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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 2

2. Definição de pesquisa ......................................................................................................... 3

3. Formação docente ............................................................................................................... 3

4. Importância da pesquisa na formação docente ................................................................... 4

4.1.A pesquisa na formação do professor de geografia ............................................................. 5

5. A pesquisa como ferramenta de actualização e inovação ................................................... 7

6. Desenvolvimento da reflexão crítica .................................................................................. 7

7. A contribuição da pesquisa para a solução de problemas educacionais ............................. 7

8. Fomento da autonomia profissional ................................................................................... 7

9. O papel da pesquisa na formação docente .......................................................................... 7

10. Conclusão........................................................................................................................ 9

11. Referencias Bibliográficas ............................................................................................ 10


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1. Introdução
A pesquisa na formação docente é um pilar fundamental para a construção de uma educação
de qualidade. Os professores desempenham um papel essencial na vida dos estudantes e na
formação de cidadãos, educados e críticos. Dois aspectos intrinsecamente relacionados e que
merecem destaque nesse contexto são: A Importância da Pesquisa na Formação Docente e O
Papel da Pesquisa na Formação Docente, cujo objectivo geral deste trabalho e de
compreender a importância da pesquisa na formação docente, e como objectivos específicos
temos, a definição da pesquisa, o destaque do papel da pesquisa na formação docente e
identificar a pesquisa na formação do professor de geografia.

A pesquisa desempenha um papel multifacetado na formação de professores, contribuindo de


maneira significativa para a sua evolução como educadores e, por conseguinte, para o
progresso educacional em geral. Neste contexto, este trabalho se propõe a analisar em
profundidade tanto a relevância da pesquisa como um instrumento-chave na formação
docente quanto o papel desempenhado pela pesquisa nesse processo.

Como problemas destes dois temas constata-se que há falta de incentivos e financiamento
para os pesquisadores em áreas como ciências sociais e humanas, que são importantes para o
desenvolvimento da docência. A falta de tempo e os recursos dedicados a pesquisa, o que
reduz a capacidade do docente. Uma segunda problemática e a falta de estimulo a pesquisa no
âmbito do currículo de formação docente, que e geralmente centrada apenas na pratica
didáctica. Isso faz com que o professor não tenha tempo suficiente para investir na pesquisa e
no desenvolvimento de novos conhecimentos.

Através da análise crítica e do debate desses dois temas interconectados, buscaremos lançar
luz sobre como a pesquisa não apenas enriquece o conhecimento e as habilidades dos
professores, mas também capacita-os a se tornarem agentes de mudança e inovação na
educação.

Para a realização do trabalho recorremos a diversas fontes, com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória, de fácil compreensão através de consultas bibliográficas e pesquisas
efectuadas em alguns artigos, que versam sobre o tema em destaque nas quais vem
mencionadas no fim do trabalho.
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2. Definição de pesquisa
Segundo GATTI, 2002, p. 9-10, a pesquisa é o acto pelo qual procuramos obter
conhecimento sobre alguma coisa, visando a criação de um corpo de conhecimentos sobre um
certo assunto, o ato de pesquisar deve apresentar certas características específicas. Não
buscamos, com ele, qualquer conhecimento, mas um conhecimento que ultrapasse nosso
entendimento imediato na explicação ou na compreensão da realidade que observamos.

A pesquisa segundo Minalyo 1993, p.23, e considerada como a actividade básica das ciências
na sua indagação e descoberta da realidade. E uma atitude e prática teórica de constante busca
que define um processo intrinsecamente inacabado. E uma actividade de aproximação
sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teorias
e dados.

De acordo com as definições dos autores acima citados, podemos entender que a pesquisa e
uma prática que visa buscar novos conhecimentos sobre um determinado tema específico
para poder criar ou adquirir um conhecimento concreto sobre uma dada realidade. É através
da pesquisa que se pode mostrar para os futuros professores, como é importante buscar novos
conhecimentos, pois é preciso ser inovador e criativo perante alunos que estão sempre
curiosos frente a novos conteúdos.

3. Formação docente
A formação docente é um processo destinado aos profissionais que buscam desenvolver
habilidades e capacidades de ensino para leccionar em diferentes contextos educacionais,
oferecendo uma ampla variedade de tópicos abordando as questões relacionadas a praticas
pedagógicas e temáticas sociais e culturais que afectam o ensino e a aprendizagem, o que
envolve desde como leccionar de forma eficaz até criar ambientes de aprendizagem criativo.

Segundo García (1999, p.26) Formação de Professores é a área de conhecimentos,


investigação e de propostas teóricas e práticas que, no âmbito da Didáctica e da Organização
Escolar, estuda os processos através dos quais os professores em formação ou em exercício se
implicam individualmente ou em equipe, em experiências de aprendizagem através das quais
adquirem ou melhoram os seus conhecimentos, competências e disposições, permitindo˗ lhe
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intervir profissionalmente no desenvolvimento do seu ensino, do currículo e da escola, com o


objectivo de melhorar a qualidade da educação que os alunos recebem.

4. Importância da pesquisa na formação docente


Durante o curso de graduação os estudantes são poucas vezes incentivados a pesquisar.
Quando falamos da pesquisa, não estamos nos referindo a pesquisar para fazer um ou outro
trabalho, mas sim, referindo ao estudante ser convidado à pesquisa como um mundo novo,
tornando-a um hábito presente em seu quotidiano. Se durante a formação adquirimos este
hábito, certamente quando estivermos actuando em nossa profissão tudo será mais fácil.

A ligação da pesquisa com os cursos de licenciaturas, no nosso caso com a Geografia, esta
focada na manutenção de professores mais reflexivos e críticos, assim a pesquisa se torna
uma facilitadora da prática crítico-reflexiva. Cabe aos professores a tarefa de despertar nos
alunos a "sede" investigativa, onde a pesquisa venha agir ao mesmo tempo como instrumento
de ensino e conteúdo de aprendizagem. O professor pode extrapolar os limites da simples
transmissão do conhecimento pronto, para o conhecimento sem fim, onde o mesmo está em
constante construção e reconstrução. Considerando que investigar é pesquisar e que a
pesquisa deve envolver o aprender a pensar, a citação a seguir mostra-se bastante oportuna.
(Pontuschka, Paganelli E Cacete, 2009, P.96)

Sabe-se que são consideráveis as deficiências do professorado em relação ao aprender a


pensar, de modo que eles próprios necessitam dominar estratégias de pensar e de pensar sobre
o próprio pensar. Parece claro que às inovações introduzidas no ensino das crianças e jovens
correspondam mudanças na formação inicial e continuada de professores. Todavia, tanto em
relação à formação das crianças e jovens quanto à formação de professores, importa não
apenas buscar os meios pedagógico-didácticos de melhorar e potencializar a aprendizagem
pelas competências do pensar, mas também de ganhar elementos conceituais para a
apropriação crítica da realidade.

É preciso associar o movimento do ensino do pensar aos processos da reflexão dialéctica de


cunho crítico, a crítica como forma lógico-epistemológica. Pensar é mais do que explicar, e
para isso as escolas e as instituições formadoras de professores precisam formar sujeitos
pensantes, capazes de um pensar epistémico, ou seja, sujeitos que desenvolvam capacidades
básicas de pensamento, elementos conceituais, que lhes permitam, mais do que saber coisas,
mais do que receber uma informação, colocar-se ante a realidade, apropriar-se do momento
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histórico para pensar historicamente essa realidade e reagir a ela (Pontuschka, Paganelli e
Cacete, 2009, apud Zemelman, 1994, apud Libânio, 1998, p. 86-87).

4.1.A pesquisa na formação do professor de geografia


Na Geografia muitos são os alunos que chegam ao curso sem saber ao menos os conceitos
básicos envolvendo tanto a natureza geografia física quanto da sociedade geografia humana,
quando sabem que existem estas duas vertentes e que as mesmas interagem, muitas vezes os
professores tentam consertar este erro despejando uma grande quantidade de conteúdos para
os alunos, principalmente para os da natureza físico geográfico.

Para Pontuschka, Paganelli e Cacete, (2009) apud Demo (1992), mais importante do que
as aulas e a transmissão de conteúdos, na busca de cobrir extensões infindáveis da matéria, é
abrir espaço para que o aluno trabalhe com temas de pesquisa, a fim de exercitar a capacidade
de dar conta de temas com aprofundamento intensivo, os quais lhe permitam desenvolver a
capacidade de elaboração própria. A avaliação giraria em torno da produção própria, e não
consistiria em provas calcadas nos conteúdos desenvolvidos em aulas. Nem todos alunos têm
a mesma percepção e a capacidade de reter os conteúdos transmitir pelo professor.

Muitos desses alunos, assim como nós, viemos de um sistema regrado em memorização e
reprodução de um conteúdo, como já abordado, pronto e ponto, então cabe ao professor
ensinar aos alunos de licenciaturas a pesquisar, criando situações e condições que nos
estimulem a curiosidade e criatividade.

São muitas as pesquisas que debatem o ensino e aprendizagem da Geografia, cabe a nós
acessarmos essas informações, sejam elas pesquisas académicas, propostas curriculares ou
parâmetros curriculares nacionais que nos remetem à disciplina e a seu ensino. Sendo assim,
o formando que pesquisa durante a graduação terá maior acesso as variadas metodologias
existentes bem como exercitará a sua capacidade de correlacionar os conteúdos a suas
didácticas.

A pesquisa pode, ao mesmo tempo, constituir um instrumento de ensino e um conteúdo de


aprendizagem, permitindo o exercício de investigação de novas proposições em termos de
metodologia do ensino em Geografia. Nesse sentido, a pesquisa no âmbito dessa ciência pode
revelar-se um procedimento que busca desenvolver competências relativas à:

a) Análise crítica das metodologias de ensino produzidas e das que estão em uso;
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b) Identificação de metodologias de ensino de carácter tradicional e inovadoras;


c) Identificação e utilização das diferentes linguagens próprias a seu ensino;
d) Capacidade de inferir das diferentes propostas parâmetros curriculares suas filiações
filosóficas teórico-metodológicas;
e) Capacidade de realizar opções conscientes diante das diferentes metodologias e
propostas curriculares de ensino e aprendizagem.

O trabalho do professor envolve muitas actividades, que vão desde a preparação e


planeamento das aulas até uma participação na produção/execução de projectos pedagógicos.
Sendo o projecto o primeiro passo de uma pesquisa, se faz necessários a nós futuros
professores, saber montar o mesmo.

Ex. Para se formular um projecto de pesquisa devem ser feitas algumas questões que com
suas respostas preencham os requisitos do mesmo:

a) O que fazer? Estabelecer o tema ou situação-problema a ser investigado, enunciando


a(s) hipótese(s). (Hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que
se desconhece.)
b) Por que fazer? Esclarecer os motivos que justificam a pesquisa, levando em conta sua
relevância.
c) Para que fazer? Definir o que se pretende alcançar com a execução da pesquisa, ou
seja, seus objectivos gerais e específicos.
d) Como fazer? Definir os procedimentos metodológicos necessários para alcançar as
técnicas e as metodologias a ser utilizadas.
e) Onde fazer? Especificar o campo de observação e as variáveis que interessam à
pesquisa: local, população, amostra, etc.
f) Com quê? Descrever os instrumentos de pesquisa que vão ser utilizados e como serão
aplicados.
g) Quando? Definir um cronograma com a duração das actividades, indicando o tempo
necessário para a realização das etapas da pesquisa.

(Pontuschka, Paganelli E Cacete, 2009, P.101).


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5. A pesquisa como ferramenta de actualização e inovação


A pesquisa fornece aos professores acesso às últimas descobertas e inovações no campo da
educação. Ao manter-se actualizados, os educadores podem aplicar práticas pedagógicas mais
adequadas e homologadas com as necessidades dos alunos do século XXI (Smith, 2018).

6. Desenvolvimento da reflexão crítica


Engajar-se em pesquisa estimula a reflexão crítica sobre as práticas educacionais. Os
professores têm a oportunidade de questionar e analisar suas abordagens, promovendo um
aprimoramento constante do ensino (Freire, 1970).

7. A contribuição da pesquisa para a solução de problemas educacionais


Através da pesquisa, os docentes podem identificar e propor soluções para os desafios e
problemas enfrentados no ambiente educacional. Isso pode incluir questões de inclusão,
desigualdade de acesso à educação e métodos de avaliação mais práticos (Nóvoa, 2009).

8. Fomento da autonomia profissional


A pesquisa capacita os professores a assumirem um papel mais activo no desenvolvimento de
suas práticas pedagógicas. Ao invés de apenas seguir métodos pré-estabelecidos, os
professores têm a capacidade de adaptar e personalizar seu ensino de acordo com as
necessidades individuais dos alunos (Zeichner, 2005).

9. O papel da pesquisa na formação docente


A pesquisa como ferramenta de aprimoramento profissional:

A pesquisa desempenha um papel crítico no aprimoramento profissional dos educadores. Ela


permite que os professores aprofundem seu entendimento das melhores práticas, avaliem o
impacto de suas acções e adaptem sua abordagem com base em evidências.

De acordo com Creswell e Creswell (2017), A pesquisa não apenas melhora a qualidade do
ensino, mas também capacita os professores a se tornarem aprendizes ao longo da vida,
comprometidos em melhorar constantemente suas habilidades e aprimorar a experiência
educacional de seus alunos. No entanto, a pesquisa tem o papel de fornecer embasamento
teórico, promover reflexão e contribuir para a inovação educacional, preparando os
educadores para desafios contemporâneos

Pesquisa como princípio educativo:


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A pesquisa é o processo que, integrado ao quotidiano da escola, garante a apropriação


adequada da realidade, assim como projecta possibilidade de intervenção. Alia o carácter
social ao protagonismo dos sujeitos pesquisadores (Rio Grande Do Sul, 2011-2014, p.20).

No educar pela pesquisa emergem aprendizagens privilegiadas. O conhecer se ressignifica


como oportunidade de desenvolvimento, desenvolvimento humano com autonomia e
qualidade. Entretanto é importante destacar que isto se dá a partir do que formandos e
formadores são quando ingressam no processo, de suas condições teóricas e práticas de
partida (Galiazzi; Moraes, 2002, p.248).

Fazenda (1993) afirma que a união entre a interdisciplinaridade e a pesquisa vem selar o
encontro entre a teoria e a prática, pois separá-los seria anular o sentido dessa prática que
prioriza, entre outros aspectos, a formação de sujeitos capazes de continuar aprendendo e
educando-se mesmo após sair da escola.

Informação baseada em evidências:

A pesquisa fornece aos educadores informações baseadas em evidências que podem ser
aplicadas directamente em sala de aula por meio de estudos e debates, se os professores têm
acesso a estratégias comprovadas, métodos de ensino eficazes e abordagens pedagógicas
inovadoras. Isso não apenas beneficia os professores, mas também os alunos, uma vez que as
práticas pedagógicas informadas por pesquisa têm o potencial de melhorar o aprendizado e o
desempenho académico.

Desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico:

O envolvimento em pesquisas exige que os professores desenvolvam habilidades de


pensamento crítico, análise e avaliação. Eles aprendem a questionar, aprofundar-se em
problemas educacionais complexos e desenvolver soluções informadas. Essas habilidades não
apenas melhoram sua prática profissional, mas também são transmitidas aos alunos,
promovendo o pensamento crítico em sala de aula.
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10. Conclusão
Ao longo deste trabalho, exploramos com profundidade os temas cruciais da importância e do
papel da pesquisa na formação docente. Ficou claro que a pesquisa desempenha um papel
vital na preparação dos educadores para enfrentar os desafios e a constante evolução da sala
de aula contemporânea.

A importância da pesquisa na formação docente é indiscutível. Ela proporciona aos


professores a oportunidade de aprofundar seu conhecimento, compreender as melhores
práticas de ensino e aprimorar suas habilidades pedagógicas. Além disso, a pesquisa ajuda a
desenvolver a capacidade dos docentes para adaptar suas abordagens de ensino às
necessidades específicas de seus alunos, tornando o processo de aprendizagem mais eficaz e
significativo.

Simultaneamente, o papel da pesquisa na formação docente é extremamente conhecido como


uma ocorrência para a inovação na educação. Os professores que se envolvem em pesquisa
são mais propensos a implementar práticas educacionais baseadas em evidências, o que, por
sua vez, tem um impacto positivo no desempenho dos alunos. Além disso, a pesquisa ajuda
os educadores a se tornarem agentes de mudança, capazes de influenciar as políticas
educacionais e promover melhorias no sistema como um todo.

A pesquisa e sua importância na formação docente estão intrinsecamente ligadas ao


desenvolvimento de educadores competentes e à promoção da qualidade da educação.
Portanto, é essencial que as instituições de ensino, os profissionais da educação e os
formuladores de políticas continuem a apoiar e incentivar a pesquisa como parte integrante
do processo de formação e desenvolvimento docente. Só assim poderemos garantir que
nossos professores estejam especialmente preparados para enfrentar os desafios da educação
contemporânea e continuar a moldar as mentes e o futuro das gerações vindouras.
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11. Referencias Bibliográficas


Freire, P. (1970). Pedagogia do Oprimido. Contínuo.

Nóvoa, A. (2009). Formação de professores e profissão docente. Perspectivas comparadas.


Educação, 32(1), 7-34.

Smith, J. (2018). O papel da pesquisa na formação de professores: revisão da literatura. Jornal


de Formação de Professores, 69(1), 51-66.

Zeichner, K. (2005). Tornando-se um formador de professores: uma perspectiva pessoal.


Ensino e Formação de Professores, 21(2), 117-124.

Creswell, J. W., & Creswell, J. D. (2017). Research design: Qualitative, quantitative, and
mixed methods approaches. Sage publications.

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