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ESTUDO DIRIGIDO

DISCIPLINA: ESTUDOS SOBRE A INFÂNCIA


ALUNAS: FERNANDA CRISTINA NICÁCIO DE ALMEIDA FERREIRA;
RÚBIA ARAÚJO GOULART
PROFESSORA: MARIA ÂNGELA BARROS DE CARVALHO
PERÍODO: 3º PERÍODO TURNO: NOITE

Baseado no artigo “Criança e Infância, Contexto Histórico Social” e no vídeo assistido em


aula, reflita e responda às questões:

1. Stearns (2006) esclarece que a “infância pode apresentar variações


impressionantes de uma sociedade ou de um tempo a outro”. Explique como você
entende essa afirmação.
R.: A infância não pode ser vista como um período inflexível ou igual em todas as
partes, precisa ser levado em conta onde esta infância se encontra. Em cada sociedade,
em cada tempo, possuem suas especificações, suas regras e como era pensado a
infância, o período em que se considerava, as punições, o controle e construção destas
crianças que se encontravam nesta fase. Não pode se pensar em um período pronto e
acabado, sem mudanças, pois acabaria acontecendo fatos novos e reformulações para
se repensar a infância. Nesse sentido de pluralidade a infância está relacionada ao
meio em que vive, e o correto a dizer é infâncias porque existem várias infâncias.

2. O que você compreende pela expressão “vir a ser” mencionada pela pedagoga e
mestre Beatriz Ferraz, quando se refere à criança, no vídeo assistido em aula?
R.: Esta expressão nos dá impressão que as crianças no período em que se encontram
não são consideradas como um ser, que possui conhecimentos, bagagens de vivências,
em qualquer idade, que não podem opinar sobre seu cotidiano, e que elas virão a ser
um indivíduo com opinião, com poder de fala, só em um futuro, provavelmente
quando estiver na fase adulta, onde já tenha sido construída e moldada para estar na
sociedade. Então a criança em seu presente não é vista, reconhecida, escutada, mas é
moldada para o que se tornará no seu futuro.
3. Kuhlmann (2010) contrapõe-se à concepção de criança na Idade Média, captada
pelo historiador Phillipe Ariés, quando conclui que, naquela época, a criança era
vista como adulto em miniatura. Qual ou quais diferença (s) você consegue
distinguir nas descobertas desses estudiosos?
R.: Na antiguidade clássica Platão conceitua a infância como um ser sem
características próprias, porém como um ser em potencial no futuro, onde a criança era
vista com possibilidade de vir a ser rei e governar a Pólis ou estado.
Philippe Áries aponta que na idade média a criança era vista como um adulto em
miniatura, quando a criança morria não havia sentimentos dignos de lembrança, os
pais tinham muitos filhos pois era comum as mortes e para que alguns sobrevivessem.
Kuhlmann acreditava que a criança era como eram ser inferior, desprezada. É a fase de
vida anterior a fase adulta, a infância terminava aos 7 anos quando a criança tinha
domínio da fala, ela era inserida no mundo do trabalho, vista como adulta.
No século XVI e XVII a paparicação surge, onde a criança é vista como objeto de
diversão. No final do século XVII surge no contexto de moralização, onde a igreja
entra em cena, contrariando a concepção do objeto de diversão, ela se preocupou em
disciplina lá nos princípios morais, aos cuidados da saúde e higiene. As famílias
associam-se a preocupação com a saúde física e higiene das crianças.
Ao contrapor Kuhlmann afirma que é necessário considerar a condição da criança, as
experiências vividas por ela em lugares diferenciados pela história, geografia e o
contexto social, a criança é muito mais que uma representação dos adultos. Sobre essa
fase é necessário conhecer as representações de infância e considerar as crianças
produtoras de história.

4. Rousseau foi um dos primeiros estudiosos a trazer contribuições à educação


infantil. Quais foram as contribuições trazidas?
R.: Rousseau ressalta que a criança deve ser vista em seu próprio mundo, mudando o
olhar sobre a criança, ele compreende em si mesma, considera suas manifestações e
sua capacidade imaginativa e criativa, para ele a infância é um tempo agradável onde a
criança tem atitudes espontâneas, é feliz e inocente.
A infância é vista como uma fase de características próprias que devem ser cultivadas
como forma de contribuir para o desenvolvimento da inteligência da criança.
Rousseau antecipou teoria sobre o desenvolvimento cognitivo moral da criança,
quebrando paradigmas que desencadeou novas concepções sobre criança e a infância,
reconhecendo que a criança tem seu próprio mundo sendo necessário compreendê-la a
partir dela mesma.

5. De acordo com o artigo lido, as autoras destacam trechos dos documentos oficiais
DCNEI e RCNEI. Em sua opinião qual a visão de infância é preconizada nesses
documentos?
R.: O DCNEI (Diretrizes Curriculares Nacional da Educação Infantil) descortina um
novo olhar mostrando as especificidades do ser criança, afirmando que são seres
humanos portadores das melhores potencialidades da espécie, este documento aponta
apenas adjetivos positivos da criança.
O RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil) a criança é um
sujeito social que possui natureza singular que as caracterizam como seres que sentem
e pensam o mundo de um jeito muito próprio. As interações estabelecidas com as
pessoas próximas e com meio desde cedo, revelam seu esforço para compreender o
mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam pelas brincadeiras
explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos.

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