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1 INTRODUÇÃO
uma baixa oferta de serviços voltados à hospedagem próxima aos ambientes naturais.
Conclui-se, portanto, que há uma grande carência na hotelaria relacionada ao lazer,
o que acarreta um “bloqueio” no desenvolvimento dos segmentos do turismo na
região.
Como visto, segundo o Ministério do Turismo, a cidade de Ponta Grossa
possui o maior fluxo turístico da região dos Campos Gerais, e ainda apresenta uma
vertente bastante propícia ao desenvolvimento do ecoturismo devido a diversidade de
pontos turísticos naturais encontrados no município. Todavia há pouco investimento
e desenvolvimento desse segmento na cidade. Tendo isso em vista, esse estudo visa
a elaboração de um projeto arquitetônico de um Eco Resort na cidade de Ponta
Grossa, que serviria como um novo atrativo para os visitantes, visto que os pontos
turísticos existentes não ofertam infraestrutura de hospedagem e lazer desse tipo.
A proposta projetual refere-se ao serviço de hotelaria do Eco Resort como um
refúgio das atividades cotidianas do meio urbano e conexão do ser humano com a
natureza. Portanto, o projeto contará com espaços voltados ao descanso, como spa,
sauna, espaço para leitura, entre outros, e, também atividades relacionadas com o
lazer ativo, como salão de jogos, equipamentos esportivos, piscinas, arvorismo,
canoagem, entre outras atividades de contato direto com a natureza. O partido
arquitetônico do projeto buscará aliar uma grande infraestrutura hoteleira de lazer com
as ideologias de sustentabilidade, gerenciando o uso e conservação dos recursos
naturais, diminuindo o impacto ambiental causado e incentivando o crescimento do
ecoturismo na região.
Para a implantação do Eco Resort, optou-se por um terreno que fica na região
da Represa de Alagados, local onde já existe um fluxo de turistas considerável,
mesmo sem a oferta de estruturas de lazer. A instalação de um Eco Resort nessa área
poderia, além de atrair novos turistas e desenvolver o ecoturismo, também movimentar
o comércio e a economia do município, e, como consequência, gerar mais empregos
e contribuir para o desenvolvimento da região.
O Eco Resort será destinado a receber visitantes de toda a região dos Campos
Gerais e das outras regiões turísticas do Paraná. Esse novo fluxo turístico poderia
proporcionar um novo posicionamento na Categorização dos Municípios das Regiões
Turísticas do Mapa de Turismo Brasileiro, colocando assim a cidade de Ponta Grossa
entre as poucas cidades com categoria A no desempenho turístico e de hospedagem
do Estado do Paraná.
Historicamente, os hotéis de lazer surgiram inicialmente em Roma em meados
do século XVII, a partir dos banhos públicos destinados ao lazer dos legionários e
cônsules. Essas instalações eram equipadas com restaurantes, lojas, salas e locais
para prática de esportes e recreação, e serviam para relaxar e promover interação
social. Na Grécia, por sua vez, a implantação de acomodações de lazer surgiu a partir
dos Spas. Os visitantes acreditavam que as águas das fontes, denominadas de spa,
tinham poder afrodisíaco e poderiam curar doenças. Esses fatores, juntamente com o
número de pessoas influentes que frequentavam esses espaços, promoveu a
popularidade destes locais e assim a demanda por instalações mais exclusivas, que
posteriormente vieram a ser chamadas de resorts (MILL, 2003).
Entretanto, segundo Roim e Gonçalves (2012), a hotelaria de lazer dos resorts
teve início após a Segunda Guerra Mundial, quando houve maior procura de atrativos
de entretenimento, esportes, cultura e lazer por parte das pessoas. Outro fator
importante para o desenvolvimento dos resorts foi o surgimento da classe média. As
novas regras trabalhistas implementadas permitiram aos trabalhadores mais tempo
para atividades de lazer e isso proporcionou maior procura por turismo e
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE
ISSN: 2178-3586 / 23ª Edição / Jan - Jul de 2021
2 MATERIAL E MÉTODOS
Fez-se ainda uma pesquisa documental com objetivo de obter dados quantitativos
sobre o turismo e o segmento de hotelaria. Além disso, foi realizada uma visita in loco
e feito um levantamento fotográfico do terreno escolhido para implantação do
anteprojeto. Essa visita resultou na análise do entorno e das condicionantes do
terreno, bem como a situação em que se encontra e a verificação dos acessos ao
mesmo.
As análises e levantamentos auxiliaram a compor as ideias iniciais para o
projeto arquitetônico. Então, iniciou-se a elaboração de croquis de estudos
preliminares e da modelagem em 3D, para que fosse possível obter melhor
entendimento das propostas e da volumetria projetual. Além disso, essa fase contou
com a elaboração do programa de necessidades do Eco resort, bem como a
setorização, fluxograma, organograma e ainda o quadro de áreas mínimas do projeto
arquitetônico.
Posteriormente foi elaborado o anteprojeto arquitetônico do Eco resort com a
apresentação de todos os desenhos necessários à sua compreensão (implantação,
plantas, cortes, elevações e perspectivas), paralelamente redigiu-se este artigo
científico que sintetiza todos os estudos abordados no decorrer do processo deste
trabalho.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
provêm da direção Nordeste (Figura 1). Atualmente o terreno é ocupado por duas
residências e tem uso destinado à moradia, lazer e à agricultura.
Fonte: GeoWeb Ponta Grossa - (2020) Fonte: GeoWeb Ponta Grossa - (2020)
Além disso, a estrutura do complexo hoteleiro conta com uma vasta diversidade
de atividades que envolvem o lazer tanto para descanso com o setor de spa, piscinas,
área de leitura, entre outras, como também atividades que envolvem esportes,
aventura e, ainda, atividades náuticas que podem ser realizadas ao longo da represa.
A distribuição destas atividades, assim como a proporção entre áreas construídas e
áreas livres pode ser identificada na implantação (Figura 6). Essas soluções visam
tornar este eco resort um refúgio do meio urbano, onde as pessoas podem se conectar
com a paisagem e viver experiências fora do cotidiano conturbado dos centros
urbanos.
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Figura 6 – Implantação.
Figura 7 – Portaria.
Figura 8 – Circulação.
O bloco de áreas sociais de lazer coletivo foi projetado para atender tanto os
usuários do complexo hoteleiro, quanto os turistas e visitantes de forma confortável e
acolhedora (Figura 9). Este bloco, que possui 2.688,20m² e contempla as áreas de
convívio do resort como academia, restaurante, salão de jogos, entre outros. Além
disso também estão alocadas as áreas destinadas ao uso exclusivo de funcionários,
como refeitório, vestiário e sala de descanso.
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solteiro. Além disso, nessa opção Standart o layout pode ser adaptado sendo possível
transformar para Quarto Solteiro (com uma cama de solteiro), Quarto Duplo Solteiro
(com duas camas de solteiro) ou mesmo Quarto Dormitório (com beliches).
As janelas são amplas para aproveitamento da luz natural e para permitir que
os hóspedes possam disfrutar da paisagem. A composição projetual dos elementos
decorativos tem como partido a simplicidade, visto que a intenção é atrair a atenção
do visitante para a contemplação dos elementos externos do eco resort (Figura 11).
Para isso utilizaram-se cores presentes na paisagem externa, poucos adornos e
demais soluções que remetem aos elementos naturais.
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Os Bangalôs contam com quartos, banheiros, área de lazer com banheira, área
de estar e possuem a fachada principal envidraçada voltada para o lago visando a
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ARCHDAILY. Micasa vol.C/ Studio MK27 – Marcio Kogan + Marcio Tanaka.(18 mai.
2018).
Disponível em:
< https://www.archdaily.com.br/br/894661/micasa-vo-studio-mk27> Acesso em: 21 jun.
2021.
LAWSON, Fred. Hotéis & Resorts: Planejamento, projeto e reforma. Traduzido por:
Alexandre Ferreira da Silva Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2003. 356 p.
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MILL, Robert Christie. Resorts: administração e operação. Traduzido por: Sônia Kahl.
Porto Alegre: Bookman, 2003. 328 p.
ROIM, T. P; GONÇALVES, A. A Nova Classificação Hoteleira – Resorts. Revista
Científica Eletrônica de Turismo da FAHU/FAEF, v17, 2012. Disponível em:
<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/g4cFAsZQpaXUswI_2
013-5-23-18-9-56.pdf>. Acesso em 10 set.2020.
PMPG. Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. Alagados. s/d. disponível em: <
http://www.pontagrossa.pr.gov.br/alagados >. Acesso em 30 ago. 2020.