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Desse modo,
ao dissecar um sistema as partes que o compoem deixam de existir.
Criando um modelo ou sistema, é possível tanto ter uma visão geral do todo do turismo quanto separar
o todo e analisa-lo em partes. Somos capaz também de separar o sistema turístico de outros sistemas
tradicionais, facilitando o seu estudo.
Porém, ao realizar essa separação, acabamos tendo apenas uma análise fragmentada do objeto a ser
estudado.
Deveriamos levar em conta também que o sistema turístico compoe um sistema maior como por
exemplo o social.
Por Cuervo, o turismo é um conjunto bem definido de relações, serviços e instalações que são gerados
em virtude de certos deslocamentos humanos.
Desse modo, o turismo se trataria de um grande conjunto, composto pelos seguintes subconjuntos:
Meiores de comunicação;
Estabelecimentos de hospedagem;
Agências de viagem;
Guias de turismo;
Os serviços de alimentos e bebidas;
Os estabelecimentos comerciais dedicados a artigos de consumo usual dos viajantes;
Os fabricantes dos artigos citados acima;
Os artesanatos
Os centros de diversão.
Cada um desses subconjuntos seria dividido em outros subconjuntos.
De maneira geral, Cuervo defendia que o turismo é uma sistema de comunicação, podendo ser utilizado
tanto para transmitir informações positivas e úteis, quanto negativas. De modo que o sistema turistico
deva sempre funcionar, ou manter-se sempre como operador de comunicação positiva.
Leiper, por sua vez, propôs um modelo de sistema composto por cinco elementos, sendo três deles
geográficos, região de origem dos viajantes, região que interliga a origem e o destino e o destino
turístico. Os outros dois elementos são o turista e a indústria de turismo e viagens.
O modelo pode ser utilizado independente da escala ou nível de generalização, é bastante flexivel,
permitindo a incorporação de diferentes formas de turismo, além de considerar os seus cinco elementos
básicos descritos acima, e apresentou um importante princípio do estudo do turismo, que é a inter-
relação entre os seus vários elementos.
Krippendorf, aprimorou as teorias turísticas, aplicando de vez o fator "social" nas mesmas, levando em
consideração como o status social poderia afetar a decisão de fazer ou não um viagem, desse modo ele
sugeriu, a partir da experiências própria, 23 conselhos para a melhor vivências dos homens durante as
férias, separada nos seguintes grupos:
Da filosofia das estratégias;
Do conceito do desenvolvimento harmonioso do turismo;
Gueto ou não gueto, eis a questão;
Viajar conscientemente - conselhos e exercícios para um comportamento diferente;
A escola do turismo humano.
Molina considerou a abordagem sistêmica pouco desenvolvida nos estudos do turismo, com ênfase na
América Latina. Segundo o autor, as partes que formam o sistema turístico são:
A superestrutura;
A demanda;
A infraestrutura;
Os atrativos;
O equipamento e as instalações;
A comunidade receptora.
O sistema proposto pelo autor é caracterizado como aberto, pois estabalece relações de input e output
com o meio que está localizado. Os subsistemas possuem os seguintes objetivos:
Contribuir para a evolução integral dos indivíduos e grupos humanos;
Promover o crescimento e desenvolvimento econômico e social;
Proporcionar descanso e diversão.
O sistema de Molina mostra-se bem simples, uma vez que não explica as bases da teoria de sistemas
nem seus aspectos negativos. Foi bastante criticado por não definir os aspectos de organização interna
dos sistemas e, devido a isso, não se referir às equivalências específicas dos processos exigíveis pela
teoria geral de sistemas.