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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE

ISSN: 2178-3586 / 23ª Edição / Jan - Jul de 2021

ARQUITETURA E NATUREZA: A IMPLANTAÇÃO DE UM ECO RESORT NA


CIDADE DE PONTA GROSSA - PR

Patricia Przywitowski Wieczorkowski ¹, Andressa Maria Woytowicz Ferrari ²

1 Curso Arquitetura e Urbanismo – Discente – CESCAGE.


E-mail: patricia.ppw@hotmail.com.

2 Curso Arquitetura e Urbanismo – Docente – CESCAGE.


E-mail: andressa_ferrari@hotmail.com.

Resumo: Com o crescimento populacional mundial, o avanço tecnológico e a reorganização


dos espaços urbanos, é cada vez mais comum, principalmente nas grandes cidades, a falta
de conexão dos seres humanos com a natureza. Atividades de turismo envolvendo o contato
com ambientes naturais são consideradas atividades de lazer, estas podem estar
relacionadas com acampamentos, passeios em rios, cachoeiras e lagos, praias, entre outros.
Nesse contexto, buscando sanar a falta que o homem sente de se conectar com ambientes
naturais, surgem opções de hospedagens temporárias, como os ecolodges, ou eco resorts,
que oferecem uma gama de atrativos de recreação, lazer, cultura, atividades desportivas e
de convívio com o meio ambiente. Comumente, a construção desses grandes complexos de
lazer causa certos impactos ambientais, por estarem localizados em áreas naturais com
algum distanciamento dos centros urbanos. Após análise da situação do ecoturismo na
região dos Campos Gerais, com os dados coletados através de pesquisa bibliográfica,
chegou-se à conclusão que esta área oferece diversos pontos turísticos e pouca variedade
de estabelecimentos de hotelaria relacionado ao segmento do ecoturismo. Tendo isso em
vista, este trabalho tem por finalidade apresentar o projeto arquitetônico de um eco resort na
região dos Campos Gerais, no município de Ponta Grossa. Busca-se como conceito projetual
aliar uma grande infraestrutura hoteleira de lazer com as ideologias de sustentabilidade,
gerenciando o uso e conservação dos recursos naturais, diminuindo o impacto ambiental
causado e incentivando o crescimento do ecoturismo na região.

Palavras-chave: Sustentabilidade, Hotelaria, Turismo.

1 INTRODUÇÃO

O turismo é uma atividade econômica onde há o deslocamento voluntário e


temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que se tem
residência fixa, por qualquer motivo desde que não seja para exercer alguma atividade
remunerada ou lucrativa no local de visitação (EMBRATUR,1992).
O Estado do Paraná é composto por 399 municípios, dos quais 224 apresentam
potencial para o turismo, estes integram 14 regiões turísticas. Essa regionalização é
composta de segmentos turísticos variados divididos em: Turismo Social, Ecoturismo,
Turismo Cultural, Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Esportes, Turismo
de Pesca, Turismo Religioso, Turismo Gastronômico, Turismo Náutico, Turismo de
Aventura, Turismo de Sol e Praia, Turismo de Negócios e Eventos, Turismo Rural e
Turismo de Saúde. Estes representam 10% da demanda turística brasileira
(CEPATUR, 2016).
Para análise e avaliação dessas regiões turísticas o Ministério do Turismo
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desenvolveu uma metodologia denominada Categorização dos Municípios das


Regiões Turísticas do Mapa de Turismo Brasileiro, que permite identificar o
desempenho do turismo nos municípios e avalia, também, o desempenho do Estado
junto ao setor turístico nacional. Esta metodologia reúne diversas variáveis referentes
aos aspectos econômicos dos municípios e das atividades do ramo de hospedagem
(CEPATUR, 2016). A categorização trabalha com fluxos turísticos e de hospedagem,
sendo as categorias identificadas pelas letras A, B, C, D e E; onde A representa o
município com um maior fluxo turístico e de estabelecimentos de hospedagem, e a
categoria E representa os municípios onde há ausência destes aspectos (CEPATUR,
2016).
A Região Turística dos Campos Gerais possui 11 municípios categorizados
segundo esta metodologia, que se dividem em sua grande maioria nas categorias D,
C e B respectivamente, ficando a cidade de Ponta Grossa na categoria B,
caracterizando- se como a de maior fluxo turístico da região (CEPATUR 2018).
Os dados do Gráfico 1 apresentam os segmentos de turismo mais
representativos na Região Campos Gerais do Paraná (CEPATUR, 2018). É possível
identificar que a maior demanda está direcionada ao Turismo Cultural, seguido pelo
Turismo Religioso e o Ecoturismo.

Gráfico 1 – Segmentos Turísticos da Região dos Campos Gerais.

Fonte: CEPATUR, 2018 com dados do Paraná Turismo, 2018.

Os municípios que compõe a Região dos Campos Gerais se destacam pela


vasta diversidade de atrativos naturais que proporcionam aos visitantes lazer e
diversão. Nesse sentido é importante destacar a demanda do segmento do
ecoturismo, que representa 15% dos atrativos turísticos (Gráfico 1).
Os dados anteriormente constatados, relacionados ao turismo, impactam
diretamente nas atividades hoteleiras da região visto que os meios de hospedagem
são equipamentos turísticos fundamentais para o funcionamento da atividade em
questão.
De acordo com uma matéria publicada na página do Paraná Turismo (s/d), na
região dos Campos Gerais, as atividades hoteleiras de lazer são direcionadas ao
segmento de turismo em meio a área rural. Nesse sentido, destacam-se o Hotel
Fazenda das 100 Árvores, a Pousada Fazenda Ribeirão das Flores e o Parque
Pousada Canyon Guartelá, em Castro, e em Tibagi a Pousada Fazenda Guartelá. Já
em relação ao segmento do Ecoturismo a região apresenta apenas um
estabelecimento de hotelaria de lazer que está ligeiramente voltado para o setor, o
hotel fazenda Itáytyba Ecoturismo, localizado no município de Tibagi.
A partir desses dados pode-se comparar a vasta quantidade de pontos
turísticos naturais existentes na região e o déficit no setor hoteleiro, que apresenta
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uma baixa oferta de serviços voltados à hospedagem próxima aos ambientes naturais.
Conclui-se, portanto, que há uma grande carência na hotelaria relacionada ao lazer,
o que acarreta um “bloqueio” no desenvolvimento dos segmentos do turismo na
região.
Como visto, segundo o Ministério do Turismo, a cidade de Ponta Grossa
possui o maior fluxo turístico da região dos Campos Gerais, e ainda apresenta uma
vertente bastante propícia ao desenvolvimento do ecoturismo devido a diversidade de
pontos turísticos naturais encontrados no município. Todavia há pouco investimento
e desenvolvimento desse segmento na cidade. Tendo isso em vista, esse estudo visa
a elaboração de um projeto arquitetônico de um Eco Resort na cidade de Ponta
Grossa, que serviria como um novo atrativo para os visitantes, visto que os pontos
turísticos existentes não ofertam infraestrutura de hospedagem e lazer desse tipo.
A proposta projetual refere-se ao serviço de hotelaria do Eco Resort como um
refúgio das atividades cotidianas do meio urbano e conexão do ser humano com a
natureza. Portanto, o projeto contará com espaços voltados ao descanso, como spa,
sauna, espaço para leitura, entre outros, e, também atividades relacionadas com o
lazer ativo, como salão de jogos, equipamentos esportivos, piscinas, arvorismo,
canoagem, entre outras atividades de contato direto com a natureza. O partido
arquitetônico do projeto buscará aliar uma grande infraestrutura hoteleira de lazer com
as ideologias de sustentabilidade, gerenciando o uso e conservação dos recursos
naturais, diminuindo o impacto ambiental causado e incentivando o crescimento do
ecoturismo na região.
Para a implantação do Eco Resort, optou-se por um terreno que fica na região
da Represa de Alagados, local onde já existe um fluxo de turistas considerável,
mesmo sem a oferta de estruturas de lazer. A instalação de um Eco Resort nessa área
poderia, além de atrair novos turistas e desenvolver o ecoturismo, também movimentar
o comércio e a economia do município, e, como consequência, gerar mais empregos
e contribuir para o desenvolvimento da região.
O Eco Resort será destinado a receber visitantes de toda a região dos Campos
Gerais e das outras regiões turísticas do Paraná. Esse novo fluxo turístico poderia
proporcionar um novo posicionamento na Categorização dos Municípios das Regiões
Turísticas do Mapa de Turismo Brasileiro, colocando assim a cidade de Ponta Grossa
entre as poucas cidades com categoria A no desempenho turístico e de hospedagem
do Estado do Paraná.
Historicamente, os hotéis de lazer surgiram inicialmente em Roma em meados
do século XVII, a partir dos banhos públicos destinados ao lazer dos legionários e
cônsules. Essas instalações eram equipadas com restaurantes, lojas, salas e locais
para prática de esportes e recreação, e serviam para relaxar e promover interação
social. Na Grécia, por sua vez, a implantação de acomodações de lazer surgiu a partir
dos Spas. Os visitantes acreditavam que as águas das fontes, denominadas de spa,
tinham poder afrodisíaco e poderiam curar doenças. Esses fatores, juntamente com o
número de pessoas influentes que frequentavam esses espaços, promoveu a
popularidade destes locais e assim a demanda por instalações mais exclusivas, que
posteriormente vieram a ser chamadas de resorts (MILL, 2003).
Entretanto, segundo Roim e Gonçalves (2012), a hotelaria de lazer dos resorts
teve início após a Segunda Guerra Mundial, quando houve maior procura de atrativos
de entretenimento, esportes, cultura e lazer por parte das pessoas. Outro fator
importante para o desenvolvimento dos resorts foi o surgimento da classe média. As
novas regras trabalhistas implementadas permitiram aos trabalhadores mais tempo
para atividades de lazer e isso proporcionou maior procura por turismo e
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consequentemente maior procura por hospedagens (PINHEIRO; KOGA; WADA,


2010).
Cabe ainda ressaltar que os resorts e complexos hoteleiros que surgiram na
década de 70 no Brasil não se preocupavam com a preservação do meio ambiente e
com a paisagem do seu entorno, os objetivos eram diretamente relacionados com o
atendimento do turismo de massa da época. Contudo, a partir da década de 80, houve
o crescimento da preocupação com o meio ambiente e a necessidade de atender às
diversas demandas turísticas já anteriormente citadas, acompanhando as tendências
mundiais, esse processo contribuiu para o desenvolvimento do setor (LAWSON,
2003).
Atualmente, o meio de hospedagem de resort é o que mais cresce em todo o
mundo. Trata-se de modernos complexos, localizados em destinos turísticos que por
si só já justificam a viagem e que ofertam diversidade de instalações e de
atividades, visando captar vários tipos de hóspedes (ANDRADE; BRITO; JORGE,
2005).
Convém destacar também que a classificação dos resorts conforme o Sistema
Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem – SBClass, é de 4 e 5 estrelas,
ou seja, requer alto padrão de qualidade dos serviços oferecidos. Para que seja
possível alcançar todos os requisitos das categorias, o Ministério do Turismo
disponibiliza em seu site a Portaria Ministerial MTUR Nº 100/2011 de Matrizes de
Classificação de Meios de Hospedagem, com requisitos obrigatórios e eletivos de
Meios de Hospedagem Resort. Dessa forma é possível que um representante legal
avalie o empreendimento e verifique se ele atendeu aos requisitos da categoria. Um
dos requisitos importantes na classificação dos resorts é a sustentabilidade, visto que
são grandes complexos inseridos fora dos centros urbanos. O objeto de estudo em
questão relaciona a hotelaria de lazer dos resorts com o ecoturismo, que segundo
Rejowski (1996, p. 14), é “o desenvolvimento racional do turismo sem deteriorar o
meio ambiente, explorando os recursos no presente e não comprometendo as
necessidades de atender as gerações futuras”.
É nesse sentido que surgem os Eco Resorts ou Ecolodges, que seguem o
conceito de harmonia com a natureza e a cultura local. Este segmento de resort é
formado por estruturas de lazer e serviços concentrados e oferecidos em um único
local, onde, o ambiente natural do entorno funciona como um detalhe importante que
compõe o todo (PINHEIRO; KOGA; WADA, 2010).
Segundo Loureiro (2005), não basta que um resort utilize o termo “eco” para
estar voltado para o ecoturismo. Alguns estabelecimentos se aproveitam da
localização próxima a áreas de belezas naturais para atrair turistas, sem obedecer aos
preceitos do turismo sustentável. Sendo assim os Eco resorts precisam estar
adequados às práticas sustentáveis, como a utilização de energias renováveis, de
materiais ecologicamente corretos, proteção e baixo impacto ambiental, além da
preservação dos ecossistemas e a biodiversidade.
Dessa forma pode-se concluir que os Eco resorts são instalações de
hospedagem que oferecem serviços e atividades diretamente ligadas ao ecoturismo,
onde não haja grandes impactos negativos no meio ambiente e enfatizando a
preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Para a realização deste estudo, inicialmente foi feita uma pesquisa


bibliográfica a respeito do tema proposto em livros, artigos, revistas, sites e noticiários.
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Fez-se ainda uma pesquisa documental com objetivo de obter dados quantitativos
sobre o turismo e o segmento de hotelaria. Além disso, foi realizada uma visita in loco
e feito um levantamento fotográfico do terreno escolhido para implantação do
anteprojeto. Essa visita resultou na análise do entorno e das condicionantes do
terreno, bem como a situação em que se encontra e a verificação dos acessos ao
mesmo.
As análises e levantamentos auxiliaram a compor as ideias iniciais para o
projeto arquitetônico. Então, iniciou-se a elaboração de croquis de estudos
preliminares e da modelagem em 3D, para que fosse possível obter melhor
entendimento das propostas e da volumetria projetual. Além disso, essa fase contou
com a elaboração do programa de necessidades do Eco resort, bem como a
setorização, fluxograma, organograma e ainda o quadro de áreas mínimas do projeto
arquitetônico.
Posteriormente foi elaborado o anteprojeto arquitetônico do Eco resort com a
apresentação de todos os desenhos necessários à sua compreensão (implantação,
plantas, cortes, elevações e perspectivas), paralelamente redigiu-se este artigo
científico que sintetiza todos os estudos abordados no decorrer do processo deste
trabalho.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A exuberância de belezas naturais e pontos turísticos de uma região tendem a


atrair visitantes para a exploração do ecoturismo como visto anteriormente, e essas
são qualidades que a cidade de Ponta Grossa e a região dos Campos Gerais
possuem. Partindo desse pressuposto a cidade precisa de estabelecimentos que
estejam atrelados à crescente demanda do turismo, com isso surge o conceito
norteador deste projeto que visa aliar as estruturas de um grande complexo de lazer
em harmonia com a paisagem natural, onde seja possível conectar os ambientes
internos com a bela paisagem externa, proporcionando ao visitante uma experiência
de conexão com a natureza e exploração turística da região.
A represa de Alagados está localizada na cidade de Ponta Grossa-PR, a cerca
de 20km do centro urbano da cidade, e foi a região escolhida para implantação da
proposta projetual do Eco Resort. Para a escolha do terreno, que está alocado na
região rural do município, próximo à Vila Ernestina, levou-se em consideração
aspectos relacionados ao turismo, visto que a região atualmente já recebe muitos
visitantes para práticas de pesca, natação, remo, wind-surf, entre outras, além de ser
próximo ao Iate Club, um clube de lazer privativo.
Os parâmetros urbanísticos de uso e ocupação do solo correspondem à Zona
Especial de Proteção Integral e a ocupação em seu entorno é constituída de
residências unifamiliares, de forma irregular nas margens da represa, local
considerado Área de Interesse e Proteção Especial segundo a Lei Municipal Ordinária
3488/1982, que define 100 metros de preservação das matas naturais ao longo do
curso d’água que compõe o manancial de abastecimento de água da cidade de Ponta
Grossa. Assim, no projeto proposto essa área nas margens da represa foi preservada
de forma que não houvesse impermeabilização do solo.
O único acesso ao terreno se dá por uma estrada vicinal, Rua Convensão,
também denominada Estrada de Alagados. Segundo análise, o terreno possui área
de aproximadamente 163.000m² e perímetro de 1,73 km, sendo a testada principal
voltada para o sul, onde há o acesso pela Rua Convenção, com aproximadamente
492 metros. Os ventos predominantes, segundo o Plano Diretor de Ponta Grossa,
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provêm da direção Nordeste (Figura 1). Atualmente o terreno é ocupado por duas
residências e tem uso destinado à moradia, lazer e à agricultura.

Figura 1 – Análise de Condicionantes.

Fonte: GeoWeb Ponta Grossa - Modificado pela autora (2020)

Outra característica relevante do terreno é a sua topografia. Longitudinalmente


possui um desnível de aproximadamente 12 metros (Figura 2) em relação ao nível da
represa e transversalmente há a variação de 5 metros (Figura 3).

Figura 2 – Topografia Corte AA. Figura 3 – Topografia Corte AA.

Fonte: GeoWeb Ponta Grossa - (2020) Fonte: GeoWeb Ponta Grossa - (2020)

É importante destacar que ao propor inserir uma atividade econômica intensa


aliada a um ambiente de belezas naturais surge uma necessidade de pensar na
preservação do local, é nesse sentido que surge o partido arquitetônico do projeto: a
sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente. Esses preceitos também estão
presentes nos traços arquitetônicos e disposição de cada edificação, que foram
posicionadas sob o solo de forma a dispensar grandes modificações da topografia
existente. Também se pensou cuidadosamente nos materiais a serem utilizados,
especificando-se os considerados ecologicamente corretos, proporcionando harmonia
entre a hospitalidade e a preservação do ecossistema local.
O programa de necessidades foi concebido com base nas diretrizes
mandatárias e eletivas estabelecidas na Portaria Ministerial MTUR Nº 100/2011 de
Matrizes de Classificação de Meios de Hospedagem do Ministério do Turismo de
resorts cinco estrelas, além de ambientes considerados necessários para melhor
atender os turistas no local.
Os setores foram divididos em áreas sociais, de lazer, áreas de serviços,
apoio, administrativas e hospedagens, e implantados em blocos térreos separados,
dessa forma não há circulação e contato direto dos hóspedes e usuários do resort
com áreas destinadas ao funcionamento e manutenção do mesmo.
Nesse contexto, a volumetria é composta de formas retas (Figuras 04 e 05),
combinadas com formas sinuosas presentes nos caminhos ao longo do complexo. O
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intuito da volumetria das edificações é que não se sobressaia a paisagem. Aliando a


topografia com o traçado orgânico do terreno e as linhas da volumetria foi possível
evidenciar a natureza predominante do local, traçando um diálogo entre área
construída e área preservada.

Figura 4 – Perspectiva Hospedaria.

Fonte: Autora (2021).

Figura 5 – Perspectiva Bangalô Casal

Fonte: Autora - (2021).

Além disso, a estrutura do complexo hoteleiro conta com uma vasta diversidade
de atividades que envolvem o lazer tanto para descanso com o setor de spa, piscinas,
área de leitura, entre outras, como também atividades que envolvem esportes,
aventura e, ainda, atividades náuticas que podem ser realizadas ao longo da represa.
A distribuição destas atividades, assim como a proporção entre áreas construídas e
áreas livres pode ser identificada na implantação (Figura 6). Essas soluções visam
tornar este eco resort um refúgio do meio urbano, onde as pessoas podem se conectar
com a paisagem e viver experiências fora do cotidiano conturbado dos centros
urbanos.
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Figura 6 – Implantação.

Fonte: Autora (2021).

O acesso ao complexo de lazer denominado Ecolodge Campos Gerais se dá


através de uma portaria com uma guarita em que os funcionários farão o controle de
entrada e saída de hospedes, funcionários e prestadores de serviços. Aqui foram
previstas ainda uma sala de espera e uma garagem para carrinhos elétricos. Essa
portaria está alocada ao lado do estacionamento (Figura 7).
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Figura 7 – Portaria.

Fonte: Autora (2021).

A circulação ocorre de forma que ao passar pela portaria o hospede será


direcionado ao bloco de áreas sociais, onde encontra-se a recepção. Posteriormente
um funcionário levará seu veículo de transporte ao estacionamento. Essa medida foi
adotada devido à distância do estacionamento até a recepção, proporcionando mais
comodidade aos hóspedes.
As circulações de pedestres (Figura 8) ao longo do eco resort são amplas e
possuem traçado orgânico, interligam os diversos blocos e também direcionam os
hóspedes à todas as áreas de lazer do complexo. É importante destacar que a
circulação para visitantes não contempla o uso de automóveis, essa solução foi
adotada para que as pessoas caminhem pelo complexo e apreciem a paisagem ao
redor, proporcionando assim uma maior conexão com a natureza.

Figura 8 – Circulação.

Fonte: Autora (2021).

O bloco de áreas sociais de lazer coletivo foi projetado para atender tanto os
usuários do complexo hoteleiro, quanto os turistas e visitantes de forma confortável e
acolhedora (Figura 9). Este bloco, que possui 2.688,20m² e contempla as áreas de
convívio do resort como academia, restaurante, salão de jogos, entre outros. Além
disso também estão alocadas as áreas destinadas ao uso exclusivo de funcionários,
como refeitório, vestiário e sala de descanso.
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Figura 9 – Planta Bloco Áreas Sociais e de Funcionários.

Fonte: Autora (2021).

Sua localização se dá de forma centralizada em relação aos demais blocos


visando diminuir a distância de deslocamento dos visitantes. A circulação para acesso
às salas se dá através de corredores externos cobertos e, no centro do bloco, foi
previsto uma bela praça para descanso onde o caminho de circulação externa permeia
a edificação e permite um deslocamento mais rápido. A cobertura deste bloco é feita
com telhas Shingle e será instalada uma mini-usina com 440 painéis fotovoltaicos para
aproveitamento da energia solar a fim de suprir a demanda de energia elétrica do
complexo.
O bloco de hospedaria (Figura 10) está localizado próximo ao bloco de áreas
sociais e funcionários e é composto por 44 UHs (Unidades Habitacionais), sendo estas
divididas entre Quartos Deluxe e Quartos Standart. Os Quartos Deluxe se tratam de
acomodações mais amplas, com vista privilegiada, disposição de ofurô e vários
serviços agregados, são disponibilizadas na opção de quarto double room, que
acomoda duas pessoas e dispõe de uma cama de casal e, também, Quarto Família
com uma cama de casal e uma de solteiro. Os Quartos Standart são mais simples e
oferecem o básico para a estadia e são disponibilizados na opção de quarto double
room, com uma cama de casal ou Quarto Família com uma cama de casal e uma de
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solteiro. Além disso, nessa opção Standart o layout pode ser adaptado sendo possível
transformar para Quarto Solteiro (com uma cama de solteiro), Quarto Duplo Solteiro
(com duas camas de solteiro) ou mesmo Quarto Dormitório (com beliches).

Figura 10 – Planta Bloco Hospedaria.

Fonte: Autora (2021).

As janelas são amplas para aproveitamento da luz natural e para permitir que
os hóspedes possam disfrutar da paisagem. A composição projetual dos elementos
decorativos tem como partido a simplicidade, visto que a intenção é atrair a atenção
do visitante para a contemplação dos elementos externos do eco resort (Figura 11).
Para isso utilizaram-se cores presentes na paisagem externa, poucos adornos e
demais soluções que remetem aos elementos naturais.
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Figura 11 – Interiores Quarto Família Deluxe.

Fonte: Autora (2021).

A edificação correspondente ao salão de eventos foi projetada com capacidade


para festas e convenções com até 200 pessoas. Ela é composta por um hall de
entrada, um grande salão multiuso, uma pista de dança, um palco com camarim,
banheiros e, também, áreas de serviço como: cozinha, churrasqueira, bar, depósito,
dml e banheiros para funcionários (Figura 12). O hall de entrada possui área para
descanso com sofás e é delimitado do restante do salão através de floreiras. O intuito
das floreiras, bem como dos jardins com bambus, além de setorizar o ambiente do
hall, é também trazer o verde da paisagem para este ambiente, proporcionando assim
maior integração do interior com o exterior. O salão de eventos também disponibiliza
uma área externa na sua porção posterior, propiciando descanso e contemplação
visto que essa área possui uma vista privilegiada para o lago. A edificação foi
implantada estrategicamente próxima a portaria e ao estacionamento, para que o fluxo
de veículos em dias de eventos não atrapalhe as demais atividades do eco resort.

Figura 12 – Planta Salão de Festas.

Fonte: Autora (2021).

A área destinada ao Spa está localizada próxima às demais áreas de lazer e


contempla uma piscina aquecida com três níveis, ofurôs, salas de massagem, saunas,
vestiários e fraldário, além de uma sala destinada aos equipamentos para
aquecimento da piscina (Figura 13). Localizado próximo ao bloco de áreas sociais, o
Spa busca atender os hóspedes e demais visitantes que queiram passar o dia
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disfrutando das instalações do complexo. A edificação é coberta devido ao


aquecimento da piscina, é ideal para que os visitantes possam utilizar até mesmo em
dias frios. Assim como nos demais blocos do Eco resort, a proposta projetual é trazer
a paisagem para dentro da edificação, isso é evidenciado nessa área através dos
canteiros, floreiras e a circulação que permeia a edificação.

Figura 13 – Planta Spa.

Fonte: Autora (2021).

A área destinada às atividades administrativas encontra-se alocada próximo à


portaria e contempla salas designadas à diretoria, gerência, arquivo, reuniões,
treinamentos, copa, sanitários e um amplo espaço aberto onde estão dispostas mesas
de trabalho para as áreas de contabilidade, recursos humanos, financeiro, marketing
e reservas (Figura 14). A linguagem projetual da volumetria condiz com as outras
edificações do complexo, onde foram aplicados os mesmos elementos arquitetônicos:
fachada envidraçada, telhado inclinado, rasgos de luz na cobertura, canteiros e
floreiras, além dos revestimentos e acabamentos.
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Figura 14 – Planta Administração

Fonte: Autora (2021).

Os bangalôs foram criados a partir da necessidade de aproveitar ainda mais o


terreno do complexo com hospedagens. Com uma posição privilegiada e uma
magnífica vista do lago o projeto proporciona uma experiência diferenciada de
conexão com a natureza aos visitantes. Ao todo são 17 bangalôs divididos em 4
tipologia de planta baixa: bangalô casal, bangalô família 01 quarto, bangalô família 02
quartos e bangalô PNE. (Figura 15).

Figura 15 – Tipologias de Plantas Bangalôs.

Fonte: Autora (2021).

Os Bangalôs contam com quartos, banheiros, área de lazer com banheira, área
de estar e possuem a fachada principal envidraçada voltada para o lago visando a
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contemplação da paisagem (Figura 16).

Figura 16 – Interior Bangalô Casal.

Fonte: Autora (2021).

Pensando na ecologia e sustentabilidade como partido de desenvolvimento


desse projeto arquitetônico, adotou-se a madeira para toda a estrutura do complexo,
as paredes serão construídas em CLT e as estruturas de cobertura em MLC. As
vantagens desses sistemas, além da sustentabilidade são: construção mais rápida
visto que as peças são pré-fabricadas, canteiro de obras limpo e sem desperdícios,
não utiliza água, a estrutura é leve proporcionando economia na fundação, maior
isolamento térmico e acústico das edificações.
A madeira utilizada para a fabricação das lamelas de MLC (Madeira Laminada
Cruzada) é colhida em florestas plantadas e passa por um processo de classificação,
onde são retirados nós ou rachaduras que possam acarretar em um defeito estrutural,
posteriormente as peças passam por um processo de secagem e aparelhamento da
madeira. As peças depois de prontas são unidas através do sistema Finger Joint, onde
nasce uma lamela (ARCHIDAILY, 2018). As lamelas passam por um tratamento
contra cupins e fungos e então são unidas por um adesivo de uso estrutural e logo em
seguida a prensagem. Após esse processo podem ser cortadas nos tamanhos das
seções necessárias (ARCHIDAILY, 2018).
A Madeira Laminada Cruzada é um derivado estrutural da Madeira Laminada
Colada, porém consistem em um produto mais amplo que pode ser utilizado em
paredes estruturais, lajes, entre outros. O sistema de fabricação é o mesmo da MLC,
com a diferença de que as camadas de peças são orientadas de forma cruzada o que
acarreta em maior rigidez estrutural. (ARCHIDAILY, 2018).
Para compor as fachadas, os materiais escolhidos foram pensados de forma a
propor uma linguagem projetual unificada e harmônica em todo o complexo. Portanto
adotou-se:
• Esquadrias pretas com vidro ecológico com FPS (fator de proteção solar). O
vidro chamado ecológico é feito de vidro reciclável, ou seja, não utiliza recurso
natural e, a película de proteção solar que é aplicada sobre o vidro, tem a
propriedade de reduzir a passagem de calor para o ambiente, sendo um
isolante térmico eficiente, o que diminui o consumo de energia elétrica pela
redução do uso do ar condicionado. (ABRAVIDRO, s/d).
• Piso, revestimento de parede e forro de bambu. Esses acabamentos são
confeccionados por meio da fundição de diversas fibras da planta bambu e
possuem uma elevada resistência, baixa condução de calor e um ótimo
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isolamento acústico. Adotou-se a o mesmo revestimento no piso, paredes e


forros para obter a sensação de continuidade e contrastar com a vegetação
aplicada em canteiros e floreiras ao logo de todas as edificações.
(SUSTENTARQUI, 2015).
• Paredes em pedra com a finalidade de demarcar os ambientes e proporcionar
sensação de privacidade.
O telhamento escolhido foi o sistema Single, que consiste em telhas de manta
asfáltica, com base em fibra de vidro e revestida com grãos minerais que proporciona
maior estanqueidade, eliminando possíveis problemas com goteiras, resistência à
proliferação de algas, fácil instalação, durabilidade que dispensa manutenção
contínua e, além disso, a telha shingle é leve, o que proporciona economia no
madeiramento da estrutura (ECOGREEN, s/d).
Para a área de Spa, onde haverá grande humidade devido o vapor constante
da piscina aquecida serão instaladas placas placa de gesso acartonado RU
(Resistente à Humidade), para evitar que a humidade do ambiente prejudique a
estrutura de madeira.
Nas edificações onde há telhado inclinado com duas águas a telha shingle será
aplicada também nas paredes laterais, servindo de revestimento. Essa solução visa
proporcionar sensação de continuidade da parede para o telhado. A volumetria das
diferentes edificações que compõe o Eco resort, tais como o salão de festas, SPA,
portaria, administração e bangalôs foi pensada de forma a compor uma linguagem
semelhante, trazendo unicidade ao projeto. Essa linguagem é composta por telhados
de duas águas inclinados com telha shingle e planos envidraçados proporcionando a
contemplação e integração com a paisagem natural do entorno. Foram previstos
também elementos como paredes verdes, canteiros de bambus e floreiras, deixando
estes ambientes mais acolhedores e aconchegantes. Estes volumes diferem das duas
edificações maiores, que contemplam as áreas sociais e hospedaria.
Em relação ao tratamento de efluentes, a região de Alagados possui deficiência
de infraestrutura de abastecimento de água e tratamento de esgoto, dessa forma,
buscando uma alternativa ecológica para suprir a demanda de tratamento de águas
servidas do Eco Resort implantou-se o sistema de tratamento de efluentes por meio
de Zona de Raízes. Esse sistema consiste na purificação natural de águas negras,
onde os efluentes passam por uma fossa séptica na qual há a decantação do material
sólido e posteriormente a água é direcionada aos canteiros onde estão dispostas as
plantas e camadas de pedra e areia formando um filtro biológico. A água limpa
proveniente desse tratamento será utilizada na limpeza do complexo e manutenção
do paisagismo.
A área de descarte de resíduos sólidos, assim como a central de gás, encontra-
se próxima ao salão de festas devido à circulação de serviço. Serão disponibilizadas
5 lixeiras grandes onde haverá a separação de resíduos a serem enviados para a
reciclagem (plástico, metal, vidro e papel) e, também, de resíduos orgânicos que
passarão por compostagem para reaproveitamento da matéria orgânica como adubo
nos jardins. A destinação desses resíduos ocorrerá pelo processo de coleta seletiva.
Todas as soluções adotadas no projeto, descritas acima, buscam alcançar um
nível satisfatório de sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

4 CONCLUSÃO

Nesse estudo buscou-se a compreensão acerca do turismo da região dos


Campos Gerais, a necessidade do desenvolvimento do ecoturismo e os preceitos da
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE
ISSN: 2178-3586 / 23ª Edição / Jan - Jul de 2021

arquitetura hoteleira de lazer aliada a sustentabilidade, para que fosse possível


conceber o anteprojeto arquitetônico de um eco resort.
Dessa forma pode-se concluir que os Eco resorts são instalações de
hospedagem que oferecem serviços e atividades diretamente ligadas ao ecoturismo,
onde não haja grandes impactos negativos no meio ambiente, enfatizando a
preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Precisam ainda, estar
adequados às práticas sustentáveis no ambiente construído, fazendo uso da utilização
de energias renováveis, de materiais ecologicamente corretos, promover a proteção e
baixo impacto ambiental, além de favorecer a preservação dos ecossistemas e a
biodiversidade.
As propostas arquitetônicas apresentadas foram embasadas nas necessidades
de atender a demanda de turistas relacionados ao ecoturismo, visto que a região dos
Campos Gerais e a cidade de Ponta Grossa apresentam grande potencial para
desenvolvimento desse segmento.

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