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Plano de Implementação da

Política Municipal de
Turismo.

São José da Barra - MG


Conteúdo
IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................................................... 3
FICHA TÉCNICA .......................................................................................................................... 4
Constituição da Diretoria .............................................................................................................. 4
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 5
CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DA BARRA .............................................. 5
DADOS HISTÓRICOS ................................................................................................................. 6
JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................... 7
CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .......................................................................................... 8
DIAGNÓSTICO .......................................................................................................................... 13
MATRIZ FOFA ........................................................................................................................... 15
PROGNÓSTICO ........................................................................................................................ 16
OBJETIVOS ............................................................................................................................... 17
OBJETIVOS ESPECÍFICOS E METAS ...................................................................................... 17
METODOLOGIA......................................................................................................................... 19
IDENTIFICAÇÃO DE PROJETOS ESPECÍFICOS ..................................................................... 20
1. DESENVOLVIMENTO ESTRUTURAL ................................................................................ 20
2. DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO-ESTRUTURAL ............................................................ 23
3. DESENVOLVIMENTO HUMANO ........................................................................................ 25
4. DESENVOLVIMENTO DA INFORMAÇÃO .......................................................................... 27
5. DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO .............................................................................. 29
IMPACTOS ................................................................................................................................ 31
ORÇAMENTO GERAL DO PMDT .............................................................................................. 32
CRONOGRAMA FÍSICO ............................................................................................................ 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 35

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IDENTIFICAÇÃO

Entidade Executora
Prefeitura Municipal de São José da Barra – MG Secretaria de Educação,
Cultura, Esporte, Lazer e Turismo Conselho Municipal de Turismo –
COMTUR
E-mail: turismo@saojosedabarra.mg.gov.br Telefone: (35) 3523-9200

Prefeito
Paulo Sérgio Leandro de Oliveira

Vice-prefeito
André Luiz Lemos da Silva

Secretária de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo


Luciene Gomes de Oliveira Mandello

Data da Elaboração
Ano : 2019

Período de Abrangência
2019 / 2022

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FICHA TÉCNICA

LUCIENE GOMES DE OLIVEIRA MANDELLO


Gestor Municipal de Turismo

Localização: São José da Barra– Região Sudeste de Minas Gerais


Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra

10 membros efetivos integrantes representando o setor público, iniciativa privada


e comunidade.
 Representantes do setor de Esporte e Turismo
 Representantes do setor de Educação e Cultura
 Representantes do setor de Meio Ambiente
 Representantes da Secretaria de Administração
 Representantes do Poder Legislativo
 Representantes do Comercio Local
 Representantes dos Produtores Rurais
 Representantes dos Profissionais Liberais
 Representantes das Associações

Constituição da Diretoria

A Diretoria atual tem a seguinte constituição:


Presidente – Denize Azevedo da Silva
Vice-Presidente –Vinicius Barbosa Bennetti
Primeiro Secretário – Lyvem Kelly de Avelar
Segundo Secretário – Luiz Carlos Bahia da Silva

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APRESENTAÇÃO
O Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo de São José da Barra objetiva
complementar e especificar os programas, planos e ações previstas para o incremento da atividade
dentro das perspectivas e diretrizes preconizadas na Política Municipal de Turismo de SãoJosé da
Barra e orientar todo o segmento turístico local em suas atividades, assim como auxiliar o
planejamento público, privado e suas parcerias no sentido de otimizar o turismo no município,
elaborando uma estratégia unificada dos setores público, privado e comunidade, enfatizando as
matrizes de desenvolvimento turístico de São José da Barra, objetivando transformar as
potencialidades em produtos acabados e preparados ao mercado turístico.

A proposta desse Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo aponta projetos e ações


estruturais, com capacidade de propiciar a melhoria da infra-estrutura geral (indireta) e da infra-
estrutura de apoio turístico (direta) do município, a formatação e consolidação da oferta de produtos
turísticos locais e regionais para inserção no mercado, fortalecimento a Instância de Governança
Municipal, aprimoramento, investimento, apoio a ações de promoção de qualificação da cadeia
produtiva turística local e melhoramento do sistema de informação turística. São ainda enfatizados o
aspecto do uso sustentável dos recursos naturais através de conscientização ambiental e revalorização
e divulgação do patrimônio histórico-cultural local, além de projetos para educação para o turismo.
Por fim, se fundamenta as ações de composição de uma identidade turística capaz de gerar esforços
promocionais e institucionais dentro de uma estratégia de marketing que identificará o município de
SãoJosé da Barra com suas características capazes de induzir o afluxo de demanda, não só para a
localidade em si, mas para a região, alinhando o marketing turístico local com o perfil regional
aplicado pelo Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.
Para que o PMDT fosse realizado com eficiência, foi necessária uma análise situacional do
município de São José da Barra, assim como da evolução empírica da atividade turística em seu
território, possibilitando ações de bechmarking com outros destinos similares e uma análise de
informações coletadas in loco, junto ao público-alvo, aos empreendedores, à população e os
proprietários de imóveis onde se localizam alguns dos principais atrativos naturais do Município.
Como dito, o objetivo desse Plano Municipal de Turismo foi a identificação de programas,
projetos e ações pontuais e gerais. De igual modo, foi possível identificar as principais dificuldades
enfrentadas pelo Poder Público e pelo setor privado e, por conseguinte, pela Instância de Governança
Municipal para a efetiva implementação da Política Municipal de Turismo.
O Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo 2019/2022 de São José da Barra
foi elaborado com a participação da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo,
COMTUR e empresários do trade turístico.

CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DA BARRA


São José da Barra está localizado em uma das regiões mais belas de Minas Gerais, sede da
usina hidrelétrica de Furnas e portal de entrada para o lago de Furnas, conhecido como Mar de Minas.
As instalações da Usina de Furnas formam um conjunto grandioso que por si só enche de fascínio os
visitantes. Além disso, o fato de ser uma construção engendrada pela mente humana torna esse lugar
ainda mais fantástico. A região é conhecida pela bela paisagem que permite aos visitantes o contato
direto com a natureza. É grande a procura pelas várias cachoeiras, praias de rio, camping, canyons, e
muitas outras atividades aquáticas que podem ser desfrutadas no Lago de Furnas.

Sem dúvida o município possui um grande potencial turístico, decorrente da grande expressão
paisagística do lugar criada pela vasta área inundada, a existência de muitos atrativos naturais e
náuticos, cachoeiras, além da existência de preservadas práticas de manejo da zona rural, onde o
turista pode vivenciar o cotidiano de quem vive no ambiente rural em contato direto e genuíno com a
natureza, a agricultura e as tradições locais.

Apesar da imensidão de atrativos da região, São José da Barra ainda vem despontando para o

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turismo. É crescente o número de estabelecimentos ligados, direta e indiretamente, à atividade
turística, com destaque para a hospedagem, alimentos e bebidas, e agências de receptivo e transportes
turísticos.

DADOS HISTÓRICOS
Inicialmente conhecido como Barra, o vilarejo na confluência do Rio Grande com o rio
Sapucaí é um marco mais antigo que Passos ou Alpinópolis no sul de Minas Gerais. A partir do Rio
Sapucaí as Bandeiras chegam a Barra do Sapucaí vindas da Mantiqueira através do rio, encontrando o
Rio Jeticahy, mais tarde batizado de Rio Grande, tornando a Barra um marco de referência. Quando
em 1740 as definições entre as províncias de São Paulo e Minas Gerais foram definidas, o delimitador
utilizado foi o rio Sapucaí, tornando a região pertencente a São Paulo, contudo em 1765 o então
Governador da província de Minas Luís Diogo Lobo da Silva tomou à força a posse da Barra, que
passa a pertencer à Província de Minas.
A criação do distrito de São José da Barra foi feita pela lei provincial número 2.260, de 30-06-
1876, e lei estadual número 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Passos. Tal divisão
permanece até o ano de 1937, quando através do decreto-lei estadual número 148, de 17-12-1938, o
distrito de São José da Barra foi transferido do município de Passos, para constituir o novo município
de Alpinópolis.
A economia da Barra vivia basicamente de pesca e agricultura. A estrutura da vila vai mudar
em 1957 pelo Decreto Federal no 41.066 do então presidente Juscelino Kubitschek, que autoriza a
construção da hidrelétrica. Tal deliberação alterou o cotidiano da população que permanecia sem
grandes modificações até então. Para tal empreendimento foi necessário a criação de uma represa que
inundaria aproximadamente 75 mil alqueires de terra, onde se localizava o povoado de São José da
Barra, parte de Guapé, parte de Capitólio e outros pequenos lugarejos.
A inundação trouxe um problema, o que seria feito com a população que vivia nessa área? E
com o intuito de resolver tal questão Padre Cônigo Ubirajara Cabral comprou 24,20 hectares de terra
de Nigth de Castro, onde encontramos atualmente o centro de São José da Barra. O loteamento foi
feito por um engenheiro de Furnas e registrado por Olavo Resende, o projeto da cidade foi feito em
formato de banjo, já que o padre gostava muito de tal instrumento. Assim a planta principal consiste
em um centro, onde se localiza a Igreja de São José e ao redor desta, todo o planejamento é radial,
contudo apenas uma avenida mais larga saía do círculo, formando o "braço” do instrumento musical.
Tal projeto contava com 435 lotes, porém a cidade foi crescendo posteriormente.
Em 1962 foi anunciado que o fechamento da barragem seria no ano seguinte. A população
dispersou-se, alguns foram em direção a São Paulo, Belo Horizonte, Passos e outras cidades
próximas. Ainda assim muitas pessoas ficariam desalojadas, o loteamento preparado e doado pela
Mitra Diocesana de Guaxupé foi de grande importância para receber essa população. Assim, no final
do ano de 1962, toda a população se mobilizou para abandonar o local. Quando ocorreu a migração, a
igreja foi transferida para uma pequena capela provisória e a primeira missa rezada foi em janeiro de
1963, pois nesse ano completou-se totalmente a migração já que as barragens foram fechadas em 9 de
janeiro de 1963. A igreja matriz de São José da Barra foi construída no ano de 1966, sob auxílio de
Dom Inácio - Bispo da época, pelo fato da pequena capela improvisada não corresponder à
quantidade de pessoas que assistiam às missas.
O nome São José da Barra faz uma referência ao antigo nome que o primeiro vilarejo adotou
por sua localização geográfica - “Barra” é uma formação pode ocorrer nas desembocaduras de canais,
estreitos, estuários, rios e outros cursos de água, devido à acumulação de material de aluvião - e ao
santo que mais tarde viria a ser o padroeiro da cidade, São José.
No ano de 1995 o distrito é elevado à categoria de município com a denominação de São
José da Barra, pela lei estadual número 12.030, de 21-12-1995, desmembrado de Alpinópolis. O
processo de separação foi idealizado por um grupo liderado pelo padre Ubirajara Cabral, José Manoel
Lemos - Zé Freire e José Lucas da Silva efetivou sua primeira tentativa em 1989, através de uma
matéria publicada no jornal de Minas Gerais/ Legislativo, onde o texto constitucional tratava sobre a
emancipação. Sob posse de tal documento José Lucas da Silva e José Manoel Lemos fizeram todo o

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processo. A tentativa foi frustrada em função do número de eleitores, que deveria ser superior a três
mil e o distrito tinha apenas dois mil. O processo só concretizou-se em 1995, quando o então
governador de Minas Gerais mudou a exigência de três mil para dois mil eleitores, o que
proporcionou a emancipação do município. Desse modo a comissão presidida por José Manoel
Lemos, vice José Lucas da Silva, secretário José Carlos Alves, tesoureiro Luiz Antonio de Oliveira e os
membros José Célio de Paula, José Ronaldo Bernardes, Gésus Mario dos Santos, José Borges dos
Reis, Antonio Francisco da Silva, Rafael José dos Santos, Maria Rosélia Rosa de Oliveira, Marisa
Helena Lemos, Maria Irene Lemos Silva, Anselmo Alves Neto, Venino dos Reis, João Batista Vilela
e José Reis do Nascimento, instaurou um plebiscito em outubro de 1995 do qual 2836 eleitores
estavam inscritos, mas apenas 1764 votaram, sendo que 1486 sim e 235 não. Dessa forma, Zé Freire
foi nomeado para o processo de transição, representando a cidade por um ano, até a realização da
primeira eleição.
A economia da cidade consiste na produção de milho, café, cana-de-açúcar e pimenta, ocorre
também a criação de gado, frango e suínos. Contudo a atividade que mais tem crescido é o turismo,
em função do Lago de Furnas. A instauração da Hidrelétrica de Furnas também criou um potencial
técnico na cidade, logo a própria empresa abriu cursos técnicos em eletrotécnica e mecânica.
Atualmente a zona urbana da cidade conta com seis bairros, sendo estes o centro, que deu origem a
mesma; Bom Jesus dos Campos, Cachoeira da Laje, Nossa Senhora de Fátima, Shangrylá e o bairro
de Furnas, onde a hidrelétrica se localiza. Cada um desses bairros possui uma pequena capela
construída entre as décadas de 1970 e 1980. Destes, Cachoeira da Laje e Nossa Senhora de Fátima são
os mais antigos, e foram apropriados como bairros da cidade durante a década de 1970
aproximadamente e são derivados de fazendas que existiam na região anterior a construção da cidade.
Já Bom Jesus dos Campos é um dos bairros mais recentes da cidade, cresceu através de um projeto do
final da década de 1980.
O bairro de Furnas foi construído após a construção da hidrelétrica por ter como principal
função dar moradia para os que ali trabalhariam. Neste bairro foi construído um hotel, aberto
aproximadamente durante o ano de 1958 para receber parte da comissão que construiria Furnas.
Durante o ano de 2005 a 2009, o Hotel ficou fechado para reforma, contudo suas características
foram mantidas e em outubro de 2009 foi reaberto. Ainda neste bairro encontra-se a Agremiação
Recreativa de Furnas, que surgiu da necessidade de Furnas Centrais Elétricas S.A. oferecer a seus
empregados desenvolvimento de atividades sociais, culturais e esportivas. Por ocasião da criação da
empresa e construção da Usina de Furnas (final dos anos 50 e início dos anos 60), os profissionais
especializados vinham até mesmo do exterior, o que trouxe a preocupação em construir uma
infraestrutura adequada a abrigar os empregados e operários que trabalharam na construção da Usina.
Essa infraestrutura incluiu a vila residencial com clubes, escolas, igrejas, hospital e comércio. Outro
aspecto importante no bairro de Furnas é a construção da Casa de Visitas, uma residência de luxo,
com cerca de dez quartos com o intuito de abrigar grandes personalidades que eventualmente viessem
a visitar Furnas, tal casa abrigou Juscelino Kubitschek durante o ano de 1957 no evento de
inauguração da empresa.
Atualmente a cidade encontra com um grande potencial de crescimento, pois criou uma
importante alternativa explorando o turismo que tem como atração o lago de Furnas, cachoeiras,
artesanato, e as tradições rurais.

JUSTIFICATIVA
O objetivo estratégico de viabilizar economicamente o potencial turístico local baseado nas
potencialidades econômicas, naturais, culturais e até mesmo humanas do município somente será
alcançado através do planejamento turístico participativo com uma visão sistêmica que considere a
grande diversidade dos atores envolvidos neste processo.

Deste modo, o planejamento, assunto do qual trata o presente trabalho apresenta-se como
instrumento imprescindível para o ordenamento total das atividades econômicas, sociais e culturais
envolvidas direta ou indiretamente pela pratica turística ordenada.

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A revisão do Plano de Desenvolvimento do Turismo de São José da Barra tem por objetivo
principal servir de orientação à integração das ações concernentes às atividades do turismo no âmbito
municipal durante o período de 2019 a 2022, buscando alternativas e meios para o desenvolvimento do
turismo sustentável em consonância com a política estadual e nacional de Turismo representadas a
nível regional pelo Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.

Deste modo, a revisão deste Plano engloba as múltiplas variáveis que interferem no Sistema
Municipal de Turismo, com o intuito de subvencionar a administração municipal, a Câmara dos
Vereadores, a comunidade, instituições de caráter privado e associativo, além de instituições de
caráter educacional local, dando especial ênfase ao COMTUR , instância de governança local e fórum
permanente de discussões, deliberações, normatizações e decisões no âmbito do turismo municipal.

Para tanto, os objetivos estratégicos deste Plano dirigem seus esforços para a estruturação e
formatação do produto turístico local visando aumentar a competitividade da atividade turística dentro
do território do município de São José da Barra, utilizando processos de melhoria da infra-estrutura
turística, formatação e consolidação de roteiros turísticos locais, qualificação de recursos humanos,
fortalecimento da Instância de Governança Municipal, além de melhoria no sistema de informação
turística da região, preservação do meio ambiente e patrimônio histórico-cultural e educação para o
turismo.

O território do município de São José da Barra apresenta grande potencialidade para a


implantação e desenvolvimento da atividade turística, devido especialmente aos recursos naturais nele
inseridos. Para que tal intento seja alcançado, torna-se fundamental o planejamento da atividade de
modo a minimizar os impactos negativos e maximizar estas potencialidades, baseado no potencial
endógeno do território, nos recursos humanos e nas identidades locais, com vistas a conciliar
desenvolvimento econômico e social, contribuindo para uma melhor distribuição da renda advinda da
atividade turística, sempre considerando o princípio da sustentabilidade.

Neste contexto, o Plano Estratégico apresenta-se como instrumento indispensável ao


ordenamento da atividade de forma a promover o desenvolvimento local e regional através da
valorização e manutenção da cultura local e desenvolvimento econômico, o que deverá ser feito
através de um planejamento participativo, centralizando tal modelo de planejamento no órgão de
governança local, o COMTUR.

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

TERRITÓRIO E AMBIENTE

Área da unidade territorial [2016] - 314,253 km² Esgotamento sanitário adequado [2010] - 87,5 %
Arborização de vias públicas [2010] - 72,8 % Urbanização de vias públicas [2010] - 14,4 %

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

POPULAÇÃO
População estimada [2010] – 6.778 pessoas População no último censo [2010] - 6.778 pessoas
Densidade demográfica [2010] - 21,57 hab/km²

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A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de 1,14%
ao ano, passando de 6.051para 6.778 habitantes. Essa taxa foi superior àquela registrada no Estado,
que ficou em 0,93% ao ano e superior à cifra de 1,06 % ao ano da Região Sudeste.

GRÁFICO 1 – Taxa de crescimento anual – 2000 e 2010

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 2000 e 2010.

ASPECTOS SOCIAIS

Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto de 2010, a


população total era de 6.778 residentes, dos quais 70 se encontravam em situação de extrema
pobreza, ou seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$70,00. Isso significa que 1,0% da
população municipal vivia nessa situação. Do total de extremamente pobres, 10 (14,1%) viviam no
meio rural e 61(85,9%) no meio urbano.
No acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS) utiliza as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal. Ele provê dados individualizados, atualizados no máximo a cada dois anos, sobre os
brasileiros com renda familiar de até meio salário mínimo per capita, permitindo saber quem são,
onde moram, o perfil de cada um dos membros das famílias e as características dos seus domicílios.
De acordo com os registros de março de 2013 do Cadastro Único e com a folha de pagamentos de abril
de 2013 do Programa Bolsa Família, o município conta com 830 famílias registradas no Cadastro
Único e 180 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (21,69% do total de cadastrados). O
gráfico mostra a evolução desses cadastros.

GRÁFICO 2 – Evolução dos Cadastros dos Programas Sociais

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Índice de Desenvolvimento Humano
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - São José da Barra é 0,739, em 2010, o que
situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A
dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,876, seguida
de Renda, com índice de 0,722, e de Educação, com índice de 0,637.
GRÁFICO 3 – IDHM São José da Barra – MG

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

TRABALHO E RENDIMENTO

Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2015] - 5,4 salários mínimos População
economicamente ativa ocupada [2010] – 54,9%
População economicamente ativa desocupada [2010] - 3,8% População economicamente inativa
[2010] – 41,3%

Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto de 2010, possuía


3.188 pessoas com 10 anos ou mais de idade, economicamente ativas, sendo que 3.066 estavam
ocupadas e 122 desocupadas. A taxa de participação ficou em 54,9% e a taxa de desocupação
municipal foi de 3,8%. No tocante à taxa de desemprego, o gráfico abaixo fornece indicativos de
maneira comparativa entre o município e demais regiões:

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GRÁFICO 4 – Taxa de desemprego por área selecionada – 2010

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 2000 e 2010

Das pessoas ocupadas, 1,3% não tinham rendimentos e 34,5% ganhavam até um salário
mínimo por mês. O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$ 1.205,96.
Entre os homens, o rendimento era de R$ 1.431,71 e entre as mulheres de R$ 846, 61, apontando uma
diferença de 69,11% maior para os homens.

EDUCAÇÃO
Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade [2010] - 99,1 % IDEB – Nota média anos
iniciais do ensino fundamental [2017] – 8,5 IDEB – Nota média anos finais do ensino fundamental
[2017] – 5,3 Matrículas no ensino fundamental [2015] - 899 Matrículas Analfabetos de 25 anos ou
mais de idade [2010] - 8,27%

De acordo com os dados apresentados abaixo, pode-se constatar que em relação à


universalização do ensino fundamental para a população de 6 a 14 anos, o município conta com
99,1% de sua população nesta faixa etária, frequentando a escola. Valor este, superior ao nacional
(98,4%) e estadual (98,6).
GRÁFICO 5 – Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola

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Fonte: Estado e Brasil – IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013
Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional – 2010

No entanto, apenas 70,2% das pessoas com 16 anos concluíram o ensino fundamental. O que
demonstra que apesar de praticamente toda a população (99,1%) de 6 a 14 anos de idade estar
frequentando a escola, boa parte destes alunos desistem antes mesmo de concluírem o ensino
fundamental.

ECONOMIA

PIB per capita [2014] - R$44.007,94


Percentual das receitas oriundas de fontes externas [2015] - 83,6 %

Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município manteve-se
em R$301,0 milhões. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu
de 0,16% para 0,10% no período de 2005 a 2010.

GRÁFICO 6 – Participação dos setores econômicos no Produto Interno Bruto do Município –


2010

Fonte: IBGE

A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de Indústria, o


qual respondeu por 78,1% do PIB municipal. Este setor, apesar da expressiva participação no PIB
municipal, apresentou um decréscimo se comparado ao ano de 2005, quando foi responsável por
85,9% do PIB municipal. Variação essa similar foi a verificada no Estado, em que a participação
industrial decresceu de 85,9% em 2005 para 26,4% em 2010.
No entanto, no caso específico do município de São José da Barra, este decréscimo no período
em questão (2005-2010) não necessariamente representa um retrocesso da produção do setor
industrial no município, mas tão somente um incremento na produção dos demais setores.
Quando analisamos os aspectos econômicos do município, é importante levar em
consideração, dentre outros fatores, a sua capacidade de geração de renda através de atividades nas
áreas da pecuária e agricultura, uma vez que essas atividades possuem representativa participação na
economia do município. No caso da pecuária, dados coletados da Pesquisa Agrícola Municipal do
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IBGE, referentes a 2011, apontam que as 5 (cinco) principais culturas de rebanho local são as
indicadas no gráfico abaixo.
GRÁFICO 7 – Distribuição das 5 (cinco) principais culturas de rebanho do município – 2011

Fonte: IBGE – Pesquisa Produção Pecuária Municipal (PAM)


Além do campo da pecuária, a supracitada pesquisa também fornece dados acerca da área de
agricultura local. Neste caso, foram coletados dados acerca das 5 (cinco) principais culturas de
agricultura do município, divididas entre aquelas permanentes e aquelas temporárias, conforme
demonstrado no gráfico que segue:

GRÁFICO 8 – Distribuição das 5 (cinco) principais culturas de agricultura do município,


segundo condição permanente/temporária (toneladas) – 2011

Fonte: IBGE – Pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM)

DIAGNÓSTICO
A revisão do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo de São José da Barra permitiu a
identificação de diretrizes para a orientação dos rumos da atividade turística no município de acordo
com o proposto pela atual Política Nacional, Estadual e Municipal de Turismo.

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Há 5 frentes de planejamento, que especificam suas áreas de atuação determinando em linhas
genéricas as necessidades que o município apresenta atualmente, historicamente e até projetando as
necessidades futuras. Tais frentes são: estruturais, turístico-estruturais, humanas, estratégicas e de
informação.

Não basta que se crie uma imagem gráfica e um slogan para que um município se torne turístico.
Tampouco bastaria que sua infra e superestrutura geral e turística atendam as necessidades básicas da
clientela. Da mesma forma, não basta que os empreendedores e o poder público, como atores do
processo tenham boas idéias e sejam eficientes executores desses pequenos projetos. É necessário que
haja coesão e inter-relação entre todos os processos, em todas as cinco frentes consideradas macro,
nesse Plano.

Não há, na realidade, nenhuma frente que esteja demasiadamente defasada em relação às outras,
da mesma forma que não há uma frente que se sobressaia. O que se verifica em São José da Barra é
que, em todas as frentes de atuação não existe sequenciamento de ações ou projetos, da mesma forma
que não há atuações que contemplem as diversas frentes ao mesmo tempo. Verifica-se certo grau de
desenvolvimento em todas as cinco frentes de atuação que conferem à atividade turística certa
“sensação de bem-estar e acomodação”, que pode ser perigosa, na medida em que cria um véu que
impede a visão clara da situação evolutiva da atividade turística como um todo pelos atores
participantes do processo.

Entrevistas realizadas com atores das mais diversas especificidades dentro do trade turístico
constataram que é generalizada a sensação de que há algo por se fazer, mas nenhuma clareza do que
seja essa carência.

Este Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo tem por objetivo, exatamente, suprir essa
carência de norte, de rumo para a atividade, complementando o que determinam as Políticas de
Turismo do Brasil, de Minas Gerais e do Município de São José da Barra..

Existem, dentro das 5 frentes genéricas, ações claras que visam sanar problemas imediatos
enfrentados pelo trade aumentando a eficácia dos sistemas e fazendo com que a atividade tenha maior
fluidez nas relações entre os diversos setores.

São apontadas como necessidades atuais, dentro dessas frentes, a revisão de projetos específicos
nas categorias de implementação e melhoria da infraestrutura turística local; formatação da oferta de
produtos turísticos locais priorizando a oferta de roteiros; fortalecimento da Instância de Governança
Municipal, qualificação de recursos humanos para atendimento ao turista, adequação do sistema de
informação turística local e alinhamento com as informações da região, preservação do meio ambiente
e patrimônio histórico, das manifestações da cultura tradicional mineira e a inclusão da educação para
o turismo no sistema de ensino fundamental das escolas públicas do município e, finalmente e, talvez
o mais importante: a definição de uma nova visão estratégica que definirá o viés turístico de São José
da Barra para esta nova etapa evolutiva da atividade local.

Em síntese, ressalta-se aqui a necessidade de um planejamento específico e claro, pautado nas


Políticas de Turismo em todos os níveis da administração pública, com intensa participação de todos
os setores e atores que compõe o trade turístico local, de maneira a dar uma identidade una e coesa,
estrategicamente posicionada com as diretrizes regionais do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e
Canastra, e assim formatar o conjunto de recursos, atrativos, potencial humano, cultural, histórico.

Especificamente, a situação presente caracteriza-se pela necessidade de estruturação de uma


oferta turística local, estruturação e investimento nos empreendimentos integrantes do trade, além de
qualificação da mão-de-obra empregada (ou a ser absorvida) diretamente ou indiretamente nos
processos produtivos e serviços locais.

Salientando o que já foi mencionado, ressaltam-se o potencial e vocação para o Turismo


Ecológico, Turismo de Aventura, para o Turismo Rural, Turismo Cultural, o Turismo Religioso e o

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 14


Turismo Gastronômico, nova vertente cada vez mais explorada pelos destinos turísticos,
especialmente em Minas Gerais, onde a gastronomia é vista com “olhos famintos” pelos turistas e com
grande viés de crescimento nos últimos anos, sendo considerado um grande gerador de fluxo no
Estado.

Porém para o efetivo desenvolvimento da atividade turística torna-se impreterível, investimentos


em infraestrutura básica e de transporte, sinalização e sinalização turística, treinamento da mão-de-
obra ligada ao setor de serviços e aparelhamento e gestão eficiente da informação, além de uma
estratégia planificada dentro dos preceitos do marketing turístico para um posicionamento mais amplo
do destino dentro da região e do mercado consumidor.

Para entender a situação do município em relação ao turismo é necessário reconhecer a realidade


atual. Em vista disso serão levantadas as variáveis relacionadas aos ambientes externo (oportunidades
e ameaças) e interno (forças e fraquezas) do município.

MATRIZ FOFA

Forças Fraquezas
● Beleza cênica do território ● Falta de comprometimento e
municipal; participação da comunidade;
● Atrativos naturais; ● Empresários pouco envolvidos
● Sistema Municipal de Saúde e com o Turismo;
Educação; ● Falta de políticas públicas
● Participação no programa estadual estratégicas de turismo e
de Regionalização do Turismo, orçamento para investir em
associado ao Circuito Turístico infraestrutura turística;
Nascentes das Gerais; ● Lei de uso e ocupação do solo e
● Usina Hidrelétrica e Lago de Plano Diretor desatualizados.
Furnas; ● Baixa qualificação de mão de
● Identidade cultural preservada obra;
(ruralidade) e hospitalidade da ● Horário de funcionamento dos
população; estabelecimentos comerciais;
● COMTUR; ● Inexistência de um Centro de
● ASETUR; Atendimento ao Turista;
● Gastronomia; ● Falta de formatação e estruturação
● Artesanato; dos atrativos;
● Carência de guias de turismo;
● Informalidade do comércio e
serviços de apoio ao turismo;
● Falta de um Plano de Marketing;
● Sinalização de trânsito deficiente;
● Sinalização turística inexistente;
● Horário de funcionamento das
agências bancárias e ausência de
bancos 24 h;
● Formação de cultura turística
ainda muito incipiente;
● Falta de produtos e
estabelecimentos com
infraestrutura de apoio ao turismo
e de serviços e equipamentos
turísticos.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 15


Oportunidades Ameaças
● Parceria poder público municipal ● Baixa do Lago de Furnas
com Furnas Centrais Elétricas ● Aumento da criminalidade
para a realização projetos sociais (Policiamento efetivo insuficiente)
● Investimentos de Furnas Centrais ● Destinos concorrentes melhor
Elétricas no município preparados e estruturados
(piscicultura, horto florestal, ● Disponibilidade de telefonia
projetos sociais); celular e internet limitada ou
● Disponibilização de recursos ausente em diversas áreas da zona
através de convênios públicos e urbana e rural;
contratos de repasse pelo Governo ● Sazonalidade
Federal; ● Crescente especulação
● Possibilidade de exploração do imobiliária, degradação ambiental
Turismo Rural (com foco em e perda da qualidade estética da
experiências de manejo das paisagem;
práticas rurais) Turismo de
Natureza e do Turismo Esportivo
como mecanismo de incremento
da oferta e divulgação e
visibilidade para o destino
● Localização geográfica
estratégica (BH – SP – Ribeirão
Preto)
● Acesso pela Rodovia MG-050
com melhor manutenção e
sinalização

PROGNÓSTICO

Esta etapa permitirá estabelecer a forma com que o município anseia se posicionar como
destino turístico consolidado. Para isto será concebida uma visão ideológica, ou seja, a descrição do
nosso negócio, nossa missão, a visão de futuro, um conjunto de valores e um objetivo central, que
orientará o processo de planejamento e gestão do destino. Serão propostas metas e objetivos,
definindo onde o município busca chegar ao planejar sua política de turismo.

Negócio:
Desenvolvimento do turismo sustentável.

Missão:
Planejar e empreender o turismo de forma cooperativa, norteando o desenvolvimento do município
nos princípios de sustentabilidade econômica, social, cultural, ambiental e política.

Visão:
Ser um destino de Ecoturismo competitivo, reconhecido pelas práticas de uso sustentável do
patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e formação de uma consciência
ambientalista.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 16


Valores:
• Gestão democrática, participativa, humanizada e transparente;
• Sustentabilidade como princípio fundamental;
• Respeito à natureza e à legislação vigente;
• Valorização da história, da cultura e dos costumes locais;
• Estimular o desenvolvimento social e econômico

OBJETIVOS

Objetivo Geral:
Promover o desenvolvimento sustentável das atividades turísticas de forma a gerar melhoria na
qualidade de vida da população local gerando riquezas, emprego e renda, através de ações coordenadas e
alinhadas com a política Nacional e Estadual de Turismo representado a regionalmente pelo Circuito
Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.

Específicos:
Atingir o objetivo geral de desenvolvimento sustentável do turismo em São José da Barra, com foco
específico em 05 (cinco) áreas específicas e suas ações:

 Desenvolvimento Estrutural;
 Desenvolvimento Turístico-Estrutural;
 Desenvolvimento Humano;
 Desenvolvimento da Informação e;

 Desenvolvimento Estratégico do Turismo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS E METAS


(PROGRAMAS E PROJETOS)

No OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS / LINHAS DE AÇÃO


1.1. Melhoria dos acessos rodoviários:
1.2. Construção de novo Terminal Urbano Municipal.
1.3. Melhoria no sistema de comunicações, em especial
DESENVOLVIMENTO telefonia pública fixa e telefonia móvel.
ESTRUTURAL
1.4. Melhoria no sistema de transporte coletivo municipal
(circulação interna).
1.5. Programa de Revitalização de Praças e Áreas Verdes.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 17


1.6. Adequação das Vias e Prédios Públicos à
01 acessibilidade de portadores de deficiências físicas e
mobilidade reduzida.
1.7. Instalação de Lixeiras e PDV’s nas vias urbanas e
DESENVOLVIMENTO
ESTRUTURAL locais públicos.

(continuação) 1.8. Contrução de Ciclovia


2.1. Adequação e melhoria dos atrativos naturais locais.
2.2 Implantação e Operacionalização dos CAT – Centro
de Apoio ao Turista
2.3. Revisão e implantação do Sistema de Sinalização
02 DESENVOLVIMENTO
Turística Urbana e Sistema de Sinalização Indicativa,
TURÍSTICO-
Rodoviária e Turística Rural.
ESTRUTURAL
2.4. Manutenção dos roteiros Religioso, Histórico e de
Aventura e busca por novas alternativas.
2.5. Melhoria e readequação dos principais eventos
indutores de fluxo turístico em São José da Barra: Queima
do Alho, Festa do Produtor Rural , Aniversário da Cidade,
Ciclo Aventura, Pedal Mineiro.
2.6. Implantação do programa de incentivo à adequação
dos empreendimentos turísticos para a acessibilidade de
pessoas deficientes e mobilidade reduzida.
3.1. Sensibilização da Comunidade local quanto à Política
Municipal de Turismo.
3.2. Formação e reciclagem de Guias Locais.
3.3. Treinamento em recepção e informação turística para
profissionais do setor indireto.
3.4. Treinamento geral e específico (por área) para os
profissionais do setor turístico.
03 DESENVOLVIMENTO 3.5. Formação de novos profissionais nas diversas áreas
HUMANO do setor turístico.
3.6. Treinamento em inglês e espanhol (entre outras
línguas) para profissionais das diversas atividades
turísticas.
3.7. Realização de pesquisas de satisfação e recall junto
aos setores locais do turismo.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 18


4.1. Realizaçaõ do Inventário Turistico de São José da
Barra.
4.2. Elaboração do Banco de Imagens Turísticas de São
José da Barra.
4.3. Criação do Cadastro Municipal de Empresas e
04 DESENVOLVIMENTO Profissionais do Turismo no Cadastur.
DA INFORMAÇÃO 4.4. Criação e sistematização do SRH – Sistema
Municipal de Registro de Hóspedes.
4.5. Elaboração de pesquisa de demanda genérica e/ou
específica por eventos ou oportunidades.
4.6. Disponibilização das informações através do sítio
eletrônico (site) oficial de São José da Barra na Rede
Mundial de Computadores (Internet).
4.7. Sistematizar e consolidar no BD, o inventário do
patrimônio histórico e cultural, através do COMPAC
5.1. Fortalecimento e gestão integrada da Política
Municipal do Turismo, com a Instância Municipal de
Governança – COMTUR (Conselho Municipal do
Turismo).
5.2. Operacionalização efetiva do Fundo Municipal de
Turismo –como fonte de investimentos e financiadora de
programas e projetos turísticos.
5.3. Estabelecimento de diretrizes específicas de projetos
05 DESENVOLVIMENTO e programas por modalidades de turismo.
ESTRATÉGICO 5.4. Reformulação e consolidação do Calendário
Municipal de Eventos.
5.5. Implantação da Política Municipal de Valorização da
Cultural Tradicional.
5.6. Elaboração de roteiros e inseri-los no contexto global
de destino turístico para o mercado.
5.7. Elaboração e consolidação das diretrizes de
Marketing Turístico do Município de São José da Barra,
posicionando de forma efetiva frente ao mercado.

METODOLOGIA

IMPLEMENTAÇÃO:

A implementação do PMDT de São José da Barra da-se com base na Lei 391 de 02 de Abril de
2012 que estabelece a Política Municipal de Turismo, fornecendo diretrizes para o desenvolvimento da
atividade turística no Município, com base nas Políticas Nacional, Estadual e Regional de Turismo. Todos
os objetivos específicos que norteiam este Plano e suas Ações tem como eixo central de implementação a
gestão participativa público-privada, contextualizada através do COMTUR – Conselho Municipal de
Turismo de São José da Barra, como Instância de Governança Local e representativa de todos os segmentos
do trade turístico local, respeitando as competências de cada setor representado e sua respectiva área de
atuação. Faz-se imperativo que as ações pautadas neste Plano esteja estritamente alinhadas ao Plano
Estratégico de Desenvolvimento produzido pelo Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 19


MONITORIA:

Cada um dos objetivos específicos elencados neste Plano, assim como suas metas e linhas de ação
deverão produzir resultados mensuráveis através de pesquisas de demanda específicas e relatórios sintéticos
e analíticos emitidos pelos atores responsáveis pelas ações e serão avaliados sistematicamente.

AVALIAÇÃO:

Ao final do primeiro trimestre do ano subsequente, o material produzido pelos atores responsáveis
pelas ações discriminadas no PMDT – relatórios sintéticos e analíticos, prestações de contas e
movimentação contábil do projeto, além de pesquisas de demanda específicas serão apresentadas ao
COMTUR que emitirá parecer para aprovação pelo Plenário do Conselho. No caso de alguma linha de ação
ou meta não ter sido cumprida no período estabelecido, a Comissão emitirá um parecer com as sugestões de
medidas de ajuste para correção das distorções nessas metas.

COMPETÊNCIA DOS ENVOLVIDOS:

Cada linha de ação prevista neste Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo terá
determinada a competência dos atores públicos, privados ou de terceiro setor na sua execução. Tal
competência deve ser atribuída de forma direta, especificando cada detalhe da execução das ações,
informando inclusive quando da competência externa e de atores não pertencentes ao trade turístico, como
demais órgãos da administração pública municipal, empreendimentos e empresas que não atuem
diretamente no trade. A competência externa é atribuída à outros níveis de gestão como a Instância de
Governança Regional (Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra), órgãos da administração
pública estadual ou federal, entidades e/ou empresas que tenham sua sede fora do município de São José da
Barra mas que, para as ações previstas neste Plano, atuarão dentro dos limites municipais.

IDENTIFICAÇÃO DE PROJETOS ESPECÍFICOS


Os projetos específicos estão discriminados a seguir, detalhando cada um deles, dentro de seu
“Objetivo Específico”, com uma descrição sintética, descrição das ações específicas, agentes envolvidos,
cronograma, início e investimento estimados.

Em alguns casos, dentro dos Objetivos Específicos ocorrerão nas linhas de ação a não especificação dos
investimentos estimados, pois, muitas vezes os recursos serão oriundos de outros setores que não
possibilitam estimativas prévias.

1. DESENVOLVIMENTO ESTRUTURAL
1.1. Melhoria dos acessos rodoviários:
Síntese: Preparar os principais acessos rodoviários locais com pavimentação asfáltica e sinalização
padronizada objetivando melhorar a integração entre os municípios que compõe o Circuito Turístico
Nascentes das Gerais e Canastra, assim como propiciar um acesso de qualidade ao fluxo advindo de outras
regiões. A principal rodovia atualmente não pavimentada fica entre o municipio de São José da Barra e
Guapé.
Atores Envolvidos: Governo do Estado de Minas Gerais / SETOP e Prefeitura Municipal de São José da
Barra / SECRETARIA DE OBRAS E URBANISMO E MEIO AMBIENTE
Cronograma: 4 anos
Início Estimado: 2° Trimestre de 2020
Investimento Estimado: 4.000.000,00 ( quatro milhões de reais)

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 20


1.2. Construção de novo Terminal Urbano Municipal.
Síntese: Um novo Terminal Urbano Municipal na cidade de São José da Barra é uma ação de suma
importância, haja vista que o municipio ainda não conta com um terminal urbano no centro da cidade. O
atual terminal construído no bairro de Furnas, não oferece condições mínimas de conforto e pode apresentar
eventualmente problemas estruturais relativos à sua antiguidade sem ações ou intervenções sensíveis de
reforma do mesmo.
Atores Envolvidos: Prefeitura Município de São José da Barra/ COMTUR, SECRETARIA DE OBRAS,
URBANISMO E MEIO AMBIENTE, Orgãos da Administração Pública Estadual ou Federal.
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 1° Semestre de 2019
Investimento Estimado: R$ 400.000,00 (Quatrocentos mil reais).

1.3. Melhoria no sistema de comunicações, em especial telefonia pública fixa e telefonia móvel.
Síntese: Necessidade de ações de gestão junto às operadoras de telefonia fixa e móvel para melhorar a
qualidade do atendimento aos clientes, incluindo, novos terminais públicos de telefonia fixa (orelhões),
além de aumento da capacidade e melhoria na qualidade de atendimento das operadoras estabelecidas
(Vivo, Tim, Claro e Oi), além de gestão para implantação de novas tecnologias junto às operadoras de
serviços de telefonia móvel (3G e 4G) e de telefonia fixa (Embratel), melhorando assim a capacidade de
comunicação da demanda efetiva no município. Outro importante fator dentro do setor de comunicações
está na cobertura de provimento de Internet Banda Larga, seja através de sistemas ADSL ou Wi-Fi (esse
inclusive em provimento de áreas públicas através de Free Zones)
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra- COMTUR, e Operadoras nacionais de
telecomunicações: Vivo, Tim, Claro , Oi e Embratel.
Cronograma: 24 meses
Início Estimado: 1° Semestre de 2019
Investimento Estimado: A definir (*)

1.4. Melhoria de sistema de ônibus e/ou transporte coletivo municipal (circulação interna).
Síntese: Implantação de traslado ao turista até os atrativos localizados nos bairros do município, muitas
vezes distante da sede em até 25km, depende de um sistema de transporte municipal (interno) estruturado e
eficiente, para que possa realizar esse traslado independente de condições climáticas ou sazonalidade da
demanda.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra /COMTUR, e Empresas de Transporte
Turístico.
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 1° trimestre de 2021
Investimento Estimado: 50.000,00 ( cinquenta mil reais)

1.5. Programa de Revitalização de Praças e Áreas Verdes.


Síntese: As praças e áreas verdes urbanas de São José da Barra apresentam um perfil todo renovado ao
longo dos últimos 10 anos, porém, há algumas regiões da cidade e mesmo em sede de bairros rurais, que
necessitam de intervenções para propiciar ao morador local e, especialmente ao turista, um padrão de
qualidade como tem se percebido nos locais onde as reformas foram realizadas. Todos os locais devem
prever a acessibilidade de portadores de deficiência e mobilidade reduzida.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ SECRETARIA DE OBRAS,
Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 21
URBANISMO E MEIO AMBIENTE e órgãos da administração pública estadual e federal (financiamento).
Cronograma: 24 meses
Início Estimado: Imediato (em execução)
Investimento Estimado: R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais)

1.6. Adequação das Vias e Prédios Públicos à acessibilidade de portadores de deficiencia físicas e
mobilidade reduzida.
Síntese: Pela Lei Federal n° 10.098/2000 e o Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 que regulamenta
esta Lei, as vias e prédios públicos devem oferecer condições de acessibilidade para inclusão social dos
portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida. A adequação desses locais, não é necessária apenas
por força de lei, mas pela necessidade de melhorar a qualidade no atendimento e buscar a excelência nas
práticas do turismo.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR.
Cronograma: 24 MESES
Início Estimado: 1° Semestre de 2019.
Investimento Estimado: 150.000,00 (Cento e cinquenta mil )

1.7. Instalação de Lixeiras e PDVs nas vias urbanas e locais públicos.


Síntese: A limpeza urbana é um quesito de grande relevância no que tange ao aspecto turístico da cidade.
Aparelhar a cidade com lixeiras que ofereçam durabilidade e plasticidade é o desafio proposto, já que esses
equipamentos devem integrar de forma harmônica a paisagem urbana. Complementarmente, há a
necessidade de instalação de PDVs – Pontos de Devolução Voluntária, para coleta seletiva de lixo
doméstico, terceirizando o sistema de coleta e reciclagem de material reciclável.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra; COMTUR; e empresas parceiras.
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 1° Trimestre de 2020
Investimento Estimado: 80.000,00 (Oitenta mil reais)

1.8. Construção de Ciclovias


Síntese: A circulação de bicicletas nas vias urbanas é regulamentada pelo Código de Trânsito Brasileiro
(CTB), que autoriza a utilização deste veículo em todas as vias da cidade, salvo quando regulamentado o
contrário. No entanto, em razão das diferentes condições de volume e velocidade do trânsito motorizado, o
mesmo CTB prevê a implantação de tratamentos cicloviários específicos para que a circulação de bicicletas
seja realizada com mais segurança e conforto. A Rede Cicloviária Estrutural é composta pelo conjunto de
intervenções no sistema viário conectadas e destinadas à circulação de usuários de bicicletas no Município.
Criação de infraestrutura específica para a circulação de bicicletas, assim como a previsão de tratamento
cicloviário na infraestrutura viária planejada para o Município.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra; COMTUR; SECRETARIA DE OBRAS,
URBANISMO E MEIO AMBIENTE e órgãos da administração pública estadual e federal (financiamento).
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 2° Trimestre de 2020
Investimento Estimado: 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais)

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 22


2. DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO-ESTRUTURAL

2.1. Adequação e melhoria dos atrativos naturais locais.


Síntese: Os atrativos naturais encontrados no município de São José da Barra apresentam pouca ou
nenhuma benfeitoria ou equipamento para recepção e conforto do turista. Urge ações que visem adaptar
esses recursos naturais de beleza ímpar de condições para atendimento do turista.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra, COMTUR; Circuito Turístico Nascentes
das Gerais.
Cronograma: 24 meses
Início Estimado: 1° trimestre de 2021
Investimento Estimado: R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para sensibilização e projetos + valores
individualizados por projeto a definir

2.2.Implantação do CAT – Centro de Apoio ao Turista, sendo inserido em portal de acesso à sede do
Município.
Síntese: Priorizar o atendimento dos desejos e necessidades do turista, como cliente é fundamental para que
a atividade turística atinja o grau de excelência almejado sempre. Mas, a concepção de atendimento se
confunde com a ação de informar pura e simplesmente, por esse motivo, vem a tona um novo conceito,
substituindo o “A” da sigla CAT, para Centro de APOIO ao Turista, oferecendo ao cliente mais que a
informação, apoiando suas necessidades mais elementares com um profissional liberal que o atenda em
suas necessidades . Esse conceito de CAT vai além da edificação, importando em um esmerado
treinamento dos profissionais e a revisão de um Banco de Dados centralizado e constantemente atualizado
(vide Objetivos Específicos 3.2, 3.4 especialmente).
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ SECRETARIA DE OBRAS,
URBANISMO E MEIO AMBIENTE e Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 2° Semestre de 2020
Investimento Estimado: R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais)

2.3. Revisão e implantação do Sistema de Sinalização Turística Urbana e Sistema de Sinalização


Indicativa, Rodoviária e Turística Rural.
Síntese: Da mesma forma que a sinalização indicativa e de trânsito é fundamental no município, alguns dos
principais acessos do município necessitam de sinalização indicativa e de trânsito que facilitarão o acesso
do turista à cidade e sua ligação com outros municípios do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e
Canastra. Já a sinalização turística, tanto urbana quanto rural é de suma importância para a otimização e
padronização da atividade turística, criando uma rede de comunicação e informação que permite ao turista
uma locomoção tranquila e segura por todo o município de São José da Barra.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra, Circuito Turístico Nascentes das Gerais e
Canastra ,Polícia Militar de Minas Gerais (assessoria técnica), COMTUR e órgãos da administração
pública estadual e federal .
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: 1° semestre de 2019
Investimento Estimado: R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 23


2.4. Manutenção dos Roteiros turísticos
Síntese: Ciclismo, uma atividade esportiva que vem ganhando adeptos em todo o mundo, e que vai
incrementar o turismo de São José da Barra, através de um investimento de pequeno porte, mas, que coloca
o município em um rol de localidades que dispõe de uma estrutura específica para esse fim numa cidade
agraciada pelas belezas do Lago de Furnas e região da Serra das Canastra. È umAtrativo criado visando
proximidade com grandes cidades de praticantes da modalidade.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / SECRETARIA DE OBRAS,
URBANISMO E MEIO AMBIENTE ; Praticantes de ciclismo e mountain bike de São José da Barra,
Circuito Turistico Nascentes das Gerais e Canastra (divulgação e promoção) e Iniciativa Privada (parceiros
no financiamento de instalações complementares).
Cronograma: 6 meses
Início Estimado: 1º trimestre de 2019
Investimento Estimado: R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais)

2.5. Melhoria e readequação dos principais eventos indutores de fluxo turístico em São José da
Barra: Queima do Alho, Festa do Produtor Rural , Ciclo Aventura, Pedal Mineiro, Aniversário da
Cidade.
Síntese: Os cinco principais eventos do calendário municipal necessitam de reformulações, primeiro
porque vem crescendo em público o que demanda aumento de toda a estrutura de recepção direta (do
próprio evento como segurança, sanitários, sonorização) como indireta , estacionamento, tráfego, segurança
fora do local do evento, alimentação, meios de hospedagem, entre outras. Por esse motivo, uma
readequação no planejamento desses eventos faz-se necessária.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra, SECRETARIA DE OBRAS
URBANISMO E MEIO AMBIENTE, ASETUR (ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE TURISMO) /
COMTUR; Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, parceiros da iniciativa privada.
Cronograma: Sazonal (Março/Abril, Junho e Julho e Novembro/Dezembro)
Início Estimado: 2021.
Investimento Estimado: R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais)

2.6. Implantação do Programa de Incentivo à adequação dos empreendimentos turísticos para a


acessibilidade de portadores de deficiência físicas e mobilidade reduzida.
Síntese: Da mesma forma que se trata a acessibilidade no Item 1.6, a Lei Federal n° 10.098/2000 e o
Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004 que regulamenta esta Lei, dispõe que qualquer
estabelecimento comercial ou de serviços, qualquer empresa que receba público externo em suas
dependências deve oferecer condições de acessibilidade para inclusão social dos portadores de deficiência
física ou mobilidade reduzida. A adequação desses locais, não é necessária apenas por força de lei, mas
pela necessidade de melhorar a qualidade no atendimento e buscar a excelência nas práticas do turismo.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / SECRETARIA DE OBRAS,
URBANISMO E MEIO AMBIENTE / COMTUR, Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra e
Órgãos da Administração Pública Estadual e Federal (financiamento) .
Cronograma: 24 meses
Início Estimado: 2º trimestre de 2021
Investimento Estimado: R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 24


3. DESENVOLVIMENTO HUMANO

3.1. Sensibilização da Comunidade local quanto à Política Municipal de Turismo.


Síntese: A Política Municipal de Turismo, estabelecida pela Lei n° 391, de 02 de Abril de 2020, trata da
atividade turística de forma abrangente e ao mesmo tempo pontual e específica. Esta Lei é responsável
pelas diretrizes gerais da atividade e aponta o norte de São José da Barra, para que possa atingir a
excelência no Turismo. Este Plano Municipal de Desenvolvimento é uma ferramenta mutável e flexível,
que tem por objetivo colocar as diretrizes da política municipal em um plano de execução efetiva, torna a
Política Municipal de Turismo palpável, mas o mais importante, torna os meios de execução dessa Política
em algo aberto às discussões e à participação do trade turístico e da comunidade como um todo. Para que a
Política Municipal de Turismo se torne efetiva, é necessário que a comunidade como um todo tome
conhecimento de seu conteúdo e se sensibilize com suas diretrizes e metas e traga para a realidade esse
importante documento.
Atores Envolvidos: COMTUR;ASETUR, Departamento de Educação e Circuito Turístico Nascentes das
Gerais e Canastra.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e contínuo)
Início Estimado: 2020.
Investimento Estimado: R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

3.2. Formação e reciclagem de Guias Locais.


Síntese: A atividade de Guia Local de Turismo em São José da Barra está em crescente aumento.O
Municipio considera esse segmento de suma importância na atividade turística local e prevê uma
estruturação no sistema de formação desses Guias Locais.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ COMTUR; Guias Locais , Circuito
Turístico Nascentes das Gerais e Canastra e Entidades “S” (Sebrae, Senac, Senai, Senar, entre outras).
Cronograma: 02 meses (anualmente)
Início Estimado: janeiro de 2020
Investimento Estimado: R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

3.3. Treinamento em recepção e informação turística para profissionais do setor indireto.


Síntese: Diversos setores da economia local tem influencia direta no atendimento ao turista, apesar de não
serem considerados como integrantes do trade turístico, como é o caso de quase a totalidades dos
estabelecimentos comerciais, profissionais liberais, prestadores de serviços como mecânicos, eletricistas,
entre outros. Esses setores, por não serem considerados diretos, raramente recebem qualquer tipo de
treinamento para recepção e informação ao turista, o que gera uma situação de desconforto e interrompe a
sensação de bem-estar que muitas vezes é gerado por um ator direto do trade turístico. Essa ação visa,
exatamente corrigir essa distorção, apresentando cursos de curta duração mas que pode dar conhecimentos
básicos à esses atores.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José a Barra/ COMTUR; Circuito Turístico Nascentes das
Gerais e Canastra e Entidades “S” (Sebrae, Senac, Senai, Senar, entre outras).
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e contínuo)
Início Estimado: 2º Semestre de 2020
Investimento Estimado: R$ 20.000,00 (R$ 5.000,00 [cinco mil reais] / ano)

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 25


3.4. Treinamento geral e específico (por área) para os profissionais do setor turístico.
Síntese: Cada setor dentro da cadeia produtiva do turismo tem suas características especificas e suas
carências de conhecimento e aprimoramento. Muitas dessas carências são percebidas pelos próprios
empreendedores, muitas delas são percebidas pelos funcionários desses empreendimentos, mas muitas
outras só são percebidas pelos clientes que percebem essa carência no trato profissional. A função dessa
Linha de Ação é identificar essas carências (todas) e procurar saná-las através de cursos, treinamentos,
estágios, visitas técnicas, entre outros.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ COMTUR; Circuito Turístico Nascentes
das Gerais e Canastra e Entidades “S” (Sebrae, Senac, Senai, Senar, entre outras).
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e contínuo)
Início Estimado: Agosto de 2020
Investimento Estimado: R$ 40.000,00 (10.000,00 [dez mil reais] / ano)

3.5. Formação de novos profissionais nas diversas áreas do setor turístico.


Síntese: São José da Barra é uma localidade com enorme potencial turístico e com grande perspectiva de
crescimento, com o crescimento da demanda e da procura do municipío como destino turístico, prevê-se o
surgimento de novos investimentos diretos em empresas do setor gerando novos postos de trabalho para
profissionais especializados e treinados. Prevendo esse crescimento, a necessidade de formação de novos
profissionais de atuação direta no turismo como recepcionistas, garçons, guias locais, entre outros.
Atores Envolvidos: COMTUR, Prefeitura Municipal de São José da Barra /, Entidades do Sistema “S”
(Sebrae, Senac, Senai, Senar, entre outras) e empreendimentos turísticos locais.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Janeiro de 2019.
Investimento Estimado: R$ 40.000,00 (R$ 10.000,00 [dez mil reais] / ano)

3.6. Treinamento em inglês e espanhol (entre outras línguas) para profissionais das diversas
atividades turísticas.
Síntese: Diante da expectativa de abertura do mercado regional para o turista estrangeiro, que visita a
grande São Paulo e Região Metropolitana de Campinas, tenha na região sudeste de Minas uma opção
atraente de turismo, mas é necessário adequar a estrutura e, especialmente a mão-de-obra para essa
oportunidade, para isso, faz-se necessário a implantação de cursos de línguas estrangeiras (com ênfase na
conversação) para os profissionais que atuem direta e indiretamente no trade turístico, em especial para o
inglês e o espanhol.
Atores Envolvidos: COMTUR, Prefeitura Municipal de São José da Barra e empreendimentos turísticos
locais.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Agosto de 2020
Investimento Estimado: R$10.000,00 (2.500,00 [dois mil e quinhentos reais] / ano)

3.7. Realização de pesquisas de satisfação e recall junto aos setores locais do turismo.
Síntese: Em diversas linhas de ação já explicitadas nesse Plano, observa-se a indicação para aplicação de
pesquisas de satisfação e recall junto aos mais diversos atores do processo turístico de forma a mensurar e
avaliar todo o processo ou parte dele isoladamente e efetuar possíveis correções de rumo que se fizerem
necessárias.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, Circuito Turístico Nascentes
Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 26
das Gerais e Trade Turístico Local.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado:Novembro de 2020
Investimento Estimado: R$ 8.000,00 (R$ 2.000,00 [dois mil reais] / ano)

4. DESENVOLVIMENTO DA INFORMAÇÃO

4.1. Realização do Inventário da Oferta Turística – INVTUR de São José da Barra.


Síntese: O Inventário da Oferta Turística – InvTur -, é uma ferramenta imprescindível no processo de
revisão da estratégia de desenvolvimento do turismo de uma localidade, e eficiente mecanismo de
diagnóstico prévio e situacional dos recursos para o turismo. O InvTur é um documento obrigatório, nos
moldes do MTur para habilitação do destino no Programa de Regionalização do Turismo. Mas a eficiência
do InvTur, quando adequadamente tratado e acrescido de imagens e referências não inclusas no
procedimento obrigatório do MTur, torna essa uma das ferramentas mais poderosas na revisão de
estratégias de desenvolvimento e uma valiosíssima fonte de informação turística.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, Circuito Turístico Nascentes
das Gerais e Canastra, Secretaria de Estado do Turismo e entidades de ensino superior em turismo.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Janeiro de 2021
Investimento Estimado: R$ 40.000,00 (R$ 10.000,00 [dez mil reais] / ano)

4.2. Revisão e sistematização do Banco de Imagens Turísticas de São José da Barra.


Síntese: A importância das imagens é indiscutível, especialmente quando o assunto em pauta é o turismo,
onde a máxima “a imagem vale por mil palavras”, ganha ainda mais evidência. Constatando essa
necessidade é que se diagnostica a necessidade da constituição de um banco de imagens devidamente
preparado, de fácil indexação e acesso para utilização em meio eletrônico, digital, físico e impresso,
incluindo imagens estáticas (fotos) e dinâmicas (vídeo)
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR; Circuito Turístico Nascentes
das Gerais e Canastra.
Cronograma: Trimestralmente (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Janeiro de 2021
Investimento Estimado: R$ 2.000,00 (dois mil reais)

4.3. Criação do Cadastro Municipal de Empresas e Profissionais do Turismo.


Síntese: À exemplo do Cadastur – Cadastro Nacional de Turismo, a Lei 1.821, de 13 de julho de 2010, que
estabelece a Política Municipal de Turismo prevê a criação de um Cadastro Municipal de Empresas e
Profissionais do Turismo de forma a identificar quem são os atores do trade turístico, quais suas atividades,
sua capacidade de absorção da demanda, seus diferenciais e suas especialidades. Essa informação será vital
na formação do Banco de Dados do Turismo Municipal, pois irá retratar de forma fiel quais a atividades
são exercidas dentro do setor turístico em São José da Barra com riqueza de detalhes.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ COMTUR e Circuito Turístico Nascentes
das Gerais
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 27


Início Estimado: Julho de 2021
Investimento Estimado: R$ 6.000,00 (seis mil reais)

4.4. Criação e sistematização do SRH – Sistema Municipal de Registro de Hóspedes.


Síntese: O SRH – Sistema Municipal de Registro de Hóspedes a ser criado no município de São José da
Barra tem o objetivo de registrar a totalidade das pessoas que se hospedam dentro do município com
riqueza de detalhes, como documentos de identidade, procedência, filiação, entre outros e deve alcançar
todo e qualquer hóspede independente de idade ou de ser cliente que já tenha sido hóspede de determinado
meio de hospedagem. Essas informações geram ao mesmo tempo, um volume de informações
absolutamente confiável no ponto de vista de checagem (pois é confrontado com os documentos pessoais
do turista), oferecendo um mailing para esforços de promoção de ações turísticas no município. Por outro
lado, essas informações ficam disponibilizadas de forma confidencial, às autoridades policiais que podem a
qualquer tempo confrontar os registros com o sistema de pessoas procuradas, gerando uma maior
tranquilidade quanto ao perfil do turista que se hospeda em São José da Barra.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ COMTUR / Empresas do setor de meios de
hospedagem no município de São José da Barra.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Janeiro de 2022
Investimento Estimado: R$ 8.000,00 (oito mil reais)

4.5. Elaboração de pesquisa de demanda genérica e/ou específica por eventos ou oportunidades.
Síntese: A pesquisa de demanda como é genericamente denominada as pesquisas de satisfação, opinião e
recall realizadas junto a demanda turística efetiva do destino é essencial na avaliação das estratégias de
desenvolvimento previstos na Política Municipal de Turismo, já que, se bem aplicada, retrata de forma fiel
a opinião do cliente que, em última análise é o motivo e a razão para o qual se estabelece todo esse aparato
turístico. Faz-se necessário que essas pesquisas sejam realizadas de forma contínua, focada nos temas que
realmente irão interessar na avaliação efetiva de um setor como um todo.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, Empresas de Meio de
Hospedagem, Guias Locais e Circuito Turístico Nascentes das Gerais .
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Julho de 2020
Investimento Estimado: R$ 6.000,00 (seis mil reais)

4.6. Disponibilização das informações através do sítio eletrônico (site) oficial de São José da Barra na
Rede Mundial de Computadores (Internet).
Síntese: As informações de relevante interesse da demanda potencial devem ser disponibilizadas no sítio
eletrônico (site) oficial do município, devendo ser mantidas atualizadas sempre que houver qualquer
alteração, para que essa importante mídia seja confiável aos usuários.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, Circuito Turístico Nascentes
das Gerais.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Junho de 2020.
Investimento Estimado: Não há.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 28


4.7. Sistematizar e consolidar no Banco de Dados, o inventário do patrimônio histórico e cultural,
através do COMPAC.
Síntese: As informações geradas pelo inventário do patrimônio histórico e cultural do município estão a
cargo do Conselho Municipal de Patrimonio Cultural (COMPAC) que é responsável por essa gestão,
juntamente com o Departamento de Cultura. Tais informações também fazem parte da oferta turística do
Município, de forma que devem ser repassadas e atualizadas sempre que possível
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra, COMTUR, Circuito Turístico das
Nascentes das Gerais
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e contínuo)
Início Estimado: 2º Semestre de 2020
Investimento Estimado: Não há

5. DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO
5.1. Fortalecimento e gestão integrada da Política Municipal do Turismo, com a Instância Municipal
de Governança – COMTUR (Conselho Municipal do Turismo).
Síntese: As modernas técnicas de planejamento de destinos turísticos sempre apontam para uma gestão
participativa como o melhor e mais eficiente modelo de gestão, pois as carências são percebidas de forma
rápida, assim como as soluções tendem a surgir de forma mais eficiente e ágil.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR e Circuito Turístico Nascentes
da Gerais e Canastra.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Imediato
Investimento Estimado: Não Há
5.2. Operacionalização efetiva do Fundo Municipal de Turismo – Funtur como fonte de
investimentos e financiadora de programas e projetos turísticos.
Síntese: O Funtur deve ter sua atuação efetiva no financiamento das atividades turísticas em São José da
Barra.
Atores Envolvidos: COMTUR, ASETUR, Prefeitura Municipal de São José da Barra / Orgãos da
administração pública estadual ou federal, entidades do terceiro setor, empreendimentos e empresas do
setor turístico local.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: Janeiro de 2019.
Investimento Estimado: Não há

5.3. Estabelecimento de diretrizes específicas de projetos e programas por modalidades de turismo,


enfatizando novas modalidades.
Síntese: São José da Barra tem percebido a necessidade de abrir escopo de possibilidades de exploração de
outras modalidades de turismo diversificadas daquelas que já vinham, ainda que de maneira simples. Faz-se
necessário que se estabeleçam, em nível de governança municipal diretrizes específicas de projetos e
programas para exploração dessas atividades segmentadas em modalidades de turismo como Turismo
Gastronômico, Religioso, Ecológico, Aventura, Cultural entre outros.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ COMTUR; Circuito Turístico Nascentes
das Gerais
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 29
Início Estimado: 1° Semestre de 2021
Investimento Estimado: R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)

5.4. Reformulação e consolidação do Calendário Municipal de Eventos.


Síntese: Os eventos são considerados peças fundamentais no processo de estímulo à demanda para um
destino turístico. Muitas vezes, é através de um evento específico é que determinado destino consegue
atrair, pela primeira vez, um perfil de turista que lhe interessa estrategicamente, se baseando, especialmente
no perfil do evento, que deve ser dirigido ao perfil desejado. Essa função de “starter” na decisão de compra
do turista pelo destino é que faz com que um calendário anual de eventos bem elaborado e equacionado seja
tão importante quanto o conjunto de atrativos que o destino disponibiliza. São José da Barra tem uma série
de eventos tradicionais como o Aniversário, Queima do Alho, Festas Religiosas, Eventos Esportivos e
alguns que a se pretende incluir para manutenção definitiva dentro do calendário de forma a favorecer esse
equilíbrio mencionado anteriormente.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ COMTUR, ASETUR e Circuito
Nascentes das Gerais
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: 1º Semestre de 2021.
Investimento Estimado: R$ 10.000,00 (dez mil reais)

5.5. Implantação da Política Municipal de Valorização da Cultura Tradicional.


Síntese: Minas Gerais tem uma característica que a faz diferente de outros estados do Brasil. Minas tem
uma cultura tradicional arraigada na vida de todos os mineiros. Minas mantém viva suas características que
a fazem ímpar, sua culinária, sua música, sua arquitetura, suas manifestações culturais mais tradicionais,
além do modo de vida e o jeito de ser do mineiro que são mais um atrativo turístico, muito mais valorizado
na região do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, onde São José da Barra está inserido, pois
é uma das mais importantes portas de entrada e meio de acesso à Minas Gerais e sua Cultura.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/ Grupos de manifestação da cultura
tradicional local/ Órgãos da Administração Pública Estadual ou Federal, Entidades de suporte ou apoio à
cultura tradicional, Alunos da rede pública de ensino, COMTUR, Circuito Turístico Nascentes das Gerais,
ASETUR e Conselho Municipal de Cultura.
Cronograma: 12 meses ao ano (sistêmico e continuado)
Início Estimado: 1º Semestre de 2022.
Investimento Estimado: R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais)

5.6. Elaboração de roteiros e inseri-los no contexto global de destino turístico para o mercado.
Síntese: Estruturar a oferta turística local, roteirizando essa oferta de forma a dar formato ao produto
turístico, elencando os atores envolvidos na operacionalização de cada um desses roteiros. O objetivo
principal do processo de roteirização da oferta é oferecer um produto finalizado e acabado para
comercialização junto às agências.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra / COMTUR, ASETUR / Agências de
Turismo das regiões e Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra.
Cronograma: 12 meses
Início Estimado: Março de 2021.
Investimento Estimado: R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 30


5.7 Elaboração e consolidação das diretrizes de Marketing Turístico do Município de São José da
Barra, posicionando de forma efetiva frente ao mercado.
Síntese: As diretrizes de Marketing Turístico do Município de São José da Barra deve ser elaborada e
consolidada com base na Política Municipal de Turismo e neste Plano Municipal de Desenvolvimento
Turístico, visando otimizar os esforços de marketing, promoção e divulgação, assim como buscar a fixação
da marca “São José da Barra” no mercado turístico regional, estadual e nacional.
Atores Envolvidos: Prefeitura Municipal de São José da Barra/COMTUR e Circuito Turístico Nascentes
das Gerais e Canastra.
Cronograma: 12 meses
PInício Estimado: Janeiro de 2021
Investimento Estimado: R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

IMPACTOS
Todo processo que visa estabelecer novas visões para uma atividade, estabelecendo
diretrizes estratégicas distintas daquelas que usualmente eram adotadas são geradoras de impactos.
Qualquer ação, como foi dito quando abordado o tema “sustentabilidade”, vai gerar um impacto de maior
ou menos grau de intensidade, geralmente sendo inversamente proporcional ao cuidado que se tome nas
decisões relacionadas aos pilares da sustentabilidade aplicados ao processo como um todo, em especial um
Plano de Desenvolvimento Turístico que tem característica estruturadora por natureza, gerando assim,
impacto positivos e negativos durante o processo.

Impactos Positivos Previstos

Impactos Socioculturais
a) Valorização do setor de turismo;
b) Valorização e disseminação de informações sobre a cultura local;
c) Capacitação técnica da mão-de-obra local
d) Melhoria do sistema de informações

Impactos Econômicos
e) Geração de riquezas, emprego e renda
f) Aumento de receitas no trade turístico local e regional
g) Diversificação e qualidade na escolha de produtos turísticos locais
h) Aumento na quantidade e qualidade de oportunidades profissionais locais

Impactos Ambientais
i) Valorização e conservação dos recursos naturais locais
j) Formatação de roteiros com responsabilidade social e consciência ambiental

12.1.4. Impactos Politicos-Institucionais


k) Envolvimento dos poderes públicos e setor privado
l) Promoção e divulgação do município no âmbito regional
m) Fortalecimento do turismo regional
n) Qualificação e inserção da Mao de obra local

Impactos Negativos Previstos

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 31


Impactos Socioculturais
a) Mudança das relações sociais dos moradores locais
b) Interferência externa na cultura tradicional local
c) Exploração inadequada de informações

Impactos Econômicos
d) Especulação imobiliária
e) Aumento do custo de vida da população local

Impactos Ambientais
f) Excesso de fluxo gerador de degradação
g) Utilização dos recursos naturais acima da capacidade de suporte

Impactos Politico-institucionais
h) Desinteresse em investimentos na qualificação profissional
i) Não aproveitamento de oportunidades de informação/ divulgação

ORÇAMENTO GERAL DO PMDT

METAS / LINHAS DE AÇÃO INVESTIMENTOS


ESTIMADOS
(em Reais)
1. Desenvolvimento Estrutural

1.1. Melhoria dos acessos rodoviarios 4.000.000,00


1.2. Construção de novo terminal rodoviário 400.000,00
1.3. Melhoria no sistema de comunicações, em especial telefonia -
pública fixa e móvel
1.4. Melhoria de sistema de ônibus e/ou transporte coletivo municipal
(interno)
50.000,00
1.5. Programa de Revitalização de Praças e areas verdes 600.000,00
1.6. Adequação das Vias e Prédios Públicos á acessibilidade de
portadores de deficiencia físicas e mobilidade reduzida
150.000,00
1.7. Instalação de lixeiras e PDV’s nas vias urbanas e locais públicos 80.000,00
1.8. Construção de ciclovias 450.000,00
SUBTOTAL  1 5.730.000,00
2.1. Adequação e melhoria dos atrativos naturais locais 30.000,00
2.2 Implantação e Operacionalização dos CAT – Centro de Apoio ao 50.000,00
Turista
2.3. Revisão e implantação do sistema de sinalização turística urbana 50.000,00
e sistema de sinalização indicativa, rodoviária e turística rural
Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 32
2.4. Manutenção dos roteiros turisticos 50.000,00
2.5. Melhoria e readequação dos principais eventos indutores de fluxo
turístico em São José da Barra: Queima do Alho, Festa do Produtor 600.000,00
rural e Aniversário da Cidade.
2.6. Implantação do Programa de Incentivo à adequação dos
empreendimentos turísticos para a acessibilidade de portadores de 15.000,00
deficiência físicas e mobilidade reduzida
SUBTOTAL  2 795.000,00
3. Desenvolvimento Humano
3.1. Sensibilização da Comunidade local quanto à Política Municipal
5.000,00
de Turismo
3.2. Formação de Guias Locais 5.000,00
3.3. Treinamento em recepção e informação turística para
20.000,00
profissionais do setor indireto
3.4. Treinamento geral e específico (por área) para os profissionais do
40.000,00
setor turístico
3.5. Formação de novos profissionais nas diversas áreas do setor
40.000,00
turístico
3.6. Treinamento em inglês e espanhol 10.000,00
3.7. Realização de pesquisas de satisfação e recall junto aos setores
8.000,00
locais do turismo
SUBTOTAL  3 128.000,00
4. Desenvolvimento da Informação
4.1. Atualização sistemática e constante do Inventário da Oferta
40.000,00
Turística – INVTUR
4.2. Revisão e sistematização do Banco de Imagens Turísticas 2.000,00
4.3. Criação do Cadastro Municipal de Empresas e Profissionais do
6.000,00
Turismo
4.4. Criação e sistematização do SMRH – Sistema Municipal de
8.000,00
Registro de Hóspedes
4.5. Elaboração de pesquisa de demanda genérica e/ou específica por
6.000,00
eventos ou oportunidades
4.6 Disponibilização das informações através do sítio eletrônico
(site) oficial de São José da Barra na Rede Mundial de Computadores -
(Internet)
4.7. Sistematizar e consolidar no BD, o inventário do patrimônio
-
histórico e cultural, através do COMPAC
SUBTOTAL  4 62.000,00
5. Desenvolvimento Estratégico
5.1. Fortalecimento e gestão integrada da Política Municipal do
-
Turismo, com a Instância Municipal de Governança – COMTUR
5.2. Operacionalização do Fundo Municipal de Turismo – Funtur.
-

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 33


5.3. Estabelecimento de diretrizes específicas de projetos e programas
50.000,00
por modalidades de turismo, enfatizando novas modalidade
5.4. Reformulação e consolidação do Calendário Municipal de
10.000,00
Eventos
5.5. Implantação da Política Municipal de Valorização da Cultural
50.000,00
Tradicional
5.6. Elaboração de roteiros e inseri-los no contexto global de destino
15.000,00
turístico para o mercado
5.7. Elaboração e consolidação das diretrizes de Marketing Turístico
do Município de São José da Barra, posicionando de forma efetiva 15.000,00
frente ao mercado
SUBTOTAL  5 140.000,00

TOTAL GERAL DO PMDT 6.855.000,00

CRONOGRAMA FÍSICO

As Linhas de Ação abaixo especificadas pelos seus números de indexação neste Plano tem seu cronograma
em trimestres, com a seguinte nomenclatura:
- ação “sistêmica e continuada” = O
- ação específica = X

Linhas
OBJ de 2019 2020 2021 2022
Ação
1 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1.1. X X X X X X X X X X X

1.2. X X X X X
1.3. X X X X X X X X X
Desenvolvimento 1.4. O O O O O O O O
Estrutural
1.5. X X X X X X X X
1.6. X X X X X X X X
1.7. X X X X
1.8. X X X X
2 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
2.1. X X X X X X X X
Desenvolvimento 2.2. X X X X
Turistico
Estrutural 2.3. X X X X
2.4. X X

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 34


2.5. X X X X X X X X
2.6. X X X X X X X
3 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
3.1. O O O O O O O O O O O O
3.2. X O O O O O O O O O O O
3.3. O O O O O O O O O O

Desenvolvimento 3.4. O O O O O O O O O O
Humano 3.5. O O O O O O O O O O O O O O O O
3.6. O O O O O O O O O O
3.7. O O O O O O O O O
3.8. O O O O O O O O O O O O O
Linhas
OBJ de 2019 2020 2021 2022
Ação
4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
4.1. O O O O O O O O
4.2. O O O O O O O O
4.3. O O O O O O
Desenvolvimento
4.4. O O O O
da Informação
4.5. O O O O O O O O O O
4.6. O O O O O O O O O O O
4.7. O O O O O O O O O O
5 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
5.1. O O O O O O O O O O O O O O O O
5.2. O O O O O O O O O O O O O O O O
5.3. O O O O O O O O
Desenvolvimento
5.4. O O O O O O O O
Estratégico
5.5. O O O O
5.6. X X X X
5.7. X X X X

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO. Secretaria de Políticas Públicas de Turismo. Programa de


Qualificação à distância para o Desenvolvimento do Turismo: revisão e implementação do plano
estratégico de desenvolviemnto do turismo regional. Ministério do Turismo, 2008.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 35


BENI, M. C. Análise Estrutural do Turismo. 3 ed. São Paulo: Papirus, 1998.

MINISTÉRIO DO TURISMO. Programa de Regionalização do Turismo. Roteiros do Brasil. Revisão


do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Regional. Módulo Operacional 4. Ministério do
Turismo, 2008.

MINAS GERAIS. SECRATARIA DE ESTADO DE TURISMO DE MINAS GERAIS. Plano Setorial de


Turismo de Minas Gerais. Diretrizes, Programas e Aóes. 2007-2010. 2006.

MINISTÉRIO DO TURISMO. Programa de Regionalização do Turismo. Roteiros do Brasil. Revisão


do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Regional. Módulo Operacional 4. Ministério do
Turismo, 2008.

MINISTÉRIO DO TURISMO. Programa de Regionalização do Turismo. Roteiros do Brasil.


Implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Regional. Módulo Operacional
5. Ministerio do Turismo, 2008.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: URL: <http: //www.ibge.gov.br
/ibge>, acesso em junho de 2010.

Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo Página 36


Plano de Implementação da
Política Municipal de
Turismo.

São José da Barra - MG


IDENTIFICAÇÃO

Entidade Executora
Prefeitura Municipal de São José da Barra – MG
Secretaria de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo
Conselho Municipal de Turismo – COMTUR
E-mail: turismo@saojosedabarra.mg.gov.br
Telefone: (35) 3523-9200

Prefeito
Paulo Sérgio Leandro de Oliveira

Vice-prefeito
André Luiz Lemos da Silva

Secretária de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo


Luciene Gomes de Oliveira Mandello

Data da Elaboração
Junho /2017

Período de Abrangência
2017 / 2020
APRESENTAÇÃO

São José da Barra está localizado em uma das regiões mais belas de Minas
Gerais, sede da usina hidrelétrica de Furnas e portal de entrada para o lago de Furnas,
conhecido como Mar de Minas. As instalações da Usina de Furnas formam um conjunto
grandioso que por si só enche de fascínio os visitantes. Além disso, o fato de ser uma
construção engendrada pela mente humana torna esse lugar ainda mais fantástico. A
região é conhecida pela bela paisagem que permite aos visitantes o contato direto com
a natureza. É grande a procura pelas várias cachoeiras, praias de rio, camping, canyons,
e muitas outras atividades aquáticas que podem ser desfrutadas no Lago de Furnas.

Sem dúvida o município possui um grande potencial turístico, decorrente da


grande expressão paisagística do lugar criada pela vasta área inundada, a existência
de muitos atrativos naturais e náuticos, cachoeiras, além da existência de preservadas
práticas de manejo da zona rural, onde o turista pode vivenciar o cotidiano de quem vive
no ambiente rural em contato direto e genuíno com a natureza, a agricultura e as
tradições locais.

Apesar da imensidão de atrativos da região, São José da Barra ainda vem


despontando para o turismo. É crescente o número de estabelecimentos ligados, direta
e indiretamente, à atividade turística, com destaque para a hospedagem, alimentos e
bebidas, e agências de receptivo e transportes turísticos.

O Plano de Implementação da Política Municipal de Turismo 2017/2020 de São


José da Barra foi elaborado com a participação da Secretaria de Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e Turismo, COMTUR e empresários do trade turístico. É o instrumento
de ação para efetivar o potencial da atividade turística na cidade tendo como perspectiva
o desenvolvimento econômico sustentável, ambientalmente equilibrado e socialmente
inclusivo.

O Plano visa criar eixos estratégicos de ação para o desenvolvimento turístico


local, delineando programas e projetos específicos por meio de uma atuação conjunta
e contínua do município, através dos órgãos de turismo, meio ambiente, educação,
cultura e obras da Prefeitura Municipal, em sintonia com parceiros privados do setor
turístico local, buscando unir esforços para definir prioridades, facilitando a execução
das ações estruturadoras previstas na Política Municipal de Turismo.

3
DADOS HISTÓRICOS

Inicialmente conhecido como Barra, o vilarejo na confluência do Rio Grande


com o rio Sapucaí é um marco mais antigo que Passos ou Alpinópolis no sul de Minas
Gerais. A partir do Rio Sapucaí as Bandeiras chegam a Barra do Sapucaí vindas da
Mantiqueira através do rio, encontrando o Rio Jeticahy, mais tarde batizado de Rio
Grande, tornando a Barra um marco de referência. Quando em 1740 as definições entre
as províncias de São Paulo e Minas Gerais foram definidas, o delimitador utilizado foi o
rio Sapucaí, tornando a região pertencente a São Paulo, contudo em 1765 o então
Governador da província de Minas Luís Diogo Lobo da Silva tomou à força a posse da
Barra, que passa a pertencer à Província de Minas.
A criação do distrito de São José da Barra foi feita pela lei provincial número
2.260, de 30-06-1876, e lei estadual número 2, de 14-09-1891, subordinado ao
município de Passos. Tal divisão permanece até o ano de 1937, quando através do
decreto-lei estadual número 148, de 17-12-1938, o distrito de São José da Barra foi
transferido do município de Passos, para constituir o novo município de Alpinópolis.
A economia da Barra vivia basicamente de pesca e agricultura. A estrutura da
vila vai mudar em 1957 pelo Decreto Federal no 41.066 do então presidente Juscelino
Kubitschek, que autoriza a construção da hidrelétrica. Tal deliberação alterou o cotidiano
da população que permanecia sem grandes modificações até então. Para tal
empreendimento foi necessário a criação de uma represa que inundaria
aproximadamente 75 mil alqueires de terra, onde se localizava o povoado de São José
da Barra, parte de Guapé, parte de Capitólio e outros pequenos lugarejos.
A inundação trouxe um problema, o que seria feito com a população que vivia
nessa área? E com o intuito de resolver tal questão Padre Cônigo Ubirajara Cabral
comprou 24,20 hectares de terra de Nigth de Castro, onde encontramos atualmente o
centro de São José da Barra. O loteamento foi feito por um engenheiro de Furnas e
registrado por Olavo Resende, o projeto da cidade foi feito em formato de bandola, já
que o padre gostava muito de tal instrumento. Assim a planta principal consiste em um
centro, onde se localiza a Igreja de São José e ao redor desta, todo o planejamento é
radial, contudo apenas uma avenida mais larga saía do círculo, formando o "braço” do
instrumento musical. Tal projeto contava com 435 lotes, porém a cidade foi crescendo
posteriormente.
Em 1962 foi anunciado que o fechamento da barragem seria no ano seguinte. A
população dispersou-se, alguns foram em direção a São Paulo, Belo Horizonte, Passos
e outras cidades próximas. Ainda assim muitas pessoas ficariam desalojadas, o
loteamento preparado e doado pela Mitra Diocesana de Guaxupé foi de grande
importância para receber essa população. Assim, no final do ano de 1962, toda a
população se mobilizou para abandonar o local. Quando ocorreu a migração, a igreja foi
transferida para uma pequena capela provisória e a primeira missa rezada foi em janeiro
de 1963, pois nesse ano completou-se totalmente a migração já que as barragens foram
fechadas em 9 de janeiro de 1963. A igreja matriz de São José da Barra foi construída
no ano de 1966, sob auxílio de Dom Inácio - Bispo da época, pelo fato da pequena
capela improvisada não corresponder à quantidade de pessoas que assistiam às

4
missas.
O nome São José da Barra faz uma referência ao antigo nome que o primeiro
vilarejo adotou por sua localização geográfica - “Barra” é uma formação pode ocorrer
nas desembocaduras de canais, estreitos, estuários, rios e outros cursos de água,
devido à acumulação de material de aluvião - e ao santo que mais tarde viria a ser o
padroeiro da cidade, São José.
No ano de 1995 o distrito é elevado à categoria de município com a
denominação de São José da Barra, pela lei estadual número 12.030, de 21-12-1995,
desmembrado de Alpinópolis. O processo de separação foi idealizado por um grupo
liderado pelo padre Ubirajara Cabral, José Manoel Lemos - Zé Freire e José Lucas da
Silva efetivou sua primeira tentativa em 1989, através de uma matéria publicada no
jornal de Minas Gerais/ Legislativo, onde o texto constitucional tratava sobre a
emancipação. Sob posse de tal documento José Lucas da Silva e José Manoel Lemos
fizeram todo o processo. A tentativa foi frustrada em função do número de eleitores, que
deveria ser superior a três mil e o distrito tinha apenas dois mil. O processo só
concretizou-se em 1995, quando o então governador de Minas Gerais mudou a
exigência de três mil para dois mil eleitores, o que proporcionou a emancipação do
município. Desse modo a comissão presidida por José Manoel Lemos, vice José Lucas
da Silva, secretário José Carlos Alves, tesoureiro Luiz Antonio de Oliveira e os membros
José Célio de Paula, José Ronaldo Bernardes, Gésus Mario dos Santos, José Borges
dos Reis, Antonio Francisco da Silva, Rafael José dos Santos, Maria Rosélia Rosa de
Oliveira, Marisa Helena Lemos, Maria Irene Lemos Silva, Anselmo Alves Neto, Venino
dos Reis, João Batista Vilela e José Reis do Nascimento, instaurou um plebiscito em
outubro de 1995 do qual 2836 eleitores estavam inscritos, mas apenas 1764 votaram,
sendo que 1486 sim e 235 não. Dessa forma, Zé Freire foi nomeado para o processo
de transição, representando a cidade por um ano, até a realização da primeira eleição.
A economia da cidade consiste na produção de milho, café, cana-de-açúcar e
pimenta, ocorre também a criação de gado, frango e suínos. Contudo a atividade que
mais tem crescido é o turismo, em função do Lago de Furnas.
A instauração da Hidrelétrica de Furnas também criou um potencial técnico na
cidade, logo a própria empresa abriu cursos técnicos em eletrônica / eletrotécnica.
Atualmente a zona urbana da cidade conta com cinco bairro, sendo estes o centro, que
deu origem a mesma; Bom Jesus dos Campos, Cachoeira da Laje, Nossa Senhora de
Fátima e o bairro de Furnas, onde a hidrelétrica se localiza, cada um desses bairros
possui uma pequena capela construída entre as décadas de 1970 e 1980. Destes,
Cachoeira da Laje e Nossa Senhora de Fátima são os mais antigos, e foram apropriados
como bairros da cidade durante a década de 1970 aproximadamente e são derivados
de fazendas que existiam na região anterior a construção da cidade. Já Bom Jesus dos
Campos é um dos bairros mais recentes da cidade, cresceu através de um projeto do
final da década de 1980.
O bairro de Furnas foi construído após a construção da hidrelétrica por ter como
principal função dar moradia para os que ali trabalhariam. Neste bairro foi construído um
hotel, aberto aproximadamente durante o ano de 1958 para receber parte da comissão
que construiria Furnas. Durante o ano de 2005 a 2009, o Hotel ficou fechado para
reforma, contudo suas características foram mantidas e em outubro de 2009 foi
reaberto. Ainda neste bairro encontra-se a Agremiação Recreativa de Furnas, que

5
surgiu da necessidade de Furnas Centrais Elétricas S.A. oferecer a seus empregados
desenvolvimento de atividades sociais, culturais e esportivas. Por ocasião da criação da
empresa e construção da Usina de Furnas (final dos anos 50 e início dos anos 60), os
profissionais especializados vinham até mesmo do exterior, o que trouxe a preocupação
em construir uma infraestrutura adequada a abrigar os empregados e operários que
trabalharam na construção da Usina. Essa infraestrutura incluiu a vila residencial com
clubes, escolas, igrejas, hospital e comércio. Outro aspecto importante no bairro de
Furnas é a construção da Casa de Visitas, uma residência de luxo, com cerca de dez
quartos com o intuito de abrigar grandes personalidades que eventualmente viessem a
visitar Furnas, tal casa abrigou Juscelino Kubitschek durante o ano de 1957 no evento
de inauguração da empresa.
Atualmente a cidade encontra com um grande potencial de crescimento, pois
criou uma importante alternativa explorando o turismo que tem como atração o lago de
Furnas, cachoeiras, artesanato, e as tradições rurais.

6
CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

TERRITÓRIO E AMBIENTE

Área da unidade territorial [2016] - 314,253 km²


Esgotamento sanitário adequado [2010] - 87,5 %
Arborização de vias públicas [2010] - 72,8 %
Urbanização de vias públicas [2010] - 14,4 %

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

POPULAÇÃO

População estimada [2010] – 6.778 pessoas


População no último censo [2010] - 6.778 pessoas
Densidade demográfica [2010] - 21,57 hab/km²

A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e


2010, à taxa de 1,14% ao ano, passando de 6.051para 6.778 habitantes. Essa taxa
foi superior àquela registrada no Estado, que ficou em 0,93% ao ano e superior à
cifra de 1,06 % ao ano da Região Sudeste.

GRÁFICO 1 – Taxa de crescimento anual – 2000 e 2010

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 2000 e 2010

7
ASPECTOS SOCIAIS

Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto de 2010, a


população total era de 6.778 residentes, dos quais 70 se encontravam em situação de
extrema pobreza, ou seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$70,00. Isso
significa que 1,0% da população municipal vivia nessa situação. Do total de
extremamente pobres, 10 (14,1%) viviam no meio rural e 61(85,9%) no meio urbano.
No acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS) utiliza as informações do Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal. Ele provê dados individualizados, atualizados
no máximo a cada dois anos, sobre os brasileiros com renda familiar de até meio salário
mínimo per capita, permitindo saber quem são, onde moram, o perfil de cada um dos
membros das famílias e as características dos seus domicílios. De acordo com os
registros de março de 2013 do Cadastro Único e com a folha de pagamentos de abril de
2013 do Programa Bolsa Família, o município conta com 830 famílias registradas no
Cadastro Único e 180 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (21,69% do total
de cadastrados). O gráfico mostra a evolução desses cadastros.

GRÁFICO 2 – Evolução dos Cadastros dos Programas Sociais

Índice de Desenvolvimento Humano


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - São José da Barra é 0,739, em 2010,
o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700
e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com
índice de 0,876, seguida de Renda, com índice de 0,722, e de Educação, com índice de
0,637.

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GRÁFICO 3 – IDHM São José da Barra – MG

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

TRABALHO E RENDIMENTO

Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2015] - 5,4 salários mínimos
População economicamente ativa ocupada [2010] – 54,9%
População economicamente ativa desocupada [2010] - 3,8%
População economicamente inativa [2010] – 41,3%

Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto de 2010,


possuía 3.188 pessoas com 10 anos ou mais de idade, economicamente ativas, sendo
que 3.066 estavam ocupadas e 122 desocupadas. A taxa de participação ficou em
54,9% e a taxa de desocupação municipal foi de 3,8%. No tocante à taxa de
desemprego, o gráfico abaixo fornece indicativos de maneira comparativa entre o
município e demais regiões:

9
GRÁFICO 4 – Taxa de desemprego por área selecionada – 2010

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 2000 e 2010

Das pessoas ocupadas, 1,3% não tinham rendimentos e 34,5% ganhavam até um
salário mínimo por mês. O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas
era de R$ 1.205,96. Entre os homens, o rendimento era de R$ 1.431,71 e entre as
mulheres de R$ 846, 61, apontando uma diferença de 69,11% maior para os homens.

EDUCAÇÃO

Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade [2010] - 99,1 %


IDEB – Nota média anos iniciais do ensino fundamental [2015] - 7,9
IDEB – Nota média anos finais do ensino fundamental [2015] - 4,8
Matrículas no ensino fundamental [2015] - 899 Matrículas
Analfabetos de 25 anos ou mais de idade [2010] - 8,27%

De acordo com os dados apresentados abaixo, pode-se constatar que em relação à


universalização do ensino fundamental para a população de 6 a 14 anos, o município
conta com 99,1% de sua população nesta faixa etária, frequentando a escola. Valor
este, superior ao nacional (98,4%) e estadual (98,6).

10
GRÁFICO 5 – Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola

Fonte: Estado e Brasil – IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) –


2013 Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional – 2010

No entanto, apenas 70,2% das pessoas com 16 anos concluíram o ensino fundamental.
O que demonstra que apesar de praticamente toda a população (99,1%) de 6 a 14 anos
de idade estar frequentando a escola, boa parte destes alunos desistem antes mesmo
de concluírem o ensino fundamental.

ECONOMIA

PIB per capita [2014] - R$44.007,94


Percentual das receitas oriundas de fontes externas [2015] - 83,6 %

Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município
manteve-se em R$301,0 milhões. A participação do PIB do município na composição
do PIB estadual diminuiu de 0,16% para 0,10% no período de 2005 a 2010.

11
GRÁFICO 6 – Participação dos setores econômicos no Produto Interno Bruto
do Município – 2010

Fonte: IBGE

A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de


Indústria, o qual respondeu por 78,1% do PIB municipal. Este setor, apesar da
expressiva participação no PIB municipal, apresentou um decréscimo se comparado ao
ano de 2005, quando foi responsável por 85,9% do PIB municipal. Variação essa similar
foi a verificada no Estado, em que a participação industrial decresceu de 85,9% em 2005
para 26,4% em 2010.
No entanto, no caso específico do município de São José da Barra, este decréscimo no
período em questão (2005-2010) não necessariamente representa um retrocesso da
produção do setor industrial no município, mas tão somente um incremento na produção
dos demais setores.
Quando analisamos os aspectos econômicos do município, é importante levar em
consideração, dentre outros fatores, a sua capacidade de geração de renda através de
atividades nas áreas da pecuária e agricultura, uma vez que essas atividades possuem
representativa participação na economia do município. No caso da pecuária, dados
coletados da Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, referentes a 2011, apontam que as
5 (cinco) principais culturas de rebanho local são as indicadas no gráfico abaixo.

12
GRÁFICO 7 – Distribuição das 5 (cinco) principais culturas de rebanho do
município – 2011

Fonte: IBGE – Pesquisa Produção Pecuária Municipal (PAM)

Além do campo da pecuária, a supracitada pesquisa também fornece dados acerca da


área de agricultura local. Neste caso, foram coletados dados acerca das 5 (cinco)
principais culturas de agricultura do município, divididas entre aquelas permanentes e
aquelas temporárias, conforme demonstrado no gráfico que segue:

GRÁFICO 8 – Distribuição das 5 (cinco) principais culturas de agricultura do


município, segundo condição permanente/temporária (toneladas) – 2011

Fonte: IBGE – Pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM)

13
DIAGNÓSTICO

Para entender a situação do município em relação ao turismo é necessário reconhecer


a realidade atual. Em vista disso serão levantadas as variáveis relacionadas aos
ambientes externo (oportunidades e ameaças) e interno (forças e fraquezas) do
município.

Matriz FOFA

Forças Fraquezas
● Beleza cênica do território ● Falta de comprometimento e
municipal; participação da comunidade;
● Atrativos naturais; ● Empresários pouco envolvidos com
● Sistema Municipal de Saúde e o Turismo;
Educação; ● Falta de políticas públicas
● Participação no programa estadual estratégicas de turismo e orçamento
de Regionalização do Turismo, para investir em infraestrutura
associado ao Circuito Turístico turística;
Nascentes das Gerais; ● Lei de uso e ocupação do solo e
● Usina Hidrelétrica e Lago de Furnas; Plano Diretor desatualizados.
● Identidade cultural preservada ● Baixa qualificação de mão de obra;
(ruralidade) e hospitalidade da ● Horário de funcionamento dos
população; estabelecimentos comerciais;
● COMTUR; ● Inexistência de um Centro de
● Gastronomia; Atendimento ao Turista;
● Artesanato; ● Falta de formatação e estruturação
dos atrativos;
● Carência de guias de turismo;
● Informalidade do comércio e
serviços de apoio ao turismo;
● Falta de um Plano de Marketing;
● Sinalização de trânsito deficiente;
● Sinalização turística inexistente;
● Horário de funcionamento das
agências bancárias e ausência de
bancos 24 h;
● Formação de cultura turística ainda
muito incipiente;
● Falta de produtos e
estabelecimentos com infraestrutura
de apoio ao turismo e de serviços e
equipamentos turísticos.

14
Oportunidades Ameaças
● Parceria poder público municipal ● Baixa do Lago de Furnas
com Furnas Centrais Elétricas para ● Aumento da criminalidade
a realização projetos sociais (Policiamento efetivo insuficiente)
● Investimentos de Furnas Centrais ● Destinos concorrentes melhor
Elétricas no município (piscicultura, preparados e estruturados
horto florestal, projetos sociais); ● Disponibilidade de telefonia celular e
● Disponibilização de recursos através internet limitada ou ausente
de convênios públicos e contratos em diversas áreas da zona urbana e
de repasse pelo Governo Federal; rural;
● Possibilidade de exploração do ● Sazonalidade
Turismo Rural (com foco em ● Crescente especulação imobiliária,
experiências de manejo das práticas degradação ambiental e perda
rurais) Turismo de Natureza e do da qualidade estética da paisagem;
Turismo Esportivo como mecanismo
de incremento da oferta e
divulgação e visibilidade para o
destino
● Localização geográfica estratégica
(BH – SP – Ribeirão Preto)
● Acesso pela Rodovia MG-050 com
melhor manutenção e sinalização

PROGNÓSTICO

Esta etapa permitirá estabelecer a forma com que o município anseia se posicionar
como destino turístico consolidado. Para isto será concebida uma visão ideológica, ou
seja, a descrição do nosso negócio, nossa missão, a visão de futuro, um conjunto de
valores e um objetivo central, que orientará o processo de planejamento e gestão do
destino. Serão propostas metas e objetivos, definindo onde o município busca chegar
ao planejar sua política de turismo.

Negócio:
Desenvolvimento do turismo sustentável.

Missão:
Planejar e empreender o turismo de forma cooperativa, norteando o desenvolvimento
do município nos princípios de sustentabilidade econômica, social, cultural, ambiental e
política.

Visão:
Ser um destino de Ecoturismo competitivo, reconhecido pelas práticas de uso
sustentável do patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e formação
de
uma consciência ambientalista.

15
Valores:
• Gestão democrática, participativa, humanizada e transparente;
• Sustentabilidade como princípio fundamental;
• Respeito à natureza e à legislação vigente;
• Valorização da história, da cultura e dos costumes locais;
• Estimular o desenvolvimento social e econômico

Objetivo Geral:
Consolidar o turismo como estratégia de desenvolvimento local sustentável, como
agente de transformação, fonte de riqueza econômica e de desenvolvimento social.

Objetivos Específicos:
1) Investir na melhoria da infraestrutura turística;
2) Fortalecer a estrutura organizacional do Sistema Municipal de Turismo;
3) Estabelecer a regulamentação dos serviços turísticos do município;
4) Implantar o Centro Municipal de Informações Turísticas;
5) Estimular a ampliação e a diversificação dos empreendimentos da cadeia produtiva
do turismo;
6) Consolidar uma oferta de produtos turísticos competitivos com capacidade de
proporcionar ao turista uma experiência positiva;
7) Posicionar o destino no mercado turístico nacional;
8) Investir em ações de qualificação do “trade” turístico nos níveis empresariais e
operacionais;
9) Proteger áreas naturais de interesse turístico.

Como instrumento de referência para mensurar a efetividade do plano e dos seus


resultados, definiram-se metas e indicadores de resultados a partir dos objetivos
específicos estipulados, conforme quadro a seguir:

Objetivos Específicos Metas Indicadores


Investir na melhoria da Adequar turisticamente até Implantação de sinalização de
infraestrutura turística. 2020, 4 estruturas urbanas e trânsito e turística, construção da
de lazer. prainha, das ciclovias, concha
acústica e praça.
Fortalecer a estrutura Até 2018 ter uma associação Número de associações formalizadas
organizacional do Sistema turística ativa e funcionando, e empreendimentos associados.
Municipal de Turismo. manter o COMTUR ativo e Número de reuniões e realizações do
funcionando, além do órgão COMTUR e número de
municipal de turismo ativo e colaboradores contratados pelo órgão
funcionando. municipal de turismo.

Estabelecer a Aprovar lei de regulamentação Ter lei aprovada e publicada até


regulamentação dos dos serviços turísticos do 2020.
serviços turísticos do município.
município.
Implantar o Centro Ter um centro de informação Quantidade de turistas atendidos pelo
Municipal de Informações para atendimento dos turistas centro.
Turísticas até 2018

16
Estimular a ampliação e a Firmar 5 convênios de PPP Quantidade de empreendimentos
diversificação dos para estruturação e abertura abertos e convênios firmados, e lei
empreendimentos da cadeia de novos atrativos até 2020. implantada.
produtiva do turismo Implantar projeto de lei de
isenção fiscal ao turismo.

Consolidar uma oferta de Criar 5 roteiros para integrar Quantidade de roteiros formatados e
produtos turísticos todo o território municipal, até comercializados.
competitivos com 2018.
capacidade de proporcionar
ao turista uma experiência
positiva

Posicionar o destino no Elaborar o Plano de Marketing Ter um posicionamento de mercado


mercado turístico nacional Turístico até 2018. definido; marca turística
desenvolvida.
Investir em ações de Atender 50% dos Percentual de empreendedores
qualificação do “trade” empreendimentos turísticos qualificados; percentual de gestores
turístico nos níveis do município em Programa de qualificados; número de
empresariais e operacionais Qualificação até 2020. trabalhadores qualificados; número
de empreendimentos com
CADASTUR; número de participantes
da Produção Associada ao Turismo
qualificados.
Proteger áreas naturais de Até 2020 criar unidades de Número de unidades de conservação
interesse turístico. conservação no território criadas.
municipal.

17
PROGRAMAS E AÇÕES

A definição dos projetos segue uma ordem de quais objetivos e metas precisam ser
alcançadas primeiramente, de acordo com o grau de urgência e nível estratégico.

     
Inventario turístico

Ação Responsável Prazo

Pesquisar e coletar informações e Secretaria de set/17


dados.Atrativos, Cultura, Artes, Manifestações Educação, Cultura,
Populares, Folclóricas e Religiosas. Artesanato Esporte, Lazer e
típico, Culinária típica, Eventos, Meios de Turismo
Hopedagem, Alimentação, Espaços para
eventos, Serviços turísticos, Serviços de
entrenimento e lazer, Transportes,
Comunicações, Segurança, Saúde.

Elaboração e estruturação do inventário do Secretaria de out/17


município. Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
Disponibilizar as informações do inventário Secretaria de out/17
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
Atualizar dados Secretaria de ago/18
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo ago/19

ago/20

18
     
   Diagnóstico do Município   

   Ação Responsável Prazo   

   Elaboração do diagnóstico do município Secretaria de nov/17   


Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
   Conclusão e apresentação do diagnóstico Secretaria de dez/17   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
   Atualizar o diagnóstico Secretaria de nov/18   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
   Turismo / COMTUR nov/19   

   nov/20   

     
   Postos de Informações Turísticas   

   Ação Responsável Prazo   

   Definir estrutura dos postos de informação Secretaria de jan/18   


turística Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
   Definir símbolo / marca dos postos de Secretaria de jan/18   
informação turística Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
   Implantar um Centro de Atendimento ao Turista Secretaria de mar/18   
(CAT) na entrada da cidade Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
   Implantar um Centro de Atendimento ao Turista Secretaria de mar/18   
(CAT) no centro da cidade Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
     

19
   Formação de Banco de Dados   

   Ação Responsável Prazo   

   Criar um site oficial com informações turísticas Secretaria de fev/18   


Educação,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Disponibilizar informações turísticas no site Secretaria de Permanente   
oficial Educação,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Disponibilizar em site oficial e boletins Secretaria de Permanente   
semestrais e anuais informações do mercado Educação,
turístico local. Esporte, Lazer e
Turismo
   Tabular e cadastrar informações de demanda Secretaria de mai/18   
   turística. Educação, mai/19   
Esporte, Lazer e
   Turismo mai/20   
   Tabular e cadastrar informações de oferta Secretaria de mai/18   
   turística. Educação, mai/19   
Esporte, Lazer e
   Turismo mai/20   
     
   Meios de hospedagem   

   Ação Responsável Prazo   

   Implantar um sistema de coleta de dados Secretaria de mar/18   


através das FNRH´s para incrementar a Educação, Cultura,
pesquisa de demanda. Esporte, Lazer e
Turismo
   Mobilizar e concientizar os proprietários sobre a Secretaria de abr/18   
importância de ter o Cadastur. Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Implantar um sistema de hospedagem B&B Secretaria de dez/18   
(bed and breakfast) Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
     

20
   FOMENTO   

   Incentivos fiscais, taxas e impostos   

   Ação Responsável Prazo   

   Elaborar um Programa de Incentivos e Secretaria de jul/18   


Oportunidades para investimentos em turismo Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
/ Prefeitura
Municipal
   Avaliar o Custo do Capital investido no turismo Secretaria de jun/19   
Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
/ Prefeitura
Municipal
   Elaborar um Programa de Redução do Custo Secretaria de jun/19   
do Capital Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
/ Prefeitura
Municipal
   Avaliar o Custo Operacional do turismo Secretaria de jun/19   
Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
/ Prefeitura
Municipal
   Elaborar um Programa de Redução do Custo Secretaria de jun/19   
Operacional Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
/ Prefeitura
Municipal
   Elaborar lei para regulamentar a atividade Secretaria de set/20   
turística no município Educação
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo/
   Câmara Municial   

   Manter fiscalização empreendimentos Prefeitura Permanente   


turísticos. Municipal

     

21
   Articulação institucional   

   Ação Responsável Prazo   

   Manutenção e Fortalecimento do Conselho Secretaria de Permanente   


Municipal de Turismo Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
Prefeitura
Municipal
   Reestruturação do Departamento de Turismo Secretaria de jan/18   
Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
Prefeitura
Municipal
   Captação de recursos Secretaria de Permanente   
Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
Prefeitura
Municipal
   Integração e participação dos programas e Secretaria de Permanente   
projetos dos demais Departamentos da Educação,
Prefeitura Municipal Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
Prefeitura
Municipal
   Integração e participação dos programas e Secretaria de Permanente   
projetos da Secretaria Estadual de Turismo e Educação,
do Ministério do Turismo Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
Prefeitura
Municipal
     
   Fortalecer o mercado   

   Ação Responsável Prazo   

   Programa de Apoio às Micro e Pequenas Secretaria de jan/18   


Empresas da atividade turística Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
Prefeitura
Municipal
   Estabelecer normas e padrões de mercado que Secretaria de mar/18   
valorizem os recursos e equipamentos Educação,
instalados. Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
COMTUR
     

22
   Comércio local   

   Ação Responsável Prazo   

   Funcionamento permanente do comércio local. Prefeitura dez/19   


Municipal /
Associação
Comercial
   Reforçar segurança pública nas áreas Prefeitura Permanente   
comercias. Municipal / Polícia
Militar
     

   Programa de Integração para o Turismo   

   Ação Responsável Prazo   

   Apresentação do Planejamento Estratégico de Secretaria de dez/18   


Turismo, em etapa única, para a equipe do Educação,
governo municipal Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
   Apresentação do Planejamento Estratégico de Secretaria de dez/18   
Turismo, em etapa única, para a comunidade Educação,
da sede municipal. Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
     

   Programa de Conscientização Turística   

   Ação Responsável Prazo   

   Palestras de sensibilização comunitária Secretaria de jun/18   


Educação,
Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo
   Campanha de Conscientização Comunitária Secretaria de set/18   
sobre o lixo. (Em consonância com o projeto de Educação,
coleta seletiva / usina de reciclagem) Cultura, Esporte,
Lazer e Turismo /
Prefeitura
Municipal
     

23
   ESTRUTURAÇÃO E FORMATAÇÃO DO PRODUTO   
   Sinalização Turística   
   Ação Responsável Prazo   

   Projeto de Sinalização Turística Secretaria de dez/18   


Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo/ Secretaria de
Obras

   Definição dos ícones turísticos a serem Secretaria de dez/18   


aplicados em placas e mapas de acesso e Educação, Cultura,
deslocamento. Esporte, Lazer e
Turismo/ Secretaria de
Obras

   Definição da nomenclatura bilingüe a ser Secretaria de dez/18   


aplicada em placas e mapas de acesso e Educação, Cultura,
deslocamento. Esporte, Lazer e
Turismo/ Secretaria de
Obras

   Conclusão e apresentação do plano de Secretaria de dez/18   


sinalização Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo/ Secretaria de
Obras

     
   Infraestrutura Turística   
   Projetos Responsável Prazo   

   Ciclovias Secretaria de Obras mai/19   


   Praças (revitalização, manutenção) Prefeitura Municipal / nov/18   
Secretaria de Obras

   Construção de Concha Acústica e Palco Secretaria de Obras jan/20   

   Centro de eventos (parque exposição) Prefeitura Municipal / dez/19   


Secretaria de Obras

   Construção do Portal Turístico nas Secretaria de Obras jan/19   


entradas da cidade

   Ação Responsável Prazo   

   Atrair eventos de interesse turístico para o Secretaria de Permanente   


município (especialmente na baixa Educação, Cultura,
temporada) Esporte, Lazer e
Turismo
     

24
   Infraestrutura rodoviária   
   Projeto Responsável Prazo   

   Sinalização de acesso e deslocamento Secretaria de Obras dez/18   

   Ação Responsável Prazo   

   Implantação do onibus taxa zero Prefeitura Municipal dez/18   

     

   Infraestrutura das estradas   

   Projetos Responsável Prazo   

   Iluminação da entrada/saída da cidade Secretaria de Obras dez/18   

   Construção de um portal de entrada e Secretaria de Obras dez/18   


reestruturação do trevo que dá acesso a MG-
050
   Paisagismo da entrada/saída da cidade Secretaria de Obras dez/18   

     

   Entretenimento e lazer   

   Ação Responsável Prazo   

   Definir o uso turístico das Cachoeiras (Pocinho Secretaria de jun/19   


e da Laje) Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Elaborar um Programa de uso dos espaços Secretaria de dez/18   
públicos (praças, ginásio, prainha) Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
     

25
   Atrativos Histórico e Culturais   

   Ação Responsável Prazo   

   Programa de Resgate Cultural Secretaria de jan/19   


Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Programa de Incentivo à Cultura Secretaria de dez/18   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
     

   Atrativos Naturais   

   Ação Responsável Prazo   

   Regularizar o uso sustentável das cachoeiras Secretaria de jun/19   


Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Formatar trilhas ecoturísticas Secretaria de mai/18   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Programa de Gerenciamento da Paisagem Secretaria de Permanente   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo /
Prefeitura
Municipal
   Programa de atividades de aventura em áreas Secretaria de jun/18   
naturais (lago e serra) Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Criar parques/unidades de conservação para Secretaria de out/20   
preservar o ambiente natural e garantir o uso Educação, Cultura,
sustentável dos atrativos. Esporte, Lazer e
Turismo /
Prefeitura
Municipal
     

26
   Agenciamento   

   Ação Responsável Prazo   

   Elaborar Roteiros Turísticos Padrões e de Secretaria de jan/18   


Auto Condução. Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
   Cadastrar os roteiros e passeios realizados. Secretaria de fev/18   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Cadastrar guias e informantes de turismo do Secretaria de out/18   
município Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Mobilizar e conscientizar os agentes de Secretaria de mar/18   
receptivo sobre a importância do Cadastur Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
   Regularizar as empresas de transportes Secretaria de jan/18   
turísticos Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Elaborar um Guia de Serviços Turísticos Secretaria de jun/18   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo / COMTUR
     
   Outros Serviços   

   Ação Responsável Prazo   

   Plano de limpeza de áreas de uso e interesse Secretaria de Obras Permanente   


turístico

   Solicitar ampliação e fornecimento de energia Secretaria de jan/20   


em áreas de interesse e uso turístico fora da Educação, Cultura,
sede municipal. Esporte, Lazer e
Turismo/ Secretaria
de Obras

   Solicitar melhoria do abastecimento em Secretaria de jan/20   


períodos de grande visitação turística Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo/COPASA
     

27
   MARKETING   

   Plano de Marketing   

   Ação Responsável Prazo   

   Elaboração do Plano de Marketing Secretaria de mai/18   


Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo/Consultoria
   Conclusão do Plano de Marketing Secretaria de jun/18   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo/Consultoria
   Apresentação do Plano de Marketing Secretaria de jun/18   
Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo/Consultoria
     

   CAPACITAÇÃO   

   Ação Responsável Prazo   

   Promover cursos de formação técnica Secretaria de set/18   


operacional Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
   Turismo set/19   
   set/20   
   Promover cursos de formação gerencial Secretaria de set/18   
   Educação, Cultura, set/19   
Esporte, Lazer e
   Turismo set/20   

   Formar e cadastrar guias de turismo Secretaria de set/18   


Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo
   Formação de um contingente de Polícia Secretaria de mai/20   
Turística Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e
Turismo /CONSEP/
Polícia Militar

        

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