LÍNGUA
4
PORTUGUESA.................................
INFORMÁTICA................................ 294
DIREITO
ADMINISTRATIVO............................. 532
DIREITO
740
CONSTITUCIONAL.............................
DIREITO PENAL.............................. 900
II
LÍNGUA
PORTUGUESA
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Altíssima. Muitas vezes, até as questões de gramática dependem
da interpretação do texto lido.
DICA: Resolva o máximo de questões que você puder. Se você resolver três questões por dia, em um mês
você estará muito mais atento e menos vulnerável a perder questões, de um certo modo, simples.
DICA DE ESTUDO: Leia, com bastante atenção, a técnica que apresento na sequencia. Não subestime esse
tema. Muitos alunos pensam que, para se sair bem nas questões de interpretação, basta fazer uma boa leitura.
Isso não é verdade. Há mais coisas que envolvem o gesto de interpretar um texto que se encontra numa prova de
concurso. Há detalhes sutis nos enunciados e nos próprios itens. O texto, curiosamente, é o menos perigoso de
todos os elementos que envolvem a interpretação.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Alta. Às vezes, metade da prova é de interpretação de textos. Por is-
so, esse assunto não pode ser deixado de lado.
Texto
Enunciado Itens
É com base nessa dinâmica que o candidato pode chegar a uma conclusão satisfatória.
Vamos agora explorar esse triângulo de forma mais aprofundada. Comecemos pela ponta da figura: o tex-
to. Sugiro, ao ler pela primeira vez o texto da prova, que você fique atento a tudo, que se desligue do mundo a
sua volta e entre no mundo do texto. Se possível, grife, circule ou faça qualquer outra marcação quando vir algo
que lhe chame a atenção, algo inusitado ou alguma coisa que você não tenha entendido direito. Esse procedi-
mento faz com que o candidato ganhe tempo, já que não precisará mais ficar procurando aquela palavra esquisita
ou expressão importante que acabara de ler.
Continuemos, agora, com a parte de baixo da figura: o enunciado. Ler e interpretar o enunciado de uma
questão é fundamental. Contudo, esse sucesso depende de um simples procedimento: encontre o “comando” da
questão. Chamo “comando” determinada palavra ou expressão que, disfarçadamente ou não, orienta o candidato
a encontrar o item correto. O “comando”, não sendo encontrado ou simplesmente esquecido ─ ou mesmo aban-
donado pelo candidato ─, pode trazer vários prejuízos. Por isso, sugiro que você grife o “comando” e não se des-
www.gustavobrido.com.br 4 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
ligue dele um só instante. Assim, sempre que terminar a leitura de um item, volte ao “comando” para, só depois,
começar a leitura do próximo item. Repita esse procedimento até o item “E”. Dessa maneira, você terá indicativos
muito mais satisfatórios para julgar uma questão.
Vamos fazer, agora, um pequeno teste. Você lerá, em seguida, alguns enunciados extraídos de provas re-
ais. No final deste capítulo, há as respostas. Seu objetivo é identificar e grifar os “comandos” de cada um deles.
Boa sorte.
01- A analogia estabelecida pelo autor entre a importância do computador e a da primeira Revolução Industrial
deriva do fato de que, em ambos os casos... (FCC).
02- Nessa carta aberta, Einstein demonstra acreditar que a ONU... (FCC).
03- O único elemento que não faz parte da estratégia argumentativa do texto lido é... (Funrio).
05- Assinale a opção que apresenta inferência coerente com as idéias do texto (Esaf).
07- De acordo com o texto II, a única palavra que NÃO pertence ao campo semântico de “camelô” é... (Funrio).
08- A afirmação que está no título do texto faz referência ao fato de que, para o autor, (FCC).
Supondo que você já tenha ido conferir as respostas, vale a pena insistir um pouco mais nesses segundo
momento do triângulo. Às vezes, sentimos grande dificuldade em interpretar os enunciados por conta de deter-
minadas palavras ou expressões que não são de uso comum em nosso cotidiano. É o caso, por exemplo, de pala-
vras como “inferir”, “aferir”, “subjacente”, “antitético”, “coesão”, “nexo”, “léxico”, “lexical”; e de expressões co-
mo “campo semântico”, “elemento anafórico”, “elemento catafórico”, dentre outras. Por esse motivo, é funda-
mental que você saiba o que significa cada uma dessas palavras ou expressões. Abaixo, coloco ─ de forma resu-
mida ─ o significado das que citei anteriormente.
1. Inferir: concluir a partir de indícios textuais; é uma espécie de dedução mais elaborada, em que você usa até
as suas experiências de vida para realizá-la.
2. Depreender: embora signifique a mesma coisa que “inferir”, em provas, esse verbo acaba sendo utilizado de
maneira um pouco diferente. Depreender é, na visão de muitas bancas, colher (coletar) o que está no texto.
Só que essa coleta não é simples (óbvia), é como se você precisasse de uma lupa para enxergar aquilo que
está bem escondido no texto. Depreender é, portanto, um tipo específico de inferência.
4. Subjacente: aquilo que fica por baixo; ou, que vem de baixo.
7. Nexo: algumas organizadoras, como a Conesul, usam essa palavra como sinônimo de conjunção.
www.gustavobrido.com.br 5 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
8. Léxico: conjunto de palavras de determinada língua. Ou seja, quando uma questão envolver essa palavra,
pense logo num dicionário, já que é lá que estão as palavras do léxico da língua portuguesa.
10. Campo semântico: cada contexto comunicativo exige um tipo de campo semântico (ou território de sentido).
Nele, as palavras assumem significados próprios. Por exemplo: ao se pensar em fazer um churrasco, uma sé-
rie de palavras surgirá para compor esse “campo”: carne, sal grosso, cerveja, festa, brinde, família, amigos,
música etc. Já para a palavra concurso, outro grupo de palavras aparece: prova, apostila, questões, aula, pro-
fessor, estudo, disciplina etc. Ou seja: campo semântico é um espaço virtual para o qual um grupo afim de
palavras converge.
11. Elemento anafórico: consideremos a seguinte texto “Lula não virá mais a Fortaleza, pois o Presidente está
muito atarefado. Sua viagem à capital cearense fica adiada para o segundo semestre”. Note que “Presidente”
e “Capital cearense” retomam, ou seja, fazem referência aos termos Lula e Fortaleza. Assim, diz-se que es-
tamos diante de elementos anafóricos, já que eles ─ sem promover repetição ─ “apontam” para palavras
que já foram mencionadas. É o que chamamos de anáfora.
12. Elemento catafórico: usa o mesmo princípio do anafórico, só que, em vez de “apontar” para trás, “aponta”
para frente. Por exemplo: “Ele disse que nunca mais voltaria ali, Fortaleza”. Note que o elemento gramatical
“ali” faz referência ao termo que surge imediatamente após. Daí termos uma catáfora.
Há outras muitas palavras que podem surgir ao longo dos enunciados. Sua postura, agora, é procurar sa-
ber o que elas significam para que sua interpretação seja plausível. Tenha sempre consigo um bom dicionário.
Bom, já estamos quase no fim desse capítulo. A última parte do triângulo que nos falta é da dos itens.
Talvez seja esta a parte mais complicada do processo de interpretação, uma vez que ela é a que costuma tirar a
concentração dos candidatos com mais frequência. Por qual seria o motivo? Isso ocorre porque, geralmente, o
candidato se desliga do “comando”. Lembre-se sempre de que seu objetivo é ligar o item correto ou o falso ao
que propõe o enunciado da questão. E, para que isso funcione bem, sugiro que você descarte os itens “podres” o
quanto antes. O que são itens “poderes”? São aqueles que destoam muito do “comando” da questão. Normal-
mente, eles fogem ao assunto do texto, usam palavras generalistas como “apenas”, “tudo”, “nada”, “somente”,
“jamais” etc., trazem comentários cheios de palavras bonitas ou de efeito, ou, finalmente, dizem uma verdade
sobre o texto, mas uma verdade que não é a que a questão deseja saber. Muita atenção para este último caso!
Por fim, um último esclarecimento sobre interpretação é inevitável: se você tiver sido um bom leitor ao
longo de sua carreira escolar e acadêmica, suas chances são bem significativas, e crescem mais ainda quando você
segue as dicas dadas acima. Por outro lado, se seu contato com a leitura não tiver sido dos mais satisfatórios,
sugiro que você estude mais, resolva mais exercícios e não tenha medo de ler. Somente a prática dirigida e orien-
tada pode fazer com que você, em pouco tempo, recupere o tempo perdido.
Boa sorte!
Eli castro.
RESPOSTAS DO TESTE
05- inferência
01- analogia / deriva do
06- deduzir
02- demonstra
07- campo semântico
03- estratégia argumentativa
08- faz referência a
04- paráfrase
www.gustavobrido.com.br 6 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS 01
TEXTO I
Os anônimos
Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior
do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas
vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade.O espelho tentou mudar de assun-
to, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve.
A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-
se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história de-
pende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em
nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de
nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente,
talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história,
sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele
só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa,
pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que
podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece
nos créditos.
Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consci-
ência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou
dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de
conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.
(A) revestem-se de um caráter eminentemente simbólico, ainda que secundário para o desenvolvimento da
trama.
(B) representam a desordem do acaso, entendido este como o destino que os deuses escolhem para a his-
tória humana.
(C) equiparam-se a símbolos reincidentes, como o Príncipe, para melhor sublinharem o ensinamento de
uma fábula.
(D) têm crucial relevância para a história, ainda que relegados à obscuridade de transitórios figurantes.
(E) tornam-se irrelevantes depois de seu desempenho, na sequência de eventos independentes de sua par-
ticipação.
2. O autor do texto levanta a seguinte hipótese para justificar o modo pelo qual personagens como o lenha-
dor são anônimos em muitas histórias: eles seriam vistos como responsáveis por
(A) uma escolha pessoal e independente, que não deixa de afrontar uma instância superior já estabelecida.
(B) atos de subversão e anarquia, dado que, para atender a vontade dos deuses, ignoram a dos homens.
(C) decisões éticas basicamente preocupadas em conciliar a justiça terrena e a vontade divina.
www.gustavobrido.com.br 7 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
(D) uma escolha irracional, justificável pela precária condição cultural que os caracteriza.
(E) uma reação de tal modo imprevisível que impossibilita uma sequência lógica de eventos.
3. Deve-se deduzir do texto que a razão pela qual os arquétipos não precisam de nome é que
(A) seu papel, tal como o do lenhador, já está estabelecido pelo Destino.
(B) sua importância, como a do lenhador, é casual, servindo para acentuar o realismo da narrativa.
(C) sua significação, tal como a do Príncipe Encantado, já está estabelecida pela tradição das histórias.
(D) sua função, tal como a da imprensa, é oscilar entre a necessidade pública e o interesse privado.
(E) sua relevância, tal como a da rainha má, está em representar uma rápida indecisão.
TEXTO II
Pós-11/9
Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em:
“Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão radicalmente que tudo o que veio an-
tes – culminando com o day before [dia anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a
véspera mais véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada quanto o
cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos descobriram um sen-
timento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns
direitos de seus cidadãos, sem falar no direito de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protes-
tos contra a radicalíssima reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de
setembro”.
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido, não como sub-
missão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo começo, um pouco como Deus – o
primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados Unidos com relação a Israel e
os palestinos são exemplos disto. E é certo que nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo
menos por algum tempo. No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais pro-
fundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o
instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude.
O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar mais na humanidade. A questão é:
o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive por uma questão
de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez de setembro” na rua.
5. Já se afirmou a respeito de Luis Fernando Verissimo, autor do texto aqui apresentado: "trata-se de um
escritor que consegue dar seriedade ao humor e graça à gravidade, sendo ao mesmo tempo humorista ins-
pirado e ensaísta profundo".
www.gustavobrido.com.br 8 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Essa rara combinação de planos e tons distintos pode ser adequadamente ilustrada por meio destes seg-
mentos do texto:
I. Que penteado mais dez de setembro! e Os Estados Unidos descobriram um sentimento inédito de vulne-
rabilidade.
II. Um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio e o instinto de sobrevivência tam-
bém é um caminho para a virtude.
III. Fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem e não se devem esperar
exames de consciência mais profundos.
(A) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas.
(B) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais drásticas que as en-
tão vigentes.
(C) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de solidarieda-
de.
(D) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar um novo
caminho.
(E) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado nacionalis-
mo.
TEXTO III
Os homens-placa
Uma cabeleira cor-de-rosa ou verde, um nariz de palhaço, luvas de Mickey gigantescas, pouco importa. Eis que
surge numa esquina, e replica-se em outras dez, o personagem mais solitário de nossas ruas, o homem-placa das
novas incorporações imobiliárias. Digo homem-placa, não porque ele seja vítima do velho sistema de ficar ensan-
duichado entre duas tábuas de madeira anunciando remédios ou espetáculos de teatro, nem porque, numa versão
mais recente, amarrem-lhe ao corpo um meio colete de plástico amarelo para avisar que se compra ouro ali por
perto. Ele é homem-placa porque sua função é mostrar, a cada encruzilhada mais importante do caminho, a dire-
ção certa para o novo prédio de apartamentos que está sendo lançado.
Durante uma época, a prática foi encostar carros velhíssimos, verdadeiras sucatas, numa vaga de esquina, colo-
cando o anúncio do prédio em cima da capota. O efeito era ruim, sem dúvida. Como acreditar no luxo e na distin-
www.gustavobrido.com.br 9 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
ção do edifício Duvalier, com seu espaço gourmet e seu depósito de vinho individual, se todo o sonho estava mon-
tado em cima de um
Opala 74 cor de tijolo com dois pneus no chão?
Esses homens e mulheres-placa não se comparam sequer ao guardador de carros, que precisa impor certa presen-
ça ao cliente incauto. Estão ali graças à sua inexistência social. Só que sua função, paradoxalmente, é a de serem
vistos; um cabelo azul, um gesto repetitivo apontando o caminho já bastam.
(A) da reduzida eficácia que esse antigo e bem-sucedido recurso publicitário obtém nos dias atuais.
(B) de se preservar o romantismo do passado na utilização de uma técnica moderna de comunicação.
(C) de se chamar a atenção para a ostensiva presença pública de quem está imerso no anonimato.
(D) da teimosa insistência dos empreendedores financeiros numa anacrônica tática de vendas.
(E) da resignação com que fazem de seus próprios corpos matéria de propaganda imobiliária.
I. Destituídos de qualquer qualidade pessoal, os homens- placa, em sua função mais recente, funcionam
como meros sinalizadores físicos da localização dos negócios.
II. No terceiro parágrafo, as referências à Estátua da Liberdade, Marilyns e Kennedys mostram como a pro-
paganda se vale de imagens estereotipadas para incutir prestígio em certos produtos.
III. A despersonalização a que se submetem os homens e mulheres-placa só não é maior do que a que sofre
um guardador de carros.
(A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) II, somente.
www.gustavobrido.com.br 10 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
11. O autor justifica a afirmação O efeito era ruim, sem dúvida, (2o parágrafo) mostrando
TEXTO IV
Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram se traduzindo
numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais. O resultado ideal era um conjunto de
botões que requeria apenas apertar-se no lugar certo para ativar um procedimento, sem demandar maiores con-
tribuições das qualificações e inteligência limitadas e inconfiáveis do ser humano médio.
A cobrança nos caixas de supermercado na década de 1990 tipificava essa eliminação do elemento humano. Não
exigia do operador mais que reconhecer as cédulas e moedas do dinheiro local. Um scanner automático traduzia o
código de barras do artigo num preço, somava todos os preços, deduzia o total da quantia entregue pelo cliente, e
dizia ao operador quanto dar de troco. O procedimento para assegurar essas atividades se baseia numa combina-
ção de maquinaria sofisticada e programação elaborada. Contudo, a menos que alguma coisa desse errado, esses
milagres de tecnologia científica não exigiam mais que um mínimo de atenção e uma capacidade um tanto maior
de concentrada tolerância ao tédio.
Para fins práticos, a situação do operador de caixa do supermercado representava a norma humana de fins do
século XX; não precisamos entender nem modificar os milagres da tecnologia científica de vanguarda, mesmo que
saibamos, ou julguemos saber, o que está acontecendo. Outra pessoa o fará ou já fez por nós. Pois, ainda que nos
suponhamos especialistas num ou noutro campo determinado, diante da maioria dos outros produtos diários da
ciência e tecnologia somos leigos ignorantes sem compreender nada. Assim, a ciência, através do tecido saturado
de tecnologia da vida humana, demonstra diariamente seus milagres ao mundo. É indispensável e onipresente.
E, no entanto, o século XX não se sentia à vontade com a ciência que fora a sua mais extraordinária realização, e
da qual dependia. O progresso das ciências naturais se deu contra um fulgor, ao fundo, de desconfiança e medo.
A desconfiança e o medo da ciência eram alimentados por alguns sentimentos: o de que a ciência era incompreen-
sível; o de que suas consequências tanto práticas quanto morais eram imprevisíveis e provavelmente catastrófi-
cas; o de que ela acentuava o desamparo do indivíduo e solapava a autoridade.
Tampouco devemos ignorar o sentimento de que, na medida em que a ciência interferia na ordem natural das
coisas, era inerentemente perigosa. Os primeiros dois sentimentos eram partilhados tanto por cientistas quanto
leigos, os dois últimos pertenciam basicamente aos de fora.
(Adaptado de: Eric Hobsbawm. Era dos extremos. Trad. Marcos Santarrita. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 509-512)
www.gustavobrido.com.br 11 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
(A) os grandes avanços provenientes das ciências naturais no século XX foram acompanhados pelo temor e
pela suspeita de que malefícios poderiam deles advir.
(B) a tecnologia das máquinas substitui a mão de obra humana em diversos setores, causando, entre outras
consequências desastrosas, o desemprego.
(C) em termos morais, o avanço da tecnologia trouxe consequências negativas, pois a ciência é desprovida
de ética e é preocupante o uso que se faz dela.
(D) um dos obstáculos que impedem um maior desenvolvimento da ciência até os dias de hoje configura-se
na crença de que devemos seguir as leis da natureza para não corrermos riscos.
(E) ainda que possuam conhecimentos específicos de outras áreas, os que têm pouca familiaridade com a
tecnologia e não a compreendem devem ficar para trás em um mercado competitivo como o dos dias
atuais.
14. O segmento em que o autor NÃO exprime opinião pessoal ou posicionamento crítico é:
(A) Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram se tra-
duzindo numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais.
(B) O procedimento para assegurar essas atividades se baseia numa combinação de maquinaria sofisticada
e programação elaborada.
(C) ... diante da maioria dos outros produtos diários da ciência e tecnologia somos leigos ignorantes sem
compreender nada.
(D) ...esses milagres de tecnologia científica não exigiam mais que um mínimo de atenção e uma capacidade
um tanto maior de concentrada tolerância ao tédio.
(E) ...requeria apenas apertar-se no lugar certo para ativar um procedimento, sem demandar maiores con-
tribuições das qualificações e inteligência limitadas e inconfiáveis do ser humano médio.
15. Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram se tradu-
zindo numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais.
Identificam-se nas frases acima, respectivamente,
TEXTO V
Nosso currículo escolar devia dedicar mais tempo e atenção à anatomia e à fisiologia, para que as crianças se
formassem com conhecimentos mínimos sobre o funcionamento do organismo. Não admitimos que nossos filhos
estudem em colégio que não lhes ensine informática. Fazemos questão que se familiarizem com os computadores,
sem os quais serão atropelados pela concorrência do futuro, mas aceitamos que ignorem a organização básica da
estrutura da qual dependerão para respirar até o dia da morte. Houvesse mais interesse em despertar no aluno a
curiosidade de decifrar como funciona essa máquina maravilhosa, que a evolução fez chegar até nós depois de 3,5
bilhões de anos de competição e seleção natural, desde pequenos trataríamos o corpo com mais respeito e sabe-
doria e não daríamos ouvidos a teorias estapafúrdias, a superstições, ao obscurantismo e à pseudociência que faz
a alegria dos charlatãPes.
www.gustavobrido.com.br 12 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
A medicina é um ramo da biologia, ciência que se propõe a estudar os seres vivos e as leis que os regem, não é
domínio da crença; não é religião. O organismo humano é a estrutura mais complexa que conhecemos ─ alguns o
consideram mais complexo do que o próprio Universo. Estudar os mecanismos
responsáveis pela circulação e oxigenação do sangue, pela digestão dos nutrientes, ter uma ideia de como ocor-
rem as principais reações metabólicas e aprender que nosso corpo é uma máquina que se aperfeiçoa com o mo-
vimento é a melhor forma de evitar que ele nos deixe no meio da estrada.
Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, o ensino de ciências deve começar na pré-escola. Apren-
dendo desde cedo, as crianças incorporarão o pensamento científico à rotina de suas vidas e descobrirão belezas e
mistérios inacessíveis aos que desconhecem os princípios segundo os quais a natureza se organizou.
(Adaptado de: Drauzio Varella. A ignorância e o corpo. FSP, 18/06/2011, p.E 20)
I. Houvesse mais interesse em despertar no aluno a curiosidade de decifrar como funciona essa máquina
maravilhosa, que a evolução fez chegar até nós depois de 3,5 bilhões de anos de competição e seleção
natural, desde pequenos trataríamos o corpo com mais respeito e sabedoria...
Infere-se do segmento acima que os cuidados com o próprio corpo melhoram à medida que aumenta o
domínio sobre o seu funcionamento.
II. Fazemos questão que se familiarizem com os computadores, sem os quais serão atropelados pela con-
corrência do futuro, mas aceitamos que ignorem a organização básica da estrutura da qual dependerão
para respirar até o dia da morte.
Identifica-se entre as frases acima hipótese seguida de confirmação.
III. ...belezas e mistérios inacessíveis aos que desconhecem os princípios segundo os quais a natureza se or-
ganizou.
O segmento acima está reescrito com outras palavras, mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas ge-
rais, o sentido original em: Apenas os que são capazes de julgar as leis que organizam a natureza, com
suas belezas e mistérios, pode se familiarizar com ela.
Está correto o que consta em:
www.gustavobrido.com.br 13 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIO 02
De volta à Antártida
A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para
reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um
documento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continente gelado até 2020. A principal
delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáti-
cas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição da extinta União Soviética à
Antártida aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete estações de
pesquisa no continente. A Rússia herdou as estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas pouco
conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras
nações para preservar a “paz e a estabilidade” na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para
tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente.
1. A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre
mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.
(A) adversativo.
(B) de consequência.
(C) de finalidade.
(D) de proporção.
(E) concessivo.
(A) indica que esse segmento é transcrição literal do documento do governo russo mencionado no início do
texto.
(B) sugere a desconfiança do autor do artigo com relação aos supostos propósitos da Rússia de manter a
paz na Antártida.
(C) revela ser esse o principal objetivo do governo russo ao reconstruir estações de pesquisa na Antártida
que datam do período soviético.
(D) aponta para o sentido figurado desses vocábulos, que não devem ser entendidos em sentido literal, co-
mo o constante dos dicionários.
(E) justifica-se pela sinonímia existente entre paz e estabilidade, o que torna impensável a existência de
uma sem a outra.
3. Há exemplos de palavras ou expressões empregadas no texto para retomar outras já utilizadas sem repeti-
las literalmente, como ocorre em:
www.gustavobrido.com.br 14 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Quando eu sair daqui, vamos começar vida nova numa cidade antiga, onde todos se cumprimentam e ninguém
nos conheça. Vou lhe ensinar a falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho, escolherei a dedo seu
guarda-roupa e livros sérios para você ler. Sinto que você leva jeito porque é aplicada, tem meigas mãos, não faz
cara ruim nem quando me lava, em suma, parece uma moça digna apesar da origem humilde. Minha outra mu-
lher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente
aquela, entre tantas meninas de uma família distinta.
(Chico Buarque. Leite derramado, São Paulo, Cia. das Letras, 2009, p. 29)
I. Ao expressar o desejo de viver numa cidade “onde todos se cumprimentam e ninguém nos conheça”, o
narrador incorre numa evidente e insolúvel contradição.
II. A afirmação de que a “outra mulher teve uma educação rigorosa” é reafirmação, por contraste, de que
aquela a quem o narrador se dirige não a teve, o que já estava implícito no propósito de “lhe ensinar a
falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho etc.”.
III. Ao dizer que sua interlocutora “parece uma moça digna apesar da origem humilde”, o narrador sugere,
por meio da concessiva, que a dignidade não costuma ser característica daqueles cuja origem é humilde.
(A) I, II e III.
(B) II e III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II, apenas.
5. ... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler.
A expressão grifada na frase acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido original, por:
(A) pessoalmente.
(B) de modo incisivo.
(C) apontando.
(D) entre outras coisas.
(E) cuidadosamente
Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhe-
ra justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta.
6. O verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere o sentido e a correção originais, e o
modo verbal, por:
(A) escolheria.
(B) havia escolhido.
(C) houvera escolhido.
(D) escolhesse.
(E) teria escolhido.
www.gustavobrido.com.br 15 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Cartão de Natal
(A) critica o egoísmo, e manifesta o desejo de que na passagem do Natal as pessoas se tornem generosas e
façam “o sim comer o não”.
(B) demonstra a sua aversão às festividades natalinas, pois “nestes dias a aventura parece em ponto de
voo”, mas depois a rotina segue como sempre.
(C) critica “a atração núbil para o dente” daqueles que transformam o Natal em uma apologia ao consumo
e se esquecem do seu caráter religioso.
(D) observa com otimismo que o Natal é um momento de renovação em que os homens se transformam
para melhor e fazem o “ferro comer a ferrugem”.
(E) manifesta a esperança de que o Natal traga, de fato, uma transformação, e que, ao contrário de outros
natais, seja possível “começar novo caderno”.
www.gustavobrido.com.br 16 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIO 03
Um circo e um antipalhaço
Em 1954, numa cidadezinha universitária dos Estados Unidos, vi “o maior circo do mundo”, que continua a ser o
sucessor do velho Barnum & Bailey, velho conhecido dos meus primeiros dias de estudante nos Estados Unidos.
Vi então, com olhos de adolescente ainda um tanto menino, maravilhas que só para os meninos têm plenitude de
encanto. Em 1954, revendo “o maior circo do mundo”, confesso que, diante de certas façanhas de acrobatas e
domadores, senti-me outra vez menino.
O monstro – porque é um circo-monstro, que viaja em três vastos trens – chegou de manhã a Charlottesville e
partiu à noite. Ao som das últimas palmas dos espectadores juntou-se o ruído metálico do desmonte da tenda
capaz de abrigar milhares de pessoas, acomodadas em cadeiras em forma de x, quase iguais às dos teatros e que,
como por mágica, foram se fechando e formando grupos exatos, tantas cadeiras em cada grupo logo transporta-
das para outros vagões de um dos trens. E com as cadeiras, foram sendo transportadas para outros vagões jaulas
com tigres; e também girafas e elefantes que ainda há pouco pareciam enraizados ao solo como se estivessem
num jardim zoológico. A verdade é que quem demorasse uns minutos mais a sair veria esta mágica também de
circo: a do próprio circo gigante desaparecer sob seus olhos, sob a forma de pacotes prontos a seguirem de trem
para a próxima cidade.
O gênio de organização dos anglo-americanos é qualquer coisa de assombrar um latino. Arma e desarma um circo
gigante como se armasse ou desarmasse um brinquedo de criança. E o que o faz com os circos, faz com os edifí-
cios, as pontes, as usinas, as fábricas: uma vez planejadas, erguem-se em pouco tempo do solo e tomam como
por mágica relevos monumentais.
Talvez a maior originalidade do circo esteja no seu palhaço principal. Circo norte-americano? Pensa-se logo num
palhaço para fazer rir meninos de dez anos e meninões de quarenta com suas piruetas e suas infantilidades.
O desse circo – hoje o mais célebre dos palhaços de circo – é uma espécie de antipalhaço. Não ri nem sequer sor-
ri. Não faz uma pirueta. Não dá um salto. Não escorrega uma única vez. Não cai esparramado no chão como os
clowns convencionais. Não tem um ás de copas nos fundos de suas vestes de palhaço.
O que faz quase do princípio ao fim das funções do circo é olhar para a multidão com uns olhos, uma expressão,
uns modos tão tristes que ninguém lhe esquece a tristeza do clown diferente de todos os outros clowns. Trata-se
na verdade de uma audaciosa recriação da figura de palhaço de circo. E o curioso é que, impressionando os adul-
tos, impressiona também os meninos que talvez continuem os melhores juízes de circos de cavalinhos.
Audaciosa e triunfante essa recriação. Pois não há quem saia do supercirco, juntando às suas impressões das ma-
ravilhas de acrobacia, de trabalhos de domadores de feras, de equilibristas, de bailarinas, de cantores, de cômi-
cos, a impressão inesperada da tristeza desse antipalhaço que quase se limita a olhar para a multidão com os
olhos mais magoados deste mundo.
www.gustavobrido.com.br 17 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
2. Os trechos de “Em 1954 [...] menino” ( 1º parágrafo inteiro) e “O gênio de organização [...] monumentais.”
(3º parágrafo inteiro) caracterizam-se, quanto ao tipo de texto predominante, por serem, respectivamente
3. Pela leitura do segundo parágrafo, pode-se perceber que o material com que é basicamente feita a estru-
tura da tenda é
(A) metal
(B) madeira
(C) plástico
(D) lona
(E) tijolo
(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e III
(E) II e III
5. A partir do conhecimento do que é um palhaço, infere-se que um antipalhaço age da seguinte maneira:
www.gustavobrido.com.br 18 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIO 04
A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que ele realizou e que fize-
ram o sentido de sua vida. Perdendo a força de trabalho, ele já não é produtor nem reprodutor. Se a posse e a
propriedade constituem, segundo Sartre, uma defesa contra o outro, o velho de uma classe favorecida defende-
se pela acumulação de bens. Suas propriedades o defendem da desvalorização de sua pessoa.
Nos cuidados com a criança, o adulto “investe” para o futuro, mas em relação ao velho age com duplicidade e má
fé. A moral oficial prega o respeito ao velho, mas quer convencê-lo a ceder seu lugar aos jovens, afastá-lo delicada
mas firmemente dos postos de direção. Que ele nos poupe de seus conselhos e se resigne a um papel passivo.
Veja-se no interior das famílias a cumplicidade dos adultos em manejar os velhos, em imobilizá-los com cuidados
“para o seu próprio bem”. Em privá-los da liberdade de escolha, em torná-los cada vez mais dependentes, “admi-
nistrando” sua aposentadoria, obrigando-os a sair do seu canto, a mudar de casa (experiência terrível para o ve-
lho) e, por fim, submetendo-os à internação hospitalar. Se o idoso não cede à persuasão, à mentira, não se hesita-
rá em usar a força.
Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus? Quando se
vive o primado da mercadoria sobre o homem, a idade engendra desvalorização. A racionalização do trabalho,
que exige cadências cada vez mais rápidas, elimina da indústria os velhos operários. Nas épocas de desemprego,
os velhos são especialmente discriminados e obrigados a rebaixar sua exigência de salário e aceitar empreitas
pesadas e nocivas à saúde. Como no interior de certas famílias, aproveita-se deles o braço servil, mas não o con-
selho.
(A) Que ele nos poupe de seus conselhos e se resigne a um papel passivo.
(B) Suas propriedades o defendem da desvalorização de sua pessoa.
(C) Quando se vive o primado da mercadoria sobre o homem, a idade engendra desvalorização.
(D) Veja-se no interior das famílias a cumplicidade dos adultos em manejar os velhos, em imobilizá-los com
cuidados “para o seu próprio bem”.
(E) Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus?
I. No primeiro parágrafo, ao empregar a expressão à sua obra, a autora está-se referindo às propriedades
acumuladas pelo velho da classe mais favorecida.
II. No segundo parágrafo, o contexto permite entender que o termo “investe”, entre aspas, está emprega-
do na acepção que lhe conferem os economistas.
III. No terceiro parágrafo, a expressão racionalização do trabalho identifica o rigor com que se planeja e se
operacionaliza a produção industrial.
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II, apenas.
(E) II e III, apenas.
www.gustavobrido.com.br 19 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
3. Depreende-se da leitura do texto que, na sociedade industrial, a sabedoria acumulada pelos velhos
(A) vale apenas quando eles ainda mostram aptidão para trabalhar.
(B) é menosprezada porque não se costuma considerá-la produtiva.
(C) é cultuada com a mesma complacência com que se vê a criança.
(D) é bem acolhida somente quando eles pertencem à classe abastada.
(E) vale apenas quando eles assumem um papel passivo na família.
EXERCÍCIO 05
Bolsa-Floresta
Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram
trancados por vários dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que passou: perdemos de floresta mais
uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmo de um Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior
floresta tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.
O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá 98%
da floresta estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia brasileira. A Zona Franca garante que
uma parte do mérito lhe cabe, porque criou alternativa de emprego e renda para a população do estado. Há
quem acredite que a pressão acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os estados mais acessíveis.
João Batista Tezza, diretor técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso traba-
lhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que foi criada pelo governo, mas não é
governamental, e que tem a função de implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas
que vivem perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no projeto de preserva-
ção e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma de compensação pelos serviços que prestam. [...]
— A destruição ocorre porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos da proteção.
[...]
Nas áreas próximas às reservas estaduais, estão instaladas 4.000 famílias e, além de ganharem o Bolsa-
Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.
— Trabalhamos com o conceito dos serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as emis-
sões evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado no mercado voluntário de redu-
ção das emissões — diz Tezza.
Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades,
viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. Um
mostra o desmatamento atual, que é pequeno. Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mes-
mo no Amazonas, onde a floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual que
www.gustavobrido.com.br 20 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de
troncos queimados. [...]
LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado)
1. Bolsa-Floresta, título do texto, é o nome dado a um(a)
(A) recurso adotado por empresas privadas para que a população dê suporte aos projetos de desmatamen-
to.
(B) mensalidade destinada aos moradores das cercanias de áreas de preservação por sua ajuda.
(C) medida social para apoio às populações da floresta, que não têm de onde obter sobrevivência.
(D) doação governamental regular feita às pessoas que moram na floresta, como se fosse uma bolsa de es-
tudos.
(E) ajuda realizada por organizações não governamentais para que a população de baixa renda possa se
manter melhor.
2. A expressão em destaque no trecho “Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da
gaveta ...” (primeiro parágrafo) pode ser adequadamente substituída, sem alteração do sentido, por
3. No 2º parágrafo, o mérito da Zona Franca na preservação florestal do estado do Amazonas deve-se ao fato
de ter
4. “No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.” (primeiro parágrafo). Tal inicia-
tiva é a(o)
5. Com a leitura do parágrafo que contém a oração “porque criou alternativa de emprego e renda para a po-
pulação do estado.” (segundo parágrafo) pode-se inferir que, no texto, a outra alternativa seria
www.gustavobrido.com.br 21 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIO 06
O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por dois motivos. Mais do que com dificuldades de explo-
ração e de extração, o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno, para produzir derivados com
baixos teores de enxofre e aromáticos. Ao mesmo tempo, confirma-se em nosso hemisfério a cruel realidade de
que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se estão esgotando. Isso sem contar o natural
aumento da demanda argentina por gás. Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de
resinas termoplásticas para toda a região, sendo cerca de um terço delas destinado ao Brasil. A delimitação do
Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando estes dois fantasmas nos
assombram, abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das
reservas totais, é úmido e rico em etano, excelente matéria-prima para a petroquímica. Queimá-lo em usinas
térmicas para gerar eletricidade ou para uso veicular seria um enorme desperdício.
Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. O mundo está sedento por
gasolina e diesel especiais, mais limpos, menos poluentes. O maior foco desta demanda são os Estados Unidos,
que consomem 46% de toda a gasolina do planeta, mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo
em palha. O Brasil ainda tem a felicidade de dispor de etanol de biomassa produzido de forma competitiva, que
pode somar-se aos derivados de petróleo para gerar produtos de alto valor ambiental.
(Adaptado de Plínio Mario Nastari. O Estado de S. Paulo, Economia, B2, 28 de dezembro de 2007)
1. “Queimá-lo em usinas térmicas para gerar eletricidade ou para uso veicular seria um enorme desperdício”.
(final do 2o parágrafo). A opinião do articulista no segmento transcrito acima se justifica pelo fato de que
(A) na Argentina, além de haver aumento da demanda por petróleo, as reservas de gás encontram-se em
processo de esgotamento.
(B) os Estados Unidos são os maiores consumidores da gasolina produzida no planeta, tendência que ainda
vem aumentando.
(C) as possibilidades técnicas de extração de petróleo a mais de 6 mil metros de profundidade ampliam o
prestígio mundial da Petrobras.
(D) as reservas recém-descobertas na Bacia de Santos contêm gás de excelente qualidade para a indústria
petroquímica.
(E) o Brasil dispõe de etanol de biomassa que, somado aos derivados de petróleo, diminui a poluição do
meio ambiente.
2. “O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por dois motivos”. (início do 2º parágrafo). Ocorre no
contexto a retomada da afirmativa acima na frase:
www.gustavobrido.com.br 22 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
(D) Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de reservas termoplásticas...
(E) A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando es-
tes dois fantasmas nos assombram...
3. “Isso sem contar o natural aumento da demanda argentina por gás”. (2o parágrafo) O pronome grifado
substitui corretamente, considerando-se o contexto,
EXERCÍCIO 07
Tanto quanto se saiba, a polícia tem praticado entradas forçosas em escritórios de advocacia, apreendido
papéis e praticado outras violências. A versão oficial diz que as chamadas invasões não existem, pois se trata de
ingressos autorizados por ordem judicial para fins determinados, relativos a investigações na apuração de respon-
sabilidades graves.
A regra essencial a esse respeito é, porém, a da inviolabilidade do escritório do advogado. Sou advogado,
além de jornalista e, portanto, parte interessada. Por isso, limitarei as anotações cabíveis estritamente aos cam-
pos da Constituição e da lei vigente, sem qualquer extrapolação. Comecemos pelo inciso 6 do artigo 5o da Carta
Magna, o qual afirma ser “livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer”. A advocacia exige qualificações específicas, na Carta Magna e na Lei no
8.906/94, consistentes no diploma do bacharel em ciências jurídicas, no registro profissional na Ordem dos Advo-
gados, depois da aprovação no Exame da Ordem.
Não é possível o exercício da profissão advocatícia se o cliente não tiver confiança absoluta em que as in-
formações e os documentos passados a seu advogado sejam invioláveis. Nem será possível se o advogado puder
ser constrangido a informar fatos relativos a seu cliente.
O sigilo do médico e o do sacerdote têm força igual à do sigilo do advogado. Daí dizer a Lei no 8.906/94, no
inciso 19 do artigo 7o, ser direito deste profissional recusar-se a depor como testemunha, mesmo quando autori-
zado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional. Se não pode depor, mesmo em
juízo, imagine-se a gravidade de ver apreendido, em seu escritório, documento que implique em responsabilidade
de seu cliente.
Tem havido, porém, escritórios que aceitam ser sede de empresas de seus clientes, designando locais, em
seu espaço interno, para esse efeito. Em outros casos, o advogado é diretor de empresa, não se encontrando no
exercício da profissão. São alternativas diversas das que tipificam a atividade profissional, não garantidas pela
Constituição e pelas leis, quanto à inviolabilidade. Fora daí, invadir o escritório e apreender documentos físicos ou
eletrônicos é abuso de direito, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem considerado geradora de
prova ilícita.
www.gustavobrido.com.br 23 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
3. No segundo parágrafo, lê-se: “Por isso, limitarei as anotações cabíveis estritamente aos campos da Consti-
tuição e da lei vigente, sem qualquer extrapolação”.
Deve-se entender que a expressão sublinhada na frase remete diretamente a uma informação já explicita-
da no contexto:
4. “Não é possível o exercício da advocacia se o cliente não tiver confiança em que as informações passadas a
seu advogado sejam invioláveis”.
www.gustavobrido.com.br 24 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS 08
(Padrão CESPE)
► SEDU / ES (2010) “O grande fenômeno da primeira década do século XXI na economia mundial foi a ascensão
da China como protagonista de primeira grandeza na produção e nas finanças,com consequências marcantes para
o resto do mundo. Para o Brasil, a influência mais direta deu-se por meio das exportações de commodities, que
cresceram a ponto de a China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as empresas brasileiras.
O impacto da demanda chinesa nos preços das matérias-primas foi talvez o principal fator da notável transforma-
ção das contas externas brasileiras, o que, por sua vez, abriu caminho para o crescimento. Uma eventual mudan-
ça para pior no quadro da expansão chinesa seria danosa para a economia global e para o Brasil em particular. A
China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu crescer 8,7% no ano passado,
enquanto o resto do mundo patinhava”.
01- Depreende-se das informações do texto que o crescimento da economia brasileira foi influenciado pelas
importações de matérias-primas realizadas pela China.
► SEDU / ES (2010) “Passados os tremores do sismo, a dor da perda de 230 mil mortos, enterrados muitos em
valas comuns, a vida no Haiti precisa continuar”.
► SEDU / ES (2010) “Em decorrência da proliferação desenfreada do consumismo nas metrópoles, aconteceu nos
últimos anos aumento sensível do acúmulo de lixo urbano, também chamado de lixo caseiro. Em inúmeros casos,
a situação resulta da falta de princípios elementares de educação e do desconhecimento de mínimas noções de
higiene”.
04- Com o emprego da palavra “consumismo”, confere-se à ideia de consumo a noção de exagero.
► “O exercício do poder ocorre mediante múltiplas dinâmicas, formadas por condutas de autoridade, de domí-
nio, de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma pessoa sobre outra, que se comporta com de-
pendência, subordinação, resistência ou rebeldia. Tais dinâmicas não se reportam apenas ao caráter negativo do
poder, de opressão, punição ou repressão, mas também ao seu caráter positivo de disciplinar, controlar, adestrar,
aprimorar. O poder em si não existe, não é um objeto natural. O que há são relações de poder heterogêneas e em
constante transformação. O poder é, portanto, uma prática social constituída historicamente.
Na rede social, as dinâmicas de poder não têm barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento. Conse-
quentemente, podemos ser comandados, submetidos ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo
para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel social, que nos faz complementar, passivamen-
te ou não, as regras políticas da situação em que nos encontramos”.
www.gustavobrido.com.br 25 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações)
05- A preposição “mediante” (início do texto) estabelece relação de movimento entre “exercício do poder” e
“múltiplas dinâmicas”.
06- É correto concluir, a partir da argumentação do texto, que o poder é dinâmico e que há múltiplas formas de
sua realização, com faces heterogêneas, positivas ou negativas; além disso, ele afeta todos que vivem em so-
ciedade, tanto os que a ele se submetem, quanto os que a ele resistem.
07- De acordo com a argumentação do texto, o poder “não é um objeto natural” porque é criado artificialmente
nas relações de opressão social.
08- Na organização da textualidade, é coerente subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal
“vivermos”, inserindo-se “podermos”.
EXERCÍCIO 09
(Padrão CESPE)
TEXTO I
Bandos de homens armados perpetram anualmente 450 roubos a bancos e carros-fortes no Brasil. Tais episódios
põem em risco a vida de clientes, agentes de segurança e policiais, mas o prejuízo financeiro é relativamente pe-
queno para as instituições. Para os bancos, a maior ameaça está embutida nos serviços prestados pela Internet ou
por outros meios eletrônicos. As perdas resultantes de assaltos são de 50 milhões de reais anuais. Já os crimes
cujas armas são os computadores devem, em 2010, ser responsáveis por perdas de 900 milhões de reais, dezoito
vezes mais que nos assaltos convencionais.
Os crimes eletrônicos proliferam porque oferecem pouco risco aos bandidos, e as autoridades têm dificuldade de
puni-los. O Código Penal não prevê os crimes virtuais. Quando são presos, os criminosos respondem geralmente
por estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos de cadeia. Se fossem condenados por assalto a banco, eles
poderiam ser punidos com até quinze anos de prisão. Por causa dessas vantagens, há de 100 a 150 quadrilhas
virtuais em atividade no país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de Bancos tenta convencer o Con-
gresso Nacional a criar uma legislação específica para punir os delitos eletrônicos, semelhante àquela adotada há
nove anos pela União Europeia.
www.gustavobrido.com.br 26 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
1- Afirma-se, no texto, que os crimes eletrônicos ocorrem cada vez mais amiúde, porque a falta de legislação
específica favorece os bandidos.
2- Infere-se do texto que, embora seja uma das mais avançadas e democráticas do mundo, a legislação brasilei-
ra não tem acompanhado o avanço do crime virtual no país.
3- De acordo com o texto, os assaltos à mão armada são menos nocivos à população e aos bancos do que os
assaltos eletrônicos.
4- Segundo o texto, o risco de uma pessoa ser vítima de assalto na Internet é maior do que o de ela ser assalta-
da em uma agência bancária.
05- O vocábulo “perpetram” (1ª linha do texto) poderia ser substituído por cometem, sem que isso acarretasse
prejuízo semântico ou sintático ao texto.
TEXTO II
No Brasil, um exame, ainda que superficial, da questão da segurança pública revela que há um crescimento contí-
nuo da criminalidade e da violência, principalmente nas regiões metropolitanas e nas periferias das grandes cida-
des do país, e que o sistema judiciário e, em particular, a polícia têm se mostrado ineficazes para o enfrentamen-
to da questão.
Especialmente nas áreas urbanas do país, a sensação de medo e insegurança tem sido experimentada como grave
problema público devido à expectativa de que qualquer pessoa pode-se tornar vítima de crime em qualquer pon-
to das cidades e em qualquer momento de sua vida cotidiana.
Nesse cenário caótico de insegurança, um dos temas frequentemente levantados é a necessidade de profissiona-
lizar
a polícia brasileira como recurso para capacitá-la para o desempenho mais eficiente, mais responsável e mais
efetivo na condução da ordem e da segurança públicas.
Não obstante nas últimas duas décadas se terem verificado inovações na área da formação profissional, poucas
iniciativas lograram sucesso no sentido de implementar mudanças efetivas nas práticas e nos procedimentos do-
minantes. A atividade policial mostra-se inscrita em um padrão de desempenho que se traduz não só na ineficácia
dos resultados, mas que se reveste de aspectos suplementares, relacionados, fundamentalmente, à forma de
atuação predominantemente violenta e arbitrária da polícia, permanecendo como desafio à sociedade contem-
porânea brasileira. Salvo raríssimas exceções, as propostas para reformulação da formação profissional da polícia
no país não incorporaram o debate sobre o modelo profissional a ser adotado pela polícia e as metodologias prá-
ticas de intervenção para a realização das tarefas cotidianas que envolvem a manutenção da ordem e da seguran-
ça públicas.
Paula Poncioni. O modelo policial profissional e a formação profissional do futuro policial nas academias de polícia do estado do Rio de
Janeiro. In: Sociedade e Estado, vol. 20, n.o 3. Brasília, set.-dez./2005. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
06- De acordo com o texto, os sistemas judicial e policial brasileiros têm sido inoperantes no que tange ao aumen-
to da criminalidade.
07- Segundo o texto, a vulnerabilidade da população com relação à exposição à violência urbana confere ao pro-
blema da criminalidade o caráter de problema público de alta gravidade
08- Infere-se do texto que uma atuação renovada e eficaz da polícia deve envolver atitudes menos violentas.
www.gustavobrido.com.br 27 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
09- Conforme a autora, a necessidade de profissionalização da polícia brasileira advém do aumento do número
de crimes nas grandes cidades e nas periferias do país.
10- O texto afirma que poucas iniciativas de mudança no setor policial foram bem-sucedidas, conquanto tenha
havido alterações na formação profissional policial nos decêndios mais recentes.
EXERCÍCIOS 10
(Padrão ESAF)
1- (CGU 2008-Técnico de finanças e controle) Assinale a opção incorreta em relação às ideias do texto.
Com a passagem da manufatura para a indústria, a produtividade do trabalho humano deu um grande salto,
provocando uma larga dispensa de mão-de-obra. Legiões de trabalhadores desempregados alargavam o mar
dos excluídos. Para muitos deles, a máquina passou a ser vista como a grande inimiga. E surgiram explosivas
campanhas de quebra-máquinas. Até que as ideias se ajustaram na campanha internacional pela jornada de
oito horas de trabalho, como uma forma de estabelecer um novo equilíbrio entre a produtividade-hora e a
jornada diária de trabalho, atenuando os rigores da exploração capitalista. Com altos e baixos e à custa de
sangue e mortes, a chamada “semana inglesa”, com as 48 horas semanais, terminou se impondo em todo o
mundo.
a) O advento da máquina na indústria provocou uma grande onda de desemprego, pois a produtividade do
trabalho aumentou exigindo menos mão-de-obra.
b) A chamada “semana inglesa”, com jornada de 48 horas semanais, foi uma conquista dos trabalhadores
alcançada com muita luta.
c) Os ajustes para manter a semana de trabalho em torno de 44 horas garantiram o decréscimo das demis-
sões e o pleno emprego no mundo ocidental.
d) A Constituição brasileira de 1988, acompanhando a tendência mundial, consagrou a jornada semanal de
trabalho de 44 horas.
e) Para assegurar emprego para mais trabalhadores, as centrais sindicais europeias, a partir da década de
70, defenderam a jornada semanal de 35 horas.
02- (CGU 2008-Técnico de finanças e controle) Assinale a asserção incorreta a respeito da organização das ideias
do texto, seus sentidos e elementos linguísticos.
Seriam os furtos inconhos da espécie humana? Isso mesmo que deu para entender: inconhos, frutos que
nascem pegados a outros. O trocadilho furtos/frutos saiu-me sem querer. Peço desculpas e repito a pergun-
ta: nasceria o furto inconho, acoplado, pegado à espécie humana?
Sim, porque as coisas que vemos aí, das mais humildes funções aos mais altos escalões, sugerem que o furto
seja tão necessário quanto o oxigênio para a sobrevivência de nossa espécie.
www.gustavobrido.com.br 28 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Sabe-se muito pouco dos rumos que as grandes cidades tomarão nas próximas décadas. Muitas vezes nem se
prevê a dinâmica metropolitana do próximo quinquênio. Mesmo com a capacitação e o preparo dos técnicos
dos órgãos envolvidos com a questão urbana, há variáveis independentes que interferem nos planos e proje-
tos elaborados pelos legislativos e encaminhados ao Executivo. Logicamente não se prevê o malfadado caos
urbano, mas ele pode ensejar que o país se adiante aos eventos e tome medidas preventivas ao desarranjo
econômico, que teria consequências nefastas. Para antecipar-se, o Brasil tem condições propícias para criar
think tanks ou, em tradução livre, usinas de ideias ou institutos de políticas públicas. Essas instituições po-
dem antecipar-se ao que poderá surgir no horizonte. Em outras palavras, deseja-se o retorno ao planejamen-
to urbano e regional visando o bem-estar da sociedade. Medidas nessa direção podem (e devem) estar em
consonância com a projeção de tendências e mesmo com a antevisão de demandas dos destinatários da ges-
tão urbana – os cidadãos, urbanos ou não.
(Adaptado de Aldo Paviani, Metróples em expansão e o futuro. Correio Braziliense, 8 de dezembro, 2011)
a) os técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana deveriam ser mais capacitados para realizar os
projetos encaminhados ao Executivo.
b) a dinâmica metropolitana altera-se a cada quinquênio, seguindo variáveis que devem constar dos planos
e projetos de cada período legislativo.
c) institutos de políticas públicas teriam como tarefa o planejamento urbano e regional, antecipando-se a
um possível desarranjo econômico.
d) o caos urbano que poderá afetar as grandes cidades nos próximos anos terá o desarranjo econômico
como uma de suas piores consequências.
e) as demandas crescentes dos habitantes das grandes cidades contrastam com a baixa demanda dos ci-
dadãos não urbanos.
www.gustavobrido.com.br 29 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Há 12 anos, a situação na União Europeia apresentava desemprego muito maior que as taxas atuais.
b) A crise econômica atual começou a provocar o desemprego na área do euro.
c) O rápido envelhecimento da população contribui para diminuir as taxas de desemprego na União Euro-
peia.
d) A antecipação da aposentadoria e a abertura de vagas para os mais jovens fortaleceram os sistemas
previdenciários.
e) Medidas que pretendiam atenuar o impacto da crise do desemprego resultaram em mais desemprego.
A última reforma tributária entrou em vigor em 1967, com a implantação do Imposto sobre Circu-
lação de Mercadorias (ICM) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A Constituição de 1988 man-
teve as características essenciais do sistema e transformou o ICM em ICMS, com a inclusão de alguns serviços
em sua base de incidência.
Eram impostos mais modernos e mais funcionais que os anteriores. Mas com o tempo o sistema foi
desfigurado. A guerra fiscal distorceu as decisões de investimento. Os tributos, acrescidos de várias contri-
buições, passaram a pesar excessivamente sobre os investimentos e a atrapalhar as exportações. A tributa-
ção tornou-se incompatível com uma economia cada vez mais integrada globalmente. Com a abertura da
www.gustavobrido.com.br 30 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
economia, as empresas mudaram e tomaram o caminho da competitividade. O setor público mudou muito
menos, apesar das políticas de ajustes e de reformas adotadas com sucesso a partir dos anos 90.
a) A Constituição de 1988 implantou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e o Imposto sobre Produ-
tos Industrializados.
b) O sistema de impostos criado na última reforma tributária sofreu alterações em 1988 e depois foi de-
turpado.
c) As exportações foram beneficiadas pelos investimentos que ficaram livres de grande parte da tributa-
ção.
d) A economia globalizada se beneficiou do sistema de tributação moderno que foi implantado no País e
que vigora desde 1988.
e) O setor público acompanhou as transformações das empresas em direção à competitividade, atualizan-
do-se rapidamente.
GABARITO EXERCÍCIO 01
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D A C E B C D C B E
11 12 13 14 15 16 17
A D A B A E D
GABARITO EXERCÍCIO 02
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C A D B E B E C D B
GABARITO EXERCÍCIO 03
01 02 03 04 05
C B A B D
GABARITO EXERCÍCIO 04
01 02 03 04
C E B D
www.gustavobrido.com.br 31 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
GABARITO EXERCÍCIO 05
01 02 03 04 05
B E A B B
GABARITO EXERCÍCIO 06
01 02 04 04
D E B A
GABARITO EXERCÍCIO 07
01 02 03 04
E A B D
GABARITO EXERCÍCIO 08
01 02 03 04 05 06 07 08
C E E C E C E E
GABARITO EXERCÍCIO 09
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C E E E C C C C E C
GABARITO EXERCÍCIOS 10
01 02 03 04 05 06
C D C E C B
www.gustavobrido.com.br 32 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Mais para alta do que para baixa. Tema recorrente. Mas, vamos
entender como é essa recorrência. Você sabe que é nessa aula que voltamos ao ensino fundamental (mais preci-
samente, voltamos à 5ª série, hoje, 6º ano). Bom, naquela época você tinha que saber que um substantivo tinha
inúmeras classificações: se tal substantivo é simples ou composto, primitivo ou derivado, concreto ou abstrato
etc. O mesmo vale para os adjetivos, pronomes, numerais, dentre outros, que apresentam inúmeras classifica-
ções. A questão é: se a organizadora é CESPE, FCC, ESAF, FUNRIO ou CESGRANRIO, por exemplo, não é necessário
que você se entupa de classificações e mais classificações. Não perca tempo com isso. Essas organizadoras costu-
mam cobrar o assunto em questão de maneira inteligente, reflexiva, levando em conta o texto e o contexto. Por
isso, foque nos conceitos. Ou seja: você tem que saber diferenciar, com competência, um substantivo de um pro-
nome; não confundir um verbo com um substantivo, dentre outros.
DICA: Quanto mais desconhecida for a organizadora do seu concurso, mais há a possibilidade de ser co-
brado um conteúdo bem ao estilo da 5ª série. Por exemplo, o CBI Concursos exige, frequentemente, questões de
separação silábica; o IMPARH adora querer saber se o coletivo de “formigas” é mesmo “correição” etc. Logo,
aconselho que você procure conhecer a organizadora desconhecida e adequar-se a ela.
DICA DE ESTUDO: Se você é um concurseiro de primeira viagem e já não estuda Português há bastante
tempo, sugiro que você dê uma atenta lida nos conceitos básicos desse assunto. Ou seja, se você nem mesmo se
lembra o que é um pronome, é melhor, antes de começar a resolver as questões, “amarrar” os conceitos para que
você não os confunda mais tarde. Por isso, é bom ter uma gramática ao seu lado sempre.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no mínimo, duas (isso numa prova de 10
questões); para nível médio, no máximo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a pos-
sibilidade é quase zero.
Qualquer idioma necessita de palavras para que a comunicação se estabeleça. Quando essas palavras se organi-
zam para formar um texto, adquirem significações específicas: nomear seres, indicar características, qualidades,
fazer conexões etc. De acordo com essas significações, as palavras da língua portuguesa estão agrupadas em dez
classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais, a saber: substantivo, artigo, adjetivo, numeral,
pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
01. Substantivos
São as palavras que dão nome aos seres e às coisas em geral.
Como identificá-los em um texto? Os substantivos, em tese, virão sempre acompanhados de um determinante
(artigo, pronome, numeral, adjetivo e/ ou locução adjetiva). Leia o poema baixo:
www.gustavobrido.com.br 33 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Soneto de Fidelidade
(Vinicius de Moraes)
www.gustavobrido.com.br 34 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Quando um substantivo coletivo apresenta valor partitivo, nossa banca pode envolvê-lo numa questão de con-
cordância verbal. Fique atento.
Ex.:
- Bando de bactérias................................o corpo da criança. (invadiu / invadiram).
- A multidão de torcedores........................ a conquista do título. (comemorava / comemoravam).
02. Artigos
São as palavras que acompanham os substantivos, modificando-os ou determinando-os, isto é, indicando gênero
(masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
Os definidos dão ao leitor uma ideia precisa do substantivo. Assim, ele é capaz de saber quem é o elemento de-
terminado, mesmo que o texto não o cite anteriormente.
Exemplo:
- Não houve aula de matemática ontem, mas o professor mandou um aviso pelo Facebook. (Sabe-se quem é o
professor).
www.gustavobrido.com.br 35 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Os indefinidos dão ao leitor uma ideia vaga e imprecisa do substantivo. Assim, ele não é capaz de detalhar as ca-
racterísticas do elemento textual. Sabe, apenas, algo genérico.
Exemplo:
- Não houve aula de matemática ontem, mas um coordenador mandou um aviso pelo Facebook. (Não se sabe
quem é o coordenador, também não se consegue apresentar detalhes sobre o aviso).
Há vezes em que o artigo indefinido funciona de maneira diferente. Ele não é impreciso nem vago, mas preciso
demais, carregado de muitas informações históricas. Tal uso é dependente do contexto, e sua utilização é tática.
Exemplo:
Contexto: Num bar, duas amigas bebem e conversam. Em um determinado momento, uma delas diz:
- Joana, não olhe agora! Mas uma pessoa acabou de chegar!
Embora o artigo seja indefinido, ele não é impreciso.
Os artigos definidos são parecidos com outras palavras que pertencem a classes diferentes. Fique atento!
Exemplos:
- Quase todos os alunos saíram; os que ficaram tinham dúvidas.
- O que mais admiro em você é a sinceridade.
- Não sei se o que houve foi proposital.
- Mulheres são exigentes; as que não são devem ter valores diferenciados.
www.gustavobrido.com.br 36 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Detalhe: A frase “O jovem saiu há uma hora atrás” está errada, pois se nota pleonasmo vicioso.
03. Adjetivos
São palavras que caracterizam os seres e as coisas em geral, podendo expressar qualidade, estado, modo de ser,
aparência etc. Os adjetivos sempre orbitam a “atmosfera” do substantivo. Portanto, onde há substantivos, há
grande chance de se notar, no mínimo, um adjetivo.
Ex.: combativo, mau, amargurado, arrogante, tristíssimo etc.
GRAU DO ADJETIVO
O grau comparativo estabelece uma comparação entre dois ou mais seres, uma vez apresentado sob a seguinte
forma:
A) Comparativo de igualdade:
- Lucas é tão extrovertido quanto seu irmão.
- Tuas palavras são tão cativantes como as de minha mãe.
B) Comparativo de inferioridade:
Este livro é menos complexo (do) que a Bíblia.
C) Comparativo de superioridade:
A proposta do engenheiro é mais sensata (do) que a do arquiteto.
Observação:
Detalhe: todos os “do” entre parênteses (do) são
facultativos. As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais
mau”, “mais grande” e “mais pequeno” apenas devem ser
www.gustavobrido.com.br 37 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
05. Pronomes
Palavras que acompanham ou substituem o substantivo. Os pronomes apoiam os substantivos ou evitam a repe-
tição deles dentro do texto.
Os pronomes podem ser:
- Pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas).
www.gustavobrido.com.br 38 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Os amigos a viram deixar a cidade. (também certa, pois a posição do pronome é facultativa: antes ou depois do
verbo).
- Pronomes pessoais do caso oblíquo (me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco, vos,
convosco, os, as, lhes).
a) Não aceitam ser trocados com os pronomes retos quando antecedidos de preposição:
- Pronomes possessivos: meu(s), minha (s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s), de-
le(s), dela(s).
a) Exceto “dele(a)(s)”, todos os demais possessivos femininos singular permitem a facultatividade da crase.
- O livro O Estrangeiro, de Albert Camus, revelou a verdade a minha consciência. (ou à minha consciência).
- Pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, tal.
a) Alguns desses pronomes podem desempenhar o papel de retomar /sinalizar palavras ou ideias no texto.
Chamamos esse papel de anafórico (referência para trás) e catafórico (referência para frente).
- As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes menos favoreci-
das, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.
- O novo projeto do Governo deseja punir os políticos e assessores envolvidos no novo escândalo. Estes, inclusive,
já receberam uma comunicação formal, enquanto aqueles ainda estão sob investigação.
www.gustavobrido.com.br 39 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- O STF deseja punir Genuíno e demais envolvidos em escândalos. Esses políticos, contudo, não estão nem um
pouco interessados no que pensa o povo sobre essa questão.
- Após a CPI, o único político punido foi este: nenhum. (para frente)
a) este: refere-se ao núcleo “nenhum”.
Detalhe: O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão isolada do texto.
- Pronomes indefinidos: algum, alguma, nenhum, nenhuma, todo(s), toda(s), muitos, muitas, pouco, pouca, certa,
certo, tanta, tanto, vários, diversos, bastante, ninguém, nada, tudo, cada, algo, alguém, qualquer, quaisquer, de-
terminado, determinada, outro, outra etc.
a) Quase todos esses pronomes impedem que o artigo “a” apareça antes de si. Essa condição neutraliza,
quase em 100%, as chances de ocorrer crase diante de pronomes indefinidos. Exceto o pronome-
substantivo “outra(s)”.
a) Nossa banca pode pedir, em relação ao pronome “que”, para você mudar a ordem dos elementos da fra-
se. Na primeira ordem, teríamos o seguinte:
www.gustavobrido.com.br 40 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
b) Às vezes, é difícil reconhecer o pronome interrogativo como sujeito, objeto direto ou indireto.
- Quem fez essa bagunça? Sujeito: “Quem”.
- Esse homem viu quem ontem à noite? “Quem” é objeto direto.
- Aquela moça gosta de quem? “de quem” é objeto indireto.
a) Lembre-se de que o pronome QUE pode ser transformado em o qual, os quais, a qual e as quais.
- Os livros de Machado de Assis, que são muito bem conceituados, têm um bom preço.
- Os livros de Machado de Assis, os quais são muito bem conceituados, têm um bom preço.
b) O pronome ONDE só se refere a um lugar: rio, praça, casa, bolso, quintal etc.
FRASES CORRETAS
- Ele conheceu a praça onde havia muitas barracas com comidas exóticas.
FRASES COMPARADAS
- Ele se deparou com um momento onde mudou tudo. (frase errada)
www.gustavobrido.com.br 41 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Obs.: O “onde” está indevido porque os seus referentes não são palavras indicativas de lugar.
Obs.: É totalmente correto substituir QUEM por QUE (o qual, os quais, a qual, as quais), mas a frase vai ficar muito
esquisita (aparentemente errada, mas não estará), é bom avisar.
d) O pronome CUJO(A)(S) estabelece relação de posse e não pode ser trocado pelo QUE.
Pronomes de Tratamento
Pronomes de tra- Abreviatura Abreviatura
Usados para:
tamento Singular Plural
Você V. VV. Usado para um tratamento íntimo, familiar.
Pessoas com as quais mantemos um certo distanciamento mais res-
Senhor, Senhora Sr., Sr.ª Srs., Srª.s
peitoso
Pessoas com um grau de prestígio maior. Usualmente, os emprega-
Vossa Senhoria V. S.ª V. Sª.s mos em textos escritos, como: correspondências, ofícios, requeri-
mentos, etc.
Usados para pessoas com alta autoridade, como: Presidente da Re-
Vossa Excelência V. Ex.ª V. Ex.ªs
pública, Senadores, Deputados, Embaixadores, etc.
Vossa Eminência V. Em.ª V. Em.ªs Usados para Cardeais.
Vossa Alteza V. A. V V. A A. Príncipes e duques.
Vossa Santidade V.S. - Para o Papa.
Vossa Reverendís-
V. Rev.mª V. Rev.mªs Sacerdotes e Religiosos em geral.
sima
www.gustavobrido.com.br 42 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
06. Verbos
Sem dúvida, é a classe gramatical mais complexa de todas. Rica em variações, usos, substituições, irregularidades,
significações etc., é a classe que iremos analisar ao longo do nosso curso; ou seja, não para por aqui, até porque
seria uma grande injustiça. Portanto, o que iremos investigar, agora, é apenas uma amostra dessa classe tão ver-
sátil.
Definição
Palavra que indica a ação verbal praticada ou recebida pelo sujeito. Também pode simplesmente indicar o estado
ou a qualidade do sujeito.
Exemplos:
- Os médicos deixaram o hospital bem cedo. (ação)
- A Bovespa especula que tais ações podem cair. (ação)
- O tema “verbos” é complexo. (qualidade)
- A cidade parece calma. (estado)
Modos verbais
Os verbos do português têm modos. Os modos indicam os valores semânticos que podem ser notados em cada
verbo. Vamos a eles:
a) Indicativo: Manifesta uma certeza da ação ou do estado que manifesta o verbo. O leitor não dúvidas de que
aquela ação esteja ocorrendo, tenha ocorrido ou venha a ocorrer.
b) Subjuntivo: Manifesta uma ação incerta, duvidosa ou mesmo hipotética. Agora, o leitor não está mais seguro
quanto à ação verbal; tudo é dúvida.
www.gustavobrido.com.br 43 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Quero que o livro desperte a atenção dos alunos. (Será que vai despertar? É uma hipótese)
- Se eu fizesse uma requisição, eles poderiam me atender. (Eu farei a requisição? Talvez sim, talvez não)
- Quando vocês decidirem, estaremos à disposição. (Quando eles vão decidir? Não se sabe.)
c) Imperativo: Manifesta uma ordem, um conselho, um pedido, uma advertência ou uma súplica. Agora, o sujeito
da ação é orientado a fazer algo.
- Leve este livro até sua mãe, meu filho.
- Nunca mais faça isso, seu mentiroso!!!
- Rapaz, deixe essa vida de farras!
- Gente, fiquemos em pé para saudar o diretor!
Tempos verbais
Presente do indicativo
O presente indica um fato que ocorre no momento do enunciado, não necessariamente no momento
cronológico atual. Não tem desinência fixa.
- O Brasil vive um momento decisivo: as eleições. (ação presente, mas em curso neste momento)
- Quando Luís Felipe Scolari vê que o Brasil já perde por quatro a zero, manda todos tocarem a bola.
(a ação é passada, mas dita como se fosse presente).
www.gustavobrido.com.br 44 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
PRETÉRITOS
Perfeito
O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no passado. Não tem
desinência.
Imperfeito
O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado, mas que ainda não terminou. As desinências são –VA e –IA.
- Hoje cedo, eu preparava os convites, quando tive que sair. (ação interrompida bruscamente no passado)
- Na década passada, os brasileiros camiam menos carne do que hoje. (ação iniciada, mas não finalizada em sua
totaalidade no passado).
www.gustavobrido.com.br 45 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Mais-que-perfeito
O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada que começou no passado distante e terminou no passado.
Geralmente, na oração, existe um outro verbo que está flexionado no passado, servindo para saber de qual
pretérito (perfeito ou imperfeito) que é o passado, senão, não há necessidade do uso (já que não haveria um
passado do passado). Desinência: –RA.
- Quando deixamos o chalé, notamos que nosso filho caçula esquecera um de seus brinquedos no quarto.
Detalhe: as formas do pretérito mais-que-perfeito podem ser substituídas por HAVER ou TER + PARTICÍPIO.
FUTUROS
Futuro do presente
O futuro do presente indica ações convictas (ou seja, certas) que acontecerão em relação ao presente, já que este
permite tal certeza. É um tempo meio “prepotente”, meio “já ganhou”. Desinências: -RÁ ou -RE.
www.gustavobrido.com.br 46 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Futuro do pretérito
O futuro do pretérito (ou condicional) inidica ações futuras em relação ao passado. Desinência: -RIA.
- Caso Pedro chegasse cedo, resolveria esse problema. (Contexto: quem falou a frase espera ainda a chegada de Pedro; ou seja, a ação
ainda não aconteceu, é uma ação futura).
- O Brasil jamais seria goleado por time algum nesta Copa. (Contexto: o Brasil ainda não havia enfrentado a Alemanha).
CLASSIFICAÇÃO DO VERBO
a) Alterações no radical;
b) Não possuem todos os modos;
c) Apresentam mais de um radical;
d) Apresentam duas formas de mesmo valor. Em geral, as duas formas são mais frequentes no particípio.
a) Verbos regulares;
b) Verbos irregulares;
c) Verbos Anômalos;
d) Verbos defectivos;
e) Verbos abundantes.
1- VERBOS REGULARES
Os verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações em seu radical.
1ª conjugação: compreende verbos terminados, em sua forma infinitiva, em –AR.
CantAR
AmAR
AlmejAR
www.gustavobrido.com.br 47 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Vendo
VendER
ContER
EscondER
PartIR
SucumbIR
DiscutIR
2- VERBOS IRREGULARES
Os verbos irregulares são aqueles que sofrem alterações, em geral, em seu radical.
Faço
Fazes
Faz
Fazemos
Fazeis
Fazem
Observação: note que o verbo FAZER sofreu alterações em seu radical na 1ª pessoa do singular.
Observação: note que o verbo FAZER sofreu alterações em seu radical na 1ª pessoa do singular.
Obs.: O verbo ferir conjuga-se assim: (eu) firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem. Igualmente a ele, conjugam-se os
seguintes verbos:
aderir, inserir, advertir, competir, digerir, divergir, convergir, expelir, gerir, sugerir, vestir, mentir.
www.gustavobrido.com.br 48 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Dê Desse Der
Dês Desses Deres
Dê Desse Der
Demos Déssemos Dermos
Deis Désseis Derdes
Deem * Dessem Derem
MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Dá Não dês
Dê Não dê
Demos Não demos
Daí Não deis
Deem Não deem*
FORMAS NOMINAIS
b) Infinitivo pessoal ►
Dar
Dares
Dar
Darmos
Dardes
Darem
c) Gerúndio ► Dando
d) Particípio: ► Dado
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Hei Havia Houve Houvera Haverei Haveria
Hás Havias Houveste Houveras Haverás Haverias
Há Havia Houve Houvera Haverá Haveria
Havemos Havíamos Houvemos Houvéramos Haveremos Haveríamos
Havei Havíeis Houveste Houvéreis Havereis Haveríeis
Hão Haviam Houveram Houveram Haverão Haveriam
www.gustavobrido.com.br 49 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Haja Houvesse Houver
Hajas Houvesses Houveres
Haja Houvesse Houver
Hajamos Houvéssemos Houvermos
Hajais Houvésseis Houverdes
Hajam Houvessem Houverem
MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Há Não hajas
Haja Não haja
Hajamos Não hajamos
Havei Não hajais
Hajam Não hajam
FORMAS NOMINAIS
b) Infinitivo pessoal ►
Haver
Haveres
Haver
Havermos
Haverdes
Haverem
c) Gerúndio ►Havendo
d) Particípio ►Havido
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Firo Feria Feri Ferira Ferirei Feriria
Feres Ferias Feriste Feriras Ferirás Feririas
Fere Feria Feriu Ferira Ferirá Feriria
Ferimos Feríamos Ferimos Feríramos Feriremos Feriríamos
Feris Feries Feristes Feríreis Feríreis Feriríeis
Ferem Feriam Feriram Feriram Ferirão Feririam
MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
www.gustavobrido.com.br 50 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Fere Não firas
Fira Não fira
Firamos Não firamos
Feri Não firais
Firam Não firam
FORMAS NOMINAIS
b) Infinitivo pessoal ►
Ferir
Ferires
Ferir
Ferirmos
Ferirdes
Ferirem
Gerúndio ►Ferindo
Particípio ►Ferido
VERBOS ANÔMALOS
Os verbos anômalos são aqueles que apresentam mais de um radical quando são conjugados. São apenas dois: IR
e SER. Abaixo as conjugações do verbo IR:
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Vou Ia Fui Fora Irei Iria
Vais Ias Foste Foras Irás Irias
Vai Ia Foi Fora Irá Iria
Vamos Íamos Fomos Fôramos Iremos Iríamos
Ides Íeis Fostes Fôreis Ireis Iríeis
Vão Iam Foram Foram Irão Iriam
www.gustavobrido.com.br 51 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Vá Fosse For
Vás Fosses Fores
Vá Fosse For
Vamos Fôssemos Formos
Vades Fosseis Fordes
Vão Fossem Forem
MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Vai Não vás
Vá Não vá
Vamos Não vamos
Ide Não vades
Vão Não vão
FORMAS NOMINAIS
Infinitivo impessoal ► IR
Infinitivo pessoal ►
Ir
Ires
Irmos
Irdes
Irem
Gerúndio ► Indo
Particípio ► Ido
3- VERBOS DEFECTIVOS
Os verbos defectivos são aqueles que não possuem a conjugação completa; são, portanto, verbos defeituosos.
Essa falha ocorre, muitas vezes, nos presentes do indicativo e do subjuntivo, e no imperativo afirmativo.
- Se tudo não der certo, eu falo a empresa do meu pai. (frase errada)
- Eu bano você da minha vida quando quiser. (frase errada).
- Eu abolo essa lei na hora certa. (frase errada).
Porém,
- Se tudo não der certo, eu posso falir a empresa do meu pai. (frase correta)
- Eu vou banir você da minha vida quando quiser. (frase correta).
- Eu posso abolir essa lei na hora certa. (frase correta)
www.gustavobrido.com.br 52 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
PRECAVER
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Não tem Precavia Precavi Precavera Precaverei Precaveria
Não tem Precavias Precaveste Precaveras Precaverás Precaverias
Não tem Precavia Precaveu Precavera Precaverá Precaveria
Precavemos Precavíamos Precavemos Precavêramos Precaveremos Precaveríamos
precaveis Precavíeis Precavestes Precavêreis Precavereis Precaveríeis
Não tem Precaviam Precaveram Precaveram Precaverão Precaveriam
MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Não existe conjugação no Precavesse Precaver
presente do subjuntivo Precavesses Precaveres
Precavesse Precaver
Precavêssemos Precavermos
Precavêsseis Precaverdes
Precavessem Precaverem
No modo imperativo o verbo PRECAVER só possui a 2ª pessoa do plural do imperativo afirmativo: precavei.
FORMAS NOMINAIS
Infinitivo pessoal ►
Precaver
Precaveres
Precaver
Precavermos
Precaverdes
Precaverem
Gerúndio ►Precavendo
Particípio ► Precavido
www.gustavobrido.com.br 53 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
4- VERBOS ABUNDANTES
Os verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Em geral, essas formas são mais
frequentes no particípio.
- Havemos ou hemos; haveis ou heis (verbo “haver”), diz ou dize (imperativo do verbo “dizer”), faze ou faz (impe-
rativo do “fazer”), traz ou traze (imperativo do “trazer”).
Geralmente, os particípios regulares são usados com os verbos auxiliares TER e HAVER, enquanto os particípios irregula-
res são usados com o verbo SER.
07. ADVÉRBIO:
Classe que exprime valor circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio.
O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um verbo intransitivo, de sen-
tido pleno, que no caso é o verbo "chover".
O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado.
www.gustavobrido.com.br 54 facebook.com/gustavobrigido
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto etc.).
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -mente).
- CAUSA
- FINALIDADE
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 55
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- INSTRUMENTO
- COMPANHIA
- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.)
08. PREPOSIÇÃO:
Palavra invariável, que liga dois termos. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
por, sem, sob, sobre, trás, durante etc.
As preposições não têm, em si, sentido independente. Porém, podem “parasitar” significados dos contextos.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 56
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
09. CONJUNÇÃO:
Conjunção é a palavra cuja função é ligar termos ou orações, atribuindo, muitas vezes, valores semânticos às frases.
Portanto, as conjunções podem ou não manifestar sentido. Detalhe: às vezes, a conjunção apresenta mais de uma pala-
vra; quando isso acontece, chamamos locução conjuntiva.
a) Coordenativas
b) Adverbiais
Na maioria das vezes, pede-se ao candidato para reconhecer as conjunções, seus valores semânticos e se certas trocas
são possíveis.
2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, não obstante, em contrapartida.
- O prefeito fez a licitação, mas não resolveu os problemas da população carente.
As demais conjunções coordenativas são as seguintes: alternativas (ou...ou; seja...seja; ora...ora; quer...quer), conclusi-
vas (portanto, logo, por conseguinte) e explicativas (porque, pois, que).
A) Causais: introduzem relação de causa e se combinam com uma ideia de consequência. As conjunções e locuções mais
importantes são as seguintes: já que, como, pois que, na medida em que, uma vez que, visto que, sendo que, dado que,
porquanto.
- Já que os médicos iniciaram uma pesada greve, as unidades de saúde vivem um verdadeiro caos.
B) Concessivas: introduzem relação de contradição, oposição. As conjunções e locuções mais importantes são as seguin-
tes: ainda que, mesmo que, embora, posto que, se bem que, em que pese, malgrado, a despeito de, não obstante, con-
quanto.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 57
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Ainda que todos os médicos tenham entrado em uma pesada greve, as unidades de saúde resistem bravamente.
10. INTERJEIÇÃO:
Palavra que procura expressar sentimentos, emoções. Ih! Oh! Viva! Psiu! Aleluia!
EXERCÍCIOS 01
01- Em: “Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante, ao ajustamento de todas as sociedades...”
(L.32-33)
a) quatro adjetivos
b) três adjetivos
c) dois adjetivos
d) um adjetivo
e) nenhum adjetivo
a) Promoveu um evento grandioso em setembro deste ano onde gastou uma fortuna.
b) O meu engenheiro é um cidadão em cuja capacidade podemos confiar.
c) Certificou a seus superiores no Ministério de que a Comissão de Licitações estava prestes a pedir demissão.
d) Prefiro ficar sozinho do que perdoar os que me deixaram neste estado deplorável de dependência física.
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão e da próxima, sugiro que você consulte a tabela de PRONOMES
RELATIVOS, no final dessa bateria de exercícios, na seção CURIOSIDADES SOBRE AS CLASSES DE PALAVRAS.
03- Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a expressão grifada pela palavra “on-
de”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 58
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
04-
João e Maria
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II, apenas.
e) I, apenas.
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você revise o tema MODOS VERBAIS. Lembre-se de que
modo verbal é totalmente diferente de tempo verbal.
05- “À evidência imposta, que presume que a única forma aceitável de organização de uma sociedade é a regulação
pelo mercado, podemos opor a proposta de organizar as sociedades e o mundo a partir do acesso para todos aos
direitos fundamentais.”
As ocorrências da palavra QUE no trecho acima são classificadas como:
Obs.: Para um aprofundamento dessa questão, sugiro que você vá aos capítulos FUNÇÕES DO “QUE” e ORAÇÕES SU-
BORDINADAS ADJETIVAS.
06- “Com o real, os brasileiros redescobriram o valor do dinheiro e das coisas.”; a frase a seguir em que a preposição
com tem o mesmo valor semântico da ocorrência sublinhada é:
07- Em “Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal ati-
tude um privilégio dado pela existência”, os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamen-
te, como:
08- Na frase "As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho", as palavras destacadas
são, respectivamente:
a) adjetivo, adjetivo
b) advérbio, advérbio
c) advérbio, adjetivo
d) numeral, adjetivo
e) numeral, advérbio
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você vá ao capítulo CONCORDÂNCIA NOMINAL e leia,
com atenção, a parte que fala das palavras “bastante”, “meio”, “caro” e “barato”.
09- Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara vermelha", o termo a está empre-
gado, sucessivamente, como:
a) artigo, preposição preposição
b) pronome, preposição, artigo
c) preposição, preposição, artigo
d) preposição, pronome, preposição
e) preposição, artigo, preposição
Obs.: Não cabe o uso de acento grave nas duas primeiras evidências de “a”, uma vez que, na sequência de tais palavras,
há dois verbos.
10- Observe o período a seguir: "Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila". Os dois pontos do período
acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção:
a) portanto
b) e
c) como
d) pois
e) embora
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 60
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Obs.: para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo PONTUAÇÃO e leia, com cuidado, o uso de vírgulas
em Orações Coordenadas.
Obs.: Para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo “FUNÇÕES DO QUE”.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D B A D B A A C C D
11 12
E D
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 61
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Palavras masculinas:
Palavras femininas:
• a abusão (engano);
• a alcíone (ave doa antigos);
• a aluvião, araquã (ave);
• a áspide (reptil peçonhento);
• a baitaca (ave);
• a cataplasma, cal, clâmide (manto grego);
• a cólera (doença);
• a derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto);
• a filoxera (inseto e doença);
• a gênese, guriatã (ave);
• a hélice (FeM classificam como gênero vacilante);
• a jaçanã (ave);
• a juriti (tipo de aves);
• a libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);
• a sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);
• a usucapião (FeM classificam como gênero vacilante);
• a xerox (cópia).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 62
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Gênero vacilante:
• acauã (falcão);
• inambu (ave);
• laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que há preferência de auto-
res pelo masculino);
• víspora.
Alguns femininos:
• abade - abadessa;
• abegão (feitor) - abegoa;
• alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;
• aldeão - aldeã;
• anfitrião - anfitrioa, anfitriã;
• beirão (natural da Beira) - beiroa;
• besuntão (porcalhão) - besuntona;
• bonachão - bonachona;
• bretão - bretoa, bretã;
• cantador - cantadeira;
• cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;
• castelão (dono do castelo) - castelã;
• catalão - catalã;
• cavaleiro - cavaleira, amazona;
• charlatão - charlatã;
• coimbrão - coimbrã;
• cônsul - consulesa;
• comarcão - comarcã;
• cônego - canonisa;
• czar - czarina;
• deus - deusa, déia;
• diácono (clérigo) - diaconisa;
• doge (antigo magistrado) - dogesa;
• druida - druidesa;
• elefante - elefanta e aliá (Ceilão);
• embaixador - embaixadora e embaixatriz;
• ermitão - ermitoa, ermitã;
• faisão - faisoa (Cegalla), faisã;
• hortelão (trata da horta) - horteloa;
• javali - javalina;
• ladrão - ladra, ladroa, ladrona;
• felá (camponês) - felaína;
• flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;
• frade - freira;
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 63
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
• frei - sóror;
• gigante - giganta;
• grou - grua;
• lebrão - lebre;
• maestro - maestrina;
• maganão (malicioso) - magana;
• melro - mélroa;
• mocetão - mocetona;
• oficial - oficiala;
• padre - madre;
• papa - papisa;
• pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;
• parvo - párvoa;
• peão - peã, peona;
• perdigão - perdiz;
• prior - prioresa, priora;
• mu ou mulo - mula;
• rajá - rani;
• rapaz - rapariga;
• rascão (desleixado) - rascoa;
• sandeu - sandia;
• sintrão - sintrã;
• sultão - sultana;
• tabaréu - tabaroa;
• varão - matrona, mulher;
• veado - veada;
• vilão - viloa, vilã.
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos brancos), cócegas, con-
dolências, damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), esposórios
(presente de núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de
orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos
nomes de naipes.
Coletivos:
• canzoada - cães;
• conclave - cardeais;
• congregação - professores, religiosos;
• consistório - cardeais;
• fato - cabras;
• feixe - capim, lenha;
• junta - bois, médicos, credores, examinadores;
• girândola - foguetes, fogos de artifício;
• grei - gado miúdo, políticos;
• hemeroteca - jornais, revistas;
• legião - anjos, soldados, demônios;
• malta - desordeiros;
• matula - desordeiros, vagabundos;
• miríade - estrelas, insetos;
• nuvem - gafanhotos, pó;
• panapaná - borboletas migratórias;
• penca - bananas, chaves;
• récua - cavalgaduras (bestas de carga);
• renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas;
• réstia - alho, cebola;
• ror - grande quantidade de coisas;
• súcia - pessoas desonestas, patifes;
• talha - lenha;
• tertúlia - amigos, intelectuais;
• tropilha - cavalos;
• vara - porcos.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 66
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
A análise da estrutura das palavras mostra-nos que existem várias pequenas partes que compõem uma palavra, os cha-
mados morfemas. Há dois tipos de morfemas: os lexicais e os gramaticais.
Portanto, os morfemas lexicais contêm significações básicas, ao passo que os gramaticais não manifestam ideia, mas
sim fazem indicações.
ELEMENTOS MÓRFICOS
►Raiz
► Radical;
►Vogal temática;
►Tema;
►Desinência;
►Afixo;
►Vogais e consoantes de ligação.
1º) RAIZ
É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico.
A raiz encerra sentido lato e geral, comum às palavras de mesma família etimológica. Detalhe: na maioria das vezes, é
impossível identificar a raiz de uma palavra, uma vez que a significação é abstrata.
Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem
comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo etc.
2º) RADICAL
É o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático, dentro da língua. O
radical abriga a raiz, ou seja, abriga o significado originário da palavra. Veja, abaixo, alguns exemplos de radicais não tão
conhecidos do leitor.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 67
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação a que o verbo
pertence.
OBSERVAÇÃO:
4º ) TEMA
►DESINÊNCIAS
São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em desinências
nominais e desinências verbais:
5ª ) DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são “a” e “o” (mas há divergên-
cias); as desinências de número são o “s” para o plural e ZERO (Ø) para singular, pois ele não tem desinência própria.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 68
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
6º) DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.
Exemplo: cant-á-va-mos
7º) AFIXOS
São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser:
Exemplo:
Pedr-ada.
In-vi-á-vel.
In-feliz-mente
São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja,
para facilitar a pronúncia de certas palavras.
Exemplo: silvícola, cronômetro, psicodélico, cafeicultura, pazada, paulada, chapeLaria, cafeTeira, sonoLento, frioRento
etc.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 69
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição.
► DERIVAÇÃO ◄
É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem
ocorrer das seguintes maneiras:
Prefixal;
Sufixal;
Parassintética;
Regressiva;
Imprópria.
Exemplos:
DESFAZER
INÚTIL
AMORAL
IMORAL
APODRECER
AFÔNICO
REORGANIZAR
Exemplos
CARRINHO
LOUVÁVEL
BAMBUZAL
REPUBLICANO
COMUNISTA
FRANCÊS
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 70
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
HORROROSO
TOLICE
►PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo, simultaneamente, ao radical.
Detalhe: não é todo gramático que reconhece esse processo.
Exemplo:
A-NOIT-ECER
PER-NOIT-AR
EN-FORC-AR
DES-ALM-ADO
OBSERVAÇÃO :
Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassín-
tese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta reti-
rar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintéti-
ca. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por deri-
vação prefixal e sufixal.
►REGRESSIVA (ou DEVERBAL)- processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. As palavras
formadas por deverbal terminam em a, e, o e geram substantivos abstratos.
Exemplo:
Outros exemplos:
Amparar = amparo
Perder = perda
Enlaçar = enlace
Âncora = ancorar
Escova = escovar
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 71
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
►IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se
altere.
Exemplo: O jantar estava ótimo. (deixou de ser verbo e passou a ser substantivo)
“Os humilhados serão exaltados”. (deixou de ser adjetivo e passou a ser substantivo)
“Vimos uma partida monstro de tênis”. (deixou de ser substantivo e passou a ser adjetivo)
“A noiva não disse o ‘sim’”. (deixou de ser advérbio e passou a ser substantivo).
► COMPOSIÇÃO ◄
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas
formas:
JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.
JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continuam sendo faladas (escritas) da mesma forma como
eram antes da composição.
AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.
Exemplo: planalto (plano + alto); embora (em+ boa+ hora); viandante (via + andante).
Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e
onomatopeia.
ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO
HIBRIDISMO
ONOMATOPÉIA
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 72
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIO DE CONCURSOS
a) hibridismo
b) aglutinação
c) justaposição
d) parassíntese
e) derivação regressiva
a) desagradável - complemente
b) navio- escola / pé-de-cabra
c) encruzilhada - estremeceu
d) supersticiosa - valiosas
e) desatarraxou - estremeceu
4. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, mar-
que a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada:
( ) aguardente 1) justaposição
( ) casamento 2) aglutinação
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
( ) os contras 5) derivação imprópria
( ) submarino 6) derivação prefixal
( ) acéfalo
a) zunzum
b) reco-reco
c) toque-toque
d) tlim-tlim
e) vivido
a) derivação
b) onomatopeia
c) hibridismo
d) composição
e) prefixação
a) prefixal
b) sufixal
c) regressiva
d) parassintética
e) imprópria
10. Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:
11. Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética?
12. Em "O pernalta da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua", há, respectivamente:
13. Aponte a alternativa que classifica corretamente os elementos mórficos do verbo a seguir: CONFI-A-SSE-S
14. As Desinências Modo Temporais de LEVAR no futuro do presente (3ª pessoa do singular) e pretérito imperfeito (2ª
pessoa do singular) são:
a) RA e SSE
b) S e MOS
c) VA e RA
d) S e M
e) RÁ e VA
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B B 2441536 E D A D C B
11 12 13 14
E A C E
CURIOSIDADE
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que for-
mam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os
substantivos simples:
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discus-
sões. Algumas orientações são dadas a seguir:
ESQUEMA
S s Plural – Plural
S A Plural – Plural
A S Plural – Plural
N S Plural – Plural
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 75
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
ESQUEMA
V S Singular-plural
substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior.
Exemplos:
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
peixe-espada - peixes-espada
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 76
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Muito alta. Acredito que saber a regência dos principais verbos exigidos
em provas é fundamental. É a partir desse tema que você resolverá questões não só de regência, como também de cra-
se, sintaxe, funções do QUE e do SE etc. Ou seja, se há um assunto que você deve dar atenção especial, não tenha dúvi-
das de que é Regência verbal e nominal.
DICA: Como você nunca saberá todas as regências da Língua Portuguesa (até mesmo porque ninguém as sabe),
sugiro que leia com muita atenção aquilo que chamo de “Regências clássicas”. Elas aparecem com muita frequência em
provas. Quanto às demais, só há uma dica: ler e, se possível, perguntar-se: esse verbo é intransitivo ou transitivo indire-
to? Fazendo, de vez em quando, esse exercício simples você, lentamente, armazenará um banco de dados muito impor-
tante para ser utilizado na hora da prova.
DICA DE ESTUDO: Se você não sabe se o verbo TAL é intransitivo ou transitivo indireto, procure o dicionário. Lá no ver-
bete sempre há, também, esse tipo de informação. Senão vejamos o diz o Dicionário Houaiss sobre o verbo AVANÇAR:
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no máximo, duas (isso numa prova de 10 a 15 ques-
tões); para nível médio, de duas a quatro (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a possibilidade é
parecida com a do nível médio, o que muda é o grau de dificuldade das questões.
1. REGÊNCIA VERBAL
Ocorre quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Aqui
é fundamental o conhecimento da transitividade verbal. Por isso, fique atento à tabela a seguir:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 77
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
* Essa exigência é apenas teórica. Logo, é perfeitamente possível que um verbo VTD, por exemplo, apareça sem seu devido complemento.
Ex.: Naquela tarde, ele estudou muito.
Mas, para que você entenda a tabela acima, é necessário que utilizemos um simples procedimento para identifi-
carmos se o verbo pede ou não preposição. A seguir, você verá aquilo que eu chamo de “ferramenta”. É com ela que
você descobre que tipo de complemento o verbo regerá.
2. Leia a sequência completa da ferramenta (do LADO A ao LADO B), repetindo o verbo duas vezes.
3. Se a leitura se efetivar de forma rápida e imediata (direta) até o LADO B (e você não precisar usar nenhuma preposi-
ção do quadrado abaixo da ferramenta), o verbo é transitivo direto.
4. Caso haja uma pausa na leitura e a exigência de preposição por parte do verbo, este será transitivo indireto.
5. Dependendo do verbo, o movimento pode ser duplo, o que gera verbos bitransitivos.
6. Agora, se a leitura da ferramenta nem precisar chegar ao ALGO ou ao ALGUÉM, o verbo deve ser interpretado como
intransitivo.
Antes de entrar no tema Regência Verbal, é importante que conheçamos os complementos verbais: o Objeto Direto e
o Objeto Indireto.
Objeto direto: complemento (raramente introduzido por preposição*) que cumpre o papel de tornar a frase mais deta-
lhada. Sua ausência faz com que o verbo se torne intransitivo.
Ex.:
c) Ontem o Pentágono confirmou que o corpo de Bin Laden foi lançado no Mar da Arábia.
( ) A expressão “que o corpo de Bin Laden foi lançado no Mar da Arábia” funciona como complemento direto oracio-
nal do verbo “confirmar”.
( ) Há dois sujeitos simples e explícitos.
( ) O segundo sujeito sofre a ação verbal; é, portanto, paciente.
( ) “Ontem” poderia estar seguido de uma vírgula, já que se trata de um adjunto adverbial deslocado.
Objeto indireto: complemento (introduzido sempre por uma preposição) que cumpre o papel de tornar a frase mais
detalhada. Sua ausência também faz com que o verbo se torne intransitivo.
Ex.:
a) A oposição opta por esticar desgaste político do ministro.
( ) Ao deslocarmos “A oposição” para o fim da frase, os sentidos e a correção gramatical serão preservados desde que
ajustes de maiúsculas e minúsculas sejam realizados.
( ) Em “a”, “por esticar desgaste político do ministro” funciona como complemento indireto oracional de “opta”.
( ) A substituição de “por” por “em” mantém a correção gramatical do período.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 79
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
A) CCC
B) CCC
C) CCCC
D) C E C E/C
A) CCE
B) ECE
C) CCEC
D) CE
E) C
- O SUS vem oferecendo, gratuitamente, diagnóstico da diabete, acompanhamento e medicação, nas unidades de saú-
de, aos pacientes.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 80
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, lembrou aos jornalistas que a aprovação final do texto depende do aval da
presidente Dilma Rousseff.
Verbos que não pedem complemento
Intransitivos: são aqueles cuja significação não exige a presença de complementos. São chamados, também, de verbos
de sentido completo.
- Já Nina diz ter ido ao banheiro e encontrado duas estudantes conversando, sem a presença de fiscais. “Elas pararam
quando cheguei, mas, quando viram que não era um fiscal, continuaram conversando”, disse.
- Acabaram as férias.
Verbos que (pelo contexto) NÃO pedem complemento ou mudam seus complementos
Às vezes, o contexto é tão específico e dinâmico que alguns complementos verbais são dispensáveis. Assim sendo, a
predicação original do verbo deverá ser modificada para acompanhar a semântica da frase. Logo, um verbo que origi-
nalmente é transitivo indireto, por exemplo, pode ser reconfigurado para intransitivo.
- A Rádio Eldorado divulgou que a prova do Enem será refeita. (Originalmente VTDI; agora, VTD).
- O candidato só falou aos sindicalistas depois da reunião. (Originalmente VTDI; agora, VTI).
Verbos de ligação: são aqueles cuja função é conectar o sujeito a uma qualificação. A estrutura qualificadora cumprirá a
função sintática de Predicativo do Sujeito. Logo, esses verbos servem para indicar estados ou qualidades do sujeito.
Ex.:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 81
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Verbos supostamente de ligação: são aqueles que, pela morfologia (pela aparência), lembram verbos de ligação. Con-
tudo, não conseguem dar ao sujeito qualificação alguma.
Ex.:
Note que “em Fortaleza”, “na fábrica” e “no estojo” indicam ideia de lugar, e não de estado. Logo, são Adjuntos Adver-
biais de lugar. Quando isso ocorre, o verbo não pode mais ser considerado de ligação. Ele deverá ser reconfigurado e,
assim, assume o caráter de verbo intransitivo.
Regências clássicas
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 82
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ou seja, para concursos (que seguem a tradição), “em Fortaleza” não é objeto indireto, mas sim adjunto adverbial de
lugar (também chamado de locativo ou mesmo complemento circunstancial).
4 - CHEGAR
Um porém: este verbo costuma ser acompanhado de uma expressão introduzida por “A”. Tal expressão não é o objeto
indireto, mas sim o adjunto adverbial de lugar, também conhecido como locativo ou complemento circunstancial.
Exemplo:
Obs.: O Dicionário Houaiss considera este verbo transitivo indireto, bem como intransitivo.
5 – IR
Obs.: Esse verbo costumeiramente vem acompanhado de um complemento circunstancial, o qual poderá ser introdu-
zido ou por “a” ou por “para”.
- Para: Quando há intenção de permanecer, de fixar residência. “Ele ia para Belém no fim deste ano".
- A: Quando há intenção de não se demorar, de não fixar residência. "Ele irá a Sobral no próximo mês".
6 – MORAR
Exemplos:
- Moro em Porto Alegre desde os sete anos.
- Nunca morei só.
7 - NAMORAR
8 – OBEDECER/DESOBEDECER
10 - PISAR
Sentido: Pôr os pés sobre, humilhar, moer (VTD).
Exemplos:
11 – PREFERIR
12 – QUERER
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 84
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
13 – VISAR
14- IMPLICAR
Sentido 3: Ser incompatível; não estar de acordo: VTI, regendo preposição “com”.
Exemplo: Tal atitude implica com as normas prescritas.
OUTRAS REGÊNCIAS
ABDICAR
Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto.
Exemplo:
- O príncipe abdicou. (VI)
AGRADECER
Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.
Exemplo:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 85
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
CHAMAR
Exemplo:
CUSTAR
Exemplo:
Custou ao governo aquela difícil meta.
Exemplo:
- A insensatez custou-lhe os bens.
ESQUECER
LEMBRAR
Exemplo:
- Esqueci-me do nome da rua.
- Lembrei-me de um caso antigo.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 86
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
PRECISAR
Exemplo:
- Nós precisamos de bons políticos.
* O conteúdo dos parênteses se repete para cada um dos verbos citados na lista.
Transitivos Indiretos:
Abusar (de)
Aludir (a)
Assistir (a)
Anuir (a)
Aprazer (a)
Ansiar (por)
Agradar (a)
Atirar (a, em, contra)
Bater (em) [= espancar]
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 87
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Bitransitivos
Intransitivos
Sair
Existir
Chorar
Descansar
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 88
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Dormir
Morrer
Deitar
Tremer
Chover
Nevar
Trovejar
Garoar
Pensar
Etc.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 89
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS 01
01- FCC: “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de produção...”.
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase:
a) A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem propriamente uma cultura global a ela
vinculada, que possa distingui-la.
b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam
a pureza cultural de cada nação.
c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês tornou-se uma espécie de língua
global.
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade
de cada um.
e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situa-
ções perversas para pessoas e povos.
02- TRE (MA – 2009) CESPE: Em “Sem a teoria da evolução, a moderna biologia, incluindo a medicina e a biotecnologia,
simplesmente não faria sentido. O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas ideias causam entre
um vasto contingente de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto”.
03- FCC: “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira incalculável...” (final do texto)
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é:
04- FCC: “Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos ...”. (1o parágrafo)
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:
05- CESPE (2010) “A pobreza é um dos fatores mais comumente responsáveis pelo baixo nível de desenvolvimento
humano e pela origem de uma série de mazelas, algumas das quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o
caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja on-
de o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes a participarem do processo de
produção”.
( ) O emprego de preposição em "a participarem" é exigido pela regência da forma verbal "obriga".
06- CESPE: “Nas últimas décadas, o aumento dos índices de criminalidade e a atuação de organizações criminosas trans-
nacionais colocaram a segurança pública entre as principais preocupações da sociedade e do Estado brasileiros. A
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 90
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
delinquência e a violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando apreensão e
medo na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em relação às instituições estatais responsáveis pela
manutenção da paz social”.
( ) Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição “a” antes de "toda a população" - a toda a popula-
ção - visto que a forma verbal "afetam" apresenta dupla regência.
07- CESPE: “Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição
de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicita-
vam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacio-
nal de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento
da base econômica do país”.
08- CESGRANRIO: Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:
09- UECE: O “Que” devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção:
09- CESGRANRIO: “Foram inúmeros os problemas ________ nos defrontamos e inúmeras as experiências ________
passamos.
a) que e em que.
b) que e de que.
c) de que e por que.
d) com que e por que.
e) com que e em que.
10- FGV: “A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o papel que o superendividamento exerce...”.
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho destacado acima, não se manteve adequação à norma culta.
Ignore as alterações de sentido.
12- CESPE: “Em razão da complexidade, da amplitude e do poderio das redes criminosas transnacionais, a solução para
a criminalidade depende de decisões político-econômico-sociais e, concomitantemente, de ações preventivas e re-
pressivas de órgãos estatais. Nesse contexto, as operações de inteligência são instrumentos legais de que dispõe o
Estado na busca pela manutenção e proteção de dados sigilosos”.
( ) A preposição "de" empregada antes de "que" é exigência sintática da forma verbal "dispõe"; portanto, sua
retirada implicaria prejuízo à correção gramatical do período.
GABARITO EXERCÍCIOS 01
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E F/V E E V F V B C D
11 12
B V
EXERCÍCIOS 02
(Verissimo, Luis Fernando. Orgias. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 1989, p.80-1, Adaptado).
( ) No segmento “percorrem nossas vias interiores” o termo “nossas vias interiores” expressa uma circunstância de
lugar do verbo intransitivo “percorrem”.
( ) O sentido com que foi empregada a forma verbal “Tem” possibilitaria, sem que houvesse alteração do sentido do
período, a seguinte organização dos termos da primeira oração: Voltaire tem um personagem.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 92
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Mais de 1 bilhão de moradores das cidades enfrentarão de uma grave escassez de água em 2050 na medida em que
o aquecimento global piorar os efeitos da urbanização, indicou um estudo nesta segunda-feira.
b) A escassez ameaça o saneamento em algumas das cidades de mais rápido crescimento no mundo, particularmente na
Índia, mas também representa riscos para à vida silvestre caso as cidades bombeiem água de fora, afirma o artigo publi-
cado nas Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS).
c) O estudo concluiu que, se continuarem as atuais tendências de urbanização, em meados deste século, em torno de
990 milhões de moradores de cidades viverão com menos de 100 litros diários de água cada um ─ mais ou menos a
quantidade necessária para encher uma banheira ─, quantidade que, segundo os autores, é a mínima necessária.
d) Além disso, mais 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar, limpar, tomar banho e ir no banheiro.
"Não tomem os números como um destino. São o sinal de um desafio", disse o principal autor do estudo, Rob McDo-
nald.
e) Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas estão abaixo do patamar dos 100 litros de uso diári o. A casa de um
americano médio gasta 376 litros por dia por pessoa, apesar do uso real variar dependendo da região, disse McDonald.
Mas o mundo está experimentando de mudanças sem precedentes no nível urbano, à medida que as populações rurais
de Índia, China e outras nações em desenvolvimento mudam-se para as cidades
“Restam os pedestres, em sua humilde visibilidade, para nos lembrar de que as cidades foram feitas para as pessoas”.
( ) Seriam mantidos o sentido original do período e a correção gramatical se o último período do texto fosse reescrito
da seguinte forma: Restam os pedestres que, em sua humilde visibilidade, lembram-nos que cidades foram construídas
para pessoas.
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04
EE E C E
EXERCÍCIOS 03
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 93
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
( ) No trecho “um teólogo inglês do século XIV” (R .13), que serve como aposto apresentador de informações acerca
de William de Ockham, o artigo indefinido poderia ser omitido sem que se prejudicasse a correção gramatical do texto.
( ) No trecho “não se visa (...) a informar (...) a fornecer”, o elemento “a”, em ambas as ocorrências, poderia ser omiti-
do sem que isso trouxesse prejuízo à correção gramatical do texto.
( ) A ausência do artigo “as” imediatamente antes de “cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa” permite
inferir a possibilidade de a linguagem legislativa ser caracterizada por outras qualidades essenciais não mencionadas.
( ) O uso da forma não pronominal “interessar”, retirando-se o pronome de “interessava-se”, preservaria a correção
gramatical e a coerência textual, desde que fosse empregada a preposição “a” antes de “o jovem arquiteto”, escreven-
do “ao jovem arquiteto interessava”.
“O novo milênio ― designado como era do conhecimento, da informação ―é marcado por mudanças de relevante im-
portância e por impactos econômicos, políticos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como
essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma baseada no conhecimento, aumenta-se o grau de
indefinições e incertezas”.
( ) Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto se, na oração “aumenta-se o grau de indefinições
e incertezas”, a forma verbal estivesse flexionada no plural, desde que suprimida a partícula “-se”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 94
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
( ) A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” exerce a função de comple-
mento indireto da forma verbal “consiste”.
GABARITO EXERCÍCIO 03
01 02 03 04 05 06
C C C E E C
EXERCÍCIOS 04
( ) Por terem como referente a palavra “concidadãos”, os pronomes empregados em “pedindo-lhes” e “dispensando-
os” poderiam ser intercambiados, sem prejuízo para os sentidos e a correção gramatical do texto.
Reprimimos em nós desejos e fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social. Logo, frustrados, zelamos pela pri-
são daqueles que não se impõem as mesmas renúncias. Mas a coisa muda quando a pena é radical, pois há o risco de
que a morte do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em nós”.
( ) Considerando-se a dupla regência do verbo “impor” e a presença do pronome “mesmas”, seria facultado o empre-
go do acento indicativo de crase na palavra “as” da expressão “as mesmas renúncias”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 95
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
“Considerai no mistério
dos humanos desatinos,
e no polo sempre incerto
dos homens e dos destinos!
Por sentenças, por decretos,
pareceríeis divinos:
e hoje sois, no tempo eterno,
como ilustres assassinos.
Ó soberbos titulares,
tão desdenhosos e altivos!
Por fictícia autoridade,
vãs razões, falsos motivos,
inutilmente matastes:
— vossos mortos são mais vivos;
e, sobre vós, de longe, abrem
grandes olhos pensativos.
( ) Os trechos “Por sentenças, por decretos” (v .29) e “Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos motivos” ( v.35-36)
exercem função adverbial nas orações a que pertencem e ambos denotam o meio empregado na ação representada
pelo verbo a que se referem.
GABARITO EXERCÍCIO 04
01 02 03 04
E C E E
EXERCÍCIOS 02
Para que você inicie esta segunda bateria de questões, é importante (para não dizer fundamental) que você conheça o
funcionamento dos pronomes enquanto elementos que representam complementos verbais (ou seja, os objetos diretos
e os indiretos). Portanto, iniciemos com esta tabela:
Portanto, frases como “O professor viu-lhe na rua” não obedecem ao padrão culto da língua, porque não podemos as-
sociar a um verbo transitivo direto (ver) o pronome LHE.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 96
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Por outro lado, é importante salientar que os pronomes O, A, OS e AS podem sofrer transformação para LO, LA, LOS e
LAS, bem como para NO, NA, NOS e NAS. E quando isso ocorre? Vamos ver.
Sempre que você se deparar com verbos terminados em R, S ou Z (e tenha que associá-los aos pronomes O, A, OS e AS)
faça o seguinte: retire a dita consoante, coloque um hífen e acrescente “L” ao pronome que o contexto pedir.
Mas, se você tiver os pronomes O, A, OS e AS ligados a verbos com finais nasais, faça assim: acrescente a letra “N” ao
pronome para indicar nasalização. Só isso.
01- FCC: em “Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos tivessem acesso antes de nós a essa
nova arma”.
Valendo-se do emprego de pronomes, estará correta a seguinte reconstrução da frase acima:
a) Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles de acessarem antes de nós essa nova arma.
b) Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o acesso dos inimigos a essa nova arma antes de nós.
c) Ajudamo-la a criar no intuito de impedir-lhes que eles tivessem acesso à ela antes de nós.
d) Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de nós.
e) Ajudamos a criá-la no intuito de os impedir de acessar-lhe antes de nós
02- CESGRANRIO: Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe.
03- FCC: “Maquiavel escreveu um tratado político, e a potência de análise desse tratado político permite considerar
esse tratado político como um texto que efetivamente revela os mecanismos do poder, embora sempre haja quem
julgue indevassáveis esses mecanismo do poder, pois todos os políticos buscam dissimular esses mecanismo do
poder”.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por
04- FCC: “A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa
palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos”.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
05- FCC: “O editorial foi considerado um desrespeito à soberania de Cuba, trataram a soberania de Cuba como uma
questão menor, pretenderam reduzir a soberania de Cuba a dimensões risíveis, como se os habitantes do país não
tivessem construído a soberania de Cuba com sangue, suor e lágrimas”.
06-FCC (Metrô São Paulo) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajus-
tes no segmento, foi realizada corretamente em:
(A) que pretende construir máquinas multifuncionais = que lhes pretende construir
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04 05 06
D E A A B C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 98
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
2. REGÊNCIA NOMINAL
Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbio – exigem complemento (Complemento
nominal) para que o sentido da frase fique estabilizado. Essa relação entre o nome e seus complementos é estabelecida
pela presença de preposição (a, de, em, para, com, por, entre, sobre, sob etc.).
Exemplos:
Observação: Existem nomes que admitem mais de uma preposição; comportamento absolutamente normal para a lín-
gua portuguesa.
Exemplo:
Obs.: Perceba que, em quase todos os casos, quando o verbo transformou-se em nome, a regência foi alterada. Portan-
to, atenção a esses movimentos.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 99
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benéfico, cego, conforme, desatento, desfavorá-
a vel, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inerente, nocivo, obediente, odioso,
oposto, peculiar, pernicioso, próximo (de), superior, surdo (de), visível.
amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curioso, devoto, diferente,
de digne, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, passí-
vel, pobre, pródigo (em), temeroso, vazio, vizinho.
afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente, furioso (de),
com
ingrato, liberal, misericordioso, orgulhoso, parecido (a), rente (a, de).
constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, forte, hábil, indeciso,
em
lento, morador, perito, sábio, sito, último (de, a), único.
EXERCÍCIOS 01
01- CESPE: “Floresta nacional, floresta estadual e municipal: é uma área com uma cobertura florestal de espécies pre-
dominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas
nativas. É uma área de posse e domínio públicos”.
02- CESPE: “Hipermodernidade é o termo usado para denominar a realidade contemporânea, caracterizada pela cultu-
ra do excesso, do acréscimo sempre quantitativo de bens materiais, de coisas consumíveis e descartáveis”.
( ) A repetição da preposição “de” em "do acréscimo", "de bens materiais" e "de coisas" indica que esses termos
são empregados, no texto, como complementos de "cultura", vocábulo que tem como primeiro complemento
"do excesso".
O Brasil tem 24,8 milhões de pessoas consideradas aptas para trabalhar. Mas, nesse universo, há cerca de 5,5 mi-
lhões de pessoas condenadas a ficar fora do mercado de trabalho, tal como ele se apresenta hoje, visto que lhes
falta a essencial qualificação. Para estes, 20% da força de trabalho, resta tentar ganhar o pão de cada dia fazendo
bicos o trabalhos regulares, porém de baixa exigência e, portanto, com ganhos ínfimos.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 100
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Esses números estão em trabalho recentemente divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA),
no qual se revela que outros 653 mil trabalhadores, no topo da pirâmide do preparo profissional, igualmente ten-
derão a ficar batendo de porta em porta em busca de colocação. Para eles, em razão da crise mundial, fecharam-se
postos de trabalho, pois suas empresas preferiram liberar mão de obra qualificada, reduzir gastos — esses profissi-
onais são os de mais altos salários — e esperar a tempestade passar. E ela ainda não passou.
Em outras áreas, porém, como construção civil, comércio e hotelaria, o estudo do IPEA revela que já se faz sentir a
falta de profissionais por motivo semelhante ao causado pela crise. A recuperação econômica, que ocorreu com ve-
locidade espantosa em áreas como a de construção, não deixou espaço e tempo para que se preparasse tanta gen-
te, em número e qualidade, para atender à demanda, especialmente no Sudeste e no Sul do país, onde se cons-
troem mais moradias e obras de infraestrutura alimentadas por programas habitacionais, pelas eleições e, como
não poderia deixar de ser, pelo futebol, que terá o Brasil como sede da Copa do Mundo em 2014. Casas, saúde,
transportes, saneamento e iluminação implicarão investimentos superiores a R$ 1 trilhão, conforme anunciado pe-
lo governo em março. Para este ano, o crescimento econômico deve gerar 2 milhões de vagas, dizem as estimativas
oficiais.
a) A substituição do termo “aptas” (1º parágrafo) por “capazes” manteria o sentido original, mas não a correção
gramatical do período.
b) Na oração “visto que lhes falta a essencial qualificação” (1º parágrafo), o verbo não exige complemento indire-
to.
c) No trecho “por motivo semelhante ao causado pela crise” (3º parágrafo), o elemento “ao” pode ser correta-
mente substituído por “com o”.
d) O uso do sinal indicativo de crase em “para atender à demanda” (3º parágrafo) ocorre por conta da existência
de regência nominal no período.
e) A inserção da preposição “em” imediatamente após a forma verbal “implicarão” (3º parágrafo) não acarreta
prejuízo ao sentido nem à estrutura sintática do período.
04- FCC: “A ocupação do cerrado por agricultores provenientes de outras áreas ...” (3º parágrafo)
O mesmo tipo de regência assinalado acima SÓ NÃO se configura no segmento grifado em:
Obs.: Uma dica para você não perder a paciência ao resolver essa questão é perceber que nem todos os nomes advêm
das mesmas classes de palavras. Vimos isso no início da aula. Volte um pouco, faça uma nova leitura.
GABARITO 01
01 02 03 04
F F A B
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 101
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS 02
01- A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a mesma construção sintática com
que é usado em “ele pegou um balde grande de plástico,” é:
02- Assinale a opção em que a regência do verbo destacado difere da dos demais.
04- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA?
05- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA?
GABARITO 02
01 02 03 04 05 06 07 08
E B E D C C E C
Note que, aparentemente, o período não apresenta falhas; auditivamente, tudo parece estar bem. Contudo, sabendo
que a regência do verbo discordar pede a preposição “de”, fica mais claro que a construção não obedece à norma culta.
Em situações como esta, é necessário antecipar a preposição para antes do pronome relativo QUE. Assim:
Essa nova construção obedece à norma culta e também poderia ser reescrita da seguinte forma:
As duas últimas construções estão corretas, ao passo que a primeira apresenta erro gramatical.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 103
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
PRONOMES RELATIVOS
Como já sabemos, os pronomes substituem os nomes. Assim, no lugar de “Ana” em Ana recebeu um comunicado, pode-
ríamos escrever Ela recebeu um comunicado. Contudo, Ela não é um pronome relativo, mas sim um pronome pessoal do
caso reto.
Os pronomes relativos, além de mais complexos, são mais decisivos no momento da redação de um texto. Os mais utili-
zados em provas de concurso são os seguintes: QUE (o qual, a qual, as quais....), QUEM, ONDE e CUJ-. Esses pronomes
seguem uma rigorosa disciplina quanto à sua referência e uso.
Vejamos:
Pronome Referência
QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.
QUEM A um termo (substantivo comum ou próprio), na condição de Ser Humano, an-
terior a ele.
ONDE A um termo (substantivo comum ou próprio) que indique lugar, também ante-
rior a ele.
CUJO(A)(S) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele, mas que estabelece
concordância com seu termo posterior, que também será um substantivo.
Exercícios reflexivos
► Leia, reflita e constate se há a necessidade de preposição antes dos pronomes relativos a seguir. Depois, confira as
respostas.
01- As cidades brasileiras _______ que receberam novas propostas de crescimento tinham boa reputação.
02- Os esforços da população ______ que o ministro se reportou antes das eleições valeram muito.
03- A imagem daquela população ______ que o ministro se reportou antes das eleições demonstrou que ela é, de fato,
atuante.
04- As notícias _____ que os eleitores, de fato, necessitavam ainda não foram tão alvissareiras.
05- O homem maduro, _______ quem ela se apaixonou, era, na verdade, cheio de problemas.
06- As muitas pessoas ______ quem o político dizia se dedicar precisavam demasiado de ajuda.
07- As ruas do bairro ______ onde ela morou no passado eram cheias de crianças.
08- A antiga cidade chilena _______ onde meu amigo foi produzia bons vinhos.
09- O prédio novo ______ onde os computadores foram roubados tinha péssima segurança.
10- O prédio novo ______ onde os computadores foram levados tinha péssima segurança.
11- Aceitei o perfume_____ cuja fragrância não gostei somente por educação.
12- Quem matou o hábito das cartas foi o telefone,____ cujo reinado trouxe muitas mudanças.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 104
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RESPOSTAS
01- Ø
02- A
03- A
04- DE
05- POR
06- A
07- Ø
08- A ou PARA
09- DE
10- DE ou PARA
11- DE
12- Ø
EXERCÍCIOS 01
a) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à propagação da espécie.
b) Quando investigamos o porquê da suposta crueldade animal, parece de que nos esquecemos da nossa efetiva
crueldade.
c) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua própria devoração.
d) Se a ideia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos animais qualquer traço de cru-
eldade.
e) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela sobrevivência.
a) Os restos de esperanças socialistas, por cujas o autor já demonstrara simpatia, misturam-se a outras convic-
ções.
b) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-lo a combater a fome do
mundo.
c) As propostas políticas, de cuja falta sentiu Mario Capanna, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes.
d) As posições dos jovens manifestantes, das quais o autor se congratulou, eram as mais díspares possíveis.
e) As ruas de Gênova, aonde se fixaram grupos de manifestantes, ganharam uma nova animação.
03- “... tema que faz com que em certas ocasiões ...” (último parágrafo)
A lacuna que deverá ser corretamente preenchida pela expressão grifada acima está em:
a) O mercado editorial de autoajuda, ......... abrange várias categorias, cresce a olhos vistos em todo o mundo.
b) O conteúdo dos livros de autoajuda, ......... os leitores acreditam, serve de inspiração para o sucesso na vida e
na carreira profissional.
c) Os leitores estão convictos .......... essas publicações serão a inspiração para uma vida mais harmônica e feliz.
d) Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade tudo aquilo ........ sonham.
e) A literatura de autoajuda constitui, no momento, os meios ........ as pessoas recorrem para viver melhor.
a) O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo nome pessoal talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhe-
cimento.
b) A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não consegue se esquivar.
c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o seu concurso.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 105
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a trama já conhecida de Branca de
Neve.
e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão depender todas as demais.
05- “A diferença é que eles viviam em comunhão com o mundo...” (final do texto)
A frase cuja lacuna estará corretamente preenchida pela palavra grifada acima é:
a) As hipóteses ........ que a humanidade teve sua origem na África já foram comprovadas por cientistas.
b) As armas ......... que os homens primitivos se defendiam dos perigos eram feitas de materiais encontrados na
natureza.
c) Ossos de animais serviam ......... que os nossos ancestrais reproduzissem as melodias percebidas nos sons da
natureza.
d) São inúmeras as cavernas ......... que se encontraram desenhos primitivos, as chamadas pinturas rupestres.
e) Instrumentos foram criados pelo homem de modo ......... que ele conseguisse reproduzir os sons ouvidos no
mundo exterior.
06- As expressões de que e com que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunas da frase:
a) O prestígio ...... o texto de Maquiavel desfruta até hoje é merecido, pois é um tratado político ...... muitos têm
muito a aprender.
b) As qualidades morais ...... muitos estavam habituados a considerar como tais foram substituídas pelas políti-
cas, no tratado ...... Maquiavel tornou uma obra basilar.
c) Os valores abstratos ...... muita gente costuma cultuar não tinham, para Maquiavel, qualquer aplicação ......
pudesse se valer na análise da política.
d) O adjetivo maquiavélico, ...... muitos utilizam para denegrir o caráter de alguém, ganhou uma acepção ......
costumam discordar os cientistas políticos.
e) A leitura de O Príncipe, ...... muita gente até hoje se entrega, interessa a todos ...... se sintam envolvidos na ló-
gica da política.
07- “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de produção...”.
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase:
a) A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem propriamente uma cultura global a ela
vinculada, que possa distingui-la.
b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam
a pureza cultural de cada nação.
c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês se tornou uma espécie de língua
global.
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade
de cada um.
e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situa-
ções perversas para pessoas e povos.
a) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram
a se enfeixar com a expressão dez de setembro.
b) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança em cuja
radicalidade muitos recriminam.
c) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo ao qual ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do
pasmo no qual foram tomados tantos americanos.
d) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que
queremos nos apegar.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 106
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
e) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições terríveis, de cujo significado
não se deve esquecer.
GABARITO 01
01 02 03 04 05 06 07 08
A B D B B A E E
EXERCÍCIOS 02
(Cespe MPU 2010 Técnico) “O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança de gradual retomada do
crescimento do mercado de trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões para esse
estancamento encontram-se no comportamento do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, cujo
desenvolvimento econômico começou a desacelerar — ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão”.
01- No trecho “cujo desenvolvimento econômico (...) expansão”, identifica-se relação de causa e consequência en-
tre a construção sintática destacada com travessão e a oração que a antecede.
(Cespe MPU 2010 Técnico) “Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e traficantes que possam ser encon-
trados em uma rua escura da cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais criminosos causam são
minúsculos quando comparados com os de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho branco e trabalham para as
organizações mais poderosas”.
02- A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas se a oração “que possam ser encontrados em
uma rua escura da cidade” estivesse entre vírgulas.
(Cespe Banco do Brasil 2010) “A rede de atendimento aos “famintos de felicidade” tornou-se um negócio rendoso, e os
usuários, para mantê-la, exigem mais exploração dos que já são superexplorados. Quem vive permanentemente na infe-
licidade não pode olhar o outro como alguém com quem possa ou deva preocupar-se. O sentimento íntimo de quem
padece é de que o mundo lhe deve alguma coisa, e não de que ele deva qualquer coisa ao mundo”.
03- A substituição da preposição “com”, exigida pelo verbo “preocupar-se”, pela preposição “em” preservaria a coe-
rência do texto e o respeito às normas gramaticais.
(Cespe MPU 2010 Analista) “Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do
crescimento econômico e social de um país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem para
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 107
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
sair dos esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações
com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica
para os mais céticos”.
04- O segmento “as quais” remete a “situações” e, por isso, admite a substituição pelo pronome “que”; no entanto,
nesse contexto, tal substituição provocaria ambiguidade.
(Cespe 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele final de década de sessenta, no entanto, o jovem arquiteto interes-
sava-se menos por torres que escalavam os céus do que por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas subter-
râneos da cidade. Em vez de construir, seu projeto era “cortar” edifícios ou “desfazer espaços”. Matta Clark interessava-
se pela situação paradoxal de um contexto urbano em que conviviam modernização e abandono”.
05- As relações gramaticais e textuais em que ocorre a expressão “em que” permitem sua substituição no texto, tanto
por “onde” como por “no qual”, sem se prejudicar a coerência e a correção do texto.
(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “Essa abordagem “objetal” levanta um problema específico no plano da
memória. Não seria ela fundamentalmente reflexiva, como nos inclina a pensar a prevalência da forma pronominal:
lembrar-se de alguma coisa é, de imediato, lembrar-se de si? Entretanto, insistimos em colocar a pergunta “o quê?”
antes da pergunta “quem?”, a despeito da tradição filosófica, cuja tendência foi fazer prevalecer o lado egológico da
experiência mnemônica”.
(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “As tecnologias digitais, segundo Pierre Lévy, “surgiram com a infraestrutu-
ra do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo
mercado da informação e do conhecimento”. O ciberespaço abre caminhos para a cibercultura, pela qual a produção e a
disseminação de informações são pautadas pelo dispositivo de comunicação todos-todos”.
07- A expressão “pela qual” poderia ser corretamente substituída por “por que”, o que conferiria mais clareza ao
texto, já que evitaria repetição — “pela” ( da expressão “pela qual” ) e “pelo” (depois de “pautados”).
08- (TJ Rio de Janeiro 2012) “O restaurante Reis, ......... o poeta era assíduo frequentador, ficava no velho centro do
Rio”.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
(A) de cujo.
(B) em que.
(C) o qual.
(D) no qual.
(E) de que.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 108
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
09- (TRE São Paulo 2012) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
(A) A argumentação na qual se valeu o ministro baseava-se numa analogia em cuja pretendia confundir função técnica
com função política.
(B) As funções para cujo desempenho exige-se alta habilitação jamais caberão a quem se promova apenas pela aclama-
ção do voto.
(C) Para muitos, seria preferível uma escolha baseada no consenso do voto do que a promoção pelo mérito onde nem
todos confiam.
(D) A má reputação de que se imputa ao "assembleísmo" é análoga àquela em que se reveste a "meritocracia".
(E) A convicção de cuja não se afasta o autor do texto é a de que a adoção de um ou outro critério se faça segundo à
natureza do caso.
10- (TRT 11ª Região 2012) Está correto o emprego da expressão sublinhada em:
(A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para bem discriminarmos o sentido das palavras em cujas resida alguma
ambiguidade.
(B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas, pelas quais muitos se contrapuseram por considerá-las discriminató-
rias.
(C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas , com as quais tantos aderiram, instaurou-se um caloroso debate pú-
blico.
(D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas, dessas em que não conta quem vê cada palavra como a expressão de
um único sentido.
(E) Esclarece-nos o texto as acepções da palavra discriminação, pela qual se expressam ações inteiramente divergentes.
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E E C C E E B E
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 109
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
05. Crase
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Raras são as provas que não trazem, direta ou indiretamente, uma
questão sobre o tema Crase. Por isso, prepare-se.
DICA: Lembre-se de que Crase tem tudo a ver com Regência. Ou seja, olho atento no dicionário e nas regências
que nós denominamos de clássicas. De todas as organizadoras, o CESPE é a que, de maneira mais reflexiva e inteligente,
cobra esse assunto. Nessa organizadora, o texto é profundamente decisivo. Às vezes, só pela leitura dá para julgar, de
maneira coerente, uma questão do CESPE.
DICA DE ESTUDO: Procure não se agarrar, devotamente, aos famosos e velhos “bizus” sobre o tema. Pouca gen-
te fala isso, mas “bizus” também falham. Um “bizu” é apenas uma dica, ele não concentra todo o assunto. Portanto, use
“bizus” com muita parcimônia.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, a possibilidade é razoável; para nível médio, no má-
ximo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a possibilidade sobe para duas questões, e o
grau de dificuldade é bem maior do que do médio.
CRASE
ANTES DEPOIS
VTI a + a Substantivo feminino
VTDI a + a Aquilo/ Aquele(a)(s).
Como assim?
ANTES DEPOIS
Vti/Vtdi A a Subs. Fem.
Vti/Vtdi A a -quilo
Vti/Vtdi A a -quele
Vti/Vtdi A a -queles
Vti/Vtdi A a -quela
Vti/Vtdi A a -quelas
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 110
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ou seja, ocorrerá crase sempre que a fonte servidora de preposição for um VTI ou um VTDI, desde que exista um subs-
tantivo feminino ou um pronome demonstrativo que seja iniciado por “a”.
Exemplos:
● A existência de crase se dá porque o termo regente (verbo) fornece a preposição “a” e o substantivo feminino dispo-
nibiliza o artigo definido “a”.
● O fato de o verbo ser transiƟvo direto e indireto moƟva presença da preposição “a”, e o artigo “a” é produto do subs-
tantivo feminino.
Resposta: sempre que uma das fontes fornecedoras de “a” falhar. Abaixo, o ANTES falha. Veja:
Exemplos:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 111
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Quando os substantivos femininos “casa” e “terra” (sentido de bordo) aparecerem SEM especificações.
Exemplos:
b) Mas, se os substantivos femininos “casa” e “terra” (sentido de bordo) aparecerem COM especificações, HAVERÁ
crase.
c) PORÉM, se os substantivos femininos “casa” e “terra” (sentido de bordo) surgirem COM especificações, mas
SEM VTI ou VTDI. NÃO haverá crase.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 112
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) o substantivo feminino estiver no plural, e a preposição “a” surgir sozinha, NÃO haverá crase.
Obs.: Note o profundo tom genérico que toma conta das frases acima. Esse tom ocorre por conta da ausência do arti-
go definido “as”. Sem artigo definido, tudo fica em aberto.
b) o paralelismo sintático não exigir do substantivo feminino o artigo (situação muito rara):
Exemplos:
- O turista foi a parques, tomou sorvete, fotografou montanhas, bebeu cerveja e se dedicou a noitada.
Ou seja,
- O turista foi a Ø parques, tomou Ø sorvete, fotografou Ø montanhas, bebeu Ø cerveja e se dedicou a Ø noitada.
Ou seja,
- O turista foi aos parques, tomou o sorvete, fotografou as montanhas, bebeu a cerveja e se dedicou à noitada.
CASOS FACULTATIVOS
Ex.: Ele disse tudo à minha professora e à tua mãe. (a minha / a tua).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 113
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.: O tresloucado diretor não obedeceu à minha orientação, nem à tua. (A última evidência é obrigatória, pois
o substantivo “orientação” não está explícito).
Ex.: O turista inglês irá até a barraca dos peixes. (até à barraca dos peixes)
Cuidado: para que sejam facultativos, não basta que apenas existam pronomes possessivos femininos, nomes
próprios femininos ou presença de preposição “até”. Se não houver verbos ou nomes que rejam preposição
“a”, é mesmo que nada. Veja:
1- O vento arrastava até as mesas pesadas. (Não é possível usar crase, pois “arrastar” é VTD)
2- O garoto paquerou a Ana Lúcia. (Não é possível usar crase, pois “paquerar” é VTD)
3- O arquiteto projetou a minha varanda com perfeição. (Não é possível usar crase, pois “projetar” é VTD).
CONCLUSÕES INEVITÁVEIS
03- Mesmo que as palavras “aquilo”, “aquele” e “aqueles” sejam masculinas, elas permitem a possibilidade de crase
porque já têm um “a” iniciando sua estrutura.
04- Se você vir um “a” e, imediatamente a ele, um substantivo feminino no plural, não haverá crase.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 114
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Portanto,
Exemplo 02
Exemplo 03
ANTES DEPOIS
Nome a A Subs. Fem.
Nome a A -quilo
Nome a A -quele
Nome a A -queles
Nome a A -quela
Nome a A -quelas
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 115
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Obs.: Veja que as palavras fornecedoras de preposição não são mais os verbos, e sim os NOMES.
CASO ESPECIAL
Exemplo 01:
⇒ A peça de teatro que vi na semana passada é semelhante à que Joana comentou.
⇒ A peça de teatro que vi na semana passada é semelhante à Ø que Joana comentou.
Logo, Ø = peça.
Exemplo 02:
⇒ Suas palavras se comparam às de Carlos Drummond.
⇒ Suas palavras se comparam às Ø de Carlos Drummond.
Logo, Ø = palavras.
às = àquelas.
Exemplo 03:
⇒ Muitas das reivindicações dos sindicatos trabalhistas são semelhantes às da classe patronal.
⇒ Muitas das reivindicações dos sindicatos trabalhistas são semelhantes às Ø da classe patronal.
Logo, Ø = reivindicações.
às = àquelas.
4ª CONDIÇÃO.1
1
Muita atenção porque aqui surge mais uma divergência entre os gramáticos: para Evanildo Bechara, Celso Cunha, Lindley Cintra e Marcelo Rosenthal “locuções
adverbiais femininas regidas de preposição A, por motivo de clareza, devem ocorrer com acento grave”. Essa afirmação foi retirada de Gramática para concursos,
página 375. Fiz essa referência porque existem muitos gramáticos que “inventam” exceções. Dizem, por exemplo, que locuções adverbiais que indicam noção de
instrumento não recebem crase. Veja os exemplos: “Ele escreveu a carta a mão”. Ou “O bandido foi morto a faca pelo comparsa”. Tais gramáticos acreditam que a
crase é desnecessária, uma vez que o entendimento da frase não é comprometido. Nem Sempre: se eu escrevo “Trancou a casa à chave”, entendo que alguém trancou a
casa usando a chave; mas se escrevo “Trancou a casa a chave” posso entender tão-só que a chave trancou a casa. Portanto, não são iguais os sentidos.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 116
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Obs.: Lembre-se de que, nos casos que vamos investigar agora, levar em conta o contexto é fundamental.
1º Momento: é de tradição acentuar o "a" nas locuções femininas para evitar ambiguidades na frase. Veja-
mos:
2- A artista fotografou a noite. (tirou fotos da noite, da lua, das nuvens etc.)
8- Não se mata à fome. (modo como não se deve matar alguém: à míngua, sem comida)
2º Momento: usa-se acento indicativo de crase nas indicações de hora, quando houver precisão (exatidão).
5- À medida que se envolvia com pessoas incautas, começava a ter problemas na família.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 117
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Obs.: Aqui não ocorre presença de acento indicativo, pois não temos mais uma expressão, mas sim apenas subs-
tantivo antecedido de artigo “a”.
5º Momento: não se emprega acento grave em expressões adverbiais cuja primeira palavra for masculina.
Exemplos de outras expressões que podem receber, quando o contexto for favorável, o acento indicativo de
crase apoiados na 4ª possibilidade.
2- Não ocorre acento indicativo de crase antes de pronomes pessoais, demonstrativos, indefinidos, e pronomes
de tratamento iniciados por Vossa.
- Refiro-me a ti.
- Dirigi-me a ela.
- Apresento-o a você.
- Venha a nós o Vosso Reino.
- Respondo a Vossa Senhoria.
- Não me referi a esta carta.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 118
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Obs.: Senhora, Senhorita, Dona e Madame são substantivos e não pronomes de tratamento; logo, permitem o uso de
crase.
4- Quando estiver subentendida a expressão “à moda de” antes de um substantivo masculino, há crase.
- Fiz uma maminha à Alex Atala.
RESUMÃO DE CRASE
- VTI;
- VTDI;
- NOME (substantivos, adjetivos, advérbios).
- substantivos;
- pronomes demonstrativos;
- pronomes relativos.
3º) SOMENTE TRÊS palavras femininas estão impedidas de crase (caso não estejam especificadas), a saber:
- casa;
- terra;
- distância.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 119
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- aquilo;
- aquele;
- aqueles.
EXERCÍCIOS 01
01- CEPSE: “O desinteresse pela política e a descrença no voto são registrados como mera “escolha”, sequer como de-
sobediência civil ou protesto. A consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores,
reduz o peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal”.
( ) Ao se substituir o trecho "aos conservadores" por à parcela inovadora da sociedade, o uso do acento indicativo de
crase será obrigatório.
Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cida-
dania e Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai selecionar e dar visibilidade
__1___ experiências em todo o país que estão contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODM), como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da mortalidade infantil. Os ODM fazem
parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organização das Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__
18 metas sociais até o ano de 2015.
(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República, n. 390, Brasí-
lia, 06 de janeiro de 2006)
a) a – à – à –a – às
b) as – a – a –à – as
c) às – à – a –à – às
d) a – a – a –a – as
e) a – a – a –à – às
04- CESPE: “O Decreto n.º 3.298/1999 considera apoios especiais a orientação, a supervisão e as ajudas técnicas que
auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com
deficiência. Adaptar provas é tornar acessível o seu conteúdo, que é o mesmo para todos os candidatos, de tal forma
que o candidato com deficiência possa se apropriar do inteiro teor das questões formuladas e, ao mesmo tempo, ter
condições de proceder à resposta à formulação”.
( ) O emprego do sinal indicativo de crase, nas duas ocorrências, em “ter condições de proceder à resposta à formula-
ção”, justifica-se pela regência de “proceder”, que exige emprego de preposição “a”, e da presença de artigo definido
feminino precedendo os substantivos “resposta” e “formulação”.
05- FCC: Opção que preenche corretamente as lacunas: “O gerente dirigiu-se ....... sua sala e pôs-se ....... falar ....... todas
as pessoas convocadas”.
a) à, à, à
b) a, à, à
c) à, a, a
d) a, a, à
e) à, a, à
06- CESPE: “Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites
que separavam o público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com
a estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização do público”.
( ) O uso do sinal indicativo da crase em "à privatização" mostra que o conectivo "bem como" introduz um segundo
complemento ao verbo assistir.
GABARITO
01 02 03 04 05 06
V D B F C V
EXERCÍCIOS 02
I- "Ele não quis reconhecer, mas preferia esta vida insossa em casa humilde.......... outra de barão”.
III- "Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer ....... ."
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 121
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
02- Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase:
a) 1, 2 e 3 somente.
b) 1, 3 e 5 somente.
c) 1, 3 e 4 somente.
d) Somente 1.
e) Somente 3.
PADRÃO CESPE: “Segundo preceituam diversos documentos bioéticos, éticos e, em alguns países, até normas legais,
qualquer voluntário tem que ser informado sobre os possíveis riscos que a experiência, à qual será submetido, poderá
acarretar, para somente depois dar seu aceite; porém, se considerarmos o desnivelamento sócio-educacional da popu-
lação, veremos que é no mínimo dúbia a plena capacidade de entendimento dos voluntários sobre a experiência à qual
será submetido”.
04- A ocorrência de crase em à qual (nas duas evidências) ocorre pelas seguintes razões: primeiro, a estrutura será
submetido é fornecedora de preposição A; e, segundo, o pronome relativo a qual, cuja referência é feita à palavra expe-
riência, disponibiliza o artigo A em sua composição original.
05- Ainda sobre a ocorrência de crase do texto acima, é correto afirmar que, caso substituíssemos o conjunto à qual
(também nas duas possibilidades) por à que os sentido bem como a correção gramatical seriam mantidos.
GABARITO
1 2 3 4 5
C B B V F
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 122
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS 03
01- CESPE: “A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), deve
assumir a missão de centralizar, processar e distribuir dados e informações estratégicas para municiar os órgãos policiais
(federais, estaduais e municipais) nas ações de combate ao crime organizado. Além disso, a ABIN é responsável por
manter contato com os serviços de inteligência parceiros, para favorecer a troca de informações e a cooperação multila-
teral”.
( ) A substituição da expressão "ao crime organizado" por à criminalidade alteraria o sentido original do texto, mas
não prejudicaria a correção gramatical do período.
02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência entre democracias e serviços de inteligência exigem a criação de
mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”.
( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os dilemas inerentes à convivência" não é obrigatório.
03- CESPE: “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por seus produtos provavel-
mente custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América
durante uma década inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais mortes
do que essas”.
( ) No segmento "quanto as destruídas" o emprego do acento grave é facultativo, visto que o termo "quanto" rege
complemento com ou sem a preposição “a”.
04- CESPE: “Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto: a caracterização dos grupos em função de sua repre-
sentação social. Isto quer dizer que é possível definir os contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir um grupo de outro
pelo estudo das representações partilhadas por seus membros sobre um dado objeto social. Graças a essa reciprocidade
entre uma coletividade e sua teoria, esta é um atributo fundamental na definição de um grupo”.
( ) Já que a estrutura sintática exige a preposição “a”, a ausência de sinal indicativo da crase em "a essa reciproci-
dade" mostra que, por causa da presença do pronome demonstrativo "essa", o artigo não é aí usado.
05- FCC: Leia atentamente as orações abaixo e, em seguida, faça o que se pede:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 123
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
06- CESGRANRIO: Na frase: "O pacote econômico tende a satisfazer as exigências do mercado", substituindo-se satisfa-
zer por satisfação, tem-se a forma correta:
07- FCC: “Uma floresta secundária apresenta, segundo estudo recente, biodiversidade semelhante ...... da floresta origi-
nal, embora haja especialistas que contestam o fato de que as matas de segunda geração evoluam de modo ...... garan-
tir as condições ideais de sobrevivência ...... cada uma das espécies”.
a) a - à - à
b) à - a - à
c) à - a - a
d) a - à - a
e) à - à - a
Obs.: O detalhe dessa questão é lembrar que crase pode ocorrer em palavras elididas (ou seja, apagadas).
08- FCC: Os objetivos ...... que se propunham os idealizadores da Declaração dos Direitos Humanos referiam-se ...... cria-
ção de situações favoráveis de vida ...... mais diversas populações do planeta.
a) a - a - às
b) à - à – as
c) à - à – às
d) à - a - as
e) a - à – às
Obs.: Lembre-se de que adjetivos não neutralizam crase. Tipo: “Eu fui à mais antiga praia da cidade”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 124
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
(E) A comunidade dos justos assiste à obrigação de dar combate à tal ousadia.
Obs.: O detalhe dessa questão baseia-se no fato de que “tal” é um pronome indefinido. Não ocorre crase diante de pro-
nomes indefinidos.
10- ESAF: Marque o item que preenche de forma correta as lacunas do texto seguinte:
“Institucionalizada ___ partir das lutas antiabsolutistas, no século 18, e da expansão dos movimentos constitucionalis-
tas, no século 19, ___ democracia representativa foi consolidada ao longo de um processo histórico marcado pelo reco-
nhecimento de três gerações de direitos humanos: os relativos ___ cidadania civil e política, os relativos ___ cidadania
social e econômica e os relativos ___ cidadania "pós-material", que se caracterizam pelo direito ___ qualidade de vida,
___ um meio ambiente saudável, ___ tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença e da subjetivida-
de”.
a) a, à, à, a, à, à, a, a
b) a, a, à, à, à, à, a, à
c) à, a, a, à, à, a, a, à
d) à, a, a, à, à, à, a, à
e) a, à, à, a, à, à, a, à
Obs.: Uma boa leitura, entendendo o conjunto das ideias, resolve suas dúvidas.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
V F F V D E C E D B
EXERCÍCIOS 04
01- CESPE: “E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares ─ 3% do total das propriedades rurais do Brasil ─ ocu-
pam 57% agriculturáveis, 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera de chão para plantar”.
( ) O emprego do sinal indicativo de crase na expressão "à espera" é obrigatório; portanto, sua retirada acarretaria
prejuízo ao sentido do texto.
Obs.: Mesmo que você não perceba, quando se retira acendo grave de expressões como “à vontade” ou “às vezes” os
sentidos serão alterados ou danificados.
02. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave indicativo de crase:
03- Observe as alternativas e assinale a que não contiver erro em relação à crase:
Obs.: Se você vir uma “a” e, depois, uma palavra feminina no plural, nunca haverá crase. Lembre-se!
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 126
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
07- Assinale a frase que pode ser completada por Há - a - à, nessa ordem:
a) ....... tempos não ....... via, mas sempre estive ....... espera de um encontro.
b) Aqui, ....... beira do rio, ....... muitos anos, existiu ....... casa-grande do engenho.
c) Em resposta ....... essa solicitação, só posso dizer que não ....... vaga ........ disposição.
d) Fiz ver, ....... quem de direito, que não ....... possibilidades de atender ....... solicitação.
e) ....... esperança de obtermos, ....... custa de muito empenho, ....... vaga de segurança.
Obs.: “Haver” pode assumir valor de “existir” e de “fazer”, indicando tempo decorrido (ou seja, tempo passado).
09- Preencha a sequência da melhor forma possível. “O fenômeno ....... que aludi é visível ....... noite e ....... olho nu”.
a) a - a - a
b) a - à - à
c) a - à - a
d) à - a - à
e) à - à – a
11- Assinale a frase na qual a palavra não deve receber o acento indicativo de crase:
Obs.: Note que, antes de “da” (item d) e “que” (item e) notam-se as respectivas palavras subentendidas “reivindicações”
e “pauta” (ambas femininas).
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
V D C D B A A A C D B
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 127
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Exercícios 05
01- CESPE: “A tintura do alecrim-pimenta é um medicamento fitoterápico, ou seja, produzido exclusivamente de maté-
ria-prima ativa vegetal. O líquido, obtido após a maceração das folhas e o descanso em uma solução com álcool, é indi-
cado para muitas aflições”.
( ) A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho "após a maceração" fosse empregado acento indica-
tivo de crase, dado que a expressão nominal está antecedida da palavra "após", a qual faculta o uso desse acento.
02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência entre democracias e serviços de inteligência exigem a criação de
mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”.
( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os dilemas inerentes à convivência" não é obrigatório.
03- PADRÃO CESPE: “Em dezembro de 2010, no auge da perseguição ao Wikileaks, os EUA conseguiram tirá-lo do ar. O
site acabou voltando, mas, motivado por esse episódio, um grupo de hackers e piratas quer tomar uma medida radical:
criar uma rede alternativa, que seria imune às autoridades. O projeto é encabeçado pelo sueco Peter Sunde, que tem
motivos para isso - é dono do site Pirate Bay, que vive na mira da polícia”.
a) Uma maneira correta de reescrever a estrutura “...quer tomar uma medida radical:...” seria da seguinte forma:
“...quer tomar à medida radical de...”.
b) A ocorrência de crase na estrutura “às autoridades” é, conforme as regras gramaticais, facultativa e, por isso, poderí-
amos escrevê-la assim: “a autoridades”.
c) A ocorrência de crase em “às autoridades” é obrigatória porque a estrutura verbal reclama a presença de preposição
e “autoridades” é substantivo feminino que aceita artigo “as”.
d) Caso substituíssemos a expressão “na mira da polícia” por “à mercê da polícia”, as regras gramaticais seriam respei-
tadas bem como os sentidos originais seriam preservados.
e) Embora os sentidos fossem levemente alterados (sem que houvesse prejuízo ao texto), seria correto gramaticalmente
escrever “a autoridades” no lugar de “às autoridades”.
Obs.: Volte aos casos facultativos e confirme quais elementos gramaticais permitem uso ou não de crase.
04- PADRÃO CESPE: “Segundo o inglês Jack Challoner, autor de diversos livros sobre história da ciência, entre eles 1.001
invenções que mudaram o mundo (Sextante), recém-lançado no Brasil, embora toda invenção tenha a sua importância,
algumas mudaram mais os rumos do mundo por serem essenciais em momentos específicos. “Se você estiver no ba-
nheiro e precisa se limpar, o motor a vapor ou a roda não tem a mínima importância. Naquele momento, a maior inven-
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 128
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
ção do mundo é o papel higiênico, algo bem mais simples”, exemplifica o escritor em entrevista ao Correio.
A análise de Challoner mostra que não é porque algo foi criado há muito tempo e seu uso acabou extremamente banali-
zado que ele deixa de ser importante. A cola, ele lembra, foi desenvolvida pelos egípcios há cerca de 6 mil anos.
(...)
As primeiras versões, feitas à base de cera de abelha, serviam para colar as tábuas dos barcos. “Os humanos inventam
coisas há milhares de anos, e as espécies anteriores ao homem, há mais tempo ainda. Mesmo assim, ao pensarmos em
invenções, logo imaginamos realizações do último século”, afirma Challoner. “Isso acontece porque o mundo muda mui-
to mais rápido do que antes. As novas invenções chamam mais a atenção do que aquilo que foi feito há séculos”, com-
pleta”.
a) O uso de acento indicado de crase em “a”, antes de “sua” é facultativo, já que existe a presença de pronome posses-
sivo feminino.
b) As expressões “a vapor” e “a roda” não recebem acento indicador de crase por tratarem de expressões gramaticais
cuja classificação é igual à que surge na frase a seguir: “O petroleiro cheirava a gás”.
c) O uso de acento grave na expressão “à base de” justifica-se pela mesma razão que ocorre tal fenômeno na sentença a
seguir: “Aquela criança está à margem da civilidade humana”.
d) O verbo “há”, depois de “coisas”, poderia ser substituído por “à cerca de” sem que a correção gramatical bem como
os sentidos textuais fossem comprometidos.
Obs.: Adjuntos adverbiais (que se relacionam com verbos, adjetivos e até advérbios) são diferentes de adjuntos adno-
minais (que se relacionam com substantivos).
GABARITO
01 02 03 04
F F E C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 129
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Para um concurseiro, entender os termos da oração é fundamental. Eles são decisivos para o entendimento das rela-
ções sintáticas e, muitas vezes, influenciam até na intepretação dos enunciados.
As bancas gostam de pedir o seguinte em relação aos termos da oração:
01- Essenciais:
- Sujeito.
- Predicado.
02-Termos integrantes:
- Objeto direto.
- Objeto indireto.
- Complemento nominal.
- Agente da passiva.
03-Termos acessórios:
- Adjunto adnominal.
- Adjunto adverbial.
- Aposto.
- Vocativo.
Termos essenciais
Sujeito
Palavra ou expressão que pratica, sofre ou pratica e sofre (ao mesmo tempo) a ação verbal. O sujeito pode também
simplesmente receber uma qualidade, sem desenvolver ação verbal alguma.
a) Simples.
Quando possui apenas um núcleo (geralmente um substantivo). Esse núcleo traz a ideia principal do sujeito:
Ex.:
- O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais é necessário tanto para as atividades artísticas como para as científi-
cas.
b) Composto.
Ex.:
- Os crimes de estelionato e o tráfico de drogas exigiram mais atenção das autoridades.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 130
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Neste caso, sabemos que ele existe, porém não está explícito na oração. A forma pela qual o reconhecemos é pela
terminação verbal (desinência).
Ex.:
d) Indeterminado.
Quando ele não está expresso e não podemos reconhecê-lo nem pela terminação do verbo e nem pela identificação
dos elementos aos quais o predicado se refere.
1º) Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, sem que se notem antecedentes no texto:
Obs.: Na sentença a seguir, note que o sujeito não é indeterminado, mas sim subentendido.
- Muitos policiais aderiram à greve da última semana. Devem, provavelmente, exigir melhores condições de trabalho.
2º) Quando o verbo (VTI, VI ou VL) está na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome “se”, funcionando
como índice de indeterminação do sujeito:
Ocorre quando simplesmente não existe um elemento ao qual o predicado se refere. Especificamente neste caso, há
regras mais complexas que o determinam:
i- Verbos que indicam fenômenos da natureza, como: nevar, chover, trovejar, relampejar (raramente acionados).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 131
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Tempo decorrido:
Razão: o verbo “fazer” indicando tempo decorrido NUNCA vai para o plural.
Quando o sujeito é formado por uma estrutura verbal. Trata-se de uma oração subordinada substantiva subjetiva ou
de uma oração reduzida de infinitivo.
O PREDICADO
Os predicados contêm necessariamente um verbo, mas seu núcleo pode ser um verbo, um nome, ou pode ser formado
por um verbo e um nome. De acordo com o tipo de núcleo os predicados se classificam em:
Ex.:
b) Predicado nominal é aquele que tem como núcleo um nome, uma forma verbal (substantivo, adjetivo, locução
adjetiva). Tipo de predicado em que ocorre verbo de ligação e predicativo do sujeito.
Ex.:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 132
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.:
02-Termos integrantes
Objeto direto: complemento verbal (geralmente não preposicionado) que estabiliza a carência semântica do verbo.
Ex.:
Esse objeto é pouco conhecido. Ele só é utilizado quando se deseja valorizar muito o objeto direto por algumas razões
específicas, a saber: ambiguidade, ideologia ou extração de sentido.
Também conhecido como objeto direto enfático, ele repete o complemento, só que na forma pronominal.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 133
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Objeto indireto: complemento (sempre preposicionado) que estabiliza a carência semântica do verbo.
Ex.:
Também conhecido como objeto indireto enfático, ele repete o complemento, só que na forma pronominal.
Ex.:
- A mim, o médico me falou tudo.
- Dos filhos, o pai nunca discordava deles.
Complemento nominal
Elemento (sempre preposicionado) que estabiliza os sentidos de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Ex.:
- Este medicamento é compatível com aquela erva medicinal.
- O combate à dengue começa na casa de cada brasileiro.
- O pai tem orgulho da filha.
Agente da passiva
Termo que representa quem pratica a ação verbal na voz passiva. É sempre preposicionado.
Ex.:
- O livro foi descrito pelo crítico.
(Na voz ativa: O crítico descreveu o livro)
- Os assuntos vêm sendo discutidos pela população.
(Na voz ativa: A população vem discutindo os assuntos)
- Os brasileiros são cercados de “impostos vampiros”.
(Na voz ativa: “Impostos vampiros” cercam os brasileiros)
Termos acessórios
Os termos acessórios da oração são aqueles considerados dispensáveis, porém necessários, em alguns contextos, para o
entendimento daquilo que é enunciado. Além de serem termos de função secundária, os termos acessórios são respon-
sáveis por caracterizar um ser, determinar os substantivos e exprimir alguma circunstância. Os termos acessórios são os
seguintes: adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. Apesar de o vocativo ser um termo independente, ele
está presente neste artigo.
Resumindo
Termos acessórios da oração:
- Adjunto adnominal.
- Adjunto adverbial.
- Aposto.
- Vocativo (com ressalvas).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 134
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
ADJUNTO ADNOMINAL
Termo acessório cujo objetivo é apoiar os substantivos, determinando-os, especificando-os e/ou adjetivando-os. As
classes de palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivos, locuções adjetivas, prono-
mes, numerais e artigos. Ele é uma expressão que acompanha um ou mais nomes, conferindo-lhe um atributo. Trata-se,
portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere.
Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão complemento/adjunto.
No entanto, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir esses dois termos.
Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o complemento nominal e o adjunto
adnominal.
PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a adjetivos e a advérbios; o adjunto se
liga a substantivos, que podem ser abstratos ou concretos.
SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que
se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele.
TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica posse.
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga exclusivamente a substantivos
abstratos.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 135
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o adjunto não.
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor.
ADJUNTO ADVERBIAL
O adjunto adverbial é um termo acessório da oração que obrigatoriamente exprime valor circunstancial, podendo mo-
dificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio. Pode vir preposicionado ou não.
O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um verbo intransitivo, de sen-
tido pleno, que no caso é o verbo "chover".
O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado.
Exemplo 3: Aquele foi um planejamento tão criteriosamente estudado! - Adjunto Adverbial de intensidade.
- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto, em casa, no cinema).
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -mente).
- CAUSA
- FINALIDADE
- INSTRUMENTO
- COMPANHIA
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 137
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.)
APOSTO
Serve para explicar, esclarecer, elucidar, discriminar ou mesmo enumerar um termo que venha antes ou depois. Nesta
função, os sinais gráficos, na maioria das vezes, são decisivos.
Aposto explicativo
Aposto enumerativo
Exemplo:
Aposto especificativo
Exemplo:
Aposto oracional
Exemplo:
Exemplo:
• Trocar fraldas, amamentar, colocar para dormir, acordar à noite, tudo exige paciência.
• Vento, chuva, neve, nada o impediu de cumprir sua missão.
VOCATIVO
É o nome do termo sintático que serve para nomear um interlocutor a que se dirige a palavra ( chama a atenção da fra-
se).
Exemplos
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 139
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Raras são as provas que não trazem uma questão sobre o tema
Concordância Verbal. Atenção!
DICA: Não é possível estudar Concordância Verbal sem saber a classificação de todos os tipos de sujeito. Perce-
ba que, ao encontrar o sujeito do período ou do parágrafo, você fica muito perto de acertar a flexão do verbo. Por isso,
sugiro que comecemos essa jornada pelo tema Sujeito.
DICA DE ESTUDO: As regras são muitas, mas você não precisa tentar memorizar todas. Algumas são muito restri-
tas ao universo do vestibular ou são comuns apenas a textos literários, os quais figuram menos nas provas.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, a possibilidade é razoável (uma questão); para nível
médio, no mínimo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e, para nível superior, a possibilidade é igual à do nível
médio, o grau de dificuldade é que será maior.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
Concordância Verbal
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
Como a concordância verbal baseia-se essencialmente na relação Sujeito-Verbo, apresento como proposta de melhor
compreensão desse assunto a troca do sujeito (que pode vir explicitamente, como também bastante disfarçado) pelos
seguintes pronomes pessoais:
Eu
Tu
Ele/a
Nós
Vós
Eles/as
A ideia é, depois de localizado o sujeito, tentar ver por qual desses pronomes ele pode ser substituído. Feita essa confe-
rência, ajuste o sujeito (ou o pronome) à sua devida flexão verbal.
- Obras de contenção de encosta, treinamento de voluntários, monitoramento da aproximação das chuvas, medição do
índice pluviométrico por área das cidades e cálculo do grau de saturação do solo encharcado (prevendo-se o risco de
deslizamento) estão entre as medidas que reduziram o número de mortes e de desabrigados em Belo Horizonte e no
Rio de Janeiro
Trocaremos o sujeito “Obras de contenção de encosta, treinamento de voluntários, monitoramento da aproximação das
chuvas, medição do índice pluviométrico por área das cidades, cálculo do grau de saturação do solo encharcado (pre-
vendo-se o risco de deslizamento)” por “Eles” (3ª pessoa do plural); daí o verbo ter que ir também, obrigatoriamente,
para o plural.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 140
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
E em:
- A União, após realizar levantamentos em determinada área do pantanal mato-grossense, editou decreto expropriató-
rio de uma fazenda ali situada.
Trocaremos o sujeito “A União” por “Ela” (3ª pessoa do singular); daí o verbo ter que ir, obrigatoriamente, para o
singular.
• 1º. Caso:
Quando o sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para o plural.
Obs.: quando os núcleos são palavras sinônimas, é permitido o uso do singular por se entender que ambos são, na
verdade, apenas um.
Ex.:
2º Caso:
Quando os núcleos do sujeito composto vierem resumidos por tudo, todos, nada, alguém ou ninguém, o verbo concor-
dará com a palavra resumidora.
Ex.:
3º. Caso:
Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para o plural ou concordará apenas com o nú-
cleo do sujeito que estiver mais próximo.
Ex.:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 141
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Criticou-se o jornal.
Então:
- Questionou-se a vitória do Brasil, a expulsão do jogador adversário e a demora para o início da partida.
- Questionaram-se a vitória do Brasil, a expulsão do jogador adversário e a demora para o início da partida.
Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção “Ou”, o verbo ficará no singular se houver ideia de exclu-
são. Se houver ideia de inclusão o verbo irá para o plural.
Ex.:
CONDIÇÃO ESPECIAL
Para termos que indiquem ideia partitiva ou fracionária, quando possuírem adjunto adnominal pluralizado, admitirão
que o verbo vá para o plural ou fique no singular.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 142
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.:
Ex.:.
Caso não haja adjunto no plural, a concordância se dará normalmente com o número percentual.
Ex.:
Ex.:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 143
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
CONCORDÂNCIAS PROBLEMÁTICAS
Considero problemáticas porque essas concordâncias não são consensuais entre os gramáticos. Abram-se dez
manuais e você notará divergências, senão pouca clareza nas definições. Nesses casos, expressões conjuntivas
ou mesmo preposições NORMALMENTE ou PREFERENCIALMENTE aparecem com muita frequência conduzindo a
regra, o que revela a total insegurança dos próprios legisladores. O que podemos fazer é torcer para que tais
concordâncias não apareçam em nossos concursos. Mas, se aparecerem, siga a linha do que NORMALMENTE
costuma acontecer.
Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por uma série aditiva enfática (não só...mas também; tan-
to...quanto; não só...como também etc.), o verbo vai, NORMALMENTE, para o plural.
Ex.:
Essas explicações evitavam que o desembargador com os seus velhos amigos interrogassem os primeiros suspeitos.
O rei, com toda a sua corte, estava satisfeito por tudo que ocorria no castelo.
Quando o sujeito for ligado pela série aditiva nem..nem, o verbo pode ir, NORMALMENTE, para o plural ou ficar
no singular.
Ex.: É difícil entender que nem o respeito nem o amor comoviam (comovia) o ator.
Mas cuidado!!!
Se o sujeito for constituído por nem um nem outro, o verbo fica, NORMALMENTE, no singular.
Entretanto, o verbo Ser pode, em vez de concordar como o sujeito, concordar como o seu predicativo.
INFORMAÇÃO BASE
A regra da prevalência
Ex.:
Ex.:
Ex.:
- Sua roupa eram alguns trapos.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 145
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Quando aparecerem os pronomes isto, isso, aquilo, tudo, ninguém, nenhum ou expressão de valor coletivo, como o
resto ou o mais.
Exemplos:
- Tudo eram alegrias e cânticos.
- Isso são mentiras.
Veja que ele falou muita coisa importante; o resto foram bobagens de homem apaixonado.
b) Quando o sujeito for formado pelos pronomes interrogativos que, quem ou o que.
Exemplos:
- Que são essas cartas?
- O que são atos éticos?
- Quem eram os convidados?
- Não sei quem são os vencedores. (Veja que aqui há uma interrogação indireta).
Exemplos:
- São dez horas.
- Hoje são 15 de novembro.
Obs.: Aqui também se permite a forma “Hoje é dia 15 de novembro” e “Hoje é 15 de novembro”, quando, neste último
caso, a palavra “dia” estará implícita.
d) Quando o verbo “Ser” for usado nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto e o sujeito for representado por
termo no plural que denote preço, medida ou quantidade.
Exemplos:
- Oitenta mil reais é pouco para quem quer mudar radicalmente de vida.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 146
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Quando os pronomes pessoais do caso reto representarem o sujeito, você terá dois caminhos, a saber:
b) Se o “Tu” fizer parte do sujeito (sem que exista o “Eu”), concorde com “Vós” (menos usual) ou com “Eles/as”
(mais usual).
CONCORDÂNCIAS ESPECIAIS
Com a expressão "Um dos que" ou "Uma das que" o verbo ficará no singular ou no plural (preferível). Por isso, o
plural é construção dominante.
Mas, cuidado!!!
A estrutura “Um dos” só admite a concordância do verbo no singular por uma questão semântica. Veja: quando
se diz “Ricardo foi um dos que fez o exercício”, não só Ricardo fez o exercício, como os outros também o fizeram. Po-
rém, quando se informa: “Um dos alunos fez o exercício”, está claro que apenas um fez o exercício, os outros não.
Quando o sujeito for constituído das expressões aproximativas "mais de", "menos de", "cerca de" o verbo concordará
com o numeral que segue as expressões.
Ex.:
Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará com ele. Se esses pronomes
estiverem no plural, o verbo concordará com ele ou com o pronome pessoal. As expressões mais utilizas são: Quais de
nós; qual de vós, Alguns de nós, Muitos de vós, Poucos deles; Poucos de nós, Qual deles etc.
Ex.:
Não esqueça!!!
Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no singular ou poderá ir para o plural.
Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o antecedente deste pronome.
Ex.:
Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com o antecedente ou ficará na 3º
pessoa do singular concordando com o sujeito “quem”.
Ex.:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 148
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de artigo, o verbo ficará no singular;
se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá para o plural.
Ex.:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 149
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.:
Não esqueça:
- Também fica na 3ª pessoa de singular o verbo auxiliar que se põe junto a um verbo impessoal formando uma locução
verbal.
VERBO EXISTIR
Ex.: Devem existir crianças na fila. (O verbo auxiliar de um verbo pessoal concordará com o sujeito).
Com os verbos "dar", "bater", "soar", se aparecer o sujeito "relógio", ou qualquer objeto que indique a quantidade de
horas, a concordância se fará com ele; se não aparecer com o sujeito "relógio" a concordância se fará com o número de
horas.
Ex.:
2
Entenderemos verbos impessoais aqueles que não nos autorizam as conjugações verbais. Também podemos perceber que uma pessoa não pode
realizar ações do tipo Chover, Trovejar, haver etc.
3
O verbo EXISTIR é pessoal porque pode ser conjugado perfeitamente em todas as pessoas.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 150
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
A) Quando "se" funcionar como Partícula Apassivadora (P.A)4 o verbo concordará normalmente com o sujeito da ora-
ção.
Ex.:
- Pintou-se o carro.
- Devem-se resolver os problemas do banco.
- Alugam-se casas.
- Pode-se falar a verdade aos alunos.
Obs.: A palavra “se” será pronome apassivador sempre que o verbo associado a ela for transitivo direto ou bitransitivo.
B) Quando o "se" funcionar como Índice de Indeterminação do Sujeito (I.I.S) o verbo ficará, sempre, na 3º pessoa do
singular.
Ex.:
- Precisa-se de secretária.
- Estuda-se muito aqui.
- Gosta-se de carnaval.
- Era-se feliz na infância.
Obs.: A palavra “se” será índice de indeterminação do sujeito sempre que o verbo associado a ela for transitivo indireto,
intransitivo ou de ligação.
4
Essa classificação existe pela seguinte razão: a frase “Escrevem-se cartas de amor” (voz passiva sintética) pode ser transposta para a forma analíti-
ca, mas sem a presença do agente da passiva: “Cartas de amor são escritas”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 151
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
01- Na oração "Há vinte meses que o Decreto foi revogado", a forma verbal "Há" poderia ser corretamente substituída
por Faziam.
02- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida regra de concordância nominal, visto que o adjetivo "anexa"
está no feminino para concordar com a expressão no feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujeito da
oração.
03- “Estudos e o senso comum mostram que a carga genética exerce forte influência nas características pessoais às
quais damos o nome de talento”.
► A flexão de plural em "mostram" deve-se à concordância com o sujeito composto por dois termos; se qualquer um
desses termos fosse retirado, o verbo deveria ir para o singular para que as regras de concordância da norma culta fos-
sem respeitadas.
04- “ Da combinação entre velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade surge a noção contemporânea
de agilidade, transformada em principal característica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando lugar
comum, se não na vida prática das organizações, pelo menos nos discursos. Empresas, governos, universidades,
exércitos e indivíduos querem ser ágeis”.
►A forma verbal "surge" poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser flexionada no plural, para concordar com
"velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade".
05- “Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão cedo. Os meus pupilos não são os solá-
rios de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume
das nações seculares”.
► A forma verbal "formam" está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com a ideia de coletividade que
a palavra "povo" expressa.
06- “A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a perder fôlego. A reação dos indica-
dores de atividade na zona do euro, que já não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos ana-
listas aposta que a economia americana perderá força no segundo semestre”.
► Se o verbo da oração "mas a maioria dos analistas aposta" estivesse flexionado no plural - apostam -, o período esta-
ria incorreto, visto que, de acordo com a prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa natureza,
deve ser feita com o termo "maioria".
07- “Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um as-
pecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses soci-
ais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das
ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais
e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual
do humano”.
► Na concordância com "cada uma das ideologias", a flexão de plural em "fundamentam" reforça a ideia de pluralidade
de "ideologias"; mas estaria gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar "cada uma", empregando-se o
referido verbo no singular.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 152
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
08- “O movimento da vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a ocorrer em ritmo quase esquizo-
frênico, determinando os valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela efemeridade. Como tentativas de
acompanhar essa velocidade vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade hipermoderna, surge a
flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações interpessoais”.
► A forma verbal "surge" está flexionada no singular porque estabelece relação de concordância com o conjunto das
ideias que compõem a oração anterior.
10- “Em consonância com essa visão do desenvolvimento, a expansão da capacidade humana pode ser descrita como a
característica central do desenvolvimento. O conceito de “capacidade” de uma pessoa pode ser encontrado em
Aristóteles, para quem a vida de um indivíduo pode ser vista como uma sequência de coisas que ele faz e que cons-
tituem uma sucessão de funcionamentos. A capacidade refere-se às combinações alternativas de funcionamentos a
partir das quais uma pessoa pode escolher”.
► A flexão de plural em "constituem" mostra que o pronome "que" (anterior ao verbo) concorda em número com "coi-
sas"; mas seria igualmente correto e coerente usar-se aí a flexão de singular, constitui, caso em que o pronome concor-
daria com "sequência".
10- “Entre outros exemplos, citemos a formação da consciência moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos
numa dada civilização, ou o dinheiro e tempo. A cada um deles correspondem maneiras pessoais de agir e sentir,
um habitus social que o indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade”.
► A flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela concordância, se estabelece a coesão com "maneiras"; mas
seria igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com "cada um", enfatizando este termo pelo uso do verbo no
singular: corresponde.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E E E E E E C E
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 02
(Padrão CESPE)
TEXTO I
“Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo
em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia. Para ser democrático, deve contar, a partir das
relações de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos
claros”.
01- O desenvolvimento das ideias demonstra que a flexão de singular em “deve” estabelece relações de coesão e de
concordância gramatical com o termo “democracia”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 153
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
TEXTO II
“O governo garante que não faltarão recursos para as obras de infraestrutura. As favelas ocupadas dispunham de cerca
de 827 milhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento para obras de saneamento e outras intervenções
urbanas. Também foram anunciados a construção de 19 escolas, obras de contenção de encostas e um programa habi-
tacional orçado em 144 milhões de reais, entre outras medidas”.
02- A substituição de “foram anunciados” por “foi anunciado” manteria a correção gramatical do texto.
TEXTO III
“Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da acessibilidade, degradação das condições ambi-
entais e altos índices de acidentes de trânsito já constituem problemas graves em muitas cidades brasileiras”.
03- A forma verbal “constituem” está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com “problemas graves”.
TEXTO IV
“Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes cidades brasileiras, esse resultado expõe as
fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que privilegia o transporte motorizado individual, preju-
dica a mobilidade e até a produtividade das pessoas. O carro, no entanto, não é o único vilão”.
04- O trecho “o transporte motorizado individual” poderia, sem prejuízo à coerência da argumentação, ser substituído
por os transportes motorizados individuais; contudo, para se preservar a correção gramatical do texto, seria ne-
cessário flexionar a forma verbal “prejudica” na terceira pessoa do plural, escrevendo-se prejudicam.
TEXTO V
“A Bike será, quando entrar em linha de montagem, uma sucessora do Fusca. Tem a mesma conjugação de linhas cur-
vas. Encarna a próxima geração do meio de transporte ao mesmo tempo racional, popular e simpático. Como tal, apre-
sentou-se oficialmente ao público, semanas atrás, em uma feira de automóveis na China.
Ela é elétrica. Carrega-se até em bateria de automóvel. Dobrável como um contorcionista de circo, cabe no comparti-
mento do estepe, no fundo do porta-malas”.
05- Preservam-se a correção gramatical e as relações de coerência entre os argumentos do texto ao se inserir a forma
verbal “É” no período sintático iniciado por “Dobrável”, escrevendo-se “É dobrável”.
TEXTO VI
“A evidência surgiu com a análise das informações colhidas pela sonda Lcross da agência espacial norte-americana. Os
cientistas apresentam quatro hipóteses para explicar a presença de água na Lua. Ela pode ter chegado ao satélite a bor-
do de cometas, astros formados por gelo e poeira”.
06- A substituição de “apresentam” por “têm apresentado” mantém a correção gramatical do texto.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 154
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
TEXTO VII
“O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica,
com destaque para a psicanálise”.
TEXTO VIII
“Durante a realização das provas, o chefe da sala, verificando que Roberto não tinha condições para a escrita cursiva,
solicitou a presença do coordenador para orientá-lo quanto à exigência dos procedimentos de identificação desse can-
didato. O coordenador orientou-o, dizendo que a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar em branco,
sem a assinatura do candidato e sem a transcrição da frase, e que a ocorrência deveria ser relatada na ata de sala”.
08- Estaria mantida a correção gramatical do texto se, em “a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar
em branco” , a forma verbal “poderiam” fosse substituída pelo singular poderia, estabelecendo-se a concordância
com o termo mais próximo.
TEXTO IX
Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado,
aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 km², destruída.
09- Preserva-se a correção gramatical do período substituindo-se a forma verbal “estão” pelo singular “está”.
TEXTO X
“Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio,
com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes. Entre elas, destacam-se a limi-
tação da jornada diária para seis horas, a obrigatoriedade de pagamento do auxílio-transporte, a concessão do recesso
obrigatório de 30 dias após um ano de estágio e o limite máximo de dois anos de permanência em uma mesma empre-
sa”.
10- A concordância verbal permaneceria igualmente correta se, em lugar de “destacam-se”, fosse empregada a forma
“destaca-se”.
TEXTO XI
“Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade
dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados.
Ainda assim, só um em cada dois norte americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de
evolução”.
13- Levando-se em conta o contexto, o verbo “acredita” poderia concordar com a ideia de plural que a frase dá a en-
tender que exista, escrevendo-se “acreditam”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 155
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E E C C E E C C
11 12 13
E E E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03
(padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH)
01. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:
04- Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em:
06- Indique o único segmento que apresenta concordância verbal condizente com as normas do português padrão:
a) O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais são necessários tanto para as atividades artísticas como para
as científicas.
b) As diferentes divisões e subdivisões a que se submetem a área de ciências humanas provocam uma indesejá-
vel pulverização de domínios do conhecimento.
c) Normalmente, a aplicação de métodos quantitativos e exatos acaba por distorcer as linhas de raciocínio em ci-
ências humanas.
d) Uma das premissas básicas do conjunto de assunções teóricas e epistemológicas do trabalho que ora vêm a
lume é a concepção da Arte como uma entre as muitas formas por meio das quais o conhecimento humano se
expressa.
e) Não existem fórmulas precisas ou exatas para avaliar uma obra de arte, não existe um padrão de medida ou
quantificação, tampouco podem haver modelos rígidos pré-estabelecidos.
12- É provável que ....... vagas na academia, mas não ....... pessoas interessadas: são muitas as formalidades a .......
cumpridas.
13- Complete as lacunas: ........ de exigências! Ou será que não ....... os sacrifícios que ....... por sua causa?
Gabarito
01 02 03 04 05 06 07
C D D D B C D
08 09 10 11 12 13
C D C D C A
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 04
(padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH)
01- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância verbal.
( ) Surgiu, na semana do evento, um novo problema, dois processos e duas críticas construtivas.
( ) Surgiram, na semana do evento, um novo problema, dois processos e duas críticas construtivas.
( ) O homem do campo e da cidade mantém diferenças flagrantes entre si.
( ) Os povos andinos e sua cultura, assim diz a tradição, contém muita riqueza.
02- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância verbal.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 158
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) I–C–C─C
b) I – C – I─ C
c) C–I–C─C
d) C – I – I─ I
e) C – C – I─ I
03- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua.
08- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 159
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
09- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua.
Substituindo-se em I o verbo “haver” por “existir” e em II o verbo existir por haver, a sequência correta é
11- De acordo com a norma, o verbo pode ficar, indiferentemente, no singular ou no plural na frase da alternativa
12- Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho “’Dos entrevistados, 84% afirmaram sentir raiva enquanto
dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência cometiam mais erros e
eram mais agressivas’, diz Cláudia.” mantém a correção gramatical e não compromete o sentido original.
a) A maioria dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas mais experientes na condução
de veículos automotivos cometem mais erros e são mais agressivas.
b) 84% dos entrevistados afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas, que tinham mais tempo de habi-
litação e dirigiam com maior frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas.
c) Dos entrevistados, 84% afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habi-
litação e dirigiam com mais frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas.
d) Dos entrevistados, 84% afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas com mais tempo de habilitação e
que dirigiam com mais frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas.
e) A maior parte dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirigem. Pessoas que dirigiam com mais
tempo de habilitação frequentemente cometiam mais erros.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C D E E E C D D A
11 12
E A
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 160
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
A organizadora FCC traz uma abordagem bastante particular no que diz respeito ao tema concordância verbal. Em vez
de exigir que o candidato tenha em mente um arsenal de regras, ela se satisfaz em sondar se o candidato entende a
“simples” relação sujeito/verbo. Contudo, não pense que as questões sejam, por isso, fáceis. Ao contrário, você nota-
rá que, muitas vezes, a dificuldade é até maior. Sabendo que tais questões, realmente, pedem muito discernimento
do candidato, apresento a você uma sequência de dicas que farão toda a diferença. Leia com bastante atenção e bons
estudos.
Ex.: A atividade da aviação geral e dos aviões de voo visual está proibida dentro de um raio de 30 milhas náuticas.
Ex.: Uma das pesquisas revisadas para o relatório examinou ciclistas quando treinavam depois de comer e quando trei-
navam em jejum.
2- É comum, na FCC, que o sujeito seja distanciado do verbo ou da locução verbal com o propósito de confundir o
candidato.
Ex.: O conceito, defendido em livros populares de condicionamento físico na última década, dita que o ato de exercitar-
se com o estômago vazio força o corpo a buscar combustível nos depósitos de gordura acumulada.
Ex.: Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano no Strength and Conditioning
Journal concluiu que o corpo queima basicamente a mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se
alimentou ou não antes do exercício.
3- É comum, na FCC, que o sujeito seja deslocado para o meio ou fim do período a fim de confundir o candidato.
Ex.: Embora remonte aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de talião ainda goza de prestígio
entre cidadãos que se dizem civilizados
Ex.: Demonstram como se formaram os primeiros agrupamentos humanos os vestígios que a ciência estuda para tentar
recompor os hábitos de nossos ancestrais.
4- Quando o sujeito for uma oração, lembre-se de que o verbo fica, obrigatoriamente, na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura, diz estudo.
Ex.: Cabe aos candidatos, segundo dizem os especialistas, organizar um horário satisfatório de estudos.
Sujeito: “organizar um horário satisfatório de estudos”.
5- Quando o sujeito estiver representado por um pronome relativo, concorde com o termo ao qual o pronome se
refere.
Ex.: O estudioso apresentou os detalhes que fazem toda a diferença na hora de estudar.
Ex.: O estudioso apresentou os detalhes. Os detalhes (que) fazem toda a diferença na hora da prova.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 161
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.: Grande foi a comoção que, depois de muitas horas passadas e discutidas, revelou as verdadeiras facetas daquela
instituição.
6- Quando a oração não tem sujeito, o verbo fica sem “comando”; por isso, permanecerá na 3ª pessoa singular (e
raras vezes no plural).
Ex.: Contra as organizações, não havia luta possível a não ser em termos de guerra (era a via revolucionária).
Ex.: Organizam-se em torno da busca de uma atitude que associa, num mesmo movimento, a resistência ao poder, a
constituição de si e o diagnóstico do presente.
Ex.: A resistência ao poder, a constituição de si e o diagnóstico do presente, num mesmo movimento, são organizados
em torno da busca de uma atitude que associa tais atitudes.
- Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação, a constância com que promovem abusos, na exploração da cultura
popular. (Forma verbal correta: Deve-se ressaltar)
- Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um resistente núcleo de práticas
comunitárias. (Forma verbal correta: Resta)
- Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a despeito das pressões da cultura de massa, lento e seguro dina-
mismo de cultura popular. (Forma verbal correta: Produz-se)
- Não sensibilizavam aos possíveis interessados em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos carros-
placa. (Forma verbal correta: sensibiliza)
- Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade
social. (Forma verbal correta: Destina-se)
- O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só anos
depois se esclareceram. (Forma verbal correta: se esclareceu)
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 162
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação, a constância com que promovem abusos, na exploração da
cultura popular.
b) Nem mesmo um pequeno espaço próprio querem conceder à cultura popular os que a exploram por interes-
ses estritamente econômicos.
c) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um resistente núcleo de prá-
ticas comunitárias.
d) Muita gente acredita que se devem imputar aos turistas a responsabilidade por boa parte desses processos de
falseamento da cultura popular.
e) Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a despeito das pressões da cultura de massa, lento e seguro
dinamismo de cultura popular.
a) A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros é uma das metas que devem ser
atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do trânsito nas grandes cidades.
b) Em cidades maiores, inúmeros moradores, para fugir da violência e do estresse urbano, se mudou para con-
domínios fechados próximos e passou a depender de carro para seus deslocamentos.
c) O planejamento urbano das grandes e médias cidades nem sempre acompanharam os deslocamentos de
grandes contingentes da população, que depende de transporte coletivo para ir e vir do trabalho diariamente.
d) O número de automóveis nos países desenvolvidos costumam ser mais elevados, mas nessas cidades existe
bons sistemas de transporte coletivo e as pessoas usam seus carros apenas para viagens e passeios de fins de
semana.
e) No caso das regiões metropolitanas brasileiras, é necessário os investimentos na expansão de sistemas inte-
grados de transporte coletivo, para desestimular o uso de veículos particulares no dia a dia das cidades.
03- Para cumprimento das normas de concordância verbal, será necessário CORRIGIR a frase:
a) Atribui-se aos esquemas de construção das fábulas populares a capacidade de representarem profundos an-
seios coletivos.
b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a possibilidade de virem a se tornar membros da rea-
leza.
c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas das fábulas analisadas, a transformação
de pobres em príncipes.
d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas quais se traduzem aspirações de po-
der e de justiça.
e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez ou o descalabro das expectativas ali-
mentadas.
a) Presume-se que já tenha sido extinto muitas espécies da fauna e da flora com a destruição de enormes exten-
sões de florestas.
b) Os desequilíbrios no ecossistema de uma floresta pode pôr em risco a sobrevivência de certas espécies de
plantas.
c) Deve valer para todos os países as medidas de segurança a ser tomada em relação à preservação de florestas.
d) Para a restauração de áreas ocupadas por atividades agrícolas, é observado os tipos de uso do solo e as carac-
terísticas do entorno para traçar o projeto de ação.
e) Projetos desenvolvidos por especialistas mostram que é possível conciliar restauração de florestas nativas com
o manejo sustentável de seus recursos naturais.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 163
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Há frases que se repete à exaustão e que, exatamente por isso, passam a soar como se constituíssem cada
uma delas uma verdade incontestável.
b) Frases sempre haverão que, à força de se repetirem ao longo do tempo, acabam sendo tomadas como verda-
des absolutas.
c) Quando a muitas pessoas interessam dar crédito a frases feitas e lugares-comuns, há o risco de se cristalizar
falsos juízos.
d) O hábito da repetição mecânica de frases feitas e lugares-comuns acabam por nos conduzirem à fixação de
muitos preconceitos.
e) Cabe aos indivíduos mais conscientes combater o chavão e o lugar-comum, para que não se percam de vista os
legítimos valores sociais.
GABARITO
01 02 03 04 05
B A C E E
01. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para preencher de modo correto a
lacuna da frase:
a) Jamais ...... (satisfazer) as crianças aquele tipo de resposta convencional às perguntas essenciais que elas formu-
lam.
b) Como ...... (poder) ocorrer ao professor respostas exatas para um questionário irrespondível?
c) Não ...... (dever) envergonhar a ninguém as lacunas do conhecimento humano sobre os mistérios do universo.
d) A aflição a que ....... (levar) um cientista tais perguntas é a mesma que perturba as crianças.
e) Quanto às questões que a mais ninguém ...... (conseguir) incomodar, ou já encontraram resposta ou não eram
essenciais.
a) Entre as questões essenciais, que a todo cientista deve importar, estão as que se prendem à origem e ao destino
do ser humano.
b) Não houvesse outras razões, bastaria a propriedade das perguntas que lhe dirigiu o público para fazê-lo sentir-
se um professor privilegiado.
c) Só é dado alimentarem a curiosidade e a insatisfação ao cientista que não abdica de fazer as perguntas funda-
mentais.
d) Diante do interesse que representavam cada uma das perguntas que lhe cabiam responder, o professor sentiu-
se um privilegiado.
e) O autor considerou um privilégio o fato de o interrogarem, com perguntas tão instigantes, aquele público curio-
so que encontrou na escola.
a) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande violência não caracterizam ape-
nas os animais irracionais.
b) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só
anos depois se esclareceram.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 164
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
c) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a crueldade de que os
seres humanos se mostram capazes.
d) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão
da propagação das espécies.
e) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias entranhas o martírio das larvas
que as devoram inapelavelmente.
04. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a la-
cuna da frase:
a) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no interior das vespas.
b) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel.
c) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a radicalidade de que é capaz
um homem enciumado.
d) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que interpretamos como
crueldade.
e) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a toda a espécie.
05. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para preencher corretamente a
lacuna da frase:
a) Há muito não se ...... (tolerar) atitudes arrogantes como a do editorial da revista britânica.
b) É natural que ...... (ferir) o orgulho do povo cubano as exortações publicadas na revista britânica.
c) Os pesquisadores não ...... (haver) de se ofender, caso os termos do editorial da revista fossem menos prepo-
tentes.
d) Foi precisa a argumentação de que se ...... (valer) os pesquisadores latino-americanos em sua réplica ao editori-
al.
e) Aos países ricos não ...... (competir) tomar decisões que afetem a soberania dos países em desenvolvimento.
06. Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a frase:
a) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano.
b) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano.
c) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado dúvidas sobre sua eficácia?
d) Que dúvidas têm propalado os adversários de Cuba sobre seu sistema de saúde?
e) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de saúde de Cuba?
a) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso algumas conotações mágicas.
b) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu sentido real muitos equívocos ideológicos.
c) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a representarem, de fato, qualquer avanço
significativo.
d) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a fundo, veríamos que são irrelevantes para a
melhoria da vida.
e) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma
boa qualidade da vida.
08. As normas de concordância verbal estão plenamente atendidas na frase:
a) Fosse porcas, arruelas, parafusos, tudo o que não tivesse aplicação imediata era remetido à “bacia das almas.”
b) O fato é que muita gente, tal como ocorre com o pai no referido texto da Internet, têm a tendência de alimentar
preconceitos contra os poetas.
c) Atira-se à “bacia das almas” as tranqueiras que não parecem úteis, e que talvez nunca de fato os sejam.
d) Costumam-se atribuir às expressões evocativas e nostálgicas o sentido poético que advém de tudo o que nos fa-
la do passado.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 165
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
e) Ao filho não pareceu coerente que expressões tão sugestivas fossem criadas justamente por quem tinha por
hábito desancar os poetas.
09. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher de modo correto a
lacuna da frase:
a) ...... (acabar) por mais nos favorecer o que foi esquecido do que todas as coisas de que costumamos nos lem-
brar.
b) ......-se (costumar) atribuir às nossas memórias uma vantagem que, para o autor do texto, elas não propiciam.
c) A ninguém ...... (dever) limitar essas expectativas, criadas pela memória que cristaliza a personalidade.
d) ......-se (sedimentar) nos processos da nossa memória o perfil de uma personalidade a que nos obrigamos a ser
fiéis.
e) À força dos nomes próprios ...... (corresponder), pelas razões expostas no texto, a força de estreitamento do es-
paço que há numa gaiola.
10. A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:
a) No século XX, a produção em massa permitiu que objetos, antes de posse restrita a reis, fossem acessíveis a to-
da a população.
b) Sempre existiu colecionadores de objetos, que exerce maior poder de atração sobre pessoas quanto mais estra-
nho ele é.
c) No século XIX, foi dividido as áreas temáticas da ciência, surgindo então os colecionadores especializados em
reunir um único tipo de objetos.
d) Permaneceu imutável por séculos as razões que levam algumas pessoas a colecionar objetos, algumas delas de
gosto duvidoso.
e) O costume de enviar marinheiros pelo mundo para encontrar objetos exóticos mudaram a paisagem de alguns
países e modernizaram a Europa.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
A B E E E A A E C A C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 166
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: De razoável para baixa. Nem todas as organizadoras simpatizam com
esse tema. CESPE, FCC e ESAF, por exemplo, fazem pouco caso do assunto em questão. Já CESGRANRIO, IMPARH, UECE,
FGV, CONESUL, dentre outras, costumam, com frequência, exigir esse assunto.
DICA: É na Concordância nominal que precisamos, principalmente, dos conceitos sintáticos de Adjunto adnomi-
nal, Predicativo do sujeito e Predicativo do objeto. Caso você não faça a mínima ideia do que sejam tais sintagmas, é
necessário revisar tais conceitos o quanto antes.
DICA DE ESTUDO: Como as regras não são muitas, você logo se familiarizará com quase todas. A fim de que você
as memorize o quanto antes, faça bastantes exercícios. É só uma questão de prática.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (no máximo uma questão).
STATUS: Em sala e com o professor (dependendo da banca, o status pode mudar).
Regra geral:
O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral e pronome) concordam em gênero e número com o substan-
tivo a que se refere.
No exemplo acima, percebe-se que as palavras adjetivas (as, minhas e novas) referem-se ao substantivo revis-
tas, concordando com ele.
• 1º. Caso:
Quando o adjetivo é posposto a vários substantivos do mesmo gênero, ele vai para o plural ou concorda com o
substantivo mais próximo.
• 2º. Caso:
Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode ir para o plural masculino ou pode concordar
com o substantivo mais próximo.
Ex.:
• 3º. Caso:
Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai obrigatoriamente para o plural.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 167
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.:
- O limão e a laranja são azedos.
REGRAS ESPECÍFICAS
• 1º. Caso:
Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorda, preferencialmente, com o mais próximo.5
Ex.:
• 2º. Caso:
Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode concordar com o substantivo mais próximo ou
pode ir para o plural.
Ex.:
1ª . Possibilidade:
2ª . Possibilidade:
5
Aqui existe uma grande divergência entre os gramáticos Evanildo Becharra e Celso Cunha. Para o primeiro, os adjetivos antepostos a vários substantivos podem
concordar com o mais próximo ou com todos os substantivos pela lei da soma. Exemplo: Lerei interessante (interessantes) livro e jornal. Já para o segundo, a concor-
dância, nesta situação, só ocorrerá com o mais próximo. Exemplo: Comprei novo carro e casa.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 168
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
• 1º. Caso:
A palavra Bastante:
Ex.:
Ele tem bastantes livros (substantivo).
Havia bastantes pessoas na rua.
DICA: quando o a palavra BASTANTE for um adjetivo (o que significará, sempre, volume, quantidade), permitirá as se-
guintes trocas:
Obs.:
- Nessa regra, podemos incluir ainda as seguintes palavras: meio, muito, pouco, caro, barato, longe. Só variam se
acompanhar o substantivo.
• 2º. Caso:
Palavras como: quite, obrigado, anexo (incluso ou apenso), obrigado, mesmo, próprio, leso e incluso são adje-
tivos. Devem, portanto, concordar com o nome a que se referem.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 169
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.:
• 3º. Caso:
Se nas expressões: "é proibido", "é bom", "é preciso" e "é necessário", o sujeito não vier antecipado de artigo,
tanto o verbo de ligação quanto o predicativo ficam invariáveis.
Ex.:
É proibido ∅ entrada.
∅ Estudar é preciso.
Entretanto: Se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo, numeral ou pronome (femininos, no
singular ou no plural), tanto o verbo de ligação quanto o predicativo variam para concordar com o sujeito.
Ex.:
• 4º. Caso:
Palavras invariáveis:
- Menos.
- A olhos vistos (expressão).
- Em anexo.
- A sós.
- Azul-marinho.
- Monstro (na condição de adjetivo).
- Alerta.
- Todo (em termos compostos).
- Mediante.
- Tirante.
- Pseudo.
- Salvo (significando exceto, afora).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 170
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.:
• 5º Caso:
Nas expressões "o mais ... possível" e "os mais ... possíveis" , o adjetivo "possível"concorda com o artigo que
inicia a expressão.
Exs:
Evanildo Bechara afirma: “a construção natural e mais frequente da expressão haja vista, com o valor de “veja”
ou “por exemplo”, é ter invariável o verbo, qualquer que seja o número do substantivo seguinte” (p. 565 de Moderna
Gramática da Língua Portuguesa, 1999).
Ex.: Ele foi sempre muito dedicado à família, haja vista o quanto era dedicado aos filhos.
Para Marcelo Rosenthal ”o termo serve para exemplificação. Caso o exemplificado esteja no singular, o verbo
somente poderá estar no singular; caso o elemento exemplificado esteja no plural, o verbo tanto poderá vir no singular
como no plural”. (p. 437 de Gramática para concursos, 2007).
Ex.: O repórter era mesmo competente, haja (hajam) vista seus últimos trabalhos.
DICA: Como é um caso polêmico, prefira usar a estrutura com o verbo sempre no singular “haja vista”. Fazendo assim,
você nunca estará errando.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 171
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01
TEXTO 1
"Nenhum trabalhador recebeu a dose de radiação acima do estipulado pelo Japão, de 250 millisieverts, que iria restrin-
gir a exposição dos funcionários de emergência", disse a AIEA nesta sexta-feira.
No mês passado, dois funcionários de Fukushima foram levados ao hospital depois que seus pés e mãos foram expostos
a 175 millisiverts quando eles pisaram em água contaminada. Eles se recuperaram bem”.
01- O adjetivo “expostos” concorda com os termos “pés” e “mãos”; contudo, seria correto gramaticalmente estabele-
cer vínculo sintático com o termo mais próximo, escrevendo-se “expostas”.
02- O pronome “seus” poderia, segundo prescrevem as normas gramaticais, concordar somente com o termo mais
próximo “pés”, mesmo que este estivesse no singular. Esse procedimento, entretanto, comprometeria os sentidos
textuais.
03- Embora os sentidos textuais fossem gravemente alterados, seria correto gramaticalmente escrever, em vez de “a
dose de radiação”, “a pseudadose de radiação”, o que agora significaria falsa dose de radiação.
TEXTO 2
“Definida como uma combinação de ilusões paranoicas, alucinações sensoriais e diminuição das funções cognitivas, a
esquizofrenia é fruto de muitas combinações genéticas e de fatores ambientais. Gage diz que, devido à variedade e à
complexidade dos sintomas, ela é uma das doenças mentais que mais desafiam os cientistas”.
04- A palavra “muitas” poderia, sem comprometer os sentidos nem a correção gramatical, ser substituída por “bastan-
tes”.
05- O vocábulo “definida” poderia ir para o plural a fim de que estabelecesse coesão com “ilusões paranoicas, alucina-
ções sensoriais e diminuição das funções cognitivas”.
TEXTO 3
“Universidades virtuais, palestras de graça com especialistas do mundo todo, professores on-line para tirar dúvidas.
Mais parece uma escola do futuro, mas é realidade cada vez mais frequente na internet. A web oferece diversas possibi-
lidades para o estudante aproveitar os livros e as horas preciosas na rede. As aulas gratuitas, por exemplo, são uma boa
opção para quem quer resumir conteúdo já visto, aprofundar um assunto ou se aventurar em aprender”.
06- A expressão “haja vista”, que significa “por exemplo” ou “veja”, poderia surgir depois “aulas gratuitas”, desde que a
segunda vírgula fosse suprimida.
07- O vocábulo “Mais”, início do segundo período, poderia ser substituído por “Mas” ou “Entretanto”, sem que os sen-
tidos originais fossem alterados.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 172
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
08- O adjetivo “preciosas” poderia ser substituído por “preciosos”; mas, se assim fosse feito, os sentidos originais seri-
am alterados.
TEXTO 4
“Ler cansa. Cansa porque envolve esforço, tempo e concentração. Hoje, com todas as facilidades da vida moderna, mui-
tos leem somente quando obrigados: na escola, para o vestibular, na faculdade ou para se manterem atualizados profis-
sionalmente. Poucos leem por prazer. Menos ainda os que escrevem por prazer. Segundo Schopenhauer, a maioria dos
escritores "vivem da literatura e não para a literatura". Raras são as vezes que ambas são exercidas pelo mesmo ho-
mem. Enquanto muitos preferem gastar energias e recursos raros em festas, divertimentos ou prazeres fugazes, A arte
de escrever mostra como gastar as mesmas energias e recursos com a literatura e obter retorno”.
09- A palavra “somente” poderia ser substituída por “sós”, sem que os sentidos bem como a correção gramatical fos-
sem comprometidos.
10- “Poucos” permitiria troca equivalente semântica e sintaticamente por “Raros” ou “Raras”.
11- Por estabelecer vínculo sintático com “muitos”, “obrigados” fica, obrigatoriamente, no masculino plural.
12- O vocábulo “Menos” não permite, em hipótese alguma, variação tanto de gênero quanto de número.
13- As palavras “ambas” e “exercidas” estão no feminino plural para estabelecerem vínculo nominal com a elidida pa-
lavra “pessoas”.
14- Levando em conta que os sentidos serão alterados, seria, entretanto, possível substituir “ambas’ por “extras”, o que
continuaria respeitando o padrão culto da língua.
15- A estrutura “Cansa porque envolve esforço, tempo e concentração” permitiria a seguinte reescritura sem que os
sentidos nem a correção gramatical fossem comprometidos: “Cansa porque é necessário esforço, tempo e concen-
tração”.
16- Caso antecipássemos o adjetivo “raros” ao fragmento “...energias e recursos...”, a única construção que respeitaria
os padrões da norma culta e preservaria os sentidos originais seria: “...raras energias e recursos...”.
TEXTO 5
“A vitória da sociedade burguesa e industrial estabeleceu o papel crucial do trabalho no mundo moderno. Quem não
trabalha é visto, muito comumente, como vagabundo ou desocupado. Diferentemente dos aristocratas e nobres, para
quem o trabalho era atividade de menor valor e reservada para a plebe e para os escravos”.
17- Seria possível e correto gramaticalmente reescrever o início to texto da seguinte forma: “A vitória das sociedades
burguesa e industrial...”.
18- Caso substituíssemos “muito” por “bastante” a correção gramatical não seria comprometida.
19- A substituição de “reservada” por “reservado” não altera os sentidos originais do texto.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 173
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
TEXTO 6
“O primeiro período do pensamento grego toma a denominação substancial de período naturalista, porque a nascente
especulação dos filósofos é instintivamente voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio
unitário de todas as coisas; e toma, outrossim, a denominação cronológica de período pré-socrático, porque precede
Sócrates e os sofistas, que marcam uma mudança e um desenvolvimento autônomos e, por conseguinte, o começo de
um novo período na história do pensamento grego. Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a.C., e termi-
na dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V”.
20- Caso substituíssemos o vocábulo “instintivamente” pela expressão “ instintiva e”, continuaria havendo respeito às
normas de concordância. Contudo, os sentidos originais seriam alterados.
21- O adjetivo “autônomos” poderia estar grafado no singular, sem que houvesse desrespeito às normas gramaticais.
22- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida a regra de concordância nominal, visto que o adjetivo "ane-
xa" está no feminino para concordar com a expressão no feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujei-
to da oração.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E C E E E E E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C E E C E C C C C
21 22
C C
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02
(Padrão UECE, IMPARH, FCC, CESGRANRIO, FGV).
a) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo eram o melhor sinal da prosperidade familiar.
b) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se encontravam as vítimas do acidente.
c) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata e linda chácara do interior.
d) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o braço direitos, mas estava totalmente lúcido.
e) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão ser importante para a pesquisa que estou fazendo.
02. Todas as alternativas, abaixo, estão corretas quanto à concordância nominal, exceto:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 174
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
04. Quanto à redação das frases a seguir, assinale a que estiver errada:
05. Assinale a alternativa errada no que diz respeito ao atendimento à norma culta:
07. “Fazia ............................... elogios, embora as saudações fossem agora ........................ enfáticas para uns e talvez
............................... evasivas para outros”.
A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 175
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Com opinião e propostas claras desfez as dúvidas que pairavam sobre a questão.
b) Tenho por mentirosos o réu e seu cúmplice.
c) Por que os namorados preferem andar só, detestando as companhias?
d) Sua atitude, seu olhar, seu gesto suspeito chamou a atenção da polícia.
e) Não temos razões bastantes para impugnar sua candidatura.
10. Assinale a alternativa em que a concordância nominal está de acordo com a norma culta.
11. Assinale a alternativa cuja redação não está de acordo com a norma culta.
14. Assinale a alternativa em que a frase está gramaticalmente correta quanto à concordância nominal.
a) Eles estão só.
b) Não gostei dos seus ternos azul-celestes.
c) Pimenta não é bom, mas no momento é prato propício.
d) Vendeu duas meia entradas para o teatro.
e) Só as meninas estão meias sonolentas.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 176
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
16. Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado, segundo a norma gramatical, poderia igualmente aparecer
flexionado em outro gênero.
a) "... permite que uns meninos boêmios e esquisitos toquem música [...] nas suas missas."
b) "... começa a [...] abrir novas portas e janelas."
c) "... e também pelas minhas leituras e opiniões."
d) "... nós apegávamos a tesouros e pompas terrenos."
e) "Esse é o caso de muitos escritores e pensadores católicos..."
17. Todas as alternativas estão corretas quanto à concordância nominal, exceto em:
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09
D D E E E E E D C
10 11 12 13 14 15 16 17
B C D C C D D D
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 177
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
09. Pontuação
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Em quase todas as provas esse tema é abordado. No CESPE, na
FCC e na ESAF a abordagem é bem reflexiva, ou seja, essas organizadoras costumam usar o sistema de pontuação do
texto da própria prova, e questionam a justificativa para se ter ou não uma vírgula, um ponto, uma travessão etc. Elas
também propõem trocas de vírgulas, por travessões, por exemplo; podem também querer que você note a mudança de
sentido quando certas vírgulas são suprimidas; ou podem propor reconstruções no próprio texto a fim de que você jul-
gue se estão ou não respeitando a norma culta. Já CESGRANRIO, UECE, IMPARH, FGV, CONESUL, dentre outras, são me-
nos reflexivas: usam, com mais freqência, frases soltas e fora de contexto, o que prejudica muito a avaliação do candida-
to.
DICA: Aproveite esse assunto para relembrar ou sedimentar conceitos extremamente complexos, como o de
Aposto (tanto o explicativo como o enumerativo), Adjuntos Adverbiais, Orações subordinadas (tanto as adjetivas como
as adverbiais), Oração intercalada etc. Caso você deseje dar uma conferida nesses conceitos antes, não é nada mal; pelo
contrário, só quem ganha é você.
DICA DE ESTUDO: Depois de passar por esse assunto, procure (sempre que estiver lendo qualquer texto) justifi-
car certos sinais de pontuação. Como a vírgula é o sinal mais complexo e versátil (por isso é o mais cobrado em provas),
tente (sozinho mesmo) apresentar justificativas coerentes para aquela vírgula que está lá no artigo que você está lendo
enquanto espera sua vez na fila do banco. Dá para realizar esse reflexivo exercício com os outros sinais de pontuação. Se
eu fosse você, seguia essa dica. Fazendo esse exercício, você ainda ganhará muito na leitura, você aprenderá a ler me-
lhor, logo, terá mais facilidades com as questões de interpretação de texto. Veja como é proveitosa essa aula!
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Considerável para todos os níveis (mínimo de duas questões por prova).
Apresentação
Em qualquer língua, existem certos recursos – como pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio – que só estão
presentes na oralidade. Na forma escrita da linguagem, no intuito de substituir tais recursos, usamos os sinais de pon-
tuação. Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim
de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.
1. VÍRGULA
Obs.: os elementos de uma lista sempre pertencem à mesma classe gramatical e têm a mesma função sintática.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, dois banheiros.
A pontuação abaixo, contudo, está incorreta: não se usa “, e” para concluir listas.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, e dois banheiros.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
NOTA
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:
- Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
Obs.: O nome do fenômeno que se dá na frase acima é polissíndeto (ou seja, presença de várias (poli) conjunções (sín-
deto, que vem do grego).
- Alex Atala, um dos maiores chefs do mundo, é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala, um dos maiores chefs do mundo.
- Um dos maiores chefs do mundo, Alex Atala é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo ― é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo) é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo).
É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala: um dos maiores chefs do mundo.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 179
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Lembrete: o que temos abaixo é uma mera especulação com base nos gabaritos das bancas CESPE e FCC, pois ne-
nhum gramático ousa resolver tal imbróglio.
REALIDADE A:
1 2 3
Adjuntos com até três termos: o CESPE, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como facultativa(s).
Adjuntos com até três termos: a FCC, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como facultativa(s).
REALIDADE B:
1 2 3 4
Adjuntos a partir de quatro termos: o CESPE, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como obrigatória(s).
Adjuntos a partir de quatro termos: a FCC, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como obrigatória(s).
"No ano de 2007, eu estava à frente da 28ª DP, investigava a atuação da milícia naquele local e recebi, via disque-
denúncia, três informes sobre a possibilidade de um atentado que seria feito contra a minha pessoa", disse o investiga-
dor.
6
Aqui existe uma pequena polêmica. Para alguns gramáticos, a vírgula antes das conjunções coordenadas (principalmente a E) é obrigatória. Entretanto, gramáticos
renomados, como Evanildo Bechara e Celso Cunha discordam dessa opinião. Para Bechara “A vírgula pode ser usada para separar orações coordenadas aditivas ainda
que sejam iniciadas pela conjunção E, proferida com pausa” ( Moderna Gramática da Língua Portuguesa, p.609). Para Cunha, a vírgula antes do E só aparecerá se os
sujeitos das duas orações forem diferentes.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 180
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Na manhã de hoje, houve um novo deslizamento de terra, mas, segundo o coordenador da Defesa Civil de Santos, a
queda do bloco não modificou a questão da segurança do local.7
(Obs.: Veja que a estrutura “,pois” poderia ser substituída por dois-pontos).
- Cheguei bem cedo ao estádio; não vi, entretanto, a apresentação do hino nacional.
(Obs.: Não se esqueça de que, nesse caso, as vírgulas que envolvem a conjunção “entretanto” são obrigatórias porque a
conjunção está posposta ao verbo VER. Sempre que a conjunção estiver posposta ao verbo, uso obrigatório de duas
vírgulas).
CONJUNÇÕES X PONTUAÇÃO
____________________ , e _____________________
Ou _________________ , ou ___________________
____________________ , mas___________________
____________________, pois__________________
____________________, porque________________
____________________, que___________________
____________________; e _____________________
Ou _________________; ou ___________________
____________________; mas___________________
____________________; pois_______________
____________________; porque________________
____________________; que___________________
7
Para Bechara e Cunha é possível, antes de conjunções adversativas, usar também o PONTO-E-VÍRGULA quando há a intenção de realçar o con-
traste entre as duas orações.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 181
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Obs.: quem está entre vírgulas é o adjunto adverbial “depois de muitas tentativas”.
____________________, porém________________
____________________, contudo_______________
____________________, todavia _______________
____________________, entretanto_____________
____________________, no entanto_____________
____________________, em contrapartida_______
____________________, todavia________________
____________________, portanto_______________
____________________, logo__________________
____________________, assim_________________
(Essa versão somente será possível quando a conjunção estiver deslocada do verbo ou do sujeito).
____________________, porém,________________
____________________, contudo,_______________
____________________, todavia, _______________
____________________, entretanto,____________
____________________, no entanto,____________
____________________, em contrapartida,______
____________________, todavia,_______________
____________________, portanto,______________
____________________, logo,_________________
____________________, assim,________________
____________________; porém________________
____________________; contudo_______________
____________________; todavia _______________
____________________; entretanto_____________
____________________; no entanto_____________
____________________; em contrapartida_______
____________________; todavia________________
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 182
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
____________________; portanto_______________
____________________; logo__________________
____________________; assim_________________
____________________. Porém,________________
____________________. Contudo,______________
____________________. Todavia, ______________
____________________. Entretanto,____________
____________________. No entanto,____________
____________________. Em contrapartida,______
____________________. Todavia,_______________
____________________. Portanto,______________
____________________. Logo,_________________
____________________. Assim,________________
- Atenciosamente,
- Respeitosamente,
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 183
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Os médicos, que nem sempre tratam bem os pacientes, receberam um “não” do Conselho Regional de Medicina quan-
to ao aumento de salário.
- Por ser fã de águas profundas e de grandes deslocamentos, esse gigantesco bicho, que pode chegar a 2 toneladas, dá
muito trabalho para ser estudado.
2. PONTO
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou
composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com pri-
mor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. =
rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
3. PONTO-E-VÍRGULA
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa inter-
mediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
- Ele chegou adiantado, como de costume; por isso presenciou a cena desde o começo.
- A maioria dos alunos passou de ano; porém não houve a tradicional festa de formatura.
b) num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte.
- Destacam-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes; o poeta Claudio Manoel da
Costa, autor do poema épico Vila Rica; o poeta Tomás Antônio Gonzaga, autor de Marília de Dirceu; o desembargador
Inácio Alvarenga Peixoto; e o padre Luis Viera da Silva, em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.
Veja que, sem os sinais de ponto e vírgula, a frase ficaria muito desorganizada.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 184
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Destacam-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes, o poeta Claudio Manoel da
Costa, autor do poema épico Vila Rica, o poeta Tomás Antônio Gonzaga, autor de Marília de Dirceu, o desembargador
Inácio Alvarenga Peixoto e o padre Luís Viera da Silva, em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.
- Vamos formar três equipes: João, Paulo e Carlos pertencem ao grupo azul; Maria, Jorge e Rute, ao vermelho; e Otávio,
Andréa e Lucas, ao branco.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais.
4. DOIS-PONTOS
a) uma enumeração:
Obs.: Veja que, se os dois-pontos fossem substituídos por vírgula, os sentidos originais seriam alterados, mas a correção
gramatical seria preservada.
b) uma citação:
c) um esclarecimento:
- Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
- Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso,
descriminar/discriminar etc.
- Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).
NOTA
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 185
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Querida amiga:
Prezados senhores,
5. PONTO DE INTERROGAÇÃO
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
6. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa,
que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
7. RETICÊNCIAS
- Bem, eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...
(Júlio Dinis)
Assim, só aparece aos nossos olhos uma verdade que seria riqueza, fecundidade, força doce e insidiosamente universal.
E ignoramos, em contrapartida, a vontade de verdade, como prodigiosa maquinaria destinada a excluir todos aqueles
[...].
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 186
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: "Morrerei,
Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... E morro, porque não
posso, nem poderei jamais resgatar-te.
(Camilo Castelo Branco)
8. ASPAS
- Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessi-
tam para a comunicação quotidiana".
- O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.
9. TRAVESSÃO
(Ferreira de Castro)
Um novo livro ─ muito bem comentado pela crítica ─ foi lançado na livraria do centro.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 187
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Um grupo de turistas estrangeiros ― todos muito ruidosos ― invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados.
10. PARÊNTESES
- Além dos bombeiros e da Defesa Civil, trabalham no resgate equipes do Instituto Geológico (IG) e Instituto de Pesqui-
sas Tecnológicas (IPT), do governo de São Paulo, e a Polícia Civil do Guarujá (litoral de SP).
b) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões:
- Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam libera-
dos sem o recolhimento das multas.
01- “Na Grécia antiga, a arrogância (Hybris) era o maior de todos os pecados, aquele que não tinha remissão. Os deuses
não o perdoavam porque, para eles, escondia o mais nefasto dos desejos: o de se igualar aos próprios deuses”.
► Por introduzir uma explicação, o sinal de dois-pontos ( após “desejos”) admite a substituição pelo sinal de vírgula
seguido de uma oração subordinada iniciada por “que era”.
02- “O grande fenômeno da primeira década do século XXI na economia mundial foi a ascensão da China como protago-
nista de primeira grandeza na produção e nas finanças, com consequências marcantes para o resto do mundo. Para
o Brasil, a influência mais direta deu-se por meio das exportações de commodities, que cresceram a ponto de a
China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as empresas brasileiras”.
► O emprego de vírgula logo após “commodities” (2º período) justifica-se por isolar oração explicativa subsequente.
03- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo Futurismo italiano. O Cinema Novo, a
partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da Itália e na Nouvelle Vague da França. Outras artes, incluindo pintu-
ra, escultura, coreografia, música erudita e popular, absorveram fórmulas imigrantes, mesmo que seus mestres
buscassem identificações brasileiras”.
► O emprego de vírgulas logo após “pintura”, “escultura” e “coreografia” (3º período) tem justificativas gramaticais
diversas.
04- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo Futurismo italiano. O Cinema Novo, a
partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da Itália e na Nouvelle Vague da França”.
► O emprego de vírgula logo após “Novo” justifica-se por isolar aposto explicativo.
05- “Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como
novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 188
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
► Seriam preservadas as relações semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção gramatical, caso
fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a precede.
06- “No projeto Segurança Pública para o Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, aponta-se como principal
causa do aumento da criminalidade o tráfico de drogas e de armas. A articulação entre esses dois ilícitos potencia-
liza e diversifica as atividades criminosas. Homicídios dolosos, roubos, furtos, sequestros e latrocínios estão, fre-
quentemente, associados ao consumo e venda de drogas e à utilização de armas ilegais”.
► A supressão das vírgulas que isolam a expressão "da Secretaria Nacional de Segurança Pública" alteraria o sentido do
texto, visto que estaria subentendida a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para
o Brasil.
07- Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano,
um “deus que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado em sua forja, onde fabri-
ca interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos os detalhes — joias e ornamentos para os deuses e deu-
sas, armas, escudos, redes e armadilhas”.
► A colocação de vírgula antes e depois do vocábulo "interminavelmente" não prejudicaria a correção gramatical do
texto.
08- “Uma parte do eleitorado deixará voluntariamente de opinar sobre a constituição do poder político. O desinteresse
pela política e a descrença no voto são registrados como mera “escolha”, sequer como desobediência civil ou pro-
testo. A consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores, reduz o peso da so-
berania popular e desconstitui o sufrágio como universal”.
► Ao se trocar o ponto-final logo após "político" por vírgula e, logo após, inserir-se a conjunção embora, seria formado
um período coerente.
09- “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por seus produtos provavelmente
custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América duran-
te uma década inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais mortes
do que essas”.
► Não haveria prejuízo para o sentido original do texto nem para a correção gramatical caso a expressão "a cada ano"
fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para imediatamente depois de "e".
10- “No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país deve priorizar investimentos que ex-
pandam a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos
com educação. É dessa forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, geradoras de renda, de maneira
sustentável”.
► A ausência de vírgula logo após o termo "investimentos" permite concluir que, segundo o autor do texto, é necessá-
rio que, no Brasil, sejam priorizados investimentos voltados para a expansão da produção e para o aumento da produti-
vidade.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C E E C C C E C C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 189
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02
A água pode ter diversas finalidades, como: abastecimento humano, dessedentarão animal, irrigação, indústria, ge-
ração de energia elétrica, lazer, navegação etc. Muitas vezes, esses usos podem ser concorrentes, o que gera confli-
tos entre setores usuários ou mesmo impactos ambientais. Nesse sentido, é necessário gerir e regular os recursos
hídricos, acomodando as demandas econômicas, sociais e ambientais por água em níveis sustentáveis, para permitir
a convivência dos usos atuais e futuros da água sem conflitos. Por isso, a outorga é fundamental, pois, ordenando e
regularizando o uso da água, é possível assegurar ao usuário o efetivo acesso a ela, bem como realizar o controle
quantitativo e qualitativo dos usos desse precioso recurso.
a) As vírgulas presentes após os “dois pontos” (no primeiro período do texto) justificam-se porque isolam elemen-
tos de mesma função gramatical, componentes de uma enumeração.
b) O emprego do sinal de dois-pontos (no primeiro período) justifica-se por anteceder oração subordinada adjetiva
restritiva.
c) A vírgula apos “Muitas vezes”(antes de “etc”) justifica-se para isolar conjunção temporal.
d) O emprego de vírgula apos “hídricos”(no terceiro período) justifica-se para isolar oração subordinada adverbial
comparativa.
e) O emprego de vírgula após “fundamental” (último período do texto) justifica-se por isolar oração subordinada
adverbial.
02. Em relação ao texto, assinale a opção incorreta a respeito dos sinais de pontuação.
O governo, de janeiro a maio deste ano, arrecadou R$ 937 milhões adicionais por meio do Programa de Integração
Social – PIS. Em dezembro do ano passado, a alíquota da contribuição subiu de 0,65% para 1,65%. O aumento foi
concedido para compensar possíveis perdas de arrecadação com o fim da cumulatividade – incidência da contribui-
ção em todas as etapas da fabricação do mesmo produto –, que foi aprovado no final do ano passado.
a) As duas primeiras vírgulas do texto se justificam por isolar um complemento circunstancial intercalado entre o
sujeito e o predicado do período.
b) Eliminando-se o travessão (presente no primeiro período), “PIS” poderia estar entre parênteses, sem prejuízo
gramatical para o período.
c) Se a expressão “Em dezembro do ano passado” (início do segundo período) estivesse no final do período (com
minúscula) não haveria exigência de isolá-la antecedendo-a com uma vírgula.
d) Os travessões das linhas (presentes no último período) poderiam ser substituídos por parênteses e o período se
manteria gramaticalmente correto.
e) A vírgula, após o último travessão do texto, justifica-se para isolar a subsequente oração de caráter relativo.
03. Assinale a opção em que o emprego dos sinais de pontuação está correto.
a) Motoristas e montadoras de automóveis, não terão que desembolsar mais recursos com a mudança para o bio-
diesel, pois esse combustível não exige nenhuma alteração nos motores dos veículos.
b) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), assegurou a garantia dos motores
dos veículos que utilizarem o biodiesel misturado ao diesel na proporção de 2%, como foi autorizado.
c) Além disso, o combustível renovável poderá ser usado, em substituição ao óleo diesel em usinas termelétricas,
na geração de energia elétrica em comunidades de difícil acesso, como é o caso de diversas localidades na regi-
ão Norte.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 190
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
d) Para autorizar o uso do biodiesel no mercado nacional, o governo, editou um conjunto de atos legais que tratam
dos percentuais de mistura do biodiesel ao diesel, da forma de utilização e do regime tributário.
e) Tal regime, considera a diferenciação das alíquotas com base na região de plantio, nas oleaginosas e na catego-
ria de produção (agronegócio e agricultura familiar). O governo cria também o Selo Combustível Social e isenta a
cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
a) O Direito do Trabalho tem sua origem ligada, visceralmente, à historiografia da crise econômica.
b) Nos seus períodos pré-histórico e protohistórico, que significaram, na lapidar expressão do professor José Mar-
tins Catharino, a gestação mais longínqua e a transição para uma sistematização científica do fenômeno laboral,
a influência da economia é visível, como substrato do Direito do Trabalho.
c) A denominada “Questão Social”, iniciada no século XVIII, fase proto-histórica por excelência do Direito do Traba-
lho, catalisou a formação do novo ramo da Ciência Jurídica.
d) O liberalismo clássico discursou sobre a liberdade, mas, em verdade, usou-a para continuar a espoliação da
massa anônima de trabalhadores.
e) Nascia portanto, o direito laboral de uma realidade fática incontestável: a necessidade de proteção à dignidade
da pessoa do trabalhador.
01 02 03 04
A E C E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03
01. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não ca-
bendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência:
‘Aos poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se necessária a abertura dos portos
.... para uma outra população de trabalhadores ..... os imigrantes’.
02. (IBGE) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não
havendo sinal, O indicará essa inexistência.
“Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram ..... indiscutivel-
mente ..... de forma diferente”.
a) O - O - vírgula - vírgula
b) O - dois pontos - O - vírgula
c) O - dois pontos - vírgula - vírgula
d) vírgula - vírgula - O - O
e) vírgula - O - vírgula - vírgula
04. No período a seguir: “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade”. Cabem no má-
ximo:
a) 3 vírgulas
b) 4 vírgulas
c) 2 vírgulas
d) 1 vírgula
e) 5 vírgulas
a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó.
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.
c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de con-
servar as suas roupas e o seu calçado.
d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de
ABC, triturados soltos no ar.
e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena.
06.
a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada.
b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada.
c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada.
d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, ficou mais animada.
e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou, mais animada.
07.
a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.
b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.
d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.
e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho.
08. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontua-
ção correta:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 192
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Gabarito
01 02 03 04 05 06 07 08
C E C A C C D E
a) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer, a lagarta, a não ser assistir viva à sua devoração, pelas larvas,
que saem dos ovos ali chocados.
b) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua devoração pelas larvas
que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da vítima.
c) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua devoração pelas larvas,
tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira, ajudou a chocar.
d) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à devoração de suas próprias
entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de reação.
e) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta, compulsoriamente, chocará os
ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que abrigou em suas entranhas.
a) Ficou claro no texto, que o autor não só abona as opiniões dos dois escritores citados, mas também, parece en-
tusiasmar-se com elas.
b) A ligação feita entre Amilcar Herrera e Alberto Caeiro, parece justificada pelo fato de que, para ambos o tema
da memória reveste-se, de fundamental importância.
c) Caso viéssemos a nos esquecer, do nosso próprio nome, será que de fato também nos esqueceríamos, dos tra-
ços essenciais de nossa identidade?
d) Se, a princípio o autor do texto não entendeu as palavras do amigo Herrera, nem por isso, deixou de compreen-
dê-las e de aceitá-las depois.
e) Supondo, por hipótese, que o nome próprio diga tanto do indivíduo, será que esquecê-lo redundaria, de fato,
em tanta liberdade de ação?
a) Nicolau Maquiavel analisando os problemas dos principados italianos, escreveu em plena Renascença, um tra-
tado sobre os fundamentos das ações políticas.
b) Em plena Renascença, Maquiavel, analisando os problemas dos principados italianos, escreveu O Príncipe, um
verdadeiro tratado de política.
c) Quando escreveu O Príncipe Maquiavel preocupou-se com os problemas, dos principados italianos, resultando
uma obra, considerada basilar, para quem se interesse por política.
d) Tendo escrito O Príncipe, em plena Renascença Maquiavel nos legou sem dúvida, um tratado sobre política cujo
valor continua sendo reconhecido em nosso tempo.
e) Poucos imaginariam que, aquele tratado sobre política datado da Renascença, teria um valor tal que se mante-
ria vivo, por tantos séculos, e, continuaria atual em plena modernidade.
a) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a porta para um mundo, mágico de prosperidade
garantida.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 193
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
b) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações aparentemente irrisórias, cuja execução cotidiana
é, no entanto, importantíssima.
c) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusamos,
dessa palavrinha mágica.
d) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes represas, costuma trazer também uma série de
conseqüências ambientais que, nem sempre, foram avaliadas.
e) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas segundo as quais, o conceito de progresso
está sujeito a uma permanente avaliação.
a) Comparações entre épocas, embora possam ser úteis, nem sempre são animadoras.
b) Não parece haver, de fato, muita vantagem no uso de rádios nas viaturas, se comparado com o antigo sistema
de apitos.
c) Embora mais ostensivas, que as de antigamente, as rondas noturnas de hoje, não têm a mesma eficiência.
d) Se mudasse a música dos apitos, algumas pessoas ficavam intranqüilas, mas voltavam a dormir, retomados os
trilados regulares.
e) Eram poucos, e quase sempre sem gravidade, os incidentes que quebravam a paz das antigas madrugadas.
Gabarito
01 02 03 04 05
D E B B C
“Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de atra-
ção do litoral. Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em
direção ao Centro-Oeste e ao Norte”.
“Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de atra-
ção do litoral. Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em
direção ao Centro-Oeste e ao Norte”.
02- O emprego de vírgula logo após “Brasília” justifica-se porque isola adjunto adverbial anteposto à oração principal.
“A História não é feita apenas de brados retumbantes, de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. Exis-
tiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em Jataí,
Goiás?”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 194
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
03- A vírgula depois de “retumbante” justifica-se por isolar adjunto adverbial subsequente.
“A História não é feita apenas de brados retumbantes, de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. Exis-
tiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em Jataí,
Goiás?”.
04- A expressão “em 4 de abril de 1955” está entre vírgulas por ser um dos elementos de uma enumeração.
“Ali, depois dos discursos, JK se colocou à disposição para ouvir perguntas de eleitores. Foi quando Antônio Soares Neto,
o Toniquinho, quis saber se o candidato cumpriria o dispositivo da Constituição (de 1946) que previa a mudança da capi-
tal para o Planalto Central”.
05- O termo “o Toniquinho” está isolado por vírgulas por se tratar de vocativo.
“Muito embora cada um de nós seja movido pelo próprio existir, dependemos também de relações com pessoas que, ao
longo da vida, tornam-se coautoras dos nossos feitos. Até mesmo nas ações mais íntimas, que implicam rever valores
pessoais, estabelecer novas relações e fechar ciclos, existe uma parceria autoral”.
06- O emprego das vírgulas imediatamente após “íntimas” e logo após “pessoais” é obrigatório, visto que elas demar-
cam o início e o fim de uma oração com valor explicativo.
“Único bioma de ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a caatinga experimenta um
processo acelerado de desmatamento — que pode significar a desertificação do semiárido nordestino”.
07- O trecho “que já ocupou 10% do território nacional” está entre vírgulas porque tem natureza restritiva.
“Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado,
aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 km², destruída”.
09- O segmento “que é de 826.000 km²” está entre vírgulas porque é um aposto.
“Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo de um senhor bem velhinho e bem simpáti-
co. Ela parece um anjo. Loirinha, cabelo castanho claro, encaracolado, nariz e boca perfeitos, ar inteligente e sadio, uma
dessas crianças que a gente vê em anúncios. Pelo jeito, deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso. Ela está
vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por baixo”.
10- A inclusão de vírgula logo após o pronome “Ela” (em destaque no texto) não causaria prejuízo para a correção gra-
matical do texto.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 195
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
“Ela está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por bai-
xo. Calçando um tênis transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho e azul, o que nos mostra que a mocinha não
é apenas novinha, mas moderninha também. O velhinho tem um tipo bem italiano. O boné cinza é típico desses senho-
res que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde”.
11- A substituição do ponto-final após o vocábulo “italiano” por dois-pontos manteria a correção gramatical e o sentido
original do período.
“O boné cinza é típico desses senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde. Estatura mediana,
cabelos e bigodes branquinhos, rosto e mãos enrugadas que traem uma idade bem avançada. Paletó marrom e calça
cinza, ambos de lã, malha creme, abotoada até o último botão, como faz todo senhor que se preze”.
12- Na linha 8, se, em vez de vírgula, fosse usado ponto-e-vírgula entre os vocábulos “lã” e “malha”, o trecho permane-
ceria gramaticalmente correto.
“Ela, por sua vez, não se deve importar com que seu ouvinte durma. Afinal, ela só quer colo e aquela mão terna, enru-
gada e querida em volta da sua cintura pequenina. Mesmo desatento, ele está dando a ela seu tempo e seu carinho
sonolento. O balanço de jardim pode ser gostoso de sentar. Mas como você pode ver não é o local mais confortável
para se dormir. Principalmente em um dia frio como esse, em um descampado de uma varanda. Mas o fato é que ele
não sente a dureza do balanço porque dorme, e ela, igualmente, não sente a dureza da madeira e a frieza do tempo por
vários motivos”.
13- O emprego de vírgula logo após o trecho “Mas como você pode ver” é facultativo.
“O foco no desenvolvimento é relativamente recente: menos de dois séculos. A renda per capita estagnou por milênios
até começar a crescer quase continuamente no princípio do século XIX, particularmente na Inglaterra”.
14- O sinal de dois-pontos introduz uma expressão que explica a expressão “relativamente recente”.
“Sabe-se que o desenvolvimento pressupõe a acumulação de capital físico e humano, e ganhos permanentes de produ-
tividade. Esta depende da acumulação de conhecimento, que resulta da educação. A inovação é crucial. Mais recente-
mente, percebeu-se que as instituições políticas e econômicas são essenciais para explicar o mistério do desenvolvimen-
to”.
15- Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula logo após “humano” fosse retirada, o que, entretanto,
tornaria menos claras as relações sintáticas estabelecidas pela conjunção “e” , em sua segunda ocorrência.
“Atualmente, a noção de Segurança Cidadã constitui referência central na luta pela exclusão definitiva do modelo re-
pressivo e pela construção de um novo paradigma”.
16- A colocação de vírgula logo após o termo “constitui” manteria a correção gramatical e o sentido do texto.
“Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha horário para tudo e não misturava
as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar. Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo seqüen-
cial”.
17- O sinal de dois-pontos depois de “coisas” tem a função de introduzir uma explicação, ou justificativa, para a idéia
expressa nas orações anteriores. Essa função deixaria de ser marcada pela pontuação caso esse sinal fosse substitu-
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 196
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
ído pelo ponto — com o correspondente ajuste na letra inicial de “brincar” —, mas a coerência e a correção grama-
tical do texto seriam preservadas.
“Ao chegar ao local de realização das provas, o candidato Roberto, tetraplégico, que se locomove em cadeira de rodas,
verificando que a sala em que faria as provas estava localizada no primeiro andar do prédio, com acesso somente por
escadas, solicitou ajuda a dois seguranças que se encontravam no portão de entrada, que o carregaram pela escada e o
conduziram até a respectiva sala”.
18- O emprego de vírgula após “Ao chegar ao local de realização das provas” justifica-se por isolar oração de sentido
adverbial antecipada em relação à principal.
“Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio,
com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes”.
20- Na oração “A nova lei não recebeu mais questionamentos quando foi apresentada em setembro de 2008”, é facul-
tativo o emprego de vírgula logo após a palavra “questionamentos”.
“Ninguém questiona a força dos desastres naturais. Mas o Brasil tem capacidade técnica e experiência suficientes para,
no mínimo, reduzir o impacto de chuvas como essa. Em Blumenau, há uma estação telemétrica que monitora a vazão
do rio Itajaí e tem condições de emitir sinais de alerta para inundações. Há também um programa de monitoramento do
clima — que previu até a gravidade do furacão Catarina, em 2004. O dilúvio ninguém previu, mas já chovia no estado
quase a primavera toda, e estudos sobre as áreas de risco de enchentes e deslizamentos apontavam o que podia acon-
tecer se chovesse demais”.
21- A vírgula imediatamente antes de “e estudos sobre as áreas de risco” não precisa ser necessariamente empregada,
já que se trata de um processo de coordenação, mas se justifica pelo fato de criar ênfase sobre o fato de os estudos
poderem prever os acontecimentos futuros.
“Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobre-
tudo nos grandes centros urbanos, as dificuldades relacionadas à reforma das instituições da administração da justiça
criminal, a violência policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos presídios, as rebe-
liões, as fugas, a degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, a corrupção, o aumento dos
custos operacionais do sistema, a ineficiência da investigação criminal e das perícias policiais e a morosidade judicial,
entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Bra-
sil”.
22- O emprego de vírgula logo após “policial”, “instituições” e “rebeliões” deve-se a regras gramaticais diferentes.
“Um prognóstico possível: no século XXI, as guerras provavelmente não serão tão mortíferas quanto o foram no século
XX. Mas a violência armada, gerando sofrimentos e perdas desproporcionais, persistirá, onipresente e endêmica — oca-
sionalmente epidêmica —, em grande parte do mundo. A perspectiva de um século de paz é remota”.
23- No trecho “Mas a violência armada, gerando sofrimentos e perdas desproporcionais, persistirá, onipresente e en-
dêmica — ocasionalmente epidêmica —, em grande parte do mundo”, estariam mantidos o sentido e a correção
gramatical do texto caso fosse suprimida a vírgula que precede a expressão “em grande parte do mundo”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 197
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
“A desigualdade e a sustentabilidade estão diretamente ligadas aos desequilíbrios na inclusão das pessoas nos proces-
sos produtivos. A mão de obra, a nossa imensa capacidade ociosa de produção, mais parece um problema do que uma
oportunidade”.
24- A expressão “a nossa imensa capacidade ociosa de produção” deve ser, necessariamente, demarcada por vírgulas
porque sua função é a de explicar como deve ser compreendida, no desenvolvimento da argumentação, “A mão de
obra”.
“Viviane, candidata com deficiência física (membros superiores amputados), cuja solicitação de atendimento especial
do PAS – 3.ª Etapa foi deferida pelo CESPE/UnB, indicou os seguintes recursos especiais para a realização das provas:
mesa/prancheta adaptada para escrever com os pés,
caneta preta especial e calculadora com teclas grandes”.
25- O segmento “candidata com deficiência física (membros superiores amputados)” está entre vírgulas porque consti-
tui aposto explicativo.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E E E E E E E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C E C C E C C C C
21 22 23 24 25
C E E C C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 198
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
DICA: É comum que as organizadoras peçam ao candidato para descobrir o significado de determinada palavra
do texto. Às vezes, você não tem a mínima ideia do que signifique tal palavra. É aí que entra o contexto. Você tem que
saber realizar inferências, ou seja, deduzir, pelas pistas textuais, o que determinada palavra quer dizer.
DICA DE ESTUDO: Tenha sempre um bom dicionário ao seu lado. Sugiro também que procure ─ quando estiver
lendo um texto, e que encontrar uma palavra que você não conheça ─ inferir seu significado; depois, confira no dicioná-
rio. É um simples exercício, mas que funciona bastante.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 202
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO I
1) Assinale o item em que se trocou o emprego adequado de uma das palavras homófonas.
a) Ele trabalha na oitava seção (sessão, seção, cessão) da primeira zona eleitoral.
b) Na repartição todos o taxam (taxam, tacham) de relapso.
c) Sua entrevista está inserta (inserta, incerta) nos maiores jornais do país.
d) Desculpemos sua inexperiência, afinal todo jovem incipiente (incipiente, insipiente) merece nossa compreen-
são.
3) Assinale o item em que se trocou o termo adequado de acordo com o sentido da 1a frase à esquerda.
5) Assinale o erro em alguns dos itens abaixo em relação à grafia das homófonas.
6) Assinale o item em que ocorre erro no emprego das homófonas “há”, “a”.
7) Assinale o item em que ocorre erro no emprego das homófonas “há cerca de”, “a cerca de”, “acerca”.
b) Expiar/espiar - homófonas.
c) O acordo/eu acordo - homônimas.
d) Concordância/discordância - antônimas.
9) Assinale o item em que há erro no emprego de parônimas de acordo com o sentido.
a) aceitar.
b) refutar.
c) confirmar
d) ocultar.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B D A A A A B C A B
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO II
RESPOSTAS
1- sortir 2-cassado
3- mandato 4- cerração
5- senso 6- assento
7- vultosa 8- sessão
9- cumprimentaram. 10- intersecção
11- tráfego 12- despercebido
13- infringir 14- imergiu.
15- imigrantes 16- discriminação
17- dispensa 18- eminente / iminente
19- decente 20- incidentes
21- destratados. 22- cessão
23- seção. 24- distinto
25- xeque / cheque 26- infestou
27- conserto / concerto 28- fruem
29- apressado / apreçar 30- acender / ascender
31- celas 32- prescrição
33- recriados 34- listras
35- apreender 36- espiará
37- cédulas 38- chácara / xácara
39- sesta 40- incipiente
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 205
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Mas há duas abordagens bem definidas: a das organizadoras que
exigem que o candidato saiba a classificação integral de todas as orações (tanto as coordenadas quanto as subordina-
das), e a das organizadoras que cobram o tema ligado ao texto, desprezando a “fria” classificação da oração. Por exem-
plo: a FCC pede, com muita frequência, que candidato reconheça que sentido determinada passagem do texto expressa,
e, dentre as opções, sugere se é de tempo, concessão, finalidade, causa ou consequência. Veja que, em vez de pergun-
tar se a oração é subordinada adverbial causal (até porque, às vezes, nem se trata de uma oração, mas sim de um frag-
mento do texto), a FCC apela para os sentidos tanto da expressão, como do contexto ali presentes. As organizadoras
que, normalmente, seguem a primeira abordagem são as seguintes: ACEP, CESGRANRIO, IMPARH, FGV, CONESUL, FUN-
RIO, dentre outras menos conhecidas nacionalmente. E usam, costumeiramente, a segunda abordagem as seguintes:
FCC, CESPE e ESAF (não descarto que organizadoras menos conhecidas nacionalmente usem, também, essa última
abordagem, como, por exemplo, a UECE ou a CCV).
DICA: Dentre as orações, há aquelas que mais se destacam em provas de concurso. São elas: as coordenadas
(ênfase nas aditivas, adversativas e conclusivas), as subordinadas adjetivas (ênfase no sistema de pontuação e nos pro-
nomes relativos) e subordinadas adverbiais (ênfase nas iniciadas com a letra “C”: causal, consecutiva, concessiva e con-
dicional). É por isso que muitas questões pedem para que você identifique, por exemplo, relações de causa e conse-
quência.
DICA DE ESTUDO: Procure resolver exercícios de toda natureza, tanto os tradicionais (aqueles bem técnicos, que
lembram as questões do colégio), como os mais contemporâneos (mais ligados ao texto e ao contexto).
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Considerável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
STATUS: Parte em sala e com o professor; outra, em casa e com leitura individual.
TEORIA BÁSICA
STATUS: Leitura individual, antes da aula.
CONCEITOS-CHAVE:
FRASE:
ORAÇÃO:
Todo enunciado linguístico dotado de sentido e com presença de verbo ou locução verbal.
PERÍODO:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 206
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
1. Período Simples
- Na rua 7, diante das lojas mais elegantes do bairro, transita um carro aberto, com cores chamativas.
2. Período Composto
- Abria-se uma nova era, pois o primeiro carro de motor à explosão circulava no Brasil.
ORAÇÕES COORDENADAS
As orações coordenadas podem ser:
1. Assindéticas
► Quando estão simplesmente colocadas uma ao lado da outra, sem qualquer conjunção entre elas (a = "não"; síndeto
= palavra de origem grega que significa "conjunção" ou "conectivo").
● "Subo por uma velha escada de madeira mal iluminada, chego a uma espécie de salão" .
● "Grita, sacode a cabeleira negra, agita os braços, para, olha, ri".
2. Sindéticas
1. Aditivas
• "Não olha para trás, não sente saudades, não deixa NEM CARREGA CONSIGO AMOR NENHUM."
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 207
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Detalhe: Principais conjunções aditivas: e, nem, (não só)... mas também, mas ainda, senão também, como também,
bem como.
2. Adversativas
Expressam a ideia de oposição, contraste ou restrição:
Detalhe: Principais conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, em contraparti-
da, senão.
3. Alternativas
Expressam alternância de ideias:
Detalhe: Principais conjunções alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja...seja....
4. Conclusivas
Expressam ideia de conclusão, consequência:
• "O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; MERECE, POIS, TODA A CONFIANÇA DA EMPRESA."
• "Os cães passaram três dias sem comer, LOGO ESTAVAM FAMINTOS."
☼ Detalhe: Principais conjunções conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo) e por isso.
5. Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação ao fato expresso na primeira oração:
Detalhe: Principais conjunções explicativas: porque, que, pois (anteposto ao verbo) etc.
PARTICULARIDADES
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 208
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
1) As orações coordenadas sindéticas aditivas podem estar correlacionadas através das expressões: (não só)... mas tam-
bém, (não somente)... mas ainda, (não só)... como também. Exemplo:
a) Aditivo:
•"Esse menino fala QUE fala!!! Não para um instante!" (Fala e fala.)
b) Adversativo:
•"Todos receberão os salários hoje, QUE não você."
VERSÃO 01: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, mas começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria
das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 02: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, pois começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria
das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 03: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 209
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, e começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria das
pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 04: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, portanto começaram a cair no meio da manhã, quando a
maioria das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 05: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, ou começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria
das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 01: O uso da conjunção adversativa “mas” é correto, pois indica ao leitor que ele deve interpretar a próxima
oração como uma ressalva (uma restrição) sobre o que foi afirmado na oração anterior. A conjunção “mas” poderia, no
presente contexto, ser substituída por: “porém”, “todavia”, “contudo”, “entretanto” ou “no entanto”.
VERSÃO 02: O uso da conjunção explicativa “pois” torna o texto incoerente, já que não há como pensar que a segunda
oração esteja explicando a primeira.
VERSÃO 03: O uso da conjunção “e” é correto, mas lembre que este “e” não tem valor aditivo, mas sim, no presente
contexto, valor adversativo.
VERSÃO 04: O uso da conjunção conclusiva “portanto” não faz sentido, pois não a primeira oração não “provoca” a rea-
lização da segunda; ou seja, não se deduz, pela primeira oração, o que irá acontecer na segunda.
VERSÃO 05: O uso da conjunção alternativa “ou” gera uma sensação de dúvida no texto, o que prejudica os sentidos
originais.
- “A projeção política do atual governo continua em alta, e, desde 2003, o Congresso não poupa esforço para manter
essa estratégica e interessante imagem”.
- “A projeção política do atual governo continua em alta. Ø Desde 2009, o Congresso não poupa esforço para manter
essa estratégica e interessante imagem”.
- “Os homens não deveriam permanecer solitários por tanto tempo, pois já foi provado que relacionamentos amadure-
cem mais do que solidão”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 210
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- “Os homens não deveriam permanecer solitários por tanto tempo: já foi provado que relacionamentos amadurecem
mais do que solidão”.
- “Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do
que a sua. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve”.
- “Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do
que a sua. O espelho tentou mudar de assunto; Ø finalmente, respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve”.
*Entendamos “mutação semântica” como a mudança de sentido que certas conjunções demonstram nos textos.
Exemplos:
- O jornalista trouxe todas as informações, mas elas não eram suficientes para a publicação da matéria. (ADVERSATIVA)
- O jornalista trouxe todas as informações, e elas não eram suficientes para a publicação da matéria. (ADVERSATIVA)
- A jovem trabalhava que trabalhava, mas a vida continuava difícil. (ADITIVA / ADVERSATIVA)
- A jovem trabalhava e trabalhava, e a vida continuava difícil. (ADITIVA / ADVERSATIVA)
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, pois, toda a confiança. (CONCLUSIVA)
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, logo, toda a confiança. (CONCLUSIVA)
Exemplos:
- Muitos correntistas fizeram significativos saques, pois havia a possibilidade de que suas economias fossem bloquea-
das. (EXPLICATIVA)
- A tentativa de bloquear as contas dos funcionários públicos provocou insegurança em toda a população; houve, pois,
retiradas significativas de poupança e outros investimentos. (CONCLUSIVA)
- Muitos correntistas fizeram significativos saques, pois, pelo que foi divulgado na imprensa, havia a possibilidade de
que suas economias fossem bloqueadas.
- Questionamento possível pelas bancas: por estar entre vírgulas, a conjunção “pois” teria valor conclusivo?
- Resposta: Não, uma vez que o “pois” não está entre vírgulas, mas sim a expressão “pelo que foi divulgado na impren-
sa”. Sem falar que a conjunção não está depois do verbo.
- Todas as iniciativas do governo obtiveram críticas dos mais diversos setores da imprensa escrita e televisiva; a Presi-
dente Dilma, entretanto, disse que os jornalistas estão exagerando em suas análises. (USO CORRETO).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 211
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Todas as iniciativas do governo obtiveram críticas dos mais diversos setores da imprensa escrita e televisiva; a Presi-
dente Dilma, mas, disse que os jornalistas estão exagerando em suas análises. (USO INCORRETO).
EXERCÍCIO 01
Texto I
“Em um dado momento ou em outro, passa pela cabeça da maioria das pessoas a ambição de largar tudo e ir viver uma
vida tranquila em outro lugar. Mudar de vida pode ser uma excelente solução para a tensão, dependendo evidentemen-
te da vida que se leva. Qualquer decisão nesse sentido, porém, deve levar em conta um fato da natureza: ninguém pode
evitar completamente situações estressantes. O estresse não é doença, e, sim, uma reação instintiva ao perigo real ou
imaginário ou a uma situação de desafio. “Uma cascata bioquímica que prepara o corpo para lutar ou fugir”, na defini-
ção do manual de técnicas para aliviar o estresse, elaborado pela Escola de Medicina de Harvard, um centro de excelên-
cia nos Estados Unidos da América”.
01- Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao substituir “porém” (depois de “nesse sentido”) por
“mas”.
02- A conjunção “ou” (início do texto) estabelece relação de alternância. Acrescenta-se que seria possível substituí-la
pela conjunção “seja”. Tal mudança mantém a ideia de alternatividade e a correção do período.
03- Por cumprir papel copulativo, a conjunção “e” (depois de “largar tudo”) permite substituição por “mas”.
04- O valor adversativo da conjunção “e” (antes de “não é doença”) permite sua substituição por “mas”, sem que a
argumentação do texto seja prejudicada.
05- Por desempenhar papel explicativo, “que” (depois de “se leva”) poderia ser substituído por “, pois”, sem que os
sentidos nem a correção gramatical fossem comprometidos.
06- “Ou” em “prepara o corpo para lutar ou fugir” estabelece coordenação entre termos nominais, o que descarta a
hipótese de se ter qualquer tipo de oração.
GABARITO
01 02 03 04 05 06
E E E C E E
EXERCÍCIO 02
A questão mais importante para entender a reforma tributária é saber por que a estamos propondo. Não é um projeto
que sai do nada, mas que herda muito das discussões realizadas sobre o tema desde o início da década passada no Bra-
sil. Naturalmente este tem algumas diferenças em relação aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo
longo de transição, um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua implantação.
Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos de Problemas Brasileiros, n.º 391, jan./fev./2009 (com adaptações).
03- A oração “que sai do nada” poderia ser inaugurada por uma vírgula sem que os sentidos e classificação sintática
sejam comprometidos.
04- Depois de “naturalmente” (3º período) uma vírgula poderia existir, sem que nenhum prejuízo fosse causado ao
texto.
05- Levando em conta que os sentidos originais serão alterados, uma maneira de conectar o penúltimo período ao
último seria assim: no lugar de “A principal é” usar “, uma vez”.
06- A inserção de uma conjunção coordenativa “e” no lugar da vírgula presente no último período não alteraria as rela-
ções de sentido do texto.
07- O trecho “um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua implantação” (último período) funcio-
na como aposto enumerativo da expressão “um prazo longo de transição”.
01 02 03 04 05 06 07
E C E C C E E
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 213
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Essas orações recebem esse nome porque exercem função própria dos substantivos: objeto direto, objeto indireto,
sujeito, predicativo, complemento nominal e aposto. São introduzidas por conectores específicos: que, se, quem, quanto
e como.
Exemplo:
Desenvolvendo:
2- A jornalista expôs..............................................
Ou seja:
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta funciona como objeto direto da Oração Principal.
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta funciona como objeto indireto da Oração Principal.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 214
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
A Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal funciona como complemento nominal da Oração Principal.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
f) Faço apenas um pedido ─ que você nunca abandone os seus princípios ─ , e todos os seus amigos ficarão mais
tranquilos.
________________________________________
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 215
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
________________________________________
________________________________________
i) Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos personagens da cultura latino-americana.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
GABARITO
TEXTO I
Conforme pesquisa, o fumo passivo mata 7,5 mil brasileiros por ano.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 40% das vítimas do uso passivo de cigarros, ca-
chimbos, charutos etc. no Brasil são crianças.
Conforme cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil dos
7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade.
01- É possível deduzir do texto que seu título está ligado ao 1º parágrafo por meio de coesão lexical, já que os termos
pesquisa, fumo e mata (no título) se concatenam a estudo, cigarros/cachimbos/ charutos e vítimas (1º parágrafo)
porque têm, esses termos, no presente contexto, vínculos semânticos entre si.
02- A conjunção QUE (após aponta) poderia ser substituída por dois-pontos, sem que os sentidos originais fossem alte-
rados.
03- A conjunção CONFORME, início do segundo parágrafo, poderia ser substituída por LOGO, seguida de vírgula. Tal
mudança mantém a relação semântica original entre o 1º e o 2º parágrafos.
TEXTO II
Reia, uma lua de Saturno com 1.500 km de diâmetro e composta basicamente de rocha e gelo, tem uma atmosfera tê-
nue que é composta por 70% de oxigênio e 30% de gás carbônico, dois gases que, na Terra, são essenciais para as for-
mas mais complexas de vida. A descoberta, feita pela sonda Cassini, da Nasa, é descrita na edição desta semana da re-
vista Science.
Embora o oxigênio existente hoje na atmosfera da Terra seja produto da atividade de seres vivos que fazem fotossínte-
se, este dificilmente será o caso em Reia, explica o principal autor do artigo que analisa os dados da Cassini, Ben Teolis.
"A atmosfera de Reia é muito fina, e a lua não tem um campo magnético próprio", explica. "Sua superfície está total-
mente desprotegida dos íons e elétrons aprisionados no campo magnético de Saturno". O constante bombardeio de
partículas sobre o gelo da superfície causa reações que formam o oxigênio, que então ou fica preso no gelo sólido ou é
ejetado para atmosfera.
"O bombardeio é suficiente para criar e sustentar a atmosfera", diz o cientista, que considera muito improvável a exis-
tência de vida em Reia, por conta das baixas temperaturas – segundo a Nasa, o clima na Lua oscila de -174º C a -220º C
─ e da ausência de água no estado líquido.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 217
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Mas Teolis lembra que a descoberta de oxigênio na atmosfera da lua se segue à detecção de sinais da mesma substância
em várias luas do planeta Júpiter, incluindo Europa, onde cientistas acreditam que existe um oceano sob a crosta de
gelo.
"Isso sugere que a formação de oxigênio em corpos gelados submetidos à radiação pode ser muito comum no Universo,
e pode existir o potencial para química orgânica complexa movida a oxigênio dentro de objetos como Europa ou Encé-
lado, no nosso próprio Sistema Solar, e em outras luas pelo Universo", especula o pesquisador. Encélado é uma lua de
Saturno que apresenta sinais de água sob a superfície. "Esse tipo de química pode ser considerado um pré-requisito
para a vida".
04- O pronome relativo QUE, após tênue (primeiro parágrafo), poderia ser substituído pela conjunção E sem que os sen-
tidos e as relações sintáticas originais fossem comprometidos.
05- Uma maneira de reescrever corretamente o segundo parágrafo seria da seguinte forma: “O oxigênio existente, hoje,
na atmosfera da Terra, é produto da atividade de seres vivos que fazem fotossíntese; contudo, este dificilmente
deverá ser o caso em Reia (...)”.
06- A conjunção E presente no 1º período do 3º parágrafo tem valor conclusivo. Por isso, sua substituição por PORTAN-
TO manteria as relações sintático-semânticas do texto.
07- A vírgula presente após fina (início do 3º parágrafo) poderia ser suprimida sem que os sentidos e correção gramati-
cal fossem comprometidos, já que noção de coordenação permanece.
08- O termo QUE (após oxigênio, 3º período do 3º parágrafo) não poderia ser substituído pela conjunção E, uma vez que
os sentidos originais sofreriam alterações.
09- No último período do terceiro parágrafo, seria possível suprimir a primeira conjunção OU (após então) sem que a
correção gramatical bem como os sentidos originais fossem comprometidos.
10- No 4º parágrafo, a oração intercalada “diz o cientista” se concatena, assindeticamente, com a oração que a antece-
de e a precede. Salienta-se que seria possível substituir a segunda vírgula, mantendo as relações originais do texto
e preservando a correção gramatical.
11- A palavra MAS (início do 5º parágrafo) poderia, livremente, ser substituída por CONTUDO, PORÉM, ENTRETANTO e
EMBORA. Por outro lado, caso fosse substituída pela última conjunção citada, o verbo lembra (modo indicativo)
deveria ser reescrito para lembre (modo subjuntivo) a fim de que não houvesse prejuízo sintático para a oração.
12- A conjunção integrante QUE, localizada no 5º parágrafo, poderia ser substituída pelo sinal de dois-pontos sem que
os sentidos nem correção gramatical fossem comprometidos.
13- Após sugere (início do 6º parágrafo) seria possível a inserção da conjunção PORTANTO (entre vírgulas), a fim de que
possa ser exposta a relação de conclusão existente entre o que é dito no parágrafo anterior e o será anunciado,
agora, no 6º parágrafo.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C E E C E C C C E
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 218
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
11 12 13
E C C
EXERCÍCIOS 02
02- Em “Convém que a leitora do JB e outros desinformados saibam que o eucalipto é uma árvore predadora”, encon-
tramos, além da oração principal, respectivamente:
a) Duas orações subordinadas subjetivas.
b) Uma oração subordinada objetiva direta e uma subjetiva.
c) Uma oração subordinada objetiva direta e uma adjetiva.
d) Duas orações subordinadas completivas nominais.
e) Uma oração subordinada subjetiva e uma objetiva direta.
03- Se suprimirmos o pronome indefinido “Ninguém” e acrescentarmos “Se” à forma verbal “informou”, na frase “ Nin-
guém informou que haverá aula”, o sujeito da oração principal é:
a) Ninguém.
b) Aula.
c) Indeterminado.
d) Que haverá aula.
e) Inexistente.
01 02 03
D E D
1- O homem espacial.
2- O homem do espaço.
2- O vereador por quem ele não tem nenhuma admiração foi notificado pela polícia.
Pronome Referência
QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.
QUEM A um termo (substantivo comum ou próprio), na condição de Ser Humano,
anterior a ele.
ONDE A um termo (substantivo comum ou próprio) que indique lugar, também
anterior a ele.
CUJ- A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.
1. Oração adjetiva: é aquela que caracteriza o substantivo a que se refere. Logo, seu papel é de adjetivo. É sempre in-
troduzida por um pronome relativo.
2. Pontuação: interfere tanto na interpretação da frase, como na classificação da oração. Se houver vírgulas, a oração
será explicativa; se não, restritiva.
1. Meus livros, que estão rasgados, foram levados ao livreiro. (Note que a leitura é pausada)
Leitura e interpretação permitidas:
1.2. Não é possível deduzir que existam outros livros, além dos rasgados.
Logo, a oração classificada é adjetiva explicativa.
2. Meus livros que estão rasgados foram levados ao livreiro. (Note que a leitura é rápida)
Leitura e interpretação permitidas:
2.1. Somente os meus livros que estão rasgados foram levados ao livreiro.
2.2. É possível deduzir que existem outros livros, e que não devem estar rasgados.
Logo, a oração classificada é adjetiva restritiva.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 220
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
OUTROS EXEMPLOS
EX²: Os jogadores /que foram convocados / representaram bem a seleção de seu país.
Não restringem a significação do nome; pelo contrário, acrescentam uma característica que é própria do ele-
mento a que se refere.
Ex¹ : Letícia gosta do professor de matemática/, que tem olhos azuis,/desde o primário.
EX² : O funcionário da escola/, que se aposentou mês passado,/ está muito feliz.
Ex³: Joana/, cujo bom gosto esteve sempre ao seu lado/, recebeu mais uma homenagem.
“Ao tentar explicar o processo criativo, alguns autores de tendência psicanalítica oferecem argumentos interessantes
sobre como o inconsciente pode estar envolvido nisso. Para Storr, trata-se de uma relação entre criação e prazer que
parece valer tanto para a criação artística quanto para a científica. Beveridge faz referência a esse prazer quando consi-
dera a pesquisa científica uma aventura intelectual. O próprio termo aventura lembra ventura, que é sinônimo de pra-
zer, felicidade, além de englobar ainda a característica de alguém que está disposto a correr riscos e a enfrentar o des-
conhecido. Com relação às características do ambiente sociocultural, observam-se diferenças entre sociedades quanto à
extensão e à profundidade com que são cultivados os traços favorecedores da produção e a respeito de que oportuni-
dades são oferecidas para o desenvolvimento das habilidades e potencialidades de cada indivíduo. Constata-se que
valores diversos predominam em sociedades distintas com relação à inovação e ao estímulo ao talento criativo”.
Eunice Soriano de Alencar e Afonso Galvão. Condições favoráveis à criação nas ciências e nas artes. In: Ângela Virgolim (Org.). Talento criativo:
expressão em múltiplos contextos. Brasília: EDUNB, 2007, p. 105-9 (com adaptações).
► Use “C” para correto e “E” para errado. No desenvolvimento das ideias no texto, o pronome relativo “que”,
01- ( ) No 2º período, refere-se a “prazer”; por isso, admite a substituição por “o qual”.
02- ( ) No 4º período, tanto se refere a “aventura” quanto a “ventura”, pois os dois termos são tomados como sinô-
nimos.
03- ( ) No 4º período, depois de “alguém”, não poderia ser omitido, já que tal supressão acarretaria erro gramatical
no período em que se encontra.
04- ( ) No 5º período, é precedido pela preposição “com” porque se refere a “características do ambiente sociocultu-
ral”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 221
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
05- ( ) No 5º período, é precedido pela preposição “de”, a qual não pode ser omitida, pois faz parte da expressão “a
respeito de”.
06 - ( ) O relativo “que”, depois de “prazer”, poderia ser substituído por “no qual”, sem que a correção gramatical
fosse comprometida.
07- ( ) Ao substituir a estrutura a seguir “quando considera a pesquisa científica...” por “cuja pesquisa científica é
considerada...”, os sentidos seriam alterados, mas a correção gramatical seria mantida.
08- ( ) O relativo “que”, após “alguém”, 4º período, pode ser substituído por “quem”, uma vez que faz referência a
um pronome que está intimamente ligado à ideia de “ser”.
09- ( ) A palavra “que”, último período, pode ser classificada como pronome relativo, já que permite substituição por
“os quais”.
10- ( ) A expressão “com que” poderia ser substituída pelo pronome relativo “onde” sem que a correção gramatical
fosse comprometida.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E C E C E C E E E
A disputa pelo controle de pontos de venda de drogas em favelas na Ilha do Governador — que provocou a morte de 12
traficantes há 11 dias — impôs nova noite de terror no bairro carioca. O tiroteio entre bandos rivais, em três diferentes
localidades, matou uma mulher que saía de uma padaria e feriu três pessoas, entre elas uma menina de seis anos. A
guerra entre integrantes de uma mesma facção criminosa fez que moradores do bairro se mantivessem no chão de suas
casas, atrás de móveis, enquanto durou a fuzilaria. Balas atravessaram a lataria de carros estacionados próximos às en-
tradas das favelas.
01- O primeiro QUE destacado no texto poderia ser substituído por O QUAL, pois ele se relaciona diretamente com a
palavra que a antecede, ou seja, Governador.
03- O conjunto “a morte de 12 traficantes há 11 dias” funciona como objeto direto do verbo da oração subordinada
adverbial.
04- O segundo QUE destacado no texto é um pronome relativo e pode ser substituído por CUJA sem que haja nenhum
dano à frase.
05- Já na frase “A violência urbana, cuja a vítima maior é sempre o cidadão, deve ser alvo de projetos mais ousados por
parte do Governo”, o pronome relativo CUJA está, sintaticamente, bem estruturado dentro do período e deve ser
classificado como Adjunto Adnominal.
01 02 03 04 05
E C E E E
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 222
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS FINAIS
01- Na seguinte oração “Os viajantes, que possuem passaporte, podem viajar”.
► Em relação à frase, o único comentário falso é que:
03- Assinale a opção em que apresenta um período com oração subordinada adjetiva.
01 02 03
A A D
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. É iniciada por uma conjunção subordinativa causal ou por uma
locução conjuntiva subordinativa causal. São elas: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, sendo
que, dado que, na medida em que.
Também pode ser iniciada pela preposição Por, estando o verbo no infinitivo.
- Já que a polícia não conseguiu prender ninguém, a imprensa vem questionando a eficiência dos investigadores.
- Por ter deixado a cidade na infância, não viu as melhorias do governo.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 223
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido. É iniciada
por uma conjunção subordinativa comparativa. São elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.
Exemplo:
Perceba que o verbo ser, na segunda oração, está subentendido: ele era mais esforçado que o irmão era.
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão. É iniciada por uma conjunção subordinativa concessiva
ou por uma locução conjuntiva subordinativa concessiva. São elas: embora, conquanto, não obstante, apesar de que,
se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese, a despeito de, malgrado.
Exemplos:
- Conquanto a comunidade venha reclamando do acúmulo de lixo, não é novidade vê-la despejando-o em qualquer lugar
público.
- O homem é um ser dotado de inteligência e capacidade, se bem que nem todos as aproveitam para o bem de si e dos
outros.
- Todos deixaram a sala de aula rapidamente, apesar de não terem terminado a prova.
Mesmo que ele traga todos os documentos, não há mais tempo hábil para sua inscrição.
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição. É iniciada por uma conjunção subordinativa condicional
ou por uma locução conjuntiva subordinativa condicional. São elas: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.
Também pode ser iniciada pela preposição A, estando o verbo no infinitivo.
Exemplos:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 224
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa con-
formativa ou por uma locução conjuntiva subordinativa conformativa. São elas: como, conforme, segundo, consoante.
Exemplos:
- Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década passada
F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência. É iniciada pela conjunção subordinativa consecuti-
va que. Na oração principal normalmente surge um advérbio de intensidade tal, tanto, tamanho(a): (tão)... que, (tan-
to)... que, (tamanho)... que.
Exemplos:
- O esforço do presidente foi tal, que as obras terminaram antes do prazo previsto.
- Tamanha era impaciência do aluno, que não conseguia ficar
concentrado nem por um minuto.
G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por uma conjunção subordinativa temporal ou
por uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que,
logo que, mal.
Exemplos:
Fico triste, sempre que vejo cenas de violência.
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa final ou por uma
locução conjuntiva subordinativa final. São elas: a fim de que, para que.
Também pode ser iniciada pela preposição Para, estando o verbo no infinitivo.
Exemplos:
- O brasileiro procura economizar no fim do ano para que consiga comprar mais em janeiro.
I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção. É iniciada por uma locução conjuntiva subordinativa
proporcional. São elas: à proporção que, à medida que, tanto mais...mais..., tanto mesmo...menos..., enquanto.
Exemplo:
01- “Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos. Uma plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de
pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta bem re-
curvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo menos no que diz respeito a qualquer forma de
voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez, em ninhos construídos no chão.
Que presa poderia revelar-se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, provavel-
mente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu so-
bretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana”.
Os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos, sem prejuízo para o sentido e a correção, respecti-
vamente,por:
03- “Decerto que em muitos casos o uso do véu é imposto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas
basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos”.
a) O emprego de “Certamente”, no lugar de Decerto, expressaria a ideia de certeza, não encontrada no trecho.
b) Transpondo o uso do véu é imposto pela família para a voz ativa, a forma verbal obtida é “impõe”.
c) A ausência de vírgula após muitos casos constitui deslize do autor, pois, nesse específico contexto, ela é obri-
gatória.
d) Se, em vez de uma, fossem consideradas “duas mulheres”, o segmento estaria correto assim “mas basta duas
que os faça...”.
e) A expressão para que introduz a finalidade de uma ação, finalidade que o autor considera desejável.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 226
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
04- “As flores têm pétalas brancas; o fruto, uma cápsula fusiforme com 10 centímetros, provido de pequenas sementes
envoltas por pelos, ou painas. Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de
líquido, dá uma descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica. Ouve-se à distância o ruído do
movimento da água”.
O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em:
05- “Antes do pôr-do-sol, costumavam os homens arranchar-se e cuidar da ceia, que constava principalmente de feijão
com toucinho, além da indefectível farinha, e algum pescado ou caça apanhados pelo caminho. Quando a bordo, e
por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijão frio, feito de véspera”.
a) modo e consequência.
b) causa e concessão.
c) temporalidade e causa.
d) modo e temporalidade.
e) consequência e oposição.
06- “A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudan-
ças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros”.
a) adversativo.
b) de consequência.
c) de finalidade.
d) de proporção.
e) concessivo.
Cartão de Natal
08- “Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvi-
mento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show
business”.
Na frase acima, o segmento destacado equivale a:
09- “Falha o arqueiro que ultrapassa o alvo, da mesma maneira que aquele que não o alcança”. (Adaptado de Mon-
taigne, Ensaios)
12- “Foi [Lévi-Strauss] um crítico demolidor da arrogância ocidental: os índios deixaram de ser relíquias do passado,
deixaram de ser alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais do que qualquer análise”.
O sinal de dois-pontos da frase acima pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido, por
a) entretanto.
b) a fim de que.
c) não obstante.
d) em razão do que.
e) mesmo porque.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D B B A C C D B C D
“Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separa-
vam o público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a estrutu-
ração de novas relações familiares, bem como à privatização do público”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 228
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
01- A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” é responsável pelo uso do modo subjuntivo em “tenha”; por isso, a
substituição dessa forma verbal por “tem” desrespeita as regras gramaticais do padrão culto da língua.
“Dezenas de milhares de funcionários públicos gregos saíram às ruas em Atenas e Tessalônica para protestar contra as
medidas de austeridade, em um ambiente tenso que teve como saldo 10 pessoas detidas. Num momento em que o
fantasma do default ainda ronda este país altamente endividado, as forças policiais lançavam bombas de gás lacrimogê-
neo contra dezenas de jovens encapuzados que atiravam garrafas e pedras à margem da manifestação de Atenas, que
reuniu cerca de 18.000 pessoas, segundo a polícia”.
02- A oração “para protestar contra as medidas de austeridade” se relaciona com a oração anterior a partir de um vín-
culo de finalidade.
03- Seria facultativo o uso de uma vírgula após “Tessalônica”, sem comprometer a correção gramatical.
04- Seria possível (mantendo os sentidos originais), correto gramaticalmente e coerente articular a primeira oração do
texto à segunda a partir da troca de “para protestar” por “ao passo que protestavam”.
05- O segundo período é iniciado por uma oração de caráter temporal e permitiria, sem comprometer os sentidos ou
correção gramatical, a substituição da expressão “Num momento em que ”por “Enquanto”.
06- A oração “que reuniu cerca de 18.000 pessoas” tem natureza restritiva.
07- No último período, após “segundo”, é notória a elipse de um verbo de valor declarativo, como, por exemplo, “dis-
se”.
08- A substituição de “segundo” por “conforme” não altera a correção gramatical ou mesmo os sentidos textuais.
“Apesar de ter o maior índice de alta confiança na polícia, mesmo que seja abaixo dos 6%, o Nordeste também é a
região que tem o menor índice de sensação de segurança do País. Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Soci-
al (Sips) sobre segurança pública 2010, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 85,8% dos entrevistados têm
medo de serem assassinados”.
09- A substituição de “Apesar de” por “Porquanto” mantém correção gramatical do período desde que se substitua o
verbo “ter” por “tenha”.
10- A oração “mesmo que seja abaixo dos 6%” imprime uma relação de causa quando se refere à oração anterior.
11- A substituição de “mesmo que” por “posto que” mantém correção gramatical do período.
12- A oração “o Nordeste também é a região que tem o menor índice de sensação de segurança do País” pode ser ca-
racterizada como a oração principal da estrutura que imediatamente a antecede.
“Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que as vendas de
materiais de construção têm crescido acima da média do comércio em geral, mas que esse fator não se reflete em me-
lhores salários para os trabalhadores”.
Correio Braziliense
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 229
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
13- Seria possível manter a correção gramatical ao se substituir a expressão “mas que” por “embora”.
“Segundo especialistas, esse comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define o pouco tempo que
permanecemos com os produtos que compramos. Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais
quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos
poucos, sem perceber, vamos construindo uma sociedade descartável”.
14- Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” ao anterior por
meio da conjunção “conquanto”, escrevendo-se do seguinte modo: “(...) profissionais, conquanto priorizamos (...)”.
“O cérebro não guarda informações como em um dicionário, em que o verbete “teatro” vai estar na letra “T”. Nele, a
palavra “teatro” é associada a experiências distintas por nós vividas. Algumas são lógicas, outras menos óbvias. Quanto
maior a variedade de experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer”.
15- O período “Quanto maior a variedade de experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer” dá
ideia de proporcionalidade.
16- Ao se substituir “Quanto maior” por “À medida que cresce”, mantém-se a correção gramatical do período.
O mais curioso é que, a despeito de qualquer discussão sobre o dever das escolas, ajudar no desenvolvimento do aluno
com vistas à sua colocação no mercado de trabalho é um fundamento no país, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação Nacional, conjunto de normas que dá o norte ao sistema educacional brasileiro”.
“Na realidade, à exceção das manifestações indígenas, o restante do que se pode definir como cultura brasileira veio de
fora. A multirracialidade do país contribuiu para isso. Mesmo quando determinados movimentos estéticos adotaram um
comportamento nacionalista, os modelos foram importados. Apesar de as esculturas de Aleijadinho, do século XVIII,
terem fisionomia mestiça, esse era um artista barroco, com influência europeia. A Semana de Arte Moderna em São
Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo Futurismo italiano”.
18- Caso se substitua “Apesar de” por “Embora”, é necessário também substituir “terem” por “tenham”, de forma a
assegurar a correção gramatical do período.
“Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa decepção: não conseguiu pro-
duzir um documento tornando obrigatórias as metas de redução da emissão de poluentes, mas houve consensos”.
19- A substituição do sinal de dois-pontos por uma vírgula seguida da expressão “uma vez que” prejudicaria a correção
gramatical e a informação original do período.
“Sabe-se que, no Brasil, a questão do acesso à escola não é mais um problema, já que a quase totalidade das crianças
ingressa no sistema educacional. Entretanto, as taxas de repetência dos estudantes são bastante elevadas...”.
20- A locução “já que” confere a noção de causa à oração em que ocorre.
Várias cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais convivem com oferta anual inferi-
or 2 milhões de litros por habitante, para uso direto e indireto. O consumo per capita dobrou em 20 anos, enquanto a
disponibilidade de água ficou três vezes menor. Para piorar esse quadro, há muito desperdício: cerca de 30% da água
tratada é perdida em vazamentos nas ruas do país — só na Grande São Paulo o desperdício chega a 10 metros cúbicos
de água por segundo, o que daria para abastecer cerca de 3 milhões de pessoas diariamente.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 230
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
21- Prejudicam-se a coerência textual e as informações originais do texto ao se substituir o termo “enquanto” por “ao
passo que”.
A cena é muito comum: cidade afora, pessoas abusam do uso da água, lavando calçadas, passeios e carros. Mesmo que
o Brasil seja o grande reservatório de água doce do mundo (11,6% do total disponível, com cada brasileiro, em tese,
dispondo de 34 milhões de litros por ano, embora possa levar vida confortável com 2 milhões de litros anuais), tem na
distribuição o seu maior gargalo: 80% concentram-se na Amazônia, onde vivem apenas 5% da população do país, com
os 20% restantes abastecendo 95% dos brasileiros.
22- A expressão “Mesmo que” confere ao trecho em que se insere a noção de condição, por isso, poderia ser trocada
por “A menos que”.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C C E E E C C E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E E C C C C C C
21 22
E E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1
(Padrão UECE, CESGRANRIO, IMPARH)
01. Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada
pelo nome da conjunção que a encabeça”.
Assinale uma alternativa onde aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição:
a) A casaca dele estava remendada, mas estava limpa.
b) Ambos se amavam, contudo não se falavam.
c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças.
d) Chora, que as lágrimas lavam a dor.
e) O time ora atacava, ora defendia, e no placar aparecia o resultado favorável.
02. No período “Sabe-se que Jacó propôs a Labão que lhe desse todos os filhos das cabras...”, a alternativa que contém
a análise correta das orações, na sequência em que vêm no período, é:
03. Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o
erro, e Fabiano perdeu os estribos.”
e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era.
Qual das orações subordinadas adjetivas é explicativa e, portanto, deve ficar entre vírgulas?
"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante
razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu."
07. No período "É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a estandardização e o consumis-
mo", a oração destacada é:
a) Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa/ oração subordinada adverbial condicional
b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa/ oração subordinada substantiva objetiva direta
c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis/ oração subordinada adjetiva restritiva
d) Via-se muito que D. Glória era interesseira/ oração subordinada substantiva subjetiva
e) A ideia é tão santa que não está mal no santuário/ oração subordinada adverbial consecutiva
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 232
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
09. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a ruas dos
finados.", a segunda oração é:
10. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso, não saiu à rua". Nele, nota-se:
11. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração subordinada indica idéia de:
a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência
- Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma reprodução fiel da realidade.
- Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas:
GABARITO 1
01 02 03
D A D
04 05
E D
06 07 08 09 10 11 12
C D A B C C D
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 233
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 2
(Padrão UECE, CESGRANRIO, IMPARH)
01- “Em um dado momento ou em outro, passa pela cabeça da maioria das pessoas a ambição de largar tudo e ir viver
uma vida tranquila em outro lugar.
As respectivas conjunções grifadas assumem no texto valor de:
a) Alternância e adversidade.
b) Alternância e dúvida.
c) Dúvida e adição.
d) Exclusão e adição.
e) Dúvida e conclusão.
02- “O estresse não é doença, e, sim, uma reação instintiva ao perigo real ou imaginário ou a uma situação de desafio”.
I- A conjunção destacada pode ser substituída por “mas”, preservando a correção e os sentidos.
II- A conjunção destacada não poderia ser substituída por “em contrapartida”, pois provoca truncamento na fra-
se.
III- A conjunção destacada classifica-se como coordenativa adversativa.
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) Somente I.
e) Somente III.
03- “Um estudo da Organização Mundial da Saúde aponta que quase 40% das vítimas do uso passivo de cigarros, ca-
chimbos, charutos etc. no Brasil são crianças”.
a) , e
b) , porque
c) , já que
d) , pois
e) :
04- “Segundo cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil
dos 7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade”.
A palavra destacada poderia ser corretamente substituída por:
a) Embora
b) À medida que
c) Em que pese
d) Consoante
e) Malgrado
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 234
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
05- “Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a
entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de
confiança, que façam o que lhes for pedido”.
A estrutura destacada desempenha, na frase, valor sintático de:
a) Sujeito.
b) Objeto direto.
c) Agente da passiva.
d) Predicativo do sujeito.
e) Aposto.
06- “Trabalhar em grupo é uma operação tão prestigiada – na escola, no trabalho, no clube – que ninguém a discute. O
que é um perigo: as verdades dadas como indiscutíveis costumam paralisar as iniciativas”.
a) Concessão
b) Causa
c) Consequência.
d) Condição.
e) Conformidade.
07- “Reconhecer o rosto de cada membro num time de verdade não é ceder a algum nefasto individualismo: é saber
reconhecer e identificar o valor de cada sujeito”.
08- “Reia, uma lua de Saturno com 1.500 km de diâmetro e composta basicamente de rocha e gelo, tem uma atmosfera
tênue que é composta por 70% de oxigênio e 30% de gás carbônico, dois gases que, na Terra, são essenciais para as
formas mais complexas de vida”.
a) Consequência / causa
b) Explicação / restrição
c) Restrição / restrição.
d) Modo / explicação.
e) Restrição / explicação.
10- Em “Convém que a leitora do Jornal do Brasil e outros desinformados saibam que o eucalipto é uma árvore preda-
dora”, a oração destacada desempenha papel de:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 235
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Sujeito oracional.
b) Objeto direto oracional.
c) Complemento oracional
d) Restrição.
e) Explicação.
11- Se suprimirmos o pronome indefinido “Ninguém” e acrescentarmos “Se” à forma verbal “informou”, na frase “
Ninguém informou que haverá aula”, o sujeito da oração principal é:
a) Ninguém.
b) Aula.
c) Indeterminado.
d) Que haverá aula.
e) Inexistente.
12- Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada
pelo nome da conjunção que a encabeça”.
Assinale uma alternativa em que aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição:
13. Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o
erro, e Fabiano perdeu os estribos.”
"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante
razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu."
15. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma comunidade distante, dobrando a ruas
dos finados.", a oração destacada é:
a) causal
b) consecutiva
c) concessiva
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 236
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
d) comparativa
e) subjetiva
16. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso, não saiu à rua". Nele, nota-se, na oração destacada, sentido
de:
a) conformidade
b) condicionalidade
c) causalidade
d) concessividade
e) finalidade
17. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração destacada indica ideia de:
a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas:
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D C E D B B A C D A
11 12 13 14 15 16 17 18
D D D C B C C C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 237
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. Como a palavra “porque” pode assumir várias ortografias
e funções dentro de um mesmo texto, é totalmente viável que você conheça cada uma delas. As organizadoras cobram
esse assunto de várias maneiras: podem sugerir trocas de um determinado “porquê” por outro; substituição do “por-
quê” por dois-pontos, comum no CESPE, na FCC e na UECE; supressão total da palavra a fim de que você reconheça se
os sentidos e correção gramatical são mantidos etc.
DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada um dos “porquês” assume dentro do texto.
DICA DE ESTUDO: Faça bastante exercício, é necessário que você memorize bem cada um deles para que não os
confunda na hora da prova.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
STATUS: Dependendo da banca, em sala e com o professor; de outro modo, em casa e com leitura individual.
Quando for a junção da preposição “por” + pronome interrogativo ou indefinido “que”, possuirá o significado de “por
qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos:
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as
flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo:
- Os assuntos por que o jovem se interessava tinham muita relevância. (pelos quais)
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, deverá vir separado e acentuado, e continuará
com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 238
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”.
Exemplos:
- Não fui ao cinema, porque tenho que estudar para a prova. (pois)
- Não vá fazer intrigas, porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos:
- Diga-me dois porquês para não fazer o que devo. (duas razões)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 239
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
GABARITO
a) Por que
b) Porquê
c) Por que
d) Por quê
e) Porque
f) Porquê
g) Por que
h) Por que
i) Por que
j) Porquês
k) Porque
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 240
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. A palavra “SE” pode assumir diversas funções no texto. As
diferenças são, quase sempre, muito sutis. Portanto, atenção.
DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada “SE” assume dentro do texto. É aqui que as
organizadoras podem indagar aos candidatos se o “SE” do 1º parágrafo de um determinado texto pode ser classificado
da mesma maneira que o “SE” do 3º parágrafo.
DICA DE ESTUDO: Não são todos os casos de “SE” que são cobrados em provas. Haverá sempre preferências en-
tre as organizadoras. Por isso, é bom ficar atento quando o “SE” for: pronome apassivador (PA), índice de indetermina-
ção do sujeito (IIS), pronome reflexivo ou parte integrante do verbo. Quanto aos demais, são raros em provas de con-
cursos.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
► Será conjunção.
a) Conjunção integrante:
DICA: Sempre que você substituir a oração iniciada pelo SE por ISSO, e tal substituição fizer sentido, constata-se que o
SE é conjunção integrante.
b) Conjunção condicional.
DICA: O SE condicional fará parte de uma oração de valor hipotético, provável ou incerto. Esse mesmo SE terá o valor
da conjunção CASO, e, por esta, muito provavelmente, poderá ser substituída.
- A população poderia ser compreensiva com os políticos se eles tivessem mais compromisso com os seus programas
eleitorais.
- Se todos compreendessem o verdadeiro sentido da palavra respeito, a humanidade cresceria muito mais.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 241
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
c) Conjunção temporal.
DICA: A oração em que esse SE se insere não terá valor hipotético, provável ou incerto, mas sim de certeza, de convic-
ção e/ou de fato. Será equivalente à conjunção QUANDO, e por esta poderá ser substituído.
- Se as chuvas devastam cidades todos os anos, os governantes dizem a mesma coisa: que a tragédia não era esperada.
- O país deixa de arrecadar uma fortuna em impostos se não fiscaliza os grandes sonegadores.
d) Conjunção causal.
DICA: Certamente, o SE menos comum de todos. A oração em que ele estiver envolvido relacionar-se-á com uma se-
gunda de valor consecutivo. Permite troca por JÁ QUE, PORQUANTO, COMO etc.
1. “SE” será pronome reflexivo quando a ação verbal puder ser desempenhada, voluntariamente ou não, pelo su-
jeito contra si mesmo.
2. Essas ações são, quase sempre, físicas (objetivas e/ou conscientes), mas podem ser também psicológicas (subje-
tivas e/ou inconscientes).
3. O contexto, nessas horas, é fundamental.
Exemplos:
b) Partícula apassivadora:
Exemplos:
- Destina-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade social.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 242
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Ex.:
- As flores murcharam-se todas.
- O amor foi-se embora.
- Os atletas partiram-se chorando.
Ex.:
- O homem arrependeu-se de suas palavras.
- A jornalista se referiu aos casos de irregularidade.
- O talentoso artista suicidou-se nesta manhã.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 243
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
3 - No período "O irmão deixou-se envolver por más companhias ", o SE é classificado como:
a) Conjunção Subordinativa
b) Pronome Reflexivo.
c) Pronome Apassivador
d) Índice de Indeterminação do Sujeito.
e) Partícula Expletiva ou de Realce
a) Conjunção Subordinativa.
b) Pronome Reflexivo.
c) Pronome Apassivador.
d) Índice de Indeterminação do Sujeito.
e) Partícula Expletiva ou de Realce.
a) Conjunção Subordinativa
b) Pronome Reflexivo.
c) Parte Integrante do verbo.
d) Pronome Apassivador
e) Partícula Expletiva ou de Realce
RESPOSTAS
01- Pronome apassivador; índice de indeterminação do sujeito; partícula de realce; conjunção condicional; conjunção
integrante.
02- (2), (4), (1), (5), (3).
03- B
04- A
05- C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 244
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Razoável. A palavra “QUE” também pode assumir diversas funções no
texto.
DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada “QUE” assume dentro do texto. É aqui que as
organizadoras exploram as diferenças entre um “QUE” pronome relativo e um “QUE” conjunção integrante, por exem-
plo. Sugiro que você volte ao conteúdo “Sintaxe da oração e do período” e revise os potencias dessa palavra. É dentro
das orações, funcionando como conector (ou elemento de coesão, como algumas organizadoras preferem), que a pala-
vra “QUE” costuma ser mais perigosa.
DICA DE ESTUDO: Não são todos os casos de “QUE” que são cobrados em provas. Haverá sempre preferências
entre as organizadoras. Por isso, é bom ficar atento quando o “QUE” for: pronome relativo, conjunção integrante e con-
junção coordenativa explicativa. Quanto aos demais, são menos frequentes.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
1- SUBSTANTIVO: Com o sentido de algo, alguma coisa (como substantivo deve ser acentuado)
Ex.: Ele tem um quê de misterioso. Todos os gênios têm um quê de loucos.
2- PRONOME ADJETIVO:
A casa em que João mora é muito ventilada. (sintaticamente = adjunto adverbial de lugar)
A situação por que passei foi delicadíssima. (sintaticamente = por + que = objeto indireto )
6- ADVÉRBIO:
Ex.:
8- PARTÍCULA ENFÁTICA: (DE REALCE, ou EXPLETIVA, não tendo, assim, função na oração)
Ex: Há anos que não o vejo. (Há anos não o vejo.) - Trata-se, nesta frase, de mero adorno.
Aparece constantemente nas expressões: é que, foi que, era que, será que, seria que...
Ex: Eu é que dei o recado. - Será que vai chover? - Isso é que é... (uma oração só)
EXERCÍCIOS I
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 246
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) Pronome
b) Advérbio
c) Preposição
d) Conjunção
e) Interjeição
a) Pronome
b) Advérbio
c) Preposição
d) Conjunção
e) Interjeição
a) Pronome
b) Advérbio
c) Preposição
d) Conjunção
e) Interjeição
RESPOSTAS
EXERCÍCIOS II
Texto I
“O governo estadual está adotando uma série de medidas com o objetivo de transformar o Departamento Estadual de
Trânsito (Detran) num órgão eficiente, desburocratizado, transparente e acessível a todo cidadão. Falhas de gestão
permitiram que ele fosse dominado, nas últimas décadas, por esquemas de corrupção e falcatruas de todo tipo, que
beneficiavam várias máfias em prejuízo da população, sempre mal atendida. No dia 10 de março, o governador Geraldo
Alckmin assinou o decreto que transfere o Detran da Secretaria da Segurança Pública para a Secretaria de Gestão Públi-
ca. Com a mudança, 1.394 policiais, incluindo delegados e investigadores, voltarão às suas atividades na área de segu-
rança pública”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 247
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
01- As duas evidências de “que”, depois de “permitiram” e antes de “ beneficiavam”, apresentam igual classificação
morfossintática.
02- A palavra “que” depois de “decreto” pode ser substituída por “do qual” sem que a correção gramatical seja com-
prometida.
03- A estrutura oracional reduzida “incluindo delegados e investigadores” permite reescritura, a fim de que alcance
desenvolvimento, da seguinte forma: “que incluem delegados e investigadores”.
Texto II
“Os bens de consumo duráveis acusam, com dados dessazonalizados, recuo de 2,3%, apesar de um crescimento de 4,7%
no caso dos veículos automotores, o que parece indicar que a indústria não está acreditando muito nos efeitos da políti-
ca de restrição do crédito. Em compensação, a queda de produção desses bens se vincula à importação favorecida pela
nova onda de desvalorização do real ante o dólar.
(...)
É possível que os dados da produção industrial tenham sido favorecidos com mais dias úteis do que fevereiro de 2010.
Porém, o importante é que a demanda doméstica continua robusta”.
04- Por ser um pronome relativo, “que”, após “o”, pode ser substituído por “o qual”, já que faz referência ao termo
imediatamente anterior a si.
05- Como “que”, depois de “indicar”, é uma conjunção integrante, sua substituição por “se” não alteraria os sentidos
originais, nem comprometeria as relações sintáticas.
06- O vocábulo “se”, depois de “bens”, permite, preservando a correção gramatical, substituição por “que”.
07- A palavra “se”, depois de “bens”, cumpre o papel sintático de complemento direto e apresenta valor reflexivo.
08- A estrutura de voz passiva analítica “os dados da produção industrial tenham sido favorecidos” poderia ser substi-
tuída por “se tenham favorecido os dados da produção industrial”, agora, na voz passiva sintética.
Texto III
É importante para as empresas que atuam no setor, para as demais empresas, que dependem de conexão rápida e con-
fiável com a internet, e para os cidadãos em geral conhecer as metas oficiais para os próximos anos. Mas, no caso da
banda larga, as metas são pouco ambiciosas se comparadas com as de outros países e, principalmente, quando são le-
vadas em conta as necessidades futuras do País.
(...)
A tributação é apontada como um dos principais responsáveis pelo alto custo. Estima-se que, do valor da assinatura
mensal, os tributos representem 40% (no Japão, correspondem a 5% e na Argentina, a 27%). O ministro Paulo Bernardo
previu que, com o corte de tributos federais, a banda larga popular poderá custar R$ 35. Se os Estados reduzirem o
ICMS, o valor poderá ficar abaixo de R$ 30 por mês. É uma medida elogiável, mas ainda insuficiente, diante do custo da
banda larga no País.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 248
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
09- Embora a palavra “que” (início do primeiro período) se refira a “empresas”, sua substituição por “onde” não preser-
varia a correção gramatical, tampouco as relações originais de sentido.
10- A palavra “se”, depois de “ambiciosas” pode ser classificada como pronome apassivador.
11- A palavra “se”, depois de “ambiciosas” pode ser substituída por “caso”, já que imprime no texto relação de condi-
ção.
12- “SE”, na estrutura “Estima-se que...”, indica que o sujeito da oração é indeterminado.
13- “SE”, ante de “os Estados reduzirem...”, indica nexo de condição, e poderia ser substituído por “Caso”, sem que os
sentidos, nem a correção gramatical fossem comprometidos.
Texto IV
“Não vejo mais como me furtar a um comentário sobre o Egito. A confusão ali, afinal, pode virar do avesso a geopolítica
do Oriente Médio e, por extensão, a do globo.
Comecemos pelos consensos. Existe uma unanimidade no mundo árabe. É a de que os valores ocidentais não podem ser
simplesmente importados e implantados sem tradução. Por isso, os países árabes precisam encontrar seu próprio cami-
nho, que deve culminar na união de todas as nações da região. Em minha modesta interpretação, isso tem a ver com a
noção de "umma". Modernamente, a palavra pode ser traduzida como "nação". Seu significado primordial, contudo, é o
de "comunidade", que idealmente engloba todo o islã e à qual todo bom muçulmano deve submeter-se, sem dissenso
(ou quase). O termo, que aparece 64 vezes no Alcorão, é derivado da palavra "umm", que significa "mãe". Uma alterna-
tiva de tradução à Caetano Veloso seria "mátria". A concórdia para nessa ideia de diferença em relação ao Ocidente e
união entre os árabes.
Para lograr esse objetivo, uma parte se voltou para o nacionalismo secular. É dessa tradição que Hosni Mubarak é her-
deiro, muito embora o pan-arabismo já tenha contado com representantes mais populares, notadamente Gamal Abdel
Nasser (1918-70).
O outro ramo é o dos que apostaram na religião como força unificadora. É aí que se encaixa a Irmandade Muçulmana
("al Ikhuan"). Fundada em 1928, é a primeira representante do pan-islamismo”.
14- Na estrutura “(...)contudo, é o de "comunidade", que idealmente engloba todo o islã e à qual todo(...)”, as senten-
ças destacadas poderiam ser substituídas, sem causar prejuízo ao texto por, respectivamente “a qual” e “a que”.
15- A expressão “à qual” (antes de “todo”) desempenha o papel sintático de assistir os sentidos do verbo “submeter-
se”, que reclama complementação indireta.
16- A palavra “que” (depois de “termo”) funciona, sintaticamente, como sujeito.
17- A palavra “se” (depois de “uma parte”) recebe classificação gramatical de pronome apassivador, uma vez que im-
prime à oração valor de passividade.
18- A palavra “que” (último parágrafo) funciona como partícula expletiva e se mantém ligada à oração porque faz refe-
rência a “ramo”.
19- A palavra “se” (antes de “encaixa”, último parágrafo) desempenha papel de pronome reflexivo, já que a ação de
“encaixar” permite movimento de dupla referência.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 249
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Texto V
Embora não notifique todas as denúncias de violência financeira que recebe, o Ministério Público do DF abre dois inqué-
ritos por mês, em média, que se tornam, em seguida, processos judiciais contra os exploradores. “Num contexto em que
o idoso não costuma denunciar, é um número alto de ocorrências. E posso afirmar que em 100% dos casos temos a fa-
mília envolvida”, diz Sandra Julião, promotora da área do idoso no DF.
Correio Braziliense, 05/ 04/ 11
20- A palavra “se” pode ser classificada como uma parte integrante do verbo, dentre outras razões, porque não de-
sempenha função sintática. Seu papel é o de pronominalizar o verbo, o que implica importante mudança para a es-
trutura da frase. Sua ausência comprometeria tanto os sentidos textuais como as regras gramaticais.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E C C E E C C C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E C C C E E E C
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 250
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. Entender esse assunto significa enxergar algo a mais nu-
ma simples frase e até melhorar na interpretação de certos enunciados.
DICA: Se há uma organizadora que explora bastante esse tema, esta é a FCC. Nas provas de todos os níveis é
possível encontrar questões sobre esse assunto. O CESPE também o explora, mas não costuma “avisar” ao candidato
que está tratando de tal assunto. Por exemplo, é comum que o CESPE diga “A substituição de ‘erguem-se’ (linha 10) por
‘são erguidas’ prejudica a correção do período”. Ora, é uma nítida questão de passividade verbal. A organizadora quer
que você reconheça se a passagem da “voz passiva sintética” para a “voz passiva analítica” mantém a correção gramati-
cal.
DICA DE ESTUDO: Cuidado com os modos e tempos verbais. É fundamental que você não confunda o pretérito
perfeito como o imperfeito, por exemplo. Assim, se a questão pede para que você passe a seguinte frase para a voz
passiva analítica “O projeto trouxe benefícios”, e você pensar que “Benefícios são trazidos pelo projeto” é a estrutura
correta, você está confundindo os tempos verbais. Corrigindo: se “trouxe” está no pretérito perfeito, o verbo “ser” deve
ficar também no pretérito perfeito “foram”, e não no presente.
► Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe (ao mesmo tempo) a
ação verbal.
01) Voz Ativa: quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Exemplos
02) Voz Passiva: quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Exemplos
- Entregam-se encomendas.
- Aluga-se casa.
- Compram-se roupas usadas.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 251
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
B) Voz Passiva Analítica: a voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo princi-
pal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Veja mais detalhes
aqui.
Exemplos
a) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Exemplos:
- Carla machucou-se.
- Raimundo cortou-se com a faca.
b) Reflexiva recíproca: será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a
ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Exemplos
Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira:
3- Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.
Sujeito = os jogadores.
Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
Agente da passiva = pela torcida.
EXERCÍCIO
01- Transpondo para a voz passiva a frase “Ele tinha estabelecido um roteiro de fiscalização do dia”, obtém-se a forma:
a- tivera estabelecido
b- foi estabelecido
c- estava estabelecendo
d- tinha sido estabelecido
e- estava sendo estabelecido
02- Transpondo para a voz passiva a frase “a menina estava compondo uma bela música”, obtém-se a forma:
a- Era composta
b- Tinha sido composta
c- Estava sendo composta
d- Fora composta
e- Estaria sendo composta
04- Transpondo para a voz ativa a oração “O dissídio já havia sido homologado”, o verbo apresentará a forma:
a- homologara-se
b- homologar-se-ia
c- homologariam
d- haviam homologado
e- houvera sido homologado
05- Passando para a voz ativa a frase “O texto será corrigido pelo técnico especializado”, obtém-se a forma verbal:
a- corrigirá
b- fará a correção
c- corrigir-se-á
d- vai corrigir
e- deve corrigir
06- Passando para a voz passiva a frase “Lídia ia marcando as falhas tipográficas sobre o próprio texto”, obtém-se a
forma verbal:
a- estava marcando
b- foi sendo marcado
c- foram marcados
d- iam sendo marcadas
e- eram marcados
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 253
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
GABARITO
01 02 03 04 05
D C D A D
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 254
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Baixa. As organizadoras vêm trabalhando muito pouco com esse tema.
As regras do Novo Acordo Ortográfico só serão mesmo obrigatórias a partir de 2013. Logo, convivem, atualmente, duas
ortografias oficiais no Brasil. Por esse motivo, as organizadoras estão dando tempo ao tempo. Penso que, depois de
2013, questões sobre esse assunto deverão ser mais frequentes. Por enquanto, são raras.
DICA: Quando o edital sair, verifique se há prova de redação (prova discursiva). Caso haja, note que o edital dirá
qual modelo ortográfico você deverá seguir. Quase sempre, as organizadoras pedem que o candidato escolha um dos
dois modelos.
DICA DE ESTUDO: Embora muitos alunos fiquem bastante preocupados com o Novo Acordo Ortográfico, este
não é o assunto mais relevante dos programas. Por isso, não tente, intempestivamente, memorizar todas as mudanças.
Relaxe, o novo acordo só alterou 0,5% das regras de ortografia. Pense comigo: se já são poucas as questões envolvendo
esse tema, e se somente 0,5% foi alterado, o risco de cair uma questão é baixo. Contudo, é sempre bom examinar com
calma o edital; se nele contiver afirmações do tipo: “Será cobrado Novo Acordo Ortográfico”, aí, você deve ler com bas-
tante calma o que há neste primeiro capítulo. Por essas razões, caso queira, você pode até pular este capítulo. Comece
pelo próximo assunto. Aconselho que você vá lendo as novas regras aos poucos, afeiçoando-se a elas devagar, sem cor-
rerias.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no mínimo, uma (isso numa prova de 10 questões);
para nível médio, no máximo, uma (isso numa prova de 10 a 20 questões); já para nível superior a possibilidade é míni-
ma, quase zero.
1- Todas as palavras proparoxítonas (que têm o acento tônico na antepenúltima sílaba) são acentuadas: árvore, lâmpa-
da, déficit, esplêndido.
2- Acentuam-se as palavras paroxítonas (que têm o acento tônico na penúltima sílaba) terminadas em:
A) a, e, o, seguidos ou não de s: cá, vatapá, fé, café, pó, cipó, avô, pôs, você, vocês, mês, três.
B) ém, éns, excluindo-se os monossílabos: armazém, armazéns, alguém, também, parabéns; mas: tem (ele), tens, vem
(ele), vens;
C) êm, na terceira pessoal do plural dos verbos: têm (eles), vêm (eles), detêm (eles), provêm (eles).
4- Acento nas vogais i e u: Para serem acentuadas, as vogais I e U precisam preencher as seguintes condições:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 255
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
a) ser tônicas;
b) ser precedidas de vogal;
c) formar sílaba sozinha ou com S: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, balaústre.
Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q RS U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em
várias situações. Por exemplo:
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung
fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
• Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos
gue, gui, que, qui.
Atenção:
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na
penúltima sílaba).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 256
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
colméia colmeia
Atenção:
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas
terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Atenção:
Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exem-
plos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e
pêra/pera.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 257
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do
indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo:
Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que
foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados
(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Eles intervêm em
todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento
deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indica-
tivo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, de-
saguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente
do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 258
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Exemplos:
c) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é
tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
Exemplos:
• Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria contro-
vertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orien-
tam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que
podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,
entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró,
pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
Exemplos:
anti-higiênico anti-histórico
co-herdeiro macro-história
mini-hotel proto-história
sobre-humano super-homem
ultra-humano
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial agroindustrial
anteontem antiaéreo
antieducativo autoaprendizagem
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 259
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
autoescola autoestrada
autoinstrução coautor
coedição extraescolar
infraestrutura plurianual
semiaberto semianalfabeto
semiesférico semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar,
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou
s.
Exemplos:
anteprojeto antipedagógico
autopeça autoproteção
coprodução geopolítica
microcomputador pseudoprofessor
semicírculo semideus
seminovo ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, dupli-
cam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico antirracismo
antirreligioso antirrugas
antissocial biorritmo
contrarregra contrassenso
cosseno infrassom
microssistema minissaia
multissecular neorrealismo
neossimbolista semirreta
ultrarresistente ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 260
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Exemplos:
anti-ibérico anti-imperialista
anti-inflacionário anti-inflamatório
auto-observação contra-almirante
contra-atacar contra-ataque
micro-ondas micro-ônibus
semi-internato semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado inter-racial
inter-regional sub-bibliotecário
super-racista super-reacionário
super-resistente super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez hiperativo
interescolar interestadual
interestelar interestudantil
superamigo superaquecimento
supereconômico superexigente
superinteressante superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar além-túmulo
aquém-mar ex-aluno
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 261
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
ex-diretor ex-hospedeiro
ex-prefeito ex-presidente
pós-graduação pré-história
pré-vestibular pró-europeu
recém-casado recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamen-
te vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol madressilva
mandachuva paraquedas
paraquedista pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen,
ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
- Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
- O diretor recebeu os ex-alunos.
Regra básica
Anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 262
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras inicia-
das por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coor-
denar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
ACORDO ORTOGRÁFICO
Exercícios - Lista 1
1 – Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no Acordo Ortográfico:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 263
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
2 – Assinale a opção em que figura uma forma verbal grafada, consoante a nova ortografia, erroneamente:
a) verbo ter:
tem detém contém mantém retém
têm detêm contêm mantêm retêm
b) verbo vir:
vem advém convém intervém provém
vêm advêm convêm intervêm provêm
3 – Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, recebeu indevidamente acen-
to gráfico:
4 – As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada regra do Acordo Ortográfico, não são acen-
tuadas. Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica:
5 – Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as novas regras:
6 – Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-, pré- e pró-, quando átonos, aglutinam-se com o segundo
elemento do termo composto.Marque a alternativa em que, segundo as novas regras, há erro de ortografia:
7 – O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos seguintes casos, exceto em:
8 – Identifique a alternativa em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as novas regras:
RESPOSTAS
01 02 03 04 05 06 07 08
E D D A C A B B
Acordo Ortográfico
Exercícios - Lista 2
a) capim-açu;
b) anajá-mirim;
c) abaré-guaçu;
d) tamanduá-açu;
e) trabalhador-mirim.
a) sino-japonês – sinorrusso;
b) hispano-árabe – hispano-marroquino;
c) teutoamericano – teutodescendente;
d) anglo-brasileiro – anglo-descendente;
e) angloamericano – anglofalante.
a) averíguo – averiguo;
b) averíguas – averiguas;
c) averígua – averigua;
d) averíguamos – averiguamos;
e) averíguam – averiguam.
a) coabitar – coerdeiro;
b) coexistência – coindicado;
c) cofundador – codominar;
d) co-ordenar – co-obrigar;
e) corresponsável – cossignatário.
a) parabactéria;
b) parabrisa;
c) parachoque;
d) paralama;
e) paravento.
a) para-biologia;
b) para-psicologia;
c) para-linguagem;
d) para-normal;
e) para-chuva.
a) pró-ativo – proativo;
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 266
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
b) pró-ótico – proótico;
c) pré-eleição – preeleição;
d) pré-demarcar – predemarcar;
e) pré-eleito – preeleito.
a) predelinear;
b) predestinar;
c) pré-questionar;
d) preexistência;
e) proembrionário.
a) arguiamos;
b) arguiríamos;
c) arguíssemos;
d) arguímos;
e) arguirmos.
a) arco e flecha;
b) arco de triunfo;
c) arco de flores;
d) arco da chuva;
e) arco da velha.
RESPOSTAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A C E B D D A E B C
11 12
A E
“Ontem o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, assinou um decreto que autoriza a concessão de vistos temporá-
rios a imigrantes do norte da África que fugiram de seus países por conta dos recentes graves ações políticas.
(...)
O anúncio foi feito pelo ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, e não agradou ao governo francês, que teme uma
onda de imigração, já que, com os vistos, os imigrantes poderiam circular pela UE e levá-la a complicadas situações”.
► Com relação às regras de acentuação gráfica, assinale C para certo e E para errado.
01- ( ) O acento agudo ocorre em “Itália” porque se tem aí presença de vocábulo proparoxítono.
03- ( ) O verbo “assinou”, na 3ª pessoa do futuro do pretérito do indicativo, é grafado assim: “assinaría”.
05- ( ) Por ser uma paroxítona terminada em “a”, “África” recebe acento gráfico.
07- ( ) A supressão do acento agudo de “políticas” geraria novo vocábulo, incompatível com o contexto.
08- ( ) Por ser palavra oxítona terminada em “e”, seguida de “s”, “francês” deve receber acento circunflexo.
09- ( ) O acento em “anúncio” se dá porque tal palavra é uma paroxítona terminada em ditongo crescente.
10- ( ) Caso o acento de “anúncio” fosse suprimido, teríamos agora a formação de uma palavra pertencente a outra
classe gramatical.
11- ( ) O acento da palavra “já” se justifica pela mesma razão que “fé”, “chá”, só” e “aí” são corretamente acentua-
dos.
12- ( ) Caso o verbo “autorizar” em “...um decreto que autoriza” fosse para 3ª pessoa do futuro do presente ou do
futuro do pretérito o uso de acento agudo (no dois novos tempos) seria obrigatório, mas por razões distintas.
13- ( ) Em “...e não agradou ao governo...”, caso o verbo destacado fosse para 2ª pessoa do singular do pretérito
mais que perfeito, não haveria acento gráfico, já que a tonicidade recai na penúltima sílaba; contudo, se o mesmo
verbo, na mesma pessoa, fosse, agora, para o futuro do presente, o acento agudo seria obrigatório, uma vez que se
tem aí vocábulo oxítono terminado em “a”, seguido de “s”.
14- ( ) O uso de acento agudo em “levá-la” se justifica porque têm-se aí palavra oxítona terminada em “a”.
15- ( ) Em “Já que é difícil comprovar o amor, é muito melhor intuí-lo”. O uso de acento agudo se justifica porque se
tem aí vocábulo oxítono terminado em vogal “i”.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E C E C C C C C
11 12 13 14 15
E E C C E
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 268
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comu-
nicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A redação oficial deve caracterizar-se pela impes-
soalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem
igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido
dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um
texto legal não seja entendido pelos cidadãos. Implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a)
alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação ofici-
al, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço,
Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa
comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da
União.
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais
decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado
por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação.
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão,
sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma
homogênea e impessoal.
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a
questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.
Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à
concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se
fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o
substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira
pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses
pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que com-
põe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria
deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 269
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo
c) do Poder Judiciário
Vocativo
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo
respectivo:
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 270
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Envelope
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguin-
te forma:
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no123
12345-000 – Curitiba. PR
Fechos para Comunicações
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a
seguinte:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 271
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Tipos de documentos
A) Atos Comprovativo-Declaratórios
São os atos pelos quais se declara, para fins de comprovação, o que consta de um assentamento ou processo ou, ainda,
o que é apenas do conhecimento de quem assina o ato.
1º) Alvará
2º) Certificado
3º) Atestado
4º) Declaração
5º) Certidão
B) Atos de assentamento
São atos que se destinam a registros. Esses documentos contêm assentamentos sobre fatos ou ocorrências.
1º) Apostila
2º) Ata
3º) Auto de Infração
1º) Contrato
2º) Convênio
3º) Termo Aditivo
D) Atos de Correspondência
Os atos de correspondência são aqueles que têm por finalidade estabelecer comunicações entre pessoas, órgãos ou
entidades.
1º) Aviso
2º) Carta
3º) Circular
4º) Exposição de Motivos
5º) Memorando
6º) Mensagem
7º) Ofício
E) Atos Deliberativo–Normativos.
Os atos normativos são aqueles que transmitem orientações do Executivo, visando à correta aplicação a lei.
F) Atos Enunciativo-Esclarecedores
Atos enunciativos são aqueles que se limitam a emitir opinião sobre determinado assunto ou declarar um fato com base
em dispositivos legais.
1º) Relatório
2º) Parecer
3º) Despacho
G) Outros atos
1º) Relatório
2º) Parecer
3º) Despacho
O Padrão Ofício
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memoran-
do. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As
peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças.
Definição e Finalidade
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso
é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é
expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos
da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destina-
tário (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete
02- Memorando
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminen-
temente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a
serem adotados por determinado setor do serviço público. Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do
memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para
evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio
documento e, no caso de falta de espaço, em
folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve
ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acom-
panha a exposição de motivos que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo
descrito adiante.
A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela
que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato
normativo.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do
Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício.
04- Mensagem
Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens
enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor o
plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que depen-
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 274
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
dem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de inte-
resse dos poderes públicos e da Nação.
05- Telegrama
Definição e Finalidade
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de tele-
grama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex etc. Por tratar-se de forma de comunicação dis-
pendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situa-
ções que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em
razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão
Definição e finalidade
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de
comunicação para transmissão de documentos.
Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida
para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. O campo
assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização docu-
mental tanto do destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar
recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de re-
cebimento.
Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que
possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remeten-
te, na forma estabelecida em lei.
07- CERTIDÃO
Documento fornecido pela administração ao interessado, afirmando a existência de ato ou assentamentos constantes
de processo, livro ou documentos que se encontrem nas repartições públicas. A certidão autenticada tem o mesmo
valor probatório do original, como documento público, e seu fornecimento gratuito por parte da administração pública
que a expediu; conforme artigo 5º,XXXIV b da Constituição da República Federativa do Brasil –1998.
08- APOSTILA
Apostilar é o mesmo que notar à margem, emendar, corrigir. É a complementação de um ato. Apostila é o aditamento a
um ato administrativo anterior, para fins de retificação ou atualização. Trata-se de um ato aditivo, confirmatório de alterações de
honras, direitos, regalias ou vantagens, exarado em documento oficial, com finalidade de atualizá-lo. A apostila tem por
objetivo a correção de dados constantes em atos administrativos ou o registro de alterações na vida funcional de um
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 275
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
servidor, tais como promoções, lotação em outro setor, majoração de vencimentos, aposentadoria, reversão à atividade, dentre
outros. Geralmente, a apostila é feita no verso do documento a que se referir. Pode, no entanto, caso não haja mais espaço para o
registro de novas alterações, ser feita em folha separada (com timbre oficial), que será anexada ao documento principal.
É lavrada como termo e publicada em órgão oficial.
09- ATA
É o registro resumido e claro, exato e metódico de fatos, ocorrências, resoluções e decisões de assembleias numa ses-
são de corpo deliberativo ou consultivo, conselhos, congregações, ou outras entidades semelhantes, de pessoas reuni-
das para determinado fim.
A Ata é documento que tem valor jurídico. Por essa razão deve ser lavrada de tal maneira que não possam introduzir
modificações posteriores. Geralmente é lançada em livro próprio, devidamente autenticado, cujas páginas são rubrica-
das por quem redigiu os termos de abertura e de encerramento, o que lhe dá cunho oficial. Há os que substituem os
livros por folhas soltas, sistema que, embora ofereça algumas vantagens de caráter prático, tem, por outro lado, sérios
inconvenientes, tais como a facilidade de extravio, de acréscimos ou de modificações posteriores, com objetivos fraudu-
lentos. Para se evitarem fraudes, é possível fazer o registro das atas no Cartório de Títulos e Documentos. Na Ata não se
fazem parágrafos ou alíneas: escreve-se tudo seguidamente, para evitar que, nos espaços em branco, se façam acrésci-
mos.
Existem, no entanto, tipos de atas que, por se referirem a atos rotineiros e de procedimento padronizado, são lançadas
em formulários com claros a serem preenchidos. Mesmo nesse tipo de ata é conveniente, com a finalidade de prevenir
qualquer fraude, preencher os eventuais espaços em branco com ponto ou outros sinais convencionais.
A ata de uma reunião será lida e aprovada na reunião seguinte. Na ata não se admitem rasuras. Para ressalvar erro
constatado durante a redação, usa-se apalavra “digo”, depois da qual se repete a palavra ou expressão anterior ao
mesmo erro; Data sempre por extenso: “Aos dezesseis dias do mês de agosto, digo, do mês de setembro de mil nove-
centos e setenta e quatro, reuniu-se o……”. Quando se constata erro ou omissões após a redação, usa-se a expressão
“em tempo”, que é colocada após o escrito , seguindo-se a emenda ou o acréscimo.
Em caso de contestações ou emendas ao texto apresentado, a ata só poderá ser assinada depois de aprovadas as corre-
ções. Como a ata deve ser um registro fiel dos fatos ocorridos em determinada reunião, sua linguagem deve ser simples
e despretensiosa, clara, precisa ou concisa, não se prestando, por isso mesmo, para a demonstração ou extravasamento
de prováveis ou supostos dotes literários do redator. Assinam a ata, geralmente, todas as pessoas presentes na reunião,
mas pode também ser assinada somente pelo presidente e pelo secretário.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 276
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
10- Atestado.
É o documento do qual se afirma a verdade de um fato, situação ou existência, de obrigação não necessariamente cons-
tante em livros, papéis ou documentos. Destina-se, basicamente, à comprovação de fatos ou situações transitórias, pas-
síveis de modificações frequentes. Ato administrativo enunciativo, o atestado é, em síntese afirmação oficial de fatos.
Tem-se, por exemplo, atestado ou certidão de idade, de sanidade mental, de óbito (hospital), de boa conduta, de bons antece-
dentes, de vida de residência, de idoneidade moral, de vacina. Quando os fatos ou situações constam em arquivos da
administração, utiliza-se a certidão para comprovar sua existência. Enquanto o atestado declara, a certidão é a transcri-
ção de algo já existente.
11- CIRCULAR
É toda comunicação reproduzida em vias, cópias, ou exemplares de igual teor emanadas de autoridade competente e
expedida aos chefes de serviço dos diversos setores. Especificamente, como documento, é correspondência multidireci-
onal endereçada simultaneamente a diversos destinatários, para divulgar avisos, ordens e instruções, matéria de inte-
resse geral, recomendações, informações e esclarecimentos sobre atos e fatos administrativos.
12- Parecer
O Parecer é uma manifestação técnica fundamentada e resumida sobre uma questão focal cujo resultado pode ser indi-
cativo ou conclusivo.
O Parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de
uma avaliação técnica especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na
decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
13- Despacho
É a nota escrita pela qual uma autoridade dá solução a um pedido ou encaminha a outra autoridade pedido para que
decida sobre o assunto, podendo ter caráter decisório ou apenas de expediente.
Observações:
1. É breve e baseado em informações ou parecer.
2. Consta do corpo do processo (quando houver).
3. É geralmente manuscrito.
4. É assinado pela autoridade competente, podendo, contudo, ser elaborado e assinado por outros servidores desde
que lhes seja delegada competência. Nesse caso, inicia-se pela expressão: “De ordem”.
5. Não é publicado.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 277
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
14- Autorização
A Autorização é o ato administrativo ou particular que permite ao pretendente realizar atividades ou utilizar determi-
nado bem fora das rotinas estabelecidas.
15- Procuração.
A Procuração é o instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela, praticar atos ou ad-
ministrar haveres.
16- Requerimento
LEMBRETES:
Aviso x Ofício
Aviso
- Finalidade: avisar; prevenir; admoestar; pedir providências; comunicar decisões, ordens, agradecimentos, elogios etc.
- Expedido exclusivamente: por Ministros de Estado para autoridades da MESMA
hierarquia.
- Fecho: ATENCIOSAMENTE.
Ofício
- Finalidade: avisar; prevenir; admoestar; pedir providências; comunicar decisões, ordens, agradecimentos, elogios etc.
- Expedido: para e pelas demais autoridades.
- Fecho: RESPEITOSAMENTE / ATENCIOSAMENTE.
Exposição de motivos
BATERIA I
1 O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X torna pública a autorização do Presidente do TJX para a realização de Concurso
Público para Provimento de 200 cargos de Analista Judiciário criados pela Lei n.º 10.000, de 10 de dezembro de 2000, e
de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias.
2 O Edital de Abertura de inscrição deverá ser publicado em Abril de 2001 e disporá sobre as normas de realização do
concurso.
01 ( ) O uso das letras iniciais maiúsculas no corpo do documento respeita as normas de elaboração de documentos
oficiais ao seguir as regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa, escrevendo com iniciais maiúsculas os
nomes tratados como únicos e singulares.
02 ( ) Apesar de nomear o emissor do texto pelo nome próprio, o documento não fere o princípio da impessoalidade
exigido nos documentos oficiais.
03 ( ) Trechos com informações vagas, como “e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias”, e com uso
de tempo verbal de futuro, como “deverá ser publicado” e “disporá sobre”, provocam falta de clareza e concisão, carac-
terísticas estas que devem ser respeitadas nos documentos oficiais.
CESPE (Polícia Civil 2012) Acerca da redação de documentos oficiais, julgue os próximos itens.
04 ( ) Nos documentos oficiais encaminhados por correio eletrônico, eficiente meio de comunicação, por seu baixo
custo e celeridade, deve-se empregar o padrão culto da linguagem.
05 ( ) Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, os expedientes oficiais têm como finalidade in-
formar com clareza e objetividade. Para atender a essa finalidade, foi estabelecido um padrão oficial de linguagem,
chamado de linguagem burocrática.
06 ( ) Em um memorando expedido no primeiro dia do mês de fevereiro do corrente ano, a forma correta de indicar
a data seria “Em 1.º de fevereiro de 2012”.
07 ( ) As autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelência incluem os juízes, procuradores, reitores e minis-
tros de Estado.
08 ( ) O aviso é documento emitido por ministro de Estado para destinatário de mesma hierarquia e segue o mode-
lo do padrão ofício.
Cada um dos próximos itens apresenta um trecho de redação de correspondência oficial que deve ser julgado certo se
atender os requisitos de impessoalidade, uso do padrão culto da linguagem, clareza, concisão, formalidade, uniformida-
de e normas da redação oficial, ou errado, em caso contrário.
09 ( )
Mem. (...)
[data]
(...)
Vimos por meio deste solicitar o concerto dos aparelhos de ar condicionado pois os mesmos encontram-se com pro-
blemas de funcionamento. Cordiais saudações,
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 279
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
10 ( )
(...) Com a presente argumentação, informamos a impossibilidade de atendimento ao pleito, nos termos da Nota Técni-
ca n.º 66/2011/SRH, considerando o seu impacto negativo nos compromissos institucionais desta empresa.
CESPE ( Polícia Federal 2012) Julgue os fragmentos contidos nos itens a seguir quanto à sua correção gramatical e à sua
adequação para compor um documento oficial, que, de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República,
deve caracterizar-se pela impessoalidade, pelo emprego do padrão culto de linguagem, pela clareza, pela concisão, pela
formalidade e pela uniformidade.
11 ( ) Solicito a Vossa Senhoria a indicação de cinco agentes de polícia aptos a ministrar aulas de direção no curso de
formação de agentes. O início do curso, que será realizado na capital federal, está previsto para o segundo semestre
deste ano.
12 ( ) Cumpre destacar a necessidade de aumento do contingente policial e que é imperioso a ação desses indiví-
duos em âmbito nacional, pelo que a realização de concurso público para provimento de vagas no Departamento de
Polícia Federal consiste em benefício a toda a sociedade.
13 ( ) Caro Senhor Perito Criminal, Convidamos Vossa Senhoria a participar do evento “Destaques do ano”, em que
será homenageado pelo belo e admirável trabalho realizado na Polícia Federal. Por gentileza, confirme sua presença a
fim de que possamos providenciar as honrarias de praxe.
15 ( ) Senhor Delegado, Segue para divulgação os relatórios das investigações realizadas no órgão, a fim de fazer
cumprir a lei vigente.
CESPE ( Polícia Federal 2012) Com relação ao formato e à linguagem das comunicações oficiais, julgue os itens que se
seguem com base no Manual de Redação da Presidência da República.
16 ( ) A menos que o expediente seja de mero encaminhamento de documentos, o texto de comunicações como
aviso, ofício e memorando, que seguem o padrão ofício, deve conter três partes: introdução, desenvolvimento e conclu-
são.
19 ( ) As comunicações oficiais emitidas pelo presidente da República, por chefes de poderes e por ministros de
Estado devem apresentar ao final, além do nome da pessoa que as expede, o cargo ocupado por ela.
20 ( ) O referido manual estabelece o emprego de dois fechos para comunicações oficiais: Respeitosamente, para
autoridades superiores; e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Tal regra,
no entanto, não é aplicável a comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 280
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
CESPE (Perícia Forense do Ceará 2012) Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar-se pela
impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação
da Presidência da República, 2002), cada um dos itens seguintes apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado
certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso contrário.
21 ( ) O perito declinou à oferta de ascensão de posto dentro do departamento por julgar a atitude perfídia na atual
circunstância.
22 ( ) Os recursos de que dispõe o Departamento serão aplicados consoante a lei vigente. A verba destinada à segu-
rança pública será encaminhada ao setor responsável, e o relatório contábil a ela referente deverá ser apresentado em
um prazo máximo de quinze dias a contar desta data.
23 ( ) Comunicamos a Vossa Senhoria que terça parte da corporação foram convocados para trabalhar em regime
de plantão a partir do próximo ano.
CESPE (Perícia Forense do Ceará 2012) Com relação ao formato de documentos oficiais, julgue os itens a seguir.
24 ( ) Uma certidão só tem validade quando, entre outros requisitos, apresenta o visto da autoridade responsável
por sua lavratura.
25 ( ) Um relatório descreve fatos passados e tem como função determinar soluções que devam ser aplicadas em
casos específicos.
26 ( ) O texto final de uma ata deve ser redigido de forma que não possa sofrer alterações posteriores
CESPE (Banco da Amazônia 2012) Com referência aos requisitos da correspondência oficial, julgue os itens que se se-
guem.
27 ( ) Caso o presidente da República precisasse se ausentar do Brasil por mais de quinze dias, deveria expedir men-
sagem ao
Congresso Nacional com pedido de autorização para praticar
tal ato.
28 ( ) Estaria correta a seguinte construção no corpo de um ofício que visasse oferecer a entidades privadas os servi-
ços da instituição bancária pública Banco da Amazônia S.A.: Alinhado com a sustentabilidade, o Banco da Amazônia S.A.
busca alternativas de negócios que utilizem tecnologias e suporte técnico com a finalidade de desenvolver a região, para
garantir recursos às gerações futuras.
CESPE (Anatel 2012) Julgue os itens a seguir com base no Manual de Redação da Presidência da República .
30 ( ) A hierarquia existente entre o remetente e o destinatário determina o pronome de tratamento a ser utilizado
nas correspondências oficiais.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E C E C E C E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E C E C E C E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C E C E C C C E E
31 32
C E
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 282
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
18 - FIGURAS DE LINGUAGEM
A gramática normativa, partindo de aspectos lógicos e gerais observados na língua culta, aponta princípios que presi-
dem às relações de dependência ou interdependência e de ordem das palavras na frase. Ensina-nos, entretanto, que
aqueles aspectos lógicos e gerais não são exclusivos; ocasionalmente, outros fatores podem influir e, em função deles, a
concordância, a regência ou a colocação (planos em que se faz o estudo da estrutura da frase) apresentam-se, às vezes,
alteradas. Tais alterações denominam-se figuras de construção também chamadas de figuras sintáticas.
Elipse
Exemplos:
- No lugar de: Ele está bêbado, está com a camisa rota e está com as calças rasgadas.
Zeugma
Omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar adaptações de número e pessoa
verbais. Utilizada, sobretudo, nas orações comparativas. Muitos gramáticos consideram o zeugma igual à elipse.
Exemplos:
"O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque) -
O missão de “era”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 283
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Hipérbato
Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase.
Exemplo:
- Morreu o presidente.
Pleonasmo
Exemplos:
- "E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes).
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro decorre da ignorância, perdendo o caráter enfático (hemorragia de sangue, descer
para baixo etc.)
Polissíndeto
Exemplo:
- "E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito
(...)" (Carlos Drummond de Andrade).
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 284
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Anacoluto
Termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, inicia-se uma determinada construção sintática
seguida de vírgula e depois se opta por outra estrutura.
Exemplos:
Anáfora
Exemplos:
- "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico
Buarque)
- “Era uma estrela tão alta / Era uma estrela tão fria / Era uma estrela sozinha...” (Manoel Bandeira).
Silepse
É a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos:
- Os brasileiros somos otimistas (3ª pessoa - os brasileiros, mas quem fala ou escreve também participa do processo
verbal)
Metáfora
Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de comparação implícita, sem termo compara-
tivo.
Ex.:
- "Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior)
- “Na parede da memória / esta lembrança é o quadro que dói mais” (Belchior).
Comparação (Símile)
Metonímia
Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado.
Ex.:
Perífrase
Substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre
nome e seu aposto.
Exemplo:
Sinestesia
Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audição, gustação e tato).
Ex.:
Antítese
Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" (Vinicius de Moraes)
Paradoxo (Oxímoro)
Duas ideias contrárias que coexistem, implicando falta de lógica. Contudo, aceita-se e compreende-se o que se diz.
Eufemismo
Exemplo:
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 287
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
Hipérbole
Exemplos:
Ironia
Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Exemplo:
Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc)
- Dicas de Viagem
Caro aluno,
Apresentaremos agora algumas dicas importantíssimas para a prova do INSS que você fará em instantes. Leia-as com
muita atenção.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 288
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
1ª DICA: Após ler o texto, faça logo as questões de interpretação. Aproveite que as ideias ainda estão “frescas” na me-
mória. Logo, se a primeira for de gramática, pule-a.
2ª DICA: Se você ficar na dúvida entre dois itens (o que é comum), releia o enunciado e o interprete, pois ele oferece,
sutilmente, o comando, ou seja, o alvo da questão.
3ª DICA: Cuidado com itens que dizem verdades sobre o mundo, mas não a verdade dita ou sugerida no texto.
4ª DICA: Itens que contêm palavras generalistas, como “sempre”, “todos”, “nunca”, “jamais”, “em todos os casos” etc.,
quase sempre, trazem informações falsas.
5ª DICA: “Inferir” significa deduzir a partir do texto ou de fragmento do texto. Uma inferência não estará escrita no tex-
to, mas subentendida.
7ª DICA: Em questões recentes, a banca pediu que o candidato apontasse o item que “cotejava” as informações do tex-
to. “Cotejar” é o mesmo que confrontar ou comparar pessoas, dados ou informações do texto lido.
8ª DICA: Se o texto for dissertativo, sua ideia principal estará em suas extremidades, ou seja: no início (1º parágrafo)
e/ou no fim (último parágrafo, a conclusão).
GRAMÁTICA
1ª DICA: A FCC vem exigindo, com frequência, que o candidato saiba que PORQUANTO é conjunção causal, e que pode
ser substituída por UMA VEZ QUE, JÁ QUE, COMO e PORQUE.
2ª DICA: Também exige que o candidato saiba que CONQUANTO é conjunção concessiva, e que pode ser substituída por
EMBORA, AINDA QUE ou MESMO QUE.
5ª DICA: O uso de crase é facultativo diante de pronomes possessivos femininos e de nomes próprios femininos que
não sejam famosos. Exemplos: “Ele mostrou dedicação à sua esposa (ou a sua esposa)” e “Dedicou o livro à Antônia (ou
a Antônia)”.
6ª DICA: O uso de crase também é facultativo depois da preposição ATÉ. Exemplo: “O homem foi até à esquina 15 (ou a
esquina 15)”.
7ª DICA: Nas questões de pontuação, NUNCA separe o sujeito do verbo por uma única vírgula. Exemplo:
- As fotografias por prosaicas que possam ser, representam um corte temporal (...).
Comentário: O uso da vírgula após “ser” está errado. Para corrigir, é necessário o uso também de uma vírgula após “fo-
tografias”.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 289
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
8ª DICA: Lembre-se de que a estrutura POR QUE figura em muitas questões da FCC. Como ela não costuma soar como
correta, sugiro que a troque por pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais (dependendo do contexto você optará
por uma). Exemplo:
- “O texto esclarece-nos as acepções da palavra discriminação, por que (ou pela qual) se expressam ações inteiramente
divergentes”.
9ª DICA: Quando a questão pedir assim “O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase”, lembre-se de
que ela quer que você descubra se o verbo destacado é VTD, VTI, VTDI, VI ou VL. Se você notar que o verbo destacado é
VTD, por exemplo, então procure o item que contém um VTD.
10ª DICA: Nas questões de concordância verbal, é comum que a FCC desloque e distancie o sujeito do verbo. Veja este
exemplo:
- Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para discutir o sentido de um juízo e as consequências
de sua difusão.
Comentário: A concordância está errada, pois o sujeito de “notar” é “qualquer disposição”; logo, deveria estar no singu-
lar, “nota”.
11ª DICA: Quando o sujeito for uma oração, o verbo irá sempre para a 3ª pessoa do singular. Veja:
- Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento quando esta pode levá-los a permanecer na situ-
ação de desigualdade.
Comentário: concordância correta. Mas, se o verbo estivesse escrito “convêm” (com acento circunflexo), agora estaria
incorreto.
1. Interpretação de texto
É muito comum que o Cespe introduza as suas questões de interpretação de texto com enunciados parecidos com este:
“A respeito das ideias do texto acima, assinale a opção correta”. Para que você tenha êxito nesse tipo de questão, pro-
ceda da seguinte forma:
a) Leia com muita atenção o texto. (Não faça duas ou três leituras do mesmo texto, uma vez que você terá que retornar
várias vezes a ele).
b) Fique bem atento a certas palavras ou expressões de valor genérico, tais como: qualquer que seja; todos; nenhum;
somente; em todos os níveis; em qualquer situação etc. Normalmente, essas palavras e expressões trazem afirmações
equivocadas ou distorcidas. Fique atento!!!!
c) Tenha muito cuidado com afirmações que não estão no texto, mas que são de conhecimento prévio de qualquer lei-
tor razoável. Por exemplo, o texto trata do tema aquecimento global. Contudo, em nenhum momento, fala (nem dá a
entender) que a poluição das fábricas e automóveis contribui para tal efeito climático. O Cespe, inteligentemente, pode
dizer algo do tipo: “é possível inferir do texto que a causa maior do aquecimento global está relacionada à poluição de
fábricas e automóveis”. Essa afirmação é, de certo modo, verdadeira; entretanto, o texto não permite essa inferência.
Esse tipo de questão costuma complicar a vida de muita gente. Atenção!!!
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 290
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
2. Gramática
a) Crase: quase sempre há uma questão sobre esse tema. O Cespe costuma usar as seguintes ferramentas para compli-
car a vida dos candidatos desatentos: a evidência de crase em tal passagem é facultativa porque.... (verifique os casos
de facultatividade); o termo regente que faz com que ocorra crase na linha X é a palavra TAL, localizada na linha Y (lem-
bre-se de que, quando ocorre crase por motivação sintática, os termos regentes são sempre um verbo ou um nome ─
substantivo, adjetivo e advérbio ─); o acento indicador de crase na linha X poderia ser suprimido sem que danos sintáti-
cos ou semânticos ocorram ao período (quase sempre, a supressão de um acento indicador de crase causa danos sintá-
ticos e semânticos ao texto).
b) Concordância verbal: normalmente as questões que envolvem esse tema são, de certo modo, fáceis. O Cespe gosta
de envolver verbos que apresentam acentos diferenciais, tais como: mantém (se o sujeito for plural ficará mantêm; o
mesmo ocorre com reter, conter, advir etc. ); se o verbo não tiver acento diferencial, o Cespe proporá ao candidato
trocar o número do verbo, de singular para plural, ou vice versa. Assim enunciados como os seguintes são bastante co-
muns: na linha X o verbo arrecadaram poderia, sem causar danos sintáticos ou semânticos ao texto, ser substituído por
acarreta. Para resolver esse tipo de questão, sugiro que você fique atento a um conjunto de regras que, é bem verdade,
permitem a troca do singular para o plural. Essas regras já foram mencionadas em sala.
c) Concordância nominal: poucas são as questões envolvendo esse tema. Quando ocorre, o Cespe diz coisas do tipo: a
palavra TAL, localizada na linha Y, relaciona-se com a palavra DAL, localizada na linha X. Esse tipo de questão procura
saber se o candidato está atento aos adjetivos e às palavras adjetivas da língua portuguesa: pronomes, numerais e arti-
gos.
d) Predicação verbal: o mesmo que transitividade verbal. Aqui o Cespe explora as noções de complemento verbal. Logo,
é bem comum que apareçam afirmações do tipo: o verbo TAL, localizado na linha Y, tem sentido completo (a organiza-
dora está querendo saber se o podemos considerar o verbo intransitivo). Ou: o verbo TAL, localizado na linha X, permiti-
ria a supressão do seu complemento (ou seja, seu objeto) sem que isso cause danos sintáticos ou semânticos ao texto.
Aqui, você tem que examinar se o contexto permite essa substituição.
e) Ortografia: assunto muito presente em provas de nível médio. Para esse tema, o Cespe usa dois modelos: ou propõe
ao candidato que verifique se a ortografia, em determinadas passagens, está respeitando a norma culta, ou pede que o
candidato analise fragmentos longos, e repare se há erro gramatical. Nessa última abordagem, os erros podem ser de
várias naturezas: de ortografia, regência, concordância, crase etc.
e) Acentuação gráfica: assunto também muito presente em provas de nível médio. Constantemente, esse conteúdo
está ligado ao tema ortografia. Aqui, é sempre bom revisar aquelas regrinhas: todas as palavras proparoxítonas devem
ser acentuadas, todas as palavras oxítonas terminadas em A, E, O (seguidas ou não de S) devem ser acentuadas etc.
f) Novo acordo ortográfico: embora todos os textos e enunciados já estejam adequados ao novo acordo, o Cespe ainda
não explorou profundamente esse tema em suas provas.
g) Paralelismo sintático: Observe a seguinte frase: Ele negou seu interesse no programa e que o telefonema do empre-
sário revelasse alguma relação com a CPI do Orçamento. Aqui, há quebra de paralelismo, uma vez que os termos e ora-
ções com funções iguais devem ter estruturas iguais. Se, por exemplo, um verbo pede dois objetos diretos, ambos de-
vem ter a mesma construção sintática:
1. Ele negou seu interesse no programa e que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI do Or-
çamento.
2. Ele negou dois fatos: a) seu interesse no programa e b) que o telefonema do empresário revelasse alguma relação
com a CPI do Orçamento.
Os dois fatos, sendo objeto direto do mesmo verbo (negou), deveriam ter a mesma estrutura: ou os dois nominais ou os
dois verbais. Assim, as duas construções a seguir respeitam o paralelismo exigido pela estrutura.
- Ele negou seu interesse no programa e a relação do telefonema do empresário com a CPI do Orçamento.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 291
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Ele negou que tivesse interesse no programa e que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI
do Orçamento.
h) Pontuação: questão certa. O Cespe gosta de explorar esse tema da seguinte forma: normalmente, ela exige que o
candidato saiba que adjuntos adverbiais, quando deslocados para o início ou meio da frase podem (e raramente devem)
vir marcados por vírgula. O Cespe também procura saber se o candidato sabe apostos explicativos devem vir sempre
marcados por vírgula(s). Nessa toada, a organizadora explora quase tudo sobre esse assunto. Assim, o uso de traves-
sões, parênteses, aspas e, principalmente, vírgula aparecem com muita frequência.
i) Sujeito preposicionado: de vez em quando, a Cespe explora esse curioso caso de sintaxe:
DE + O
Antes do sujeito, não se usa a combinação da preposição com o artigo. Preposição e artigo ficam soltos. Na frase: “Os
técnicos do Banco Central descartam a idéia de o governo impor a suspensão do reajuste”, o substantivo governo é o
sujeito, por isso não há combinação da preposição de com o artigo o.
Veja outros exemplos: “Apesar de o ministro (sujeito) negar, é certa a edição de nova medida provisória”. Ou: “A fim de
o povo (sujeito) se familiarizar com a nova moeda, ampla campanha será veiculada pelos meios de comunicação de
massa”.
A mesma regra se aplica a de este e de ele: Apesar de essa informação (sujeito) ter sido confirmada... A fim de ele (sujei-
to) continuar no páreo...
Obs.: é importante frisar que, nesses casos, se você preposicionar o sujeito, o sentido não será comprometido. Contudo,
sintaticamente, há erro.
a) voz passiva
b) coesão e coerência.
c) redação de correspondências oficiais (sugiro a seguinte bibliografia: LIMA, A. Oliveira. Manual de redação oficial.
Editora Elsevier, 2010, Rio de Janeiro).
e) uso de pronomes relativos (que, quem, onde e cujo)
f) vocabulário
g) uso da partícula SE.
facebook.com/gustavobrigido
www.gustavobrido.com.br 292
INFORMÁTICA
Informática
Aula XX
Para iniciar nosso estudo, vamos iniciar pela parte que mais importa para quem utiliza
planilhas: entender como fazer cálculos. Para isso, considero bem importante que se entenda
como criar Fórmulas e, posteriormente, as funções, para que, aí sim, passemos para a etapa de
formatações, configurações e demais assuntos.
Contudo, antes de iniciarmos os cálculos de fato, vamos entender alguns conceitos básicos:
CÉLULAS
Dá-se o nome de Célula à interseção de uma Coluna e uma Linha, formando, assim, um
Endereço. As linhas são identificadas por números, enquanto m as colunas são identificadas
por letras do alfabeto. Sendo assim, o encontro da Coluna “B” com a Linha “6”, chamamos de
célula “B6”.
Para inserir qualquer tipo de informação em uma célula, deve-se, em primeiro lugar, ativá-la.
Para tanto, pode-se usar as teclas ENTER e TAB, as SETAS, o MOUSE ou digitar, na caixa de
nome, o endereço da célula desejada.
www.acasadoconcurseiro.com.br 329
TIPOS DE INFORMAÇÕES QUE UMA CÉLULA PODERÁ CONTER
Conteúdo: o dado propriamente dito.
Formato: recurso aplicado ao conteúdo de uma célula, como, por exemplo, definição de cor,
tamanho ou tipo de fonte ao conteúdo.
TIPOS DE CONTEÚDO
Texto – Este será automaticamente alinhado à esquerda.
Número – Números são alinhados à direita.
Fórmula – Dependendo do resultado, poderá ser alinhado à esquerda (texto) ou à direita
(número).
Observação
Observação: Datas são tipos de dados numéricos, porém já inseridos com formatação.
Exemplo: 10/02/2004. Para o Excel toda data é internamente um número, ou seja, por
padrão, a data inicial é 01/01/1900, que equivale ao nº 1, 02/01/1900 ao nº 2, e assim
consecutivamente.
330 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
FÓRMULAS EM PLANILHAS
Ao olharmos para uma planilha, o que vemos sobre as células são RESULTADOS, que podem
ser obtidos a partir dos CONTEÚDOS que são efetivamente digitados nas células. Quer dizer, o
conteúdo pode ou NÃO ser igual ao resultado que está sendo visto.
Os conteúdos podem ser de três tipos:
Strings (numéricos, alfabéticos ou alfanuméricos)
Fórmulas matemáticas
Funções
www.acasadoconcurseiro.com.br 331
FÓRMULAS
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula inicia
com um sinal de igual (=). Por exemplo, a fórmula a seguir multiplica 2 por 3 e depois adiciona
5 ao resultado.
=5+2*3
Uma fórmula também pode conter um ou todos os seguintes elementos: funções, referências,
operadores e constantes.
Partes de uma fórmula:
TIPOS DE OPERADORES
Há quatro diferentes tipos de operadores de cálculo: aritmético, de comparação, de
concatenação de texto e de referência.
332 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
OPERADORES ARITMÉTICOS
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação,
combinar números e produzir resultados numéricos, use estes operadores aritméticos.
OPERADORES DE COMPARAÇÃO
Você pode comparar dois valores utilizando os operadores a seguir. Quando dois valores são
comparados usando esses operadores, o resultado é um valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.
www.acasadoconcurseiro.com.br 333
OPERADORES DE REFERÊNCIA
Combine intervalos de células para cálculos com estes operadores.
Operador de
Significado Exemplo
referência
Operador de intervalo, que
produz uma referência para
: (dois-pontos) todas as células entre duas B5:B15
referências, incluindo as duas
referências
Operador de união, que
; (ponto e vírgula) combina diversas referências SOMA(B5:B15;D5:D15)
em uma referência
NO EXCEL – Operador de
interseção, que produz uma
Espaço em branco B7:D7 C6:C8
referência a células comuns a
dois intervalos
USANDO AS FUNÇÕES
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos,
denominados argumentos, em determinada ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas
para executar cálculos simples ou complexos.
A estrutura de uma função começa com um sinal de igual (=), seguido do nome da
função, de um parêntese de abertura, dos argumentos da função separados por ponto
e vírgulas e deum parêntese de fechamento.
334 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Exemplo:
SOMA
Retorna a soma de todos os números na lista de argumentos.
Sintaxe
=SOMA(núm1;núm2; ...)
Núm1, núm2,... são os argumentos que se deseja somar.
Exemplos:
=SOMA(A1;A3) é igual a 10
=SOMA(B1:C2)
www.acasadoconcurseiro.com.br 335
Observação:
Intervalo só funciona dentro de função.
=SOMA(A1)
=SOMA(A1+A2)
=SOMA(A1:A4;3;7;A1*A2)
Observação:
Primeiro se resolve a equação matemática; depois a função.
336 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Observação:
Não se pode ter um operador matemático entre dois intervalos.
=SOMA(A1:A3)/SOMA(B1:B2)
www.acasadoconcurseiro.com.br 337
Observação:
O texto como argumento nas planilhas deve ser colocado entre “aspas“ para não ser
confundido com um intervalo nomeado ou com outro nome de função. Entretanto,
não será possível realizar soma, média, etc., entre um “texto“ colocado como
argumento em uma função e os demais argumentos.
CONCATENAR
Use CONCATENAR, umas das funções de texto, para unir duas ou mais cadeias de texto em uma
única cadeia.
Sintaxe: CONCATENAR(texto1, [texto2], ...)
Por exemplo:
=CONCATENAR(“População de fluxo para”, A2, “ ”, A3, “ é ”, A4, “/km”)
=CONCATENAR(B2, “ ”, C2)
Exemplos
338 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Observação Importante:
CONT.NÚM
Conta quantas células contêm números e também os números na lista de argumentos. Use
CONT.NÚM para obter o número de entradas em um campo de número que estão em um
intervalo ou em uma matriz de números.
Sintaxe
CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
Valor1; valor2, ... são argumentos que contêm ou se referem a uma variedade de diferentes
tipos de dados, mas somente os números são contados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 339
Exemplo:
=CONT.NÚM(C1:E2)
Observação:
R$ 4,00 é o NÚMERO 4 com formatação, bem como a Data também é número.
CONT.VALORES
Calcula o número de células não vazias e os valores na lista de argumentos. Use o Cont.Valores
para CONTAR o número de células com dados, inclusive células com erros, em um intervalo ou
em uma matriz.
Sintaxe
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
Exemplo:
=CONT.VALORES(C1:E3)
MÉDIA
Retorna a média aritmética dos argumentos, ou seja, soma todos os números e divide pela
quantidade de números somados.
340 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Sintaxe
=MÉDIA(núm1;núm2;...)
A sintaxe da função MÉDIA tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número, referência de célula ou intervalo para o qual você deseja
a média.
núm2, ... Opcional. Números adicionais, referências de célula ou intervalos para os quais você
deseja a média, até, no máximo, 255.
Exemplos:
=MÉDIA(C1:E2)
=MÉDIA(C1:E2;3;5)
MULT
A função MULT multiplica todos os números especificados como argumentos e retorna o
produto. Por exemplo, se as células A1 e A2 contiverem números, você poderá usar a fórmula
=MULT(A1;A2) para multiplicar esses dois números juntos. A mesma operação também pode
ser realizada usando o operador matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1*A2.
www.acasadoconcurseiro.com.br 341
A função MULT é útil quando você precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo. Por
exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3;C1:C3) equivale a =A1*A2*A3*C1*C2*C3.
Sintaxe
=MULT(núm1;[núm2]; ...)
A sintaxe da função MULT tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número ou intervalo que você deseja multiplicar.
núm2, ... Opcional. Números ou intervalos adicionais que você deseja multiplicar.
Exemplo:
ABS
Retorna o valor absoluto de um número. Esse valor é o número sem o seu sinal.
Sintaxe
=ABS(núm)
Núm é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Exemplo:
342 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
MOD
Retorna o resto de uma divisão. Possui dois argumentos (valor a ser dividido e divisor).
Sintaxe
=MOD(Núm;Divisor)
Núm é o número para o qual você deseja encontrar o resto.
Divisor é o número pelo qual você deseja dividir o número.
Exemplo:
=MOD(6;4)
Resposta: 2
MÁXIMO
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÁXIMO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são de 1 a 255 números cujo valor máximo você deseja saber.
Exemplos:
www.acasadoconcurseiro.com.br 343
=MÁXIMO(A1:C5)
MÍNIMO
Retorna o menor valor de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,... Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números
cujo valor MÍNIMO você deseja saber.
Exemplos:
=MÍNIMO(A1:C5)
MAIOR
Retorna o MAIOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MAIOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao maior número.
Sintaxe
=MAIOR(MATRIZ;posição)
344 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Exemplos:
=MAIOR(A3:D4;3) 2 4 6 9 12 23 35 50
Resposta: 23
=MAIOR(A1:C5;3)
MENOR
Retorna o MENOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MENOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao menor número.
Sintaxe
=MENOR(MATRIZ;posição)
Exemplos:
=MENOR(A3:D4;3)
Qual é o terceiro MENOR número:
2 4 6 9 12 23 35 50 Resposta → 6
=MENOR(A1:C5;5)
www.acasadoconcurseiro.com.br 345
=MENOR(A1:C5;19)
DATA
HOJE()
Retorna o número de série da data atual. O número de série é o código de data/hora usado
pela planilha para cálculos de data e hora. Se o formato da célula era Geral antes de a função
ser inserida, a planilha irá transformar o formato da célula em Data. Se quiser exibir o número
de série, será necessário alterar o formato das células para Geral ou Número.
A função HOJE é útil quando você precisa ter a data atual exibida em uma planilha,
independentemente de quando a pasta de trabalho for aberta. Ela também é útil para o cálculo
de intervalos. Por exemplo, se você souber que alguém nasceu em 1963, poderá usar a seguinte
fórmula para descobrir a idade dessa pessoa a partir do aniversário deste ano:
=ANO(HOJE())-1963
Essa fórmula usa a função HOJE como argumento da função ANO de forma a obter o ano atual
e, em seguida, subtrai 1963, retornando a idade da pessoa.
Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é: 31/08/12
AGORA()
Retorna a data e a hora atuais formatados como data e hora. Não possui argumentos.
A função AGORA é útil quando você precisa exibir a data e a hora atuais em uma planilha ou
calcular um valor com base na data e na hora atuais e ter esse valor atualizado sempre que
abrir a planilha.
346 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Exemplos:
SE
A função SE retornará um valor se uma condição que você especificou for considerada
VERDADEIRO e um outro valor se essa condição for considerada FALSO. Por exemplo, a fórmula
=SE(A1>10;“Mais que 10”;“10 ou menos”) retornará “Mais que 10” se A1 for maior que 10 e
“10 ou menos” se A1 for menor que ou igual a 10.
Sintaxe
SE(teste_lógico;[valor_se_verdadeiro];[valor_se_falso])
A sintaxe da função SE tem os seguintes argumentos:
teste_lógico Obrigatório. Qualquer valor ou expressão que possa ser avaliado como
VERDADEIRO ou FALSO. Por exemplo, A10=100 é uma expressão lógica; se o valor da célula A10
for igual a 100, a expressão será considerada VERDADEIRO. Caso contrário, a expressão será
considerada FALSO. Esse argumento pode usar qualquer operador de cálculo de comparação.
valor_se_verdadeiro Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento
teste_lógico for considerado VERDADEIRO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia
de texto “Dentro do orçamento” e o argumento teste_lógico for considerado VERDADEIRO,
a função SE retornará o texto “Dentro do orçamento”. Se teste_lógico for considerado
VERDADEIRO e o argumento valor_se_verdadeiro for omitido (ou seja, há apenas um ponto e
vírgula depois do argumento teste_lógico), a função SE retornará 0 (zero). Para exibir a palavra
VERDADEIRO, use o valor lógico VERDADEIRO para o argumento valor_se_verdadeiro.
valor_se_falso Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento teste_
lógico for considerado FALSO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia de
texto “Acima do orçamento” e o argumento teste_lógico for considerado FALSO, a função SE
retornará o texto “Acima do orçamento”. Se teste_lógico for considerado FALSO e o argumento
valor_se_falso for omitido (ou seja, não há vírgula depois do argumento valor_se_verdadeiro),
a função SE retornará o valor lógico FALSO. Se teste_lógico for considerado FALSO e o valor do
argumento valor_se_falso for omitido (ou seja, na função SE, não há ponto e vírgula depois do
argumento valor_se_verdadeiro), a função SE retornará o valor 0 (zero).
www.acasadoconcurseiro.com.br 347
Exemplos:
SOMASE
Use a função SOMASE para somar os valores em um intervalo que atendem aos critérios que
você especificar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você deseja
somar apenas os valores maiores que 5. É possível usar a seguinte fórmula:
=SOMASE(B2:B25;“>5”)
Nesse exemplo, os critérios são aplicados aos mesmos valores que estão sendo somados. Se
desejar, você pode aplicar os critérios a um intervalo e somar os valores correspondentes em
um intervalo correspondente. Por exemplo, a fórmula =SOMASE(B2:B5;“John”;C2:C5) soma
apenas os valores no intervalo C2:C5, em que as células correspondentes no intervalo B2:B5
equivalem a “John”.
Sintaxe
=SOMASE(intervalo;critérios;[intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo Necessário. O intervalo de células que se deseja calcular por critérios. As células em
cada intervalo devem ser números e nomes, matrizes ou referências que contêm números.
Espaços em branco e valores de texto são ignorados.
critérios Necessário. Os critérios na forma de número, expressão, referência de célula, texto
ou função que define quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem ser
expressos como 32, “>32”, B5, 32, “32”, “maçãs” ou HOJE().
Observação:
Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou
matemáticos deve estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as
aspas duplas não serão necessárias.
348 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células
diferentes das especificadas no argumento de intervalo. Se o argumento intervalo_soma for
omitido, a planilha adicionará as células especificadas no argumento intervalo (as mesmas
células às quais os critérios são aplicados).
Exemplos:
CONT.SE
A função CONT.SE conta o número de células dentro de um intervalo que atendem a um único
critério que você especifica. Por exemplo, é possível contar todas as células que começam com
uma certa letra ou todas as células que contêm um número maior do que ou menor do que
um número que você especificar. Suponha uma planilha que contenha uma lista de tarefas na
coluna A e o nome da pessoa atribuída a cada tarefa na coluna B. Você pode usar a função
CONT.SE para contar quantas vezes o nome de uma pessoa aparece na coluna B e, dessa
maneira, determinar quantas tarefas são atribuídas a essa pessoa. Por exemplo:
=CONT.SE(B2:B25;“Nancy”)
Sintaxe
=CONT.SE(intervalo;“critério”)
intervalo Necessário. Uma ou mais células a serem contadas, incluindo números ou nomes,
matrizes ou referências que contêm números.
critérios Necessário. Um número, uma expressão, uma referência de célula ou uma cadeia de
texto que define quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos
como 32, “32”, “>32”, “maçãs” ou B4.
www.acasadoconcurseiro.com.br 349
Exemplos:
MAIÚSCULA
Converte o texto em maiúsculas.
Sintaxe
=MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto que se deseja converter para maiúsculas. Texto pode ser uma referência ou uma
sequência de caracteres de texto.
Exemplo:
MINÚSCULA
Converte todas as letras maiúsculas em uma sequência de caracteres de texto para minúsculas.
350 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Sintaxe
=MINÚSCULA(texto)
Texto é o texto que você deseja converter para minúscula. MINÚSCULA só muda caracteres de
letras para texto.
Exemplo:
PRI.MAIÚSCULA
Coloca a primeira letra de uma sequência de caracteres de texto em maiúscula e todas as outras
letras do texto depois de qualquer caractere diferente de uma letra. Converte todas as outras
letras em minúsculas.
Sintaxe
=PRI.MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto entre aspas, uma fórmula que retorna o texto ou uma referência a uma célula
que contenha o texto que você deseja colocar parcialmente em maiúscula.
Exemplo:
www.acasadoconcurseiro.com.br 351
USANDO REFERÊNCIAS EM FÓRMULAS
Uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa
a planilha na qual procurar pelos valores ou dados a serem usados em uma fórmula. Com
referências, você pode usar dados contidos em partes diferentes de uma planilha em uma
fórmula ou usar o valor de uma célula em várias fórmulas. Você também pode se referir a células
de outras planilhas na mesma pasta de trabalho e a outras pastas de trabalho. Referências de
células em outras pastas de trabalho são chamadas de vínculos ou referências externas.
O estilo de referência A1
O estilo de referência padrão. Por padrão, o Excel 2013 usa o estilo de referência A1, que se
refere a colunas com letras (A até XFD, para um total de 16.384 colunas) e se refere a linhas com
números (1 até 1.048.576). Essas letras e números são chamados de títulos de linha e coluna.
Para se referir a uma célula, insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por exemplo,
B2 se refere à célula na interseção da coluna B com a linha 2.
Fazendo referência a uma outra planilha. No exemplo a seguir, a função de planilha MÉDIA
calcula o valor médio do intervalo B1:B10 na planilha denominada Marketing na mesma pasta
de trabalho.
Referência a um intervalo de células em outra planilha na mesma pasta de trabalho.
352 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Referências relativas. Uma referência relativa em uma fórmula, como A1, é baseada na posição
relativa da célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência se refere. Se a posição da
célula que contém a fórmula se alterar, a referência será alterada. Se você copiar ou preencher
a fórmula ao longo de linhas ou de colunas, a referência se ajustará automaticamente. Por
padrão, novas fórmulas usam referências relativas. Por exemplo, se você copiar ou preencher
uma referência relativa da célula B2 para a B3, ela se ajustará automaticamente de =A1 para
=A2.
Referências absolutas. Uma referência absoluta de célula em uma fórmula, como $A$1,
sempre se refere a uma célula em um local específico. Se a posição da célula que contém a
fórmula se alterar, a referência absoluta permanecerá a mesma. Se você copiar ou preencher a
fórmula ao longo de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por padrão, novas
fórmulas usam referências relativas, e talvez você precise trocá-las por referências absolutas.
Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência absoluta da célula B2 para a célula
B3, ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1.
Referências mistas. Uma referência mista tem uma coluna absoluta e uma linha relativa, ou
uma linha absoluta e uma coluna relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
$A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta tem o formato A$1, B$1 e assim
por diante. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa será
alterada, e a referência absoluta não se alterará. Se você copiar ou preencher a fórmula ao
longo de linhas ou colunas, a referência relativa se ajustará automaticamente, e a referência
absoluta não se ajustará. Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência mista da
célula A2 para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1.
www.acasadoconcurseiro.com.br 353
Fórmula copiada com referência mista
354 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Funções aninhadas
Em determinados casos, talvez você precise usar uma função como um dos argumentos de
outra função. Por exemplo, a fórmula a seguir usa uma função aninhada MÉDIA e compara o
resultado com o valor 50.
www.acasadoconcurseiro.com.br 355
LISTAS NAS PLANILHAS
O Excel possui internamente listas de dias da semana, meses do ano e trimestres e permite a
criação de novas listas.
Quando se insere em uma célula um conteúdo pertencente a uma lista e se arrasta a alça de
preenchimento desta mesma célula, o Excel preencherá automaticamente as demais células
por onde o arrasto passar, com os dados sequenciais a partir da célula de origem.
356 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Atenção
No Excel, se selecionarmos apenas um número e o arrastarmos pela alça de
preenchimento, o que acontece é a Cópia somente, ou seja, se colocarmos um número
em uma célula e o arrastarmos pela alça de preenchimento, não ocorre a sequência e
esse número somente é copiado nas demais células.
Quando forem selecionadas duas células consecutivas e arrastadas pela alça de preenchimento,
o que ocorrerá é a continuação da sequência com a mesma lógica aplicada nas duas células.
Se for colocado também texto seguido de números ou números seguidos de texto, ocorrerá
novamente a sequência.
www.acasadoconcurseiro.com.br 357
FORMATAÇÃO DE CÉLULAS
NÚMERO
Use as opções na guia Número para aplicar um formato de número
específico aos números nas células da planilha. Para digitar números
em células da planilha, você pode usar as teclas numéricas ou pode
pressionar NUM LOCK e, então, usar as teclas numéricas no teclado
numérico.
358 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
ALINHAMENTO
Use as opções do grupo Alinhamento na guia
Início ou na caixa de diálogo Formatar Células
a guia Alinhamento para alterar o alinhamento
do conteúdo da célula, posicionar o conteúdo
na célula e alterar a direção desse conteúdo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 359
Alinhamento de Texto
•• Horizontal. Selecione uma opção na lista Horizontal para alterar o alinhamento horizontal
do conteúdo das células. Por padrão, o Microsoft Office Excel alinha texto à esquerda,
números à direita, enquanto os valores lógicos e de erro são centralizados. O alinhamento
horizontal padrão é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram os tipos de
dados.
•• Vertical. Selecione uma opção na caixa de listagem Vertical para alterar o alinhamento
vertical do conteúdo das células. Por padrão, o Excel alinha o texto verticalmente na parte
inferior das células. O alinhamento vertical padrão é Geral.
•• Recuo. Recua o conteúdo das células a partir de qualquer borda da célula, dependendo das
opções escolhidas em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo equivale à
largura de um caractere.
•• Orientação. Selecione uma opção em Orientação para alterar a orientação do texto
nas células selecionadas. As opções de rotação poderão não estar disponíveis se forem
selecionadas outras opções de alinhamento.
•• Graus. Define o nível de rotação aplicado ao texto na célula selecionada. Use um número
positivo na caixa Graus para girar o texto selecionado da parte inferior esquerda para a
superior direita na célula. Use graus negativos para girar o texto da parte superior esquerda
para a inferior direita na célula selecionada.
Controle de texto
•• Quebrar texto automaticamente. Quebra o texto em várias linhas dentro de uma célula. O
número de linhas depende da largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula.
•• Reduzir para caber. Reduz o tamanho aparente dos caracteres da fonte para que todos
os dados de uma célula selecionada caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres
será ajustado automaticamente se você alterar a largura da coluna. O tamanho de fonte
aplicado não será alterado.
•• Mesclar Células. Combina duas ou mais células selecionadas em uma única célula. A
referência de célula de uma célula mesclada será a da célula superior esquerda da faixa
original de células selecionadas.
360 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
BORDAS
Use as opções na guia Borda para aplicar uma borda ao redor de células selecionadas em um
estilo e uma cor de sua escolha.
•• Linha. Selecione uma opção em Estilo para especificar o tamanho e o estilo de linha de
uma borda. Para alterar o estilo de linha de uma borda já existente, selecione a opção de
estilo de linha desejada e clique na área da borda no modelo de Borda onde quiser que o
novo estilo de linha seja exibido.
•• Predefinições. Selecione uma opção de borda predefinida para aplicar bordas nas células
selecionadas ou removê-las.
•• Cor. Selecione uma cor da lista para alterar a cor das células selecionadas.
•• Borda. Clique em um estilo de linha na caixa Estilo e clique nos botões em Predefinições ou
em Borda para aplicar as bordas nas células selecionadas. Para remover todas as bordas,
clique no botão Nenhuma. Você também pode clicar nas áreas da caixa de texto para
adicionar ou remover bordas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 361
FONTE
Use as opções na guia Fonte para alterar a fonte, o estilo de fonte, o tamanho da fonte e outros
efeitos de fonte.
•• Fonte. Selecione o tipo da fonte para o texto nas células selecionadas. A fonte padrão é
Calibri.
•• Estilo da Fonte. Selecione o estilo da fonte para o texto nas células selecionadas. O estilo
de fonte padrão é Normal ou Regular.
•• Tamanho. Selecione o tamanho da fonte para o texto nas células selecionadas. Digite
qualquer número entre 1 e 1.638. O tamanho de fonte padrão é 11.
Observação:
Os tamanhos disponíveis na lista Tamanho dependem da fonte selecionada e da
impressora ativa.
•• Sublinhado. Selecione o tipo de sublinhado que deseja usar para o texto nas células
selecionadas. O sublinhado padrão é Nenhum.
•• Cor. Selecione a cor que deseja usar para as células ou o texto selecionados. A cor padrão é
Automático.
362 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
•• Fonte Normal. Marque a caixa de seleção Fonte Normal para redefinir o estilo, o tamanho
e os efeitos da fonte com o estilo Normal (padrão).
•• Efeitos. Permite que você selecione um dos seguintes efeitos de formatação.
•• Tachado. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como tachado.
•• Sobrescrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como sobrescrito.
•• Subscrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como subscrito.
•• Visualização. Veja um exemplo de texto que é exibido com as opções de formatação que
você seleciona.
PREENCHIMENTO
Use as opções na guia Preenchimento para preencher as células selecionadas com cores,
padrões e efeitos de preenchimento especiais.
•• Plano de Fundo. Selecione uma cor de plano de fundo para células selecionadas usando a
paleta de cores.
•• Efeitos de preenchimento.
Selecione este botão para aplicar gra-
diente, textura e preenchimentos de ima-
gem em células selecionadas.
•• Mais Cores. Selecione este botão
para adicionar cores que não estão
disponíveis na paleta de cores.
•• Cor do Padrão. Selecione uma cor de
primeiro plano na caixa Cor do Pa-
drão para criar um padrão que usa
duas cores.
•• Estilo do Padrão. Selecione um pa-
drão na caixa Estilo do Padrão para
formatar células selecionadas com
um padrão que usa as cores que você
seleciona nas caixas Cor de Plano de
Fundo e Cor Padrão.
Exemplo: Veja um exemplo das opções de cor, efeitos de preenchimento e de padrões que
selecionar.
Neste Menu foram reunidas todas as opções que permitirão ao usuário trabalhar a apresentação
do texto (formatação) de forma a torná-lo mais atrativo e de fácil leitura, com diferentes estilos
de parágrafos, diferentes fontes e formatos de caracteres, etc.
www.acasadoconcurseiro.com.br 363
PROTEÇÃO
Para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos
da planilha ou da pasta de trabalho, com ou sem senha. É possível remover a proteção da
planilha, conforme necessário.
Quando você protege uma planilha, todas as células são bloqueadas por padrão, o que significa
que elas não podem ser editadas. Para permitir que as células sejam editadas enquanto apenas
algumas células ficam bloqueadas, você pode desbloquear todas as células e bloquear somente
células e intervalos específicos antes de proteger a planilha. Você também pode permitir que
usuários específicos editem intervalos específicos em uma planilha protegida.
364 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
www.acasadoconcurseiro.com.br 365
Clique no título da linha ou coluna.
1. Título da linha
2. Título da coluna
Uma linha ou coluna
inteira Você também pode selecionar células em uma linha ou
coluna selecionando a primeira célula e pressionando
CTRL + SHIFT + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA
ou SETA PARA A ESQUERDA para linhas,
SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
Observação: Se a linha ou coluna contiver dados, CTRL +
SHIFT + tecla de DIREÇÃO selecionará a linha ou coluna
até a última célula utilizada. Pressione CTRL + SHIFT
+ tecla de DIREÇÃO uma segunda vez para selecionar
toda a linha ou coluna.
Arraste através dos títulos de linha ou de coluna ou
selecione a primeira linha ou coluna. Em seguida,
Linhas ou colunas adjacentes
pressione SHIFT enquanto seleciona a última linha ou
coluna.
Clique no título de linha ou de coluna da primeira linha
ou coluna de sua seleção. Pressione CTRL enquanto
Linhas ou colunas não adjacentes
clica nos títulos de linha ou coluna de outras linhas ou
colunas que você deseja adicionar à seleção.
Selecione uma célula na linha ou na coluna e, em
seguida, pressione CTRL + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA
A primeira ou a última célula de uma linha
A DIREITA ou SETA PARA A
ou coluna
ESQUERDA para linhas, SETA PARA CIMA ou SETA PARA
BAIXO para colunas).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
A primeira ou a última célula em uma
CTRL + SHIFT + END para estender a seleção de células
planilha ou em uma tabela do Microsoft
até a última célula usada na planilha (canto inferior
Office Excel
direito).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
Células até o início da planilha. CTRL + SHIFT + HOME para estender a seleção de
células até o início da planilha.
Mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique na última
Mais ou menos células do que a seleção célula que deseja incluir na nova seleção. O intervalo
ativa retangular entre a e a célula em que você clicar passará
a ser a nova seleção.
366 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
GRÁFICOS
Gráficos são usados para exibir séries de dados numéricos em formato gráfico, com o objetivo
de facilitar a compreensão de grandes quantidades de dados e do relacionamento entre
diferentes séries de dados.
Para criar um gráfico no Excel, comece inserindo os dados numéricos desse gráfico em
uma planilha e experimente o comando Gráficos Recomendados na guia Inserir para criar
rapidamente o gráfico mais adequado para os seus dados.
www.acasadoconcurseiro.com.br 367
Dica:
Se você não vir um gráfico que lhe agrade, clique em Todos os Gráficos para ver todos
os tipos de gráfico disponíveis.
Tipos de Gráficos
Há várias maneiras de criar um gráfico em uma planilha do Excel, em um documento do
Word ou em uma apresentação do PowerPoint. Independentemente de você usar um gráfico
368 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
recomendado para os seus dados ou um gráfico escolhido na lista com todos os gráficos, saber
um pouco mais sobre cada tipo de gráfico pode ser de grande ajuda.
Se você já tem um gráfico e só quer mudar seu tipo:
Gráficos de colunas
Os dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de colunas. Em geral, um gráfico de coluna exibe categorias ao longo do eixo horizontal
(categoria) e valores ao longo do eixo vertical (valor), como mostra o seguinte gráfico:
www.acasadoconcurseiro.com.br 369
Gráficos de linhas
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de linhas. Nesse tipo de gráfico, os dados de categorias são distribuídos uniformemente ao
longo do eixo horizontal, e todos os dados de valores são distribuídos uniformemente ao longo
do eixo vertical. Gráficos de linhas podem mostrar dados contínuos ao longo do tempo em um
eixo com escalas iguais e, portanto, são ideais para mostrar tendências de dados em intervalos
iguais, como meses, trimestres ou anos fiscais.
370 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Gráficos de rosca
Dados organizados apenas em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de rosca. Como um gráfico de pizza, um gráfico de rosca mostra a relação das partes
com um todo, mas pode conter mais de uma série de dados.
Gráficos de barras
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de barras. Esses gráficos ilustram comparações entre itens individuais. Em um gráfico de barras,
as categorias costumam ser organizadas ao longo do eixo vertical, enquanto os valores são
dispostos ao longo do eixo horizontal.
www.acasadoconcurseiro.com.br 371
Considere a utilização de um gráfico de barras quando:
•• Os rótulos dos eixos forem longos;
•• Os valores mostrados forem durações.
Gráficos de área
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de áreas. Esses gráficos podem ser usados para plotar mudanças ao longo do tempo e chamar
a atenção para o valor total no decorrer de uma tendência. Mostrando a soma dos valores
plotados, um gráfico de áreas também mostra a relação de partes com um todo.
372 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Gráficos de bolhas
Semelhante a um gráfico de dispersão, um gráfico de bolhas adiciona uma terceira coluna para
especificar o tamanho das bolhas exibidas para representar os pontos de dados na série de
dados.
Gráficos de ações
Dados organizados em colunas ou linhas em uma ordem específica em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de ações. Como o nome sugere, esse gráfico pode ilustrar flutuações
nos preços das ações. No entanto, também pode ilustrar flutuações em outros dados, como
níveis de chuva diários ou temperaturas anuais. Lembre-se de organizar seus dados na ordem
correta para criar um gráfico de ações. Por exemplo, para criar um simples gráfico de ações de
alta-baixa-fechamento, você deve organizar seus dados com os valores Alta, Baixa e Fechamento
inseridos como títulos de colunas, nessa ordem.
www.acasadoconcurseiro.com.br 373
Gráficos de superfície
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de superfície. Esse gráfico é útil quando você quer encontrar combinações ideais entre dois
conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico, cores e padrões indicam áreas que estão
no mesmo intervalo de valores. Você pode criar um gráfico de superfície quando tanto as
categorias quanto a série de dados são valores numéricos.
Gráficos de radar
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de radar. Esses gráficos comparam entre si os valores agregados de várias série de dados.
374 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Gráficos de combinação
Dados organizados em colunas e linhas podem ser plotados em um gráfico de combinação.
Esse gráfico combina dois ou mais tipos de gráfico para facilitar a interpretação dos dados,
especialmente quando estes são muito variados. Exibido com um eixo secundário, esse gráfico
é ainda mais fácil de ler. Neste exemplo, usamos um gráfico de colunas para mostrar o número
de casas vendidas entre os meses de janeiro e junho e depois usamos um gráfico de linhas para
que os leitores possam identificar com mais facilidade o preço médio das vendas em cada mês.
www.acasadoconcurseiro.com.br 375
1. Clique na caixa Título do Gráfico e digite o título.
CLASSIFICAR DADOS
A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados. Talvez você queira colocar
uma lista de nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis de inventário de produtos
do mais alto para o mais baixo ou organizar linhas por cores ou ícones. A classificação de dados
ajuda a visualizar e a compreender os dados de modo mais rápido e melhor, a organizar e
localizar dados desejados e, por fim, a tomar decisões mais efetivas.
376 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Classificar texto
4. Como opção, você pode fazer uma classificação que diferencie letras maiúsculas de
minúsculas.
Classificar números
2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de números baixos para números altos, clique em Classificar do Menor para
o Maior.
•• Para classificar de números altos para números baixos, clique em Classificar do Maior para
o Menor.
3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de uma data e hora anterior para uma data ou hora mais recente, clique em
Classificar da Mais Antiga para a Mais Nova.
•• Para classificar de uma data e hora recente para uma data ou hora mais antiga, clique em
Classificar da Mais Nova para a Mais Antiga.
www.acasadoconcurseiro.com.br 377
Classificar uma coluna em um intervalo de células sem afetar outros
Aviso:
Cuidado ao usar esse recurso. A classificação por uma coluna em um intervalo pode
gerar resultados indesejados, como movimentação de células naquela coluna para
fora de outras células na mesma linha.
3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e siga um dos
seguintes procedimentos, após caixa de diálogo Aviso de Classificação ser exibida.
5. Clique em Classificar.
378 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Valor Comentário
Os números são classificados do menor número negativo ao maior
Números
número positivo.
Datas As datas são classificadas da mais antiga para a mais recente.
O texto alfanumérico é classificado da esquerda para a direita, caractere
por caractere. Por exemplo, se uma célula contiver o texto “A100”, o
Excel a colocará depois de uma célula que contenha a entrada ”A1” e
antes de uma célula que contenha a entrada “A11”.
Os textos e os textos que incluem números, classificados como texto,
são classificados na seguinte ordem:
• 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (espaço) ! “ # $ % & ( ) * , . / : ; ? @ [ \ ] ^ _ ` { | } ~ +
<=>ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Texto
• Apóstrofos (') e hífens (-) são ignorados, com uma exceção: se duas
sequências de caracteres de texto forem iguais exceto pelo hífen, o texto
com hífen será classificado por último.
Observação: Se você alterou a ordem de classificação padrão para que ela
fizesse distinção entre letras maiúscula e minúsculas na caixa de diálogo
Opções de Classificação, a ordem para os caracteres alfanuméricos é a
seguinte: a A b B c C d D e E f F g G h H i I j J k K l L m M n N o O p P q Q r
RsStTuUvVwWxXyYzZ
Lógica Em valores lógicos, FALSO é colocado antes de VERDADEIRO.
Erro Todos os valores de erro, como #NUM! e #REF!, são iguais.
Na classificação crescente ou decrescente, as células em branco são
sempre exibidas por último.
Células em branco
Observação: Uma célula em branco é uma célula vazia e é diferente de
uma célula com um ou mais caracteres de espaço.
CLASSIFICAÇÃO PERSONALIZADA
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida pelo usuário.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, clique
em Personalizar Classificação.
www.acasadoconcurseiro.com.br 379
A caixa de diálogo Classificar será exibida.
3. Em coluna, na caixa Classificar por ou Em seguida por, selecione a coluna que deseja
classificar. Se for necessário, adicione mais níveis.
5. Clique em OK.
CONFIGURAR PÁGINA
Área de Impressão
Se você imprime frequentemente uma seleção específica da planilha, defina uma área de
impressão que inclua apenas essa seleção. Uma área de impressão corresponde a um ou mais
intervalos de células que você seleciona para imprimir quando não deseja imprimir a planilha
inteira. Quando a planilha for impressa após a definição de uma área de impressão, somente
essa área será impressa. Você pode adicionar células para expandir a área de impressão quando
necessário e limpar a área de impressão para imprimir toda a planilha.
Uma planilha pode ter várias áreas de impressão. Cada área de impressão será impressa como
uma página separada.
380 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
1. Na planilha, selecione as células que você deseja definir como área de impressão. É possível
criar várias áreas de impressão, mantendo a tecla CTRL pressionada e clicando nas áreas
que você deseja imprimir.
Observação:
Se as células que você deseja adicionar não forem adjacentes à área de impressão
existente, uma área de impressão adicional será criada. Cada área de im- pressão em
uma planilha é impressa como uma página separada. Somente as células adjacentes
podem ser adicionadas a uma área de impressão existente.
Observação:
Se a sua planilha contiver várias áreas de impressão, limpar uma área de impressão
removerá todas as áreas de impressão na planilha.
1. Clique em qualquer lugar da planilha na qual você deseja limpar a área de impressão.
www.acasadoconcurseiro.com.br 381
Quebras de Página
Quebras de página são divisores que separam uma planilha (planilha: o principal documento
usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica,
que consiste em células organizadas em colunas e linhas e é sempre armazenada em uma pasta
de trabalho) em páginas separadas para impressão. O Microsoft Excel insere quebras de página
automáticas com base no tamanho do papel, nas configurações de margem, nas opções de
escala e nas posições de qualquer quebra de página manual inserida por você. Para imprimir
uma planilha com o número exato de páginas desejado, ajuste as quebras de página na planilha
antes de imprimi-la.
Embora você possa trabalhar com quebras de página no modo de exibição Normal, é
recomendável usar o modo de exibição Visualizar Quebra de Página para ajustá-las de forma
que você possa ver como outras alterações feitas por você (como alterações na orientação
de página e na formatação) afetam as quebras de página automáticas. Por exemplo, você
pode ver como uma alteração feita por você na altura da linha e na largura da coluna afeta o
posicionamento das quebras de página automáticas.
Para substituir as quebras de página automáticas que o Excel insere, é possível inserir suas
próprias quebras de página manuais, mover as quebras de página manuais existentes ou
excluir quaisquer quebras de página inseridas manualmente. Também é possível removê-las de
maneira rápida. Depois de concluir o trabalho com as quebras de página, você pode retornar ao
modo de exibição Normal.
Dica:
Também é possível clicar em Visualizar Quebra de Página na barra de status.
382 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Observação:
Se você obtiver a caixa de diálogo Bem-vindo à Visualização de Quebra de Página,
clique em OK. Para não ver essa caixa de diálogo sempre que você for para o modo de
exibição Visualização de Quebra de Página, marque a caixa de seleção Não mostrar
esta caixa de diálogo novamente antes de clicar em OK.
Dica:
Também é possível clicar com o botão direito do mouse na linha abaixo da qual ou
na coluna à direita da qual você deseja inserir uma quebra de linha e clicar em Inserir
Quebra de Página.
Imprimir Títulos
Se uma planilha ocupar mais de uma página, você poderá imprimir títulos ou rótulos de linha e
coluna (também denominados títulos de impressão) em cada página para ajudar a garantir que
os dados sejam rotulados corretamente.
www.acasadoconcurseiro.com.br 383
Observação:
O comando Imprimir Títulos aparecerá esmaecido se você estiver em modo de edição
de célula, se um gráfico estiver selecionado na mesma planilha ou se você não tiver
uma impressora instalada.
Dica:
Também é possível clicar no botão Recolher Caixa de Diálogo , na extremidade
direita das caixas Linhas a repetir na parte superior e Colunas a repetir à esquerda, e
selecionar as linhas ou as colunas de título que deseja repetir na planilha. Depois de
concluir a seleção das linhas ou colunas de título, clique no botão Recolher Caixa de
Diálogo novamente para voltar à caixa de diálogo.
Observação:
Se você tiver mais de uma planilha selecionada, as caixas Linhas a repetir na parte
superior e Colunas a repetir à esquerda não estarão disponíveis na caixa de diálogo
Configurar Página. Para cancelar uma seleção de várias planilhas, clique em qualquer
planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não selecionada estiver visível, clique
com o botão direito do mouse na guia da planilha selecionada e clique em Desagrupar
Planilhas no menu de atalho.
384 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
IMPRESSÃO
É possível imprimir planilhas e pastas de trabalho inteiras ou parciais, uma ou várias por vez. Se
os dados que você deseja imprimir estiverem em uma tabela do Microsoft Excel, você poderá
imprimir apenas a tabela do Excel.
3. Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, a(s) planilha(s) ativa(s) ou
a pasta de trabalho inteira.
Observação:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.
www.acasadoconcurseiro.com.br 385
Imprimir várias planilhas de uma vez
Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e
clique na guia.
386 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
1. Dimensionamento de coluna
2. Dimensionamento de linha
Observação:
Algumas formatações, como texto colorido ou sombreamento de célula, podem ficar
com uma boa aparência na tela, mas você pode não gostar de sua aparência quando
for impressa em uma impressora branco e preto. Talvez você queira imprimir uma
planilha com as linhas de grade exibidas para que os dados, as linhas e as colunas
fiquem mais realçadas.
Recursos adicionais:
•• Visualizar páginas da planilha antes de imprimir
•• Imprimir uma planilha na orientação paisagem ou retrato
•• Inserir, mover ou excluir quebras de página manuais em uma planilha
•• Usar cabeçalhos e rodapés em impressões de planilhas
www.acasadoconcurseiro.com.br 387
Imprimir uma ou várias planilhas
Selecione as planilhas que você deseja imprimir.
Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e,
em seguida, clique na guia.
Dica:
Quando várias planilhas são selecionadas, [Grupo] aparece na barra de título na parte
superior da planilha. Para cancelar uma seleção de várias planilhas em uma pasta
de trabalho, clique em alguma planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não
selecionada estiver visível, clique com o botão direito do mouse na guia da planilha
selecionada e clique em Desagrupar Planilhas.
388 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Informática – Prof. Sérgio Spolador
Dica:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.
Todos os arquivos da pasta de trabalho que você deseja imprimir devem estar na mesma pasta.
Clique em Arquivo e em Abrir.
Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + O.
Mantenha a tecla CTRL pressionada e clique no nome de cada pasta de trabalho que você
deseja imprimir.
Siga um destes procedimentos:
Em um computador que esteja executando o Windows 7 ou Vista:
•• Clique com o botão direito do mouse na seleção e, em seguida, clique em Imprimir.
Em um computador que esteja executando o Windows XP:
•• Na caixa de diálogo Abrir, clique em Ferramentas e, em seguida, clique em Imprimir.
www.acasadoconcurseiro.com.br 389
Em Configurações, clique na seta ao lado de Imprimir Planilhas Ativas e selecione Tabela
Selecionada.
Clique no botão Imprimir.