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I – TURISMO
para uma cidade próxima, cachoeiras, museus, uma trilha, entre outras tantas
atividades podem ser consideradas como turísticas.
TRIGO (1993) ainda argumenta que,
“os fatores que levaram ao desenvolvimento do turismo nestas
últimas três décadas foram aos mesmos que transformaram
profundamente o planeta, seja no âmbito das relações econômicas e
políticas, seja no das relações sociais e culturais”. (pág. 17)
acordo com ANDRADE (2002, pág. 77), “o turismo de saúde congrega pessoas, em
demanda estável, nos diversos núcleos receptivos, em quase todos os meses do
ano, pois poucos viajam em tratamento durante os meses de frio, chuvas e calor
excessivos”.
O turismo religioso envolve diferentes tipos de viagens com menção
religiosa. Uma delas é a Romaria, feita mediante livre disposição do turista aos
locais considerados sagrados sem, contudo estabelecer nenhum tipo de
compromisso, somente o conhecimento da região. Por outro lado, tem a
Peregrinação, que diferentemente da Romaria, tem um propósito a ser cumprido,
sejam promessas ou votos feitos aos santos de devoção. Existem também as
viagens de Penitencia ou reparação, onde o turista religioso tem o objetivo de se
redimir de alguma culpa ou pecado cometido. Esta opção é, em geral, feita pelo
aconselhamento de um líder religioso.
O que leva os turistas a realizarem esse tipo de turismo é para tanto a
necessidade de interagirem em locais onde a fé se manifesta com maior
intensidade. Contudo ainda existem aqueles que fazem o turismo religioso com o
intuito de conhecer as artes barrocas que tem como características marcantes a
mistura da arte com a religião.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDRADE, José Vicente de. Turismo: fundamentos e dimensões. São Paulo: Ática,
2002.
BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. 6ª ed. São Paulo: Editora Senac,
2001.
2 A HOTELARIA
Esse tipo de hospedagem foi comum até a era moderna, com o advento das
monarquias nacionais, onde o Estado passou a exercer essa função. As
acomodações eram feitas nos palácios da nobreza ou em instalações militares e
administrativas. Esse benefício era restrito à alta nobreza, por outro lado, os demais
viajantes sem posses, eram atendidos precariamente em albergues e estalagens.
Por outro lado, ANDRADE (2002), entende que o início da hospedaria
organizada, data do período dos Jogos Olímpicos, com relevante importância para o
crescimento para o turismo mundial. Para este autor, essa hospedagem se dava em
abrigos extensos, sob o formato de um grande rancho, denominado Asilo e consistia
em garantir o repouso, proteção e privacidade dos atletas advindos de outras
localidades para participarem das competições esportivas.
Ainda conforme ANDRADE (2002), a hospedagem em Roma era feita em
dois tipos de hospedarias a estalagem e o estábulo. O primeiro tipo consistia em um
local composto por várias casas de pequeno porte com uma única saída para a rua.
Nela só se hospedavam os nobres e oficiais superiores das milícias. Já o segundo
tipo de hospedagem era mais simples e servia para a acomodação de plebeus, o
gado e animais de montaria e carga, protegendo-os das variações climáticas. Com a
queda do Império Romano, os plebeus deixaram de ocupar os estábulos para
acomodarem-se em estalagens.
Embora as Olimpíadas tenham sido um marco para o início da Hotelaria,
esta só se desenvolveu com propriedade após a expansão do Império Romano, pois
foi nesse período que houve o fortalecimento do costume de viajar e se hospedar
em locais diferentes da moradia. Esse fato fez crescer o número de construções de
pousadas no percurso das vias. Entretanto, no início, esse crescimento não foi bem
aceito pela população local, isso porque esses viajantes eram, em sua grande
maioria, romanos com objetivo de invadir, levar ordem do Imperador ou mesmo
recolher informações para ele.
Mas essa expansão sofreu, a princípio, resistência dos moradores locais,
uma vez que na maior parte das vezes, os viajantes que passavam pelas cidades
eram "invasores" romanos que estavam levando ordens do Imperador ou estavam
recolhendo informações para levar a ele. Tendo em vista essa realidade, as
autoridades colocavam o nome dos donos de pousadas em sua folha de pagamento,
em troca eles relatavam com detalhes tudo que ouvissem de seus hóspedes. Era
preciso que houvesse vigilância à noite para garantir a segurança dos clientes
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hospedados, permanecendo desta forma até o final da Idade Antiga. Após a queda
do Império Romano, essas estradas eram pouco trafegada, pois havia pouca
segurança, prejudicando assim o fluxo nas pousadas.
A hospedagem sofreu mudanças significativas a partir da revolução
industrial e a expansão do capitalismo, passando a ser considerada como uma
atividade prioritariamente econômica e com potencial de exploração comercial,
surgindo os primeiros hotéis na Inglaterra e Europa ao final do século XIIII. Contudo
os hotéis com staff (grupo dos dirigentes de uma empresa) padronizado, só surgiram
a partir do século XIX, com o surgimento de hotéis com localização estratégica,
próximas às estações ferroviárias. ANDRADE (2007)
Em 18 70 inicia-se a introdução dos quartos com banheiro privativo, também
conhecido nos dias atuais como apartamento, dando maior comodidade e
privacidade ao hóspede. Esse tipo de hospedagem foi introduzido pelo suíço Cézar
Ritz, com o primeiro hotel planejado em Paris. Essa novidade chegou aos Estados
Unidos em 1908 com o Statler Hotel Company. ANDRADE (2007)
Mais tarde em 1920, houve grande prosperidade econômica gerando um
elevado número de hotéis, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa. Trinta anos
depois, houve um novo aumento de construção de hotéis, com o grande movimento
turístico em nível mundial. Entre os anos de 1969 e 1970, começa a operação dos
Boeing 747, propiciando o transporte de grande número de passageiros fortalecendo
o fluxo turístico e como conseqüência o setor hoteleiro. ANDRADE (2007)
Sobretudo, a atividade hoteleira teve seu marco inicial no Brasil por volta do
século XVIII, na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro. Conforme ANDRADE (2007),
"no século XVIII começaram a surgir na cidade do Rio de Janeiro estalagens, ou
casas de pasto, que ofereciam alojamento aos interessados, embriões de futuros
hotéis". Ainda nesse período foram feitas por Charles Burton, um ilustre visitante na
cidade de São Paulo, as primeiras classificações de hospedarias, como diz DUARTE
(1996).
Conforme esse autor a classificação segue-se desta forma:
DUARTE (1996 p.17), ainda ressalta que o setor hoteleiro, ainda considera
como marcos histórico, dois grandes hotéis construídos na capital carioca,
2.2 Hotel
Conforme foi dito anteriormente, a atividade hoteleira varia de acordo com sua
localização e com o tipo de serviços que esta presta aos seus clientes. De acordo
com ANDRADE (2007), os hotéis podem ser definidos conforme o padrão e as
características de suas instalações, sua localização e destinação. A primeira
classificação refere-se ao grau de conforto, qualidade dos serviços e preços. Na
segunda, prima-se pelo local onde o hotel está instalado, ou seja, se é um local
urbano, rural, montanhesco, praia, etc. Por fim, a terceira classificação é referente
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Por outro lado, o turista também mudou o seu perfil e tornou-se mais
exigente, obrigando as redes hoteleiras a se dedicarem mais na procura de
excelência, na prestação de serviços e a sua aplicação ativa no setor, visando,
sobretudo, a completa satisfação do turista. CASTELLI (2001)
No mercado consumidor, a qualidade é uma das questões mais essenciais
para garantir a permanência do empreendimento no mercado e não ser engolido
pelas inúmeras concorrências. O próprio usuário faz a avaliação da qualidade e a
partir desta, escolhem e promovem o marketing (positivo ou negativo) da empresa.
Diante disso, a prestação de serviço prima-se pela valorização de seus clientes e
assim consegue mantê-los, além de conseguir uma boa imagem no mercado.
Nos primórdios, os clientes buscavam serviços que pudessem satisfazer
suas necessidades mais básicas. Hoje essa realidade é diferente, além de exigir a
satisfação de suas necessidades, ainda procura exclusividade, qualidade e preços
acessíveis. O hóspede está mais crítico, tem mais informações e consciência de
seus direitos enquanto consumidor.
Os serviços de hotelaria é um produto oferecido ao cliente de forma direta e
consumido imediatamente. Nesse sentido, uma postura do prestador de serviços ou
mesmo uma atitude que cause uma má impressão no cliente, reflete imediatamente
uma ótica negativa do estabelecimento, causando o afastamento deste cliente e de
tantos outros influenciados pela avaliação deste. É por isso que a hotelaria deve
primar pela excelência na prestação de serviços e a valorização e exclusividade do
cliente.
Dentro dessa premissa, faz-se necessário a motivação contínua do
funcionário e sua constante capacitação, para que ele cresça juntamente com as
exigências do mercado consumidor e possa atender seus clientes de maneira a
elevar o status de seu local de trabalho.
Mas, a qualidade nos serviços hoteleiros não se restringe ao atendimento do
funcionário diretamente com o cliente. Compreende também a estruturação física do
local, que deve ir desde uma boa apresentação visual, até uma perfeita
funcionalidade dos equipamentos e espaços oferecidos.
Por outro lado, o estímulo visual não é nada se o fator humano nos serviços
de hotelaria não for considerado. A primeira impressão seja ela positiva ou negativa,
que o cliente tem do estabelecimento em pretende se hospedar é obtida no primeiro
atendimento, que neste caso ocorre na recepção. Este procura um atendimento
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BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel:
Planejamento e Projeto. 9ª edição. São Paulo: Senac, 2007.
http://cafehistoria.ning.com/photo/photo/listForContributor?
screenName=ffpdn60cytrs(Acesso em 20/09/2010)
http://turismo.bicodocorvo.com.br/hoteis/copacabana-palace(Acesso em 20/09/2010)