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28/02/2024, 20:51 Urbanização turística no Brasil : um foco em Florianópolis – Santa Catarina

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Tourism Review

7 | 2015 :
Le Brésil, le Tourisme au-delà du Carnaval

Urbanização turística no Brasil :


um foco em Florianópolis – Santa
Catarina
Marcos A.T. da Silveira et Adyr B. Rodrigues
https://doi.org/10.4000/viatourism.630

Traduction(s) :
Urbanisation touristique au Brésil : l’exemple de Florianópolis – Santa Catarina
[fr]
Touristic Urbanization in Brazil : A Focus on Florianópolis – Santa Catarina [en]

Résumé
Este artigo é uma abordagem da urbanização turística no Brasil com foco no caso de
Florianópolis, cidade situada no litoral do Estado de Santa Catarina no sul do Brasil. O objetivo é

☝🍪
discutir as transformações sócioespaciais induzidas pelo desenvolvimento do turismo em
Florianópolis. No Brasil, o desenvolvimento do turismo é um processo observado sobretudo nas
últimas três décadas, principalmente devido ao crescimento das práticas de turismo de sol e praia
em vários lugares localizados na zona costeira do país, gerando rearranjos na sua organização
Cesócio-espacial.
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Na maioria dosetcasos, esse crescimento é acompanhado de impactos ambientais,
vous donne
sociais le contrôle
e econômicos sur Neste contexto, considera-se fundamental pôr em prática, tanto
negativos.
em Florianópolis
ceux que vous quanto em vários lugares localizados no litoral do Brasil, ações de ordenamento
souhaitez
territorial activer
e turístico para minimizar os impactos negativos do turismo e, ao mesmo tempo,
maximizar os seus efeitos positivos.

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chaves : desenvolvimento do turismo, impactos do turismo, zona costeira,
Florianópolis, Brasil
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28/02/2024, 20:52 Urbanização turística no Brasil : um foco em Florianópolis – Santa Catarina

Introdução
1 Neste artigo abordamos a urbanização turística na zona costeira do Brasil enfocando
o caso do município de Florianópolis, também conhecido como Ilha de Santa Catarina.
A cidade de Florianópolis é a capital do Estado de Santa Catarina, e está localizada no
litoral Sul do Brasil. A escolha de Florianópolis como objeto de análise deve-se ao fato
dele ser um dos lugares mais turistificados do litoral Sul do país. Neste contexto, o
presente trabalho tem como objetivo apresentar, de forma sucinta, as transformações
socioespaciais promovidas pelo turismo no município de Florianópolis, em específico
aquelas decorrentes da urbanização turística. Em termos metodológicos, este trabalho
está fundamentando no levantamento bibliográfico sobre a temática em tela, e na
análise de documentos, relatórios e dados estatísticos sobre o turismo em Florianópolis,
assim como, na observação da realidade do município por meio de visitas de campo.

A Urbanização Turística na Zona


Costeira do Brasil : uma síntese
2 No Brasil, a urbanização turística é um processo observado sobretudo nas últimas
três décadas, e decorre do crescimento das práticas do turismo de sol e praia em vários
municípios localizados ao longo da zona costeira do país, engendrando rearranjos na
sua organização sócioespacial. Esta urbanização turística se caracteriza pelo
aparecimento e/ou expansão de complexos turísticos do tipo resort e de núcleos
urbanos – estações turísticas do tipo cidade –, cuja função turística é predominante
(EQUIPE MIT, 2002 ; SILVEIRA, 2014), e que tem gerado transformações econômicas,
sociais e ambientais no espaço litorâneo brasileiro, conforme apontam diversos autores
(RODRIGUES, 1999 ; LOPES JUNIOR, 2000 ; CRUZ, 2000 ; ABREU, 2005 ; TOMASI,
2011).
3 Com efeito, sobretudo a partir da década de 1970, o turismo é apontado como um dos
vetores de significativas transformações territoriais na zona costeira do Brasil.
Inicialmente, com a massificação das práticas ligadas ao turismo de sol e praia, ocorreu
um intenso processo de expansão urbana e de especulação imobiliária no litoral Sudeste
do país. Depois foi a vez do litoral Sul e, mais recentemente, do litoral Nordeste. No
litoral Nordeste, o que tem sido denominada de “expansão turístico-imobiliária” é
marcada por uma nova etapa de desenvolvimento do turismo de sol e praia no Brasil,
em particular a partir dos anos 1990. Esse desenvolvimento é impulsionado, tanto por
meio de ações de agentes governamentais quanto de promotores privados –
empresários e investidores – estabelecidos nas regiões economicamente mais dinâmicas

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do Brasil, como São Paulo, e em outros países, como Espanha, Itália e Portugal (SILVA,
2007 ; ANJOS, 2008 ; FONSECA, 2012).
4 Neste contexto, podemos destacar duas dimensões do desenvolvimento recente do
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turismo no Brasil. A primeira dimensão é a estruturação espacial promovida com a
vous donne le contrôle sur
participação dos governos em nível federal, estadual e municipal, instituindo as
ceux que vous souhaitez
condiçõesactiver
para a atração de investimentos privados por meio da implantação de
infraestruturas urbano-regionais (aeroportos, rodovias, saneamento básico,
eletrificação, reformas urbanas etc.). Essa dimensão reveste-se de importância
fundamental para entender o processo de turistificação de vários lugares na zona
costeira do Brasil, pois ao estabelecer a lógica de estruturação espacial, as políticas
públicas contribuíram para direcionar os fluxos turísticos em escala nacional para
regiões antes pouco turistificadas.
5 A segunda dimensão, tão importante quanto a primeira, refere-se às ações dos atores
privados – investidores e promotores imobiliários –, que promoveram investimentos na
implantação de equipamentos turísticos e de lazer (hotéis, resorts, parques temáticos,
condomínios de segunda residência etc.) em escala regional, tornando o turismo no

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Brasil um negócio mais atrativo. Pesquisas recentes apontam o Brasil como o quinto
país do mundo mais visado para investimentos de multinacionais ligadas ao turismo
(MELLO & GOLDENSTEIN, 2010). É neste contexto, que nas duas últimas décadas,
várias cadeias hoteleiras internacionais se instalaram nos lugares em processo de
turistificação, alterando a base da economia do turismo nesses lugares, na maior parte
dos casos em detrimento das populações locais (COMERLATTO, 2015).
6 Com efeito, a chegada das grandes cadeias hoteleiras, dos resorts de padrão
internacional, e de outros empreendimentos turísticos, tem provocado impactos –
econômicos, sociais e ambientais – de toda magnitude. Na maioria dos casos, o
desenvolvimento do turismo vem acompanhado de vários impactos negativos. O
primeiro deles é o impacto ambiental que se manifesta na exploração desordenada dos
recursos naturais dos lugares. O segundo, é o impacto social que se dá com a não
inclusão das populações locais no processo de desenvolvimento do turismo,
notadamente por meio da descaracterização da cultura e do modo de vida de
comunidades tradicionais (RODRIGUES, 1999, LOPES JUNIOR, 2000 ; CAVALCANTI
& LEAL, 2010).
7 E, o terceiro, é o impacto econômico, que se manifesta com a exploração da mão-de-
obra local e a concorrência desigual com o turismo de base local. Isto porque a maior
parte dos empreendimentos hoteleiros no Brasil é ainda de pequeno porte, de origem
familiar, e quando se instala uma grande rede, esta acaba por atrair a clientela dos
hotéis locais, na medida em que oferece mais qualidade e menor preço aos turistas, tal
como se dá em outros serviços do Setor Terciário, como as grandes redes
supermercadistas, que acabaram com o pequeno comércio de bairro em muitas cidades
brasileiras. Então, uma das questões que se coloca é como o turismo de base local
poderá sobreviver face à concorrência com as grandes cadeias hoteleiras nacionais e
internacionais ?
8 É neste contexto que vem se configurando o processo de turistificação dos lugares na
zona costeira do Brasil, de acordo com o modelo globalizado de “balnearização”, no
qual, ao lado do fenômeno da segunda residência (loteamentos e condomínios), têm-se
a implantação dos complexos hoteleiros (resorts e clubes de férias fechados do
tipo Clube Med). Uma das características desse processo é a adequação dos territórios
litorâneos ao uso turístico massificado voltado à prática do turismo de sol e praia do
tipo 3S – Sea, Sand and Sun – e mesmo o do tipo 4S – Sea, Sand, Sun and
Sex (SILVEIRA, 2014).
9 Com efeito, uma rápida leitura do mapa da urbanização turística do espaço litorâneo
brasileiro, revela que o turismo despertou a atenção, sobretudo, dos promotores
imobiliários, que desde há muitos anos vêm se apropriando do solo ao longo das praias
para promover a especulação imobiliária. Esta especulação, que atingiu fortemente o
litoral do Nordeste brasileiro nas últimas duas décadas, gerou novos arranjos

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territoriais e configurações urbanas denominadas por alguns estudiosos como
“Imobiliário-Turístico” (SILVA, 2007 ; CAVALCANTI & LEAL, 2010 ; FERREIRA,
2009 ; FONSECA, 2012).
10 Ce site
De utilise
modo desmaiscookies et essas novas configurações assumem, nos locais onde o
especifico,
vous donne le contrôle sur
turismo está se expandindo, novas formas de ocupação e uso do solo com edificações
ceux que vous souhaitez
que divergem do padrão que foi historicamente construído, como é o caso das
activer
tradicionais segundas residências, fazendo surgir condomínios fechados, resorts, flats,
apart-hotéis, entre outros tipos. Tais formas urbanas disputam com as populações
locais os espaços com qualidades ambientais em cada localidade, corroborando para o
processo de segregação socioespacial.
11 Neste sentido, vale destacar que esse modelo de ocupação e uso do solo destinado à
expansão do “Imobiliário-Turístico”, tem provocado muitas alterações na organização
do espaço litorâneo brasileiro, gerando segregação socioespacial e degradação
ambiental na maior parte dos lugares. Associada à expansão do “Turismo Imobiliário”,
têm-se a falta de investimentos públicos em infraestrutura urbana – coleta e descarte do
lixo, abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, etc. Estes estão entre os
principais fatores que causam impactos socioambientais de diversas dimensões em
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muitos lugares turísticos situados ao longo da zona costeira brasileira, assim como têm
feito surgir diversos conflitos entre as comunidades e o poder público local (BARBOSA,
2003 ; ANJOS, 2008 ; HÜFFNER, 2010).

Turismo e Urbanização : o caso do


município de Florianópolis
12 O município de Florianópolis está localizado na Região Sul do Brasil, no litoral do
estado de Santa Catarina, entre os paralelos de 27º50′ de latitude sul e entre os
meridianos de 48º25′ de longitude oeste (ver Fig. 01). Seu território é formado por uma
grande ilha oceânica, a Ilha de Santa Catarina que tem uma área de 424,4km², e por
uma pequena península continental com 12,1 km², totalizando 436,5km². Florianópolis
possui aproximadamente 421.000 mil habitantes, de acordo com o último levantamento
do IBGE (2010), sendo que no período do ano de alta temporada turística, sua
população ultrapassa 1 milhão de pessoas entre moradores e visitantes.

Figura 1 : Localização da Ilha de Santa Catarina no litoral do Brasil

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Ce site utilise des cookies et
vous Notadamente a partir dos anos 1990, atores públicos e privados procuraram
13
donne le contrôle sur
ceux que vous souhaitez do turismo nas atividades econômicas do município de
aumentar a participação
Florianópolis, investindo no marketing turístico em nível nacional e internacional. Essa
activer
estratégia alcançou sucesso, pois Florianópolis ficou em 2013 entre os cinco principais
destinos turísticos brasileiros (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2013).
14 Hoje, o turismo se consolidou com uma das atividades econômicas mais importantes
para Florianópolis, apresentando um crescente fluxo de turistas, notadamente na
estação do verão. Esse fluxo é formado, tanto por visitantes domésticos, como por
visitantes vindos de outros países, principalmente da Argentina, do Uruguai, do
Paraguai e do Chile (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2013).
15 O processo de turistificação de Florianópolis inicia-se a partir da década de 1980,
quando a atividade turística passou a adquirir relevância econômica e a promover
transformações culturais e paisagísticas no território do município. Na década de 1990

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a divulgação de Florianópolis na mídia como “Ilha da Magia” e “Capital de melhor
qualidade de vida do país”, gerou o aumento dos fluxos migratório e turístico, e
produziu situações como : a fragmentação da expansão urbana do centro da cidade para
os balneários, ampliando a demanda por infraestrutura ; provocando a
descaracterização da paisagem ; a deterioração das praias ; a especulação imobiliária ; o
deslocamento de populações tradicionais de seus territórios ; e a intervenção funcional
na legislação urbana, por meio de novas formas de ocupação e uso do solo urbano
(CECCA, 1997 ; SUGAI, 2002 ; SANTIAGO et al., 2009).
16 Em função de sua configuração físico-espacial, Florianópolis não segue o mesmo
padrão de aglomeração urbana de outras cidades situadas ao longo da zona costeira
brasileira. Seus núcleos urbanos estão dispersos no território formado pela Ilha de
Santa Catarina, onde comunidades de pescadores que habitam a região desde há muito
tempo, foram transformadas em balneários para a prática do lazer e do turismo de sol e
praia, como é o caso da Praia do Jurerê mostrada na figura 2.

Figura 2 : Praia do Jurêre - Florianópolis

Acervo fotográfico dos autores.

17 Tal como em outros lugares do litoral do Brasil, a maior parcela dos turistas que
visita Florianópolis vai em busca das práticas ligadas ao lazer à beira-mar, sobretudo
associadas ao turismo de sol e praia. Essas práticas são, portanto, caracterizadas por
uma forte sazonalidade, pois dependem dos principalmente das férias de verão, período
considerado como de alta temporada de veraneio. Florianópolis vem sendo também
muito procurada em meses de baixa temporada por visitantes cuja motivação principal

☝🍪
são os negócios e a participação em eventos e convenções. Em cinco anos o número de
turistas que visitaram Florianópolis praticamente dobrou, passando de 780,583 mil
Cevisitantes emdes
site utilise 20107 para 1,55
cookies et milhão em 2012. Neste fluxo de turistas estão incluídos os
vous donne le contrôle sur – turistas estrangeiros –, os visitantes brasileiros de outros
visitantes de fora do Brasil
estados
ceux quedovous
país, souhaitez
e os visitantes do próprio estado de Santa Catarina (SANTUR, 2012).
18 Quantoactiver
à urbanização turística em Florianópolis, dentre os elementos que
corroboram para confirmar sua inserção neste processo, podemos apontar o elevado e
estável crescimento populacional, um elemento que determinou a configuração atual de
seu território. A figura 3 mostra a evolução da ocupação urbana do município,
representando os anos de 1938, 1978, 1990, e 1998, e as zonas em processo de
urbanização entre 1998 e 2004 (ESPÍNDOLA & SANTIAGO, 2004).

Figura 3 : Evolução da Ocupação Urbana na Ilha de Santa Catarina

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Debetir, 2006.
19 Observa-se na figura anterior que, o núcleo urbano que originou a zona atualmente
qualificada como centro da cidade, é aquela mais próxima do continente. Os acessos
entre o núcleo central e os núcleos dispersos pelo território da ilha foram sendo
ocupados conforme se produziu a expansão da infraestrutura e dos equipamentos
instalados para atender à crescente demanda do turismo. Esta expansão fez surgir
novos loteamentos de segunda-residência e de equipamentos hoteleiros para atender ao
turismo de sol e praia. Isto originou o processo de urbanização turística do município de

20 ☝🍪
Florianópolis.
Por sua vez, a implantação de equipamentos turísticos em alguns locais desencadeou,
não apenas o processo de segregação socioespacial urbana, como também gerou a
Ceformação
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de des cookies
um tecido et fragmentado, dando origem ao que Bernal (2005) define
urbano
vous donne le contrôle sur
como “ilhas de ocupação urbana”, ou seja, aglomerações urbanas ocupadas pela
ceux que vous
atividade souhaitez
turística, fruto de intervenções pontuais por parte da iniciativa privada ou do
activer
Estado (em forma de parcerias público-privadas), geralmente com características
distintas de seus arredores, configurando verdadeiros enclaves turístico-territoriais.
21 Cabe aqui destacarmos o fato de que, no território configurado pela ilha de
Florianópolis, pode ser verificado em pequena escala a reprodução das conhecidas fases
do desenvolvimento turístico que marcaram lugares turísticos em outros países. A
primeira fase corresponde aos fluxos turísticos limitados, na qual o turismo atua como
revelador do meio ambiente. Na fase seguinte se desenvolve o turismo de massa
concentrado no tempo e no espaço, tornando-se um agente de degradação do espaço
receptor. Após esta segunda fase, geralmente surgem as tentativas de re-qualificação do
espaço apropriado pelo turismo, por meio de ações de planejamento territorial. E, a
última fase, é aquela da tentativa da reconciliação do turismo com o meio ambiente,

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onde a dimensão ambiental é considerada nos planos de desenvolvimento turístico
(RUSCHMANN, 1997).
22 No caso de Florianópolis, apesar de não ser o responsável histórico pelo aumento dos
problemas ambientais encontrados no lugar, podemos afirmar que, a partir dos anos
1980, a expansão turística passa a ter um papel determinante na ampliação da
“destruição criativa” da paisagem natural (OURIQUES, 1999). Essa expansão se dá com
a estruturação do sistema rodoviário regional e a consequente transformação da cidade
em função da melhoria das vias de circulação e transportes, que incrementaram as
redes de integração inter e intra-urbana, processo iniciado na década de 1920 e que se
mantém até o presente.
23 Desde o início, ainda nos anos 1970, o desenvolvimento do turismo em Florianópolis
foi conduzido pela lógica do mercado, na qual a especulação imobiliária tem operado
como principal vetor das novas formas de uso e ocupação do espaço urbano. Desde
então, essa especulação vem ditando e orientando o crescimento urbano da ilha. Assim,
sítios de patrimônio ambiental protegidos foram desapropriados, locais com
características rurais foram loteados, urbanizados e vendidos para a construção de
condomínios de segunda residência, resorts, hotéis, pousadas, e de outros
equipamentos de turismo. Nas últimas duas décadas, a urbanização turística na ilha de
Florianópolis se intensifica, e em muitos lugares foram construídas novas edificações
para atender à crescente demanda de visitantes, substituindo e transformando
rapidamente as localidades onde antes vivia a população local, formada principalmente
por comunidades de pescadores.
24 No presente, coexistem duas formas de parcelamento do solo em Florianópolis : os
grandes loteamentos com condomínios fechados e grandes empreendimentos em áreas
rurais, frutos de investimentos de grandes incorporadores ; e as pequenas propriedades
antes localizadas nos núcleos populacionais tradicionais, que aos poucos vem sendo
subdivididas em parcelas menores. O primeiro modo de parcelamento é comumente
explorado pelo capital externo ou pela elite local. O segundo, onde predominam
pequenas propriedades, o processo de adensamento é irregular e concentrado com a
construção de várias edificações num mesmo lote, em geral, utilizadas para alugar aos
turistas, caracterizando algum tipo de envolvimento da população local com a atividade
turística.
25 Com o crescimento do turismo, nos últimos anos os investimentos públicos têm sido
direcionados para diversos locais da ilha, nos quais a infraestrutura foi melhorada,
equipamentos turísticos foram construídos, enfim, ocorreu a expansão e a ocupação
imobiliário-turística de uma forma geral, em particular com a proliferação de novos
loteamentos e edificações. Essa expansão e ocupação aconteceu sem o devido
planejamento, ou seja, de forma desordenada, o que vem ocasionando degradação de
áreas naturais protegidas como os manguezais, restingas, dunas, e zonas de praia. Só

☝🍪
em 2012, de acordo com o novo Plano Diretor da cidade, estão previstas diretrizes mais
rigorosas de uso e ocupação do solo na ilha (PREFEITURA MUNICIPAL DE
FLORIANÓPOLIS, 2012).
26 Ce site
Na utilise
figura 4des
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representadas em as Áreas de Preservação Ambiental demarcadas no
vous donne le contrôle sur
território de Florianópolis, assim como, é possível também observar as zonas de
ceux que vous souhaitez
ocupação urbana na ilha de Santa Catarina.
activer
Figura 4 : Áreas de Preservação ambiental no município de Florianópolis

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IPUF, 2003.
27 O desenvolvimento do turismo em Florianópolis tem sido estimulado tanto por
órgãos públicos quanto por promotores privados, que colocam os recursos naturais
como o principal atrativo turístico da ilha, mesmo que tenha apenas efeito retórico e
estratégia de mercado. Essa estratégia tem feito valer também a lógica mercadológica
no que concerne à geração de empregos e renda para a população local, contribuindo,
assim, para o fortalecimento de uma monoatividade econômica local, cada vez mais
dependente do turismo (OURIQUES, 1999 ; MACHADO, 2000).
28 Neste contexto, a instalação de equipamentos e a oferta de serviços turísticos, apesar
de incluir a população local no desenvolvimento do turismo, tem ocorrido de forma
precária e marginal, provocando, na maioria das vezes, o afastamento desta população
das atividades tradicionais, como é o caso da pesca. Gradativamente os moradores
locais foram inserindo-se nas atividades de turismo como mão de obra sazonal e de

☝🍪
baixa remuneração. Esse problema se agravou com a atração de mão de obra de outras
localidades, alimentada pela expectativa de ser absorvida pelo setor turístico
concorrendo, de um lado, com a população local e, de outro, contribuindo ainda mais
Cepara
site outilise
rebaixamento salarial
des cookies et dos trabalhadores no setor (OURIQUES, 1999).
29 vous Atualmente, o município
donne le contrôle sur de Florianópolis convive com um antagônico processo de
ceux que vous
ocupação souhaitez
territorial. Ao mesmo tempo em que busca valorizar suas belezas naturais e
activer
consolidar sua vocação turística, a ocupação desordenada do seu território provoca em
alguns lugares a poluição das águas, destruição das áreas de preservação permanente,
compactação do solo em áreas de acentuada declividade, e o colapso do sistema viário
que interliga os lugares na ilha, entre outros problemas que interferem diretamente na
sua imagem de destino turístico (ESPÍNDOLA E SANTIAGO, 2004).
30 Neste contexto, a paisagem natural do município de Florianópolis tem passado por
transformações derivadas do crescimento urbano impulsionado pela “indústria do
turismo” que avança sem parar em direção aos balneários da ilha, como se observa na
figura 5. Deficiências na infraestrutura urbana, assim como a falta de ações do poder
público no que se refere ao controle nas ocupações das áreas de preservação ambiental,
vêm contribuindo para que os recursos naturais, os quais ainda constituem os

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principais atrativos da ilha, se tornem escassos. Embora os conflitos se evidenciem,
principalmente, nos períodos de alta temporada, alguns problemas perduram o ano
todo.
31 Nas últimas temporadas de veraneio, a demanda vem aumentando em relação à
oferta de atrativos e equipamentos em alguns espaços, como na porção Norte da ilha
(localidades de Canasvieiras, Ingleses, Jurerê, Ponta das Canas), apresentam as
características de um turismo de massa com grande concentração de pessoas por causa
do fácil acesso. As faixas de areias nas praias são disputadas entre banhistas,
vendedores ambulantes, construções inadequadas e equipamentos diversos.

Figura 5 : Condomínio – Praia Brava

Acervo fotográfico dos autores.

Figura 6 : Urbanização – Praia do Jurêre

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Acervo fotográfico dos autores.

32 Por sua vez, o Leste da ilha, onde se situam as localidades de Lagoa da Conceição,
Barra da Lagoa, Praia da Joaquina e Praia Mole, é caracterizado pela concentração de
excursionistas, apresentando problemas de infraestrutura, sinais de saturação e
poluição da hídrica. São constantes, nesta mesma região, os congestionamentos de
veículos nas vias de acesso aos lugares, com o agravamento da saturação do tráfego em

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épocas de alta temporada ou em finais de semana e feriados prolongados (ESPÍNDOLA
& SANTIAGO, 2004). Em suma, a distribuição da infraestrutura e dos equipamentos
urbanos está cada vez mais precária naqueles lugares onde a demanda turística é
crescente.
33 É preciso reconhecer que, por um lado, o crescimento do turismo tem produzido
muitas melhorias urbanas para Florianópolis, como a implantação de um moderno
sistema viário e de transportes, aumento na oferta de serviços e de equipamentos
urbanos. Por outro, esse crescimento urbano vem provocando muitos impactos
negativos no meio ambiente. Com a melhoria dos acessos e expansão da rede viária, as
áreas naturais ainda preservadas no município correm o risco de ter o mesmo quadro
dos locais já saturados e degradados pela intensa visitação turística.
34 Como exemplo, podemos citar o caso das praias situadas ao Norte e a Sudeste da ilha,
que conheceram um crescimento acentuado a partir da metade da metade da década de
1990. Resorts e redes hoteleiras vão se instalando nessas regiões. E, o processo de
urbanização turística de novos espaços continua sem a devida preocupação com os
impactos ambientais, inclusive desrespeitando os planos diretores e a legislação
ambiental que já incide neles.
35 Nas duas últimas décadas, a ocupação urbana na Ilha intensificou-se em diversos
locais, que passaram a concentrar uma grande quantidade de equipamentos turísticos,
notadamente de empreendimentos hoteleiros como condomínios fechados, apart-hotéis
e resorts (SANTOS, 2009).
36 Esta concentração de equipamentos turísticos visa exclusivamente atender à
crescente demanda turística, enquanto a população local pouco tem se beneficiado das
melhorias urbanas. E, quanto maior a demanda turística da localidade, maior a
diversidade de equipamentos instalados na mesma. As áreas Central e Leste da ilha são
as que possuem melhor oferta de equipamentos urbanos. Em seguida, a região Norte da
Ilha também pode ser destacada. Por sua vez, a região Sul, de ocupação mais recente, os
equipamentos urbanos ainda são insuficientes. E, as áreas de encostas da ilha, que estão
densamente ocupadas pela população local, não possuem o mínimo de equipamentos
e/ou infraestrutura, evidenciando uma crescente segregação sócio-espacial.
37 Este quadro vai desenhando um modelo peculiar de ocupação e uso do solo.
Constatamos a busca de rentabilidade econômica da expansão turística, em detrimento
de preocupações sociais e ambientais, o que acentua um caráter recorrente na maioria
dos lugares turísticos : o valor de troca é o que dita e conforma a apropriação do
território pelo turismo. Com efeito, na ilha de Florianópolis diversos núcleos urbanos
refletem as leis do mercado imobiliário. Valorizam-se de acordo com a localização, o
entorno, a vizinhança, a acessibilidade, e a oferta de equipamentos e de serviços
urbanos (energia elétrica, água, esgoto, pavimentação de ruas etc.). O mercado
imobiliário é que determina o custo e a origem de quem ocupará cada lugar. Como o

☝🍪
solo representa índice de riqueza ou pobreza, a especulação e valorização imobiliária
orientam os investimentos públicos. Assim, a classe empresarial, que tem mais acesso
ao Estado, se alia ao poder público, e tem influenciado desde há muitos anos o
Cecrescimento
site utilise des cookies et na Ilha (OURIQUES, 1999).
urbano-turístico
vous donne le contrôle sur
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activer
Considerações Finais
38 A desigualdade na distribuição dos benefícios advindos do crescimento econômico e
turístico explica em grande parte o aumento da segregação socioespacial em
Florianópolis, assim como em qualquer outra grande cidade do mundo globalizado.
Aqueles habitantes do lugar que não possuem renda para adquirir terrenos com
localização privilegiada, com acessibilidade, transportes, energia, água, esgoto e com
uma boa vizinhança, são empurrados para as periferias, vivendo em áreas e/ou bairros
que não dispõem de infraestrutura urbana básica e, em geral, ocupam terrenos de
maneira irregular.

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39 Em Florianópolis, a concepção de turismo adotada pelos promotores privados e pelo
poder público, indica que os contrastes sociais entre ricos e pobres é a face perversa do
desenvolvimento do turismo. A perda da dimensão da qualidade de vida no processo de
expansão do turismo poderá fazer com que no futuro próximo essa atividade seja vista
como uma das causadoras das iniquidades sociais e do aumento dos impactos negativos
no meio ambiente da famosa “Ilha da Magia”.
40 Diversos estudiosos têm alertado para o fato de que nos países desenvolvidos muitas
regiões turísticas colocaram em risco seus recursos naturais e seu patrimônio cultural,
sem se darem conta do que estavam perdendo, pois venderam o solo e o direito de uso
da natureza. Neste contexto, é imperativo pôr em prática no município de Florianópolis
ações de ordenamento territorial e turístico sob o risco da atividade turística destruir a
si própria, como nos alertava há muitos anos atrás Jost Krippendorf, um dos grandes
pensadores do turismo, com sua obra “Les dévoreurs des paysages : le tourisme, doit-il
detruire les sites qui le font vivre ?” (KRIPPENDORF, 1977).
41 No atual contexto, o turismo enquanto prática social e experiência cultural, emerge
fortalecida pelo processo de globalização influenciando na urbanização de muitos
lugares no mundo todo, imprimindo-lhes novas configurações espaciais (KNAFOU,
2007). Enquanto atividade econômica, o turismo se desenvolve baseado na produção do
espaço, caracterizando-se pelo “consumo” dos territórios. Esse desenvolvimento pode
gerar tanto benefícios quanto prejuízos às sociedades, à economia e ao meio ambiente
dos lugares de destino.

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Pour citer cet article


Référence électronique
Marcos A.T. da Silveira et Adyr B. Rodrigues, « Urbanização turística no Brasil : um foco em
Florianópolis – Santa Catarina », Via [En ligne], 7 | 2015, mis en ligne le 01 juillet 2015, consulté
le 29 février 2024. URL : http://journals.openedition.org/viatourism/630 ; DOI :
https://doi.org/10.4000/viatourism.630

Auteurs
Marcos A.T. da Silveira
Professor associado, Departamento de Geografia, Universidade Fédéral de Paraná

Adyr B. Rodrigues
Professor associado, Departamento de Geografia, Universidade du São Paulo

Droits d’auteur

Le texte seul est utilisable sous licence CC BY-NC-ND 4.0. Les autres éléments (illustrations,
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