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INICIAR
Introdução
O Turismo se apresenta como campo contemporâneo e de extrema importância
para a economia mundial. De fato, temos hoje algumas economias estritamente
baseadas e com total dependência dessa área do segmento de serviços, como é o
caso da cidade de Paris na França.
O que podemos ver hoje, analisando econômica e socialmente, é um emaranhado
de aspectos culturais e econômicos que tornam a área dos serviços como a
economia vigente e especialmente emergente do ponto de vista de
empreendimentos futuros. A grande chave pra isso tudo é uma nova revolução da
economia do ócio ou, se preferirmos, economia do lazer e da hospitalidade, na qual
o Turismo e a Hotelaria, bem como Gastronomia e Eventos, exercem um papel
fundamental no desenvolvimento de uma nova ramificação das cadeias de
produção e gerenciamento.
Tendo em vista tais aspectos, como o Turismo pode ser estudado de forma a se
compreender as evoluções que ocorreram nesse ambiente? Tornar o Turismo um
objeto de estudo no meio acadêmico é o melhor meio de entender seus impactos
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nos mais diversos setores da sociedade? Qual seria então a contribuição do período
em que as viagens aconteciam por necessidade para o surgimento do que
conhecemos hoje como Turismo Moderno?
O presente capítulo tem como objetivo apresentar os fundamentos básicos do
Turismo, sua evolução e o entendimento de Turismo moderno e contemporâneo
globalizado, com base na contextualização dos primórdios das movimentações que
caracterizaram as primeiras viagens. Incluiremos aqui a compreensão do ponto de
vista epistêmico e científico e sua contribuição e conexão com o desenvolvimento
histórico da sociedade, cultura e economia.
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Figura 1 - Sendo o Turismo considerado atividade de impacto, a ONU lança seu olhar com o intuito de
mitigar e resolver questões relacionadas ao setor por meio da OMT. Fonte: Semmick Photo, Shutterstock,
2018.
De acordo com a ONU e a OMT, o Turismo é definido como atividade das pessoas que
viajam e permanecem em lugares fora de seu ambiente habitual por não mais de um
ano consecutivo para lazer, negócios ou outros objetivos (OMT, 2003, P. 18). No
entanto, apesar de sua importância e grande impacto em diversos setores da
sociedade, ele ainda enfrenta problemas em relação à sua definição enquanto
atividade e objeto de estudo no ambiente acadêmico.
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VOCÊ SABIA?
O termo trade está ligado ao meio em que se negociam produtos e serviços de uma forma geral. No
contexto do Turismo, não é diferente: trade turístico é o ambiente no qual se desenrolam as
negociações dos produtos turísticos. Ele é composto pelas organizações governamentais, empresas
privadas e equipamentos diretamente relacionados à atividade turística.
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Figura 2 - Nomadismo contemporâneo aponta para um novo comportamento do consumidor dos serviços
turísticos, sempre em busca de movimento e troca de experiências. Fonte: Shutterstock, 2018.
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torna relevante ressaltar que nem toda viagem trata especificamente de Turismo. E
nem todo Turismo depende do que se espera, normalmente, como um serviço de
hotelaria ou transporte tradicional.
O que existe, no entanto, é uma vasta gama de possibilidades para o
desenvolvimento dessa atividade. As viagens de cunho religioso como Aparecida do
Norte (SP) ou mesmo Santiago de Compostela (Espanha), por exemplo, possibilitam
experiências diferenciadas. No caso brasileiro, as chamadas excursões duram menos
de 24 horas, enquanto que no modelo espanhol os viajantes utilizam as pernas
como forma de pagar promessas, sem a necessidade de serviços de transportes.
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CASO
Las Vegas – o surgimento da Cidade do Pecado
Situada no deserto de Mojave, a área pertencente aos indígenas Pajutes começou a ser ocupada por
mórmons em 1855. A data também marcou a indexação do território pelos Estados Unidos que, em
1867, construiu o Forte Baker para promover o assentamento da população. Em 1913, após a
legalização do jogo, a expansão na cidade se inicia. As grandes construções de hotéis de luxo com
cassinos são datadas de 1941, como os famosos “O Rancho Las Vegas” e “A última Fronteira”. Desde
então, foi a cidade que mais cresceu no país: dados apontam que o número de habitantes pulou de
menos de 40 mil na década de 1940 para 2,2 milhões de pessoas morando na região (condado de
Clark) em 2010. Como podemos observar, as grandes estruturas de entretenimento são atrativas ao
desenvolvimento da atividade turística, tornando a região propícia para a fixação de novos
moradores. De forma geral, Las Vegas tem a necessidade de ofertar produtos novos e que causem
curiosidade aos visitantes, diversificando sempre sua demanda e o perfil de consumo. Tamanha
busca por turistas em potencial resultou numa variação de seu produto: jogo, álcool e prostituição
nos anos 1930; apresentações musicais nos anos 1950; casamentos e divórcios expressos nos anos
1970/1980. Na atualidade, seu foco é o entretenimento familiar.
Nessa perspectiva, De la Torre (1992 apud Barretto, 2014 p. 19) indica que o turista é
um “visitante temporário, proveniente de um país estrangeiro, que permanece no
país por mais de 24 horas e menos de três meses, por qualquer razão, exceção feita
de trabalho”. Essa delimitação é também aceita pela OMT que, por sua vez, vem
trabalhando em diversos países para o desenvolvimento da atividade turística.
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Figura 3 - Turistas são movidos por diversos interesses e percepções, responsáveis por criar tendências e
demandas no ambiente turístico. Fonte: Olga 1818, Shutterstock, 2018.
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Psicocênctricos: turistas que só viajam a lugares que lhes sejam familiares, utilizando-
se de ‘pacotes’. Deixam-se levar pela influência social. Esperam que no núcleo turístico
haja as mesmas coisas que no seu local de origem. São gregários, só viajam em
grupos.
Essa classificação contribui para o enquadramento da melhor forma dos serviços de
preparação de viagens para um turista. Logo, de maneira geral, não se indicaria um
restaurante novo ou um local alternativo para um cliente psicocêntrico, ou um
destino com fluxo massivo para um cliente alocêntrico. Mesmo assim, vale salientar
que estas definições não apontam que o turista se limitará a elas, isto é, que haja
apenas um delineamento comportamental que especifique hábitos entre os grupos
de viajantes.
Em Cohen (1972, apud Barreto, 2014 ), encontramos uma outra forma importante
de validação e reconhecimento. Segundo esse autor, eles podem ser divididos entre
institucionalizados e não institucionalizados. O primeiro grupo compreende aqueles
que, muitas vezes, são viajantes e nem mesmo são reconhecidos como turistas pelos
órgãos competentes a essa área, como os nômades. Já os institucionalizados se
dividem em turistas de massa e os de massa organizados, nos quais basicamente
identificamos os tipos anteriores. Trata-se, portanto, de uma categoria
complementar a anterior, mas também importante para a compreenção do modelo.
A atuação do profissional da área, o turismológo, será então mais eficiente quando
este conhecer o perfil dos turistas.
Desse modo, para uma melhor compreensão das práticas profissionais, é necessária
a apreensão das terminologias utilizadas dentro da atividade do Turismo. As mais
usuais foram elaboradas por Boullón (2002) em meados de 1980, sendo o texto base
da área até hoje. Acompanhe a seguir a descrição de algumas dessas definições!
Para o autor, o espaço turístico pode ser dividido de acordo com as suas
características dentro de um estado territorial. Em se tratando do território de um
país, essa subdivisão é feita em escala decrescente, na qual a maior delas é chamada
de zona turística. Cada zona pode ser subdivida em áreas turísticas, que são
resolutas entre si, devendo conter infraestrutura para o Turismo, estrutura de
comunicação e atrativos turísticos. Tais áreas, entretanto, complementam uma
sistema maior, conhecido por zona turística de uma localidade.
Atrativo turístico compõe a estrutura básica de uma localidade, juntamente com os
equipamentos turísticos, como hotéis e restaurantes. Aqui, os atrativos são o
objetivo final de interesse de um turista, ou seja, é o que gera a motivação de
deslocamento.
Atente-se também ao fato de que cada centro turístico pode ser um centro de
distribuição, estada, excursão ou escala. Como o próprio nome diz, o primeiro é
essencialmente usado como base para distribuição de excursões diurnas. Os
centros de estada têm como chamariz um único atrativo (como a praia ou termas),
enquanto que os de excursão recebem turistas por menos de 24 horas. Os centro de
escala, por sua vez, servem como ponto de conexão entre atrativos ou mesmo
mudança de transporte no decorrer na viagem.
Os núcleos turísticos seriam ainda menores que os centros e, devido à sua
incipiência, não se conectam com os outros subsistemas de uma zona turística. No
entanto, podem ser considerados um espaço potencial para o Turismo.
Cada núcleo turístico tem, consequentemente, um ciclo vital de desenvolvimento.
Suas etapas são compreendidas em:
ausência de turismo;
nascimento – quando se percebe o potencial local para a atividade
turística;
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Figura 4 -
Cadeia produtiva do espaço turístico. Fonte: BARRETTO, 2014, p. 40.
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Ao observarmos a imagem, podemos concluir que tais fatores são primordiais para a
consolidação e, consequentemente, para a prática das atividades turísticas em uma
localidade. De fato, o desenvolvimento turístico passa, no seu ciclo de vida, por uma
série de fatores que influenciam diretamente na existência e na manutenção da
prática do Turismo, conduzindo a forma como a atividade vai se desenvolver.
Como descrito por Rabahy (2003), os principais grandes fatores que intervêm no
desenvolvimento do Turismo podem ser divididos em três grupos: os
socioeconômicos, os culturais e os fatores técnicos. Sem dúvida, determinar quais
elementos influenciam diretamente esse desenvolvimento é extremamente
complexo, mas é possível ressaltar algumas possibilidades que levam há algumas
realidades.
Por exemplo: se observarmos o modelo de Barretto (acima), veremos que alguns
fatores como infraestrutura de acesso e infraestrutura básica não são
exclusivamente de ordem econômica. É o caso da Índia, cuja cultura local apresenta
um sistema de trânsito completamente diferente do que vemos em outras
localidades. Ainda sobre a cultura indiana, podemos considerar que o veganismo
também é fator influenciador (positivo ou negativo) para alguns turistas sobre o
ponto de vista da atratividade.
1.2.4 Impactos
O Turismo enquanto atividade gera uma série de impactos nas localidades onde se
instala, principalmente, para as pessoas que se interligam por meio dele. Com
certeza, o Turismo é e pode ser compreendido como objeto cultural (cultura da
viagem), como fundador de relações sociais e, consequentemente, como agente
produtor de cultura, geralmente, por meio de contatos culturais transformadores.
É possível dizer ainda que o Turismo pode ser visto não só pela ótica do turista, mas
também pelo olhar da comunidade visitada, em quem provoca impactos de ordem
social e/ou cultural. De maneira positiva, observamos possibilidades de ampliação e
híbridos de aprendizagem cultural, já a perda da identidade local, ou mesmo da
autoestima da comunidade por conta do contato direto com culturas múltiplas, são
vistas como pontos negativos.
Os impactos ambientais estão diretamente ligados à ordem de desenvolvimento ou
dano do ambiente natural, ou seja, do local em que o Turismo se desenvolve.
Falamos aqui da estrutura de apoio da cidade ou, o que é pior, do detrimento do
objeto de atratividade como é o caso de algumas praias e demais paraísos naturais.
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VOCÊ SABIA?
Como o campo do Turismo é amplo, alguns pesquisadores especializaram-se em estudar os
impactos socioambientais provocados pela atividade. Alguns desses estudiosos afirmam que a
quantidade de som em uma localidade influencia no detrimento de patrimônios materiais.
É preciso ter em mente que são esses impactos que levam diretamente à
sustentabilidade ou não de um destino turístico. Nessa perspectiva, minimizar as
repercussões negativas e ampliar os potenciais positivos tende a levar a um maior
suporte da atividade turística. Atenção: falamos aqui de uma sustentabilidade
pautada em um tripé sociocultural, econômico e ambiental.
Portanto, para que haja uma verdadeira sustentabilidade de um destino turístico, a
sociedade como um todo devem ser protegida e enaltecida e a natureza precisa ser
preservada por meio da relação consciente entre pessoas e meio ambiente. No
campo econômico, é necessário gerar emprego e renda, melhorando as condições
sociais da localidade.
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VOCÊ SABIA?
Atualmente, entende-se que, mais do que o subterfúgio do Turismo enquanto luxo, as práticas de
Turismo Moderno são provenientes de um nomadismo há muito esquecido, mas ainda presente em
nós, seres humanos. Alguns pesquisadores chamam isso de “código genético cultural”.
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de comércio, o que deixou as antigas estradas romanas praticamente sem uso. Além
disso, os registros demonstram que viajar nesse tempo era caro, perigoso e
desconfortável. Somente pessoas com alta renda se arriscavam e em casos
estritamente necessários (pela fé e pela diplomacia), ou seja, quase obrigatórios.
A mudança desse cenário se deve às características de fé, como as Cruzadas. Elas
aumentaram o número de viajantes peregrinos, comerciantes e soldados que, por
sua vez, fizeram surgir as pousadas (que antes trabalhavam por caridade e,
percebendo um potencial econômico, acabaram ampliando o serviço). Na mesma
época da organização das pousadas, começaram os intercâmbios universitários de
professores e, posteriormente, de alunos. Trata-se de um fato de extrema
importância para o andamento do Turismo Moderno. Ainda no século XV, espanhóis
e portugueses protagonizaram as viagens de descoberta e levaram ao conhecimento
dos habitantes do velho continente as porções de terra até então desconhecidas por
eles.
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Foi também nesse século que se iniciou o que ficou conhecido como turismo
romântico: paisagens retratadas pela arte em livros amplamente difundidos da
Europa, pinturas ou qualquer outra expressão de arte levavam as pessoas a procurar
esses cenários. Posteriormente, essa busca deu origem às viagens de lazer que, no
começo do século XIX, transformou as paisagens naturais de perigosas em
contemplativas. Como resutado, isso gerou uma procura por essas localidades para
o desenvolvimento do lazer e do descanso.
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Figura 6 - Agência atual de Thomas Cook, pai do Turismo moderno. Fonte: Martin Good, Shutterstock, 2018.
VOCÊ O CONHECE?
Em referência às primeiras viagens que lançaram o conceito de Turismo moderno, é possível demonstrar
que a atividade ultrapassou as barreiras do universo. O soviético Yuri Alekseievitch Gagarin foi o primeiro
homem a viajar pelo espaço, em 12 de abril de 1961, a bordo da nave Vostok-1. A missão, lançada do
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Cosmódromo de Baikonur, durou uma hora e 48 minutos, teve apenas uma volta em órbita do planeta
terra, a 315 km de altitude.
Em 1841, Thomas Cook era um vendedor de bíblias que também auxiliava nas
atividades de encontros de alcoólatras anônimos. Para tanto, ele andava cerca de 15
quilômetros até chegar a esses eventos e, quando houve a necessidade de uma
viagem ainda maior, Cook decidiu organizar uma excursão para seus apadrinhados:
comprou cerca de 500 bilhetes e os revendeu, em seguida, organizando a primeira
viagem agenciada da história.
A importância de Cook se dá por ter sido o primeiro operador e agenciador de
Turismo de que se tem notícias, bem como a primeira pessoa a criar um pacote
completo de férias e oferecê-lao a terceiros. Alguns anos depois, além dos pacotes
no modelo anterior ele ainda concentrava os serviços de reserva de hotéis. Por fim,
editou um guia que contribuiu para a entrada do Turismo em uma era industrial, no
sentido comercial. No plano social, ele tornou mais acessível as viagens a turistas de
baixa renda devido ao grande número de pessoas por pacote.
A relevância de seu ato se deve à nova forma de ordenamento social que cria o
tempo do ócio em uma sociedade que não o tinha espaço para o lazer e,
consequentemente, para o Turismo. Quando as organizações sociais criam as
legislações trabalhistas, acabam por contribuir ainda mais para o desenvolvimento
da atividade turística.
Essa expansão pode ser percebida em todo o mundo. Nos Estados Unidos, houve a
criação do vagão leito, enquanto que, na Inglaterra, começava a acontecer a
navegação em alto mar – e a necessidade de levar correspondências faz com que o
transporte de passageiros passe a ser possível. Tal fato desenvolve diretamente a
atividade turística na Era Moderna.
Após a I Guerra Mundial, o automóvel comprova a sua importância e inaugura a era
dos transportes terrestres (não apenas na Europa). Tanto que, em países como Brasil
e Argentina, é possível observar a criação de clubes e instituições de carros, como o
Rotary Club, além de hotéis de beira de estrada, conhecidos atualmente como
motéis.
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O filme Carros, da Disney (2006), apresenta a história da Route 66, de uma forma descontraída. A animação
conta como os EUA criaram uma marca para incentivar as pessoas a utilizarem uma antiga rota desativada
caso estivessem a passeio, diminuindo assim o fluxo na autovia recém criada, e dando condições para
que as cidades da Route 66 mantivessem seu desenvolvimento.
Síntese
Chegamos ao final deste capítulo capazes de analisar os movimentos que levaram à
atividade turística à sua ascenção como ciência e como objeto de estudo. Além
disso, você teve a oportunidade de:
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
explorar os construtos conceituais do Turismo, como se dão as
nomenclaturas atuais da atividade turística e suas categorizações;
visualizar os antecedentes para o surgimento da atividade turística e sua
estrutura conceitual, ressaltando a importência dos movimentos feitos nas
viagens;
exemplificar a forma e os motivos de como o Turismo se desenvolveu
enquanto atividade até a era contemporânea e como, de acordo com as
mudanças, ele passa a seguir caminhos mais elaborados.
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