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RESUMO

Este trabalho faz uma análise sobre a importância do papel de toda a equipe que compõe a
Gestão Escolar dentro da instituição e como isso é importante para o trabalho produtivo e para
um bom clima organizacional. O gestor educacional deve liderar uma gestão participativa e
democrática na relação com os professores, funcionários e com a comunidade, mostrando-se
positivo e confiante no desenvolvimento dos trabalhos, atuando como mediador,
compartilhando suas ideias sabendo ouvir, sendo aberto e flexível à contribuição de todos
para que os profissionais da escola e a comunidade se sintam valorizados, reconhecidos e
motivados para que a escola atinja um processo de ensino e aprendizagem de sucesso.
Escolhemos para este trabalho o tema praticas inclusivas por tratar-se de um tema ainda com
poucos avanços ao longo dos anos.
Palavras-chave: Equipe. Gestão. Comunidade

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta considerações sobre o Estágio Curricular Obrigatório III em


Gestão Escolar o qual realizamos na Escola Municipal Ivan Fernandes Lima, abordando o
tema Práticas Inclusiva cuja área de concentração é Educação Inclusiva.

O objetivo do trabalho é apresentar reflexões acerca do estágio obrigatório, expondo


as vivências, as dificuldades, dispondo como cenário a Gestão Escolar. Visto que com o
passar dos anos a compreensão de gestão escolar evoluiu e o gestor nos dias atuais não é só o
diretor mais sim todos os envolvidos no desenvolvimento educacional, ou seja, diretor,
coordenador, professor, monitor, e demais funcionários. Encontramos na escola observada
diversas lideranças, operando cada qual na sua função.

A finalidade deste relatório é verificar e documentar a experiência vivenciada na


prática do estágio que realizamos, onde procuramos discernir os gestores e suas funções no
espaço educativo constatando e analisando o que é praticado no cotidiano referente à gestão
escolar, não só o fundamento teórico como a pratica cometida pelos gestores da escola
pesquisada.

O presente trabalho realizou-se com base em observações, pesquisa na internet e


registros coletados durante visitas pessoais a instituição escolhida.

A compreensão e composição do trabalho pedagógico passam pelos conhecimentos


construídos na universidade, acerca do que venha a ser o ensino e a aprendizagem, sendo a
efetivação do que se adquiriu teoricamente no momento do estágio, componente curricular
indispensável a uma formação docente mais ampla. Entende-se por Estágio Curricular
Obrigatório o conjunto de atividades elaboradas com o objetivo de promover oportunidades
de aprendizagem profissional, social e cultural, por meio da participação em situações reais de
trabalho, envolvendo docentes supervisores, estudantes e campos de estágio.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

A inclusão escolar é um processo que envolve questões legais, técnicas e didático-


pedagógicas, mas, a todo o momento, valores, sentimentos e crenças ideológicas (de todos os
envolvidos) interferem nesse processo.

A partir da década de 1970 começaram as exigências, esta época foi marcada por
importantes mudanças na educação especial, e por consequência de mobilizações dos pais de
crianças com Deficiência, que queriam espaços nas escolas regulares para seus filhos, resultou
no direito à educação pública gratuita para todas as crianças com Deficiência.

É relevante ressaltar que não só os pais, mas também os profissionais passaram a


pleitear e pressionar a sociedade em geral, a fim de atestar direitos primordiais e evitar
discriminações.

De acordo com Nascimento (2014), as conquistas decorrentes das manifestações


levam ao declínio da educação especial paralela à educação regular. No lugar da expressão
Deficiência passou a ser utilizado o termo “Necessidades Educativas Especiais”, ampliando
possibilidades para integração da Pessoa com Deficiência na escola regular.

Porém, apesar desta inclusão ter sido considerada um grande avanço para igualdade de
direitos, houve poucos proventos para oportunizar de fato o seu desenvolvimento. A
Deficiência era considerada um problema de quem apossuía, assim, esta deveria tornar-se
propicia à integração ao meio social.

Observamos aqui a ideia de inserção física que cercava a construção de classes


especiais em escolas, mas organizadas de modo que também não atendiam absolutamente à
inclusão. Surge então a “inclusão total”, que era a forma mais radical de validar a inclusão de
todas as pessoas na classe regular e a proposta de eliminar os programas paralelos de
educação especial.

Na década de 1990 reforçava-se cada vez mais a ideia de Educação Inclusiva para
alunos com Deficiência. Com a proposta de aplicação prática ao campo da educação a partir
de um movimento mundial, denominado “Inclusão Social”, surge o termo “Educação
Inclusiva”.
Para Nascimento (2014, p. 18), “o movimento pela Educação Inclusiva significa uma
crítica às práticas marginalizantes encontradas no passado, inclusive as da própria Educação
Especial”.

Segundo Lima (2006), o ensino inclusivo não deve ser confundido com educação
especial, embora o contemple. A educação especial nasceu a partir de uma proposta de
educação para todos independentes da origem social de cada um.

Conforme Lima (2006), ainda não tinham recursos, não disponibilizávamos de


professores capacitados, estruturas adequadas das escolas, dinâmica da escola para
recebermos alunos especiais, recursos pedagógicos, entre outros.

A Educação Inclusiva é a transformação para uma sociedade inclusiva, um processo


em que se amplia a participação de todos os alunos nos estabelecimentos de ensino regular.
Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas,
de modo que estas respondam à diversidade dos alunos.

Um ponto importante que precisa ser destacado para incluir alunos com deficiência
está na qualificação da equipe de profissionais escolares e dos recursos pedagógicos. Não
podemos falar somente em inclusão escolar deforma passional, mas devemos fazer o debate
segundo a visão de quem faz a escola, sejam professores, coordenadores, diretorias, porteiros,
entre outros.

Não basta que o aluno seja matriculado por força da lei em uma turma de ensino
regular, pois é de fundamental importância uma equipe preparada para que a inclusão se
efetive.

A Educação Inclusiva se configura na diversidade inerente à espécie humana,


buscando perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos,
em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a
aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.

A inclusão vem demonstrar que as pessoas são igualmente importantes em


determinada comunidade, e, com isso, a diversidade e as diferenças tornam o meio escolar
culturalmente rico, possibilitando novas aprendizagens para Pessoas com Deficiência ou
pessoas que por qualquer motivo não se adaptam ao sistema escolar e são excluídas.

De acordo com Lima (2006), tal inclusão é o modo ideal de garantir igualdade de
oportunidades e permitir que alunos com deficiência possam relacionar-se com outros e
estabelecer trocas para construir uma sociedade mais igualitária e consciente da necessidade
de inclusão.

Nessa relação, todos se desenvolvem, pois são necessários exemplos que superem
fraquezas e despertem potencialidades; a igualdade nos relacionamentos permite trocas e não
estagna o desenvolvimento. Dentro deum amplo projeto de educação, os princípios da
inclusão vão além de inserir crianças com deficiência na rede regular de ensino.

Precisamos entender que incluir é antes de tudo uma lição de cidadania e de respeito
para com o próximo. Incluir é reconhecer que existem outros de nós que precisam participar
de todos os meios, seja profissional, educacional, social, independente das diferenças

A inclusão escolar não é um trabalho fácil. Estamos a debater valores e preconceitos


que estão fixados em nossa cultura, mas estamos no caminho para alcançar a inclusão plena,
pois é necessária uma reestruturação progressiva e uma transformação do pensar a escola

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Devido à pandemia que estamos vivendo agora não podemos concluir o estagio de
forma presencial, mas com os dias em que fomos conseguimos um bom apanhado de
informações com a escola.

O papel do gestor educacional é de suma importância para a escola, pois orienta e se


conscientiza a equipe desenvolvendo um bom trabalho, devendo ser democrático propondo
medidas que devem ser aprimoradas para que vise ter um desenvolvimento dos trabalhos
escolares.

Cabe ao gestor servir e liderar, compartilhar acertos e insucessos, ajudar, acolher,


aceitar críticas e opiniões, criar ambiente que envolva prazerosamente toda a instituição e
acima de tudo ter amor e vontade para fazer do seu trabalho não uma obrigação penosa, mas
uma realização prazerosa voltada para a educação dos alunos, da sua equipe e da sua
comunidade, valorizando sempre o conhecimento e a realização pessoal e coletiva de todos.

O principal responsável pela escola, deve ter visão de conjunto, articular e integrar
setores, vislumbrar resultados que podem ser obtidos se embasado sem um bom
planejamento, alinhado com comportamento otimista e de autoconfiança, com propósito
macro bem definido, além de uma comunicação realmente eficaz.
O fato de a equipe institucional cultivar sensações positivas, compartilhar aspirações
profissionais, atitudes de respeito e confiança, gera valores realmente significativos para a
instituição, pois professores e funcionários ao estarem num ambiente estimulante sentem-se
mais dispostos e encorajados para trabalhar e ainda promover um trabalho coletivo
cooperativo e prazeroso segundo Libâneo (2004, p.217):

Muitos dirigentes escolares foram alvos de críticas por práticas


excessivamente burocráticas, conservadoras, autoritárias, centralizadoras.
Embora aqui e ali continuem existindo profissionais com esse perfil, hoje
estão disseminadas práticas de gestão participativa, liderança participativa,
atitudes flexíveis e compromisso com as necessárias mudanças na educação.
Como mostra o autor, algo considerado de extrema importância para o gestor
educacional é a necessidade de administrar suas próprias ações, respeitando as diferenças,
pesquisando, analisando, dialogando, cedendo, ouvindo e acima de tudo aceitando opiniões
divergentes.

A escola na qual realizamos o estágio trabalha em equipe gestão e corpo docente que
por sinal é muito unida, estão sempre interagindo uns com os outros, dividindo as opiniões
para a melhoria da escola, inclusive o diretor da escola promove projetos criado pelo mesmo
para melhoria da escola.

Com isso só podemos dizer que o estágio foi de grande valia para o nosso aprendizado
apesar de não termos cumprido todas as horas presenciais.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Não é fácil olhar para uma prática nova com outros olhos. Pois maioria dos estagiários
já trás uma experiência que fortalece a sua prática, porém como estagiários na gestão escolar,
tudo é novo, tudo é subjetivo.

Percebemos que ser um gestor educacional vai muito além de um mero cargo ou uma
profissão de grande responsabilidade. Ser gestor implica em ser autêntico, com visão, ser
líder, pois o líder envolve a todos no trabalho, fazendo das suas ações um exemplo, tornando
importante cada membro de sua equipe, motivando para que todos os envolvidos acreditem no
seu próprio valor pessoal e profissional para uma gestão com qualidade.
A escola é um lugar em que as crianças têm a oportunidade de conviver com outras de
mesma faixa etária e estabelecer relações de troca que permitem o aprendizado de regras
sociais e o desenvolvimento, de forma geral.

Educar com êxito a todas as crianças, inclusive as que apresentam deficiências graves,
implica o professor e sua formação profissional, pois é quem atua diretamente com os alunos
na sala de aula. Ele deverá favorecer o estabelecimento de interações sociais visando o
aprendizado desses sujeitos, para que as ações já desencadeadas em favor da inclusão e as
metas estabelecidas pelas políticas educacionais alcancem êxito almejado.

Assim, a questão da formação dos professores precisa ser discutida deforma ampla e
englobar tanto a formação do professor que atua na educação especial quanto no ensino
comum. A dicotomia que foi estabelecida entre educação especial e educação regular acabou
refletindo na formação dos professores e , consequentemente, nas suas ações no âmbito
escolar(OLIVEIRA, 2008, p. 168).

Os objetivos foram alcançados com muito sucesso, pois passar esta primeira e tapa
como professor nos foi aberto mais uma oportunidade devermos a nós mesmos como
capacitados para exercer tal função caso seja essa a nossa vontade e também conhecemos
documentos que ouvimos muito falar mais não sabia como era de verdade. Ouve a
necessidade de estar em constante busca pelo conhecimento e experiências para que possamos
nos tornar seres pesquisadores e que o aprendizado nunca é demais.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática –5. Ed. Goiânia:
Alternativa, 2004.

LIMA, P. A. Educação Inclusiva e Igualdade Social. São Paulo: Avercamp,2006.

NASCIMENTO. L. B. P. A importância da inclusão escolar desde a educação infantil. 2014.


49 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pedagogia). Departamento de Educação – Faculdade
Formação de Professores. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2014.

OLIVEIRA, F. I. W.; PR OFETA, M. S. Educação Inclusiva e alunos com necessidades


educacionais especiais. In: OLIVEIRA, A. A. S; OMOTE, S.; GIROTO, C. R. M. (Orgs.).
Inclusão Escolar: as contribuições da Educação Especial. São Paulo: Cultura Acadêmica
Editora e Fundepe Editora, 2008

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