Gadotti (2007), por sua vez, argumenta que a escola é um lugar bonito, um lugar cheio de
vida, seja ela uma escola com todas as condições de trabalho, seja ela uma escola onda falta tudo.
Mesmo faltando tudo, nela existe o essencial: gente.
As problemáticas atuais que envolvem a escola são, em grande medida, oriundas das
transformações que a sociedade contemporânea vivencia; nesse sentido, estas transformações,
refletem-se nas diversas interações que ocorrem no contexto da escola, sobretudo no espaço da
sala de aula, e têm tornado cada vez mais complexa a natureza das relações que se estabelecem
no cotidiano escolar.
É possível dizer que a escola tem a tarefa de aproveitar as experiências do sujeito diante
da incansável aventura humana de desconstrução e reconstrução dos processos imanentes à
realidade dos fatos cotidianos, buscando ampliar sua visão de mundo e almejando entender os
diferentes pontos de vista e assim, procurar traçar orientações possíveis para a realização de um
espaço escolar melhor (AQUINO, 1996, p. 52).
É nessa relação, na qual focamos nosso olhar, uma vez que buscamos compreender os
aspectos e elementos que a constitui, dentre eles a busca pelo conhecimento e mais
especificamente, o grande papel do professor, hoje, que é, a nosso ver, criar estratégias e
ambientes de aprendizagem, em especial, fazer que com as informações sejam transformada em
conhecimento
O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita integração.
Ao cosntruirmos os projetos de nossas escolas, planejamos o que temos a intenção de fazer, de
realizar. Lançamo-nos para diante, com base no que temos, buscando o possível. É antever um
futuro diferente do presente. O Projeto Político Pedagógico não deve ser construído com a ideia
de um documento obrigatório, mas sim como a maneira pela qual a escola vai guiar-se e realizar
as ações determinadas no projeto.
Moreira e Baumel (2001) escrevem que, as adaptações curriculares não podem correr o
risco de produzirem na mesma sala de aula um Currículo de segunda categoria, que possa
denotar a simplificação ou retirar do contexto referente ao conhecimento. Com isso, não querem
dizer que o aluno incluído não necessite de adaptações curriculares, mas argumentam em favor
de uma inclusão real, que repense o currículo escolar.
Mais do que nunca, o educador deve se manter atualizado e bem informado não apenas
em relação aos fatos e acontecimentos, mas, principalmente, em relação à evolução das práticas
pedagógicas e às novas tendências educacionais. A formação continuada tem muito a contribuir
nesse processo, uma vez que permite que o educador agregue conhecimento capaz de gerar
transformação e impacto nos contextos profissional e escolar.
A formação continuada tem muito a oferecer nesse processo, porque ajuda o professor a
melhorar cada vez mais suas práticas pedagógicas e com isso apoiar os alunos na construção de
conhecimentos, e não apenas no acúmulo de informações.
Estudos indicam que existe necessidade de que o professor seja capaz de refletir sobre a
sua prática e direcioná-la segundo a realidade em que atua, voltada aos interesses e das
necessidades dos alunos. Nesse aspecto, Freire, (1996, p.43) afirma que : “ É pensando
criticamente a prática de hoje ou de ontem é que pode melhorar a próxima prática”.Dessa forma
há uma necessidade de o educador adequar o conteúdo ao nível cognitivo e a experiência das
crianças para que os mesmos possam ser compreendidos por qualquer aluno.
Para maior mobilização de conceito de reflexão na formação de professores é necessário
criar condições de trabalho em equipe entre discente.Sendo assim isso sugere que a escola deve
criar espaço para seu crescimento. Além de bons salários e de formação adequada é preciso
garantir uma gestão escolar competente, onde acabe com o isolamento da sala de aula.
REFERÊNCIAS:
GADOTTI, M. A escola e o professor: Paulo Freire e a paixão de ensinar. São Paulo: Publisher
Brasil, 2007.
NÓVOA, Antônio. Escola nova. A revista do Professor. Ed. Abril. Ano. 2002, p,23.
ROSADO, C. T. C. L. Educação escolar para crianças – o que dizem sujeitos deste direito? 2010.
197f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Natal, 2010.