Você está na página 1de 41

UFCD 10391 - DOMÍNIOS E

ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO EM
ADULTOS

1
ENTIDADE
Euroconsult – Consultores de Engenharia e Gestão, Lda.
FORMADORA

Mário Cruz
COORDENADOR DA
AÇÃO:
Tel.: 213 714 614 | E-mail: mario.cruz@euroconsult.pt

FORMADOR DA
Ana Ramos
AÇÃO:

2
• No final da formação os formandos deverão ser capazes de compreender os domínios e
OBJETIVOS GERAIS:
estratégias de intervenção em adultos.

- Definir os âmbitos e limites da intervenção do/a Técnico/a de Apoio Psicossocial com população
adulta.
- Identificar as áreas, domínios e objetivos da intervenção na população adulta.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Explicar as vantagens das diferentes estratégias de intervenção em função dos objetivos
definidos.
- Dinamizar atividades e produzir materiais ajustados à faixa etária e aos objetivos da
intervenção.

3
Este recurso técnico pedagógico foi desenvolvido com base nos objetivos
estabelecidos para a ação e o grupo de formandos alvo.

O documento é constituído por:


• Apresentação de Conteúdos: articulando os conteúdos com o itinerário
BENEFÍCIO E pedagógico estabelecido, permitindo aos formandos uma base de apoio ao longo
CONDIÇÕES DE do desenvolvimento das sessões de formação, e facilitando a aprendizagem
UTILIZAÇÃO contínua;
• Exercícios/Atividades Práticas: são apresentadas atividades pedagógicas que
permitem aos formandos a execução/simulação práticas, em contextos de sala de
formação, das aprendizagens efectuadas com a formação.

O documento deverá ser entregue aos formandos no inicio da ação de formação.

4
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO
Avaliação de acordo com os seguintes parâmetros:
Parâmetro de Avaliaç ão Desc riç ão Fator Ponderaç ão
1 Aquisição de conhecimentos 20,00%
2 Aplicação de conhecimentos 20,00%
3 Mobilização de competências em novos contextos 20,00%
AVALIAÇÃO DAS 4 Partipação e motivação 10,00%

APRENDIZAGENS 5 Relações interpessoais 6,00%


6 Trabalho em equipa 6,00%
7 Adaptação a uma nova tarefa 6,00%
8 Pontualidade 6,00%
9 Assiduidade 6,00%

Análise da satisfação dos participantes com a formação, através da aplicação


AVALIAÇÃO DA
de um questionário de Avaliação da Reação no final da formação, a preencher
FORMAÇÃO por cada formando.

5
INTERVENÇÃO DO TÉCNICO DE APOIO
PSICOSSOCIAL

6
AMBITOS E LIMITES

• Intervir de forma colaborante implica assumir uma atitude de abertura e de


incerteza que leva o profissional a questionar (mesmo quando supõe saber a
resposta) e a ouvir para saber mais sobre a história do cliente, convidando-o
a participar numa conversa que respeita e honra a sua história e saber e
incita o cliente a assumir-se como “proprietário” do seu plano de
intervenção.

• O termo colaboração (do latim collabōrāre, que significa “trabalhar em


conjunto”) expõe a mudança relacional entre profissionais e clientes, capaz
de gerar maior ativação dos clientes no controlo das suas vidas.

• Trata-se de um processo contínuo, em que os profissionais trabalham para


encontrar formas de cooperar com os clientes, em vez de os olhar apenas
como recetores passivos de soluções pensadas por profissionais/serviços,
quase sempre estandardizadas

7
AMBITOS E LIMITES

• Resumindo, intervir de forma colaborativa significa que os profissionais


devem:

 Adotar uma postura de curiosidade cultural e honrar o conhecimento dos


clientes;
 Acreditar nas possibilidades e focar-se nas mudanças desejadas (futuro);
 Envolver-se em processos de capacitação, ajudando os clientes a
experimentar e a desenvolver sentimentos de auto-eficácia;
 Trabalhar em parceria, ajustando os serviços e tornando o trabalho dos
profissionais mais útil e adaptado às características das famílias.

8
QUESTÕES ÉTICAS

• É importante que os técnicos se esforcem para garantir aos adultos mais


velhos com quem trabalham o direito de controlar a sua própria vida.

• Por vezes surgem conflitos entre familiares, cuidadores formais e adultos mais
velhos fisicamente frágeis ou com défices cognitivos, porque alguns desses
indivíduos podem acreditar que os adultos mais velhos não têm a
capacidade de tomar decisões sobre as suas próprias vidas que possam
afectar a sua segurança e bem-estar.

• Questões éticas e legais podem emergir quando está presente um certo grau
de défice cognitivo ou quando o indivíduo idoso não está familiarizado com
as opções de tratamento.

• Outro conjunto de questões éticas envolve a resolução de potenciais


conflitos de interesse entre os adultos mais velhos e os membros da família,
particularmente em situações de tomada de decisão pelo seu representante
legal

9
QUESTÕES ÉTICAS

• Para resolver esses dilemas éticos da melhor forma, a prioridade máxima


deve ser a de defender os melhores interesses do idoso, mesmo quando o
técnico tenha sido contratadA/O pela instituição.

• Por vezes, os técnicos podem deparar-se com situações em que se suspeita


de que os adultos mais velhos são vítimas de abuso ou negligência.

• Há mais probabilidades de que as pessoas com mais de 80 anos sejam


vítimas de abuso do que adultos mais velhos de outros grupos etários mais
novos, o mesmo acontecendo àqueles que precisam de mais assistência
física ou que apresentam défice de funcionamento cognitivo.

• Os profissionais são legalmente obrigados a relatar suspeitas de abuso e


negligência às autoridades competentes.

10
DOMINIOS DA INTERVENÇÃO COM ADULTOS

11
SAUDE, DOENÇA, INCAPACIDADE E
DEFICIÊNCIA

• Os técnicos podem contribuir para a saúde e o bem-estar dos adultos mais


velhos, ajudando a fornecer programas psicoeducacionais e envolvendo-se
em esforços mais amplos de prevenção e outras intervenções orientadas
para a comunidade.

• No que diz respeito à promoção do bem-estar geral dos adultos mais velhos,
pode ser útil defender a existência de mais actividades de promoção da
saúde orientadas para facilitar a participação dos adultos mais velhos a nível
do exercício físico, boa nutrição e estilos de vida saudáveis.

12
SAUDE, DOENÇA, INCAPACIDADE E
DEFICIÊNCIA
• Uma intervenção psicossocial pode ser definida como um conjunto de
técnicas para utilizar mecanismos de acção cognitiva, comportamental ou
social focados na melhoria do bem-estar psicológico e/ou social, para
ajudar as famílias de pessoas com demência a lidar melhor com os desafios
associados ao desenvolvimento da doença.

• A maior parte das intervenções compreende diversas componentes:

 aconselhamento,
 Educação
 informação e suporte emocional ao cuidador familiar

• Este tipo de apoio tem demonstrado diminuir a sobrecarga dos cuidadores


familiares, diminuir os sintomas neuropsiquiátricos do doente e adiar/prevenir
a sua institucionalização

13
PROMOÇÃO DA SAÚDE E
PREVENÇÃO DA DOENÇA
• A definição de saúde possui implicações legais, sociais e económicasdos
estados de saúde e doença; sem dúvida, a definição mais difundida é a
encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde:

• Segundo a Organização Mundial de Saúde, saúde é “um estado positivo de


completo bem-estar físico, mental e social”, esta definição contraria a do
modelo médico que associa a saúde à “ausência de doença” ou de qualquer
tipo de distúrbio biológico

• A doença tem repercussões nas várias dimensões do indivíduo (física,


psicológica e social) despoletando um estado de desequilíbrio

• O contexto familiar, laboral e outros aos quais o indivíduo pertence é afectado,


daí decorre a necessidade que o tratamento da doença não se circunscreva
apenas ao indivíduo
• A saúde é assim um recurso da vida quotidiana e não apenas um objectivo a
atingir, trata-se de um conceito positivo que valoriza os recursos sociais e
individuais, assim como as capacidades físicas.

14
ENVELHECIMENTO ATIVO E
ENVELHECIMENTO PATOLOGICO

15
ENVELHECIMENTO ATIVO E
ENVELHECIMENTO PATOLOGICO
• Atingir a velhice significa que foi possível sobreviver e adaptar-se com mais
ou menos saúde mental e consequentemente maior ou menor bem-estar a
desafios específicos de outras fases da vida.

• A velhice pode ser um período de múltiplas perdas e transição de papéis,


requerendo adaptação a mudanças do funcionamento físico, morte do
cônjuge, família e amigos.

• O processo de envelhecimento ao longo da velhice, traz ele próprio desafios


adaptativos que lhe são peculiares.

16
ENVELHECIMENTO ATIVO E
ENVELHECIMENTO PATOLOGICO
• O envelhecimento manifesta-se por declínio das funções dos diversos órgãos,
linear ao longo do tempo e com a impossibilidade de definição de um ponto
exacto de transição.

• Como sinais entendam-se:


 os cabelos embranquecidos,
 a pele mais seca e com menor elasticidade,
 rugas,
 deterioração visual e auditiva,
 lentidão de reflexos,
 menor capacidade respiratória,
 menor equilíbrio e resistência,
 cansaço e recuperação física mais lenta,
 menor eficácia do sistema imunitário para proteger o corpo de infecções
 perda de saúde física.

17
ENVELHECIMENTO ATIVO E
ENVELHECIMENTO PATOLOGICO
• Muitas destas manifestações de velhice representam o envelhecimento
primário, gradual e universal, mas outras referem-se ao envelhecimento
secundário, associado a doença e tradutores de excertos de história de vida.

• Envelhecimento normal diz respeito à ausência de patologias tanto ao nível


mental como biológico;

• O envelhecimento patológico apresenta um carácter degenerativo e


associa-se a doenças crónicas, tanto do foro psíquico como físico, bem
como a doenças típicas da velhice de desorganização biológica.

• No entanto, nenhum ser humano consegue atingir uma velhice bem-


sucedida por si só se desprezar as circunstâncias sociais e ambientais
envolventes.

• Tem que se ter em consideração os factores sóciais, históricos e adaptativos,


ou seja, tem que se ter em conta uma perspectiva ecológica.

18
PROMOÇÃO DO ENVELHECOMENTO
ATIVO E PREVENÇÃO DO
ENVELHECIMENTO PATOLÓGICO

• O conceito de envelhecimento ativo tem implícita uma constelação de


fatores que o determinam.

• Um desses fatores, com forte influência na manutenção da autonomia e do


controlo sobre o meio, é a relação da pessoa idosa com o ambiente
residencial, isto é, com a habitação e com o contexto físico e social
envolvente.

• preocupações com a definição de ambientes adequados para os mais


idosos sempre encararam o processo de envelhecimento atendendo
sobretudo às fragilidades a ele associadas e prestando particular atenção a
aspetos relacionados com a mobilidade.

• Mas o desafio atual vai mais além e consiste em encontrar soluções que
correspondam ao objetivo de promover a qualidade de vida,
nomeadamente, através da integração social.

19
CONTEXTOS INSTITUCIONAIS
• Algumas instituições incluem uma grande variedade de contextos de
cuidados

• Esses locais de prestação de serviços englobam vários contextos


comunitários onde se encontram adultos mais velhos, incluindo contextos de
cuidados comunitários e domiciliários

• Como os padrões de residência estão frequentemente concentrados em


função das necessidades do serviço, os adultos mais velhos que se
encontram nestes diversos contextos geralmente diferem em termos de grau
de dependência e capacidade funcional.

20
FORMAS DE INTERVENÇÃO COM ADULTOS

21
INDIVIDUAL, GRUPO, FAMILIA E
CUIDADORES
• O grupo de adultos apresenta as seguintes características:

 Os seus interesses são menos difusos que nos grupos de crianças e


adolescentes, muitas vezes centrando-se em problemas concretos que não
conseguem resolver sozinhos, ligados ao desempenho do papel de pais, de
ativos, de cidadãos e de familiares.

 Devido à estratificação social habitualmente existente e os interesses


específicos atrás referidos o grupo de adultos é bastante seletivo,

 Dadas as características físicas dos seus elementos as actividades destes


grupos são mais de natureza verbal que motora,

 A inibição face a certos tabus de ordem social, sexual e outros, recomenda


grande prudência por parte do interventor, no sentido de não ferir
suscetibilidades desnecessariamente, e a habilidades em desenhar
estratégias de intervenção que façam cair esse tipo de barreiras quando
necessárias.

22
INDIVIDUAL, GRUPO, FAMILIA E
CUIDADORES
• O comportamento do interventor perante um grupo de adultos deve apoiar
a sua autonomização como pessoas e como cidadãos numa perspetiva de
empowerment, podendo por vezes ter de assumir um papel mais diretivo de
advogado social dos seus interesses

23
INDIVIDUAL, GRUPO, FAMILIA E
CUIDADORES
• Considerando as características atrás referidas desta faixa etária as
estratégias recomendáveis com grupos de novos idosos deverão visar:

 Ajudar a adaptar-se à situação de reforma, sobretudo à reorganização do


seu dia-a-dia, encarando o maior tempo disponível como oportunidade
para o seu desenvolvimento pessoal e para o desempenho de papeis
socialmente úteis,

 ajudar a definir novas metas de vida, como por exemplo, a possibilidade de


uma segunda oportunidade de formação para o desempenho de papéis
sociais compatíveis com a sua idade e experiência.

• O trabalho com grupos de velhos idosos, normalmente feito em lares, centros


de dia ou de convívio, deverá garantir o apoio psicossocial necessário,
nomeadamente o combate à solidão.

24
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO COM ADULTOS

25
PSICOEDUCAÇÃO
• A terapia cognitivo-comportamental é utilizada através da reestruturação
cognitiva, para detetar e modificar crenças e pensamentos que funcionem
como barreiras para lidar com os desafios associados à prestação de
cuidados

• As intervenções baseadas nesse modelo costumam ser organizadas junto de


grupos pequenos (cinco a dez participantes), podendo ser individuais, entre
cinco a nove sessões semanais com a duração de aproximadamente 90 a
120 minutos.

• Mais recentemente têm sido desenvolvidas intervenções psicoeducativas


que se afirmam como uma metodologia de intervenção que congrega o
modelo biomédico e a intervenção familiar sistémica.

26
PSICOEDUCAÇÃO
• A intervenção psicoeducativa visa facilitar o reenquadramento da doença,
desenvolvendo sentimentos de competência

• Baseia-se num paradigma de stresse e coping, encorajando um clima de


normalização, ausência da culpabilização e facilitação da exploração de
novas estratégias, bem como de promoção e identificação das
gratificações e aspectos positivos do cuidar, possibilitando explorar novas
estratégias.

27
TERAPIA ORIENTADA PARA A
REALIDADE
• A orientação diz respeito à noção de alguns aspectos biográficos pessoais e
dos contextos espacial e temporal onde estamos inseridos. Esta é uma das
dimensões que encontramos afectadas num quadro demencial.

• Regra geral, as pessoas com demência começam por apresentar uma


desorientação temporal.
• À medida que a doença vai progredindo, as pessoas podem ficar mais
confusas em relação ao seu contexto espacial, ou seja, em relação à sua
localização geográfica.

• Esta desorientação espacial pode levar a que a pessoa se perca em


percursos anteriormente familiares (na rua ou até mesmo em casa). Nas fases
mais avançadas da demência, a pessoa pode não se lembrar do seu próprio
nome ou até não conseguir reconhecer-se ao espelho.

• Para além de ser frustrante e perturbadora, a desorientação pode constituir


um risco para a pessoa com demência (por exemplo, se estiver desorientada
no espaço e muito agitada, pode estar mais sujeita a cair).

28
TERAPIA ORIENTADA PARA A
REALIDADE
• A orientação para a realidade é uma técnica terapêutica utilizada para
ajudar a pessoa com demência a restabelecer o contacto com o seu meio
envolvente (com a sua realidade).

• O que se pode trabalhar:

 Promova a discussão em torno de temas da actualidade

 retire notícias do jornal do dia e adapte-as para facilitar a sua compreensão


(ex: apresente apenas o título e faça um breve resumo oral da notícia)

 Faça perguntas que não estão associadas a uma resposta certa ou errada
de modo a promover a partilha de opiniões independentemente do
conteúdo da resposta.

• Assim, a aplicação desta técnica requer alguma sensibilidade e, por isso, é


desejável que seja realizada por um profissional ou, alternativamente, que o
cuidador informal seja orientado para a aplicar da melhor forma em casa.

29
TERAPIA OCUPACIONAL
• A verdade é que, apesar de ser uma abordagem terapêutica em expansão
em todo o mundo e cuja eficácia tem vindo a ganhar reconhecimento, em
Portugal, poucas são as pessoas que conhecem este tipo de terapia

• A Terapia Ocupacional é uma área da saúde que atua no tratamento e


reabilitação de pessoas de todas as idades.

• O seu objetivo é facilitar e capacitar a realização das atividades do dia-a-


dia que as mesmas deixaram de poder fazer por força de alguma condição
clínica (motora, cognitiva, emocional ou social).

• Essas condições podem estar presentes desde o nascimento, serem


desenvolvidas com a idade ou resultarem de acidente, doença ou lesão.

30
TERAPIA OCUPACIONAL
• O Terapeuta Ocupacional pode aplicar a sua abordagem em diversas áreas,
como:

 Pediatria (casos de atraso global do desenvolvimento, síndrome de down,


paralisia cerebral, autismo…)
 Medicina física e reabilitação (casos de AVC, quadros neurológicos e
ortopédicos…)
 Geriatria (problemáticas específicas do envelhecimento, alzheimer e outros
quadros demenciais, Parkinson…)
 Psiquiatria (esquizofrenia, doença bipolar, depressão…).

31
TERAPIA OCUPACIONAL
• Devido à diversidade de população e de quadros clínicos abrangidos pelo
acompanhamento prestado pelos Terapeutas Ocupacionais, estes podem
intervir nos mais diversos locais, tais como:

 Clínicas de Reabilitação
 Clínicas de Saúde Mental
 Creches
 Jardins-de-infância
 Escolas
 Clínicas Médicas
 Domicílios
 Hospitais

32
TERAPIA OCUPACIONAL

 Centros de saúde
 Centros de dia
 Lares
 Empresas de Produtos de Apoio e Ajudas técnicas e outras;
 Instituições particulares de solidariedade social (IPSS)
 Cooperativas de Ensino e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados (CERCI)
 Associações Portuguesas de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental
(APPACDM)
 Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (APPC)

33
TERAPIA OCUPACIONAL
• O objectivo da terapia ocupacional desenvolvida por estes profissionais de
saúde passa por encontrar meios para que as pessoas alcancem a sua
autonomia e independência e possam utilizar ao máximo as suas
potencialidades.

• A intervenção do Terapeuta Ocupacional assenta principalmente no recurso


a actividades/ocupações significativas com o intuito de restaurar ou manter
funções.

• Outros aspectos centrais na intervenção do Terapeuta Ocupacional são:

 O treino de actividades da vida diária consideradas problemáticas pelo


utente
 Adaptação de utensílios e de mobiliário,
 Aconselhamento de mudanças no ambiente onde a pessoa realiza as suas
actividades,
 Orientação de cuidadores

34
ATELIES TERAPEUTICOS

35
REABILITAÇÃO COGNITIVA
• Reabilitação cognitiva é um tratamento não farmacológico com o objectivo
de restaurar ou compensar perdas de funcionalidade causadas por
transtornos neurocognitivos, como a doença de Alzheimer, de Parkinson e
Demência de Lewy

• Ela também é muito utilizada para minimizar os danos de eventos vasculares


e traumas que atingem o sistema nervoso central

36
SALAS SNOEZELEN
• O que é o Snoezelen?
Snoezelen (do Holandês) resulta da junção de SNUFFELEN = cheirar, com
DOEZELEN = relaxar.

• O conceito de SNOEZELEN foi definido no fim dos anos setenta por dois
terapeutas holandeses, Jan Hulsegge e Ad Verheul.

• Sala Snoezelen:

 É "uma sala equipada com material para estimulação sensorial


 É um local feito de luz, sons, cores, texturas e aromas, onde os objetos são
coloridos e disponibilizados para serem tocados e admirados
 Os sentidos primários são estimulados dando sensação de prazer

• Os resultados positivos, revelados pela investigação na área da estimulação


sensorial, têm contribuído para a crescente importância do snoezelen
enquanto tratamento complementar à intervenção clínica- reabilitação.

37
SALAS SNOEZELEN
• A estimulação sensorial é utilizada como promotora de relaxamento e lazer,
especialmente aos que estão em processos demenciais e também, numa
vertente preventiva e de alívio da dor ou facilitadora de aprendizagens ou
descoberta de emoções e reações
• Os meios utilizados possuem uma forte capacidade de estimulação,
actuando em múltiplos circuitos neocorticais, a nível da propriocepção,
sistema vestibular e cinestésico
• Embora tenha sido como actividade específica para a deficiência mental
profunda que a terapia Snoezelen se desenvolveu, não se destina
exclusivamente a este grupo de pessoas

• O Snoezelen desperta particular interesse no domínio das demências e na


psiquiatria

• Conseguiram-se resultados encorajadores com patologias degenerativas do


idoso (Pinkney, 1999), como a Doença de Alzheimer; em pessoas com
doença mental, e ainda naqueles com dor crónica; com comportamentos
hiperactivos; com danos cerebrais e outras situações semelhantes

38
SALAS SNOEZELEN
• Snoezelen está a ser muito apreciado pela população em geral, como
antídoto ao stress

• Actualmente o Snoezelen é utilizado quotidianamente nos campos da


reabilitação, saúde, formação e terapia ocupacional

• É também utilizado em estruturas escolares e de tratamento para crianças


com deficiências e autismo

39
SALAS SNOEZELEN

40
BIBLIOGRAFIA | FONTES | AUTORES

• Apoio Psicossocial e Aprendizagem Social e Emocional de Crianças e Jovens em contextos de Emergência, Ed.
INEE, 2016

• Programa de apoio à promoção e educação para a saúde, Ed. Ministério da Educação e Ciência, 2014

41

Você também pode gostar