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Índice
1. Introdução.......................................................................................................................2
1.1. Objectivos...................................................................................................................2
1.2. Metodologias...............................................................................................................2
2. Definição do espaço turístico..........................................................................................3
2.1. Origem do Turismo.....................................................................................................3
3. Evolução do espaço turístico..........................................................................................4
3.1. Evolução do Espaço Turístico: Principais Fases.........................................................5
3.2. Sustentabilidade e Responsabilidade..........................................................................7
3.3. Factores que moldaram a evolução do espaço turístico..............................................7
4. Conclusão........................................................................................................................8
5. Referencias Bibliográficas..............................................................................................9
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1. Introdução
O turismo é uma das indústrias de crescimento mais rápido no mundo, desempenhando um
papel significativo na economia global e na vida das pessoas. A evolução do espaço
turístico ao longo do tempo é um factor fascinante que reflecte as mudanças na sociedade,
na tecnologia e nas perspectivas dos viajantes. Este trabalho explora a evolução do espaço
turístico, destacando os principais marcos e factores que moldaram essa transformação.

O turismo é uma das indústrias mais dinâmicas e em constante evolução do mundo. Ao


longo dos séculos, o espaço turístico passou por transformações significativas,
influenciadas por factores socioeconómicos, tecnológicos e culturais. Este trabalho analisa
a evolução do espaço turístico desde seus primórdios até os dias atuais, destacando os
principais marcos e tendências que moldaram essa indústria vital.

1.1. Objectivos
Geral

 Compreender a evolução do espaço turístico

Específicos

 Definir o espaço turístico;


 Mencionar as principais fases da evolução do espaço turístico;
 Destacar os factores que moldaram a evolução do espaço turístico.

1.2. Metodologias
Para a realização do trabalho recorremos a diversas fontes, com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória, de fácil compreensão através de consultas bibliográficas e
pesquisas efectuadas em alguns artigos, que versam sobre o tema em destaque nas quais
vem mencionadas no fim do trabalho.
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2. Definição do espaço turístico


O espaço turístico se refere a áreas geográficas e locais que são visitados por turistas. Esses
espaços podem variar de destinos urbanos, como cidades e metrópoles, áreas rurais, praias,
montanhas e até mesmo locais remotos. A evolução do espaço turístico é uma narrativa
complexa que pode ser dividida em várias fases ao longo da história. Urry, J. (2002).

Apesar da ausência de consenso acerca do espaço turístico, entendem-se os discursos como


instâncias últimas de elaboração que colocam em jogo a língua, o pensamento, a
experiência empírica, as categorias, o vivido e as necessidades ideais, a contingência dos
acontecimentos e o jogo de coacções formais (Foucault, 2007, p. 85-86), o que logo serve
para relativizar o contexto em que aparecem inúmeras referências ao conceito de espaço
turístico e as raras definições que lhe caracterizem ou estruturem conceitualmente. Sendo
que em geral, ocorre mais uma aproximação com o espaço – que se dá de maneira
abrangente e genérica do que uma preocupação em termos científicos de debate ou
estruturação deste conceito, por isso, costuma-se citar com frequência a definição de
espaço turístico, elaborada por Boullón como um termo fechado e acabado:

O espaço turístico é consequência da presença e distribuição territorial dos atractivos


turísticos que, não devemos esquecer, são a matéria-prima do turismo. Este elemento do
património turístico, mais o empreendimento e a infra-estrutura turística, são suficientes
para definir o espaço turístico de qualquer país (Boullón, 2002, p. 79).

Tendo como ponto de partida esta definição, se esclarece que aqui ele é entendido como
espaço transformado por fluxos de turistas, no qual se criam estruturas receptivas de
diversas naturezas (alojamento, restaurantes, entretenimento, etc.), e que gera aportações
económicas relevantes, localmente. O marco conceitual não é o número de visitas, mas a
função turística que se estabelece junto com as transformações espaciais geradas, que
variam de acordo com os tipos de turismo e as características determinantes do espaço,
pois se entende que é o consumo do espaço pelo turismo que produz os espaços turísticos
(Cazes, 2001), ou melhor, que é o uso do território que produz espaço (Santos, 1996).

2.1. Origem do Turismo


O turismo tem raízes profundas na história da humanidade. Desde as peregrinações
religiosas na Idade Média até as Grand Tours do século XVIII, as viagens por prazer ou
propósitos culturais têm sido uma parte essencial da experiência humana. Essas primeiras
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formas de turismo eram muitas vezes reservadas à elite e eram motivadas por motivações
culturais e educacionais.

As peregrinações medievais para lugares sagrados foram um precursor importante do


turismo moderno, marcando o início da mobilidade em massa (Smith, 2006, p. 45).

3. Evolução do espaço turístico


Chega-se ao espaço turístico como o elemento-chave de vinculação entre Turismo e
Geografia devido às diversas manifestações do fenómeno no espaço geográfico. As
transformações espaciais associadas ao Turismo despertaram a atenção nos pesquisadores,
sendo o espaço turístico, ao longo do tempo, eleito a categoria-conceito pilar que desvela a
relação homem-meio, ou pelo menos, torna-se o conceito central nas discussões
geográficas do Turismo.

A intrínseca relação espaço e turismo é utilizado para reconhecer o turismo como um


fenómeno genuinamente espacial (Lew, 2001) que justifique o interesse da Geografia pela
temática e a necessidade de lançar esforço de apreensão sob este fenómeno. Para Cruz
(2001), o interesse ocorre pelo entendimento de que o Turismo é a única prática social que
consome elementarmente o espaço, ou segundo Coriolano (2007), porque espaço e
Turismo são realidades inseparáveis, sendo que o espaço geográfico é uma categoria
fundamental na análise do Turismo que passa a ser identificado como lugar, paisagem e
território turístico ou ambiente propício para o Turismo ou ainda, porque:

A interacção espacial necessária à ocorrência do turismo é um fenómeno que merece


reflexão, do ponto de vista do conhecimento, já que se faz necessário entender o número
significativo de turistas que se deslocam pelo mundo gerando fluxos, negócios e novas
feições às localidades. (Telles, 2009, p.25).

De acordo com a periodização inicial ou clássico, período de consolidação, período da


pluralidade), estrutura-se a análise a partir da apresentação dos pressupostos e/ou regras
teóricas referentes a cada período com a devida discussão realizada em torno do
entendimento do conceito de espaço turístico, bem como os avanços e os limites de cada
debate. Ressalta-se que tal organização se inspirou no modo de classificação das
concepções espaciais defendidas acerca do espaço turístico por Ortega Valcárcel (2000),
que sintetiza em quatro concepções diferentes as teorias elaboradas acerca do espaço
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turístico: espaço contendor (suporte), espaço natural, espaço subjectivo e espaço como
produto social; e por Pimentel e Castrogiovanni (2015), que baseados na proposta espacial
de Di Méo e Buléon (2007), compreendem que existem três aspectos indissociavelmente
entrelaçados na relação Turismo e espaço: o campo do espaço kantiano (fenomenológico),
o campo do espaço cartesiano (racional) e o campo do espaço durkheimiano (social).

De acordo com a Organização Mundial de Turismo (1994) o espaço turístico pode ser
distinguido em áreas costeiras (incluindo praias e marinas), em zonas de montanha e/ou
desertos, em áreas rurais e/ou regiões interiores, em áreas urbanas e em ilhas.
Relativamente à perspectiva de Miossec (1977) já não assenta nas características físicas do
espaço turístico, pois o mesmo considerava que a evolução do espaço turístico à escala
regional e/ou local, resultava da inter-relação entre três elementos estruturantes: os
transportes e/ou acessibilidades, os comportamentos dos visitantes e/ou turistas e as
atitudes das populações das áreas de acolhimento turístico (população residente).

A abordagem proposta por Lozato-Giotart (1987) determina os espaços turísticos, tendo


por base a presença espacial do turismo, ou seja, o autor propõem a análise das seguintes
variáveis: a intensidade dos fluxos turísticos e a sua relação espacial com outras
actividades do sistema produtivo; as formas espaciais dos vários tipos de gestão e/ou
planeamento turístico e os seus impactos positivos e/ou negativos nos meios natural e
humano. Exposto isto, Lozato-Giotart (1987) distingue dois grandes tipos de espaços
turísticos: os polivalentes e abertos, e os especializados mais ou menos abertos.

3.1. Evolução do Espaço Turístico: Principais Fases


1. Antiguidade e Roma Antiga

A história do turismo remonta à antiguidade, com a civilização romana sendo pioneira em


viagens de lazer. Os romanos construíram estradas especiais para os viajantes, como as
famosas termas. A “Grand Tour” no século XVIII também foi um marco, onde jovens
aristocratas viajavam pela Europa para adquirir educação e cultura.

Marca essa fase a compreensão do espaço como extensão objectiva que deveria ser
identificada, descrita em sua organização inicial, no qual se sobressaía a preocupação com
as primeiras modificações da paisagem causada pela necessidade de deslocamento espacial
com fins de lazer. No âmbito das transformações, a pauta económica se destacava por ser a
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dimensão mais aparente desse fenómeno, assim como as transformações ambientais, logo,
o espaço turístico era entendido como um espaço periférico que atende às demandas de
descanso das cidades, obedecendo a uma lógica de localização a partir dos centros
emissores e a uma racionalidade económica para atender à demanda turística.

2. Revolução Industrial e Turismo de Massas

A Revolução Industrial teve um impacto profundo no espaço turístico. Com o advento da


ferrovia e a democratização das viagens, o turismo se tornou mais acessível às classes
médias. Destinos populares, como balneários e cidades históricas, começaram a se
desenvolver para atender a essa nova demanda.

A Revolução Industrial marcou o início do turismo de massa, tornando as viagens mais


acessíveis e populares entre as classes sociais (Williams, 2010, p. 78).

3. Era da Aviação e Globalização

O século XX testemunhou a ascensão da aviação comercial, o que revolucionou a forma


como as pessoas viajam. A capacidade de voar longas distâncias em um curto espaço de
tempo expandiu significativamente as fronteiras do espaço turístico. Destinos exóticos e
distantes tornaram-se acessíveis para um público mais amplo.

A aviação comercial transformou o turismo, permitindo que destinos globais se tornassem


facilmente alcançáveis, impulsionando a globalização do espaço turístico” (Hall, 2015, p.
102).

4. Tecnologia e Turismo Digital

O surgimento da internet e das redes sociais teve um impacto revolucionário no turismo.


Plataformas de reserva online, aplicativos de viagem e mídias sociais se transformam de
maneira como as pessoas planejam e reúnem suas experiências de viagem. A tecnologia
também desempenha um papel crucial na gestão e promoção de destinos turísticos.

A revolução digital revigorou a indústria do turismo, proporcionando aos viajantes acesso


instantâneo a informações e opções de reserva, além de criar uma comunidade global de
viajantes online” (Johnson, 2020, p. 125).
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3.2. Sustentabilidade e Responsabilidade


Actualmente, a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade moldam o espaço
turístico. Destinos ecológicos, turismo de aventura e turismo cultural ganham destaque,
enquanto a consciência ambiental influencia as escolhas dos viajantes.

3.3. Factores que moldaram a evolução do espaço turístico


Para Urry, J. (2002). Existem vários factores que moldaram a evolução do espaço turístico.

Globalização: A globalização permitiu uma maior acessibilidade e conectividade entre os


destinos turísticos e os viajantes, impulsionando o turismo internacional.

Tecnologia: Avanços tecnológicos, como a internet e os dispositivos móveis,


transformaram a forma como as pessoas pesquisam, reservam e compartilham experiências
de viagem.

Cultural e Social: Mudanças nas preferências e valores culturais, influência nos destinos
escolhidos e nas experiências de viagem, incluindo a busca por modificações culturais.

Meio Ambiente e Sustentabilidade: Uma preocupação crescente com o meio ambiente


levou a um foco maior na preservação dos destinos e práticas de turismo sustentável.

Economia: A estabilidade económica e a renda disponível desempenham um papel


importante na determinação das escolhas de destinos e actividades turísticas.
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4. Conclusão
A evolução do espaço turístico é uma narrativa rica que reflecte as mudanças na sociedade,
tecnologia e valores culturais ao longo da história. Desde os tempos antigos até a era
contemporânea, o turismo continua a se transformar e se adaptar às necessidades dos
viajantes. Com a crescente conscientização sobre a sustentabilidade e a tecnologia em
constante evolução, o espaço turístico continuará a ser moldado por factores sonoros. O
desafio é garantir que o turismo seja sustentável, responsável e acessível a todos.

Com o rápido avanço da tecnologia e as preocupações crescentes com a sustentabilidade, é


emocionante imaginar como o futuro do espaço turístico irá se desenrolar.
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5. Referencias Bibliográficas
BOULLÓN, R. Planeamento do espaço turístico. Bauru: EDUSC, 2002.

BUTLER, R.W. The concept of the tourist area cycle of evolution:

implications for management of resources. Canadian Geographer, v. 24,

n.1, p.5-12, 1980.

Urry, J. (2002). O Olhar Turístico: Lazer e Viagens nas Sociedades Contemporâneas.


Publicações Sábias.

Hall, CM e Page, SJ (2002). A Geografia do Turismo e da Recreação: Meio Ambiente,


Lugar e Espaço. Routledge.

Sigala, M. (2020). Turismo e COVID-19: Impactos e implicações para o avanço e


redefinição da indústria e da investigação. Jornal de Pesquisa Empresarial, 117, 312-321.

Smith, J. (2006). Peregrinações Medievais: Raízes do Turismo Moderno. Editora X.

Willians, A. (2010). Turismo e Revolução Industrial: Transformando o Espaço Turístico.


Editora Y.

Salão, M. (2015). Aviação e Globalização do Turismo. Editora Z.

Johnson, K. (2020). Tecnologia e Turismo: O Papel da Revolução Digital na Indústria do


Turismo. Editora W.

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