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FACULDADE IGUAÇU – FI

POLLIANA CARVALHO MUNIZ

EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS, BRINQUEDOS E RECREAÇÃO.

CAPANEMA - PR

2024
FACULDADE IGUAÇU – FI

POLLIANA CARVALHO MUNIZ

EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS, BRINQUEDOS E RECREAÇÃO.

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS

PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo Científico apresentado à (Faculdade


Iguaçu), como parte das exigências para a
obtenção do título de Pós-graduação
(EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS,
BRINQUEDOS E RECREAÇÃO).

CAPANEMA - PR

2024
EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS, BRINQUEDOS E RECREAÇÃO.

POLLIANA CARVALHO MUNIZ

RESUMO

O presente trabalho aborda a importância do lúdico na Educação Infantil como


sendo uma das maneiras fundamentais de se alcançar uma aprendizagem
significativa, e tem como objetivo analisar como o educador compreende a inserção
da ludicidade no contexto educacional como práticas pedagógicas. Nota-se que a
educação atualmente, visa novas possibilidades, capazes de propiciar às crianças
de educação infantil os cuidados necessários e uma educação significativa,
considerando e respeitando as necessidades de cada criança e o seu
desenvolvimento gradativo, assegurando-lhes o direito de brincar e fazendo os
aprender a partir do mesmo.
Desse modo, há uma certa necessidade: a intervenção de uma possível ação lúdica,
proporcionando assim o brincar como uma forma de linguagem, aprendizagem,
desenvolvimento e construção de valores, ao mesmo tempo, em que interage com o
mundo ao seu redor.

Palavras chave: Educação infantil; Desenvolvimento; Atividades lúdicas.

Introdução

Sabendo da importância do brincar na infância, é válido destacar que o


mesmo pode ser um recurso significativo a ser inserido no contexto educacional de
modo a ser introduzido em sala de aula, a partir de atividades lúdicas pelo professor
de educação infantil. Desse modo, é valido destacar que o lúdico é uma ferramenta
bastante relevante e que os professores podem utilizá-lo como uma forma de
promover o desenvolvimento infantil com mais interação e motivação. As atividades
lúdicas devem ser utilizadas em sala de aula pelo educador com o intuído de
proporcionar ao aluno uma aprendizagem significativa e aulas mais prazerosas e
construtivas.

São grandes as contribuições dos jogos e brincadeiras na construção do


conhecimento a partir de sua utilização no processo de ensino-aprendizagem,
principalmente nas séries iniciais, ainda se discute no meio escolar a sua eficácia e
eficiência. Nesse sentido, definiu-se como tema de pesquisa abordar a importância
dos Jogos e brincadeiras na educação infantil.

O objetivo geral consistiu em identificar os fatores que contribuem para que


o lúdico perca espaço no processo de alfabetização precoce na turma de cinco anos
de idade.

Os objetivos específicos buscaram apresentar os principais aspectos e


características do processo de alfabetização na educação brasileira e verificar a
importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil e suas contribuições à
aprendizagem dos alunos ainda em processo de alfabetização.

Os jogos e brincadeiras desde muito cedo fazem parte do universo infantil e


as crianças logo em seus primeiros anos de vida já identifica os mais diferentes
tipos, iniciando pelas mais simples e depois se dedicam aos jogos adquirindo
respeitando, socializando-se, participando e entendendo regras e, tornando sua
aprendizagem mais fácil e prazerosa. Lúdico é o adjetivo que significa e qualifica
tudo o que se relaciona com o jogo ou brincadeira.

A educação lúdica é uma ação própria da criança, mas também de todas as


idades, tendo um significado muito grande, pois está presente em todos os
momentos da vida.

Desenvolvimento

Através de brinquedos, jogos e brincadeiras, a criança tem a oportunidade


de se desenvolver, pois além de ter a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia
estimuladas, ainda desenvolve a linguagem, a concentração e a atenção. O brincar
contribui para que a criança se torne um adulto eficiente e equilibrado. Além disso,
as crianças aprendem muito mais se o conteúdo for apresentado em forma de jogos
ou brincadeiras.

O conceito de criança e adolescente é muito complexo e diversificado, em


função da interdisciplinaridade, dos costumes e leis de cada país. Isso leva a adoção
do conceito internacional, que consta do art. 1 da Convenção sobre os Direitos da
Criança, formulado pelas Nações Unidas que define criança “como todo o ser
humano com idade inferior a 18 anos”.

Nos anos de 1990, os sociólogos James e Prout, pesquisando acerca do


conhecimento da infância, buscaram construir um novo paradigma nesse universo e
de acordo com Montandon (2001, p. 51) apontaram seis aspectos fundamentais
nessa etapa da vida do ser humano: A infância é uma construção social; A infância é
variável, não pode ser separada de outras variáveis (classe social, o sexo ou o
pertencimento étnico); As relações sociais das crianças e suas culturas devem ser
estudadas em si; As crianças são e devem ser estudadas como atores na
construção de sua vida social e da vida daqueles que as rodeiam;

O período que compreende as crianças na fase da educação infantil é


primordial para o seu desenvolvimento futuro. O Neurologista Francês Hentri Wallon
dividiu este período em quatro estágios são eles:

 Estágio impulsivo emocional: (1º ano de vida): Nesta fase predominam nas
crianças relações emocionais com o ambiente. Trata-se de uma fase de construção
do sujeito em que atividade cognitiva se acha indiferenciada da atividade afetiva.
Nesta fase vão sendo desenvolvidas condições sensório-motoras que permitirão ao
longo do segundo ano de vida intensificar a exploração sistemática do ambiente.

 Estágio sensório motor (um a três anos de idade): Ocorre neste período uma
intensa exploração do mundo físico em que predominam as relações cognitivas com
o meio. A criança desenvolver a inteligência prática. No final do segundo ano a fala e
a conduta representativa confirmam uma nova relação com o real que emancipará a
inteligência do quadro perceptivo mais imediato, ou seja, ao falarmos a palavra bola
a criança reconhecerá imediatamente do que se trata sem que precisemos mostrar o
objeto a ela.
 Personalismo (três as seis anos de idade): Nesta fase ocorre a construção da
consciência de si através de interações sociais, dirigindo o interesse da criança para
as pessoas, predominando assim as relações afetivas. Há uma mistura afetiva e 19
pessoal que refaz, no plano do pensamento, a indiferenciação inicial entre
inteligência e afetividade.

 Estágio Categorial (seis anos): A criança dirige seu interesse para o conhecimento
e a conquista do mundo interior, em função do progresso intelectual que conseguiu
conquistar até então. Desta forma ela imprime as suas relações com o meio uma
maior visibilidade do aspecto cognitivo. Se investigarmos estes estágios poderá
notar que o corpo se faz presente em todos os momentos como uma forma de
interação da criança com o mundo. e engajar num processo de ‘reconstrução’ da
criança e da sociedade.

Desde o primeiro ano de vida o aparelho motor inicia o seu desenvolvimento


através de atividades sensório-motoras, portanto podemos chegar a uma breve
conclusão que a educação física e os estímulos físico-motores são de fundamental
importância para o bom crescimento da criança.

Kishimoto (1990) acha que esse elemento do brincar e aprender mais


dirigido para um objetivo é muitas vezes esquecido e inclusive desprezado por
muitos professores de educação infantil, mas é assim que as crianças vêm
aprendendo há muitos séculos. Segundo Severino (1991), os profissionais das
escolas infantis precisam manter um comportamento ético para com as crianças,
não permitindo que estas sejam expostas ao ridículo ou que passem por situações
constrangedoras. Alguns adultos, na tentativa de fazer com que as crianças lhes
sejam obedientes, deflagram nelas sentimento de insegurança e desamparo,
fazendo-as se sentirem temerosas de perder o afeto, a proteção e a confiança dos
adultos. O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus alunos
para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material deve ser
suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que
despertam pelo material de que são feitos.

As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo,


aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade.
Piaget (1998) diz: “(...) que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa”. 25 Sendo
assim o professor de educação infantil tem papel primordial no desempenho das
atividades lúdicas, que podem favorecer o pleno desenvolvimento da criança seja
em qualquer sentido. Por isso é necessário ter consciência do seu papel e atitude
em sala de aula e frente aos alunos.

Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um


caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a
pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se
como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a
pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus
valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá
encontrar. “Educar é preparar para a vida”. (ALMEIDA, 2005).

É na Educação Infantil que a criança tem oportunidade de desenvolver e


ampliar suas relações sociais, interações e formas de comunicação, por isso deve
privilegiar o contexto social em que a criança está inserida, reconhecendo a
diversidade de conhecimentos que essas crianças têm. A Educação Infantil tem
como fundamento unir o educar e o cuidar em torno da aprendizagem,
compreendendo o aluno como um ser integral que necessita desenvolver-se em
seus aspectos: motor, cognitivo, social e afetivo (CABRAL, 2005).

Conclusão

Através dessa pesquisa pôde-se perceber que o lúdico é fundamental no


processo de ensino-aprendizagem, jogar, brincar e a utilização dos brinquedos são
atividades importantes para o desenvolvimento emocional, afetivo, cognitivo e social
dos alunos. Pôde-se, ainda, constatar, de perto, o quanto as brincadeiras e os jogos
têm perdido espaço para a alfabetização precoce.

A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da educação básica


como descrito no Título V, Capítulo II, Seção II, art.29 da LDB – Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, cuja finalidade é favorecer o desenvolvimento da criança. Mas,
foi a Constituição Brasileira (1988) que definiu em seu dispositivo legal, artigo 208,
inciso IV, a obrigação do atendimento em creche e pré-escola, às crianças de 0 a 06
anos de idade: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de
idade. Criou uma obrigação gratuita para todo o sistema educacional, que teve que
se equipar para dar respostas a esta nova responsabilidade, a qual foi confirmada
pela LDB (BRASIL, 1996).

A educação faz parte da vida de todo indivíduo e não está centralizada


apenas na escola, pois não há uma forma única e nem um modelo único de se
educar. Os conhecimentos relacionados à educação tornavam-se cada vez mais
especializados devido aos avanços científicos, sendo que apenas os profissionais
tinham acesso. Portanto a eles caberiam a função de educar já que as famílias eram
vistas como incapazes, não possuindo os saberes necessários (CUNHA, 2003).

Concluímos que os jogos infantis são extremamente importantes para as


crianças, pois muitos deles são educativos, que as crianças aprendem muitas coisas
se divertindo e brincando. O jogo é importante para um desenvolvimento mais rápido
de uma criança e que o professor tem como fundamento principal saber como
trabalhar com o lúdico para propiciar a aprendizagem precisa de cada criança.

REFERÊNCIAS
https://www.multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/06/a-importancia-dos-jogos-e-
brincadeiras-para-a-educacao-infantil.pdf

https://calafiori.edu.br/wp-content/uploads/2019/09/A-IMPORT%C3%82NCIA-DOS-
JOGOS-E-BRINCADEIRAS-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.pdf

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