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CNPq UFAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO


CIENTÍFICA – PIBIC CNPq/UFAL/FAPEAL

RELATÓRIO FINAL
(2014– 2015)
TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA:
ROTEIRO DE CHARME E DESENVOLVIMENTO DE BASE LOCAL NO
LITORAL NORTE DE ALAGOAS

TÍTULO DO PLANO DE TRABALHO INDIVIDUAL E


DIFERENCIADO: ESTUDO DAS DIFERENÇAS EMPÍRICAS E
CONCEITUAIS DO TURISMO DE MASSA E DO TURISMO DAS
POUSADAS DE CHARME NO LITORAL NORTE DE ALAGOAS

NOME DO ORIENTADOR: LINDEMBERG MEDEIROS DE ARAUJO

NOME DO BOLSISTA/COLABORADOR: DANILO MOISÉS DE MENDONÇA


PEREIRA

X BOLSISTA CNPQ BOLSISTA FAPEAL


BOLSISTA UFAL COLABORADOR

*NOME DA GRANDE ÁREA DO CONHECIMENTO (CNPq): CIÊNCIAS HUMANAS


*NOME DA SUB-ÁREA DO CONHECIMENTO (CNPq): GEOGRAFIA HUMANA
*Consultar site www.cnpq.br

Projeto Financiado: SIM X NÃO

Caso afirmativo citar órgão financiador dos recursos: CNPq___


Maceió - AL, 17/08/2015.

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RESUMO

Sendo uma das atividades socioeconômicas mais complexas da atualidade, o turismo pode
se desenvolver com produtos diferenciados em diferentes destinações, como é o caso da
Rota Ecológica, que se estende por três municípios do litoral norte de Alagoas, onde vem se
desenvolvendo uma oferta turística que destoa do turismo de massa tradicionalmente
presente ao longo do Pólo Turístico Costa dos Corais (PTCC). O presente estudo tem por
objetivo analisar as diferenças conceituais e empíricas por trás das ofertas turísticas do
turismo de massa do PTCC e da Rota Ecológica (RE). Para isso, foi revisada a literatura
acerca do turismo de massa e turismo alternativo, para compreender de que forma estas
duas ofertas se aproximam destas noções. Foi realizada visita a campo, levantamento de
dados socioeconômicos e de informações disponíveis nos sites de hotéis, resorts e
pousadas, sites especializados e na base de dados do Laboratório de Território, Turismo e
Desenvolvimento (LTTD). Já amplamente inserida no circuito turístico nacional e focada
na exploração do ‘turismo de sol e mar’, a oferta turística em Maragogi tem entre seus
principais atrativos suas praias movimentadas e suas famosas piscinas naturais, contando
com dois grandes resorts e uma série de hotéis e pousadas associados a esse tipo de oferta,
e um surgimento recente de algumas pousadas alternativas. Já na Rota Ecológica observou-
se uma oferta focada em pousadas semelhantes às de charme, que seguem conceitos como
bucolismo e exclusividade; destaca-se também o turismo de observação ao peixe-boi
marinho. Constatou-se neste estudo que a oferta turística da Rota Ecológica se diferencia
efetivamente da oferta presente em Maragogi, podendo-se encontrar na segunda uma
atividade turística que se alinha ao tradicional ‘turismo de sol e mar’, enquanto ao longo da
Rota Ecológica vem se desenvolvendo uma oferta personalizada, que se adéqua a critérios
pessoais do turista, distanciando-se do processo verticalizado de territorialização
empreendido pelos enclaves turísticos. Observou-se também uma diversificação da oferta
ainda incipiente em ambas as regiões, entendida como uma busca por competitividade.

Palavras-chave: Turismo de Massa, Turismo alternativo, Turismo e Território

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INTRODUÇÃO

O turismo é uma das atividades socioeconômicas mais complexas e dinâmicas da


atualidade. Em um mesmo país ou região podem surgir destinações ou lugares turísticos
com produtos diferenciados (BUTLER, 2006), buscando atender a demandas de perfis
particulares de turistas. No Brasil, tem havido certa concentração do turismo na zona
costeira nordestina, principalmente devido à riqueza e abundância de ecossistemas ao longo
do litoral do país.

A partir da década de 1990, com o PRODETUR/NE, a região passou a atrair investimentos


públicos (infraestrutura), e privados (principalmente hotéis e resorts) (CRUZ, 2000). A
iniciativa do governo federal foi uma resposta ao processo de revalorização da zona
costeira nordestina, com base no seu patrimônio natural, sob a égide do ‘turismo de sol e
mar’, como é o caso do Pólo Turístico Costa dos Corais (PTCC), com destaque para
Maragogi, município de 28.249 habitantes de acordo com o Censo 2010, e que encontra-se
a aproximadamente125 Km de Maceió e Recife, estando, portanto, equidistante de ambas
as capitais. Entretanto, há uma exceção ao turismo de massa na área do PTCC. Trata-se de
um trecho de litoral localmente denominando de Rota Ecológica (RE) e que se estende por
cerca de 23 km, da foz do rio Camaragibe até a foz do rio Manguaba, envolvendo três dos
municípios do PTCC, a saber: Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de
Pedras, que possuem, de acordo com o último Censo, respectivamente uma população de
14.763, 7.163 e 8.429 habitantes.

O PTCC em sua maior parte encontra-se inserido na área de influência da Área de Proteção
Ambiental (APA) Costa dos Corais. Sendo uma das mais extensas e belas áreas de
conservação ambiental em todo o país, a APA Costa dos Corais abriga significativo
potencial turístico, abrangendo oito municípios do litoral norte de Alagoas, a saber:
Paripueira, Barra de Santo Antônio, Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto
de Pedras, Japaratinga, Porto Calvo e Maragogi e parte do litoral sul de Pernambuco
(Figura 1), Microrregião do Litoral Norte Alagoano. Ao longo de seus mais de 130
quilômetros de extensão, a Costa dos Corais é contemplada com paisagens atrativas, com
destaque para seus recifes de corais, praias, manguezais e piscinas naturais, além de sua
gastronomia, que a tornam potencialmente interessante ao desenvolvimento turístico no

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litoral norte de Alagoas, (ALAGOAS, s.d.; SIMÕES, 2012). Dessa forma, o projeto tem
como área de estudo os municípios de Maragogi, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres
e Passo de Camaragibe (Figura 2).

Figura 1: APA Costa dos Corais


Fonte: ICMBio

Figura 2: Área de estudo

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OBJETIVOS

GERAL:

Analisar as diferenças conceituais e empíricas por trás das ofertas turísticas do turismo de
massa e do turismo das pousadas de charme no Litoral Norte de Alagoas.

ESPECÍFICOS:
1. Entender as diferenças entre turismo de massa e turismo alternativo;
2. Compreender a natureza da oferta turística de Maragogi e da Rota Ecológica;
3. Compreender as diferenças conceituais e empíricas entre esses dois tipos de oferta
turística.

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METODOLOGIA

Na fase inicial da pesquisa, foram realizadas reuniões no Laboratório de Território, Turismo


e Desenvolvimento (LTTD), do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente
(IGDEMA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), para discussão acerca do
contexto geral da área de estudo (familiarização preliminar coma área).

Foi realizada uma revisão da literatura com base em periódicos científicos em língua
portuguesa relacionados a turismo mais bem avaliados pela Capes, bem como de livros
disponíveis no LTTD.

Foi realizado também um levantamento e análise dos dados socioeconômicos disponíveis


sobre a área de estudo em órgãos oficiais – como a Secretaria de Estado do Planejamento, e
Desenvolvimento Econômico (SEPLANDE), o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e o Ministério do Turismo –, com vista a desenvolver uma compreensão
do contexto socioeconômico dos municípios. Em seguida foi realizada visita de campo à
RE, no dia 01/12/2014, que ajudou na compreensão do desenvolvimento turístico ao longo
da região.

Em seguida foram levantadas as informações sobre a atividade turística nos municípios,


com base em sites de hotéis, resorts e pousadas, sites especializados e na base de dados do
LTTD, que tornaram possível a compreensão das atividades turísticas que vêm se
desenvolvendo na RE e em Maragogi.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Turismo de massa

O crescimento econômico e as diversas conquistas trabalhistas (como a redução da jornada


de trabalho) ocorridos em diversos países nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra
Mundial, juntamente com os avanços dos sistemas de transportes e telecomunicações,
tornaram possível à atividade turística generalizar-se e difundir-se cada vez mais entre uma
parte maior da população, tornando-se uma das mais importantes atividades econômicas da
atualidade. A atividade turística, sobretudo aquela que vem sendo praticada a partir da
década de 1950 pela classe média em ascensão, que ao seguir o modelo fordista, apresenta
produção e consumo em massa de produtos indiferenciados (ARAGÃO, 1999).

Diversos autores apontam para consequências negativas do turismo dito de massa. Segundo
Ruschmann (apud NASCIMENTO; SILVA, 2009, p. 106), o turismo de massa é
caracterizado pelo número elevado de pessoas que viajam em grupo ou individualmente
para os mesmos lugares, geralmente na mesma época do ano. Essa atividade de massa
acaba sendo responsável por grandes impactos ambientais, devido à elevada concentração
de turistas em uma determinada localidade, podendo causar danos como a alteração de
ecossistemas. Fennell (apud op. cit., p. 107) mostra que esta forma moderna de turismo
(turismo de massa) costuma dominar a atividade turística de uma região e, devido ao fato
de os lucros financeiros não permanecerem na região receptora, ou seja, na qual os lucros
são gerados, esta forma de turismo acaba contribuindo pouco para o desenvolvimento local.
Dessa forma

O hotel e demais equipamentos são, em geral, produzidos com produtos externos,


há pouca demanda para alimentos regionais e o marketing incentiva um número
elevado de pessoas, muitas vezes marcadas pela sazonalidade da demanda, o que
influencia nos níveis de emprego ofertados na localidade, alterando o ritmo de
vida da população local, e direcionando as ações para satisfazer às expectativas e
demandas dos clientes (op. cit. p. 107).

Aragão destaca que “[...] o turismo fordista é baseado em enclaves, grandes construções
completamente descoladas da paisagem e realidade local, e que, na maioria das vezes se
constituem em áreas de diferenças, onde o social local apresenta-se como um problema
inevitável [...] ” (1999, p. 39). Como exemplo desse modelo de enclave turístico, Rodrigues
(apud NEVES, 2008, p. 32) cita o resort Hyatt Regency Waikaloa, no Havaí, um enorme

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complexo, composto por cerca de 1500 apartamentos, altamente arborizado, possuindo
diversas piscinas, cascatas e salas de convenções, com uma arquitetura totalmente
simétrica. Esse tipo de oferta termina por negar a paisagem, sociedade e cultura locais.

Assim, este modelo de turismo encontra-se em conformidade com o que Santos (2001)
denomina verticalidades, pois esses enclaves se caracterizam como pontos estranhos à
localidade em que se inserem, estando indiferentes ao seu entorno, pois seus centros de
decisões estão em outras partes do globo, nos grupos multinacionais que os gerem, no que o
mencionado autor afirma serem pontos adequados às tarefas produtivas hegemônicas (p.
106).

Turismo alternativo

Mudanças sociais ocorridas nas últimas décadas, juntamente com novas preocupações –
como a questão ambiental –, levaram ao desenvolvimento de novas exigências direcionadas
à satisfação de necessidades que contrastam com o trabalho diário e a vida quotidiana,
alterando assim o padrão de consumo e originando novas formas e experiências turísticas
(PIRES, 2004; GRIMM; SAMPAIO, 2011). Conforme Pires,

[...] são atividades como o contato com a Natureza, com o patrimônio cultural, a
aventura, a descoberta, as relações interpessoais, o descanso, a leitura, a
gastronomia, etc. Além disso, importa referir que esses produtos passaram a ser
concebidos de forma quase personalizada, adequando-se à procura individual,
tomando a forma de “solução turística” em detrimento ao tradicional produto
turístico. Esse conceito de solução tem a finalidade de reduzir a conotação de
estandardização intrínseca ao turismo produto, adaptando-se melhor a realidade
vigente” (2004, p. 46).

Aragão (1999) aponta que, enquanto mercadoria, a atividade turística teve que criar novas
ofertas para poder adaptar-se aos novos tipos de exigências, com a qualidade e
diferenciação tornando-se elementos de competitividade. Assim,

[...] esta mudança de paradigmas implica em que o modelo de enclaves deixa de


ser adequado, enquanto forma de atividade padronizada, na busca de
competitividade, porque os turistas passam a buscar alternativas diferenciadas de
lazer, onde não mais posicionam-se como massa consumista anônima. O turista
passa a escolher as atividades de acordo com critérios pessoais [...] Enfim, não é
mais o consumidor que deve se enquadrar aos pacotes padronizados oferecidos
pelos empreendedores, mas estes que devem atender aos gostos diferenciados
daqueles (op. cit. p. 41).

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Nestas novas formas do fazer turístico há a busca pelo encontro de alteridades, com o
turismo sendo mais do que uma atividade econômica, sendo possível a troca de
experiências socioculturais entre turista e anfitrião (FRATUCCI, 2000).

Turismo e território
Levando em conta a noção geográfica de território, entendido como uma porção do espaço
dominado e transformado pelas relações de poder entre determinados agentes sociais, que
lhe atribuem valor simbólico (HAESBAERT; LIMONAD, 2007), podemos entender o
turismo como uma prática socioespacial que se apropria do território e produz novas
territorialidades, atribuindo a um determinado recorte espacial novos valores e significados
(FRATUCCI, 2000).

Acerca do papel de transformação territorial que o turismo tem, Coriolano afirma que o
turismo

[...] age desterritorializando/reterritorializando e produzindo novas configurações


geográficas. Assim, regiões litorâneas, originalmente ocupadas pelos indígenas,
pescadores, comunidades tradicionais – os chamados “povos do mar” - são
expropriados para dar lugar às segundas residências, aos grandes resorts, às
cadeias hoteleiras, aos restaurantes e demais equipamentos turísticos, como
parques temáticos, por exemplo (2006, p. 364).

Coriolano (op. cit.) ainda ressalta que o processo de territorialização empreendido pelos
grandes grupos econômicos ligados ao turismo é um movimento verticalizado de produção
do espaço, visto que estes grupos, como as cadeias de hotéis e restaurantes, funcionam
como empresas-rede, transferindo para seus parceiros locais – visto que utilizam o regime
de franquias – todo o peso dos investimentos em novos empreendimentos, assim como o
papel de absorver a força de trabalho com baixa remuneração; esses grandes grupos são os
macroatores, os agentes que de fora da área determinam as modalidades internas de ação
em cada ponto da rede, aos quais “[...] cabe direta ou indiretamente a tarefa de organizar o
trabalho de todos os outros, os quais de uma forma ou de outra dependem da sua regulação”
(SANTOS, 2001, p. 106). No entanto, Coriolano aponta que este processo, que busca
sempre a ampliação dos lucros, reforça conflitos e produz resistências no território por parte
de outros atores sociais, surgindo desses conflitos novas formas alternativas de turismo,
empreendidas muitas vezes pelos grupos excluídos pela dominação hegemônica das
grandes transnacionais.

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O Turismo em Maragogi e na Rota Ecológica

Maragogi

Já amplamente inserida no circuito turístico nacional e internacional (é o segundo polo


turístico de Alagoas, atrás apenas da capital Maceió), Maragogi há muito vem sendo alvo
da exploração turística, em especial do turismo de massa, fomentado no âmbito do
PRODETUR/NE, que “[...] ofereceu condições para a ocupação turística do Nordeste,
preparando a infraestrutura, fazendo o marketing e atraindo empresas, especialmente a rede
hoteleira, em destaque, os resorts” (CORIOLANO; ALMEIDA, 2007), integrando a Costa
dos Corais a outros pólos turísticos no Nordeste. Surgem daí, segundo Fraga (2013), os
principais conflitos relacionados ao turismo na APA Costa dos Corais, causados pela
intensificação da atividade turística que ocorre principalmente nas praias e piscinas
naturais, apropriando o espaço originalmente utilizado pelas comunidades de pescadores da
região. Tais problemas ocorrem em grande parte porque a transformação territorial que o
turismo exerce em áreas originalmente ocupadas por comunidades tradicionais se
materializam “[...] para dar lugar às segundas residências, aos grandes resorts, às cadeias
hoteleiras, aos restaurantes e demais equipamentos turísticos [...]” (CORIOLANO, 2006, p.
364).

Contando com resorts como o Grand Oca e o Salinas do Maragogi – que possuem,
respectivamente, 236 e 229 Unidades Habitacionais (UHs) –, a oferta turística, que de
acordo com Beni (apud OLIVEIRA; SOUZA, 2012, p. 3) é constituída pelo conjunto de
bens e de serviços que são oferecidos ao consumo do turista, foca no denominado ‘turismo
de sol e mar’, que, de acordo com o Ministério do Turismo “[...] constitui-se das atividades
turísticas relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da
presença conjunta de água, sol e calor” (BRASIL, 2007). Focada na exploração das belezas
naturais do litoral, o turismo em Maragogi apresenta além dos resorts, mais de trinta hotéis
e pousadas (com um deles, o Hotel Praia Dourada, possuindo mais de 130 UHs). Os
atrativos da região, propagados pelo marketing turístico, focam nas praias mais
movimentadas do município, tendo a visitação às galés – famosos recifes de corais que
formam piscinas naturais, localizados a aproximadamente seis quilômetros da praia– como
um dos principais atrativos da região (Figura 3). As galés podem ser alcançadas por lanchas
ou catamarãs, durante a maré baixa, quando a profundidade é menor varia de meio metro a

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seis; essa área apresenta ampla variedade de espécies marinhas, contando com mais de
quinze espécies de peixes e dez espécies de corais (op. cit.). Entre os passeios destacam-se
os de buggies, que contam sempre com um condutor especializado e treinado, em passeios
pelos litorais norte e sul do município. Maragogi – e a Costa dos Corais como um todo – se
destaca também por sua gastronomia, baseada em peixes e frutos do mar, com influência
das culturas indígena e africana, contando com um importante festival que estimula o
turismo local, o Festival Gastronômico da Lagosta, existente desde 2010, e que conta com a
participação de diversos restaurantes locais. No caso dos resorts, ambos oferecem uma
série de serviços que se aplicam ao que Coriolano & Almeida (2007) afirmam acerca dos
resorts, como sendo enclaves nas comunidades onde se instalam, formando um mundo
isolado e utilizando uma variedade de estratégias para reter o turista; podendo-se citar, em
ambos os resorts mencionados acima, diversos serviços que são oferecidos internamente,
como área fitness, SPA, quadras poliesportivas, áreas de recreação infantil e bares e
restaurantes; em contraste com a ideia de enclave associada aos resorts, o Salinas do
Maragogi oferece alguns passeios pela região (em sua maioria não inclusos no pacote),
conforme informa seu site, como passeios às piscinas naturais e por entre as praias de
Maragogi, por terra e por mar.

Figura 3 – Resorts, hotel e as Galés em Maragogi


Fonte: Google

Além dos mencionados atrativos, Maragogi possui também localidades mais afastadas e
menos povoadas ao longo do seu litoral, como as praias de Antunes e Ponta do Mangue,
localizadas ao norte da sede administrativa do município (cidade de Maragogi), e a pequena
Croa de São Bento, que aparece apenas durante a maré baixa, formando uma praia
temporária a aproximadamente dez minutos de jangada da praia (FREIRE, 2013). No litoral
sul do município, ficam algumas pousadas que se assemelham às encontradas ao longo da
RE, sendo a mais famosa a Camurim Grande, localizada em uma península entre o rio
Maragogi e o Oceano Atlântico – curiosamente localizada ao lado do maior resort da

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região, o Salinas do Maragogi; essa pousada conta com bangalôs de luxo e atendimento
exclusivo, estando inserida no Roteiro de Charme desde 2014 (ROTEIROS DE CHARME,
2015); ela oferece, dessa forma, atrativos que destoam do turismo de sol e mar
tradicionalmente presente no município, contemplando assim uma oferta diferenciada na
busca pela competitividade (ARAGÃO, 1999).

Rota Ecológica

A RE (municípios de Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Passo de Camaragibe), e


caracteriza-se por possuir ecossistemas costeiros formados por cordões litorâneos, recifes,
estuários, manguezais, praias e restingas, além de porções remanescentes e fragmentadas de
Mata Atlântica; possui pequenos núcleos urbanos de baixa densidade, dispersos pela
planície costeira (FRAGA, 2013). Essa região, desta forma, mostrou-se favorável ao
desenvolvimento de formas alternativas ao turismo de massa encontrado em Maragogi,
originando-se na região diversas das denominadas “pousadas de charme”, que seguem
conceitos como exclusividade, bucolismo, tranquilidade, isolamento e privacidade. Outro
importante fator para o desenvolvimento dessa forma alternativa de turismo, conforme
Fraga (op. cit. p. 58-59) é o acesso restrito a estes municípios, pois o principal eixo viário
local, a rodovia estadual AL-101, que liga o Litoral Norte a Maceió, apresenta
descontinuidades trechos precários no acesso Sul à região; pelo acesso Norte, para se
chegar a Porto de Pedras, é necessário a utilização de balsa para a travessia do rio
Manguaba ou pegar a AL-460 a partir da AL-105 (proximidades de Porto Calvo), o que
limita o acesso a região.

O ingresso da RE no roteiro turístico nacional remonta ao início da década de 2000, a partir


da divulgação da região em revistas de turismo, com uma oferta semelhante à do turismo de
charme (FREIRE, 2013). Essa oferta começou com a Pousada do Toque, localizada no
município de São Miguel dos Milagres e criada no final da década de 1990; é a única
pousada da RE associada ao chamado Roteiro de Charme – embora 12 outras pousadas da
RE tenham uma oferta semelhante. A Associação Roteiros de Charme é uma entidade
privada sem fins lucrativos que congrega mais de 60 meios de hospedagem em todo o
Brasil, e seleciona membros anualmente de acordo com critérios de conforto, qualidade de
serviços e responsabilidade socioambiental (FRAGA, 2013; ROTEIROS DE CHARME,
2015). Seguindo esses conceitos, essas pousadas exclusivas da RE (atualmente mais de

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quinze) buscam aliar um atendimento de alto padrão à imagem de tranquilidade, calma e
distanciamento da vida corrida dos grandes centros urbanos, unindo alto padrão de conforto
com acomodações que remetem à imagem de uma vida bucólica (Figura 4). Essas pousadas
exploram o clima ‘paradisíaco’ que as praias da região apresentam, valendo-se da
gastronomia e peculiaridades do local, com o turismo sendo mais do que uma atividade
econômica, sendo possível o encontro de alteridades e a troca de experiências culturais
(FRATUCCI, 2000). Um exemplo disso é o fato de as pousadas não oferecerem almoço –
conforme informam em seus respectivos sites – levando os hóspedes a conhecerem os
restaurantes locais, e com isso tendo a oportunidade de entrar em contato com a
comunidade local; além disso, as pousadas, em sua maioria, oferecem a possibilidade de
agendamento de diversos passeios, como trilhas, passeios a cavalo, passeios de buggy,
pesca em alto mar, caiaque, passeios às piscinas naturais locais, visitas aos pontos de
artesanato local, além de passeios de jangada pelo rio Tatuamunha, onde se realiza o
Projeto Peixe-Boi. O projeto, existente desde a década de 1990, é gerido pelo Instituto
Chico Mendes de Conservação a Biodiversidade (ICMBio), que desenvolve projetos de
pesquisa, reintrodução e monitoramento do peixe-boi marinho (Trichechus manatus) na
área, sendo as áreas estuarinas e marinhas entre Japaratinga e São Miguel dos Milagres
destinadas à conservação da espécie. Fraga (2013, p. 71) aponta que “[...] os limites legais à
circulação de barcos pela região inibem a massificação do turismo e favorecem uma
atuação ambientalmente responsável da comunidade [...]”, sendo permitidas apenas visitas
guiadas por condutores da Associação Peixe-Boi, credenciados pela prefeitura, que recebem
alvará da Marinha e são orientados pelo ICMBio; a Associação também vende artesanato
relacionado à espécie do peixe-boi marinho.

Figura 4: Pousadas de charme na Rota Ecológica e turismo de observação do peixe-boi


marinho no rio Tatuamunha
Fonte: Google

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As pousadas da RE têm como uma de suas principais características o alto poder aquisitivo
do público ao qual elas se destinam, com diárias que podem ultrapassar R$ 1.500,00 (um
mil e quinhentos reais) na alta estação, como consequência da sofisticação, exclusividade e
qualidade do serviço por elas oferecido, diferenciando-se do turismo de massa existente
noutras partes do litoral Norte do estado, com a maioria dos estabelecimentos oferecendo,
inclusive, apenas quartos duplos ou triplos, com número bastante reduzido de unidades
habitacionais em comparação a Maragogi (Tabela 1).

MEIOS DE HOSPEDAGEM EM MARAGOGI E NA ROTA ECOLÓGICA


CADASTRADOS NO CADASTUR
MEIOS DE Nº UH Nº LEITOS
MUNICÍPIOS
HOSPEDAGEM
Passo de 03 23 68
Camaragibe
São Miguel dos 12 110 246
Milagres
Porto de Pedras 05 41 90
Maragogi 25 1018 2689
TOTAL 45 1192 3093
Tabela 1: Meios de hospedagem de Maragogi e Rota Ecológica regularmente cadastrados no
Ministério do Turismo
Fonte: Cadastur

A RE vem sendo crescentemente explorada pelo turismo, já tendo alcançado visibilidade


em nível nacional (contando com diversas reportagens sobre a região em grandes veículos
de comunicação). Outros serviços e acomodações começaram a surgir recentemente, como
a abertura de um hotel com 60 unidades habitacionais em São Miguel dos Milagres, um
restaurante Day Use em Porto de Pedras, e um hotel fazenda em Passo de Camaragibe,
além de uma festa rave de luxo que ocorre em torno do fim do ano em São Miguel dos
Milagres (a festa é chamada Tamo Junto), e que atrai milhares de pessoas de diversas partes
do Brasil. Assim, a RE pode vir a perder parte das suas características originais (naturais e
culturais) que lhe deram inicialmente visibilidade.

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CONCLUSÃO

A oferta turística existente ao longo da Costa dos Corais em Alagoas está em expansão,
com serviços cada vez mais diversificados ao longo dos municípios que a compõem. O já
tradicional ‘turismo de sol e mar’ que se consolidou em Maragogi, e outras partes do litoral
Norte, tem dividido o espaço com formas que lhe são alternativas, formas essas que se
baseiam em visões de mundo distintas à visão estandardizada e predatória que tem sido
uma marca relativamente ubíqua do turismo de massa.

Constatou-se neste estudo que a oferta turística da Rota Ecológica se diferencia


efetivamente da oferta presente em Maragogi e outras partes do litoral alagoano, podendo-
se encontrar na segunda uma atividade turística que se alinha ao tradicional ‘turismo de sol
e mar’, com destaque para os dois resorts existentes no município. Já a oferta que vem se
desenvolvendo ao longo da Rota Ecológica mostra-se em conformidade com a literatura
acerca do turismo alternativo, ao oferecer um produto personalizado e que se adéqua a
critérios pessoais dos turistas, tendo como grande atrativo o distanciamento da vida urbana,
o contato com outras culturas e as relações interpessoais, distanciando-se do processo
verticalizado de territorialização empreendido pelos enclaves turísticos; é o caso do turismo
de observação do peixe-boi marinho em Porto de Pedras, que conta com a participação
direta de jangadeiros locais, que, com isso, obtêm uma renda extra, além dos ganhos com a
comercialização de artesanato ligado a esta espécie.

No entanto, pôde-se observar o início de uma diversificação, ainda que incipiente, da oferta
turística, tanto em Maragogi quanto na Rota Ecológica. Foi constatada pela pesquisa o
surgimento recente de atividades alternativas de turismo dentro do próprio território
dominado pelo ‘turismo de sol e mar’, dos resorts e grandes hotéis, normalmente
associadas a partes do município localizadas muito além dos limites imediatos dos resorts e
hotéis; notou-se o surgimento de pousadas semelhantes às da Rota Ecológica, com destaque
para a Camurim Grande, que ingressou recentemente na Associação de Hotéis Roteiros de
Charme. Enquanto na Rota Ecológica observou-se a abertura de um hotel com número de
UHs bem acima do que costumeiramente se encontra ao longo das pousadas de charme;
podendo-se entender ambos os casos como uma busca pela competitividade por meio da
diversificação da oferta.

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REFERÊNCIAS

ALAGOAS. APL Costa dos Corais: Programa de mobilização para o desenvolvimento


dos arranjos e territórios produtivos locais do estado de Alagoas. Disponível em:
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1247146349.pdf Acesso em: 20 de dezembro de
2014, 20:00:00.
ARAGÃO, E. S. de. Ecoturismo, uma alternativa de turismo pós-fordista. 1999. 64 f.
TCC (Graduação em ciências econômicas)-Faculdade de Ciências Econômicas,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1999.
BENI, M. C. Análise estrutural do turismo.São Paulo: SENAC, 2000. apud OLIVEIRA, A.
C. R. de; SOUZA, C. A. de. A Importância dos Estudos Sobre a Oferta – Caso dos 65
Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. In: SEMINÁRIO DE
PESQUISA EM TURISMO DO MERCOSUL, 7, 2012, Caxias do Sul. Anais... Caxias do
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MODELO RELATÓRIO FINALPIBICCNPq/UFAL/FAPEAL 16


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MODELO RELATÓRIO FINALPIBICCNPq/UFAL/FAPEAL 17


PLANO DE TRABALHO INDIVIDUAL E DIFERENCIADO 1CANDIDATO A
BOLSA PRIORIDADE 1 PARA O ORIENTADOR INDICADO

TÍTULO: ESTUDO DAS DIFERENÇAS EMPÍRICAS E CONCEITUAIS DO


TURISMO DE MASSA E DO TURISMO DAS POUSADAS DE CHARME NO
LITORAL NORTE DE ALAGOAS
ORIENTADOR: LINDEMBERG MEDEIROS DE ARAUJO
ESTUDANTE: DANILO MOISÉS DE MENDONÇA PEREIRA
TÓPICOS A SEREM DESENVOLVIDOS, FICANDO CLARA A CONEXÃO
ENTRE O PLANO DE TRABALHO DO ESTUDANTE E OS OBJETIVOS
ESPECÍFICOS DO PROJETO DO ORIENTADOR:
I – OBJETIVOS: Analisar as diferenças conceituais e empíricas por trás das ofertas
turísticas do turismo de massa do Polo Turístico Costa dos Corais e da Rota Ecológica.
II – METODOLOGIA
O estudo terá como recorte espacial os municípios de Maragogi – turismo de massa – e
Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras – Rota Ecológica. O aluno
realizará uma análise dos dados socioeconômicos disponíveis sobre a área de estudo, com vistas a
desenvolver uma compreensão do contexto socioeconômico da área de estudo. Em seguida o aluno
coletará dados, com base em relatórios técnicos, monografias, dissertações, relatórios de pesquisa
(banco de dados do Laboratório de Território, Turismo e Desenvolvimento
(LTTD/IGDEMA/UFAL); dados das secretarias de turismo do estado e dos municípios envolvidos;
imagens do Google Earth e sites da internet; fotografias de campo e observação direta. A análise
priorizará as informações que guardem relação direta com os objetivos de pesquisa. Espera-se que
o plano de trabalho gere conhecimentos sobre as principais diferenças empíricas e conceituais entre
o turismo de massa no litoral Norte de Alagoas – com ênfase no município de Maragogi – e a oferta
das pousadas de charme da Rota Ecológica.

III - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DIMENSIONADO PARA 1 (UM) ANO.

Meses
ATIVIDADES 2014 2015
AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MA ABR MAI JUN JUL
R
Atividade 1 x x x x x x x x x
Atividade 2 x x x x x
Atividade 3 x x x x x
Atividade 4 x
Atividade 5 x x x x
Atividade 6 x x x
Atividade 7 x

1 É recomendável que o Plano de Trabalho relacione as atividades e/ou ações a serem


executadas aos objetivos específicos da pesquisa. Não se esquecer de colocar o nome de
cada candidato de acordo com a prioridade para cada orientador.

MODELO RELATÓRIO FINALPIBICCNPq/UFAL/FAPEAL 18


Atividade 1. Levantamento bibliográfico e revisão da literatura
Atividade 2. Levantamento de dados e informações socioeconômicos sobre os municípios
alvo da pesquisa
Atividade 3. Caracterização da área de estudo
Atividade 4. Relatório parcial: apresentação dos resultados parciais
Atividade 5. Levantamento de dados sobre o turismo de massa e as pousadas de charme
Atividade 6.Análise e interpretação dos dados
Atividade 7. Preparação e entrega do relatório final

MODELO RELATÓRIO FINALPIBICCNPq/UFAL/FAPEAL 19

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