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O ato de ensinar, em síntese, implica êxito, que nada mais é que a própria aprendizagem.
Ensinar é um tipo de atividade que não se resolve com o emprego de técnicas e regras consideradas
como neutras. Para garantir o seu êxito, deve haver aprendizagem.
Ter de forma clara quais são os objetivos de ensino e quais passos deverão ser tomados
para que esse objetivo seja alcançado é fundamental para uma educação de qualidade.
CONCEITO DE DIDÁTICA
O termo “didática” é derivado do grego didaktiké, que significa, em outras palavras, “arte
de ensinar”. Atualmente, diversas são as definições para didática, mas quase a totalidade delas
refere-se como técnica, ciência ou arte de ensinar
Nessa perspectiva a didática pode ser definida como um ramo da ciência pedagógica
voltada para a formação do aluno em função de finalidades educativas e que tem como objeto de
estudo os processos de ensino e aprendizagem e as relações que se estabelecem entre o ato de
ensinar (professor) e o ato de aprender (aluno).
Ela favorece uma aprendizagem qualitativa, tendo em vista, focalizar sempre o melhor para
os alunos e viabilizar facilidades no trabalho do professor, tornando suas ações seguras e precisas.
Em suma, a didática é a disciplina que fundamenta a prática docente.
A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA
A Didática é o principal ramo de estudo da pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as
condições e os modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objetivos
sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função
desses objetivos.
Muitos são os problemas que surgem, quando se parte da teoria para a prática, e quando se
chega na prática a história é outra. É por isso que indispensável a junção de teoria e prática, é dever
do professor atualizar-se constantemente, será eficiente se conservar tanto a competência de ensinar,
quanto a de aprender. A didática é essencial para a prática pedagógica, a partir da teoria o professor
organiza e seleciona os materiais que irão facilitar no processo de ensino aprendizagem, cabe ao
professor ser flexível nas distintas formas que cada aluno tem de aprender, observar as
particularidades. O professor deve oferecer através de sua didática, algo que deixe os alunos
interessados, comprometidos com o conhecimento.
Libâneo (2002, p. 64) clarifica que a: “educação compreende o conjunto dos processos,
influências, estruturas, ações que intervém no desenvolvimento humano do indivíduo e grupos na
sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e
classes sociais, visando à formação do ser humano (…) é uma prática social, que modifica os seres
humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração a nossa
existência individual e grupal.”
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR
A formação continuada de professores tem sido entendida hoje como um processo
permanente e constante de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade dos educadores. Ela
é realizada após a formação inicial e tem como objetivo assegurar um ensino de qualidade cada vez
maior aos alunos.
Podemos definir a formação básica de professores como o processo obrigatório para que
esse profissional esteja habilitado a dar aulas. Já a formação complementar pode incluir seminários,
workshops e cursos livres na área de interesse do profissional, além de pós-graduação. A
atualização do professor é uma prática necessária ao exercício da atividade docente. Atualizar
significa estar aprendendo sempre, conhecendo novos saberes.
A atualização é uma ação que está presente, a todo instante na nossa vida. Atualizamos
nossos saberes, nossas atitudes, valores e pensamentos. Mas é na escola que ela se destaca como a
principal ferramenta docente, ativa no processo ensino aprendizagem. É considerada uma tarefa de
valor didático pedagógico docente.
É talvez o recurso mais utilizado pelos professores nas escolas, desde o sempre, atualizar
foi considerado importante para o profissional e a cada dia que passa torna-se comum participar em
cursos, seminários, eventos culturais, palestras, sempre com o objetivo de enriquecer o
conhecimento e se preparar para o tão competitivo mercado de trabalho.
Na educação a atualização do professor tem sido vista como uma arte. Estar em contato
com as ciências, é um processo que facilita a construção dos saberes, numa perspectiva dinâmica de
atendimento às realizações humanas. É importante ter em mente que precisamos estar a par dos
acontecimentos ligados à nossa profissão, de que maneira eles acontecerão, sobre quais conteúdos
curriculares estarão relacionados.
O PROCESSO DE EDUCAÇÃO
O processo de educação do homem foi fundamental para o desenvolvimento dos grupos
sociais e de suas respectivas sociedades, razão pela qual o conhecimento de sua história e
experiências passadas é essencial para a compreensão dos rumos tomados pela educação no
presente.
O legado deixado pelas principais cidades estados da Grécia Antiga - Esparta e Atenas –
constitui-se como princípio de organização social e educativa que serviu de modelo para diversas
sociedades no decorrer dos séculos. Reconhecida por seu poder militar e caráter guerreiro, o modelo
de educação espartano baseava-se na disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino de artes militares
e códigos de conduta, no estímulo da competitividade entre os alunos e nas exigências extremas de
desempenho. Por outro lado, Atenas tinha no logos (conhecimento) seu ideal educativo mais
importante. O exercício da palavra, assim como a retórica e a polêmica, era valorizado em função
da prática da democracia entre iguais.
Surgem na Europa as primeiras escolas nos moldes das atuais, com crianças nas carteiras e
professores em salas de aula. A história da educação no Brasil começou em 1549 com a chegada
dos primeiros padres jesuítas, inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na
cultura e civilização do país.
O mundo mudou. Como resultado das transformações econômicas e sociais, essa visão do
século XX da educação caducou. Um professor já não pode prever com confiança os tipos de
conhecimentos e competências de seus alunos trabalhados ao longo da vida. A transmissão de
valores tradicionais já não é mais garantida.
A figura do professor mudou muito ao longo das décadas. Ele não é mais visto como
alguém que detém todo o conhecimento disponível na área em que atua. Tampouco é preciso que o
aluno passe horas na biblioteca com uma pilha de livros para que encontre o que busca. Na
educação do século XXI, o conhecimento está fora da redoma.
Referências bibliográficas
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aprendizagem criativa. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2004.
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SILVA, Ezequiel Theodoro da. O professor e o combate à alienação imposta. São Paulo, Cortez
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ZABALLA, Vidiella Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto alegre: Artmed, 1998.