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Conservação e Gestão do

Patrimônio Cultural PUC Minas


POLÍTICAS PÚBLICAS Turismo e Patrimônio Cultural
Prof. Álvaro Sales - 2023
ESTRUTURA DA AULA
- Ministério do Turismo
- Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais
- Belotur
- ICMS Patrimônio Cultural
- ICMS Turismo

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privados

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MINISTÉRIO DO TURISMO
- Em âmbito nacional, o turismo é regido pelo Plano Nacional de Turismo (PNT).

- Elaborado pelo Ministério do Turismo, com participação de segmentos públicos e privados do setor.

- Objetivos:

. Promover a boa imagem do produto turístico brasileiro no mercado nacional e internacional

. Fomentar o turismo internacional e doméstico

. Desenvolver, ordenar e promover diversos segmentos turísticos

. Estabelecer uma política de crédito para o setor

. Incentivar a proteção ao meio ambiente

. Estimular o turismo responsável praticado em áreas naturais protegidas ou não

. Orientar as ações do setor privado


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MINISTÉRIO DO TURISMO
- A partir do PNT, foi criado em 2004 o Programa de Regionalização do Turismo como uma política
pública com enfoque territorial de execução descentralizada e regionalizada com foco no
planejamento coordenado e participativo.

- Regiões turísticas:

. Territórios que possuem características similares e/ou complementares e aspectos em comum


(identidade histórica, cultural, econômica e/ou geográfica).

. Formadas por vários municípios que se articulam, normalmente em uma instância de governança
regional, para desenvolver o turismo de forma conjunta.

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MINISTÉRIO DO TURISMO
. Numa região podem existir municípios que não recebem turistas, mas que se beneficiam da
atividade pelo fornecimento de produtos e serviços.

. Trabalhar o turismo de forma integrada, regionalizada e cooperada pode ser mais vantajoso
para a região, pois o turista é estimulado a permanecer mais tempo na região, gerando mais
recursos para os municípios envolvidos.

. Alguns estados adotam nomenclaturas distintas: circuitos, zonas, polos, exemplo.

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MINISTÉRIO DO TURISMO
- Premissas do Programa de Regionalização do Turismo:
. Abordagem territorial, adotada como referência para o desenvolvimento.
. Integração e participação social, fortalecendo o protagonismo da cadeia produtiva do turismo no âmbito
regional, no conjunto dos municípios, e nos processos de gestão das políticas públicas.
. Inclusão, entendendo a região como espaço plural e participativo, que amplia as capacidades humanas e
institucionais, facilitando as relações políticas, econômicas, sociais e culturais.
. Descentralização por meio de métodos e processos da Gestão Descentralizada.
. Sustentabilidade, compreendendo o desenvolvimento sustentável das regiões turísticas como base para a
preservação da identidade cultural, respeitando as especificidades políticas, econômicas, sociais e
ambientais.
. Inovação a partir de uma visão integradora do desenvolvimento produtivo e da competitividade.
. Competitividade: capacidade crescente de gerar negócios nas atividades econômicas relacionadas ao setor
de turismo, de forma sustentável, proporcionando ao turista uma experiência positiva.
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MINISTÉRIO DO TURISMO
- A gestão compartilhada do Programa de Regionalização do Turismo estrutura-se em âmbito nacional
e em âmbito estadual, regional e estadual.

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MINISTÉRIO DO TURISMO
- EIXOS DE ATUAÇÃO do Programa de Regionalização do Turismo:
. Gestão descentralizada:
elaborar estudos estratégicos para o fortalecimento da política de turismo;
apoiar a organização dos municípios em regiões turísticas;
apoiar a sensibilização e mobilização das comunidades e agentes turísticos;
fortalecer as instâncias de governança de suporte à gestão descentralizada do turismo estadual,
municipal, regional e macrorregional.
. Planejamento e posicionamento de mercado:
subsidiar o planejamento e desenvolvimento de produtos turísticos (destinos, roteiros, serviços) a partir
de elementos de identidade da oferta turística, observadas também as características da demanda
(público-alvo).

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MINISTÉRIO DO TURISMO
. Infraestrutura turística:
infraestrutura e equipamentos urbanos diretamente relacionados às atividades turísticas;
infraestrutura de acesso, tais como estradas turísticas, ferrovias, pontes, rodovias, túneis e viadutos,
orlas fluviais, lacustres e marítimas;
edificações de uso público destinadas a atividades indutoras de turismo como centros de cultura,
museus, casas de memória, centros de convenções, centros de apoio ao turista, teatros, centros de
comercialização de produtos artesanais e mirantes públicos;
restauração de edifícios, monumentos e conjuntos históricos;
elaboração de projetos de infraestrutura turística.

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MINISTÉRIO DO TURISMO
. Informação ao turista:
guias e mapas turísticos;
banco de imagens e vídeos;
portais (site) de regiões e destinos turísticos;
sinalização turística;
centro de atendimento ao turismo.
. Promoção e apoio à comercialização:
campanhas promocionais e publicitárias, além da produção das respectivas peças;
produção de materiais promocionais;
participação em feiras e eventos.

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MINISTÉRIO DO TURISMO
- A implementação das políticas de turismo tem como foco as regiões turísticas
estabelecidas no Mapa do Turismo Brasileiro.
- O Mapa do Turismo Brasileiro é o instrumento instituído no âmbito do Programa de
Regionalização do Turismo e orienta a atuação do Ministério do Turismo no
desenvolvimento das políticas públicas.
. O mapa define a área – o recorte territorial – que deve ser trabalhada
prioritariamente;
. Atualizado bianualmente.
. Os municípios que o compõem foram indicados pelos órgãos estaduais de turismo em
conjunto com as instâncias de governança regionais, a partir de critérios construídos em
conjunto com Ministério do Turismo.

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http://www.mapa.turismo.gov.br/mapa/init.html#/home
MINISTÉRIO DO TURISMO
- Para fazer parte de uma região turística e do Mapa do Turismo Brasileiro, o município
deve se comprometer a:
. Destinar, anualmente, recursos orçamentários para o turismo do município;
. Constituir ou reativar o colegiado municipal de turismo (normalmente um conselho
municipal), caso ainda não exista ou esteja inativo;
. Elaborar, caso não exista, ou atualizar o planejamento estratégico municipal do
turismo, integrando-o ao da região turística;
. Apoiar o desenvolvimento do turismo regional, em cooperação com os demais
municípios da região turística, e participar da instância de governança regional, em conjunto
com os outros municípios da região turística que integra.

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MINISTÉRIO DO TURISMO
- A região turística se compromete em institucionalizar ou reativar sua instância de
governança regional, apoiar o desenvolvimento do turismo regional, reunindo
esforços dos municípios da região turística, e elaborar ou atualizar o planejamento
estratégico regional de turismo.
- Os municípios estão agrupados em cinco diferentes categorias, definidas como A,
B, C, D e E. A classificação leva em conta o desempenho da economia do turismo
dos municípios, como a quantidade de meios de hospedagem, empregos gerados
no setor e recebimento de turistas.
- Composto por 2.694 municípios de 333 regiões turísticas.
- http://www.mapa.turismo.gov.br/

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SECRETARIA DE ESTADO E TURISMO DE
MINAS GERAIS
- Em Minas Gerais, a política pública de Regionalização do Turismo está em
desenvolvimento desde o ano de 2001, antes do Programa de Regionalização do Turismo
em âmbito nacional.
- Referência para os demais estados brasileiros no que tange à gestão da atividade
turística.
- Objetivos da Regionalização em Minas Gerais:
. Democratização da Política do Turismo;
. Integração e participação social;
. Desenvolvimento sustentável;
. Descentralização do Turismo;
. Inovação e articulação.

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SECRETARIA DE ESTADO E TURISMO DE
MINAS GERAIS
- Em 2003, os Circuitos Turísticos foram institucionalizados por meio de decreto
estadual (Decreto 43.321).
- Atualmente denominados Instâncias de Governança Regionais ou IGR’s.
- Conceito: conjunto de municípios de uma mesma região, com afinidades
culturais, sociais e econômicas que se unem para organizar e desenvolver a
atividade turística regional de forma sustentável, através da integração contínua
dos municípios, consolidando uma atividade regional.
- Os IGR’s são oficialmente executores, interlocutores e articuladores da
descentralização e da regionalização do Turismo em Minas Gerais.

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SECRETARIA DE ESTADO E TURISMO DE
MINAS GERAIS
- Os IGR’s atuam na integração contínua dos municípios, gestores públicos,
iniciativa privada e sociedade civil, consolidando uma identidade regional e
protagonizando o desenvolvimento por meio de alianças e parcerias.
- São mantidos por meio de taxas de adesão e contribuições mensais dos seus
membros (municípios, iniciativa privada e pessoas físicas). Possuem autonomia
administrativa e financeira, são regidos por um Estatuto e Regimento Interno e
representados e geridos por uma diretoria.

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Consolidação de Circuito Turístico

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SECRETARIA DE ESTADO E TURISMO DE
MINAS GERAIS
- Em dezembro de 2006, foi fundada a Federação dos Circuitos Turísticos de
Minas Gerais (Fecitur), entidade de direito privado sem fins lucrativos.
. Objetivo: promover ações que consolidam o Programa de Regionalização do
Turismo em Minas Gerais, representando os interesses das Associações de Municípios
de Circuitos Turísticos do Estado e estimulando a integração entre elas.
(http://fecitur.org.br/)
- Além da articulação regional, a Política de Regionalização em Minas Gerais
busca estar em contínuo alinhamento em âmbito federal, tendo em uma de suas
principais ações o Mapa do Turismo Brasileiro.
- Minas Gerais tem 471 municípios e 44 regiões turísticas integrantes do Mapa. No
entanto, há 608 municípios regionalizados.

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Associação do Circuito Turístico das Águas:
Baependi, Cambuquira, Campanha, Carmo de
Minas, Caxambu, Conceição do Rio Verde,
Cruzília, Dom Viçoso, Lambari, Liberdade, São
Lourenço, Soledade de Minas, Três Corações.

Associação dos Municípios do Circuito Turístico


do Ouro: Barão de Cocais, Caeté, Catas Altas,
Congonhas, Itabira, Itabirito, Nova Era, Nova Lima,
Ouro Branco, Ouro Preto, Raposos, Rio
Acima, Sabará, Santa Bárbara.

Agência de Desenvolvimento Regional de


Turismo Circuito dos Diamantes: Alvorada de
Minas, Carbonita, Couto de Magalhães de Minas,
Diamantina, Felício dos Santos, Presidente
Kubitschek, Rio Vermelho, São Gonçalo do Rio
Preto, Serra Azul de Minas, Serro.

Associação dos Municípios do Circuito Turístico


Guimarães Rosa: Araçaí, Buritizeiro, Corinto,
Curvelo, Felixlândia, Inimutaba, Morro da Garça,
Pirapora, Pompéu, Presidente Juscelino.

Associação Circuito Turístico Nascentes das


Gerais e Canastra: Alpinópolis, Capitólio, Carmo
do Rio Claro, Cássia, Claraval, Delfinópolis, Passos,
Piumhi, São João Batista do Glória, São José da
Barra, São Roque de Minas, Tapira, Vargem
Bonita. 21
SECRETARIA DE ESTADO E TURISMO DE
MINAS GERAIS
- Vantagens para o município em integrar a Política de Regionalização do Turismo de Minas
Gerais:
. Desenvolvimento da atividade turística de forma regional e alinhada com destinos
próximos e similares;
. Maiores possibilidades de parcerias para desenvolvimento de projetos regionais;
. Apoio técnico de turismólogo(a) da IGR no desenvolvimento das ações municipais;
. Possibilidade de pleito do ICMS critério Turismo;
. Participação no Mapa do Turismo Brasileiro;
. Possibilidade de recebimento de recursos do Estado e União para projetos de
desenvolvimento do turismo.

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SECRETARIA DE ESTADO E TURISMO DE
MINAS GERAIS
- Para participar da Política de Regionalização do Turismo, o município precisa estar
integrado a um IGR e, além disso:
. Lei Orçamentária Anual que trate da previsão de recursos para o turismo;
. Lei de criação do Conselho Municipal de Turismo;
. Ata de posse vigente dos membros da atual diretoria do COMTUR;
. Regimento interno do COMTUR;
. Lei de criação da unidade responsável pelo turismo ou outro ato normativo que
comprove a estrutura organizacional e descreva as competências da respectiva unidade;
. Indicar representante municipal para interlocução com a Secretaria Estadual de Cultura
e Turismo e com o Ministério do Turismo;
. Plano Municipal de Turismo.

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Premissas básicas para o planejamento e gestão pública do Turismo

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BELOTUR
- Empresa pública da administração indireta municipal, vinculada à Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Econômico.
- Tem por sua finalidade executar a Política Municipal de Turismo de Belo
Horizonte, exercendo a supervisão, coordenação e direção de todas as atividades
inerentes ao desenvolvimento do turismo, lazer e serviços afins.
- Tem como visão consolidar o Turismo Urbano em Belo Horizonte, tornando a
cidade um dos destinos mais atraentes em âmbito nacional e internacional e motivo
de orgulho para moradores e visitantes.

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BELOTUR
- Dentro do contexto do Turismo Urbano, são segmentos turísticos e nichos prioritários em Belo
Horizonte:
. Turismo Cultural
. Turismo de Negócios e Eventos
. Turismo Gastronômico
. Arquitetura e Urbanismo (nicho de mercado)
. Moda / Design / Compras (nicho de mercado)
- A Belotur é o órgão responsável pela estruturação, qualificação e promoção “Destino Turístico
Belo Horizonte” nacionalmente e internacionalmente, bem como incrementar e fomentar o setor
turístico da capital mineira.

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BELOTUR
- Diretrizes:
. Desenvolvimento e estruturação dos produtos, equipamentos, serviços e eventos
turísticos;
. Aprimoramento do marketing e promoção de Belo Horizonte;
. Aprimoramento de políticas de monitoramento e avaliação do setor turístico;
. Fortalecimento institucional e da governança do turismo;
. Desenvolvimento socioeconômico e sustentável da atividade turística.

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BELOTUR
“Belo Horizonte dispõe hoje de atrativos variados e de qualidade. É uma cidade
criativa, um centro onde a cultura, as artes, a gastronomia, o conhecimento
científico e a tecnologia e movimentam o cotidiano da cidade, estimulando sua
permanente renovação. Um espaço urbano que gera uma interrelação contínua
entre os negócios e a cultura, por meio dos eventos que recebe e promove, o que
traz uma diferente realidade da apresentada na última década.” (Relatório
Integrado 2018 - Belotur)

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BELOTUR
- Reconhecimento do “Conjunto Moderno da Pampulha” pela UNESCO como
Patrimônio Cultural da Humanidade em 2016. De acordo com a Belotur, é um
“produto estrela” e, com sua internacionalização, emerge como um potencial atrativo
de fluxos turísticos dos mais variados tipos para a região.
- Atuação na captação e realização de eventos em Belo Horizonte, por exemplo, o
Carnaval e o Arraial de Belô, apropriados pela população e gerador de fluxo de
turistas para a capital.

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BELOTUR
Demanda turística em Belo Horizonte: origem dos visitantes

Fonte: BELO HORIZONTE. BELOTUR. Relatório da pesquisa de demanda turística: 2019 consolidada.
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BELOTUR
Demanda turística em Belo Horizonte: motivação da viagem

Fonte: BELO HORIZONTE. BELOTUR. Relatório da pesquisa de demanda turística: 2019 consolidada.
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BELOTUR
Demanda turística em Belo Horizonte: atividades na cidade

Fonte: BELO HORIZONTE. BELOTUR. Relatório da pesquisa de demanda turística: 2019 consolidada.
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BELOTUR
- Ações empreendidas:
. Belo Horizonte Surpreendente: reposicionamento estratégico de Belo Horizonte com criação de
nova marca;

. Portal Belo Horizonte: novo site que abriga páginas de grandes eventos e projetos turísticos cidade
e acolhe subportais da Fundação Municipal de Cultura, do Carnaval de Belo Horizonte, da Cidade
Criativa da Gastronomia pela UNESCO e do Conjunto Moderno da Pampulha
(http:/portalbelohorizonte.com.br/);

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BELOTUR
. Programa 4 Estações: execução de quatro editais anuais de incentivo à realização
de eventos com potencial turístico;
. Gastronomia: ações de desenvolvimento do setor, com capacitações e fomento à
elaboração de novos produtos; realização de pesquisas e criação de indicadores
para monitoramento da atividade; fomento à realização de eventos que promovam
e fortaleçam a gastronomia; e reconhecimento junto à UNESCO com Cidade Criativa
da Gastronomia;

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BELOTUR
. Carnaval de Belo Horizonte: planejamento propiciou a ampliação dos
investimentos em políticas sociais, segurança pública, inovação e sustentabilidade,
com o objetivo tornar a festa cada vez mais responsável e cidadã.
. Observatório do Turismo: construção e a realização de pesquisas, estudos e
coletas de dados que possam subsidiar o planejamento estratégico e a tomada de
decisões.

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ICMS
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) é uma
espécie de tributo estadual que incide sobre a movimentação de mercadorias e
serviços em geral.
- A Constituição Federal (artigo 158-inciso IV) determina que 25% do total
arrecadado com ICMS nos Estados seja repartido entre os respectivos municípios.
- Em Minas Gerais, a Lei Robin Hood define que 25% dos recursos sejam distribuídos
de acordo com critérios estabelecidos.

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Critérios de distribuição Percentual
VAF (Valor Adicionado Fiscal) 75,00
Área geográfica 1,00
População 2,70
População dos 50 Municípios mais 2,00
populosos
Educação 2,00
Produção de alimentos 1,00
Patrimônio cultural 1,00
Meio ambiente 1,10
Saúde 2,00
Receita própria 1,90
Cota mínima 5,50
Municípios mineradores 0,01
Recursos hídricos 0,25
Municípios sede de estabelecimentos 0,10
penitenciários
Esportes 0,10
Turismo 0,10
ICMS solidário 4,14
Mínimo "per capita" 0,10
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Total 100,00
ICMS PATRIMÔNIO CULTURAL
- O ICMS Patrimônio Cultural é um programa de incentivo à preservação do patrimônio cultural
do Estado iniciado em 1995.
- Realizado por meio de repasse de recursos para os municípios que preservam seu patrimônio e
suas referências culturais através de políticas públicas relevantes. O programa estimula as ações de
salvaguarda dos bens protegidos pelos municípios por meio do fortalecimento dos setores
responsáveis pelo patrimônio das cidades e de seus respectivos conselhos em uma ação conjunta
com as comunidades locais.
- Os municípios devem comprovar que possuem ações de gestão para a preservação do
Patrimônio Cultural.
- O IEPHA/MG é a instituição responsável por estabelecer, acompanhar e avaliar as diretrizes
relativas ao referido Critério para a efetivação do repasse de recursos aos municípios.

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ICMS PATRIMÔNIO CULTURAL
- A documentação pelos municípios segue os seguintes critérios:
. Política Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural e Outras Ações: documentos
que comprovem, para efeitos de pontuação, os procedimentos e ações adotados
pela municipalidade relativos à implementação da política municipal de proteção do
patrimônio cultural local;
. Investimentos e Despesas Financeiras em Bens Culturais Protegidos: documentos
que comprovem, para efeitos de pontuação, a criação do Fundo Municipal de
Preservação do Patrimônio Cultural – FUMPAC e os investimentos realizados em
bens protegidos. Serão ainda informados investimentos advindos de outras fontes de
financiamento que tenham sido aplicados em bens culturais protegidos, difusão e
educação para o patrimônio.

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ICMS PATRIMÔNIO CULTURAL
. Inventário de Proteção do Patrimônio Cultural elaborado pelo município: Plano de
Inventário do Patrimônio Cultural, tendo como resultado a identificação dos bens culturais
locais, sua descrição, localização e caracterização, através da apresentação das
respectivas fichas de inventário;
. Processos de Tombamento de Bens Materiais na esfera municipal: apresentação dos
dossiês dos bens materiais aí identificados, dentro da seguinte classificação: Núcleo
Histórico Urbano (NH); Conjunto Urbano ou Paisagístico localizado em zonas urbanas ou
rurais (CP); Bem Imóvel (BI), com seus respectivos acervos de bens móveis e integrados,
quando houver; e Bem Móvel e Integrado (BMI).
. Processos de Registro de Bens Imateriais na esfera municipal: apresentação dos dossiês
dos bens imateriais identificados, elaborados com a participação dos detentores do bem.

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ICMS PATRIMÔNIO CULTURAL
. Laudos Técnicos do Estado de Conservação dos Bens Materiais Protegidos na esfera municipal: ações
da gestão voltadas para o monitoramento dos bens tombados situados no município, indicando seu
estado de conservação e os efeitos e desdobramentos do tombamento sobre a proteção efetiva do
bem.
. Relatórios de Implementação das Ações e Execução do Plano de Salvaguarda dos Bens Protegidos
por Registro: gestão dos bens imateriais e o acompanhamento da implementação das ações de
salvaguarda dos bens imateriais registrados, apontando estratégias e propostas para a continuidade
dos bens e sua recriação e difusão.
. Programas de Educação para o Patrimônio (EP) e ações de Difusão: projetos em andamento e a
realização de atividades de educação patrimonial desenvolvidas junto aos variados públicos e
espaços sociais do município, bem como ações de difusão correspondentes e materiais produzidos para
divulgação do patrimônio cultural do município.

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Evolução do ICMS Patrimônio Cultural por adesão e faixa de valor (1997-2003)

Fonte: SALES. Álvaro A. M. A (possível) interface entre patrimônio cultural e turismo nas políticas públicas em Minas Gerais.
Dissertação (Mestrado) – Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2012. 44
Evolução do ICMS Patrimônio Cultural por adesão e faixa de valor (2004-2010)

Fonte: SALES. Álvaro A. M. A (possível) interface entre patrimônio cultural e turismo nas políticas públicas em Minas Gerais.
Dissertação (Mestrado) – Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2012. 45
ICMS PATRIMÔNIO CULTURAL
- Em 2021, 686 dos 853 municípios de Minas Gerais receberam R$135.165.586,93
advindos do ICMS Patrimônio Cultural.
- Em 2022, 822 municípios foram pontuados no ICMS Patrimônio Cultural, ou seja,
96%, e receberam, no total, R$142.051.315,43.
- A experiência do ICMS Patrimônio Cultural foi pioneira no país e serviu de modelo
para outros estados instalarem medidas semelhantes com relação ao repasse
derecursos aos municípios.
- Aponta-se para o caráter de descentralização do ICMS Patrimônio Cultural, com a
redistribuição de recursos entre os municípios de Minas Gerais.

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ICMS PATRIMÔNIO CULTURAL
- O ICMS Patrimônio Cultural contribui para a preservação do patrimônio cultural
em Minas Gerais ao induzir os municípios a refletirem sobre o que seria seu
patrimônio cultural e a desenvolverem estruturas de gestão e preservação.
- O investimento financeiro necessário para que um município é baixo se
considerado o montante de recursos recebidos.
- A relação entre Estado e municípios gera uma parceria entre os entes federativos,
pois o IEPHA construiu vínculos crescentes com os agentes públicos municipais
possibilitando o estabelecimento de ações na área do patrimônio cultural em âmbito
municipal.

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ICMS TURISMO
- O critério Turismo foi estabelecido em 2009.
- Minas Gerais é o único estado do país que repassa incentivos financeiros aos
municípios para que atuar na gestão turística.
- Para se habilitar ao repasse o município deverá comprovar anualmente o
cumprimento de critérios obrigatórios:
1 . Participar do Programa de Regionalização do Turismo no estado de Minas
Gerais;

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ICMS TURISMO
2 . Ter elaborada e em implementação Política Municipal de Turismo que contenha:
comprovação de ação regional;
comprovação de ação de marketing: planejamento e posicionamento de mercado,
promoção do destino e apoio à comercialização;
Plano Municipal de Turismo com o planejamento das ações a serem executadas
3 . Possuir Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), constituído e em regular
funcionamento;
4 . Possuir Fundo Municipal de Turismo (FUMTUR), constituído e em regular funcionamento.
- Garantem pontuação extra aqueles municípios que se habilitam também no critério
patrimônio cultural e meio ambiente.

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Evolução de municípios habilitados – ICMS Turismo

Ano Quantidade
2009 44
2010 63
2011 128
2012 158
2013 206
2014 244
2015 242
2016 248
2017 296
2018 344
2019 376
2020 372
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ICMS TURISMO
- Em 2021, foram repassados aos 376 municípios habilitados R$13.516.687,11.
- Em 2022, foram repassados R$14.205.129,78 aos 372 municípios contemplados.
- O turismo ganha destaque como um democrático instrumento de distribuição de
renda, tendo em vista que a atividade permite a todos os setores da economia um
grande benefício, promovendo um substancial desenvolvimento econômico, cultural e
social.
- ICMS Turismo atua como motivador e catalisador de ações, visando estimular a
formatação/implantação, por parte dos municípios, de programas e projetos
voltados para o desenvolvimento turístico sustentável, em especial os que se
relacionam com as políticas para o turismo dos governos estadual e federal.

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ICMS TURISMO
- O ICMS Turismo apresenta ainda um avanço, pois apresenta maior possibilidade
de induzir a interface com áreas relacionadas ao turismo, como o patrimônio
cultural e o meio ambiente.
- Premia aqueles municípios que já executam ações em diferentes áreas, mesmo que
não realizadas em conjunto.
- Esta medida adotada pelo governo estadual para o ICMS Turismo proporciona a
relação com áreas afins, em especial com o patrimônio cultural.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BELO HORIZONTE. BELOTUR. Carta Anual de Governança. Disponível em:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/belotur/lei%2013303/carta-anual-de-governanca-2020.pdf . Acesso em
03mai2022.
- BELO HORIZONTE. BELOTUR. Planejamento Estratégico 2017-2021 - Belo Horizonte - Destino Turístico Inteligente. Disponível em:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/belotur/observatorio/ Caderno_de_dados_Dezembro _de_2016.pdf . Acesso
em 06mai2022.
- BELO HORIZONTE. BELOTUR. Relatório da pesquisa de demanda turística: 2019 consolidada. Disponível em:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/belotur/2021/pesquisa-demanda-turistica-consolidada-2019.pdf . Acesso em
06mai2022.
- BELO HORIZONTE. BELOTUR. Relatório Integrado. Disponível em:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/belotur/lei%2013303/relatorio-integrado.pdf. Acesso em 03mai2022.
- BRASIL. Ministério do Turismo. Ações de gestão do conhecimento para o aprimoramento da Política Nacional de Turismo – Arcabouço e Diretrizes.
Brasília, 2014. Disponível em:
https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/plano-nacional-do-turismo/1-arcabouco_e_diretrizes.pdf. Acesso em
03mai2022.
- BRASIL. Ministério do Turismo. Plano Nacional de Turismo – 2018-2022. Brasília, 2018. Disponível em:
https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo/pnt-2018-2022-pdf. Acesso em 03mai2022.
BRASIL. Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do Turismo - Diretrizes. Brasília, 2013. Disponível em:
http://regionalizacao.turismo.gov.br/images/pdf/PROGRAMA_DE_REGIONALIZACAO_DO_TURISMO_-_DIRETRIZES.pdf. Acesso em 03mai2022.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Capacitação ICMS: novas regras do Decreto n°
48.108/2020. Disponível em: . Acesso em 03mai2022.
-MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. 2021 - Cartilha de Orientação - Reconhecimento das
instâncias de governa e participação de municípios na política estadual de Turismo de Minas Gerais. Disponível em:
http://www.regionalizacao.turismo.gov.br/images/Cartilha%20de%20Orientao%202021
%20%20Reconhecimento%20das%20Instncias%20de%20Governana%20e%20Participao%20de%20Municpios%20na%20Poltica%20Est
adual%20de%20Turismo%20de%20Minas%20Gerais.pdf . Acesso em 03mai2022.
- MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Orientações para o Planejamento e Gestão Municipal do
Turismo em Minas Gerais. Belo Horizonte, 2014. Disponível em:
https://www.secult.mg.gov.br/download/category/10-icms-turismo?download=2361:orientacoes-para-o-planejamento-e-gestao-municipal
-do-turismo. Acesso em 03mai2022.
- MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Política de Regionalização do Turismo em Minas Gerais.
Disponível em:
https://www.secult.mg.gov.br/download/category/25-turismo?download=2472:politica-de-regionalizacao-do-turismo-de-minas-gerais.
Acesso em 03mai2022.
- SALES. Álvaro A. M. A (possível) interface entre patrimônio cultural e turismo nas políticas públicas em Minas Gerais. Dissertação
(Mestrado) – Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2012. Disponível em:
https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUOS-8T8LSA. Acesso em 04mai2022.

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