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Texto reflexivo referente à roda de conversa com a temática “Cultura Escrita Digital e
Suas Implicações na Sala de Aula”, ocorrido no dia 18 de novembro de 2021, com a
participação de Julianna Silva Glória, que é graduada em Letras, doutora em Educação e faz
parte do Grupo de Pesquisa em Educação (CEALE –UFMG), mediado por Ana Paula
Pedersoli Pereira.
Julianna Silva chama atenção e nos leva a uma reflexão sobre a questão da cultura
escrita digital que foi se inovando e hoje é pertencente a nossa vida. Kerckhove (2009) diz
que devemos assumir novos papéis, o de exploradores, para vivenciarmos na íntegra o sentido
real da Cultura Digital. A cultura digital faz parte do universo da cultura escrita e nesse
contexto pandêmico com o isolamento social que forçou o ensino remoto e a utilização de
tecnologias digitais, docentes e estudantes tiveram que “reinventar” o ensino-aprendizado e
utilizar esse meio digital como forma de ensinar e de aprender. Com isso as escolas passaram
por um processo de inovações didáticas durante a pandemia, onde foi perceptível como os
professores possuem receio de utilizar as novas práticas tecnológicas digitais.
Julianna deixa claro em sua fala que ao invés de falar em letramento como Magda
Soares refletiu em 1990, hoje estamos na fase do multiletramento, os textos podem ser
manuscritos, impressos, digitais, em imagem, em áudio, os memes, a multiplicidade da escrita
digital é muito grande.
“Não se pode ver a prática da leitura de maneira isolada e imaginar que ela
será incrementada somente com livros e textos impressos. O estudante é hoje um
cidadão integral, que vive imerso em uma realidade comunicacional complexa,
tomada em sua maior parte pelos meios digitais e audiovisuais. Se existe o propósito
de fomentar o letramento desses jovens, há que se trabalhar com o multiletramento.
Ensinar a entender como funciona um jornal, um site ou um programa de televisão.
Significa oferecer competências críticas sobre o entorno comunicacional e cultural,
que podem ajudar o estudante também na leitura do texto impresso, sobretudo
aquele encontrado na imprensa, uma vez que exige de maneira determinante
conhecimentos prévios sobre o entorno social, cultural e histórico.”(Caprino, 2012
p.06).
[…]”a escola deve buscar inovação, pois está inserida em uma sociedade
em que a tecnologia avança rapidamente e a distância entre os que têm e os que não
têm acesso ao computador, com conexão à rede mundial, cresce a cada dia. No
mundo contemporâneo, onde as tecnologias de informação e comunicação ainda não
chegam à maior parte da população do planeta, em que pese o ritmo veloz de sua
disseminação, precisamos diminuir essa distância, entre os mais e os menos
favorecidos economicamente. Esse é um dos papéis da escola, que tem como
objetivo/meta, no seu Projeto Político Pedagógico, a formação de cidadãos
pensantes, críticos e criativos. ”
Referências Bibliográficas