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1.

INTRODUÇÃO

O turismo passou a ter uma demanda crescente focado no aumento da


população e da complexidade urbana, provocada pelo capitalismo e seus modos de
produção e da busca diferenciada por satisfação pessoal. O turismo é considerado
evasão, sonho, saída do cotidiano e da mesmice. E o Marketing Turístico vem
impulsionar o consumo desta necessidade pós-moderna: o "sair da rotina".
O Turismo não se encaixa no quesito das necessidades básicas, como
alimentação, moradia, saúde e educação, por ser considerado secundário na escala
de prioridades dos consumidores. As atividades turísticas, porém, deixaram de ser
vistas como um capricho e, uma vez que essas necessidades primárias sejam
atendidas, o ser humano passa a relacioná-las principalmente com cultura e lazer e
é nesse ponto que o Turismo começa a sua atuação. É preciso que haja muito
planejamento, cabendo à Administração Pública obter resultados a partir de
diagnósticos técnicos referentes ao turismo da localidade comprometendo-se a
investir no desenvolvimento da região. De nada servirá uma cidade oferecer várias
opções turísticas, como grandes riquezas naturais e culturais, se não impulsionar o
desenvolvimento turístico relacionado ao plano diretor do município.
Conclui-se que é função da Administração Pública desenvolver um conjunto
de atuações fundamentais que caracterizam o mercado turístico em seu entorno.
Por essa via, este trabalho tem como objetivo geral estabelecer padrões a fim de
auxiliar o município a posicionar-se como um centro turístico de cultura, lazer e
entretenimento.
O trabalho aborda a questão turística do Município de Queluz que pertence ao
Vale Histórico, região do Vale do Paraíba hoje considerada uma cidade histórica. A
administração deste Município tem investido no potencial da cidade visando valorizar
os recursos naturais e históricos presentes.
O objetivo deste projeto é o de desenvolver e criar um website1 para a cidade,
como ferramenta de divulgação do município ao público/turista interessado em
resgatar a cultura, o lazer, o entretenimento, a história e as tradiçao de uma cidade.
Na maioria das vezes as pessoas não têm conhecimento da maneira como o
desenvolvimento turístico colabora para o crescimento das cidades.

1
Website: é um conjunto de páginas web, isto é de hipertextos acessiveis na internet.
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Assim, o tema tem o propósito resgatar a cultura presente no município de
Queluz, que obteve um aumento no setor Turístico com a ajuda da população, que
manteve suas raízes vivas, e da administração pública, que busca destacar os
pontos históricos e culturais, no sentido de trazer benefícios para a cidade e também
de torná-la conhecida e receber novos olhares voltados para o turismo, ás atrações
que estão presentes como a cultura e o lazer se tornam diferenciais ativos. Ou seja,
valorizar a região do Vale Histórico que por falta de divulgação adequada acaba por
não receber o devido reconhecimento.
Durante sua elaboração diagnosticou-se a ausência de ferramentas de
comunicação e marketing auxiliares na apresentação da atividade turística do
município de Queluz. Desse modo, acredita-se que o desenvolvimento de uma
website com informações sobre o município, resgatando a história, cultura, tradição
e informando as características e infraestrutura possa ser um grande apoio para
estimular o município como referência no setor turístico.
A execução deste projeto se deu por meio de uma pesquisa bibliográfica e de
pesquisa documental, artigos e publicações acessíveis através da Internet e
bibliotecas, além da coleta de dados primários in loco, por meio de pesquisas e
levantamento de dados turísticos, infraestrutura básica e específica de turismo
coletados com o Secretario de Comunicação Social e Turismo.
Para o embasamento teórico, apresenta conceitos de Marketing e de
Marketing Turístico, utilizados para fundamentar a aplicação de acordo com o eixo
temático. Como pilar, bibliografia ligada ao Marketing Turístico permeia todo o texto.
Definiu-se estruturar o trabalho com uma introdução; quatro capítulos abordando
respectivamente: a fundamentação teórica, a metodologia, a definição do objeto
empírico no município de Queluz e a website desenvolvida para o mesmo.
A busca por informações, conhecimento e o interesse sobre determinados
pontos turísticos e culturais contribuem para satisfazer as necessidades do
público/turistas e fortalece a proposta de criar uma website específica.
O município utiliza as mídias sociais como o Twitter2, blog3, facebook4, flickr5,
orkut6 e sites específicos de pesquisa relacionando suas belezas naturais e
históricas.

2
Twiiter: refere-se ao som que os pássaros fazem. Como "piar", "gorjear",ou "pipilar"
3
Blog: Termo usado para definir um site como caderno digital ou diário online.
4
Facebook: é uma rede social lançada.
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A pesquisa bibliográfica vem contribuir para o estudo de dados históricos,
culturais e, sobretudo, para o posicionamento turístico das cidades, como argumenta
GIL (1996, P. 50) “esta vantagem se torna particularmente importante quando o
problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço.”
Queluz é hoje uma cidade que obteve aumento no setor turístico e com uma
visão ampla vem focando seus pontos de interesse característicos no surgimento de
áreas que se expandiram e trouxeram benefícios diversos à sociedade como um
todo, sem separar classe social, credo ou raça, pois todos têm de ter a consciência
de que a cultura e o lazer existem e são para todos.
O site7 pode vir a ser uma ferramenta de ligação entre o público/turistas as
informações e os dados podem persuadir e despertar o interesse das pessoas a
conhecerem de perto o que a cidade tem para oferecer.

5
Flickr: é um site da web de hospedagem e partilha de imagens fotográficas (e de documentos
gráficos, como desenhos e ilustrações), caracterizado também como rede social.
6
Orkut: Vem do nome do criador do site, o engenheiro Orkut Buyukkokten, considerado uma rede
social.
7
Site: O conjunto de todos os sites públicos existentes compõe a World Wid Web.
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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Marketing e Turismo


A Organização Mundial de Turismo, organismo das Nações Unidas e Melgar
(2001, p.13), definem o turismo como um conjunto de atividades realizadas por uma
pessoa em locais diferentes do qual possui sua residência habitual, por motivos e
razões surgidas livremente e que não sejam exercidas ações profissionais
remuneradas ligadas ao setor econômico do lugar visitado. Sendo assim, é a
somatória das relações e dos serviços derivados de uma mudança temporária.
De acordo com Melgar (2001, p.71), o turismo tem como sua matéria prima os
atrativos turísticos classificados nas seguintes categorias: sítios naturais, históricos,
culturais, congressos e eventos, educacionais, recreacionais, saúde e negócios,
sendo eles que motivam o deslocamento dos turistas para ver, fazer, sentir e
desfrutar de sua existência em determinadas regiões.
O objeto deste projeto se destina aos atrativos naturais (cachoeiras,
observação de flora e fauna), e históricos (casarões, museus e sítios históricos), aos
atrativos turísticos patrimoniais como: os casarões, sítios históricos, pousadas,
prédios e monumentos que hoje fazem parte da história do município.
Para Ruschmann (1991, p. 26, apud Melgar (2001), o produto turístico se
classifica em elementos tangíveis e intangíveis, centralizados numa atividade
específica e numa determinada destinação.
E importante salientar que não se pode falar de turismo como um produto
completo ou único, mas que seus bens ou serviços turísticos podem satisfazer a
necessidade turística detectada.

2.1.1 Definição de Marketing Turístico


Melgar (2001, p. 60), define o marketing turístico como um conjunto de
atividades desenvolvidas no setor produtivo da atividade turística, compilando
esforços financeiros, humanos e físicos e identificando necessidades atuais e
potenciais em segmentos específicos de mercados turísticos, como forma de gerar
produtos que possam atender essas necessidades e ao mesmo tempo proporcionar
um benefício econômico aos investidores.

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O marketing é fundamental no turismo, pois utilizando as ferramentas de
comunicação adequadas é possível conquistar o consumidor. Para isso, é preciso
conhecer a realidade da cidade e através de sua beleza, seduzir e despertar o
interesse do turista criando assim um laço ou vínculo com o mesmo.
O papel do marketing Turístico é de investir em recursos que possa
convencer o turista de que ele precisa do turismo. Sendo assim o produto turístico é
considerado secundário na escala de prioridades dos consumidores.
Ruschmann (2003, p. 26) define que é preciso conhecer os elementos e
percepções intangíveis sentidas pelo consumidor, sendo características que devem
ser observadas a fim de elaborar um plano de marketing, pois o produto turístico
difere dos produtos industrializados e de comércio.
Sabendo que o conceito de marketing esta relacionado com o consumidor, os
componentes do produto turístico devem ser examinados sob o ponto de vista dele.
Para o turista, o produto engloba a experiência completa, desde o momento que sai
de casa para viajar até o seu retorno (RUSCHMANN, 2003). Assim, o profissional de
marketing precisa saber qual o perfil daquela cidade, descobrir através de um
diagnóstico minucioso a vocação turística a ser praticada e que poderá trazer os
resultados esperados, tanto para o destino como para quem está indo a ele.
Feito o diagnóstico, verificado o potencial turístico, cabe à Administração
Pública focar um segmento e desenvolver um conjunto de ações fundamentais que
vão relacionar a cidade ao mercado turístico.
Rocha (2003, p. 14) diz que de nada servirá divulgar a cidade e seus
atrativos turísticos se o Estado não desenvolver as medidas indicadas para
impulsionar o desenvolvimento turístico.
Portuguez (2004, p.34) analisa o turismo das cidades históricas como a
fragilidade da cidade histórica e sua complexidade funcional, explicam o fato de não
ser nada fácil dotar-se de uma infra-estrutura de administração que supere a
dissociação entre administração turística, cultural e urbanística. As expectativas que
o turismo desperta são muitas, não obstante, é preciso ser consciente de que toda
cidade histórica é cidade turística e que a dinamização a partir do turismo também
tem limites importantes.
Assim, para que uma cidade histórica alcance êxito na atividade turística é
preciso uma coordenação de políticas setoriais, com implicação urbana (urbanismo,

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trânsito, cultura, segurança, turismo, etc.) e a formulação de políticas turísticas
(PORTUGUEZ, 2004).

2.1.2 Características do Turismo


O turismo pode se destacar com um eficiente meio para:
• Promover a difusão de informação sobre uma determinada região ou localidade,
seus valores naturais, culturais e sociais;
• Abrir novas perspectivas sociais como resultado do desenvolvimento econômico e
cultural da região;
• Desenvolver a criatividade em vários campos;
• Promover o sentimento de liberdade mediante a abertura ao mundo,
estabelecendo ou estendendo os contatos culturais, estimulando o interesse pelas
viagens turísticas.
Por outro lado, pode provocar os seguintes impactos:
• Degradação e destruição dos recursos naturais;
• Perda da autenticidade da cultura local;
• Descrição estereotipada e falsa do turista e do país ou região de que procede, por
falta de informação adequada;
• Ausência de perspectivas para aqueles grupos da população local das áreas de
destinação turística, que não obtêm benefícios diretos das visitas dos turistas ou do
bem próprio Sistema de Turismo da localidade;
• Aparecimento de fenômenos de disfunção social na família, patologia no processo
de socialização, desintegração da comunidade;
• Dependência do capital estrangeiro ou de estereótipos existentes do Turismo.

2.2 - PATRIMÔNIO TURÍSTICO CULTURAL


O conceito patrimônio desde a sua origem sofre reformulações como a
formulação dos principios de preservação e conservação. Segundo Barbosa (2001,
p. 67) a origem etimológica da palavra "vem do latim patrimoniu”, tendo associado à
ideia de uma herança paterna ou bens de família". A partir do século XVIII, o
patrimônio foi compreendido como bens protegidos por lei e pela ação de órgãos,
nomeando o conjunto de bens culturais de uma nação.
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Chamado de patrimonio histórico, em 1972 passou a ser considerado "o
conjunto de edificações separados ou conectados, os quais, por sua arquitetura,
homogeneidade ou paisagem de relevância universal do ponto de vista da história,
da arte ou das ciências" (BARBOSA, 2001, p. 70). A partir deste momento, foram
classificados não apenas os bens materiais, como também os imateriais.
Pellegrini (1993, p. 92) ressalta que o significado dos patrimônios culturais é
amplo, sendo incluídos outros produtos do sentir, do pensar e do agir humanos,
variadas peças de valor etnológico, arquivos e coleções bibliográficas, desenhos de
sentido artístico ou científico, peças significativas que servem para o estudo da
arqueologia de um povo ou época.
Barretto (2000) acrescenta que estão incluídas as artes que transcorrem no
tempo, assim como a dança, a literatura, o teatro e a música. Bákula (2000, apud
Norrild, p. 13) considera também que são inclusos "os objetos do passado mais os
costumes, celebrações, objetos, crenças, tradições, bailes, cantos, línguas, técnicas,
modas, usos, expressões e modismos e elementos alheios que se incorporam a
uma cultura viva".
Assim, a noção de patrimônio cultural é bastante ampla, incluindo não apenas
"os bens tangíveis, os intangíveis e as manifestações artísticas, mas todo o fazer
humano, e não só aquilo que representa a cultura das clases, mas também o que
representa a cultura dos menos favorecidos" (BARRETTO, 2000, p. 11).
O patrimônio cultural, é considerado por determinado conjunto social como
cultura própria, que sustenta sua identidade e o diferencia de outros grupos, não
abarca apenas os monumentos históricos, mas também o desenho urbanístico e
outros bens físicos, e a experiência vivida condensada em linguagens,
conhecimentos, tradições imateriais, modos de usar os bens e os espaços físicos
(Canclini, 1990, p. 99).
Devido as transformações geradas pela pós-modernidade e pelas novas
tecnologías que afetam diretamente a cultura e os patrimonios de determinados
locais. “Hoje percebe-se que no mundo das transformações, a cultura apresenta a
necessidade de uma maior amplitude e eficacia nas políticas e programas de
conservação e criação do patrimonio cultural”. (AZIRPE & NALDA, 2003, p. 221).
Assim, o patrimônio cultural não é um objeto estático, imóvel, mas sim um
emaranhado de vivências e valores que precisam ter sua dinâmica considerada e

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respeitada, para que possa sobreviver a tantas interferências trazidas pela
modernidade, sendo que talvez a interferência de maior destaque seja advinda da
prática turística.

2.2.1 Consciência e Preservação


Waldissa Russio (1984, p.59) expõe que a sociedades ao longo de sua
história produz um conjunto de bens culturais atribuindo-lhes significados. O
patrimonio se constrói a partir dos valores dados aos bens, sendo eles artefatos ou
objetos de uso cotidiano, como condição necessária para que ele seja preservado.
Bezerra de Menezes (1994, p.43) completa, que as formas concretas de
organização espacial da vida coletiva que o homem estrutura as marcas da sua
memoria, assegurando o caráter social de sua experiência histórica.
Pellegrini, (1993, p.93) ressalta que “O conceito de patrimônio cultural, nos
remete ao passado histórico esquecendo por vezes que nossa produção presente
constituirá o patrimonio cultural das gerações futuras”. Daí surge a consciência pela
preservação estando nas mãos dos formadores de opinião, sobretudo profesores,
jornalistas, universitarios e líderes comunitarios.
Identidade cultural como é chamada, permeia os segmentos da vida cotidiana
e produz o que chamamos de patrimonio cultural.
Carlos Lemos (1981, p.29):
“Preservar não é só guardar uma coisa, um objeto, uma
construção, um miolo histórico de uma grande cidade velha.
Preservar é manter vivos, mesmo que alterados, usos e
costumes populares. E fazer levantamentos, seja qual for a
natureza, de sitios variados, de cidades de bairros, de
quarteiroes significativos dentro do contexto urbano. De
construções, especialmente aquelas condenadas ao
desaparecimento decorrente da especulação imobiliária.
Devemos então, garantir a compreensão de nossa memória
social preservando o que for significativo dentro de nosso
vasto repertório de elementos componentes do Patrimonio
Cultural. Essa a justificativa do “porque preservar”.

Para que haja uma identidade cultural é de fundamental importância a


existência de um patrimônio conhecido e preservado. Como afirma Waldissa Russio
(1984, p. 2), a identidade cultural é um fato cultural e político que leva a uma
questão muito seria que é a soberania e a autodeterminação.
Bezerra de Menezes (1996, p. 99), escrevendo sobre “usos culturais” da
cultura, por sua vez, preocupa-se com o uso de um bem cultural, quando o turismo

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pode influenciar em uma sociedade, utilizando-a como algo a ser mostrado do ponto
de vista da arte e da cultura, mas descontextualizando os membros da comunidade
do espaço onde estão inseridos os bens culturais. Quanto mais autêntica for à
comunidade, mais seu patrimônio cultural deverá ser valorizado pelos indivíduos do
lugar e por aqueles que vêm de fora, os turistas.
Pompeu F. de Carvalho (1996, p.100) pontua que toda comunidade é síntese
singular da realização de lugares e pessoas, podendo ser compreendida nas formas
mais ou menos intensas de representação de sua singularidade.
O turismo respeita esta dimensão da cultura, podendo ser a fonte fecunda da
renovação: caso contrário, apenas facilitará sua degradação, como um simples
produto de mercado.

2.2.2 - Patrimônio e Turismo


Muitas vezes nos perguntamos qual a relação entre o Turismo e o Patrimônio
Cultural. O patrimônio surgiu com a Revolução Francesa e seu conceito foi gerado
enquanto nascia razões práticas e assim associado com a ideologia do estado
nacional da época. Com intuito de evitar atos de vandalismo era preciso proteger as
propriedades remanescentes.
Nos dias atuais tudo o que esta relacionada com bens imóveis e móveis,
sendo caracterizada como bem patrimonial originário do esforço de organização,
pelo conceito, função e denominação de museus. Desde a ultima década no século
XVIII foram geradas leis e políticas consistentes para classificar, preservar e
restaurar os monumentos históricos durante todo o século XIX até o século XX.
Às cidades, com suas velhas construções centenárias, feitas para abrigar
várias gerações de uma mesma família transformaram-se em elementos facilmente
substituíveis por edificações executadas com materiais baratos. Hoje o que era
apenas casarões ou monumentos que foram símbolos da época são de fato “centros
históricos”, que por diversas razões vem sendo preservados desde a destruição e
permanecem íntegros, ou parcialmente íntegros, com o seu traçado urbano e suas
edificações originais. O mesmo se dá para a forma que usamos o termo “cidades-
históricas”, dirigido habitualmente aos centros urbanos e que permanecem à
margem da industrialização ou tiveram seu ritmo de crescimento reduzido num
determinado tempo. Em alguns momentos parecem apenas traços de vitalidade

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sejam pouco visíveis, apenas ausentes ou em outras esquecidas.
Com uma infinidade de artefatos que figuram como atrativos culturais para o
Turismo detêm de rendimentos para a sua própria manutenção, desde que geridos
de forma adequada possam abrir novas possibilidades de oferta.
Podemos observar também que o marketing direcionado aos aspectos
culturais pouco se inova, conhece ou podem ser atribuídas a uma inibição inerente
aos riscos do desconhecimento gerando o distanciamento daquilo que se deve ter
como entendimento de ambas as partes, aqueles que conseguem manter algo
presente e vivo e os que buscam conhecer e se aprofundar sobre o assunto.
O Turismo que historicamente através da prática aristocrática, teve como
atrativo fundamental os produtos culturais do passado, tornando-se posteriormente
um hábito difundido entre a burguesia, tornando-se no final da década de sessenta,
um fenômeno de massas integrante da indústria cultural.

2.3 PATRIMÔNIO TURÍSTICO NATURAL


O Patrimônio Natural esta relacionado há áreas de grande valor e que
necessitam de cuidados e conservação, em resumo se associa a tudo que pertence
à flora e a fauna que além de belos e ricos devem ter atenção dobrada para
permanecerem vivas e presentes.
Existem alguns tipos de Patrimônios naturais as de valor universal cuja
formação pertencente é a física e biológica, as de valor incalculável que estão em
áreas delimitadas e constituem de espécies animais ou vegetais e por fim as que
estão em áreas delimitadas e são de valor universal incalculáveis sendo áreas
naturais de conservação ou beleza natural.
Para ser classificada como patrimônio cultural natural é preciso incluir o
período de desenvolvimento das suas formas e características para representarem
parte ecológica e biológica com desenvolvimentos contínuos do ecossistema e ter
fenômenos ou áreas de excepcional beleza natural, além do mais obter habitats
naturais em conservação incluindo as espécies de valor universal.

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2.3.1 O turismo e o desenvolvimento local
Para que uma cidade histórica alcance êxito no ramo da atividade turística é
preciso uma coordenação de políticas setoriais, com implicação urbana (urbanismo,
trânsito, cultura, segurança, turismo, etc.) e a formulação de políticas turísticas
O turista sempre existe (nacional ou estrangeiro), disposto a deslumbrar das
belezas existentes nas cidades, sejam eles culturais, gastronômicos, naturais ou
arquitetônicos. Cada qual tendo sua colocação no mercado Turístico.
O turismo pode ser classificado da seguinte forma:
Turismo Lúdico Diversão como: parques temáticos, clubes ou simples
passeios a pontos turísticos;

Turismo Cultural Envolvem os museus, monumentos, peças de teatro, shows,


espetáculos e tudo o que possa estar relacionado com a
cultura em particular ou de um povo;

Turismo de compras Voltado para o comércio, visando as melhores lojas com os


melhores preços ou diversidade de produtos;

Turismo Hoteleiro Desfrutar de uma estrutura hoteleira e o que ela pode


oferecer;

Turismo Esta relacionada com a culinária de um povo ou da região.


Gastronômico
Turismo de Saúde Refere – se ao público que cultua o corpo como forma
de prazer.

Turismo de massas Refere –se ao público com o menor nível de renda, que na
grande maioria viajam em grupos, sendo escassos os seus
gastos, tendo permanência de curta duração, ocupando
estabelecimentos hoteleiros de menor categoria e meios
complementares de alojamento ( parques de campismo,
apartamentos, quartos particulares, entre outros).
Turismo alternativo É sugerido como a mais apropriada forma de
desenvolvimento turístico nos países em vias de
desenvolvimento. Mas, os turistas interessados neste tipo
de turismo estão frequentemente interessados em atracções
especificas, particularmente de animais, de montanha, de
locais culturais ou das pessoas, que não devem ser
encaradas não apenas na óptica de motivações e atrações,
mas também do relacionamento entre elas.

Turismo Étnico Significa viagens para o meio social dos indígenas onde os
turistas interagem com os residentes locais, visitando as
suas casas, observando a sua rotina diária, e participando
de rituais.

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Turismo Histórico Envolve visitas a monumentos , museus e ruínas de
importância histórica.

Turismo Literário Este constitui um meio que permite ás pessoas conviver


com determinadas fantasias, não apenas sobre livros e
autores favoritos, mas também um conjunto de outras
atitudes e outros valores culturalmente assumidos. Nesta
óptica o turismo é uma forma de expressão cultural e de
comunicação que envolve a apropriação de imagens entre
diferentes sistemas simbólicos.

Turismo Ambiental Orienta-se para atividades em áreas remotas de interesse


paisagístico. Este pode também designar-se por turismo
ecológico ou Ecoturismo referindo-se a turistas que viajam
para um determinado sítio natural, tendo apenas em conta a
amenidade e o valor recreativo resultantes do contato com
alguns aspectos do mundo natural.

Turismo recreativo Representa a participação ou a observação de atividades


desportivas.

Turismo Religioso Distingue dos turistas religiosos, que visitam um destino de


significado para uma religião especifica que pode não estar
relacionada com uma viagem de lazer ou fazer parte de uma
viagem de objectivos múltiplos, sendo parte de peregrinação
e parte de férias, e turistas de herança religiosa, que viajam
em grupo de afinidade com uma orientação especifica
religiosa , nunca encarando a sua deslocação de herança
religiosa como férias, ainda que possa ser um módulo
dentro das férias.

Turismo Desportivo É aquele que tem maior interesse para o turismo do que o
desporto turístico porque este tem percentualmente menor
projeção para os turistas e os núcleos receptores não
poderiam subsistir com atrações constituídas por
espectáculos periódicos de uma actividade desportiva. O
turismo desportivo permite uma melhor organização da
oferta turística pela resposta a motivações múltiplas, como
pode transformar-se num produto turístico consistente e
duradouro.

Turismo Social Pode ser definido como o conjunto das relações e dos
fenômenos que resultam da participação no turismo das
camadas sociais de rendimentos modestos, participação
que se toma possível ou facilitada por medidas de caráter
sociais bem definidas.
Turismo de estudos Constitui-se da movimentação turística gerada por
e intercambio atividades e programas de aprendizagem e vivências para
fins de qualificação, ampliação de conhecimento e de

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desenvolvimento pessoal e profissional.

Turismo de Pesca Possui características que o posicionam em várias formas


de turismo, porém com intensidades diferentes. Se for
analisado a partir da relação harmoniosa que mantém com a
natureza pode ser considerado ecoturismo, se for vista
como esporte pode ser considera atividade de aventura, de
acordo com o espaço onde ocorre pode ser considerada
turismo no espaço rural, caso tenha relação com as
atividades tradicionais de algumas populações rurais pode
ser enquadrado como turismo rural.

Turismo Naútico Caracteriza-se pela utilização de embarcações como barcos


e/ou navios para a movimentação de passageiros, com fins
meramente turísticos.

Turismo de Aventura Compreende o movimento de turistas cujo atrativo principal


é a busca pela prática de atividades de aventura de carácter
recreativo. Podendo ocorrer em qualquer espaço: natural,
construído, rural, urbano, estabelecido como área protegida
ou não.

Turismo de Sol e Esta relacionada às atividades turísticas como, à recreação,


entretenimento ou descanso em praias, em função da
praia
presença conjunta de água, sol e calor.

Turismo de negócios Compreende o conjunto de atividades turísticas decorrentes


dos encontros de interesse profissional, associativo,
e eventos
institucional, de caráter comercial, promocional, técnico,
científico e social.

Turismo Rural Tem por objetivo permitir a todos um contato mais direto e
genuíno com a natureza, a agricultura e as tradições locais,
através da hospitalidade privada em ambiente rural e
familiar.

Turismo de Saúde Tem focado principalmente na atividade médica e hospitalar,


não deixando de envolver também o cuidado com o corpo e
a mente, que nem sempre está atrelado ao ambiente
hospitalar ou depende necessariamente de algum médico.
Turismo de esporte Define-se através das atividades turísticas decorrentes da
prática, envolvimento ou observação de modalidades
esportivas.

Tabela 2: Tabela de classificação Turística – Tipos de Turismo

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2.4 Turismo: Segmentação e Motivações
Segundo Barreto e Rejowski (2009), até a década de 1970 a literatura
reconhecia o turismo como uma atividade indiferenciada e o turista também como
indiferenciado. Em 1972, Erick Cohen, um sociólogo israelense, interrogou a
existência desse turista e elaborou uma tipologia internacional, baseada no grau de
independência com que os mesmos se movimentavam e no grau de interação que
mantinham com os lugares visitados.
A partir disto separou em quatro tipos: os de massa individuais, que
procuravam viajar a lugares conhecidos, por meio das agências de turismo, no
entanto com certa independência; os de massa organizados, que viajam também por
meio das agências, porém em grupos guiados com hospedagem e passeios
organizados. Ou seja, são aqueles que compram o “pacote turístico”, pessoas que
somente podem desfrutar do novo e do outro a partir de uma atmosfera familiar que
lhes dê segurança; os exploradores, que organizava sua viagem sem auxílio de
profissionais e tentavam se distanciar do que lhes é familiar ou repetitivo, que
gostam de se entrosar com os autóctones e aprender sua língua, mas que
procuravam o nível de conforto que têm em casa, por fim, os “perambulantes” que
viajavam sem rumo, afastavam-se do familiar e rotineiro, e tentavam conviver com a
população local. Cohen seguiu aperfeiçoando suas tipologias ao longo de sua vida
profissional.
Em 1979, identificou cinco tipos: os recreacionistas, os buscadores de
distração, os experienciais, os experimentais e os existenciais (apud BARETTO;
REJOWSKI, 2009). Em 1977, Smith apresenta uma classificação de tipos de turismo
e turista, a partir dos trabalhos apresentados no primeiro simpósio de turismo da
Associação Americana de Antropologia, em 1974. Os tipos de turismo identificados
foram: étnico, cultural, histórico, ambiental e recreativo. Já os turistas foram
classificados como (apud BARETTO; REJOWSKI, 2009):
• Exploradores: são aqueles que procuram novos conhecimentos e saberes, numa
espécie de observação participante similar à realizada por antropólogos. Adaptam-
se aos costumes locais, mas trazem de casa todos os elementos da tecnologia
possíveis.
• Elite: escolhem programas exclusivos, muitos caros, mas aceitam viver durante
uma semana numa comunidade, nas condições em que vivem.

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• Os que fogem do familiar: aqueles que não querem se misturar com os turistas
de massa e que desejam fazer algo totalmente diferente na sua viagem.
• Inusuais: são aqueles que realizam tours organizados e compram um opcional
para passar um dia com um grupo indígena, por exemplo. Compra seu artesanato,
tira fotografias. No entanto, preferem a refeição que é providenciada pela companhia
de turismo devidamente empacotada na origem.
• Massa: são turistas que viajam em pequenos grupos ou a sós, mas que exigem o
conforto de casa. Lotam os lugares com guias que falam seu idioma, são os que
viajam com os pacotes turísticos.
Na mesma década, como destaca Barreto e Rejowski (2009), o egípcio Salah-
Eldin Abel Wahab elaborou uma tipologia de formas de turismo, agrupadas conforme
sete critérios: o número de pessoas que viajam, o objetivo da viagem, os meios de
transporte utilizados, a localização geográfica da destinação, a idade, gênero dos
turistas e os preços atrelados à classe social.
Ainda na década de 1970, o espanhol José Ignácio Arrillaga classificou o
turismo pela sua própria natureza, pela nacionalidade dos turistas, pelo volume, pela
sua composição social, de acordo com a duração, pelo objetivo principal da viagem,
pelo modo de viajar, pelo meio de transporte, pela permanência, pelo âmbito
geográfico e pelo financiamento (apud BARETTO; REJOWSKI, 2009).
Segundo Smith, em 1964 foram publicadas na revista da Associação
Americana de Agentes de Viagem 18 motivos para viajar. Essas motivações foram
divididas, pelo autor J. Thomas em quatro grandes buscas: por educação e cultura;
por descanso e prazer; por legado étnico; e outras, que reuniam clima, saúde,
esportes, aventura etc.
O psicólogo Philip Pearce propôs categorização para os turistas. Ele sugeriu
que quanto mais os turistas viajam, mais procuram estágios avançados de auto-
realização, em busca de atrativos culturais, históricos e ambientais. (apud
BARETTO; REJOWSKI, 2009).
Em concordância com Barreto e Rejowski (2009), no Brasil há poucos
estudos que aprofundam o tema disponível em pesquisas de mestrado, doutorado
ou publicados na forma de artigos científicos.
Falar de segmentação do turismo é falar de estratégia de marketing, pois
grande parte da teoria de segmento do turismo advém da teoria de marketing.

21
(...) Os segmentos de mercado turístico surgem devido ao
fato de as empresas e os governos desejarem atingir, de
forma mais eficaz e confiável, o turista ou o consumidor em
potencial. É praticamente impossível um destino turístico
abarcar todo o público que em algum momento estaria
interessado em consumir seus bens e produtos, assim, a
segmentação torna-se o meio mais preciso de se atingir o
público desejado. (PANOSSO NETTO; ANSARAH, 2009).

Uma das características mais marcantes da pós-modernidade é exatamente


isso: a exigência da diferenciação. A população não quer ser parte de um coletivo
indiferenciado, elas querem exclusividade. Hoje o sucesso do turismo reside em
oferecer experiências diferenciadas para turistas que cada vez mais exigem
passeios sob medida para seus gostos, nível intelectual e situação pessoal
(BARRETO; REJOWSKI, 2009).
O mercado turístico deve ser estudado baseando-se pela segmentação, que
nada mais é uma estratégia do mercado turístico que aglomera os interesses dos
turistas em grupos homogêneos. Isso beneficia ambas as partes, pois um segmento
específico possibilita a propaganda especializada, a necessidade da criação de
política de preços e o acréscimo da concorrência.
Claro que são raros os turistas que se dedicam somente a um único
segmento. Todos dedicam uma parte do seu tempo para desfrutar de um principal
atrativo turístico, como também praticam ao mesmo tempo outros tipos de turismo.
Além disso, existem outros fatores que levam as empresas a segmentar seu
mercado.
Segundo os autores Panosso Netto e Ansarah (2009) são eles:
• Concorrência cada dia maior, mais complexa e difícil de ser vencida;
• Mudança fácil de comportamento do turista, assim como vontades e desejos;
• Necessidade de ser diferente e chamar atenção para si por meios de estratégias
criativas, sempre tentando prever as tendências sociais e econômicas.
Dentre os tipos de segmentação possíveis no mercado turístico, a World
Tourism Organization e European Travel Commission (apud PANOSSO NETTO;
ANSARAH, 2009) apontam alguns dos mais usados na atualidade:
• Sociodemográfica: é a mais utilizada forma de segmentação. Envolve pesquisa
de análise de mercado em termos sociodemográficos que incluem gênero, idade,
círculo familiar, renda, profissão, educação, nacionalidade e localização geográfica;

22
• Tipo de viagem: visitantes são diferenciados de acordo com as razões pelas
quais estão viajando;
• Visita a amigos e familiares: uma das principais categorias que constituem o
segmento de viagens;
• Características da viagem: consiste em informações detalhadas sobre a viagem,
desde seu inicio até o fim;
• Turista que visita pela primeira vez o destino e turista que já esteve no destino:
as diferenças de anseios, desejos e percepções entre esses tipos de turistas são
importantes para os planejadores do destino;
• Vantagem ou beneficio: é uma segmentação que agrupa os turistas de acordo
com as vantagens que eles desejam do produto;
• Atividade: envolve identificar as atividades desenvolvidas pelo turista no destino
e usar essa informação para alcançar certos grupos distintos, monitorando os níveis
de satisfação para poder melhorar a oferta dos bens e serviços oferecidos;
• Motivação: pode ser definida como um impulso que impele as pessoas a viajar;
• Estilo de vida: envolve o perfil multidimensional dos consumidores. Objetiva
obter o mais completo perfil dos turistas;
• Nicho de mercado: pode resultar de fatores intrínsecos ou de uma estratégia de
promoção;
• Geodemográfica: é uma variação de segmentação por estilo de vida. Explora o
perfil, o comportamento e as atitudes de populações específicas, e tem como padrão
o local onde vive a demanda.
• Preço: um dos elementos considerados pelos turistas na escolha da viagem, e
pode ser um parâmetro para se escolher o transporte, a acomodação e as demais
despesas, mas não é o critério principal para a escolha do destino;
• Segmentação por audiências: os vínculos de mídia atingem uma grande
proporção de consumidores com interesses comuns, como pesca esportiva e
observadores de pássaros, entre outros. Pode ser utilizado por algumas
organizações como a principal forma de segmentação do mercado.
• Internet: o uso da Internet é um elemento que amplia as decisões sobre o
turismo, mas também pode variar muito entre pessoas;

23
• Business-to-business: esse grupo refere-se a intermediários que elaboram
pacotes e distribuem os produtos e fornecedores. Pode também incluir outros
grupos, como os da mídia especializada, escolas e organizações de empresas;
• Sem segmentação: os teóricos do marketing têm sugerido que há momento em
que é desejável para uma organização não segmentar um mercado, mas permitir
que ela encontre seu segmento naturalmente. Sem nenhuma segmentação, o
destino coletará dados que indicarão quem são seus principais turistas, e isso
possibilitará uma segmentação futura.

2.4.1 Segmentação e Mercado-Alvo


Este ponto serve de alicerce, pois o marketing em qualquer que esteja
relacionada suas vertentes de atuação se defere da segmentação e da seleção do
mercado-alvo. Segmentar significa identificar dentro do mercado seu grupo de
consumidor e suas características semelhantes com intuito de melhor atender as
necessidades e responder aos desejos.
De acordo com KLOTER e ARMSTRONG (2008), o marketing de segmento
exige três etapas fundamentais: a segmentação de mercado-alvo, a seleção do
mercado alvo e o posicionamento de um determinado produto ou serviço. Para os
especialistas em marketing, o mercado seja qual for o seguimento corresponde, a
um conjunto de dados quantificados que traduzem a evolução em determinada
estrutura e contexto econômico.
Na realidade, existem vários aspectos precedentes ao lançamento de uma
empresa no mercado, independentemente da sua propensão comercial, que deve
ser considerados através de uma análise profunda, que contemple o conhecimento
dos seus produtos/ serviços concorrentes e dos que circulam e estão presentes com
possibilidades de serem substituídos.

3. O que é Marketing?
O marketing pode ser definido como o conjunto de atividades orientadas a
identificar e satisfazer as necessidades e desejos.

24
Segundo Raimar Richers, mais importante que entender sua definição é preciso
compreender que o marketing deve ser encarado como uma filosofia.

3.1 A evolução das definições de marketing


Antes de tentar adotar uma única e exclusiva compreensão da área especifica
de marketing, é interessante verificar como têm evoluído suas definições:
Em 1960, a AMA (American Marketing Association) definia marketing como o
desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do
produtor ao consumidor ou utilizador.
Em 1965, a Ohio State University definiu marketing como:

“o processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda


para bens econômicos e serviços é antecipada ou
abrangida e satisfeita da concepção, promoção, troca e
distribuição física de bens e serviços.”

Em 1969, Philip Kotler e Sidney Levy sugeriram que o conceito de marketing


deveria abranger também as instituições não lucrativas. Para Willian Lazer, o
marketing deveria reconhecer as dimensões societárias, isto é, levar em conta as
mudanças verificadas nas relações sociais. No mesmo ano, David Luck instituiu em
seu artigo “Broadening the concept of marketing too far”, no Journal of Marketing, de
julho, que o marketing deveria limitar-se às atividades que resultam em transições
de mercado.
Kotler e Levy respondem acusando Luck de uma nova forma de miopia e
sugerem que a “cruz de marketing liga-se a uma idéia de troca antes da tese da
transação de mercado”.
O movimento para expandir o conceito de marketing tornou-se provavelmente
irreversível quando o Journal of Marketing passou a dedicar atenção especial ás
regras das mudanças sociais e ambientais. Ao mesmo tempo, Kotler e Gerald
Zaltmen estabeleceram a expressão de marketing social, definindo – o como:

“A criação, implementação e controle de programas


calculados para influenciar a aceitabilidade das ideias sociais
e envolvendo considerações de planejamento de produto,
preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.”

25
Kotler (2000, p. 30) reavaliou sua posição inicial concernente aos limites do
conceito de marketing e tem articulado um conceito “genérico” de marketing. Propõe
que a essência do marketing é transação, definida como a troca de valores entre
duas partes através do seguinte conceito:
“Marketing é um processo social e gerencial pelo qual
indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam
através da criação oferta e troca de produtos de valor com
outros.”

Mas Cobra (1997, p. 361) ressalta que o sucesso da mensagem de


propaganda repousa mais na definição clara dos objetivos de marketing do que nos
objetivos exclusivamente de comunicação. Um administrador deve estabelecer
objetivos claros realizáveis. E a propaganda não foge à regra da importância de
estabelecer objetivos para formular uma campanha de propaganda adequada.
Robert Bartels conclui:
“Se o marketing é para ser olhado como abrangendo as
atividades econômicas e não econômicas, talvez o
marketing como foi originalmente concebido reaparecerá em
breve com outro nome. (1997, p. 361)”

Afinal, O marketing é uma arte ou ciência?


Segundo Robert Buzzell, afirma que o marketing possui requisitos centrais da
teoria para ser classificada como ciência.
Para Kenneth D. Hutchinson:
“Há uma razão real, no entanto, pela qual o campo de
marketing tem- se desenvolvido lentamente como um
conjunto único de teoria. E isto é simples: marketing não é
uma ciência. Ele é antes uma arte ou uma prática, e, como
tal, mais fechada. (1997, p. 361)”

Se o domínio conceitual do marketing inclui os fenômenos micropositivo e


macropositivo, então conclui-se que o marketing é uma ciência. Caso a amplitude do
marketing incluir o comportamento do consumidor, marketing de instituições, canais
mercadológicos e a eficiência de sistemas de distribuição, então não existem razão
para que os estudos desses fenômenos não sejam designados a ciência.
Atualmente, o marketing é aplicável em todas as atividades humanas e
desempenha um papel importante na integração das relações sociais e nas relações
de trocas lucrativas e não lucrativas. Entre as modalidades mais conhecidas do
marketing destacam-se: Marketing Social, político, de serviços, agrícola, industrial,
de serviços de saúde e de instituições que não visam ao lucro.

26
3.2 Ferramentas de Marketing na Web
Para Alan Dubner (2001, p.34) a tecnologia é responsável por todas as
mudanças da humanidade.Pois estamos vivendo a mais incrível e rápida de todas
elas: a revolução digital. Os principais conceitos desta revolução tecnológica são:
Comunidades: é a principal ferramenta de marketing digital da rede.
Webvertising: Uma maneira criativa e eficiente de fazer propaganda pela internet
aproveitando o melhor recurso deste meio: a interatividade.
Viral Marketing: “Convencer” seus clientes/ consumidores a transmitir sua
mensagem de marketing para a rede de relacionamentos pessoais.
Aprendizagem: O e-learning é a maneira mais eficaz de alcançar resultados com
abrangência. A geratividade produz resultados extraordinários.
Afiliação: Um dos principais desafios de projetos de internet. Manter a isenção e
servir aos propósitos dos clientes/consumidores.
Marketing de permissão: Apesar de ser parecido com o viral marketing, o
“permission”, como é conhecido, conta com a anuência do usuário para comunicar
as mensagens da empresa.

3.3 Ferramenta de Marketing Promocional


Segundo a definição de março de 2011 da Associação de Marketing
Promocional (AMPRO), Marketing Promocional é comunicação de marca com
objetivo de incrementar a percepção de seu valor por meio de técnicas promocionais
e pontos de contato que ativem a compra, o uso, a fidelização ou a experiência de
produtos e serviços.
A pesquisa realizada sobre o crescimento e o desenvolvimento do turismo no
município de Queluz tem por objetivo averiguar quais as estratégias promocionais e,
de que forma estas estão sendo utilizadas. Delineada como uma pesquisa
bibliográfica realizada com intuito de analisar questões relativas à estrutura turística.
Dessa forma, definir qual o público-alvo do produto turístico, as fidelizações
praticadas, quais as formas de comunicação utilizada para a divulgação do Turismo,
analisar como é feita a comunicação, e, finalmente, verificar como o Turismo pode

27
ser capaz de promover para o desenvolvimento local através de um planejamento
das ações promocionais. Ao final deste estudo, evidenciou-se que apesar das várias
formas de promoção utilizadas pelo município, não existe uma estrutura turística e
promocional formada através das ferramentas de comunicação.
A promoção é parte primordial de qualquer composto de Marketing. Seus
objetivos são: informar, persuadir e lembrar.

3.4 Internet
A Internet tem revolucionado o mundo dos computadores e das
comunicações como nenhuma invenção foi capaz de fazer antes. Ela tem um
mecanismo de disseminação da informação e divulgação mundial e um meio para
colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores, independentemente
de suas localizações geográficas.
A Internet representa um dos mais bem sucedidos exemplos dos benefícios
da manutenção do investimento e do compromisso com a pesquisa e o
desenvolvimento de uma infra-estrutura para a informação.
Muitos de nós envolvidos com o desenvolvimento e a evolução da Internet
damos visões sobre as origens e a história da Internet que envolve quatro aspectos
distintos:
• A evolução tecnológica que começou com as primeiras pesquisas sobre trocas de
pacotes e a ARPANET8 e suas tecnologias, e onde pesquisa atual continua a
expandir os horizontes da infra-estrutura em várias dimensões como escala,
desempenho e funcionalidade de mais alto nível;
• Os aspectos operacionais e gerenciais de uma infra-estrutura operacional
complexa e global;
• O aspecto social que resultou numa larga comunidade de internautas trabalhando
juntos para criar e evoluir com a tecnologia;
• E o aspecto de comercialização que resulta numa transição extremamente efetiva
da pesquisa numa infra-estrutura de informação disponível e utilizável.
A Internet hoje tem uma larga infra-estrutura de informação, o protótipo inicial
do que é freqüentemente chamado a Infra-Estrutura Global ou Galáxica da
8
ARPANET: Advanced Research Projects Agency Rede, o primeiro do mundo operacional de comutação de
pacotes de rede e da principal rede de um conjunto que veio para compor o mundial Internet.
28
Informação. Sendo complexa ela envolve muitos aspectos - tecnológicos
organizacionais e comunitários. E sua influência atinge os campos técnicos das
comunicações via computadores, mas também toda a sociedade, na medida em que
usamos cada vez mais ferramentas online para fazer comércio eletrônico, adquirir
informação e operar em comunidade.

3.4.1 A origem da Internet


Os primeiros registros de interações sociais que poderiam ser realizadas
através de redes foi uma série de memorandos escritos por J.C.R. Licklider, do MIT -
Massachussets Institute of Technology, em agosto de 1962, discutindo o conceito da
"Rede Galáxica". Ele previa que vários computadores interconectados globalmente,
pelo meio dos quais todos poderiam acessar dados e programas de qualquer local
rapidamente. Em essência, o conceito foi muito parecido com a Internet de hoje.
Licklider foi o primeiro gerente do programa de pesquisa de computador do DARPA,
começando em outubro de 1962. Enquanto trabalhando neste projeto, ele
convenceu seus sucessores Ivan Sutherland, Bob Taylor e Lawrence G. Roberts da
importância do conceito de redes computadorizadas.
Leonard Kleinrock, do MIT, publicou o primeiro trabalho sobre a teoria de
trocas de pacotes em julho de 1961. Kleinrock convenceu Roberts da possibilidade
teórica das comunicações usando pacotes ao invés de circuitos, o que representou
um grande passo para tornar possíveis as redes de computadores. O outro grande
passo foi fazer os computadores conversarem. Em 1965, Roberts e Thomas Merrill
conectaram um computador TX-2 em Massachussets com um Q-32 na Califórnia
com uma linha discada de baixa velocidade, criando assim o primeiro computador de
rede do mundo. O resultado deste experimento foi à comprovação de que
computadores poderiam trabalhar bem juntos, rodando programas e recuperando
dados quando necessário em máquinas remotas, mas que o circuito do sistema
telefônico era totalmente inadequado para o intento. Foi confirmada assim a
convicção de Kleinrock sobre a necessidade de trocas de pacotes.
Hoje vivemos numa realidade de fragmentos onde os indivíduos controlam as
ações de partes e não mais do todo. Foco em conhecimento pressupõe a
preocupação com a eficiência financeira, melhor desempenho, o objetivo de se

29
tornar líder de mercado, fazer mais com menos, e o ajuste de contingências
quaisquer. Conhecimento não é igual à informação.
A Internet, como rede mundial de computadores interconectados, é um
privilégio da vida moderna para o homem moderno. É o maior repositório de
informações acessíveis a qualquer pessoa que a acesse de qualquer parte do
mundo. E o que torna a Internet tão diferente das outras invenções humanas é o
insignificante período de tempo em que ela precisou para ser usada por milhões de
pessoas.

3.4.2 Interatividade e Novas tecnologias de Comunicação


As novas tecnologias estão associadas a interatividade adotando modelos
que integram as redes de conexão operacionalizadas por meio das novas
tecnologias que fazem parte do envio e do recebimento das informações.
O conceito das novas tecnologias estão meramentes relacionados com os de
antigamente. Essa novas tecnologias fazem parte da revolução informacional que
oferecem uma infraestrutura comunicacional permitindo a interação das suas redes
e dos seus integrantes.
Geralmente os modelos são descartados mesmo que eles sejão repassadas
a outros terminais de acesso. O modelo da interatividade e das novas tecnologias
de comunicação é considerado reativo e não interativo e aparece na internet,
disponibilizado por portais conhecidos ou por agências midiáticas que facilitam o
acesso de suas informações e serviços pela Internet.
Sem prever o impacto que elas terão é possivel antever alguns contornos que
pode vir ocorrer: mais agilidade e rapidez ao acesso da informação, participação nas
diversas atividades presentes em nossa sociedade. As novas tecnologias de
comunicação levam a educação a uma nova dimensão, tendo consigo a capacidade
de encontrar lógica dentro do caos da informações que muitas vezes tentamos
organizar numa síntese coerente das informações dentro de uma área de
conhecimento. Agilidade na questão de domínio do raciocínio lógico com
informações importantes para o crescimento e o desenvolvimento daquilo que esta
sendo desenvolvido.

30
4. QUELUZ: CIDADE HISTÓRICA

Figura 1: Mapa da cidade

Queluz é um município localizado no leste do estado de São Paulo, na


microrregião de Guaratinguetá. Com uma população estimada de 11.325 habitantes.
É considerada uma região que consiste de natureza exuberante, arquiteturas
históricas e artísticas, clima aconchegante, projetos e produções artístico-culturais e
religiosas, artesanato e é contemplada pela culinária tradicional e deliciosa.
O nome dado ao município é uma homenagem da família Imperial, o mesmo
de onde nasceu Dom Pedro I em Portugal, no palácio de Queluz.
No ano de 1875, a lei n° 29, de 17 de abril, criou a Comarca de Queluz. Com
o título simples de Vila, passou a ser município de Queluz de 10 de março de 1876
até os dias atuais. Na mesma época uma Lei, que recebeu o n° 15 elevou a
categoria de cidade que até hoje se conserva.
Nos dias atuais, o município vê seu comércio se fortalecer e as oportunidades
de emprego se expandir, graças à economia fortalecida por conta da construção de
uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica).
Cortado por uma das rodovias mais importantes do país, a Rodovia
Presidente Dutra, o município tem um forte potencial para o desenvolvimento do
turismo. Suas características estão associadas aos recursos naturais aliados a
trechos da história do Brasil.
A nova administração pública busca estimular o investimento do setor privado
no município em atividades totalmente compatíveis com o perfil do município e com
sua localização estratégica e privilegiada.

31
Com sua economia bastante aquecida, a construção da Central Hidrelétrica é
possível visualizar como o comércio tem se fortalecido e as novas oportunidades de
emprego tem tido crescimento com a demanda de turistas na região.
Com relação às construções atuais, os prédios mais antigos como pontos
históricos da cidade, precisaram passar por reformas e pinturas diferentes, mas não
perderam o estilo inicial.
Queluz é caracterizada pela história e cultura, que vem crescendo e obtendo
reconhecimento em diversos setores como o de Turismo que atende as
necessidades internas e externas da cidade. A mesma pertence ao Vale histórico
junto com outras regiões próximas de sua localização.

4.1 Atrativos Turísticos


Segundo Boullón os componentes do espaço turístico, são os que conforme a
superfície e grau de importância sendo: a zona, a área, o complexo, o centro,
unidade, núcleo, conjunto, corredor, corredor de traslado ou transporte e corredor de
estada ou estadia, todos seguem o adjetivo qualificativo “turístico”.
“É todo lugar, objeto ou acontecimento de interesse para o
turismo.” (EMBRATUR, 1992).
"... todo elemento material que tem a capacidade própria, ou
em combinação com outros, para atrair visitantes de uma
determinada localidade ou zona" (CERRO, 1992).

O principal e mais importante componente do produto turístico é determinado


por parte do turista, do local de destino de uma viagem, ou seja, gere uma corrente
turística até a localidade. Os atrativos turísticos podem ser naturais, culturais,
manifestações e usos tradicionais e populares, realizações técnicas e científicas
contemporâneas e acontecimentos programados.
Segundo Mário Beni (2006, p.59), os atrativos turísticos podem ser
transformados em recursos turísticos, e que constituem o patrimônio turístico. São
elementos passíveis de provocar deslocamentos de pessoas, e integram o marco
geográfico ecológico cultural de um lugar, podendo, por sua origem, ser subdivididos
em naturais e culturais.

32
4.1.1 Atrativos Turísticos de Queluz
Queluz possui pontos ricos, naturais, harmoniosos e representativos que
fazem parte do contexto histórico da cidade através dos atrativos naturais entre eles
os rios, cachoeiras e belas paisagens do alto da Serra da Mantiqueira, sendo
considerados patrimônios presentes e reformados entre eles prédios antigos no
centro da cidade e casarões localizados em grandes fazendas de cafezais da época.

4.1.2 Atrativos Turísticos Naturais

Pedra da Mina
O ponto mais alto da Serra da Mantiqueira e a
4° montanha mais alta do Brasil representando
o estado de São Paulo recebeu o título de mais
alta montanha de rocha alcalina das Américas.

Figura 2: Pedra da Mina


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos

Águas de Marambaia
Ambiente natural ao “pé” da Serra da
Mantiqueira com várias possibilidades de
entretenimento, além de serviços de
hospedagem e alimentação. Atividades como
tirolesa, escalada, passeios a pé, a cavalo e de
Figura 3: Águas de Marambaia
Fonte: Munícipio de Queluz /SP
bicicleta nas trilhas cercadas de muito verde e
Foto: Mariana Santos de rios de águas cristalinas, proporciona uma
experiência única com a natureza serrana.
Outros pontos
Represa do Funil
Horto Florestal de Salto
Mirante da Serra da Mantiqueira
Cachoeira da Usina
Cachoeira Três Quedas
33
4.1.3 Atrativos Históricos
Os edifícios ou conjuntos que representam uma parcela importante do
município em função da sua durabilidade, permitem perpetuar no tempo, pela
resistência dos materiais utilizados para serem construídos com o cuidado merecido.
Neles podem ser analisadas as técnicas utilizadas na construção, os materiais
empregados que fazem parte da estrutura arquitetônica própria de cada período,
associado à sociedade da época, através do seu modo de vida, sua estrutura,
tradições e costumes.
Esses bens representam hoje o Patrimônio Histórico Arquitetônico. Um
edifício, casa, prédio ou um monumento pode lembrar um fato histórico relevante,
embora não realce a qualidade arquitetônica, um valor afetivo, sentimental ou
político, por lembrar personalidades ou episódios que fizeram parte da história e
tradição popular do município.
Nossas raízes documentam larga participação na formação da República. Os
caminhos do Império passam por nosso município e levaram aos grotões do sertão
paulista, toda sorte de desenvolvimento e conquistas. Queluz em 1932 foi o cenário
da Revolução de outros importantes acontecimentos, por estar estrategicamente
entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Prédio do Grupo Escolar
Projetado em 1913, inaugurado em
1915, utilizado como Quartel General
das tropas Paulistas durante a
Revolução Constitucionalista de 1932
em estilo da época, abriga hoje a Escola

Figura 4: Prédio do Grupo Escolar Municipal de Educação Fundamental


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos Cap. José Carlos de Oliveira Garcez.

34
Igreja Matriz de São João Batista
Construção datada de 1830, sobre uma
capela já existente, ainda conserva suas
características originais. Abriga uma
imagem de São João Batista, Padroeiro
da cidade, esculpida em madeira e vinda
de Portugal.

Figura 5: Igreja Matriz


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos

Ponte Governador Mario Covas


Construída um pouco acima da ponte
metálica que foi dinamitada durante a
Revolução de 32, é um vigoroso amplexo
de um só arco magnífico, inaugurada em
1937, é considerada um dos cartões
postais da cidade.

Figura 6: Ponte Governador Mario Covas


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos
Estação ferroviária
Construção datada de 1830, foi a
primeira estação a ser construída no
estado de São Paulo, aberta ao tráfego
em 1874 pela Estrada de Ferro D. Pedro
II. No século anterior, até a década de
60, era o local de encontro da sociedade

Figura 7: Estação Ferroviária e de visitantes, principalmente nos


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos horários previstos para a chegada e
35
saída dos trens de passageiros. Ainda conserva suas características originais.
Prédio do Fórum
Construído em 1900, em estilo colonial,
já serviu também como Cadeia Pública,
Delegacia de Polícia e Sede do
Destacamento Policial da antiga Força
Pública do Estado. Tendo como primeiro
juiz o Dr. Francisco de Paula Oliveira
Borges, filho do Visconde de

Figura 8: Prédio do Fórum Guaratinguetá. Localizado na Praça


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos Portugal, 174, prédio pertencente ao
Governo do Estado de São Paulo.
Casa de Malba Tahan
Construção térrea datada de 1860, nela
morou por muitos anos a família Melo e
Souza, da qual faziam parte os irmãos
Júlio César de Mello e Souza, que se
consagrou sob o pseudonimo de Malba

Figura 9: Casa de Malba Tahan Tahan e João Batista de Melo e Souza.


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos Malba Tahan, um grande escritor e
matemático, que viveu até adolescência em Queluz, autor de vários livros famosos,
como Maktub e o O Homem que Calculava. Nesta casa o pai de Malba Tahan
fundou a primeira escola particular da cidade.
Prédio do Centro Cultural Malba
Tahan
Construído em 1824, inicialmente
para ser Casa Paroquial e
posteriormente também como Santa
Casa de Misericórdia.Destaca-se na
paisagem por sua beleza e imponência,
Figura 10: Prédio do Centro Cultural formando um conjunto harmônico com a
Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos
contemporânea Matriz. Tem uma rica

36
biblioteca e grande parte do acervo histórico, devidamente catalogado e disponível à
pesquisas e consultas.
Mirante do Cristo
Imagem do Cristo Redentor que de
braços abertos abençoa a cidade.
Avista-se dali toda a cidade e uma parte
do Vale do Paraíba e Serra da
Mantiqueira. Acesso por automóvel pela
Rodovia Queluz/Areias. Existe um
acesso a pé pelo Alto de São Pedro,

Figura 11: Mirante do Cristo subindo pela montanha.


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos
Fazenda Restauração
Construída em 1850, aos pés da Serra
da Mantiqueira, em pleno ciclo do café,
é propriedade particular e serviu como
pouso para o Imperador D. Pedro I.

Figura 12: Fazenda Restauração


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos

Ponto do Caroço
Construída em pedra, muito antiga e data de construção desconhecida, porém de
muita beleza, por sobre o Rio das Cruzes. Localizada no início da Rodovia João
Batista de Mello e Souza, antiga estrada que ligava São Paulo e Minas Gerais.
Bica da Pedreirinha
Bica d’agua pura e cristalina. Corre entre a população que sua água tem
propriedades medicinais, um bom número de pessoas afirma ter sido curada de
problemas estomacais com o seu uso. Ora passando por reformas, no local está
sendo um estacionamento e uma gruta destinada ás imagens de Santa Beatriz e de
Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

37
4.2 TURISMO EM QUELUZ
O município junto com as cidades Bananal, Arapeí, Areias, Silveiras e São
José do Barreiro representam o Vale histórico da nossa região. Possuindo riquezas
naturais e patrimoniais o município conquistou aos poucos o reconhecimento e
passou a receber novos olhares, pois não se sabia profundamente sobre sua historia
e origem, mas tendo pontos turísticos como a Cachoeira de Marambaia e a Pedra da
Mina se tornaram o ponto de encontro de quem é apaixonado por aventura e pelos
bens naturais que ainda temos e existem. Com isso a administração pública passou
a utilizar de suas ferramentas e chamar ainda mais a atenção e os olhares para o
município e cidades próximas.
A estratégia utilizada para receber diversos públicos/ turistas foram às festas
típicas e tradicionais, as paisagens exuberantes, os rios e as cachoeiras, sem
esquecer-se da excelente culinária que se destaca e proporcionam aos turistas os
prazeres simples da vida e da contemplação da natureza.

4.2.1 Culinária
No município a culinária se destaca
com a tradição tropeira. Queluz na
moranga é considerado o prato típico que
ganhou um festival em sua homenagem
por famosa em todo o Brasil, a Festa da
Moranga. O evento já é tradicional e
acontece sempre no mês de abril.

Figura 13: Festa da Moranga A festa, é ponto alto do turismo


Fonte: Munícipio de Queluz /SP
Foto: Mariana Santos gastronômico da região, é marcada pela
degustação de inúmeros pratos preparados á base desse tipo de abóbora. Além das
guloseimas oferecidas, o artesanato local também esta presente durante festival,
tendo sempre a moranga como destaque e matéria prima principal.
Queluz na moranga é um ensopado, de preparo muito simples, que leva
carne seca, creme de mandioca, espinafre, tomate, cebola e bacon em sua receita.
Seu recheio é servido dentro de uma abóbora moranga. O prato tem como
acompanhamentos, arroz e polenta fritam. A iguaria é oficializada como prato típico

38
há cerca de 6 anos, foi criada na Pousada e Restaurante Marambaia por Débora
Dantas, que buscou inspiração na culinária tropeira.
Queluz como as demais cidades do Vale Histórico, possui suas origens
enraizadas no tropeirismo e, assim como em inúmeros outros aspectos, a
gastronomia herdou a tradição desses bravos homens que cruzaram a região com
suas tropas.
A festa tem como representação as cores vivas, o aroma suave e o sabor delicioso
que fazem do Queluz na Moranga ser mais uma das riquezas culturais do Vale
histórico. (Publicação trimestral – Ano 2 – n°5, p. 20)

4.2.2 Artesanato do Munícipio de Queluz


Município de Queluz valoriza as riquezas presentes na tradição e no costume
gerado por nossos antepassados, que através do artesanato buscavam renda para
se viver e para cuidar de toda família. Isso ainda esta presente e viva no município
passando assim de geração e geração.
Como a cultura esta presente no meio da população queluzense, a comida
tropeira não é a única atração do município como atrativo cultural, mas o artesanato
e a confecção de selas representam também parte da historia da cidade.

Figura 14: Confecção Artesanal Tear e Fuxico Figura 15: Fuxico


Fonte: Município de Queluz/SP Fonte: Município de Queluz/SP
Foto: Mariana Santos Foto: Mariana Santos

39
Figura 16: Tear Figura 17: Casa do Artesão
Fonte: Município de Queluz/SP Fonte: Município de Queluz/SP
Foto: Mariana Santos Foto: Mariana Santos

Figura 18: Confecção do Artesanato Figura 19: Casa do Artesão


Fonte: Município de Queluz/SP Fonte: Município de Queluz/SP
Foto: Mariana Santos Foto: Mariana Santos

Figura 20: Casa do Artesão Figura 21: Casa do Artesão


Fonte: Município de Queluz/SP Fonte: Município de Queluz/SP
Foto: Mariana Santos Foto: Mariana Santos
40
Na cidade de Queluz há também a selaria Bueno, formada entre irmãos
desde 1939 uma pequena sociedade deu origem a este trabalho. Com dedicação
aos pais sendo hábeis artesãos, iniciaram a Cutelaria com o firme propósito
de consolidá-la como a melhor. São diversos produtos fabricados na oficina própria
que recebe todo tratamento específico de inspeção e designer a fim de obter peças
e acessórios de qualidade.

Figura 22: Selaria Bueno Figura 23: Selaria Bueno


Fonte: Município de Queluz/SP Fonte: Município de Queluz/SP
Foto: Mariana Santos Foto: Mariana Santos

Figura 24: Confecção Selaria Bueno


Fonte: Município de Queluz/SP
Foto: Mariana Santos

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5.0 Desenvolvimento da WebSite

Figura 25: Site desenvolvido para a cidade de Queluz

Para o desenvolvimento da website, foram coletados dados específicos da


cultura, história, infraestrutura, tradição do município e como ele agrega seus valores
exercendo a atividade turística.
O site esta dividido em cinco partes, sendo:
• Abertura: Contêm com dados e informações sobre a cidade desde seu
surgimento, o número de habitantes e seu desenvolvimento e link dos sites já
existentes que são direcionados diretamente para informações sobre o dia a
dia do município.
• Atrativos Turísticos: Contêm dados sobre a cultura e historia da região e
apresenta seus pontos turísticos.
• Cultura: Contêm dados sobre as tradições turísticas da cidade.
• Galeria de fotos: Contêm as imagens e suas respectivas descrições.
• Contatos: São informações da própria cidade.

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5.1 Definição das cores utilizadas
Foram utilizadas as cores, cinza dando suporte e destaque para o texto,
laranja utilizada como divisor entre o título do site e suas informações, marrom
utilizado como plano de fundo de todo o site dando destaque para o conteúdo e a
ilustração fotográfica e o vermelho como caixa de texto para formatação do site
Cinza - Pode simbolizar estabilidade, sucesso e qualidade, mas em excesso pode
transmitir falta de vida. Mas, se for bem utilizado, a cor pode oferece equilíbrio e
flexibilidade por ser o equilíbrio entre o preto e o branco.
Laranja - A mistura exata entre o amarelo e o vermelho. Sendo uma cor ativa que
significa movimento e espontaneidade. É a cor do sucesso, da agilidade mental, e
da prosperidade. Simboliza encorajamento, estímulo robustez, atração, gentileza,
cordialidade, tolerância e prosperidade. É considerada a cor da comunicação, do
calor efetivo, do equilíbrio, da segurança, da confiança. É cor das pessoas que
crêem que tudo é possível. Estimula otimismo, generosidade, entusiasmo e aumenta
o apetite.
Marrom - Emana a impressão de algo maciço, denso, compacto. Sugere segurança
e solidez. Significa maturidade, consciência e responsabilidade. Está ainda
associada à estabilidade, à resistência e simplicidade.
Vermelho - Significa força, virilidade, masculinidade, dinamismo. É uma cor
exaltante e até enervante quando em excessos. É uma cor essencialmente quente,
transbordante de vida e de agitação.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o êxito deste trabalho, foi necessária a combinação de uma série de
fatores ou variáveis de comunicação, além de considerar a determinação dos
objetivos, estratégias e execução dos planos de ação. Analisando e tomando como
objetivo principal destacar e apresentar o turismo de maneira clara e direta para
aquilo que o município de Queluz tem de valor e de bem natural estando próximo a
outras cidades do Vale do Paraíba, e de pertencer a região do Vale Histórico, ou
seja, receber o valor que deve por ter estar em um território repleto de riquezas e
belezas naturais.
O município de Queluz tende a crescer, mas para isso é preciso valorizá-lo
através da cultura, da tradição e dos bens naturais que ela oferece e com o
desenvolvimento do site ser o diferencial, assim gerar interesse e motivação para
que as outras regiões possam fazer mesmo.
O tema marketing turístico regional foi escolhido pelo simples fato de levar as
pessoas que o setor Turístico tem um forte desempenho na região e vem crescendo
cada vez mais e mesmo assim não damos o reconhecimento e a valorização plena
àquilo que nos pertence.

44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Néstor García. Culturas da Íbero - América: Diagnósticos e propostas para seu
desenvolvimento. São Paulo: Moderna, 2003.
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lugares. São Paulo: Aleph, 2001.
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planejamento.Campinas, SP: Papirus, 2000.
BARTELS, Robert. The identity crisis in marketing. Journal of Marketing. v. 38,
Out.1974.
BARETTO, Margarita; REJOWSKI, Mirian. Considerações epistemológicas sobre
segmentação: das tipologias turísticas à segmentação de mercado. In
PANOSSO NETTO, Alexandre; ANSARAH, Marilia (Editores). Segmentação do
mercado turístico: estudos, produtos e perspectivas. São Paulo: Manole, 2009.
547p.
BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. 11° ed. Revista e atualizada.
São Paulo: Editora Senac, 2006.
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nacional. In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nº 23. Rio de
Janeiro, 1990.
CARVALHO, Pompeu F. Patrimônio histórico e artístico nas cidades médias
paulistas: a construção do lugar. Turismo, espaço, paisagem e cultura.São Paulo:
Hucitec,1996.
COBRA, Marcos. Marketing de Turismo. São Paulo: Cobra,2005.
COBRA, Marcos. Marketing Básico. 4. ed. São Paulo: Cobra, 1997.
COBRA, Marcos. Administração de Marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
DUBNER Alan, Marketing Digital: As principais ferramentas de marketing na
web. Marketing ano 34 - n°341 – Junho/2001.
HUNT, Shelby. Marketing Theory: conceptual foundations of research in
marketing. Columbus: Grid, 1976.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 4 ed. .São Paulo: Atlas 1995
_____________ Marketing Management. New Jersey: Prentice Hall, 1997.

45
LEMOS, Carlos A.C. O que é patrimônio histórico? São Paulo: Brasiliense,1981.
MELGAR, Ernesto. Fundamentos de Planejamento e Marketing em Turismo. São
Paulo: Contexto, 2001
MENEZES, Ulpiano B. Os “usos culturais” da cultura. Turismo, espaço, paisagem
e cultura.São Paulo: Hucitec,1996.
NORRILD, Juana. Patrimonio: Características y uso. In: SCHLUTER, Regina G. e
NORRILD, Juana A. Turismo y patrimonio em el siglo XXI. Centro de
Investigaciones y Estúdios Turísticos.
PELLEGRINI FILHO, Américo. Ecologia, cultura e turismo. Campinas, SP: Papirus,
1993.
PANOSSO NETTO, Alexandre; ABSARAH, Marilia. Segmentação em turismo:
panorama atual. In PANOSSO NETTO, Alexandre; ANSARAH, Marilia (Editores).
Segmentação do mercado turístico: estudos, produtos e perspectivas. São
Paulo: Manole, 2009. 547p.
PORTUGUEZ, Anderson Pereira, organizador. Turismo, memória e patrimônio
cultural. São Paulo: Roca, 2004.
REJOWSKI, Mirian; SOLHA, Karina Toledo. Turismo em um cenário de
mudanças. In REJOWSKI, Mirian (Org.). Turismo no percurso do tempo. São
Paulo: Aleph, 2002. 157p.
RICHERS, Raimar. O que é marketing. São Paulo: Brasiliense, 1981.
ROCHA, Tarsis Camilo de Araújo. Marketing para o turismo sustentável: O
turismo consciente. Monografia, Centro Universitário de Belo Horizonte, 2003.
RUSCHMANN, Doris van de Meene. Marketing Turístico: um enfoque
promocional. 8ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2003.
RUSSIO, W. Produzindo o pasado: estratégias de construção do patrimônio
cultural. Org. Por Antônio Augusto Arantes. São Paulo: Brasiliense, 1984.

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
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http://www.etur.com.br
Acessado em 11 de Novembro de 2011.
Grupo de Estudos Acadêmicos da AMPRO (11 de maio de 2011). Definição de
Marketing Promocional da AMPRO. AMPRO.

46
http://www.ampro.com.br/mac/upload/arquivo/definicao%20mkt%20promocional/Defi
nicao_do_Marketing_Promocional.pdf
Acessado em 16 de Novembro de 2011.
Internet e Web site
http://www.aisa.com.br/historia.html
Acessado em 16 de Novembro de 2011.
Marketing Turístico.
http://www.artigonal.com/turismo
Acessado em 11 de Novembro de 2011.
Marketing Promocional.
http://www.recantodasletras.com.br
Acessado em 11 de Novembro de 2011.
Portal Queluz
http://portalqueluz.blogspot.com.html
Acessado em 20 de Setembro de 2011.
Ponto de Cultura de Queluz
http://www.pontoqueluzdecultura.blogspot.com/
Acessado em 25 de Outubro de 2011

7.0 ANEXO
Todas as imagens inseridas ao longo do projeto foram utilizadas também para o
processo de desenvolvimento e criação do site Queluz.

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ANEXO A - ORGANOGRAMA

Figura 1: Organograma

48
ANEXO B- CRONOGRAMA - 2011
FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
Projeto Rev. Cap. Planeja- Revisão Lançamento
Ortográ- 2 mento do site.
fica estratégi-
co
Tema/ Metodo- Peças
Problema logia

Objetivo Geral Cap.1 Cap.3 Análise Imagens Criação e


/ específico de e Desenvol-
dados conteúdo vimento

Resultado Apresentação
Final

Tabela 1: Cronograma

49
ANEXO C – Mídia relacionada ao Município de Queluz

Figura 26 : Facebook da Prefeitura de Queluz

50
ANEXO D - Mídia relacionada ao Município de Queluz

Figura 27: Blogspot da Prefeitura da Cidade

51
ANEXO E - Mídia relacionada ao Município de Queluz

Figura 28: Blog Ponto Queluz de Cultura

52
ANEXO F - Mídia relacionada ao Município de Queluz

Figura 29: Orkut da Prefeitura de Queluz

53
ANEXO G - Mídia relacionada ao Município de Queluz

Figura 30: Flickr da Prefeitura de Queluz

54
ANEXO H - Mídia relacionada ao Município de Queluz

Figura 31: Twitter da Prefeitura de Queluz

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