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Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 25
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Durante muito tempo, a educação teve como um dos seus principais objetivos
apenas a transmissão dos saberes produzidos pela humanidade às novas gerações.
Nesse modelo de educação, o professor ocupava a posição privilegiada de detentor
quase absoluto do conhecimento, sendo por isso, considerado como a fonte oficial do
saber. A educação sofreu através dos tempos muitas mudanças e em especial ocorre
uma mudança significativa no papel do professor.
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A atuação dos professores de Biologia, da mesma forma dos demais, constitui-
se de saberes e práticas que não se resumem apenas ao domínio do conteúdo, das
teorias, dos conceitos e dos procedimentos disseminados no espaço escolar.
Como o papel do professor é ora muito diferente, devemos considerar que sua
formação também deva sofrer transformações radicais. Essas transformações,
previstas em lei, devem encontrar nas instituições de ensino superior, amparo por
parte dos profissionais responsáveis pela formação dos futuros professores.
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resultante das ações do sujeito com a interação entre o meio social em que ele se
encontra (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002).
A aula prática demonstra aos alunos o quanto a ciência está presente em seu
cotidiano, além de trazer para o real tudo que eles veem na teoria, transformando a
aula em algo mais visual e manual. Desenvolve o interesse, instigando a busca do
aprendizado e a compreensão do conteúdo. Estas atividades fazem com que o aluno
desenvolva uma série de outras habilidades ligadas à reflexão-ação e, quando bem
concebidas, elas podem preparar o aluno para a vida social, de forma crítica e
responsável (MORAES; ANDRADE, 2010).
O ensino de ciências biológicas deve ser voltado a uma reflexão crítica acerca
dos processos de produção do conhecimento científico-tecnológico e de suas
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implicações na sociedade. Para tanto, não deve se limitar à mera descrição de
conteúdos teóricos, mas sim oferecer condições para que o aluno possa construir
seus conhecimentos através de atividades práticas, preferencialmente a partir da
valorização da natureza interdisciplinar da ciência.
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2009). Deve haver aplicações de métodos de ensino diferenciados, sem atrasar o
andamento da matéria e sem privar o aluno de expandir seus horizontes.
Dessa forma, nos anos seguintes foi observada uma maior valorização da
participação do aluno no processo de aprendizagem através de atividades práticas,
usualmente de laboratório. Na década de 70:
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redemocratização da sociedade brasileira (Borges & Lima, 1998). Desta forma, a
preocupação com a reconstrução da sociedade democrática repercutiu também no
ensino de Ciências, o que se refletiu na grande variabilidade de concepções sobre o
ensino de ciências, apresentadas nos vários projetos desenvolvidos nessa década,
mobilizando instituições de ensino de vários tipos.
De acordo com Schnetzler (2000), a biologia é o estudo dos seres vivos (do
grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo). Debruça-se sobre as características
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e o comportamento dos organismos, a origem de espécies e indivíduos, e a forma
como estes interagem uns com os outros e com o seu ambiente. A biologia abrange
um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas
independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas.
A vida é estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela
bioquímica e pela genética molecular, ao nível da célula pela biologia celular e à
escala multicelular pela fisiologia, pela anatomia e pela histologia.
Além disso, o ensino de Biologia ainda tem por finalidade prevista nos
currículos escolares desenvolver a capacidade de pensar lógica e criticamente. Esse
ideal dificilmente é alcançado uma vez que, na prática de sala de aula, a realidade
que temos é de um ensino diretivo, autoritário, em que toda a iniciativa e oportunidade
de discussão dos alunos são coibidas, ou seja, transmitem-se apenas conhecimentos.
A função social do ensino da biologia deve contribuir no cotidiano para ampliar o
entendimento que o indivíduo tem da sua própria organização biológica, do lugar que
ocupa na natureza e na sociedade, e na possibilidade de interferir na dinamicidade
dos mesmos, através de uma ação mais coletiva, visando a melhoria da qualidade de
vida (KRASILCHIK, 2004).
Desta forma, segundo Silva (2013) o ensino de Biologia, bem como qualquer
outro conteúdo ligado a área da ciência, pode contribuir na formação da consciência
crítica, oferecendo ao indivíduo informações e correlações próprias dessa área.
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Através do aprofundamento que tais informações permitem, o indivíduo terá facilitado
seu caminho na busca de uma visão mais ampla do mundo. É objeto de estudo da
Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações, que se
caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, no nível de uma
célula, de um indivíduo, ou ainda de organismos no seu meio (BRASIL, 2000).
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Ciências e biologia fazem parte desse repertório de disciplinas que, por sua
natureza especialmente prática, facilitam a elaboração e a execução de pesquisas,
mesmo que teóricas embasadas somente em bibliografia. O conhecimento biológico
abrange diversos conteúdos e fenômenos impossíveis de serem enumerados.
Entretanto, a compreensão da origem, reprodução e evolução da vida, da diversidade
de organização e interação e da própria linguagem científica são alguns dos conceitos
que podem ser considerados como determinantes na formação do pensamento
analítico e crítico de crianças e jovens em idade escolar (CALIL, 2013).
Sobre isto, Sobrinho (2009) também afirma que as aulas de Biologia são
desenvolvidas quase sempre com base nos livros didáticos onde o conhecimento é
repassado como algo já pronto, onde a metodologia ainda é centrada no professor,
com a maioria das aulas expositivas, com alguns experimentos geralmente
demonstrativos, conduzindo mais à memorização que ao desenvolvimento do
raciocínio lógico e formal, deixando de observar o aguçamento da curiosidade e o
despertar para o conhecimento. Cabe ao professor questionar e criticar a forma
repetitiva, acrítica e dogmática que o ensino de Biologia vem sendo ministrado, com
visões simplistas e superficiais relacionadas ao senso comum. Essas ideias simplistas
podem estar relacionadas ao que o professor vivenciou ao longo do período em que
foi aluno e acabou levando e inserindo na sua prática docente (DRIVER, et al, 1999).
A importância do professor de Biologia nos contextos escolares é reconhecida pela
relevância dos conhecimentos biológicos do homem e do mundo nos tempos atuais,
para a sustentabilidade do planeta Terra e para a manutenção do ser humano com
saúde e qualidade de vida (CONFORTIN; CAIMI, 2014).
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meio de experiências concretas e de práticas investigativas estruturadas que visem à
apropriação de conhecimento científico e tecnológico (MALACARNE e STRIEDER,
2009).
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experiências como também do campo perceptivo das interrelações que o professor
vai acessando e das ações de estudo e de pesquisa que vai realizando (LOPES,
2010).
Nas últimas décadas, o ensino de Biologia vem sendo marcado por uma
dicotomia, que constitui um desafio para os educadores. Seu conteúdo e sua
metodologia no Ensino Médio voltados, quase que exclusivamente, para a preparação
do aluno para os exames vestibulares, em detrimento das finalidades atribuídas pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº 9394/96) à última etapa da
educação básica. Além disso, temas relativos à área de conhecimento da Biologia
vêm sendo mais e mais discutidos pelos meios de comunicação, jornais, revistas, ou
pela rede mundial de computadores – internet –, instando o professor a apresentar
esses assuntos de maneira a possibilitar que o aluno associe a realidade do
desenvolvimento científico atual com os conceitos básicos do pensamento biológico.
Assim, um ensino pautado pela memorização de denominações e conceitos e pela
reprodução de regras e processos – como se a natureza e seus fenômenos fossem
sempre repetitivos e idênticos – contribui para a descaracterização dessa disciplina
enquanto ciência que se preocupa com os diversos aspectos da vida no planeta e
com a formação de uma visão do homem sobre si próprio e de seu papel no mundo
(BRASIL, 2008).
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enfrentar e resolver problemas, alguns dos quais nítidos componentes biológicos,
como aumento da produtividade agrícola, preservação do ambiente, dentre outros.
De acordo com essa concepção, os objetivos do ensino de Biologia são: aprender
conceitos básicos, analisar o processo de investigação científica e analisar as
implicações sociais da ciência e da tecnologia (KRASILCHIK, 1996). Porém, quanto
ao ensino de biologia, diversos estudos apontam que as aulas ainda são
desenvolvidas com base nos livros didáticos onde o conhecimento é repassado como
algo já pronto, onde a metodologia ainda é centrada no professor, com a maioria das
aulas expositivas, com alguns experimentos geralmente demonstrativos, conduzindo
mais à memorização que ao desenvolvimento do raciocínio lógico e formal, deixando
de observar o aguçamento da curiosidade nem o despertar para o conhecimento
(SOBRINHO, 2009).
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problema é o descompasso com o que é aprendido no ambiente escolar e a realidade
dos alunos, o que acaba tornado as aulas de Ciências sem significado e irrelevantes
para a grande maioria dos alunos (OVIGLI e BERTUCCI, 2009).
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A Formação do Professor e a Disciplina de Prática
Pedagógica
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Não há inovações, na Educação, quando se coloca em segundo plano a
formação de professores. Novas exigências educacionais, como o uso da informática
na educação, a formação continuada (aprender a aprender) e a capacidade de
diálogo e comunicação com os outros, pedem às universidades e cursos de formação
docente um professor capaz de ajustar sua didática à nova realidade da sociedade,
do conhecimento, do aluno, dos diversos universos culturais e dos meios de
comunicação (Libâneo, 2000).
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Os cursos de formação de professores, na avaliação de Garrido & Carvalho
(1995), tanto aqueles destinados à sua preparação, como aqueles voltados para a
sua atualização, vêm sendo considerados insatisfatórios. O principal problema
encontrado é a falta de integração da Universidade com as Escolas de Ensino
Fundamental e Médio e entre os estudos teóricos e a prática docente. Podemos
observar que a separação entre pesquisadores que pensam e propõem projetos
inovadores e professores, que na condição de consumidores, não sendo chamados
a refletir sistematicamente sobre o ensino para modificar o seu desempenho e para
adaptar propostas inovadoras, é uma das principais responsáveis pela manutenção
do analfabetismo científico entre nossos jovens.
Segundo Caldeira (1993) apud Cunha e Krasilchik (2000), a maior parte dos
conhecimentos que os docentes recebem nos cursos de formação inicial ou
permanente, ainda que possam estar mais ou menos legitimados academicamente,
não foram produzidos nem legitimados pela prática docente. Os conteúdos e a forma
de desenvolvê-los foram definidos de fora, o que explica a relação de exterioridade
que os docentes estabelecem com eles.
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A Seleção de Conteúdos no Ensino de Ciências
Biológicas
Compreendemos assim, que o currículo vai muito além dos conteúdos a serem
estudados, pois envolve várias realidades vividas pelo docente em seu trabalho diário,
inserindo também valores, resgatando a autoestima do sujeito enquanto aluno que
muitas vezes não encontra motivos para participar ativamente do processo de sua
aprendizagem.
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exerce um domínio epistemológico e de ultrapassagem dos saberes sobre o ensino
dos conteúdos disciplinares. A atitude de compreensão permanece na análise como
conceito chave por revelar uma capacidade ampliada, dinâmica e processual dos
professores, que pressupõe assimilação crítica, indagação, pesquisa e
experimentação (SHULMAN, 1987; HAGEMEYER, 2006).
Por isso, muito se tem discutido a estrutura do currículo, isto em todas as áreas
do conhecimento. Sabendo que esse currículo não é fixo, estável, centralizado e
muito menos homogêneo é que são discutidas sugestões e propostas no sentido de
atender a realidade da escola e resignificação de valores.
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encontradas, discutidas, sendo ainda pequenas partes fracionadas, revelando aos
poucos avanços e retrocessos dentro das políticas educacionais.
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Os currículos de formação profissional tendem a separar o universo
“acadêmico” do universo da “prática”. Os docentes formados no âmbito da
racionalidade técnica são constituídos como técnicos, que ao final de seus cursos de
licenciatura, veem-se desprovidos de conhecimentos e de ações que lhes ajudem a
dar conta da complexidade escolar. De acordo com esta visão instrumentalista de
ensino, há a tendência a aplicar modelos e técnicas que são externos à realidade
escolar (Tardif, 2000).
Existe um saber do professor que muitas vezes morre com ele, pois não há
oportunidade para ser elaborado, partilhado. Na reflexão coletiva sobre a prática, o
professor tem a possibilidade (através do registro, da explicitação, da sistematização,
a crítica e da socialização) de tomar consciência deste saber que possui, mas que
comumente não se apercebe. Também pode desvelar a teoria subjacente à sua
prática. Para Nóvoa (1992), o diálogo entre os professores é fundamental para
consolidar saberes emergentes da prática profissional.
A Identidade Docente
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postas pelas sociedades, adquirindo estatuto de legalidade. Considerações apontam
para o caráter dinâmico da profissão docente como prática social. É na leitura crítica
da profissão diante das realidades sociais que se buscam os referenciais para
modifica-la (FAZENDA, 1998).
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autônoma (busca individualizada de informações para o desenvolvimento das aulas)
e participação ocasional em palestras, oficinas, “capacitações”, encontros
pedagógicos, cursos de curta duração e assim por diante. Geralmente os cursos de
capacitação são ofertados pelas secretarias de educação ou universidades,
apresentadas dentro das realidades que atendem as necessidades próprias do
cotidiano escolar e da prática do professor.
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REFERÊNCIAS
25
CALIL, P. O professor-pesquisador no ensino de ciências/Patrícia Calil –
Curitiba: Editora Inter Saberes, 2013.
26
POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do
conhecimento cotidiano ao conhecimento científico, 5ª Ed., Porto Alegre: Artmed,
2009.
27
TEODORO, N. C.; CAMPOS, L. M. L. O Professor de Biologia e Dificuldades
com os Conteúdos de Ensino. Revista da SBEnBio - Número 9 – 2016.
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