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24/10/2023

INTERVENÇÃO NOS COMPORTAMENTOS ADITIVOS OBJETIVO GERAL


E DEPENDÊNCIAS
- Desenvolver conhecimentos na área da Intervenção
dos Comportamentos Aditivos e Dependências;

Diana Lopes
Email:dianasalome_lopes@hotmail.com
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer os aspetos Biopsicossociais dos Comportamentos Aditivos e
• Contribuir para a compreensão do fenómeno dos Comportamentos Aditivos e Dependências e modelos teóricos;
Dependências;
• Conhecer conceitos e identificar alguns Comportamentos Aditivos e • Conhecer caraterísticas dos Indivíduos com Comportamentos Aditivos e
Dependências;
Dependências;
• Aprender os tipos de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências
• Desmistificar mitos relativos aos Comportamentos Aditivos e Dependências em
e as estruturas de Apoio;
rigor, com base nos saberes adquiridos ao longo da formação;
• Identificar e conhecer os Problemas ligados ao consumo de álcool;
• Conhecer a história das drogas e perspetiva sociológica;
• Aprender a intervir com indivíduos com Problemas ligados ao álcool;
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O que são Comportamentos Aditivos?


• Momento de Avaliação; O Comportamento Aditivo é um comportamento repetitivo (compulsão
e obsessão) face a um objeto, substância ou atividade. Que, se
transforma no foco principal da vida de um indivíduo, excluindo-o de
outras atividades e/ou rotinas diárias como o convívio social, trabalho,
escola, família, entre outros.

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Podemos identificar alguns comportamentos aditivos:


• Consumo de drogas (incluindo o tabaco);
É a forma como a pessoa se comporta perante qualquer uma das
• Consumo excessivo de álcool; atividades, substâncias, objetos ou comportamentos que define se é ou
• Comida; não, um comportamento aditivo.
• Sexo; Qualquer um destes comportamentos pode existir de forma saudável.
• Compras; Passando a ser considerada como uma adição quando repetida
frequentemente e causando danos na vida da pessoa que a pratica.
• Jogo;
• Internet;
• Exercício físico.
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DEPENDÊNCIA FÍSICA
Indica que o corpo se adaptou fisiologicamente ao consumo habitual
da substância, surgindo sintomas quando o uso da droga termina ou é
DEPENDÊNCIA diminuído.

- Habituação ou utilização compulsiva, implica uma necessidade


psicológica e/ou física da substância. DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA
Abuso de todas as substâncias, residindo na sensação que o
consumidor tem de necessitar da droga para atingir o seu melhor nível
de atividade ou de uma sensação de bem-estar.

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https://www.youtube.com/watch?v=ipJMssAK3tg

TOLERÂNCIA
Aptidão para suportar doses cada vez maiores da substância,
necessidade de doses cada vez mais fortes para obter os mesmos
efeitos.

ABSTINÊNCIA OU SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA


É o aparecimento de sintomas físicos e psicológicos quando o consumo
da substância termina demasiado abruptamente.

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TIPOS DE CONSUMIDORES:

. OCASCIONAL – contatos esporádicos com determinadas substâncias. Não


há dependência. https://www.youtube.com/watch?v=o5z_rsspg1Y

. HABITUAL – dependência de carácter psicológico que leva o indivíduo a


procurar determinadas substâncias, em determinadas ocasiões.

. TOXICODEPENDENTE – Indivíduo em que está instalado a dependência


física e psicológica. A droga torna-se o centro dos seus interesses e da sua
vida.
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Tipos de drogas
• Drogas naturais: como a maconha que é feita da . As drogas podem ser classificadas sendo depressoras, estimulantes
planta cannabis sativa, e o ópio que tem origem nas flores da ou perturbadoras do sistema nervoso.
papoila;
. Os efeitos das drogas podem ser percebidos em poucos minutos, logo
• Drogas sintéticas: que são produzidas de forma artificial em após seu uso mas tendem a durar poucos minutos, sendo necessária
laboratórios, como o ecstasy e o LSD; uma nova dose para prolongar seu efeito no corpo.

• Drogas semi-sintéticas: como heroína, cocaína e crack;


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Efeitos imediatos das drogas depressoras Efeitos imediatos das drogas estimulantes
As drogas depressoras, como heroína, causam efeitos no organismo como: As drogas estimulantes, como cocaína e crack, provocam:
• Menor capacidade de raciocínio e de concentração;
• Sensação exagerada de calma e tranquilidade; • Intensa euforia e sensação de poder;
• Relaxamento exagerado e bem-estar; • Estado de excitação;
• Aumento da sonolência; • Muita atividade e energia;
• Diminuição dos reflexos; • Diminuição do sono e perda do apetite;
• Maior resistência à dor; • Fala muito rápida;
• Maior dificuldade em fazer movimentos delicados; • Aumento da pressão e da frequência cardíaca;
• Diminuição da capacidade para dirigir; • Descontrole emocional;
• Diminuição da capacidade de aprendizagem na escola e da rentabilidade • Perda da noção da realidade;
no trabalho;
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Efeitos imediatos das drogas perturbadoras


As drogas perturbadoras, também conhecidas por alucinógenas como Mito ou Realidade?
maconha, LSD e ecstasy provocam:
• Alucinações, principalmente visuais como alteração das cores, formas e • As drogas não são tão perigosas como se diz. É sempre possível
contornos dos objetos;
• Sensação alterada do tempo e do espaço, sendo que minutos parecem controlar o seu consumo.
horas ou metros parecem Km;
• Sensação de enorme prazer ou de medo intenso;
• Facilidade em entrar em pânico e exaltação;
• Noção exagerada de grandiosidade;
• Delírios relacionados com roubos e perseguições.
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Mito ou Realidade?
Mito – O Consumo de drogas é muito imprevisível . Qualquer pessoa
pode tornar-se dependente. As pessoas só consomem drogas quando têm problemas.

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Mito . Mito ou Realidade?


Os motivos relacionados com o consumo de droga variam de pessoa
para pessoa e podem ser diversos, por exemplo: curiosidade, pressão Nem todas as drogas são ilegais.
dos amigos, desejo de viver novas experiências, desejo de questionar e
transgredir regras, entre outros.

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Mito ou Realidade?
Verdade – Frequente associamos o consumo de drogas a substâncias
proibidas por lei. No entanto, algumas das drogas mais consumidas na
nossa sociedade são o álcool e a nicotina, cujo consumo é permitido O tratamento da dependência de drogas é um processo longo e difícil
legalmente. e, normalmente, sem resultados positivos.

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Mito ou Realidade?
Mito – As adições são doenças crónicas e o tratamento embora possa
ser longo e difícil, tem todas as possibilidades de sucesso quando há
motivação do próprio, acompanhamento técnico adequado e apoio dos É possível ser infetado com o vírus do HIV ou da hepatite B e C através
familiares e amigos. do consumo de cocaína.

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Mito ou Realidade?
Verdade – Apesar de ser maioritariamente inalada, a cocaína também
pode ser injetada e qualquer droga injetável (cocaína, heroína ou
outra) pode causar a transmissão de diversas infeções como o vírus do Consumir ecstasy ocasionalmente não faz mal.
HIV e hepatite B e C, se as seringas e restantes materiais utilizados
forem partilhados e não forem esterilizados.

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Mito – O ecstasy causa danos cerebrais irreversíveis mesmo quando


Mito ou Realidade?
consumido esporadicamente. Pode provocar inúmeros problemas
como por exemplo: uma deterioração da personalidade, ansiedade,
ataques de pânico, depressão, psicose, AVC e até morte súbita por O álcool desinibe.
colapso cardiovascular.

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Mito ou Realidade?
Mito – Apesar do álcool poder induzir um estado inicial de inibição
e euforia, trata-se de uma substância depressora do Sistema O haxixe não provoca dependência.
Nervoso Central que causa sonolência, turvação da visão,
descoordenação motora e muscular, diminuição da capacidade de
reação, atenção e compreensão, amnésia, fadiga muscular, etc.

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Mito ou Realidade?
Mito – O consumo de cannabis pode provocar dependência física e
psicológica, embora a dependência física seja menos acentuada que a A metadona é uma droga.
dependência psicológica. A paragem dos consumos pode dar origem a
sintomas de abstinência como: ansiedade, irritabilidade, insónias,
diminuição do apetite, etc.

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Verdade – A metadona é um opiáceo tal como a heroína. A sua Mito ou Realidade?


administração terapêutica tem como objetivo evitar que a pessoa
tenha sintomas de “ressaca” derivados da paragem do consumo de
heroína. Como não produz os mesmos efeitos psicológicos que a A cannabis é uma droga legal.
heroína e exige normalmente uma única dose diária, é compatível
como uma vida ativa, estável e organizada.

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Mito – A lei descriminaliza o consumo mas não o tráfico da cannabis e Mito ou Realidade?
de outras substâncias psicotrópicas. Isso significa que a cannabis é
Os homens toleram mais o consumo de álcool.
ilegal embora o seu consumo não seja considerado um crime (punível).
Se a pessoa tiver em sua posse uma quantidade limite consagrada na
lei, é considerada consumidora (e não traficante), no entanto, pode ser
penalizada com outro tipo de sanções que não a prisão.

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Mito ou Realidade?
Verdade – A concentração de álcool no sangue é influenciada pelo
género. O álcool é absorvido mais rapidamente nas mulheres porque A cocaína causa uma elevada dependência psicológica.
estas têm maiores níveis de gordura no organismo. Contudo, o nível de
intoxicação alcoólica também depende do peso do indivíduo, da
quantidade de álcool consumida e da rapidez do consumo.

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Verdade – A cocaína é uma das drogas que mais facilmente cria Mito ou Realidade?
dependência psicológica, mesmo quando consumida em poucas Fumar um cigarro relaxa e alivia o stress
ocasiões. A curta duração dos seus efeitos provoca um enorme desejo
de repetir os consumos, dando facilmente origem a uma utilização
compulsiva.

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Mito – O tabaco não tem propriedades relaxantes porque é um Mito ou Realidade?


estimulante. A aparente sensação de alívio que se sente ao fumar um
cigarro deve-se à supressão dos sintomas de abstinência produzidos
pela falta de nicotina no cérebro. Beber álcool só aos fins-de-semana não produz danos no organismo

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Mito – O dano que o álcool provoca depende do padrão de consumo, Mito ou Realidade?
ou seja, da quantidade (maior quantidade, maiores danos) e da O álcool aquece e combate o frio
intensidade (a mesma quantidade bebida em menos tempo é mais
prejudicial). Também existe o risco de poder converter-se num hábito,
até ao ponto em que o indivíduo não consegue divertir-se sem beber.

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Mito – O álcool produz uma sensação momentânea de calor por Mito ou Realidade?
dilatação dos vasos sanguíneos e porque o sangue dirige-se para a Quem aguenta mais o álcool é porque é mais forte.
superfície da pele, no entanto em pouco tempo a temperatura interior
do corpo diminui e sente-se mais frio. Por isso, em situações de
embriaguez devemos abrigar e proporcionar calor à pessoa e nunca
tentar despertá-la com duches frios.

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Mito – Não existe relação entre força ou virilidade e aguentar um maior


consumo de álcool. Se aguenta muito, tal pode dever-se ao facto do Mito ou Realidade?
seu organismo já estar acostumado. Aqui diz-se que desenvolveu A cannabis tem efeitos terapêuticos, pelo que não deve fazer mal
tolerância ao álcool e isso não significa que haja menor dano, bem pelo fumar um “charro” de vez em quando.
contrário, há maior risco de desenvolver uma dependência e tornar-se
alcoólico.

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Mito – Os usos médicos da cannabis são realizados de forma Mito ou Realidade?


controlada (por exemplo em doentes terminais) e não têm nada a ver
com o seu consumo recreativo. Também existem medicamentos Não corro qualquer risco só por experimentar!
derivados do ópio e ninguém julga que consumir heroína seja um
comportamento saudável.

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Mito – É a partir da primeira experiência que começa o consumo de Mito ou Realidade?


drogas. O risco que se corre advém do fato de se passar dos consumos Existem drogas leves e drogas pesadas
esporádicos para os compulsivos, tornando-se assim viciado numa
substância que só nos traz consequências negativas ao nosso
organismo.

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Drogas Lícitas e Ilícitas


Mito – Segundo a organização Mundial da Saúde, "droga" é toda a
substância, natural ou sintética, que altera o funcionamento do Sistema • Drogas lícitas são aquelas permitidas por lei, as quais são
Nervoso Central (SNC), deprimindo-o, estimulando-o ou criando compradas praticamente de maneira livre, e seu comércio é
ruturas psicóticas, querendo dizer que não existem drogas leves ou legal(medicamentos, álcool e tabaco..)
pesadas. O seu consumo é que poderá ser considerado leve ou pesado,
avaliando a quantidade e a frequência com que é consumida.
• Drogas ilícitas são as cuja comercialização é proibida pela
justiça e causam forte dependência (cocaína, heroína, haxixe
,ecstasy.

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Comportamentos Aditivos sem Substância


Comportamentos Aditivos sem Substância
- Tal como acontece na dependência de substâncias, as pessoas com
adições sem substância podem experimentar um profundo mal-estar - Internet, redes sociais;
emocional (tristeza, insónia, irritabilidade, inquietação psicomotora…)
quando não praticam determinado comportamento. - Jogos, jogos online.
- À medida que o processo de adição avança, os comportamentos
tornam-se automáticos e intensificam-se, sendo ativados por emoções
e impulsos, e envolvendo um escasso controlo cognitivo.

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Drogas Lícitas . A nicotina parece aumentar a capacidade de concentração.


TABACO
- Folhas secas (cigarro, cachimbo ou charuto) RISCOS DE ABUSO
. Os efeitos do tabaco sentem-se em segundos e duram cerca de meia - Cancro do pulmão;
hora; - Hemorragia Cerebral;
. A nicotina faz com que as pessoas se sintam estimuladas e despertas; - Cancro da Boca e Garganta;
. Aumenta a frequência cardíaca (sentem mais energia); - Gangrena;
. Reduz a tensão dos músculos, as pessoas ficam mais relaxadas e - Bronquite;
parece aliviar o stress.
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Porque fumam as pessoas?! ÁLCOOL

- Crescidas; - É uma substância obtida pela fermentação dos amidos;


- Sociáveis; - Apesar de provocar uma euforia inicial, é uma droga depressiva;
- Integradas em Grupos; - Torna mais lenta a capacidade de resposta (afetando a coordenação e
- Rebeldes; o modo como o cérebro funciona)
- Relaxadas.

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ÁLCOOL ÁLCOOL
Faz as pessoas sentirem-se: ALCOOLÉMIA EFEITOS

- divertidas;
0,3-0,7 Desinibição, euforia, diminuição da perceção dos riscos, lentidão
- Confiantes; dos reflexos, falsa avaliação das distâncias.

- Descontraídas; 0,8-1,5 Excitação, irritabilidade, risco de agressões, falta de coordenação,


impulsividade, fadiga, visão deficiente.
- Desinibidas; 1,5-3 Tristeza, confusão e desorientação, descoordenação, visão dupla.
- Socialmente adaptadas;
3-4 Impossibilidade de andar, incontinência, vómitos, depressão
- Felizes e sem preocupações; 4-5 respiratória, perda de consciência – coma alcoólico.

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RISCOS DE ABUSO DO ÁLCOOL CAFEÍNA

- Tornam-se agressivos e violentos;


- Apresentam imagem desajeitada e descoordenada; . Droga psicoativa de maior aceitação natural;
- A ressaca pode ser muito dolorosa; . A cafeína é o mais conhecido estimulante do mundo;
- Afeta negativamente a fertilidade e a potência sexual; . Conhecida desde o ano 800 D.C…Chegou à Europa no séc. XVIII;
- Maior probabilidade de ter acidentes;
- Existe no café, chá, coca-cola, chocolate e cacau
- Intoxicação alcoólica;
- Provoca dependência física e psicológica;
- Provoca lesões graves em vários órgãos.

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CAFEÍNA – EFEITOS (grandes doses e abuso do café) • Em grandes doses o café pode provocar dependência física e
. Nervosismo; psicológica;
. Confusão Mental; - SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA
. Irritabilidade; . Dores de Cabeça;
. Cãibras; . Fadiga;
. Insónias; . Depressão;
. Aumento do ritmo cardíaco; . Problemas de sono;
. Palpitações;
. Irritabilidade;
. Ansiedade
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• RISCOS DE ABUSO (CAFÉ) Benzodiazepinas

- Doenças Cardiovasculares; . Pertencem a uma variedade de


- Aumento de Colesterol; substâncias que tem a capacidade de
deprimir o Sistema Nervoso Central
- Aumento da Tensão arterial; (SNC), provocando calma ou sedação
- Problemas Gastrointestinais; (sonolência). Os Benzodiazepínicos
(BDZs) são classificados como sedativos-
hipnóticos.

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Benzodiazepínicos Duração da Ação Indicação Tempo Tratamento


ABUSO DE BENZODIAZEPINAS
Ansiedade/ Estado
Diazepam Ação longa 1-3 dias epilético/Espasmos do Prolongado Pode ocorrer o aparecimento de sinais e sintomas como:
músculo esquelético
- Fala arrastada;
Flurazepam Ação longa 1-3 dias - Perda da coordenação motora;
Clonazepam Ação longa 1-3 dias Ansiedade/Convulsões Prolongado - Dificuldade para marcha;
- Déficit de atenção e memória;
Alprazolam Ação intermediária 10-20h Transtorno do Pânico Curto/Prolongado
- Comportamento inapropriado;
Lorazepam Ação intermediária 10-20h Ansiedade/Estado epiléptico Prolongado - Tais efeitos colaterais podem também trazer danos secundários, uma vez que levam a acidentes de trabalho,
de trânsito, entre outros.

Tratamento agudo de A síndrome causada pela retirada abrupta da medicação pode ser responsável por uma série de sintomas
Oxazepam Ação curta 3-8h –
abstinência do etanol como dor de cabeça, cansaço, insônia, tremor, diminuição da concentração e ansiedade.

Triazolam Ação curta 3-8h Distúrbios do sono Intermitente


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COCAÍNA COCAÍNA

- É feita através da refinação da folha . Consumos fumados, inalados e injetados;


de coca; Efeitos Imediatos
- É um estimulante poderoso com - euforia/agitação/desinibição/autoconfiança/excitação
propriedades semelhantes às sexual/alteração do humor
anfetaminas (Substância que traz uma falsa sensação de
bem-estar e disposição, enquanto, na verdade, ela causa dependência
e diversos efeitos colaterais negativos para o corpo e o cérebros);

- Droga extremamente perigosa, ALTERAÇÕES FISICAS:


muitos dos que a tomam ficam - palpitações/taquicardia/hipertensão/
dependentes dela;
- tremores/sudação/insónia;
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• Efeitos do Consumo continuado: CRACK


- depressão/psicose/alucinações/ . É cocaína processada (“cozinhada”);
- delírio de perseguição/transtornos alimentares/problemas . Pode ter 80 a 100% de cocaína pura
respiratórios; (mais forte e mais perigosa que a
cocaína);
. Entra no corpo mais depressa do
Período de deteção – 2 a 4 dias; que a cocaína;
Duração dos efeitos: cerca de 20 a 30 minutos; . Normalmente é fumada;
.Aparece na forma de cristais,
semelhante a grãos que podem ir até
cerca de 2cm.
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• EFEITOS CANNABIS
- A intensidade das sensações pode ser exagerada; aparecem em . Substância obtida através de uma planta (cannabis sativa) que se
segundos, mas duram pouco tempo; encontra especialmente na Ásia e América do Sul.
- Por cerca de 15 segundos, o crack dá: Nome de Rua:
- Sensações de euforia, bem-estar e poder;
- Grande onda de energia ERVA - Marijuana, erva, maconha (preparado a partir das folhas secas,
flores e troncas da cannabis;
RESSACA : HAXIXE- Haxe, chamom, chocolate, naco, sabonete,
- Aparece dentro de 20 m;
pomada..(preparado a partir da resina das folhas e do caule da
- Tremores, dores musculares, fraqueza, cansaço, sintomas depressivos e
paranóicos, irritabilidade e agressividade e suicídio. cannabis;

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• CANNABINOIDES • Duração dos efeitos:


- Pequenas doses podem provocar: - São quase imediatos, sendo o seu pico após 20 min.
- Relaxamento/euforia/desinibição/ - Duração ¾ horas;
- Maior sensibilidade aos estímulos
externos;
- Alteração da memória; . Período de Deteção:
- Alterações físicas (aumento da
A
- De 1 a 1 mês e meio.
frequência cardíaca);
- Aumento do apetite.

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• CANNABIS
Doses elevadas pode provocar: Alucinações/náuseas/ • CANNABIS
ansiedade/paranoia/ descoordenação motora;
O consumo crónico pode implicar o empobrecimento da
Consumo Continuado: personalidade, que pode manifestar-se através da apatia, deterioração
- Perturbações da memoria; dos hábitos pessoais, isolamento, passividade e tendência para a
distração.
- Alterações do humor;
- Aumento da ansiedade

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• OPIÁCEOS
• OPIÁCEOS
Origem – resina extraída das
cápsulas da Papoila;
Apresentação – extrai-se um líquido - PRINCIPAIS EFEITOS :
leitoso que solidifica ( do qual se faz . Alívio da dor e ansiedade;
também a heroína, morfina e . Euforia, sensação de bem-estar;
codeína);
. Depressão, incapacidade de concentração;
Via de administração – Fumados ou
injetados;

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HEROÍNA HEROÍNA – (castanha, rainha, pó, heroa)


. É ocasionalmente fumada num cachimbo ou num cigarro feito à mão,
APARECE EM TRÊS FORMAS: ou aquecida num papel de alumínio;
- Castanha (forma mais comum. É fumada ou injetada); . A heroína injetada nas veias é mais frequente. Tem de ser dissolvida
em ácido (limão);
- Branca (pode ser injetada e fumada);
- Heroína Farmacêutica (heroína pura para uso médico) –
Morfina/Codeína. PERIODO DE DETEÇÃO: 3/4 DIAS

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• EFEITOS (HEROÍNA) HEROÍNA


- As reações são quase todas instantâneas;
- Toda a dor física e mental desaparece;
- Em pequenas quantidades a heroína torna as pessoas muito - RISCOS DE ABUSO
faladoras, energéticas, apaixonadas e confiantes; . Forte dependência física e psicológica;
- A reação inicial é seguida por uma sensação de embriaguez e . Mal nutrição;
arrefecimento. . Dores musculares e feridas nos locais de injeção;
- Náuseas e Vómitos, contração da pupila, diminuição do ritmo . Risco de transmissão de doenças infectocontagiosas, quando injetadas;
cardíaco e respiratório.
. Overdose (respiração diminui, desmaio, respiração para- morte)
- O efeito da heroína começa a passar 1-2 horas depois;
- Desaparece completamente 3-6h depois;

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LSD – ÁCIDO • LSD (Altera a percepção…)


. Micropastilhas – pastilhas de
diferentes cores com cerca de 2 a O MUNDO EXTERIOR O MUNDO INTERIOR
3mm; A luminosidade flutua Mudança de consciência
EFEITOS: começam cerca de 30m O som muda de alto para baixo e vice-
depois de o tomar, atinge o ponto versa
máximo cerca de duas horas depois e As cores tornam-se mais vivas
permanece assim várias horas até o As texturas parecem diferentes
consumidor adormecer; As imagens começam a mudar de forma

. Afeta o que vêem no exterior e o que Alucinações


sentem no interior;
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LSD – RISCO DE ABUSO ECSTASY (MDMA)


. Droga estimulante com tendências alucinogénias;
. Comprimidos de tamanhos e cores diferentes com
. A nível psicológico os efeitos podem ser muito graves; símbolos gravados;
. Pode levar a depressões, paranoia ou mesmo necessidade de EFEITO: inicia-se ao fim de 30 min, atingindo o pico
máximo em uma hora e dura cerca de 2 a 3 horas;
tratamento psiquiátrico; . A energia eleva-se e há uma vontade de dançar a
. Alteração da realidade; noite toda;
. Sentem-se amados e felizes, todos se adoram;
. A vida parece melhor que nunca;
. A luz e o som tornam-se mais intensos;

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MDMA (ECSTASY) MDMA (ECSTASY)


Efeitos imediatos: Efeitos do consumo continuado:
- aumento de energia/elevação do humor e bem estar; - Depressão;
- sensação de aceitar e compreender melhor o outro; - Ansiedade;
- cansaço/exaustão;
- alteração de percepção da realidade;
- Perturbações do sono;
- aumento excessivo da temperatura do corpo;
- estados paranoides e psicóticos;
- perda de apetite/náuseas;
- problemas cardíacos;
- aceleração do ritmo cardíaco/ansiedade; - empobrecimento das capacidades cognitivas;
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INEBRIANTES
. Colas de contato, gasolinas e solventes (substância que dissolve um
soluto); https://www.youtube.com/watch?v=6hK9PM1uM8U
. Origem de substâncias passíveis de serem inaladas pela boca e pelo
nariz;
. Via de administração – inalada;
. Dependência psicológica e física;
EFEITOS: excitação, exaltação do humor, euforia, alegria, desorientação,
alucinações ocasionais e transtornos do comportamento
(agressividade, hiper-atividade motora);

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Fatores relacionados com o consumo de substâncias psicoativas:


https://www.youtube.com/watch?v=JDYf4o3SrvQ
- Influência do grupo de amigos;
- Fatores familiares;
Quais os fatores /caraterísticas relacionadas com o consumo de - Fatores individuais;
substâncias? - Fatores biológicos;
- Fatores socioculturais e comunitários.

Scivoletto (2000)

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- Podemos entender a trajetória do processo de consumo como um percurso que começa com - Em cada etapa poderão existir problemas, mas estes vão-se agravando à medida
contatos mais ou menos frequentes com um ou vários tipos de drogas;
que o processo avança;

- Relacionando-o com fatores múltiplos, como a substância em causa, as características do meio, e


a personalidade;
- É também maior a reação da sociedade para com o indivíduo que consome;

- Esses consumos podem tornar-se abusivos, terminando em situações de dependência física e


psicológica;

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MODELOS TEÓRICOS EXPLICATIVOS DOS CAD ABORDAGENS CLÍNICAS

- O consumo de drogas e a toxicodependência, evidencia-se nas - Modelo Psiquiátrico


últimas décadas, um tema social de interesse público levando
diferentes áreas do saber e da intervenção a debruçarem-se no
estudo e análise do fenómeno; - Modelo Psicodinâmico

- É possível encontrar diferentes sistemas explicativos, interpretativos ,


técnico-científicos.

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MODELO PSIQUIÁTRICO
MODELO PSICODINÂMICO
- A toxicodependência é encarada como uma perturbação mental;

- Desordem psíquica; - Identificação de uma estrutura de personalidade prévia ( caraterística

- Procuram-se sintomas, diagnósticos de situações clínicas idênticas; do toxicodependente é responsável pelo abuso das substâncias)

- Recorrem ao conceito de dependência física e psicológica para avaliar o grau de


envolvimento do sujeito com a substância;

(Agra e Fernandes 1993)

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CARATERÍSTICAS DAS PESSOAS COM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E


DEPENDÊNCIAS
- No entanto, existem estudos que dizem que não existe uma estrutura Consumidores de substâncias ilícitas

de personalidade específica do toxicodependente, defendendo que as . Trata-se de uma população com baixo nível de escolaridade, na sua maioria com o 2º ciclo
caraterísticas de personalidade devem ser analisadas tendo em conta incompleto;
se são prévias ou adquiridas após o consumo;
• Apresentam resistência ao tratamento muitas vezes associada a um percurso longo de recaídas.;

- Por outro lado, algumas investigações revelam que qualquer estrutura • São pessoas que têm dificuldade em lidar com a frustração e desacreditados no sistema de apoio
mental pode conduzir a comportamentos de adição. (Bergenet 1981) institucional;

• Com histórico de desemprego de longa duração;

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• Na sua generalidade são mais estigmatizados/as e excluídos/as em termos sociais e familiares Consumidores com problemas ligados ao álcool
tendo, em termos profissionais maior dificuldade em conseguir obter e/ou manter emprego;

• Muitos apresentam policonsumos e duplo diagnóstico, o que os coloca ainda mais em situação de
. São pessoas que têm baixos níveis de escolaridade, na sua grande maioria com o 1.º ciclo, havendo
alguns deles/as analfabetos/as;
vulnerabilidade;
• Esta população apresenta traços mais depressivos e uma maior deterioração cognitiva;
• Muitos estão em situação de dependência dos pais, já idosos ou em sem retaguarda familiar
(isolados); • Tratam-se de indivíduos com maior dificuldade em conseguir perceber a existência de
alternativas e hipóteses distintas para as suas dificuldades;
• Os rendimentos são maioritariamente provenientes do sistema de proteção social,
nomeadamente reforma baixas e RSI;

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• Muitos/as apresentam patologia psiquiátrica associada e socialmente são


Familiares
indivíduos isolados/as;
• Na sua maioria, as famílias quer dos indivíduos consumidores de
• Apresentam graves lacunas em termos de relações familiares e grupos de pares; substâncias ilícitas quer dos consumidores com PLA, apresentam baixas
qualificações e escassas competências pessoais, sociais e parentais;
• Os rendimentos são os da proteção social, grande parte pensionistas, ou com
reformas baixas e RSI. • Manifestam muitas dificuldades em tomar decisões autonomamente
perante situações de crise;

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• Famílias psicologicamente saturadas, sem perspetivas de resolução https://www.youtube.com/watch?v=oLYhCuNgJAs


das problemáticas e desacreditadas nas respostas existentes;

• Os agregados familiares destas pessoas têm evidenciado cada vez


mais carências socioeconómicas e dependência de apoios sociais;

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REDE DE REFERENCIAÇÃO/ARTICULAÇÃO
. Princípios ACESSIBILIDADE

CENTRALIDADE NO CIDADÃO É fundamental que exista a capacidade de proporcionar a todos os indivíduos uma

Abordando-o como um todo indissociável, independentemente dos serviços que igual oportunidade de acesso e utilização dos serviços e da prestação de cuidados,

frequenta, e deve-se ter em linha de conta os seus recursos pessoais, as suas de uma forma direta, imediata, contínua, permanente e o mais autónoma possível.

necessidades objetivas e subjetivas, assim como os recursos familiares e sociais,

sobre os quais a intervenção vai incidir.


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GRAVIDADE/SEVERIDADE DOS CONSUMOS E DOS COMPORTAMENTOS TERRITORIALIDADE


Os CAD podem apresentar-se de formas muito heterogéneas e Para a prossecução dos objetivos de uma rede de prestação de cuidados de saúde,
manifestarem-se por uma significativa complexidade na natureza e gravidade numa lógica de otimização das sinergias territoriais, torna-se indispensável a
dos problemas (saúde, familiares, sociais e legais) com eles relacionados. É adequação das intervenções de proximidade, a convergência de serviços, respostas
então essencial que os CAD sejam avaliados pelos seus graus de severidade e e de dispositivos, bem como a definição do papel de cada interventor num
não de forma polarizada. território partilhado por todos.

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CASO
RECURSOS DISPONÍVEIS Luís de 42 anos, é paciente numa Equipa de Tratamento há dois anos, por uma
Dependência de Drogas ilícitas (heroína, cocaína, haxixe). Há cinco anos, após um divórcio,
Construção de parcerias para a intervenção, realização de ações conjuntas
iniciou um quadro depressivo que se tem mantido persistentemente. Está desempregado
definidas e operacionalizadas por vários atores que têm um objetivo comum e que
há cerca de três anos, vive só desde que, há dois meses, a sua mãe faleceu. Não tem uma
para a sua concretização partilham e disponibilizam vários recursos (conhecimento, relação próxima com a filha de 18 anos. Os técnicos que acompanham este caso (psicólogo,
oportunidades, logísticos, financeiros, humanos, etc.). psiquiatra, assistente social) ponderam uma nova proposta de desabituação hospitalar e
ingresso em Comunidade Terapêutica – numa primeira proposta, Luís decidiu sair da
Comunidade Terapêutica após 2 semanas de integração.

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CASO – Luís

. Caraterísticas do caso mais facilitadoras….. https://www.youtube.com/watch?v=uTLmACFOfFw&t=5s

. Caraterísticas do caso mais desafiantes……

. Propostas para a intervenção……

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https://www.youtube.com/watch?v=dO8HheCmQCw
https://www.youtube.com/watch?v=BDR1cP-7-ps

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CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMOS CONSUMO DE BAIXO RISCO

. Consumo de Baixo Risco; Corresponde a um padrão de consumo que se utiliza para indicar que o consumo
. Consumo de Risco; está dentro dos parâmetros legais e médicos e que está associado a uma baixa
. Consumo Nocivo; incidência de problemas de saúde e sociais.
. Dependência;
. Dependência Grave.

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CONSUMO DE RISCO CONSUMO NOCIVO

Corresponde a um nível ou padrão de consumo, ocasional ou continuado, que Padrão de consumo que causa danos quer na saúde física quer na saúde mental do
aumenta a probabilidade de ocorrência de consequências prejudiciais para o individuo, acompanhado ou não de consequências sociais adversas, mas que ainda
consumidor, nomeadamente de doenças, acidentes, transtornos mentais ou do não preenche os critérios de dependência. Os danos objetivos presentes podem
comportamento. ser agravados pela continuação do consumo.

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DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA GRAVE

Padrão de consumo constituído por um conjunto de fenómenos fisiológicos, cognitivos e


Caraterizada por um conjunto de sintomas e comportamentos que indicam que a(s)
comportamentais que podem desenvolver-se após o uso repetido da substância. Inclui um
desejo, intenso de consumo, descontrolo sobre o seu uso, continuação dos consumos substância(s) ocupam um foco central na vida da pessoa, que é difícil de alterar e
independentemente das consequências, uma alta prioridade dada aos consumos em que se produziram mecanismos de neuroadaptação. Surgem fenómenos de
detrimento e outras de outras atividades ou obrigações, aumento da tolerância e sintomas tolerância e de abstinência, com repercussões de natureza orgânica.
de privação quando o consumo é descontinuado.

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NÍVEIS DE CONSUMOS MODELOS, RESPOSTAS E INTERVENÇÕES


NÍVEL I NÍVEL II NÍVEL III
ALTERAÇÕES DE CONSEQUÊNCIAS A DEPENDÊNCIA ASSUME
COMPORTAMENTO; NOCIVAS; CARATERÍSTICAS GRAVES; Modelo de Tratamento Integrado, assente numa abordagem biopsicossocial
PATOLOGIAS SOMÁTICAS; POLICONSUMO; AUMENTO DA
SITUAÇÕES QUE JÁ PODEM DEPENDÊNCIA AINDA QUE PROBABILIDADE DO constitui o principal eixo da abordagem multidisciplinar dos comportamentos
SER EVIDENTES PADRÕES DE EXPRESSÃO ATENUADA; SURGIMENTO/AGRAVAME
DISFUNCIONAIS DE COMPORTAMENTOS DE NTO DE COMORBILIDADES aditivos e dependências, em que os diferentes recursos terapêuticos se integram e
CONSUMO RISCO (SAÚDE, (PSICOPATOLOGIA GRAVE)
SEXUALIDADE, SOCIAL E
articulam em momentos simultâneos ou sucessivos de acordo com o diagnóstico,
FAMILIAR; as necessidades e capacidades do utente e da família ou envolventes e o seu
COMORBILIDADES
CONSUMO BAIXO RISCO E CONSUMO DE DEPENDÊNCIA prognóstico.
DE RISCO RISCO/NOCIVO E DEPENDÊNCIA GRAVE
DEPENDÊNCIA
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MODELOS, RESPOSTAS E INTERVENÇÕES MODELOS, RESPOSTAS E INTERVENÇÕES

- Nova lei orgânica do Ministério da Saúde expressas no Decreto – Lei nº 124 /2011, de 29 de
dezembro, vieram reforçar aspetos fundamentais deste modelo; Assim, o diagnóstico e intervenção precoce, bem como a possibilidade de
referenciação de situações de maior gravidade para estruturas especializadas a
- Alargamento das respostas aos comportamentos aditivos e dependências aos cuidados de saúde
primários; partir das consultas de medicina geral e familiar vieram conferir uma maior
abrangência de respostas, reforçando a sustentação e implementação deste
- Permitiu aumentar a possibilidade de intervenção ao longo de todas as fases do ciclo de vida,
reforçando a integração desta problemática nos cuidados de saúde a prestar à população em geral. Modelo Integrado.

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CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS S


CUIDADOS DE SAÚDE ESPECIALIZADOS (CENTROS DE RESPOSTAS INTEGRADAS – EQUIPA TÉCNICAS
- Unidades Funcionais - de acordo com a organização de cada Agrupamento de Centros de Saúde, ESPECIALIZADAS)
Unidades de Saúde Familiar…
- Resultante de referenciação ou de iniciativa do próprio;

- Têm como objetivo a avaliação, diagnóstico precoce dos comportamentos aditivos e dependências, - Determina uma avaliação inicial por médico/psiquiatra;
nomeadamente do seu nível de gravidade.
- Frequentemente avaliações na área da psicologia, serviço social e enfermagem são igualmente importantes e requeridas.

- A partir deste diagnóstico, em termos de intervenção, está prevista a possibilidade de realização - Esta resposta constitui o núcleo da intervenção terapêutica integrada: estabelecida a relação com um técnico de
de Intervenções Breves quando o nível de risco avaliado é baixo. referência;

- Quando é detetada situação de maior gravidade (consumo de risco, consumo nocivo, - Realiza-se o acompanhamento regular do utente o qual se prolongará de forma a assegurar a consistência dos ganhos
terapêuticos e a reaquisição das capacidades e competências para o funcionamento psicológico e social adequado.
dependência), destas consultas deverá resultar referenciação através do Médico de Família, para
cuidados de saúde especializados no âmbito dos comportamentos aditivos e dependências. 135 136

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INTERVENÇÕES E ARTICULAÇÕES COM OUTRAS MODALIDADES TERAPÊUTICAS (MODELO INTEGRADO) CONSULTAS DE PSICOLOGIA

- Consultas de Psicologia; - consultas destinadas a apoiar a pessoa com comportamentos aditivos e dependência numa fase inicial ou ao

- Consultas de Psicoterapias; longo do seu processo de tratamento;

- Consulta Serviço Social; - O psicólogo e o utente avaliam aspetos concretos relacionados com a superação de obstáculos/conflitos ao
nível das várias dimensões da sua vida, afetadas pela problemática vivida, e estabelecem propostas de
- Consulta de Enfermagem;
mudança.
- Consulta de Crianças de jovens;
- As consultas fomentam a criação de uma relação baseada na confiança, no interesse pelo conhecimento do
- Consultas a Grávidas;
utente, o que permite definir mais adequadamente os objetivos de mudança, disponibilizando o
- Grupos de suporte terapêutico; reforço/suporte emocional que proporciona o alívio do sofrimento psíquico.

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CONSULTAS DE SERVIÇO SOCIAL CONSULTAS DE PSICOTERAPIAS

- Diagnóstico Social da situação do utente; - Psicoterapias são métodos de tratamento de perturbações psíquicas através dos quais se pretende
por um lado, estabilizar emocionalmente o utente, reduzindo os sintomas que manifesta, e por
- Avaliação da situação socioeconómica do utente e respetivo agregado familiar;
outro, identificar as causas do adoecer psicológico que deverão ser alvo de intervenção.
- Definição de Plano Individual de Inserção.
- Existem vários tipos de psicoterapias baseadas em diferentes modelos teóricos e com distintas
técnicas de intervenção (psicoterapias de inspiração psicanalítica, psicoterapias breves,
psicoterapias sistémicas, psicoterapias comportamentais-cognitivas, psicoterapias familiares,
psicoterapias de grupo, psicodrama, entre outras).

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CONSULTAS DE PSICOTERAPIAS CONSULTAS DE ENFERMAGEM


- tem como objetivo facilitar os processos de transição do utente ao longo do tratamento, ajudando-
- Diferenciam-se das consultas de psicologia, sobretudo pelas características do contrato a a enfrentar as dificuldades com que se depara no momento qualquer que seja o seu estado de
terapêutico que deverá, entre outras coisas, definir uma regularidade pré-estabelecida (uma ou saúde/doença e procurando que as experiências vividas neste processo sejam promotoras de saúde
e bem-estar.
duas vezes por semana, por exemplo).Como projeto terapêutico autónomo, a psicoterapia não
- Enfermeiro colabora com o utente (doente/família) contribuindo para o alívio do seu mal-estar,
deverá ser indiferenciadamente indicada: tal como acontece em outros projetos terapêuticos, prevenindo possíveis complicações de saúde decorrentes dos comportamentos aditivos e
existem requisitos obrigatórios que deverão ser cumpridos, dada a profundidade da intervenção em dependência;

causa. - Ajuda na gestão de tomada de medicamentos e promovendo o tratamento adequado de outras


doenças associadas de que, eventualmente, o utente seja portador.

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CONSULTAS DE CRIANÇAS E JOVENS

Um espaço de escuta e de consulta a crianças e jovens e seus familiares ou outros CONSULTAS A GRÁVIDAS
envolventes significativos, com comportamentos aditivos e dependências ou que se A mulher grávida tem acesso prioritário aos cuidados de saúde em consultas específicas que visam
encontrem em situação de risco, no sentido de reforçar os fatores protetores e inibir os a prestação de cuidados integrados e globais, durante o período de gestação e puerpério.
fatores de risco.
A intervenção decorre sempre que possível com a envolvência do companheiro e ou da família,
sendo que o acompanhamento destas doentes segue uma linha de intervenção integrada com os
serviços de obstetrícia, e com outros serviços considerados necessários como os Serviços Distritais
da Segurança Social e as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco.

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GRUPOS DE SUPORTE TERAPÊUTICO PROGRAMAS DE TRATAMENTO

- Existem modelos diversificados de intervenção em grupo, dirigidos a diferentes - Programa de tratamento com antagonista de opiáceos;
populações alvo (utentes que procuram tratamento pela primeira vez, famílias, jovens
experimentadores, e outros) e que podem ter objetivos diferenciados. - Programa de tratamento com agonistas opiáceos;
- Podem ser abertos ou fechados, com periodicidade definida (semanal, quinzenal ou
mensal) visando suporte terapêutico enquanto intervenção única neste âmbito ou
complementar a outras intervenções.

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PROGRAMAS DE TRATAMENTO COM ANTAGONISTA DE OPIÁCEOS


https://www.youtube.com/watch?v=x4vBI-NOIeo

- Indicado para heroinodependentes que estejam abstinentes de consumos que revelem um nível
ANTAGONISTA
de organização pessoal e com apoio familiar;

- O programa visa a abstinência do consumo de heroína e consiste na prescrição de um

medicamento bloqueador dos recetores opiáceos com tempo de atuação prolongado, que em

caso de consumo de heroína, impede o utente de sentir o seu efeito; (ex: Naltrexona)

- Visa a prevenção da recaída, nomeadamente a que poderá ocorrer por impulso;

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PROGRAMAS DE TRATAMENTO COM AGONISTAS DE OPIÁCEOS PROGRAMAS DE TRATAMENTO COM AGONISTAS DE OPIÁCEOS
- A prescrição deste programa não deve ser colocada como primeira resposta terapêutica, a não ser quando
- Indicado para heroinodependentes; existam indicações para que a manutenção opioide seja o tratamento de primeira linha, quando o quadro
clinico global constitui uma indicação clinica para tal (ex: como o caso de cloridrato de metadona para
- Trata-se de um tratamento de manutenção com medicamentos opioide de efeito agonista que,
mulheres grávidas). Fora desse âmbito, estes programas devem ser propostos quando outros métodos
administrados em dose adequada, impedem o sofrimento físico provocado pela abstinência e a
terapêuticos não se revelaram eficazes para ajudar o doente;
necessidade física de a consumir, ao mesmo tempo que reduzem o “craving” (desejo intenso de consumir
- Para a concretização dos objetivos deste Programa Terapêutico deve ser elaborado um “Contrato
heroína).
Terapêutico” com regras e com uma duração determinada;

- No final do programa ou mesmo antes, caso se alterem as condições iniciais, a situação é reavaliada e
definido o futuro da intervenção;

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PROGRAMAS DE TRATAMENTO COM AGONISTAS DE OPIÁCEOS


https://www.youtube.com/watch?v=cvyG8ogHqok
- A admissão nestes programas resulta de uma indicação médica, definindo-se com o terapeuta de referência o
modelo de administração a ser usado em cada caso;

- No início do Programa, o medicamento deve ser administrado diariamente e presencialmente por um


metadona
elemento da equipa de enfermagem ou farmacêutico; verificando-se uma boa evolução em tratamento, e
mantendo-se a supervisão clínica sobre o mesmo, pode ser dada progressivamente maior autonomia ao utente
na administração do medicamento (ex: cloridrato de metadona, buprenorfina)

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RESPOSTAS E INTERVENÇÕES Áreas de Dia/Centro de Dia


- Estruturas de apoio ao tratamento e à reinserção, essenciais e determinadas fases do projeto terapêutico;

- Áreas de Dia/Centro de Dia; - visam a ressocialização, o desenvolvimento pessoal, a aquisição e o treino de competências sociais, com vista à
reinserção social dos indivíduos;
- Unidades de Desabituação;
- Os Centros de Dia são indicados essencialmente para utentes dependentes de substâncias lícitas ou ilícitas em fase de
- Comunidades Terapêuticas; abstinência, com suporte familiar insuficiente ou inexistente, ainda sem projeto de reinserção social e, portanto, utentes
- Unidades de Alcoologia; bastante vulneráveis do ponto de vista emocional;

- Serviços de Saúde Mental; - Dotados de uma variedade de formas de intervir, estas unidades especializadas potenciam e diversificam o processo
terapêutico, ao mesmo tempo que constituem um ponto de ligação entre o Tratamento e a Reinserção;
- Serviços de Especialidade Médico-Cirúrgicas Hospitalares
- Disponibilizam ao utente atividades terapêuticas, educativas, formativas e ocupacionais.

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Unidades de Desabituação Unidades de Desabituação


- São unidades de internamentos programados de curta duração (7 a 10 dias, podendo ir até 20 dias - Fazendo parte das intervenções do modelo integrado de cuidados aos utentes com
em situações de comorbilidade), onde através de uma abordagem psicofarmacológica, de apoio comportamentos aditivos e dependências a saída de um internamento em Unidade de Desabituação
psicoterapêutico e educação para a saúde, se promove o tratamento do síndrome de privação em pressupõe sempre a continuidade de cuidados, sendo como tal reforçado junto ao utente a
utentes que não dispõem de condições individuais ou sociais para o fazer em regime ambulatório. necessidade de prosseguir o seu processo nas suas diferentes vertentes, desenvolvendo-se

- Nestas unidades, faz-se ainda a estabilização / ajuste da dose /transferência / descontinuação de estratégias para a manutenção e melhoria da adesão às medidas terapêuticas que lhe estão
prescritas, ou mesmo iniciando-se novas intervenções que visem a promoção da abstinência.
programas de tratamento com agonista opiáceos, bem como o tratamento e estabilização de
comorbilidade psiquiátrica e médica ligeira.

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Comunidades Terapêuticas Comunidades Terapêuticas


- Unidades Especializadas de Tratamento Residencial de longa duração (habitualmente com a duração de 3 a 12 - Estes dispositivos terapêuticos operam com uma equipa multidisciplinar, sob supervisão psiquiátrica;

meses); - Ao proporem uma rutura com o meio onde os consumidores se inserem e através de apoio especializado, têm como

- Em regime de internamento; objetivo promover o autocontrolo sobre o consumo de drogas;

- Onde através de apoio psicoterapêutico e socioterapêutico se procura ajudar à reorganização do mundo - Desenvolver as competências pessoais e sociais, tendo em vista a autonomização do utente e a sua plena inserção social;

interno dos utentes, e a perspetivar o seu futuro; - Visando responder de forma mais adequada aos problemas característicos de grupos de utentes mais vulneráveis, no âmbito
do Tratamento em Comunidade Terapêutica estão previstos Programas Específicos que procuram responder de forma mais
- As Comunidades Terapêuticas são assim espaços residenciais, destinados a promover a reabilitação
abrangente às suas necessidades, quer a nível terapêutico quer de reabilitação social: Jovens, Grávidas, Dependentes de Álcool,
biopsicossocial do utente, mediante um programa terapêutico articulado em diferentes fases, sendo que a
Utentes com Doença Mental Grave Concomitante, etc.
dinâmica comunitária as distingue das restantes abordagens de tratamento.

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Unidades de Alcoologia Serviços de Saúde Mental


- Unidades especializadas no tratamento de perturbações relacionadas com o álcool; - A intervenção dos Departamentos / Serviços de Psiquiatria e Saúde Mental no tratamento de utentes com
- Prestam cuidados mais diferenciados e integrados, a utentes com problemas de consumo nocivo e de comportamentos aditivos e dependências tem lugar quando existe necessidade de respostas mais diferenciadas
dependência do álcool, moderada a grave; e específicas, nomeadamente perante quadros de comorbilidade psiquiátrica mais grave, associados ao consumo

- Nos casos de policonsumo, as Unidades de Alcoologia dão o apoio nas situações em que o álcool é o consumo de substâncias;

predominante; - Estes serviços dispõem de respostas em ambulatório e internamento;


- Dispondo de respostas em regime ambulatório ou de internamento; - Funcionam num modelo multidisciplinar, articulando a sua intervenção com as unidades especializadas em
- Estas unidades intervêm com utentes com síndrome de abuso ou dependência de álcool, seguindo as comportamentos aditivos e dependências, o que permite ao utente prosseguir o seu tratamento em todas as
modalidades de tratamento mais adequadas a cada situação. áreas que necessita.

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Serviços de Especialidades Médico-cirúrgicas Hospitalares


- O recurso a estes serviços, frequente no âmbito do tratamento integrado dos utentes com comportamentos aditivos e
ACESSO AO
dependências, decorre dos riscos e danos à saúde física que o curso da sua doença principal habitualmente acarreta;
TRATAMENTO
- As frequentes comorbilidades físicas são alvo de intervenção destas unidades; Por decisão Judicial
Iniciativa Própria
- Tratamento em ambulatório ou internamento, de doentes com comportamentos aditivos e dependências que necessitam de
cuidados diferenciados e específicos, como é o caso das doenças infeciosas, entre outras.

- Condições particulares, como a gravidez e o puerpério, assumem igualmente nestes utentes uma necessidade de cuidados
integrados e específicos, atendendo às suas características de maior fragilidade biopsicossocial;

- Funcionando de forma integrada com as unidades especializados que seguem estes utentes pelo seu problema de adição, a Comissões para a
articulação entre serviços permite ao utente manter o seu tratamento para o seu problema aditivo, em concomitância com Por Referenciação Dissuasão da
os cuidados de que necessita a nível da sua saúde física. Toxicodependência

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INICIATIVA PRÓPRIA POR REFERENCIAÇÃO


- A partir de uma consulta de medicina de saúde familiar, saúde ocupacional ou de outra especialidade,
em espaço de consulta ou de episódio de urgência, quando o médico avalia;
- Centros de Saúde/Unidades de Saúde Familiar;
- No âmbito das medidas de diagnóstico, a existência de consumo de risco, nocivo ou mesmo
- Estruturas de Especializadas em Tratamento dos Comportamentos Aditivos e
dependência de substâncias lícitas ou ilícitas;
Dependências na zona de residência (Cri´s, UA);
- A referenciação pode igualmente ocorrer através dos dispositivos que operam na área de Redução de
Riscos e Minimização de Danos dos comportamentos aditivos e das dependências que intervêm em
diferentes contextos;

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POR REFERENCIAÇÃO COMISSÕES DISSUASÃO TOXICODEPENDÊNCIA

- Ao nível de outras situações, como é o caso da intervenção em contextos recreativos, - No decurso da avaliação dos consumidores de substâncias psicoativas ilícitas indiciados pelas forças de

podem estas equipas identificar e encaminhar para estruturas de cuidados diferenciados segurança;

no âmbito dos comportamentos aditivos e dependências consumidores de substâncias - Por entidades que operam no âmbito comunitário e social, no âmbito das forças de segurança, do sistema
educativo, da Segurança Social, as quais no domínio da sua intervenção específica junto dos cidadãos aos
psicoativas que evidenciem comportamentos aditivos que apontem para risco imediato
quais prestam serviços, identificam situações para as quais estará indicado a avaliação e eventual
para a saúde, ou que apontem para a possibilidade de evolução para níveis mais elevados
intervenção no âmbito dos comportamentos aditivos e das dependências;
de risco, ou mesmo a dependência;

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POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL SERVIÇOS REGIÃO NORTE


ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS DO EQUIPAS TÉCNICAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS
CSP /FREGUESIA OU ESPECIALIZADAS
CONCELHO
- Face à lei penal portuguesa que prevê, no que se refere às medidas alternativas à prisão; - Arcos de Valdevez CRI DE VIANA DO CASTELO UA – ambulatório
- Caminha ET DE VIANA DO CASTELO
- Paredes de Coura UD NORTE (Internamento)
- Esta pode surgir na fase de decisão judicial sobre a pena, na avaliação da liberdade condicional, ou ULS ALTO - Ponte de Lima
MINHO - Ponte da Barca CT Ponte da Pedra HOSPITAL DE SANTA LUZIA
durante a execução da pena, e pode determinar a inserção do cidadão em diferentes tipos de (ACES) - Melgaço (Tratamento em
- Monção Internamento)
programa, em ambulatório ou em internamento; - Valença Consulta Descentralizada de Valença
- Viana do Castelo PIAC – Projeto integrado de
- Vila Nova de Cerveira apoio à criança

PIAM – Projeto integrado de


apoio materno

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SERVIÇOS REGIÃO NORTE SERVIÇOS REGIÃO NORTE


ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS
DO CSP /FREGUESIA OU DO CSP /FREGUESIA OU
CONCELHO CONCELHO
- Barcelos CRI BRAGA UA – ambulatório - Cabeceiras de Basto ET DE GUIMARÃES UA – ambulatório CENTRO HOSPITALAR DO
ACES - Esposende ET DE BRAGA ACES ALTO AVE - Fafe ALTE AVE
BARCELOS/EXPOS UD NORTE (Internamento) - Guimarães UD NORTE (Internamento)
ENDE - Vizela
CT Ponte da Pedra HOSPITAL DE SANTA LUZIA CT Ponte da Pedra
(Tratamento em (Tratamento em CENTRO HOSPITALAR DO
Internamento) ACES FAMALICÃO - Famalicão Internamento) MÉDIO AVE
ACES - Amares
GERES/CABREIRA - Póvoa do Lanhoso PIAC – Projeto integrado de PIAC – Projeto integrado de
- Terras Bouro apoio à criança apoio à criança ACES BAIXO TÂMEGA
- Viera do Minho ACES BAIXO
- Vila Verde PIAM – Projeto integrado de TÂMEGA Celorico de Bastos PIAM – Projeto integrado de
apoio materno apoio materno
ACES BRAGA
- Braga

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169 170

SERVIÇOS REGIÃO NORTE SERVIÇOS REGIÃO NORTE


ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS
DO CSP /FREGUESIA OU DO CSP /FREGUESIA OU
CONCELHO CONCELHO
- Boticas CRI Vila Real UA – ambulatório CENTRO HOSPITALAR TRÁS - Armamar UA – ambulatório CENTRO HOSPITALAR TRÁS
ACES ALTO - Chaves ET de Chaves OS MONTES E ALTO DOURO ACES DOURO SUL - Lamego OS MONTES E ALTO DOURO
TÂMEGA E - Montalegre UD NORTE (Internamento) - Moimenta da Beira UD NORTE (Internamento)
BARROSO - Ribeira de Pena - Sernancelhe
- Valpaços CT Ponte da Pedra - Tabuaço CT Ponte da Pedra
- Vila Pouco de Aguiar (Tratamento em - Tarouca (Tratamento em
Internamento) Internamento) CENTRO HOSPITALAR ALTO
ACES ALTO AVE - Mondim de Basto AVE
ACES MARÃO e - Alijó Consulta descentralizada de Alijó PIAC – Projeto integrado de PIAC – Projeto integrado de
DOURO NORTE - Mesão Frio apoio à criança apoio à criança
- Sabrosa
- Stª Marta Penaguião PIAM – Projeto integrado de ACES BAIXO - Resende PIAM – Projeto integrado de CENTRO HOSPITALAR
- Vila Real ET Vila Real apoio materno TÂMEGA apoio materno TÂMEGA E SOUSA

171 172

171 172

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SERVIÇOS REGIÃO NORTE SERVIÇOS REGIÃO NORTE


ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS
DO CSP /FREGUESIA OU DO CSP /FREGUESIA OU
CONCELHO CONCELHO
- Alfandega da Fé CRI DE BRAGANÇA UA – ambulatório ULS NORDESTE - Paranhos; CRI PORTO CENTRAL UA – ambulatório HOSPITAL DE S.JOÃO
ULS Nordeste - Bragança ET DE BRAGANÇA (Cuidados Hospitalares) ACES PORTO ET DE CEDOFEITA
(CSP) - Carrazeda de UD NORTE (Internamento) OCIDENTAL UD NORTE (Internamento)
Ansiães
- Freixo Espada à Cinta CD DE FREIXO CT Ponte da Pedra ACES PORTO - S. Nicolau CT Ponte da Pedra CENTRO HOSPITALAR DO
- Macedo de CD DE MACEDO DE CAVALEIROS (Tratamento em OCIDENTAL - Cedofeita (Tratamento em PORTO
Cavaleiros Internamento) - Miaragaia Internamento)
- Miranda do Douro - Ramalde
- Mirandela CD DE MIRANDELA PIAC – Projeto integrado de PIAC – Projeto integrado de
- Mogadouro CD DE MOGADOURO apoio à criança apoio à criança
- Torre Moncorvo CD DE TORRE DE MONCORVO CENTRO HOSPITALAR
- Vila Flor PIAM – Projeto integrado de ACES BAIXO PIAM – Projeto integrado de TÂMEGA E SOUSA
- Vila Nova Foz Coa apoio materno TÂMEGA - Amarante apoio materno
- Vimioso - Baião
- Vinhais - Cinfães
- Marco de Canaveses
173 174

173 174

SERVIÇOS REGIÃO NORTE SERVIÇOS REGIÃO NORTE


ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS
DO CSP /FREGUESIA OU DO CSP /FREGUESIA OU
CONCELHO CONCELHO
- Vila Nova de Gaia ET DE Vila Nova de Gaia UA – ambulatório CENTRO HOSPITALAR VILA - Valongo CRI PORTO ORIENTAL UA – ambulatório HOSPITAL DE S.JOAO
ACES GAIA NOVA DE GAIA/ESPINHO ACES GRANDE - Bonfim CD DE VALONGO
UD NORTE (Internamento) PORTO III MAIA - UD NORTE (Internamento)
- Espinho CD de Espinho VALONGO
ACES CT Ponte da Pedra CT Ponte da Pedra
ESPINHO/GAIA (Tratamento em (Tratamento em
Internamento) ACES PORTO - Bonfim ET PORTO ORIENTAL Internamento)
ORIENTAL - Campanhã CENTRO HOSPITALAR DO
- Oliveira de Azeméis PIAC – Projeto integrado de PIAC – Projeto integrado de PORTO
ACES - S. João da Madeira apoio à criança CENTRO HOSPITALAR ENTRE apoio à criança
AVEIRO/NORTE - Vale Cambra DOURO E VOUGA ET GONDOMAR
PIAM – Projeto integrado de ACES - Gondomar CD SÃO PEDRO DA COVA PIAM – Projeto integrado de
apoio materno GONDOMAR apoio materno

ACES FEIRA/ - Srª Maria Feira ET Santa Maria da Feira


AROUCA - Arouca ACES PORTO - Santo Ildefonso
OCIDENTAL
175 176

175 176

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SERVIÇOS REGIÃO NORTE SERVIÇOS REGIÃO NORTE


ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS
DO CSP /FREGUESIA OU DO CSP /FREGUESIA OU
CONCELHO CONCELHO
- Lousada ET DE FREAMUNDE UA – ambulatório - Lousada ET DE FREAMUNDE UA – ambulatório
ACES VALE SOUSA - Paços de Ferreira CENTRO HOSPITALAR ACES VALE SOUSA - Paços de Ferreira CENTRO HOSPITALAR
NORTE - Felgueiras UD NORTE (Internamento) TÂMEGA E SOUSA NORTE - Felgueiras UD NORTE (Internamento) TÂMEGA E SOUSA

CT Ponte da Pedra CT Ponte da Pedra


(Tratamento em (Tratamento em
ACES VALE SOUSA Internamento) ACES VALE SOUSA Internamento)
SUL - Castelo Paiva SUL - Castelo Paiva
- Paredes PIAC – Projeto integrado de - Paredes PIAC – Projeto integrado de
- Penafiel apoio à criança - Penafiel apoio à criança

PIAM – Projeto integrado de PIAM – Projeto integrado de


apoio materno apoio materno

177 178

177 178

SERVIÇOS REGIÃO NORTE SERVIÇOS REGIÃO NORTE


ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS ACES/ULS UNIDADES FUNCIONAIS EQUIPAS TÉCNICAS ESPECIALIZADAS UNIDADES ESPECIALIZADAS HOSPITAIS
DO CSP /FREGUESIA OU DO CSP /FREGUESIA OU
CONCELHO CONCELHO
- Aldoar CRI PORTO OCIDENTAL UA – ambulatório CENTRO HOSPITALAR DO - Matosinhos ET MATOSINHOS UA – ambulatório HOSPITAL PEDRO HISPANO
ACES PORTO - Massarelos ET PORTO OCIDENTAL PORTO ACES ULS
OCIDENTAL - Nevogilde UD NORTE (Internamento) MATOSINHOS UD NORTE (Internamento)
- Foz Douro
- Lordelo Ouro CT Ponte da Pedra CT Ponte da Pedra
(Tratamento em HOSPITAL DE S.JOÃO (Tratamento em
Internamento) Internamento)
ACES GRANDE - Maia ACES SANTO - Santo Tirso CD de SANTO TIRSO CENTRO HOSPITALAR MÉDIO
PORTO III MAIA- PIAC – Projeto integrado de TIRSO/TROFA - Trofa CD DA TROFA PIAC – Projeto integrado de AVE
VALONGO apoio à criança CENTRO HOSPITALAR PÓVOA apoio à criança
VARZIM/VILA CONDE
PIAM – Projeto integrado de PIAM – Projeto integrado de
apoio materno apoio materno
ACES POVOA - Povoa Varzim
VARZIM/VILA - Vila Conde
CONDE
179 180

179 180

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INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO
Programas de Respostas Integradas Programas de Respostas Integradas

- São implementados por Núcleos Territoriais, constituídos por entidades parceiras


- planos de intervenção específico que integra respostas (públicas e privadas), que, em articulação com o SICAD e a Divisão de Intervenção nos
interdisciplinares e multisectoriais, com alguns ou todos os Comportamentos Aditivos e Dependências (DICAD) da Administração Regional de Saúde,
tipos de intervenção (prevenção, dissuasão, redução de riscos I.P. (ARS,I.P.) territorialmente competente de acordo com a mais recente orgânica do
e minimização de danos, tratamento e reinserção) e que Ministério da Saúde, atuam localmente com vista à concretização dos objetivos comuns
decorre dos resultados do diagnóstico de um território inicialmente planeados.
identificado como prioritário.

181 182

181 182

Constituição do Núcleo Territorial

Competências
• Assegurar a integração das intervenções que constituem o PRI;

• Dinamizar e promover a implementação das intervenções previstas no


planeamento do PRI;

• Garantir a adequação das intervenções às necessidades dos grupos-alvo;

• Monitorizar o desenvolvimento das intervenções;

• Avaliar o PRI no seu todo, relativamente à territorialidade, à integração, à


parceria e à participação, com avaliação anual.
183 184

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Programas de Respostas Integradas INTERVENÇÃO


- FICHA BASE DO UTENTE
- Projetos comunitários e de proximidade muito importantes na área dos Comportamentos
Data da entrada _____/_____/______ N.º de Processo_________________________
Aditivos e Dependências para os territórios onde são implementados;
Entidade de encaminhamento: ___________________________________________________
- Complementam a intervenção das Equipas dos CRI`S e das Consulta Descentralizadas de
Equipa Técnica no Atendimento: __________________________________________________
forma contínua e integrada nos contextos que foram identificados como prioritários,
Gestora de Caso_______________________________________________________________
salientando e reforçando a intervenção junto dos utentes com CAD e das suas famílias;

- Dar respostas às principais necessidades diagnosticadas nos território de intervenção no • IDENTIFICAÇÃO DO UTENTE: _____________________________________________________

que diz respeito à população com CAD; _____________________________________________________________________________

- Intervenção desenvolvida pauta-se pela parceria e boa articulação entre os toda a rede Data de nascimento: ______________________________

social de cada território. Morada do utente: _____________________________________________________________

185 186

185 186

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO
- FICHA BASE DO UTENTE - FICHA BASE DO UTENTE

Contato telefónico: __________________________________ • EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO:

Cartão de cidadão: ___________________________________ Último ano escolar frequentado completo: _________________________________________

Idade de 1º trabalho efetivo:


• NIF: _______________________________________________
Experiência profissional:
• NISS: ______________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
• SNS: ______________________________________________
• Situação profissional atual: _______________________________________________________

• Última profissão exercida:________________________________________________________


187 188

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INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
- FICHA BASE DO UTENTE
- FICHA BASE DO UTENTE
FONTES DE RENDIMENTOS
DADOS SÓCIO-FAMILIARES:
n.º de elementos do agregado familiar __________________ - Rendimento do trabalho Valor: __________€

Coabitação/Caracterização do agregado familiar - Reforma/ Pensão Social Valor: __________€

Elementos de Idade Sexo Grau de Situação Outras Fontes de - A cargo de familiares


Coabitação Profissional Rendimento
Escolaridade
utente - A cargo de uma instituição

- Subsídios temporários: Valor: __________€

- Rendimentos Social de Inserção Valor:__________€

Outros Quais? _______________________________________ Valor: ___________€

189 190

189 190

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO
- FICHA BASE DO UTENTE - FICHA BASE DO UTENTE

• Total de Rendimentos económicos do agregado familiar: _________ • Total de Rendimentos económicos do agregado familiar: _________

Renda : _______€ Água/Luz/Gás______€ Outras: _______€ Renda : _______€ Água/Luz/Gás______€ Outras: _______€

Medicação: _______€ Transportes_______€ Indique quais______________________€ Medicação: _______€ Transportes_______€ Indique quais______________________€

191 192

191 192

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INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO
- FICHA BASE DO UTENTE - FICHA BASE DO UTENTE
• SITUAÇÃO HABITACIONAL DO AGREGADO . SITUAÇÃO JUDICIAL ;

N.º de assoalhadas: ___________________________________ . CONTATOS INSTITUIÇÕES REFERENCIADOS (ENTIDADE, TÉCNICO, CONTATO);

Tipo de habitação: ____________________________________ . DIAGNÓSTICO SOCIAL

- Geonograma familiar;

- História dos consumos e tratamentos;

- Problemas de Saúde e Medicação;

193 194

193 194

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO
ÁREAS DE INTERVENÇÃO A DESENVOLVER E DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS POR ÁREA

- Folha de diligências; ÁREAS NECESSIDADES POTENCIALIDADES OBJETIVOS


CIDADANIA/JUSTIÇA
- Sistema de Informação Multidisciplinar; EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO
EMPREGO
- PEN (prescrição eletrónica de medicamentos); FAMÍLIA
HABITAÇÃO
LAZER/OCUPAÇÃO
PROTEÇÃO SOCIAL
SAÚDE
OUTRAS
195 196

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INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO EM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS

ÁREIAS DE INTERVENÇÃO A DESENVOLVER E DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS POR ÁREA


. Fenómeno Multidimensional com origens e consequências;
. Perspetiva de mediador entre sujeitos focando-se a intervenção no indivíduo e em todas as suas redes: primárias no que
diz respeito à família e amigos, as secundárias, escola, trabalho e às coletividades;
ROLEPLAY – CASO PRÁTICO
• Ter como principio de atuação o que denomino por “Três R “ : Ressocialização, Reestruturação e a Recuperação da Auto-
Imagem do Indivíduo;

Com vista à construção e concretização de um projeto de vida satisfatório e sustentável.

197 198

197 198

INTERVENÇÃO EM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS INTERVENÇÃO EM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS


• Sem nunca esquecer da implicação da Família e da Comunidade no processo de tratamento e reinserção dos • As competências estratégicas que designam a criatividade, autonomia, capacidade de integrar saberes e a

indivíduos com CAD; atenção dada aos problemas sociais;

• Sabendo que para intervir em CAD é necessário um conjunto de competências instrumentais, conhecimento dos • Saber que somos agentes sociais e de mudança e que temos de estar atentos e acompanhar a evolução da
própria sociedade e o surgimento de novos fenómenos sociais;
métodos, das técnicas e das estratégias de intervenção e estar em constante processo formativo;

• Necessidades de atualizar a nossa intervenção sob pena de sermos ultrapassados;


• A importâncias das redes de apoio territoriais, conhecer tanto os equipamentos como as instituições e quais as
respostas disponíveis; • A importância dos espaços de acompanhamento e de aconselhamento no sentido de potenciar a construção de
projetos de vida, centrados no indivíduo, e que seja participado, negociado e contratualizado com o utente;
• As competências técnicas interpessoais, a capacidade critica reflexiva, a capacidade de escutar o outro e a
naturalidade que deve pautar a intervenção com a ausência de preconceitos totais. • Identificação das necessidades de pessoa;
199 200

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INTERVENÇÃO EM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS INTERVENÇÃO EM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS


• Intervir numa base de corresponsabilização de partilha de responsabilidade, potenciar o processo de • Importância da estruturação de um plano de atividades sociais, desportivas e culturais no sentido de uma
autonomização destes indivíduos; ocupação de tempo livre saudável, trabalhando na prevenção da recaída e na prevenção de desinserção;

• Desenvolver uma intervenção sistémica familiar, é a família que detém os melhores conhecimentos • Implementação de oficinas profissionalizantes em diferentes áreas, numa perspetiva para melhorar as condições

para potenciarmos um melhor percurso de vida; materiais de obtenção de emprego, no desenvolvimento de qualificação técnica profissional e potenciar uma
mudança de atitudes e comportamentos;
• Sessões de Grupo – mudança de atitudes, de hábitos e de comportamentos no sentido de promoção
• Potenciar o aumento do nível de escolaridade, incrementando desta forma as competências técnico-profissionais;
de habilidades sociais nestas pessoas;
• Articulação próxima com as escolas de formação, porque estas apresentam-se como uma estratégia facilitadora;
• Através das sessões de grupo, promover um relacionamento interpessoal, como o respeito pela
opinião do outro, aperfeiçoamento das capacidades de escrita, a gestão de conflitos, entre outras…201 202

201 202

INTERVENÇÃO EM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS INTERVENÇÃO EM COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS


• Realização de treinos de competências pré-profissionais, através da discussão de diferentes temas, reavivar
algumas competências, cumprimento de regras, horários, respeito pela hierarquia, entre outras… • É imperioso que se esteja no terreno, que se trabalhe em rede e integrado em equipa multidisciplinar;

• Necessidade de reconstrução das estratégias profissionalizantes tal como o apoio técnico na elaboração de cartas • Ter sempre presente as premissas do saber: ser, estar, fazer, para estarmos dotados de um conjunto de
de apresentação, currículos, comportamentos em entrevistas… ferramentas que propiciem a capacidade de agir, técnica, pedagogicamente com sensibilidade social e acima de

• Criação de bolsa de empregadores, realização de prospeção de potenciais entidades empregadoras que possam tudo ética;

integrar a população com CAD;


• Necessidade de pensar constantemente na realidade envolvente, adaptarmo-nos às dificuldades e encontrar

• Articulação com as entidades empregadoras/formativas acaba por fazer uma dupla intervenção, para além da alternativas para os múltiplos problemas de âmbito social;
sensibilização destas para integração da população com CAD, existe uma alteração das mentalidades do tecido
empresarial, e leva à interiorização da responsabilidade social.
203 204

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