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Cleyton Fernando

Damião Banda
David Jorge Flameu
Lobo
Manuel camião
Melody Envagelista
Telves da Eufrasia

Sistema Turístico

Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário

Universidade Púngué
Extensão de Tete
2022
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Cleyton Fernando
Damião Banda
David Jorge Flameu
Lobo
Manuel camião
Melody Envagelista
Telves da Eufrasia

Sistema Turístico

Trabalho a ser apresentado na cadeira de G.T, do


curso de gestão ambiental e desenvolvimento
comunitário no departamento de geociências e
ambiente.
Docente: Rogério Afonso Cuinhane

Universidade Púngué
Extensão de Tete
2022
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Índice

1. Introdução............................................................................................................................2

1.1 Objectivos Gerais..............................................................................................................2

1.2 Objectivos Específicos......................................................................................................2

1.3 Metodologia.......................................................................................................................2

2. Sistema Turístico.................................................................................................................3

2.1 Elementos do Sistema Turístico........................................................................................3

2.1.1 A Procura.......................................................................................................................4

2.1.2 A Oferta..........................................................................................................................4

2.1.3 A Envolvente..................................................................................................................4

2.2 Países Emissores e Receptores de Turismo.......................................................................6

2.2.1 Os principais recetores de turistas a nível mundial........................................................6

2.3 Tendências.........................................................................................................................7

2.3.1. Tendências e evolução turística.....................................................................................7

2.3.2 Perspectiva Regional e Internacional.............................................................................8

3. Conclusão............................................................................................................................8

4. Referências bibliográficas.................................................................................................10
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1. Introdução
As transformações que estão em curso nas sociedades modernas influenciam de forma
decisiva a indústria do turismo, cuja configuração depende de factores exógenos, carregados
de incerteza, como a taxa de crescimento das diversas economias nacionais e regionais, o
agravamento ou superação das elevadas taxas de desemprego, a evolução dos preços dos
combustíveis ou as alterações climáticas. Em tensão dialéctica com estes elementos, a
indústria turística está sujeita a um conjunto de forças motrizes e tendências que se
manifestam quer na procura, quer nas ofertas turísticas e que irão moldar o turismo nos
próximos anos.

1.1 Objectivos Gerais


 Estudar o sistema turístico

1.2 Objectivos Específicos


 Identificar as Principais regiões receptoras e emissoras do turismo
 Identificar os Elementos do Sistema turístico

1.3 Metodologia
O trabalho foi feito na base do método qualitativo, e usou-se o método de recolha de dados
que foi feita na base da internet (artigos e pdf ), que abordavam assuntos relacionados com o
tema em destaque e os nomes dos autores serão citados nas referências bibliográficas.
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2. Sistema Turístico
Segundo Dumazedier (1979), Sistema Turístico é o conjunto de elementos que inter-
relacionados, coordenados de forma unificada e organizada contribuem para alcançar
determinados objectivos. Estes sistemas podem ser abertos ou fechados: são sistemas
fechados os que não revelam nenhuma acção do exterior, enquanto os sistemas abertos são
aqueles que são influenciados pelo mundo exterior implicando, pelo menos, um acto
proveniente do exterior que assegura a sua manutenção.

No que respeita especificamente ao turismo, este apresenta-se como um sistema, ou seja,


como um conjunto de elementos que estabelecem conexões interdependentes entre si de
carácter funcional e espacial como por exemplo as zonas de proveniência dos visitantes, as
suas zonas de destino e todas as actividades que produzem os bens e serviços turísticos. Este
conjunto é assim, constituído por agregados e subsistemas que se decompõem em vários
elementos interdependentes e que formam estruturas internas. Assim, podemos conhecer e
compreender o sector do turismo:

 As necessidades e expectativas dos turistas, quaisquer que sejam a sua proveniência


geográfica, nível cultural e socioeconómico, idade, etc.
 O território, nomeadamente a forma como as actividades do turismo nele se integram e o
uso que fazem do espaço;
 A forma de intervenção dos poderes públicos enquanto agentes reguladores da actividade
e enquanto agentes interventores no espaço, nas infra-estruturas, na cultura, na formação,
etc.;
 As estratégias dos atores privados enquanto utilizadores dos recursos, potenciadores de
novas actividades e como parte integrante do desenvolvimento e inovação.

2.1 Elementos do Sistema Turístico


Ao tentar construir de uma forma prática o sistema turístico e representar nele os seus vários
elementos e as inter-relações existentes, torna-se desde logo evidente a existência de grandes
grupos de elementos: a procura, a oferta e a envolvente (envolvente abrangendo o ambiente
físico, económico, político, social, etc). Apresentamos de seguida cada um destes três grupos
de elementos.
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2.1.1 A Procura
A procura surge naturalmente como o elemento essencial do sistema. Sem o turista não faz
sentido pensar um sistema turístico – é em torno das necessidades, expectativas e
comportamentos do turista que se deve configurar todo o sistema. De facto, o surgimento de
novos produtos como o turismo cultural, o turismo de bem-estar ou o turismo de negócios
mais não é do que ajustar a oferta a diferentes segmentos de mercado que surgem do lado da
procura: (i) perceber a sua evolução no sentido de uma crescente exigência em usufruir de
serviços de qualidade; (ii) responder adequadamente à alteração dos períodos de férias para
tempos mais curtos e repartidos ao longo do ano; (iii) oferecer diversidade e
complementaridade de serviços; (iv) pensar não apenas no turista externo mas também no
turista interno, também ele cada vez mais sofisticado e exigente;

2.1.2 A Oferta
A oferta, segundo elemento do sistema, inclui todo o conjunto de actividades, produtos e
serviços que materializam o próprio turismo. É no lado da oferta que se enquadram as
decisões estratégicas privadas que condicionam e em larga medida determinam os caminhos
seguidos pelo sector. Um dos aspectos mais complexos da análise da oferta é a própria
delimitação das actividades que a compõem. De facto, este exercício de delimitação do sector
envolve sempre algum grau de subjectividade. Assim, optámos por incluir na oferta o
conjunto de actividades cuja actuação é determinante para o funcionamento do próprio
sistema. Nesse sentido, a oferta deverá incluir actividades que vão desde tipos de alojamento
diferenciados da hotelaria tradicional, passando por novas vertentes da restauração até ao forte
dinamismo das actividades de animação e à oferta ligada a conceitos de saúde e bem-estar:

 Restauração e bebidas: inclui restaurantes, cafés, pastelarias e serviços de catering;


 Alojamento: inclui hotelaria, alojamento local, campismo e caravanismo, turismo em
espaço rural, termalismo (enquanto complexo termal), aldeamentos turísticos, etc.
 Transportes: inclui, além dos diversos meios de transporte, também o transporte turístico,
o rent-a-car, etc.;
 Distribuição: inclui as agências de viagens e turismo e as plataformas virtuais de
informação e de comercialização;
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2.1.3 A Envolvente
A envolvente, terceiro e último elemento do sistema, é o seu verdadeiro enquadrador. De
facto, uma actividade como o Turismo, intimamente ligada ao espaço e ao território,
utilizando e explorando recursos colectivos, integrando e dependendo de áreas tão diversas
como o ordenamento do território, a construção e modernização de infra-estruturas, a política
de sustentabilidade ambiental, cultural, educativa, de transportes, etc., torna fundamental falar
da envolvente enquanto espaço de intervenção dos poderes públicos (sejam eles a
administração central, sejam as administrações municipais, sejam ainda as instituições
descentralizadas as regiões de turismo, etc.) em áreas tão importantes como:

 A concessão estratégica da actividade turística no sentido da coerência e da consequência


a médio e longo prazo;
 A permanente construção da competitividade turística do território nacional, e
particularmente das suas diferentes regiões por via das especificidades e potencialidades
de cada uma delas;
 A efectiva manutenção dessa competitividade territorial do país, agilizando processos,
facilitando as ligações entre atores públicos e privados e coordenando actuações, de modo
a concertar a necessidade de regulação e intervenção com as opções de investimento
privado;
 O apoio financeiro ao investimento através das diversas medidas de apoio criadas no
âmbito dos fundos comunitários ou outras.

Em conclusão, falar apenas das actividades torna-se muito redutor em qualquer caracterização
do sector no sentido de que estas não existem independentemente umas das outras. A
percepção que o turista tem de qualquer destino turístico resulta não apenas do conjunto de
actividades oferecido, mas também da sua interacção, da forma como se coordenam e
complementam, da forma como são apresentadas. Assim, a oferta de qualquer produto
turístico é, antes de mais, um pacote de serviços integrados. Quando se fala em Turismo
Verde, Turismo Cultural, Turismo de Saúde e Bem-Estar ou Turismo de Negócios, por
exemplo, o que se fala de facto é da interacção e coordenação entre um variado conjunto de
actividades como sejam o alojamento, a restauração, as actividades de animação, etc. Por
exemplo, no caso do Turismo Verde, a preferência do turista vai geralmente para um
alojamento em espaço rural, para um contacto com a natureza e com as economias locais,
incluindo a procura de uma restauração com características gastronómicas e regionais, e
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natividades de animação vocacionadas para práticas desportivas ao ar livre (como sejam as


caminhadas) e a observação da natureza (birdwatching, por exemplo).

2.2 Países Emissores e Receptores de Turismo


Do ponto de vista do turismo internacional é geralmente, ligada ao nível de
desenvolvimento económico: os países predominantemente emissores são, mais
desenvolvidos economicamente do que os receptores e as regiões mais
desenvolvidas de um país são, normalmente, as emissoras de turismo para outras do
mesmo país.

• Países emissores - Dão origem a movimentos turísticos superiores àqueles que


recebem. Ex: Reino Unido

• Países receptores - Dão origem a movimentos turísticos inferiores àqueles que


recebem. Ex: Portugal

Países emissores
Um país ou região predominantemente emissor apresenta, normalmente, condições
socio-económicas favoráveis, elevado nível de vida e níveis culturais que incitam à
viagem.

A Alemanha, o Japão, a Bélgica, o Reino Unido, a Holanda, e a Suécia são países


emissores, enquanto a Espanha, os Estados Unidos, a França, a Grécia, a Turquia,
a Itália e Portugal são países receptores.
2.2.1 Os principais receptores de turistas a nível mundial

 A distinção entre países emissores e países receptores, radica na existência das


desigualdades de rendimento económico entre os países, ao mesmo tempo que a
desigual distribuição de riqueza num país determina a existência das regiões
emissoras ou receptoras desse país.
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 Quando existem níveis de rendimentos diferentes entre 2 países, origina-se


uma corrente turística do país mais rico (emissor) para o país mais pobre
(receptores).

2.3 Tendências
Segundo Kotler (2000), uma tendência é uma direcção ou uma sequência de eventos que tem
determinado impulso e direcção.

As tendências se desenvolvem a partir da necessidade de inovação de uma sociedade e se


reflectem através de sinais em contextos sociais, culturais, económicos, e muitos outros.
Sendo assim, ao percebê-la, é possível antecipar e se adaptar ao comportamento que o seu
consumidor adoptará futuramente.

2.3.1. Tendências e evolução turística


Buhalis (2006), ao fazer uma análise sobre o futuro da indústria do Turismo, em 2006,
mencionam que a sua evolução é o resultado da evolução do conceito de Consumo, e das
tendências dos consumidores, que estão mais informados, e procuram experiências mais
sofisticadas. Esta evolução requer a criação de novos produtos e novas estratégias de gestão e
organização do Turismo.

A evolução é inevitável, e influenciada pelos factores externos ao Turismo e pela globalização


do sector. Provavelmente, mais do que a maioria dos sectores de actividade, o sector do
Turismo está a enfrentar uma mudança acentuada e a um ritmo galopante. Para Costa (2013)
esta mudança contribui para a criação de um novo consumidor de Turismo.

Este novo consumidor de Turismo não é apologista de Turismo de massas, ou do marketing


massivo. Na realidade, este novo turista procura o Turismo diferenciado, um tratamento
personalizado, conhecer outros modos de vida e experienciar vivências autênticas e genuínas.
Trata-se de um turista informado, na vida de quem as tecnologias de informação têm uma
presença plena. Este novo turista sabe o que procura, respeita o ambiente e a comunidade. O
Turismo tradicional para sobreviver deverá adaptar-se, tornar-se melhor e mais competitivo, e
estar preparado para um mercado turístico mais volátil. Segundo Costa (2013), a globalização
é uma competitividade sustentável, pilar de mudanças em planeamento e organização turística
e com um impacto estruturante nos componentes e na estrutura da oferta turística. Nos
territórios rurais, na área agrícola e no Turismo o factor “terra” representa um elemento vital,
contribuindo para experiências autênticas e para a diversificação dos destinos, sendo
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fundamental incorporar o segmento de Vinho e Gastronomia nas ofertas turísticas rurais.


Relativamente ao Turismo das Zonas Costeiras, este deverá procurar uma solução viável de
combate a sazonalidade, criando novas ofertas, novos produtos, e novos mix de produtos
adaptados às necessidades do mercado.

2.3.2 Perspectiva Regional e Internacional


Os serviços de turismo e de viagens estão a surgir como os impulsionadores principais da
economia no século XXI. As chegadas nos diferentes destinos evidenciam um crescimento de
25 milhões em 1950 para 682 milhões em 2001. As receitas geradas no turismo atingiram 476
biliões de dólares americanos em 2000, o que significa um crescimento de 4.5% em
comparação com o ano de 1999. O estudo da Organização Mundial do Turismo (OMT) sobre
a Visão do Turismo para 2020 prevê que, em 2020, as chegadas de turistas aos vários destinos
no mundo alcançarão cerca de 1,6 biliões. Estes turistas gastarão cerca de 2 triliões de dólares
americanos.

A tendência crescente do acesso às viagens e as mudanças nas preferências do consumidor


têm resultado numa mudança nos padrões de viagens, dos fluxos este-oeste para os de norte-
sul. De uma maneira geral, à medida que se melhora o acesso por intermédio dos transportes e
tecnologias de informação, se desenvolvem atracões turísticos, facilidades e serviços e
tornam-se conhecidos e desejáveis como destinos turísticos, os países em desenvolvimento
vêm a sua participação na captação de turistas internacionais a crescer. Os países do G7 (i.e.
Reino Unido,

EUA, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão) continuarão a ser responsáveis pela oferta da
maioria dos turistas internacionais no futuro próximo. Ao contribuir com 16% do mercado em
2000, o que significou um crescimento de 1% quando comparado com 1999, a região do
extremo

Oriente/Pacífico tem sido a que tem estado a crescer de forma mais rápida, nos últimos anos.
Em relação à África existem poucas evidências sobre o crescimento do turismo a quota do
mercado pelo continente cresceu em 1% ao longo do período de 15 anos.
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3. Conclusão
A evolução do Turismo está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento mundial. A
transmissão de cultura entre os povos, o conhecimento da história e a língua são fundamentos
de um paradigma moderno de gestão e planeamento baseado nas pessoas, no património e na
cultura. O consumo e as tendências dos consumidores cada vez mais informados, evolui para
a procura de experiências personalizadas e que lhe permitam diferenciar-se da população em
geral. O mundo está a mudar e o Turismo está a mudar o mundo, a globalização assente numa
competitividade sustentável será um dos pilares do futuro turístico a nível mundial. O
presente artigo pretende efectuar uma breve abordagem histórica à evolução do Turismo e aos
aspectos conceptuais que perspectivam as tendências de evolução turística.
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4. Referências bibliográficas

BELLO, D. C. e ETZEL, M.J. The Role of Novelty in the Pleasure Travel Experience.
Journal of Travel Research, 24 (1), 20-26.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO: Desenvolviment de turismo sustentável:


manual para organizações locais. Brasília, p. 217-231
https://www.researchgate.net/publication/
319344267_TURISMO_TENDENCIAS_DE_EVOLUCAO pdf. Cessado em 02/10/2021

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