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HISTÓRIA – LICENCIATURA

KENNERSON LUCIANO DOS SANTOS

DESAFIOS E AS POSSIBILIDADES DO USO DAS


FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NO CONTEXTO DA
PANDEMIA EM INSTITUIÇÕES ESCOLARES.

Belo Horizonte
2021
KENNERSON LUCIANO DOS SANTOS

DESAFIOS E AS POSSIBILIDADES DO USO DAS


FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NO CONTEXTO DA
PANDEMIA EM INSTITUIÇÕES ESCOLARES.

Trabalho apresentado à Unopar – Universidade Norte do


Paraná - como requisito parcial à aprovação no 1º semestre
do curso de História-Licenciatura
para a obtenção de média semestral para as disciplinas: Ed
– Cultura Digital, Educação a distância, Educação e
Diversidade, Educação Inclusiva, Inovação Educacional,
Libras – Língua Brasileira de Sinais e Sociedade Brasileira e
Cidadania

Tutor à Distância: Lucas Bondarenko Pereira da Silva

Belo Horizonte
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................7
4 REFERÊNCIAS......................................................................................................8
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho procura abordar a temática sobre os desafios e as


possibilidades do uso das ferramentas de tecnológicas no contexto da
pandemia em instituições escolares, buscando dessa maneira, refletir sobre
caminhos para viabilizar, aprimorar e flexibilizar o ensino formal a partir das TICS
(Tecnologias da Informação e Comunicações) bem como ampliar os conhecimentos
sobre o assunto, permitindo a continuidade e qualidade dos estudos e seu pleno
aproveitamento diante do desafio de enfrentamento da Pandemia causada pelo
Covid-19 (SARS-CoV-2).
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2 DESENVOLVIMENTO

Com um espaço muito curto de tempo, surgiu a necessidade


emergente de reorganizar o trabalho pedagógico no território nacional,
abrangendo as escolas e instituições educacionais em âmbito municipal,
estadual e federal das administrações públicas e privadas. O esforço na
reinvenção do planejamento das atividades também exigiu mútuo
comprometimento de núcleos escolares, tanto em redes de educação básica
como as de nível superior.
Inicialmente, para conseguirmos mapear e fazer um bom diagnóstico
das dificuldades já existentes no acesso aos meios digitais para a adaptação
ao ensino a distância, nota-se uma deficiência, por parte dos Educadores, no
domínio de informações básicas dos recursos disponibilizados pelas
Secretarias Educacionais e do Governo Federal. Um exemplo disso foi o
questionário realizado em uma escola pública no Estado do Paraná, que
tinha como objetivo diagnosticar o nível de letramento digital dos professores
e pedagogos, e também, o nível de conhecimento dos recursos oferecidos
pelo Classroom, uma plataforma digital para criação de aulas virtuais. O
estudo revela que apenas 8% dos entrevistados afirmaram que usavam a
ferramenta com freqüência no ambiente escolar.
Heleno Araújo, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação) aponta para a necessidade de se construir uma
política pública que incluía desenvolvimento de plataformas gratuitas e cursos
para os docentes terem domínio da tecnologia.

Observamos que a dificuldade ocorre com professores, mas


também com estudantes. Então é necessário que se construa
uma plataforma pública e gratuita pensando na comunidade
escolar, não somente neste período de Pandemia, mas
também pensando no pós-pandemia, para que possamos
garantir conteúdo e aprendizado de estudantes.(ARAÚJO,
2020.Disponível em:https://www.sinprodf.org.br/quase-90-dos-
professores-nao-tinham-experiencia-com-aulas-remotas-antes-
da-pandemia-42-seguem-sem-treinamento-aponta-pesquisa-2).
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O uso e incorporação das ferramentas tecnológicas em instituições


escolares e acadêmicas como forma de organizar com eficiência e facilitar a
rotina dos escritórios não é uma aquisição recente no âmbito da educação.
Contudo é o setor que mais sofre resistência com a introdução desses
recursos digitais e eletrônicos, se comparado, por exemplo, aos ambientes
das Corporações Financeiras e Empresariais.
Partindo na contramão dessa realidade, com a chegada da
denominada era da informação, notamos que as crianças e jovens estão
cada vez mais familiarizados com os dispositivos e ferramentas digitais em
suas vidas. Com certeza essa observação é de grande relevância, porque
dessa maneira as escolas e as demais Instituições de ensino poderão
explorar formas de utilizar a informação já adquirida e acessada pelos alunos,
articulando e enriquecendo os estudos. De acordo com Sampaio e Leite
(2000):

A preocupação com o impacto que as mudanças tecnológicas


podem causar no processo de ensino-aprendizagem impõe a área
da educação a tomada de posição entre tentar compreender as
transformações do mundo, produzir o conhecimento pedagógico
sobre ele auxiliar o homem a ser sujeito da tecnologia, ou
simplesmente dar as costas para a atual realidade da nossa
sociedade baseada na informação. (SAMPAIO e LEITE, 2000, op
cit SANTOS, 2012, p. 9).

Entre os múltiplos benefícios de se apropriar das Tecnologias da


Informação e Comunicações (TICs), destaca-se a função de induzir o aluno
como ator da aprendizagem, e o professor passando a assumir um papel de
tutor em sua trajetória de conhecimento. Podemos citar também que a
Inovação Educacional possibilita maior contato com a realidade dos
estudantes, proporciona melhor absorção dos conteúdos através dos
materiais visuais, e garante o fundamental respeito à individualidade. Dessa
maneira, os alunos que tem deficiência cognitiva podem fazer exercícios
diferenciados usando o mesmo tópico, retornar em determinada parte de uma
videoaula, por exemplo, sempre que quiser. Os demais alunos podem
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avançar nas atividades baseando-se no seu conhecimento, e os


superdotados podem seguir adiante, em busca de novos desafios.
Assim surgem as contribuições da tecnologia assistiva (TA), como um
grande modelo democrático de inclusão dos alunos portadores de
necessidades especiais e transtornos globais de aprendizagem, por meio de
hardwares, softwares e programas de acessibilidade que possibilitam a
emancipação e autossuficiência no processo de ensino e aprendizagem, com
a tarefa também de desenvolver a capacidade do pensamento e cognição,
bem como formar um ser consciente das suas responsabilidades no mundo
das novas configurações digitais e virtuais.
Não obstante, podemos inferir sobre as experiências no âmbito da
Psicopedagogia que as inovações técnicas e seus instrumentos sem a
coordenação e orientação correta das metodologias ativas não produz o
efeito desejado de que se trata a proposta sobre Inovação Educacional,
segundo afirmou Cabral (1990):

O computador não é por si mesmo portador de inovação nem


fonte de uma nova dinâmica do sistema educativo. Poderá servir e
perpetuar com eficácia sistemas obsoletos e ensino. Poderá ser
um instrumento vazio em termos pedagógicos que valoriza a
forma, obscurece os conteúdos e ignora os processos. Mas
poderá ser um instrumento de inovação se centrarmos a nossa
atenção no “como” se produz e nos questionarmos sobre “o que” e
“como” ensinamos; se permitir aos alunos uma autonomia
progressiva na aprendizagem; se não se tornar veículo de
padronização, mas sim um meio de expressão de criatividade e
um instrumento de criação.” (CABRAL, 1990, pag. 14-15).

Podemos citar dentre as grandes contribuições das tecnologias


interativas o projeto FALIBRAS, desenvolvido sob a coordenação do
professor Luiz Cláudius Coradine, do Instituto de computação da UFLA -
Universidade Federal de Alagoas. Com o intuito originalmente de facilitar a
comunicação de pessoas surdas e ouvintes, a partir de uma ferramenta de
tradução automática da língua portuguesa para a língua brasileira de sinais
(LIBRAS). O projeto avançou em três fases e aprimorou novas versões,
promovendo recursos como a animação 3D da Libras e a refatoração do
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módulo tradutor, além de integrar o módulo de apoio ao intérprete. Nesses


aspectos, podemos salientar como os exemplos de tecnologia assistiva trouxe
mais suporte e acessibilidades aos docentes e estudantes. Podemos
perceber que no espaço da cultura digital existem infinitas possibilidades para
potencializar as dinâmicas pedagógicas e desenvolver uma efetiva melhora
na qualidade de aprendizagem. Contudo, ainda existem imensos desafios na
maneira como ocorre a distribuição e o acesso desses recursos tecnológicos,
quando analisamos as diferenças nas estruturas sociais de cada estudante
dentro da sociedade brasileira.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste item, você deve apresentar as suas considerações finais, com


comentários decorrentes de reflexões acerca da elaboraçãoda proposta.
Esta parte deverá conter, no mínimo, meia (0,5) e, no máximo, uma
(1) lauda.
Apague essas informações após incluir o seu texto.

Dessa maneira, torna-se imprescindível a adaptação ao ensino


remoto por parte de todos os envolvidos no processo de educação, bem como o
compromisso de promover e garantir a manutenção da igualdade de acesso aos
materiais e programas escolares entre os estudantes em suas mais complexas
interações e condições vigentes.
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4 REFERÊNCIAS

DAMASCENO, Luciana Lopes. As novas tecnologias como tecnologia assistiva:


utilizando os recursos de acessibilidade na educação especial.
Demonstrações.atividadesparaeducacaoespecial.com.
Disponível
em:<https://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/07/
TECNOLOGIA-ASSISTIVA-E-EDUCA%C3%87%C3%83O-ESPECIAL.pdf.> Acesso
em: 13 Abril 2021.

FALIBRAS - Acessoria de Educação em Direitos Humanos e Segurança


Pública.FALIBRAS.ufla.edu.br. Disponível em:<
http://www.ufal.edu.br/aedhesp/falibras> Acesso em: 13 Abril 2021.
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Fonte: http://www.programainspira.com.br/blog/conheca-os-beneficios-e-a-
importancia-do-uso-da-tecnologia-na-educacao/#:~:text=O%20uso%20da
%20tecnologia%20favorece%20a%20intera%C3%A7%C3%A3o%20entre
%20alunos.&text=Ao%20fazerem%20atividades%20em%20pares,importante
%20do%20processo%20de%20aprendizagem

Em uma sociedade com desigualdade social como a que vivemos, a escola pública em
alguns casos torna-se a única fonte de acesso às informações e aos recursos
tecnológicos, das crianças de famílias da classe trabalhadora baixa. A esse respeito
Pretto (1999, 104) vem afirmar que “em sociedades com desigualdades sociais como a
brasileira, a escola deve passar a ter, também, a função de facilitar o acesso das
comunidades carentes às novas tecnologias”.

https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/as-tecnologias-
informacao-comunicacao-tics-no-contexto-escolar.htm

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