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Osvaldo
Universidade Licungo
Quelimane
2019
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Osvaldo
Universidade Licungo
Quelimane
2019
Índice
1.Introdução.......................................................................................................................3
1.1Objectivos.....................................................................................................................3
3. Conclusão....................................................................................................................13
4. Referências bibliográficas...........................................................................................14
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1.Introdução
1.1. Objectivos
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Para BENE (2001, p.35), considera o turismo como sendo o resultado do somatório de
bens, recursos (naturais do meio ambiente, culturais, sociais e económicos) e serviços
produzidos por uma pluralidade de empresas.
Segundo o autor acima citado identificou três tendências para a definição de turismo: a
económica (estas só reconhecem as implicações económicas, empresariais do turismo) a
técnica (tem por objectivo obter informações para fins estatísticos e legislativos) e as
definições holísticas (procuram abranger a essência total do assunto).
Contudo, para Cruz (2003, p.4), o turismo é uma prática social que envolve o
deslocamento de pessoa pelo território e que tem no espaço geográfico seu objecto
principal de consumo.
Olhando os conceitos acima expostos o grupo concluiu que o turismo é vista como
sendo uma actividade económica que consiste na movimentação de pessoas de um lugar
para outro sem fins lucrativos onde pelo menos tenha um pernoite sendo esta
desenvolvida numa determinada sociedade visto que esta desenvolve-se no seio da
comunidades ou pontos turístico vendo esta na componente sociológica.
No que diz respeito ao conceito de sociedade o mais amplo refere que a sociedade é o
complexo de relações sociais, um sistema de inter-relações que conecta indivíduos a
indivíduos.
A sociedade na visão de Fichter (1973, p.166), consiste numa estrutura formada pelos
grupos principais, ligados entre si, considerados como uma unidade e participando todos
de uma cultura comum.
Para Cooley (1846-1929) citado por Lakatos (1990, p.47), sociedade é mais do que a
soma dos indivíduos, e uma "unidade" que coincide com a "unidade da mente social",
constituída pela organização e não por acordos entre os indivíduos. Assim, é
fundamental para a sociedade o fenómeno da comunicação entre os seres humanos.
Entretanto para (Lakatos, 1990) ainda ressalta que as sociedades (ou complexes
associativos) são grupos baseados na vontade livre das pessoas que os integram, ou que
formam uma associação deliberada para a consecução de determinados fins (políticos,
económicos etc.). Os membros pertencem a associação, em virtude de uma decisão
voluntaria, por estarem de acordo com seus fins; os contatos entre os indivíduos
estabelecem-se na base dos interesses individuais, consistindo em relações de
competição, de concorrência ou com um cunho de indiferença.
Contudo, a sociedade é vista como sendo o conjunto de pessoas que interagem entre si
dentro de uma comunidade estruturada, onde estes partilham de mesmos hábitos e
costumes e são guiados por princípios éticos-morais.
Por ser o turismo uma atividade própria de sociedades de consumo, atividade que
combina ações públicas e privadas, ele exige grandes investimentos financeiros e
tecnológicos no fornecimento de bens e serviços aos turistas. Além disso, visa alcançar
resultados que permitam o desenvolvimento econômico, político, social e cultural da
sociedade envolvida.
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Se alguns dos fatos citados ocorrerem numa localidade receptora de turistas, pode-se
afirmar, sem medo de errar, que o turismo está sendo explorado corretamente. Os fatos
são os seguintes:
Como afirmam Mathieson e Wall (1882), apud OMT (1998), o turismo de massas está
rodeado pela sociedade receptora, contudo não integrado. Sua visita é inteiramente
egoísta, por prazer, satisfação ou novidades, mas não para serem os solucionadores dos
problemas dos residentes locais.
Dias relaciona uma série de efeitos socioculturais negativos e positivos que podem
ocorrer com a prática da actividade turísticas no seio das comunidades. Cita, dentre os
negativos: as alterações nos valores morais e nas atitudes cotidianas entre os membros
da comunidade; o aumento da prostituição; o consumo de drogas, à criminalidade, a
perda do orgulho e da identidade cultural, ocorrendo quando os residentes passam a
adotar os hábitos dos visitantes; a adoção de novos comportamentos pela juventude
local – roupas, linguagem, música, tecnologia.
Ainda quanto aos efeitos do turismo nas localidades receptoras, retoma-se a análise de
Dias que apresenta também as possibilidades de benefícios advindos da interação
sociocultural entre turistas e residentes.
Para ele, o turismo é um dos principais instrumentos por meio do qual se promove
maior conhecimento das culturas locais pelos visitantes, que buscam conhecer, entre
outros aspectos, a história, a música, as artes, a comida, a religião, a língua, o que
renova o orgulho da população por sua cultura e fortalece sua identidade. Neste
processo ocorre, por consequência, a valorização do patrimônio cultural pela própria
população local.
Essa população, de modo geral, aumenta sua identificação positiva com seu território, o
que fortalece a identidade coletiva e intensifica a tolerância com a diversidade. Por meio
desse reconhecimento surgem o incentivo e o interesse na manutenção e conservação
das artes, dos ofícios, das tradições, das manifestações populares, da história, enfim, do
patrimônio da comunidade, que pelo resgate da memória vai se revitalizando e
reforçando o seu valor, em um processo cíclico de retroalimentação. Nesse sentido,
conhecer verdadeiramente a cultura do outro significa, acima de tudo, respeitar a
memória, os costumes, as tradições, as crenças, a história do lugar.
Trabalhava-se em média 15 horas por dia, 7 dias por semana. Em 1919, surgiu o
trabalho diário de 8 horas por 5 dias durante a semana. Na terceira década deste mesmo
século, inicia-se uma outra transformação: as férias pagas com uma disponibilidade de
tempo ainda desconhecida para muitos milhões de trabalhadores.
As pessoas passaram a perceber que o acúmulo de dinheiro não traz o aumento de bem-
estar e que não adianta ter dinheiro se não sobra tempo para a família, amigos e lazer.
Surge então uma demanda de pessoas dispostas a pagarem por lazer no tempo livre. “As
pessoas gastam cada vez mais dinheiro no lazer, cujo orçamento cresce numa
velocidade superior a de todas as outras despesas de consumo. As viagens e as férias
chegam a ocupar o primeiro lugar no hit-parade das despesas. (...). As tentações são
grandes. A indústria do lazer produz bens de consumo em abundância, todos muito
sedutores.” Krippendorf (2001, p.119).
De acordo com Ruchanan (2003, p.13) a palavra turismo surgiu no século XIX, porem a
actividade estende as suas raízes pela história mas foi a partir do século XX após a
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Segunda Guerra Mundial que ele evoluiu como consequência dos aspectos relacionados
a produtividade empresarial, ao poder de compra das pessoas e ao bem-estar resultado
da restauração da paz no mundo.
Na visão de (Trigo, 2003), isso ocorre após o término da Segunda Guerra Mundial,
quando alguns países capitalistas e (então) socialistas se estabilizam e começam a
garantir, para importantes parcelas de suas populações, a possibilidade pluralista e
democrática de se dedicar a atividades de sua escolha. Isso foi possível graças a várias
conquistas das classes trabalhadoras e ao entendimento de alguns capitalistas, como
Henry Ford, de que os operários deveriam ter um salário mais digno e tempo livre para
aumentar o mercado de consumo e, consequentemente, os lucros dos empresários.
Para Weber apud Carvalho (2005, p.44): “O Ocidente veio a conhecer, na era moderna,
um tipo completamente diverso e nunca antes encontrado de capitalismo: a organização
capitalística racional assentada no trabalho livre”. Atualmente, a economia reina, em
nossa civilização. Ela dita a conduta a adotar. A exploração dos recursos naturais, a
escala de valores do homem e a política do Estado caíram sob seu domínio e a ela estão
subordinados.
Todavia, vários analistas internacionais, como John Naisbitt, Peter Drucker, Alain
Touraine e Paul Kennedy, apontam para o fato incontestável de que o setor terciário é
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Santos (2000, p 32) explica que faz parte desse contexto “a produção de eventos, de
atores em cena com difusão massificada convocando ao consumo”. Como se o lazer
agisse sobre as pessoas e não o contrário, tentando plasmar o gosto, apropriar-se do
tempo livre, conformar expectativas, impor a imagem do mundo e da sociedade na
indução do consumo”.
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3. Conclusão
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4. Referências bibliográficas
BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. 3ed. São Paulo: Editora Senac,
2000.
1987.
BENI, Mario Carlos. Política e planejamento de turismo no Brasil. São Paulo: Aleph,
2006.