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All content following this page was uploaded by Roberto Paolo Vico on 20 July 2020.
2015
1. Introdução
Este trabalho tem como objectivo principal apresentar uma proposta de um plano de
desenvolvimento de um produto turístico ao longo do território nacional (Moçambique),
fazendo uma avaliação preliminar de existência de recursos que permitam o seu
desenvolvimento sustentável. Neste contexto, escolheu-se a Reserva Nacional de
Chimanimani, na Província de Manica, Distrito de Sussundenga como área para
desenvolvimento do turismo de natureza, acoplado a ele, uma série de subtipos de turismo
nomeadamente: turismo de montanha, touring, geoturismo, ecoturismo, turismo
activo/desportivo e de aventura, turismo cultural, turismo arqueológico, turismo de
meditação, birdwatching, e turismo equestre. Para a eleição destas actividades, observou-se
em primeiro lugar, a existência de recursos turísticos primários, e de seguida outras condições
de investimento e estudou-se a viabilidade do negócio. O planeamento deste produto será
efectuado por uma equipa multidisciplinar que inclui técnicos de turismo e outras áreas afins.
1
Como resposta a um objectivo estratégico nacional, e também como forma de valorizar o rico
património natural e histórico-cultural. Este produto viabiliza e diversifica a oferta de
actividades turísticas exóticas na zona centro de Moçambique, reforçando-se pelo facto de ser
na cadeia de Chimanimani onde se localiza o ponto mais alto do país, o monte Binga, com
2 346m de altura. Este factor devidamente trabalhado poderá elevar a imagem não só da
província mas da região, a nível internacional.
2
e durante a realização do presente trabalho, não se teve um estudo de base, tendo-se partido de
início sem quaisquer bases.
Em suma se pode dizer que há imensas dificuldades para aquisição de dados ou para
realização de trabalhos desta e de outra natureza pelo facto de, por um lado, falta de pesquisas
sobre este assunto, e por outro lado, falta alguma simpatia e abertura por parte de algumas
entidades que são responsáveis e/ou que colaboram com a área de turismo.
Um dos maiores proveitos foi que após a pesquisa de campo constatou-se existirem condições
naturais adequadas para a criação do primeiro geoparque em Moçambique, na África Austral e
na África no geral. Dentro da região em estudo, há uma série de potencialidade descobertas
para criação e desenvolvimento de várias actividades turísticas. Outra vantagem que se pode
verificar é que o presente papper poderá ser tido como um documento de base para quem
queira pesquisar mais sobre o tema na referida área de estudo, ou seja, este irá constituir uma
contribuição na área académica, para quem se interesse em pesquisar a Reserva Nacional de
Chimanimani.
Sendo o produto turístico principal o turismo de natureza, os recursos propiciam outros tipos
de produtos turísticos que estão interligados com o território, o ambiente e a cultura da
Reserva Nacional de Chimanimani, levando assim ao desenvolvimento do turismo
comunitário e do turismo arqueológico.
3
2.2. Caracterização sumaria do território
Localização da Reserva Nacional de Chimanimani na Província de Manica entre Moçambique e Zimbabwe. Fonte:
Google Earth
De acordo com a tradição local, o nome de Chimanimani provém da língua Chitewe que
significa “passagem estreita”. Tornimbeni (2007) afirma que este nome surge pelo facto de
haver uma abertura estreita na montanha, por onde passavam os antepassados desta região,
movimentando-se da zona oriental zimbabueana com destino a sua fixação em Moçambique.
4
Hoje em dia toda esta área é uma Reserva Natural Nacional criada pelo Decreto 34/2003 de
19 da Agosto de 20031 e foi identificada pelo Plano Estratégico para o Desenvolvimento do
Turismo em Moçambique como um importante destino turístico, incluído na ‘Rota Central de
Eco-Turismo’ que liga Beira, Reserva de Marromeu, Parque Nacional de Gorongosa,
Montanha da Gorongosa, Cidade de Chimoio, Chimanimani, Lago Chicamba, Manica e
Beira.
A Reserva Nacional de Chimanimani (RNC) é a mais recente área protegida estabelecida nas
ACTFs de Moçambique (programa de implementação das Áreas de Conservação
Transfronteiriça), protegendo o único ecossistema afro-montano. Segundo Cônsul (2001) e
Araman (2001), Chimanimani foi criada com o objectivo específico de conservar a
biodiversidade daquele espaço geográfico, único no país; melhorar a vida das comunidades
que vivem dentro da área, através da gestão dos recursos naturais; e reforçar
institucionalmente os Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia (SPFFB).
A reserva e a sua zona-tampão estão situadas a uma altitude, variando entre cerca de 1000-
2437 metros de altitude, tendo o Monte Binga como ponto mais alto. Segundo a GTZ (2002),
citando Dutton e Dutton (1975), a paisagem é caracterizada por elevado endemismo de
espécies de plantas vasculares e ricas populações de fauna e avifauna. A reserva e sua zona-
tampão são caracterizadas pelas seguintes grandes paisagens: montanhas, colinas paralelas às
1
Vide anexo 1: Decreto n°34/2003 com a institucionalização da RNC
2
Vide anexos 2 e 3 : Mapa de Moçambique e da RNC
5
montanhas, planícies, vales e rios, com numerosas quedas de água. Abundam as espécies
incomuns de flora e fauna que resultam da combinação especial de altitude, solos, chuvas e
fogo.
De salientar que a parte moçambicana da Reserva de Chimanimani é a melhor preservada,
representando um Ecossistema Afro-montano relativamente intacto, contendo paisagens
distintivas e vários rios e quedas de água que aumentam o seu valor turístico.
Portanto como território caracteriza-se por uma imensa diversidade de flora, fauna, atrações
geológicas, geomorfológicas, arqueológicas e possui também 12 comunidades populacionais
locais.
A RNC está entre as três principais áreas protegidas no TFCAs com a máxima importância
socioeconómica. Isto é, em primeiro lugar, porque as comunidades locais na área dependem
fortemente dos produtos florestais não madeireiros, como: cogumelos, frutos silvestres, mel e
ervas medicinais. Além disso, as comunidades têm crenças culturais e tradicionais a favor da
conservação da biodiversidade. As crenças nas florestas sagradas e a água das piscinas, por
exemplo, regulam o uso da flora e da fauna que ocorrem em tais áreas. Grande parte dessa
área é considerada sagrada, tornando a região montanhosa denominada por “montanha dos
espíritos”.
A apicultura, praticada com técnicas tradicionais, é muito difusa: não é raro ver estranhos
alveares (feitos com a cortiça das arvores de brachystegia) pendurados nos ramos das
arvores.
Clima: O clima da região pode ser assemelhado ao do Posto Administrativo de Mavita, onde
as precipitações médias anuais atingem 1.261mm, concentrando-se entre os meses de
Outubro e Março. Os Invernos são rigorosos com temperaturas a baixarem até os 9º C.
Taxa de entrada
Horário de visitas
A Reserva Nacional de Chimanimani pode ser visitada todos os dias entre as 7:30 e 16:30.
O acesso a RNC pode ser feito a partir da cidade de Chimoio. Pode ter os acessos por via
terrestre a partir dos aeroportos das cidades de Tete, Chimoio e Beira. É aconselhável viajar
com viaturas 4x4.
Para alcançar o Chikukwa Camp a pé, é preciso pegar um “chapa” ou seja um transporte
público de Chimoio até Sussundenga, onde é preciso pegar outro direto para Mavita e
Rotanda. Uma vez superada Mavita é preciso prosseguir a pé por outros 25 km até chegar a
Chikukwa (é indispensável ser acompanhados por um guia).
Todo o ano. Durante os meses frios (Junho/Agosto) a temperatura pode cair abaixo do zero.
7
3. Caracterização da oferta turística da Reserva Nacional de Chimanimani
e arredores
Vegetação:
1. Florestas de Miombo;
2. Florestas húmidas sempre verdes de baixa altitude;
3. Florestas secas de montanha;
4. Pastagens de Montanha;
5. Matagal afro-montano de Sclerophyllorus, que inclui algumas espécies endémicas de
Protea e Faurea
6. Vegetação de rochas (espécies de Aloe Euphorbia, incluindo algumas endémicas tais
como Vellozia argentea).
Mil espécies de plantas vasculares, foram registradas para a área das quais 45 são endémicas.
8
Geomorfologia: Possui o Monte Binga, montanha mais alta de Moçambique com 2.436
metros de altura, assim como diversas quedas de água e rios.
Fauna:
Pouco se sabe sobre a diversidade de espécies animais e nível de endemismo, mas ocorrem na
zona grandes mamíferos, como elefantes (Loxodonta africana), búfalos (Syncerus caffer) e
leopardos (Panthera pardus). Outros mamíferos que ocorrem na área incluem o cabrito
vermelho (Cephalophus natalensis), cabrito azul (Cephalophus montícola), cabrito cinzento
(Sylvicapra grimmia), palapala (Hippotragus niger), cudu (Tragelaphus strepsiceros),
imbabala (Tragelaphus scriptus), chango (Redunca arundinum), macacos e muitos
mamíferos de pequeno porte.
Mais de 160 espécies de aves3, 49 espécies piscícolas, 35 espécies de anfíbios, das quais duas
são endémicas (Bufo vertebralis grindleyi e Anthroleptis troglodytes) e 60 espécies de répteis
(incluindo 34 espécies de serpentes), foram registradas na área.
3
Vide anexo n° 4: Lista das aves da RNC
9
potencia a motivação de pessoas do concelho/região envolvente ao destino turístico. Diz-se
que o recurso tem uma capacidade atractiva de nível local quando só atrai pessoas que por
um qualquer motivo já estavam no concelho; e finalmente nula, quando não exerce nenhum
potencial de atracção.
2- Singularidade: Este critério avaliativo diz respeito ao valor intrínseco numa dada
categoria de recursos patrimoniais, e avalia-se segundo três estádios específicos. Sendo eles:
recurso bom na classe - quando este tem valor intrínseco e que pela sua singularidade se
destaca dos demais. De singularidade média, quando possui alguns elementos singulares que
o distinguem do vulgar; vulgar, quando não se destaca dentro da categoria.
3- Notoriedade: Diz respeito ao grau de conhecimento que os mercados potencialmente
emissores de turistas possuem sobre determinado recurso, pode ser elevada, caso o
conhecimento sobre esse recurso seja amplamente conhecido; diz-se média quando o seu
conhecimento apenas se estende às pessoas que residem no concelho ou que por ele passam
frequentemente, ou seja mais limitada. Assim sendo entende-se por notoriedade fraca,
quando são poucas pessoas a saber onde fica e o que é.
Capacidade
Recursos Classificação Singularidade Notoriedade
Atrativa
Recurso de
Monte Binga Internacional e Bom na classe Elevada
carater
Nacional
internacional
Recurso de
interesse
Cascatas publico Internacional e Bom na classe Elevada
Nacional
Recurso de
Pinturas Internacional e
carater Bom na classe Média
Rupestres Nacional
internacional
“Passagem Recurso de
estreita” nas interesse
montanhas que publico Regional / Local Bom na classe Média
deu origem ao
nome
Chimanimani
10
Recurso de
interesse Internacional e
As sete serras Média Média
publico Nacional
Recurso
Florestas de turístico de
Regional/Local Média Média
Miombo interesse
publico
Florestas Recurso de
húmidas
interesse
sempre verdes Regional/Local Média Média
publico
de baixa
altitude
Recurso de
Florestas secas
interesse
Local Vulgar Fraca
de montanha; publico
Recurso de
Pastagens de
interesse
Local Vulgar Fraca
Montanha; publico
Recurso de
Matagal afro-
interesse
montano de Nacional Média Média
publico
Sclerophyllorus
Recurso de
Vegetação de interesse
Local Vulgar Fraca
rochas publico
Imóvel de
Internacional e
Rios caracter Bom na classe Média
Nacional
internacional
Habitos culturais Recurso de
das interesse Internacional e
Bom na classe Média
Comunidades publico Nacional
locais
Recurso de
Fauna bravia e interesse Internacional e
Bom na classe Elevada
aves publico Nacional
Recurso de
interesse Internacional e
Flora Bom na classe Média
publico Nacional
Cunha (2008) apresenta para avaliação e hierarquização dos recursos turísticos uma
metodologia que engloba 5 categorias:
11
1- Sítios Naturais: que englobam todos os lugares que têm um valor paisagístico, com
exclusão de qualquer outro critério, bem como os recursos associados ao interesse
paisagístico como a fauna, flora, caça e pesca.
12
• Hierarquia 1: atractivos sem méritos suficientes para considerar o recurso como
relevante mas que desempenha um papel complementar, diversificado e potenciando
os restantes recursos.
Os recursos porem, não constituem uma forma global do produto e desta forma poderem
constituir-se por si capazes um elemento autónomo levado em conta para a avaliação de um
potencial turístico (Cunha, 2008). Assim, fatores como as acessibilidades, infraestruturas de
apoio, e a qualidade das mesmas, devem ser levados em consideração.
Para o mesmo autor, os principais objetivos para se avaliar o potencial turístico de uma
determinada zona são:
• Determinar o valor de diversas zonas a fim de estabelecer uma ordem de prioridades
de desenvolvimento ou de programação dos investimentos a realizar.
• Avaliar em que medida uma determinada zona aumenta ou diminui o seu potencial
turístico em função do seu crescimento.
• Comparar o potencial turístico de uma zona com o de outras que com ela concorrem.
De acordo com Cunha (2008: 29), “O valor turístico da zona baseia-se nos recursos turísticos
de que dispõe e das características que a identificam como o clima e a cultura, mas a análise
do valor real do seu potencial turístico não se mede apenas pelo número dos recursos que
possui mas também pela sua qualidade”.
Neste sentido, pode-se avaliar convenientemente o potencial turístico de uma determinada
zona de análise podendo calcula-la através da expressão de Cerro (1992):
13
α,β,δ= Coeficientes de ponderação
Hierarquização dos Principais Recursos Turísticos da RNC
Museus e Realizações
Hierarquização Técnicas,
Manifestações Acontecimentos
das Categorias Sítios Naturais Folclore cientificas e
Culturais Programados
Metodológicas artísticas
Históricas contemporâneas
5
Monte Binga
Quedas d’agua:
4 Rios e Cascatas
5 Fauna bravia e
aves
Pinturas
4 Rupestres
14
Avaliação quantitativa e qualitativa do zoneamento turístico do distrito de Sussundenga
Fonte: Adaptado pelos autores com base no “Plano Mestre de Turismo do Distrito de Sussungenga” – Governo
da Província de Manica
Em geral, a oferta de hospedagem de lazer é limitada e as opções mais atrativas são a Casa
Msika
16
no Lago Chicamba e a Quinta da Fronteira em Penhalonga.
O quadro a seguir apresenta as hospedagens de lazer da região:
Equipamento
Localização Concentração Capacidade Características
Turístico
Acampamento
localizado a 3 km
da fronteira com o
Acampamento Zimbabué, fica
Chikukwa Área de Camping
Chikukwa próximo às
principais
cachoeiras da
Reserva
Localizada à beira
do lago, atira
turistas locais nos
Mira finais de semana e
Lago Chicamba
Chicamba Lazer Pesca 8 UH’s turistas que buscam
Lodge a pesca no lago
Chicamba. As
instalações incluem
restaurante
Chalés simples com
restaurante e uma
Manica Lodge Hospedagem 14 UH’s
Manica pequena sala de
reuniões
Localizada em uma
antígua mansão,
possui um jardim
Quinta da
Penhalonga Lazer 12 UH’s botânico e piscina.
Fronteira
Costuma ter alta
ocupação nos finais
de semana
Muito utilizada para
viagens de um dia a
partir de Chimoio, a
Estalagem tem
Estalagem A
Manica Lazer 6 UH’s instalações simples,
Selva
incluindo
restaurante e um
pequeno centro de
informações
Localizada à beira
do Lago, atrai
turistas locais nos
finais de semana e
turistas que buscam
a pesca no lago
Casa Msika Lago Chicamba Lazer, Pesca 11 Chalets
Chicamba e visita a
Fazenda de
crocodilos. As
instalações incluem
piscina e
restaurante.
17
Fonte: Adaptado pelos autores com base no “Plano Mestre de Turismo do Distrito de Sussungenga” – Governo
da Província de Manica
Cidade de Chimoio
Alojamento
Preços económicos
Pink Papaya – Hotel popular e acolhedor por viajantes com budget limitado, é o melhor
tipo de alojamento económico, oferece um campismo, dormitórios, quartos duplos e uma
cozinha com uma área para churrasco.
Residencial Flor de Vouga – Este hotel acolhedor tem quartos muito simples e ventilados
no segundo andar, todos com ventoinha, casas de banho e varanda.
Pensão Atlântida – De nível inferior se comparada com os dois anteriores mas que pode
ser tomada em consideração se possui-se de um budget limitado.
Preços médios
Motel Moinho – Este motel possui uma atmosfera particular com quartos situados dentro
de um antigo moinho a vento, todos com vista sobre um jardim de flores e sobre a
campanha circunstante. Possui também outros quartos mais agradáveis e frescos em um
prédio ao lado do moinho.
18
Vip Guest House - Tal 74 Estr Nacional Nº 6-Chimoio.................................................2512
42 27
Residencial Bengo - Bairro 4-
Chimoio............................................................................................................2512 40 34
Preços elevados
Restaurantes
O Nosso Take Away – Situado na periferia oriental da cidade, perto do CFM, é bom para
quem quere gastar pouco.
Feira Popular – na periferia sul da cidade, onde encontram-se vários restaurantes bons
entre os quais o melhor é o Maúa que serve cozinha local.
La Plaza
Transportes
Taxi – Em Chimoio existem muitos táxi que costumam estacionar na Av. 25 de Setembro
e perto do mercado central.
Vila de Manica
Alojamento e Restaurantes
Pensão Flamingo – situada na estrada principal, esta bela pensão tem quartos simples,
todos com casas de banho e ventoinha além de um jardim e um restaurante.
Motel Guida – é uma discreta alternativa económica à Pensão Flamingo, com quartos
simples dotados de ventoinha e banho em comum. Situa-se na periferia ocidental da
cidade.
Manica Lodge – Situado na extremidade ocidental da cidade, cerca 400 metros da estrada
principal, este lodge bastante ameno é constituído por casinhas rondáveis de pedra
rodeadas por jardins com TV, casas de banho e todos os confortos.
20
Transporte
Todos os meios de transporte publico saem do mercado central. Tem frequentes “chapas”
para/de Chimoio e para a fronteira com o Zimbabué. Quatro vezes por semana
(atualmente segunda, terça, quinta e sábado) tem “chapas” que efetuam serviço direto de
Manica até a aldeia de Rotanda, nos montes Chimanimani. Pode-se descer na “paragem
do João” (entre duas e três horas desde Manica), que se encontra a 1 km de caminhada
para o campismo aos pés do Monte Tsetserra.
Nome da
organização Localização Tipo de atividade e serviço que presta
/empresa
Excursões organizadas à RNC e ao Monte Binga em particular,
Binga Adventures Chimoio
atividades de aventura e desporto
Ndzou Camp Passeios e itinerários a cavalo
HorseManica
21
Casa de câmbio
Serviço de saneamento
Serviço de segurança
Rent-A-Car
Bancos
Saúde
22
- Hospital Central de Chimoio
- Clínica Privada Fátima Pr Patel Av Trabalho-Chimoio..................................................2512
36 69
Ndzou Camp
A localidade de Ndzou Camp é uma zona de acolhimento com base comunitária situada
na floresta de Moribane e representa a única no lado moçambicano da Reserva Nacional
de Chimanimani. Ndzou Camp é uma joint venture entre Eco-MICAIA Ltd (40%) e
Associação Kubatana Moribane (60%). Ndzou Camp situa-se a menos de 100 km da
cidade de Chimoio na estrada que atravessa o distrito de Sussundenga e que vai até
Dombe, antes de se juntar à EN1 em Goonda.
Observar a vida dos elefantes e dos macacos na Floresta de Moribane è a atração mais
popular do Ndzou Camp, além também das trilhas naturais que a zona oferece. Durante
algumas excursões guiadas pode-se aprender a imensa variedade de plantas medicinais e
comestíveis.
Estando no Ndzou Camp pode-se ter a oportunidade de visitar alguns lugares sagrados na
comunidade de Mpunga. Esta é uma experiência cultural a não perder. Os Mpunga
possuem muitos lugares sagrados na floresta e em alguns dias determinados a
comunidade permite aos visitantes junto ao guia de poder ter acesso a estes sítios. É
essencial uma estreita aderência aos rituais da comunidade. Estas visitas são um
privilegio e uma experiência enriquecedora.
Campismos e excursões
Quem quiser explorar as montanhas e as planícies que se estendem aos seus pés,
encontrará uma rede recém nascida de campismos rústicos e itinerários para excursões de
duração variável de alguns dias a uma semana. Tudo é muito rudimental e não sempre
23
acessível durante a época de chuva, é preciso ser autossuficientes e dispor de um bom 4/4
para poder conhecer em profundidade a cultura local.
O campismo mais fácil para alcançar é o Tsetserra Camp, aos pés do monte Tsetserra,
servido pelos meios de transporte publico desde Chimoio e desde a vila de Manica.
Partindo desde campismo pode-se escalar o pico do Monte Tsetserra (5 horas para ir e
voltar) atravessando uma bela floresta, ou também podem-se entreprender excursões de
um ou dois dias. Em cima da montanha encontram-se as ruinas de uma antiga casa
colonial e ainda outro campismo.
Alcançável somente com 4/4, o campismo da aldeia de Chikukwa ocupa uma posição
muito sugestiva, em um vale rodeado por florestas, e constitui a base de apoio para a
escalada ao Monte Binga e também para outras excursões a pé.
Existem campismos também em Zomba (a uma altura mais baixa e alcançável com os
meios de transporte publico) e em muitas outras aldeias
Ambiente externo
Fonte: Adaptado pelos autores com base no “Plano Mestre de Turismo do Distrito de Sussungenga” –
Governo da Província de Manica
26
Ambiente interno
27
Pontos fracos Soluções com foco no eco-marketing
− Etapa Pioneira - Ecoturismo – Selvagem
− Ausência de equipamentos de hospitalidade na − Reabilitar, revitalizar e operar os
zona Tampão da RNC - adequados e classificados acampamentos de
– com vistas a criar e consolidar os produtos de Ndzoo /Moribane (Comunidade Mpunga), de
turismo de aventura. Ferreira/Chikukwa e de Binga/Nhabawa
(Comunidade Chikukwa)
− Etapa de Consolidação - Turismo na Natureza
− Ausência de equipamento de hospitalidade na - Cordilheira Majestosa.
área RNC e zona Tampão - adequado e − Planear e consolidar um destino turístico de
classificado - com excelência com a implantação e operação do
vista a consolidar um produto âncora que tenha projecto de hospitalidade âncora com foco
como foco a identidade do destino. nominal de “Chimanimani Ecolodge Concept”
tipo BOT-C.
− Assegurar procedimentos de protecção aos
turistas através de alianças com a polícia local e o
treinamento dos guardas das áreas protegidas na
prevenção ostensiva.
− Criar enfoque como atributo de diferenciação
que a proibição de acesso ao uso da RNC de
ecoturistas desacompanhados de guias graduados
se constitui um contraponto à insegurança
− Imagem de insegurança e de potenciais dominante em alguns países da África Austral.
contingências e riscos aos turistas no destino. − Monitoramento de eventuais episódios como
encargo obrigatório na gestão da RNC.
− Implantar um Plano de Contingências e Riscos;
− Promover campanhas de prevenção de doenças
tropicais como malária e outras através de
educação, procedimentos preventivos,
pulverização e saneamento de áreas de
hospitalidade além do apoio médico.
− Assegurar a desminagem integral da área.
− Criar o sistema de trilhas e atrativos formadas
por acessos secundários à biodiversidade, da
cultura, das comunidades e históricas bem como
de rotas de fuga e de atendimento de primeiros
socorros no campo.
− Elaborar um Plano de Trilhas e de Acessos aos
− Acessos e trilhas sem condições de uso. atrativos projetado com gradiente de esforço
moderado nível quatro (1.125 a 1.500 kcal.).
− Implantar os acessos para veículos 4 x 4
analisados e previstos no Plano de Maneio da
Reserva Nacional de Chimanimani.
Os pequenos e médios empreendedores locais são − Consolidar a RNC como plataforma para novos
fracos e não tem condições de participar nas negócios e oportunidades integradas às
várias iniciativas para entrar na área do turismo, comunidades circunvizinhas.
impedindo a desejada sustentabilidade − Assegurar programa de fortalecimento e de
económica; qualificação de pequenos empreendedores que já
− Serviços de apoio não consolidados. atuam na área.
− Nível inadequado de qualificação dos serviços − Capacitar empreendedores identificados e
com poucas exceções. motivados dentre as comunidades.
− Elaborar e implantar um Plano de
Monitoramento Ambiental da RNC com foco em
28
parâmetros de verificação, recuperação e
valorização da flora e fauna e correspondente
− Ocorrências pontuais de degradação ambiental sustentabilidade criando um
cenário de excelência de “green” como tendência
atual exigida por neoturistas.
− Determinar um partido de gestão de soluções -
tipo a fim de minimizar e/ou eliminar os efeitos
da degradação das áreas de garimpo.
− Criar uma identidade de marca fortalecida por
uma imagem e mensagem diferenciada e singular
− Como destino localizado em Moçambique é de redescobrimento de uma destino ecoturística
pouco conhecido pelo mercado emissor. − Aperfeiçoar a gestão com abordagem de
prontidão e recondução na oferta de produtos no
mercado.
− Relação custos-benefícios para o turista ainda − Reanalisar e readequar o “marketing-mix” dos
inadequada. produtos turísticos.
− Desenvolver ações de publicidade, distribuição,
− Falta por enquanto condições específicas de promoção e comercialização de produtos
competitividade com outras regiões da África. turísticos ainda não qualificáveis poderá resultar
numa irreparável perda de imagem
− Estabelecer alianças estratégicas com o
− Ausência de alianças estratégicas. objetivo de encontrar o fluxo de turistas certos
para a etapa pioneira do ecoturismo de aventura
Fonte: Adaptado pelos autores com base no “Plano Mestre de Turismo do Distrito de Sussungenga” –
Governo da Província de Manica
Segundo um estudo realizado pela THR (2008)4, Este sector de turismo de natureza integra
dois mercados, sendo um de natureza mais leve, considerado por estes de Soft, no qual as
experiências se baseiam na prática de actividades ao ar livre que exigem menor poderio físico
para as praticar, como por exemplo: passeios, excursões, percursos pedestres de curta
distancia, observação da fauna e da flora ou outras paisagens, etc., e que correspondia, à data
do estudo em referência (2008), cerca de 80% de total de viagens para prática de turismo de
natureza.
Porém, outro tipo de mercado de turismo de natureza é o Hard onde são realizadas
experiências que exigem mais esforço físico do que na primeira situação. Estas actividades
relacionam-se com rafting, kayaking, hiking, climbing, etc. para além de força física, estas
4
THR (Asesores en Turismo Hotelería y Recreación, S.A.) para o Turismo de Portugal, I.P. 2008.
29
actividades normalmente exigem também um elevado grau de concentração e conhecimento.
Este último mercado, de acordo com o estudo em referência, representa 20% do total das
viagens pelo turismo de natureza.
Continuando, o estudo indica que a procura do turismo de natureza como sendo a principal
actividade motivadora da viagem correspondeu em 2004 cerca de 22 milhões de viagens de
uma ou mais noites e o número médio de pernoites foi de 4 noites para cada turista. O Sector
do turismo de natureza é um dos que mais cresce na Europa, nos EUA e no mundo, sendo que
estes dois destinos são os mais emitentes de turismo em todo mundo. Hoje em dia, essa
hegemonia poderá ser quebrada pelo pólo Chinês com a sua ascensão ao topo da economia
mundial podendo suplantar a maior economia do mundo, os EUA.
As viagens motivadas pelo desejo de usufruir, contemplar e interagir com a natureza têm
aumentado crescentemente e de forma sustentada nos países maiores emissores de turistas do
mundo, num ritmo médio anual de 7% com sinais de incremento se se considerar também as
30
fortes economias emergentes que demonstram um valor significativo em termos de emissão
de turistas deste ramo de natureza.
O estudo da THR (2008) projecta que em 2015, o número total de viagens de Turismo de
Natureza irão atingir 43,3 milhões, favorecidas por factores tais como:
✓ uma maior e crescente consciência ambiental entre a população dos países emissores de
turistas;
✓ A preferência por áreas envolventes não massificadas como destino de viagem;
✓ A crescente preferência por férias activas em detrimento de férias passivas;
✓ A procura de experiencias com elevado conteúdo de autenticidade e de valores éticos e a
forte presença de ofertas de viagens de Natureza pelos meios de comunicação, particular
enfoque para Internet;
✓ Pacotes Acessíveis à um numero significativo de potenciais turistas pertencentes a um
nível intermédio que tem crescido em todo mundo, destacando-se as economias
emergentes, embora os EUA e a Europa continuem hegemónicos como maiores
emissores.
No contexto turístico, com turismo de natureza como principal motivo da viagem, destacam-
se os EUA, na Europa são os países Alemanha e Holanda como os principais mercados
emissores totalizando cerca de 55% do total de viagens de turismo de natureza. Esses países
em destaque, caracterizam-se por ter uma economia consolidada, um nível de educação e
cidadania/civilidade bastante alto, consciência ambiental elevada e tudo isso consubstancia-se
com o perfil dos turistas que procuram a natureza. Analisando apenas o mercado emissor
europeu, a Alemanha emitiu cerca de 5 milhões (25%) de turistas de natureza num ano e esse
número tem crescido anualmente, e segue-se a Holanda com cerca de 20%. Outros países são:
PAÍS %
Reino Unido 9
França 5
Itália 4
Espanha 2
Outros 30
Fonte: THR (2004).
Em todos tipos de turismo, o gasto realizado pelos turistas apresenta uma ampla variedade. À
semelhança do que acontece com outras tipologias de viagens turísticas, o gasto realizado
31
pelos consumidores de viagens de natureza varia, pois isto estará relacionado com factores
como:
✓ O destino; a duração da viagem; o tipo de actividades a realizar, a qualidade e
quantidade dos serviços a utilizar (como por exemplo: alojamento, transporte, etc)
Existem estudos que revelam que quanto mais específico ou especializado for o
produto/serviço consumido, maior é o gasto, pelo que o gasto realizado pelo consumidor de
turismo de natureza soft é comparativamente menor que o de natureza hard.
Para este último mercado o gasto médio dos consumidores-turistas relaciona-se directamente
com o grau de especialização ou de intensidade na prática das actividades, os equipamentos e
serviços requisitados, etc. já em termos de compra, deve ter-se em conta que o conceito de
turismo de natureza assume difusas interpretações, em grande medida por tratar-se de um
sector relativamente novo e que inclui uma grande variedade de motivações e actividades.
Existe uma parte de consumidores-turistas que associa Turismo de Natureza não
necessariamente a uma viagem com conteúdo exclusivo ou maioritariamente de natureza
bastando que a viagem tenha alguma componente ou actividade turística relacionada com a
natureza, desde a forma mais simplificada à mais sofisticada para julgarem tratar-se de uma
viagem de natureza. De qualquer modo, no futuro espera-se um aumento geral do potencial
de compra de viagens de natureza já que factores como a tendência global para uma maior
dedicação e preocupação por temas de carácter ambiental, a demanda por destinos não
degradados e sem turismo de massas, o efeito “moda”, entre outros factores, reforçarão e
incrementarão o interesse por este tipo de viagens.
Relativamente ao perfil básico do consumidor-turista de natureza, indicam-se claras
diferenças tanto no perfil sociodemográfico como nos hábitos de consumo, quer se trate de
consumidores-turistas de natureza soft ou hard, revelando, neste contexto, um consumidor-
turista de perfil e hábitos muito precisos e específicos, neste último caso.
33
Perfil dos consumidores dos principais segmentos
Requisitos de
Potencial de
Motivação Volume * oferta Perfil Básico
crescimento
Principal especializada
Descansar e Pessoas para as quais o descanso é a principal motivação das suas férias e
relaxar na escolhem um ambiente de natureza como sendo o mais adequado.
Alto 40% Alto Baixo
Natureza
Interesse Pessoas com um interesse básico ou apenas ocasional na natureza.
básico/ocasion Claramente, não é a motivação principal da viagem, mas pode converter-se
Médio/
al 30% Alto Médio/baixo num factor de atracção complementar que causa valor acrescido à experiência
alto
na natureza da viagem
Pessoas com grande interesse pela natureza e para as quais é uma motivação
importante da sua viagem.
Interesse
A natureza deve complementar-se com outros atractivos do destino (cultural,
avançado /
monumental…) e deve poder desfrutar-se
frequente na
em boas condições de conforto e segurança.
natureza
Médio 15% Médio/alto Médio/alto Nesta categoria encontram-se os ecoturistas que se encontram na sua primeira
fase, ou turistas com elevada
consciência ambiental e ecológica.
Interesse Pessoas para as quais a natureza converte-se no motivo e principal foco de
34
profundo / interesse da sua viagem, seja por motivos de aprendizagem, de prazer estético,
habitual na de investigação, compromisso ético, etc.
natureza Médio/ 10% Médio Alto
baixo Nesta categoria incluem-se tanto os ecoturistas numa fase mais avançada, com
uma profunda preocupação pelo equilíbrio ambiental e pelos impactos da
actividade turística sobre os espaços e comunidades receptoras, como os
amantes ou estudiosos de determinadas manifestações naturais.
Pessoas para as quais o motivo principal da sua viagem é a prática dos seus
Desportos de desportos preferidos, que encontram na natureza o quadro mais adequado.
aventura na Isto é, o interesse principal reside não na natureza em si mesma mas como
Baixo 5% Baixo Alto
natureza facilitadora das condições ou do cenário que permite a prática das actividades
desportivas.
35
4.2. Estudo da Concorrência
Embora a cadeia de Chimanimani tenha características que a tornam únicas, ela têm concorrentes
fortes e consolidados no mercado. Em sentido lato, o concorrente de um produto é outro qualquer
com o qual o consumidor-turista o possa substituir total, ou parcialmente. De acordo com Lindom et
al (2004) o espaço concorrencial pode ser analisado em três níveis, a saber:
Neste contexto, para Chimanimani, tomando como base esta definição e olhando para o turismo de
natureza como o principal produto a oferecer, existem vários concorrentes. Entre os concorrentes
nacionais que oferecem o turismo de natureza, pode-se destacar o Parque Nacional de Gorongosa, a
Reserva dos Elefantes (Reserva Especial de Maputo), O Parque Nacional do Limpopo
(Transfronteiriço-Kruger Park, Africa do Sul), Reserva Nacional do Niassa e ainda o Parque
Nacional do Arquipélago das Quirimbas em Cabo Delgado.
Olhando para o panorama regional (Estrangeiro) existe uma forte concorrência de destinos
consolidados como é o caso de Parque uKhahlamba Drakensberg - Património da Humanidade da
UNESCO-África do Sul; e nos vizinhos Zimbabwe e Zâmbia, as Quedas Victoria. Estes dois
destinos apresentam características de destinos consolidados em termos turísticos, incluindo a
acessibilidade, a rede de infra-estruturas básicas e de apoio ao turismo e ainda em termos de canais
de informação e comunicação. Para além disso, gozam de uma boa imagem favorável em todo
mundo se comparado com Moçambique que neste momento atravessa um conflito político-militar
na zona central, onde se localiza a cadeia de Chimanimani.
Fig. Concorrentes Interprodutos
Estrangeiros Nacionais
- Parque uKhahlamba Drakensberg - Parque Nacional de Gorongosa, a Reserva
Património da Humanidade da UNESCO- dos Elefantes (Reserva Especial de Maputo),
África do Sul; O Parque Nacional do Limpopo
- Zimbabwe vs Zâmbia, as Quedas Victoria; (Transfronteiriço-Kruger Park, Africa do
Sul), Reserva Nacional do Niassa e ainda o
Parque Nacional do Arquipélago das
Quirimbas em Cabo Delgado.
Fonte: Adaptado pelos autores,2014.
36
4.2.2. A concorrência intersegmentos:
Refere-se aquela que embora não se disputa o mesmo tipo de produto, porém reparte ou tende a
repartir o mesmo perfil de consumidores-turistas. Para o caso do produto que se pretende oferecer
em Chimanimani, este tipo de concorrência poderá ocorrer com o produto da Hidroeléctrica de
Cahora-Bassa, localizada no distrito de Songo, na província de Tete, nomeadamente o Lago
Cahora-Bassa.
A análise da posição concorrencial, para além da posição das marcas no mercado, da sua imagem e
da sua implementação comercial, devem ter-se em conta as competências técnicas, a rentabilidade e
a capacidade financeira dos seus principais concorrentes. Dever-se-á avaliar o peso relativo destes
diferentes critérios, conforme a natureza dos factores de sucesso na actividade considerada e obter-
se uma informação final ponderada, medindo a posição concorrencial das marcas estudadas.
37
Além da posição concorrencial, analisa-se também a quota de mercado relativa que pode ser obtida
em volume e em valor, confrontando a quota de mercado de um produto ou de uma marca com a do
líder. Para o líder, calcula-se a sua quota de mercado relativa, confrontando a sua quota de mercado
com a do número dois, o que significa que o líder é o único a ter uma quota de mercado relativa
superior a 1.
38
A realização das actividades turísticas como turismo de montanha, touring, geoturismo, ecoturismo,
turismo activo/desportivo e de aventura, turismo cultural, turismo arqueológico, turismo de
meditação e turismo equestre dependem basicamente dos recursos existentes no destino e
investimentos realizados. O planeamento turístico da região tomará em conta certos factores que
poderão favorecer a racionalidade dos recursos financeiros. Ou seja, procurar-se-á desenvolver as
actividades proposta tomando em conta factores como proximidade, complementaridade,
exequibilidade, acessibilidade e outras sinergias.
5. Benchmarking
Este processo tem como objectivo, melhorar as funções e processos de uma determinada empresa,
além de ser importante aliado para vencer a concorrência, uma vez que o banchmarking analisa as
estratégias e possibilita a outra empresa a criar e ter ideias novas acima daquilo que actualmente
realiza-se. O processo consiste ainda em aprender com outras empresas, sendo um trabalho de
grande intensidade, que requer bastante tempo e disciplina. O banchmarking pode ser aplicado a
qualquer processo e é relevante para qualquer organização, tendo em conta que é um instrumento
que poderá contribuir para melhorar o desempenho da empresa ou organização.
Muitas empresas utilizam este método para melhorar a sua gestão mediante a realização continua e
sistemática de levantamentos, comparações e análises de práticas, processos, produtos e serviços
prestados por outras empresas, normalmente reconhecidas por representarem as melhores práticas.
No entanto, este processo irá gerar informações importantes para que as empresas conheçam
diferentes maneiras de lidar com situações e problemas semelhantes e, desta forma contribuir para
que possam aperfeiçoar os seus próprios processos de trabalho e determinar as melhores práticas
para um processo ou um produto em particular, neste contexto trata-se de produto turístico.
39
Portanto, em termos de Benchmarking, o produto Chimanimani terá como referência a nível
nacional, o Parque Nacional da Gorongosa. Sobre Gorongosa, aproveitar-se-á as suas formas de
desenvolver o produto através de criação de infra-estruturas básicas e específicas para o turismo,
estabelecimento de uma imagem e marca forte e actividades de preservação e conservação de
espécies florísticas e faunísticas bem como paisagísticas favoráveis ao desenvolvimento de um
turismo sustentável. O Parque Nacional da Gorongosa desenvolveu interessantes projectos de
integração das populações, como forma de garantir também o uso sustentável dos recursos do
parque. Esta experiencia será fundamental, pois dever-se-á desenvolver um plano integrado que
enquadra as comunidades locais no processo de desenvolvimento turístico como sendo um dos
pilares para garantia da sustentabilidade, uma vez que elas se sentem como as proprietárias dos
demais recursos existentes na região de Chimanimani.
A nível regional, foram levantadas duas referências, sendo os destinos Drakensberg e as Quedas
Victoria. As principais experiências apreendidas destas prendem-se com as técnicas de marketing e
a projecção da boa imagem no plano internacional, bem como as experiências em relação ao
investimento na eficiência e distribuição de informações úteis aos consumidores turistas, algo que
está ligado a adopção de um quadro de recursos humanos altamente qualificados, favorecidos pelas
alianças estratégicas com grandes agências internacionais emissoras de turistas, e ainda a
identificação precisa da segmentação geográfica dos turistas que procuram o produto “natureza”.
Segundo Beni (2001: 172) o produto turístico define-se como o “conjunto de bens e serviços
produzidos em diversas unidades económicas que sofre uma agregação no mercado ao serem
postos em destaque os atrativos turísticos”.
Ao analisar o potencial de desenvolvimento de produtos turísticos vários aspetos devem ser levados
em consideração. Primeiramente deve ser considerado o potencial de atratividade dos recursos
existentes, depois devem ser analisadas as estruturas de apoio implementadas e as necessárias para
o consumo desses recursos e por fim deve ser contextualizado cada produto em conformidade com
o seu posicionamento no ciclo de vida.
40
Tabela de Portfolio e Potencial de Desenvolvimento dos Produtos Turísticos:
Produto Subprodutos Principal Atividades Recursos Comunidades Potencial de
Turístico Turísticos Atrativo Realizaveis Envolvidos Envolvidas Desenvolvimento
Cadeia
Montanhosa
do Monte
Binga; Machonga;
Passagem Mahate;
Touring; estreita entre Mpunga;
Turismo de
Monte Binga Meditação; montanhas;
Montanha Muchangiwa;
Birdwathing; Sete Serras;
Cascatas; Mutoa
Rio;
Biodiversidade
faunística e
florística
Cordilheira
Estudos e Montanhosa
Cordilheira Machonga;
contemplação de do Monte
montanhosa Mahate;
formações Binga;
Geoturismo incluindo
geológicas de Passagem Mpunga
Monte Binga e
raridade estreita entre
Sete Serras
cénica/estética montanhas;
Sete Serras
Machire;
Maronga;
Monte Binga; Moço;
Natureza Biodiversidade Touring; Zomba;
faunística e Birdwathing; Machonga;
florística; Rios Equitação; Mahate;
Ecoturismo Todos
e quedas de Kayaking;
água; Interação com Mpunga;
Comunidades comunidades; Gudza;
e Equitação Nhaedzi;
Muchangiwa;
Mutoa
Climbing; Cordilheira Machonga;
Hiking; Montanhosa Mahate;
Turismo de Monte Binga, Mountaineering; do Monte Mpunga;
Aventura trilhas; Rios Trecking; Binga e Sete Nhaedzi;
Kayaking; Serras; Monte Muchangiwa;
Escaladas; Binga, Rios. Mutoa
Machire;
Maronga;
Elefantes, Moço;
Bufalos, Safari; Caça Zomba;
Turismo
Leopardo, Fotográfica; Fauna
Cinegético Machonga;
Macacos e Birdwatching
Aves Mahate;
Mpunga;
Gudza;
41
Nhaedzi;
Muchangiwa;
Mutoa
Machire;
Maronga;
Moço;
Gastronomia; Zomba;
Dança; Canto; Machonga;
Comunidades Comunidades
Comunitário Social/Cultural Rituais Mahate;
Locais Locais
sagrados; Outras Mpunga;
tradições
Gudza;
Nhaedzi;
Muchangiwa;
Mutoa
Observação das
Pinturas Pinturas Gudza;
Arqueológico - pinturas
Rupestres Rupestres Nhaedzi
rupestres
• Subproduto Turismo de Montanha: Tem no Monte Binga, ponto mais alto do território
moçambicano, como seu principal atrativo. Proporciona atividades de dificuldade soft como
touring, meditação ou birdwatching fruto de recursos como a cordilheira do Monte Binga,
Sete Serras, cascatas, rios, vegetação afro-montana e uma multiplicidade de fauna bravia.
• Subproduto Geoturismo: Subproduto de importância extrema pois alicerça a candidatura de
adesão da Reserva Nacional de Chimanimani à Rede Global de Geoparques. Tem como
principais atrativos a cordilheira montanhosa do Monte Binga e das Sete Serras com todos
os atrativos geológicos e geomorfológicos que encerram e que podem contribuir para
estudos científicos.
• Subproduto Ecoturismo: Subproduto que propicia um infindável número de atividades na
natureza como touring, birdwathing, equitação, kayaking entre outras. Contudo deve-se garantir
42
que o ecoturismo contribui favoravelmente para o desenvolvimento socioeconómico das
comunidades locais e que existirá uma interação turistas/comunidades da reserva.
• Subproduto Turismo de Aventura: Encerra em si a realização de atividades físicas
categorizadas como fisicamente hard. Usufruindo de recursos como o Monte Binga, trilhas
de montanha e rios permite desenvolver atividades como climbing, hiking, mountaineering,
trecking, kayaking ou escalada.
• Subproduto Turismo Cinegético: A Reserva Nacional de Chimanimani pensa desenvolver o
turismo cinegético de uma forma responsável e sustentável. Assim, a pesca será permitida
sob quotas a serem definidas pela administração da reserva e durante os safaris só será
admitida a caça fotográfica.
O turismo comunitário será uma prioridade da Reserva Nacional de Chimanimani. Desta forma,
qualquer atividade turística a ser desenvolvida dentro da reserva terá obrigatoriamente que
contribuir para o desenvolvimento socioeconómico das comunidades locais. Sempre que possível
estas devem ser englobadas em atividades diretas com os turistas assim como ter voz ativa nas
decisões estratégicas desenvolvidas pela administração da reserva.
O modo de vida das populações, os seus costumes e cultura, são um fator de extrema relevância
para a competitividade da reserva e devem contribuir para a criação de uma cultura e atmosfera
própria capaz de conferir o “ADN” necessário para a consolidação de uma imagem de marca.
Os rituais sagrados das comunidades da reserva, onde evocam os poderes da natureza na Montanha
dos Espíritos, é um grande atrativo.
6.2.1.3. Turismo Arqueológico: Uma das principais atrações da Reserva Nacional de Chimanimani
são as suas pinturas rupestres. Datas de 4.000 ano A.C., estas gravuras são um espólio de enorme
relevo para os amantes da arqueologia e do público em geral. Estas representam a comunidade
primitiva de caçadores que habitaram naquela região.
43
6.2.2. Posicionamento dos Produtos Turísticos da Reserva Nacional de Chimanimani:
Turismo de Montanha
Produtos
Hierarquia dos Produtos Turísticos
Estratégicos
Ecoturismo
Geoturismo
Novos
Produtos
Turismo Comunitário
44
de valor geológico extraordinário e que pela extensão das suas áreas territoriais tenham capacidade
de fomentar o desenvolvimento socioecónomico das populações locais baseado na geologia e nos
recursos naturais.
Atualmente a Rede Global de Geoparques conta com 100 parques naturais pelos mais diversos
continentes mas infelizmente nenhum em solo africano.
Sob as insígnias da UNESCO a Reserva Nacional de Chimanimani poderá contar com o apoio de
variados especialistas em conservação de parques naturais que proporcionará indiscutivelmente uma
garantia de qualidade de serviços proporcionados aos turistas. Não menos importantes, são os
benefícios da imagem e comercialização com que a reserva poderá contar ao ser promovida pelos
canais oficiais da UNESCO e da Rede Global de Geoparques.
Assim, pretende-se que a Reserva Nacional de Chimanimani ao ser reconhecida como primeira e
única reserva africana pertencente à Rede Global de Geoparques colha os frutos do turismo
internacional projetando-se como território de renome e excelência no panorama do continente
africano, contribuindo para o desenvolvimento do turismo moçambicano e das condições
socioeconómicas das populações da província de Manica através de clusters de apoio à atividade
turística.
Para Kotler et al. (2005: 391) a segmentação consiste em dividir a globalidade do mercado em
destintos grupos de compradores com diferentes necessidades, características ou comportamentos,
aos quais devemos oferecer diferentes tipos de produtos ou aplicar diferentes Marketing Mix. Para
os autores “through market segmentation, companies divide large, heterogeneous markets into
smaller segments that can be reached more efficiently with products and services that match their
unique needs”.
Em turismo vários são os fatores argumentativos para uma segmentação de mercado. Variáveis
como objetivo da viagem, necessidades dos turistas, comportamento dos turistas, perfil (económico,
demográfico, geográfico, geodemográfico ou psicológico) do turista e a sua sensibilidade ao fator
preço são fundamentais para a escolha correta de turistas que se quer alcançar.
Na ótica da Reserva Nacional de Chimanimani a segmentação da procura deverá ser dividida em 3
áreas distintas: turismo interno e turismo recetor.
Turismo recetor: A segmentação do turismo recetor começará por ser psicográfica onde tentar-se-á
chegar aos turistas que tenham gosto pelas atividades na natureza, quer seja para desfrutar da
observação dos atrativos naturais, como para realizar atividades ao ar livre ou pelas áreas de estudo
como geologia, mineralogia, arqueologia, antropologia entre outras. O perfil dos turistas a atrair é
de um turista de habilitações académicas superiores, cultos, aventureiros e ecologicamente
conscientes.
A segmentação geográfica será dividida em dois grupos distintos: os países da África Austral
transfronteiriços como África do Sul, Swazilândia, Zimbabué, Zâmbia, Malawi e Tanzânia e os
países ocidentais onde a UNESCO possui um estatuto e uma preponderância relevante e onde a
Rede Global de Geoparques está consolidada como os países europeus e norte-americanos.
Visto que as deslocações continentais e intercontinentais envolvendo o continente africano são
extremamente dispendiosas, será feito também uma segmentação socioeconómica pois só os turistas
com algum poder aquisitivo poderão comportar os custos das viagens até Moçambique.
Bank (1998) revela que a qualidade é um dos principais fatores de sucesso das organizações pois
mexe diretamente com a satisfação do cliente, satisfação essa que contribuirá decididamente para a
sua atração, fidelização e consequente aumento do consumo. Contudo, os benefícios da qualidade
não devem ser vistos somente sobre uma perspetiva de venda. Juran e Gryna (1991) afirmam que a
adoção de práticas da qualidade contribui para que exista maior eficiência e menos falhas na
produção de serviços, mitigando assim os custos associados às operações.
De acordo com o novo perfil de turistas definidos por Poon (1994), estes são mais cultos, mais
informados, ecologicamente mais responsáveis e mais aventureiros, o que se traduz num maior
nível de exigência quanto à qualidade dos serviços prestados.
Desta forma, os padrões de qualidade oferecidos devem garantir o foco no cliente como ativo mais
importante das organizações e proporcionar-lhes a satisfação de todas as necessidades superando as
suas expectativas. Assim, visa-se assegurar a sua fidelização, o aumento do seu impacto económico
e exponenciar o marketing indireto fazendo dos clientes um meio de divulgação da Reserva
Nacional de Chimanimani.
46
Na revista intitulada de Ecological and Earth Sciences in UNESCO (2006: 2) da Rede Global de
Geoparques está expresso que um “geopark stimulates local socio-economic development through
the promotion of a quality label linked with the local natural heritage (…) this network promotes
high quality standards in park services, the sharing of common strategies and best practice for
preservation and geotourism development, and the exchange of knowledge and support on various
issues facing geoparks around the globe”
As áreas de atuação e controlo de qualidade por parte dos inspetores da Rede Global de Geoparques
são: a geoconservação, programas educacionais, a sustentabilidade turística, o envolvimento da
comunidade local, o progresso socioeconómico alcançado, as parcerias com outros geoparques da
rede, a transparência financeira e a visibilidade externa da reserva.
Os geoparques membros da Rede Global são inspecionados a cada quatro anos e caso não
preencham os critérios exigidos, têm dois anos para assegurar a manutenção dos padrões de
qualidade, sendo removidos da Rede caso não o consigam.
Como forma de avaliação cada reserva obtém um green, yellow ou red card em cada item de
avaliação.
7. Estratégias de Desenvolvimento:
47
Ministério das Finanças e Ministério da Cultura através da Direção Nacional do Património Cultural
e do Instituto de Investigação Sociocultural.
Quanto a organismos provinciais e locais é imperativo o apoio do Governo Provincial de Manica e
do Município de Sussundenga.
7.1.2. Segundo o documento da UNESCO intitulado Guidelines and Criteria for National Geoparks
seeking UNESCO's assistance to join the Global Geoparks Network (2010), os parques e reservas
que se candidatem à adesão à Rede Global de Geoparques devem garantir obrigatoriamente as
seguintes ações:
• definir e consolidar as fronteiras territoriais da Reserva Nacional de Chimanimani;
• garantir o envolvimento das comunidades locais na gestão estratégica da Reserva no intuito
de alcançar um envolvimento das autoridades locais, o desenvolvimento das comunidades
locais, criar uma identidade específica do parque, desenvolver um turismo sustentável e
adequado ao estilo de vida local;
• estimular o desenvolvimento económico da região sem perigar a sustentabilidade cultural e
ambiental e apoiando o empreendedorismo local;
• fomentar e apoiar programas de educação e de atividades geocientíficas e ecológicas através
da criação de museus, programas educacionais, literatura, mapas, guias turísticos, centros de
formação, protocolos com universidades ou pesquisas cientificas;
• Criar legislação específica de proteção e conservação da Reserva Nacional de Chimanimani
com especial atenção a pedras, rochas, minerais, fosseis e paisagens que sirvam de fonte de
estudo a disciplinas como Geologia, Geologia Económica e Minas, Engenharia Geológica,
Geomorfologia, Hidrologia, Mineralogia, Paleontologia, Vulcanologia entre outras.
• Contribuir para a Rede Global de Geoparques da UNESCO com plataformas de cooperação e
trocas entre cientistas e estudiosos com os restantes geoparques da rede espalhados pelo
mundo e produzir artigos para a newsletter da Rede Global de Geoparques, livros e
publicações científicas.
7.1.3. Após estarem garantidas as condições necessárias para a implementação das ações acima
citadas, deve-se submeter um dossier de adesão à Rede Global de Geoparques junto da Global
Earth Observation Section da Division of Ecologicaland Earth Sciences da UNESCO de 1 de
Outubro a 1 de Dezembro.
48
O dossier deverá ser escrito em inglês ou francês, conter um máximo de 50 páginas e apresentar-se
em três partes:
• autoavaliação;
• listagem pormenorizada de todos os recursos da Reserva;
• carta de apoio e suporte das autoridades governamentais de Moçambique onde declaram o
interesse na criação do Geoparque na área proposta.
7.1.4. Depois de submetido o dossier de candidatura de adesão à Rede Global de Geoparques deverá
existir uma visita de avaliação5, de 1 de Janeiro a 30 de Abril, por parte de “experts” da UNESCO
antes da adesão ser confirmada. Convém referir que a os custos da viagem, estadia e transporte local
dos membros avaliadores da UNESCO devem ser suportados pelas autoridades moçambicanas.
7.1.5. Por fim, e depois de garantir a acreditação e a adesão à Rede Global de Geoparques espera-se
atacar o mercado internacional junto dos grandes operadores turísticos sob o título de primeiro e
único geoparque credenciado pela UNESCO no continente africano.
Os fatores críticos de sucesso no desenvolvimento de produtos turísticos são aqueles que estimulam
no turista o desejo de viagem. Desta forma é composto pelos atrativos “ancora”, aqueles que se
revestem de importância maior e que tornam um destino único.
Perante a proposta de modelo de negócio apresentada, a adesão à Rede Global de Geoparques
encerra em si um fator crítico de sucesso. A credibilidade de que goza a imagem da UNESCO junto
5
Vide anexo 6: Fichas de avaliação da Rede Global de Geoparques
49
dos consumidores/turistas mundiais confere um tremendo “selo de qualidade”, exclusividade e
singularidade à Reserva Nacional de Chimanimani que lhe permitirá uma inegável vantagem
competitiva quanto à sua exposição no mercado assim como à atração de demanda. Este aspeto
poderá ser exponenciado se considerar-se que o continente africano tão famoso pelas suas riquezas
naturais, ainda não possui um geoparque credenciado pela UNESCO.
Outro fator crítico de sucesso é a vasta gama de recursos que a reserva oferece, em contraponto a
outras reservas mais especializadas, e que a capacita para satisfazer os desejos de variados tipos de
turistas pois englobam recursos faunísticos, florísticos, geológicos, hidrológicos, arqueológicos ou
mesmo socio antropológicos. Este facto torna possível desenvolver uma multiplicidade produtos
turísticos como turismo de montanha, ecoturismo, geoturismo, turismo arqueológico ou atividades
como equitação, birdwatching, caça fotográfica, kayaking, trecking, hiking ou clibing debaixo do
conceito generalizado de produto como é o turismo de natureza.
Analisando a avaliação dos principais recursos turísticos da RNC concluísse tratarem-se também de
fatores críticos de sucesso o Monte Binga (ponto mais alto de Moçambique), as pinturas rupestres e
a riquíssima oferta faunística e florística por serem os recursos mais valiosos da reserva e com
capacidade de atratividade internacional.
Como já foi referido, para a adesão à Rede Global de Geoparques primeiramente é necessário o
apoio expresso do governo moçambicano à candidatura da RNC.
Porém, para implementar todas as ações necessárias ao sucesso do pedido de adesão é
extremamente importante angariar apoios financeiros para a prossecução do projeto.
No quadro dos apoios financeiros destacam-se os de origem Estatal e afetos aos mais diversos
Ministérios. Assim, desde logo surge o Fundo Nacional do Turismo do Ministério do Turismo; o
Centro de Promoção de Investimento e o Programa de Apoio às Finanças Rurias do Ministério da
Planificação e Desenvolvimento; o Fundo do Ambiente do Ministério para Coordenação da Acção
Ambiental; e os Fundos de Desenvolvimento Comunitários afetos à autarquia de Sussundenga e
Governo Provincial de Manica.
50
8. Análise crítica e conclusiva:
51
Referências Bibliográficas:
Bell, R.H.V. 2000. Management Plan: proposed Nakaedo Biosphere Reserve Chimanimani trans-
frontier conservation area. Volume 1: The Future. Maputo
Beni, Mario Carlos (2001), Análise Estrutural do Turismo. SENAC. São Paulo.
Cerro, L., (1992), “La evaluación del potencial turístico en un proceso de planificación: el Canal
de Castilla”, Estudios Turísticos, 16, pp. 49-85, Spain.
Consul, António J. 2001. O Papel das Comunidades Locais na Gestão de Áreas de Conservação
Transfronteira: O Caso de Chimanimani. In Mémoria da 2ª Conferência Nacional sobre Maneio
Comunitário dos Recursos Naturais. Comunidade e Maneio dos Recursos Naturais. Maputo.
Cunha, L., (2008), “Avaliação do potencial turístico”, Cogitur Journal of Tourism Studies, Edições
Universitárias Lusófonas, Portugal.
Dencker, Ada de Freitas Maneti (1998), Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo:
Futura
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no Alentejo Litoral, Centro de Estudos de Turismo e Cultura, Instituto Politécnico de Tomar,
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Ferrer O.C.; Hartline Michael 2005. Estratégias de Marketing. 3. ed. Thomson, São Paulo.
Juran, J.M.,Gryna, F.M. (1991), Controle da Qualidade Handbook: conceitos, políticas e filosofia
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Kotler, P.; Wong V.; Saunders J. and Armstrong G. (2005), Principles of Marketing. 4th ed.
Edinburgh. Prentice Hall.
52
Poon, A. (1994), The New Tourism Revolution in Tourism Management. s. l.: Elsevier Science
Tornimbeni, Corrado (2007). Isto foi sempre assim: the politics and land human mobility in
Chimanimani, central of Mozambique. In Journal of Southern African Studies. Volume 33. Number
3. p. 485-500.
Documentos consultados:
OMT (1998), Guide for local authorities on developing sustainable tourism, OMT, Madrid, Spain.
UNESCO (2010), Guidelines and Criteria for National Geoparks seeking UNESCO's assistance to
join the Global Geoparks Network
54
2) Mapa: Localização geográfica da ACTF de Chimanimani
55
3) Mapa da RNC com as suas principais localidades
56
4. Lista de espécies de aves 358 Emerald-spotted Wood-dove (25170) Turtur
chalcospilos
rebes 359 Tambourine Dove (25190) Turtur tympanistria
8 Little Grebe (36110) Tachybaptus ruficollis 360 Lemon Dove (24840) Aplopelia larvata
hamerkop and storks 361 African Green-pigeon (26310) Treron calvus
81 Hamerkop (37490) Scopus umbretta turacos, go-away-birds
83 White Stork (38150) Ciconia ciconia 370 Livingstone’s Turaco (21210) Tauraco livingstonii
ducks 371 Purple-crested Turaco (21310) Gallirex
105 African Black Duck (4290) Anas sparsa porphyreolophus
typical raptors – kites, eagles, hawks, buzzards, cuckoos, malkohas, coucals
osprey 375 African Cuckoo (12030) Cuculus gularis
125 White-headed Vulture (33650) Aegypius occipitalis 377 Red-chested Cuckoo (11990) Cuculus solitarius
126 Yellow-billed Kite (33381) Milvus migrans 378 Black Cuckoo (12000) Cuculus clamosus
parasitus 384 African Emerald Cuckoo (12330) Chrysococcyx
127 Black-shouldered Kite (33260) Elanus caeruleus cupreus
131 Verreaux's Eagle (35220) Aquila verreauxii 385 Klaas's Cuckoo (12320) Chrysococcyx klaas
139 Long-crested Eagle (35320) Lophaetus occipitalis 386 Diderick Cuckoo (12340) Chrysococcyx caprius
141 African Crowned Eagle (35430) Stephanoaetus 387 Green Malkoha (12430) Ceuthmochares aereus
coronatus 391 Burchell's Coucal (12940) Centropus burchellii
142 Brown Snake-eagle (33690) Circaetus cinereus owls
144 Southern Banded Snake-eagle (33700) Circaetus 392 Barn Owl (21510) Tyto alba
fasciolatus 397 Southern White-faced Scops-owl (21841) Ptilopsis
149 Steppe Buzzard (34970) Buteo vulpinus granti
153 Augur Buzzard (35050) Buteo augur 400 Cape Eagle-owl (22080) Bubo capensis
154 Lizard Buzzard (33960) Kaupifalco 401 Spotted Eagle-Owl (22090) Bubo africanus
monogrammicus nightjars
160 African Goshawk (34050) Accipiter tachiro 408 Freckled Nightjar (24130) Caprimulgus tristigma
165 African Marsh-harrier (33820) Circus ranivorus swifts
falcons 411 Common Swift (17750) Apus apus
172 Lanner Falcon (36000) Falco biarmicus 412 African Black Swift (17790) Apus barbatus
176 Taita Falcon (36080) Falco fasciinucha 415 White-rumped Swift (17890) Apus caffer
181 Rock Kestrel (35730) Falco rupicolus 418 Alpine Swift (17720) Tachymarptis melba
francolins/spurfowls, quails, guineafowls 420 Scarce Swift (17360) Schoutedenapus myoptilus
188 Coqui Francolin (1490) Peliperdix coqui mousebirds
191 Shelley's Francolin (1590) Scleroptila shelleyi 424 Speckled Mousebird (11830) Colius striatus
198 Red-necked Spurfowl (1760) Pternistis afer kingfishers
199 Swainson's Spurfowl (1770) Pternistis swainsonii 429 Giant Kingfisher (11480) Megaceryle maximus
200 Common Quail (1910) Coturnix coturnix 430 Half-collared Kingfisher (10640) Alcedo
203 Helmeted Guineafowl (3050) Numida meleagris semitorquata
buttonquails, cranes, crakes & flufftails 431 Malachite Kingfisher (10720) Alcedo cristata
217 Red-chested Flufftail (27980) Sarothrura rufa 432 African Pygmy-kingfisher (10850) Ispidina picta
plovers, lapwings, sandpipers, stints, snipes, curlews, 435 Brown-hooded Kingfisher (11060) Halcyon
whimbrels albiventris
260 African Wattled Lapwing (31510) Vanellus 436 Grey-headed Kingfisher (11020) Halcyon
senegallus leucocephala
264 Common Sandpiper (30120) Actitis hypoleucos 437 Striped Kingfisher (11070) Halcyon chelicuti
270 Common Greenshank (30040) Tringa nebularia bee-eaters
285 Great Snipe (29740) Gallinago media 438 European Bee-eater (11780) Merops apiaster
286 African Snipe (29760) Gallinago nigripennis 444 Little Bee-eater (11640) Merops pusillus
doves, pigeons 445 Swallow-tailed Bee-eater (11670) Merops
349 Speckled Pigeon (24350) Columba guinea hirundineus
350 African Olive-pigeon (24470) Columba arquatrix hoopoes
352 Red-eyed Dove (24960) Streptopelia semitorquata 451 African Hoopoe (9820) Upupa africana
354 Cape Turtle-dove (24940) Streptopelia capicola 452 Green Wood-hoopoe (9830) Phoeniculus purpureus
356 Namaqua Dove (25210) Oena capensis 454 Common Scimitarbill (9890) Rhinopomastus
357 Blue-spotted Wood-dove (25180) Turtur afer cyanomelas
hornbills
57
455 Trumpeter Hornbill (9710) Bycanistes bucinator 569 Terrestrial Brownbul (72060) Phyllastrephus
456 Silvery-cheeked Hornbill (9730) Bycanistes brevis terrestris
460 Crowned Hornbill (9340) Tockus alboterminatus 570 Yellow-streaked Greenbul (72150) Phyllastrephus
barbets, tinkerbirds flavostriatus
464 Black-collared Barbet (8070) Lybius torquatus 573 Stripe-cheeked Greenbul (71900) Andropadus
466 White-eared Barbet (7810) Stactolaema leucotis milanjensis
471 Yellow-rumped Tinkerbird (7910) Pogoniulus 574 Yellow-bellied Greenbul (71980) Chlorocichla
bilineatus flaviventris
honeyguides 575 Eastern Nicator (72310) Nicator gularis
474 Greater Honeyguide (5200) Indicator indicator thrushes, robins
475 Scaly-throated Honeyguide (5190) Indicator 576 Kurrichane Thrush (63450) Turdus libonyanus
variegatus 577 Olive Thrush (63470) Turdus olivaceus
476 Lesser Honeyguide (5220) Indicator minor 584 Miombo Rock-thrush (62540) Monticola angolensis
479 Green-backed Honeybird (5330) Prodotiscus 589 Familiar Chat (66780) Cercomela familiaris
zambesiae 593 Mocking Cliff-chat (66910) Thamnolaea
woodpeckers, wrynecks cinnamomeiventris
483 Golden-tailed Woodpecker (5980) Campethera 596 African Stonechat (66450) Saxicola torquatus
abingoni 599 White-browed Robin-chat (65800) Cossypha
486 Cardinal Woodpecker (6100) Dendropicos heuglini
fuscescens 600 Red-capped Robin-chat (65810) Cossypha
489 Red-throated Wryneck (5360) Jynx ruficollis natalensis
swallows & martins 601 Cape Robin-chat (65750) Cossypha caffra
518 Barn Swallow (70780) Hirundo rustica 606 White-starred Robin (65390) Pogonocichla stellata
520 White-throated Swallow (70820) Hirundo 617 Bearded Scrub-robin (65910) Cercotrichas
albigularis quadrivirgata
521 Blue Swallow (70890) Hirundo atrocaerulea warblers
522 Wire-tailed Swallow (70860) Hirundo smithii 624 Southern Hyliota (77080) Hyliota australis
527 Lesser Striped Swallow (70940) Hirundo 637 Dark-capped Yellow Warbler (75920) Chloropeta
abyssinica natalensis
529 Rock Martin (70760) Hirundo fuligula 639 Barratt's Warbler (75180) Bradypterus barratti
530 Common House-martin (71120) Delichon urbicum 642 Broad-tailed Warbler (77300) Schoenicola
537 Eastern Saw-wing (71240) Psalidoprocne orientalis brevirostris
cuckooshrikes 643 Willow Warbler (76560) Phylloscopus trochilus
538 Black Cuckooshrike (59280) Campephaga flava 644 Yellow-throated Woodland-warbler (76520)
539 White-breasted Cuckooshrike (58880) Coracina Phylloscopus ruficapilla
pectoralis 645 Bar-throated Apalis (73580) Apalis thoracica
540 Grey Cuckooshrike (58890) Coracina caesia 646 Chirinda Apalis (73760) Apalis chirindensis
drongos 648 Yellow-breasted Apalis (73640) Apalis flavida
541 Fork-tailed Drongo (59930) Dicrurus adsimilis 650 Red-faced Crombec (76370) Sylvietta whytii
542 Square-tailed Drongo (59910) Dicrurus ludwigii 651 Long-billed Crombec (76390) Sylvietta rufescens
orioles 655 Green-capped Eremomela (76190) Eremomela
543 Eurasian Golden Oriole (58480) Oriolus oriolus scotops
544 African Golden Oriole (58490) Oriolus auratus 657 Green-backed Camaroptera (73850) Camaroptera
545 Black-headed Oriole (58560) Oriolus larvatus brachyura
crows 661 Cape Grassbird (75420) Sphenoeacus afer
550 White-necked Raven (57650) Corvus albicollis 663 Moustached Grass-warbler (75400) Melocichla
tits mentalis
553 Miombo Tit (70090) Parus griseiventris cisticolas, prinias
554 Southern Black Tit (70000) Parus niger 667 Wing-snapping Cisticola (73210) Cisticola ayresii
556 Rufous-bellied Tit (70040) Parus rufiventris 670 Wailing Cisticola (72930) Cisticola lais
558 Grey Penduline-tit (69720) Anthoscopus caroli 672 Rattling Cisticola (72860) Cisticola chiniana
creepers 673 Singing Cisticola (72740) Cisticola cantans
559 Spotted Creeper (68740) Salpornis spilonotus 677 Levaillant's Cisticola (73000) Cisticola tinniens
babblers 678 Croaking Cisticola (73040) Cisticola natalensis
560 Arrow-marked Babbler (79280) Turdoides jardineii 679 Lazy Cisticola (72840) Cisticola aberrans
bulbuls, nicators 681 Neddicky (73050) Cisticola fulvicapilla
568 Dark-capped Bulbul (71520) Pycnonotus tricolor 683 Tawny-flanked Prinia (73380) Prinia subflava
58
684 Roberts's Warbler (73500) Oreophilais robertsi 780 Purple-banded Sunbird (82760) Cinnyris
flycatchers, batises bifasciatus
689 Spotted Flycatcher (64490) Muscicapa striata 784 Miombo Double-collared Sunbird (82470) Cinnyris
690 African Dusky Flycatcher (64660) Muscicapa manoensis
adusta 786 Variable Sunbird (82380) Cinnyris venustus
691 Ashy Flycatcher (64720) Muscicapa caerulescens 787 White-bellied Sunbird (82400) Cinnyris talatala
693 Grey Tit-flycatcher (64740) Myioparus plumbeus 790 Olive Sunbird (82060) Cyanomitra olivacea
696 Pale Flycatcher (64230) Bradornis pallidus 791 Scarlet-chested Sunbird (82230) Cyanomitra
699 Black-and-white Flycatcher (61740) Bias musicus senegalensis
700 Cape Batis (61810) Batis capensis 792 Amethyst Sunbird (82210) Cyanomitra
701 Chin-spot Batis (61830) Batis molitor amethystina
702 Pale Batis (61840) Batis soror Dana Tours
708 Blue-mantled Crested Flycatcher (60230) 793 Collared Sunbird (82000) Hedydipna collaris
Trochocercus cyanomelas 797 African Yellow White-eye (73960) Zosterops
709 White-tailed Crested Flycatcher (60210) Elminia senegalensis
albonotata weavers, sparrows
710 African Paradise-flycatcher (60310) Terpsiphone 807 Thick-billed Weaver (85510) Amblyospiza albifrons
viridis 808 Dark-backed Weaver (85020) Ploceus bicolor
wagtails 810 Spectacled Weaver (84560) Ploceus ocularis
711 African Pied Wagtail (83610) Motacilla aguimp 811 Village Weaver (84800) Ploceus cucullatus
712 Mountain Wagtail (83670) Motacilla clara 816 Golden Weaver (84630) Ploceus xanthops
pipits, longclaws queleas, bishops, widowbirds
716 African Pipit (83800) Anthus cinnamomeus 821 Red-billed Quelea (85260) Quelea quelea
909 Wood Pipit (83960) Anthus nyassae 825 Black-winged Bishop (85360) Euplectes
720 Striped Pipit (83780) Anthus lineiventris hordeaceus
722 Tree Pipit (84000) Anthus trivialis 827 Yellow Bishop (85410) Euplectes capensis
728 Yellow-throated Longclaw (83690) Macronyx 831 Red-collared Widowbird (85450) Euplectes ardens
croceus pytilias, crimsonwings, twinspots
shrikes, boubous, tchagras, helmet-shrikes 836 Red-faced Crimsonwing (85670) Cryptospiza
732 Common Fiscal (55120) Lanius collaris reichenovii
733 Red-backed Shrike (54930) Lanius collurio 839 Red-throated Twinspot (85780) Hypargos
737 Tropical Boubou (61360) Laniarius aethiopicus niveoguttatus
740 Black-backed Puffback (61200) Dryoscopus cubla firefinches, waxbills, mannikins
743 Brown-crowned Tchagra (61270) Tchagra australis 840 African Firefinch (85860) Lagonosticta rubricata
744 Black-crowned Tchagra (61260) Tchagra senegala 844 Blue Waxbill (85930) Uraeginthus angolensis
746 Bokmakierie (61490) Telophorus zeylonus 846 Common Waxbill (86100) Estrilda astrild
747 Gorgeous Bush-shrike (61580) Telophorus viridis 848 Grey Waxbill (85990) Estrilda perreini
748 Orange-breasted Bush-shrike (61510) Telophorus 851 Yellow-bellied Waxbill (86010) Coccopygia
sulfureopectus quartinia
749 Black-fronted Bush-shrike (61540) Telophorus 857 Bronze Mannikin (86540) Spermestes cucullatus
nigrifrons 858 Red-backed Mannikin (86550) Spermestes bicolor
750 Olive Bush-shrike (61520) Telophorus olivaceus whydahs, widowfinches
751 Grey-headed Bush-shrike (61620) Malaconotus 860 Pin-tailed Whydah (87020) Vidua macroura
blanchoti canaries & seedeaters
753 White-crested Helmet-shrike (61650) Prionops 869 Yellow-fronted Canary (87330) Crithagra
plumatus mozambicus
mynas, starlings, oxpeckers 872 Cape Canary (87180) Serinus canicollis
761 Violet-backed Starling (67560) Cinnyricinclus 881 Streaky-headed Seedeater (87420) Crithagra
leucogaster gularis
769 Red-winged Starling (67260) Onychognathus morio canaries & seedeaters
sugarbirds 883 Cabanis's Bunting (89110) Emberiza cabanisi
774 Gurney's Sugarbird (81380) Promerops gurneyi 884 Golden-breasted Bunting (89080) Emberiza
sunbirds, white-eyes flaviventris
775 Malachite Sunbird (82700) Nectarinia famosa 885 Cape Bunting (89990) Emberiza capensis
776 Bronzy Sunbird (82680) Nectarinia kilimensis 886 Cinnamon-breasted Bunting (88970) Emberiza
779 Marico Sunbird (82750) Cinnyris mariquensis tahapisi
59
5. Algumas fotos da RNC durante o trabalho de campo
60
Roberto durante o trabalho de campo Turismo Equestre na RNC “Passagem Estreita” Chimanimani
61
6. Fichas de avaliação por parte da Rede Global de Geoparques:
Name of Geopark
Date of Revalidation
Revalidation Overview
Summary
Total
62
Document A: Evaluation Document
Evaluator:
Signature:
Exchange of visits
TOTAL SCORE
63
1.0 Participation in Global Geopark Network Conferences
Representatives
Meetings Place Date
1st International Geoparks
Conference Beigin - CHINA June 2004
TOTAL SCORE
64
1.2 Participation in common activities
Common Exhibition
Exchange of Exhibition
Exchange of Personnel
Knowledge Transfer
Other (details)
TOTAL SCORE
Comments - Details
GGN Newsletter No 1
GGN Newsletter No 2
65
GGN Newsletter No 3
GGN Newsletter No 4
GGN Leaflets
Other (details)
TOTAL SCORE
Comments - Details
TOTAL SCORE
This section reviews the management structure and legal status of the Geopark. Please provide a
brief summary of how the management structure s changed since the official designation as a
Geopark and/or after the last revalidation event.
66
Description of management structure, organisation and legal status
This section reviews the financial situation of the Geopark and its long-term financial viability.
Please provide a brief summary of how the financial status of the Geopark has changed since the
official designation as a Geopark or after the last revalidation event.
68
revalidation
This section measures the success of conservation (geoconservation) initiatives undertaken by the
Geopark since the official designation as a Global Geopark Network member or after the last
revalidation event.
69
3.1 Initiatives taken to improve the links between geodiversity and cultural,
biological and other associated heritage
Conservation (geoconservation)
Total Score
70
Section Four: Strategic Partnerships
Museums
Geological Survey
Universities
Tourism Agencies
Co-operative ventures
Institutions
Conservation organizations
TOTAL SCORE
With International
Organizations (UNESCO,
IUGS, Europarks, Eurosites
etc.
TOTAL SCORE
71
Section Five: Marketing and Promotion of the Geopark after its Official Designation
as a member of the Global Geopark Network.
This section measures the success of marketing and promotional activities undertaken by the
Geopark since it was awarded Global Geopark Network membership status. Press releases and
copies of promotional materials should be provided as supporting evidence.
5.0 Activity
Conference
1.
2.
3.
Seminars
1.
2.
3.
Educational Programmes
1.
2.
3.
1.
2.
3.
1.
72
2.
3.
Participation in Tourism
Brochures
1.
2.
3.
TOTAL SCORE
5.1 Publications
1.
2.
3.
1.
2.
73
3.
1.
2.
3.
TOTAL SCORE
5.2. Infrastructure
This section highlights improvements to the infrastructure of the Geopark since it was awarded
Global Geopark Network membership or since the last revalidation exercise.
5.2 Infrastructure
Visitor centre
Path or trails
Information
panels
Other
TOTAL SCORE
74
5.3 Monitoring
This section highlights the methods used for evaluating and improving the quality and standards of
interpretation material and public awareness programmes implemented by the Geopark.
5.3 Monitoring
TOTAL SCORE
This section highlights the both the positive and negative impacts of Geopark status to the region
and how the Global Geopark Network member status has contributed towards sustainable
economic development
Agriculture
Livestock farming
Forestry
2.Tourism Development
Tourist agencies
75
Restaurants
Accommodation
3.Produce
Handicrafts
Geological replicas
Local products
4.Employment
New enterprises
Others
TOTAL SCORE (maximum
total cannot exceed 180
COMMENTS – DETAILS:
76