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Política Municipal de
Turismo.
Entidade Executora
Prefeitura Municipal de São José da Barra – MG Secretaria de Educação,
Cultura, Esporte, Lazer e Turismo Conselho Municipal de Turismo –
COMTUR
E-mail: turismo@saojosedabarra.mg.gov.br Telefone: (35) 3523-9200
Prefeito
Paulo Sérgio Leandro de Oliveira
Vice-prefeito
André Luiz Lemos da Silva
Data da Elaboração
Ano : 2019
Período de Abrangência
2019 / 2022
Constituição da Diretoria
Sem dúvida o município possui um grande potencial turístico, decorrente da grande expressão
paisagística do lugar criada pela vasta área inundada, a existência de muitos atrativos naturais e
náuticos, cachoeiras, além da existência de preservadas práticas de manejo da zona rural, onde o
turista pode vivenciar o cotidiano de quem vive no ambiente rural em contato direto e genuíno com a
natureza, a agricultura e as tradições locais.
Apesar da imensidão de atrativos da região, São José da Barra ainda vem despontando para o
DADOS HISTÓRICOS
Inicialmente conhecido como Barra, o vilarejo na confluência do Rio Grande com o rio
Sapucaí é um marco mais antigo que Passos ou Alpinópolis no sul de Minas Gerais. A partir do Rio
Sapucaí as Bandeiras chegam a Barra do Sapucaí vindas da Mantiqueira através do rio, encontrando o
Rio Jeticahy, mais tarde batizado de Rio Grande, tornando a Barra um marco de referência. Quando
em 1740 as definições entre as províncias de São Paulo e Minas Gerais foram definidas, o delimitador
utilizado foi o rio Sapucaí, tornando a região pertencente a São Paulo, contudo em 1765 o então
Governador da província de Minas Luís Diogo Lobo da Silva tomou à força a posse da Barra, que
passa a pertencer à Província de Minas.
A criação do distrito de São José da Barra foi feita pela lei provincial número 2.260, de 30-06-
1876, e lei estadual número 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Passos. Tal divisão
permanece até o ano de 1937, quando através do decreto-lei estadual número 148, de 17-12-1938, o
distrito de São José da Barra foi transferido do município de Passos, para constituir o novo município
de Alpinópolis.
A economia da Barra vivia basicamente de pesca e agricultura. A estrutura da vila vai mudar
em 1957 pelo Decreto Federal no 41.066 do então presidente Juscelino Kubitschek, que autoriza a
construção da hidrelétrica. Tal deliberação alterou o cotidiano da população que permanecia sem
grandes modificações até então. Para tal empreendimento foi necessário a criação de uma represa que
inundaria aproximadamente 75 mil alqueires de terra, onde se localizava o povoado de São José da
Barra, parte de Guapé, parte de Capitólio e outros pequenos lugarejos.
A inundação trouxe um problema, o que seria feito com a população que vivia nessa área? E
com o intuito de resolver tal questão Padre Cônigo Ubirajara Cabral comprou 24,20 hectares de terra
de Nigth de Castro, onde encontramos atualmente o centro de São José da Barra. O loteamento foi
feito por um engenheiro de Furnas e registrado por Olavo Resende, o projeto da cidade foi feito em
formato de banjo, já que o padre gostava muito de tal instrumento. Assim a planta principal consiste
em um centro, onde se localiza a Igreja de São José e ao redor desta, todo o planejamento é radial,
contudo apenas uma avenida mais larga saía do círculo, formando o "braço” do instrumento musical.
Tal projeto contava com 435 lotes, porém a cidade foi crescendo posteriormente.
Em 1962 foi anunciado que o fechamento da barragem seria no ano seguinte. A população
dispersou-se, alguns foram em direção a São Paulo, Belo Horizonte, Passos e outras cidades
próximas. Ainda assim muitas pessoas ficariam desalojadas, o loteamento preparado e doado pela
Mitra Diocesana de Guaxupé foi de grande importância para receber essa população. Assim, no final
do ano de 1962, toda a população se mobilizou para abandonar o local. Quando ocorreu a migração, a
igreja foi transferida para uma pequena capela provisória e a primeira missa rezada foi em janeiro de
1963, pois nesse ano completou-se totalmente a migração já que as barragens foram fechadas em 9 de
janeiro de 1963. A igreja matriz de São José da Barra foi construída no ano de 1966, sob auxílio de
Dom Inácio - Bispo da época, pelo fato da pequena capela improvisada não corresponder à
quantidade de pessoas que assistiam às missas.
O nome São José da Barra faz uma referência ao antigo nome que o primeiro vilarejo adotou
por sua localização geográfica - “Barra” é uma formação pode ocorrer nas desembocaduras de canais,
estreitos, estuários, rios e outros cursos de água, devido à acumulação de material de aluvião - e ao
santo que mais tarde viria a ser o padroeiro da cidade, São José.
No ano de 1995 o distrito é elevado à categoria de município com a denominação de São
José da Barra, pela lei estadual número 12.030, de 21-12-1995, desmembrado de Alpinópolis. O
processo de separação foi idealizado por um grupo liderado pelo padre Ubirajara Cabral, José Manoel
Lemos - Zé Freire e José Lucas da Silva efetivou sua primeira tentativa em 1989, através de uma
matéria publicada no jornal de Minas Gerais/ Legislativo, onde o texto constitucional tratava sobre a
emancipação. Sob posse de tal documento José Lucas da Silva e José Manoel Lemos fizeram todo o
JUSTIFICATIVA
O objetivo estratégico de viabilizar economicamente o potencial turístico local baseado nas
potencialidades econômicas, naturais, culturais e até mesmo humanas do município somente será
alcançado através do planejamento turístico participativo com uma visão sistêmica que considere a
grande diversidade dos atores envolvidos neste processo.
Deste modo, o planejamento, assunto do qual trata o presente trabalho apresenta-se como
instrumento imprescindível para o ordenamento total das atividades econômicas, sociais e culturais
envolvidas direta ou indiretamente pela pratica turística ordenada.
Deste modo, a revisão deste Plano engloba as múltiplas variáveis que interferem no Sistema
Municipal de Turismo, com o intuito de subvencionar a administração municipal, a Câmara dos
Vereadores, a comunidade, instituições de caráter privado e associativo, além de instituições de
caráter educacional local, dando especial ênfase ao COMTUR , instância de governança local e fórum
permanente de discussões, deliberações, normatizações e decisões no âmbito do turismo municipal.
Para tanto, os objetivos estratégicos deste Plano dirigem seus esforços para a estruturação e
formatação do produto turístico local visando aumentar a competitividade da atividade turística dentro
do território do município de São José da Barra, utilizando processos de melhoria da infra-estrutura
turística, formatação e consolidação de roteiros turísticos locais, qualificação de recursos humanos,
fortalecimento da Instância de Governança Municipal, além de melhoria no sistema de informação
turística da região, preservação do meio ambiente e patrimônio histórico-cultural e educação para o
turismo.
CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
TERRITÓRIO E AMBIENTE
Área da unidade territorial [2016] - 314,253 km² Esgotamento sanitário adequado [2010] - 87,5 %
Arborização de vias públicas [2010] - 72,8 % Urbanização de vias públicas [2010] - 14,4 %
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
POPULAÇÃO
População estimada [2010] – 6.778 pessoas População no último censo [2010] - 6.778 pessoas
Densidade demográfica [2010] - 21,57 hab/km²
ASPECTOS SOCIAIS
TRABALHO E RENDIMENTO
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2015] - 5,4 salários mínimos População
economicamente ativa ocupada [2010] – 54,9%
População economicamente ativa desocupada [2010] - 3,8% População economicamente inativa
[2010] – 41,3%
Das pessoas ocupadas, 1,3% não tinham rendimentos e 34,5% ganhavam até um salário
mínimo por mês. O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$ 1.205,96.
Entre os homens, o rendimento era de R$ 1.431,71 e entre as mulheres de R$ 846, 61, apontando uma
diferença de 69,11% maior para os homens.
EDUCAÇÃO
Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade [2010] - 99,1 % IDEB – Nota média anos
iniciais do ensino fundamental [2017] – 8,5 IDEB – Nota média anos finais do ensino fundamental
[2017] – 5,3 Matrículas no ensino fundamental [2015] - 899 Matrículas Analfabetos de 25 anos ou
mais de idade [2010] - 8,27%
No entanto, apenas 70,2% das pessoas com 16 anos concluíram o ensino fundamental. O que
demonstra que apesar de praticamente toda a população (99,1%) de 6 a 14 anos de idade estar
frequentando a escola, boa parte destes alunos desistem antes mesmo de concluírem o ensino
fundamental.
ECONOMIA
Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município manteve-se
em R$301,0 milhões. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu
de 0,16% para 0,10% no período de 2005 a 2010.
Fonte: IBGE
DIAGNÓSTICO
A revisão do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo de São José da Barra permitiu a
identificação de diretrizes para a orientação dos rumos da atividade turística no município de acordo
com o proposto pela atual Política Nacional, Estadual e Municipal de Turismo.
Não basta que se crie uma imagem gráfica e um slogan para que um município se torne turístico.
Tampouco bastaria que sua infra e superestrutura geral e turística atendam as necessidades básicas da
clientela. Da mesma forma, não basta que os empreendedores e o poder público, como atores do
processo tenham boas idéias e sejam eficientes executores desses pequenos projetos. É necessário que
haja coesão e inter-relação entre todos os processos, em todas as cinco frentes consideradas macro,
nesse Plano.
Não há, na realidade, nenhuma frente que esteja demasiadamente defasada em relação às outras,
da mesma forma que não há uma frente que se sobressaia. O que se verifica em São José da Barra é
que, em todas as frentes de atuação não existe sequenciamento de ações ou projetos, da mesma forma
que não há atuações que contemplem as diversas frentes ao mesmo tempo. Verifica-se certo grau de
desenvolvimento em todas as cinco frentes de atuação que conferem à atividade turística certa
“sensação de bem-estar e acomodação”, que pode ser perigosa, na medida em que cria um véu que
impede a visão clara da situação evolutiva da atividade turística como um todo pelos atores
participantes do processo.
Entrevistas realizadas com atores das mais diversas especificidades dentro do trade turístico
constataram que é generalizada a sensação de que há algo por se fazer, mas nenhuma clareza do que
seja essa carência.
Este Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo tem por objetivo, exatamente, suprir essa
carência de norte, de rumo para a atividade, complementando o que determinam as Políticas de
Turismo do Brasil, de Minas Gerais e do Município de São José da Barra..
Existem, dentro das 5 frentes genéricas, ações claras que visam sanar problemas imediatos
enfrentados pelo trade aumentando a eficácia dos sistemas e fazendo com que a atividade tenha maior
fluidez nas relações entre os diversos setores.
São apontadas como necessidades atuais, dentro dessas frentes, a revisão de projetos específicos
nas categorias de implementação e melhoria da infraestrutura turística local; formatação da oferta de
produtos turísticos locais priorizando a oferta de roteiros; fortalecimento da Instância de Governança
Municipal, qualificação de recursos humanos para atendimento ao turista, adequação do sistema de
informação turística local e alinhamento com as informações da região, preservação do meio ambiente
e patrimônio histórico, das manifestações da cultura tradicional mineira e a inclusão da educação para
o turismo no sistema de ensino fundamental das escolas públicas do município e, finalmente e, talvez
o mais importante: a definição de uma nova visão estratégica que definirá o viés turístico de São José
da Barra para esta nova etapa evolutiva da atividade local.
MATRIZ FOFA
Forças Fraquezas
● Beleza cênica do território ● Falta de comprometimento e
municipal; participação da comunidade;
● Atrativos naturais; ● Empresários pouco envolvidos
● Sistema Municipal de Saúde e com o Turismo;
Educação; ● Falta de políticas públicas
● Participação no programa estadual estratégicas de turismo e
de Regionalização do Turismo, orçamento para investir em
associado ao Circuito Turístico infraestrutura turística;
Nascentes das Gerais; ● Lei de uso e ocupação do solo e
● Usina Hidrelétrica e Lago de Plano Diretor desatualizados.
Furnas; ● Baixa qualificação de mão de
● Identidade cultural preservada obra;
(ruralidade) e hospitalidade da ● Horário de funcionamento dos
população; estabelecimentos comerciais;
● COMTUR; ● Inexistência de um Centro de
● ASETUR; Atendimento ao Turista;
● Gastronomia; ● Falta de formatação e estruturação
● Artesanato; dos atrativos;
● Carência de guias de turismo;
● Informalidade do comércio e
serviços de apoio ao turismo;
● Falta de um Plano de Marketing;
● Sinalização de trânsito deficiente;
● Sinalização turística inexistente;
● Horário de funcionamento das
agências bancárias e ausência de
bancos 24 h;
● Formação de cultura turística
ainda muito incipiente;
● Falta de produtos e
estabelecimentos com
infraestrutura de apoio ao turismo
e de serviços e equipamentos
turísticos.
PROGNÓSTICO
Esta etapa permitirá estabelecer a forma com que o município anseia se posicionar como
destino turístico consolidado. Para isto será concebida uma visão ideológica, ou seja, a descrição do
nosso negócio, nossa missão, a visão de futuro, um conjunto de valores e um objetivo central, que
orientará o processo de planejamento e gestão do destino. Serão propostas metas e objetivos,
definindo onde o município busca chegar ao planejar sua política de turismo.
Negócio:
Desenvolvimento do turismo sustentável.
Missão:
Planejar e empreender o turismo de forma cooperativa, norteando o desenvolvimento do município
nos princípios de sustentabilidade econômica, social, cultural, ambiental e política.
Visão:
Ser um destino de Ecoturismo competitivo, reconhecido pelas práticas de uso sustentável do
patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e formação de uma consciência
ambientalista.
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Promover o desenvolvimento sustentável das atividades turísticas de forma a gerar melhoria na
qualidade de vida da população local gerando riquezas, emprego e renda, através de ações coordenadas e
alinhadas com a política Nacional e Estadual de Turismo representado a regionalmente pelo Circuito
Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.
Específicos:
Atingir o objetivo geral de desenvolvimento sustentável do turismo em São José da Barra, com foco
específico em 05 (cinco) áreas específicas e suas ações:
Desenvolvimento Estrutural;
Desenvolvimento Turístico-Estrutural;
Desenvolvimento Humano;
Desenvolvimento da Informação e;
METODOLOGIA
IMPLEMENTAÇÃO:
A implementação do PMDT de São José da Barra da-se com base na Lei 391 de 02 de Abril de
2012 que estabelece a Política Municipal de Turismo, fornecendo diretrizes para o desenvolvimento da
atividade turística no Município, com base nas Políticas Nacional, Estadual e Regional de Turismo. Todos
os objetivos específicos que norteiam este Plano e suas Ações tem como eixo central de implementação a
gestão participativa público-privada, contextualizada através do COMTUR – Conselho Municipal de
Turismo de São José da Barra, como Instância de Governança Local e representativa de todos os segmentos
do trade turístico local, respeitando as competências de cada setor representado e sua respectiva área de
atuação. Faz-se imperativo que as ações pautadas neste Plano esteja estritamente alinhadas ao Plano
Estratégico de Desenvolvimento produzido pelo Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.
Cada um dos objetivos específicos elencados neste Plano, assim como suas metas e linhas de ação
deverão produzir resultados mensuráveis através de pesquisas de demanda específicas e relatórios sintéticos
e analíticos emitidos pelos atores responsáveis pelas ações e serão avaliados sistematicamente.
AVALIAÇÃO:
Ao final do primeiro trimestre do ano subsequente, o material produzido pelos atores responsáveis
pelas ações discriminadas no PMDT – relatórios sintéticos e analíticos, prestações de contas e
movimentação contábil do projeto, além de pesquisas de demanda específicas serão apresentadas ao
COMTUR que emitirá parecer para aprovação pelo Plenário do Conselho. No caso de alguma linha de ação
ou meta não ter sido cumprida no período estabelecido, a Comissão emitirá um parecer com as sugestões de
medidas de ajuste para correção das distorções nessas metas.
Cada linha de ação prevista neste Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo terá
determinada a competência dos atores públicos, privados ou de terceiro setor na sua execução. Tal
competência deve ser atribuída de forma direta, especificando cada detalhe da execução das ações,
informando inclusive quando da competência externa e de atores não pertencentes ao trade turístico, como
demais órgãos da administração pública municipal, empreendimentos e empresas que não atuem
diretamente no trade. A competência externa é atribuída à outros níveis de gestão como a Instância de
Governança Regional (Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra), órgãos da administração
pública estadual ou federal, entidades e/ou empresas que tenham sua sede fora do município de São José da
Barra mas que, para as ações previstas neste Plano, atuarão dentro dos limites municipais.
Em alguns casos, dentro dos Objetivos Específicos ocorrerão nas linhas de ação a não especificação dos
investimentos estimados, pois, muitas vezes os recursos serão oriundos de outros setores que não
possibilitam estimativas prévias.
1. DESENVOLVIMENTO ESTRUTURAL
1.1. Melhoria dos acessos rodoviários:
Síntese: Preparar os principais acessos rodoviários locais com pavimentação asfáltica e sinalização
padronizada objetivando melhorar a integração entre os municípios que compõe o Circuito Turístico
Nascentes das Gerais e Canastra, assim como propiciar um acesso de qualidade ao fluxo advindo de outras
regiões. A principal rodovia atualmente não pavimentada fica entre o municipio de São José da Barra e
Guapé.
Atores Envolvidos: Governo do Estado de Minas Gerais / SETOP e Prefeitura Municipal de São José da
Barra / SECRETARIA DE OBRAS E URBANISMO E MEIO AMBIENTE
Cronograma: 4 anos
Início Estimado: 2° Trimestre de 2020
Investimento Estimado: 4.000.000,00 ( quatro milhões de reais)
1.3. Melhoria no sistema de comunicações, em especial telefonia pública fixa e telefonia móvel.
Síntese: Necessidade de ações de gestão junto às operadoras de telefonia fixa e móvel para melhorar a
qualidade do atendimento aos clientes, incluindo, novos terminais públicos de telefonia fixa (orelhões),
além de aumento da capacidade e melhoria na qualidade de atendimento das operadoras estabelecidas
(Vivo, Tim, Claro e Oi), além de gestão para implantação de novas tecnologias junto às operadoras de
serviços de telefonia móvel (3G e 4G) e de telefonia fixa (Embratel), melhorando assim a capacidade de
comunicação da demanda efetiva no município. Outro importante fator dentro do setor de comunicações
está na cobertura de provimento de Internet Banda Larga, seja através de sistemas ADSL ou Wi-Fi (esse
inclusive em provimento de áreas públicas através de Free Zones)
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra- COMTUR, e Operadoras nacionais de
telecomunicações: Vivo, Tim, Claro , Oi e Embratel.
Cronograma: 24 meses
Início Estimado: 1° Semestre de 2019
Investimento Estimado: A definir (*)
1.4. Melhoria de sistema de ônibus e/ou transporte coletivo municipal (circulação interna).
Síntese: Implantação de traslado ao turista até os atrativos localizados nos bairros do município, muitas
vezes distante da sede em até 25km, depende de um sistema de transporte municipal (interno) estruturado e
eficiente, para que possa realizar esse traslado independente de condições climáticas ou sazonalidade da
demanda.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra /COMTUR, e Empresas de Transporte
Turístico.
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 1° trimestre de 2021
Investimento Estimado: 50.000,00 ( cinquenta mil reais)
1.6. Adequação das Vias e Prédios Públicos à acessibilidade de portadores de deficiencia físicas e
mobilidade reduzida.
Síntese: Pela Lei Federal n° 10.098/2000 e o Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 que regulamenta
esta Lei, as vias e prédios públicos devem oferecer condições de acessibilidade para inclusão social dos
portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida. A adequação desses locais, não é necessária apenas
por força de lei, mas pela necessidade de melhorar a qualidade no atendimento e buscar a excelência nas
práticas do turismo.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR.
Cronograma: 24 MESES
Início Estimado: 1° Semestre de 2019.
Investimento Estimado: 150.000,00 (Cento e cinquenta mil )
2.2.Implantação do CAT – Centro de Apoio ao Turista, sendo inserido em portal de acesso à sede do
Município.
Síntese: Priorizar o atendimento dos desejos e necessidades do turista, como cliente é fundamental para que
a atividade turística atinja o grau de excelência almejado sempre. Mas, a concepção de atendimento se
confunde com a ação de informar pura e simplesmente, por esse motivo, vem a tona um novo conceito,
substituindo o “A” da sigla CAT, para Centro de APOIO ao Turista, oferecendo ao cliente mais que a
informação, apoiando suas necessidades mais elementares com um profissional liberal que o atenda em
suas necessidades . Esse conceito de CAT vai além da edificação, importando em um esmerado
treinamento dos profissionais e a revisão de um Banco de Dados centralizado e constantemente atualizado
(vide Objetivos Específicos 3.2, 3.4 especialmente).
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ SECRETARIA DE OBRAS,
URBANISMO E MEIO AMBIENTE e Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 2° Semestre de 2020
Investimento Estimado: R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais)
2.5. Melhoria e readequação dos principais eventos indutores de fluxo turístico em São José da
Barra: Queima do Alho, Festa do Produtor Rural , Ciclo Aventura, Pedal Mineiro, Aniversário da
Cidade.
Síntese: Os cinco principais eventos do calendário municipal necessitam de reformulações, primeiro
porque vem crescendo em público o que demanda aumento de toda a estrutura de recepção direta (do
próprio evento como segurança, sanitários, sonorização) como indireta , estacionamento, tráfego, segurança
fora do local do evento, alimentação, meios de hospedagem, entre outras. Por esse motivo, uma
readequação no planejamento desses eventos faz-se necessária.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra, SECRETARIA DE OBRAS
URBANISMO E MEIO AMBIENTE, ASETUR (ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE TURISMO) /
COMTUR; Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, parceiros da iniciativa privada.
Cronograma: Sazonal (Março/Abril, Junho e Julho e Novembro/Dezembro)
Início Estimado: 2021.
Investimento Estimado: R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais)
3.6. Treinamento em inglês e espanhol (entre outras línguas) para profissionais das diversas
atividades turísticas.
Síntese: Diante da expectativa de abertura do mercado regional para o turista estrangeiro, que visita a
grande São Paulo e Região Metropolitana de Campinas, tenha na região sudeste de Minas uma opção
atraente de turismo, mas é necessário adequar a estrutura e, especialmente a mão-de-obra para essa
oportunidade, para isso, faz-se necessário a implantação de cursos de línguas estrangeiras (com ênfase na
conversação) para os profissionais que atuem direta e indiretamente no trade turístico, em especial para o
inglês e o espanhol.
Atores Envolvidos: COMTUR, Prefeitura Municipal de São José da Barra e empreendimentos turísticos
locais.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Agosto de 2020
Investimento Estimado: R$10.000,00 (2.500,00 [dois mil e quinhentos reais] / ano)
3.7. Realização de pesquisas de satisfação e recall junto aos setores locais do turismo.
Síntese: Em diversas linhas de ação já explicitadas nesse Plano, observa-se a indicação para aplicação de
pesquisas de satisfação e recall junto aos mais diversos atores do processo turístico de forma a mensurar e
avaliar todo o processo ou parte dele isoladamente e efetuar possíveis correções de rumo que se fizerem
necessárias.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, Circuito Turístico Nascentes
Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 26
das Gerais e Trade Turístico Local.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado:Novembro de 2020
Investimento Estimado: R$ 8.000,00 (R$ 2.000,00 [dois mil reais] / ano)
4. DESENVOLVIMENTO DA INFORMAÇÃO
4.5. Elaboração de pesquisa de demanda genérica e/ou específica por eventos ou oportunidades.
Síntese: A pesquisa de demanda como é genericamente denominada as pesquisas de satisfação, opinião e
recall realizadas junto a demanda turística efetiva do destino é essencial na avaliação das estratégias de
desenvolvimento previstos na Política Municipal de Turismo, já que, se bem aplicada, retrata de forma fiel
a opinião do cliente que, em última análise é o motivo e a razão para o qual se estabelece todo esse aparato
turístico. Faz-se necessário que essas pesquisas sejam realizadas de forma contínua, focada nos temas que
realmente irão interessar na avaliação efetiva de um setor como um todo.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, Empresas de Meio de
Hospedagem, Guias Locais e Circuito Turístico Nascentes das Gerais .
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Julho de 2020
Investimento Estimado: R$ 6.000,00 (seis mil reais)
4.6. Disponibilização das informações através do sítio eletrônico (site) oficial de São José da Barra na
Rede Mundial de Computadores (Internet).
Síntese: As informações de relevante interesse da demanda potencial devem ser disponibilizadas no sítio
eletrônico (site) oficial do município, devendo ser mantidas atualizadas sempre que houver qualquer
alteração, para que essa importante mídia seja confiável aos usuários.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, Circuito Turístico Nascentes
das Gerais.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Junho de 2020.
Investimento Estimado: Não há.
5. DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO
5.1. Fortalecimento e gestão integrada da Política Municipal do Turismo, com a Instância Municipal
de Governança – COMTUR (Conselho Municipal do Turismo).
Síntese: As modernas técnicas de planejamento de destinos turísticos sempre apontam para uma gestão
participativa como o melhor e mais eficiente modelo de gestão, pois as carências são percebidas de forma
rápida, assim como as soluções tendem a surgir de forma mais eficiente e ágil.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR e Circuito Turístico Nascentes
da Gerais e Canastra.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Imediato
Investimento Estimado: Não Há
5.2. Operacionalização efetiva do Fundo Municipal de Turismo – Funtur como fonte de
investimentos e financiadora de programas e projetos turísticos.
Síntese: O Funtur deve ter sua atuação efetiva no financiamento das atividades turísticas em São José da
Barra.
Atores Envolvidos: COMTUR, ASETUR, Prefeitura Municipal de São José da Barra / Orgãos da
administração pública estadual ou federal, entidades do terceiro setor, empreendimentos e empresas do
setor turístico local.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Janeiro de 2019.
Investimento Estimado: Não há
5.6. Elaboração de roteiros e inseri-los no contexto global de destino turístico para o mercado.
Síntese: Estruturar a oferta turística local, roteirizando essa oferta de forma a dar formato ao produto
turístico, elencando os atores envolvidos na operacionalização de cada um desses roteiros. O objetivo
principal do processo de roteirização da oferta é oferecer um produto finalizado e acabado para
comercialização junto às agências.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, ASETUR / Agências de
Turismo das regiões e Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: Março de 2021.
Investimento Estimado: R$ 15.000,00 (quinze mil reais)
IMPACTOS
Todo processo que visa estabelecer novas visões para uma atividade, estabelecendo
diretrizes estratégicas distintas daquelas que usualmente eram adotadas são geradoras de impactos.
Qualquer ação, como foi dito quando abordado o tema “sustentabilidade”, vai gerar um impacto de maior
ou menos grau de intensidade, geralmente sendo inversamente proporcional ao cuidado que se tome nas
decisões relacionadas aos pilares da sustentabilidade aplicados ao processo como um todo, em especial um
Plano de Desenvolvimento Turístico que tem característica estruturadora por natureza, gerando assim,
impacto positivos e negativos durante o processo.
Impactos Socioculturais
a) Valorização do setor de turismo;
b) Valorização e disseminação de informações sobre a cultura local;
c) Capacitação técnica da mão-de-obra local
d) Melhoria do sistema de informações
Impactos Econômicos
e) Geração de riquezas, emprego e renda
f) Aumento de receitas no trade turístico local e regional
g) Diversificação e qualidade na escolha de produtos turísticos locais
h) Aumento na quantidade e qualidade de oportunidades profissionais locais
Impactos Ambientais
i) Valorização e conservação dos recursos naturais locais
j) Formatação de roteiros com responsabilidade social e consciência ambiental
Impactos Econômicos
d) Especulação imobiliária
e) Aumento do custo de vida da população local
Impactos Ambientais
f) Excesso de fluxo gerador de degradação
g) Utilização dos recursos naturais acima da capacidade de suporte
Impactos Politico-institucionais
h) Desinteresse em investimentos na qualificação profissional
i) Não aproveitamento de oportunidades de informação/ divulgação
CRONOGRAMA FÍSICO
As Linhas de Ação abaixo especificadas pelos seus números de indexação neste Plano tem seu cronograma
em trimestres, com a seguinte nomenclatura:
- ação “sistêmica e continuada” = O
- ação específica = X
Linhas
OBJ de 2019 2020 2021 2022
Ação
1 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1.1. X X X X X X X X X X X
1.2. X X X X X
1.3. X X X X X X X X X
Desenvolvimento 1.4. O O O O O O O O
Estrutural
1.5. X X X X X X X X
1.6. X X X X X X X X
1.7. X X X X
1.8. X X X X
2 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
2.1. X X X X X X X X
Desenvolvimento 2.2. X X X X
Turistico
Estrutural 2.3. X X X X
2.4. X X
Desenvolvimento 3.4. O O O O O O O O O O
Humano 3.5. O O O O O O O O O O O O O O O O
3.6. O O O O O O O O O O
3.7. O O O O O O O O O
3.8. O O O O O O O O O O O O O
Linhas
OBJ de 2019 2020 2021 2022
Ação
4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
4.1. O O O O O O O O
4.2. O O O O O O O O
4.3. O O O O O O
Desenvolvimento
4.4. O O O O
da Informação
4.5. O O O O O O O O O O
4.6. O O O O O O O O O O O
4.7. O O O O O O O O O O
5 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
5.1. O O O O O O O O O O O O O O O O
5.2. O O O O O O O O O O O O O O O O
5.3. O O O O O O O O
Desenvolvimento
5.4. O O O O O O O O
Estratégico
5.5. O O O O
5.6. X X X X
5.7. X X X X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: URL: <http: //www.ibge.gov.br
/ibge>, acesso em junho de 2010.
Entidade Executora
Prefeitura Municipal de São José da Barra – MG
Secretaria de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Conselho Municipal de Turismo – COMTUR
E-mail: turismo@saojosedabarra.mg.gov.br
Telefone: (35) 3523-9200
Prefeito
Paulo Sérgio Leandro de Oliveira
Vice-prefeito
André Luiz Lemos da Silva
Data da Elaboração
Junho /2017
Período de Abrangência
2017 / 2020
APRESENTAÇÃO
São José da Barra está localizado em uma das regiões mais belas de Minas
Gerais, sede da usina hidrelétrica de Furnas e portal de entrada para o lago de Furnas,
conhecido como Mar de Minas. As instalações da Usina de Furnas formam um conjunto
grandioso que por si só enche de fascínio os visitantes. Além disso, o fato de ser uma
construção engendrada pela mente humana torna esse lugar ainda mais fantástico. A
região é conhecida pela bela paisagem que permite aos visitantes o contato direto com
a natureza. É grande a procura pelas várias cachoeiras, praias de rio, camping, canyons,
e muitas outras atividades aquáticas que podem ser desfrutadas no Lago de Furnas.
3
DADOS HISTÓRICOS
4
missas.
O nome São José da Barra faz uma referência ao antigo nome que o primeiro
vilarejo adotou por sua localização geográfica - “Barra” é uma formação pode ocorrer
nas desembocaduras de canais, estreitos, estuários, rios e outros cursos de água,
devido à acumulação de material de aluvião - e ao santo que mais tarde viria a ser o
padroeiro da cidade, São José.
No ano de 1995 o distrito é elevado à categoria de município com a
denominação de São José da Barra, pela lei estadual número 12.030, de 21-12-1995,
desmembrado de Alpinópolis. O processo de separação foi idealizado por um grupo
liderado pelo padre Ubirajara Cabral, José Manoel Lemos - Zé Freire e José Lucas da
Silva efetivou sua primeira tentativa em 1989, através de uma matéria publicada no
jornal de Minas Gerais/ Legislativo, onde o texto constitucional tratava sobre a
emancipação. Sob posse de tal documento José Lucas da Silva e José Manoel Lemos
fizeram todo o processo. A tentativa foi frustrada em função do número de eleitores, que
deveria ser superior a três mil e o distrito tinha apenas dois mil. O processo só
concretizou-se em 1995, quando o então governador de Minas Gerais mudou a
exigência de três mil para dois mil eleitores, o que proporcionou a emancipação do
município. Desse modo a comissão presidida por José Manoel Lemos, vice José Lucas
da Silva, secretário José Carlos Alves, tesoureiro Luiz Antonio de Oliveira e os membros
José Célio de Paula, José Ronaldo Bernardes, Gésus Mario dos Santos, José Borges
dos Reis, Antonio Francisco da Silva, Rafael José dos Santos, Maria Rosélia Rosa de
Oliveira, Marisa Helena Lemos, Maria Irene Lemos Silva, Anselmo Alves Neto, Venino
dos Reis, João Batista Vilela e José Reis do Nascimento, instaurou um plebiscito em
outubro de 1995 do qual 2836 eleitores estavam inscritos, mas apenas 1764 votaram,
sendo que 1486 sim e 235 não. Dessa forma, Zé Freire foi nomeado para o processo
de transição, representando a cidade por um ano, até a realização da primeira eleição.
A economia da cidade consiste na produção de milho, café, cana-de-açúcar e
pimenta, ocorre também a criação de gado, frango e suínos. Contudo a atividade que
mais tem crescido é o turismo, em função do Lago de Furnas.
A instauração da Hidrelétrica de Furnas também criou um potencial técnico na
cidade, logo a própria empresa abriu cursos técnicos em eletrônica / eletrotécnica.
Atualmente a zona urbana da cidade conta com cinco bairro, sendo estes o centro, que
deu origem a mesma; Bom Jesus dos Campos, Cachoeira da Laje, Nossa Senhora de
Fátima e o bairro de Furnas, onde a hidrelétrica se localiza, cada um desses bairros
possui uma pequena capela construída entre as décadas de 1970 e 1980. Destes,
Cachoeira da Laje e Nossa Senhora de Fátima são os mais antigos, e foram apropriados
como bairros da cidade durante a década de 1970 aproximadamente e são derivados
de fazendas que existiam na região anterior a construção da cidade. Já Bom Jesus dos
Campos é um dos bairros mais recentes da cidade, cresceu através de um projeto do
final da década de 1980.
O bairro de Furnas foi construído após a construção da hidrelétrica por ter como
principal função dar moradia para os que ali trabalhariam. Neste bairro foi construído um
hotel, aberto aproximadamente durante o ano de 1958 para receber parte da comissão
que construiria Furnas. Durante o ano de 2005 a 2009, o Hotel ficou fechado para
reforma, contudo suas características foram mantidas e em outubro de 2009 foi
reaberto. Ainda neste bairro encontra-se a Agremiação Recreativa de Furnas, que
5
surgiu da necessidade de Furnas Centrais Elétricas S.A. oferecer a seus empregados
desenvolvimento de atividades sociais, culturais e esportivas. Por ocasião da criação da
empresa e construção da Usina de Furnas (final dos anos 50 e início dos anos 60), os
profissionais especializados vinham até mesmo do exterior, o que trouxe a preocupação
em construir uma infraestrutura adequada a abrigar os empregados e operários que
trabalharam na construção da Usina. Essa infraestrutura incluiu a vila residencial com
clubes, escolas, igrejas, hospital e comércio. Outro aspecto importante no bairro de
Furnas é a construção da Casa de Visitas, uma residência de luxo, com cerca de dez
quartos com o intuito de abrigar grandes personalidades que eventualmente viessem a
visitar Furnas, tal casa abrigou Juscelino Kubitschek durante o ano de 1957 no evento
de inauguração da empresa.
Atualmente a cidade encontra com um grande potencial de crescimento, pois
criou uma importante alternativa explorando o turismo que tem como atração o lago de
Furnas, cachoeiras, artesanato, e as tradições rurais.
6
CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
TERRITÓRIO E AMBIENTE
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
POPULAÇÃO
7
ASPECTOS SOCIAIS
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GRÁFICO 3 – IDHM São José da Barra – MG
TRABALHO E RENDIMENTO
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2015] - 5,4 salários mínimos
População economicamente ativa ocupada [2010] – 54,9%
População economicamente ativa desocupada [2010] - 3,8%
População economicamente inativa [2010] – 41,3%
9
GRÁFICO 4 – Taxa de desemprego por área selecionada – 2010
Das pessoas ocupadas, 1,3% não tinham rendimentos e 34,5% ganhavam até um
salário mínimo por mês. O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas
era de R$ 1.205,96. Entre os homens, o rendimento era de R$ 1.431,71 e entre as
mulheres de R$ 846, 61, apontando uma diferença de 69,11% maior para os homens.
EDUCAÇÃO
10
GRÁFICO 5 – Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola
No entanto, apenas 70,2% das pessoas com 16 anos concluíram o ensino fundamental.
O que demonstra que apesar de praticamente toda a população (99,1%) de 6 a 14 anos
de idade estar frequentando a escola, boa parte destes alunos desistem antes mesmo
de concluírem o ensino fundamental.
ECONOMIA
Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município
manteve-se em R$301,0 milhões. A participação do PIB do município na composição
do PIB estadual diminuiu de 0,16% para 0,10% no período de 2005 a 2010.
11
GRÁFICO 6 – Participação dos setores econômicos no Produto Interno Bruto
do Município – 2010
Fonte: IBGE
12
GRÁFICO 7 – Distribuição das 5 (cinco) principais culturas de rebanho do
município – 2011
13
DIAGNÓSTICO
Matriz FOFA
Forças Fraquezas
● Beleza cênica do território ● Falta de comprometimento e
municipal; participação da comunidade;
● Atrativos naturais; ● Empresários pouco envolvidos com
● Sistema Municipal de Saúde e o Turismo;
Educação; ● Falta de políticas públicas
● Participação no programa estadual estratégicas de turismo e orçamento
de Regionalização do Turismo, para investir em infraestrutura
associado ao Circuito Turístico turística;
Nascentes das Gerais; ● Lei de uso e ocupação do solo e
● Usina Hidrelétrica e Lago de Furnas; Plano Diretor desatualizados.
● Identidade cultural preservada ● Baixa qualificação de mão de obra;
(ruralidade) e hospitalidade da ● Horário de funcionamento dos
população; estabelecimentos comerciais;
● COMTUR; ● Inexistência de um Centro de
● Gastronomia; Atendimento ao Turista;
● Artesanato; ● Falta de formatação e estruturação
dos atrativos;
● Carência de guias de turismo;
● Informalidade do comércio e
serviços de apoio ao turismo;
● Falta de um Plano de Marketing;
● Sinalização de trânsito deficiente;
● Sinalização turística inexistente;
● Horário de funcionamento das
agências bancárias e ausência de
bancos 24 h;
● Formação de cultura turística ainda
muito incipiente;
● Falta de produtos e
estabelecimentos com infraestrutura
de apoio ao turismo e de serviços e
equipamentos turísticos.
14
Oportunidades Ameaças
● Parceria poder público municipal ● Baixa do Lago de Furnas
com Furnas Centrais Elétricas para ● Aumento da criminalidade
a realização projetos sociais (Policiamento efetivo insuficiente)
● Investimentos de Furnas Centrais ● Destinos concorrentes melhor
Elétricas no município (piscicultura, preparados e estruturados
horto florestal, projetos sociais); ● Disponibilidade de telefonia celular e
● Disponibilização de recursos através internet limitada ou ausente
de convênios públicos e contratos em diversas áreas da zona urbana e
de repasse pelo Governo Federal; rural;
● Possibilidade de exploração do ● Sazonalidade
Turismo Rural (com foco em ● Crescente especulação imobiliária,
experiências de manejo das práticas degradação ambiental e perda
rurais) Turismo de Natureza e do da qualidade estética da paisagem;
Turismo Esportivo como mecanismo
de incremento da oferta e
divulgação e visibilidade para o
destino
● Localização geográfica estratégica
(BH – SP – Ribeirão Preto)
● Acesso pela Rodovia MG-050 com
melhor manutenção e sinalização
PROGNÓSTICO
Esta etapa permitirá estabelecer a forma com que o município anseia se posicionar
como destino turístico consolidado. Para isto será concebida uma visão ideológica, ou
seja, a descrição do nosso negócio, nossa missão, a visão de futuro, um conjunto de
valores e um objetivo central, que orientará o processo de planejamento e gestão do
destino. Serão propostas metas e objetivos, definindo onde o município busca chegar
ao planejar sua política de turismo.
Negócio:
Desenvolvimento do turismo sustentável.
Missão:
Planejar e empreender o turismo de forma cooperativa, norteando o desenvolvimento
do município nos princípios de sustentabilidade econômica, social, cultural, ambiental e
política.
Visão:
Ser um destino de Ecoturismo competitivo, reconhecido pelas práticas de uso
sustentável do patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e formação
de
uma consciência ambientalista.
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Valores:
• Gestão democrática, participativa, humanizada e transparente;
• Sustentabilidade como princípio fundamental;
• Respeito à natureza e à legislação vigente;
• Valorização da história, da cultura e dos costumes locais;
• Estimular o desenvolvimento social e econômico
Objetivo Geral:
Consolidar o turismo como estratégia de desenvolvimento local sustentável, como
agente de transformação, fonte de riqueza econômica e de desenvolvimento social.
Objetivos Específicos:
1) Investir na melhoria da infraestrutura turística;
2) Fortalecer a estrutura organizacional do Sistema Municipal de Turismo;
3) Estabelecer a regulamentação dos serviços turísticos do município;
4) Implantar o Centro Municipal de Informações Turísticas;
5) Estimular a ampliação e a diversificação dos empreendimentos da cadeia produtiva
do turismo;
6) Consolidar uma oferta de produtos turísticos competitivos com capacidade de
proporcionar ao turista uma experiência positiva;
7) Posicionar o destino no mercado turístico nacional;
8) Investir em ações de qualificação do “trade” turístico nos níveis empresariais e
operacionais;
9) Proteger áreas naturais de interesse turístico.
16
Estimular a ampliação e a Firmar 5 convênios de PPP Quantidade de empreendimentos
diversificação dos para estruturação e abertura abertos e convênios firmados, e lei
empreendimentos da cadeia de novos atrativos até 2020. implantada.
produtiva do turismo Implantar projeto de lei de
isenção fiscal ao turismo.
Consolidar uma oferta de Criar 5 roteiros para integrar Quantidade de roteiros formatados e
produtos turísticos todo o território municipal, até comercializados.
competitivos com 2018.
capacidade de proporcionar
ao turista uma experiência
positiva
17
PROGRAMAS E AÇÕES
A definição dos projetos segue uma ordem de quais objetivos e metas precisam ser
alcançadas primeiramente, de acordo com o grau de urgência e nível estratégico.
Inventario turístico
ago/20
18
Diagnóstico do Município
nov/20
Postos de Informações Turísticas
19
Formação de Banco de Dados
20
FOMENTO
21
Articulação institucional
22
Comércio local
23
ESTRUTURAÇÃO E FORMATAÇÃO DO PRODUTO
Sinalização Turística
Ação Responsável Prazo
Infraestrutura Turística
Projetos Responsável Prazo
24
Infraestrutura rodoviária
Projeto Responsável Prazo
Entretenimento e lazer
25
Atrativos Histórico e Culturais
Atrativos Naturais
26
Agenciamento
27
MARKETING
Plano de Marketing
CAPACITAÇÃO
28