Você está na página 1de 17

O Importante Papel do Professor na Educação Inclusiva

Autor: POLLIANA CARVALHO MUNIZ


Tutor externo: LUCIMAR S SANTOS

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI


Curso (PEDAGOGIA) – ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I
22/11/2022

RESUMO

Utilizamos o termo educação inclusiva para nos referir a uma abordagem de


ensino que busca garantir o acesso, a permanência e as condições de
aprendizagem para todas as pessoas, incluindo aquelas que possuem alguma
deficiência. Por meio dela, é possível promover a valorização da diversidade
humana e a efetiva participação de todas pessoas no sistema educacional. Nos
últimos tempos, o número de estudantes com deficiência matriculados nas
escolas brasileiras aumentou. De acordo com o Censo Escolar 2019, entre
2014 e 2018, houve um aumento de 33,2% no número de matrículas de alunos
com deficiência, sendo que 92,1% do total estão incluídos em classes
comuns. Quando falamos em inclusão, estamos nos referindo a um conjunto de
estratégias e recursos para garantir o atendimento e aprendizado de todos os
alunos, independente de suas deficiências ou necessidades especiais. A
diversidade do ambiente escolar requer do profissional um olhar que contemple
todos os alunos sem exceção, visando o desenvolvimento pleno de suas
potencialidades. Ou seja, o professor tem um papel de destaque nesse
processo, sendo um dos principais agentes da inclusão dentro das salas de
aula. Essa inclusão passa por diversos âmbitos, sendo responsabilidade tanto
do Estado quantos dos profissionais que trabalham no dia a dia com os
estudantes. Com base nos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa
humana, sabemos que educação é um direito essencial de todo o indivíduo.

Palavras-chave: Educação inclusiva, Necessidades educacionais especiais, O


papel do professor.
1 INTRODUÇÃO

A educação especial não pode ser encarada como um sistema


educacional à parte. Ela deve ser parte das práticas escolares como um
todo. A convocação da pessoa com deficiência no âmbito escolar é uma
discussão de várias reflexões e propostas diferenciadas, pelas particularidades
inerentes a pessoa humana e pelas discrepantes barreiras viventes no contexto
escolar, portanto, é um desafio da escola compreender e articular políticas
públicas de inclusão da criança no âmbito educacional garantindo uma
meditação da convenção pedagógica voltada para diversidade.

Quanto mais conhecemos determinado fato ou assunto, mais nos


sentimos seguros diante dele. O novo gera insegurança e instabilidade,
exigindo reorganização, mudança. É comum sermos resistentes ao que nos
desestabiliza. Sem dúvida, as ideias inclusivas causaram muita desestabilidade
e resistência (MINETTO, 2008, p.17).

A constituição Federal garante o direito à educação às pessoas com


necessidade especiais, preferencialmente, no ensino regular. Tal processo de
democratização da educação, que parecia inalcançável há alguns anos, vem
ganhando cada vez mais espaço. Nos últimos anos, o apelo para a inclusão
social tem crescido e diversas medidas foram criadas a fim de incluir as
pessoas com necessidade especiais. O objetivo é dar para todos os indivíduos
as mesmas oportunidades, criando condições de adaptação em sistema sociais
comuns. Educação inclusiva não é apenas um conjunto de métodos e técnicas
especializadas para serem aplicadas na classe regular. É um sistema de
suporte permanente e efetivo para que os alunos com deficiência sejam
incluídos.

Pensar em educação inclusiva não é algo para se fazer apenas na


presença de aluno com deficiência na turma. É algo para se pensar desde o
momento de elaborar as atividades e pensar as práticas pedagógicas.

O professor é responsável por guiar e orientar as atividades dos alunos


durante o processo de aprendizagem. É ele quem media o processo de
aquisição dos saberes e competências essenciais para cada nível de
ensino. Sendo assim, é essencial que o professor tenha um planejamento
flexível na abordagem do conteúdo, buscando garantir a promoção de múltiplas
formas de participação nas atividades educacionais e uma boa recepção dos
diversos modos de expressão dos alunos.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A cada dia a sociedade contemporânea passa por um processo de


renovação em que se faz necessário agregar valores para que seja extinta toda
e qualquer forma de preconceito; em que seja realizada em sua forma mais
plena a execução da palavra “democracia”, onde se busca a formação plena de
uma pessoa frente à educação e ao acesso aos meios de conhecimento e
informação. Seguindo essa trajetória, a inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais está cada vez mais em crescente evidência dentro de
nossas escolas. Para que as escolas atendam ao processo de inclusão, os
alunos com necessidades educacionais especiais devem ser incluídos no
ensino regular e o ensino precisa de uma revisão, a fim de atender as demanda
individuais de cada aluno, independentemente de suas particularidades e
diferenças, de modo a adequar e organizar o currículo e o Projeto Político
Pedagógico da instituição, contemplando a diversidade de sua comunidade
escolar, formando um equilíbrio entre o desenvolvimento dos conteúdos
previstos e a socialização de todos os envolvidos.

Sendo a educação especial uma área de estudo relativamente nova no


campo da pedagogia, muitos professores encontram-se desestabilizados frente
às concepções e estruturais sociais no que diz respeito às pessoas
consideradas “diferentes”. Dessa forma, a partir do século XVI, a educação
busca teorias e práticas focadas ao ensino de qualidade, com profissionais
comprometidos em dar aos seus alunos um ensino de qualidade, independente
de suas diferenças individuais.

Nessa perspectiva de estar aberto a conhecer o outro, Freire (2005) em


sua obra Pedagogia da Autonomia afirma que O ideal é que na experiência
educativa, educandos, educadoras e educadores, juntos ‘convivam’ de tal
maneira com os saberes que eles vão virando sabedoria. Algo que não é
estranho a educadores e educadoras. (FREIRE, 2005, p. 58)

Um dos fatores primordiais para uma proposta inclusiva em sala de aula


é que os professores mudem a visão incapacitante das pessoas com
necessidades educacionais especiais para uma visão pautada nas
possibilidades, elaborando atividades variadas, dando ênfase no respeito às
diferenças e às inteligências múltiplas.

Conforme afirma Minetto (2008), para que isso seja possível:

O professor precisa organizar-se com antecedência, planejar com


detalhes as atividades e registrar o que deu certo e depois rever de
que modo as coisas poderiam ter sido melhores. É preciso olhar para
o resultado alcançado e perceber o quanto “todos” os alunos estão
se beneficiando das ações educativas. (MINETTO, 2008, p. 101)

Concordando com a citação acima, os profissionais que buscam uma


ação educativa, devem estar atentos às diversidades de seus alunos,
procurando exercer seu papel de maneira justa e solidária, pautado no respeito
mútuo, eliminando todo e qualquer tipo de discriminação com o intuito de
formar cidadãos conscientes para o convívio com as diferenças.

A inclusão nada mais é que um processo de inovação que exige um


esforço de reestruturação e atualização de algumas escolas, fazendo com que
essas escolas busquem uma reorganização escolar, ampliando seu projeto
político-pedagógico, incorporando novas práticas aos currículos e realizem
adaptações físicas necessárias para acolher os alunos.

[...] todas as crianças deveriam aprender juntas, independente de


quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter. As escolas
inclusivas devem reconhecer e responder às diversas necessidades de
seus alunos, acomodando tanto estilos como ritmos diferentes de
aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos,
por meio de currículo apropriado, modificações organizacionais,
estratégias de ensino, usam de recursos e parceria com a
comunidade (UNESCO, 1994, p. 05).
Nota-se que houve um grande avanço nas instituições de ensino para a
inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, fazendo com
que os professores buscassem novos paradigmas e novas formas de ensinar,
a fim da inclusão de todos no ensino regular, melhorando a autonomia e
independência desses alunos.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O estágio nos deu uma possibilidade de analisar na prática, o aprendizado


teórico que tivemos ao longo do curso. Através dessas semanas colocamos em
pratica as teorias e os conhecimentos assimilados para reflexionarmos em que
devemos melhorar. É neste momento, que começa descobrirem-se de fato as
vantagens e os desafios de ser educador. Na verdade, esse momento é
marcado pelas experiências que de certa forma é a base para nossa carreira
como docente. Ao iniciarmos o estágio temos a ansiedade de estar em contato
com a instituição junto com a realidade vivida no ambiente de trabalho,
justamente a partir daí colocamos em prática a relação entre teoria e pratica.
Com essa percepção a autora Pimenta (2004) diz que uma das finalidades do
estágio é propiciar ao aluno/professor uma aproximação com a profissão que
atuará, possibilitando dialogar a partir da prática com as teorias e saberes
adquirido.

Durante a intervenção pedagógica seguimos o horário das 13h00min às


17h00min, de segunda à sexta-feira. Começamos a semana seguindo a rotina
já estabelecida pela professora regente, onde a mesma sempre pediu para não
saímos da rotina, começando sempre com a acolhida, rezar o pai nosso e
cantarem várias músicas infantis, a conversa informal e logo após a saída para
beber água, ao voltarem para sala começamos nossa aula.

Buscamos trazer aulas mais dinâmicas onde os alunos pudessem aprender


brincando e se divertindo, conseguimos oferecer aulas mais dialogadas e
participativas, criando uma maior interação com os alunos e entre eles
mesmos. Obtemos realizar aulas que tivesse mais significativos para a
realidade dos alunos, oferecendo a oportunidade de trabalhar com e
reconhecer a realidade onde as mesmas convivem e passam o maior tempo

O que pude perceber é que o estágio é o maior contato com as escolas,


chegamos cheios de expectativas, medos e ansiedades. Mas ao longo do
processo, com a convivências entre as crianças e professores regentes, o
medo

vai desaparecendo e vamos conquistando a confiança de assumir a profissão,


certos dilemas vão aumentando e vamos aprender como tomar as decisões
corretas e embora algumas só possa ser constatada com um certo tempo
depois ficamos com aquela sensação de satisfação, fazendo a coisa certa e
assim vamos desenvolver os saberes docentes tão necessário nesse
momento.

No entanto, considerando-se os aspectos observados e vivenciados no


tempo do estágio supervisionado na educação infantil, comprova-se que é uma
etapa crucial para a formação docente, juntamente com as experiências a
conquistadas, fortalecerá a base da pratica educativa, nesse aspecto nos
conduz a realidade da pratica docente.

Essa experiência proporcionou uma ampla visão do que será trabalhar a


realidade do dia a dia escolar das crianças, juntando a teoria com a pratica
docente. Essa experiência nos permitiu testar na pratica nos nossos
conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de Pedagogia, refletindo sobre
como e em que devemos melhorar nossa atuação profissional.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O Estágio tem grande importância na formação inicial docente, uma vez


que permite o contato direto dos licenciandos com a realidade escolar, levando
estes professores em formação inicial a vivenciarem o processo de ensino e
aprendizagem sob a ótica docente. Dessa forma, objetiva-se relatar a vivência
de licenciandos do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade
Uniasselvi em um estágio na Educação Fundamental, buscando-se refletir
sobre a importância desta etapa na formação inicial dos licenciandos
envolvidos.

O estágio foi organizado da seguinte forma: no período de idas na


escola, tivemos o acompanhamento da professora orientadora na sala de aula
com conversas e diálogos sobre as vivências e experiências nas escolas.
Também foram realizados leituras e estudos de textos sobre o estágio e as
práticas dos professores. Fazendo um rápido diagnóstico de quando iniciei o
acompanhamento em sala dos alunos com dificuldades, com o passar das
semanas observei que tais alunos obtiveram grandes avanços em um curto
espaço de tempo. Associo tais méritos ao trabalho coletivo dos professores que
procuraram adequar as atividades ao nível dos alunos atrasados, às docentes
que realizam a tutorial, um acompanhamento mais específico para o
desenvolvimento das capacidades e habilidades dos alunos. As atividades
desenvolvidas buscam trabalhar as capacidades do aluno através do lúdico,
sendo está uma ferramenta importantíssima para o processo de ensino-
aprendizagem do aluno que está sendo apresentado a este mundo dos
estudos. Com o apoio mútuo e trabalho coletivo, acredito que o trabalho que
está sendo desenvolvido é, além de produtivo, satisfatório. As atividades eram
lidas e explicadas várias vezes de forma que os alunos compreendessem o
que estava sendo solicitado de tal modo que fossem capazes de fazer sem que
houvesse qualquer outro meio de intervenção. As atividades propostas
avaliaram o conhecimento já obtido pelo aluno, dentre as atividades estavam: a
diferenciação entre letras e números, cuja capacidade é a de compreender
diferenças entre escrita e outras formas gráficas; a letra inicial de algumas
figuras, cuja capacidade é conhecer o alfabeto fazendo as associações
grafema-fonema, dentre outras. Foi através da análise das avaliações que a
professora regente, juntamente com a coordenadora e apoio dos outros
professores, pode pensar em estratégias de ensino para atender as
necessidades educacionais dos alunos.

O estágio se configura como um dos mais importantes momentos da


formação do docente, sendo está a inserção que visa possibilitar a interação
com a realidade escolar, a fim de promover uma intensa reflexão por parte do
acadêmico em seu processo de formação profissional. A prática na rede de
ensino favorece o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos no curso de
Pedagogia. Correia e Franzolin (2013) apontam: A realização do estágio é um
momento essencial na formação do futuro professor, pois, é possível ampliar a
análise de um contexto, possibilitando também o desenvolvimento de uma
postura adequada, compreensão e problematização de diversas situações,
além de coletivamente desenvolver ações possíveis (intervenções) no campo
de observação. (CORREIA; FRANZOLIN, 2013, p. 227210.

Desta forma concluo que o estágio supervisionado em Ensino


Fundamental do curso de Pedagogia, contribui muito para o futuro professor,
como base para a convivência imersa na realidade escolar.

5 REFERÊNCIAS

https://www.ginead.com.br/blog/qual-e-o-papel-do-professor-na-educacao-
inclusiva
https://ead.faesa.br/blog/educacao-inclusiva#b-brasil
https://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n14/n14-artigo-1-O-
PAPEL-DO-PROFESSOR-NA-EDUCACAO-INCLUSIVA.pdf
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/
artigo_publicar_itala_campos_2.pdf
https://paisemmovimento.org.br/perguntas-e-respostas/
ANEXO I
REGISTRO DE FREQUÊNCIA

Anexar nesse espaço o seu Registro de Frequência preenchido,


assinado e carimbado pela Instituição Concedente.
ANEXO II
ROTEIRO DE ENTREVISTA 1
Nome do(a) Estagiário(a): POLLIANA CARVALHO MUNIZ
Título do Projeto de Estágio: O Importante Papel do Professor na Educação
Inclusiva
Curso: PEDAGOGIA
Disciplina: ESTÁGIO OBRIGATÓRIO I
Nome do Orientador: LUCIMAR S SANTOS

QUESTÕES:

1. O que significa sistema educacional inclusivo ou Educação


Inclusiva?
RESPOSTA: Educação Inclusiva é um movimento mundial que luta pelo
direito à educação de todos os estudantes – independentemente de
suas características. Não há educação inclusiva se não há o direito à
educação para todos, no espaço escolar que é comum a todos. Não há
educação inclusiva se agruparmos pessoas com deficiência em um
único ambiente como classes especiais e escolas especiais. A
Educação Inclusiva nos traz um fundamento filosófico de grande
importância: a diferença. Diferença é uma condição geral, não é
exclusiva de alguns grupos. Com base na perspectiva inclusiva, foram
publicados textos políticos e legais, nacionais e internacionais, que se
consolidaram por meio da luta dos movimentos sociais. Esses textos
garantem o sistema educacional inclusivo – a educação inclusiva.

2. Alunos com deficiência intelectual cumprem a mesma carga horária


que os colegas na escola regular?
RESPOSTA: Sim. As crianças com deficiência intelectual cumprem a
mesma carga horária dos outros alunos.

3. Como avaliar as aprendizagens dos alunos com deficiência?


RESPOSTA: A avaliação deve ser feita de acordo com as
potencialidades e os conhecimentos adquiridos pelo aluno. Mais do que
conhecer suas competências, é necessário que o professor saiba como
ele deve ser avaliado em todas as áreas, assim como acontece com as
outras crianças. Dessa forma, é possível descobrir quais são suas
habilidades e dificuldades e definir se os instrumentos que usados estão
de acordo com as respostas que o aluno pode dar.

4. Como integrar o trabalho do professor ao do especialista?


RESPOSTA: Disponibilizando tempo e espaço para que eles se
encontrem e compartilhem informações. Essa integração é fundamental
para o processo de inclusão e cabe ao diretor e ao coordenador
pedagógico garantir que ela ocorra nos horários de trabalho pedagógico
coletivo.
5. Como trabalhar com os alunos a chegada de colegas de inclusão?
RESPOSTA: Em casos de deficiências mais complexas, é recomendável
orientar professores e funcionários a conversar com as turmas sobre as
mudanças que estão por vir, como a colocação de uma carteira
adaptada na classe ou a presença de um intérprete durante as aulas.
Quando a inclusão está incorporada ao dia a dia da escola, esses
procedimentos se tornam menos necessários.

6. Há diferença entre a sala de apoio pedagógico e a de recursos?


RESPOSTA: A primeira é destinada a qualquer aluno que precise de
reforço no ensino. Já a sala de recursos oferece o chamado
Atendimento Educacional Especializado (AEE) exclusivamente para
quem tem deficiência, algum transtorno global de desenvolvimento ou
altas habilidades.
7. A escola deve redigir documentos específicos de diagnóstico e
avaliação de alunos com deficiência?
RESPOSTA: Todos os alunos são tratados de forma igualitária,
independentemente de ter ou não deficiência. Por isso, a escola deve
manter os documentos de diagnóstico e de avaliação adequados à
escolarização de todas as crianças. No caso dos estudantes que
frequentam as salas de recursos no contraturno, o professor
especializado da área da deficiência em questão deve manter
atualizados os três anexos constantes da Resolução SE Nº 11/2008:
roteiro descritivo inicial, ficha de acompanhamento diário do aluno e
ficha de acompanhamento bimestral e individual do aluno.

8. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma


sala?
RESPOSTA: Não há uma regra em relação a isso, mas em geral
existem dois ou, em alguns casos, três por sala. Vale lembrar que a
proporção de pessoas com deficiência é de 8 a 10% do total da
população.

9. Quem tem deficiência aprende mesmo?


RESPOSTA: Sem dúvida. Sempre há avanços, seja qual for a
deficiência. Surdos e cegos, por exemplo, podem desenvolver a
linguagem e o pensamento conceitual. Crianças com deficiência mental
podem ter mais dificuldade para se alfabetizar, mas adquirem a postura
de estudante, conhecendo e incorporando regras sociais e
desenvolvendo habilidades como a oralidade e o reconhecimento de
sinais gráficos. "É importante entender que a escola não deve,
necessariamente, determinar o que e quando esse aluno vai aprender.
10. Alunos com deficiência atrapalham a qualidade de ensino em uma
turma?
RESPOSTA: Não, ao contrário. Hoje, sabe-se que todos aprendem de
forma diferente e que uma atenção individual do professor a
determinado estudante não prejudica o grupo. Daí a necessidade de
atender às necessidades de todos, contemplar as diversas habilidades e
não valorizar a homogeneidade e a competição.
ROTEIRO DE ENTREVISTA 2

Nome do(a) Estagiário(a): POLLIANA CARVALHO MUNIZ


Título do Projeto de Estágio: O Importante Papel do Professor na Educação
Inclusiva
Curso: PEDAGOGIA
Disciplina: ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I
Nome do Orientador: LUCIMAR S SANTOS

QUESTÕES:

1. O que é deficiência física?


RESPOSTA: São complicações que levam à limitação da mobilidade e
da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes
graus. As causas são variadas - desde lesões neurológicas e
neuromusculares até má-formação congênita - ou condições adquiridas,
como hidrocefalia (acúmulo de líquido na caixa craniana) ou paralisia
cerebral.
2. Como lidar com a deficiência física na escola?
RESPOSTA: Adequar a estrutura do prédio da escola é primordial para
receber alunos com deficiência física. Rampas, elevadores (quando
necessário), corrimões e banheiros adaptados atendem às crianças com
diferentes dificuldades de locomoção.
3. O que é o autismo?
RESPOSTA: O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro
Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem
influência genética e é causado por defeitos em partes do cérebro, como
o cerebelo, por exemplo. Caracteriza-se por dificuldades significativas na
comunicação e na interação social, além de alterações de
comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos,
como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou
enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações
costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria,
em crianças do sexo masculino.
4. Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola?
RESPOSTA: Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades
para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso exige estratégias
diferenciadas por parte do professor, que diversifica os modos de
exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares a situações
do cotidiano, e mostra exemplos concretos para ilustrar ideias mais
complexas. As limitações impostas pela deficiência dependem muito do
desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus
aprendizados, variando bastante de uma criança para outra.
5. O que é Síndrome de Down?
RESPOSTA: É definida por uma alteração genética caracterizada pela
presença de um terceiro cromossomo de número 21, o que também é
chamado de trissomia do 21. Trata-se de uma deficiência caracterizada
pelo funcionamento intelectual inferior à média, que se manifesta antes
dos 18 anos. Além do déficit cognitivo e da dificuldade de comunicação,
a pessoa com Síndrome de Down apresenta redução do tônus muscular,
cientificamente chamada de hipotonia. Também são comuns problemas
na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo. Muitas vezes,
a criança com essa deficiência nasce com anomalias cardíacas,
solucionáveis com cirurgias.
6. Como preparar os funcionários para lidar com a inclusão?
RESPOSTA: Formação na própria escola é a solução, em encontros que
permitam que eles exponham dificuldades e tirem dúvidas. "Esse diálogo
é uma maneira de mudar a forma de ver a questão: em vez de atender
essas crianças por boa vontade, é importante mostrar que essa
demanda exige a dedicação de todos os profissionais da escola. É
possível também oferecer uma orientação individual e ficar atento às
ofertas de formação das Secretarias de Educação.
7. Como requisitar material pedagógico adaptado para a escola?
RESPOSTA: Audiolivros, jogos, computadores, livros em braile e
mobiliário podem ser requisitados à Secretaria de Educação local e ao
MEC. "Para isso, é preciso que a Secretaria de Educação apresente ao
MEC um Plano de Ações Articuladas
8. Como lidar com as inseguranças dos professores?
RESPOSTA: Promovendo encontros de formação e discussões em que
sejam apresentadas as novas concepções sobre a inclusão (que falam,
sobretudo, das possibilidades de aprendizagem). "O contato com teorias
e práticas pedagógicas transforma o posicionamento do professor em
relação à Educação inclusiva.
9. Como a Escola pode/deve promover a inclusão, a permanência e a
aprendizagem do estudante?
RESPOSTA: A escola promove inclusão quando os estudantes têm
acesso ao que é apresentado para todos. Quando o professor da turma
é professor de todos, sem deixar nenhum estudante fora do processo.
Quando não existem tarefas diferenciadas, individualizadas e com
objetivos minimizados para alguns. A escola promove inclusão quando
deixa de classificar os estudantes segundo o seu nível de
desenvolvimento em função do quanto assimilaram dos conteúdos
transmitidos. Quando rompe com a busca pelo estudante ideal. A escola
promove inclusão quando compreende que o ensino é coletivo e a
aprendizagem é individual – é de cada um, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem.
10. Qual a importância e o direito à participação da Família, segundo a
Lei Brasileira de Inclusão?
RESPOSTA: A Lei Brasileira de Inclusão, em seu Art. 27 – Parágrafo
único – destaca que é dever do Estado, da família, da comunidade
escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com
deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência
e discriminação. (grifo nosso). Ou seja, cabe a família, conhecedora
desse dever, denunciar qualquer prática que viole o direito à educação
de seus filhos e matricular seus filhos, em idade obrigatória de 4 a 17
anos de idades, na escola. Também no Art. 28: Incumbe ao poder
público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar,
acompanhar e avaliar. Inciso VIII – participação dos estudantes com
deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da
comunidade escolar.

Você também pode gostar