações de emulsionamento como nos bulações de acordo com as necessidades do projeto;
pontos de aplicação. b. bomba de extrato formador, válvulas de controle e
respectivas tubulações de acordo com as necessidades
5.6.5 Suprimento de LGE
do projeto;
5.6.5.1 O LGE deve ser aprovado por ensaios conforme NBR c. recipiente para o armazenamento do LGE nas quanti-
15511/08 ou norma internacionalmente aceita. dades previstas no projeto;
5.6.5.2 O suprimento de LGE deve ser determinado confor- d. válvulas de controle e de alimentação de água e
me previsto nas partes 2, 3 e 4 desta IT. mistura;
5.6.5.2.1 Deve ser adicionada ao suprimento de solução de e. instrumentos para indicação de pressão e fluxo de
espuma a quantidade necessária para o enchimento da água, LGE, mistura e nível de LGE;
tubulação adutora. f. dosadores;
5.6.5.3 Os projetos de sistemas de extinção por meio de espu- g. dispositivos adequados para abastecimento dos
ma mecânica devem prever a disponibilidade de LGE na quan- recipientes de LGE por meio de veículos ou recipien-
tidade mínima de duas vezes o volume necessário para a co- tes portáteis;
bertura do cenário de maior risco, conforme acima determina- h. dispositivos adequados para permitir inspeções e
do, sendo uma carga inicial e outra como carga de reposição. testes de funcionamento dos equipamentos;
5.6.5.3.1 Para empresas participantes de um Plano de Auxí- i. dispositivos adequados para permitir a limpeza, com
lio Mútuo (PAM) ou similar, regularmente constituído, em que água limpa, de todos os equipamentos de dosagem.
esteja prevista a reposição de estoque de LGE que atenda a 5.6.6.4 Os sistemas fixos podem, excepcionalmente, ser
quantidade dimensionada em projeto, dentro de 24 h, pode alimentados por estações móveis de emulsionamento da
ser dispensada a reserva de reposição acima descrita. solução de espuma, desde que montados sobre veículos e em
número suficiente exigido para a operação do sistema. Neste
5.6.6 Estação de emulsionamento caso, devem ser observados os seguintes requisitos básicos:
5.6.6.1 A mistura de água com LGE pode ser feita por meio 5.6.6.4.1 Os sistemas elétricos, os freios, a suspensão, as ro-
de um dos seguintes métodos (dosadores): das e cabine devem obedecer às normas brasileiras em vigor;

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 1 – Generalidades... 605

5.6.6.4.2 O tanque de LGE deve ser construído com material possuir identificação clara, de modo a permitir sua operação
resistente a corrosão, com capacidade para armazenar o pro- rápida e correta.
duto no volume previsto no projeto e com os requisitos técni-
5.6.7.3 Quando a rede de tubulações for dimensionada em
cos exigidos pelas normas brasileiras em vigor;
anel, devem ser previstas válvulas seccionadoras que permi-
5.6.6.4.3 Devem ser especificadas as conexões para entra- tam manobras d’água e de solução de espuma, bem como o
da de água, descarga de pré-mistura, abastecimento e funcionamento de parte do sistema quando forem necessá-
descarga de LGE; rias manutenções na tubulação, devendo tais dispositivos de
manobra fazer parte do estudo de cenário.
5.6.6.4.4 A bomba de LGE e/ou dosador devem ser especifi-
cados com indicações das vazões e pressões mínimas e 5.6.8 Formadores de espuma
máximas, de modo que a cobertura do maior risco considera- 5.6.8.1 Os equipamentos formadores de espuma adotados
do no projeto seja plenamente atendida; devem ser avaliados em função do desempenho apresenta-
5.6.6.4.5 A bomba d’água deve ser especificada com indica- do pelos fabricantes, conforme suas especificações técnicas
ções das vazões e pressões mínimas e máximas, de modo e as vazões de água e espuma previstas no projeto, sendo
que a cobertura do maior risco considerado no projeto seja que tal desempenho (especificações de pressão e de vazão)
plenamente atendida; caso o projeto não indique a potência deve ser levado em conta nos cálculos hidráulicos para
da bomba necessária para o funcionamento do sistema, pode dimensionamento dos sistemas.
ser solicitada a apresentação da curva de bomba, para a 5.6.8.2 Os equipamentos formadores de espuma devem ser
verificação da eficácia do sistema, por ocasião da vistoria; instalados de modo a facilitar as inspeções e manutenções.
5.6.6.4.6 Os dispositivos do painel de operação e controle
5.6.9 Testes de operação e descarga - aceitação
devem ser identificados e com indicação das respectivas
funções; 5.6.9.1 Os sistemas de proteção ou extinção considerados
nesta IT devem ser projetados de forma que a espuma gera-
5.6.6.4.7 Devem ser previstos para transporte de equipa- da não seja aplicada no interior de equipamentos durante a
mentos portáteis de combate a incêndio, desenhos e fluxo- execução de testes.
grama dos sistemas de emulsionamento, admissão e descar-
ga, instruções de funcionamento e manutenção dos diversos 5.6.9.2 Após a instalação de todos os equipamentos previs-
mecanismos, bem como dimensões e características gerais tos no projeto, o responsável pela instalação/manutenção do
do veículo. sistema e o proprietário ou responsável pelo uso devem
proceder aos testes de operação e descarga do sistema.
5.6.7 Válvulas de controle 5.6.9.3 Os testes de operação e descarga devem ser feitos
5.6.7.1 Em todo sistema de espuma, especialmente nas para o cenário de maior risco.
estações fixas de emulsionamento, as válvulas principais de 5.6.9.4 Durante a vistoria, devem acompanhar o vistoriador
acionamento e as válvulas de distribuição da pré-mistura do Corpo de Bombeiros pessoa habilitada com conhecimento
devem possuir dispositivos que identifiquem quando elas do funcionamento das medidas de segurança e os brigadistas
estão abertas ou fechadas e, nas áreas de risco, devem estar treinados para operar os sistemas de proteção instalados.
situadas em local protegido.
5.7 Sistema de resfriamento
5.6.7.2 Nas estações fixas ou móveis de emulsionamento,
todas as válvulas de acionamento e distribuição devem Deve atender ao previsto nas partes 2, 3 e 4 desta IT.

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606 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 607

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 25/2011

Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis


Parte 2 – Armazenamento em tanques estacionários

SUMÁRIO ANEXO
6 Armazenamento em tanques estacionários situados A Distâncias de segurança
em áreas abertas
7 Armazenamento em tanques estacionários situados
em áreas fechadas
8 Instalação de tanques subterrâneos
9 Postos de abastecimento e serviços

10 Tanques existentes

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011
e pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

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608 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 609

6 ARMAZENAMENTO EM TANQUES ESTACIONÁRIOS classe III-B devem ser localizados de acordo com a Tabela A-5
SITUADOS EM ÁREAS ABERTAS do Anexo A, exceto se localizados na mesma bacia de con-
tenção ou no curso do canal de drenagem para a bacia de
6.1 Arranjo físico e controle de vazamentos
contenção à distância de tanques que armazenem líquidos
6.1.1 Adotam-se as disposições da NBR 17505/06 – Parte 2 de classe I ou classe II, quando devem ser localizados confor-
com as adequações constantes desta IT, de acordo com o me determinado em 6.1.5.1 ou 6.1.5.3.
item 6.2 desta Parte da IT.
6.1.5.7 No caso da propriedade adjacente ser uma instala-
6.1.2 Tratando-se de armazenagem de etanol (álcool etílico), ção similar, os parâmetros de distâncias podem, com o
ciclohexano e óleo fúsel em unidades de processamento de consentimento por escrito dos dois proprietários, adotar as
álcool, adota-se a NBR 7820 com as adaptações previstas no distâncias mínimas estabelecidas em 6.1.6 ao invés daque-
item 17 da Parte 4 desta IT. las recomendadas em 6.1.5.1 ou 6.1.5.3, desde que atendam
às distâncias mínimas, em ambas as instalações, do costado
6.1.3 Para tanques de etanol em refinarias de petróleo, as
ao dique e do dique à divisa das propriedades.
distâncias de segurança seguem de acordo com o item 6.1.1
desta IT. 6.1.5.8 Quando o rompimento das extremidades de um vaso
de pressão ou tanque horizontal pressurizado expuser a ris-
6.1.4 Independentemente das facilidades de combate ao
co as propriedades adjacentes e/ou edificações internas, este
fogo, tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis
vaso de pressão ou tanque horizontal pressurizado deve ter
e/ou combustíveis, com distâncias horizontais inferiores às
seu eixo longitudinal paralelo a estas propriedades e/ou
distâncias mínimas de isolamento, contidas na Tabela A-7 do
instalações mais próximas e mais importantes.
Anexo A, devem ser considerados como único risco para efeito
de proteção contra incêndio. 6.1.5.9 Os tanques de superfície retirados de serviço ou
desativados devem estar desconectados, vazios de produ-
6.1.5 Localização em relação aos limites de propriedade,
tos, livres de vapor, protegidos contra violações e sinaliza-
via de circulação interna e edificações importantes na mesma
dos, sendo dispensados do atendimento às distâncias de
propriedade.
isolamento.
6.1.5.1 Todos os tanques destinados ao armazenamento de
líquidos de classe I, classe II ou classe III-A e operando com 6.1.6 Distância entre dois tanques de superfície
pressões manométricas igual ou abaixo de 17,2 KPa adjacentes (entre costados)
(2,5 psig) devem ser localizados de acordo com as Tabelas
6.1.6.1 Os tanques de armazenamento de líquidos estáveis
A-1 e A-6 do Anexo A.
de classe I, classe II ou classe III-A devem ter um espaçamento
6.1.5.2 Os tanques verticais que disponham de solda de acordo com a Tabela A-7 do Anexo A.
fragilizada entre o teto e o costado, fabricados de acordo com
6.1.6.1.1 Em instalações de produção situadas em regiões
as prescrições da NBR 17505-2/06 e que armazenem líqui-
isoladas, nos tanques de petróleo cru com capacidades indi-
dos de classe III-A podem ser localizados na metade das
viduais de no máximo 480.000 L, o espaçamento deve ser no
distâncias especificadas na Tabela A-1 do Anexo A, desde
mínimo de 1,00 m, não requerendo a aplicação da Tabela
que não estejam no interior de uma bacia de contenção que
A-7 do Anexo A.
contenha tanques que armazenem líquidos de classe I ou
classe II ou não estejam no curso do canal de drenagem para 6.1.6.1.2 A distância entre os tanques usados somente para
a bacia de contenção à distância de tanques que armazenem o armazenamento de líquidos de classe III-B deve ser no
as referidas classes de produtos. mínimo 1 m, desde que eles não estejam dentro de uma bacia
de contenção ou na proximidade do canal de drenagem para
6.1.5.3 Todos os tanques destinados ao armazenamento de
a bacia de contenção a distância de tanques que armazenem
líquidos estáveis de classe I, classe II ou classe III-A e operan-
líquidos da classe I ou classe II, quando então deve ser
do com pressões manométricas superiores a 17,2 KPa
aplicada a Tabela A-7 do Anexo A.
(2,5 psig) ou que sejam equipados com dispositivos de venti-
lação de emergência que operem com pressões manomé- 6.1.6.2 A distância entre um tanque que armazene líquido
tricas superiores a 17,2 KPa (2,5 psig), devem ser localizados instável e outros tanques que armazenem líquidos instáveis
de acordo com as Tabelas A-2 e A-6 do Anexo A. ou líquidos de classe I, II ou III não deve ser inferior à metade
da soma de seus diâmetros.
6.1.5.4 Todos os tanques destinados ao armazenamento de
líquidos com características de ebulição turbilhonar devem 6.1.6.3 A distância mínima entre um vaso ou recipiente de
ser localizados de acordo com a Tabela A-3 do Anexo A. gás liquefeito de petróleo (GLP) e um tanque de armaze-
namento de líquidos de classe I, classe II ou classe III-A deve
6.1.5.4.1 Os líquidos com características de ebulição turbilho-
ser de 6 m. Devem ser previstos diques, canais de drenagem
nar não devem ser armazenados em tanques de teto fixo, com
para a bacia de contenção à distância e desníveis, de modo a
diâmetro superior a 45 m, exceto quando um sistema adequa-
não ser possível o acúmulo de líquidos de classe I, classe II
do e aprovado de inertização seja instalado no tanque.
ou classe III-A sob o vaso contendo GLP, adjacente à
6.1.5.5 Todos os tanques destinados ao armazenamento de tancagem.
líquidos instáveis devem ser localizados de acordo com as
6.1.6.4 Quando os tanques de armazenamento de líquidos
Tabelas A-4 e A-6 do Anexo A.
inflamáveis e combustíveis estiverem em uma bacia de con-
6.1.5.6 Todos os tanques destinados ao armazenamento de tenção, os vasos de GLP devem ficar fora da bacia e no mínimo
líquidos estáveis e não sujeitos à ebulição turbilhonar de a uma distância de 3 m da linha de centro da base do dique.

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610 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

6.1.6.5 Quando os tanques armazenando líquidos de classe 6.1.7.1.4 Para o atendimento do prescrito na alínea “e”, quando
I, classe II ou classe III-A estiverem operando com pressões do armazenamento de líquidos estáveis, podem ser aceitas
manométricas que excedam 17,2 KPa (2,5 psig), ou equipa- bacias de contenção com o coeficiente de permeabilidade
dos com dispositivos de ventilação de emergência que traba- máximo de 10-4 cm/s referenciado à água a 20°C, quando
lhem a pressões superiores a 17,2 KPa (2,5 psig), devem ser existirem canaletas em concreto armado, com área de esco-
separados dos vasos contendo GLP, conforme distâncias amento mínima de 900 cm² em torno dos tanques e demais
determinadas em 6.1.5.1 ou 6.1.5.3. pontos passíveis de vazamentos e direcionando, preferencial-
6.1.6.5.1 Estas disposições não se aplicam quando vasos de mente, os vazamentos para o sistema de drenagem.
GLP, com capacidade igual ou inferior a 475 L forem instalados 6.1.7.2 Contenção por diques em torno de tanques
próximos aos tanques de suprimento de óleo combustível,
com capacidade igual ou inferior a 2.500 L. 6.1.7.2.1 Quando a proteção das propriedades adjacentes
ou cursos d’água for feita por meio de bacia de contenção em
6.1.7 Controle de derramamento de tanques de superfície torno de tanques, dotadas de diques, este sistema deve ser
Todos os tanques que armazenem líquidos de classe I, conforme os seguintes requisitos:
classe II ou classe III-A devem ser dotados de meios que im- a. deve ser assegurada uma declividade no piso da
peçam que a ocorrência acidental de derramamento de líqui- bacia para o canal de drenagem de no mínimo 1% a
dos venha a colocar em risco instalações importantes ou pro- partir do tanque. Caso a distância do tanque até a
priedades adjacentes, ou alcancem cursos d’água. Tais mei- base do dique seja superior a 15 m, deve ser assegu-
os devem atender aos requisitos de 6.1.7.1, 6.1.7.2 ou 6.1.7.3. rada a declividade de 1%, pelo menos nos primeiros
15 m, podendo a partir daí ser reduzida conforme
6.1.7.1 Bacia de contenção à distância
projeto;
6.1.7.1.1 Onde o controle de derramamento for feito através
b. a capacidade volumétrica da bacia de contenção deve
de drenagem para uma bacia de contenção à distância, de
ser no mínimo igual ao volume do maior tanque, mais
forma que o líquido contido não seja mantido junto aos
o volume do deslocamento da base deste tanque, mais
tanques, devem ser atendidas às seguintes condições:
os volumes equivalentes aos deslocamentos dos
a. deve-se assegurar uma declividade no piso para o demais tanques contidos na bacia, suas bases e os
canal de fuga de no mínimo 1% nos primeiros 15 m a volumes dos diques intermediários;
partir do tanque, na direção da área de contenção;
c. para permitir acesso a instalações com capacidade de
b. a capacidade da bacia de contenção à distância deve
armazenamento superior a 60.000 L, a base externa
ser no mínimo igual à capacidade do maior tanque
do dique ao nível do solo não deve ser inferior a 3 m de
que possa ser drenado para ela, ou da maior pilha,
qualquer limite de propriedade;
de acordo com as Tabelas B-3, B-4 e B-5 da Parte 3
desta IT, não necessitando, neste caso, ser superior a d. as paredes do dique podem ser feitas de terra, aço,
50.000 L; concreto ou alvenaria sólida, projetadas para serem
c. o trajeto do sistema de drenagem deve ser localizado estanques e para resistirem à coluna hidrostática total.
de forma que, se o líquido no sistema de drenagem se Diques de terra com 0,90 m ou mais de altura devem
inflamar, o fogo não represente sério risco aos ter uma seção plana no topo com largura mínima de
tanques e às propriedades adjacentes; 0,60 m. A inclinação de um dique de terra deve ser
compatível com o ângulo de repouso do material de
d. a distância entre o limite de propriedade, ou entre qual-
construção usado na execução da parede;
quer outro tanque e o produto, no nível máximo da bacia
de contenção à distância, não deve ser inferior a 15 m; e. a bacia deve ser provida de meios que facilitem o aces-
e. o coeficiente de permeabilidade máximo das paredes so de pessoas e equipamentos ao seu interior, em
e do piso da bacia deve ser de 10-6 cm/s, referenciado situação normal e em casos de emergência;
à água a 20°C e a uma coluna de água igual à altura f. o sistema de drenagem da bacia deve ser dotado de
do dique; válvulas de bloqueio posicionadas externamente a
f. deve-se prover na gestão do sistema de armaze- essa e mantidas permanentemente fechadas;
namento, que a bacia de contenção à distância esteja g. a altura máxima do dique, medida pela parte interna
sempre vazia em sua condição normal de operação, da bacia, deve ser de 3 m; a altura do dique deve ser o
inclusive visando o cuidado de não se permitir a somatório da altura que atenda à capacidade
contenção de produtos incompatíveis. volumétrica da bacia de contenção, como estabelecido
6.1.7.1.2 Onde não for possível o atendimento ao prescrito em 6.1.7.2.1, alínea b), mais 0,20 m para conter as
na alínea “b” acima, é permitida a utilização de bacia de movimentações do líquido e, no caso do dique de terra,
contenção à distância parcial, sendo o volume excedente para mais 0,20 m para compensar a redução originada pela
que se atinja o volume de contenção requerido suprido por acomodação do terreno, não se aplicando para bacias
diques que atendam aos requisitos de 6.1.7.2. contendo tanques horizontais;
6.1.7.1.3 A exigência da alínea “b” também é válida para h. um ou mais lados externos do dique pode ter altura
bacia de contenção à distância “parcial”. O volume excedente superior a 3 m, desde que todos os tanques sejam
deve atender aos requisitos de contenção por diques como adjacentes no mínimo a uma via na qual esta altura
estabelecido em 6.1.7.2. O espaçamento entre tanques deve nos trechos frontais aos tanques não ultrapasse 3 m;
ser determinado com base nas previsões para tanques em i. os diques de terra devem ser construídos com camadas
bacia de contenção da Tabela A-7 do Anexo A. sucessivas de espessura não superior a 0,20 m,

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 611

devendo cada camada ser compactada antes da lado para evitar que líquidos inflamáveis e combustí-
deposição da camada seguinte; veis entrem em cursos d’água natural, em esgotos
j. o dique, quando de terra, deve ser protegido da públicos, caso sua presença seja perigosa, sendo
erosão, não podendo ser utilizado para este fim acessível de fora da bacia de contenção, em situações
material de fácil combustão; de incêndio;
k. as tubulações que atravessem as paredes dos diques o. é proibido o armazenamento de materiais combustí-
devem ser projetadas de forma a evitar tensões exces- veis, de tambores vazios ou cheios no interior da bacia
sivas resultantes de recalque (do solo) ou exposição a de contenção;
calor; p. o coeficiente de permeabilidade, máximo, das pare-
l. a distância mínima entre os tanques e a base interna des e do piso da bacia deve ser de 10 -6 cm/s
do dique deve ser de 1,5 m, exceto para instalações referenciado à água a 20°C e uma coluna de água
onde exista apenas um tanque no interior da bacia, igual à altura do dique.
com volume até 15 m³, quando esta distância pode ser 6.1.7.2.2 Para o armazenamento de líquidos estáveis podem
reduzida, não podendo ser inferior a 0,60 m; ser aceitas bacias de contenção com o coeficiente de
m. cada bacia de contenção com dois ou mais tanques permeabilidade máximo de 10-4 cm/s, referenciado à água a
deve ser subdividida preferencialmente por canais de 20°C, quando existirem canaletas em concreto armado, com
drenagem ou, no mínimo, por diques intermediários, área de escoamento mínima de 900 cm² em torno dos tanques
de forma a evitar que derramamentos de tanques e demais pontos passíveis de vazamentos e direcionando,
adjacentes coloquem em risco o interior da bacia de preferencialmente, os vazamentos para o sistema de
contenção, conforme segue: drenagem.
1) no armazenamento de líquidos estáveis em 6.1.7.2.3 Onde não for possível o atendimento ao prescrito
tanques verticais de tetos cônicos ou tipo domos na alínea “b” do subitem 6.1.7.2.1, é permitida a utilização de
construídos com solda fragilizada entre o costado bacia de contenção à distância parcial, sendo o volume exce-
e o teto ou de teto flutuante ou com selo flutuante, dente para que se atinja o volume de contenção requerido
ou em qualquer tipo de tanque armazenando suprido por diques que atendam aos requisitos de 6.1.7.2.
petróleo cru nas áreas de produção, deve ser
previsto um dique intermediário para cada tanque, 6.1.7.3 Onde a contenção secundária for aplicada a um tan-
com capacidade superior a 1.600 m³ ou para cada que, para prover o controle de derramamentos, deve-se aten-
grupo de tanques com capacidade total não supe- der aos seguintes requisitos:
rior a 2.400 m³ e individual máxima de 1.600 m³; a. a capacidade do tanque não deve exceder 45.000 L;
2) no armazenamento de líquidos estáveis em tanques b. todas as conexões das tubulações com o tanque de-
não cobertos pelo subitem anterior deve ser vem ser feitas acima do nível máximo normal de líquido;
previsto um dique intermediário para cada tanque c. devem ser providos recursos para prevenir a libera-
com capacidade superior a 380 m³. Além disto, ção de líquido do tanque devido ao efeito sifão;
deve-se prever uma subdivisão para cada grupo
d. devem ser providos meios para se verificar o nível do
de tanques possuindo uma capacidade inferior a
líquido no tanque. Estes recursos devem estar acessí-
570 m³, não podendo cada tanque individual exce-
veis ao operador durante as operações do tanque;
der a capacidade de 380 m³;
e. devem ser providos meios para se prevenir do enchi-
3) no armazenamento de líquidos instáveis, em qual-
mento excessivo, soando um alarme quando o nível
quer tipo de tanque, deve ser previsto um dique
do líquido no tanque atingir 90% de sua capacidade e
intermediário isolando cada tanque, exceto se os
parando automaticamente o carregamento do líquido
tanques forem instalados em bacias que possuam
quando o nível do tanque atingir a 95% da capacidade.
um sistema de drenagem contemplando o
Estes recursos não devem restringir ou interferir de
resfriamento por anéis;
nenhuma forma no funcionamento adequado dos
4) quando 2 ou mais tanques armazenando líquidos respiros normal ou de emergência;
de classe I, um deles possuindo diâmetro superior
f. o espaçamento entre tanques adjacentes não deve
a 45 m, estiverem localizados em uma mesma bacia
ser inferior a 1 m;
de contenção, devem ser previstos diques inter-
mediários, entre os tanques adjacentes, de forma g. o tanque deve suportar o dano de uma colisão por
a conter, pelo menos 10% da capacidade do tanque veículo a motor ou devem ser providenciadas barreiras
enclausurado; apropriadas contra colisão;
5) os canais de drenagem ou os diques intermediários h. onde o recurso de contenção secundária adotado for o
devem ser localizados entre os tanques, de forma encapsulamento, este deve ser provido de recursos de
a tirar a maior vantagem do espaço disponível, com alívio de emergência de acordo com a NBR 17505-2/06.
a devida atenção à capacidade individual de 6.1.8 Isolamento de tanques no mesmo parque
cada tanque. Onde forem utilizados diques inter-
mediários, os mesmos não devem ter altura inferior 6.1.8.1 Tanques verticais
a 450 mm; Os tanques aéreos verticais com capacidade individual igual
n. quando forem feitas provisões para o escoamento de ou inferior a 20 m³ serão considerados isolados, para fins de
águas das bacias de contenção, este deve ser contro- proteção contra incêndio, quando distanciarem entre si, no

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612 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

mínimo duas vezes o diâmetro do maior tanque e estiverem 6.2.5 Em todas as situações acima, os estudos de cenários
em bacias de contenção isoladas. devem ser baseados no desempenho dos equipamentos a ser
adotados, devendo os catálogos ser juntados ao processo.
6.1.8.2 Tanques horizontais
Os tanques aéreos horizontais com capacidade individual 6.3 Sistema de proteção por espuma
igual ou inferior a 20 m³ serão considerados isolados, para
Todos os tanques contendo líquidos combustíveis ou infla-
fins de proteção contra incêndio, quando distanciarem entre
máveis devem ser protegidos por um sistema de espuma que
si, no mínimo duas vezes a maior dimensão do maior tanque
atenda aos requisitos mínimos abaixo:
e estiverem em bacias de contenção isoladas.
6.1.8.3 A distância mencionada nos itens 6.1.8.1 e 6.1.8.2 6.3.1 Tipos de aplicação de espuma
pode ser reduzida à metade, com a interposição de uma pa- Serão aceitos os seguintes tipos de aplicação de espuma,
rede corta-fogo com resistência mínima ao fogo de 120 min, e ressalvadas as limitações expressas nesta IT e as recomen-
ultrapassando 1 m acima da altura do maior tanque. dações dos fabricantes:
6.1.8.4 É permitida a proteção somente por extintores para 6.3.1.1 Aplicação Tipo 1: a aplicação da espuma é feita de
parques com no máximo 5 tanques isolados conforme itens maneira suave, podendo ser de 3 formas:
6.1.8.2. e 6.1.8.3.
a. tubo de amianto poroso ou câmara com tubo Moeller;
6.2 Estudo de cenários b. calha de espuma;
c. tubo condutor.
Quando da apresentação do projeto técnico onde seja
necessário o dimensionamento de sistemas de combate a 6.3.1.2 Aplicação Tipo 2: consiste em uma câmara de espu-
incêndio por espuma e/ou resfriamento, deve ser realizado ma externa ao tanque e um defletor fixado internamente, que
pelo responsável técnico um estudo dos cenários possíveis desvia o jato de espuma contra a parede do tanque. A aplica-
de sinistro, atendendo aos seguintes requisitos: ção não é feita de forma suave, mas a baixa densidade da
espuma e sua aeração permitem seu emprego em tanques
6.2.1 Para o dimensionamento da reserva de incêndio, deve
contendo solventes polares ou hidrocarbonetos.
ser adotado o cenário que apresente a maior demanda de
água para a soma das seguintes exigências: 6.3.1.3 Aplicação Tipo 3: por meio de canhões monitores ou
a. volume de água requerida para resfriamento do linhas manuais.
tanque em chamas pelo tempo estabelecido nesta IT; 6.3.1.3.1 Canhões monitores podem ser fixos, portáteis,
b. volume de água requerido para resfriamento dos montados sobre suportes móveis ou sobrerrodas. Para sua
tanques vizinhos pelo tempo estabelecido nesta IT; escolha, deve-se levar em consideração também o alcance
c. volume de água requerido para combate a incêndio útil horizontal e vertical.
com espuma no tanque em chamas pelo tempo esta- 6.3.1.3.2 Em solventes polares o uso de canhões monitores
belecido nesta IT; ou linhas manuais deve ser precedido de minucioso estudo,
d. volume de água requerido para as linhas suplementa- podendo ser utilizados desde que o fabricante o recomende
res de espuma, conforme tempo estabelecido nesta IT. em conjunto com o LGE apropriado.
6.2.2 Para o dimensionamento das bombas de incêndio, deve 6.3.2 Tanques de teto fixo
ser adotado o cenário que apresente a maior demanda de
vazão e pressão para atender simultaneamente o seguinte: 6.3.2.1 Os tanques de teto fixo devem dispor de proteção
mínima por espuma de acordo com o previsto na Tabela 3.
a. vazão de água requerida para resfriamento do tanque
em chamas; 6.3.2.2 Em tanques contendo combustíveis líquidos de alta
b. vazão de água requerida para resfriamento dos viscosidade, os quais tenham permanecido em queima por
tanques vizinhos; período prolongado, o uso de espuma mecânica não é acon-
selhado.
c. vazão de água requerida para combate a incêndio com
espuma no tanque em chamas adotado; 6.3.3 Os tanques verticais de teto fixo, construídos conforme
d. vazão de água requerida para as linhas suplementares API 620, ou outra norma equivalente internacionalmente aceita,
de espuma. não devem possuir sistema fixo de aplicação de espuma,
tendo em vista que, por construção, não possuem solda de
6.2.3 Para o dimensionamento do volume de líquido gera- baixa resistência entre o teto e o costado. Neste caso, deve
dor de espuma (LGE), deve ser adotado o cenário que apre- ser prevista proteção para a bacia de contenção pelo mesmo
sente a maior demanda, considerando o emprego simultâ- tempo e taxa de aplicação previstos nas Tabelas 4 e 5.
neo de LGE, pelo tempo determinado, para:
6.3.4 Tanques de teto fixo com teto interno ou selo flutuante
a. combate a incêndio no tanque de maior risco;
b. aplicação de espuma através de linhas suplementares. 6.3.4.1Os tanques cujo teto flutuante interno seja do tipo
double deck, pontoon ou metallic sandwich-panel roofs de-
6.2.4 Na análise destes cenários, deve ser considerado, vem ser protegidos por sistema fixo de aplicação de espuma,
além do diâmetro do tanque, o tipo de líquido a ser armaze- com o aplicador instalado no costado, dimensionado no míni-
nado, o tipo de LGE a ser utilizado, a taxa de aplicação e as mo para proteger a coroa formada pela área da vedação teto/
dosagens adotadas. costado, considerando a taxa de aplicação de 12,2 L/min/m²,

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 613

Tabela 3: Sistemas de proteção mínima por espuma para tanques de teto fixo

durante 20 min. No caso de utilização de aplicadores sobre o Tabela 4: Taxa e tempo mínimos de aplicação de espuma em
teto, consultar a NFPA 11. Quando utilizados tanques com tanques verticais contendo hidrocarbonetos
selo flutuante do tipo bulk headed, com anteparo para prote-
ger a coroa, deve ser utilizado o mesmo critério de aplicação
de espuma.
6.3.4.2 Para os demais tipos de teto ou selo/membrana
flutuante, deve ser considerada a área total da superfície
líquida, utilizando-se os mesmos critérios para os tanques de
teto fixo de mesmo diâmetro.

6.3.5 Tanques de teto flutuante (externo)


6.3.5.1 Tanques construídos conforme API 650, com teto do
tipo double deck ou pontoon, não necessitam de sistema fixo
de aplicação de espuma, devendo ser protegidos apenas por
aplicadores manuais de espuma, desde que o alcance do
jato atinja o teto do tanque.
6.3.5.2 Para os demais tipos de teto flutuante, deve ser
Tabela 5: Taxa e tempo mínimos de aplicação de espuma em
considerada a área total da superfície líquida, utilizando os
tanques verticais contendo solventes polares
mesmos critérios para os tanques de teto fixo de mesmo
diâmetro.
6.3.6 Taxa e tempo de aplicação de solução de espuma
6.3.6.1 As taxas e os tempos de aplicação mínimos de espu-
ma para combate a incêndios em hidrocarbonetos, armaze-
nados em tanques estacionários em áreas abertas, de acor-
do com a classe do líquido e com o tipo de aplicação, devem
atender ao previsto na Tabela 4.
6.3.6.2 As taxas e os tempos mínimos de aplicação de espu-
ma para combate a incêndios em solventes polares armaze-
nados em tanques estacionários em áreas abertas, de acor-
do com o tipo de aplicação, devem atender ao previsto na
Tabela 5.

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614 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

6.3.6.3 As taxas e os tempos de aplicação recomendados aplicação mais altas. O fabricante do LGE deve ser consultado
pelo fabricante, conforme observado em ensaios laboratoriais e a ele devem ser solicitadas recomendações.
e comprovado por laudos técnicos prevalecem sobre os 6.3.8.2 Estes sistemas não devem ser aplicados a tanques
previstos nas tabelas anteriores. de teto flutuante.
6.3.6.4 A aplicação de espuma tipo III deve ainda considerar 6.3.8.3 Produtos e equipamentos geradores de espuma para
a retirada da espuma pelo vento, o que deve aumentar a taxa a aplicação subsuperficial devem ser aprovados para esta
de aplicação em mais 20%. finalidade. Os LGE fluorproteínicos e os AFFF oferecem
desempenho satisfatório neste processo de aplicação.
6.3.7 Proteção por câmara de espuma
6.3.8.4 A taxa mínima de aplicação deve ser de 6.5 L/min/m²
6.3.7.1 Câmaras, defletores e deslizadores para aplicação da área da superfície do líquido, ou de acordo com a reco-
de espuma. mendação do fabricante.
6.3.7.1.1 O rendimento das câmaras de aplicação da espu- 6.3.8.5 O suprimento mínimo de LGE a ser mantido deve ser
ma deve ser calculado de acordo com as vazões previstas a soma das quantidades definidas para as câmaras de
em projeto. descarga do tipo subsuperficial e para as linhas de espuma
6.3.7.1.2 Havendo mais de uma câmara, estas devem ser suplementares conforme indicado em 6.3.9.
instaladas com distâncias iguais entre si ao redor do tanque,
6.3.8.6 Saídas de espuma
de modo que a cobertura do líquido possa ser efetuada
uniformemente. 6.3.8.6.1 As saídas de espuma para tanques podem ser o
extremo aberto da tubulação de suprimento de espuma ou do
6.3.7.1.3 As câmaras, defletores e deslizadores devem ser próprio produto estocado. As saídas devem ser dimensio-
instalados de modo que seu funcionamento seja garantido nadas de modo que não sejam ultrapassados os limites da
mesmo em caso de projeção do teto. pressão de descarga do gerador de espuma e da velocidade
6.3.7.1.4 Os defletores e deslizadores devem ser projetados da espuma. A velocidade da espuma no ponto de descarga
e instalados nos tanques de teto cônico, quando necessário, para o tanque não deve exceder 3,0 m/s, para os líquidos de
de modo que a espuma seja aplicada suavemente e que não classe I-B, e não deve exceder 6,0 m/s para os líquidos de
mergulhe no líquido a uma profundidade maior que 25 mm. outros tipos, a menos que testes efetivos provem que veloci-
6.3.7.1.5 As câmaras devem dispor de selo que previna a dades mais altas são satisfatórias.
entrada de vapores nas câmaras e na tubulação. 6.3.8.6.2 Quando duas ou mais saídas são necessárias, es-
6.3.7.1.6 As câmaras devem possuir dispositivos que permi- tas devem ficar espaçadas igualmente ao redor do tanque,
tam a realização de testes sem a penetração de espuma nos de modo que o percurso não exceda 30 m, e cada saída deve
tanques. ser dimensionada para descarregar a espuma à mesma vazão.
Para distribuição uniforme da espuma, as saídas podem ter
6.3.7.2 A quantidade mínima de câmaras de espuma por
conexões no costado ou a espuma pode ser alimentada atra-
tanque que atenda aos requisitos do item 6.3.7.1.2, deve ser
vés de uma tomada múltipla de tubos para o interior do
conforme a Tabela 6.
tanque, partindo de uma só conexão no costado. As cone-
xões no costado podem ser feitas nas tampas das portas de
Tabela 6: Número mínimo de câmaras de espuma por tanque
inspeção, em vez de instalarem bocas adicionais no tanque.
6.3.8.6.3 Os tanques devem ter número mínimo de saídas de
espuma conforme o determinado na Tabela 7.
6.3.8.6.4 Quanto à altura das saídas de espuma, estas
devem estar situadas acima do nível de água. Havendo água
no fundo do tanque, acima das saídas de espuma, ela deve
ser drenada até o nível do ponto de aplicação, antes de colocar
o sistema de espuma em operação. Caso isso não seja feito,
a eficácia da espuma será reduzida devido à sua diluição,
prolongando ou impossibilitando a extinção.
6.3.9 Proteção suplementar de espuma
Independentemente da proteção primária por espuma
6.3.7.3 Para tanques com diâmetro superior a 60 m, deve ser indicada para cada tanque, deve ser considerada ainda a
instalada uma câmara de espuma a cada 465 m² ou fração de proteção suplementar de espuma para cada bacia de con-
superfície adicional de líquido. Recomenda-se que, neste caso, tenção e áreas sujeitas a derramamento por meio de hidrantes,
a aplicação de espuma seja pelo processo subsuperficial. conforme previsto a seguir:
6.3.9.1 Em todos os locais sujeitos ao derramamento ou vaza-
6.3.8 Injeção subsuperficial ou semissubsuperficial
mento de produtos ou onde o produto possa ficar exposto à
Para o dimensionamento dos sistemas de combate a incêndio atmosfera em condições de operação (separador de água e
por espuma com injeção subsuperficial ou semissubsuperficial, óleo, etc);
deve ser observada a NFPA 11 ou o previsto a seguir. 6.3.9.2 Deve ser previsto o uso de espuma por meio de es-
6.3.8.1 Sistemas de aplicação subsuperficial não são indica- guichos manuais ou canhões monitores, cuja quantidade
dos para a proteção de produtos como álcool, ésteres, cetonas, mínima, considerando a vazão mínima de 200 L/min para
aldeídos, anidridos e outros. Hidrocarbonetos líquidos que cada equipamento, é obtida através da Tabela 8 e o tempo
contêm tais produtos misturados podem exigir taxas de mínimo de aplicação a partir da Tabela 9.

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 615

6.3.10 Hidrantes e canhões monitores Tabela 8: Número mínimo de linhas suplementares manuais
Os hidrantes e os canhões fixos, quando manualmente ope- ou canhões monitores de espuma
rados, utilizados para proteção por espuma (observar núme-
ro mínimo) devem estar situados à distância de 1,5 (uma vez
e meia) a altura do tanque a partir do seu costado, para
aqueles com diâmetro até 9 m e de 15 m a 75 m dos costados
para os tanques com diâmetros superiores a 9 m, sempre
considerando o estudo dos possíveis cenários.
Tabela 7: Número mínimo de saídas de espuma

Tabela 9: Tempo mínimo de aplicação

6.4 Sistema de resfriamento


6.4.1 O resfriamento pode ser realizado por meio de:
a. linha manual com esguicho regulável;
b. canhão monitor manual ou automático;
c. aspersores fixos.
6.4.2 Tanques verticais de armazenagem de líquidos com-
bustíveis e inflamáveis devem dispor de um sistema de
resfriamento, conforme Tabela 10.

Tabela 10: Proteção por resfriamento para tanques verticais e horizontais

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616 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

6.4.2.1 Tanques, cuja cobertura é aberta em todos os lados, Tabela 12: Taxa mínima de resfriamento por canhões
que não obstrua a dissipação de calor ou a dispersão de monitores (fixos ou móveis) ou mangueiras a partir de
vapores inflamáveis e não restrinja o acesso e o controle ao hidrantes
combate a incêndio deve ser tratado como tanque de super-
fície externo.

6.4.3 Resfriamento por aspersores


6.4.3.1 A proteção por sistema de aspersores é obrigatória a
partir do topo do tanque:
6.4.3.2 Os aspersores devem ser distribuídos de forma a pos-
sibilitar uma lâmina de água contínua sobre a superfície a ser
resfriada (teto e costado), sendo que a tubulação que alimenta
os aspersores do teto deve ser independente da tubulação do
costado ou deve ser dotada de dispositivo automático que não
comprometa o funcionamento do anel do costado em caso de
seu arrancamento pela projeção do teto em uma explosão.
6.4.3.3 Deve haver uma superposição entre os jatos dos
aspersores, equivalente a 10% de dimensão linear coberta
por cada aspersor.
6.4.3.4 Deve ser previsto no mínimo um anel de aspersores 6.4.4.4 No caso da proteção se fizer no topo de taludes, para
instalado a partir do topo do tanque. fins de proteção por linhas manuais, a altura pode ser consi-
6.4.3.4.1 Não é considerada como proteção do costado a derada entre este e o topo do tanque, desde que seja possí-
utilização de apenas um aspersor (chuveiro) no centro do vel efetuar o resfriamento na superfície do costado do tanque
teto do tanque. submetida à irradiação do calor.
6.4.3.5 Nos tanques para armazenamento refrigerado, deve 6.4.4.5 Caso o tanque vizinho seja do tipo teto flutuante, para
ser prevista a aspersão de água com baixa velocidade e o resfriamento só deve ser considerada a metade da área do
distribuição uniforme sobre o teto e costado, calculada à base costado.
de 3,0 L/min/m² de área a ser protegida. 6.4.4.6 Para efeito de cálculo, são considerados vizinhos os
6.4.3.6 É válido dividir-se o sistema de aspersão em seto- tanques que atendam a um dos seguintes requisitos:
res, para melhor aproveitamento da quantidade de água a. quando o tanque considerado em chamas for vertical
disponível. e a distância entre seu costado e o costado do tanque
6.4.3.6.1 Neste caso, o teto deve ser totalmente resfriado e a vizinho for menor que 1,5 vez o diâmetro do tanque em
superfície lateral mínima a ser resfriada não deve ser inferior chamas ou 15 m, o que for maior;
a 1/3 da superfície lateral total do tanque exposta à fonte b. quando o tanque considerado em chamas for horizon-
irradiadora do calor. tal e a distância entre a base do dique da sua bacia de
contenção e o costado do tanque vizinho for menor
6.4.4 Para o cálculo da vazão necessária ao resfriamento que 15 m.
dos tanques verticais atmosféricos devem ser adotados
os seguintes critérios: 6.4.5 Suprimento de água
6.4.4.1 Tanque em chamas: 2,0 L/min/m2 da área do costado; O suprimento deve ser baseado em uma fonte inesgotável
6.4.4.2 Tanques vizinhos: (mar, rio, lago) o qual deve ser capaz de demanda de 100%
a. utilizando aspersores: 2,0 L/min/m² da área determi- da vazão de projeto em qualquer época do ano ou condição
nada na Tabela 11, ou climática. Na inviabilidade desta solução, deve ser previsto
um reservatório com capacidade para atender à demanda de
b. utilizando canhões monitores (fixos ou móveis) ou
100% da vazão de projeto durante o período de tempo
mangueiras a partir de hidrantes (linhas manuais):
descrito na Tabela 13.
conforme a Tabela 12.
6.4.5.1 Para o cálculo do volume da reserva de incêndio
6.4.4.3 O sistema de aspersores pode ser substituído por
previsto no item 6.2.1, deve ser considerada a capacidade
canhão monitor, desde que se comprove o seu desempenho
de armazenamento do maior risco, conforme o estudo de
para a altura do tanque a ser protegido, devendo-se conside-
cenários.
rar o alcance vertical e horizontal do equipamento, a cobertu-
ra de todo o teto e de 1/3 da superfície do costado voltados 6.4.5.2 A pressão mínima deve ser de 45 mca com o emprego
para a fonte irradiante do calor e a vazão requerida. obrigatório de esguichos reguláveis.
6.4.5.3 A vazão mínima de água para as linhas manuais de
Tabela 11: Área a ser resfriada por aspersores resfriamento deve ser de 300,00 L/min.

6.4.6 Hidrantes e canhões-monitores


6.4.6.1 Tanques verticais individuais ou parques de
tanques de armazenamento de líquidos combustíveis e
inflamáveis devem dispor de um sistema secundário de

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 617

resfriamento, que deve ser feito por meio de canhões 6.5.1.2 Os tanques horizontais devem ser protegidos por um
monitores ou linhas manuais. sistema de aplicação de espuma que abranja toda a bacia de
contenção, devendo-se utilizar um dos seguintes métodos de
Tabela 13: Suprimento de água (reserva de incêndio) aplicação, ou a combinação destes:
a. câmaras de espuma;
b. aspersores de espuma;
c. canhões monitores;
d. linhas manuais.
6.5.1.3 O projeto do sistema de proteção por aspersores de
espuma deve atender aos requisitos da NFPA 11 e 16.
6.5.1.4 Os canhões monitores, quando utilizados para prote-
ção da bacia de contenção, devem ser instalados externa-
mente a ela.
6.5.1.4.1 Deve haver pelo menos 2 canhões monitores
manuais para cada bacia de contenção a ser protegida,
posicionados de tal forma que a espuma seja lançada de
duas direções distintas, alimentação de LGE independente,
sem simultaneidade de aplicação.
6.4.6.2 Atendidas a pressão e a vazão mínimas das linhas de 6.5.1.4.2 Será aceita a instalação de apenas 1 canhão monitor
resfriamento previstas, os canhões monitores e/ou as linhas manual, caso seja demonstrada a eficiência do mesmo
manuais usados para resfriamento em tanques verticais ou através do estudo de cenário.
horizontais devem ser capazes de resfriar o teto e o costado.
6.5.1.5 Linhas manuais
6.4.6.3 Para o dimensionamento do sistema de hidrantes
(distribuição e quantidade) deve ser feito um estudo de cená- 6.5.1.5.1 Deve haver pelo menos duas linhas manuais para cada
rios, o qual deve prever incêndio em cada um dos tanques, bacia de contenção a ser protegida, posicionadas de tal forma
de modo que o sistema de hidrantes preveja: que a espuma seja lançada de duas direções distintas, alimen-
a. duas linhas de mangueiras ou dois canhões monitores tação de LGE independente, sem simultaneidade de aplicação.
para o tanque em chamas; 6.5.1.6 Aplica-se o contido no item 6.3.6 para a proteção por
b. uma linha de mangueira ou um canhão monitor para espuma das bacias de contenção.
cada tanque vizinho.
6.5.2 Sistema de resfriamento
6.4.6.3.1 Para este dimensionamento, as taxas de aplicação
6.5.2.1 A vazão mínima necessária ao resfriamento dos
previstas na Tabela 12 e o alcance vertical e horizontal dos
tanques horizontais deve ser de 2,0 L/min/m² da área da sua
jatos devem ser plenamente atendidos.
projeção horizontal.
6.4.6.4 Caso o parque de tanques a ser protegido contenha
tanques com volume individual inferior a 60 m³, é dispensada a 6.5.2.2 Para efeito de cálculo, somente são resfriados
instalação de uma linha de mangueira ou canhão monitor para tanques horizontais vizinhos quando:
cada tanque vizinho, conforme previsto no item 6.4.6.3, desde a. o tanque em chamas for vertical;
que tais linhas não sejam inferiores a duas e que seja demons- b. não estiverem no interior da mesma bacia de conten-
trado no estudo de cenários a eficiência do sistema projetado. ção do tanque horizontal em chamas.
6.4.6.4.1 Cada ponto da área de risco ou dos tanques
6.5.2.3 Neste caso, não deve ser considerada a aplicação
vizinhos a serem protegidos devem ser atendidos pelo
de água na bacia do tanque em chamas, devido ao fato de
menos por uma linha de resfriamento.
que em um incêndio em tanque horizontal pode ocorrer vaza-
6.4.6.5 Os hidrantes e os canhões fixos, quando manual- mento para a bacia de contenção.
mente operados, utilizados para proteção por resfriamento,
devem estar situados à distância de 1,5 vez (uma vez e meia) 7 ARMAZENAMENTO EM TANQUES ESTACIONÁRIOS
a altura do tanque a partir do seu costado, para aqueles com SITUADOS EM ÁREAS FECHADAS
diâmetro até 9 m e de 15 m a 75 m dos costados para os
tanques com diâmetros superiores a 9 m, sempre conside- 7.1 Arranjo físico e controle de vazamentos
rando o estudo dos possíveis cenários. 7.1.1 Os volumes de líquidos inflamáveis e combustíveis a
serem armazenados em tanques estacionários situados em
6.5 Requisitos básicos para proteção de tanques áreas fechadas ficam limitados às quantidades estabelecidas
horizontais nos itens 7.1.4, 7.1.5 e 7.1.6 desta Parte da IT.
6.5.1 Sistema de proteção por espuma 7.1.2 O controle de derramamento deve seguir o disposto em
6.5.1.1 Os tanques horizontais ficam dispensados da instala- 6.1.7.1. ou 6.1.7.2 desta Parte da IT.
ção de sistema de combate a incêndio por espuma, devendo, 7.1.3 Para efeito de distanciamentos de instalações conten-
neste caso, ser protegida apenas a bacia de contenção do tanques devem ser observadas as prescrições da Tabela
através de linhas manuais de espuma. A-8 do Anexo “A”.

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618 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

7.1.4 Líquido Classe I-A 7.1.6 Líquidos da Classe III-B


7.1.6.1 A capacidade total de armazenamento não pode ser
7.1.4.1 A capacidade total de armazenamento não pode ser
superior a 60 m³, nem o líquido ser pré-aquecido, devendo
superior a 20 m³.
ser instalados somente no pavimento térreo.
7.1.4.2 Somente podem ser instalados no pavimento 7.1.6.1.1 Será admitido volume entre 60 m³ e 120 m³, desde
térreo, envolvidos em compartimentos especiais impermeá- que seja prevista proteção por sistemas de espuma e
veis a líquidos e herméticos a vapores ou gases, sem aterro, resfriamento através de câmaras de espuma e bicos asper-
porém com respiro para o ambiente externo. As paredes sores, respectivamente, para os tanques, com acionamento
(lados), o teto (topo) e o piso (fundo) do compartimento externo à edificação, e proteção suplementar de espuma por
devem ser de concreto armado, de espessura mínima de 15 linhas manuais para a bacia de contenção, devendo atender
cm, possuindo abertura de inspeção, somente no topo. As aos itens 6.3, 6.4 e 6.5 desta IT.
conexões dos tanques devem ser construídas e instaladas 7.1.6.1.2 Sendo o líquido pré-aquecido, deve atender às
de tal forma que nem vapores nem líquidos possam escapar exigências previstas para líquidos classes II e III-A.
para dentro do compartimento. Devem ser providenciados
meios para que possa ser utilizado equipamento portátil que 7.1.6.2 A capacidade do tanque de combustível fica limita-
sirva para retirar quaisquer vapores que se possam acumular da a 2.000 L, quando instalado no mezanino técnico ou
em caso de vazamento. subsolo.

7.1.4.3 A capacidade do tanque de combustível fica limitada 7.1.7 Isolamento de tanques no mesmo parque
a 2.000 L, quando instalado no mezanino técnico, ou 250 L,
quando instalado no subsolo. 7.1.7.1 Tanques verticais
Os tanques aéreos verticais com capacidade individual igual
7.1.5 Líquidos das Classes I-B, I-C, II e da Classe III-A ou inferior a 20 m³ serão considerados isolados, para fins de
proteção contra incêndio, quando distanciarem entre si, no
7.1.5.1 Nenhum tanque que não seja enterrado pode ser mínimo três vezes o diâmetro do maior tanque e em bacias de
localizado à distância horizontal inferior a 3 m de qualquer contenção isoladas.
fonte de calor.
7.1.7.2 Tanques horizontais
7.1.5.2 A capacidade total de armazenamento não pode ser Os tanques aéreos horizontais com capacidade individual
superior a 40 m³, devendo ser instalados somente no pavi- igual ou inferior a 20 m³ serão considerados isolados, para
mento térreo. fins de proteção contra incêndio, quando distanciarem entre
7.1.5.2.1 Será admitido volume entre 40 m³ e 60 m³, desde si, no mínimo 3 vezes a maior dimensão do maior tanque e
que seja prevista proteção por sistemas de espuma e resfria- em bacias de contenção isoladas.
mento através de câmaras de espuma e bicos aspersores, 7.1.7.3 A distância mencionada nos itens 7.1.7.1 e 7.1.7.2
respectivamente, para os tanques, com acionamento externo pode ser reduzida à metade, com a interposição de uma
à edificação, e proteção suplementar de espuma por linhas parede corta-fogo com resistência mínima ao fogo de 120 min,
manuais para a bacia de contenção, devendo atender aos e ultrapassando 1 m acima da altura do maior tanque.
itens 6.3, 6.4 e 6.5 desta IT. 7.1.7.4 É permitida a proteção somente por extintores para
parques com no máximo 3 tanques isolados, conforme itens
7.1.5.3 As paredes do ambiente que encerram os tanques
7.1.7.1. a 7.1.7.3.
devem ser construídas em concreto armado, com espessura
mínima de 15 cm, ou em alvenaria, com espessura mínima 7.2 Requisitos básicos para proteção de tanques no
de um tijolo. Tais paredes devem ser construídas somente interior de edificações
sobre concreto ou outro material resistente ao fogo e serão
engastadas no piso. O compartimento deve ter teto de 7.2.1 Sistema de proteção por espuma
concreto armado, com 12 cm de espessura mínima, ou outro 7.2.1.1 Para a previsão e dimensionamento do sistema fixo
material de equivalente resistência ao fogo. Onde o teto ou de proteção por espuma em tanques estacionários situados
pavimento acima do compartimento for de concreto armado em áreas fechadas, devem ser seguidos os parâmetros de
ou de outro material de equivalente resistência ao fogo, as dimensionamento dos itens 6.3 e 6.5 desta IT.
paredes do compartimento podem se estender à face 7.2.1.1.1 Para líquidos combustíveis da classe III não haverá
superior do forro ou pavimento, engastando-se firmemente isenção de proteção do sistema de espuma, devendo aten-
ao mesmo. Qualquer abertura deste compartimento possuirá der ao dimensionamento previsto nos itens 6.3 e 6.5 desta IT.
porta corta-fogo ou outros dispositivos aprovados com
soleiras herméticas a líquidos, com 15 cm de altura e 7.2.2 Sistema de resfriamento
incombustível. 7.2.2.1 Para a previsão e dimensionamento do sistema fixo
de proteção por resfriamento em tanques estacionários situa-
7.1.5.3.1 Devem ser previstos sistemas de detecção e dos em áreas fechadas, devem ser seguidos os parâmetros
exaustão mecânica automática de vapores e sistema de de dimensionamento dos itens 6.4 e 6.5 desta IT.
combate a incêndios.
7.2.2.1.1 Para líquidos combustíveis da classe III não
7.1.5.4 A capacidade do tanque de combustível fica limita- haverá isenção de proteção do sistema de resfriamento,
da a 2.000 L, quando instalado no mezanino técnico ou devendo atender ao dimensionamento previsto nos itens
subsolo. 6.4 e 6.5 desta IT.

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 619

7.2.2.2 A pressão mínima deve ser de 35,00 mca com o 9 POSTOS DE ABASTECIMENTO E SERVIÇOS
emprego obrigatório de esguichos reguláveis. 9.1 Nos postos de serviços para veículos motorizados, os
7.2.2.3 A vazão mínima de água para as linhas manuais de tanques devem obrigatoriamente ser instalados no pavimen-
resfriamento deve ser de 250,00 lpm. to térreo, no nível do solo ou enterrados.
9.1.1 Tanques subterrâneos devem atender ao contido no
7.3 Critérios de proteção para hangares item 8 desta Parte da IT.
7.3.1 Controle de vazamentos 9.1.2 Tanques instalados no térreo ou no nível do solo de-
vem atender às exigências para tanques em áreas abertas.
7.3.1.1 No caso de hangares com área até 5.000 m², a
drenagem do piso para bacia de contenção à distância pode 10 TANQUES EXISTENTES
ser para própria caixa separadora (água e óleo) exigida
10.1 Para os tanques existentes que não cumprirem os
pelos órgãos públicos pertinentes, conforme NBR 14605-7
afastamentos das normas em que devam se enquadrar deve
e/ou outras normas técnicas oficiais afins.
ser apresentada proposta de proteções suplementares para
7.3.1.2 Para áreas superiores a 5.000 m², em que a proteção ser analisada em Comissão Técnica, tais como:
se faz por espuma através de chuveiros automáticos, deve 10.1.1 Aumento da taxa de aplicação dos sistemas de
ser prevista uma bacia de contenção a distância a fim de resfriamento e espuma;
conter os líquidos inflamáveis e a água proveniente do siste-
10.1.2 Adotar sistemas fixos de resfriamento ou cortinas de
ma de espuma.
água;
7.3.1.2.1 Neste caso a bacia de contenção deve possuir 10.1.3 Aumento do número de canhões de espuma ou de
capacidade de armazenar o volume da água utilizada no resfriamento;
sistema de combate.
10.1.4 Construção de uma parede corta-fogo com resistên-
cia mínima de 120 min; esta parede deve ter os seus limites
7.3.2 Sistemas de proteção contra incêndio
ultrapassando 01(um) metro acima do topo do tanque ou do
7.3.2.1 Para hangar com área até 5.000 m², além do sistema edifício adjacente, adotando-se o mais alto entre os dois, e
de hidrantes, deve ser prevista uma linha manual de espuma 2 (dois) metros da projeção das laterais do tanque;
com vazão mínima de 200 lpm e reserva de incêndio para 30 10.1.5 Construção de uma parede corta-fogo ao redor do
minutos de operação; tanque (altura acima do topo dos tanques horizontais), com
7.3.2.2 Para hangar com área superior a 5.000 m², além das resistência mínima de 120 min, preenchida com areia,
proteções do item anterior, também deverá ser prevista prote- podendo ser utilizada a tabela de afastamentos de tanques
ção por meio de chuveiros automáticos de espuma do tipo subterrâneos.
dilúvio, com taxa mínima de aplicação de 6,5 L/min/m² com
tempo de operação de 15 minutos. 11 ROTEIRO PARA DETERMINAÇÃO DO MAIOR RISCO E
DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS DE ESPUMA E
RESFRIAMENTO
8 INSTALAÇÃO DE TANQUES SUBTERRÂNEOS
11.1 Para determinação do maior risco e dimensionamento
8.1 A cava para instalação do tanque deve ser feita de forma dos sistemas de espuma e resfriamento deve ser observado
a não comprometer as fundações de estruturas vizinhas. o presente roteiro.
8.2 As cargas das fundações vizinhas não devem ser trans- 11.2 Deve ser feito o cálculo para cada tanque considerando-
mitidas ao tanque. As seguintes distâncias mínimas medidas o como maior risco em um cenário e depois deve ser feito o
na horizontal, devem ser atendidas. cálculo para cada cenário para determinação do maior risco.
8.2.1 A distância de qualquer parte do tanque que armaze- 11.3 O dimensionamento dos sistemas de espuma e resfria-
ne líquidos de classe I, II ou III em relação à parede mais mento deve ser feito separadamente, pois nem sempre o maior
próxima de qualquer construção abaixo do solo não deve ser risco para o sistema de espuma é o maior risco para o siste-
inferior a 0,60 m e; em relação ao limite de propriedade, ma de resfriamento, ao final a reserva de incêndio deve ser
sobre a qual possa haver uma edificação, a distância mínima somada.
deve ser de 1,5 m.
11.4 Roteiro
8.2.2 Todo tanque subterrâneo deve ser coberto por uma Passo 1: considerar um tanque qualquer como sendo o de
camada de terra de no mínimo 0,60 m de espessura ou com maior risco e verificar todos os tanques vizinhos conforme
uma camada mínima de 0,30 m sobre a qual deve ser coloca- item 6.4.4.6;
da uma laje de concreto armado com uma espessura mínima
Passo 2: verificar na Tabela 10 o tipo de proteção que deve
de 0,10 m. Quando sujeito ao tráfego de veículos, o tanque
ser utilizado: canhão monitor, linha manual ou aspersor;
deve ser protegido por uma camada de terra de no mínimo
0,90 m ou com 0,45 m de terra bem compactada e ainda uma Passo 3: verificar a vazão mínima que deve ser utilizada
camada de 0,15 m de concreto armado, ou 0,20 m de concre- para proteção deste tanque e dos tanques vizinhos confor-
to asfáltico. Quando for usada uma pavimentação de concre- me item 6.4.4;
to armado ou asfáltico, como parte da proteção, esta deve Passo 4: efetuar o cálculo hidráulico com base no passo 3 e
estender-se em pelo menos 0,30 m horizontalmente, além características dos equipamentos, a fim de obter a vazão e
dos contornos do tanque em todas as direções. pressão reais da bomba de incêndio;

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620 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Passo 5: verificar o tempo total de resfriamento conforme Ta- Passo 13: verificar o número de linhas suplementares para
bela 13; proteção da bacia conforme Tabela 8;
Passo 6: multiplicar a vazão total do sistema de resfriamento Passo 14: verificar o tempo mínimo de operação das linhas
encontrada no passo 4 pelo tempo necessário para o suplementares na Tabela 9;
resfriamento encontrado no passo 5, o resultado será a reserva Passo 15: calcular a quantidade de LGE e de água necessária
necessária para o sistema de resfriamento; para atender este tanque com o sistema de proteção por es-
Passo 7: repetir os passos 1 ao 6 para todos os tanques puma somando a quantidade para atender o tanque em
deste cenário e considerar como maior risco o tanque que chamas e a bacia com seus tempos de funcionamento
exigiu a maior reserva de incêndio; independentes;
Passo 8: considerar o tanque de maior risco e verificar qual o Passo 16: repetir os passos 7 a 15 para todos os tanques
tipo de proteção por espuma que deve ser projetada confor- deste cenário e considerar como maior risco deste cenário o
me Tabela 3; tanque que exigiu a maior reserva de incêndio e de LGE;
Passo 9: verificar a taxa de aplicação da solução de espuma e Passo 17: efetuar o cálculo hidráulico, com base nas carac-
o tempo de atuação do sistema de espuma na Tabela 4 se o terísticas dos equipamentos, a fim de obter as vazões e
líquido for hidrocarboneto e na Tabela 5 se for solvente polar; pressões reais;
Passo 10: se a proteção for através de câmara de espuma, Passo 18: somar as reservas de incêndio do sistema de
verificar a quantidade de câmaras necessárias na Tabela 6; espuma e resfriamento deste cenário;
Passo 11: verificar a taxa de aplicação de LGE prevista nesta Passo 19: realizar os mesmos cálculos em todos os cenários
IT ou recomendada pelo fabricante; existentes na edificação (parques de tanques, produtos
Passo 12: verificar o número de saídas de espuma necessária acondicionados ou processos industriais).
conforme Tabela 7;

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 621

ANEXO A
(Distâncias de segurança)
Tabela A-1: Líquidos estáveis (classes I, II e III-A)

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622 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela A-2: Líquidos estáveis

Tabela A-3: Líquidos sujeitos à ebulição turbilhonar

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 2 – Armazenamento... 623

Tabela A-4: Líquidos instáveis

Tabela A-5: Líquidos de classe III-B

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624 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela A-6: Tabela de referência para ser utilizada nas Tabelas A-1, A-2 e A-4 (quando nelas citada)

Tabela A-7: Espaçamento mínimo entre tanques (costado-a-costado)

Tabela A-8: Localização de edificações com tanques de armazenamento em relação aos limites de propriedade, desde que na
área adjacente haja ou possa haver construção, vias de circulação interna e a edificação próxima mais importante na mesma
propriedade

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 – Armazenamento... 625

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 25/2011

Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis


Parte 3 – Armazenamento fracionado

SUMÁRIO ANEXOS
11 Armazenamento fracionado – premissas B Capacidades máximas de armazenamento e arranjos
dos recipientes
12 Armazenamento fracionado em áreas abertas C Exemplo de arranjo para armazenamento de líquidos
combustíveis e inflamáveis no interior de edificações
13 Armazenamento fracionado em áreas fechadas

14 Armazenamento em instalações com outras finalidades

15 Salas de armazenamento interno

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011
e pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

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626 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 – Armazenamento... 627

11 ARMAZENAMENTO FRACIONADO – PREMISSAS 12 ARMAZENAMENTO FRACIONADO EM ÁREAS


ABERTAS
11.1 Adotam-se as disposições da NBR 17505/06 – Parte
4, para efeito de definição do arranjo físico e controle de 12.1 Arranjo físico e controle de vazamentos
vazamentos com as adaptações constantes desta IT.
12.1.1 O armazenamento externo de líquidos em recipien-
11.2 Esta parte da IT se aplica ao armazenamento de líqui- tes, em recipientes intermediários para granéis (IBC) e em
dos combustíveis e inflamáveis nas seguintes condições: tanques portáteis deve ser feito de acordo com as prescri-
a. tambores ou outros recipientes que não excedam 450 ções a seguir e a Tabela B-2.
L em sua capacidade individual; 12.1.2 As distâncias constantes da Tabela B-2 podem ser
b. tanques portáteis/recipientes intermediários para reduzidas em até 50% caso exista um sistema de chuveiros
granel (IBC), com capacidade acima de 450 L e que automáticos de água ou espuma, em conjunto com um siste-
não excedam 3.000 L em sua capacidade individual. ma de drenagem para local distante, de forma a não constituir
11.3 Para tanques portáteis cuja capacidade individual riscos para outras instalações ou para terceiros.
exceda 3.000 L, devem ser aplicadas as prescrições da 12.1.3 Os pisos dos locais de armazenagem devem ser de
Parte 2 desta IT. material incombustível e impermeável, em concreto preferen-
11.4 Esta parte da IT não se aplica a: cialmente, em desnível de 0,15 m em relação ao piso do
local, considerando uma faixa lateral de 1,5 m ao redor do
a. recipientes intermediários para granel (IBC) e tanques
local de armazenamento, para conter o líquido em caso de
portáteis que estejam sendo usados em áreas de
vazamento, evitando que atinja outras áreas de armazena-
processo, conforme descrito na Parte 4 desta IT;
gem ou edifícios. A área de armazenagem deve ser livre de
b. líquidos em tanques de combustível de veículos a vegetação e de outros materiais combustíveis.
motor, aeronaves, barcos, motores portáteis ou esta-
cionários; 12.1.3.1 Outras formas de contenção podem ser aceitas,
c. bebidas, quando embaladas em recipientes indivi- desde que comprovada sua eficiência.
duais, cuja capacidade individual não ultrapasse 5 L; 12.1.4 No caso em que produtos de duas ou mais classes
d. remédios, alimentos, cosméticos e outros produtos de sejam armazenados numa única quadra, a capacidade máxi-
consumo que contenham no máximo 50% em volume ma em litros deve ser a menor de duas ou mais capacidades
de líquidos miscíveis em água, desde que a solução admitidas separadamente.
resultante não seja inflamável, quando embalados em
recipientes individuais que não excedam 5 L de capa- 12.1.5 Nenhuma quadra de recipientes intermediários para
cidade; granéis ou tanques portáteis deve estar a mais de 60 m de
uma via de acesso com largura de 6 m, para permitir a
e. líquidos que não tenham ponto de ignição, quando en-
aproximação de equipamentos de combate a incêndio, sob
saiados pela NBR 11341/08, ou norma equivalente para
quaisquer condições de tempo. Quando a quantidade total
produtos químicos, até seu ponto de ebulição ou até
armazenada não exceder 50% da capacidade máxima por
uma temperatura em que a amostra usada no ensaio
quadra estabelecida na Tabela B-2, as distâncias aos limites
apresente uma mudança evidente de estado físico;
da propriedade podem ser reduzidas em até 50%, contudo
f. líquidos com um ponto de fulgor superior a 35°C numa
não podem ser inferiores a 4,5 m.
solução ou dispersão miscível em água, com um
conteúdo de sólidos inertes (não combustíveis) e de 12.1.6 Admite-se o armazenamento de no máximo 5.000 L
água de mais de 80% em peso, que não mantenham de líquido, dentro de recipientes fechados, recipientes
combustão; intermediários para granéis (IBC) e tanques portáteis,
g. álcool em barris ou pipas de madeira. próximo a prédios sob a mesma administração, desde que:
a. a parede da edificação adjacente tenha um tempo
11.5 Para os efeitos desta parte da IT, os líquidos instáveis
mínimo de resistência ao fogo de 2 h;
devem ser tratados como líquidos de Classe I-A.
b. não haja aberturas para áreas, no nível ou acima do
11.6 Os projetos, construção e capacidade dos recipientes nível, do local de armazenamento num raio de 3 m
devem obedecer às prescrições da NBR 17505/06 – Parte 4. horizontalmente;
11.7 A capacidade dos recipientes deve obedecer às c. não haja aberturas diretamente acima do local de
prescrições da Tabela B-1 desta IT. armazenamento;
11.8 Respeitados os arranjos previstos na Tabela B-2 e as d. não haja aberturas para áreas abaixo do nível do local
exigências de operações de controle de vazamentos e de armazenamento, num raio de 15 m horizontalmente.
combate a incêndios, não há limite de armazenamento para
12.1.6.1 As disposições acima são dispensadas quando o
produto fracionado em áreas abertas.
prédio em questão se limita a um pavimento ou quando é
11.9 Os equipamentos para resfriamento e formadores de construído com materiais incombustíveis ou resistentes ao
espuma adotados devem ser avaliados em função do fogo por no mínimo 120 min ou quando é destinado ao
desempenho apresentado pelos fabricantes, conforme suas armazenamento de líquidos de mesma natureza.
especificações técnicas e as vazões de água e espuma
previstas no projeto, sendo que tal desempenho (especifi- 12.1.7 A quantidade de líquidos armazenados, próximo a
cações de pressão e vazão) deve ser levado em conta nos edificações protegidas de acordo com o item 12.1.6, pode ser
cálculos hidráulicos para dimensionamento dos sistemas. ultrapassada, desde que a quantidade máxima por quadra

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628 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

não exceda 5.000 L e cada quadra seja separada por um Tabela 15: Linhas de espuma para armazenamento fracionado
espaço vazio mínimo de 3 m ao longo da parede em comum. em áreas abertas
12.1.8 Deve ser considerado armazenamento externo o
armazenamento de recipientes ao ar livre protegido contra
intempéries por uma cobertura ou um teto, ambos sem fecha-
mentos laterais, desde que permita a dissipação do calor ou
dispersão de gases inflamáveis e não restrinja o acesso e o
controle no combate a incêndios.

12.2 Sistema de proteção por espuma


12.2.1 Áreas de armazenamento abertas que contenham
líquidos combustíveis e inflamáveis acondicionados, classes
I, II e III-A, com volume de estoque superior a 20 m³, devem
ser protegidas por linhas de espuma, de forma que toda área
a ser protegida seja atendida por pelo menos duas linhas, em
posições opostas, com comprimento máximo de 60 m.
12.2.2 Áreas de armazenamento externo contendo líquidos 12.3.3 Áreas de armazenamento externo contendo líquidos
classe III-B estão isentas de proteção de espuma, desde que classe III-B estão isentos de proteção por resfriamento, desde
não estejam acondicionados juntamente com produtos de que não estejam acondicionados juntamente com produtos
outras classes. de outras classes.

12.2.3 Caso haja armazenamento contendo diferentes 12.3.4 Os hidrantes devem possuir diâmetro nominal de
classes de produtos, a proteção deve ser feita levando-se em saída de 65 mm, dotados de válvulas e de conexões de enga-
conta a classe de maior risco. te rápido tipo Storz, e estar afastados no mínimo 15 m da área
a ser protegida.
12.2.4 Os hidrantes devem possuir diâmetro nominal de
saída de 65 mm, dotados de válvulas e de conexões de engate 12.3.5 Caso haja armazenamento contendo diferentes
rápido tipo Storz, e estar afastados no mínimo 15 m da área a classes de produto, a proteção deve ser feita levando-se em
ser protegida. conta a classe de maior risco.
12.2.5 Podem ser utilizados mangueiras e esguichos de 12.3.5.1 Podem ser utilizados mangueiras e esguichos de 38
38 mm, desde que sejam atendidas as condições da mm, desde que sejam atendidas as condições da Tabela 16.
Tabela 15.
12.3.6 O número de linhas de resfriamento, a vazão mínima,
12.2.6 Os equipamentos formadores de espuma adotados a pressão mínima no esguicho, o tempo mínimo de aplicação
devem ser avaliados em função do desempenho apresenta- e a reserva de incêndio mínima devem atender ao previsto na
do pelos fabricantes, conforme suas especificações técnicas Tabela 16.
e as vazões de água e espuma previstas no projeto, sendo
que tal desempenho (especificações de pressão e vazão)
deve ser levado em conta nos cálculos hidráulicos para Tabela 16: Linhas de resfriamento para armazenamento
dimensionamento dos sistemas. fracionado em áreas abertas
12.2.7 As linhas de espuma a serem calculadas devem ser
as mais desfavoráveis em relação ao abastecimento de água.
12.2.8 O número de linhas de espuma, a vazão mínima, o
tempo mínimo de aplicação e a reserva de incêndio mínima
devem atender ao previsto na Tabela 15.
12.2.9 Deve haver um estoque de reserva de LGE igual à
quantidade dimensionada, conforme previsto em 5.6.5.3 da
Parte 1 desta IT.

12.3 Sistema de proteção por resfriamento


12.3.1 O resfriamento pode ser realizado por meio de:
a. linha manual com esguicho regulável;
b. canhão monitor manual ou automático.
12.3.2 Áreas de armazenamento abertas que contenham
13 ARMAZENAMENTO FRACIONADO DE LÍQUIDOS
líquidos combustíveis ou inflamáveis acondicionados,
INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS EM ÁREAS FECHADAS
classes I, II e III-A, com volume superior a 20 m³ devem ser
protegidos por linhas de resfriamento com esguichos 13.1 Esta seção aplica-se às áreas no interior de edificações,
reguláveis, de forma que qualquer ponto da área a ser prote- cuja função principal seja o armazenamento de líquidos
gida seja alcançado por um esguicho, considerando o combustíveis e inflamáveis. Para tanto, adotam-se as quanti-
comprimento máximo da mangueira de 60 m. dades máximas por recipientes previstas na Tabela B-1.

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 – Armazenamento... 629

13.2 Arranjo físico e controle de vazamentos para áreas I, II e III-A, com volume de estoque superior a 20 m³, devem
fechadas ser protegidas por linhas de espuma, de forma que qualquer
13.2.1 O armazenamento deve ser feito de acordo com os ponto da área a ser protegida seja atendido por pelo menos
parâmetros das Tabelas B-1 e B-3 a B-6 desta Parte da IT. uma linha, com comprimento máximo de 45 m.

13.2.2 Os depósitos devem ser construídos de material não 13.3.2 Áreas de armazenamento interno contendo líquidos
combustível. classe III-B estão isentos de proteção por espuma, desde que
não estejam acondicionados juntamente com produtos de
13.2.2.1 Caso o depósito esteja situado a uma distância outras classes.
entre 10 e 15 m de um prédio ou do limite da propriedade
adjacente, na qual posteriormente possa ser feita uma 13.3.2.1 No caso do item acima, deve ser prevista a proteção
construção, a parede contígua a essa propriedade deve ser indicada no item 13.5.
incombustível, sem abertura, com resistência mínima contra 13.3.3 Caso haja armazenamento contendo diferentes
o fogo de 60 min. classes de produtos, a proteção deve ser feita levando-se em
13.2.2.2 Caso o depósito esteja situado a uma distância de 3 conta a classe de maior risco.
a 10 m de um prédio ou do limite da propriedade adjacente,
13.3.4 Os hidrantes devem possuir diâmetro nominal de sa-
na qual posteriormente possa ser feita uma construção, a
ída de 65 mm, dotados de válvulas e de conexões de engate
parede contígua a essa propriedade deve ser sem abertura,
rápido tipo Storz.
com resistência mínima contra o fogo de 180 min.
13.2.2.3 Caso o depósito esteja situado a uma distância 13.3.5 Podem ser utilizados mangueiras e esguichos de 38
entre 0 e 3 m de um prédio ou do limite da propriedade mm, desde que sejam atendidas as condições da Tabela 17.
adjacente, na qual posteriormente possa ser feita uma 13.3.6 As linhas de espuma a serem calculadas devem ser
construção, a parede contígua deve ser sem abertura, com as mais desfavoráveis em relação ao abastecimento de água.
resistência mínima contra o fogo de 240 min.
13.3.7 O número de linhas de espuma, a vazão mínima, o
13.2.3 Para determinação do volume máximo de líquidos tempo mínimo de aplicação e a reserva de incêndio mínima
combustíveis e inflamáveis a serem armazenados, deve-se devem atender ao previsto na Tabela 17.
considerar os parâmetros da Tabela B-5 desta Parte da IT e
do Anexo B da IT 09/11 – Ocupação M-2.
Tabela 17: Linhas de espuma para armazenamento fracionado
13.2.4 Os líquidos combustíveis e inflamáveis não devem ser
em áreas fechadas
armazenados nas proximidades de saídas, escadas ou áreas
normalmente utilizadas para a saída ou passagem de pessoas.
13.2.5 O armazenamento pode ser feito em estruturas-
suporte (racks) ou em quadras constituídas de pilhas de
recipientes, sobre estrados (pallets), nos parâmetros estabe-
lecidos nas Tabelas B-3 a B-5.
13.2.6 Quando duas ou mais classes de líquidos são arma-
zenadas numa única quadra ou estrutura-suporte, a quanti-
dade total e a altura máxima de armazenamento permitidas
em tal quadra ou estrutura-suporte devem ser a menor das
quantidades individuais e alturas máximas de armazenamento
para as classes específicas respectivamente presentes.
13.2.7 Pequenas atividades de manuseio de líquidos de clas-
ses I, II ou III, à temperatura dos líquidos igual ou acima do
ponto de fulgor, são permitidas em salas isoladas ou em
edificações adjacentes com até 90 m² de área de piso. 13.3.8 Sem prejuízo da proteção por linhas manuais, podem
ser aceitos sistemas fixos de combate a incêndio por
13.2.8 O controle de vazamento deve ser efetivado através aspersores/chuveiros automáticos de espuma, dimensio-
de canaletas que circundam a área de depósito, com profun- nados conforme NBR 17505/06. Neste caso, a área máxima
didade mínima de 0,15 m e largura de no mínimo 0,20 m, de compartimentação previsto na IT 09/11 – Compartimen-
conduzindo o produto extravasado para bacia de contenção tação horizontal e compartimentação vertical, pode ser
exterior à edificação, conforme 6.1.7.1 da Parte 2 desta IT. aumentada em 100%.
13.2.9 No caso de previsão de sistemas fixos por chuveiros 13.3.9 Deve haver um estoque de reserva de LGE igual à
automáticos ou aspersores para sistemas de espuma ou quantidade dimensionada, conforme previsto em 5.6.6.3 da
resfriamento, o volume do armazenamento de cada pilha pode Parte 1 desta IT.
ser dobrado desde que a altura não ultrapasse o dobro da
prevista nas tabelas B-3 e B-4, limitando-se a no máximo 9 m. 13.4 Sistema de resfriamento
13.3 Sistema de proteção por espuma 13.4.1 O resfriamento pode ser realizado por meio de:
13.3.1 Áreas de armazenamento interno que contenham a. linha manual com esguicho regulável;
líquidos combustíveis e inflamáveis acondicionados, classes b. sistema fixo de chuveiros automáticos/ aspersores.

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630 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

13.4.2 Áreas de armazenamento interno que contenham 14 ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E


líquidos combustíveis ou inflamáveis acondicionados, COMBUSTÍVEIS EM INSTALAÇÕES COM OUTRAS
classes I, II e III-A, com volume superior a 20 m³, devem ser OCUPAÇÕES
protegidos por linhas manuais de resfriamento com esguichos
14.1 Residencial e serviço de hospedagem
reguláveis, de forma que qualquer ponto da área a ser prote-
gida seja alcançado por um esguicho, considerando o 14.1.1 É proibido o armazenamento de líquidos combustí-
comprimento máximo da mangueira de 30 m. veis e inflamáveis, exceto os necessários para a manutenção
e operação dos equipamentos específicos do prédio, como
13.4.3 Áreas de armazenamento interno contendo líquidos
gerador e motor à explosão.
classe III-B estão isentos de proteção por resfriamento, desde
que não estejam acondicionados juntamente com produtos 14.1.2 A quantidade de combustível fica limitada a 2.000 L,
de outras classes. podendo ser instalado no piso térreo, mezanino técnico ou
subsolo. Em quaisquer condições, deve ser prevista exaustão
13.4.3.1 No caso do item acima, deve ser prevista a proteção
natural ou mecânica dos gases emanados da combustão para
indicada no item 13.5.
área externa à edificação.
13.4.4 Os hidrantes devem possuir diâmetro nominal de
14.1.3 Esse armazenamento deve ser feito em recipientes
saída de 65 mm, dotados de válvulas e de conexões de engate
metálicos ou latões de segurança, guardados em comparti-
rápido tipo Storz.
mentos para armazenamento e providos de sistema de
13.4.4.1 Podem ser utilizados mangueiras e esguichos de 38 contenção de vazamentos.
mm, desde que seja atendida a Tabela 18.
14.2 Serviço profissional, educacional, cultura física, lo-
13.4.5 O número de linhas de resfriamento, a vazão mínima, cal de reunião de público, serviço de saúde e institucional
a pressão mínima no esguicho, o tempo mínimo de aplicação
e a reserva de incêndio mínima devem atender ao previsto na 14.2.1 A armazenagem deve ser limitada ao que for necessá-
Tabela 18. rio para limpeza, demonstrações e serviços próprios de labo-
ratório. Líquidos combustíveis e inflamáveis, nos laboratórios e
em outros pontos de uso, devem estar colocados em recipientes
Tabela 18: Linhas de resfriamento para armazenamento não maiores que um litro ou em latões de segurança.
fracionado em áreas fechadas
14.2.2 Se houver a necessidade de alimentação de gerador
ou motor à explosão, a quantidade de combustível fica limita-
da a 2.000 L, podendo ser instalado no piso térreo, mezanino
técnico ou subsolo. Em quaisquer condições, deve ser
prevista exaustão natural ou mecânica dos gases emanados
da combustão para área externa à edificação.

14.3 Comercial
14.3.1 Em salas ou áreas acessíveis ao público, a armaze-
nagem deve ser efetuada em recipientes fechados, em quan-
tidades limitadas ao necessário para exibição aos clientes e
para fins mercantis, conforme Tabela B-6 desta Parte da IT.
14.3.2 Os líquidos em recipientes com capacidade acima de
20 L, não devem ser armazenados ou expostos em áreas
acessíveis ao público.
13.4.6 Sem prejuízo da proteção por linhas manuais,
podem ser aceitos sistemas fixos de combate a incêndio por 14.3.3 Os líquidos de classe I e classe II não devem ser
aspersores/chuveiros automáticos de água, dimensionados armazenados ou expostos em porões ou pisos inferiores.
conforme NBR 17505/06. Neste caso, a área máxima de 14.3.4 Quantidades maiores que as previstas na Tabela B-6
compartimentação previsto na IT 09/11 pode ser aumentada para as áreas de exposição, devem ser armazenadas em
em 100%. salas de armazenamento internas, construídas de acordo com
13.5 No caso dos itens 13.3.2 e 13.4.3, se o volume acondi- o item 15.
cionado for superior a 20 m³, deve ser prevista proteção por
14.4 Indústria
sistema de hidrantes, o qual, para fins de dimensionamento,
deve usar os mesmos critérios adotados para edificações clas- 14.4.1 O armazenamento de líquidos combustíveis e infla-
sificadas como J-4, conforme a IT 22/11 – Sistema de hidrantes máveis deve ser feito de acordo com a Tabela B-5 desta Parte
e de mangotinhos para combate a incêndio, levando-se em da IT, em salas de armazenamento interno, construídas de
consideração a área da edificação. acordo com o item 15.
13.5.1 Para edificações com área inferior a 750 m², deve-se 14.4.2 Material não combustível, que não constitua risco para
adotar a mesma reserva de incêndio e tipo de sistema de líquidos combustíveis e inflamáveis, pode estar armazenado
hidrantes das edificações com até 2.500 m². na mesma área.

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 – Armazenamento... 631

15 SALAS DE ARMAZENAMENTO INTERNO ção deve ser restringida às unidades de vapor de baixa
pressão, ou água quente, ou elétrica aprovada para os locais
15.1 Salas de armazenamento interno devem obedecer às
de perigo da Classe I.
seguintes exigências gerais de construção: paredes, pisos e
tetos construídos de material não combustível, com tempo 15.6 Equipamentos e fiação elétricos situados nas salas de
requerido de resistência ao fogo não inferior a 2 h. armazenamento interno usadas para líquidos inflamáveis
devem ser do tipo antiexplosão.
15.2 Aberturas para outras salas ou edifícios devem ser pro-
vidas de soleiras ou rampas elevadas, à prova de passagem 15.7 Salas ou partes de edifícios, com características de
de líquido, feitas de material não combustível; as soleiras ou construção equivalentes às que são exigidas para salas de
rampas terão pelo menos 0,15 m de altura, as portas devem armazenamento interno, podem ser utilizadas para o
ser corta-fogo, instaladas de maneira a fecharem automatica- armazenamento de líquidos inflamáveis, caso também não
mente, em caso de incêndio. sejam utilizadas para qualquer outro armazenamento ou
operação, os quais, em combinação, criem maior perigo de
15.3 Uma alternativa permissível, em substituição das
incêndio.
soleiras e rampas, são canaletas de contenção que, interliga-
das entre si, conduzem a um tanque de contenção, de acordo 15.8 As salas de armazenamento interno devem ser locali-
com 6.1.7.1 da Parte 2 desta IT. zadas de maneira a diminuírem os danos, em casos de
explosão.
15.4 Onde estejam expostas outras partes do edifício ou
outras propriedades, as janelas devem ser protegidas da 15.9 Sistema de proteção por espuma
maneira padronizada. Madeira com a espessura nominal
15.9.1 Deve ser atendido o previsto para armazenamento em
mínima de 2,5 cm pode ser usada para prateleiras, estantes,
áreas fechadas.
almofadas de estiva, ripas para mata-junta, pisos e instala-
ções similares. 15.10 Sistema de resfriamento
15.5 Deve ser providenciada ventilação adequada, sendo 15.10.1 Deve ser atendido o previsto para armazenamento
preferida ventilação natural à ventilação mecânica. A calefa- em áreas fechadas.

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632 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
(Capacidades máximas de armazenamento e arranjos dos recipientes)

Tabela B-1: Capacidades máximas permitidas por recipientes, recipientes intermediários para granel (IBC) e tanques portáteis

Tabela B-2: Arranjo para armazenamento externo de recipientes com as proteções previstas na Tabela 6M-2 do
Regulamento de segurança contra incêndio

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 – Armazenamento... 633

ANEXO B
(Capacidades máximas de armazenamento e arranjos dos recipientes)

Tabela B-3: Arranjo para armazenamento interno de recipientes empilhados ou paletizados com as proteções previstas na
Tabela 6M-2 do Regulamento de segurança contra incêndio

Tabela B-4: Arranjo de recipientes para armazenamento interno em prateleiras simples ou duplas com as proteções previstas
na Tabela 6M-2 do Regulamento de segurança contra incêndio

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634 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
(Capacidades máximas de armazenamento e arranjos dos recipientes)

Tabela B-5: Limites de armazenamento interno, com as proteções previstas na Tabela 6M-2 do Regulamento de segurança
contra incêndio

Tabela B-6: Limites de armazenamento e exposição em áreas comerciais com as proteções previstas na Tabela 6M-2 do
Regulamento de segurança contra incêndio¹

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 – Armazenamento... 635

ANEXO C
EXEMPLO DE ARRANJO PARA ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS
E INFLAMÁVEIS NO INTERIOR DE EDIFICAÇÕES

1,5

1,5
1,5
2,4 1,5
20,0

2,4

2,4

1,5 1,5
2,4
1,5

1,5

15,0

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636 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 4 – Manipulação 637

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 25/2011

Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis


Parte 4 – Manipulação

SUMÁRIO ANEXO
16 Plataformas de carregamento B Capacidades máximas de armazenamento e arranjos
dos recipientes
17 Destilarias

18 Refinarias

19 Processos industriais

20 Operações em cais/píer

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011
e pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

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638 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 4 – Manipulação 639

16 PLATAFORMAS DE CARREGAMENTO 16.2.3 A área a ser considerada para o cálculo do volume de


Esta parte da Instrução Técnica (IT) aplica-se às operações espuma deve ser aquela delimitada pela canaleta para a cap-
que envolvam o carregamento ou descarregamento de líqui- tação de derrames de produto na área de carregamento e
dos combustíveis ou inflamáveis, tais como: vagões-tanques, descarregamento.
caminhões-tanques e similares e às áreas das instalações 16.3 Sistema de proteção por resfriamento
onde tais operações são realizadas.
Nas instalações (tancagem) onde for exigido sistema de
16.1 Arranjo físico e controle de vazamentos proteção por resfriamento, as plataformas de carregamento
devem ser protegidas de acordo com a Tabela 19, por linhas
16.1.1 As plataformas para carregamento e descarregamen-
manuais, canhões monitores ou sistema fixo de aspersores.
to de vagões-tanques e caminhões-tanques devem ser loca-
lizadas distantes dos tanques de superfície, dos depósitos,
de outras edificações ou do limite da propriedade, desde que Tabela 19: Capacidade da plataforma
na área adjacente haja ou possa haver construção a uma
distância mínima de 7,5 m para líquidos de classe I e no míni-
mo de 4,5 m para líquidos de classe II e classe III, medidos a
partir do ponto de carga/descarga ou da conexão de transfe-
rência mais próxima.
16.1.2 As edificações destinadas às bombas (casa de
bombas) e aos abrigos de operadores (casa dos operadores)
são consideradas parte da instalação, não necessitando
cumprir as distâncias acima estabelecidas.
16.1.3 As instalações de carregamento e descarregamento
devem ser providas de um sistema de drenagem ou outros
meios adequados para conter vazamentos.
16.1.3.1 O sistema de controle de vazamento por bacia de
contenção à distância, previsto em 6.1.7.1 da Parte 2 desta IT 16.3.1 Linhas manuais e canhões monitores
é o mais recomendável neste caso. 16.3.1.1 Cada caminhão-tanque pode ser resfriado tanto por
16.1.4 Uma instalação de carregamento ou descarregamen- linhas manuais como por canhões monitores, desde que
to com cobertura ou com um toldo que não limite a dispersão atendam às seguintes características mínimas de operação:
de calor ou de vapores inflamáveis e que permita o acesso e a. vazão de 400 L/min;
o controle do combate a incêndio deve ser tratada como ins- b. alcance de 20 m do jato d’água.
talação descoberta.
16.3.2 Sistema de aspersores
16.1.5 As instalações de carregamento e descarregamento
usadas para transferir líquidos de vagões-tanques ou 16.3.2.1 O projeto do sistema de resfriamento por aspersores
caminhões-tanques com seus domos abertos (bocas de deve atender aos requisitos da NBR 10897, correspondente
carregamento) devem ter meios que permitam o aterramento. a risco extraordinário, grupo II, com os seguintes parâmetros:
16.1.6 Os requisitos de aterramento citados no item anterior a. ser do tipo dilúvio;
deixam de ser exigidos nas seguintes situações: b. tempo de operação de 60 min.
16.1.6.1 Onde os vagões-tanques e caminhões-tanques são 16.3.2.1.1 Neste caso o acionamento do sistema deve ser
carregados exclusivamente com produtos que não possuam manual, evitando-se o comprometimento do sistema de es-
propriedades cumulativas de eletricidade estática, como puma quando este estiver em uso.
asfaltos (incluindo-se as aparas de asfalto), a maioria dos
16.3.2.1.2 Também pode ser adotada a NFPA 15 – Water
óleos crus, óleos residuais e líquidos solúveis com água;
spray fixed systems for fire protection.
16.1.6.2 Onde não forem manuseados líquidos de classe I e
classe II na instalação de carga, e os vagões-tanques e os 17 PROTEÇÃO DE DESTILARIAS
caminhões-tanques forem carregados exclusivamente com As destilarias são classificadas em 3 categorias:
líquidos de classe III.
a. Tipo 1: no interior de edificações fechadas;
16.2 Sistema de proteção por espuma b. Tipo 2: no interior de edificações abertas lateralmente;
16.2.1 Nas instalações (tancagem) onde for exigido sistema c. Tipo 3: em áreas abertas.
de proteção por espuma, as plataformas de carregamento 17.1 Arranjo físico e controle de vazamentos
devem ser protegidas por linhas manuais, canhões monitores
17.1.1 O controle de vazamentos deve seguir o disposto em
ou chuveiros automáticos.
6.1.7.1 da Parte 2 desta IT.
16.2.1.1 No caso de ser adotada proteção por chuveiros
automáticos, esta deve ser por sistema do tipo dilúvio, sendo 17.2 Sistema de proteção por espuma
um controle manual de operação para cada baia de até 2 17.2.1 As instalações de destilarias estão dispensadas da
caminhões. adoção de sistema de proteção por espuma. Este somente
16.2.2 Taxa e tempo de aplicação de solução de espuma será exigido para a proteção de tanques conforme Parte 2
para a proteção da área deve ser conforme a Tabela 21. desta IT.

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640 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

17.3 Sistema de proteção por resfriamento superfície atingida pelo combustível, não podendo ser
17.3.1 As destilarias devem ser protegidas por sistema de res- inferior a 200 L/min e deve ser lançada de duas direções
friamento, adotando-se a combinação dos seguintes métodos: distintas e alimentação independentemente, cada uma com
a. canhões monitores fixos ou móveis; esta vazão, sem simultaneidade de aplicação.
b. hidrantes duplos com linhas manuais. 18.2.4 Quando o sistema de geração de espuma for fixo, de-
vem ser previstos, pelo menos, 2 hidrantes duplos para aplica-
17.3.2 Canhões monitores
ção de espuma por meio de linhas manuais ou canhão monitor.
17.3.2.1 Deve haver pelo menos um canhão monitor com
vazão mínima de 4.000 L/min, podendo ser dividido em dois 18.2.4.1 A solução de espuma normalmente é obtida à razão
canhões com vazão mínima de 2.000 L/min cada um; de 3% para derivados de petróleo.
18.2.4.2 O tempo de aplicação de espuma deve ser de, no
17.3.3 Linhas manuais
mínimo, 65 min.
17.3.3.1 Deve haver para todos os tipos de destilarias, pelo
18.2.4.3 São aceitas dosagens de LGE diferentes do previsto
menos um hidrante duplo externo, com duas linhas manuais,
acima desde que devidamente atestadas pelo fabricante sua
dotadas de esguichos reguláveis, com vazão mínima de
eficiência.
300 L/min cada, dispostas de tal forma que o pavimento
térreo seja totalmente atendido, considerando o comprimento 18.3 Sistema de proteção por resfriamento
de 60 m de mangueiras através de seu trajeto real. 18.3.1 Uma unidade de processo em refinarias deve ser
17.3.3.2 As válvulas de controle do sistema e os hidrantes protegida por meio de linhas manuais e canhões-monitores.
devem estar localizados a uma distância mínima de 15 m do 18.3.2 A vazão do sistema deve ser determinada em função
perímetro da destilarias. da área definida pelo limite da unidade de processo, multipli-
18 PROTEÇÃO DE REFINARIAS cada pela taxa de 3,0 L/min/m², devendo-se adotar como vazão
18.1 Arranjo físico e controle de vazamentos mínima 4.000 L/min e como vazão máxima 20.000 L/min.
18.1.1 O controle de vazamentos deve seguir o disposto em 18.3.3 O suprimento de água deve ser baseado em uma fonte
6.1.7.1 da Parte 2 desta IT. inesgotável (mar, rio ou lago), o qual deve ser capaz de
demanda de 100% da vazão do projeto em qualquer época
18.1.2 As unidades de processo devem ser localizadas a uma
do ano ou condição climática. Na inviabilidade desta solução
distância mínima de 8 m das ruas que contornam as quadras,
deve ser previsto um reservatório com capacidade para aten-
contando-se esta distância da margem mais próxima.
der a demanda de 100% da vazão do projeto durante 6 h.
18.1.3 Nas áreas compreendidas entre as unidades de pro-
cesso e as ruas adjacentes, não pode haver qualquer tipo de 18.4 Reservatório de água
construção, exceto as casas de controle, subestações, entra- O reservatório para combate a incêndio deve distar, pelo
das de tubulações, hidrantes, postes de iluminação, os siste- menos, 80 m das unidades de processo e 50 m de estações
mas subterrâneos e canaletas de drenagem. de carregamento.
18.1.4 Toda quadra reservada para uma unidade de proces-
so deve ter acesso por ruas em todos os lados devidamente 19 PROTEÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS COM
pavimentadas. MANIPULAÇÃO DE LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E
INFLAMÁVEIS
18.1.5 Nas ruas principais de acesso às instalações industriais,
a largura mínima deve ser de 7 m, com raio de curvatura 19.1 Arranjo físico e controle de vazamentos
interno igual à largura da rua. Para os acessos secundários 19.1.1 Esta parte da IT aplica-se às operações onde o manu-
devem ser observados os critérios da IT 06/11 – Acesso de seio, processamento e o uso de líquidos combustíveis e infla-
viatura na edificação e áreas de risco. máveis são a principal atividade.
18.1.6 No projeto do arruamento interno devem ser previstos 19.1.2 Os volumes de líquidos combustíveis e inflamáveis a
os acessos aos hidrantes e tomadas de espuma para comba- serem manuseados ou processados ficam limitados às quan-
te a incêndio. tidades estabelecidas abaixo:
18.1.7 As distâncias entre os limites de bateria de unidades a. 40 m³ para líquidos das classes I-A e I-B;
de processo e parques de tanques devem seguir os demais b. 60 m³ para líquidos das classes I-C, II e III-A;
requisitos previstos nesta IT na parte específica. c. 120 m³ para líquidos da classe III-B.
18.2 Sistema de proteção por espuma 19.1.3 A distância mínima de um vaso ou tanque de proces-
18.2.1 É obrigatório o sistema de espuma para proteção de samento ao limite da propriedade, desde que na área adja-
todas as áreas onde seja possível o derrame ou vazamento cente haja ou possa haver construção, inclusive no lado oposto
de líquidos combustíveis ou inflamáveis ou onde esses líqui- da via pública, do lado mais próximo de uma via de circula-
dos já estejam normalmente expostos à atmosfera. ção interna ou a uma edificação importante situada na
18.2.2 É obrigatório o emprego de sistema de lançamento mesma propriedade, deve atender ao estipulado nas tabelas
de espuma em áreas sujeitas a derramamento de hidrocar- do Anexo A da parte 2 desta IT.
bonetos com possibilidade de incêndio, tais como unidades 19.1.4 Quando vasos ou tanques de processo estiverem
de processamento, parques de bombas e braços de carrega- localizados no interior de edificação industrial, que tenha uma
mento ou em áreas com superfície livre exposta, tais como, parede faceando a divisa da propriedade, desde que na área
separadores de água e óleo e caixas coletoras. adjacente haja ou possa haver construção, inclusive no lado
18.2.3 Nesses casos, a vazão de projeto de solução de es- oposto da via pública ou próxima de outra edificação impor-
puma deve ser calculada para no mínimo 6,5 L/min/m² de tante na mesma propriedade, os tanques ou vasos devem

25-4-IT.pmd 640 18/10/2012, 16:36


Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 4 – Manipulação 641

situar-se a uma distância mínima de 7,5 m e a parede deve ter concentração de vapores dentro da área, no máximo em 25%
uma resistência ao fogo de no mínimo 120 min. do limite inferior de inflamabilidade ou explosividade.
19.1.5 Quando forem manuseados ou processados líquidos 19.1.12 A ventilação deve ser feita por meios naturais ou
de classe I-A ou líquidos instáveis, independentemente de mecânicos e deve abranger todas as áreas dos andares ou
classe, as paredes adjacentes devem ter uma resistência ao dos poços onde exista a possibilidade de acumulação de
fogo de no mínimo 180 min. vapores inflamáveis. A descarga da ventilação de exaustão
19.1.6 Equipamentos de processamento de líquidos, tais deve ser feita para um local seguro, fora da edificação, sem
como bombas, fornos, filtros, trocadores de calor etc, não recirculação do ar de exaustão.
devem ser localizados a menos de 7,5 m dos limites de 19.1.13 Postos de envase e/ou fracionamento, centrífugas
propriedade, se na área adjacente houver ou possa haver abertas, filtros de placas, filtros-prensa e filtros a vácuo abertos
construção, inclusive no lado oposto da via pública ou de e outros equipamentos que estejam situados a uma distância
edificação importante mais próxima dentro da mesma igual ou inferior a 1,5 m de equipamentos que liberem misturas
propriedade e que não seja parte integrante do processo. inflamáveis de líquidos de classe I, instalados dentro de
19.1.7 Equipamento de processamento para o manuseio de edificações, os equipamentos da ventilação destas edificações
líquidos instáveis deve ser separado de outros equipamen- devem ser projetados de forma a limitar a mistura inflamável
tos ou instalações que usem ou manuseiem líquidos com- de vapor-ar, sob condições normais de operação, a níveis
bustíveis ou inflamáveis por uma das seguintes alternativas: abaixo do limite inferior de inflamabilidade ou explosividade.
a. um espaçamento livre de 7,5 m; 19.1.14 Os líquidos de classe I devem ser mantidos em tan-
b. por uma parede com resistência ao fogo de no mínimo ques ou recipientes fechados, quando não estiverem em uso.
2 h e que apresente uma resistência à explosão de 19.1.15 Os líquidos de classe II e de classe III devem ser
acordo com a avaliação do risco. mantidos em tanques ou recipientes fechados, quando a
19.1.8 Cada unidade de processo ou edificação que conte- temperatura ambiente ou a temperatura do processo atingir
nha equipamentos de processamento de líquidos deve ter ou superar o ponto de fulgor.
acesso, pelo menos por um lado, para permitir o combate e o 19.1.16 Em locais onde forem usados ou manuseados líqui-
controle de incêndios. dos, devem ser tomadas providências para descartar, rapida-
19.1.9 As edificações ou estruturas que abrigam operações mente e com toda a segurança, os líquidos vazados ou derra-
com líquidos devem ser construídas de forma consistente com mados para local adequado.
as operações que ali forem conduzidas e com as classes dos 19.1.17 Os líquidos de classe I não devem ser usados fora de
líquidos manuseados. A construção de edificações ou estru- sistemas fechados, nos casos em que houver chamas abertas
turas de processo nas quais forem manuseados líquidos deve ou outras fontes de ignição dentro das áreas classificadas.
atender aos requisitos da Tabela 24. 19.1.18 Armazenagem temporária em recipientes interme-
19.1.10 As estruturas das edificações e os apoios dos vasos, diários para granel e tanques portáteis, contendo líquidos
tanques de processamento e equipamentos que possam estar combustíveis e inflamáveis devem obedecer às exigências
suscetíveis a vazamentos de líquidos combustíveis ou inflamá- da Parte 3 desta IT.
veis, devem ser protegidos conforme os seguintes requisitos: 19.1.19 Os acessos aos locais onde manuseiam ou proces-
a. drenagem para um local seguro, através de bacia de sam líquidos combustíveis ou inflamáveis devem ser provi-
contenção à distância, conforme 6.1.7.1 da Parte 2 das de soleiras ou rampas elevadas, com pelo menos 0,15 m
desta IT; de altura, à prova de passagem de líquido, feitas de material
b. construção resistente ao fogo por 120 min; não combustível.
c. os líquidos de classe I não devem ser manuseados ou 19.2 Sistema de proteção por espuma
usados em porões. Quando manuseados ou usados,
19.2.1 As edificações onde manuseiam líquidos combustí-
na superfície, dentro de edificações com porões ou com
veis e inflamáveis com volume total superior a 20 m³, devem
poços fechados para onde os vapores inflamáveis pos-
ser protegidas por linhas manuais de espuma, considerando
sam deslocar-se, as áreas subterrâneas devem ser
o comprimento máximo da mangueira de 45 m.
projetadas com ventilação mecânica adequada à área
classificada, para evitar acúmulo de vapores inflamá- 19.2.2 Os hidrantes devem possuir diâmetro nominal de
veis. Além disso, devem ser previstos dispositivos para saída de 65 mm, dotados de válvulas e de conexões de engate
evitar que os líquidos vazados escoem para os porões; rápido tipo Storz.
d. deve ser provida ventilação para eliminar fumaça e ca- 19.2.3 Podem ser utilizados mangueiras e esguichos de 38
lor, a fim de facilitar o acesso ao combate ao incêndio; mm, desde que sejam atendidas as condições da Tabela 20.
e. as áreas devem ter saídas localizadas conveniente- 19.2.4 O número de linhas de espuma, a vazão mínima e o
mente para evitar que as pessoas fiquem retidas em tempo mínimo de aplicação devem atender ao previsto na
casos de incêndio; Tabela 20.
f. as rotas de fuga e saídas não devem estar expostas 19.2.5 Deve haver um estoque de reserva de LGE igual à
aos sistemas de drenagem. quantidade dimensionada, conforme previsto em 5.6.6.3 da
Parte 1 desta IT.
19.1.11 As áreas de processamento fechadas, onde forem
manuseados ou usados líquidos de qualquer classe, aqueci- 19.2.6 Além das linhas manuais previstas no item 19.2.1, deve
dos a temperaturas iguais ou acima dos seus pontos de ser previsto sistema de proteção por espuma por meio de
fulgor, devem ser suficientemente ventiladas para manter a chuveiros automáticos do tipo dilúvio nas seguintes situações:

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642 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

a. líquidos das classes I-A e I-B com volume entre 30 m³ Tabela 22: Linhas de resfriamento para áreas de manuseio e
e 40 m³; processamento
b. líquidos de classes I-C, II e III-A com volume entre
40 m³ e 60 m³;
c. líquidos de classe III-B com volume entre 60 m³ e
120 m³.

Tabela 20: Linhas de espuma para áreas de manuseio e


processamento

20 OPERAÇÕES NO CAIS / PÍER


20.1.1 Esta seção aplica-se a todos os tipos de operações
no cais/píer, cujo objetivo principal seja a transferência de
grandes volumes de líquidos combustíveis ou inflamáveis.
Os cais/píer de grande porte e que operem com transferên-
cias de grandes volumes de líquidos e outras mercadorias
em geral devem seguir os requisitos desta IT, das Normas
Brasileiras e, na ausência destas, da NFPA 307 - Standard for
19.2.6.1 Caso o manuseio ou processamento do líquido the Construction and Fire Protection of Marine Terminals,
combustível ou inflamável seja numa área compartimentada Piers, and Wharves.
no interior da edificação, a proteção prevista no item 19.2.6
pode ser para esta área compartimentada, não necessitando 20.2 Esta seção não se aplica a:
ser para toda a edificação. a. postos (revendedor ou abastecimento) marítimos/
19.2.6.2 A taxa e o tempo de aplicação de solução de espu- fluviais;
ma para a proteção da área deve ser conforme a Tabela 21. b. cais/píer que manuseiem gases liquefeitos de petróleo.
20.2.1 Os cais/píer onde cargas líquidas a granel são
19.3 Sistema de resfriamento
transferidas de ou para navios-tanques devem ter uma distân-
19.3.1 As edificações onde manuseiam líquidos combustíveis cia mínima de 30 m de uma ponte sobre um curso d’água
e inflamáveis com volume total superior a 20 m³, devem ser navegável ou da entrada de um túnel rodoviário ou ferroviário
protegidas por linhas manuais de resfriamento com esgui- sob um curso d’água navegável. O término da tubulação fixa
chos reguláveis, considerando o comprimento máximo da de carga e descarga deve ter no mínimo 60 m de distância de
mangueira de 30 m. qualquer ponte ou entrada ou da superestrutura de um túnel.
19.3.2 Os hidrantes devem possuir diâmetro nominal de 20.2.2 A subestrutura e o piso do cais/píer devem ser projeta-
saída de 65 mm, dotados de válvulas e de conexões de enga- dos especificamente para o uso pretendido. O piso pode ser
te rápido tipo Storz. de qualquer material, desde que combine a capacidade de-
19.3.2.1 Podem ser utilizados mangueiras e esguichos de 38 sejada com a flexibilidade, resistência ao choque, durabilida-
mm, desde que seja atendida a Tabela 22. de, força e resistência ao fogo. A aplicação de madeira pesa-
19.3.3 O número de linhas de resfriamento, a vazão mínima, da pode ser permitida.
a pressão mínima no esguicho e o tempo mínimo de aplica- 20.2.3 As bombas de carregamento com capacidade para
ção devem atender ao previsto na Tabela 22. desenvolver pressões que possam superar a pressão máxi-

Tabela 21: Taxas e tempos de aplicação de espuma para plataformas de carregamento e processos industriais

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Instrução Técnica nº 25/2011 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 4 – Manipulação 643

ma de trabalho dos mangotes ou dos braços de carregamen- mantidas ajustadas para evitar que o balanço da embarca-
to devem ser providas de by pass, válvulas de alívio ou outros ção possa causar tensão no sistema de transferência de
recursos para proteger a instalação de carregamento contra cargas. Os mangotes devem ter apoios para evitar torção e
excesso de pressão. Os dispositivos de alívio devem ser danos causados por atrito.
ensaiados pelo menos anualmente, para determinar se 20.3.2 Deve-se tomar cuidado para que o material colocado
funcionam satisfatoriamente na pressão ajustada. no cais/píer não possa obstruir o acesso ao equipamento de
20.2.4 Todos os mangotes e acoplamentos de pressão combate a incêndio, ou às válvulas de controle de uma tubu-
devem ser inspecionados dentro de intervalos regulares, de lação importante. Quando um cais/píer permite o tráfego de
acordo com os seus serviços. O mangote e os acoplamentos veículos, uma via de acesso deve sempre ser mantida
devem ser ensaiados com o mangote estendido, usando-se desobstruída do cais/píer a terra, permitindo o acesso perma-
a pressão máxima de operação. Qualquer mangote que apre- nente dos equipamentos de combate a incêndio.
sente deterioração de material, sinais de vazamento ou fragi- 20.3.3 Durante a transferência de líquidos deve ser feito um
lidade na carcaça ou nas conexões deve ser retirado de controle das fontes de ignição. Os trabalhos mecânicos,
serviço e reparado ou descartado. inclusive o tráfego de veículos, as soldas, o esmerilhamento
20.2.5 Tubulações, válvulas e acessórios devem atender aos e outros trabalhos a quente, não podem ser feitos durante a
requisitos da NBR 17505/06 - Parte 3, além dos seguintes: transferência de carga, exceto quando autorizados pelo
a. a flexibilidade da tubulação deve ser assegurada por supervisor do cais/píer e pelo oficial sênior do navio. Fumar
um leiaute, localização apropriada e arranjos de supor- no cais/píer é proibido durante todo o tempo em que durar a
tes de tubulação, dispostos de tal forma que o movi- operação de transferência de líquido.
mento da estrutura do cais/píer, resultante da ação das 20.3.4 Um coletor dos vazamentos deve ser previsto em
ondas, correntes, marés ou da amarração das embar- torno de áreas com tubulações em manifold, para prevenir o
cações, não transmita às tubulações e aos mangotes deslocamento de líquido para outras áreas do cais/píer, ou
uma tensão excessiva; mesmo sob o cais/píer. Todas as linhas de drenagem saindo
b. não devem ser permitidas juntas de tubulações que do cais/píer devem ser providas com selos hidráulicos.
dependam das características de fricção de materiais 20.3.5 Quando necessário, o cais/píer deve ter um sistema
combustíveis ou de ranhuras abertas nas extremida- de isolamento e interrupção da operação de carregamento,
des dos tubos para dar continuidade mecânica da no caso de uma falha no mangote, no braço de carga ou nas
tubulação; válvulas do manifold. Este sistema deve estar de acordo com
c. o uso de juntas giratórias deve ser permitido para tubu- todos os requisitos enumerados a seguir:
lações às quais são conectados mangotes e para siste- a. se o sistema de proteção fechar uma válvula de um
mas de transferência com juntas giratórias articuladas, sistema alimentado por gravidade, deve-se tomar
desde que o projeto seja tal que a resistência mecânica cuidado para garantir que a linha seja protegida de
da junta não seja prejudicada se o material de vedação qualquer surto de pressão resultante;
não resistir, como exemplo, a exposição ao fogo; b. os sistemas de emergência para a interrupção da ope-
d. cada tubulação movimentando líquidos de classe I ou ração devem ter a possibilidade de serem acionados
de classe II para o cais/píer deve ser provida de uma automática ou manualmente. Os dispositivos aciona-
válvula de bloqueio de fácil acesso, localizada em ter- dos manualmente devem ser bem identificados e aces-
ra, próximo ao cais/píer fora de qualquer área de con- síveis em casos de emergência.
tenção (circundada por diques). Quando houver mais
do que uma linha, as válvulas devem ser agrupadas 20.3.6 A proteção contra incêndios em cais/píer deve ser
num só local; relacionada aos produtos que são manuseados, à capacida-
de de resposta em situações de emergência, à extensão,
e. devem ser previstos meios para permitir acesso fácil
localização, frequência de uso e às exposições adjacentes.
às válvulas da linha de carregamento, localizadas abai-
Devido às muitas variáveis envolvidas, a Tabela 23 determi-
xo do piso do cais/píer.
na proteção contra o fogo, destinado aos cais/píer e aos
20.3 As tubulações do cais/píer onde são manuseados líquidos terminais aquaviários que manuseiem líquidos inflamáveis.
de classe I ou de classe II devem ser fixadas adequadamente e 20.3.7 Quando for prevista uma tubulação principal de água
aterradas. Quando houver correntes parasitas excessivas, contra incêndio, a tubulação escolhida pode permanecer
devem ser instalados flanges ou juntas isolantes. As conexões sempre cheia ou vazia. Em qualquer um dos casos devem
de fixação e o cabo terra de todas as tubulações devem ser ser providas válvulas de isolamento e registro de recalque
localizados do lado do cais/píer onde estejam os flanges disponível para o Corpo de Bombeiros, na ligação entre o
isolantes, quando usados, e devem ter um acesso fácil à inspe- cais/píer e a terra.
ção. É proibido o aterramento entre o cais/píer e a embarcação.
20.3.8 As bombas de incêndio, as mangueiras de incêndio e
Nota: tubulações principais de água, os sistemas de espuma e outros
Esta proibição consta nas recomendações da International Maritime equipamentos destinados ao combate a incêndio devem ser
Organization (IMO) e International Safety Guide for OH Tankers and
mantidos e testados de acordo com a NBR 17505/06 - Parte 7.
Terminais (ISGOTT).
20.3.9 Quando houver uma tubulação principal de água,
20.3.1 As conexões de mangotes ou de tubulações com devem ser previstos pelo menos dois extintores de pó químico
juntas articuladas, usadas para a transferência de cargas, seco de 40-B:C. Os extintores devem ficar localizados num raio
devem ser capazes de suportar o efeito combinado de máximo de 15 m da bomba ou das áreas do manifold e devem
mudança de correnteza e de maré. As amarrações devem ser ser de fácil acesso ao longo de todo trajeto de emergência.

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644 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Tabela 23: Proteção contra incêndios em cais e terminais marítimos

Tabela 24: Construção de edificações ou estruturas usadas na operação e no manuseio de líquidos

25-4-IT.pmd 644 18/10/2012, 16:37


Instrução Técnica nº 26/2011 - Sistema fixo de gases para combate a incêndio 645

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 26/2011

Sistema fixo de gases para combate a incêndio

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo B Capacidades máximas de armazenamento e arranjos
dos recipientes
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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646 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 26/2011 - Sistema fixo de gases para combate a incêndio 647

1 OBJETIVO 4.1.4 Área normalmente ocupada: área onde a ocupação


humana é frequente ou cuja destinação previu presença
Estabelecer as exigências para as instalações de sistema
humana.
fixo de gases para combate a incêndio, atendendo ao previs-
to no Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segu- 4.1.5 Área não destinada à ocupação: área cuja destinação
rança contra incêndio das edificações e áreas de risco do não previu presença humana.
Estado de São Paulo.
4.1.6 Concentração de projeto: porção de agente extintor
na mistura ar e agente, considerando o volume do ambiente
2 APLICAÇÃO
protegido pelo sistema de inundação total, expressa em
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a locais cujo empre- porcentagem do volume total.
go de água, de imediato, ou outros agentes extintores, é
4.1.7 Nível onde não se observam efeitos adversos (NOAEL):
desaconselhável em virtude de riscos decorrentes de sua
nível mais alto de concentração de agente extintor onde não
utilização ou para aqueles locais cujo valor agregado dos
se observam efeitos toxicológicos ou fisiológicos adversos
objetos ou equipamentos é elevado, devendo ser adotadas
ao ser humano.
as seguintes normas:
4.1.8 Nível mais baixo onde se observam efeitos adversos
2.1.1 NBR 12232/2005 – Execução de sistemas fixos
(LOAEL): nível mais baixo de concentração de agente extin-
automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico
tor onde são observados efeitos toxicológicos e fisiológicos
(CO2) por inundação total para transformadores e reatores de
adversos ao ser humano.
potência contendo óleo isolante.
2.1.2 NFPA 12 – Standard on carbon dioxide extinguinshing 5 PROCEDIMENTOS
systems.
5.1 O emprego de sistemas fixos de gases ocorre:
2.1.3 NFPA 2001 – Standard on clean agent fire
5.1.1 Nas situações em que o uso da água ou outro agente
extinguishing systems.
extintor (anteriormente ao uso do sistema de gases) pode
causar danos adicionais aos objetos ou equipamentos
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
daquela edificação;
NBR 17240 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio –
5.1.2 Quando houver risco pessoal no uso do agente extin-
projeto, instalação, comissionamento e manutenção de siste-
tor convencional;
mas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos.
5.1.3 Quando os resíduos do combate a incêndio, não
4 DEFINIÇÕES sendo controlados, podem trazer danos ao meio ambiente,
ou ainda, para prevenção e supressão de explosão em espa-
4.1 Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminolo-
ços confinados.
gia de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
específicas abaixo: 5.2 São exemplos de emprego de sistema fixo de gases:
4.1.1 Gases limpos: agentes extintores na forma de gás que 5.2.1 Objetos de valor inestimável (obras de arte etc);
não degradam a natureza e não afetam a camada de ozônio. 5.2.2 Equipamentos ou objetos com alto valor agregado e
São inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e sensíveis ao uso dos agentes extintores convencionais (má-
não corrosivos. Dividem-se em compostos halogenados e quinas automatizadas em linhas de produção, CPD, centrais
mistura de gases inertes. Quando utilizado na sua concentração de sensoreamento remoto, centrais de telecomunicações etc);
de extinção, permite a respiração humana com segurança. O 5.2.3 Equipamentos energizados (transformadores, contro-
CO2 não é considerado gás limpo por sua ação asfixiante na les de subestações elétricas etc);
concentração de extinção.
5.2.4 Locais onde haja necessidade de isolamento do meio
4.1.1.1 Compostos halogenados: agentes que contém, como externo (laboratórios onde são armazenados agentes pato-
componentes primários, uma ou mais misturas orgânicas que, lógicos, produtos radioativos etc);
por sua vez, contenham um ou mais dos seguintes elemen- 5.2.5 Dados ou informações de valor inestimável (CPD,
tos: flúor, cloro, bromo ou iodo; arquivos convencionais de documentos importantes etc);
4.1.1.2 Mistura de gases inertes: agentes que contenham, 5.2.6 Locais sujeitos à explosão ambiental (silos, depósitos
como componentes primários, um ou mais dos seguintes pequenos de produtos inflamáveis etc).
gases: hélio, neônio, argônio ou nitrogênio. São misturas de
5.3 Não é recomendado o emprego de sistemas fixos de ga-
gases que também contém dióxido de carbono (CO2) como
ses em locais onde haja a presença dos seguintes materiais:
componente secundário.
5.3.1 Certos produtos químicos ou misturas de produtos
4.1.2 Sistema de inundação total: sistema desenhado para
químicos, como o nitrato de celulose e a pólvora, que são
aplicação do agente extintor no ambiente onde está o incêndio,
capazes de rápida oxidação na ausência de ar;
de forma que a atmosfera obtida impeça o desenvolvimento e
manutenção do fogo. 5.3.2 Metais reativos como lítio, sódio, potássio, magnésio,
titânio, zircônio, urânio e plutônio;
4.1.3 Sistema de aplicação local: sistema desenhado para
aplicação do agente extintor diretamente sobre o material em 5.3.3 Hidretos metálicos como o hidreto metálico de níquel
chamas. usado em baterias;

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648 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.4 Certos produtos químicos capazes de passar por sos), concentração de projeto adotada, volume total protegido,
decomposição autotérmica como os peróxidos orgânicos e pressão nos cilindros e outras, conforme seja necessário;
hidrazina.
5.6.13 Deve ser adotada a simbologia da IT 04/11 – Símbo-
5.4 Qualquer exposição desnecessária aos compostos los gráficos para projeto de segurança contra incêndio.
halogenados, mesmo que abaixo de NOAEL, e aos
5.7 Os sistemas fixos de gases para combate a incêndio
produtos da decomposição dos halocarbonetos deve ser
complementam os sistemas hidráulicos exigidos, mas não os
evitada.
substituem. Exceto nos casos previstos pelo Decreto Estadual
5.5 Os requisitos para o alarme pré-descarga e tempo de nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio
retardo devem ser projetados conforme normas técnicas para das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
prevenir a exposição humana aos agentes extintores.
5.7.1 Excepcionalmente, pode ser substituído o sistema de
5.6 No projeto técnico de proteção contra incêndios devem chuveiros automáticos em áreas de até 100 m², desde que
ser apresentadas as seguintes informações: este ambiente seja compartimentado conforme IT 09/11 –
Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.
5.6.1 Norma adotada;
5.8 Deve ser apresentada ART do responsável técnico
5.6.2 Tipo de sistema fixo;
sobre o funcionamento do sistema fixo.
5.6.3 Agente extintor empregado;
5.8.1 Caso necessário, podem ser solicitados laudos técni-
5.6.4 Forma de acionamento (manual ou automático); cos do agente extintor (gás) que conste a não toxicidade à
saúde humana e a não agressividade ao meio ambiente na
5.6.5 Se automático, indicar em planta a localização do ponto
concentração de projeto.
de acionamento alternativo do sistema;
5.9 Deve ser observada, em vistoria, a sinalização de
5.6.6 Localização em planta do ponto de desativação do
orientação para a evacuação do local sinistrado.
sistema;
5.10 Em área normalmente ocupada, item 4.1.4, protegida por
5.6.7 Indicar o tempo de retardo para evacuação do local
sistema fixo de CO2, deve ser instalada no acesso principal, uma
protegido antes do acionamento do sistema fixo;
válvula de bloqueio mecânica na tubulação de CO2, para evitar
5.6.8 Indicar em planta o local ou equipamento a ser prote- descargas acidentais na presença de pessoas. Quando a
gido; válvula de bloqueio de CO2 estiver fechada, a operação de
bloqueio deve ser sinalizada no painel de controle do sistema.
5.6.9 Indicar em planta a localização da central de alarme e
baterias do sistema de detecção utilizado no acionamento do 5.11 Em área normalmente ocupada, item 4.1.4, protegida
sistema fixo; por sistema fixo de CO2, deve ser instalada no acesso princi-
pal, uma placa com os dizeres: “Área protegida com CO2 –
5.6.10 Indicar em planta os pontos de detecção;
gás asfixiante”.
5.6.11 Indicar em planta a localização do(s) cilindro(s) do
5.12 As concentrações mínimas e máximas de projeto
sistema fixo;
devem ser aprovadas por norma técnica reconhecida para
5.6.12 Apresentar especificações do agente utilizado, como sistemas de combate a incêndio, certificando a eficiência do
NOAEL (concentração onde não se observa efeitos adversos), agente gasoso no combate a incêndio na concentração de
LOAEL (menor concentração onde se observam efeitos adver- projeto estabelecida.

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Instrução Técnica nº 27/2011 - Armazenamento em silos 649

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 27/2011

Armazenamento em silos

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo B Capacidades máximas de armazenamento e arranjos
dos recipientes
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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650 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

27-IT.pmd 650 18/10/2012, 16:44


Instrução Técnica nº 27/2011 - Armazenamento em silos 651

1 OBJETIVO
Estabelecer as medidas de segurança para a proteção
contra incêndios e explosão em silos, atendendo ao previsto
no Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segu-
rança contra incêndio das edificações e áreas de risco do
Estado de São Paulo.

2 APLICAÇÃO
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todo silo destinado à
armazenagem de cereais e seus derivados, sementes
oleaginosas, sementes agrícolas, legumes, açúcar, farinhas,
entre outros produtos.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS


NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão.
Figura 1: Moega
NBR IEC 60079-14 - Atmosferas explosivas – parte 14.
NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas à
atmosféricas.
NBR 10897 - Sistemas de proteção contra incêndio por
chuveiro automático.
NBR 11162 - Silos cilíndricos para grãos vegetais.
NBR 11165 - Componentes de silos cilíndricos metálicos para
grãos vegetais.
NR 10 - Instalações elétricas.
NR 33 - Trabalho em espaço confinado.
CASAGRANDE, Luciano Ferreira. Sistemas de proteção
contra incêndio e explosão em silos e locais destinados a
armazenamento de cereais e seus derivados – subsídios para
a Elaboração de Instrução Técnica (ITCB). Monografia. CAES. Figura 2: Elevador agrícola (Tombador)
CAO-I/99.
ROSOLEN, Julio Flávio. Proteção contra incêndio em silo de
armazenamento de cereais: Proposta de Instrução Técnica
do Corpo de Bombeiros. Monografia. CAES. CSP-I/03.
NFPA nº 61 - Standard for the Prevention of Fires and Dust
Explosions in Agricultural and Food Products Facilities.
Ed. 1999.
NFPA nº 68 - Guide for Venting of Deflagrations, Ed. 1998.
NFPA nº 69 - Standard on Explosion Prevention Systems, Ed.
1997. Fire Protection Handbook, 19th Edition.

4 DEFINIÇÕES
4.1 Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia
de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
específicas abaixo:
4.1.1 Moega: construção da unidade armazenadora que
recebe os grãos;
4.1.2 Elevadores agrícolas: equipamentos que efetivam a
elevação de grãos;
4.1.3 Máquina de limpeza: equipamento com sistema
de peneiramento oscilatório que efetua a limpeza e a
pré-limpeza, retirando o máximo de impurezas dos grãos;
4.1.4 Secador: equipamento que retira a umidade dos grãos; Figura 3: Secador

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652 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.1.5 Esteira transportadora: são correias de estrutura


metálica com longarinas de vigas “U” ou “L”, fixadas nos
pisos por cavaletes parafusados, com a finalidade de
transportar grãos no sentido horizontal, a grandes distâncias;

Figura 6: Rosca sem fim

Figura 4: Esteira transportadora

4.1.6 Silo: estrutura destinada ao armazenamento de


cereais e seus derivados, sementes oleaginosas, sementes
agrícolas, legumes, açúcar, farinhas, entre outros produtos.
Os silos podem ser horizontais ou verticais;
4.1.7 Redler: tipo de transportador que utiliza uma corrente
para o transporte dos grãos;

Figura 7: Ventilador ou exaustor

de diâmetro, que apresente um risco de incêndio, quando


disperso e inflamado no ar;
4.1.12 Mícron: medida correspondente a um milésimo do
milímetro (mm). É representado pela letra grega µ.

5 PROCEDIMENTOS
5.1 Estrutura

Figura 5: Redler
5.1.1 O material de construção do silo deve ser incombustível.
5.1.2 A cobertura do silo deve ser dotada de vedação contra
pós e contra água.
4.1.8 Rosca sem fim: equipamento destinado ao transporte
5.1.3 Não deve haver nenhuma abertura entre silos.
horizontal de carga e descarga de grãos nos silos, máquinas
de limpeza, secadores e outros equipamentos, podendo 5.1.4 Cada silo deve ter um respiro na cobertura.
descarregar em mais de um ponto ao mesmo tempo. É 5.1.4.1 O respiro deve ser curvado ou inclinado para evitar a
recomendado para pequenas distâncias; entrada de água e a cobertura deve ser vedada contra poeira
4.1.9 Ventilador ou exaustor: equipamento que faz a e água.
movimentação de ar forçado (insuflação ou aspiração); 5.1.4.2 O respiro deve ser dimensionado adequadamente,
para atender à sua finalidade.
4.1.10 Poeiras: partículas com diâmetro entre 1 a 100
mícrons. São produzidas geralmente pelo rompimento mecâ- 5.1.5 Silos metálicos devem ser construídos com a solda
nico de partícula inorgânica ou orgânica, seja pelo simples enfraquecida entre a cobertura e o corpo, de forma a permitir a
manuseio de materiais ou em consequência do processo de separação neste ponto, em caso de explosão no seu interior.
moagem, trituração, peneiramento e outros; o mesmo que pó; 5.2 Escadas e elevadores
4.1.11 Poeira agrícola: qualquer material agrícola sólido, 5.2.1 Escadas internas devem ser do tipo enclausurada com
finamente dividido em partículas de 420 mícrons ou menos acesso por meio de porta corta-fogo com resistência de

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Instrução Técnica nº 27/2011 - Armazenamento em silos 653

90 min (PCF P-90), não necessitando haver janelas de automáticos será dispensado desde que este tipo de túnel
ventilação no corpo da escada, possuir largura mínima de seja atendido pelo sistema de hidrantes.
1 m, independente da altura do silo.
5.3.8.2 É vedada a instalação de sistema de chuveiros
5.2.2 Para escadas externas o acesso deve ser por meio de automáticos no interior dos silos e nas fornalhas dos secadores
porta corta-fogo com resistência de 90 min (PCF P-90) e pos- de grãos.
suir largura mínima de 1 m, independente da altura do silo.
5.3.8.3 O sistema de chuveiros automáticos pode ser conec-
5.2.3 Elevadores internos devem ser fechados em poços tado ao sistema de hidrantes, desde que ambos os sistemas
estanques com paredes resistentes ao fogo por 2 h e dotados sejam dimensionados para atuar simultaneamente.
de portas corta-fogo (PCF) do tipo P-90, com fecho automático,
5.3.8.4 O sistema de chuveiros automático do tipo dilúvio
em todas as aberturas.
pode ser acionado automaticamente ou sob comando.
5.2.4 Não se aplicam as exigências do item 5.2.3 no caso de
elevadores externos. 5.4 Instalações elétricas
5.4.1 As instalações elétricas devem atender à NBR 5410/04
5.3 Medidas de segurança contra incêndios
e NBR IEC 60079-14/2009.
5.3.1 Rotas de fuga e saídas de emergência, de acordo com
5.4.2 Todas as luminárias da área de risco, inclusive as de
a IT 11/11 – Saídas de emergência e com o item 5.2 desta IT.
emergência, devem ser à prova de explosão e de pó.
5.3.2 Brigada de incêndio de acordo com a IT 17/11 – Brigada
de incêndio. 5.5 Proteção contra descargas atmosféricas

5.3.3 Sistema de iluminação de emergência, de acordo com 5.5.1 As unidades armazenadoras devem dispor de
a IT 18/11 - Iluminação de emergência. proteção contra descargas elétricas atmosféricas, dimensio-
nadas e instaladas de acordo com as normas técnicas.
5.3.4 Sistema de alarme, de acordo com a IT 19/11 –
Sistema de detecção e alarme de incêndio. 5.5.2 Os silos e estruturas metálicas devem ser convenien-
temente aterrados.
5.3.5 Sinalização de acordo com a IT 20/11 – Sinalização
de emergência. 5.6 Sensor de temperatura
5.3.6 Extintores portáteis do tipo adequado aos riscos a 5.6.1 Um sensor de temperatura deve ser localizado entre
proteger, atendendo a IT 21/11 – Sistema de proteção por os dispositivos de produção de calor e o secador.
extintores de incêndio.
5.6.2 Os secadores devem ter um sensor de temperatura
5.3.7 Sistema de proteção por hidrantes, de acordo com a IT regulado para limitar o ar introduzido no secador a uma
22/11 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para comba- temperatura segura. Tal controle deve cortar todo calor que
te a incêndio, independente das áreas de construção e de está sendo fornecido ao secador e deve permitir a continuação
apoio serem inferiores a 750 m²: do movimento de ar não aquecido através do secador.
5.3.7.1 O tipo do sistema de hidrantes para qualquer tipo e 5.6.3 Indicadores de pontos aquecidos devem ser instalados
tamanho de silo será o tipo 4 especificado na IT 22/11, em todos os silos.
obrigatoriamente com esguicho regulável;
5.6.4 O número e a localização dos detectores devem estar
5.3.7.2 A reserva de incêndio será proporcional às áreas de de acordo com as especificações do fabricante.
apoio construídas, devendo seguir os valores de referência
para as indicações do grupo J4; 5.7 Controle de poeira
5.3.7.3 Para as áreas de apoio inferiores a 750 m², deve ser 5.7.1 A poeira deve ser coletada em todos os pontos de
adotado sempre o valor mínimo previsto para o grupo J4 (até produção de pó dentro da unidade armazenadora e instalação
2500 m²), conforme tabela específica da IT 22/11; de movimentação como: na admissão ou descarga de
transportadores de correias, redler ou chute, despoeiramento
5.3.7.4 Preferencialmente os pontos de hidrantes devem ser
ao longo dos túneis, balanças de fluxo, elevadores e máquinas
posicionados de acordo com o conceito de hidrantes externos;
de limpeza.
5.3.7.5 É vedada a instalação de sistema de hidrantes no
5.7.2 Especial atenção deve ser dada aos pontos de trans-
interior dos silos.
ferência de grãos, nas moegas rodoviárias e moegas ferrovi-
5.3.8 Sistema de chuveiros automáticos (do tipo dilúvio), árias assim como no carregamento em caminhões e navios.
conforme a IT 23/11 – Sistema de chuveiros automáticos,
5.7.3 A poeira coletada deve ser filtrada e armazenada em
somente no interior dos seguintes locais:
silo situado fora do local de risco, devendo ser equipado com
a. nas áreas de túneis de ar quente dos secadores de dispositivo corta-fogo no duto de conexão e provido de
grãos; dispositivos de alívio de explosão.
b. túneis de serviço de quaisquer natureza e/ou locais
5.7.4 Os dutos de transporte de poeira devem ser dotados
confinados.
de sistema de detecção e de extinção de faísca.
5.3.8.1 Para túneis de serviços não subterrâneos e com por- 5.7.5 Todos os locais confinados devem ser providos de
tas de acesso fácil ao seu interior, o sistema de chuveiros ventiladores à prova de explosão, com acionamento manual

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654 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ou automático, devidamente dimensionados para permitir a distância do secador, ligando-se a esse por um túnel, conve-
retirada de poeira, gases e a renovação do ar. nientemente dimensionado, de forma a reduzir o risco da
introdução de fagulhas no secador.
5.8 Alívio de explosão
5.9.4 Os transportadores verticais e horizontais devem ser
5.8.1 Todas as edificações e estruturas onde exista o risco dotados de sensores automáticos de movimento, que
de explosão de pó devem contar com dispositivos de alívio desligam automaticamente os motores ao ser detectado o
de explosão, de acordo com as normas técnicas. escorregamento da correia ou corrente.
5.8.2 Todos os equipamentos, dutos, silos de pó e coletores 5.9.5 A instalação deve contar com um constante programa
no interior dos quais a poeira fica confinada, devem ser de limpeza, para evitar a formação de acúmulos de poeira
dotados de alívio de explosão, devidamente dimensionados, sobre equipamentos, estruturas e demais locais sujeitos a tal
de acordo com as normas técnicas. fenômeno, para evitar explosões.
5.8.3 Os dispositivos de alívio de explosão devem ser 5.9.6 Os grãos devem ser constantemente aerados para
indicados em planta e descritos em memorial. evitar sua decomposição que podem gerar vapores inflamáveis
como metanol, propanol ou butano.
5.9 Disposições gerais
5.9.7 Quando as concentrações de poeiras são desconhe-
5.9.1 Transportadores de parafuso (rosca sem fim) devem cidas, os locais de risco devem ser avaliados periodicamente
ser completamente fechados em carcaças metálicas, com com uso de bomba de amostragem. Estas concentrações de
tampas de abertura livre na extremidade de descarga e no pó nunca podem estar entre 20 e 4.000 g/m3.
acoplamento do eixo.
5.9.8 Na vistoria deve ser exigido ART dos sistemas de
5.9.2 O combustível (líquido ou gasoso) utilizado pelo controle de temperatura, despoeiramento e explosão.
secador de grãos devem atender às normas de segurança
5.9.9 A eletricidade estática deve ser removida dos silos,
exigidas nas Instruções Técnicas respectivas.
das máquinas e equipamentos que acumulam carga elétrica,
5.9.3 Secadores de grãos que utilizem combustível sólido por meio de aterramento instalado de acordo com as normas
devem ter as fornalhas instaladas a, no mínimo, 4 metros de técnicas.

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 655

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 28/2011

Manipulação, armazenamento, comercialização e


utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP)

SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo A Exigências e afastamentos de segurança para área
de armazenamento
2 Aplicação
B Afastamentos de segurança para recipientes de GLP
3 Referências normativas e bibliográficas
C Informativos
4 Definições

5 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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656 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 657

1 OBJETIVO NBR 15514 - Área de armazenamento de recipientes trans-


portáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinados ou
Estabelecer medidas de segurança contra incêndio para os
não à comercialização - Critérios de segurança.
locais destinados a manipulação, armazenamento,
comercialização, utilização, instalações internas e centrais NBR 15526 - Redes de distribuição interna para gases
de GLP (gás liquefeito de petróleo), atendendo ao previsto no combustíveis em instalações residenciais e comerciais -
Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança projeto e execução.
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado
de São Paulo. 4 DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini-
2 APLICAÇÃO ções constantes da IT 03/11 - Terminologia de Segurança
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações e áreas contra Incêndio.
de riscos destinadas a:
5 PROCEDIMENTOS
2.1 Bases de armazenamento, envasamento e distribuição
de GLP (gás liquefeito de petróleo); 5.1 Bases de armazenamento, envasamento e distribuição
de GLP
2.2 Áreas de armazenamento de recipientes transportáveis
de GLP, destinados ou não à comercialização; Para fins dos critérios de segurança na instalação e operação
das bases de armazenamento, envasamento e distribuição de
2.3 Central de GLP (recipientes transportáveis, estacionários GLP, adota-se a norma NBR 15186/05 regulamentada pela
e abastecimento a granel); Portaria ANP 35, com inclusões e adequações desta IT.
2.4 Instalações internas de GLP; 5.1.1 As unidades de processo destinadas a envasamento
2.5 Exigências para uso de recipientes até 13 Kg (0,032 m³ de recipientes (carrossel) devem ser providas de sistema fixo
ou 32 litros); de resfriamento (nebulizadores tipo dilúvio). Os locais desti-
nados ao carregamento de veículos-tanque devem ser provi-
2.6 Sistema de resfriamento para gás liquefeito de petróleo. dos de sistema fixo de resfriamento, (nebulizadores ou ca-
nhões monitores) com válvula de acionamento à distância.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
5.1.2 Os recipientes estacionários de GLP, com volume
RESOLUÇÃO ANP Nº 35 - Adota a NBR 15186. acima de 0,25 m³, devem possuir dispositivos de bloqueio de
RESOLUÇÃO ANP Nº 05 - Adota a NBR 15514 (revoga válvula automática (válvulas de excesso de fluxo).
Portaria nº 27 do DNC).
5.1.2.1 Os recipientes estacionários destinados a envasamento
PORTARIA ANP Nº 47 – Estabelece a regulamentação para devem possuir registro de fechamento por meio de controle
execução das atividades de projeto, construção e operação com acionamento à distância para os casos de vazamento.
de transvazamento de sistemas de abastecimento de gás
liquefeito de petróleo – GLP a granel. 5.1.3 Recipientes estacionários com capacidade superior a
8 m³ devem manter o afastamento mínimo entre tanques,
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. edificações e limites de propriedade conforme a Tabela 1.
NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmos-
féricas.
Tabela 1: Afastamento mínimo de segurança para recipien-
NBR 8613 - Mangueiras de PVC plastificado para instala- tes estacionários de GLP
ções domésticas de gás liquefeito de petróleo (GLP).
NBR 13103 - Instalação de aparelhos a gás para uso
residencial.
NBR 13419 - Mangueira de borracha para condução de
gases GLP/GN/GNF.
NBR 13523 - Central predial de gás liquefeito de petróleo –
GLP.
NBR 13714 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para
combate a incêndio.
NBR 14024 - Central de gás liquefeito de petróleo (GLP) -
Sistema de abastecimento a granel - Procedimento
operacional.
NBR 14095 - Transporte rodoviário de produtos perigosos -
Área de estacionamento para veículos - Requisitos de Segu-
rança.
NBR 14177 - Tubo flexível metálico para instalações de gás
combustível de baixa pressão.
NBR 15186 - Base de armazenamento, envasamento e
distribuição de GLP - Projeto e Construção.

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658 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.1.4 Os sistemas de proteção contra incêndios devem aten- 5.2.4 As instalações de armazenamento de recipientes
der aos parâmetros das respectivas Instruções Técnicas. transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados ou
vazios, devem exibir placas de advertências em lugares
5.2 Armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, visíveis, sinalizando: “Perigo – Inflamável”, “Proibido o uso de
destinados ou não à comercialização (revenda) fogo e de qualquer instrumento que produza faísca”.
As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis são
5.2.5 Em postos revendedores de combustíveis líquidos, fica
divididas em função da quantidade de GLP estocado, classifi-
limitada a uma única área de armazenamento, classe I ou II.
cadas conforme Tabela 2, e requerem afastamentos de
segurança e proteção específica, conforme Anexo A, de 5.2.6 Os recipientes transportáveis de GLP cheios devem
acordo com a NBR 15514/07, regulamentada pela Resolução ser armazenados dentro da área de armazenamento, sepa-
ANP 05, com inclusões e adequações constantes nesta IT. rados dos recipientes parcialmente utilizados ou vazios.
5.2.7 Para o armazenamento de recipientes transportáveis
Tabela 2: Classificação das áreas de armazenamento de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios devem ser
observadas as seguintes condições gerais de segurança.
5.2.7.1 As áreas de armazenamento de recipientes transpor-
táveis não podem estar situadas em locais fechados sem
ventilação natural.
5.2.7.2 Os recipientes transportáveis devem ser armazena-
dos sobre piso plano e nivelado, concretado ou pavimentado,
de modo a permitir uma superfície que suporte carga e
descarga, em local ventilado, ao ar livre, podendo ou não a(s)
área(s) de armazenamento ser coberta(s).
5.2.7.3 Quando os recipientes transportáveis estiverem
armazenados sobre plataforma elevada, esta deve ser
construída com materiais resistentes ao fogo, possuir ventilação
natural, podendo ser coberta ou não.
5.2.7.4 Quando coberta, a área de armazenamento deve ter no
mínimo 2,6 m de pé-direito e possuir um espaço livre
5.2.1 As áreas de armazenamento de recipientes transpor- permanente de, no mínimo, 1,2 m entre o topo da pilha de botijões
táveis de GLP classificadas, conforme tabela 6M.2 do Decreto cheios e a cobertura. A estrutura e a cobertura devem ser
Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra construídas com materiais resistentes ao fogo, tendo a cobertura
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São menor resistência mecânica do que a estrutura que a suporta.
Paulo, devem ter proteção por sistema hidráulico de combate
a incêndio, prescrito conforme Anexo A desta IT. 5.2.7.5 A delimitação da área de armazenamento deve ser
por meio de pintura no piso ou cerca de tela metálica, gradil
5.2.2 Os critérios mínimos de segurança adotados para metálico ou elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro
os centros de destroca, oficinas de requalificação e/ou material resistente ao fogo, para assegurar ampla ventilação.
manutenção e de inutilização de recipientes transportáveis de Áreas de armazenamento superiores à classe III, também
GLP serão aqueles estabelecidos para a classe III. Estes esta- devem ser demarcados com pintura no piso, os locais para os
belecimentos não podem armazenar recipientes cheios de GLP. lotes de recipientes.
5.2.3 A instalação para armazenamento de recipientes trans- 5.2.7.6 As áreas de armazenamento Classes I, II e III quando
portáveis de GLP deve ter, no mínimo, proteção específica delimitadas por cerca de tela metálica, gradil metálico,
por extintores de acordo com a Tabela 3. elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material
resistente ao fogo, devem possuir acesso através de uma ou
Tabela 3: Proteção por extintores para área de armazena- mais aberturas de, no mínimo, 1,2 m de largura e 2,1 m de
mento de recipientes transportáveis de GLP altura, que abram de dentro para fora.
5.2.7.7 As áreas de armazenamento classe IV ou superior,
quando delimitadas pelos materiais citados no item anterior,
devem possuir acesso por meio de duas ou mais aberturas
de, no mínimo, 1,2 m de largura e 2,1 m de altura que abram
de dentro para fora e fiquem localizados no mesmo lado nas
extremidades ou em lados adjacentes ou opostos.
5.2.7.8 Quando a área de armazenamento de recipientes
transportáveis de GLP for parcialmente cercada por paredes
resistentes ao fogo, essas não podem ser adjacentes e o
comprimento total dessas paredes não deve ultrapassar 60%
do perímetro da área de armazenamento, de forma a permitir
ampla ventilação. O restante do perímetro que delimita a área
de armazenamento deve ser fechado por meio de cerca de

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 659

tela metálica, gradil metálico ou elemento vazado de 5.2.7.17 Na entrada do imóvel onde está localizada a área
concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo, para de armazenamento de recipientes transportáveis, deve ser
assegurar ampla ventilação. exibida placa que indica a classe existente e a capacidade
de armazenamento de GLP, em quilogramas.
5.2.7.9 O imóvel destinado a áreas de armazenamento de
qualquer classe deve ter garantida a ventilação efetiva e 5.2.7.18 Não é permitida a circulação de pessoas estranhas
permanente. ao manuseio dos recipientes na área de armazenamento.
5.2.7.9.1 Preferencialmente, ter o perímetro delimitado por 5.2.7.19 O veículo transportador que permanecer no imóvel,
cerca de tela metálica, gradil metálico, elemento vazado de fora do horário comercial, será considerado carga de apoio
concreto, cerâmica ou outro material que garanta a ventilação transitório devendo atender às seguintes condições:
efetiva e permanente.
5.2.7.19.1 Ser considerado carga independente, respeitando,
5.2.7.9.2 Quando cercado por muros, paredes ou elementos no mínimo, os afastamentos estabelecidos para a área de
que dificultem a ventilação direta para a via pública os aces- armazenamento na qual está inserida, conforme Anexo A.
sos de pessoas ou veículos devem ser confeccionados por
grades, telas ou outros materiais que permitam a ventilação. 5.2.7.19.2 O estacionamento do veículo com carga de apoio
transitório deve atender aos afastamentos de segurança, ser
5.2.7.10 O imóvel deve possuir, no mínimo, uma abertura, delimitado por meio de pintura no piso e não pode ter uso
com dimensões de 1,2 m de largura e 2,1 m de altura, abrindo como área de armazenamento.
de dentro para fora, para permitir a evasão de pessoas em
caso de acidentes. Adicionalmente, o imóvel pode possuir 5.2.7.19.3 A carga de apoio transitório não pode ser superior
outros acessos com tipo de abertura e dimensões quaisquer. a 50% da área de armazenamento e deve fazer parte do
cômputo de sua capacidade total.
5.2.7.11 Os recipientes de GLP cheios, vazios ou parcial-
mente utilizados devem ser dispostos em lotes. Os lotes de 5.2.7.19.4 Na existência de mais de uma carga de apoio
recipientes cheios podem conter até 480 recipientes de transitório, os veículos devem estacionar com distância entre
massa líquida igual a 13 kg, em pilhas de até 4 unidades e os si de 1,5 m.
lotes de recipientes vazios ou parcialmente utilizados até 600 5.2.7.20 Será permitida a instalação de área de armazena-
recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em pilhas de até 5 mento de recipientes transportáveis de GLP em imóvel tam-
unidades. Entre os lotes de recipientes e entre esses lotes e bém utilizado como residência particular, desde que haja
os limites da área de armazenamento deve haver corredores separação física em alvenaria e acessos independentes com
de circulação com, no mínimo, 1 m de largura. Somente as rotas de fuga distintas.
áreas de armazenamento classes I e II não necessitam de
corredores de circulação. 5.3 Central de GLP (recipientes transportáveis,
5.2.7.12 A distância da área de armazenamento das estacionários e abastecimento a granel)
aberturas para captação de águas pluviais, canaletas, ralos, Para fins dos critérios de segurança, instalação e operação
rebaixos ou similares deve ser de no mínimo 1,5 m. das centrais de GLP adotam-se as normas NBR 13523/08 e
5.2.7.13 Na área de armazenamento somente é permitido o NBR 14024/06, com inclusões e adequações desta IT.
empilhamento de recipientes transportáveis, com massa
5.3.1 Os recipientes transportáveis trocáveis ou abastecidos
líquida igual ou inferior a 13 kg de GLP.
no local (capacidade volumétrica igual ou inferior a 0,5 m³) e
5.2.7.14 O armazenamento de recipientes transportáveis de os recipientes estacionários de GLP (capacidade volumétrica
GLP em pilhas deve obedecer aos limites da Tabela 4. superior a 0,5 m³) devem ser situados no exterior das
edificações, em locais ventilados, obedecendo aos afasta-
Tabela 4: Empilhamento de recipientes transportáveis de GLP mentos mínimos constantes no Anexo B.

5.3.2 É proibida a instalação dos recipientes em locais


confinados, tais como porão, garagem subterrânea, forro etc.

5.3.3 A central de GLP com recipientes de superfície com


capacidade igual ou superior a 10 m³ deve ter proteção por
sistema de resfriamento, conforme previsto no item 5.6.

5.3.4 A central de GLP deve ter proteção específica por


extintores de acordo com a Tabela 5.

Tabela 5: Proteção por extintores para central de GLP

5.2.7.15 Recipientes de massa líquida superior a 13 kg


devem obrigatoriamente ser armazenados na posição
vertical, não podendo ser empilhados.
5.2.7.16 Quando possuir instalações elétricas, estas devem
ser especificadas com equipamento segundo normas de
classificação de área da ABNT.

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660 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.5 Quando uma edificação possuir sistema de hidrantes, 5.3.13.8 O teto ou laje de cobertura onde for(em) instalado(s)
é obrigatória a proteção da central de GLP por um dos o(s) recipiente(s) deve ser dimensionado para suportar o(s)
hidrantes, admitindo-se 60 m de mangueira, sem a necessi- recipiente(s) cheio(s) com água.
dade de acrescentá-lo no cálculo hidráulico.
5.3.13.9 Os recipientes devem ser instalados em áreas que
5.3.6 A central pode ser instalada em corredor que seja a permitam a circulação de ar, com os distanciamentos abaixo
única rota de fuga da edificação, desde que atenda aos relacionados:
afastamentos previstos no Anexo B, acrescidos de 1,5 m para a. 1,5 m de ralos;
passagem.
b. 3 m de fontes de ignição;
5.3.7 A central localizada junto à passagem de veículos deve c. 6 m de entradas de ar-condicionado e poços de venti-
possuir obstáculo de proteção mecânica com altura mínima lação cuja entrada de ar esteja abaixo das válvulas
de 0,6 m situado à distância não inferior a 1 m. dos recipientes;
5.3.8 Os recipientes não podem apresentar vazamentos, d. 3 m de entradas de ar-condicionado e poços de venti-
corrosão, amassamentos, danos por fogo ou outras evidências lação cuja entrada de ar esteja acima das válvulas dos
de condição insegura e devem apresentar bom estado de recipientes.
conservação das válvulas, conexões e acessórios.
5.3.13.10 O local da central e da área de evaporação deve
5.3.9 Devem ser colocados avisos com letras não menores ser impermeabilizado.
que 50 mm, em quantidade tal que possam ser visualizados
5.3.13.11 A localização dos recipientes deve permitir acesso
de qualquer direção de acesso à central de GLP, com os
fácil e desimpedido a todas as válvulas e ter espaço suficiente
seguintes dizeres: “Perigo”, “Inflamável” e “Não Fume”.
para manutenção.
5.3.10 Na central é expressamente proibida a armazenagem
5.3.13.12 O local da central deve ser acessado por escada
de qualquer tipo de material, bem como outra utilização
fixa ou outro meio seguro e permanente de acesso, devendo
diversa da instalação.
distar, no mínimo, 1 m da bacia de contenção. É vedada a
5.3.11 Não é requerido o aterramento elétrico dos recipientes utilização de escada do tipo marinheiro na fachada como
transportáveis e tubulação da central. Para os recipientes único meio de acesso à central.
estacionários, o aterramento deve estar de acordo com as 5.3.13.13 É permitida a capacidade volumétrica total de 2 m³
normas NBR 5410/04 e 5419/05. para instalações residenciais multifamiliares, 4 m³ para
5.3.12 Não é exigida proteção contra descargas atmosféricas instalações comerciais e 16 m³ para instalações industriais.
na área da central de GLP. Recipientes limitados à capacidade volumétrica individual
máxima de 4 m3.
5.3.13 As instalações de recipientes abastecidos no local com
GLP em teto ou laje de cobertura de edificações, somente 5.3.13.14 A central não deve estar localizada sobre casa de
serão permitidas se atenderem às seguintes exigências. máquinas e reservatórios superiores de água.

5.3.13.1 Somente podem ser instalados em locais que não 5.3.13.15 Quando o recipiente estiver localizado sobre teto
disponham de área tecnicamente adequada no nível de ou laje de cobertura, a mais de 9 m do solo, se a mangueira
acesso principal à edificação. de enchimento não puder ser observada pelo operador em
seu comprimento total, deve ser feita uma linha de abasteci-
5.3.13.2 Comprovação, por meio de documentos, da existência mento.
da edificação.
5.3.14 Para o abastecimento a granel de GLP, devem ser
5.3.13.3 Inexistência na localidade fornecimento de outra observadas as seguintes condições gerais de segurança:
fonte similar de energia.
5.3.14.1 Recomenda-se que recipientes de capacidades
5.3.13.4 Somente para recipientes abastecidos no local; volumétricas iguais ou inferiores a 0,25 m³ possuam sistemas
5.3.13.5 O limite máximo de altura fica restrito a 15 m adicionais automáticos ou semiautomáticos que evitem o
(do térreo à instalação). sobre-enchimento dos recipientes;

5.3.13.6 O projeto deve ser elaborado por profissional 5.3.14.2 Durante a operação de abastecimento, o veículo
habilitado e registrado no órgão de classe, com emissão de abastecedor deve ser posicionado de forma a permitir sua
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). rápida evacuação do local;

5.3.13.7 A área do teto ou laje de cobertura da edificação 5.3.14.3 Caso o veículo se encontre em via pública ou junto
onde ficará(ão) assentado(s) o(s) recipiente(s), deve ter ao tráfego de pessoas, durante a operação, a área deve estar
superfície plana, cercada por muretas de 0,4 a 0,6 m de altu- sinalizada e isolada;
ra, com tempo de resistência ao fogo de, no mínimo, 2 h. A 5.3.14.4 Durante o abastecimento a mangueira não deve
distância destas muretas deve ser de 1 m do recipiente. Esta passar pelo interior de habitações, em locais sujeitos ao
mureta deve distar, no mínimo, 1 m das fachadas e de outras tráfego de veículos ou nas proximidades de fontes de calor
construções ou instalações no teto ou laje de cobertura, exceto ou de ignição.
quando utilizado abrigo ou parede resistente ao fogo. A área
deve possuir dispositivo para drenagem de água pluvial que 5.3.15 Edificações existentes que não possuam os recuos
permaneça sempre fechado, somente sendo aberto na estabelecidos em norma e, por consequência, impossibilidade
ocasião de drenagem de água. técnica de instalação; podem, por exceção, adotar centrais

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 661

prediais de GLP em nichos. Estas centrais devem atender sem a devida ventilação. Ressalvados os vazios construídos
aos seguintes parâmetros: e preparados especificamente para esse fim (shafts) que
devem conter apenas as tubulações de gás, líquidos não
5.3.15.1 Comprovação da existência da edificação e aprova-
inflamáveis e demais acessórios, com ventilação permanente
ção por órgão oficial competente do atendimento dos
nas extremidades. Estes vazios devem ser visitáveis e
parâmetros legais referentes ao uso e ocupação do solo, bem
possuir área de ventilação permanente e garantida;
como a impossibilidade técnica de se adotar outra modalidade
de instalação de central de GLP; 5.4.3.1.9 Qualquer tipo de forro falso ou compartimento não
ventilado;
5.3.15.2 Inexistência de outra fonte similar alternativa de
energia; 5.4.3.1.10 Locais de captação de ar para sistemas de
ventilação;
5.3.15.3 A central deve ser instalada na fachada da edificação
voltada para via pública, no pavimento térreo e atender aos 5.4.3.1.11 Todo e qualquer local que propicie o acúmulo de
seguintes requisitos: gás vazado.
5.3.15.3.1 Ter área mínima de 1 m²; 5.4.4 Proteção
5.3.15.3.2 Os recipientes devem distar no mínimo 0,8 m do 5.4.4.1 Em locais que possam ocorrer choques mecânicos,
limite frontal da propriedade; as tubulações, quando aparentes, devem ser protegidas.
5.3.15.3.3 Ter interposição de paredes resistentes ao fogo
5.4.4.2 As válvulas e os reguladores de pressão devem ser
(TRRF 120 min) na parte superior da central e nas laterais.
instalados de modo a permanecer protegidos contra danos
Estas paredes devem apresentar resistência mecânica e
físicos e permitir fácil acesso, conservação e substituição a
estanqueidade com relação ao interior da edificação;
qualquer tempo.
5.3.15.3.4 Ter capacidade máxima de até 2 recipientes de
0,108 m³ (P-45) ou 01(um) 0,454 m³ (P-190); 5.4.4.3 Na travessia de elementos estruturais, deve ser
utilizado um tubo-luva.
5.3.15.3.5 Possuir na frente da edificação fechamento por
porta metálica, que propicie área de ventilação permanente, 5.4.4.4 É proibida a utilização de tubulações de gás como
no mínimo, 0,32 m², na parte inferior; aterramento elétrico.
5.3.15.3.6 Possuir veneziana de ventilação permanente, 5.4.4.5 Quando o cruzamento de tubulações de gás e
localizada acima da porta, com área mínima de 0,32 m²; condutores elétricos for inevitável, deve-se colocar entre elas
5.3.15.3.7 Atender às demais exigências de afastamentos de um material isolante elétrico.
fonte de calor, ralos e depressões, sinalização, proteção por 5.4.5 Localização
extintores, prescritos nesta IT.
5.4.5.1 As tubulações aparentes devem atender aos
5.4 Instalações internas de GLP requisitos abaixo:
Para fins dos critérios de segurança, instalação e operação 5.4.5.1.1 Ter as distâncias mínimas entre a tubulação de gás
das centrais de GLP adota-se a norma NBR 15526/09, com e condutores de eletricidade de 0,3 m;
inclusões e adequações constantes nesta IT.
5.4.5.1.2 Ter um afastamento das demais tubulações
5.4.1 As tubulações instaladas devem ser estanques e suficiente para ser realizada manutenção nas mesmas;
desobstruídas.
5.4.5.1.3 Ter afastamento de, no mínimo, 2 m de para-raios e
5.4.2 A instalação de gás deve ser provida de válvula de seus respectivos pontos de aterramento;
fechamento manual em cada ponto em que se tornar convenien-
te para a segurança, operação e manutenção da instalação. 5.4.5.1.4 Em caso de superposição, a tubulação de gás deve
ficar abaixo das demais.
5.4.3 A tubulação não pode fazer parte de elemento estrutural.
5.4.6 Abrigos
5.4.3.1 A tubulação da rede interna não pode passar no
interior dos locais descritos abaixo: 5.4.6.1 Os abrigos de medidores de consumo de GLP devem
possuir proteção por um extintor de pó 20-B:C.
5.4.3.1.1 Dutos de lixo, ar condicionado e águas pluviais;
5.4.6.2 Os abrigos, internos ou externos, devem permanecer
5.4.3.1.2 Reservatório de água; limpos e não podem ser utilizados como depósito ou outro fim
5.4.3.1.3 Dutos para incineradores de lixo; que não aquele a que se destinam.
5.4.3.1.4 Poços e elevadores; 5.4.6.3 Ventilação dos abrigos das prumadas internas.
5.4.3.1.5 Compartimentos de equipamentos elétricos; 5.4.6.3.1 Os abrigos internos à edificação devem ser dotados
5.4.3.1.6 Compartimentos destinados a dormitórios, exceto de tubulação específica para ventilação.
quando destinada à conexão de equipamento hermeticamente 5.4.6.3.2 O tubo utilizado para ventilação (escape do gás)
isolado; deve ser metálico, com saída no pavimento de descarga e na
5.4.3.1.7 Poços de ventilação capazes de confinar o gás cobertura da edificação e com o dobro do diâmetro da tubulação
proveniente de eventual vazamento; de gás da prumada.
5.4.3.1.8 Qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão 5.4.6.3.3 O tubo que interliga o shaft ao tubo de ventilação
formado pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o solo, deve ser metálico, com bocal situado junto ao fechamento da

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662 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

parte inferior do shaft, comprimento superior a 50 cm e ter sua 5.6 Sistema de resfriamento para gás liquefeito de
junção com o tubo de ventilação formando um ângulo fechado petróleo
de 45 graus.
Para fins dos critérios de resfriamento para gás liquefeito de
5.4.6.3.4 Quando a tubulação for interna à edificação e os petróleo devem ser observados os preceitos da IT 22/11 –
abrigos nos andares forem adjacentes a uma parede externa, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a in-
pode ser prevista uma abertura na parte inferior desse, cêndios, bem como os requisitos descritos abaixo:
dispensando-se a exigência do item anterior, com tamanho
equivalente a, no mínimo, duas vezes o da seção da tubulação, 5.6.1 O resfriamento pode ser realizado das seguintes
devendo ainda tal abertura ter distância de 1,2 m de qualquer formas:
outra. a. linha manual com esguicho regulável;
b. canhão monitor manual ou automático com esguicho
5.5 Exigências para recipientes transportáveis de GLP regulável;
com capacidade de volume até 13 kg de GLP (0,032 m³ ou
32 litros) c. aspersores fixos.

5.5.1 Para locais que armazenem, para consumo próprio, 5.6.2 Para o projeto dos sistemas de proteção consideram-se
cinco ou menos recipientes transportáveis, com massa líquida dois conceitos fundamentais:
de até 13 kg de GLP, cheios, parcialmente cheios ou vazios, a. dimensionamento pelo maior risco;
devem ser observados os seguintes requisitos:
b. não simultaneidade de eventos, isto é, o dimensio-
5.5.1.1 Possuir ventilação natural; namento deve ser feito baseando-se na hipótese da
ocorrência de apenas um incêndio.
5.5.1.2 Protegidos do sol, da chuva e da umidade;
5.5.1.3 Estar afastado de outros produtos inflamáveis, de 5.6.3 Bombas de incêndio
fontes de calor e faíscas; 5.6.3.1 As bombas de incêndio, devem atender aos
5.5.1.4 Estar afastado, no mínimo, 1,5 m de ralos, caixas de parâmetros da IT 22/11.
gordura e esgotos, bem como de galerias subterrâneas e
5.6.3.2 Será permitida a instalação de uma única bomba para
similares.
locais descritos em 5.6.8.1, 5.6.8.2, 5.6.9.1, 5.6.9.2 e 5.6.9.3.
5.5.2 A utilização de recipientes com capacidade igual ou
5.6.3.3 Nos demais casos, é obrigatória a instalação de duas
inferior a 13 kg de GLP é vedada no interior das edificações,
bombas de incêndio (principal e reserva), com mesmas
exceto para uso doméstico, nas condições abaixo:
características de pressão e vazão, nos sistemas de
5.5.2.1 Residências unifamiliares (casas térreas ou resfriamento de gases combustíveis. A configuração deve ser
assobradadas); de uma bomba elétrica e outra movida por motor à explosão
(não sujeita à automatização). É aceitável o arranjo de duas
5.5.2.2 Edificações multifamiliares existentes, de acordo com
bombas de incêndio elétricas alimentadas por grupo motoge-
a legislação do Corpo de Bombeiros, desde que atendam
rador automatizado, com autonomia mínima de 3 horas de
aos requisitos a seguir:
funcionamento, ou duas bombas de incêndio com motor à
5.5.2.2.1 Acondicionados em área com ventilação exterior explosão (podendo uma delas ter acionamento manual).
efetiva e permanente;
5.6.4 Reservatório de incêndio
5.5.2.2.2 Exclusivo para uso doméstico.
5.6.5 O reservatório de incêndio deve atender aos
5.5.2.3 Edificações residenciais multifamiliares constituídas parâmetros da IT 22/11.
em blocos, com altura máxima de 12 m, que atendam as
5.6.6 O volume de água para combate a incêndio deve ser
condições de isolamento de risco, nas seguintes condições:
suficiente para atender a demanda de 100% da vazão de
5.5.2.3.1 Instalado na área externa da edificação em projeto durante o período de tempo estabelecido por esta
pavimento térreo e rede de alimentação individual, por Instrução Técnica.
apartamento;
5.6.7 Hidrantes e canhões monitores
5.5.2.3.2 A rede deve atender aos parâmetros de instalação
5.6.7.1 Cada ponto da área de armazenamento, da esfera
da NBR 15526/09.
ou cilindro a serem protegidos deve ser atendido pelo menos
5.5.3 O uso de botijão de 13 Kg será permitido, excepcional- por uma linha de resfriamento.
mente nas condições abaixo, desde que em área externa e 5.6.7.2 Os hidrantes e canhões monitores usados para
ventilada e atendendo às condições de instalação do item 5.4. resfriamento ou extinção de incêndio devem ser capazes de
5.5.3.1 “Trailers e barracas” em eventos temporários. resfriar o perímetro dos recipientes verticais ou horizontais
considerados em projeto.
5.5.3.2 Nas demais ocupações, limitado a 1 recipiente para
5.6.7.3 Após a definição do cenário de combate ao incêndio
consumo, com proteção contra danos mecânicos e físicos e
pelo maior risco (cilindros, esferas, plataformas etc.), o
atendendo aos demais requisitos do item 5.5.1.
dimensionamento do sistema hidráulico deve levar em
5.5.3.3 A mangueira entre o aparelho e o botijão deve ser do consideração o funcionamento simultâneo das linhas manuais
tipo metálica flexível, de acordo com normas pertinentes, sendo e canhões monitores necessários para atender à demanda
vedado o uso de mangueira plástica ou borracha. de água do sistema de resfriamento.

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 663

5.6.7.4 Hidrantes 5.6.8.3 Quando o volume armazenado for superior a 99.840


kg de GLP o sistema de resfriamento deve ser dimensionado
5.6.7.4.1 Todos os locais onde haja risco de vazamento (área
conforme item 5.6.8.2, com autonomia mínima de 60 min e
de armazenamento, tanques, cilindros etc.) devem ser
instalação de duas bombas de incêndio atendendo aos
protegidos por hidrantes atendendo ao caminhamento máximo
parâmetros do item 5.6.3.3.
de 30m para alcançar um dos equipamentos.
5.6.7.4.2 Os hidrantes devem ser distribuídos e instalados em 5.6.9 Proteção por resfriamento para recipientes
locais de fácil acesso e permanecerem desobstruídos. Reco- estacionários verticais e horizontais
menda-se o afastamento mínimo de 15 m dos hidrantes com 5.6.9.1 Quando a bateria de recipientes de GLP possuir uma
relação aos tanques, cilindros e esferas a fim de permitir o capacidade igual ou superior a 10 m3 deve ser prevista a prote-
manuseio no caso de incêndio. No caso de áreas de armaze- ção por linhas manuais de resfriamento, dimensionadas con-
namento de recipientes transportáveis recomenda-se, no forme item 5.6.7, com autonomia mínima de 30 min para o
mínimo, os afastamentos previstos para limites de propriedade. reservatório de incêndio.
5.6.7.4.3 Recomenda-se a instalação de um ponto de 5.6.9.2 Quando a capacidade de armazenamento individual
tomada de água, no máximo, a 5 m da entrada principal (portão do recipiente for inferior a 10 m3, deve ser prevista proteção
de acesso) para área de armazenamento de recipientes por linhas manuais de resfriamento, dimensionadas
transportáveis. conforme o item 5.6.7, com autonomia mínima de 30 min para
o reservatório de incêndio.
5.6.7.4.4 Deve haver, no mínimo, 2 linhas manuais, nas
5.6.9.3 Quando a capacidade de armazenamento individual
áreas de armazenamento de recipientes transportáveis para
do recipiente for superior a 10 m3 e menor ou igual a 20 m3,
proteção por sistema de resfriamento.
deve ser prevista proteção por linhas manuais de resfriamento,
5.6.7.4.5 Os hidrantes devem possuir duas saídas com dimensionado conforme item 5.6.7, com autonomia mínima
diâmetro nominal de 65 mm, dotadas de válvulas e de de 40 min para o reservatório de incêndio.
conexões de engate rápido tipo “ Storz ”. A altura destas 5.6.9.4 Quando a capacidade de armazenamento individual
válvulas em relação ao piso deve estar compreendida entre 1 do recipiente for superior a 20 m3 e menor ou igual a 60 m3,
e 1,5 m. Será admitido uma única saída (hidrante simples) prever proteção por linhas manuais de resfriamento e
para os locais descritos em 5.6.8.1, 5.6.9.1 a 5.6.9.3. canhões monitores, calculado conforme os itens 5.6.7, com
5.6.7.4.6 A pressão mínima de água para as linhas manuais autonomia mínima de 60 min para o reservatório de incêndio.
de resfriamento deve ser de 343,2 KPa (35 mca) medida no 5.6.9.5 Quando a capacidade de armazenamento individual
esguicho. do tanque for superior a 60 m3, prever proteção por canhões
monitores e aspersores instalados de forma a proteger toda a
5.6.7.5 Canhões monitores
superfície exposta, inclusive os suportes (pés). A água deve
5.6.7.5.1 Os canhões monitores podem ser fixos ou portáteis. ser aplicada por meio de aspersores fixos instalados em anéis
fechados de tubulação com uma autonomia mínima de
5.6.7.5.2 O número mínimo de canhões monitores, quando
120 min. do reservatório de incêndio. Para tanques com
exigido para área de armazenamento, deve atender à
capacidade individual de armazenamento superior a 120 m3,
proporção mínima de 1 canhão monitor para proteção de
o reservatório deve ter autonomia de 180 min.
49.920 kg de GLP dispostos em lotes.
5.6.9.6 Os aspersores, instalados acima da “linha do
5.6.7.5.3 Os canhões monitores devem ser especificados equador”, dos tanques horizontais, verticais e esferas de gás,
para permitir uma vazão mínima de 800 lpm na pressão de não serão considerados para proteção da superfície situada
549,25 KPa (56 mca), um giro horizontal de 360º e um curso abaixo desta. Neste caso, é necessária a instalação de outro
vertical de 80º para cima e de 15º para baixo da horizontal. anel de aspersores abaixo da “linha do equador”.
Para efeito de projeto, deve ser considerado o alcance
máximo, na horizontal, de 45 m quando em jato. 5.6.9.7 Toda a superfície exposta do(s) cilindro(s) deve estar
protegida com os jatos dos aspersores da seguinte forma:
5.6.8 Proteção por resfriamento para recipientes 5.6.9.7.1 Os aspersores devem ser distribuídos de forma que
transportáveis exista uma superposição entre os jatos, equivalente a 10%
de dimensão linear coberta por cada aspersor;
5.6.8.1 Quando o volume armazenado for superior a 12.480
kg e inferior a 49.920 kg de GLP será exigida a proteção por 5.6.9.7.2 O emprego de aspersores não dispensa os hidran-
linhas manuais de resfriamento, dimensionadas conforme item tes (linhas manuais), devendo, inclusive, ser previsto pelo
5.6.7, com autonomia mínima de 30 min. para o reservatório menos um canhão monitor portátil que pode ser empregado
de incêndio. no caso de falha do sistema de aspersores. No entanto, para
o dimensionamento do sistema hidráulico não haverá a ne-
5.6.8.2 Quando o volume armazenado for superior a 49.920 cessidade de serem somadas as vazões necessárias para as
Kg e inferior a 99.840 kg de GLP será exigida a proteção linhas manuais, canhão monitor e aspersores, sendo suficiente
suplementar por canhões monitores com o funcionamento o dimensionamento da demanda de água para os aspersores.
simultâneo das linhas manuais, devendo ser atendido o item
5.6.7, com autonomia mínima de 45 min do reservatório de
5.6.10 Proteção por resfriamento para esferas
incêndio. Devem ser considerados em projeto, no mínimo,
duas linhas manuais e um canhão monitor em funcionamento 5.6.10.1 A vazão de água para cada esfera, por meios fixos,
simultâneo. deve ser a somada aos valores correspondentes a:

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664 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

a. resfriamento de toda a superfície, calculada multipli- lecida, ao valor correspondente ao uso de dois canhões
cando-se a taxa de 5 Lpm/m2 pela superfície total; monitores fixos (vazão individual por canhões de 1.200 Lpm).
b. complementação do resfriamento definido no item
5.6.10.7 A localização dos cilindros e esferas de GLP deve
anterior, com a colocação de um aspersor para a
atender às normas técnicas oficiais.
região de junção do costado em cada coluna de su-
porte, a vazão de cada aspersor corresponde a 10%
5.6.11 Proteção por resfriamento para plataforma de
do valor determinado em “a”, dividido pelo número de
carregamento, estação de carregamento e envasamento
colunas;
de cilindros de gás liquefeito de petróleo
c. curva e válvula de retenção da linha de enchimento,
5.6.11.1 Nas instalações é indispensável a utilização de
quando esta penetra no cilindro pelo topo, o número
aspersores fixos, projetados conforme normas técnicas
de aspersores e a respectiva vazão devem ser calcu-
oficiais nacionais ou internacionais.
lados para que o conjunto receba, pelo menos, 5 Lpm/m2,
mas o total não deve ser inferior a 100 Lpm; 5.6.11.2 O dimensionamento deve considerar a proteção das
áreas da ilha de carregamento em torno do caminhão ou
d. Prever uma autonomia mínima de 180 min para o
vagão tanque. Havendo contenção de vazamentos, toda área
reservatório de incêndio.
destinada para captação do derrame de produto deve servir
5.6.10.2 A vazão destinada a cada cilindro horizontal ou como referência para o direcionamento da proteção.
vertical, por meios fixos (aspersores), deve ser a soma dos
5.6.11.3 A autonomia mínima para o reservatório de incêndio
valores determinados conforme os critérios abaixo:
deve ser de 180 min.
a. lançamento de água segundo a taxa mínima de
5 Lpm/m2, uniformemente distribuídos por aspersores 5.6.12 Proteção por resfriamento para tanques
sobre toda a superfície; subterrâneos
b. proteção, por aspersores, da válvula de bloqueio,
5.6.12.1 O armazenamento de GLP em tanques subterrâ-
curva e válvula de retenção da linha de enchimento,
neos não necessita de proteção contra incêndios por
quando esta penetra no cilindro pelo topo, o número
resfriamento.
de aspersores e a respectiva vazão devem ser
calculados para que o conjunto receba, pelo menos,
5 Lpm/m2, mas o total não deve ser inferior a 100 Lpm. 5.7 Disposições gerais

5.6.10.3 Deve ser previsto resfriamento para a esfera subme- 5.7.1 A distribuidora somente poderá abastecer uma instalação
tida ao incêndio, bem como para as esferas e baterias de centralizada após comprovar que os ensaios e testes foram
cilindros cuja distância entre costados seja inferior a 30 m. realizados de acordo com as normas vigentes, e responsabi-
lizar-se-á pelas instalações, até o primeiro regulador de pres-
5.6.10.4 Um ou mais cilindros de volume individual igual ou são existente na linha de abastecimento que operar enquanto
superior a 200 m3 devem ser considerados equivalentes a essas instalações estiverem sendo abastecidas pela mesma,
uma esfera. Nos demais casos, devem ser resfriadas as conforme Portaria ANP nº 47/99.
esferas e baterias de cilindros cuja distância, entre costados,
seja inferior a 15 m. 5.7.2 Não será permitida a utilização de GLP na forma de
botijões e cilindros para o uso de “oxicorte”, solda ou similar
5.6.10.5 Caso as baterias de cilindros de GLP com capacidade em áreas internas às edificações.
individual de, no máximo, 60 m³ estiverem com afastamentos
de 15 m entre si, podem ser consideradas isoladas. 5.7.3 Nas instalações de manipulação, armazenamento,
comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo
5.6.10.6 Quando o suprimento de água sair da rede de (GLP) não são exigidas as proteções por sistemas de espu-
incêndio da edificação, deve-se somar a maior vazão estabe- ma e detecção de incêndio.

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 665

ANEXO A
Exigências e afastamentos de segurança para áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP

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666 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Afastamentos de segurança para central de gás liquefeito de petróleo (GLP)

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 667

ANEXO B (cont.)
Afastamentos para estocagem de oxigênio

Afastamentos para estocagem de hidrogênio

Afastamentos para redes elétricas

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668 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Revendedor classe I – capacidade 520 kg


ANEXO C
(informativo)

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 669

Revendedor classe I em posto de abastecimento e serviço


ANEXO C (cont.)
(informativo)

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670 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Revendedor classe II – capacidade 1560 kg


ANEXO C (cont.)
(informativo)

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 671

Revendedor classe II e residência com entrada independente – capacidade 6240 kg


ANEXO C (cont.)
(informativo)

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672 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Revendedor classe III – capacidade 6240 kg


ANEXO C (cont.)
(informativo)

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Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 673

Revendedor classe III com área de apoio


ANEXO C (cont.)
(informativo)

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674 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Revendedor Classe IV – capacidade 12.480 kg


ANEXO C (cont.)
(informativo)

28-IT.pmd 674 18/10/2012, 16:46


Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 675

Revendedor classe IV com carga de apoio transitório


ANEXO C (cont.)
(informativo)

28-IT.pmd 675 18/10/2012, 16:46


676 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Revendedor classe IV com área de armazenamento delimitada por gradil metálico


ANEXO C (cont.)
(informativo)

28-IT.pmd 676 18/10/2012, 16:46


Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 677

Revendedor classe V – capacidade 24.960 kg


ANEXO C (cont.)
(informativo)

28-IT.pmd 677 18/10/2012, 16:46


678 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

Revendedor classe VI – capacidade 49.920 kg


ANEXO C (cont.)
(informativo)

28-IT.pmd 678 18/10/2012, 16:46


Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 679

Revendedor classe VII – capacidade 99.840 kg


ANEXO C (cont.)
(informativo)

28-IT.pmd 679 18/10/2012, 16:47


680 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
ANEXO C (cont.)

Central de GLP
(informativo)

28-IT.pmd 680 18/10/2012, 16:47


Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 681

Central de GLP - “nicho”


ANEXO C (cont.)
(informativo)

28-IT.pmd 681 18/10/2012, 16:47


28-IT.pmd
ANEXO C (cont.)
682

(informativo)
Instalação de recipientes transportáveis

682
18/10/2012, 16:47
Tipo de recipiente Tipo de serviço Distância da válvula de alívio à abertura inferior (m) Distância da válvula de alívio à fonte de ignição (m)
Transportável Destrocável 1 1,5
Transportável Abastecido no local 1 3

Notas:
1) Distância mínima de 1,5 m entre a descarga da válvula de alívio e a fonte externa de ignição (por exemplo, ar-condicionado), sistema de ventilação etc;
2) Se um cilindro trocável for abastecido no local, a conexão de enchimento ou a purga do indicador de nível máximo devem estar a pelo menos 3 m de qualquer fonte externa de ignição, sistema de ventilação etc.
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
28-IT.pmd
ANEXO C (cont.)
(informativo)
Instalação de recipientes estacionários de superfície

683
A – recipiente com capacidade
individual até 0,5 m3.
B – recipiente com capacidade
individual > 0,5 m3 a 5,5 m3.

18/10/2012, 16:47
C – recipiente com capacidade
individual > 5,5 m3 a 8 m3.
D – recipiente com capacidade
individual > 8 m3 a 120 m3.

Tipo de recipiente Tipo de serviço Distância da válvula de alívio à abertura inferior (m) Distância da válvula de alívio à fonte de ignição(m)
Estacionário Abastecido no local 1,5 3
Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP)

Notas:
1) Independentemente do tamanho, qualquer recipiente abastecido no local deve estar localizado de tal forma que a conexão de enchimento e o indicador de nível máximo estejam no mínimo a 3 m de qualquer fonte de
ignição (por exemplo, chama aberta, ar condicionado, compressor etc.), entrada ou sistema de ventilação;
2) A distância de recipientes de superfície de capacidade individual de até 5,5 m3 para edificações e/ou divisas de propriedades pode ser reduzida à metade, desde que sejam instalados no máximo três recipientes de
capacidade individual de até 5,5 m3.
683
28-IT.pmd
ANEXO C (cont.)
684

(informativo)
Instalação de recipientes estacionários enterrados

684
18/10/2012, 16:47
A – recipiente com capacidade
individual até 8 m3.
B – recipiente com capacidade
individual acima de 8 m3.

Notas:
1) A conexão de enchimento e o indicador de nível máximo devem distar pelo menos 3 m de fontes de ignição (por exemplo, chama aberta, ar-condicionado etc.);
2) A distância mínima de tanques enterrados deve ser medida a partir da válvula de alívio, da válvula de enchimento e da válvula de nível máximo, exceto que nenhuma parte do recipiente deve estar a menos de 3 m de
edificações e limite de propriedade que possa ser edificado.
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) 685

Distância entre recipientes


ANEXO C (cont.)
(informativo)

Recomenda-se sempre deixar espaço suficiente para manutenção.


Nota:

28-IT.pmd 685 18/10/2012, 16:47


686 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C (cont.)
(informativo)
Afastamento de segurança para central de GLP com interposição de parede corta-fogo

28-IT.pmd 686 18/10/2012, 16:47


28-IT.pmd
ANEXO C (cont.)
(informativo)
Instalação de recipientes em teto e lajes de cobertura de edificações

687
18/10/2012, 16:47
A Distância mínima da janela para: tubos com conexão roscada – 1,5 m. tubos com conexão soldada – 0,3 m.
B Distância mínima da mureta para a fachada da edificação – 1,5 m.
C Tomadas de ar condicionado: acima da altura do recipiente – 3 m; abaixo da altura do recipiente – 6 m.
Instrução Técnica nº 28/2011 - Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP)

D Distância mínima de fonte de ignição – 3 m.


E Distância mínima da mureta ao recipiente – 1 m.
F Distância mínima de ralos ao recipiente – 1,5 m.
687
28-IT.pmd
ANEXO C (cont.)
688

(informativo)
Instalação de recipientes em tetos e lajes de cobertura de edificações

688
18/10/2012, 16:47
Nota:
A - Paredes resistentes ao fogo
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
Instrução Técnica nº 29/2011 - Comercialização, distribuição e utilização de gás natural 689

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 29/2011

Comercialização, distribuição e utilização de gás natural

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Exemplo de ventilação nos abrigos das prumadas internas

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

29-IT.pmd 689 18/10/2012, 16:49


690 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

29-IT.pmd 690 18/10/2012, 16:49


Instrução Técnica nº 29/2011 - Comercialização, distribuição e utilização de gás natural 691

1 OBJETIVO solo, sem a devida ventilação. Ressalvados os vazios


construídos e preparados especificamente para esse
Estabelecer condições necessárias para a proteção contra
fim (shafts), os quais devem conter apenas as tubula-
incêndio nos locais de comercialização, distribuição e utilização
ções de gás e demais acessórios, com ventilação
de gás natural, conforme as exigências do Decreto Estadual
permanente nas extremidades, sendo que estes vazios
nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio
devem ser sempre visitáveis e previstos em área com
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
ventilação permanente e garantida;
2 APLICAÇÃO i. qualquer tipo de forro falso ou compartimento não
ventilado, exceto quando utilizado tubo-luva;
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a:
j. locais de captação de ar para sistemas de ventilação;
a. instalações internas abastecidas por gás natural;
k. todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás
b. postos de revenda de gás natural veicular; vazado;
c. bases e estações de manipulação e distribuição de l. paredes construídas com tijolos vazados observando
gás natural comprimido ou liquefeito. a ressalva da letra “h”;
m. escadas enclausuradas, inclusive dutos de
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
antecâmara.
Adotam-se as seguintes normas com inclusões e adequações
5.1.2 Os registros, as válvulas e os reguladores de pressão
constantes nesta IT.
devem ser instalados de modo a permanecer protegidos
NBR 12236 – Critérios de projeto, montagem e operação de contra danos físicos e a permitir fácil acesso, conservação e
postos de gás combustível comprimido. substituição a qualquer tempo.
NBR 13103 – Instalação de aparelhos a gás para uso
5.1.3 As tubulações, quando aparentes, devem ser protegidas
residencial.
contra choques mecânicos.
NBR 15244 – Critério de projeto, montagem e operação de
sistema de suprimento de gás natural veicular (GNV) a partir 5.1.4 Os abrigos internos ou externos devem permanecer
de gás natural liquefeito (GNL). limpos e não podem ser utilizados como depósito ou outro fim
que não aquele a que se destinam.
NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases
combustíveis em instalações residenciais e comerciais - 5.1.5 Ventilação dos abrigos das prumadas internas
Projeto e execução.
5.1.5.1 Os abrigos internos à edificação devem ser dotados
NBR 15600 – Estação de armazenagem e descompressão
de tubulação específica para ventilação, conforme ilustração
de gás natural comprimido.
do Anexo “A”.
Portaria nº 118 de 11JUL2000 da Agência Nacional de Petróleo
(regulamenta as atividades de distribuição de gás natural 5.1.5.2 O tubo utilizado para ventilação (escape do gás) deve
liquefeito (GNL) a granel e de construção, ampliação e ser metálico ou de PVC antichama, com saída na cobertura
operação das centrais de distribuição de GNL). da edificação e com o dobro do diâmetro de, no mínimo, uma
vez e meia o diâmetro da tubulação de gás da prumada.
4 DEFINIÇÕES 5.1.5.3 O tubo que interliga o shaft ao tubo de ventilação
Para efeito desta Instrução Técnica aplicam-se as definições deve ser metálico ou de PVC antichama, com bocal situado
constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança contra junto ao fechamento da parte superior do shaft, comprimento
incêndio. superior a 50 cm, ter sua junção com o tubo de ventilação
formando um ângulo fechado de 45 graus e possuir diâmetro
5 PROCEDIMENTOS mínimo de uma vez e meia o diâmetro da tubulação de gás
que passa pelo respectivo abrigo.
5.1 Instalações internas abastecidas por gás natural (GN)
5.1.5.4 Quando a tubulação for interna à edificação e os
5.1.1 Além do disposto na NBR 13103/11 e NBR 15526/09, abrigos nos andares forem adjacentes a uma parede externa,
a tubulação da rede interna não deve passar no interior de: pode ser prevista uma abertura na parte superior deste, dispen-
a. dutos de lixo, ar-condicionado e águas pluviais; sando-se a exigência do item anterior, com tamanho equiva-
b. reservatório de água; lente a, no mínimo, duas vezes o da seção da tubulação, de-
vendo ainda tal abertura ter distância de 1,2 m de qualquer outra.
c. dutos para incineradores de lixo;
d. poços e elevadores; 5.1.6 Por ocasião da solicitação de vistoria junto ao Corpo
de Bombeiros, devem ser apresentadas as Anotações de
e. compartimentos de equipamentos elétricos; Responsabilidade Técnica referentes à instalação ou manu-
f. compartimentos destinados a dormitórios, exceto tenção do sistema de gás natural e estanqueidade da rede.
quando destinada à conexão de equipamento herme-
ticamente isolado; 5.2 Postos de abastecimento de gás natural veicular
g. poços de ventilação capazes de confinar o gás prove- Os critérios de projeto, construção e operação de postos de
niente de eventual vazamento; abastecimento destinados à revenda de gás natural veicular
h. qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão devem ser os previstos na NBR 12236/94, além das seguintes
formado pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o providências.

29-IT.pmd 691 18/10/2012, 16:49


692 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.2.1.1 Devem ser protegidos por uma unidade extintora devem ter proteção por resfriamento conforme parâmetros
sobrerrodas de pó BC, capacidade 80-B:C, além do sistema adotados para GLP na IT 28/11.
de proteção contra incêndio exigido para os demais riscos.
5.4 Bases e estações de manipulação e distribuição de
5.2.1.2 Em cada ponto de abastecimento deve ser construída gás natural liquefeito
uma ilha (meio fio com a função de proteção mecânica), com
altura mínima de 0,20 m, conforme NBR 12236/94. 5.4.1 A pessoa jurídica autorizada a exercer a atividade de
distribuição de gás natural liquefeito a granel é responsável
5.2.1.3 O local de abastecimento deve possuir placas de pelo procedimento de segurança nas operações de transvaza-
advertência quanto às regras de segurança a serem adotadas mento, ficando obrigada a orientar os usuários do sistema
pelos usuários, prevendo distâncias seguras de permanência, quanto às normas de segurança a serem obedecidas.
além de esclarecimentos tais como: “Proibido fumar”, “Desli-
gar o rádio e outros equipamentos elétricos”, “Não utilizar 5.4.2 As normas de segurança acima citadas referem-se ao
aparelhos celulares”. correto posicionamento, desligamento, travamento e aterra-
mento do veículo transportador, bem como do acionamento
5.3 Bases e estações de manipulação e distribuição de das luzes de alerta, sinalização por meio de cones e preven-
gás natural comprimido ção por extintores, dentre outros procedimentos.
5.3.1 Os critérios de projeto, construção e operação de 5.4.3 O veículo transportador deve estacionar em área
estações de armazenagem e descompressão de gás natural aberta e ventilada e possuir espaço livre para manobra e
comprimido devem ser os previstos na NBR 15600/10. escape rápido.
5.3.2 Para a proteção por extintores devem ser adotados os 5.4.4 Postos de revenda ou distribuição de gás natural
mesmos parâmetros para GLP descritos na IT 28/11 - veicular (GNV) a partir de gás natural liquefeito (GNL) devem
Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização atender à NBR 15244/05.
de gás liquefeito de petróleo (GLP).
5.4.5 As medidas de proteção contra incêndio a serem previs-
5.3.3 Vasos sobre pressão contendo gás natural comprimi- tas em projeto, para bases e estações de manipulação e distri-
do (GNC), com capacidade individual superior a 10m 3, buição de gás natural liquefeito, devem atender à NFPA 59 - A.

29-IT.pmd 692 18/10/2012, 16:49


Instrução Técnica nº 29/2011 - Comercialização, distribuição e utilização de gás natural 693

ANEXO A
Exemplo de ventilação de abrigos localizados nos andares para gás natural (GN)

Figura 1: Ventilação de abrigos

29-IT.pmd 693 18/10/2012, 16:49


694 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

29-IT.pmd 694 18/10/2012, 16:49


Instrução Técnica nº 30/2011 - Fogos de artifício 695

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 30/2011

Fogos de artifício

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Exemplo de ventilação nos abrigos das prumadas internas

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos de segurança

6 Documentação

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011
e pela Portaria nº CCB 005/600/2012 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 205, de 30 de outubro de 2012.

30-IT.pmd 695 31/10/2012, 15:20


696 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

30-IT.pmd 696 18/10/2012, 16:50


Instrução Técnica nº 30/2011 - Fogos de artifício 697

1 OBJETIVO 4 DEFINIÇÕES
Estabelecer as condições necessárias de segurança contra Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
incêndios em edificações destinadas ao comércio de fogos de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
artifício no varejo, atendendo ao previsto no Decreto Estadual específicas abaixo:
nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo. 4.1 Acessório explosivo: engenho não muito sensível, de
elevada energia de ativação, que tem por finalidade fornecer
2 APLICAÇÃO energia suficiente à continuidade de um trem explosivo e que
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se exclusivamente as necessita de um acessório iniciador para ser ativado.
ocupações utilizadas no comércio varejista de fogos de artifício, 4.2 Acessório iniciador: engenho muito sensível, de
desde que respeitados os critérios de exigências desta IT. pequena energia de ativação, cuja finalidade é proporcionar
2.2 Não se aplica aos locais de fabricação, manipulação a energia necessária à iniciação de um trem explosivo.
e/ou depósitos de fogos de artifício de qualquer classificação. 4.3 Artifício pirotécnico: designação comum de peças
2.3 Não se aplica às ocupações que tenham pólvora, pirotécnicas preparadas para transmitir a inflamação e
compostos pirotécnicos, ou explosivos de qualquer espécie produzir luz, ruído, incêndios ou explosões, com finalidade
a granel, para manipulação ou não. de sinalização, salvamento ou emprego especial em
operações de combate.
2.4 Não se aplica a apresentações de pirotecnia.
4.4 Barricada: é uma barreira natural ou artificial que protege
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS as edificações vizinhas, quando de acidente com fogos de
Código do Consumidor – Lei n° 8.078, de 11 de setembro de artifício estocados.
1990; com ênfase: art. 6, caput, e incisos I e II; art. 8, caput, e
4.5 Categoria controle: qualifica o produto controlado pelo
§ 3; art. 12, caput, § 1° e inciso II; art. 18, § 6° e incisos I e II; e
Exército segundo o conjunto de atividades a ele vinculadas e
art. 68, caput.
sujeitas a controle, dentro do seguinte universo: fabricação,
Decreto-lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código utilização, importação, exportação, desembaraço alfandegário,
Penal. tráfego, comércio ou outra atividade que venha a ser
Decreto n° 3.665, de 21 de novembro de 2000. Dá nova considerada.
redação ao Regulamento para Fiscalização de Produtos
4.6 Certificado de Registro (CR): documento hábil que
Controlados (R-105).
autoriza as pessoas físicas ou jurídicas à utilização industrial,
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n° 8.069, de 13 de armazenagem, comércio, exportação, importação, transporte,
julho de 1990. manutenção, recuperação e manuseio de produtos controlados
Lei n° 9.605, de 12 de dezembro de 1998. Dispõe sobre as pelo Exército.
sanções penais e administrativas, derivadas de condutas e
4.7 Comércio de fogos de artifício: local destinado à venda
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
de fogos de artifício.
NBR 5363 - Invólucros à prova de explosão para
equipamentos elétricos. 4.8 Composição pirotécnica: é uma mistura química de
estado predominantemente sólido, capaz de produzir uma
NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão.
reação química exotérmica controlada, independente e
NBR 5418 - Instalações elétricas em ambiente com líquidos, autossuficiente, que resulta em calor, gás, som, luz ou uma
gases e vapores inflamáveis - procedimento. combinação destes efeitos, cujo fim é o entretenimento.
NBR 5419 - Sistema de proteção contra descargas elétricas
4.9 Deflagração: fenômeno característico dos chamados
atmosféricas.
baixos explosivos, que consiste na autocombustão de um
NBR 7500 - Símbolos de riscos e manuseios para o transporte corpo (composto de combustível, comburente e outros), em
e armazenamento de material – simbologia. qualquer estado físico, o qual ocorre por camadas e a
NFPA 1124 - Code for the manufacture transportation, and velocidades controladas (de alguns décimos de milímetros
storage of firework, and pyrothecnic articles. até 400 m/s).
Portaria do Departamento Logístico do Exército Brasileiro n° 4.10 Detonação: fenômeno característico dos chamados
8, de 29 de outubro de 2008 (Normas reguladoras dos fogos altos explosivos que consiste na autopropagação de uma
de artifícios, artifícios pirotécnicos e artefatos similares). onda de choque através de um corpo explosivo,
Portaria do Ministério dos Transportes n° 204, de 20 de maio transformando-o em produtos mais estáveis, com liberação
de 1997. Aprova as instruções complementares aos de grande quantidade de calor cuja velocidade varia de 1000
regulamentos dos transportes rodoviários e ferroviários de a 8500 m/s.
produtos perigosos.
4.11 Depósito: estabelecimento com atividade exclusiva de
REG/T-02 do Exército Brasileiro - Regulamento técnico de armazenamento, em espaço apropriado, de materiais
fogos de artifício, pirotécnicos, artifícios pirotécnicos a artefatos pirotécnicos.
similares.
4.12 Embalagem: elemento ou conjunto de elementos des-
Resolução SSP/SP -154, de 19 de setembro de 2011. Dá tinados a envolver, conter ou proteger produtos durante sua
nova disposição sobre a fiscalização, fabrico, comércio e uso movimentação, transporte, armazenamento, comercialização
de fogos de artifício no Estado de São Paulo. ou consumo.

30-IT.pmd 697 18/10/2012, 16:50


698 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.13 Estoque ou área de armazenamento: local da edificação 5.1.1.3 Classe C


destinado ao acondicionamento ordenado, em espaço a. artefatos pirotécnicos que contenham entre 26 cg (vinte
apropriado, de fogos de artifício permitidos para o comércio. e seis centigramas) a 6 g (seis gramas) de pólvora ou
4.14 Explosão: é um violento arrebatamento ou expansão, massa explosiva, por tubo;
normalmente causado por detonação ou deflagração de um b. artigos denominados por bombas de riscar, ou acender,
explosivo, ou ainda, pela súbita liberação de pressão de um também chamados por morteiros, para apoio no chão,
corpo com acúmulo de gases. contendo o máximo de 2 g (dois gramas) de pólvora
4.15 Explosão em massa: aquela que afeta virtualmente ou massa explosiva, por peça.
toda a carga de maneira instantânea. 5.1.1.4 Classe D
4.16 Explosivo: tipo de matéria que, quando iniciada, sofre a. foguetes, com ou sem flecha (artigo de ar), cujas
decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com bombas contenham mais de 6 g (seis gramas) de
grande liberação de calor e desenvolvimento súbito de pressão. massa explosiva ou pólvora;
4.17 Fogos de artifício: são peças pirotécnicas que b. morteiro de estampido de qualquer calibre fixado ao
produzem efeitos sonoros ou visuais para fins de festividade. solo, desde que projetado por meio de tubo metálico
ou de papelão, cuja bomba contenha mais de 6 g (seis
4.18 Grau de restrição: qualifica o grau de controle exercido
gramas) de pólvora ou massa explosiva;
pelo Exército, segundo as atividades fiscalizadas.
c. salvas de tiro, usadas em festividades, desde que cada
4.19 IEFA - Inventário de Estoque de Fogos de Artifícios.
bomba contenha mais de 6 g (seis gramas) de pólvora
4.20 Manuseio de produto controlado: trato com produto ou massa explosiva;
controlado com finalidade específica, como por exemplo, sua d. peças pirotécnicas, presas em armações especiais
utilização, manutenção e armazenamento. usadas em espetáculos pirotécnicos;
4.21 Produto controlado pelo Exército e/ou Polícia Civil: e. artigos denominados por bombas de riscar, ou de
produto que, devido ao seu poder de destruição ou outra acender, também chamados por morteiros, para apoio
propriedade, deva ter seu uso restrito a pessoas físicas e no chão, contendo mais de 2 g (dois gramas) de massa
jurídicas legalmente habilitadas, capacitadas técnica, moral de estampido, por peça.
e psicologicamente, de modo a garantir a segurança social e
militar do País. 5.1.2 Os fogos de artifício, também, serão classificados
conforme os seguintes critérios da ONU:
4.22 Razão social: nome usado pelo comércio ou indústria
a. 1.1G: aqueles que apresentam risco de explosão em
(pessoa física ou jurídica) no exercício das suas atividades.
massa e/ou projeção, considerando que uma explosão
4.23 Título de Registro (TR): documento hábil que autoriza em massa é a que afeta, virtualmente, toda a carga, de
a pessoa jurídica à fabricação de produtos controlados pelo maneira praticamente instantânea;
Exército. b. 1.2G: aqueles que apresentam risco de projeção e
4.24 Uso permitido: a designação “de uso permitido” é dada fragmentos, mas sem risco de explosão em massa;
aos produtos controlados pelo Exército, cuja utilização é c. 1.3G: aqueles que apresentam risco de fogo, com
permitida a pessoas físicas em geral, bem como as pessoas pequeno risco de explosão e/ou de projeção, mas sem
jurídicas, de acordo com a legislação normativa do Exército. risco de explosão em massa;
4.25 Uso restrito: a designação “de uso restrito” é dada d. 1.4G: aqueles que não apresentam risco significativo
aos produtos controlados pelo Exército que só podem ser e, eventualmente, em caso de ignição ou iniciação, os
utilizados pelas Forças Armadas ou, autorizadas pelo Exército efeitos ficam confinados, predominantemente, à
a algumas instituições de segurança, pessoas jurídicas embalagem, não promovem projeção de fragmentos
habilitadas e pessoas físicas habilitadas. de dimensões apreciáveis ou a grande distância e que
um fogo externo não provoque explosão instantânea
de, virtualmente, todo o conteúdo de uma embalagem
5 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA coletiva (embalagem externa).
5.1 Classificação dos Fogos de Artifícios 5.2 Características da edificação
5.1.1 Os fogos de artifício e de estampido, considerados
permitidos, classificam em: 5.2.1 O comércio varejista de fogos de artifício classifica-se
em tipo I e tipo II, considerando para tanto as características
5.1.1.1 Classe A do imóvel, volume de armazenagem e de exposição.
a. fogos de vista, sem estampido; 5.2.2 Considera-se tipo I, o imóvel comercial com área
b. fogos de estampido que contenham até 20 cg (vinte construída até 250 m², cujo estoque volumétrico não exceda o
centigramas) de pólvora ou massa explosiva por máximo de 15 m³ em área de armazenagem limitada a 60 m2.
artefato pirotécnico.
5.2.2.1 Neste caso a área de exposição limitar-se-á a 5 m³, sen-
5.1.1.2 Classe B do 20% categorias A e B, 40% categoria C e 40% categoria D.
a. artefatos pirotécnicos que contenham entre 21 cg (vinte 5.2.3 Considera-se tipo II, o imóvel comercial com área
e um centigramas) a 25 cg (vinte e cinco centigramas) construída até 500 m², cujo estoque volumétrico não exceda o
de pólvora ou massa explosiva, por peça. máximo de 30 m³ em área de armazenagem limitada a 100 m2.

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Instrução Técnica nº 30/2011 - Fogos de artifício 699

5.2.3.1 Neste caso a área de exposição limitar-se-á a 5.2.5 As janelas para o exterior devem ser protegidas por
10 m³, sendo 20% categorias A e B, 40% categoria C e 40% tela metálica galvanizada, com malha máxima de 12,7 mm x
categoria D. 12,7 mm e bitola do fio de, no mínimo, 16 BWG.
5.2.3.2 Os imóveis comerciais com área construída superior a 5.2.6 Será permitido o uso misto do comércio de fogos de
500 m² devem obter licença especial, desde que tenham projeto artifício com artigos de época, observadas as restrições legais,
previamente aprovado pelo Corpo de Bombeiros por meio de desde que os produtos estejam em prateleiras distintas e a
Comissão Técnica e, em seguida, pela Divisão de Produtos mais de 1 m de distância das prateleiras de exposição de
Controlados, limitando-se quanto ao volume de estoque, área fogos e a mais de 1 m do estoque de fogos de artifício.
de armazenagem e volume na área de exposição.
5.2.7 Somente é permitida a venda de fogos, próximo a uma
5.2.4 A edificação usada para comércio de fogos de artifícios edificação residencial unifamiliar, no mesmo terreno, se a
deve apresentar os requisitos descritos abaixo: parte comercial estiver separada da área residencial por meio
5.2.4.1 Ser construída em alvenaria e possuir piso de paredes resistentes ao fogo por 120 min, devendo ainda a
incombustível. parte residencial ter acesso independente.

5.2.4.2 Ter sua estrutura, paredes e cobertura (laje) com 5.2.8 As edificações destinadas ao comércio atacadista de
tempo de resistência ao fogo mínimo de 120 min, fogos de artifício e/ou de preparação de peças ou equipamentos
dimensionadas conforme IT 08/11 – Resistência ao fogo dos utilizados na execução de uma queima pirotécnica serão
elementos de construção. permitidas somente nas zonas rurais, ficando suas instalações
sujeitas à legislação pertinente em vigor, em especial do Exército
5.2.4.3 Ser térrea, exceto quando o pavimento superior for Brasileiro e da Secretaria de Estado dos Negócios da
utilizado exclusivamente para escritório da loja, para Segurança Pública do Estado de São Paulo.
sanitários ou para armazenamento, desde que possua saída
independente para o exterior da loja e atenda aos demais 5.2.9 Em nenhuma hipótese será permitida a comercialização
requisitos estabelecidos nesta IT. de fogos de artifício em edificações que não sejam em alvenaria
(exemplo: barracas, estande em madeira, trailers etc).
5.2.4.4 As edificações que comercializarem fogos de artifício
não podem possuir subsolos. 5.3 Prescrições de segurança
5.2.4.5 A área externa no terreno que contém a edificação de 5.3.1 A edificação comercial do grupo “L” deve ser protegida,
comércio de fogos de artifício, inclusive o recuo da via pública, no mínimo, por 2 extintores manuais, por pavimento, sendo 1
deve ter o seu piso de material incombustível, sem qualquer de água (2A) e 1 de pó químico seco (20-B:C), obedecendo
vegetação que possa fornecer carga de incêndio para queima. ainda às regras da IT 21/11 - Sistema de proteção por
5.2.4.6 Os compartimentos destinados ao estoque de fogos extintores de incêndio.
de artifício devem ser construídos em alvenaria com resistência 5.3.2 As saídas de emergência, a segurança estrutural e as
ao fogo por 120 min com acesso por meio de porta corta-fogo instalações elétricas devem atender aos parâmetros do
(PCF P-60). Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança
5.2.4.7 Os fogos de artifício devem ser uniformemente contra incêndio e respectivas Instruções Técnicas e normas
distribuídos nos compartimentos de alvenaria da edificação. da ABNT.
5.2.4.8 Na área interna de estoque, quando prevista, deve 5.3.3 É proibida a existência, mesmo que temporária, de
existir um corredor de circulação (em linha reta), servindo à aparelhos que produzam calor, chama aberta, fagulhas,
rota de fuga, que dê acesso direto a saída do compartimento. centelhas e similares, ou ainda fumar dentro das edificações
que comercializem fogos de artifício.
5.2.4.9 Recomenda-se o posicionamento das prateleiras
perpendicularmente à porta de saída da edificação. 5.3.4 Não será permitida, qualquer que seja a quantidade, a
existência de GLP ou qualquer outro tipo de gás inflamável e/
5.2.4.10 Os produtos armazenados (fogos) devem possuir
ou combustível, junto à área de vendas e de depósito de
afastamento mínimo de 15 cm (centímetros) do piso, 15 cm
fogos de artifício.
das paredes e 50 cm do teto, dispostos em prateleiras
incombustíveis (pilhas) de, no máximo, 2 m de altura. 5.3.5 Não será permitida, qualquer que seja a quantidade, a
existência de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis, junto às
5.2.4.11 Entre as prateleiras ou paletes, da área de armaze-
áreas de venda e depósito de fogos de artifício.
nagem, deve haver um corredor de 1 m de largura que permita
a passagem para colocação de caixas com segurança. 5.3.6 Os fogos de artifícios, inclusive importados, devem estar
5.2.4.12 Na entrada da área de armazenamento deve haver devidamente acondicionados em suas embalagens originais,
uma placa de 20 cm x 15 cm, com fundo amarelo e letras trazendo impresso nas embalagens ou rótulos, em língua
pretas, com os dizeres: “explosivos – perigo”. Em toda loja portuguesa de forma clara no rótulo, os necessários esclareci-
deve haver placas de proibido fumar. Toda a sinalização de mentos sobre o manejo, efeito, denominação, data de validade,
emergência deve atender aos critérios da IT 20/11 – procedência e o nome do fabricante e importador (quando for
Sinalização de emergência. o caso), bem como a classificação conforme item 5.1 desta IT.
5.3.7 As edificações destinadas ao comércio de fogos de
5.2.4.13 Os comerciantes devem expor na área de vendas,
artifício devem ter os afastamentos mínimos dos seguintes
cartazes explicativos sobre uso e manuseio dos produtos
locais:
comercializados, obedecendo a critérios descritos pela
ASSOBRAPI ou qualquer outra entidade representativa de a. 100 metros de hospitais, estabelecimentos com
classe, aprovados pela Divisão de Produtos Controlados. internação médica ou tratamento ambulatorial e asilos;

30-IT.pmd 699 31/10/2012, 15:23


700 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

b. 100 m de creches ou escolas de educação infantil, de 5.3.15 A queima e o uso de material pirotécnico das classes
ensinos fundamental, médio, profissionalizante ou “C” e “D”, que se enquadrem no item 5.3.12, serão conside-
superior; rados como espetáculo pirotécnico, dependendo de autori-
c. 200 m de fábricas de fogos de artifício ou de explosivos; zação da autoridade competente e deverão ser realizados
exclusivamente por profissional licenciado e habilitado junto
d. 100 m de comércio de fogos de artifício, postos de
à Divisão de Produtos Controlados do Departamento de
combustível, comércio de gases inflamáveis e/ou
Identificação e Registros Diversos.
combustíveis e, seus respectivos depósitos;
e. 100 m de estabelecimentos onde haja depósito ou 5.3.16 É proibido o comércio varejista de fogos de artifício
comércio exclusivo de produtos químicos inflamáveis com calibre interno maior de 2 polegadas, efeito de tiro, exceto
e/ou líquidos combustíveis; quando encomendados para queimas legalmente
autorizadas.
f. 100 m de estações de metrô ou de trem, rodoviárias ou
terminais de transporte público;
6 DOCUMENTAÇÃO
g. 100 m de cinemas, teatros e casas de espetáculos;
6.1 Para o protocolo de análise devem ser apresentadas as
h. 100 m de repartições de órgãos públicos;
documentações previstas na IT 01/11 – Procedimentos
i. 50 m de rede de alta tensão; administrativos, complementadas pelo que se segue:
j. 50 m de velórios;
6.1.1 Inventário de Estoque para Fogos de Artifício, que deve
k. os recuos dos limites da propriedade devem atender conter os seguintes tópicos:
as posturas municipais.
a. dados cadastrais da empresa;
5.3.7.1 As distâncias de afastamento serão aferidas em linha
b. dados do proprietário;
reta a partir do limite da edificação do estabelecimento de
venda de fogos até o início da linha de construção da c. carteira de capacitação profissional do responsável
edificação com a ocupação descrita. pelo comércio, fornecida pelo DPC (Divisão de
Produtos Controlados da Polícia Civil) ou por entidade
5.3.8 As edificações comerciais (lojas) de varejo não podem
de classe credenciada pelo DPC;
comercializar ou armazenar quaisquer produtos profissionais,
em especial os classificados como 1.1G e 1.2G. d. volume médio do estoque, em metros cúbicos, por tipo
e classificação dos produtos.
5.3.9 Fica vedada a estocagem e a comercialização de
pólvora, de fogos de artifício a granel ou fogos de classes 6.1.2 Memorial descritivo de construção com destaque para
1.1G e 1.2G, sejam de qualquer natureza, exceto quando a descrição dos compartimentos, dos afastamentos, dos
houver autorização expressa do Exército Brasileiro e da recuos, das instalações elétricas, do piso, do teto, das paredes,
autoridade policial, observadas as prescrições normativas. da cobertura e do forro (se houver);
5.3.10 Os fogos de classe 1.3G, considerados “de uso 6.1.3 Planta baixa e de corte da edificação contendo o leiaute
profissional”, somente podem ser armazenados em áreas interno, disposição e detalhes das prateleiras e sinalização
rurais, devendo o depósito atender as prescrições do Exército de emergência;
Brasileiro (CR ou TR).
6.1.4 Planta de situação do comércio de explosivos em
5.3.11 Nos estabelecimentos varejistas, será permitido o relação a sua circunvizinhança num raio de 100 m, medidos
comércio dos fogos de artifício 1.4G, os quais devem, a partir das paredes laterais e das frontais do comércio.
obrigatoriamente, estar acondicionados nas embalagens
originais de fábrica, não sendo admitidas vendas a granel e 6.2 Para o protocolo de vistoria devem ser apresentadas as
nem a prática de montagem e desmontagem. documentações previstas na IT 01/2011, complementadas
5.3.12 Os fogos de artifício das classes “C” e “D”, acima de 4 pelo que se segue:
kits de 6 tubos de lançamento de até 3 polegadas e/ou acima a. protocolo da solicitação do Alvará expedido pela
de 4 girândolas “mini-show” com até 144 tubos de até 1.1/2 Polícia Civil do Estado de São Paulo ou Certificado de
polegadas, somente podem ser vendidos a pessoas maiores Registro fornecido pelo Exército Brasileiro;
de 18 anos, os quais devem ser orientados sobre a b. licença de funcionamento para atividade do comércio
necessidade de obter licença policial e contratar um de fogos de artifício expedida pela Prefeitura municipal
profissional habilitado para a queima. A venda desses ou cópia do protocolo do pedido de concessão e a
produtos deve ser lançada no mapa mensal. TFE (taxa de fiscalização de estabelecimento) ou
5.3.13 Os locais de venda devem possuir obrigatoriamente similar, com descrição do código do tributo;
um responsável técnico, habilitado por entidade representativa c. memorial de segurança estrutural para as condições
de classe, credenciado junto à Divisão de Produtos Controlados descritas nesta IT quanto à resistência das paredes e
da capital. elementos estruturais;
5.3.14 Todos os funcionários devem possuir o curso de brigada d. Anotação de Responsabilidade Técnica do engenheiro
de incêndio (teórica e prática), conforme IT 17/11 - Brigada de responsável pelas medidas de segurança contra
incêndio. Os certificados de conclusão dos cursos e treina- incêndio (inclusive da resistência ao fogo das
mentos devem ser mantidos no estabelecimento comercial. alvenarias e estruturas).

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Instrução Técnica nº 31/2011 - Segurança contra incêndio para heliponto e heliporto 701

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 31/2011

Segurança contra incêndio para heliponto e heliporto

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Tabela de dimensionamento de extintores em helipontos

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

6 Prescriçoes diversas

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702 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

31-IT.pmd 702 19/10/2012, 08:05


Instrução Técnica nº 31/2011 - Segurança contra incêndio para heliponto e heliporto 703

1 OBJETIVO 5.4 Prevenção e extinção de incêndio


Estabelecer os requisitos básicos necessários para segurança 5.4.1 As prescrições estabelecidas neste item são as mínimas
contra incêndio de helipontos e heliportos, atendendo ao exigidas para um razoável grau de proteção ao fogo e de
previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de salvamento em área de pouso e decolagem de helicópteros.
segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco
5.4.2 Quando o heliponto está localizado em um aeroporto,
do Estado de São Paulo.
os sistemas de proteção contra incêndio e o de salvamento
devem ser dimensionados com base na Instrução do Comando
2 APLICAÇÃO
da Aeronáutica (ICA) 92-1, de 24jan2000, ou outra que
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações venha substituí-la.
e áreas de risco que possuam helipontos ou heliportos,
5.4.3 Para helipontos situados fora da jurisdição de um
adotando, com as adequações necessárias, as exigências
aeroporto, a proteção contra incêndio deve ser considerada
da Portaria nº 18/GM5, de 14 de fevereiro de 1974 e regula-
sob 3 aspectos:
mentação afim, do Ministério da Aeronáutica.
a. prevenção contra incêndio em helipontos situados ao
2.2 Recomenda-se que sejam observados os demais requi- nível de solo;
sitos para homologação ou registro de helipontos e heliportos,
b. prevenção contra incêndio em helipontos elevados;
junto aos órgãos regionais competentes do Comando da
Aeronáutica. c. medidas para extinção de incêndio e de salvamento
em acidentes ocorridos em helipontos elevados.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS 5.4.4 A prevenção contra incêndio em helipontos ao nível
Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer). do solo deve obedecer às exigências previstas neste item,
além de outras estabelecidas pelo Serviço contra Incêndio
Portaria nº 18/GM5, de fevereiro de 1974 do Ministério da
do Comando da Aeronáutica.
Aeronáutica.
5.4.4.1 Durante as operações de reabastecimento e de
Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 92-1, de
partida, a proteção do helicóptero deve ser feita com equipa-
24jan2000 – edificações.
mento portátil apropriado, manuseado por pessoal treinado
NFPA 418 “Standard for Heliports”, 1995 Edition. conforme IT 17/11 – Brigada de incêndio.
5.4.4.2 Os extintores portáteis ou sobrerrodas devem ser
4 DEFINIÇÕES
guardados em locais ou caixas, devidamente protegidos
Para efeitos desta Instrução Técnica, aplicam-se as definições contra as intempéries, sendo adequadamente sinalizados,
constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança contra oferecendo fácil acesso e visibilidade.
incêndio.
5.4.4.3 O armazenamento de combustível deve estar a uma
distância de segurança da área de pouso, nunca inferior a 30 m.
5 PROCEDIMENTOS
5.1 Condições gerais 5.4.5 A segurança contra incêndio em helipontos elevados
deve obedecer às exigências previstas neste item, além
Tendo em vista que um heliporto é um heliponto dotado de daquelas previstas nos itens anteriores, e demais ITs
facilidades de apoio, abastecimento embarque e desembarque pertinentes no que couberem.
de pessoas e cargas, somente a palavra “heliponto” será
utilizada na presente IT. 5.4.5.1 Nos helipontos elevados, a estrutura na qual se situa
a área de pouso deve ser de material incombustível.
5.2 Avisos de segurança
5.4.5.2 Não é permitido o armazenamento de combustível
5.2.1 Em todos helipontos devem ser colocados cartazes em helipontos elevados.
contendo avisos de segurança, com vistas a evitar acidentes
5.4.5.3 Prevendo a eventualidade de um acidente em heliponto
com pessoas que transitem pela área de pouso e suas
elevado, com a consequente possibilidade de propagação
imediações. Tais avisos devem conter recomendações
de fogo, os seguintes requisitos devem ser atendidos:
expressas, principalmente para o caso de aproximação de
pessoas, embarque de carga com ou sem pessoal, estando a. existência de fácil acesso ao heliponto elevado, para
os rotores do helicóptero em movimento. possibilitar o transporte de equipamentos necessário
ao combate a incêndio de grandes proporções;
5.2.1.1 Ênfase deve ser dada aos avisos visando evitar coli-
b. as portas de acesso à área de pouso devem ter
são de pessoas com o rotor de cauda dos helicópteros.
PCF P-90;
5.2.2 Não é permitido fumar dentro do raio de 15 m da área c. possibilidade de rápida evacuação dos usuários do
de pouso/decolagem, devendo ser afixados avisos de “Proi- heliponto e dos demais andares do prédio;
bido Fumar” em todos os pontos de acesso.
d. adequada sinalização das saídas de emergência.
5.3 Balizamento luminoso
5.4.6 Sistemas de combate a incêndio
As sinalizações luminosas de balizamento para as aerona-
ves devem possuir autonomia mínima de 120 min para funcio- 5.4.6.1 Em helipontos não localizados em aeroportos,
namento na ausência de fornecimento de energia elétrica devem-se exigir as quantidades mínimas de extintores,
pela concessionária local, de forma análoga ao sistema de conforme Anexo A, de acordo com o peso (tonelagem) total
iluminação de emergência. do helicóptero atendido.

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704 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.4.6.2 Os extintores de pó químico especial devem ser deve ser dada ao sistema de drenagem das áreas de pouso,
compatíveis com a utilização conjunta com espuma. decolagem e de estacionamento, que deve ser independen-
te do sistema de drenagem geral do prédio, porém esse siste-
5.4.6.3 Os extintores de incêndio devem ser distribuídos
ma pode ser ligado ao de água pluvial, depois da separação
uniformemente nas proximidades da área de pouso/decola-
do óleo ou combustível da água por um separador sifonado
gem, de forma a atender o caminhamento especificado na
com capacidade suficiente para reter a carga total de com-
IT 21/11 – Sistema de proteção por extintores de incêndio.
bustível para capacidade da maior aeronave prevista para o
5.4.6.4 Qualquer que seja o tipo de extintor utilizado deve heliponto considerado.
haver pessoal habilitado para sua operação, conforme
6.2 Recomenda-se a existência de confiáveis meios de
previsto na IT 17/11 – Brigada de incêndio.
comunicação entre o heliponto e o Quartel do Corpo de
5.4.6.5 Pelo menos 2 dos homens encarregados da Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo com
proteção contra incêndios e das operações de salvamento jurisdição na área, de modo que seja assegurada uma rápida
devem dispor de EPI específico para fogo e salvamento (capa, assistência em casos de acidentes e/ou de fogo, podendo ser
bota, capacete, balaclava e luvas). por telefone.
5.4.6.6 Deve haver, em local protegido e devidamente 6.3 Recomenda-se que os responsáveis por helipontos
sinalizado, ferramentas portáteis de arrombamento, serra elevados solicitem e facilitem visitas periódicas dos integran-
manual para metais e escada articulada ou de apoio, com tes do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de
altura compatível com as dimensões do helicóptero. São Paulo com jurisdição na área, com a finalidade de se
familiarizarem com o local e com os caminhos mais rápidos
6 PRESCRIÇÕES DIVERSAS para chegarem, em casos de emergência.
6.1 De acordo com as normas da Aeronáutica, na constru- 6.4 Caso haja hidrante no heliponto, este deve ser equipado
ção ou instalação de um heliponto elevado, especial atenção com esguicho regulável.

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Instrução Técnica nº 31/2011 - Segurança contra incêndio para heliponto e heliporto 705

ANEXO A
Tabela de dimensionamento de extintores em helipontos

Nota:

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706 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 32/2011 - Produtos perigosos em edificações e áreas de risco no manuseio de produtos perigosos 707

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 32/2011

Produtos perigosos em edificações e áreas de risco


no manuseio de produtos perigosos

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Tabela de dimensionamento de extintores em helipontos

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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708 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

32-IT.pmd 708 19/10/2012, 08:06


Instrução Técnica nº 32/2011 - Produtos perigosos em edificações e áreas de risco no manuseio de produtos perigosos 709

1 OBJETIVO NR nº 16 – Ministério do Trabalho – alterada pelas Portarias


nº 26, de 2 de agosto de 2000, e nº 545, de 10 de julho de
Estabelecer os parâmetros para prevenir, controlar e minimizar
2000 – Atividades e operações perigosas.
emergências ambientais, que provoquem riscos à vida, ao
meio ambiente e ao patrimônio em edificações e áreas de NR nº 19 – Ministério do Trabalho – explosivos.
risco, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 NR nº 20 – Ministério do Trabalho – Líquidos combustíveis e
- Regulamento de segurança contra incêndio das edificações inflamáveis.
e áreas de risco do Estado de São Paulo. NR nº 23 – Ministério do Trabalho – proteção contra incêndios.
NR nº 26 – Ministério do Trabalho – Sinalização de Segurança.
2 APLICAÇÃO
NBR 5382 – Verificação de iluminância de interiores.
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações ou
NBR 5413 – Iluminância de interiores.
áreas de risco que produzam, manipulam ou armazenam
produtos perigosos. NBR 6493 – Emprego de cores para identificação de tubu-
lações.
2.2 Prevalecem as disposições da IT 25/11 – Segurança
NBR 7195 – Cores de segurança.
contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis,
quando houver informação de inflamabilidade como risco NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manu-
principal do líquido ou gás, adotando-se suas respectivas seio, movimentação e armazenamento de produtos.
tabelas de distâncias e sistemas de proteção contra incêndio. NBR 7503 – Transporte terrestre de produtos perigosos -
Ficha de emergência e envelope.
2.3 Esta IT não se aplica aos locais onde haja manipulação
ou armazenagem de materiais radioativos e substâncias NBR 7501 – Transporte terrestre de produtos perigosos.
explosivas por serem reguladas por normas específicas. NBR 7504 – Envelope para transporte de produtos perigosos
- Características e dimensões.
2.4 As edificações que possuírem até 750 m² de armazenagem
de produtos perigosos estão isentas das exigências desta IT. NBR 9735 – Conjunto de equipamentos para emergências
Neste caso será considerada para análise de exigências no transporte de produtos perigosos.
apenas a área de armazenagem e não de produção. NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência.
NBR 14064 – Atendimento a emergência no transporte de
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS produtos perigosos.
Para compreensão desta IT é necessário consultar as NBR 14095 – Área de estacionamento para veículo rodoviário
seguintes normas: de produtos perigosos.
Associação Brasileira das Indústrias Químicas e de Produtos NBR 16001 – Responsabilidade social em sistemas de
Derivados – ABIQUIM. gestão.
APELL: Alerta e preparação de comunidades para emergên- Resoluções do Contran nº 640/85 e 91/99 dispõem sobre o
cias locais. São Paulo, 1990. currículo do curso MOPP (Movimentação de Produtos
Lei Federal nº 9.605, 12 de fevereiro de 1998, que trata dos Perigosos).
crimes ambientais. Resolução Contran nº 38/98, dispõe sobre a identificação de
CNEN-NE 6.02 – Licenciamento de instalações radiativas. entradas e saídas de postos de abastecimento de combustí-
veis, oficinas, estacionamentos e garagens.
CNEN-NE 1.04 – Licenciamento de instalações nucleares.
Resolução nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, alterada pela
CNEN-NE 6.04 – Funcionamento de instalações de radiografia
Resolução nº 701, de 25 de agosto de 2004 – ambas da
industrial.
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) - Instru-
CNEN-NN 2.04 – Proteção contra incêndio em instalações ções complementares ao regulamento de transporte de
nucleares do ciclo do combustível. produtos perigosos.
CNEN-NN 2.03 – Proteção contra incêndio em usinas NFPA 801, Fire Protection for Facilities Handling Radioativite
nucleoelétricas. Materials, 1998 edition.
Decreto nº 96.044, 18 de maio de 1988, Regulamento Federal NFPA “Fire Protection Handbook”, 18th edition, 1997.
para o transporte rodoviário de produtos perigosos.
Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seguran- 4 DEFINIÇÕES
ça e Medicina do Trabalho) - Ministério do Trabalho - Introdu-
4.1 Para efeito desta IT aplicam-se as definições constantes
ção à engenharia de segurança de sistemas, 4ª edição, 1994.
da IT 03/11 - Terminologia de segurança contra incêndio, os
Norma Regulamentadora nº 5 – Ministério do Trabalho – glossários das normas CNEN-NN 2.03 e CNEN-NN 2.04 e as
alterada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994 – definições do capítulo 1.2 da Resolução nº 420/2004, da ANTT.
Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA. Em caso de conflito, prevalecem as definições previstas na
NR nº 6 – Ministério do Trabalho – Equipamentos de prote- IT 03/11.
ção individual – EPI.
4.2 São considerados produtos perigosos os listados no
NR nº 9 – Ministério do Trabalho - Programa de prevenção de item 3.2.4. da Resolução nº 420/2004, da ANTT, e, em caso
riscos ambientais. de produtos, substâncias ou artigos novos, é de responsabi-
NR nº 15 – Ministério do Trabalho – Atividades e operações lidade do fabricante seu enquadramento, respeitando o
insalubres. previsto nos itens 2.0.0.1. e 2.0.0.2 da respectiva resolução.

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710 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

4.3 Considera-se emergência ambiental os derrames 5.3.1.4 Estar ao recipiente afastado, no mínimo, de 1,5 m de
líquidos, escapes gasosos e vazamentos de produtos químicos ralos, caixas de gordura e de esgotos, bem como de galerias
e biológicos naturais ou produzidos por processo industrial, subterrâneas e similares, quando possuírem peso específico
que coloquem em risco a segurança pública da comunidade maior que “1”;
local.
5.3.1.5 Os locais de armazenamento de gases devem estar
afastados, no mínimo, 150 m de locais de reunião de público,
5 PROCEDIMENTOS
escolas, hospitais e habitações unifamiliares, no caso de
5.1 Instalações gases infectantes, tóxicos e corrosivos com limite de tolerância
abaixo de 500 mg/kg.
5.1.1 Em toda edificação ou área de risco que se manipule,
produza ou armazene produtos perigosos deve ser prevista 5.4 Treinamento
guarita ou central de monitoramento das atividades.
5.4.1 Os operadores devem ser capacitados para prevenir
5.1.2 As guaritas ou centrais de monitoramento devem ser acidentes e para executar as primeiras ações emergenciais
instaladas em local seguro, afastadas dos locais de risco, de envolvendo emergências com produtos perigosos.
onde as ações de controle de emergências ambientais
5.4.2 A capacitação dos operadores deve ser realizada con-
devem ser coordenadas.
forme programa do curso de Movimentação de Produtos Pe-
5.1.3 Nas guaritas ou centrais de monitoramento deve haver rigosos – MOPP e conforme a IT 17/11 – Brigada de incêndio.
equipamentos de proteção individual (EPI), para a contenção
de vazamentos e para o resgate de pessoas em área conta- 5.5 Instalações nucleares ou radioativas
minada, atendendo ao disposto no item 2.4 e item 5.3 desta 5.5.1 Devem seguir as exigências de segurança contra
IT. incêndios em edificações previstas no Decreto Estadual
5.1.4 Para cada tipo de produto perigoso manipulado, nº 56.819/11, no que couber, além das exigências específicas
produzido ou armazenado deve ser indicado o tipo de EPI das normas do CNEN.
mais adequado ao seu tratamento, com sua devida ficha de 5.5.2 Na solicitação de vistoria final do CB, deve ser apre-
emergência. sentada a autorização de funcionamento expedida pelo
5.1.5 As edificações e áreas de risco que recebam cami- CNEN, de acordo com as normas CNEN-NE 1.04, 6.02 e 6.04.
nhões-tanque ou contêineres-tanque em seus pátios inter-
5.6 Equipamentos de proteção individual (EPI)
nos devem prever pelo menos uma vaga para estacionamento
de veículo com vazamento, para controle e contenção do 5.6.1 As edificações ou áreas de risco em que se produzam,
produto transportado. manipulem ou armazenem produtos perigosos devem dispor
de, pelo menos, dois conjuntos de proteção individual para o
5.1.6 Quando a edificação ou área de risco dispuser de
atendimento de emergências, os quais devem consistir de:
plataforma de carregamento, o responsável pela edificação
pode indicar o uso de uma de suas vagas para o estaciona- 5.6.1.1 Luvas de cano longo específicas para cada tipo de
mento de veículo de que trata o item anterior. produto perigoso;

5.2 Identificação e sinalização 5.6.1.2 Capacetes de segurança;

5.2.1 A área de risco ou a parte da edificação que contém 5.6.1.3 Máscara panorâmica com filtro específico para o
produtos perigosos deve ser identificada e sinalizada quanto produto, máscara polivalente ou máscara autônoma, de
aos riscos existentes, nos termos da IT 20/11 – Sinalização acordo com o tipo de proteção exigido;
de emergência e, complementarmente, por sinalização de 5.6.1.4 Roupa de proteção individual para ações de controle
classes de risco da ONU, conforme Resolução nº 420/2004 de vazamentos (nível A, B ou C), específica para cada tipo de
da ANTT, podendo ser utilizada, alternativamente, a sinalização produto;
prevista na NFPA-704.
5.6.1.5 Botas específicas para cada tipo de produto;
5.2.1.1 As embalagens que contém produtos perigosos
fracionados também devem ser mantidas identificadas. 5.6.1.6 Todos os EPI devem ter Certificado de Aprovação.

5.2.1.2 O acesso à área de risco deve ser restrito a pessoas 5.7 Plano de emergência
autorizadas. 5.7.1 O responsável pela edificação ou área de risco deve
coletar e disponibilizar todas as informações necessárias para
5.3 Condições específicas para gases perigosos
estabelecer o diagnóstico prospectivo de possíveis situações
5.3.1 Nos locais que armazenem acima de 250 kg de gases emergenciais.
infectantes, tóxicos ou corrosivos devem ser observados os
5.7.2 As informações sobre os riscos e os procedimentos
seguintes requisitos:
emergenciais devem fazer parte do Plano de emergência para
5.3.1.1 Possuir ventilação natural; produtos perigos, elaborado de acordo com a IT 16/11 –
5.3.1.2 Estar o recipiente protegido de intempéries; Plano de emergência contra incêndio, no que couber.
5.3.1.3 Estar o recipiente afastado, no mínimo, 50 m de 5.7.3 O Plano de emergência deve prever os procedimentos e
outros gases envasados, se não houver compatibilidade o suporte necessário de recursos operacionais, administrativos
entre os mesmos; e gerenciais para minimizar os efeitos do incêndio, explosão ou

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Instrução Técnica nº 32/2011 - Produtos perigosos em edificações e áreas de risco no manuseio de produtos perigosos 711

vazamento envolvendo produtos perigosos que possam 5.7.5.5 Seguir as orientações sobre sinalização e rotulagem
colocar em risco a segurança pública da comunidade local. de todas as embalagens, cofres de carga, contêineres-tan-
que, contendores intermediários para granéis (IBCs), para
5.7.4 O Plano de emergência deve prever formulário espe-
acondicionamento e armazenagem de produtos, de acordo
cífico para atendimento de ocorrências com produtos perigosos
com a Parte 4 - Disposições relativas a embalagens e tan-
que possam contaminar o meio ambiente, nos termos previstos
ques, e Parte 6 - Exigências para fabricação e ensaio de
na NBR 14064/03.
embalagens, contentores intermediários para granéis (IBCs),
5.7.5 O Plano de emergência deve contemplar: embalagens grandes e tanques portáteis , da Resolução
nº 420/2004 da ANTT;
5.7.5.1 Identificação dos riscos existentes, conforme mapa de
riscos físicos, químicos e biológicos expressos na Portaria 5.7.5.6 Procedimento para acionamento do Corpo de
nº 25, de 29 de dezembro de 1994, do Ministério do Trabalho; Bombeiros local.
5.7.5.2 Identificação com círculos coloridos dos riscos 5.7.6 Aplica-se subsidiariamente o disposto na IT 16/11 –
físicos, químicos e biológicos, de acordo com sua grandeza; Plano de emergência contra incêndio.
5.7.5.3 Indicação do número de trabalhadores expostos aos 5.8 Atendimento emergencial
riscos e o tempo de abandono da edificação;
Durante as emergências, as empresas devem disponibilizar
5.7.5.4 Relação de produtos perigosos e as respectivas Fichas técnicos de segurança do trabalho ou engenheiros de
de emergência, bem como a identificação em planta de risco do segurança para assessorar as decisões do comando do
local em que esteja armazenado cada um dos produtos; Corpo de Bombeiros no local.

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712 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 33/2011 - Cobertura de sapé, piaçava e similares 713

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 33/2011

Cobertura de sapé, piaçava e similares

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo Afastamentos da cobertura combustível
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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714 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 33/2011 - Cobertura de sapé, piaçava e similares 715

1 OBJETIVO
Estabelecer condições mínimas de segurança para
edificações que tenham suas coberturas construídas com
fibras de sapé, piaçava e similares, atendendo o previsto no
Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado
de São Paulo.

2 APLICAÇÃO
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações
cuja cobertura seja de fibras de sapé, piaçava e similares.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS


Figura 1: Edificação de madeira com cobertura de fibras vegetais
Para compreensão desta Instrução Técnica é necessário
consultar as seguintes normas:
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. 5.2.2 Fogões, fornos, churrasqueiras e similares devem
NBR 5628 – Componentes construtivos estruturais – determi- estar no interior de compartimentos com piso, paredes e
nação da resistência ao fogo – método de ensaio. cobertura incombustíveis.
NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços 5.2.3 As saídas de chaminés, coifas e congêneres devem
e equipamentos urbanos. também estar à distância mínima de 2 m de qualquer parte da
cobertura combustível e nunca acima de sua projeção, de
NBR 9442 – Materiais de construção - determinação do índice
forma a evitar que fagulhas ou gases quentes sejam conduzi-
de propagação superficial de chama pelo método do painel
dos para a cobertura de fibras.
radiante - método de ensaio.
NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. 5.2.4 A central de GLP deve estar fora da projeção da cober-
tura e distante pelo menos 3 m do seu alinhamento, respeita-
NBR 13418 – Cabos resistentes ao fogo para instalações de
da a NBR 13523/08.
Segurança.
NBR 13523 – Central de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP. 5.3 Afastamentos
NBR 15465 – Sistemas de eletrodutos plásticos para instala- 5.3.1 As edificações com cobertura de sapé devem ter isola-
ções elétricas de baixa tensão – Requisitos de desempenho. mento de risco conforme IT 07/11 – Separação entre
NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases com- edificações.
bustíveis em instalações residenciais e comerciais – Projeto 5.3.2 Manter distância, mínima de, 100 m de depósitos ou
e Execução. postos de abastecimento de combustíveis, gases inflamáveis
NR 23 – Proteção contra incêndios - Portaria 3.214/78, do como o gás liquefeito de petróleo e fábricas ou revendas de
Ministério do Trabalho. explosivos ou fogos de artifício.

4 DEFINIÇÕES 5.4 Saídas de emergência


Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini- 5.4.1 As saídas devem ser mantidas livres e desimpedidas,
ções constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança de acesso facilitado, de forma que os ocupantes não tenham
contra incêndio. dificuldade em abandonar a edificação em caso de sinistro.
5.4.2 As portas de saída não devem estar alinhadas em uma
5 PROCEDIMENTOS única parede, mas preferencialmente, em lados opostos.
5.1 Instalações elétricas 5.4.3 A largura das saídas, corredores, escadas ou rampas
5.1.1 As instalações elétricas devem ser projetadas e devem ser calculadas tomando como base 0,01 m por pessoa.
executadas segundo normas técnicas oficiais. 5.4.3.1 O valor mínimo da largura é 2 m.
5.1.2 A fiação e os componentes da instalação elétrica 5.4.3.2 Para cálculo do número de pessoas, adotar a área
devem ser corretamente dimensionados para evitar supera- ocupada por pessoa como sendo 0,5 m² (área construída).
quecimentos e curtos-circuitos que possam inflamar as fibras 5.4.4 No caso em que a população total, incluindo clientes e
vegetais. funcionários, for superior a 50 pessoas, será obrigatória a
5.1.3 A fiação que não estiver embutida em alvenaria ou instalação de sistema de iluminação de emergência, projetado
concreto deve estar totalmente protegida por eletrodutos e executado segundo normas técnicas oficiais, bem como
metálicos. barras antipânico nas saídas de emergência.

5.2 Fontes de calor 5.4.5 A distância máxima a ser percorrida para a saída da
edificação não pode ser superior a 15 m.
5.2.1 As fontes de calor que podem inflamar as fibras
combustíveis devem ser isoladas e mantidas à distância, 5.4.6 Devem ser previstos acessos e saídas para deficientes
mínima, de 5 m. físicos, segundo a NBR 9050/04.

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716 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.5 Medidas de segurança contra incêndio


5.5.1 Para as edificações com área construída de até 200 m²,
independentemente da área de cobertura, devem ser exigidos
extintores portáteis, sinalização e saídas de emergência.
5.5.2 Para as edificações com área construída superior a
200 m², independentemente da área de cobertura do sapé,
devem ser exigidas as seguintes medidas de segurança:
a. extintores portáteis;
b. sinalização;
c. extintores sobrerrodas;
d. saídas de emergência;
e. possuir C.M.A.R. classe II-A, acima e abaixo da cober-
tura. Admite-se classe II-B, no caso de edificações
totalmente abertas (apenas fechado na cobertura);
Figura 2: Incêndio em edificação com cobertura de fibras vegetais
f. brigada de incêndio: todos os funcionários, indepen- (ocupação de bar e restaurante)
dentemente da área construída, devem possuir treina-
mento teórico e prático de técnicas de prevenção e
combate a incêndios, especialmente voltado para os 5.6 Disposições gerais
riscos locais, conforme IT 17/11 – Brigada de incêndio.
5.6.1 As edificações enquadradas nesta IT devem possuir,
5.5.3 Edificações de área superior a 750 m², além das medi- no máximo, dois pavimentos (térreo e primeiro andar).
das de segurança exigidas no item 5.5.2, devem ainda contar
5.6.1.1 Nas edificações consideradas acima, não são
com sistema de hidrantes e alarme de incêndio, sendo
permitidos subsolos.
dispensados os extintores sobrerrodas. A proteção estrutural
deve atender a IT 08/11 – Resistência ao fogo dos elementos 5.6.2 Chapas metálicas, abaixo da cobertura de fibras
de construção. vegetais, podem ser empregadas sem prejuízo às demais
medidas de proteção contra incêndio no item 5.6.
5.5.4 Recomenda-se a utilização de sistemas de aspersão
de água que visam a manter as fibras permanentemente 5.6.3 As edificações com área construída acima de 900 m²
úmidas ou destinadas ao próprio combate das chamas, sem devem ser submetidas à análise de Comissão Técnica.
prejuízo das demais medidas constantes desta IT.

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Instrução Técnica nº 33/2011 - Cobertura de sapé, piaçava e similares 717

ANEXO
Afastamentos da cobertura combustível

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718 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 34/2011 - Hidrante urbano 719

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 34/2011

Hidrante urbano

SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo A Tabela explicativa da quantidade de hidrantes urbanos
a serem instalados em função da área da edificação e
2 Aplicação da população do município

3 Referências normativas e bibliográficas B Cores padrão para a identificação da vazão dos


hidrantes urbanos
4 Definições
C Esquema de instalação do hidrante urbano e relação
5 Procedimentos
de seus componentes

D Posicionamento do hidrante urbano no passeio público

E Sinalização horizontal – hidrante de coluna

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720 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 34/2011 - Hidrante urbano 721

1 OBJETIVO 5.1.2.2 Demais loteamentos e condomínios:


Estabelecer a regulamentação das condições mínimas para a. os hidrantes urbanos devem ter, cada um, um raio de
a instalação de hidrante urbano, atendendo ao previsto no ação de no máximo 300 m, devendo atender a toda a
Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança área do loteamento;
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado b. o hidrante urbano mais desfavorável deve fornecer uma
de São Paulo. vazão entre 1.000 L/min e 2.000 L/min, sendo que deve
haver, no mínimo, 2 hidrantes urbanos no loteamento;
2 APLICAÇÃO c. os hidrantes urbanos devem ser instalados em rede
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se à instalação de de diâmetro mínimo de 150 mm.
hidrantes urbanos na rede pública de distribuição de água e 5.1.3 Recomenda-se que a concessionária local dos serviços
em loteamentos e condomínios, dos municípios conveniados, de água e esgotos ou a prefeitura somente assine o “aceite”
respeitadas as respectivas legislações municipais vigentes. da rede de distribuição de água do loteamento após a inspeção
2.2 Fica facultado aos demais municípios adotá-la, mediante e testes dos hidrantes urbanos e após a verificação de que
legislação municipal específica. foram instalados conforme projeto aprovado, além do
cumprimento dos demais requisitos legais pertinentes.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS 5.1.4 O disposto neste item aplica-se igualmente aos lotea-
Lei Estadual nº 684/75 Celebra convênios com Municípios, mentos implantados pela administração direta ou indireta.
sobre Serviços de Bombeiros.
5.2 Entrega de hidrante urbano
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO
5.2.1 A critério do município, mediante adoção de legislação
DE SÃO PAULO, Instrução Técnica nº 01. São Paulo, 2011.
própria, todo proprietário de edificação, por ocasião da sua
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO construção, deve fornecer para instalação na rede pública
DE SÃO PAULO, Instrução Técnica nº 04. São Paulo, 2011. um hidrante urbano completo, com diâmetro de 100 mm,
conforme padrão da ABNT, acompanhado de um registro de
NBR 5667 – Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido
gaveta de junta elástica (JE) de diâmetro 100 mm e as
ductil – 3 partes.
respectivas conexões à rede de distribuição de água.
NBR 12218 - Projeto de rede de distribuição de água para
5.2.2 Para a instalação do hidrante urbano a que se refere o
abastecimento público.
item 5.2.1, considerar-se-á a área construída da edificação,
Almeida, Cap Nelson de. Hidrantes urbanos – critérios para qualquer que seja a sua ocupação e a população do município,
instalações na cidade de São Paulo. CAO/II. PMESP São Paulo conforme Tabela do Anexo A.
-1996.
5.2.2.1 A entrega do hidrante urbano, de que trata o item
Scheffer, Cap Celso – Expansão da rede de hidrantes urbanos 5.2.1, não se aplica às edificações destinadas ao uso de
da cidade de Guarulhos. CAO/I - PMESP, São Paulo - 1998. entidade declarada de utilidade pública por lei.
5.2.2.2 Para a população, deve ser adotado o número cons-
4 DEFINIÇÕES tante do recenseamento mais recente, efetuado pelo Instituto
Aplicam-se as definições constantes da IT 03/11 – Terminolo- Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
gia de segurança contra incêndio. 5.2.3 Adquirido pelo proprietário do imóvel, o hidrante urba-
no e demais acessórios, a que se refere o item 5.2.1, devem
5 PROCEDIMENTOS ser entregue no Corpo de Bombeiros para inspeção e será
instalado às expensas da concessionária local dos serviços
5.1 Instalação de hidrantes urbanos em loteamentos e
de água na rede pública de distribuição.
condomínios
5.1.1 O loteador deve projetar e instalar, além dos demais 5.3 Instalação de hidrante urbano na rede pública
serviços e equipamentos urbanos obrigatórios, hidrantes 5.3.1 À concessionária local dos serviços de águas e esgotos
urbanos nas redes de distribuição de água do loteamento ou é atribuída a competência para o projeto, a instalação, a
condomínio. substituição e a manutenção dos hidrantes urbanos.
5.1.2 Devem ser observados os seguintes parâmetros para 5.3.2 A concessionária, em conjunto com o Corpo de Bom-
o projeto: beiros local, deve estabelecer os locais para a instalação dos
5.1.2.1 Loteamentos industriais: hidrantes urbanos, acompanhando os trabalhos de instalação.
a. os hidrantes urbanos devem ter, cada um, um raio de 5.3.3 O espaçamento entre os hidrantes urbanos, vazão e
ação de no máximo 300 m, devendo atender a toda a pressão devem ser estipulados pela concessionária em
área do loteamento; conjunto com o Corpo de Bombeiros, com base nesta IT, nas
b. o hidrante urbano mais desfavorável deve fornecer uma normas técnicas brasileiras vigentes e nas condições da rede
vazão mínima de 2.000 L/min, sendo que deve haver, pública de distribuição de água local.
no mínimo, 2 hidrantes urbanos no loteamento; 5.3.4 Os hidrantes urbanos devem ser preferencialmente
c. os hidrantes urbanos devem ser instalados em rede instalados nas esquinas das vias públicas e no meio das
de diâmetro mínimo de 150 mm. grandes quadras.

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722 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3.5 Os hidrantes urbanos, desta forma, devem ser instala- 5.4.2 Deve-se entender que a identificação dos hidrantes
dos até que toda a área urbana e distritos do município sejam urbanos constante do item 5.4.1 representa somente a capa-
totalmente atendidos por este benefício, após o que ele pode cidade individual de cada hidrante urbano e não de um grupo
ser estendido à área rural. de hidrantes urbanos funcionando simultaneamente.
5.3.6 Recomenda-se que a concessionária local dos servi- 5.4.3 O Corpo de Bombeiros da área de atuação deve enviar
ços de água e esgotos, ao implantar novas redes de distribuição à concessionária local dos serviços de águas e esgotos
de água ou substituir as antigas, faça a previsão e a instala- cópia do relatório com o resultado dos testes da vazão dos
ção dos hidrantes urbanos respectivos, atendendo ao disposto hidrantes urbanos para avaliação do desempenho da rede.
no item 5.3.3.
5.4.4 Para melhor visualização o corpo de hidrante deve ser
5.3.6.1 A concessionária pode também estudar a possibili- pintado de amarelo.
dade da substituição dos hidrantes subterrâneos existentes
por hidrantes urbanos, bem como a substituição da rede de 5.5 Identificação da proibição de estacionamento
água em obras de reforço do abastecimento. 5.5.1 Para melhorar a identificação da proibição de estacio-
5.3.7 O Corpo de Bombeiros da área deve solicitar à namento em frente de cada hidrante urbano deve ser pintada
concessionária local dos serviços de água o conserto dos com tinta específica para pisos a sinalização descrita no
defeitos constatados nos hidrantes urbanos, de forma a mantê- Anexo E.
los sempre em perfeitas condições de funcionamento. 5.5.2 A responsabilidade para implantar a sinalização
5.3.8 O Corpo de Bombeiros deve solicitar à concessionária descrita no item anterior deve ser da concessionária local
local dos serviços de água que indique a localização dos dos serviços de águas e esgotos ou da secretaria de trânsito
hidrantes urbanos em mapa circunstanciado, mantendo-o do município, quando houver.
constantemente atualizado.
5.6 Recomendação
5.3.9 A instalação de que trata o item 5.3.5 deve ser feita em 5.6.1 Tendo em vista a dificuldade de visualização, a grande
redes de, no mínimo, 150 mm de diâmetro. possibilidade de obstrução e de contaminação da água,
5.3.9.1 No município com população de até 100.000 habi- recomenda-se a não instalação de hidrante do tipo subterrâ-
tantes, excepcionalmente, deve ser aceita a instalação de neo na rede pública de distribuição de água e nas redes dos
hidrantes urbanos em redes de diâmetro mínimo de 100 mm, loteamentos e condomínios.
desde que as redes sejam existentes. 5.6.2 Pelos mesmos motivos elencados no item 5.6.1, reco-
menda-se que os hidrantes subterrâneos existentes sejam
5.4 Identificação da vazão do hidrante urbano
gradativamente desativados para a finalidade de combate a
5.4.1 Os capacetes e os tampões dos hidrantes urbanos incêndios e, após análise de viabilidade, sejam substituídos por
devem ser pintados conforme o padrão constante do Anexo B. hidrantes urbanos, fabricados de acordo com a NBR 5667/06.

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Instrução Técnica nº 34/2011 - Hidrante urbano 723

ANEXO A
Tabela explicativa da quantidade mínima de habitantes para que haja a exigência
do fornecimento de um hidrante ao município

POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO ÁREA CONSTRUÍDA DA EDIFICAÇÃO (m²)

ATÉ 100.000 HABITANTES ACIMA DE 1.500

ACIMA DE 100.000 E ATÉ 200.000 HABITANTES ACIMA DE 2.500

ACIMA DE 200.000 HABITANTES ACIMA DE 5.000

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724 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO B
Cores padrão para a identificação da vazão dos hidrantes urbanos

a) hidrante com vazão maior que 2.000 L/min

b) hidrante com vazão entre 1.000 L e 2.000 L/min

c) hidrante com vazão menor que 1.000 L/min

Fonte:
Procedimento Operacional Padrão de Teste de Hidrantes do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 34/2011 - Hidrante urbano 725

ANEXO C
Esquema de instalação do hidrante urbano e relação de seus componentes

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726 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO D
Posicionamento do hidrante urbano no passeio público

VIA PÚBLICA

GUIA

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Instrução Técnica nº 34/2011 - Hidrante urbano 727

ANEXO E
Sinalização horizontal – hidrante de coluna
Corredor preferencial

TIPO H1 – Calçada frente particular

CALÇADA CALÇADA

VAGA CARRO VAGA CARRO

(1) Medidas: h = 70 cm; I = 70 a 120 cm; largura de bordas amarelas = 15 cm.


(2) Medidas conforme Resolução Contran nº 31/98.

TIPO H2 – Calçada frente área pública

JARDIM

CALÇADA
CALÇADA

VAGA CARRO VAGA CARRO

(1) Medidas: h = 70 a 120 cm; l = 70; bordas amarelas 15 cm.


(2) Medidas conforme Resolução Contran nº 31/98.

Fonte: Engenheiro João Rosolino – SEMAE – Piracicaba

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728 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 35/2011 - Túnel rodoviário 729

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 35/2011

Túnel rodoviário

SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo A Tabela explicativa da quantidade de hidrantes urbanos
a serem instalados em função da área da edificação e
2 Aplicação da população do município

3 Referências normativas e bibliográficas B Cores padrão para a identificação da vazão dos


hidrantes urbanos
4 Definições
C Esquema de instalação do hidrante urbano e relação
5 Medidas de Segurança contra Incêndio
de seus componentes

D Posicionamento do hidrante urbano no passeio público

E Sinalização horizontal – hidrante de coluna

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730 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 35/2011 - Túnel rodoviário 731

1 OBJETIVO 5.1.2 Túneis simples (um tubo)


Estabelecer as medidas de segurança para a proteção con- 5.1.2.1 Para túneis com extensão compreendida entre 500 m
tra incêndios em túneis destinados ao transporte rodoviário, e 1.000 m, os acessos e saídas de emergência devem ser
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 – constituídos por:
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações a. corredores laterais, conforme item 5.1.1;
e áreas de risco do Estado de São Paulo.
b. faixa de rolamento na via, de uso prioritário para
veículos de emergência, localizada na lateral do túnel,
2 APLICAÇÃO
devidamente sinalizada, permitindo o rápido acesso
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todo túnel destinado do Corpo de Bombeiros;
ao transporte rodoviário. c. áreas de refúgio de veículos, a cada 500 m, de forma
que se permita a retirada rápida de veículos da pista de
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS rolamento, bem como o estacionamento dos veículos
NBR 15661 – Proteção contra incêndio em túneis. destinados ao atendimento de ocorrências, viabilizando
o resgate de pessoas da pista de rolamento.
NBR 15775 – Sistema de segurança contra incêndio em
túneis – Ensaios, comissionamento e inspeção. 5.1.2.2 Para os túneis com extensão entre 1.000 m e 6.000 m,
NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION nº502 - Standard além das exigências do item 5.1.2.1, deve-se prever túnel de
for Road Tunnels, Bridges, and Other Limited Access. Ed. 2001. serviço (paralelo e contíguo) para passagem de pessoas, com
acessos por meio de portas corta-fogo a cada 250 m;
NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION nº 520 -
Standard on Subterranean Spaces. Ed. 2005. 5.1.2.3 Para os túneis acima de 6.000 m, além das exigências
HAMANO KYOYUKI, Sistema de Prevenção contra incêndio do item 5.1.2.1, deve-se prever túnel de serviço (paralelo e
do JAPÃO Vol. 1, 1994. contíguo) com dimensões suficientes para passagem de
veículos de emergência (IT 06/11 – Acesso de viatura nas
Revista Engenharia nº 540 / 2000.
edificações e áreas de risco), com aberturas a cada 1.000 m
Relatório sobre o acidente no Tunnel du Mont Blanc França, para passagem de veículos de emergência e a cada 250 m
março de 1999. para passagem de pessoas, ambas protegidas por portas
Relatório da Embaixada Austríaca, sobre acidente no túnel corta-fogo.
Kitzsteinhorn em novembro de 2000.
5.1.3 Túneis paralelos (dois tubos)
4 DEFINIÇÕES 5.1.3.1 Para os túneis com extensão superior a 250 m, os
Para os efeitos desta Instrução Técnica, aplicam-se as defini- acessos e saídas de emergência devem ser constituídos por:
ções constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança a. corredores laterais, conforme item 5.1.1;
contra incêndio. b. interligações entre os túneis a cada 250 m para passa-
gem de pessoas, com aberturas protegidas por portas
5 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO corta-fogo;
5.1 Acessos e saídas de emergência c. áreas de refúgio de veículos, a cada 500 m, de forma
que se permita a retirada rápida de veículos da pista
5.1.1 Os túneis de qualquer extensão devem possuir corre- de rolamento, bem como o estacionamento dos
dores laterais para acesso das equipes de socorro e saída de veículos destinados ao atendimento de ocorrências,
emergência dos usuários, com as seguintes características: viabilizando o resgate de pessoas da pista de
5.1.1.1 As laterais do túnel devem ser providas de defensas do rolamento.
tipo “ new-jersey ” ou semelhante dotadas de corredores,
situados a uma altura que permita a proteção do usuário contra 5.1.3.2 Para túneis com extensão superior a 1.000 m, além
o acesso de veículos, propiciando a fuga de pessoas a pé, a das exigências do item 5.1.3.1, deve-se prever interligações
retirada de vítimas e o acesso das equipes de socorro, devendo com dimensões suficientes para passagem de veículos de
ser mantidas livres e desimpedidas, com acesso facilitado por emergência (IT 06/11 – Acesso de viatura nas edificações e
escadas ou rampas a cada 100 m, de forma que os ocupantes áreas de risco) a cada 1.000 m, devendo as aberturas serem
não tenham dificuldade de sair da pista de rolamento, adentrar protegidas por portas corta-fogo.
ao corredor e abandonar o túnel, no caso de acidente. 5.1.4 Não serão permitidos abrigos (de segurança) no
5.1.1.2 Os acessos aos corredores e às áreas de refúgio interior do túnel que não estejam interligados a túnel de
(quando houver) devem permitir a rápida e fácil saída de serviço ou a túnel paralelo, ou que não permitam a fuga direta
deficientes físicos, com a instalação de rampas no início e ao do interior do túnel.
final de cada trecho dos corredores.
5.1.5 As portas corta-fogo utilizadas nos túneis devem
5.1.1.3 Os corredores laterais devem ser dotados de possuir resistência ao fogo mínima de 90 min.
corrimãos, no mínimo, na lateral das defensas, obedecendo
aos requisitos da IT 11/11 – Saídas de emergência. 5.2 Segurança estrutural contra incêndio
5.1.1.4 Os corredores laterais devem possuir largura mínima A segurança estrutural contra incêndio deve ser prevista em
de 1 m da lateral do túnel e altura mínima do conjunto (corredor todos os tipos de túneis, conforme IT 08/11 – Resistência ao
e defensas) de 1,5 m do piso da via de rolamento. fogo dos elementos de construção.

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732 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.3 Iluminação de emergência 5.6.2 Este sistema deve permitir a manobra de exaustão e
insuflação de ar, simultaneamente, em pontos opostos.
A iluminação de emergência deve ser prevista para túneis
acima de 200 m. 5.6.3 Para túneis com extensão de até 500 m, o sistema de
controle de fumaça relativo aos itens 5.6.1 e 5.6.2, pode ser
5.4 Sinalização de emergência substituído por sistema de ventilação longitudinal, com uso
5.4.1 A sinalização de emergência deve ser prevista em de jato ventilador, desde que o tráfego no interior do túnel
todos os tipos de túneis, conforme IT 20/11 – Sinalização de seja unidirecional.
emergência. 5.6.4 Para os túneis acima de 1.000 m, será obrigatória na
5.4.2 Para túneis acima de 200 m, a sinalização de emer- vistoria a apresentação de laudo de teste prático do sistema de
gência deve permitir ao usuário a identificação da saída, bem controle de fumaça, realizado por laboratório reconhecido.
como indicar a extensão do túnel percorrida nas laterais e no
5.7 Sistema de drenagem
piso, possibilitando a escolha do menor trajeto a ser percorrido,
mesmo em circunstâncias de precária luminosidade. 5.7.1 Todos os túneis devem possuir sistema de drenagem
de líquidos em toda a sua extensão devendo ser feito por
5.5 Extintores e hidrantes meio de grelhas de escoamento, situadas nas laterais da
5.5.1 Para os túneis com extensão compreendida entre 200 m pista, possibilitando o rápido escoamento do interior do túnel
e 500 m: para bacias de contenção.
a. extintores portáteis, do tipo pó ABC (2-A; 20-B:C) 5.7.2 Com referência ao item anterior, esse sistema deve
instalados na extensão do túnel, junto aos hidrantes; possibilitar a retirada de líquidos das bacias de contenção,
b. sistema de proteção por hidrantes, que pode ser por meio de caminhões - tanque, evitando danos ao meio
instalado com tubulação seca, com possibilidade de ambiente.
abastecimento em ambas as extremidades do túnel. 5.7.3 As bacias de contenção devem ser projetadas de modo
5.5.2 Para os túneis que tratam essa norma com extensão que tenham capacidade para conter até 45 m³, considerando
superior a 500 m: a somatória do volume de água para combate a incêndio com
a do veículo sinistrado.
a. extintores portáteis do tipo pó ABC (2-A; 20-B:C)
instalados na extensão do túnel, junto aos hidrantes; 5.8 Sistema de comunicação
b. sistema de proteção por hidrantes, com reserva e bomba Para os túneis com extensão superior a 500 m, deve ser insta-
de incêndio, conforme IT 22/11 – Sistema de hidrantes lado sistema que permita a comunicação eficaz de ponto ex-
e de mangotinhos para combate a incêndio, com terno com qualquer ponto no interior do túnel, bem como, a
possibilidade de recalque em ambas as extremidades perfeita comunicação entre os pontos no interior do túnel. Cada
do túnel. ponto fixo deve ser instalado à distância de 60 m um do outro.
5.5.3 A distância máxima entre os extintores e entre os
hidrantes deve ser de 60 m, prevendo-se um lance de 5.9 Painel informativo
mangueira de 30 m para cada hidrante. 5.9.1 Os túneis com extensão superior a 200 m devem
possuir sistema de informação ao usuário quanto à ocorrência
5.6 Sistema de controle de fumaça de acidentes, permitindo o desvio e evitando o acesso ao interior
do túnel, podendo ser composto por luzes (verde ou verme-
5.6.1 Todos os tipos de túneis devem possuir sistema de
lha), na entrada do túnel, em conjunto com sinalização escrita.
controle de fumaça, com capacidade para retirar do seu
interior os gases quentes, a fumaça e outros produtos oriundos 5.9.2 Para os túneis acima de 1.000 m, devem ser instalados
do incêndio, acionado por detectores de fumaça ou sistema painéis internos eletrônicos a cada 500 m, indicando as
similar, conforme os parâmetros da NFPA 502. condições de segurança no túnel.

Figura 1: Sistema de ventilação longitudinal Figura 2: Sinalização na entrada do túnel

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Instrução Técnica nº 35/2011 - Túnel rodoviário 733

5.10 Sistema de circuito interno de TV - monitoramento equipamentos importantes para a segurança operacional do
túnel devem atender aos requisitos na NBR 15775/09.
5.10.1 Para os túneis com extensão superior a 1.000 m devem
ser instalados, além do sistema de comunicação, sistema 5.11.2 Para os túneis com extensão superior a 1.000 m, além
interno de TV, com a instalação de câmeras, no interior do túnel. do disposto nesta IT:
5.10.2 As câmeras devem estar distanciadas de forma que 5.11.2.1 Prever no projeto básico do túnel o estudo de
permita a perfeita identificação do usuário, do veículo e de análise de riscos por organismo independente do gestor do
detalhes do acidente, com o objetivo de visualizar e gerenciar túnel, conforme NBR 15661/09.
as ocorrências da central de TV – monitoramento.
5.11.2.2 A proposta de segurança contra incêndio deve
5.10.3 As câmeras devem possibilitar manobras horizontais passar por análise em comissão técnica, para avaliação da
e verticais, devendo possuir lentes de afastamento e aproxi- eficácia do sistema de acesso e saídas de emergência, tendo
mação, evitando “pontos cegos”, de modo a atingir os objetivos como referência normativa a NFPA 502.
especificados no item anterior.
5.11.3 A brigada de incêndio deve ser composta pelo pessoal
5.10.4 A central de monitoramento (controladora) do da companhia de tráfego local ou concessionária da via.
sistema de circuito interno de TV deve ter vigilância habilitada
5.11.4 O Plano de emergência, confeccionado com base na
durante todo o período de funcionamento diário do túnel.
IT 16/11 – Plano de emergência contra incêndio e NBR 15661,
deve ser apresentado antes do início da operação do túnel.
5.11.5 Os componentes de alimentação de energia elétrica
dos equipamentos instalados no interior do túnel devem
estar protegidos dos efeitos da combustão, permanecendo
acondicionados em dutos que os protejam contra deformação
ou colapso resultante do incêndio.
5.11.6 O suprimento de energia dos sistemas de segurança
dos túneis deve possuir fontes alternativas que sejam
redundantes. Por exemplo: energia obtida da concessionária
e, alternativamente, de grupo motogerador ou nobreaks.
5.11.7 Os túneis de serviço devem ter, no mínimo, as seguintes
medidas de segurança:
a. segurança estrutural contra incêndio;
b. iluminação de emergência;
Figura 3: Central de monitoramento c. sinalização de emergência;
d. extintores e hidrantes (somente junto às interligações
5.11 Outras medidas e disposições gerais entre os túneis);
5.11.1 Os ensaios, comissionamentos e inspeções nos e. controle de fumaça;
equipamentos de segurança contra incêndio e em outros f. fonte de alimentação alternativa de energia elétrica.

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734 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 36/2011 - Pátio de contêiner 735

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 36/2011

Pátio de contêiner

SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo A Tabela explicativa da quantidade de hidrantes urbanos
a serem instalados em função da área da edificação e
2 Aplicação da população do município

3 Referências normativas e bibliográficas B Cores padrão para a identificação da vazão dos


hidrantes urbanos
4 Definições
C Esquema de instalação do hidrante urbano e relação
5 Procedimentos
de seus componentes

D Posicionamento do hidrante urbano no passeio público

E Sinalização horizontal – hidrante de coluna

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736 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 36/2011 - Pátio de contêiner 737

1 OBJETIVO 5.2 Os contêineres utilizados em pátios ou terminais como


módulos habitáveis, independentemente do tipo de ocupa-
Estabelecer as medidas de segurança contra incêndios nas
ção, devem ser protegidos observando as medidas de segu-
áreas de pátios e terminais de contêineres descobertas,
rança previstas no Regulamento de Segurança contra Incên-
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 –
dio das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo.
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações
e áreas de risco do Estado de São Paulo. 5.3 O responsável técnico deve atender à NR 29, no tocante
à segregação de carga.
2 APLICAÇÃO 5.4 Os extintores podem ser centralizados e localizados em
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às áreas não cobertas abrigos sinalizados, em 2 ou mais pontos distintos e,
ou não edificadas, destinadas ao depósito e armazenagem preferencialmente, opostos do pátio.
de contêineres. 5.4.1 Nas proximidades dos pontos de encontro da brigada.
5.4.2 Nas proximidades das guaritas do pátio.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
5.4.3 Nas proximidades das saídas das edificações locali-
Para mais esclarecimentos devem ser consultadas as seguin- zadas no interior do pátio.
tes bibliografias: 5.4.4 Nas proximidades de oficinas de manutenção de
Decreto nº 96.044 de 18/5/88 - Regulamento para transporte veículos ou de contêineres.
rodoviário de produtos perigosos (identificação). 5.4.5 Nas proximidades das garagens ou áreas de estacio-
NBR 14253 – Cargas perigosas – Manipulação em áreas namento de veículos.
portuárias.
5.5 Recomenda-se a confecção de plano de emergência,
NR 29 - Relativa à segurança e higiene dos trabalhos acompanhado da planta de risco, a ser elaborada conforme
portuários - Tabela de segregação de cargas (DOU de 15/12/97, Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações
Seção II, pág. 9490) - Secretaria da Segurança e Saúde do e áreas de risco do Estado de São Paulo.
Ministério do Trabalho.
5.6 A planta de risco deve indicar.
4 DEFINIÇÕES 5.6.1 As quadras de armazenamento de contêineres, men-
cionando a respectiva área em metro quadrado de cada uma
Para efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as definições
das quadras.
constantes da IT 03/11 – Terminologia de segurança contra
incêndio. 5.6.2 Os arruamentos existentes entre as quadras de
armazenamento e o sentido de fluxo de veículos.
5 PROCEDIMENTOS 5.6.3 Tipo de contêiner armazenado nas quadras.
5.1 As áreas externas dos pátios e terminais, destinadas ao 5.7 O dimensionamento da quantificação dos extintores
armazenamento de contêineres, devem ser dotadas das necessários para proteção das quadras de armazenamento
medidas de Segurança contra Incêndio a seguir: deve ser estabelecido com base no somatório das áreas
indicadas no item 5.6.1.
a. acesso de viatura na edificação;
b. saídas de emergência; 5.8 Nas áreas destinadas ao armazenamento de contêineres
refrigerados, deve ser previsto o emprego de, no mínimo, dois
c. plano de intervenção de incêndio; extintores com carga de pó capacidade 80-B:C.
d. brigada de incêndio;
5.9 Para os contêineres acondicionados no interior de galpões
e. sinalização de emergência; e armazéns, as exigências devem ser prescritas conforme o
f. extintores. risco específico da edificação.

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738 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 37/2011 - Subestação elétrica 739

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 37/2011

Subestação elétrica

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo Modelo de subestação elétrica, figuras, conformação e
afastamentos
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

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740 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 37/2011 - Subestação elétrica 741

1 OBJETIVO 5.2.2 Quando o risco de incêndio existente na instalação


orientar para a necessidade da utilização de sistema fixo de
Estabelecer as medidas de segurança contra incêndio em
gás carbônico CO2, este sistema deve estar dimensionado
subestações elétricas, atendendo ao prescrito no Decreto Esta-
conforme a NFPA 12/2000.
dual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incên-
dio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo. 5.3 Casa de compensadores síncronos

2 APLICAÇÃO Quando os compensadores síncronos forem do tipo


resfriamento a hidrogênio (H2), os ambientes onde estiverem
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todos os tipos de instalados os recipientes de H 2 e aqueles onde existem
subestações elétricas refrigeradas a óleo e a seco. equipamentos ou passagem de tubulações de gás devem
2.2 Adota-se a NBR 13231/05 - Proteção contra incêndio em ser providos de meios de detecção de vazamentos. As
subestações elétricas de geração, transmissão e distribuição. instalações devem atender aos requisitos da NFPA 50 A,
de 1999.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
5.4 Requisitos básicos de proteção contra incêndio
NBR 8222 – Execução de sistemas de prevenção contra
5.4.1 Extintores de incêndio sobrerrodas
explosões e incêndios por impedimentos de sobrepressões
decorrentes de arcos elétricos internos em transformadores e Os conjuntos transformadores e reatores de potência ou
reatores de potência. unidades individuais devem ser protegidos por extintores de
NBR 8674 – Execução de sistemas de proteção contra pó, tipo sobrerrodas, com capacidade extintora de 80-B:C. Os
incêndio com água nebulizada para transformadores e reato- extintores devem ser instalados em locais de fácil acesso,
res de potência. sinalizados, abrigados contra intempéries e identificados.

NBR 11711 – Portas e vedadores corta-fogo com núcleo de 5.4.2 Extintores de incêndio portáteis
madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais
As edificações de uma subestação devem ser protegidas, de
e industriais.
preferência, por extintores de incêndio portáteis de gás
NBR 12232 – Execução de sistemas fixos e automáticos de carbônico (CO2) e pó químico seco, atendendo às especifica-
proteção contra incêndio com gás carbônico (CO 2) em ções e distanciamentos conforme a IT 21/11 - Sistema de
transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante. proteção por extintores de incêndio.
NFPA 12/2000 Edition – Standard on carbon dioxide
extinguishing systems. 5.4.3 Barreiras de proteção

NFPA 50-A/1999 Edition – Standard for gaseous hydrogen As barreiras de proteção devem ser instaladas para separação
systems at consumer sites. de riscos de incêndio.
NFPA 70-E/1988 Edition – Electrical Safety Requirements for 5.4.4 Parede tipo corta-fogo
Employee Workplaces.
5.4.4.1 A parede tipo corta-fogo deve apresentar as seguintes
4 DEFINIÇÕES dimensões para transformadores e reatores de potência (ver
Figuras 2 e 3):
Para efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as definições
a. para transformadores, a altura deve ser de 0,4 m
constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança contra
acima do topo do tanque conservador de óleo;
incêndio.
b. para reatores de potência, a altura deve ser de 0,6 m
5 PROCEDIMENTOS acima do topo do tanque;
c. o comprimento total da parede deve, no mínimo,
5.1 Requisitos básicos para as edificações
ultrapassar o comprimento total do equipamento
5.1.1 Os ambientes da casa de controle e das edificações protegido em 0,6 m;
de apoio operacional devem ser protegidos contra risco d. distância livre mínima de separação física, entre a
de incêndio de acordo com sua área, atendendo ao parede e o equipamento protegido, deve ser de 0,5 m.
Regulamento de Segurança contra Incêndio do CBPMESP.
5.4.4.2 Para edificações e equipamentos, quando a distância
5.1.2 Em função da análise de risco de incêndio e da impor- livre de separação física for inferior a 8 m, devem ser conside-
tância da subestação no sistema de transmissão, estas rados os seguintes critérios (ver Figura 2):
podem ter sistemas de proteção contra incêndios comple-
a. que a parede sofrendo colapso estrutural, caindo
mentares para a sua proteção, de acordo com as exigências
parcial ou totalmente, não atinja equipamentos,
das normas referenciadas no item 3.
edificações ou vias de trânsito de pessoas;
5.2 Casa de controle b. que a parede não permita a passagem de calor e
chamas para locais próximos.
5.2.1 Os quadros de supervisão e comando dos sistemas
fixos de proteção contra incêndio da subestação devem estar 5.4.4.3 Para edificações e equipamentos, quando a distância
localizados na sala de controle ou em área de supervisão livre de separação física for superior a 15 m, não há necessi-
contínua. A sinalização, luminosa e sonora, de funcionamento dade de separá-los, interpondo–se parede tipo corta-fogo
dos quadros deve ser diferente de outras existentes no local. (Figura 1).

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742 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.4.5 Bacia de captação com sistema de drenagem superior a 20 m³, deve estar em conformidade com as
interligado à caixa de contenção (separadora de água/óleo) ITs 25/11 e 32/11 – Produtos perigosos em edificações e
de óleo mineral isolante áreas de risco.
5.4.5.1 Os transformadores e reatores de potência devem 5.5 Exigências mínimas para cada tipo de subestação
ser instalados sobre bacia de captação com sistema de elétrica
drenagem interligado à caixa de contenção (separadora de
água/óleo) de óleo mineral isolante. 5.5.1 Subestação convencional

5.4.5.2 O fluído drenado deve ser encaminhado para siste- 5.5.1.1 Via de acesso para veículos de emergência;
ma coletor específico, que direcione os efluentes para 5.5.1.2 Parede corta-fogo em transformadores, reatores de
separador de água e óleo isolante, com as seguintes caracte- potência e reguladores de tensão;
rísticas:
5.5.1.3 Bacia de captação com sistema de drenagem interli-
a. permitir fácil retirada do óleo isolante drenado;
gado à caixa de contenção (separadora de água/óleo) de
b. permitir a drenagem da água; óleo mineral isolante;
c. apresentar resistência à corrosão pela água e pelo
5.5.1.4 Extintores portáteis e sobrerrodas;
óleo isolante;
d. possuir meios com proteção que possibilitem a inspeção 5.5.1.5 Sinalização de incêndio;
interna; 5.5.1.6 Sistema de resfriamento por linhas manuais, que
e. apresentar capacidade mínima correspondente ao deve atender aos parâmetros da IT 25/11;
volume do óleo vertido do equipamento sinistrado,
5.5.1.7 Resfriamento por sistema fixo automático deve aten-
acrescido do volume de água do sistema de proteção
der aos parâmetros da NBR 8674/05 – Execução de sistema
contra incêndio, se previsto, mais o volume de água
fixos automáticos de proteção contra incêndio, com água
pluvial da área de coleta da bacia, acrescida do volu-
nebulizada para transformadores e reatores de potência;
me ocupado pelo dispositivo separador de água e óleo.
5.5.1.8 Sistema de proteção por espuma para tanque do
5.4.5.3 O separador deve ser previsto em área específica,
transformador ou bacia de contenção de óleo isolante
separado de outras instalações e equipamentos.
com capacidade maior que 20 m³, de acordo com os
5.4.5.4 Quando da utilização de óleo vegetal isolante, os parâmetros da IT 25/11.
transformadores e/ou reatores de potência, sob a aprovação,
podem dispensar o uso somente da bacia de captação com 5.5.2 Subestações de uso múltiplo
sistema de drenagem interligado à caixa de contenção 5.5.2.1 Via de acesso a veículos de emergência;
(separadora de água/óleo), já que existem equipamentos que 5.5.2.2 Parede corta-fogo em transformadores, reatores de
utilizam óleo vegetal isolante, o qual é biodegradável. potência e reguladores de tensão;
5.4.5.5 Quando tecnicamente justificável, os transformado- 5.5.2.3 Separação de transformadores, reatores de potência
res e/ou reatores de potência podem dispensar o uso somen- e reguladores de tensão, em relação a outros equipamentos
te da caixa de contenção (separadora de água/óleo) e utilizar e edificações, no mínimo, a 15 m;
sistema com mantas absorventes de óleo, já que, dependen-
5.5.2.4 Extintores portáteis e sobrerrodas;
do do transformador de potência ou gerador, há possibilida-
de de utilizar outras tecnologias disponíveis no mercado para 5.5.2.5 Bacia de captação com sistema de drenagem interli-
o sistema de contenção. gado à caixa de contenção (separadora de água/óleo) de
óleo mineral isolante;
5.4.6 Sistema fixo automático para proteção contra 5.5.2.6 Sinalização de incêndio;
incêndios
5.5.2.7 Sistema de resfriamento por linhas manuais, que
Quando previsto sistema de água nebulizada ou gás deve atender aos parâmetros da IT 25/11;
carbônico, para proteção de transformadores e reatores de
5.5.2.8 Resfriamento por sistema fixo automático deve aten-
potência com a utilização de sistemas de agitação e
der aos parâmetros da NBR 8674/05 – Execução de sistema
drenagem de óleo, devem ser de acordo com as NBR 8222/05,
fixos automáticos de proteção contra incêndio, com água
8674/05 e 12232/05.
nebulizada para transformadores e reatores de potência;
5.4.7 Sistema manual de resfriamento
5.5.2.9 Sistema de proteção por espuma para tanque do
Quando previsto sistema de resfriamento por linhas transformador ou bacia de contenção de óleo isolante
manuais, deve-se atender aos parâmetros da IT 25/11. com capacidade maior que 20 m³, de acordo com os
5.4.8 Sistema de detecção e alarme parâmetros da IT 25/11.
Quando previsto para a proteção de edificações, deve estar 5.5.3 Subestação compacta abrigada e subterrânea
em conformidade com a IT 19/11 – Sistema de detecção e
5.5.3.1 Vias de acesso para veículos de emergência;
alarme de incêndio.
5.5.3.2 Paredes corta-fogo em transformadores, reatores de
5.4.9 Sistema de espuma fixo ou móvel potência ou reguladores de tensão;
Quando previsto, conforme item 5.5, para a proteção das 5.5.3.3 Bacia de captação com sistema de drenagem interli-
bacias de contenção e de drenagem de óleo isolante ou no gado à caixa de contenção (separadora de água/óleo) de
tanque de óleo isolante do transformador com capacidade óleo mineral isolante;

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Instrução Técnica nº 37/2011 - Subestação elétrica 743

5.5.3.4 Extintores portáteis e sobrerrodas; 5.5.5.3 Bacia de captação com sistema de drenagem interli-
5.5.3.5 Sistema fixo de CO2, em transformadores, reatores de gado à caixa de contenção (separadora de água/óleo) de
potência ou reguladores de tensão, conforme a NBR 12232/05, óleo mineral isolante;
quando tecnicamente viável; 5.5.5.4 Extintores portáteis e sobrerrodas;
5.5.3.6 Iluminação de emergência; 5.5.5.5 Sistema de água nebulizada por aspersores ou
linhas manuais de acordo com a IT 25/11;
5.5.3.7 Sistema de alarme de incêndio;
5.5.5.6 Sinalização de incêndio;
5.5.3.8 Saídas de emergência; 5.5.5.7 Sistema de detecção e alarme de incêndio;
5.5.3.9 Sinalização de incêndio; 5.5.5.8 Sistema de proteção por espuma, para tanque do
transformador ou bacia de contenção de óleo isolante, com
5.5.3.10 Sistema de resfriamento por linhas manuais, que
capacidade maior que 20 m³.
deve atender aos parâmetros da IT 25/11;
5.5.6 Subestação a seco
5.5.3.11 Resfriamento por sistema fixo automático deve aten-
der aos parâmetros da NBR 8674/05 – Execução de sistema 5.5.6.1 Vias de acesso para veículos de emergência;
fixos automáticos de proteção contra incêndio, com água 5.5.6.2 Parede corta-fogo em transformadores, reatores de
nebulizada para transformadores e reatores de potência; potência e reguladores de tensão;
5.5.3.12 Sistema de proteção por espuma para tanque do 5.5.6.3 Extintores portáteis e sobrerrodas;
transformador ou bacia de contenção de óleo isolante 5.5.6.4 Sinalização de incêndio.
com capacidade maior que 20 m³, de acordo com os
parâmetros da IT 25/11. 5.6 Exigências mínimas para as edificações ligadas às
subestações elétricas
5.5.4 Subestação compacta de uso múltiplo 5.6.1 Edificação importante adjacente à subestação
5.5.4.1 Vias de acesso para veículos de emergência; elétrica com área menor que 750 m² e menor que 12 m de
altura
5.5.4.2 Paredes corta-fogo em transformadores, reatores de
5.6.1.1 Atender às exigências da tabela 5 do Decreto Estadual
potência e reguladores de tensão;
nº 56.819/11.
5.5.4.3 Bacia de captação com sistema de drenagem interli- 5.6.2 Edificação importante adjacente à subestação elétrica
gado à caixa de contenção (separadora de água/óleo) de com área maior que 750 m² ou maior que 12 m de altura.
óleo mineral isolante; 5.6.2.1 Atender às exigências da Tabela 6M.3 do Decreto
5.5.4.4 Extintores portáteis e sobrerrodas; Estadual nº 56.819/11.

5.5.4.5 Iluminação de emergência; 5.7 Procedimento de regularização das subestações


elétricas junto ao Corpo de Bombeiros
5.5.4.6 Sistema fixo de gás carbônico CO2 em transformadores,
5.7.1 As subestações elétricas do tipo refrigeradas a óleo,
reatores de potência ou reguladores de tensão conforme a
devem ser apresentadas por projeto técnico (PT) tendo em
NBR 12232/05, quando tecnicamente viável;
vista a exigência de sistemas fixos de combate a incêndio.
5.5.4.7 Sinalização de incêndio; 5.7.2 As subestações elétricas a seco devem ser
5.5.4.8 Sistema de resfriamento por linhas manuais, que apresentadas por:
deve atender aos parâmetros da IT 25/11; 5.7.2.1 Projeto técnico, caso a edificação importante
adjacente à subestação elétrica tenha área maior que
5.5.4.9 Resfriamento por sistema fixo automático deve aten-
750 m² e/ou altura acima de 3 pavimentos;
der aos parâmetros da NBR 8674/05 – Execução de sistema
fixos automáticos de proteção contra incêndio, com água 5.7.2.2 Projeto técnico simplificado, caso a edificação
nebulizada para transformadores e reatores de potência; importante adjacente à subestação elétrica tenha área de
construção de até 750 m2 e com altura de até 3 pavimentos.
5.5.4.10 Sistema de proteção por espuma para tanque do
transformador ou bacia de contenção de óleo isolante 5.8 Centrais de Comunicação
com capacidade maior que 20 m³, de acordo com os 5.8.1 As edificações destinadas ao uso de centrais de
parâmetros da IT 25/11. comunicação com área construída menor ou igual a 750 m²
5.5.5 Subestação compartilhada e altura inferior ou igual a 12 m devem atender as prescrições
da Tabela 5 do Decreto Estadual nº 56.819/11.
5.5.5.1 Vias de acesso para veículos de emergência;
5.8.2 As edificações destinadas ao uso de centrais de
5.5.5.2 Isolamento ou separação de equipamentos, com comunicação com área construída superior a 750 m² e altura
utilização de anteparos tipo corta-fogo, em distâncias nunca maior que 12 m devem atender as prescrições da Tabela
inferiores a 15 m, de instalações ocupadas por terceiros; 6M.3 do Decreto Estadual nº 56.819/11.

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744 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO
Modelo de subestação elétrica, figuras, conformação e afastamentos

EDIFICAÇÃO

EQUIPAMENTO

> 15 m

Figura 1: Separação por área física livre

EDIFICAÇÃO PAREDE CORTA-FOGO

EQUIPAMENTO

Figura 2: Separação por parede corta-fogo

PAREDE CORTA-FOGO EQUIPAMENTO

Figura 3: Separação por parede corta-fogo entre equipamentos

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Instrução Técnica nº 38/2011 - Segurança contra incêndio em cozinha profissional 745

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 38/2011

Segurança contra incêndio em cozinha profissional

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo Modelo de subestação elétrica, figuras, conformação e
afastamentos
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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746 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

38-IT.pmd 746 19/10/2012, 08:15


Instrução Técnica nº 38/2011 - Segurança contra incêndio em cozinha profissional 747

1 OBJETIVO 5 PROCEDIMENTOS
Estabelecer as condições de aplicação dos requisitos 5.1 Os equipamentos de cocção são classificados de acordo
básicos de segurança contra incêndio em sistemas de venti- com a Tabela 1.
lação para cozinhas profissionais, visando a evitar e/ou mini-
mizar o risco especial de incêndio ocasionado pelo calor,
gordura, fumaça e efluentes gerados no processo de cocção, Tabela 1: Classificação dos equipamentos de cocção
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 –
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações
e áreas de risco do Estado de São Paulo.

2 APLICAÇÃO
2.1 Esta Instrução Técnicas (IT) aplica-se aos sistemas de
ventilação de cozinhas profissionais dotados de equipamentos
de cocção: moderados, severos e combustível sólido, em
edificações com área construída acima de 750 m², e/ou altura
superior a 12 m, quando se caracterizar a falta de
compartimentação do ambiente da cozinha, em relação ao
duto de exaustão.
2.1.1 A falta de compartimentação ocorrerá quando:
2.1.1.1 Os dutos de exaustão da cozinha profissional se
comunicarem com outros ambientes da edificação, por meio
da travessia de paredes, pisos ou tetos;
2.1.1.2 Os dutos de exaustão externos à edificação estiverem 5.2 Requisitos básicos de segurança contra incêndio dos
a menos de 1 m das aberturas de outros ambientes na fachada sistemas de exaustão:
do prédio, inclusive tomadas de ar e outras aberturas.
5.2.1 Dutos em aço carbono com espessura mínima de 1,37
2.2 Estão isentos do requisito previsto no subitem 5.2.5 mm ou aço inoxidável com 1,09 mm, soldados ou flangeados,
desta IT os sistemas de exaustão/ventilação das seguintes conforme especificado na NBR 14518/00.
edificações: A-2, A-3, C-1, F-9, G-1, G-2 (quando aberta
lateralmente), I-1 e J-1. 5.2.2 Captores com filtros, conforme especificado na NBR
14518/00;
2.3 As cozinhas de uso residencial unifamiliar e/ou cozinhas
próprias dos apartamentos não são consideradas cozinhas 5.2.3 Selagem das travessias dos dutos. Devem ser obser-
profissionais para aplicação desta IT, desde que não haja um vados os requisitos de compartimentação estabelecidos na
sistema de exaustão comum para mais de uma cozinha IT 09/11 – Compartimentação horizontal e compartimentação
individual. vertical;
5.2.4 Proteção passiva do duto com material resistente ao
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS fogo, de acordo com IT 09/11;
NBR 10897 – Sistemas de proteção contra incêndio por 5.2.5 Damper corta-fogo nos dutos, conforme IT 09/11, na
chuveiros automáticos. passagem dos ambientes não compartimentados, conforme
NBR 14518 - Sistemas de ventilação para cozinha profis- item 2.1.1 desta IT;
sional.
5.2.6 Sistema fixo de extinção de incêndio, apenas nos sis-
temas de exaustão/ventilação das edificações que necessi-
4 DEFINIÇÕES
tem de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos,
Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini- conforme o Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de
ções constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco
contra incêndio, e as definições contidas na NBR 14518/00. do Estado de São Paulo.

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748 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 39/2011 - Estabelecimentos destinados à restrição de liberdade 749

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 39/2011

Estabelecimentos destinados à restrição de liberdade

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo Modelo de subestação elétrica, figuras, conformação e
afastamentos
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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750 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 39/2011 - Estabelecimentos destinados à restrição de liberdade 751

1 OBJETIVO 5.1.6 Saídas de emergência: devem ser dimensionadas


conforme a IT 11/11 - Saídas de emergência, sendo permitidas
Estabelecer condições necessárias de segurança contra
as seguintes alterações:
incêndio para as edificações destinadas à restrição de
liberdade das pessoas, tais como estabelecimentos prisionais 5.1.6.1 Os corrimãos devem ser chumbados na alvenaria com
e similares. concreto, podendo ser substituídos por muretas de alvenaria
com até 0,95 m de altura;
2 APLICAÇÃO
5.1.6.2 As portas de acesso às saídas devem ter sistema de
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se aos estabelecimentos destravamento, devidamente monitorado pela administração
destinados à restrição de liberdade das pessoas (divisão da Unidade, garantindo a saída dos internos, em caso de
H-5) que devem atender às medidas de segurança contra sinistro, para local seguro e ventilado.
incêndio, previstas no Decreto Estadual nº 56.819/11 –
5.1.7 Iluminação de emergência: deve ser atendido exclu-
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações
sivamente por grupo motogerador, sendo dimensionado
e áreas de risco do Estado de São Paulo, com as adaptações
conforme a IT 18/11 - Iluminação de emergência e NBR 5410/04
previstas nesta IT.
– Instalações elétricas de baixa tensão, podendo secundaria-
mente ser suplementada por sistema com baterias (bloco
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
autônomo ou central).
CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO,
5.1.7.1 Os circuitos devem ser protegidos contra ação do fogo.
Instruções Técnicas. São Paulo, 2011.
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. 5.1.7.2 As instalações devem ser embutidas na alvenaria,
devendo o grupo motogerador estar localizado em área
COTÉ, Ron. NFPA 101 - Life Safety Code Handbook.
segura, de acesso restrito aos funcionários e equipes de apoio
externo.
4 DEFINIÇÕES
Para efeito desta Instrução Técnica, aplicam-se as definições 5.1.8 Alarme de incêndio: as instalações devem obedecer
constantes da IT 03/11 - Terminologia de segurança contra ao previsto na IT 19/11 - Sistema de detecção e alarme de
Incêndio. incêndio, sendo que os eletrodutos devem ser embutidos na
alvenaria e as botoeiras instaladas apenas nas áreas de
5 PROCEDIMENTOS acesso exclusivo aos funcionários, fora da área de restrição
5.1 As exigências para edificações onde há restrição da liber- de liberdade.
dade das pessoas são prescritas pela Tabela 6H.3 do Regula- 5.1.8.1 Os pontos de acionamento podem ficar no interior
mento de segurança contra incêndio das edificações e áreas dos abrigos de mangueira de incêndio.
de risco do Estado de São Paulo e respectivas Instruções
Técnicas, permitindo-se as adaptações descritas abaixo. 5.1.9 Extintores portáteis: devem ser distribuídos conforme
a IT 21/11 - Sistema de proteção por extintores de incêndio,
5.1.1 Controle de materiais de acabamento e de revesti- sendo permitidas as seguintes alterações:
mento: para a área de restrição de liberdade deve-se adotar
materiais de acabamento e revestimento Classe I 5.1.9.1 As unidades extintoras devem ser distribuídas nas
(incombustível). Nas demais áreas (administração, áreas de áreas de acesso exclusivo aos funcionários, fora da área de
apoio etc.) deve-se adotar o previsto na IT 10/11 - Controle de restrição de liberdade;
materiais de acabamento e de revestimento.
5.1.9.2 As unidades extintoras podem permanecer trancadas
5.1.2 Acesso de viatura na edificação: deve ser previsto o em armários específicos (chave com segredo único), devendo
acesso de viatura na fachada dos prédios conforme prescre- os funcionários portar as chaves, ou estar em quadro
ve a IT 06/11 - Acesso de viatura na edificação e áreas de exclusivo.
risco, observando as dimensões do portão de entrada e
5.1.10 Sistema de hidrantes: o sistema de hidrantes e de
largura das vias internas.
mangotinhos para combate a incêndio, pode sofrer as
5.1.3 Plano de emergência: a administração do estabeleci- seguintes alterações:
mento deve procurar a unidade do Corpo de Bombeiros da
circunscrição para elaborar planos de ação em caso de emer- 5.1.10.1 Os pontos de hidrantes devem ser instalados na
gência, inclusive com a realização de simulados conforme área de acesso exclusivo aos funcionários, fora da área de
IT 16/11 - Plano de emergência contra incêndio. restrição de liberdade;

5.1.4 Sistema de monitoramento: recomenda-se o 5.1.10.2 Devem ser aceitas mangueiras com, no máximo, 60 m
monitoramento dos ambientes através de CFTV ou outro de comprimento, desde que atendidas as exigências especí-
sistema de comprovada eficiência. ficas de pressão e vazão constantes na IT 22/11;
5.1.5 Circuitos elétricos: devem ser distribuídos em classe 5.1.10.3 As mangueiras, esguichos, chaves de mangueiras,
“A” (enviando impulso elétrico em dois sentidos). Na hipótese podem permanecer trancadas nos abrigos de hidrantes
do cabo ser interrompido em um setor, continuará em funcio- (chave com segredo único), devendo os funcionários portar
namento por outro caminho. chaves, ou estar em quadro exclusivo;

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752 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

5.1.10.4 Deve ser previsto sistema de aviso, através de 5.1.11 Os locais em que se encontram os equipamentos do
alarme sonoro e luminoso junto à central de alarme, quando sistema de proteção contra incêndio, tais como casa da
houver fluxo de água na rede de hidrantes; bomba de incêndio, reserva de incêndio, grupo motogerador,
central de alarme de incêndio etc., devem estar em local sem
5.1.10.5 Caso o sistema de hidrantes seja automatizado,
acesso aos internos.
deve ser previsto, no mínimo, uma botoeira de acionamento
manual alternativo junto à central de alarme de incêndio;

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Instrução Técnica nº 40/2011 - Edificações históricas, museus e instituições culturais com acervos museológicos 753

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 40/2011

Edificações históricas, museus e instituições culturais


com acervos museológicos

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo Modelo de subestação elétrica, figuras, conformação e
afastamentos
2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

6 Prescrições diversas

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754 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

40-IT.pmd 754 19/10/2012, 08:17


Instrução Técnica nº 40/2011 - Edificações históricas, museus e instituições culturais com acervos museológicos 755

1 OBJETIVO de segurança contra incêndio previstas na Tabela 6F.1 do


Decreto Estadual nº 56.819/11, as exigências específicas
Estabelecer requisitos complementares de segurança contra
abaixo, aceitando-se, nos casos de edificações existentes, as
incêndio, peculiares às edificações históricas e de interesse
adaptações constantes na IT 43/11 - Adaptação às normas de
do patrimônio histórico-cultural, bem como àquelas que
segurança contra incêndio – edificações existentes.
abrigam bens culturais e/ou artísticos.
5.1.1 Plano de emergência
2 APLICAÇÃO
5.1.1.1 Incluir no Plano de emergência contra incêndio da
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações históricas, edificação, além das disposições constantes na IT específica,
museus e instituições culturais com acervos museológicos, as informações complementares abaixo:
devidamente certificadas pelos órgãos legalmente habilitados,
5.1.1.1.1 As ações dos brigadistas no que se refere aos
atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 –
seguintes procedimentos de emergência:
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações
e áreas de risco do Estado de São Paulo. a. retirada dos ocupantes;
b. remoção do acervo;
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS c. proteção de salvados, para os itens do acervo que não
Para maiores esclarecimentos consultar as seguintes biblio- puderem ser removidos.
grafias: 5.1.1.1.2 Listagem dos funcionários e da brigada do museu
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. ou estabelecimento similar, divididos por pavimento, com
NBR 5667 – Hidrantes urbanos de incêndio. respectivos telefones para contato;
NBR 9050 – Acessibilidade de pessoas portadoras de 5.1.1.1.3 Listagem dos integrantes do Comitê Paulista do
deficiências a edificações, espaço, mobilidade e equipamen- Escudo Azul, caso haja integração com esse programa da
tos urbanos. UNESCO;
NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. 5.1.1.1.4 Listagem das peças do acervo e respectiva infor-
NBR 12218 – Projeto de rede de distribuição de água para mação sobre a priorização da retirada e proteção;
abastecimento público.
5.1.1.1.5 Listagem e identificação em planta de risco das
NBR 13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo. portas, janelas e vias de acesso adequadas para serem
NBR 13932 – Instalações internas de gás liquefeito de utilizadas como “rota de retirada” do acervo, por pavimento.
petróleo (GLP) – Projeto e execução.
5.1.2 Brigada de incêndio
NBR 17240 – Sistema de detecção e alarme de incêndio –
Projeto, instalações, comissionamento e manutenção de 5.1.2.1 Além das prescrições da IT 17/11 – Brigada de incên-
sistemas de detecção e alarme de incêndio - Requisitos. dio, recomenda-se que o treinamento dos brigadistas das
NR 23 – Proteção contra incêndios - Portaria 3214/78 do edificações que abrigarem obras ou peças de interesse do
Ministério do Trabalho patrimônio histórico seja complementado com treinamento
para ações de “proteção de salvados”.
NFPA 909 – Standard for the proctecion of cultural resources.
NFPA 914 – Fire safety requirements for the protection of historic 5.1.3 Sistema de gases limpos
structures and for those who operate, use, or visit them.
5.1.3.1 Recomenda-se o sistema de gases limpos em
NFPA 2001 – Standard on clean agent fire extinguishing
acervos de grande importância histórica, devendo ser
systems.
instalado conforme prescrições da IT 26/11 - Sistema fixo de
gases para combate a incêndio.
4 DEFINIÇÕES
Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de 5.1.3.2 Para as edificações que possuam compartimentos
segurança contra incêndio, aplicam-se as definições especí- onde não seja admissível a utilização de água como meio
ficas abaixo: de combate ao incêndio, a fim de não danificar irreparavelmente
o acervo existente, pode ser utilizado sistema de gases
4.1 Edificação histórica: edificação de interesse do
limpos nesses compartimentos, bem como, nas áreas restritas
Patrimônio Histórico-Cultural que, comprovadamente,
onde haja guarda de peças ou obras de arte (reservas
possui certidão de preservação do imóvel ou documento
técnicas).
equivalente, fornecido pelos órgãos oficiais competentes e
legalmente habilitados para a certificação;
5.1.4 Compartimentação
4.2 Museus e instituições culturais com acervos
museológicos: edificações que abrigam bens culturais e/ou 5.1.4.1 Aceita-se o uso de painéis corta-fogo e de cortinas
artísticos de naturezas e tipologias distintas, instalados ou corta-fogo, devidamente certificados, em substituição às
não em edificações consideradas como históricas. alvenaria de compartimentação, nos termos da IT 09/11 –
Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.
5 PROCEDIMENTOS
5.1.4.2 Os depósitos no interior das edificações históricas,
5.1 As edificações históricas, museus e instituições culturais museus e similares devem ser compartimentados nos termos
com acervos museológicos devem possuir, além das medidas da IT 09/11.

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756 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

6 PRESCRIÇÕES DIVERSAS 6.6.1 No mesmo local destinado às cópias das chaves dos
compartimentos, deve-se também prever:
6.1 Nas edificações históricas fica vedado o armazenamento
e a comercialização de líquidos inflamáveis e combustíveis em a. cópia do plano de emergência;
seu interior, bem como a comercialização de fogos de artifício. b. quadro com a relação nominal dos brigadistas e suas
respectivas funções (combater incêndio, proteção de
6.2 Nos casos de haver armazenamento de produtos desti-
salvados etc.) e com os nomes e contatos do(s)
nados especificamente para restauro, os quais possuam pro-
diretor(es) e do(s) responsável(is) pelo acervo.
priedades de inflamabilidade, estes devem ser armazenados
em armários metálicos, no interior de salas compartimentadas. 6.7 Os seguintes documentos devem ser apresentados ao
6.3 Na impossibilidade de preservação da reserva de Corpo de Bombeiros, além das exigidas pela IT 01/11 –
incêndio na edificação, em razão da resistência estrutural Procedimentos administrativos, por ocasião de regularização
do imóvel ou inviabilidade técnica devidamente comprova- da edificação:
da, pode ser aceita a instalação de rede ligada à caixa a. certidão de preservação do imóvel ou documento
d’água existente. equivalente;
6.4 Recomenda-se ao interessado, proprietário, responsá- b. certidão, lei ou documento oficial onde conste o nível
vel pelo uso ou responsável técnico, a adoção de medidas de preservação da edificação, caso esta informação
visando à instalação, junto da edificação, de hidrante urbano não esteja presente no documento anterior.
para uso do Corpo de Bombeiros, conforme a IT 34/11 –
6.8 Quando o projeto técnico a ser analisado referir-se a
Hidrante urbano.
uma edificação que esteja com processo de tombamento em
6.5 As instalações elétricas devem atender a norma transcurso, poderá ser analisado através de CTPI,
NBR 5410/2004 e IT 41/11 - Inspeção visual em instalações encartando-se os seguintes documentos:
elétricas de baixa tensão. a. certidão ou documento oficial fornecido pelos órgãos
6.6 Nos museus e instituições culturais com acervos técnicos competentes dando conta de ter-se iniciado o
museológicos e similares, devem ser deixadas cópias das processo de tombamento;
chaves dos compartimentos no serviço de vigilância ou b. certidão ou documento oficial emitido pelo órgão
guarda (local de fácil acesso), para que se evite arrombamento técnico que contenha aprovação e autorização expres-
de portas e janelas, bem como facilite o acesso rápido aos sa para execução das obras de restauro ou reparo.
bens a serem protegidos.

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Instrução Técnica nº 41/2011 - Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão 757

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 41/2011

Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Atestado de conformidade da instalação elétrica
2 Premissas

3 Aplicação

4 Referências bibliográficas

5 Definições

6 Inspeção visual nas instalações elétricas em geral

7 Instalações elétricas dos serviços de segurança


contra incêndio

8 Documentação

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758 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 41/2011 - Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão 759

1 OBJETIVO NBR IEC 60050-826 – Vocabulário eletrotécnico internacio-


nal - instalações elétricas em edificações.
Estabelecer parâmetros para a realização de inspeção visual
(básica) das instalações elétricas de baixa tensão das NBR IEC 60079-14 – Atmosferas explosivas – Parte 14: pro-
edificações e áreas de risco, atendendo às exigências do jeto, seleção e montagem de instalações elétricas.
Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança SILVA, Adilson Antonio. Inspeção visual em instalações
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado elétricas prediais de baixa tensão: proposta de manual técnico
de São Paulo. de bombeiros. Monografia apresentada no Curso de Aperfei-
çoamento de Oficiais. São Paulo: CAES-PMESP, 2008.
2 PREMISSAS
5 DEFINIÇÕES
2.1 A instalação elétrica de baixa tensão a ser avaliada deve
atender às prescrições da norma NBR 5410/04 e aos regula- Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
mentos das autoridades e das concessionárias de energia segurança contra incêndio, aplicam-se as definições especí-
elétrica. ficas abaixo:
2.2 A inspeção visual exigida pelo Corpo de Bombeiros nas 5.1 Barreira: elemento que assegura proteção contra conta-
instalações elétricas prediais de baixa tensão visa verificar a tos diretos, em todas as direções habituais de acesso. É o
existência de medidas e dispositivos essenciais à proteção caso, por exemplo, de uma tampa colocada sob a porta dos
das pessoas e das instalações elétricas contra possíveis quadros elétricos que impede o contato das pessoas com os
situações de choques elétricos e de risco de incêndio. barramentos vivos no interior do quadro. A barreira deve ser
confeccionada em material suficientemente robusto para
2.3 A inspeção visual nos termos desta IT não significa que
evitar o contato acidental. Usualmente, as barreiras são
a instalação atende a todas prescrições normativas e legisla-
fabricadas em chapas metálicas ou de policarbonato.
ções pertinentes, pelas próprias características dessa inspe-
ção, que é parcial. 5.2 Cabo multipolar: cabo constituído por 2 ou mais condu-
2.3.1 Cabe ao responsável técnico contratado, a respectiva tores isolados e dotado, no mínimo, de cobertura.
responsabilidade quanto ao projeto, à execução e à manu- 5.3 Cabo unipolar: cabo constituído por um único condutor
tenção da instalação, conforme prescrições normativas e isolado e dotado, no mínimo, de cobertura.
legislações pertinentes.
5.4 Cobertura (de um cabo): invólucro externo não metálico e
2.3.2 Cabe ao proprietário ou ao responsável pelo uso do contínuo, sem função de isolação (ver definição de invólucro).
imóvel a manutenção e a utilização adequada das instala-
ções elétricas. 5.5 Conduto: elemento de linha elétrica destinado a conter
condutores elétricos. São exemplos de condutos elétricos os
3 APLICAÇÃO eletrodutos, eletrocalhas, bandejas, canaletas, escadas para
cabos etc.
3.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações e
áreas de risco que possuam sistemas elétricos de baixa 5.6 Condutor isolado: fio ou cabo dotado apenas de isolação.
tensão instalados. 5.7 Condutor de proteção: (símbolo PE), condutor prescrito
3.1.1 Para as edificações e áreas de risco existentes, quan- em certas medidas de proteção contra choques elétricos e
do da renovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros destinado a interligar eletricamente massas, elementos
(AVCB), as exigências dos itens 6.1, 6.2, 6.3, 6.7, 6.8, 7.1 e 8 condutores estranhos à instalação, terminal (barra) de
devem ser atendidas. aterramento e/ou pontos de alimentação ligados à terra. O
condutor de proteção é popularmente conhecido por “fio-terra”.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Quando identificado por cor, o condutor de proteção deve ser
verde-amarelo ou todo verde.
Instrução Técnica nº 20/11 – Sinalização de emergência.
Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. 5.8 Equipotencialização: procedimento que consiste na
interligação de elementos especificados, visando obter a
Lei Federal nº 11.337, de 26 de julho de 2006 - determina a
equipotencialidade necessária para os fins desejados. Por
obrigatoriedade de as edificações possuírem sistema de
extensão, a própria rede de elementos interligados resultan-
aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utiliza-
te. A equipotencialização é um recurso usado na proteção
ção de condutor-terra de proteção, bem como torna obrigató-
contra choques elétricos e na proteção contra sobretensões
ria a existência de condutor-terra de proteção nos aparelhos
e perturbações eletromagnéticas. Uma determinada
elétricos que especifica.
equipotencialização pode ser satisfatória para a proteção
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. contra choques elétricos, mas insuficiente sob o ponto de
NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmos- vista da proteção contra perturbações eletromagnéticas.
féricas.
5.9 Equipotencialização principal: em cada edificação deve
NBR 13418 – Cabos resistentes ao fogo para instalações de ser realizada uma equipotencialização principal, reunindo,
segurança. no mínimo, os seguintes elementos:
NBR 13534 – Instalações elétricas em de baixa tensão para a. os condutores de interligação provenientes de outros
instalações em estabelecimentos assistenciais e de saúde. eletrodos de aterramento porventura existentes ou pre-
NBR 13570 – Instalações elétricas em locais de afluência de vistos no entorno da edificação, tais como eletrodos
público – requisitos específicos. dos sistemas de proteção contra descargas atmosféri-

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760 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

cas, de sistemas de telefonia, de sistemas de televisão tal forma que lhes permita evitar os perigos da eletricidade
a cabo etc; (pessoal de manutenção e/ou operação).
b. o condutor neutro da alimentação elétrica, salvo se 5.21 Pessoa qualificada (BA5): pessoa com conhecimen-
não existente; to técnico ou experiência suficiente para evitar os perigos da
c. o(s) condutor(es) de proteção principal(is) da instala- eletricidade (engenheiros e técnicos).
ção elétrica (interna) da edificação, tais como aqueles 5.22 Proteção básica: meio destinado a impedir contato
que ligam canalizações metálicas de água, esgoto, com partes vivas perigosas em condições normais. Por exem-
gás, telefonia etc. plo, a isolação de um condutor elétrico, a fita isolante que
5.10 Espaço de construção: espaço existente na estrutura recobre uma emenda etc.
ou nos componentes de uma edificação, acessível apenas
em determinados pontos. São exemplos de espaços de 6 INSPEÇÃO VISUAL NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
construção os poços verticais “shafts”, espaços entre forros e EM GERAL
lajes, espaços entre pisos elevados e lajes, espaços no A inspeção visual nas instalações elétricas prediais de baixa
interior de divisórias etc. tensão, nos termos do objetivo e das premissas desta IT, será
5.11 Falta: ocorrência acidental e súbita, ou defeito, em um realizada com base nos itens abaixo:
elemento de um sistema elétrico, que pode resultar em falha 6.1 Nas linhas elétricas em que os cabos forem fixados direta-
do próprio elemento e/ou de outros elementos associados. mente em paredes ou tetos, só devem ser usados cabos
Pode ser também um contato acidental entre partes sob po- unipolares ou multipolares. Os condutores isolados só são
tenciais diferentes. admitidos em condutos fechados, ou em perfilados, conforme
5.12 Grau de proteção: nível de proteção provido por um norma NBR 5410/04. Em particular, nos locais com concentra-
invólucro contra o acesso às partes perigosas, contra pene- ção de pessoas e afluência de público, onde as linhas elétri-
tração de objetos sólidos estranhos e/ou contra a penetração cas são aparentes ou contidas em espaços de construção, os
de água, verificado por meio de métodos de ensaios cabos elétricos e/ou os condutos elétricos devem ser não
normalizados. propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emis-
são de fumaça e gases tóxicos, conforme norma NBR 5410/04.
5.13 Impedância do percurso da corrente de falta (Zs):
impedância total dos componentes que fazem parte do 6.2 Como regra geral, todos os circuitos devem dispor de
percurso de uma corrente resultante de uma falta fase-massa dispositivos de proteção contra sobrecorrentes (sobrecarga
num circuito elétrico. e curto-circuito).

5.14 Invólucro: elemento que assegura proteção de um 6.3 As partes vivas acessíveis a pessoas que não sejam
equipamento contra certas influências externas e, em advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5) devem estar isoladas
qualquer direção, proteção contra contatos diretos. É um e/ou protegidas por barreiras ou invólucros.
conceito semelhante ao da barreira, porém mais amplo, uma 6.4 Todo circuito deve dispor de condutor de proteção “fio-
vez que o invólucro deve envolver completamente o compo- terra” em toda sua extensão. Um condutor de proteção pode
nente, impedindo o acesso direto às suas partes vivas. É o ser comum a mais de um circuito. E todas as massas da insta-
caso, por exemplo, de uma caixa de ligação de tomadas, lação devem estar ligadas a condutores de proteção.
interruptores ou motores provida de tampa.
6.4.1 Não devem ser ligadas a condutores de proteção as
5.15 Linha elétrica: conjunto constituído por um ou mais massas de equipamentos alimentados por transformador de
condutores, com elementos de sua fixação e suporte e, se for separação elétrica, ou de equipamentos alimentados por
o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar sistema de extrabaixa tensão, que é eletricamente separado
energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos. da terra, ou de equipamentos classe II (isolação dupla).
5.16 Linha elétrica aparente: linha elétrica em que os 6.5 Todas as tomadas de corrente fixas das instalações de-
condutos ou os condutores não são embutidos. vem ser do tipo com pólo de aterramento (2 pólos + terra, ou
5.17 Linha elétrica embutida: linha elétrica em que os 3 pólos + terra).
condutos ou os condutores são encerrados nas paredes ou 6.6 Deve existir um ou mais dispositivo(s) diferencial(is)
na estrutura da edificação, e acessível apenas em pontos residual(is) (DR) que deve(m) seccionar automaticamente a
determinados. alimentação do(s) circuito(s) ou equipamento(s) por ele(s)
5.18 Massa: parte condutora que pode ser tocada e que protegido(s) sempre que ocorrer uma falta entre parte viva e
normalmente não é viva, mas pode tornar-se viva em condi- massa ou entre parte viva e condutor de proteção, no circuito
ções de falta. Por exemplo, as carcaças metálicas de quadros ou equipamento.
e painéis elétricos, de equipamentos elétricos etc. 6.6.1 Admite-se, opcionalmente, o uso de dispositivo(s) de
proteção a sobrecorrente para o seccionamento automático
5.19 Parte viva: condutor ou parte condutora destinada a
no caso das faltas mencionadas no item 6.6, somente se for
ser energizada em condições de uso normal (condutores de
comprovado o atendimento às prescrições da norma NBR
fase), incluindo o condutor neutro, mas, por convenção, não
5410/04 relativas ao uso de tais dispositivos. Por exemplo,
incluindo o condutor de proteção em neutro (PEN).
mediante a apresentação do valor máximo da impedância do
5.20 Pessoa advertida (BA4): pessoa suficientemente percurso da corrente de falta (Zs) para o qual foi dimensionado
informada, ou supervisionada por pessoas qualificadas, de o dispositivo de proteção a sobrecorrente.

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Instrução Técnica nº 41/2011 - Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão 761

6.6.2 Deve-se ainda considerar os casos em que o uso do 7.1.2 Os circuitos dos serviços de segurança devem ser
dispositivo DR não é admitido nem recomendável. Por exem- independentes de outros circuitos. Isso significa que nenhuma
plo: em esquemas de aterramento IT, salas cirúrgicas, UTI, falta, intervenção ou modificação em circuito não pertencente
motores de sistemas de combate a incêndio, circuitos que aos serviços de segurança deve afetar o funcionamento do(s)
não devem ter a sua alimentação interrompida por razões de circuito(s) dos serviços de segurança.
segurança ou operacionais, entre outras.
7.1.3 Os circuitos dos serviços de segurança responsáveis
6.7 Os componentes fixos, cujas superfícies externas possam pela alimentação e comando dos equipamentos de seguran-
atingir temperaturas suscetíveis de provocar incêndio nos ma- ça contra incêndio que usam motores (por exemplo: ventila-
teriais adjacentes, devem: ser montados sobre (ou envolvidos dores, exaustores, bombas de incêndio, motogeradores,
por) materiais que suportem tais temperaturas e sejam de bai- elevadores, registros corta-fogo e similares) e dos dispositivos
xa condutividade térmica; ou separados dos elementos cons- de disparo usados em equipamentos de supressão e comba-
trutivos da edificação por materiais que suportem tais tempera- te a incêndio (válvulas solenoides e similares), quando atra-
turas e sejam de baixa condutividade térmica; ou montados de vessarem áreas com carga combustível (carga de incêndio),
modo a guardar afastamento suficiente de qualquer material incluindo espaços de construção sem resistência contra o
cuja integridade possa ser prejudicada por tais temperaturas e fogo, devem ser devidamente protegidos por materiais resis-
garantir uma segura dissipação de calor, aliado à utilização de tentes ao fogo.
materiais de baixa condutividade térmica.
7.1.3.1 Os demais circuitos de segurança (como iluminação
6.8 Os quadros de distribuição devem ser instalados em de emergência, alarme e detecção de incêndio e similares)
locais de fácil acesso e serem providos de identificação do não necessitam de tratamento de resistência ao fogo confor-
lado externo, legível e não facilmente removível. Além disso, me descrito acima, devendo, contudo seguir as orientações
conforme requisito da IT 20/11 – Sinalização de segurança, específicas das respectivas normas técnicas.
deve ser afixada, no lado externo dos quadros elétricos, sina-
Nota: o simples fato dos condutos dos circuitos de segurança serem
lização de alerta (vide figura 1). Todos os componentes dos metálicos e fechados, conforme exigências específicas das normas
quadros devem ser identificados de tal forma que a corres- dos equipamentos de segurança, não significa que o circuito esteja
pondência entre os componentes e os respectivos circuitos protegido contra a ação do fogo. Essas exigências garantem, em
possa ser prontamente reconhecida. Essa identificação deve tese, apenas uma proteção mecânica mais adequada.
ser legível, indelével, posicionada de forma a evitar risco de
confusão e corresponder à notação adotada no projeto.
7.1.4 Para se proteger um circuito de segurança contra ação
do fogo deve-se garantir o atendimento das premissas dos
itens 7.1.1 e 7.1.2, tendo como opção os requisitos abaixo:
a. uso de materiais resistentes ao fogo, devidamente
normatizados;
b. encapsular os circuitos dentro de elementos de
construção resistentes ao fogo (lajes, paredes, piso)
ou enterrá-los;
c. outras soluções técnicas devem ser devidamente
comprovadas perante o CBPMESP (por exemplo:
cabos especiais, normatizados, resistentes ao fogo).
7.1.4.1 Nos casos onde os circuitos dos serviços de segu-
rança estiverem enclausurados em ambientes resistentes ao
Figura 1: Sinalização de quadros elétricos
fogo (por exemplo: instalados em condutos embutidos em
alvenarias, pisos ou lajes com resistência ao fogo ou enterra-
dos), garantindo assim a operação do sistema durante o
6.9 O sistema de proteção contra descargas atmosféricas sinistro, não será necessária a proteção com material
(SPDA) deve estar em conformidade com a NBR 5419/05. resistente ao fogo.

7 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DOS SERVIÇOS DE 7.1.5 Os dispositivos de proteção contra sobrecargas dos
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO circuitos dos motores utilizados nos serviços de segurança
devem ser omitidos, mantendo-se a proteção contra curto-
7.1 Premissas específicas circuito.
7.1.1 Os equipamentos destinados a operar em situações 7.1.6 No caso de equipamentos de segurança alimentados
de incêndio, de acordo com o prescrito no Decreto Estadual por motogeradores, além das premissas anteriores, os requi-
nº 56.819/11 e respectivas Instruções Técnicas, devem ter sitos abaixo devem ser observados.
seu funcionamento e desempenho elétrico assegurados pelo
7.1.6.1 O acionamento do motogerador deve ser automático,
tempo necessário para:
quando da interrupção no fornecimento de energia normal.
a. a saída das pessoas;
7.1.6.2 O motogerador deve possuir autonomia de funciona-
b. a execução das operações de combate ao fogo e sal- mento, conforme normas e regulamentos específicos para
vamento; suprir todos os equipamentos dos sistemas de segurança por
c. a proteção do meio ambiente e do patrimônio. eles atendidos.

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762 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

7.1.6.3 Em caso de incêndio, o motogerador deve alimentar contínua. Admite-se tal condição no caso de utilizar condutores
exclusivamente os quadros e circuitos dos sistemas de segu- que possuam blindagem. Podendo a blindagem ser somente
rança, sendo que os quadros e circuitos comuns, por ele nos circuitos de corrente alternada, somente nos circuitos de
atendidos, não devem ser alimentados nessa situação. corrente contínua ou em todos. Ex: circuitos de acionamento
da bomba de incêndio (corrente alternada) com circuitos de
7.1.6.4 Deve haver desligamento automático por dispositivos
acionamento do alarme de incêndio (corrente contínua).
de proteção na ocorrência de curtos-circuitos nos circuitos dos
serviços de segurança ou nos circuitos comuns, sendo que 7.2 Inspeção visual dos serviços de segurança
estas faltas não podem impedir o funcionamento do
motogerador, que deve continuar alimentando os circuitos dos A inspeção visual exigida pelo CBPMESP nas instalações
serviços de segurança não submetidos às condições de falta. elétricas dos serviços de segurança contra incêndio, nos
termos do objetivo e premissas desta IT, será realizada com
7.1.6.5 A sala do gerador deve ser protegida contra fogo, base nos itens 7.1.1 a 7.1.9.
mediante compartimentação com paredes e portas corta fogo.
A entrada e a saída de ar do motor não devem comprometer
8 DOCUMENTAÇÃO
essa compartimentação.
7.1.7 Todos os quadros dos equipamentos de segurança 8.1 Os requisitos desta IT, bem como os requisitos afins das
contra incêndio (tais como: bombas de incêndio; central de Normas e Regulamentos específicos, devem ser observados
iluminação de emergência; central de alarme e detecção; pelos projetistas e constar dos projetos executivos de instala-
motogeradores; ventiladores; exaustores; elevadores etc.) ções elétricas prediais e de segurança contra incêndio, acom-
devem ser providos de identificação do lado externo, legível panhados das respectivas Anotações de Responsabilidade
e não facilmente removível e devem possuir (na edificação) Técnica (ART).
os esquemas unifilares respectivos. 8.2 No projeto técnico de segurança contra incêndio, a ser
7.1.8 Não se admite o uso de dispositivo DR para proteção apresentado ao CBPMESP, deve constar, no quadro resumo
contra choques elétricos nos circuitos dos serviços de das medidas de segurança, “Nota” esclarecendo o atendi-
segurança. mento desta IT.

7.1.9 Um mesmo conduto não deve possuir circuitos de 8.3 Quando da solicitação da vistoria, deve ser anexado o
corrente alternada juntamente com circuitos de corrente atestado do Anexo A desta IT.

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Instrução Técnica nº 41/2011 - Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão 763

ANEXO A
Atestado de conformidade das instalações elétricas

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764 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 42/2014

PROJETO TÉCNICO SIMPLIFICADO (PTS)

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Modelo de Certificado de Licença do Corpo de

2 Aplicação Bombeiros

3 Referências normativas e bibliográficas B Modelo de Declaração do Proprietário ou


Responsável pelo Uso
4 Definições
C Modelo do Formulário de Avaliação de Risco do
5 Classificação da edificação (imóvel)
Responsável Técnico
6 Procedimentos para regularização do imóvel
D Dados para o dimensionamento das saídas de
7 Sistema Estadual de Licenciamento Empresarial
emergência
8 Prescrições diversas
E Distâncias máximas a serem percorridas
9 Exigências técnicas para PTS
F Classes dos materiais de acabamento e revestimento

G Afastamentos de segurança para central de Gás


Liquefeito de Petróleo (GLP)

Atualizada pela Portaria nº CCB 009/600/2014 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 084, de 08 de maio de 2014

Atualizada pela Portaria nº CCB 011/600/2014 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 120, de 01 de julho de 2014

Atualizada pela Portaria nº CCB 016/600/2015 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 114, de 23 de junho de 2015

Atualizada pela Portaria nº CCB 018/600/2016 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 155, de 18 de agosto de 2016
1 OBJETIVO Lei Estadual nº 616, de 17/12/1974 (dispõe sobre a
organização básica da Polícia Militar do Estado de São
Estabelecer os procedimentos administrativos e as medidas
Paulo).
de segurança contra incêndio para regularização das
edificações de baixo potencial de risco, enquadradas como Lei Estadual nº 684, de 30/9/1975 (autoriza o Poder

Projeto Técnico Simplificado (PTS), visando a celeridade Executivo a celebrar convênios com os municípios sobre

no licenciamento das microempresas, empresas de pequeno serviços de bombeiros).

porte e microempreendedores individuais, nos termos do CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO


Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de PAULO, Cartilha de Orientações Básicas – Noções de
Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco Prevenção contra Incêndio. São Paulo, 2011.
do Estado de São Paulo. NBR 14.605 - Armazenamento de líquidos inflamáveis e
combustíveis – Sistema de drenagem oleosa.
2 APLICAÇÃO NBR 12.693 – Sistemas de proteção por extintores de
Incêndio.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações
NBR 10.898 – Sistema de iluminação de emergência.
enquadradas como Projeto Técnico Simplificado (PTS),
nos termos desta IT, estabelecendo procedimentos NBR 15514 - Área de armazenamento de recipientes

diferenciados para regularização da edificação junto ao transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP),

Corpo de Bombeiros, conforme o potencial de risco destinados ou não à comercialização — Critérios de

apresentado. Segurança.

NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios.


3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NBR 13434-2 – Sinalização de segurança contra incêndio –
Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores.
Para mais esclarecimentos, consultar as bibliografias
NBR 13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo.
descritas abaixo.

Lei Federal nº 6.496, de 07/12/1977 – Institui a “Anotação 4 DEFINIÇÕES


de Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de
4.1 Além das definições constantes da IT 03/11 -
engenharia, de arquitetura e agronomia.
Terminologia de segurança contra incêndio, aplicam-se as
Lei Complementar Federal nº 123, de 14/12/2006 (institui o
definições específicas abaixo:
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de
4.1.1 Andar: é o volume compreendido entre dois
Pequeno Porte), e suas alterações.
pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o nível
Decreto Estadual nº 52.228, de 5/10/2007 (introduz, no superior a sua cobertura.
âmbito da administração direta, autárquica e fundacional,
4.1.2 Atividade econômica: é o ramo de atividade
tratamento diferenciado e favorecido ao
identificada a partir da Classificação Nacional de
microempreendedor individual, à microempresa e à
Atividades Econômicas - CNAE e da lista de
empresa de pequeno porte).
estabelecimentos auxiliares a ela associados, se houver,
Decreto Estadual nº 55.660/2010 – Institui o Sistema regulamentada pela Comissão Nacional de Classificação –
Integrado de Licenciamento – SIL (atual Via Rápida CONCLA.
Empresa). 4.1.3 Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
Resolução CGSIM nº 29, de 29 de novembro de 2012 – (AVCB): é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros
Dispõe sobre a recomendação da adoção de diretrizes para da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP)
integração do processo de licenciamento pelos Corpos de certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as
Bombeiros Militares, pertinente à prevenção contra condições de segurança contra incêndio, previstas pela
incêndios e pânico à Rede Nacional para Simplificação do legislação e constantes no processo, estabelecendo um
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – período de revalidação;
REDESIM e dá outras providências.
4.1.4 Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros contra incêndio de uma edificação e áreas de risco que
(CLCB): é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros devem ser projetadas para avaliação do Serviço de
da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP) Segurança contra Incêndio.
certificando que a edificação foi enquadrada com sendo de 4.1.14 Rede Nacional para a Simplificação do Registro
baixo potencial de risco à vida ou ao patrimônio e concluiu e da Legalização de Empresas e Negócios – REDESIM:
com êxito o processo de segurança contra incêndio para é uma política pública que estabelece as diretrizes e
regularização junto ao Corpo de Bombeiros. procedimentos para simplificar e integrar o procedimento
4.1.5 Empresa de pequeno porte (EPP): é uma de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas
empresa com faturamento anual reduzido, determinado em de qualquer porte, atividade econômica ou composição
legislação específica, cujo pagamento de impostos pode ser societária.
realizado de forma simplificada. 4.1.15 Subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil
4.1.6 Estabelecimento empresarial ou comercial: do terreno. Não será considerado subsolo o pavimento que
local que ocupa, no todo ou em parte, um imóvel possuir ventilação natural para o exterior, com área total
individualmente identificado, edificado ou não, onde é superior a 0,006 m² para cada metro cúbico de ar do
exercida atividade econômica por empresário ou pessoa compartimento, e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20
jurídica, de caráter permanente, periódico ou eventual. m do perfil do terreno.

4.1.7 Fiscalização: ato administrativo pelo qual o Corpo


de Bombeiro verifica, no local, se os requisitos de 5 CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO (IMÓVEL)
prevenção contra incêndio estão implantados e mantidos,
5.1 A edificação será classificada como Projeto
nos termos do Regulamento de Segurança contra Incêndio
Técnico Simplificado (PTS) quando atender aos seguintes
do Estado de São Paulo e das declarações apresentadas.
requisitos:
4.1.8 Licenciamento de atividade empresarial: etapa 5.1.1 Possuir área construída menor ou igual a 750 m²,
do procedimento de registro e legalização, presencial ou podendo-se desconsiderar:
eletrônica, que conduz o interessado à autorização para o
a. telheiros, com laterais abertas, destinados à
exercício de determinada atividade econômica em
proteção de utensílios, caixas d’água, tanques e
estabelecimento indicado. Esta licença difere da
outras instalações desde que não tenham área
regularização do imóvel como um todo que é feita pelo
superior a 10 m²;
Corpo de Bombeiros.
b. platibandas e beirais de telhado com até 3 metros
4.1.9 Mezanino: é o pavimento que subdivide
de projeção;
parcialmente um andar em dois andares. Será considerado
c. passagens cobertas, de laterais abertas, com
como andar ou pavimento, o mezanino que possuir área
largura máxima de 3 metros, destinadas apenas à
maior que um terço (1/3) da área do andar subdividido.
circulação de pessoas ou mercadorias;
4.1.10 Microempreendedor Individual (MEI): é o
d. coberturas de bombas de combustível e de praças
empresário individual, optante pelo Simples Nacional, que
de pedágio, desde que não sejam utilizadas para
tenha auferido receita bruta determinada em legislação
outros fins e sejam abertas lateralmente;
específica.
e. reservatórios de água, escadas enclausuradas e
4.1.11 Microempresa (ME): é uma empresa com
dutos de ventilação das saídas de emergência;
faturamento anual reduzido, determinado em legislação
específica, cujo pagamento de impostos pode ser realizado f. piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados.

de forma simplificada.
5.1.2 Possuir até três pavimentos, podendo ser
4.1.12 Pavimento: é o plano de piso (andar) de uma
desconsiderado como pavimento o subsolo quando usado
edificação ou área de risco.
exclusivamente para estacionamento, sem abastecimento no
4.1.13 Processo de Segurança contra Incêndio: é a local;
documentação que contém os elementos formais exigidos
5.1.3 Não possuir subsolo ocupado como local de
pelo CBPMESP na apresentação das medidas de segurança
reunião de público (Grupo F), independente da área, bem
como outra ocupação diversa de estacionamento com área b. Grupo B, divisão B-1 com mais de 40 leitos;
superior a 50m2; c. Grupo D, divisão D-1, que possua “Call Center”
5.1.4 Ter lotação máxima de 250 (duzentas e cinquenta) com mais de 250 funcionários;
pessoas, quando se tratar de local de reunião de público d. Grupo E, divisões: E-5 e E-6;
(Grupo F);
e. Grupo F, divisões: F-3,F-5, F-6, F-7;
5.1.5 Ter, no caso de comércio de gás liquefeito de
f. Grupo H, divisões: H-2 e H-3.
petróleo - GLP (revenda), armazenamento de até 12.480Kg
(equivalente a 960 botijões de 13 kg);
6 PROCEDIMENTOS PARA REGULARIZAÇÃO
5.1.6 Armazenar, no máximo, 20 m³ de líquidos
DO IMÓVEL
inflamáveis ou combustíveis em tanques aéreos ou
fracionados, para qualquer finalidade; De acordo com a classificação da edificação, os
procedimentos para a regularização do imóvel junto ao
5.1.7 Armazenar, no máximo, 10 m³ de gases
Corpo de Bombeiros devem ser simplificados, de acordo
inflamáveis em tanques ou cilindros, para qualquer
com o previsto nesta IT.
finalidade;

5.1.8 Não manipular ou armazenar produtos perigosos à


saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, tais 6.1 Edificações que não se enquadram no item 5.1

como: explosivos, peróxidos orgânicos, substâncias desta IT

oxidantes, substâncias tóxicas, substâncias radioativas, 6.1.1 As edificações que não se enquadrarem no item
substâncias corrosivas e substâncias perigosas diversas. 5.1. desta IT devem ser regularizadas junto ao Corpo de

5.2 Dentre as edificações classificadas como PTS, Bombeiros por meio de Projeto Técnico conforme o

serão regularizadas por meio de Certificado de Licença do previsto na IT-01/2011 – Procedimentos administrativos,

Corpo de Bombeiros, aquelas que se enquadrarem nas com aprovação prévia de planta de segurança contra

seguintes condições: incêndio e vistoria do Corpo de Bombeiros, com vistas à

5.2.1 Possuir área total construída menor ou igual a 750 emissão do AVCB.

m², não sendo permitido desconto de área, exceto


coberturas de postos de abastecimento e serviço, de praças 6.2 Edificações que se enquadram no item 5.1
de pedágio e de piscinas e de área destinada a residência desta IT (PTS com emissão de AVCB)
unifamiliar com acesso independente direto para via
6.2.1 As edificações que se enquadrarem no item 5.1
pública.
desta IT devem ser regularizadas junto ao Corpo de
5.2.2 Não comercializar ou revender gás liquefeito de Bombeiros por meio dos procedimentos a seguir,
petróleo - GLP (revenda); aplicando-se subsidiariamente o disposto na IT-01/2011 –
5.2.3 Se houver utilização ou armazenamento de GLP Procedimentos administrativos.
(Central) para qualquer finalidade, possuir no máximo 190 6.2.2 As exigências de segurança contra incêndio para
Kg de gás; estas edificações são aquelas previstas na Tabela 5 do
5.2.4 Não possuir quaisquer outros tipos gases Decreto Estadual 56.819/11 e nas Instruções Técnicas do
inflamáveis em tanques ou cilindros; Corpo de Bombeiros pertinentes, de acordo com a

5.2.5 Armazenar ou manipular, no máximo, 1.000 litros ocupação, área e altura, sendo resumidas no item 9 desta

de líquidos combustíveis ou inflamáveis em recipientes ou IT.

tanques aéreos, sendo aceito qualquer quantidade 6.2.3 Nesses casos haverá vistoria prévia do Corpo de
exclusivamente para armazenamento em tanques Bombeiros e posterior emissão do AVCB, sendo
enterrados; dispensada a apresentação de planta de segurança contra

5.2.6 Não possuir subsolo com ocupação diferente de incêndio para análise.

estacionamento; 6.2.4 São requisitos para regularização das edificações

5.2.7 Não ter na edificação as seguintes ocupações: enquadradas no item 5.1 desta IT:

a. Grupo A, divisão A-3 com mais de 40 leitos;


a. Preenchimento do Formulário de Segurança ocupação, área e altura, sendo resumidas no item 9 desta
contra Incêndio diretamente no portal do Via IT.
Fácil Bombeiros; 6.3.3 Nesses casos será emitido um Certificado de
b. Anotação ou Registro de Responsabilidade Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB) e a vistoria
Técnica (ART/RRT) referente à instalação e/ou técnica será feita em momento posterior, por amostragem,
manutenção dos sistemas de segurança contra de acordo com critérios de risco estabelecidos pelo Serviço
incêndio, para edificações acima de 200 m² de de Segurança contra Incêndio, sendo dispensada a
área construída (obrigatório); apresentação de planta de segurança contra incêndio para

c. Anotação ou Registro de Responsabilidade análise.

Técnica (ART/RRT) do responsável técnico 6.3.4 O CLCB deve ser emitindo conforme modelo
sobre os riscos específicos existentes na constante no Anexo “A”, podendo sofrer pequenas
edificação, tais como: controle de material de variações para adequação ao formato eletrônico.
acabamento e revestimento (quando exigido), 6.3.5 A CLCB possui a mesma eficácia do AVCB para
gases inflamáveis, vasos sob pressão (se houver); fins de comprovação de regularização da edificação perante
d. Recolhimento de emolumento correspondente ao outros órgãos.
serviço de segurança contra incêndio. 6.3.6 São requisitos para regularização das edificações
6.2.5 As Anotações ou Registros de Responsabilidade enquadradas no item 5.2 desta IT:
Técnica (ART/RRT) devem ser anexadas de forma 6.3.6.1 Para edificações térreas com até 200 m² de área
eletrônica (“up load” no sistema Via Fácil Bombeiros), construída com saída dos ocupantes direta para via pública:
mantendo-se uma via original na edificação.
a. Preenchimento da Declaração do Proprietário ou
6.2.6 Desde que se faça menção expressa aos itens Responsável pelo Uso diretamente no portal do
exigidos, aceita-se uma única ART/RRT se os serviços Via Fácil Bombeiros;
forem prestados pelo mesmo responsável técnico.
b. Recolhimento de emolumento correspondente ao
6.2.7 O protocolo de vistoria será disponibilizado no serviço de segurança contra incêndio.
portal do Via Fácil Bombeiros, assim que for reconhecido
6.3.6.2 Para os demais casos:
eletronicamente o pagamento do emolumento devido.
a. Preenchimento do Formulário de Avaliação de
6.2.8 Em caso de não aprovação, a solicitação de retorno
Risco do Responsável Técnico, diretamente no
de vistoria deve ser realizada diretamente no portal do
portal do Via Fácil Bombeiros;
sistema Via Fácil Bombeiros, sendo que o pedido de
b. Anotação ou Registro de Responsabilidade
vistoria dá direito a um retorno gratuito.
Técnica (ART/RRT) referente à instalação e/ou
6.2.9 Em sendo aprovada a vistoria, será emitido
manutenção dos sistemas de segurança contra
eletronicamente o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
incêndio;
(AVCB).
c. Anotação ou Registro de Responsabilidade
Técnica (ART/RRT) do responsável técnico
6.3 Edificações que se enquadram no item 5.2 sobre os riscos específicos existentes na
desta IT (PTS com emissão de CLCB) edificação, tais como: controle de material de
6.3.1 As edificações que se enquadrarem no item 5.2 acabamento e revestimento (quando exigido),
desta IT devem ser regularizadas junto ao Corpo de gases inflamáveis, vasos sob pressão, entre outros
Bombeiros por meio dos procedimentos a seguir, (se houver);
aplicando-se subsidiariamente o disposto na IT-01/2011 – d. Recolhimento de emolumento correspondente ao
Procedimentos administrativos. serviço de segurança contra incêndio.
6.3.2 As exigências de segurança contra incêndio para 6.3.7 A Declaração do Proprietário ou Responsável pelo
estas edificações são aquelas previstas na Tabela 5 do Uso deve ser preenchida conforme modelo constante no
Decreto Estadual 56.819/11 e nas Instruções Técnicas do Anexo “B”, podendo sofrer pequenas variações para
Corpo de Bombeiros pertinentes, de acordo com a adequação ao formato eletrônico.
6.3.8 O Formulário de Avaliação de Risco do momento, por amostragem, de acordo com critérios de
Responsável Técnico deve ser preenchido conforme risco estabelecidos pelo Serviço de Segurança contra
modelo constante no Anexo “C”, podendo sofrer pequenas Incêndio, devendo notificar o interessado para correções
variações para adequação ao formato eletrônico. necessárias.

6.3.9 A Declaração do Proprietário ou o Formulário de 6.3.18 Caso o CLCB tenha sido emitido, a primeira
Avaliação de Risco do Responsável Técnico, devidamente vistoria na edificação deve ter natureza orientadora, exceto
assinados, devem ser anexados de forma eletrônica (“up quando houver situação de risco iminente à vida, ao meio
load” no sistema Via Fácil Bombeiros), mantendo-se uma ambiente ou ao patrimônio.
via original na edificação. 6.3.19 O Corpo de Bombeiros pode iniciar o processo de
6.3.10 As Anotações ou Registros de Responsabilidade cassação do CLCB sempre que:
Técnica (ART/RRT) devem ser anexadas de forma a. não forem sanadas no prazo estabelecido as
eletrônica (“up load” no sistema Via Fácil Bombeiros), irregularidades, faltas ou inconsistências de
mantendo-se uma via original na edificação. documentação obrigatória;
6.3.11 Desde que se faça menção expressa aos itens b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de

exigidos, aceita-se uma única ART/RRT se os serviços atendimento na edificação;


c. for constatado em vistoria situação de risco
forem prestados pelo mesmo responsável técnico.
iminente à vida, ao meio ambiente ou ao
6.3.12 O protocolo somente será disponibilizado pelo
patrimônio; e
sistema Via Fácil Bombeiros quando for reconhecido d. for constatado fraude ou não enquadramento da
eletronicamente pelo sistema: edificação nas condições de baixo risco do item
a. o pagamento do emolumento devido ao serviço 5.2 desta IT.
de segurança contra incêndio;

b. o “up load” da Declaração do Proprietário ou 7 SISTEMA ESTADUAL DE LICENCIAMENTO


Responsável pelo Uso ou do Formulário de EMPRESARIAL
Avaliação de Risco do Responsável Técnico, 7.1 Para fins de licenciamento dos estabelecimentos
conforme o caso; comerciais ou empresariais, o Corpo de Bombeiros integra-
c. o “up load” das Anotações ou Registros de se ao sistema estadual de licenciamento, denominado Via
Responsabilidade Técnica (ART/RRT), quando Rápida Empresa.
exigidos. 7.2 A concessão de licença para
6.3.13 O Corpo de Bombeiros tem o prazo máximo de 07 microempreendedores Individuais (MEI), microempresa
dias para analisar a documentação e realizar a vistoria, por (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) terá o seu

amostragem, antes que a Licença seja emitida. procedimento facilitado de acordo com as regras
estabelecidas para o Via Rápida Empresa e especificações
6.3.14 A não comunicação do Corpo de Bombeiros no
desta IT.
referido período implicará na emissão automática do CLCB
7.3 Para classificação dos estabelecimentos
pelo sistema.
comerciais ou empresariais como baixo risco no Via
6.3.15 Caso o Corpo de Bombeiros não aprove a
Rápida Empresa, a edificação deve se enquadrar ao
documentação ou a vistoria em até 07 dias, a Licença não
disposto no item 5.2 desta IT.
será emitida e o interessado poderá entrar com retorno do
7.4 Se o estabelecimento comercial ou empresarial
pedido ou enviar a documentação faltante, momento em
for classificado como baixo risco no Via Rápida Empresa,
que o prazo para análise será reiniciado.
o mesmo terá a sua licença de funcionamento aprovada,
6.3.16 A solicitação de retorno de vistoria deve ser previamente à vistoria do Corpo de Bombeiros.
realizada diretamente no portal do sistema Via Fácil 7.5 Para a concessão de licença do estabelecimento
Bombeiros, sendo que o pedido de vistoria dá direito a um comercial ou empresarial, podem ser exigidas no Via
retorno sem cobrança de emolumentos. Rápida Empresa declarações ou procedimentos diversos do
6.3.17 Após a emissão do CLCB, a documentação e o constante no item 6 desta IT.
local ainda ficam passíveis de fiscalização, a qualquer
7.6 A concessão de licença do Corpo de Bombeiros e. for constatado em vistoria o não atendimento das
aos estabelecimentos comerciais ou empresariais implica na exigências do Regulamento de Segurança contra
necessidade de regularização da edificação onde são Incêndio do Estado de São Paulo.
exercidas as suas atividades, de acordo com o Regulamento f. A edificação onde o estabelecimento exercer as
de Segurança contra Incêndio do Estado de São Paulo. suas atividades tiver o seu AVCB ou CLCB
7.7 Os estabelecimentos comerciais ou empresariais cassados.
que apresentarem a comprovação de que o imóvel
7.14 Os microempreendedores individuais (MEI)
(edificação) onde exercem as suas atividades possui o
possuem isenção de emolumentos para regularização junto
Certificado de Licença ou o Auto de Vistoria do Corpo de
ao Corpo de Bombeiros.
Bombeiros válido, podem ter a licença do estabelecimento
7.15 O microempreendedor individual que exerça sua
aprovada de imediato.
atividade econômica em área não edificada, tais como
7.8 A concessão de licença prévia à vistoria do Corpo
ambulantes, carrinhos de lanches em geral, barracas
de Bombeiros não exime o proprietário do imóvel, o
itinerantes e congêneres, não está sujeito à fiscalização do
responsável pelo uso, ou o empresário do cumprimento das
Corpo de Bombeiros.
exigências técnicas previstas no Regulamento de Segurança
7.16 O microempreendedor individual que exerça sua
contra Incêndio do Estado de São Paulo.
atividade em residência unifamiliar não está sujeito à
7.9 O proprietário do imóvel, o representante legal do
fiscalização do Corpo de Bombeiros.
condomínio, e os empresários são solidariamente
7.17 As situações descritas nos itens 7.15 e 7.16 ficam
responsáveis pela manutenção e instalação das medidas de
dispensadas da regularização por meio de AVCB ou
prevenção contra incêndio do imóvel onde estão contidos
CLCB, porém, recomenda-se a adoção das medidas de
os estabelecimentos.
segurança contidas no item 9.2.8 desta IT.
7.10 O Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo,
verificar as informações e declarações prestadas, inclusive
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
7.11 Na fiscalização posterior, o Corpo de Bombeiros 8.1 O proprietário ou responsável pelo uso pode obter
deve verificar a segurança contra incêndio do imóvel como orientações no Serviço de Segurança contra Incêndio do
um todo, nos termos do Regulamento de Segurança contra Corpo de Bombeiros de sua região, quanto à proteção
Incêndio do Estado de São Paulo. necessária, podendo inclusive apresentar plantas no
7.12 A primeira vistoria na edificação deve ser feita atendimento ao público, para melhores esclarecimentos.
conforme o item 6.3.15 desta IT. 8.2 O proprietário, responsável pelo uso, ou empresário
7.13 O Corpo de Bombeiros pode iniciar o processo de deve solicitar a regularização no Corpo de Bombeiros com
cassação da licença do estabelecimento comercial ou vistas à emissão do AVCB, do CLCB, ou da licença do
empresarial sempre que: estabelecimento, somente quando estiver com os
a. houver qualquer irregularidade, inconsistência ou equipamentos de segurança contra incêndio instalados em
falta de documentação obrigatória; toda a edificação, conforme o Regulamento de Segurança

b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de contra Incêndio do Estado de São Paulo.

atendimento na edificação; 8.3 Para maior detalhamento das medidas de segurança


contra incêndio previstas no item 9, quando necessário,
c. for constatado o não enquadramento do
devem ser consultadas as respectivas Instruções Técnicas.
estabelecimento comercial nas regras para
concessão de licença prévia à vistoria, de acordo
com o Via Rápida Empresa; 9 EXIGÊNCIAS TÉCNICAS PARA PTS

d. for constatado em vistoria situação de risco 9.1 Para as edificações enquadradas como PTS,
iminente à vida, ao meio ambiente ou ao conforme item 5 desta IT, aplicam-se as medidas de
patrimônio; segurança contra incêndio prescritas na tabela 5 do Decreto
Estadual nº 56.819/11, bem como, as disposições
constantes nas Instruções Técnicas pertinentes, que foram
resumidas a seguir para um melhor entendimento, por
ocasião da regularização das edificações de baixo risco.
9.2 Nas edificações enquadradas como PTS onde há
armazenamento de gases inflamáveis, líquidos
combustíveis ou inflamáveis, devem ser observados os
afastamentos e demais condições de segurança, exigidos
por legislação específica.

9.2.1 Extintores de incêndio

9.2.1.1 Prever proteção por extintores de incêndio, de


acordo com a IT 21/11 - Sistema de proteção por extintores
de incêndio, para o combate ao princípio de sinistro.

9.2.1.2 Os extintores devem ser escolhidos de modo a


serem adequados à extinção dos tipos de incêndios, dentro
de sua área de proteção, devendo ser intercalados na
proporção de dois extintores para o risco predominante e
um para o secundário.

Tabela 1 - Proteção por extintores Figura 1 - Fixação de extintor


9.2.1.8 Os extintores devem ser distribuídos de tal forma
Tipo que o operador não percorra distância superior à
Classes de incêndio
extintor
determinada pela tabela 2.
materiais sólidos (madeira, papel, Água
A Tabela 2 – Distâncias para distribuição de extintores
tecido etc) Pó ABC
CO2
líquidos inflamáveis (óleo,
B PQS Risco da edificação Distância
gasolina, querosene etc)
Pó ABC
equipamentos elétricos CO2
C energizados (máquinas elétricas PQS Risco baixo (até 300 MJ/m2) 25 m
etc) Pó ABC
Agente
metais combustíveis (magnésio,
D extintor Risco médio (de 300 MJ/m2 a 1.200 MJ/m2) 20 m
titânio, sódio, potássio etc.)
especial

9.2.1.3 Deve ser instalado, pelo menos, um extintor de Risco alto (acima de 1.200 MJ/m2) 15 m

incêndio a não mais de 5 metros da entrada principal da Obs.: Para a classificação da edificação quanto a carga de
edificação e das escadas nos demais pavimentos. incêndio, consultar IT 14/11 – Carga de incêndio

9.2.1.4 Cada pavimento deve ser protegido, no mínimo,


por duas unidades extintoras distintas, sendo uma para 9.2.1.9 Em locais com riscos específicos devem ser
incêndio de classe A e outra para classes B:C ou duas instalados extintores de incêndio, independente da proteção
unidades extintoras para classes ABC. geral da edificação ou área de risco, tais como: casa de
caldeira, casa de bombas, casa de força elétrica, casa de
9.2.1.5 Em pavimentos ou mezaninos com até 50 m² de
máquinas; galeria de transmissão, incinerador, elevador
área construída, é aceito a colocação de apenas um extintor
(casa de máquinas), escada rolante (casa de máquinas),
do tipo ABC.
quadro de redução para baixa tensão, transformadores,
9.2.1.6 Os extintores devem estar desobstruídos e
contêineres de telefonia, gases ou líquidos combustíveis ou
sinalizados.
inflamáveis.
9.2.1.7 A altura máxima de fixação dos extintores é de
1,60 m, e a mínima é de 0,10 m. 9.2.2 Sinalização de emergência

9.2.2.1 Prever sinalização de acordo com a IT 20/11 –


Sinalização de emergência, com a finalidade de reduzir a
ocorrência de incêndio, alertar para os perigos existentes e
garantir que sejam adotadas medidas adequadas à situação escadas ou rampas, rotas de saídas horizontais e respectivas
de risco, orientando as ações de combate, e facilitando a portas e espaço livre exterior. Esses componentes devem
localização dos equipamentos e das rotas de saída para permanecer livres e desobstruídos para permitir o
abandono seguro da edificação em caso de sinistro. escoamento fácil de todos os ocupantes.

9.2.2.2 Requisitos básicos da sinalização de emergência: 9.2.3.4 A largura das saídas deve ser dimensionada em

a. deve se destacar com relação à comunicação função do número de pessoas que por elas deva transitar.

visual adotada para outros fins; 9.2.3.5 As portas das rotas de saídas e das salas com

b. não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e capacidade acima de 50 pessoas, em comunicação com os

acabamentos; acessos e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de


saída.
c. deve ser instalada perpendicularmente aos
corredores de circulação de pessoas e veículos; 9.2.3.6 As portas devem ter as seguintes dimensões
mínimas de vão-luz:
d. as expressões escritas utilizadas devem seguir os
vocábulos da língua portuguesa. a. 0,80 m, valendo por uma unidade de passagem;

9.2.2.3 A sinalização destinada à orientação e salvamento b. 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem;

e aos equipamentos de combate a incêndio, deve possuir c. 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades
efeito fotoluminescente. de passagem;

Tabela 3 - Modelos básicos de sinalização d. 2,00 m, em duas folhas, valendo por quatro
unidades de passagem.
Dimensões
Símbolo Significado sugeridas 9.2.3.7 Para se determinar a quantidade de pessoas por
(cm)
unidade de passagem, consultar anexo “D”.
Indicação de saída,
acima das portas 15 x 30 9.2.3.8 As escadas, acessos e rampas devem:
(fotoluminescente)
a. ser construídas em materiais incombustíveis;
Indicação de saída para
b. possuir piso antiderrapante;
esquerda 15 x 30
(fotoluminescente) c. ser protegidas por guarda-corpo em seus lados
abertos;
Extintor de incêndio
15 x 15 d. ser dotadas de corrimãos em ambos os lados, com
(fotoluminescente)
extremidades voltadas à parede ou, quando
conjugados com o guarda-corpo, finalizar neste
Proibido fumar 15 ou diretamente no piso;

e. permanecer desobstruídas e ter largura mínima de

Risco de choque 1,20 m (duas unidades de passagem).


15
elétrico
9.2.3.9 A altura das guardas, medida internamente, deve
ser, no mínimo, de 1,10 m ao longo dos patamares,
escadas, corredores, mezaninos e outros, medida
9.2.3 Saídas de emergência verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as
9.2.3.1 Prever saídas de emergência, de acordo com a IT pontas dos bocéis ou quinas dos degraus.
11/2014 – Saídas de emergência, com a finalidade de
9.2.3.10 A altura das guardas em escada aberta externa
propiciar à população o abandono seguro e protegido da
(AE), de seus patamares, de balcões e assemelhados,
edificação em caso de incêndio ou pânico, bem como,
devem ser de no mínimo 1,3 m, medidas como
permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o
especificado no item anterior.
combate ao incêndio ou retirada de pessoas.
9.2.3.11 Os corrimãos devem estar situados entre 0,80 m e
9.2.3.2 As saídas de emergência devem ser dimensionadas
0,92 m acima do nível do piso.
em função da população da edificação.
9.2.3.12 Os degraus das escadas devem ter altura “h”
9.2.3.3 A saída de emergência é composta por: acessos,
compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 5
mm. Devem ter comprimento “b” (pisada) entre 27 cm e 32 profissional), E (educacional e cultura física), G
cm, dimensionado pela fórmula de Blondel: (serviços automotivos e assemelhados), H

63 cm ≤ (2 h + b) ≤ 64 cm (serviços de saúde ou institucional), I (indústria)


e J (depósito);
9.2.3.13 As distâncias máximas a serem percorridas para se
atingir uma saída (espaço livre exterior, área de refúgio, b. edificações do Grupo B (serviço de hospedagem),

escada de saída de emergência) devem atender ao Anexo considerando-se isentos os motéis que não

“E”. possuam corredores internos de serviços;

c. edificações do Grupo F (Locais de reunião de


9.2.4 Controle de materiais de acabamento e de público) com mais de dois pavimentos ou com
revestimento (CMAR) lotação superior a 50 pessoas.
9.2.4.1 Prever controle de material de acabamento e de 9.2.5.2 A instalação do sistema de iluminação de
revestimento, nos termos da IT 10/11 - Controle de emergência deve atender ainda o prescrito na norma NBR
materiais de acabamento e de revestimento, conforme o 10898/10, conforme as regras básicas descritas a seguir:
anexo “F”, para os seguintes grupos e divisões constantes
9.2.5.2.1 Os pontos de iluminação de emergência devem
nas Tabelas 1 e 5 do Decreto Estadual nº 56.819/11:
ser instalados nos corredores de circulação (aclaramento),
a. grupo B (hotéis, motéis, flats, hospedagens e nas portas de saída dos ambientes (balizamento) e nas
similares); mudanças de direção (balizamento);
b. divisões F1 (museus, centros históricos, galerias 9.2.5.2.2 A distância máxima entre dois pontos de
de arte, bibliotecas), F2 (local religioso e iluminação de emergência não deve ultrapassar 15 metros e
velório), F3 (centros esportivos e de exibição), entre o ponto de iluminação e a parede 7,5 metros. Outro
F4 (estações e terminais de passageiros), F5 distanciamento entre pontos pode ser adotado, desde que
(artes cênicas e auditórios), F6 (clubes sociais e atenda aos parâmetros da NBR 10898/10;
diversão), F7 (circos e similares), F8 (local para
9.2.5.2.3 Quando o sistema for atendido por central de
refeição);
baterias ou por motogerador, a tubulação e as caixas de
c. divisões H2 (asilos, orfanatos, reformatórios, passagem devem ser fechadas, metálicas ou em PVC rígido
hospitais psiquiátricos e similares), H3 (hospitais, antichama, quando a instalação for aparente. Para
clínicas e similares) e H5 (manicômios, prisões iluminação de emergência por meio de blocos autônomos
em geral). dispensa-se essa exigência;
9.2.4.2 O CMAR tem a finalidade de estabelecer 9.2.5.2.4 Quando a iluminação de emergência for atendida
condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento por grupo motogerador, o tempo máximo de comutação é
e de revestimento empregados nas edificações, para que, na de 12 segundos. Recomenda-se que haja sistema alternativo
ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o por bateria em complemento ao motogerador.
desenvolvimento de fumaça.

9.2.4.3 Deve ser apresentada, no momento da vistoria do 9.2.6 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Corpo de Bombeiros, a respectiva Anotação de 9.2.6.1 As centrais de GLP e o armazenamento de


Responsabilidade Técnica (ART) do profissional recipientes transportáveis de GLP devem atender ao
responsável pelo CMAR, de acordo com as classes prescrito na IT 28/11 - Manipulação, armazenamento,
constantes no Anexo “F”. comercialização e utilização de Gás Liquefeito de Petróleo
(GLP).
9.2.5 Iluminação de emergência
9.2.6.2 Os recipientes transportáveis trocáveis ou
9.2.5.1 Prever sistema de iluminação de emergência, de abastecidos no local (capacidade volumétrica igual ou
acordo com a IT 18/11 - Iluminação de emergência, a fim inferior a 0,5 m³) e os recipientes estacionários de GLP
de melhorar as condições de abandono, nos seguintes (capacidade volumétrica superior a 0,5 m³) devem ser
casos: situados no exterior das edificações, em locais ventilados,
a. edificações com mais de 2 pavimentos dos obedecendo aos afastamentos constantes no Anexo “G”.
Grupos A (residencial), C (comercial), D (serviço 9.2.6.3 É proibida a instalação dos recipientes de GLP em
locais confinados, tais como: porão, garagem subterrânea, conforme IT 25/11, parte 2.
forro etc. 9.2.7.2 A bacia de contenção de líquidos pode ser a
9.2.6.4 Na central de GLP é expressamente proibida a própria caixa separadora (água e óleo) exigida pelos órgãos
armazenagem de qualquer tipo de material, bem como públicos pertinentes, conforme NBR 14605-7 e/ou outras
outra utilização diversa da instalação. normas técnicas oficiais afins.

9.2.6.5 A central de GLP pode ser instalada em corredor 9.2.7.3 Não é permitido o armazenamento de líquidos
que seja a única rota de fuga da edificação, desde que combustíveis ou inflamáveis dentro dos hangares.
atenda aos afastamentos previstos no Anexo “G”, 9.2.8 Microempreendedor Individual (MEI)
acrescidos de 1,5 m para passagem. 9.2.8.1 Para que tenha segurança em suas atividades,
9.2.6.6 A central de GLP deve ter proteção específica por recomenda-se ao microempreendedor individual que exerça
extintores de acordo com a tabela 4. sua atividade em residência unifamiliar (não obrigatório):

a. A instalação de um extintor de incêndio de pó


ABC em local de fácil acesso;

b. Não utilizar cilindros de GLP que não possuam


válvula de segurança, tais como P-2 ou P-5 Kg;

c. Não utilizar simultaneamente mais de um cilindro


de GLP (Central);
Tabela 4: Proteção por extintores para central de GLP
d. O cilindro de GLP deve estar em local ventilado,
Quantidade de GLP Quantidade / capacidade
com mangueira e registro certificado pelo
(kg) extintora
INMETRO, dentro do prazo de validade;
Até 270 01 / 20-B:C
9.2.8.2 Para que tenha segurança em suas atividades,
de 271 a 1800 02 / 20-B:C
recomenda-se ao microempreendor individual que exerça
Acima de 1800 02 / 20-B:C + 01 / 80-B:C sua atividade econômica em área não edificada, tais como
ambulantes, carrinhos de lanches em geral, barracas
9.2.6.7 A central de GLP, localizada junto à passagem de itinerantes e congêneres (não obrigatório):
veículos, deve possuir obstáculo de proteção mecânica com a. Não utilizar cilindros de GLP que não possuam
altura mínima de 0,60 m situado à distância não inferior a válvula de segurança, tais como P-2 ou P-5 Kg;
1,00 m.
b. Utilizar somente cilindro de GLP P-13 KG, que
9.2.6.8 Devem ser colocados avisos com letras não deve estar em local ventilado, com mangueira de
menores que 50 mm, em quantidade tal que possam ser revestimento metálico e registro certificado pelo
visualizados de qualquer direção de acesso à central de INMETRO, dentro do prazo de validade;
GLP, com os seguintes dizeres: “Perigo”, “Inflamável” e
c. Se utilizar cilindro de GLP, manter, se possível,
“Não Fume”, bem como placa de proibido fumar conforme
um extintor de incêndio de pó ABC em local de
tabela 3.
fácil acesso.
9.2.6.9 A localização dos recipientes deve permitir acesso
9.2.8.3 Nas demais situações, o microempreendedor
fácil e desimpedido a todas as válvulas e ter espaço
individual deve atender às exigências previstas no
suficiente para manutenção.
Regulamento de Segurança contra Incêndio do Estado de
9.2.6.10 O armazenamento de recipientes transportáveis de São Paulo, de acordo com as características da edificação
GLP, destinados ou não à comercialização (revenda), deve onde exerça as suas atividades.
atender aos parâmetros da IT 28/11.

9.2.7 Critérios específicos para hangares

9.2.7.1 Os hangares, com área construída de até 750m²,


adicionalmente, devem possuir sistema de drenagem de
líquidos nos pisos para bacias de contenção à distância,
Anexo A
Modelo de Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


CORPO DE BOMBEIROS
CERTIFICADO DE LICENÇA DO CORPO DE BOMBEIROS
CLCB Nº 000000
CERTIFICA-SE QUE A PRESENTE EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO, CLASSIFICADA COMO DE BAIXO
POTENCIAL DE RISCO À VIDA E AO PATRIMÔNIO, NOS TERMOS DA ITCB Nº 42/2014, ENCONTRA-SE
REGULARIZADA PERANTE O CORPO DE BOMBEIROS.

Endereço: Rua da Edificação Nº: 0000


Complemento: 000 Bairro: Bairro da Edificação
Município: Este Município
Ocupação: Comercial
Proprietário: Nome do Proprietário da Edificação
Responsável pelo Uso: Nome do Responsável pelo Uso da Edificação
Responsável Técnico: Nome do Responsável Técnico da Edificação
CREA/CAU: 0000000 ART/RRT: 00000000
Área Total: 00000m²
Nº de Pavimentos: Edificação térrea
Validade: 00/00/0000
OBSERVAÇÕES:
1. Para as edificações de baixo potencial de risco à vida e ao patrimônio, nos termos da IT nº 42/2014, o Corpo de Bombeiros emite a presente
Licença, que substitui o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para todos os fins.
2. Os dados da presente Licença foram fornecidos pelo Responsável Técnico que avaliou o risco, nos termos da IT nº 42/2014, e emitiu a
respectiva Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica.
3. A alteração de qualquer dado, tais como endereço, área e ocupação, implica na perda da validade da presente Licença e obriga o proprietário
ou responsável pelo uso a renovar a solicitação.
4. Ao Responsável Técnico cabe, antes do uso efetivo, dimensionar e instalar as medidas de Segurança contra Incêndio nos termos do
Regulamento Estadual de Segurança contra Incêndio. Ao proprietário ou responsável pelo uso da edificação cabe manter os equipamentos em
condições adequadas de utilização, efetuando a devida manutenção.
5. O Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo, verificar as informações prestadas e as condições de segurança do local, por meio de
vistorias e de solicitação de documentos, podendo cassar a presente Licença, sem prejuízo de comunicação ao Ministério Público Estadual e
outros órgãos interessados, sempre que:
a. houver qualquer irregularidade, inconsistência ou falta de documentação obrigatória;
b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de atendimento na edificação;
c. for constatado em vistoria situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio;
d. for constatado em vistoria o não enquadramento da edificação nas condições de baixo potencial de risco à vida e ao patrimônio, nos termos da
IT nº 42/2014; e
e. for constatado em vistoria o não atendimento das exigências do Regulamento de Segurança contra Incêndio do Estado de São Paulo.

NOTA: Para renovação desta Licença uma nova solicitação deve ser realizada ao Corpo de Bombeiros. Este
documento deve ser afixado na entrada principal da edificação, em local visível ao público.

São Paulo, 00 de Mês de 0000

Documento emitido eletronicamente pelo Serviço de Segurança contra Incêndio.


A sua autenticidade pode ser confirmada através da leitura do QRCode ao lado ou na
página do Corpo de Bombeiros: www.corpodebombeiros.sp.gov.br.
Anexo B

Modelo de Declaração do Proprietário ou Responsável pelo Uso

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

DECLARAÇÃO DO PROPRIETÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO USO


1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E/OU ÁREA DE RISCO
Logradouro público: Nº
Complemento:
Bairro:
Município: UF: SP
Proprietário ou Responsável pelo Uso:
CPF/CNPJ: e-mail:
Fone: ( )
Área construída do imóvel (m²): N.º de pavimentos: térrea
Ocupação (Divisão cf. tabela 1 do D.E. 56.819/11):
Descrição do uso ou ocupação:
Ocupação do subsolo: não há
Número de ocupantes (população):
2. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Saídas de emergência Iluminação de emergência
Extintores Controle de materiais de acabamento
Sinalização de emergência
3. RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento ou manipulação de líquidos inflamáveis/combustíveis até 250 litros
Uso de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) até 90Kg
Uso de vaso sob pressão (caldeira) ou outros:
4. AVALIAÇÃO DA CLASSIFIAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Declaro que a presente edificação classifica-se como sendo de baixo potencial de risco à vida e ao patrimônio, nos termos
do item 5.2 da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado, e que atende as seguintes especificações:
a. possuir área total construída menor ou igual a 100 m²;
b. ser térrea com saída dos ocupantes direta para a via pública (não possuir subsolo e/ou pavimento superior);
c. não possuir qualquer tipo de abertura por meio de portas, janelas e telhados para edificações adjacentes;
d. se for local de reunião de público (Grupo F) permitido apenas divisões F2 e F8: igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas,
templos, crematórios, necrotérios, salas de funerais, restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas, com
lotação máxima de 100 (cem) pessoas;
e. não manipular ou armazenar produtos perigosos à saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, tais como:
explosivos, peróxidos orgânicos, substâncias oxidantes, substâncias tóxicas, substâncias radioativas, substâncias
corrosivas e substâncias perigosas diversas;
f. não comercializar ou revender gás liquefeito de petróleo - GLP (revenda);
g. se houver utilização ou armazenamento de GLP (Central) para qualquer finalidade, possuir no máximo 90 Kg de gás;
h. não possuir quaisquer outros tipos gases inflamáveis em tanques ou cilindros;
i. armazenar ou manipular, no máximo, 250 litros de líquidos combustíveis ou inflamáveis;
j. não possuir subsolo com ocupação diferente de estacionamento;
k. não ter na edificação as seguintes ocupações:
- pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros, conventos, residências geriátricas, hotéis, motéis, pensões,
hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos, com mais de 16 leitos;
- escritório de “call center”, com mais de 100 funcionários;
- creches, escolas maternais, jardins de infância, escolas para excepcionais, deficientes visuais e auditivos;
- asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios, tratamento de dependentes de drogas e
álcool, hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas com internação, ambulatórios e postos de atendimento de
urgência, postos de saúde e puericultura.

5. AVALIAÇÃO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA


Declaro que as saídas de emergências encontram-se de acordo o constante no item 9 da Instrução Técnica nº 42/2014 –
Projeto Técnico Simplificado.
6. AVALIAÇÃO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO
Declaro que os extintores de incêndio foram instalados na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado e encontram-se com prazo de validade e inspeção em dia.
7. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Declaro que a sinalização de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
8. AVALIAÇÃO DO CONROLE DE MATERIAL DE ACABAMENTO (Se houver)
Declaro que os materiais de acabamento e revestimento utilizados atendem ao disposto no item 9 e anexo “F” da
Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
9. AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (Se houver)
Declaro que a iluminação de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
10. AVALIAÇÃO DO GLP (Se houver)
Declaro que a Central de GLP atende ao disposto no item 9 e os afastamentos estão de acordo com o Anexo “G”, ambos
da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
11. DECLARAÇÕES GENÉRICAS
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo, verificar as informações e declarações
prestadas, inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
Declaro estar ciente de que não devem ser alteradas as características da edificação e da ocupação apresentadas.
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode iniciar o processo de cassação da Licença, sem prejuízo da
comunicação ao Ministério Público Estadual e demais órgãos, sempre que:
a. houver qualquer irregularidade, inconsistência ou falta de documentação obrigatória;
b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de atendimento na edificação;
c. for constatado o não enquadramento do estabelecimento comercial nas regras para concessão de licença prévia à
vistoria, com Declaração do Proprietário ou Responsável pelo uso, de acordo com a Instrução Técnica nº 42/2014 –
Projeto Técnico Simplificado;
d. for constatado, em vistoria, situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio;
e. for constatado, em vistoria, o não atendimento das exigências do Regulamento de Segurança contra Incêndio do
Estado de São Paulo.

Ass: __________________________________________
Nome Proprietário ou Responsável
pelo uso da edificação
Anexo C

Modelo de Formulário de Avaliação de Risco do Responsável Técnico

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO


1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E/OU ÁREA DE RISCO
Logradouro público: Nº
Complemento:
Bairro:
Município: UF: SP
Proprietário ou Responsável pelo Uso:
CPF/CNPJ: e-mail:
Fone: ( )
Responsável Técnico:
CPF/CNPJ: e-mail:
CREA/CAU: Fone: ( )
Área construída do imóvel (m²): N.º de pavimentos:
Ocupação (Divisão cf tabela 1 do D.E. 56.819/11):
Descrição do uso ou ocupação:
Ocupação do subsolo:
Risco (MJ/m²), cf. IT nº 14/2011: Número de ocupantes (população):
2. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Saídas de emergência Iluminação de emergência
Extintores Controle de materiais de acabamento
Sinalização de emergência
3. RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento ou manipulação de líquidos inflamáveis/combustíveis até 250 litros
Uso de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) até 90Kg
Uso de vaso sob pressão (caldeira) ou outros:
4. AVALIAÇÃO DA CLASSIFIAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Declaro que a presente edificação classifica-se como sendo de baixo potencial de risco à vida e ao patrimônio, nos termos
do item 5.2 da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
Declaro estar ciente e ter orientado o proprietário ou responsável pelo uso de que não devem ser alteradas as
características da edificação e da ocupação, de modo a atender às seguintes especificações:
a. possuir área total construída menor ou igual a 750 m², não sendo permitido desconto de área;
b. possuir até três pavimentos, desconsiderando-se o subsolo quando usado exclusivamente para estacionamento;
c. se for local de reunião de público (Grupo F) permitido apenas divisões F2 e F8: igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas,
templos, crematórios, necrotérios, salas de funerais, restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas, com
lotação máxima de 100 (cem) pessoas;
d. não manipular ou armazenar produtos perigosos à saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, tais como:
explosivos, peróxidos orgânicos, substâncias oxidantes, substâncias tóxicas, substâncias radioativas, substâncias
corrosivas e substâncias perigosas diversas;
e. não comercializar ou revender gás liquefeito de petróleo - GLP (revenda);
f. se houver utilização ou armazenamento de GLP (Central) para qualquer finalidade, possuir no máximo 90 Kg de gás;
g. não possuir quaisquer outros tipos gases inflamáveis em tanques ou cilindros;
h. armazenar ou manipular, no máximo, 250 litros de líquidos combustíveis ou inflamáveis;
i. não possuir subsolo com ocupação diferente de estacionamento;
j. não ter na edificação as seguintes ocupações:
- pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros, conventos, residências geriátricas, hotéis, motéis, pensões,
hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos, com mais de 16 leitos;
- escritório de “call center”, com mais de 100 funcionários;
- creches, escolas maternais, jardins de infância, escolas para excepcionais, deficientes visuais e auditivos;
- asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios, tratamento de dependentes de drogas e
álcool, hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas com internação, ambulatórios e postos de atendimento de
urgência, postos de saúde e puericultura.
5. AVALIAÇÃO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Declaro que as saídas de emergência encontram-se dimensionadas para a população da edificação, de acordo com o
Anexo “D” da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
Declaro que as distâncias máximas a serem percorridas pelos ocupantes até a saída de emergência atendem ao disposto
no Anexo “E” da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
6. AVALIAÇÃO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO
Declaro que os extintores de incêndio foram instalados na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado e encontram-se em plenas condições de funcionamento de acordo com as normas
técnicas.
7. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Declaro que a sinalização de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
8. AVALIAÇÃO DO CONROLE DE MATERIAL DE ACABAMENTO (Se houver)
Declaro que os materiais de acabamento e revestimento utilizados atendem ao disposto no item 9 e anexo “F” da
Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
9. AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (Se houver)
Declaro que a iluminação de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
10. AVALIAÇÃO DO GLP (Se houver)
Declaro que a Central de GLP atende ao disposto no item 9 e os afastamentos estão de acordo com o Anexo “G”, ambos
da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
11. DECLARAÇÕES GENÉRICAS
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo, verificar as informações e declarações
prestadas, inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode iniciar o processo de cassação da Licença, sem prejuízo da
comunicação ao Ministério Público Estadual e demais órgãos, sempre que:
a. houver qualquer irregularidade, inconsistência ou falta de documentação obrigatória;
b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de atendimento na edificação;
c. for constatado o não enquadramento do estabelecimento comercial nas regras para concessão de licença prévia à
vistoria, de acordo com a Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado;
d. for constatado, em vistoria, situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio;
e. for constatado, em vistoria, o não atendimento das exigências do Regulamento de Segurança contra Incêndio do
Estado de São Paulo.

Ass: __________________________________________ Ass: ____________________________________


Nome Proprietário ou Responsável Nome Responsável Técnico
pelo uso da edificação CREA/CAU nº
Anexo D
Dados para o dimensionamento das saídas de emergência

Capacidade da Unidade de Passagem


Ocupação (O)
(UP)
População (A)
Acessos / Escadas /
Grupo Divisão Portas
Descargas rampas

A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório (C)


A
Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4 m²
A-3 60 45 100
de área de alojamento (D)
B Uma pessoa por 15 m² de área (E) (G)

C Uma pessoa por 5 m² de área (E) (J) (M)

D Uma pessoa por 7 m² de área (L) 100 75 100

E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula(F)


E
E-5, E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F) 30 22 30

F-1, F-10 Uma pessoa por 3 m² de área (N)

F-2, F-5, F-8 Uma pessoa por m² de área (E) (G) (N) (Q)
F 100 75 100
F-3, F-9 Duas pessoas por m² de área (G) (N) (1:0,5 m²) (Q)
F-6, F-7 Três pessoas por m² de área (G) (N) (P) (Q)
F-4 Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J) (F) (N)

G-1, G-2, G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veículo


G 100 60 100
G-4, G-5 Uma pessoa por 20 m² de área (E)

H-1, H-6 Uma pessoa por 7 m² de área (E) 60 45 100


(C)
Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4
H-2
m² de área de alojamento (E)
H 30 22 30
Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7 m²
H-3
de área de ambulatório (H)
H-4, H-5 Uma pessoa por 7 m² de área (F) 60 45 100

I Uma pessoa por 10 m² de área


100 60 100
J Uma pessoa por 30 m² de área(J)

L-1 Uma pessoa por 3 m² de área


L 100 60 100
L-2, L-3 Uma pessoa por 10 m² de área

M-1 + 100 75 100

M M-3, M-5 Uma pessoa por 10 m² de área 100 60 100

M-4 Uma pessoa por 4 m² de área 60 45 100


Fonte: Instrução Técnica 11/2014 – Saídas de emergência.

Notas:
(A) os parâmetros dados nesta tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população (ver 5.3);
(B) as capacidades das unidades de passagem (1 UP = 0,55 m) em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída
descendente.
(C) em apartamentos de até 2 dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (3 e
mais dormitórios), as salas, gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para
empregadas) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para
cada 6 m² de área de pavimento;
(D) alojamento = dormitório coletivo, com mais de 10 m²;
(E) por ”Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme terminologia da IT 03;
quando discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão;
(F) auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados
nos grupos de ocupação F-5, F-6 e outros, conforme o caso;
(G) as cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações B, F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é,
uma pessoa por 7 m² de área;
(H) em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por
leito, a área de pavimento correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7 m².
(I) o símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta IT).
(J) a parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C.
(K) esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados a divisão F-3 e F-7, com população total
superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a IT 12/11.
(L) para ocupações do tipo Call-center, o cálculo da população é de uma pessoa por 1,5 m² de área.
(M) para a área de Lojas adota-se no cálculo “uma pessoa por 7 m² de área”.
(N) para o cálculo da população, será admitido o leiaute dos assentos fixos (permanente) apresentado em planta.
(O) para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a tabela 1 do Decreto Estadual 56.819/2011.
(P) para a ocupação “restaurante dançante” e “ salão de festas” onde há mesas e cadeiras para refeição e pista de dança, o
parãmetro para cálculo de população é de 1 pessoa por 0,67 m² de área.
(Q)para os locais que possuam assento do tipo banco (assento comprido, para várias pessoas, com ou sem encosto) o
parãmetro para cálculo de população é de 1 pessoa por 0,50 m linear, mediante apresentação de leiaute.
Anexo E

Distâncias máximas a serem percorridas

Grupo e divisão de ocupação Pavimento Saída única Mais de uma saída

A - Residencial de saída da edificação 45 m 55 m

B - Serviço de hospedagem demais pavimentos 40 m 50 m

C - Comercial
D - Serviço profissional
E - Educacional e cultura física de saída da edificação 40 m 50 m
F - Local de reunião de público
G-3 - Local dotado de abastecimento de combustível
G-4 - Serviço de conservação, manutenção e reparos
G-5 - Hangares
H - Serviço de saúde e institucional demais pavimentos 30 m 40 m
L - Explosivos
M - Especial

de saída da edificação 80 m 120 m


I-1 - Indústria (carga de incêndio até 300 MJ/m²)
J-1 - Depósito de material incombustível
demais pavimentos 70 m 110 m

G-1 - Garagem sem acesso de público e sem abastecimento de saída da edificação 50 m 60 m


G-2 - Garagem com acesso de público e sem abastecimento
J-2 - Depósito (com carga de incêndio de até 300 MJ/m²) demais pavimentos 45 m 55 m

I-2 - Indústria (carga de incêndio entre 300 e 1.200 MJ/m²)


de saída da edificação 40 m 50 m
I-3 - Indústria (carga de incêndio superior a 1.200 MJ/m²)
J-3 - Depósito (carga de incêndio entre 300 e 1.200 MJ/m²)
demais pavimentos 30 m 40 m
J-4 - Depósito (carga de incêndio acima de 1.200 MJ/m²)

Fonte: Instrução Técnica 11/2014 – Saídas de emergência.


Nota: para detalhamento da classificação das edificações, consultar a Tabela 1 do Decreto Estadual nº 56.819/11 –
Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo.
Anexo F

Classes dos materiais de acabamento e revestimento

FINALIDADE do MATERIAL

Piso Parede e divisória Teto e forro


Grupo / divisão Acabamento Acabamento Acabamento
Revestimento Revestimento Revestimento

B – Serviço de hospedagem;
Classe I, II-A, III-A ou IV-A Classe I, II-A ou III-A1 Classe I ou II-A
H – Serviços de saúde e institucional.

F – Local de reunião de público;


Classe I, II-A, III-A ou IV-A Classe I ou II-A Classe I ou II-A
L – Explosivos.

Fonte: Instrução Técnica 10/2011- Controle de material de acabamento e revestimento.

Notas: 1 – Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A.


Anexo G

Afastamentos de segurança para central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Tabela de afastamentos de segurança (m)


Capacidade Divisa de propriedades Aberturas abaixo da Fontes de ignição e outras Produtos
individual edificáveis / edificações Entre descarga da válvula de aberturas (portas e janelas) tóxicos, Materiai
do (d, f, g, h) recipientes segurança (k) (j) perigosos, s
recipiente inflamáveis combus-
Super- Enterrados/ Abasteci Trocáveis Abastecidos Trocávei
m³ e chamas tíveis
fície Aterrados dos no no local s
aberta
(a, c, e) local
(b) (i)

Até 0,5 0 3 0 1 1 3 1,5 6 3

> 0,5 a 2 1,5 3 0 1,5 - 3 - 6 3

> 2 a 5,5 3 3 1 1,5 - 3 - 6 3

> 5,5 a 8 7,5 3 1 1,5 - 3 - 6 3

> 8 a 120 15 15 1,5 1,5 - 3 - 6 3

¼ da soma
> 120 22,5 15 dos diâme- 1,5 - 3 - 6 3
tros adjacen-
tes
Notas:
a) Nos recipientes de superfície, as distâncias apresentadas são medidas a partir da superfície externa do recipiente mais próximo. A
válvula de segurança dos recipientes estacionários deve estar fora das projeções da edificação, como telhados, balcões, marquises;
b) A distância para os recipientes enterrados/aterrados deve ser medida a partir da válvula de segurança, enchimento e indicador de
nível máximo. Caso o recipiente esteja instalado em caixa de alvenaria, esta distância pode ser reduzida pela metade, respeitando
um mínimo de 1 m do costado de recipiente para divisa de propriedades edificáveis/edificações;
c) As distâncias de afastamento das edificações não devem considerar projeções de complementos ou partes destas, como telhados,
balcões, marquises;
d) Em uma instalação, se a capacidade total com recipientes até 0,5 m³ for menor ou igual a 2 m³, a distância mínima continuará
sendo de 0 m; se for maior que 2 m³, considerar:
 no mínimo 1,5 m para capacidade total > 2 m³ até 3,5 m³;
 no mínimo 3 m para capacidade total > 3,5 m³ até 5,5 m³;
 no mínimo 7,5 m para capacidade total > 5,5 m³ até 8 m³;
 no mínimo 15 m para capacidade total acima de 8 m³.
Caso o local destinado à instalação da central que utilize recipientes de até 0,5 m³ não permita os afastamentos acima, a central
pode ser subdividida com a utilização de paredes divisórias resistentes ao fogo com TRF mínimo de 2 h de acordo com NBR 10636,
com comprimento e altura de dimensões superiores ao recipiente. Neste caso, deve-se adotar o afastamento mínimo referente à
capacidade total de cada subdivisão.
Para recipientes até 0,5 m³, abastecidos no local, a capacidade conjunta total da central é limitada em até 10 m³.
e) No caso de existência de duas ou mais centrais de GLP com recipiente de até 0,5 m³, estas devem distar entre si, no mínimo, 7,5 m,
exceto quando instaladas ou localizadas em área exclusiva com volume total atendendo aos limites da alínea d (desta Tabela);
f) Para recipientes acima de 0,5 m³, o número máximo de recipientes deve ser 6. Se mais que uma instalação como esta for feita,
deve distar pelo menos 7,5 m da outra;
g) A distância de recipientes de superfície de capacidade individual de até 5,5 m³, para edificações/divisa de propriedade, pode ser
reduzida à metade, desde que sejam instalados no máximo 3 recipientes. Este recipiente ou conjunto de recipientes deve estar pelo
menos 7,5 m de qualquer outro recipiente com capacidade individual maior que 0,5 m³;
h) Os recipientes de GLP não podem ser instalados dentro de bacias de contenção de outros combustíveis;
i) No caso de depósitos de oxigênio e hidrogênio, os afastamentos devem ser conforme tabelas específicas, respectivamente;
j) Para recipientes transportáveis contidos em abrigos com no mínimo paredes laterais e cobertura, a distância pode ser reduzida à
metade;
k) Todas as aberturas de dutos de esgoto, águas pluviais, poços, canaletas, ralos que estiverem localizadas abaixo da válvula de
segurança devem atender aos afastamentos prescritos na Tabela.
l) Todos os afastamentos de segurança acima descritos poderão ser computados pela somatória das distâncias desde que haja a
interposição de paredes corta-fogo.

Fonte: Instrução Técnica – 28/2011 – Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de
petróleo (GLP).
Anexo B

Modelo de Declaração do Proprietário ou Responsável pelo Uso

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

DECLARAÇÃO DO PROPRIETÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO USO


1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E/OU ÁREA DE RISCO
Logradouro público: Nº
Complemento:
Bairro:
Município: UF: SP
Proprietário ou Responsável pelo Uso:
CPF/CNPJ: e-mail:
Fone: ( )
Área construída do imóvel (m²): N.º de pavimentos: térrea
Ocupação (Divisão cf. tabela 1 do D.E. 56.819/11):
Descrição do uso ou ocupação:
Ocupação do subsolo: não há
Número de ocupantes (população):
2. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Saídas de emergência Iluminação de emergência
Extintores Controle de materiais de acabamento
Sinalização de emergência
3. RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento ou manipulação de líquidos inflamáveis/combustíveis até 250 litros
Uso de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) até 90Kg
Uso de vaso sob pressão (caldeira) ou outros:
4. AVALIAÇÃO DA CLASSIFIAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Declaro que a presente edificação classifica-se como sendo de baixo potencial de risco à vida e ao patrimônio, nos termos
do item 5.2 da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado, e que atende as seguintes especificações:
a. possuir área total construída menor ou igual a 200 m²;
b. ser térrea com saída dos ocupantes direta para a via pública (não possuir subsolo e/ou pavimento superior);
c. não possuir qualquer tipo de abertura por meio de portas, janelas e telhados para edificações adjacentes;
d. se for local de reunião de público (Grupo F) permitido apenas divisões F2 e F8: igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas,
templos, crematórios, necrotérios, salas de funerais, restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas, com
lotação máxima de 100 (cem) pessoas;
e. não manipular ou armazenar produtos perigosos à saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, tais como:
explosivos, peróxidos orgânicos, substâncias oxidantes, substâncias tóxicas, substâncias radioativas, substâncias
corrosivas e substâncias perigosas diversas;
f. não comercializar ou revender gás liquefeito de petróleo - GLP (revenda);
g. se houver utilização ou armazenamento de GLP (Central) para qualquer finalidade, possuir no máximo 90 Kg de gás;
h. não possuir quaisquer outros tipos gases inflamáveis em tanques ou cilindros;
i. armazenar ou manipular, no máximo, 250 litros de líquidos combustíveis ou inflamáveis;
j. não possuir subsolo com ocupação diferente de estacionamento;
k. não ter na edificação as seguintes ocupações:
- pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros, conventos, residências geriátricas, hotéis, motéis, pensões,
hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos, com mais de 16 leitos;
- escritório de “call center”, com mais de 100 funcionários;
- creches, escolas maternais, jardins de infância, escolas para excepcionais, deficientes visuais e auditivos;
- asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios, tratamento de dependentes de drogas e
álcool, hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas com internação, ambulatórios e postos de atendimento de
urgência, postos de saúde e puericultura.

5. AVALIAÇÃO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA


Declaro que as saídas de emergências encontram-se de acordo o constante no item 9 da Instrução Técnica nº 42/2014 –
Projeto Técnico Simplificado.
6. AVALIAÇÃO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO
Declaro que os extintores de incêndio foram instalados na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado e encontram-se com prazo de validade e inspeção em dia.
7. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Declaro que a sinalização de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
8. AVALIAÇÃO DO CONROLE DE MATERIAL DE ACABAMENTO (Se houver)
Declaro que os materiais de acabamento e revestimento utilizados atendem ao disposto no item 9 e anexo “F” da
Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
9. AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (Se houver)
Declaro que a iluminação de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
10. AVALIAÇÃO DO GLP (Se houver)
Declaro que a Central de GLP atende ao disposto no item 9 e os afastamentos estão de acordo com o Anexo “G”, ambos
da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
11. DECLARAÇÕES GENÉRICAS
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo, verificar as informações e declarações
prestadas, inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
Declaro estar ciente de que não devem ser alteradas as características da edificação e da ocupação apresentadas.
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode iniciar o processo de cassação da Licença, sem prejuízo da
comunicação ao Ministério Público Estadual e demais órgãos, sempre que:
a. houver qualquer irregularidade, inconsistência ou falta de documentação obrigatória;
b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de atendimento na edificação;
c. for constatado o não enquadramento do estabelecimento comercial nas regras para concessão de licença prévia à
vistoria, com Declaração do Proprietário ou Responsável pelo uso, de acordo com a Instrução Técnica nº 42/2014 –
Projeto Técnico Simplificado;
d. for constatado, em vistoria, situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio;
e. for constatado, em vistoria, o não atendimento das exigências do Regulamento de Segurança contra Incêndio do
Estado de São Paulo.

Ass: __________________________________________
Nome Proprietário ou Responsável
pelo uso da edificação
Anexo C

Modelo de Formulário de Avaliação de Risco do Responsável Técnico

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO


1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO E/OU ÁREA DE RISCO
Logradouro público: Nº
Complemento:
Bairro:
Município: UF: SP
Proprietário ou Responsável pelo Uso:
CPF/CNPJ: e-mail:
Fone: ( )
Responsável Técnico:
CPF/CNPJ: e-mail:
CREA/CAU: Fone: ( )
Área construída do imóvel (m²): N.º de pavimentos:
Ocupação (Divisão cf tabela 1 do D.E. 56.819/11):
Descrição do uso ou ocupação:
Ocupação do subsolo:
Risco (MJ/m²), cf. IT nº 14/2011: Número de ocupantes (população):
2. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Saídas de emergência Iluminação de emergência
Extintores Controle de materiais de acabamento
Sinalização de emergência
3. RISCOS ESPECIAIS
Armazenamento ou manipulação de líquidos inflamáveis/combustíveis até 250 litros
Uso de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) até 90Kg
Uso de vaso sob pressão (caldeira) ou outros:
4. AVALIAÇÃO DA CLASSIFIAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Declaro que a presente edificação classifica-se como sendo de baixo potencial de risco à vida e ao patrimônio, nos termos
do item 5.2 da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
Declaro estar ciente e ter orientado o proprietário ou responsável pelo uso de que não devem ser alteradas as
características da edificação e da ocupação, de modo a atender às seguintes especificações:
a. possuir área total construída menor ou igual a 750 m², não sendo permitido desconto de área;
b. possuir até três pavimentos, desconsiderando-se o subsolo quando usado exclusivamente para estacionamento;
c. se for local de reunião de público (Grupo F) permitido apenas divisões F2 e F8: igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas,
templos, crematórios, necrotérios, salas de funerais, restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas, com
lotação máxima de 100 (cem) pessoas;
d. não manipular ou armazenar produtos perigosos à saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, tais como:
explosivos, peróxidos orgânicos, substâncias oxidantes, substâncias tóxicas, substâncias radioativas, substâncias
corrosivas e substâncias perigosas diversas;
e. não comercializar ou revender gás liquefeito de petróleo - GLP (revenda);
f. se houver utilização ou armazenamento de GLP (Central) para qualquer finalidade, possuir no máximo 90 Kg de gás;
g. não possuir quaisquer outros tipos gases inflamáveis em tanques ou cilindros;
h. armazenar ou manipular, no máximo, 250 litros de líquidos combustíveis ou inflamáveis;
i. não possuir subsolo com ocupação diferente de estacionamento;
j. não ter na edificação as seguintes ocupações:
- pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros, conventos, residências geriátricas, hotéis, motéis, pensões,
hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos, com mais de 16 leitos;
- escritório de “call center”, com mais de 100 funcionários;
- creches, escolas maternais, jardins de infância, escolas para excepcionais, deficientes visuais e auditivos;
- asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios, tratamento de dependentes de drogas e
álcool, hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas com internação, ambulatórios e postos de atendimento de
urgência, postos de saúde e puericultura.
5. AVALIAÇÃO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Declaro que as saídas de emergência encontram-se dimensionadas para a população da edificação, de acordo com o
Anexo “D” da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
Declaro que as distâncias máximas a serem percorridas pelos ocupantes até a saída de emergência atendem ao disposto
no Anexo “E” da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
6. AVALIAÇÃO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO
Declaro que os extintores de incêndio foram instalados na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado e encontram-se em plenas condições de funcionamento de acordo com as normas
técnicas.
7. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Declaro que a sinalização de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
8. AVALIAÇÃO DO CONROLE DE MATERIAL DE ACABAMENTO (Se houver)
Declaro que os materiais de acabamento e revestimento utilizados atendem ao disposto no item 9 e anexo “F” da
Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
9. AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (Se houver)
Declaro que a iluminação de emergência foi instalada na edificação de acordo com o item 9 da Instrução Técnica nº
42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
10. AVALIAÇÃO DO GLP (Se houver)
Declaro que a Central de GLP atende ao disposto no item 9 e os afastamentos estão de acordo com o Anexo “G”, ambos
da Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado.
11. DECLARAÇÕES GENÉRICAS
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode, a qualquer tempo, verificar as informações e declarações
prestadas, inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
Declaro estar ciente de que o Corpo de Bombeiros pode iniciar o processo de cassação da Licença, sem prejuízo da
comunicação ao Ministério Público Estadual e demais órgãos, sempre que:
a. houver qualquer irregularidade, inconsistência ou falta de documentação obrigatória;
b. houver algum embaraço, resistência ou recusa de atendimento na edificação;
c. for constatado o não enquadramento do estabelecimento comercial nas regras para concessão de licença prévia à
vistoria, de acordo com a Instrução Técnica nº 42/2014 – Projeto Técnico Simplificado;
d. for constatado, em vistoria, situação de risco iminente à vida, ao meio ambiente ou ao patrimônio;
e. for constatado, em vistoria, o não atendimento das exigências do Regulamento de Segurança contra Incêndio do
Estado de São Paulo.

Ass: __________________________________________ Ass: ____________________________________


Nome Proprietário ou Responsável Nome Responsável Técnico
pelo uso da edificação CREA/CAU nº
Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 779

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 43/2011

Adaptação às normas de segurança contra incêndio –


edificações existentes

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Fluxograma de adaptação para edificações existentes
2 Aplicação B Tabela de adaptação de chuveiros automáticos
3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições e conceitos

5 Procedimentos

6 Exigências básicas

7 Adaptações

8 Prescrições diversas

Atualizada pela Portaria nº CCB 003/600/2011 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 194, de 12 de outubro de 2011.

43-IT.pmd 779 31/10/2012, 15:29


780 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

43-IT.pmd 780 19/10/2012, 08:22


Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 781

1 OBJETIVO 4 DEFINIÇÕES E CONCEITOS


Estabelecer medidas para as edificações existentes a serem Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia
adaptadas visando atender às condições necessárias de de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
segurança contra incêndio, bem como, permitir condições de específicas abaixo:
acesso para as operações do Corpo de Bombeiros,
4.1 Para fins desta IT, são consideradas existentes a serem
atendendo aos objetivos do Decreto Estadual nº 56.819/11 –
adaptadas as edificações e áreas de risco construídas ou
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações
regularizadas anteriormente à publicação deste Regulamento,
e áreas de risco do Estado de São Paulo.
com documentação comprobatória;
2 APLICAÇÃO 4.2 Mudança da ocupação ou uso: quando há troca da
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações atividade exercida no local, considerando as exigências das
comprovadamente regularizadas ou construídas anteriormente Divisões contempladas nas Tabelas de 6A a 6M do Decreto
à vigência do Decreto Estadual nº 56.819/11, com as Estadual nº 56.819/11, independentemente do grau de risco
seguintes ressalvas: a ser implantado;

2.1.1 As edificações construídas e regularizadas posterior- 4.3 Ampliação de área construída: qualquer acréscimo na
mente à vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril área da edificação em relação àquela regularizada ou
de 2002), quando ampliadas ou com mudança de construída anteriormente;
ocupação, devem atender integralmente ao Decreto Estadual 4.4 Aumento na altura da edificação: qualquer acréscimo
nº 56.819/11, não cabendo as adaptações desta IT, exceto se de áreas, acima do último pavimento anteriormente aprova-
houver compartimentação entre as áreas existentes e do por ocupações que devam ser computadas conforme
ampliadas. Neste caso, pode-se adotar o Decreto Estadual preconiza o Regulamento de Segurança contra Incêndio.
nº 46.076/01 para a área existente e o Decreto Estadual
nº 56.819/11 para a área ampliada.
5 PROCEDIMENTOS
2.1.1.1 Pode ser adotado o Decreto Estadual nº 46.076/01,
e suas respectivas ITs, nas seguintes condições: 5.1 As medidas de segurança a serem exigidas para as
edificações existentes devem ser analisadas, adaptadas e
2.1.1.1.1 Exigência de quantidades de escada de segurança
dimensionadas atendendo à sequência a seguir:
para edificações residenciais (A2) com altura superior a 80 m;
2.1.1.1.2 Exigência de compartimentação horizontal para 5.1.1 Classificação da edificação conforme a época de
edificações destinadas a shopping centers (C3); existência e a vigência do respectivo Regulamento de
Segurança contra Incêndio;
2.1.1.1.3 Dimensionamento do sistema de controle de
fumaça existente; 5.1.2 Verificação das condições de aplicação estabelecidas
2.1.1.1.4 Dimensionamento do sistema de hidrantes no item “2”;
existente; 5.1.3 Aplicação do fluxograma constante no Anexo “A” que
2.1.1.1.5 Caminhamento de rotas de fuga para os grupos estabelece as medidas de segurança contra incêndio;
e divisões de ocupação A,B,G-1,G 2 e J.
5.1.4 As exigências básicas e adaptações previstas no flu-
2.1.2 Se houver ampliações sucessivas em épocas xograma devem atender aos critérios estabelecidos nesta IT;
distintas considera-se como existente a somatória das áreas
5.1.5 No fluxograma, a referência de mudança de exigência
com comprovação de existência anterior à vigência do
é balizada pelo Decreto Estadual nº 56.819/11 em
Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002);
comparação às exigências da legislação vigente à época de
2.1.3 Se uma edificação existente for unificada a uma ou construção ou regularização da edificação.
mais edificações adjacentes, estas devem ser consideradas
como ampliação de área; 6 EXIGÊNCIAS BÁSICAS
2.1.4 Se houver mais de uma edificação na mesma 6.1 As edificações existentes devem atender às exigências
propriedade, que estejam isoladas entre si, considera-se, para da legislação vigente à época da construção ou
efeito de ampliação, a área individual de cada edificação. regularização e, no mínimo, possuírem as medidas de
segurança consideradas básicas.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
6.2 As medidas de segurança contra incêndio consideradas
Decreto Estadual nº 20.811, de 11/03/1983 (aprova as especi-
como exigências básicas nas edificações com área superior
ficações para instalações de proteção contra incêndios).
a 750 m² ou altura superior a 12 m, independente da data de
Decreto Estadual nº 38.069, de 14/12/1993 (Aprova as espe- construção e da regularização, são:
cificações para instalações de proteção contra incêndios).
a. extintores de incêndio;
Decreto Estadual nº 46.076, de 31/08/2001 (Regulamento de
b. iluminação de emergência;
Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco
do Estado de São Paulo). c. sinalização de emergência;
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO d. alarme de incêndio;
DE SÃO PAULO, Instruções Técnicas. São Paulo, 2011. e. instalações elétricas em conformidade com as normas
Normas Técnicas Oficiais adotadas pelo CBPMESP. técnicas;

43-IT.pmd 781 19/10/2012, 08:22


782 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

f. brigada de incêndio; d. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé das


g. hidrantes; paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
h. saída de emergência; e. prever exaustão no topo da escada, com área mínima
de 1,00 m², podendo ser: cruzada, por exaustores
i. selagem de shafts e dutos de instalações, para
eólicos ou mecânicos.
edificações com altura superior a 12 m.
6.3 As medidas de segurança contra incêndio consideradas 7.1.3.1.2 Segunda opção:
como exigências básicas nas edificações com área menor ou a. enclausurar com portas resistente ao fogo PRF P-30
igual a 750 m² e altura inferior ou igual a 12 m, independente as portas das unidades autônomas que tem acesso ao
da data de construção e da regularização, são: hall ou corredor de circulação, que por sua vez, acessa
a. extintores de incêndio; a escada;
b. iluminação de emergência, para edificações acima de b. prever sistema de detectores de fumaça em toda a
dois pavimentos ou locais de reunião de público com edificação (exceto residencial);
mais de 50 pessoas; c. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o
c. sinalização de emergência; abandono da edificação;
d. instalações elétricas em conformidade com as normas d. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé das
técnicas; paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
e. saída de emergência. e. prever exaustão no topo da escada, com área mínima
de 1,00 m², podendo ser: cruzada, por exaustores
6.4 As medidas de segurança contra incêndio podem ser eólicos ou mecânicos.
adaptadas conforme estabelecido nesta Instrução Técnica e,
quando não contempladas, devem atender às respectivas Nota: caso haja ventilação (janela) na escada, em todos os pavi-
ITs do Regulamento de Segurança contra Incêndio vigente. mentos, não é necessária a exaustão no topo da escada. Neste
caso, a área efetiva mínima de ventilação pode ser de 0,50 m².
7 ADAPTAÇÕES
7.1 Escadas de segurança 7.1.3.1.3 Adaptação de escada não enclausurada (NE)
para escada à prova de fumaça (PF): quando não for
7.1.1 Largura da escada: caso a largura da escada não
possível prever escada à prova de fumaça (PF), com
atenda à IT 11/11 – Saídas de emergência, devem ser
antecâmara e dutos de ventilação, conforme a IT 11/11, ou
adotadas as seguintes exigências:
com pressurização da escada, conforme a IT 13/11 - Pressu-
a. a lotação a ser considerada no pavimento limita-se ao rização de escada de segurança, devem ser previstas as
resultado do cálculo em função da largura da escada; seguintes regras de adaptação:
b. previsão de piso ou fita antiderrapante; a. enclausurar com portas corta-fogo o hall de acesso à
c. previsão de faixas de sinalização refletivas no rodapé escada em relação aos demais ambientes;
das paredes do hall e junto às laterais dos degraus. b. prever sistema de detecção de fumaça em toda a
7.1.2 Escada com degraus em leque: caso a escada edificação;
possua degraus em leque, devem ser adotadas as seguintes c. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o
exigências: abandono da edificação;
a. capacidade da unidade de passagem (C) deve ser d. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé das
reduzida em 30% do valor previsto na IT 11/11; paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
b. previsão de piso ou fita antiderrapante; e. prever ventilação na escada, em todos os pavimentos,
c. previsão de faixas de sinalização refletivas no rodapé com área efetiva mínima de 0,50m².
das paredes do hall e junto às laterais dos degraus. 7.1.3.1.4 Adaptação de escada enclausurada protegida (EP)
7.1.3 Tipos de escada: para fins de adaptação das escadas para escada à prova de fumaça (PF): quando não for possível
de segurança das edificações, devem ser consideradas as prever escada à prova de fumaça (PF), com antecâmara e
exigências contidas na IT 11/11 em relação à escada existente dutos de ventilação conforme a IT 11/11 ou escada pressuri-
no edifício, conforme os casos abaixo. zada, conforme a IT 13/11, devem ser previstas as seguintes
regras de adaptação:
7.1.3.1 Adaptação de escada não enclausurada (NE) para
a. prever sistema de detecção de incêndio em toda a
escada enclausurada protegida (EP) pode ser adotada uma
edificação;
das seguintes opções:
b. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o
7.1.3.1.1 Primeira opção: abandono da edificação;
a. enclausurar com portas corta-fogo o hall de acesso à c. prever faixas de sinalização refletivas no rodapé das
escada em relação aos demais ambientes; paredes do hall e junto às laterais dos degraus.
b. prever sistema de detecção de fumaça em todo o hall 7.1.4 Prescrições diversas para as escadas de
(exceto residencial); segurança das edificações existentes
c. prever anualmente treinamento dos ocupantes para o 7.1.4.1 Na instalação de PCF na caixa de escada, pode ser
abandono da edificação; aceita a interferência no raio de passagem da escada,

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Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 783

devendo manter pelo menos 1 m de passagem livre e devida- 7.2.1.3 O aumento da distância máxima a ser percorrida,
mente sinalizada no piso à projeção da abertura da porta. previsto nos itens 7.2.1.1 e 7.2.1.2, pode ser cumulativo (175%
do valor de referência da IT 11/11);
7.1.4.2 As edificações que necessitarem de mais de uma
escada, em função do dimensionamento da lotação ou do 7.2.1.4 Se a edificação possuir sistema de controle de
percurso máximo, devem ter, pelo menos, metade das saídas fumaça e detecção, a distância máxima a ser percorrida pode
atendidas por escadas, conforme esta IT, podendo as demais ser acrescida em 175% do valor de referência da IT 11/11.
serem substituídas por interligação entre blocos no mesmo 7.2.2 As áreas das edificações existentes anteriores à
lote ou entre edificações vizinhas, por meio de passarela e/ou vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002),
passadiço protegido. Alternativamente, pode-se implantar na sem Projeto Técnico aprovado, podem ter a distância máxima
edificação a escada externa, nos moldes da IT 11/11. a ser percorrida aumentada, conforme segue:
7.1.4.2.1 As passarelas e/ou passadiços protegidos devem 7.2.2.1 Se a edificação possuir sistema de chuveiros
ter largura mínima de 1,20 m, paredes resistentes ao fogo e automáticos, a distância máxima a ser percorrida pode
acessos através de PCF P-90. Neste caso, além dos compo- aumentar em 50% do previsto na IT 11/11;
nentes básicos dos sistemas de segurança contra incêndio, a 7.2.2.2 Se a edificação possuir sistema de detecção de
edificação deve possuir sistema de detecção de incêndio. incêndio, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar
7.1.4.2.2 Nas passarelas, as portas que se comunicam com o em 30% do previsto na IT 11/11;
edifício vizinho não podem permanecer trancadas em 7.2.2.3 O aumento da distância máxima a ser percorrida
nenhum momento, devendo ser feito ainda um termo de previsto nos itens 7.2.2.1 e 7.2.2.2 pode ser cumulativo (80%
responsabilidade entre os dois edifícios, assinados pelos do valor de referência da IT 11/11);
proprietários, no qual se obrigam a manter as PCF P-90 7.2.2.4 Se a edificação possuir sistema de controle de
permanentemente destrancadas ou dotadas de barra fumaça e detecção, a distância máxima a ser percorrida pode
antipânico. Deve ainda haver sinalização em todos os pavi- ser acrescida em 80% do valor de referência da IT 11/11.
mentos e elevadores, indicando as saídas de emergência do
7.2.3 As áreas ampliadas (novas) devem atender à distân-
edifício para o prédio vizinho.
cia máxima estabelecida na IT 11/11 do Decreto Estadual
7.1.4.3 No caso de pressurização de escada, deve-se adotar nº 56.819/11.
o prescrito na IT 13/11, e adequar-se de acordo com a dispo-
7.2.4 Os parâmetros de saídas de emergência, escadas de
nibilidade técnica da edificação, mas mantendo os princípios
segurança e distâncias máximas a serem percorridas, não
da pressurização, conforme a respectiva IT, podendo a
abordados nesta IT, devem atender ao contido na IT 11/11.
captação de ar do sistema de pressurização estar afastada
da fachada, e a casa de motoventiladores a ser instalada na 7.3 Dimensionamento de lotação e saídas de emergência
cobertura da edificação, desde que comprovada a sua em centros esportivos e de exibição
impossibilidade técnica no térreo da edificação.
Devem ser adaptadas conforme prescrições para recintos
7.1.4.4 No caso de exigência de duas ou mais escadas de existentes previsto na IT 12/11 – Centros esportivos e de
emergência, a distância mínima de trajeto entre as suas exibição – Requisitos de segurança contra incêndio.
portas de acesso de 10 m pode ser desconsiderada, caso as
escadas já estejam construídas. 7.4 Sistema de hidrantes
7.1.4.4.1 No caso das edificações com ocupação residencial 7.4.1 As edificações existentes devem possuir o sistema de
(Divisão A-2), anteriores à edição do Decreto Estadual hidrantes em conformidade com a legislação vigente à época
nº 20.811/83, com altura inferior a 45 metros e com menos de de construção.
60 apartamentos ou área máxima de 600 m² por pavimento, 7.4.2 Para as edificações com comprovação de existência
admite-se escada tipo NE, nos moldes das exigências da construídas entre março de 1983 e dezembro 1993, bem como
época de construção da edificação. para as áreas ampliadas, o sistema de hidrantes deve ser
7.1.4.5 As condições de ventilação da escada de segurança dimensionado, no mínimo, conforme o Cap. VIII do Decreto
e da antecâmara (EP e PF) podem ser mantidas conforme as Estadual nº 20.811/83.
aprovações da legislação vigente à época. 7.4.3 Para as edificações com comprovação de existência
construídas entre dezembro de 1993 e abril 2002, bem como
7.2 Rota de fuga - distâncias máximas a serem para as áreas ampliadas, o sistema de hidrantes deve ser
percorridas dimensionado, no mínimo, conforme o Cap. IX do Dec. Est.
7.2.1 As áreas das edificações existentes anteriores à nº 38.069/93.
vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002), 7.4.4 Para as edificações com comprovação de existência
com Projeto Técnico aprovado, podem ter a distância construídas entre abril de 2002 e a vigência do Decreto
máxima a ser percorrida aumentada, conforme segue: Estadual nº 56.819/11, bem como para as áreas ampliadas, o
7.2.1.1 Se a edificação possuir sistema de chuveiros auto- sistema de hidrantes deve ser dimensionado conforme o
máticos, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar Decreto Estadual nº 46.076/01 (IT 22/04 – Sistema de hidrantes
em 100% do valor de referência, previsto na IT 11/11; e de mangotinhos).
7.2.1.2 Se a edificação possuir sistema de detecção de 7.4.5 Para as edificações construídas anteriormente a
incêndio, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar março de 1983, adotam-se os seguintes parâmetros para o
em 75% do valor de referência, previsto na IT 11/11; sistema de hidrantes.

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784 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

7.4.5.1 Pressão mínima no hidrante mais desfavorável de 7.5.4 Quando houver aumento de altura da edificação,
6 mca para edifícios residenciais com reservatório elevado, e podem ser adotadas as seguintes regras:
15 mca para os demais, considerando o cálculo de 2 hidrantes
7.5.4.1 Se não ultrapassar 12 metros de altura, podem ser
simultâneos;
mantidas as condições de compartimentação da edificação
7.4.5.2 Admite-se que as mangueiras possuam até 45 m de existente, se as ampliações forem até 10% da área total da
comprimento, com diâmetro mínimo DN40 (38 mm) e esguicho edificação, limitadas a 1.000 m²;
de 13 mm para risco de classe “A” e 16 mm para os riscos de
classes “B” e “C”, conforme classificação de risco à época 7.5.4.2 Se ultrapassar 12 m de altura, a ampliação fica limitada
(tarifa de seguro incêndio do Instituto de Resseguros do Brasil); a um pavimento, e podem ser mantidas as condições de
compartimentação da edificação existente, se as ampliações
7.4.5.3 Os hidrantes externos podem dar cobertura com forem até 10% da área total da edificação, limitadas a 1.000 m²;
60 m de mangueiras;
7.5.5 Os subsolos das edificações devem ser compar-
7.4.5.4 A prumada de incêndio pode ser mantida no interior timentados em relação ao pavimento térreo.
das escadas existentes, desde que seja prevista uma tomada
de água para cada pavimento e que os abrigos de mangueiras 7.5.6 A compartimentação pode ser substituída por sistemas
sejam dispostos em cada pavimento a uma distância máxima ativos de proteção (chuveiros automáticos, detecção de
de 5 m dos acessos às caixas de escada; fumaça, controle de fumaça), nos termos do Decreto Estadual
nº 56.819/11. Nestes casos, tais sistemas podem ser
7.4.5.5 Podem ser aceitos 50% do volume dos reservatórios dimensionados conforme os parâmetros desta IT.
de água de consumo no cômputo do volume da reserva técnica
de incêndio; 7.6 Sistema de chuveiros automáticos
7.4.5.6 Podem ser aceitos reservatórios conjugados (subter- 7.6.1 Nas edificações existentes sem aumento de altura ou
râneo e elevado); sem mudança de ocupação, adota-se a legislação vigente à
época.
7.4.5.7 No caso de haver hidrante público a uma distância
máxima de 150 m de qualquer acesso da edificação, o 7.6.2 Nas edificações existentes com aumento de altura ou
volume de reserva de incêndio pode ser reduzido em 25%; com mudança de ocupação, bem como nos casos de substi-
tuição da compartimentação de áreas por sistema de chuvei-
7.4.5.8 Os requisitos de instalação das bombas de incêndio ros automáticos, quando permitido, podem ser estabelecidos
e os não abordados nesta IT devem atender aos critérios os critérios do Anexo “B” – Tabela de adaptação de chuveiros
estabelecidos na IT 22/11. automáticos.
7.5 Compartimentação horizontal e vertical
7.7 Sistema de detecção de incêndio
7.5.1 As regras de adaptação para compartimentação não
se aplicam às ocupações destinadas ao grupo F (locais de 7.7.1 Nas edificações existentes sem aumento de área ou
reunião de público) e ao grupo M (especiais) devendo, altura, ou sem mudança de ocupação, adota-se a legislação
nestes casos, serem adotadas as regras da IT 09/11 – vigente à época.
Compartimentação horizontal e compartimentação vertical. 7.7.2 Nas edificações existentes com aumento de área ou
7.5.2 As regras de adaptação para compartimentação, não altura, se houver compartimentação entre a área ampliada e a
se aplicam aos casos de mudança de ocupação devendo, área existente, o sistema deve ser instalado na área ampliada,
nestes casos, serem adotadas as regras da IT 09/11. de acordo com o Decreto nº 56.819/11, atendendo aos parâ-
metros da IT 19/11 – Sistema de detecção e alarme de incên-
7.5.3 Quando houver ampliação de área podem ser adotadas dio. Na área existente, adota-se a legislação vigente à época.
as seguintes regras:
7.7.3 Nas edificações existentes com aumento de área ou
7.5.3.1 Para ampliações de até 10% da área total da edificação, altura, se não houver compartimentação entre a área ampliada
limitadas a 1.000 m², podem ser mantidas as condições de e a área existente, o sistema deve ser instalado de acordo com
compartimentação da edificação existente sem ampliação; o Decreto nº 56.819/11, atendendo aos parâmetros da IT 19/11.
7.5.3.2 Para ampliações de áreas compreendidas por docas 7.7.4 Nas edificações existentes com mudança de ocupação,
que tenham, no máximo, 6 m de largura e que não sejam o sistema deve ser instalado de acordo com o Decreto
utilizadas como depósitos, podem ser mantidas as condições nº 56.819/11, atendendo aos parâmetros da IT 19/11.
de compartimentação da edificação existente sem ampliação;
7.8 Sistema de controle de fumaça
7.5.3.3 Se a área existente for compartimentada em relação
à ampliada, deve-se atender aos critérios de aprovação da 7.8.1 As regras de controle de fumaça podem ser aplicadas
época para a área existente, e aos critérios da IT 09/11 para a quando da exigência desta medida, ou em substituição à
área ampliada; compartimentação vertical, nos casos permitidos pelo Decreto
Estadual nº 56.819/11.
7.5.3.4 A área ampliada não compartimentada em relação à
existente, que não atenda aos critérios dos itens 7.5.3.1 ou 7.8.2 Nas edificações existentes com ampliação de área ou
7.5.3.2 deve atender aos critérios de compartimentação da altura, anteriores à vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01
IT 09/11, para toda a edificação. (abril de 2002), caso haja compartimentação entre a área

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Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 785

ampliada e a área existente, o sistema deve ser instalado 7.8.4 As edificações existentes com mudança de ocupação,
apenas na área ampliada, conforme parâmetros da IT 15/11 acarretando a exigência de sistema de controle de fumaça,
– Controle de fumaça. devem prever o sistema conforme os parâmetros da IT 15/11.
7.8.3 Nas edificações existentes com ampliação de área ou 7.8.4.1 Caso não seja possível, por razões arquitetônicas, a
altura, anteriores à vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 distribuição de dutos e grelhas conforme parâmetros da IT
(abril de 2002), caso não haja compartimentação entre a área 15/11, deve-se apresentar proposta alternativa com aumento
ampliada e a área existente: da capacidade de vazão e pressão do exaustor, podendo a
velocidade máxima nos dutos de exaustão ser de 20 m/s.
7.8.3.1 O sistema deve ser instalado na área ampliada,
conforme parâmetros da IT 15/11;
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
7.8.3.2 Devem ser instaladas barreiras de fumaça em todas
8.1 Os parâmetros de adaptação estabelecidos nesta IT,
as interligações da área ampliada com a área existente;
quando não especificados, referenciam-se ao Decreto
7.8.3.3 Deve haver insuflamento de ar nas áreas existentes, Estadual nº 56.819/11 e respectivas Instruções Técnicas.
próximo às interligações, de forma a se colocar estes ambientes
8.2 Além desta IT, as edificações históricas devem ainda
em pressão positiva, a fim de evitar a migração de fumaça.
atender à IT 40/11 – Edificações históricas, museus e institui-
ções culturais com acervos museológicos.

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786 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO A
Fluxograma de adaptação para edificações existentes

Nota:
As edificações construídas e regularizadas
posteriormente à vigência do Decreto Estadual
nº 46.076/01 (abril de 2002), quando ampliadas
ou com mudança de ocupação, devem atender
integralmente ao Decreto Estadual nº 56.819/11,
não cabendo as adaptações desta IT, exceto
se houver compartimentação entre as áreas
existentes e ampliadas. Neste caso, pode-se
adotar o Decreto Estadual nº 46.076/01 para a
área existente e o Decreto Estadual nº 56.819/11
para a área ampliada.

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Instrução Técnica nº 43/2011 - Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações existentes 787

ANEXO B
Tabela de adaptação de chuveiros automáticos

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788 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 44/2011 - Proteção ao meio ambiente 789

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 44/2011

Proteção ao meio ambiente

SUMÁRIO ANEXO
1 Objetivo A Fluxograma de adaptação para edificações existentes
2 Aplicação B Tabela de adaptação de chuveiros automáticos
3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Procedimentos

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790 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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Instrução Técnica nº 44/2011 - Proteção ao meio ambiente 791

1 OBJETIVO 4 DEFINIÇÕES
Fomentar boas práticas para a proteção ao meio ambiente, Além das definições constantes da IT 03/11 - Terminologia de
para a construção sustentável e o estímulo à adoção de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições especí-
padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e ficas abaixo:
serviços, atendendo às exigências do Decreto Estadual 4.1 Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem
nº 56.819/11 - Regulamento de segurança contra incêndio descartado resultante de atividades humanas em sociedade,
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo. a cuja destinação final se procede, propõe-se proceder ou se
está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,
2 APLICAÇÃO bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
Esta Instrução Técnica (IT) é recomendativa a todas as particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo, quando pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
da sua regularização junto ao Corpo de Bombeiros. soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível;
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS 4.2 Padrões sustentáveis de produção e consumo: produ-
Dentro da legislação e normalização que compreende a ção e consumo de bens e serviços de forma a atender as
proteção ao meio ambiente, destacam-se os seguintes necessidades das atuais gerações e permitir melhores
institutos a serem observados pelas edificações, em seu condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental
processo de regularização: e o atendimento das necessidades das gerações futuras;
NBR ISO 14001:2004 – Sistemas da gestão ambiental - 4.3 Unidade de conservação: espaço territorial e seus recur-
Requisitos com orientações para uso. sos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com
NBR ISO 140050:2004 – Gestão ambiental – Vocabulário. características naturais relevantes, legalmente instituído pelo
Poder Público, com objetivos de conservação e limites defini-
ISO/TR 14062:2004 – Gestão ambiental - Integração de as-
dos, sob regime especial de administração, ao qual se apli-
pectos ambientais no projeto e desenvolvimento do produto.
cam garantias adequadas de proteção;
NBR ISO 14031:2004 – Gestão ambiental - Avaliação de
desempenho ambiental. 4.4 Conservação da natureza: o manejo do uso humano da
natureza, compreendendo a preservação, a manutenção, a
NBR ISO 14015:2003 – Gestão ambiental - Avaliação
utilização sustentável, a restauração e a recuperação do
ambiental de locais e organizações.
ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício,
Lei Federal nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu
Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das
e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres
gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, vivos em geral.
incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e
do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 5 PROCEDIMENTOS
Decreto Federal nº 7.404/2010, que regulamenta a Lei 5.1 A fim de permitir melhores condições aos usuários, sem
nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. comprometimento da qualidade ambiental e o atendimento
Lei Federal nº 9.605, de 1998, que dispõe sobre as sanções das necessidades das gerações futuras, recomenda-se a
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades sustentabilidade das construções e das edificações, com
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. vistas ao emprego adequado dos recursos, evitando o
Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o desperdício, poupando água e energia, buscando o reaproveita-
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza mento dos recursos e a autossuficiência da edificação.
– SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, 5.2 A sustentabilidade de uma edificação é baseada na
implantação e gestão das unidades de conservação. responsabilidade social, na preservação ambiental e na
Lei do Estado de São Paulo nº 997 de 1976, que dispõe estabilidade econômica, e pode ser obtida por meio das
sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente medidas exemplificadas a seguir:
e proíbe o lançamento ou liberação de poluentes nas águas, 5.2.1 Gestão ambiental: conformidade com a legislação
no ar ou no solo. ambiental; diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos
Decreto do Estado de São Paulo nº 8.468/1976 que aprova o ambientais de cada atividade; procedimentos padrões e
Regulamento da Lei nº 997 de 1976. planos de ação para eliminar ou diminuir os impactos
Lei do Estado de São Paulo nº 12.300, de 2006 que institui a ambientais sobre os aspectos ambientais; pessoal devida-
Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e mente treinado e qualificado;
diretrizes, objetivos, instrumentos para a gestão integrada e 5.2.2 Compensação ambiental: caso o empreendimento
compartilhada de resíduos sólidos, com vistas à prevenção e cause danos ao meio ambiente, deve-se proceder à devida
ao controle da poluição, à proteção e à recuperação da compensação ambiental, de acordo com a legislação
qualidade do meio ambiente, e à promoção da saúde pública, competente para contrabalançar os impactos sofridos pelo
assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no meio ambiente, identificados no processo de licenciamento
Estado de São Paulo. ambiental no momento da implantação;
Decreto do Estado de São Paulo nº 54.645, de 2009 que 5.2.3 Água de reuso: o reaproveitamento ou reuso da água
regulamenta dispositivos da Lei nº 12.300 de 2006. é o processo pelo qual a água é reutilizada para o mesmo ou

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792 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

outro fim. Essa reutilização pode ser direta ou indireta, 5.2.10 Instalações elétricas econômicas: composta por
decorrente de ações planejadas, onde a água pode ser pontos de baixo consumo (fluorescente ou LED); sensores
tratada e reaproveitada na edificação, sobretudo em reservas de presença que permitem fazer com que a iluminação se
técnicas de incêndio; acenda automaticamente quando alguém entrar em um
recinto, e se apague algum tempo após a pessoa deixar o
5.2.4 Uso de placas fotovoltaicas: dispositivos capazes de
ambiente; fotocélulas com finalidade de ligar e desligar uma
transformar a energia luminosa, proveniente do sol ou de
luminária externa;
outra fonte de luz, em energia elétrica, podendo ainda aquecer
a água a ser utilizada na edificação; 5.2.11 Coleta de lixo reciclável: sistema de recolhimento de
materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais e
5.2.5 Coberturas verdes: os telhados verdes ou tetos verdes
orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que
são compostos por uma vegetação plantada em cima do solo
podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona,
leve, uma barreira contra raízes, um reservatório de drenagem,
também, como um processo de educação ambiental na
e uma membrana à prova de água. Os tetos verdes absorvem
medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas
água das chuvas, reduzem o efeito da ilha de calor urbano,
do desperdício de recursos naturais e da poluição causada
criam habitat para vida silvestre e, de fato, estendem a vida
pelo lixo.
da impermeabilização do telhado;
5.3 Recomenda-se às edificações e áreas de risco do Estado
5.2.6 Biovaletas: são geralmente usadas para escoamento
de São Paulo, em especial às indústrias, que se certifiquem com
das águas de chuva. São valetas de biorretenção que filtram
base na normatização NBR ISO 14.001 ou norma similar,
os poluentes da água corrente na superfície gramada ou
internacionalmente reconhecida, que ateste a responsabilidade
coberta com plantas nativas, enquanto a valeta dirige a água
ambiental no desenvolvimento de suas atividades.
para os jardins de chuva ou sistemas convencionais de
drenagem; 5.3.1 A certificação com base na NBR ISO 14.001 deve ser
feita por organismo acreditado pelo Instituto Nacional de
5.2.7 Pavimento permeável: o pavimento permeável
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro),
consiste basicamente de elementos celulares de concreto
que realizará as auditorias periódicas para a comprovação
que podem ser colocados sobre camadas permeáveis, geral-
da boa prática de gestão ambiental.
mente bases de material granular. Para evitar o transporte de
partículas finas, são utilizadas mantas geotêxteis entre a base 5.3.2 A certificação com base na ISO 14.001, não exime a
do pavimento e a camada de material granular; regularização da edificação perante aos órgãos ambientais
competentes, em âmbito federal, estadual ou municipal,
5.2.8 Concreto permeável: o concreto permeável é um tipo
quando exigido pela legislação.
de concreto com alto índice de vazios interligados, preparado
com pouca ou nenhuma areia, o que permite a passagem 5.4 Quando da renovação do Auto de Vistoria do Corpo de
desobstruída de grandes quantidades de água. Se utilizado Bombeiros (AVCB), caso seja apresentada uma certificação
como pavimentação externa, captura a água da chuva e com base na ISO 14.001, ou norma similar reconhecida inter-
permite que ela infiltre diretamente no solo, aliviando, assim, nacionalmente, as edificações ou áreas de risco têm o bene-
o sistema público de drenagem; fício da prorrogação da validade do AVCB por um ano, desde
que a certificação apresentada tenha validade, no mínimo,
5.2.9 Instalações hidráulicas econômicas: composta por
por igual período.
torneiras com sensor e fechamento automático; sistema de
descarga dupla que permite o acionamento da descarga com 5.5 Por ocasião do pedido de prorrogação do AVCB com
3 litros ou 6 litros; sistema temporizador de vazão controlada base na certificação ambiental, que não será objeto de
que utiliza uma válvula de parede que descarrega o volume renovação, não devem ser cobrados os emolumentos e
constante de 6 litros de água; ou vasos com caixa acoplada documentos atualizados constantes da IT 01/11 – Procedi-
que permitem um volume de descarga constante; mentos administrativos.

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Instrução Técnica nº 44/2011 - Proteção ao meio ambiente 793

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794 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

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& LETRAS

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