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PEDAGOGIA - LICENCIATURA

ADINIE PALMEIRA DO MARCO


JÉSSICA FRANCINE APARECIDA DA SILVA
RAFAELA DO AMARAL
VITÓRIA ISABELE DA LUZ MARIANO

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PIEDADE
2021
ADINIE PALMEIRA DO MARCO
JÉSSICA FRANCINE APARECIDA DA SILVA
RAFAELA DO AMARAL
VITÓRIA ISABELE DA LUZ MARIANO

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de PTG apresentado à


Universidade Anhanguera como requisito à
aprovação no 3o semestre do curso de
Pedagogia.

PIEDADE
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4

2. A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL.................. 5

3. O LÚDICO NA APRENDIZAGEM 6

4. O PAPEL DO PROFESSOR NO TRABALHO COM A


LUDICIDADE.....................................................................................................7

5. A LUDICIDADE, OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO


INFANTIL..........................................................................................................9

6. PLANEJAMENTO POR SEQUENCIA DIDATICA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL........................................................................................................11

7. SEQUENCIA DIDATICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL...........................15

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................18
REFERÊNCIAS................................................................................................19
4

1. INTRODUÇÃO

A criança por si só já nasce com uma riqueza de imaginação, onde ela


cria um mundo próprio através de seu pensamento e conseguindo também transmitir
isso para as pessoas que estão ao seu redor.
Brincando ela se transforma, através da ludicidade acaba tendo um bom
desenvolvimento, aprimorando suas habilidades, conhecendo o mundo e até
descobrindo que consegue resolver situações de maneira autônoma.
Vivendo e aprendendo, através de situações lúdicas, do brinquedo e da
brincadeira.
Ludicidade é um termo que tem origem na palavra latina “ludus”, que significa
jogo ou brincar.
Na educação, usamos o conceito de ludicidade para nos referir a jogos,
brincadeiras e qualquer exercício que trabalhe a imaginação e a fantasia.
A ludicidade é uma ferramenta poderosa para o processo de ensino-
aprendizagem em qualquer nível de escolaridade, mas está presente de maneira
mais frequente na Educação Infantil. Isso porque, na infância, a forma como a
criança interpreta, conhece e age sobre o mundo é forma natural, através do lúdico.
O objetivo do presente estudo é dissertar sobre a importância de valorizar e
incentivar o emprego da ludicidade na educação infantil, para que, por intermédio
das brincadeiras, a criança desenvolva melhor suas habilidades cognitivas, sociais e
psicomotoras.
As atividades lúdicas são essenciais para o desenvolvimento integral da
criança.
Por meio delas é possível trabalhar com os alunos diversos conceitos,
como cooperação, afetividade, autoconfiança, resolução de problemas, disciplina,
atenção às regras. Além disso, podem ser muito úteis no desenvolvimento
psicomotor.
5

2. A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O lúdico representa um papel extremamente importante na constituição do


pensamento infantil. É por meio dele que se inicia uma relação cognitiva do indivíduo
com o mundo de eventos, coisas, símbolos e pessoas que os cerca. A partir da
ludicidade, a criança reproduz o discurso externo, o interioriza, interpreta e constrói
seu próprio pensamento.
Essa acaba sendo a linguagem infantil, à qual Vygotsky (1984) atribui um
importante papel para o desenvolvimento cognitivo à medida que sistematiza as
experiências e colabora com a organização dos processos em andamento.
Portanto, devemos dar valor e direcionar a brincadeira, quando utilizada como
instrumento educacional.
Processos alfabetização pré-escolar, por exemplo, podem ocorrer de forma natural e
fluir quando realizados através da ludicidade.
Porém, é preciso tomar muito cuidado para não tirar a brincadeira dessa
vestimenta natural, pois a ludicidade é uma metodologia pedagógica que ensina
brincando e tem objetivos, mas nunca cobranças.
As atividades lúdicas são essenciais para o desenvolvimento integral da
criança.
Através delas, podemos trabalhar com os alunos diversificados conceitos,
como cooperação, afetividade, autoconfiança, resolução de problemas, disciplina,
respeito às regras.
Além disso, podem ser ferramentas muito úteis no desenvolvimento
psicomotor.
O jogos e as brincadeiras que exploram a imaginação e o fantástico também
têm uma importância especial, que é o desenvolvimento da capacidade de
abstração.
Na medida em que interpretam papéis e se permitem viver outros mundos, as
crianças começam a fazer diferenciação sobre fantasia e realidade, o que é
indispensável para um desenvolvimento saudável na infância e, consequentemente,
na vida adulta.
6

A criança desde o nascimento já possui uma riqueza de imaginação, onde ela


cria um mundo só dela, por meio de seu pensamento e conseguindo também
transmitir isso para as pessoas que estão presentes na sua vida.
Através da ludicidade ela se transforma, tendo um bom desenvolvimento,
aprimorando suas habilidades, descobrindo o mundo e até descobrindo que
consegue resolver situações com autonomia.
Brincando e aprendendo, através do brincar, aprendendo ludicamente.
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço
que merece a atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais
autentica do ser, é o espaço de direito de toda a criança para ela exercer uma
relação de afetividade com o mundo, com as pessoas e com os objetos (FERREIRA;
SILVA RESCHKE).

3. O LÚDICO NA APRENDIZAGEM

Porém a ludicidade não pode ser compreendida apenas como atividades de


brincar. Esse conceito está ligado à espontaneidade, à liberdade e à autonomia das
crianças, à expressão de emoção e de prazer.
Ela se manifesta em atividades que estimulam a percepção, a imaginação e a
criação de significados.
As atividades lúdicas também são o ponto de partida para atrair a atenção da
criança, o que é essencial para a captação e memorização de conhecimentos.
Considere: um aluno desinteressado e sem atenção dificilmente aprenderá,
mas se o professor usar a ludicidade para despertá-lo, então terá resultados muito
mais satisfatórios no ensino.
De acordo com Cosenza e Guerra, o cérebro aprende a partir de uma série de
mecanismos internos e externos à estrutura do ser humano.
Portanto ele está mais disposto a selecionar o que ele interpreta como
significativo. E terá “mais chance de ser significante aquilo que é estimulante e
agradável”.
Um desses mecanismos é a atenção, que seleciona o que é mais importante
em meio a um turbilhão de conteúdos.
7

As instituições de ensino infantil estão sendo cobradas a orientar os


educadores como usar a ludicidade de maneira que traga benefícios ao aprendizado
dos alunos, com esse avanço ficou bem mais fácil valorizar os jogos e brincadeiras
lúdicas.
As atividades lúdicas são uma metodologia pedagógica que ensina brincando
e não tem cobranças, tornando a aprendizagem significativa e de qualidade.
Tanto os jogos como as brincadeiras proporcionam na educação infantil
desenvolvimento físico mental e intelectual.
De acordo com Horn (2004), o lúdico, ou seja, as brincadeiras jogos e
brinquedos, na Educação Infantil são de extrema relevância para o desenvolvimento
das crianças, pois são atividades primárias, as quais trazem benefícios nos aspectos
físico, intelectual e social.
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço
que merece a atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais
genuína do ser é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação
afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos (FERREIRA; SILVA
RESCHKE).
Kishimoto (1996), afirma que, por meio de uma aula lúdica, o aluno é
estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade, sendo protagonista
do seu processo pedagógico.
A ludicidade é considerada uma forma de comunicação e por isto desenvolve
a criatividade, a expressão e a espontaneidade, pois exercita a imaginação e
colabora na aprendizagem significativa.
Durante o processo de ensino aprendizagem é indispensável valorizar a
ludicidade, pois para a criança a mesma é espontânea e possibilita sonhar, desejar e
realizar fantasias como crianças de verdade.

4. O PAPEL DO PROFESSOR NO TRABALHO COM A LUDICIDADE

O professor desempenha um papel fundamental nesse processo de nortear


os alunos por uma aprendizagem lúdica. É ele quem vai selecionar as atividades
mais indicadas para estimular habilidades e trabalhar conceitos.
É ele que vai preparar o ambiente para essas atividades lúdicas e definir
tempo de duração de cada brincadeira.
8

É importante ressaltar que as brincadeiras, os jogos e outras estratégias com


base na ludicidade são apenas ferramentas.
Perceba: as brincadeiras têm um papel muito bem definido dentro do plano de
aula do professor e não são despropositadas.
A própria BNCC lembra que é excelente a concepção de um aluno autônomo,
que escolhe suas brincadeiras, que questiona e participa do processo de
aprendizagem. Mas, isso não “deve resultar no confinamento dessas aprendizagens
a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo”.
O documento afirma que o educador deve “imprimir intencionalidade
educativa às práticas pedagógicas”.
As escolas estão sendo cobradas a trabalhar a ludicidade, pois a BNCC
valoriza muito o aspecto lúdico e a maior parte das escolas já estão adaptando essa
modalidade e os educadores tem que buscar sempre estar por dentro das
novidades, alguns sentem dificuldade em desenvolver as aulas, mas aprendem com
facilidade, com o uso da tecnologia tudo fica mais simples.
Sabemos que com o uso da tecnologia é possível realizar diversas atividades
do dia-a-dia escolar, mas não podemos deixar de lado o ludicidade, principalmente
na educação infantil, pois a ludicidade estimula vários aspectos positivos nas
crianças, a elaboração de classificações, construção de sequências lógicas,
desenvolvimento psicomotor, a afetividade e ampliação de conceitos dos vários
campos da ciência.
O educador é uma parte importante para direcionar e transcorrer o
seguimento pedagógico. Uma vez que o lúdico facilita o processo de ensino-
aprendizagem, é fundamental que o docente esteja interessado nessa maneira de
ensinar, e prepare o ambiente de forma que a criança sinta-se motivada a aprender
participando das brincadeiras.
Dessa forma, o mestre tem que entender o estudante, saber quais suas
carências e tentar supri-las, valorizando a interação, o desenvolvimento e a
participação da criança, pois o desenvolvimento só acontece diante da colaboração
de todos, tanto o professor quanto do aluno, dessa maneira a pratica pedagógica
favorecerá a interação entre ambos.
Através da ludicidade o educador tem acesso a novas metodologias, pois de
acordo com o passar dos tempos o aprendizado vai fluindo, ocorrendo a inovação,
no entanto, só depende do professor buscar novas estratégias, alternativas para que
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a aprendizagem ocorra de forma efetiva, considerada de acordo com o contexto de


que através do lúdico é possibilitado adequar uma conexão entre o imaginário e o
real.
Como sabemos o diferente atrai atenção da criança, e conciliar o novo com a
interação do aluno terá grande rendimento em sua aprendizagem, pois a ludicidade
ajuda tanto no ato de ensinar como no aprendizado.
Muitas vezes é dita a frase não consegui desenvolver a aula por falta de
material, mas esta frase não procede, pois, o professor tem que ter criatividade.
Com a criatividade é possível transformar um simples plano de aula, numa
aula prazerosa e rica de conhecimentos, na visão de Almeida:
O professor sozinho pode tornar um espaço, ainda que pobre de recursos, em
um rico ambiente educativo; no entanto, um rico espaço pode ser também um
paupérrimo ambiente educativo. Material sozinho não funciona. Ele precisa ser
humanizado. Ele precisa vir para dentro da vida do conhecimento que se busca.
(ALMEIDA, 2003).
O lúdico tanto favorece o trabalho do educador quanto estimula a participação
do educando, com base nisso, podemos afirmar que no ambiente onde é utilizado e
explorado o lúdico tem pontos positivos, pois permite que o aluno reconheça e
compreenda o quanto a brincadeira ajuda em seu desenvolvimento, mas tem que
ser algo limitado, para que a criança entenda que existe a hora de realizar as
atividades lúdicas junto com o professor, como também entenda que tem a hora de
praticar as brincadeiras sozinho sem apoio do docente, dessa forma, como acontece
na vida real, quando ficarem adultos, em todo caso preparando e conscientizando o
estudante para enfrentar os desafios que virão pela frente, na sua sequência nos
estudos.

5. A LUDICIDADE, OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A ludicidade é uma característica fundamental no ser humano, da qual a


criança necessita para se desenvolver. Para crescer, brincar e para se equilibrar
diante do mundo ela necessita do jogo.
Aprender brincando tem mais resultados, pois a assimilação infantil adapta-se
facilmente à realidade.
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O ato de ensinar através das atividades lúdicas é bastante significativo, pois a


criança aprende brincando sem cobranças e através de regras, que proporcionam
aprendizado.
O jogo é uma palavra latina, sujeito a regras, a palavra “jogo”
etimologicamente origina-se do latim e significa brincadeira, passatempo e
divertimento.
Soares (2010), explica que o jogar é algo natural e universal do ser humano,
compreende atividade que proporciona alegria, divertimento, prazer para o que está
envolvido na ação, além de ajudar no desenvolvimento físico, intelectual, emocional,
social do sujeito.
O jogo é algo natural, e está inserido no cotidiano da criança e auxilia no
desenvolvimento físico, mental e intelectual.
Proporciona prazer, socialização, imaginação e regras tornando a
aprendizagem prazerosa e sem cobranças.
O jogo tem um caráter de recurso de ensino, enquanto para a criança é uma
atividade do seu dia-a-dia.
O trabalho do professor, nesse contexto, deve ser o de organizador da sala
de aula como espaço lúdico, selecionando jogos que facilitem o desenvolvimento
cognitivo, sócio afetivo e motor do aluno. (PERES, 2004).
O jogo é uma metodologia de ensino que precisa ser planejada e utilizada de
maneira coerente para facilitar a transmissão de conhecimento. Por ter caráter lúdico
proporciona prazer e por ser educativo ensina regras.
O jogo apresenta sempre duas funções no ensino-aprendizagem. A primeira é
lúdica, onde a criança encontra o prazer e a satisfação no jogar, e a segunda é
educativa, onde através do jogo a criança é educada para a convivência social
(RIBEIRO, 2013)
O jogo proporciona um constante processo de desenvolvimento na criança,
porque estimula o raciocínio e a criatividade do aluno que muitas vezes satisfaz sua
curiosidade através das regras que o jogo possui.
O objetivo do jogo e oferecer oportunidade de satisfazer a curiosidade dos
alunos através de momentos de interação, diversão e raciocínio.
De acordo Peres (2004), utilizando o jogo à criança tem a oportunidade de
satisfazer uma série de carências, como de domínio e de cooperação, que podem
ser utilizadas como recurso para a aprendizagem.
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Segundo o Referencial Curricular para a Educação Infantil (1998) “as


brincadeiras que compõem o repertório infantil e que variam conforme a cultura
regional apresenta-se como oportunidades privilegiadas para desenvolver
habilidades no plano motor”.
As brincadeiras fazem parte da infância, assim é algo natural na educação
infantil, porém assim como o repertório linguístico também é regional.
As atividades lúdicas por meio das brincadeiras, proporcionam inúmeros
benefícios, pois estimulam a cooperação, as regras, o respeito ao próximo, as
diferenças, entre outros benefícios.
No contexto educativo, o brincar é uma proposta de caráter criativo e
recreativo, no aspecto físico ou mental, desenvolvido espontaneamente, cuja
evolução é definida e o final nem sempre previsto.
Quando a brincadeira se sujeita a regras, estas são simples e flexíveis, e o
seu maior objetivo é a pratica da atividade em si (QUEIROZ e MARTINS, 2002).
E se o assunto é brincar temos a concepção de movimentos. O movimento é
um método ativo da educação básica que se propõe atuar sobre atitudes profundas
do homem, isto é, na relação entre a sua realidade.
Em relação ao espaço físico, Friedmann (1996), relata que as crianças às
vezes brincam nos clubes, em casa assistem à televisão e nas ruas, onde
brincavam, jogavam, rolavam... E aprendiam, hoje encontram condições de
opressão, violência e exploração. Assim, o espaço da escola resta como único, e
talvez o último capaz de ocupar o lugar de atendimento das necessidades infantis.
Friedmann (1996) destaca que o jogo e a brincadeira devem fazer parte das
atividades curriculares, mas, além disso, é possível planejar espaços de jogos,
improvisando com mesas, cadeiras, cortinas e uma pequena brinquedoteca.
Onde as crianças possam brincar e criar novos brinquedos. Haddad (2004)
lembra que a brincadeira favorece a autoestima da criança, pois a auxilia a superar
progressivamente suas aquisições de forma criativa e contribui para a interiorização
de determinados modelos de adultos, facilitando a sua adaptação social.

6. PLANEJAMENTO POR SEQUÊNCIA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL.
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O uso da sequência didática para Educação Infantil é uma estratégia que


merece ser avaliada para ser implantada de forma definitiva nas rotinas de creches e
escolas de Educação Infantil, do contrário, corremos o risco de causar na infância
das crianças, a impressão de uma escola que não desperta novas “descobertas, não
gera dúvidas, não inspira sonhos.”
Damos o nome de sequência didática a uma forma estruturada de
planejamento sequencial para o desenvolvimento de múltiplos saberes no universo
infantil.
Planejar por sequência didática tem a intenção de organizar um trabalho
mais elaborado e com um significado maior para esta criança de hoje – que tem
acesso inúmeras fontes, mas que não tem um trabalho esquematizado, no sentido
de organizar tudo que ela vê, consome, sente e realiza o tempo inteiro.
O trabalho com a sequência didática é uma forma de estruturar o
planejamento semanal da rotina das crianças, assim podemos organizar o
desenvolvimento delas com base em conhecimentos que vão se amplificando
através da observação, pouco a pouco e vão gerando diversas fontes de percepção.
Organizar por sequência didática envolve a sistematização do trabalho
docente com a intenção de ajudar a criança a desenvolver competências e
habilidades que tragam significado para tornar efetivo seu processo de
aprendizagem.
Com vistas ao crescimento pedagógico, a orientação para o uso do
termo “sequência didática” nos planejamentos de aulas dos educadores apresenta
uma vantagem, pois tem o objetivo de assegurar uma participação mais ativa dos
alunos durante as aulas ministradas pelos professores da Educação Infantil, levando
a um maior aproveitamento do conteúdo – sim, conteúdo mesmo.
Na Educação infantil também se faz necessário ter conteúdo pois a
função da escola, seja ela em qual fase ou idade for, é sempre gerenciar a
aprendizagem das crianças.
Didática é uma estratégia formada por atividades que podemos definir
como os “meios” utilizados pelo professor com o objetivo de que o aluno absorva
vivência nas experiências necessárias ao desenvolvimento de competências e
habilidades tornando a aprendizagem significativa.
A sequência didática precisa ser estruturada pelo professor, com a
intenção de tratar cada conteúdo de maneira única e especifica, dando chance ao
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aluno no desenvolver a autonomia para que ele utilize seus próprios mecanismos na
construção e reconstrução do seu conhecimento e criar formas de resolver de forma
criativa e estruturada os problemas. Criar uma sequência didática é criar situações e
ocasiões em que o estudante construa seu conhecimento, essa é a função da
sequência didática.
Passos necessários para trabalhar com Sequencia Didática na educação
infantil:
Primeiro passo da sequência didática: Trabalhar a recepção/emoção.
• Despertar a emoção
• Estimular a sensibilidade
• Promover a interação social
• Desenvolver a simbolização

Segundo passo: estimular a exploração dos sentidos.


Tato
Visão
Olfato
Gustação
Audição

Terceiro passo: Desenvolver uma ou mais linguagens.


Pictórica – desenho
Musical – vocalização, oralidade, rota fonológica e voz
Sinestésica – movimento/psicomotricidade
Midiática – computador
Gráfica – as letras e os números

Quarto passo: trabalhar explorando uma ou mais formas.


Aplainar
Ampliar
Reduzir
Juntar
Modificar
Quadrado
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Triângulo
Círculo
Retângulo

Quinto passo: é quando o educador pode lincar conteúdos, (trabalhar a


interdisciplinaridade).
Natureza e sociedade
Identidade e autonomia
Movimento
Música
Artes visuais
Literatura Infantil

É indispensável ressaltar que o passo inicial sempre tem que ser o passo em
que o educador trabalhe a Emoção e a Recepção, pois é este o momento mais
delicado da sala de aula da infância.
Fazer o recebimento e acolhimento de uma criança é a tarefa principal.
A criança não tem experiência aprofundada em conviver nos espaços
coletivos hoje, principalmente crianças que vivem em pequenos apartamentos,
espaços reduzidos, fechados, privados, em face da violência, do convívio com
outras pessoas.
Portanto, o professor precisa ter certa delicadeza, segurança e afetividade
para receber e acolher diariamente as crianças pois elas estão em fase de
socialização, desenvolvendo a autonomia, descobrindo os ambientes educativos.
Dessa forma, sugere-se que a atividade desenvolvida seja a que ouve as
questões afetivas trazidas pelas crianças seja sempre a primeira iniciando a aula –
assim, o educador poderá aproveitar, inclusive, estas histórias e estes relatos ao
decorrer da manhã ou da tarde.
Situações trazidas pelas crianças para o grupo, na hora da roda, da conversa
ou da prática diária da escuta, são enriquecedoras e possibilitam que elas se
socializem mais rapidamente no contato com as pessoas.
Estes passos não tem uma sequência definida, assim, o educador pode
realizar uma atividade interdisciplinar antes de realizar uma atividade com formas e
assim sucessivamente.
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Também vale a pena reforçar que no caso da Educação Infantil, as


atividades de registro nunca podem ser realizadas nos últimos horários dos períodos
letivos.

7.SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.

Tema: Semana do Circo na Escola. Tempo previsto: 3 a 5 aulas

Turma: Alunos de 3 a 5 anos


Apresentação da sequência: A Sequência Didática Semana do Circo para
alunos da Educação Infantil contempla crianças de 3 a 5 anos de idade.
O objetivo é trabalhar essa sequência didática na segunda semana de
Outubro em comemoração ao dia da criança.
O circo é uma atividade cultural muito importante para a sociedade.
Tradicional na cultura brasileira, os circos percorrem cidades levando diversão
para a população. Nas escolas, os alunos aguardam ansiosos o dia do passeio para
o circo.
Por meio da pluralidade de cores, roupas brilhosas e com a decoração
colorida de seu ambiente, a vida leve e descontraída do circo é celebrada com os
pequenos.
A sua data comemorativa foi escolhida em homenagem ao palhaço brasileiro
Abelardo Pinto, o famoso Piolin, o que destaca ainda mais a relevância do circo para
os brasileiros.
Desse modo, é importante trabalhar a semana do circo na sala de aula,
explorando diferentes elementos com os pequenos.

Plano 1:
Objetivos de Campos de Desenvolvimento: Recursos: Avaliação:
aprendizagem e Experiência:
Desenvolvimento
:

Levar a magia e Corpo, Atividade 1: Notebook, Avaliar se os


a percepção Gestos e Apresente para Datashow, alunos foram
16

sobre os movimentos as crianças com caixa de capazes de


elementos a ajuda de fotos e som, envolver-se nas
artísticos e vídeos, como recortes comemorações
ludicidade surgiu o circo e a de jornal e de algumas das
presente no circo origem da data de datas tradicionais
para a educação em que é revistas, do nosso
infantil. comemorado. cds de calendário, de
Apropriar-se de Atividade 2: música e modo a conhecer
gestos e Perguntar para aparelho a história e os
movimentos da as crianças o que de som. motivos pelas
cultura lúdica, no elas sabem sobre quais elas são
cuidado de si e o circo e peça comemoradas.
nos jogos e que tragam
brincadeiras. recortes de
Apresentar a imagens que
história do circo mostrem um
no Brasil e no espetáculo
mundo e o circense.
surgimento de
sua data Atividade 3:
comemorativa Promover um
para as crianças. momento de
interatividade
entre as crianças,
colocando
músicas sobre o
circo e permitindo
que dancem e
que brinquem.

Plano 2:
Objetivos de Campos de Desenvolvimento: Recursos: Avaliação:
aprendizagem e Experiência:
Desenvolvimento
:

Mostrar Corpo, Atividade 1: Televisão Avaliar se os


elementos das gestos e Exibir vídeos e e pequenos são
artes circenses movimentos. filmes sobre o aparelho capazes de
com a exibição circo para os de dvd, explorar o
de fotos, músicas alunos dvd ou desenho e a
e vídeos dos assistirem. pendrive, pintura a partir de
espetáculos Atividade 2: papel a4, seu próprio
circenses. Explorar a lápis de repertório e de
Desenvolver imaginação dos cor, giz ampliar seu
progressivament pequenos de cera repertório de
e as habilidades oferecendo etc. imagens.
manuais, papéis para
adquirindo desenhar e
17

controle para colorir os


desenhar, pintar, personagens do
rasgar, folhear, circo.
entre outros. Atividade 3:
Deixar que os
alunos se
divirtam com o
desenho do
Patati e Patatá

Plano 3:
Objetivos de Campos de Desenvolvimento: Recursos: Avaliação:
aprendizagem e Experiência:
Desenvolvimento
:

Trabalhar a “O eu, o Atividade1: Cartolina, Diagnosticar se


coordenação outro e o Desenvolva a Lápis de os alunos
motora dos nós” coordenação cor, giz de conseguem
pequenos com Corpo, motora dos cera, tinta utilizar o
brincadeiras gestos e alunos com a guache, movimento de
sobre o circo. movimentos. criação de murais papel forma expressiva,
sobre o circo, crepom, nas situações
Explorar formas pinte as mãos papel cotidianas e em
de deslocamento dele e deixe tudo dobradura brincadeiras.
no espaço (pular, colorido. , papel A4, Verificar a
saltar, dançar), Atividade 2: tesoura, capacidade do
combinando Ornamente a sala barbante pequenos em
movimentos e de aula e a etc. ampliar as
seguindo escola com a possibilidades
orientações. temática do circo expressivas do
Manifestar e explore o lúdico próprio corpo.
interesse e com
respeito por apresentações
diferentes dos professores.
manifestações Atividade 3: Crie
culturais e modos um circo na
de vida. escola e libere a
criatividade dos
alunos para o
espetáculo.
18

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em conta as informações levantadas no presente trabalho, foi


possível fazer uma análise significativa sobre a importância da ludicidade na
Educação Infantil, o tema tem grande relevância nesse processo de ensino
aprendizagem, sabemos que desde pequena a criança já consegue se desenvolver
com a brincadeira.
E o lúdico tem uma fundamental importância nessa fase da vida da criança,
tendo em vista que a brincadeira e o brinquedo tanto desenvolvem a coordenação
motora quanto desenvolvem a imaginação e a criatividade.
A ludicidade só passa a ser considerada como um método de ensino com
grande valor na aprendizagem quando a criança é inserida na escola, sendo que,
para muitos leigos, o ato de brincar é apenas um passatempo para as crianças, que
com a brincadeira elas não estão aprendendo.
Nesse caso, muitos deles não compreendem o quanto a criança aprende
através da ludicidade, brincando, que as atividades lúdicas não são algo somente
para passar o tempo e sim para tornar as aulas mais prazerosas e atrativas.
Proporcionando com que o aluno desperte a interação e a compreensão.
Nessa pesquisa foi possível identificar vários pensamentos de importantíssimos
pensadores na história do lúdico e de estudiosos do desenvolvimento, como, Piaget,
Vygotsky, Kishimoto, Almeida e Nóvoa, onde defendem o lúdico como a principal
maneira de desenvolvimento da criança.
Concluímos que a valorização do lúdico deveria ser mais ampla, porque o
lúdico satisfaz tanto o educando como o educador, contribuindo no processo de
ensino-aprendizagem e auxiliando na interação entre professor e aluno.
Com a finalização dessa pesquisa, foi possível avaliar o quanto a ludicidade,
através do jogo, da brincadeira e do brinquedo tem grande contribuição no
desenvolvimento da criança, onde por meio do brincar a mesma está se divertindo
19

Dessa maneira, também valorizando o papel do professor na educação, onde


a ludicidade também apresenta um bom desempenho no ato de ensinar.
Com a chegada da BNCC nas escolas, a ludicidade ganha mais valorização e
reconhecimento.
Apresentando o direito da criança de brincar e o desenvolvimento que ocorre
quando a mesma participa de atividades lúdicas.
Através da pesquisa desenvolvida percebemos que brincando a criança
aprende com mais facilidade e a valorização dessa estratégia nas escolas é de
grande importância, pois assim, as crianças deixam de lado o celular, onde muitas
só praticam as brincadeiras quando estão dentro da escola, enquanto que em casa
ficam ligados a um videogame, tablete ou até mesmo computador e perde o prazer
de brincar, podendo assim, se tornar um indivíduo sedentário e com dificuldade de
interagir e se adaptar.
Com isso, esperamos que o conteúdo exposto nesse trabalho venha a
contribuir, ajudando os professores a valorizar e praticar a ludicidade na educação
infantil, com o objetivo de promover o desenvolvimento das crianças e fazer com que
tenham uma aprendizagem mais significativa, sem deixar de lado os aspectos
lúdicos que são naturais da criança.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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https://www.smasterdeensino.com.br/category/bncc/. Acesso em: 22 Novembro de
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