Você está na página 1de 61

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3

2 INTRODUÇÃO AO USO DAS TICs NO AMBIENTE EDUCACIONAL ........ 4

2.1 O uso das TIC na educação – pontos positivos e negativos ................ 9

3 TICs NO ENSINO SUPERIOR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD..... 11

3.1 Recursos e Ferramentas interativas utilizadas na EAD e ensino


presencial das IES ................................................................................................. 12

3.2 QR Codes como ferramenta interativa e facilitadora do processo de


ensino e aprendizagem.......................................................................................... 16

3.3 Uso do smartphone como ferramenta pedagógica ............................. 18

4. AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


(NTIC) .................................................................................................................... 23

4.1 História e conceitos ............................................................................ 23

4 ELEMENTOS HISTÓRICOS SOBRE A MÍDIA ......................................... 26

5 A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS29

5.1 Tecnologia, sociedade e educação .................................................... 29

6 METODOLOGIA DE ENSINO COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS


NO BRASIL ............................................................................................................... 33

7 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO .................................................................. 35

7.1 Estratégias de Ensino: Experiência na disciplina Metodologia do Ensino


Superior com TIC. .................................................................................................. 38

8 DOCENTE UNIVERSITÁRIO.................................................................... 40

9 METODOLOGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ENSINO


SUPERIOR................................................................................................................ 43

9.1 Análise das estratégias de ensino na disciplina metodologia do ensino


superior com TIC ................................................................................................... 44

10 O DESAFIO DE INTEGRAR TIC À FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE .. 46

1
10.1 Perspectivas Futuras: ferramentas cognitivas e pensamento
computacional integrados ao processo de ensino e aprendizagem ...................... 49

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 52

2
1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

3
2 INTRODUÇÃO AO USO DAS TICS NO AMBIENTE EDUCACIONAL

A evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) transformou


substancialmente as relações sociais. Estamos cada vez mais usando dispositivos
eletrônicos na interação e comunicação com outras pessoas e o mundo. O uso das
tecnologias em diferentes espaços do cotidiano, vem sendo cada vez mais expandido,
abrangendo todos os segmentos da sociedade, sendo trivial no processo de
democratização ao acesso de informação. (PASSERO; ENGSTER; DAZZI, 2016). E,
adequar-se às mudanças impostas pela tecnologia, é essencial a todos os cidadãos
que dela participam.
Nesse contexto, um componente importante e de forte respaldo para a prática
do EAD no Ensino Superior foi a Lei de Diretrizes Básicas da Educação, em seu art.
80 ¨ O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de
ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada¨. Esta fornece mecanismos de criação e incentivo para o ensino EAD em
todos os níveis da educação brasileira (SILVA, 2014).
Desde a década de 70 as potencialidades educacionais do computador vêm
sendo estudadas e a discussão continua na atualidade através do contínuo
desenvolvimento das tecnologias (REIS, SANTOS, TAVARES, 2012). O uso do
computador nas salas de aula do ensino fundamental, por exemplo, é defendido no
artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o qual preconiza a necessidade
da compreensão da tecnologia como formação básica do cidadão (BRASIL, 2005).
Quando os primeiros computadores começaram a ser instalados nas escolas
de vários países, na década de 1970, começou-se a fazer referência a eles e a seus
usos como computadores na educação. Acompanhando os computadores, chegaram
às escolas os periféricos, ou seja, as impressoras, drivers externos, scanners e as
primeiras câmeras fotográficas digitais. O conjunto composto por todos esses
equipamentos passou a ser identifica do como tecnologia de informação, ou TI.
Quando a Internet chegou às escolas, junto com computadores em rede, a World Wide
Web, o e-mail e as ferramentas de busca, uma nova expressão foi cunhada: TICs, as
iniciais de tecnologias de informação e comunicação, referente à pluralidade de
tecnologias (equipamentos e funções) que permitem criar, capturar, interpretar,
armazenar, receber e transmitir informações (Anderson, 2010).
4
Sendo o computador, como um exemplo de tecnologia da informação, tão
presente na vida das pessoas, é imprescindível que as instituições educacionais se
adaptem ao seu uso de maneira a incluí-lo como uma ferramenta de ensino. Assim,
as Instituições de Ensino (IE), no meio dessa explosão tecnológica se veem
“obrigadas” a utilizar as TICs para estreitar as relações físicas e virtuais entre os
educadores e educandos, pois estes (em sua grande maioria) fazem parte de duas
gerações marcadas pelo avanço tecnológico que surgiram a partir da década de 90 e
são denominadas gerações y e z (CARDIM, 2009).
No dizer de Soares (2016), cada vez mais as tecnologias digitais (TDs) tornam-
se parte do cotidiano escolar. O uso dessas tecnologias tem promovido significativas
mudanças no ambiente educacional, além da construção do conhecimento devido à
facilidade de acesso às informações disponibilizadas no ciberespaço. As criações
coletivas em rede e a disponibilização desses saberes podem ser consideradas como
uma revolução nos processos de aprendizagem.

As TICs estão revolucionando o mundo, e uma importante característica


desse processo de convergência digital é a amplitude e o avanço sem
precedentes que revoluciona cada vez mais a sociedade, em todos os setores
(SANTOS, 2015, Apud COSTA, 2019).

Dessa forma, a era da informação trouxe novas perspectivas, desafios e


possibilidades para a educação, sendo necessário repensar e refletir atentamente
sobre o conceito de tecnologia para promover mudanças significativas na dinâmica do
contexto educacional, frente a essa nova tendência, pois, como afirma Demo (2011,
p. 10), “a alfabetização não acontece mais apenas na escola ou em ambientes
restritos”.
Corroborando, Busnello (2014, p. 21), reafirma que:

A informação encontra-se na ponta dos dedos. Com isso, a tecnologia


potencializa e transforma a aprendizagem, os processos formativos dizem
que o professor deve saber utilizá-la para desenvolver atividades em que as
tecnologias auxiliem na realização de tarefas. Tais tecnologias influenciam e
modificam os processos escolares e de Gestão Educacional.

Diante do exposto, enfatiza-se que as TICs surgem com o propósito de romper


o isolamento tradicional das salas de aula. Para Meirinhos (2015, p. 3 apud Passero;
Engster; Dazzi, 2016), as redes de aprendizagem digital permitem expandir a
aprendizagem escolar muito para além dos seus muros. A interação e colaboração a
5
distância é hoje uma realidade e são necessárias novas abordagens pedagógicas
para poder tirar proveito educativo da comunicação e acesso à informação
virtualizada.
Do ponto de vista de Oliveira (2015), as vantagens de se utilizar as tecnologias
como ferramenta pedagógica é estimular os alunos, dinamizar o conteúdo, e fomenta
a autonomia e a criatividade. É valido ressaltar que, a função do professor é sem
dúvidas, ainda, de grande importância na mediação da construção do conhecimento,
é ele o agente responsável pela formação de cidadãos com participação direta no
contexto social. Porém, com o avanço tecnológico, faz-se necessário, que o docente
se adapte ao novo paradigma da educação: a era digital, que seja capaz de integrar
tecnologia às experiências de aprendizagem dos alunos em suas estratégias de
ensino, reconhecendo que as TICs potencializam o processo de ensino-
aprendizagem, promovem a cidadania digital e estabelecem um elo entre o aprendiz
e os novos modelos de recursos de aprendizagem.

Para Garcia et al. (2011, p. 80):

[…] superar o paradigma tradicional ainda hegemônico implica, entretanto,


(re) pensar o papel e as competências docentes para lidar com as
necessidades atuais de formação bem como a organização da sala de aula,
já que sua configuração não é mais a mesma de anos atrás.

Todavia, reconhece-se que a formação adquirida pelo docente ao logo da


trajetória da educação, não o leva a lidar com toda essa expansão tecnológica, e
diante desse cenário de mudanças. Observa-se ainda que os docentes estejam
incluídos digitalmente, o uso pedagógico dessas ferramentas exige um conhecimento
específico. Pondera-se, que não basta incorporar as TICs no contexto escolar, faz-se
necessário planejar e organizar ações para domínio e utilização dessa ferramenta
inovadora como agende facilitador e estimulador da aprendizagem.
Frente do exposto, Rojo (2013) afirma que um ensino eficiente precisa propor
a função de fornecer competências e conhecimentos os quais os discentes carecem
para atuarem na nova sociedade que sob o aspecto digital vivencia uma cultura
inovadora e exige do profissional habilidades.
Do ponto de vista de Góis et al. (2018), com as TICs inseridas cada vez mais
na educação, estudar os benefícios do seu uso é uma maneira de obter subsídios
para a criação de cursos preparatórios para professores e consequente melhoria do
6
processo de ensino e aprendizagem. É preciso destacar que as tecnologias e as
metodologias incorporadas ao saber docente, modificam o papel tradicional do
professor, tornando-o um facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não
mais um mero transmissor de informações.
Behrens esclarece que:

Num mundo globalizado, que derruba barreiras de tempo e espaço, o acesso


à tecnologia exige atitude crítica e inovadora, possibilitando o relacionamento
com a sociedade como um todo. O desafio passa por criar e permitir uma
nova ação docente na qual professor e alunos participam de um processo
conjunto para aprender de forma criativa, dinâmica, encorajadora e que tenha
como essência o diálogo e a descoberta. (BEHRENS, 2000, p. 77)

Nesta perspectiva, não se pode ser indiferente ao fato de que essas


ferramentas e o aumento exponencial da informação exigem uma nova organização
do trabalho pedagógico e, para isso é preciso que os professores conquistem uma
formação em que se faz necessária a especialização dos saberes. Quando se fala da
formação docente e a preparação para a utilização das tecnologias em sala de aula,
os estudos que tratam da formação docente, inicial e continuada, mostram que as
instituições que se dedicam a esse tipo de formação estão transformando-se e
incorporando cada vez mais em seus ambientes físicos e nas suas práticas
pedagógicas os recursos tecnológicos e/ou ferramentas das TICs, tendo em vista que
os professores deverão estar preparados para utilizar delas em sua práxis. (BEIRA;
NAKAMOTO, 2016)
Sabe-se que adquirir as competências digitais necessárias e apropriação das
tecnologias no contexto escolar, torna-se um desafio a ser superado pelos
educadores, pois demanda conhecimento, qualificação e formação pra que esses
profissionais possam trabalhar com tecnologias digitais a serviço da aprendizagem
dos alunos, com qualidade.
Veloso (2011) discute que para trabalhar com as TICs é necessário se apropriar
de seus recursos, no entanto enfatiza que a apropriação deva ser de maneira crítica
e não somente tecnológica, para evitar assim que seu uso não seja somente
instrumental e acabe tornando-se uma prática tecnicista e que a incorporação de
tecnologias não significa sua efetiva apropriação, pois a incorporação ainda pode ser
meramente instrumental.

7
educacional.cpb.com.br

Nesse contexto, é perceptível os impactos positivos das TICs dentro dos


ambientes educacionais e que a tecnologia, tornou-se uma grande aliada dos
professores e estudantes. Ela pode ser aplicada como uma ferramenta de auxílio e
estímulo de aprendizagem por professores, além disso, colabora também como uma
ferramenta administrativa para que educadores possam organizar seus trabalhos e
preparar aulas. Por outro lado, observa-se que muitos docentes tem enfrentado a
dificuldade de mediar os estudantes na arte de “aprender a aprender”, "aprender a
conhecer" e de "aprender a pensar" através do uso das TICs (UNESCO, DELORS,
2009).
Assim sendo, os professores precisam desenvolver metodologias alternativas
para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, onde ele sairá do papel de
transmissor do conhecimento para o de facilitador da construção do mesmo (REIS,
SANTOS, TAVARES, 2012 apud GÓIS, 2018). Constata-se que a democratização da
informação, aliada a inclusão digital, pode se tornar um marco dessa civilização.
Assim, por não ser um processo linear, analisar e compreender o uso e a
integração das TICs no ensino significa explorar situações de mudança e inovação
(Espindola, Struchiner & Giannella, 2010 apud Caliari et al., 2017). Esse processo de
inovação, sobretudo tecnológica, envolve mudanças sociais, institucionais e

8
individuais e impõe uma nova atitude dos agentes envolvidos: instituições de ensino,
professores e alunos.

2.1 O uso das TIC na educação – pontos positivos e negativos

A inserção das TICs na educação pode ser uma importante ferramenta para a
melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Essas tecnologias podem gerar
resultados positivos ou negativos, dependendo de como elas sejam utilizadas.
Entretanto, toda a técnica nova só é utilizada com desenvoltura e naturalidade no fim
de um longo processo de apropriação. No caso das TICs, esse processo envolve
claramente duas facetas que seria um erro confundir: a tecnológica e a pedagógica
(PONTE, 2000 apud LEITE; RIBEIRO, 2012, p. 1).
Para a inclusão dessas tecnologias na educação, de forma positiva, os autores
supracitados acima afirma ser necessária a união de multifatores, dentre os quais,
pode-se destacar como mais importantes: o domínio do professor sobre as
tecnologias existentes e sua utilização na prática, e isso passa, necessariamente, por
uma boa formação acadêmica; que a escola seja dotada de uma boa estrutura física
e material, que possibilite a utilização dessas tecnologias durante as aulas; que os
governos invistam em capacitação, para que o professor possa atualizar-se frente às
mudanças e aos avanços tecnológicos; que o professor se mantenha motivado para
aprender e inovar em sua prática pedagógica; que os currículos escolares possam
integrar a utilização das novas tecnologias aos blocos de conteúdo das diversas
disciplinas; dentre outros (LEITE; RIBEIRO, 2012).
Conforme abordado, descantam-se alguns dos pontos considerados positivos
e negativos da inserção das TICs na educação.

Pontos positivos

 As TICs no processo educacional podem enriquecer as aulas, diversificando as


metodologias de ensino e aprendizagem onde os professores deixam de ser
mestres e passam a ser facilitadores deste processo, proporcionam agilidade
e eficiência tanto para os professores quanto para os alunos (RIBAS, 2008,
SOLTOSKI, SOUZA, 2011 apud GÓIS, 2018).
9
 A introdução das TICs nas salas de aula auxilia no processo de ensino e
aprendizagem, proporcionando o aluno todo tempo a construir conhecimento,
uma vez que facilitam o acesso a informações (RIBAS, 2008 apud GÓIS, 2018)
 A flexibilidade da internet valoriza a importância do auto estudo e aprendizagem
dirigida, destacando a atuação do professor que na maior parte do tempo
acompanha, gerencia, supervisiona, avalia o aluno (MORAN, 2009 apud GÓIS,
2018).
 O uso do computador no processo de ensino e aprendizagem permite para os
alunos e professores um espaço amplo de pesquisa, poderoso em recursos,
comunicação e velocidade (REIS, SANTOS, TAVARES, 2012 apud GÓIS,
2018).
 As TICs permitem estreitar as relações entre alunos e professores através da
utilização de programas que permitem a comunicação a distância como e-mails
e chats, expandindo o processo de ensino para além da sala de aula servindo
como meio de troca de materiais, desenvolvimento de trabalhos em conjuntos,
novos conhecimentos compartilhados, etc. (CARDIM, 2009) (RIBAS, 2008
apud GÓIS, 2018).

Pontos negativos

 As ferramentas tecnológicas ainda não foram absorvidas de maneira efetiva,


motivos: despreparo inicial de professores que desconhecem o modo de utilizá-
las e muitas vezes elas acabam não atuando como ferramentas pedagógicas,
dificuldade de investimento financeiro, limitação de banda em algumas regiões
do país e possíveis conflitos culturais (ALVES, 2012 apud GÓIS, 2018).
 Facilidade de divulgação de informações, que muitas vezes são equivocadas
ou até mesmo erradas, além disso, os alunos podem ser prejudicados por
materiais retirados de fontes nada confiáveis, duvidosas ou sem nenhuma
fundamentação teórica. (SOLTOSKI, SOUZA, 2011 apud GÓIS, 2018).
 As cópias ou plágios dos conteúdos disponibilizados na internet em trabalhos
escolares. Nesse ponto de vista, a internet acaba facilitando a vida do aluno,

10
prejudicando o seu desenvolvimento intelectual (CRUZ, 2010 apud GÓIS,
2018).
 Falta de preparo dos usuários para a utilização das TIC associada à
precariedade de estrutura para a utilização de tais recursos acaba tornando os
equipamentos mal utilizados ou até inúteis (SOLTOSKI, SOUZA, 2011 apud
GÓIS, 2018).
 Este novo homem precisa ser capaz de resolver problemas, precisa dominar
as novas TIC e estar em constante busca pelo conhecimento para não ser
deixado para trás (BUENO, VARELLA, 2010 apud GÓIS, 2018).
Educar nessa nova sociedade, além de treinar as pessoas para o uso das
novas TICs, significa investir na criação de cidadãos capazes de tomar decisões
fundamentais, operar com fluência os meios e ferramentas em seu trabalho e ensinar
os indivíduos para ‘aprender a aprender', de modo que estes não sejam “atropelados”
pela contínua e acelerada transformação da tecnologia (TAKAHASHI, 2000 apud
GÓIS, 2018).

3 TICs NO ENSINO SUPERIOR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD

Há anos a educação a distância vem desempenhando um importante papel na


sociedade. A participação das tecnologias na educação vem permitindo o rompimento
de barreiras geográficas e sociais, aproximando a coletividade em prol de um mesmo
objetivo comum: o desenvolvimento de pessoas (JÚNIOR et al., 2020).
Nesse contexto pedagógico, o processo de ensino-aprendizagem nasce de
uma necessidade extrema de eliminar a distância e encurtar o tempo, proporcionando
aos envolvidos, erga omnes, a utilização de uma ferramenta capaz de diminuir as
enormes discrepâncias sociais e grandes desigualdades educacionais, ainda,
existentes em nosso meio (HACK, 2011).
É sabido que o uso da tecnologia na educação, dinamizou e melhorou
consideravelmente o ensino-aprendizagem, levando-o a nível mais elevado, fazendo
com que alunos e professores desempenhem suas atividades com prazer ao tempo
que possibilita a inserção dos indivíduos ao mundo globalizado. Porém, na atualidade
o docente tem enfrentado novos desafios no processo de ensino-aprendizagem com

11
o avanço da tecnologia frente as práticas educacionais. Dentro desse debate, o autor
salienta que “o aluno contemporâneo é um dos aspectos que exige do professor novas
competências que precisam ser contempladas em seu processo de formação inicial e
continuada”. Tendo em vista, o contexto ao qual o aluno está inserido, diante de
informações complexas, que exige assim, uma responsabilidade maior de um
profissional que contribui de forma significativa para a construção do conhecimento
intelectual (Teles et al. 2018 apud SANTOS, 2020).
Aceitando essa premissa, afirma-se que o professor nesse cenário de
mudanças, como agente ativo no processo de ensino-aprendizagem deve estar em
constante busca das capacidades que a tecnologia dispõe para bem orientar os
educandos de forma que corresponda aos seus anseios, visto que a expansão
tecnológica tem levado aos centros de ensino uma nova forma de pensar o ensino e
aprendizagem (SANTOS (2021).
Sendo assim, a que se refere a esses aspectos de formação do professor
universitário, esta não ocorre apenas em cursos preparatórios, mas também no
exercício profissional durante sua formação contínua, pois, o uso das TIC nas IES tem
suma importância no que diz respeito à formação de um cidadão preparado para
enfrentar a nova sociedade da informação e comunicação que exige um profissional
competente, antenado com o mundo à sua volta e comprometido com o advento das
novas tecnologias (ALVES, 2012).

3.1 Recursos e Ferramentas interativas utilizadas na EAD e ensino presencial


das IES

A EAD, por ser uma modalidade de ensino relativamente nova, requer recursos
tecnológicos que sejam adequados para um processo de ensino e aprendizagem de
qualidade. As ferramentas interativas surgem para facilitar o processo de ensino-
aprendizagem e estimular a colaboração e interação entre os participantes de um
curso baseado na web e se fazem necessárias na Educação a Distância, em virtude
da mesma ser uma modalidade que possibilita a comunicação e abordagens
educacionais, baseando-se tanto na noção de distância física entre o aluno e o
professor como na flexibilidade do tempo e na localização do aluno em qualquer
espaço (ALMEIDA, 2003).

12
Para Moreira (2020), essa modalidade de ensino objetiva levar uma educação
para todos de modo a oportunizar, inclusive, a realização de atividades práticas por
meio de dispositivos tecnológicos.
Os investimentos em sistemas e tecnologias de informação e comunicação
pelas instituições de ensino superior buscam melhorar o desempenho dos alunos e
professores e o entendimento sobre a adoção de ferramentas de apoio,
proporcionados pelas tecnologias, faz-se necessário ao desenvolvimento contínuo do
processo inovador no ensino superior, tanto na modalidade a distância quanto
presencial (CALIARI et. al 2017).
Nesse contexto, destaca-se o uso do “moodle” – Modular Object-Oriented
Dynamic Learning Environment (ambiente modular de aprendizagem dinâmica
orientada a objetos) – que é uma plataforma de aprendizagem a distância baseada
em software livre (ARAGÃO, 2004) (SANTOS, 2009). Tais sistemas de educação via
Internet podem ser chamados também de Sistemas de Gerenciamento de
Aprendizagem (SGA) ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) (FILHO, 2004).
Para Seixas et al. (2012), a principal função do AVA é a de servir de repositório
de conteúdos e meio de interação/comunicação entre os atores envolvidos no
processo de ensino-aprendizagem. Estes ambientes possuem diferentes formas de
apresentação de suas ferramentas, com funções específicas e maneiras de distintas
de interação com os usuários. Este conjunto de ferramentas pode ser subdividido em
ferramentas síncronas e assíncronas.
As ferramentas assíncronas permitem acesso sem que haja necessidade de
que todos os sujeitos estejam conectados simultaneamente (Seixas et al. 2012).
Exemplifica-se:
 E-mail, considerada uma ferramenta importante da Internet e que permite a
troca de mensagens e compartilhamento de informações; podendo ser acessado
através de computadores, notebooks, tablets e smartphones.
 Fórum ou Lista de discussão através de site que reúne recursos que permite
interação entre usuários, por meio de debates ou simples perguntas e respostas entre
os participantes, em torno de temas específicos.
 Webblogs ou Blogs que é um veículo de publicação digital de postagens em
ordem cronológica como um diário virtual.

13
 Aplicativos de mensagens: Whatsapp, skype, que permite a interação entre
grupos de pessoas instantaneamente, onde é possível disponibilizar materiais e
conteúdo dos mais variados formatos digitais, promover discussões, aprofundar
assuntos dados em aula, além de estimular a autoria dos alunos.
As ferramentas síncronas necessitam de conexão simultânea de todos os
envolvidos na execução das atividades. Ocorrem em tempo real (online) (Seixas et al.
2012). Exemplifica-se:
 Chat (Sala de bate-papo) permite a comunicação síncrona, entre distintas
pessoas conectadas em determinado momento;
 Webconferências, comunicação, de duas ou mais pessoas, através de envio
e áudio e vídeo em tempo real;
 Audioconferências, sistema de transmissão de áudio, recebido
simultaneamente por um ou mais usuários. Tanto as webconferências e
audioconferências acontece através das plataformas digitais, como Google Meet e
Zoom;
 Teleconferência, todo tipo de conferência a distância, envolvendo
transmissão e recepção de tipos de mídia, com sons e imagens, em tempo real.
No atual cenário da educação, os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA),
destacam-se como uma importante ferramenta alternativa na articulação do processo
de ensino e aprendizagem. A sala de aula virtual (ou classroom) tornou-se alternativa
segura para a continuidade das atividades educacionais. Nesse ambiente virtual de
aprendizagem (AVA), as tele aulas vêm sendo utilizadas talvez “assertivamente”,
como um importante meio pedagógico para impedir que as atividades educacionais
parem totalmente (LIMA, 2020).
Para Paula (2009, p. 15):

Os AVAs podem ser investigados de acordo com a profundidade e a


qualidade das informações disponibilizadas. Eles são elaborados para
atender aos interesses informacionais comuns dos usuários no âmbito do
processo de ensino-aprendizagem. Esses usuários elaboram informações
que são componentes essenciais e indissociáveis da aprendizagem: o fazer
(atividade), a situação (contexto) e a própria cultura dos atores em interação
com os conteúdos sugeridos.

14
Nessa dinâmica intersubjetiva, necessidades e desafios vêm sendo postos à
prova com todas as atividades inseridas em meios virtuais através do uso das
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) no contexto educacional.
Para Moreira (2019), novas práticas e concepções surgiram e tudo se
transformou em um curto espaço de tempo. Esse novo modo de ver o mundo pode
ser denominado como era da informação digital ou era da comunicação virtual. Sabe-
se que o uso da tecnologia na atualidade é de grande valia na educação, pois essa
otimiza o processo de ensino-aprendizagem.
Com a implantação da tecnologia no ambiente escolar, atualmente surgiu outra
modalidade de aprendizado e acesso a conteúdos, chamado “mobile learning”, uma
otimização do e-learning, a diferença é que ocorre por meio do uso de aparelhos
móveis (como celulares (smartphones), tablets e notebooks). Ou seja, esta forma
inovadora de aprender, consiste em utilizar estes recursos como um novo ambiente
de troca de conhecimentos, fácil, rápido e acessível. Pode-se usar o “mobile learning”
em qualquer hora e lugar, acessar programas educacionais, assistir vídeos
educacionais e etc. (STYLIANOUDAKIS; BÔAVENTURA, 2017, p. 3).
Em consonância com os autores, ressalta-se que o uso de smartphones,
especialmente, pode auxiliar o aluno na organização da sua vida acadêmica, bem
como no momento das pesquisas, para desenvolver trabalhos, visto que esse é uma
ferramenta rápida e completa de comunicação, repasse de informações
instantaneamente, através de aplicativos (STYLIANOUDAKIS; BÔAVENTURA,
2017).
Assim, diante dessa cosmovisão transformadora que estamos vivenciando,
hoje temos acesso à informação vinda de todos os lugares, é imprescindível o uso
desta no contexto educacional. Dessa forma, no atual cenário educacional de aulas
remotas, destaca-se o uso de aplicativos, como por exemplo, os grupos de
WhatsApp, que possibilitam o repasse de informações em tempo real a inúmeras
pessoas ou compartilhar através das redes sociais informações que alcançam
milhares de usuários em poucas horas.

15
3.2 QR Codes como ferramenta interativa e facilitadora do processo de ensino
e aprendizagem

Atualmente vivemos em uma era digital, na qual, a particularidade mais notória


é que quase tudo se relaciona aos avanços tecnológicos, sendo assim, torna-se cada
vez mais inevitável ignorar o uso de tecnologias no cotidiano. Santomé (2013) ao
contextualizar as tecnologias na sociedade destaca:

O mundo dos aparelhos e recursos que esta revolução torna possível, na


medida em que seu manejo se torna, a cada dia mais simples, e seu custo
mais acessível, penetra com enorme rapidez em todas as esferas da vida das
pessoas. À medida que vão aparecendo no mercado novas máquinas,
dispositivos e programas e com a difusão de seu uso, a maneira de viver seus
usuários sofre grandes transformações de maneira continuada. Originam-se
novas formas de acesso à informação, de se relacionar, ver, se comportar,
aprender, trabalhar, se divertir, pensar e ser. (SANTOMÉ, 2013, p. 16 apud
Ribas et al. 2017 p. 01).

A nova estrutura educacional permite a integração entre os diversos atores do


processo de aprendizagem, contribuindo para a criação e desenvolvimento de novos
ambientes educacionais que integrem novos espaços do saber. A nova forma de
educar visa à integralização, em busca de um pensamento complexo, estabelecendo
conexões entre as diversas áreas do conhecimento por meio de um pensamento
multidimensional, que provoque a produção individual e coletiva dos alunos e com
enfoque crítico, reflexivo e transformador (SANTOS, 2016).
Assim, Ribas et al. (2017), destaca que no universo tecnológico existem
diversas ferramentas que podem ser exploradas com o intuito de ensinar, como as
ferramentas do Google, as demais redes sociais, aplicativos, e em um contexto mais
amplo e contemporâneo, surge-se o uso do QR Codes, como transmissor de
informações de maneira mais rápida e como recurso pedagógico no processo de
ensino e aprendizagem.
O autor explicitado, nos esclarece que o QR Codes (QUICK RESPONSE
CODE) foi criado em 1994, no Japão, pela Denso Wave, uma empresa japonesa
fabricante mundial de equipamentos automotivos. O objetivo principal era de se criar
um código, em que fosse rapidamente interpretado por um equipamento de leitura,
para que assim pudesse catalogar os componentes automotivos produzidos por ela.
O nome QR (Quick Response) traduzido para o português significa “resposta rápida”,

16
expressa o conceito de desenvolvimento para o código, cujo foco foi colocado na
leitura de alta velocidade (Ribas et al. 2017).
No dizer de Boaventura (2017), por permitir armazenar uma informação de
modo a torná-la pública, o docente através da inserção do QR code em prática diária,
tem a possibilidade atualizar-se, promovendo ao aluno um ensino mais dinâmico e
interativo. Na atualidade, existem programas para decodificar um código QR code
para a grande maioria dos celulares com câmeras. Nestes aparelhos basta abrir o
programa e apontar a câmera para o código que será decodificado imediatamente. O
uso de códigos QR, baseado no conceito do Mobile Learning, poderão dar um novo
enfoque aos processos de ensino e aprendizagem, introduzindo uma nova dinâmica
que trará motivação para os alunos estudarem. Além disso, o seu uso poderá quebrar
as barreiras físicas associadas à escola e extrapolar a aquisição de conhecimentos
para ambientes não formais.
Nesse contexto, afirma-se que a inserção de dispositivos móveis na prática
docente em instituições de ensino fará com que o aluno compreenda que o celular
pode vir a ser mais que um telefone móvel, e que pode ser usado para adquirir e
distribuir conhecimento (PEREIRA et al., 2012).
Ressalta-se que há diversas possibilidades de aliar a tecnologia à educação,
mas é necessário que o professor possua o conhecimento e o domínio do meio
utilizado, além de criatividade para desenvolver atividades e entretenimentos para os
alunos. Incorporar as tecnologias móveis no plano de aula pode estimular o interesse
no conteúdo abordado, fazendo com que o processo de ensino-aprendizagem seja
algo agradável para o aluno, bem como para o educador. Compreende-se que os
recursos tecnológicos quando inseridos na prática de ensino despertam o interesse e
proporcionam o conhecimento (PEREIRA et al., 2012).
Dessa forma, a possibilidade que o educando possui de estar integrado a
internet torna-o um ser promíscuo, que segundo Pivato e Oliveira (2014), o docente
tem o dever de orientá-lo, para que no seu dia a dia o estudante tenha a oportunidade
de desenvolver capacidades pertinentes ao entendimento social, mediante a
comunidade digital, fazendo uso dos recursos tecnológicos no campo educacional de
forma consciente e responsável.

17
Porém, sabe-se que a aceitação digital ainda não é vista com bons olhos pelos
próprios profissionais da educação, sobre esse assunto afirmam Pivato e Oliveira
(2014, p. 326-327):

Atualmente, encontramos nas escolas certa resistência por parte de


orientadores, diretores, e até de outros professores quanto ao uso do uso de
tecnologias móveis, como celulares e tablets, a serviço da educação nas
salas de aula. Diante deste desafio, a comunidade internacional interessou-
se pelo assunto, de modo que a Organização das Nações Unidas para a
Educação a Ciência e a Cultura – UNESCO, publicou um guia contendo
significativas recomendações políticas que visam auxiliar os governos na
efetivação desses recursos nas salas de aula, enumerando motivos que
demonstram vantagens de tal uso para a educação.

Diante do exposto, é perceptível que a aversão ao uso da tecnologia como


recurso didático, é mais um desafio a ser superado.

3.3 Uso do smartphone como ferramenta pedagógica

Do giz ao celular conectado à internet. Desde seu surgimento, em 1973, o


celular vem se modernizando e atraindo cada vez mais usuários. Essa atração é
decorrente das inúmeras funcionalidades que podem auxiliar no desenvolvimento de
atividades cotidianas de lazer, trabalho e estudo. (Soares, 2016)
A evolução tecnológica do celular tem o seu auge com a chegada dos modelos
smartphones “telefones inteligentes”.

Os smartphones trazem o conceito de “celulares inteligentes”. A proposta de


tornar o celular um equipamento multifuncional vem desde os anos 1980,
quando, ainda, era utilizado apenas para efetuar chamadas e enviar
mensagens. A partir dos anos 1990, os aparelhos ganharam novos formatos,
designers e, mais do que isso, uma nova interface e aplicativos diversos para
permitir a interatividade entre as pessoas e o equipamento. Hoje, o
smartphone é mais que um acessório; somaram-se às chamadas e
mensagens instantâneas as possibilidades de acessar à internet, assistir
vídeos, ouvir músicas, organizar as tarefas do dia a dia, dentre tantas outras
atividades (POSSA et al, 2015, p. 13).

O uso dos smartphones e da tecnologia como ferramentas educacionais está


previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCNs), normas
essas que são obrigatórias para a educação básica no Brasil, conforme trechos
recortados abaixo:

18
[...] Art. 28 A utilização qualificada das tecnologias e conteúdos das mídias
como recurso aliado ao desenvolvimento do currículo contribui para o
importante papel que tem a escola como ambiente de inclusão digital e de
utilização crítica das tecnologias da informação e comunicação, requerendo
o aporte dos sistemas de ensino no que se refere à: I – provisão de recursos
midiáticos atualizados e em número suficiente para o atendimento aos
alunos; II – adequada formação do professor e demais profissionais da
escola. (BRASIL, 2013, p.136)

Na contemporaneidade os telefones móveis têm feito parte da experiência


sociocultural dos discentes, assim, faz-se necessário considerar as vantagens de sua
utilização em sala de aula e benefícios dessa ferramenta na mediação da
aprendizagem significativa. (Soares, 2016). Para isso a educação precisa trabalhar a
partir de um viés de inovação através do uso das novas tecnologias, como esclarece
Brito (2011):

As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a Educação


desenvolvida nos dias atuais, criando diferentes formas de aprendizado,
disseminação do conhecimento e, especialmente, as novas relações entre
professor e aluno. Com isso, esse impacto das tecnologias também tem
provocado mudanças na Educação. (BRITO,2011, p.139 apud Silva et.al
2021, p.26).

Nesse sentido, Silva et. al (2021), explana que a educação se vê atualmente


pressionada pelo sistema social das inovações, pois ela é mediadora da formação
desses indivíduos que irão construir o futuro da humanidade. Assim, as instituições
de ensino precisam compreender que os alunos já estão imersos em tecnologia em
seu cotidiano e o contexto educacional não pode ficar estanque disso, precisam
acompanhar as transformações que ocorrem dentro da sociedade e afetam também
o contexto socioeducacional, advindo pela utilização dos celulares pelos alunos.
(Soares, 2016)
Tyska (2018), substancia que os smartphones surgiram para revolucionar as
telecomunicações. Além de permitir o envio e o recebimento de mensagens e efetuar
e receber chamadas, conta com inúmeras tecnologias em um único aparelho, como
mp3 player, câmera, filmadora, gravador de voz, sistema de posicionamento global,
aplicativos para várias finalidades, acesso à internet dentre outras. Todas essas
possibilidades de uso, de acordo com Terra (2016, p. 29 apud Tyska, 2018 p. 17),
tornaram o aparelho uma ferramenta completa “de interação e de comunicação do
novo século, deixando os indivíduos cada vez mais próximos e conectados. E,
paralelamente, Fonseca (2013 apud Tyska, 2018), afirma que a apropriação do
19
smartphone para o ensino e aprendizagem está estritamente ligada à familiaridade,
por ser uma tecnologia comum do cotidiano das pessoas, à mobilidade e
portabilidade, que permite levá-lo para qualquer parte, aos aspectos cognitivos, por
meio do contato com uma gama de recursos em vários formatos, como texto, som,
imagem e vídeo e à conectividade, por meio da internet no aparelho, que amplia as
formas de comunicação e o acesso à informação, atributos apontados como
potencializadores do Mobile Learning.
Complementando, Pinheiro e Rodrigues (2012, p.122 apud Soares, 2016),
potencializa que, “o celular é um instrumento pedagógico poderoso, pois concentra
várias mídias, contribuindo para o desenvolvimento de competência comunicativa dos
alunos”. Não obstante, Vivian e Pauly (2012, p.11 apud Sores, 2016), alegam que
“ensinar através do uso de novas mídias parece ser um desafio que cria novos
paradigmas em relação à educação e transcende nossas expectativas, motivando o
docente a ir sempre mais além”. Fica evidente o uso pedagógico do celular e como
esse aparelho pode ser imaginado e concebido em prol da educação e do avanço da
ciência.
Nota-se que desde a chegada e popularização das TICs, principalmente da
internet e depois com os dispositivos móveis como os smartphones, a postura do
professor tem sido desafiada constantemente, pois ele deixou de ser a única fonte de
informação e passou a ter a tecnologia a seu dispor, isto porque o processo de
evolução na educação segue, cada vez mais nos conectando através das redes.
(SILVA, 2015 apud Tyska, 2018)
Assim, Soares (2016, p. 10), reitera que as universidades precisam inserir os
dispositivos móveis na formação do futuro profissional da educação, para que depois:

Já inserido no mercado de trabalho, atuando como docente tenha habilidades


para inserção destes recursos em suas aulas. É preciso também repensar o
currículo na escola básica, levando em consideração as possibilidades de uso
dos celulares, que quando usado de forma pedagógica, propicia de maneira
colaborativa o aprendizado dos alunos.

Com base nessas premissas, Bonilla (2015 apud Soares 2016), afirma-se ser
fundamental aos professores compreender as características e potencialidades das
tecnologias, tendo claro que compreender significa mais do que ser capaz de fazer
funcionar, significa inseri-las no contexto contemporâneo, penetrar nessa nova

20
linguagem, nessa nova lógica, nesse novo modo de ser, pensar e agir. E que é só
fazendo essa imersão que os professores terão condições de entender um pouco mais
seus jovens alunos.
Porém, Belizário (2013), afirma que segundo alguns educadores, o uso deste
dispositivo em sala-de-aula tem representado uma grande ameaça, pois, quando não
solicitado, o smartphone se torna um grande inimigo e vilão no que tange ao trabalho
pedagógico. Então, o grande desafio tem sido incorporar esse dispositivo, que cabe
na palma da mão, como uma ferramenta extra nesse processo de ensino-
aprendizagem, combatendo os excessos e, ao mesmo tempo, permitindo aos
professores, aqueles que não têm o mesmo domínio da maioria de seus alunos
nascidos na era digital, que se reciclem. É importante que o professor não nascido na
era digital aprenda a apropriar-se dessa ferramenta, entendendo seu uso, seus
mecanismos de funcionamento e de interação. É necessário também que o aluno
perceba que utilizar os smartphones dentro e fora da sala de aula pode ser igualmente
proveitoso. Cavalcante et al. (2021)
A autora supracita, enfatiza que:

cabe então aos educadores apropriarem-se dessas ferramentas para delas


tirar o melhor proveito possível, vindo a dinamizar e otimizar o ensino. É
impossível negar o mundo de possibilidades que a tecnologia, a internet e os
smartphones podem trazer aos usuários e, quando bem utilizados seus
recursos, os resultados muito provavelmente serão proveitosos e benéficos
ao processo de ensino-aprendizagem. (Cavalcante et al., 2021, p. 05)

Com o objetivo de defender o uso de dispositivos móveis na educação,


especialmente o smartphone por ser o mais popular e acessível entre os jovens, a
Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Tecnologia (UNESCO)
em 2014 publicou o guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”. Consta-
se de recomendações para auxiliar governos a implantarem políticas para a
aprendizagem móvel (Mobile Learning) nas salas de aula, além de elencar os
principais motivos de seu uso, a saber: permitir a aprendizagem a qualquer hora, em
qualquer lugar; expandir o alcance e a equidade da educação; fornecer feedback e
avaliação imediatos; facilitar a aprendizagem individualizada; assegurar o uso
produtivo do tempo em sala de aula, criar novas comunidades de estudantes; apoiar
a aprendizagem fora da sala de aula; potencializar a aprendizagem sem solução de
continuidade; criar uma ponte entre a aprendizagem formal e a não formal; minimizar
21
a interrupção educacional em áreas de conflito ou desastre; auxiliar estudantes com
deficiências; melhorar a comunicação e a administração e por fim melhorar a relação
custo-eficiência. (Tyska, 2018).
Neste guia, menciona-se que o acolhimento da tecnologia nas disciplinas pode
“permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar”, “minimizar a
interrupção em aulas” e “criar uma ponte entre a educação formal e a não formal”.
Destaca ainda que as tecnologias móveis, por serem altamente portáteis e
relativamente baratas, ampliaram enormemente o potencial e a viabilidade da
aprendizagem personalizada; além de ampliar e enriquecer oportunidades
educacionais para estudantes em diversos ambientes. (UNESCO, 2013).
Frente ao exposto, Reinaldo et al. (2016), intensifica

que as TICs revelam novas e motivantes perspectivas para o ensino e se


permite migrar do “novo contexto social” para o “tecnológico contexto social”,
onde o termo novo foi absorvido pelo termo tecnológico e isto é indiscutível.
A inserção de TICs como recursos pedagógicos permite resgatar alguma
esperança a muitos professores e alunos insatisfeitos com as aulas e
ferramentas educacionais tradicionais. (Reinaldo et al. (2016), p.05)

Conforme destaca (KHATCHADOURIAN, 2019, p. 23 apud CAVALCANTE,


2021) a junção dos smartphone mais internet, acaba por diminuir as diferenças entre
as classes sociais no que tange os acessos à educação de qualidade, uma vez que a
mesma aula pode ser vista em qualquer parte do globo, desde que seja acessada, e
algumas dessas plataformas ainda permitem comentários e tira-dúvidas, além da
disponibilização de materiais, vídeos ou mesmo do curso completo. O objetivo é
permitir ao educador explorar esse espaço em favor da aprendizagem. Para Saboia
et al. (2013 apud Tyska, 2018), a existência e o uso do smartphone não se evidencia
somente no momento em que vemos o dispositivo móvel em uso, “mas culturalmente
nossas ações, relações e nosso vocabulário denunciam que estamos fortemente
influenciados por esta era digital. Entende-se que os dispositivos móveis, advindos da
era tecnológica, podem ser usados como alavanca para fazer avançar o progresso
em direção à Educação para Todos.

22
4. AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (NTIC)

4.1 História e conceitos

www.lantec.fe.unicamp.br

Como é sabido o surgimento das tecnologias digitais alterou o contexto


pedagógico e educacional do Brasil, que passou a ser transformado gradativamente.
As novas tecnologias abriram novas portas para o ensino no país. As mudanças
podem ser encontradas em diversas áreas e são capazes de possibilitar também a
inclusão social, através de materiais adaptados, simuladores, e outros meios que
visam auxiliar o ensino e o aprendizado às pessoas com deficiências - PCD (JÚNIOR
E MELO, 2021).
Segundo Aguiar (2013), os termos “meios de comunicação” e “evolução da
tecnologia” quando utilizados no contexto do ambiente educacional devem ser
apresentados como ferramentas fundamentais para a inovação e auxílio para o
ensino. Não devemos restringir a inovação tecnológica somente às transformações
incorporadas aos equipamentos ou ferramentas, tais como: computadores, celulares,

23
tablete, internet entre outros. A inovação está intrinsicamente relacionada à um
conjunto de modificações sociais e econômicas.
Corroborando com o autor, Ferrão (2013) afirma, que a utilização das novas
tecnologias na Educação é um fato de extremo impacto no contexto educacional do
país, uma vez que se torna impossível à uma sociedade não se adaptar as novas
tecnologias e processos. Para Leite (2013) nenhuma sociedade pode excluir por muito
tempo em suas instituições de formação os importantes componentes de sua cultura
cotidiana. Ou seja, uma vez que a tecnologia avança e passa a participar diariamente
na vida da população torna-se essencial que o processo educacional seja reavaliado
e reestruturado, para que assim, haja uma integração entre a cultura cotidiana da
sociedade e o processo de aprendizagem nas instituições de ensino.
Segundo Lima (2015) apud Júnior e Melo (2021), a era da informação teve sua
origem na busca da automatização pelo homem das tarefas repetitivas. O ábaco,
instrumento para cálculos usado por volta de 1000 anos a.C. pelos chineses pode ser
considerado como o parente mais distante do computador. No ambiente educacional
ao desenvolver projetos cooperativos intensifica-se o uso recursos das novas
tecnologias o que possibilita também a execução de diferentes projetos através da
rede.
Para tanto, a utilização das novas tecnologias na Educação é um fato de
extremo impacto no contexto educacional do país, uma vez que se torna impossível à
uma sociedade não se adaptar as novas tecnologias e processos. Nessa perspectiva,
Dore; Luscher (2015) denomina o fenômeno como sendo um processo de
aprendizagem cooperativa e ressalta “os professores aprendem ao mesmo que os
estudantes e atualizam continuamente tanto os seus saberes “disciplinares” como
suas competências pedagógicas”
Martins (2018), enfatiza que a educação contemporânea tem sido marcada pela
utilização de recursos tecnológicos em sala de aula, que tem contribuído no
aprendizado e no interesse dos alunos pela escola, no entanto tem exigido melhor
formação de professores para o uso das mídias, com uma prática pedagógica reflexiva
e transformadora.

Com a introdução das tecnologias no espaço educacional, deixa de ser uma


opção ou desejo vanguardista para uma necessidade real, instituída por um
mercado educativo e profissional altamente competitivo (BARBOSA, 2007).
Passando a ter um feito de “reconstrução” nessa atualidade, caracteriza pela
24
presença das TIC’s nos mais diversos contextos, fazendo surgir ambientes
de ensino aprendizagem circundados pelas tecnologias (ROSA, 2013, Apud
COSTA ,2019).

Nesse contexto, é comum no meio acadêmico a preocupação acerca da


utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como ferramentas no
processo de ensino aprendizagem, acarretando grandes debates sobre o uso desta
ferramenta em sala de aula. De um lado profissionais defendem a inserção dessas
tecnologias no processo educacional, outros acreditam que ao utilizarem essas
tecnologias na sala de aula contribuirá para o comodismo do aluno que deixam de
desenvolver habilidades de raciocínio, criatividade e autonomia. Desse modo, tem-se
um desafio aos docentes que deverão buscar conhecimento para a utilização dessas
tecnologias, pois ele cada vez mais deixa de ser o detentor da transmissão do
conhecimento (MARTINS, 2018).
Todavia, é necessário reconhecer que o aluno moderno está em constante
contato com a informática, subtrai do docente a função de detentor do saber,
transformando-o em colaborador, parceiro e mediador do conhecimento. O uso dos
recursos digitais na educação potencializa o conhecimento já adquirido dos alunos,
por meio do acesso organizado, as ferramentas expandidas de comunicação,
interação e difusão do conhecimento, os quais são abertas aos discentes dessa nova
geração, (Garcia et al. 2011). “Este novo universo, traz consigo novas exigências aos
indivíduos que precisam ser autônomos, criativos e críticos, tendo habilidade para
obter e selecionar informações e para construir conhecimentos.” Teles et al. (2018, p.
58).
Contudo, Pivato e Oliveira (2014), reforça, que se faz pertinente que os
docentes juntamente com a escola estejam prontos para lidar com esta nova
realidade, e assim, desenvolvam uma educação nos moldes eficazes e que
correspondam aos anseios da clientela contemporânea.
Acredita-se que o uso de recursos tecnológicos na sala de aula contribui para
uma aprendizagem mais significativa e contextualizada, permitindo aos professores
explorar nova forma de ensinar e aos alunos, nova forma de aprender. Tendo em vista
que o aluno contemporâneo, exige cada vez mais do docente uma didática moderna,
voltada para uso de tecnologias, visando a transformação de sua prática pedagógica

25
no processo de ensino e aprendizagem, bem como as concepções dos alunos acercas
dessas práticas (MARTINS, 2018).
Assim, em um ambiente educacional no qual as novas tecnologias moldam
constantemente o aprendizado, a atuação do professor não pode ser apresentada
como um ditador de conteúdo. É fundamental que a disseminação do conteúdo seja
realizada de maneira eficaz através dos diversos meios, o que evidencia a
necessidade de que a atuação e a competência do educador devem deslocar-se
constantemente para que seja possível promover a aprendizagem e o estímulo do
pensamento no aluno (FAGUNDES; LUCE; ESPINAR, 2014 apud JÚNIOR E MELO,
2021).
Os autores Júnior e Melo (2021), ressalta que o trabalho pedagógico do
professor sofre uma drástica alteração, antes era visto como especialista e detentor
do conhecimento cuja função era somente instruir, agora é apresentado como um
profissional da aprendizagem capaz de incentivar, orientar e motivar. Isso ocorre
devido a busca e exploração dos novos ambientes profissionais e virtuais de
aprendizagem.

4 ELEMENTOS HISTÓRICOS SOBRE A MÍDIA

Nos anos 90, ainda século XX, iniciou-se o processo de popularização do


computador e da internet, elevando a conexão mundial contemporânea e globalizada,
surgindo o que também o ciberespaço, que é uma expressão utilizada para um espaço
além do físico adentrando no mundo virtual de conexão entre pessoas pelas mídias
digitais (Reis e Leal 2021).
Ao longo do século XX, especialmente entre os anos 1940 e 1970, o telefone,
o cinema, o rádio, as revistas e a televisão constituíram-se em um sistema, que o
desenvolveu-se, transformou-se em aparato de última geração ao integrar outros
avanços tecnológicos mais recentes como telefones, TV interativa e a internet. Tais
aparatos foram sendo produzidos e vinculados com a totalidade, estabelecendo uma
íntima relação com os objetivos da industrialização (BRANDÃO, 2002).
Desde a década de 1980, enfatizavam que o papel da escola na produção
social da comunicação emancipatória com as mídias precisava ser estudado e

26
aperfeiçoado. Era preciso “aprender a elaborar e a intervir no processo
comunicacional que se dá entre professores e alunos com essas mídias, para ajudar
na realização da cidadania contemporânea”. (Rezende e Fusari 1995, p. 68 apud
Martins, 2018)
O avanço tecnológico se colocou presentes em todos os setores da vida social,
e na educação não poderia ser diferente, pois o impacto desse avanço se efetiva como
processo social atingindo todas as instituições, invadindo a vida do homem no interior
de sua casa, na rua onde mora, nas salas de aulas com os alunos, etc. Desta forma,
os aparelhos tecnológicos dirigem suas atividades e condicionam seu pensar, seu
agir, seu sentir, seu raciocínio e sua relação com as pessoas. (DORIGONI; SILVA,
2008, p. 3)
Assim, segundo Fantim (2011), faz-se necessário refletir sobre o papel que as
mídias têm desempenhado na sociedade contemporânea e na formação dos sujeitos.
Verifica-se que a demanda da sociedade nem sempre é a mesma da escola. Por mais
que se fale que as atuais gerações de crianças e jovens cresceram com a TV, com o
vídeo, com o controle remoto, e mais recentemente com computador e Internet, o
entendimento a respeito das mudanças propiciadas pelas tecnologias de informação
e comunicação (TIC), pelas mídias digitais e pelas redes sociais está longe de ser
suficientemente problematizado na escola.
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) oferecem recursos para
favorecer e enriquecer as aplicações e os processos, principalmente na área de
educação. A adoção dos recursos das TICs para a aprendizagem abre novas
possibilidades para complementar a educação formal. (CARITÁ, PANDOVAN,
SANCHES, 2011, p.2).

Com o computador em sala de aula, os alunos podem criar algo e


compartilhar com o professor e seus colegas de sala. É valido lembrar que
textos ou imagens criadas por um aluno não precisam ficar expostos apenas
para seus colegas e professores. Ao usar a rede mundial de computadores o
mundo todo pode ter acessos aos trabalhos e criações de cada indivíduo
(VALENTE, 2005, Apud COSTA 2019).

Essa divulgação on-line de trabalhos poderá ajudar o aluno a se desenvolver


suas habilidades, pois, ao mesmo tempo em que algo é disponibilizado na internet,
pode receber comentários os quais podem levar ao crescimento cultural e intelectual,
ou até mesmo crítica construtiva que contribuirá para o aprimoramento no seu
27
trabalho. Caberá ao mesmo considerar o que irá ou não o ajudar em seu
desenvolvimento (BELLONI, 2001 apud MARTINS, 2018).
Entretanto, a perspectiva que se abre no campo educacional, indo do livro e do
quadro de giz à sala de aula informatizada ou on-line, leva o professor a uma
perplexidade, despertando insegurança frente aos desafios que representa a
incorporação dos TIC ao cotidiano escolar (DORIGONI; SILVA, 2008).
Ainda de acordo com os autores supracitados, enquanto o mundo se apresenta
cada vez mais aberto e com máquinas que lidam com o saber e com o imaginário, a
escola ainda se estrutura em tempos e espaços pré-determinados, fechada ignorando
as inovações. Em decorrência da velocidade dos avanços tecnológicos e sua
interferência no trabalho e na vida de todos, a escola se encontra em crise. A escola
que tem como ideal preparar as pessoas para vida, para cidadania e para o trabalho,
deve-se então questionar, sobre qual contexto social se reportar já que este está em
permanente modificação (DORIGONI; SILVA, 2008).
Diante dessa realidade, delineiam os desafios da escola sobre esse tema na
tentativa de responder como ela poderá contribuir para que as crianças e jovens se
tornem usuários criativos e críticos dessas ferramentas, evitando que se tornem meros
consumidores compulsivos de representações novas de velhos clichês (BELLONI,
2001, p.8).

O que marcará a modernidade educativa será a didática do aprender a


aprender, ou do saber pensar, englobando, num só toda a necessidade de
apropriação do conhecimento disponível, e seu manejo criativo e crítico… A
competência que a escola deve consolidar e sempre renovar é aquela
fundada na propriedade do conhecimento como instrumento mais eficaz da
emancipação das pessoas e da sociedade. (DEMO, 1995, p.45, Apud Cleuza
Joana de Lima Martins, 2018).

Assim, Moura (2015), mostra que é papel da escola atender as demandas e


necessidades dos alunos, tanto o educador quanto os alunos devem ter
constantemente autonomia e responsabilidade nesse processo que visa promover o
lado crítico do aluno, que deve ser estimulado a utilizar constantemente a reflexão
para atingir níveis mais sofisticados de ideias, ações e conceitos.

28
5 A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS

5.1 Tecnologia, sociedade e educação

www.itforum365.com.br

O isolamento social gerado pela pandemia tornou o cenário da educação


superior ainda mais desafiador. O Ministério da Educação/MEC (2020), considerando
o art. 9º, incisos II e VII, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 2º do
Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017, publicou em 18 de março de 2020, a
portaria de nº 343 em seu artigo 1º, que autoriza a utilização de meios e tecnologias
digitais para a substituição temporária das aulas presenciais de ensino superior (IES):

Art. 1º Autorizar, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas


presenciais, em andamento, por aulas que utilizem meios e tecnologias de
informação e comunicação, nos limites estabelecidos pela legislação em
vigor, por instituição de educação superior integrante do sistema federal de
ensino, de que trata o art. 2º do Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de
2017.

Por meio do parecer CNE/CP nº 5/2020, determinou-se “a reorganização do


calendário escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para
fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da
COVID-19” (BRASIL, 2020).

29
Diante dessa nova realidade, Reis e Leal (2021), afirmam ser grandes os
impactos na vida de todos. Para retardar a proliferação do novo coronavírus, foi
necessário o fechamento de todos os estabelecimentos que concentram grandes
números de pessoas, estando as instituições educacionais inclusas em todos os
decretos governamentais, sendo desafiadas a reestruturar seus projetos e modelos
de ensino, passando a utilizar-se de ferramentas digitais, para garantia do processo
de ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, Cordeiro (2020), destaca que:

as adaptações ao mundo digital ocorreram nas redes públicas e nas redes


particulares de ensino, através da utilização de aplicativos de
videoconferência, redes sociais e até mesmo a adaptação para a modalidade
de Educação a Distância (EAD) através da criação de ambientes virtuais de
aprendizagem (AVA). Reaprender a ensinar e reaprender a aprender são os
desafios em meio ao isolamento social na educação de nosso país.
(CORDEIRO, 2020 p. 02).

Porém, Cordeiro (2020) ressalta, que nem todos os educadores brasileiros


tiveram formação adequada para lidarem com essas novas ferramentas digitais.
Precisam se reinventar e reaprender novas maneiras de ensinar e de aprender. Não
obstante, esse tem sido um caminho que apesar de árduo, é essencial realizar na
atual situação da educação brasileira.
De acordo com as diretrizes da Base Nacional Curricular – BNCC
(BRASIL,2017, p 9), faz-se necessário em tempos de pandemia:

(...) 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problema se
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.

Assim, para Valente (2018 apud Marques e Marques, 2021), as instituições de


ensino sejam elas de formação básica ou de ensino superior precisam estar
antenadas quanto a ressignificação do processo de ensino e da aprendizagem. Isso
porque os alunos dessa geração não apresentam o mesmo perfil das gerações
anteriores, pois tem no seu dia a dia a presença dos recursos tecnológicos e, estes
são preferíveis nos recursos metodológicos e nas práticas pedagógicas de ensino que
àquelas de procedimentos tradicionais. Além disso, têm no seu processo de pesquisa
muitas ferramentas de buscas como exemplo: o Google e o Youtube, sites de fácil

30
acesso e sem burocracia, já que podem ser acessados por dispositivos móveis como
o tablet e o smartphone.
Nesse cenário, surge uma revolução educacional sobre o quanto a tecnologia
tem se mostrado eficiente e o quanto as pessoas precisam estar aptas a esse avanço
tecnológico (Cordeiro, 2020). Não se trata aqui de utilizar as tecnologias a qualquer
custo, mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de
civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e
a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo, os papéis de professor
e de aluno (LÉVY, 2005, p. 172 apud Cordeiro, 2020).
Das múltiplas funções que a tecnologia tem e seu potencial transformador no
desenvolvimento social, político e econômico, entende-se que na educação esta
ferramenta tornou-se revolucionaria por dentro do contexto de familiarização do
ensino na relação docente-discente e os recursos digitais. Neste sentido, a avaliação
sobre as garantias das possibilidades do ensino nas instituições de educação superior
e da educação básica que são de modalidades presenciais tiveram que se adaptarem
a modalidade remota de ensino e aprendizagem, por vezes apresentará no futuro
resultados e pontos de vistas com outras perspectivas no período pós-pandemia
ressignificando também as funções do papel docente e dos estudantes. (CORDEIRO,
2020).
Corroborando com o exposto, Cordeiro (2020, p.1) ressalta que:

O impacto da pandemia na educação, traz à tona a discussão sobre a


urgência de mecanismos para a implementação da educação a distância em
nosso país. Sabe-se que a tecnologia é um fator primordial no que diz respeito
à evolução digital, permitindo experiências proveitosas especificamente no
âmbito educacional. No entanto, diante do contexto em que o mundo se
depara, com uma realidade caótica sem precedentes de uma pandemia
causada pelo COVID-19, que se instalou no mundo, fechando ou alterando
diversos setores dentre eles o educacional, onde milhares de crianças
ficaram impedidas de ir à escola. Contudo, as instituições educacionais se
empenham na busca de novas modalidades de estudo, como o suporte das
tecnologias digitais. Assim, professores e alunos tiveram que se adaptar às
aulas a distância e utilizar toda a criatividade para dar continuidade às
atividades escolares, utilizando para isso a Rede Mundial de Computadores,
Internet que foi um diferencial neste processo e os diversos recursos
tecnológicos disponíveis.

Afirma-se que as transformações no ensino e na aprendizagem impulsionada


pelas tecnologias educacionais geram no educador forte pressões para impulsionar
novos ritmos e percepções, uma vez que, emerge uma nova forma de aprendizagem
31
fomentada pelos recursos digitais. Portanto, para além dos domínios das técnicas de
ensino, as novas técnicas de ensino exigem do professor maior capacidade, crítica,
reflexiva e competente frente aos planejamentos de sua aula e relação com sua turma,
apto para esclarecer os possíveis questionamentos da classe ou de possível discente
com pouca familiaridade com este recurso. (GARCIA, et al, 2011 apud MARQUES;
MARQUES, 2021)
Logo percebe-se que,

as mudanças do processo de ensino estão evidentemente em cursos onde


os recursos tecnológicos ano após ano se fazem cada vez mais presentes
em todas as modalidades do ensino e nas competências do papel docente.
Por estas tecnologias terem facilidades de superarem limitações e alcançar
grandes distancias em tempo remoto, tem se tornando no período pandemia
da COVID-19 o melhor meio para transmitir as práticas do ensino e da
aprendizagem realizados a partir das funções cognitivas das instituições
educacionais e, também garantir o acesso ao conhecimento pelas interações
remotas entre docente-discente em busca de manter o calendário das
modalidades de ensino presencial das diversas instituições de ensino em
regularidade. Além disso, garantir acompanhamento, espaço para sanar
dúvidas e receber possíveis feedback da aprendizagem entre alunos e
professores por intermédio das plataformas online de ensino. (MARQUES;
MARQUES, 2021, p. 5)

Portanto, os domínios docentes referentes às Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC) devem ser conscientes para que os objetivos no ato de transmitir
o conhecimento sejam captados pelos estudantes, levando-os a compreender que são
partes efetivas na incorporação reflexiva da qualidade do ensino crítico oferecido,
compreendendo que vem rompendo as estruturas do ensino tradicional e ampliando
novos significados da concepção de ensino, especificamente durante o período
pandemia da COVID-19. (MARQUES; MARQUES, 2021)
Nesta direção, Kenski (2013), enfatiza que:

Os desafios e as adaptações ao processo de mudanças por conta das


tecnologias se dão diariamente, ainda mais quando se pensa a tecnologia
como “o conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam
ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um
determinado tipo de atividade” (Kenski, 2013, p. 24).

Desse modo, para além do uso de ferramentas, já bastante estimulado nas


escolas, é necessário avançar para o uso da tecnologia no tocante à metodologia que
se pretende ensinar. Pois, para Rocha (1996 apud Martins, 2017), a aproximação
direta das tecnologias e a sua utilização no meio educacional vai além da exploração

32
única e simples das ferramentas disponibilizadas, ela é elemento que constitui o
percurso da ciência moderna, “é uma fusão das atividades intelectuais com a
experimentação, viabilizada pelo domínio das técnicas e práticas artesanais” e o meio
escolar é ambiente propício para a referida junção.

6 METODOLOGIA DE ENSINO COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO


BRASIL

conservacaodefloraefauna.blogspot.com/

O Brasil deu um grande passo ao acesso à tecnologia, entretanto, quando o


assunto é inclusão digital ainda é necessário que o acesso à internet seja ampliado
de modo significativo, para assim termos um canal diferenciado de informação e
cultura. O acesso à internet ainda é restrito, reflexo das desigualdades no país. De
acordo com pesquisa realizada em 2006, pelo comitê Gestor da Internet no Brasil
(CGIBr) em 2006 havia uma imensa maioria da população sem acesso à rede mundial
de computadores (MOURA, 2015).
Dessa forma, Tazra (2015) enfatiza que a inclusão digital é extremamente
necessária para o desenvolvimento cultural e educacional do país, visto que há um
potencial de liberdade em cada meio de comunicação, entretanto, a internet possui

33
um potencial imenso de liberdade, cujo nenhum sistema de dominação pode conter
ou calar.
Na visão de Coletto; Battini e Monteiro (2018), as tecnologias digitais
proporcionam um novo rumo ao que diz respeito ao ensino educacional atual, pois
mobilizam os educandos a possuírem uma melhor aquisição de conhecimento durante
sua formação tanto pessoal como profissional onde ele estiver inserido. Cabe, pois,
aos professores mediarem as questões surgidas através dos questionamentos, bem
como reflexões sobre acertos e erros. Com a utilização destes métodos, podemos
inverter a forma de ensino, buscando identificar o que e como o aluno pode aprender.
Isso o permite construir a autonomia do discente, já que:

Os docentes deixam de ser os principais depositários do conhecimento e


passam a ser consultores metodológicos e animadores de grupos de
trabalho. Esta estratégia obriga a reformular os objetivos da educação. O
desenvolvimento de competências-chave [...] substitui a sólida formação
disciplinar até então visada. (Labarca, 1995 apud Barreto, 2004, p. 14).

Compreende-se que dessa forma, as TICs apresentam alternativas que podem


complementar o ensino tradicional, com métodos que tornem o aluno um ser ativo,
com uma maior capacidade crítica, evidenciando sempre a autonomia dos alunos em
seus processos de ensino e de aprendizagens, sendo estimulados a pesquisar antes
do conteúdo ser exposto, levando para sala de aula um conhecimento prévio,
facilitando o desenvolvimento de atividades mais avançadas em classe. Outrossim, o
professor recorre ao aprofundamento do conteúdo, promovendo o diálogo e o debate
(NOVAES et al., 2021).
Moran (2013) enfatiza que:

[...] Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar


metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais
complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com
apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles
precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua
iniciativa. (Moran, 2013, p. 01 apud Novaes et al. 2021).

Assim, Aguiar (2013) mostra que com a velocidade da comunicação, deve


sempre estar antenado com mudanças, estabelecendo acesso e domínio das novas
tecnologias, proporcionando maior atenção do aluno, fazendo com que fique mais
participativo e interessado em compartilhar as informações passadas em sala de aula.

34
Contudo, Moura (2015) relata que não dá para negar as novas tecnologias, pois
foram mudanças e transformações que ocorreram nas últimas décadas na sociedade
e que está refletindo na escola, fazendo com que os professores tenham que
reconstruir o método de aula.
Porém, Silva (2016 apud Novaes et al. 2021), conceitua q professor e
aprendizes experimentam a exploração navegando na Internet, mas o ambiente de
aprendizagem não estimula fazer do hipertexto e da interatividade próprios da mídia
on-line uma valiosa atitude de inclusão cidadã na cibercultura. Assim, mesmo com a
Internet na escola, a educação pode continuar a ser o que ela sempre foi distribuição
de conteúdo empacotados para assimilação e repetição (SILVA, 2016).

7 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

A tecnologia está presente em todos os setores da vida contemporânea. Num


curto período de tempo ela foi ganhando espaço e hoje é indiscutível a sua importância
nas mais variadas atividades do cotidiano. Na esfera econômica destaca-se o
desenvolvimento do comércio internacional, a expansão de empresas multinacionais;
no âmbito da informação e comunicação, ressalta-se a velocidade com que as notícias
circulam em rede, sem falar da comunicação em massa. A tecnologia trouxe inúmeras
mudanças em âmbito mundial, conforme destaca Castells (2016), com
desdobramentos principalmente na ordem social e impactos não menos importantes
na esfera da educação.
Alguns sociólogos, tais como Ulrich Beck (2010) e Anthony Giddens (2012),
denominam esse período de modernidade, cuja característica principal é a ruptura
com os modelos institucionais tradicionais. A educação é um exemplo dessa mudança
com a chegada da tecnologia, uma vez que possibilita o aprendizado através de
múltiplos espaços virtuais.
Não há como se falar em desenvolvimento tecnológico sem mencionar as
redes. Elas são uma importante categoria por se tratar de um elemento substancial
para a compreensão da nova era tecnológica que se impõe. As redes são um
verdadeiro desdobramento desta sociedade da informação, trata-se de “conexões
entre entidades”. Assim, sejam “redes de computadores, grades de poder e redes

35
sociais, todas funcionam através do princípio simples de que as pessoas, grupos,
sistemas, nós, podem ser conectados para criar um todo integrado”. (SIEMENS, 2004,
p. 5).

A contribuição da compreensão das redes faz-se necessária, uma vez que


ela instrumentaliza juntamente com a internet a difusão das informações. A
sociedade da informação é, então, alicerçada pelo fluxo de informações
intenso, uma nova era que coloca à disposição inúmeras maneiras de
aprender, ultrapassando o espaço físico dos estabelecimentos de ensino
formal. (COUTINHO; LISBÔA, 2011, Apud FERNANDES N. A.).

Assim, a tecnologia encurta distâncias, possibilitando o acesso ao


conhecimento àqueles que desejam possuí-lo, mas moram longe das instituições de
ensino que, geralmente, localizam-se nos grandes centros urbanos. Daí a importância
de falar-se em Ensino a Distância – EaD nesse contexto, proporcionando a
democratização do ensino e ainda a inclusão social. Trata-se de um novo viés
educacional que favorece “ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a
aprendizagem coletiva em rede” (LÉVY, 2010, p. 160), tornando o aluno mais
autônomo, criativo e flexível em seu processo de aprendizagem. Além disso, o uso
das Tecnologias da Informação e da Comunicação – TIC também facilita a formação
contínua do docente, desenvolvendo suas competências para o ensino.
Nesse aspecto, a escola é desafiada a encontrar maneiras de adequar o ensino
à nova ordem que se impõe. O aluno precisa desenvolver competências que o façam
ser capaz de lidar, de maneira crítica, com o volume de informações que chega até si.
As instituições de ensino contemporâneas não só podem, mas devem incentivar e
desenvolver nos professores e alunos competências que contribuam para romper com
o paradigma tradicional da educação. Cabe à escola, segundo Coutinho e Lisboa
(2011, p. 17), “educar crianças, jovens e adultos de maneira diferente para um mundo
mutante”.
Percebe-se, pois, que ao contrário do contexto da prática educativa tradicional,
o processo de ensino-aprendizagem não ocorre unicamente dentro da sala de aula,
no âmbito formal, mas em todos os lugares, inclusive nos espaços virtuais. Estes
podem, inclusive, contribuir para a difusão de informações sobre o patrimônio cultural,
auxiliando sobremaneira no processo de educação patrimonial que será abordado de
forma mais consistente no próximo item.

36
O uso de tecnologias, faz-se importante para a democratização do
conhecimento e inclusão social, uma vez que possibilita fazer esse conhecimento
chegar às localidades mais remotas do país. Para isso, tanto professor quanto aluno
devem desenvolver competências que favoreçam a utilização dos meios tecnológicos.
Nesse sentido, vê-se no uso das tecnologias a possibilidade de proporcionar
formas de trabalho mais significativas com a educação patrimonial, oportunizando que
alunos que não moram em cidades históricas, conheçam esse patrimônio a partir das
TIC, por exemplo. Dessa forma, poderiam ser utilizados vídeos, podcasts, blogs e
jogos através das redes sociais. Assim, torna-se conhecida a diversidade cultural
nacional, chamando a atenção para a sua preservação.
Essa diversidade cultural é contemplada a partir dos PCN’s, devendo, portanto,
ser abordada transversalmente nas práticas pedagógicas da educação básica. Porém,
a realidade mostra que em muitos contextos educacionais do Brasil não há essa
preocupação desde o planejamento das aulas. Às vezes, os próprios professores
desconhecem aspectos referentes ao patrimônio, o que dificulta o trabalho com essa
temática.
Além disso, a realidade do ensino público, hoje, obsta o emprego de
tecnologias, posto que para sua utilização faz-se necessário uma infraestrutura
mínima como, por exemplo, ter disponível uma internet banda larga, wifi, tablets,
computadores, datashow. Este fato não é observado em muitas escolas públicas
nacionais. No caso das escolas privadas, onde se detém um maior poder econômico,
apesar de se observar uma infraestrutura mínima, em muitos casos, a conexão da
internet não é de qualidade ou os professores não se encontram devidamente
preparados para o trabalho com as TICs.
No contexto que ultrapassa a sala de aula, constata-se que os alunos estão
acessando a internet, em sua maioria, dos smartphones e também de dispositivos
digitais. Há, inclusive, pesquisas que apontam que os jovens têm aumentado o seu
acesso à internet e o tempo em que utilizam seus dispositivos digitais e celulares fora
da escola. Tais pesquisas serviram para constatar a importância de se estar
conectado e a facilidade com que a população tem tido acesso às mais diversas
informações.

37
7.1 Estratégias de Ensino: Experiência na disciplina Metodologia do Ensino
Superior com TIC.

Na atualidade, o ensino superior e as práticas docentes enfrentam algumas


mudanças e desafios advindos do uso das Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC) na sociedade. Exige-se então, novas competências docentes e
surgem novos desafios no ensino superior, consonante a integração das TICs no
processo de ensino-aprendizagem. Um deles é o desenvolvimento de estratégias
pedagógicas inovadoras, que objetivem o diálogo, construção colaborativa, formação
autônoma, reflexiva e uma educação de qualidade, voltada para atender os
estudantes. Neste sentido Berbel (2011, p. 29), afirma que o “docente atua como
facilitador ou orientador para que o estudante faça pesquisas, reflita e decida por ele
mesmo, o que fazer para atingir os objetivos estabelecidos”. Assim, o docente passa
a ser o ativador dos processos de ensino e de aprendizagem, instigando o estudante
a buscar o próprio conhecimento. Quanto à questão da prática pedagógica dos
docentes Almeida (2005, p. 43), concorda que:

Essa prática pedagógica é uma forma de conceber educação que envolve o


estudante, o docente, as tecnologias disponíveis (...) e todas as interações
que se estabelecem nesse ambiente denominado ambiente de
aprendizagem. Tudo isso implica um processo de investigação,
representação, reflexão, descoberta e construção do conhecimento. (Apud
Silva Carla Glycia Santos, 2018)

O papel das tecnologias nesse sentido é fazer uma ponte entre o que é
ensinado e o que é aprendido. Neste sentido Lima (2008, p. 23), afirma que "o
conhecimento resulta da "organização" das informações em redes de significados.
Mas não uma organização qualquer, sim, por novos atos de conhecimento, por outras
informações em função de atividades específicas à apropriação do conhecimento.
Assim, pode-se compreender que informação é um conjunto de dados que pode ser
transmitido, apreendido e memorizado.
Para Masetto (1998), o docente do ensino superior, como cidadão, deve estar
atento as mudanças sociais, em formação constante, para conhecer o potencial
pedagógico que as TICs oferecem quando usadas adequadamente. Serra e Silva
(2008, p. 251-253) esclarecem que o meio educacional, tendo em vista o potencial de
viabilização do conhecimento que as TDIC proporcionam, de forma rápida e interativa,

38
cria possibilidades de ensino para além do ambiente da sala de aula presencial.
Mercado (2014, p. 65) afirma que “os métodos ativos são inovadores por contribuírem
para formar nos alunos o pensamento criador; oferecem um conjunto de situações
problemas que precisam de solução; permitem que o docente, ao orientar o
pensamento do aluno, não precise abordar todo conteúdo em sala de aula;
possibilitando relacionar os novos conhecimentos com os conteúdos de outras
disciplinas”.
É pensando em tornar a aula significativa e dinâmica que a integração das TDIC
ao currículo é fundamental, assim como o desenvolvimento de estratégias didáticas,
que segundo Mercado (2016) torne o curso “[...] mais dinâmico, desafiador, criativo e
renovado.” Para Rios e Santos, (2011, p.8), as "TDIC contribuem para o
desenvolvimento das habilidades e competências dos docentes e estudantes numa
perspectiva crítica e colaborativa. A inovação no fazer pedagógico contribui
significativamente na formação crítica, participativa e autônoma do indivíduo". De
acordo com Pozo (1996, p.195) boas estratégias concederão, certamente um melhor
processo de aprendizagem. Mercado (2014, p. 70) afirma que “as estratégias de
ensino designam os procedimentos e recursos didáticos utilizados para atingir os
objetivos desejados e previstos". Berbel (2011, p. 29), afirma que as “metodologias
ativas se baseiam em formas de desenvolver o processo de aprender, utilizando
experiências reais ou simuladas, visando às condições de solucionar, com sucesso,
desafios advindos das atividades essenciais da prática social”. As estratégias
inovadoras contribuem assim, para criar novas metodologias que favorece a
construção de conhecimento e aprendizagem entre docentes e estudantes, sendo
assim, o fazer pedagógico dinâmico oportunizado pelas TDIC contribuem diretamente
na capacidade de aprendizagem do estudante.

39
notícias.universia.com.ar

8 DOCENTE UNIVERSITÁRIO

Atualmente, o docente do ensino superior caracteriza-se por seu aspecto de


formação profissional em poder atuar em várias funções da prática pedagógica, da
pesquisa às atividades administrativas. Somados a esses fatores determinantes,
emergem também no cenário atual da educação brasileira novos valores balizados
pela lógica da produtividade e do mercado. Isto remete à incessante busca dos
docentes do ensino superior por publicações, qualificação, diplomação, cursos de
aperfeiçoamento e demais indicadores de classificação e avaliação institucional.
As Instituições de Ensino Superior (IES) de acordo com Masetto (1998, p. 23)
são locais de encontro e convivência entre docentes e estudantes, que se reúnem e
trabalham para que ocorra situações favoráveis ao “desenvolvimento dos aprendizes
nas diferentes áreas do conhecimento, no aspecto efetivo-emocional, nas habilidades
e nas atitudes e valores”. A luz do desenvolvimento humano para a melhoria da vida
da população, Masetto (1998) destaca como importante para formação do docente do
ensino superior à formação simultânea, a formação acadêmica, à flexibilização,
dinamização curriculares, à revitalização da vida acadêmica pela atividade
profissional, à desestabilização de currículos fechados e acabados. Estes termos
apresentam-se como características essenciais para o saber deste profissional.

40
Masetto (1998) afirma que, para o docente universitário adquirir a conotação de
profissionalismo e realizar atividades de sua competência como à pesquisa, o
processo de ensino-aprendizagem e a gestão pedagógica e administrativa, se exige
deste profissional também o desenvolvimento de competências próprias para sua
práxis educativas.
Assim, o docente universitário está em volto em inúmeras atuações e funções
dentro e fora da IES. Zabalza (2004) e Masetto (1998) revelam que, atualmente,
podem ser atribuídas como competências gerenciais ao docente do ensino superior
“divulgação cientifica, produção científica, gestão acadêmica universitária, orientação
e supervisão, participação de bancas e comissões julgadoras, avaliação institucional,
extensão, docência e pesquisa”. Além destas competências, na era digital, segundo
Perez Gomes (2015), o docente universitário enfrenta novos desafios. Novas
possiblidades de conhecimentos são produzidas com as TDIC, através das redes
sociais, internet e plataformas digitais.
Neste novo cenário, o docente adquire outras habilidades em suas práticas
pedagógicas integradas o uso das TDIC. Mercado (2015) afirma que o desafio
consiste em adaptar-se ao novo modelo de ensino com TIC, propiciar vivências e
experiências com tecnologias na prática educativa multiletradas com saberes
coletivos que exigem participação, iniciativas, cooperação na solução de problemas,
letramento digital, sonoro e informacional; aprender e desenvolver atividades
dinâmicas que envolva as TDIC na perspectiva da Pedagogia da Autoria com
competências para lidar com estudantes multitarefas. Com o desenvolvimento
tecnológico, ampliam-se as competências gerencias do docente do ensino superior,
Mauri e Onrubia (2010) afirmam que o docente em ambientes virtuais aprende a
dominar e valorizar nova cultura da aprendizagem; domina as TDIC com formações
contínuas e neste processo acontece a interação entre docente-estudante, que passa
a conhecer as diversas ferramentas tecnológicas flexibilizando o ensino através de
atividade interativa institucional a organizar e atribuir significado e sentido as novas
informações, como também desenvolver habilidades e capacidade de gestão do
aprendizado, do conhecimento e da informação. Isto porque as TDIC proporcionam,
segundo Bernabé (2012), novas oportunidades para educação e formação, facilitando
a colaboração, a inovação e a criatividade, tanto dos estudantes, como dos docentes
e IES. Diante do atual cenário do ensino superior, ser docente universitário se revela
41
como atividade complicada, devido as várias funções que desempenha. No entender
de Zabalza (2004, p. 111), “[...] ensinar é uma tarefa complexa na medida em que
exige conhecimento consistente acerca da disciplina ou das suas atividades”. Por isso,
segundo Masetto (1998) o docente, além de conhecer os conteúdos deve ter
desenvolvimento na área do conhecimento; desenvolvimento no aspecto afetivo
emocional; desenvolvimento de habilidades e desenvolvimento de atitudes e valores,
o que significa que a identidade e habilidades do docente do ensino superior
acontecem pela prática pedagógica, pela formação profissional, pelo processo
evolutivo e singular das experiências dinâmicas e culturais. (RAMOS, 2010).
A formação da identidade do docente universitário é evolutiva e singular,
acontece pela dissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, de forma individual
e institucional. A formação profissional acontece simultânea com a formação
acadêmica que fornece competências para uma determinada área, domínio na área
pedagógica no exercício de dimensão política. Os saberes teóricos e práticos
construtores da identidade docente acontece pela formação contínua e permanente,
regida pelo art. 66 da Lei de Diretrizes e Bases - IDBEN Lei nº 9.394/96 (BRASIL,
196), prioritariamente determina formação em mestrado e doutorando.
A construção da identidade docente é processual e dinâmica dentro de uma
conjuntura para desconstruir visões como “quem sabe, automaticamente, sabe
ensinar” ou “só quem sabe investigar, pode realmente ensinar” (RAMOS, 2010, p. 33).
Segundo Fávero e Tauchen (2013), a gestão profissionalizante do docente se
desenvolve pela produção do “pesquisador docente, que desenvolve prática de
produção científica e aulas acessórias e docente pesquisador, que tem como foco
principal o ensino como pesquisa, desenvolve ações de extensão, mas, não possui
produção de pesquisa”. A construção da identidade do docente universitário
inicialmente atende o desejo do próprio docente, em buscar caminhos para docência
voltada para o ensino, para uma docência baseada na aprendizagem (FÁVERO;
TAUCHEN, 2013). A expansão das atividades do docente do ensino superior ocorrida
nas últimas décadas, tem redesenhado o perfil e a identidade dos mesmos. A prática
docente, por sua vez, não fica limitada em mostrar o que está feito ou acumulado
historicamente, pois necessita de ações que englobam conhecimentos tanto
cognitivos, quanto não cognitivos, com propostas de conteúdos e tarefas que
envolvam atividade construtiva individual e coletiva. Os usos das TDIC no processo
42
de aprendizagem interligam as novas tecnologias as metodologias de trabalho que
podem melhorar as habilidades dos docentes em criar novas maneiras para enfrentar
as tarefas que, por sua vez mudam a natureza da atividade universitária.

9 METODOLOGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIOR

No processo de construção do conhecimento o docente dotado de


conhecimentos, habilidades e práticas-reflexivas, através de sua prática pedagógica
leva os estudantes a desenvolveram o senso crítico-reflexiva, acerca das discussões
atuais do mundo contemporâneo, que perpassa os conteúdos a serem estudados,
dentro e fora da universidade. Para Gemignani (2012, p. 1) o grande desafio das IES
na contemporaneidade é a busca por metodologias inovadoras que possibilitem uma
práxis pedagógica capaz de ultrapassar os limites do treinamento puramente técnico
e tradicional, para efetivamente alcançar a formação do sujeito como um ser ético,
histórico, crítico, reflexivo, transformador e humanizado. Para democratizar o
processo de ensino-aprendizagem em sala de aula com práticas pedagógicas
permeadas pela pesquisa, o docente universitário é levado a construir proposta
construtivista para o ensino superior, que consiste em educar para a autonomia,
através de metodologias ativas e inovadoras, para a descoberta, utilizando-se da
pesquisa, participação dos estudantes, trabalhos em grupo, como meio de aprofundar
e resinificar os conhecimentos. O desenvolvimento do conhecimento para liberdade é
uma atividade que requer do docente método ativo, domínio na temática, recursos
metodológicos e didáticos que atendem os objetivos propostos. Para Debald (2003,
p.1)
A prática pedagógica no Ensino Superior deve ser encarada com muita
seriedade. Requer posturas e comprometimentos com um processo que eduque para
a autonomia do acadêmico, mediado pelo professor. Somente uma educação que
tenha como princípio a liberdade, poderá auxiliar na construção de uma sociedade
mais humanizada.
O processo da construção do saber não é fácil de ser desenvolvida, pois, em
muitos casos a dificuldade não está em abordar o conteúdo, mas especificamente na
metodologia que atenda as expectativas dos estudantes.

43
(ABREU e MASETTO, 1990) afirmam que “O conhecimento e o domínio das
estratégias é uma ferramenta que o docente maneja de acordo com sua
criatividade, sua reflexão e sua experiência, para alcançar os objetivos da
aprendizagem”. (Apud GOMES G. S. 2018)

Destacam-se as metodologias envolvendo o uso de diversas estratégias


didáticas com TIC, utilizadas na disciplina analisada, como debate no Whatsapp,
elaboração de mapas conceituais e circulares, seminários temáticos com estratégias
didáticas com TIC no ensino superior – aprendizagem com simulação/dramatização,
aprendizagem com projetos: webquest, webinquirity project, webgincanas,
aprendizagem a partir de casos, aprendizagem com laboratórios ou experimentos
virtuais, aprendizagem com jogos online, aprendizagem baseada em problemas,
elaboração de plano de ensino para uma disciplina do curso superior utilizando as
TIC, entrevista com docente utilizando ferramentas como Facebook, e-mail, chat do
Gmail, Whatsapp ou Twitter, elaboração de sequências didáticas empregando TIC,
elaboração de plano de aula utilizando um aplicativo móvel, a partir das propostas
disponíveis no livro Apps para dispositivos móveis: manual para professores,
formadores e bibliotecários (carvalho, 2015), construção do blog coletivo para as
atividades da turma, avaliação da disciplina e elaboração de um artigo contendo
estratégias didáticas com TIC no ensino superior.

9.1 Análise das estratégias de ensino na disciplina metodologia do ensino


superior com TIC

As estratégias didáticas, fruto da experiência na disciplina Metodologia do


Ensino Superior com TIC, permitem oportunidades para os docentes ampliarem os
conhecimentos pedagógicos e metodológicos, possibilitam um processo de ensino-
aprendizagem mais prazeroso e dinâmico.
O uso das TICs no ensino superior precisa ser feito com intencionalidade
pedagógica previamente planejada, visando alcançar os objetivos propostos. Com as
constantes mudanças nas tecnologias, a pesquisa, o estudo, a formação e o ensino
vão acompanhar sempre o fazer e o inovar da prática pedagógica do docente. As
atividades didáticas desenvolvidas na disciplina contribuem para a prática pedagógica
do docente no ensino superior, dinamizando as aulas, possibilitando interação entre
os estudantes e docentes.
44
Constata-se que ensinar com a utilização das TICs, é estimular a competência
de autonomia do estudante para o desenvolvimento de seu potencial criativo,
intelectivo, reflexivo e interativo. Utilizar estratégias didáticas e atividades com TIC,
desenvolve habilidades nos estudantes para utilização na prática pedagógica,
aprendendo a avaliar, selecionar e integrar os recursos tecnológicos nas atividades
curriculares. Percebe-se que ao desenvolverem as atividades, os estudantes
demonstraram conhecimento entre teoria e prática, com experiências práticas ao
longo da disciplina, articulando conhecimentos-competências.
Os desafios impostos ao docente do ensino superior na atualidade são muitos;
articular pesquisa, docência, gestão, administração, extensão e outras atividades de
sua competência. No cenário das competências e habilidades frente a era digital
(MASETTO, 1998; PEREZ GOMES, 2005) os docentes do ensino superior adquirem
competências e habilidades em formação continuada para usar as TIC na prática
pedagógica de aprendizagem colaborativa/multiletrada/interativa (MERCADO, 2015).
As estratégias didáticas utilizadas na disciplina Metodologia do Ensino Superior
com TIC foram plenamente desenvolvidas e os estudantes demonstraram que
alcançaram os objetivos propostos, pesquisaram, analisaram, produziram, interagiram
no blog coletivo, passaram de passivos para ativos no processo de construção do
saber, do conhecimento ativo/reflexivo.

www.ebay.com.au

45
10 O DESAFIO DE INTEGRAR TIC À FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE

As instituições de educação superior têm experimentado uma mudança de


certa importância no conjunto do sistema educativo da sociedade atual: o
deslocamento de processos de formação a partir de ambientes convencionais para
outras áreas; demanda generalizada de que os estudantes recebam as competências
necessárias para a aprendizagem ao longo da vida; comercialização do conhecimento
que gera simultaneamente oportunidades para novos mercados e competências no
setor etc. O campo de aprendizagem varia drasticamente. (Júnior, 2017)
Pessoa (2020) explana que:

As últimas décadas do século XX foram marcadas por avanços nas áreas da


eletrônica, ótica e redes, possibilitando, dessa forma, o surgimento das
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Estas estão
presentes em todas as atividades humanas, inclusive perpassam as escolas,
alterando todas as relações já estabelecidas de ensino-aprendizagem.
(Pessoa,2020, p. 01)

Assim, tal transformação atingiu de maneira significativa as relações no campo


educacional. Hoje em dia, as escolas estão repletas de jovens, denominados nativos
digitais (Prensky, 2010 apud Pessoa, 2020), que utilizam as mais diversas tecnologias
de formam trivial e, desse modo, demandam da instituição ações educativas
dinâmicas e flexíveis. Segundo Kenski (2012, p. 45 apud Pessoa, 2020), o uso do
computador e outras tecnologias digitais “movimentaram a educação e provocaram
novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do aluno e o
conteúdo veiculado”.
Diante dessa nova realidade, Pessoa (2020), afirma que a formação de
professores para o uso das Tecnologias da Digitais da Informação e Comunicação
(TDIC) se torna foco central. Atualmente, não basta ao professor possuir o
conhecimento de conteúdo do objeto de estudo, é preciso buscar o domínio das novas
tecnologias de informação, a fim de proporcionar o ensino mais adequado aos alunos
ambientados a esses novos meios de comunicação.
Para Júnior (2018), tudo isso exige das instituições de educação superior uma
flexibilização de seus procedimentos, de sua estrutura administrativa e nas ações que
visam propostas na formação docente para adaptar ao que essa nova sociedade
apresenta.
46
Dado esse contexto, é fundamental atentar à ênfase atribuída ao
aparelhamento das instituições educacionais e uso instrumental das tecnologias, que
fazem com que estudantes sejam orientados a aprender unicamente sobre as
tecnologias, sobre como elas funcionam, sobre o que são e o que fazem, ou mesmo
sobre determinados programas, ambientes, etc., sem uma maior preocupação
pedagógica, crítica, de caráter emancipatório (COLL e MONEREO, 2010 apud Kurtz,
2018). Assim, é essencial pensar o processo pedagógico associado à fluência
tecnológica, seja do professor, seja do aluno, mas, diferentemente da perspectiva de
“atender” a um perfil, é fundamental que a escola e, principalmente, a universidade,
em seus cursos de licenciatura, percebam que o chamado e esperado “salto de
qualidade” ou “excelência” serão alcançados quando o caráter exclusivamente
preparatório para o mercado de trabalho deixar de ser o elemento central,
desconsiderando aspectos humanos, filosóficos e universais da educação. (KURTZ,
2015 apud Kurtz, 2018)
Sabe-se que as mudanças ocorridas no mundo demandam novos
conhecimentos e posturas dos docentes para que sejam capazes de garantir uma boa
qualidade de ensino, para isso, focar na formação inicial destes é necessária, visto
que é fundamental qualificar plenamente os jovens a esta nova realidade digital. O
autor afirma ainda que ao longo do tempo, com o aprofundamento do desenvolvimento
tecnológico, o professor tem sido chamado a outras funções que outrora se reduzia
apenas ao seu domínio cognitivo. Nessa perspectiva, o papel de transmissor de
conhecimento não lhe cabe mais, pois com o progresso das TDIC a batalha para se
manter como fonte única de conhecimento se esgotou. (Pessoa, 2020)
Assim, sendo, podemos dizer que:

o pensamento caracteriza o mundo moderno, além de ter a tendência de


ampliar de forma veloz, o crescimento material e intelectual. Isso representa
nada mais que um processo evolutivo incessante que rompe com velhos
paradigmas para se abrir a novos. O fato de o homem ser curioso o conduz
a novas descobertas que repercutem naturalmente em mudanças no
cotidiano. É nesse contexto que os efeitos dessas mudanças no trabalho
docente são analisados. (JÚNIOR, 2018, p. 03)

Em acordo com o autor, Esteve (1999, p. 101 apud Pessoa 2020) defende que
“o professor enfrenta a necessidade de integrar no seu trabalho o potencial informativo
destas novas fontes, modificando o seu papel tradicional. E,” Coelho (2003, p. 55 apud

47
Pessoa, 2020) reitera a necessidade de constante adaptação da função docente,
colocando que

O professor, também ele um ser inacabado, não é o condutor dos alunos, o


dono do conhecimento, nem possui todos os seus segredos, mas, em
patamar diferente e mais avançado, caminha com os alunos rumo ao saber e
na constituição dos processos de formação humana, intelectual, profissional.

Ante o exposto, novas posturas são demandadas dos docentes. Diante de um


novo contexto, novas habilidades e competências são exigidas dos docentes. Pessoa,
2020) Antes, como coloca Moran (2013, p. 150 apud Pessoa, 2020), ocupa papel de
mediador, um “[...] articulador de aprendizagens ativas, um conselheiro de pessoas
diferentes, um avaliador de resultados. Seu papel é mais nobre, menos repetitivo e
mais criativo do que na escola tradicional.” Desse modo, carece o magistério de
incentivos das mais diversas ordens para se adaptar ao atual mundo digital.

Neste sentido, entendemos que as tecnologias trazem várias formas de


aprendizagem e que o educador deve coordenar esse processo. Entretanto
é visível que há uma falta de preparo e formação frente ao uso dessas
tecnologias e, por conseguinte não temos conseguido alcançar o ritmo dos
alunos com a utilização dessas ferramentas. Portanto, desse processo
evolutivo, adequar-se ao emprego dessas inovações é uma necessidade
básica que os professores não têm como esquivar-se. (PEREIRA et al., 2020,
p. 1)

Porém, vários são os fatores que dificultam a capacitação dos docentes na


aplicação das TDIC na sala de aula. Belloni (2003, p. 299 apud Pessoa, 2020), elucida
que a escassez de tempo para efetivar sua formação continuada; formação inicial
precária; falta de hábito de autodidatismo e consequente dificuldade de aproveitar o
que o próprio programa oferece.” Tais variáveis impedem que o profissional tenha
oportunidades de familiarização com novas tecnologias educativas, fazendo escolhas
conscientes para que transforme suas práticas na sala, pois, para Kenski (2003, p. 41
apud Pessoa, 2020), “a diferença didática não está no uso ou não uso das novas
tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades.”
No dizer de Júnior (2018), é importante compreender, então, o que realmente
se estabelece na questão formativa do professor. Isso acontece quando nos
deparamos com toda uma infraestrutura para a colocação formativa desse docente,
levando-o a entender e aceitar as concepções de aprendizagem em relação ao que
ainda se produz em sala de aula. Contudo, há, ainda, um problema entre as propostas

48
apresentadas no curso de formação e as necessidades do educador diante de sua
prática em sala de aula.

É interessante considerar, também, que as mudanças na prática docente não


acontecem de forma acelerada, o que significa que as práticas solidificadas
não são apagadas ou deletadas, simplesmente, e depois postas outras para
substituí-las, como se pode fazer com um software, por exemplo. Convém
analisar que a formação docente envolve aspectos humanos, ou seja, trata-
se de pessoas com uma história de vida não somente profissional, mas
também pessoal, vinculada a ângulos históricos que fundamentaram as
experiências educacionais na área de ensino no País. (JÚNIOR, 2018, p. 5)

Corroborando com o autor, VALENTE (1993, p.115 apud PEREIRA, 2020),


apregoa que, o conhecimento necessário para que o professor assuma esta postura
não é adquirido através de treinamento. É necessário um processo de formação
permanente, dinâmico e integrador, que se fará através da prática e da reflexão sobre
esta prática do qual se extrai o substrato para a busca da teoria que se revela a razão
de ser da prática.

10.1 Perspectivas Futuras: ferramentas cognitivas e pensamento


computacional integrados ao processo de ensino e aprendizagem

www.bing.com

No momento atual, marcado pela valorização do conhecimento e a fluidez da


informação, o desafio imposto aos usuários das Tecnologias de Informação e
49
Comunicação (TIC) está sendo o de criar os seus próprios sistemas (como por
exemplo, aplicativos, jogos) ou adaptar os existentes conforme sua necessidade
pessoal. Mais do que nunca, para apurar a informação, de processá-la e de
transformá-la em competências tornou-se imprescindível o domínio de conhecimentos
e habilidades relativos ao Pensamento Computacional – PC. (Brackmann et al. 2019)
O termo, criado por Papert na década de 1980 e, posteriormente popularizado
por Wing (2016 apud Brackmann, 2019), é definido como sendo

[...] uma distinta capacidade criativa, crítica e estratégica humana de saber


utilizar os fundamentos da Computação, nas mais diversas áreas do
conhecimento, com a finalidade de identificar e resolver problemas, de
maneira individual ou colaborativa, através de passos claros, de tal forma que
uma pessoa ou uma máquina possam executá-los eficazmente (Brackmann,
2017 apud Brackmann et al. 2019, p. 02).

Diante deste contexto tecnológico, Prensky (2001 apud Boucinha et al. 2017),
observou que por influência da tecnologia em seu cotidiano, os jovens teriam um novo
perfil de aprendiz, à medida que estão acostumados a receber informações muito
rápido, a trabalhar em mais de uma tarefa de forma paralela, gostam de estar
conectados em rede e prosperam com base em gratificações instantâneas e
recompensas frequentes.
Segundo Dorling, Selby e Woollard (2015 apud André, 2018), o pensamento
computacional deve servir à formação de pessoas para que possam participar e
usufruir das oportunidades, das responsabilidades e dos desafios inerentes a uma
sociedade na qual a influência da computação se faz cada vez mais presente. É
preciso, portanto, que os cidadãos sejam capazes de criar artefatos a partir de
análises bem fundamentadas, participar das decisões que afetem suas vidas,
organizando um conjunto de valores mediado na consciência da importância de seu
próprio aperfeiçoamento e no aprimoramento das relações sociais. A formação de
cidadãos com esse perfil pressupõe o desenvolvimento de algumas competências,
entre as quais destaca-se:
a) expressar-se e comunicar-se utilizando diferentes linguagens para expor
seus julgamentos de valor;
b) construir representações sobre fenômenos do cotidiano;
c) utilizar os conhecimentos escolares para se posicionar e participar das
transformações socioculturais;
50
d) estabelecer relações e conexões que sustentem decisões baseadas em
princípios e conceitos;
e) analisar e se posicionar em relação a fatos científicos e tecnológicos.
Nesse sentido, Wing (2011 apud André, 2018), afirma que favorecer o
pensamento computacional, tem por principal função a formação de pessoas capazes
de não apenas identificar as informações, mas principalmente produzir artefatos a
partir da compreensão de conceitos e utilizá-los para enfrentar desafios e refletir sobre
seu cotidiano.
Assim, para Brackmann et al. (2019), o Pensamento Computacional (PC) surge
como um novo eixo educacional a nível global. Nas escolas Brasileiras, ele é
considerado um conjunto de habilidades e conhecimentos para auxiliar os alunos na
solução de problemas. No entanto, não há consenso sobre a metodologia de ensino
e a disponibilidade de material que atenda às expectativas dos professores.
Porém, de acordo com Silva et al. (2017), há barreiras e desafios a serem
superados para pôr em prática o ensino de tal habilidade computacional na educação
básica no Brasil. Entre estes desafios, pode-se destacar a infraestrutura inadequada
das escolas, em que na grande maioria não disponibilizam de um laboratório de
informática adequado para a prática e falta de planejamento para execução de cursos
da área de computação e a formação de professores, sendo este fundamental para a
boa prática de ensino de PC nas escolas.
Neste âmbito, Wing (2006 apud Silva et al. 2017), o Pensamento
Computacional possibilita a interdisciplinaridade entre as mais diversas áreas do
conhecimento, abordando conceitos como algoritmos, modelagem, automação, coleta
de dados, paralelismo, simulação, abstração, análise de dados, representação de
dados e decomposição de problemas. A inserção do PC na educação básica não visa
tão somente empregabilidade, competitividade e ascensão econômica; mas
principalmente a construção de competências e habilidades fundamentais aos seres
humanos para o exercício da cidadania no atual século (BLIKSTEIN, 2008 apud SILVA
et al. 2017). Com isso, existe a real necessidade de levar para a sala de aula práticas
que envolvam o uso da computação como ciência integradora.
Diante do exposto, Grover, (2013 apud Brackmann et al. 2019), ressalta que,
sem o devido acompanhamento, o PC nas escolas não terá probabilidade de seguir o
caminho de sucesso em nenhum currículo, ou seja, além da necessidade de se avaliar
51
a eficiência de qualquer abordagem curricular ao integrar o Pensamento
Computacional, necessita-se definir critérios que permitam aos educadores avaliar o
que os estudantes aprenderam.
Para Silva et al. (2017)

é de grande relevância, a disseminação do PC na formação continuada de


professores da educação básica, esclarecendo a importância dessa
habilidade computacional não somente para cientistas da computação e
demonstrando como ela pode ser aplicada na resolução de problemas de
outras áreas.

Dessa forma, Nunes (2011 apud Silva et al. 2017), enfatiza que a computação
quando aplicada como ciência, possibilita que o aluno construa o seu próprio
conhecimento e desenvolva sua capacidade de resolver problemas do cotidiano. O
ensino de conceitos básicos de computação nas escolas é fundamental para manter
o raciocínio computacional das crianças, pelo seu caráter transversal às demais
ciências, possibilitando a formação de cidadãos capazes de viver em um mundo cada
vez mais globalizado.

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, L. M. Educação e tecnologia: um diálogo necessário. Educação para o


mundo do trabalho, ed. 185, ano 16 – ago. 2013.

ALMEIDA, M. E. B. de Educação, ambientes virtuais e interatividade. In: SILVA, M.


(Org.). Educação online: teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São
Paulo: Loyola, 2003. p. 201-15.

ALVES, Cristina. Benefícios da aplicação da tecnologia na educação. Anhanguera


Educacional. Abril de 2012.

Anderson, J. (2010). ICT Transforming Education: a Regional Guide. Bangkok:


UNESCO. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/
images/0018/001892/189216e.pdf. Acesso em 01/06/2021.

52
ANDRÉ, Claudio F. ARTIGO. O pensamento computacional como estratégia de
aprendizagem, autoria digital e construção da cidadania, [S. l.], p. 1-16, 18 dez.
2018.

ANDRADE, Ana Paula Rocha de. O Uso das Tecnologias na Educação:


Computador e Internet. Consórcio Setentrional de Educação à Distância.
Universidade de Brasília e Universidade Estadual de Goiás. Curso de Licenciatura em
Biologia à Distância. Brasília, 2011.

Barreto, R. G. (2004). Tecnologia e Educação: Trabalho e Formação Docente,


Educ. Soc., 25(89), 1181-1201, http://www.cedes.unicamp.br.

BOUCINHA, Rafael Marimon et al. ARTIGO. Construção do pensamento


computacional através do desenvolvimento de games, [S. l.], p. 1-10, 18 jul. 2017.

BRACKMANN, Christian Puhlmann et al. ARTIGO. Pensamento computacional


desplugado: ensino e avaliação na educação primária brasileira, [S. l.], p. 1-12,
10 dez. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação/MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica. [S. l.], 23 jun. 2021. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-
2013-pdf/file. Acesso em: 23 mar. 2021.

___________ Portaria nº 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição


das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de
pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Disponível em www.planalto.gov.br.
Acesso em 18 dez. 2020.

___________Parecer do Conselho Nacional de Educação - CNE/CP nº 5/2020.


Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de
atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima
anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/pec-g/33371-cne-conselho-nacional-de-educacao/85201-
parecer-cp-2020. Acesso em 16 jun. 2021.

53
BEIRA, Diovane de Godoi Beira; NAKAMOTO, Paula Teixeira. ARTIGO. A Formação
docente inicial e continuada prepara os Professores para o Uso das Tecnologias
de Informação e Comunicação (TICs) em sala de aula?, [S. l.], p. 1-10, 20 ago.
2016.

BRITO, Glaucia da Silva. BOENO, Raul Kleber de Souza. BOENO, Renate Kottel.
Inserção de tecnologias na prática docente: fazendo o mesmo de forma
diferente. IX ANPED Sul. Seminário de pesquisa em educação da região sul, 2012.

Busnello, C. P. (2014). Uso de tecnologias nos processos de gestão educacional:


o caso do pde interativo. (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal
da Fronteira do Sul, Erechim, Rio Grande do Sul, Brasil.

CALIARI, Ketter Valeria Zuchi et al. ARTIGO. Tecnologias da informação e


comunicação como inovação no ensino superior presencial: uma análise das
variáveis que influenciam na sua adoção, [S. l.], p. 1-9, 16 maio 2017.

CAVALCANTE, Luciana Rocha et al. ARTIGO. Smartphone como ferramenta


eficaz para o ensino de língua estrangeira, [S. l.], p. 1-15, 1 abr. 2021.

COLETTO, P. M. de C., Battini, O., Monteiro, E. (2018). Tecnologias da informação


e comunicação e as metodologias ativas: Elementos para o trabalho docente no
ensino superior. Revista Prática Docente. Instituto Federal de Mato Grosso. 3(2),
798-812.

CORDEIRO, Karolina Maria de Araújo. ARTIGO. O IMPACTO DA PANDEMIA NA


EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE
ENSINO, [S. l.], p. 1-15, 15 set. 2020.

COSTA, Fabrício Carneiro. O uso das tecnologias da informação no ensino


superior. 2019.

DEMO, Pedro. Aprendizagens e novas tecnologias. Roteiro, Joaçaba, v. 36, n. 1,


p. 9- 32, jan./jun. 2011. Disponível em: https://portalperiodicos.unoesc.edu.
br/roteiro/article/view/860/439. Acesso em: 04 jan. 2021.

54
DORE, R. S.; LUSCHER, A. Z. Permanência e Evasão na Educação Técnica de
nível médio em Minas Gerais. Cadernos de Pesquisa, v. 772, 2015.

DORIGONI, Gilza Maria Leite; SILVA, João Carlos da. ARTIGO. Mídia e Educação:
o uso das novas tecnologias no espaço escolar, [S. l.], p. 1-18, 14 jul. 2008.

FANTIM, Mônica. ARTIGO. Mídia-educacão: aspectos históricos e teórico-


metodológicos, [S. l.], p. 1-15, 27 abr. 2011.

FELIZARDO, M. H. V.; COSTA, F. A. A formação de professores e a integração


das TIC no currículo: com que formadores? CONGRESSO INTERNACIONAL TIC
E EDUCAÇÃO, 2, 2012. Atas... Lisboa, 2012.

FERRÃO, R. G. Metodologia cientifica para iniciantes em pesquisas. Linhares,


ES: Unilinhares / Incaper, 2013.

FERNANDES Natália de Andrade. Reflexões Sobre a Utilização das Tecnologias


no Processo de Ensino Aprendizagem da Educação Patrimonial no Brasil. 2018.

GARCIA, M. F. (el at). Novas competências docentes frente às tecnologias


digitais interativas. Revista Teoria e Prática da Educação. Campinas- SP. V. 14.
N.1.p.76-87. Jan/abr 2011. Disponível em
<https://www.academia.edu/24882516/Novas_Competencias_Docentes_Frente_As_
Tecnologias_Digitais_Interativas>. Acesso em: 29/12/2020.

GÓIS, Rizzardo Roderico Pessoa Queiroz de Rodrigues et al. ARTIGO. Tecnologias


da informação e comunicação no ensino superior e seus beneficios, [S. l.], p. 1-
10, 28 jun. 2018.

HACK, Josias Ricardo. Introdução à educação à distância. Florianópolis:


LLV/CCE/UFSC, 2011.

JÚNIOR, Ismael Lemes Vieira; MELO, José Carlos de. ARTIGO. Utilizando as
tecnologias na educação: possibilidades e necessidades nos dias atuais, [S. l.],
p. 1-13, 4 abr. 2021.

55
JÚNIOR, Cecilio Argolo et al. ARTIGO. Ambiente Virtual De Aprendizagem:
Importância Das Habilidades Tecnológicas Em Tempos De Pandemia Da Covid-
19, [S. l.], p. 1-10, 12 jan. 2020.

JÚNIOR, Claudemir Públio. ARTIGO. Formação docente frente às novas


tecnologias: desafios e possibilidades, [S. l.], p. 1-22, 14 jun. 2018.

Kenski, V. (2013). Educação e tecnologias. O novo ritmo da informação.


Campinas: Papirus.

LEITE, L. S. Novas tecnologias: aprender para ensinar. Educação para o mundo


do trabalho, ed. 185, ano 16 – ago. 2013.

LIMA, R. C. Distanciamento e isolamento sociais pela Covid-19 no Brasil:


impactos na saúde mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 30,
n. 2, e300214, p. 1-10, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/physis/v30n2/0103-7331- physis-30-02-e300214.pdf.
Acesso em: 01 jun. 2021.

MARQUES, Alenilson Santos; MARQUES, Jamille Santos. artigo. O papel da


tecnologia educacional na transmissão de conhecimento na pandemia da covid-
19, [S. l.], p. 1-12, 28 maio 2021.

MARTINS, Cleuza Joana de Lima. As novas tecnologias da informação e


comunicação. 2018.

MARTINS, Sandra Cristina Batista et al. ARTIGO. Tecnologias na educação em


tempos de pandemia: uma discussão (im)pertinente , [S. l.], p. 1-22, 17 ago. 2017.

MINOZZO, Luis Cesar; CUNHA, Gladis Franck da; SPINDOLA, Marilda Machado. A
Importância da capacitação para o uso de tecnologias da informação na prática
pedagógica de professores de ciências. Revista Interdisciplinar de Ciência
Aplicada, v. 1, n. 1, 2016. Disponível em:
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/ricaucs/article/download/4306/2468. Acesso
em: 23 dez. 2020.

56
MOREIRA, Esdras. ARTIGO. TECNOLOGIA Novas tecnologias de comunicação e
o futuro das nossas relações, [S. l.], p. 1-8, 1 jun. 2021.

MOREIRA. E. EAD do Ser Educacional volta a ser destaque em prêmio


internacional. Ser Educacional Notícias, 2020. Disponível em:
https://www.sereducacional.com/noticias/ead-do-ser-educacional-volta-ser-
destaqueem-premio-internacional. Acesso em: 01 jun. 2021.

NOVAES, Marcos Adriano Barbosa de et al. ARTIGO. Metodologias ativas no


processo de ensino e de aprendizagem: Alternativas didáticas emergentes , [S.
l.], p. 1-10, 14 abr. 2021.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO


(2009). TICs na educação do Brasil. Disponível em: http://www.
unesco.org/new/pt/brasilia/communicationand-information/ict-in-education/. Acesso
em 04/01/2021.

MOURA, D. 'H. A relação entre a educação profissional e a educação básica na


CONAE 2010: possibilidades e limites para a construção do novo Plano Nacional
de Educação. Educação e Sociedade, n. 112, p. 875-894, 2015.

PASSERO, Guilherme; ENGSTER, Nélia Elaine; DAZZI, Rudimar Luís.


ARTIGO. UMA REVISÃO SOBRE O USO DAS TICS NA EDUCAÇÃO DA
GERAÇÃO Z, [S. l.], p. 1-8, 14 dez. 2016.

PAULA, Lorena Tavares de. Informação em ambientes virtuais de aprendizado


(AVA). 148f. 2009. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)– Universidade
Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação, Programa de Pós-
graduação em Ciência da Informação. Belo Horizonte.

PEREIRA, Leonardo Romão; SCHUHMACHER, Vera. R.N; SCHUMACHER, Elcio;


DALFOVO, Oscar. O uso da tecnologia na educação, priorizando a tecnologia
móvel. Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica – SENEPT, III.
Anais ... Belo Horizonte: Cefet-Mg, 2012.

57
PEREIRA, Maria Aparecida Carvalho et al. ARTIGO. Formação docente: os
desafios de novas aprendizagens em tempo de pandemia com a utilização das
tics, [S. l.], p. 1-9, 17 out. 2020.

PESSOA, Francisco Nunes. ARTIGO. Desafios da formação inicial docente para


uso das tdic na educação básica, [S. l.], p. 1-17, 17 ago. 2020.

PIVATO, M. G.; OLIVEIRA, M.R. F. O uso das novas tecnologias educacionais


com alunos do 3° ano do ensino médio. In: III Jornada de Didáticas e Desafios para
a Docência e II Seminário de Pesquisa do CEMAD. Ed. 3. 2014.

POSSA, André Dala et al. TRANSLITERACIA NA PALMA DA MÃO: o smartphone


na educação do século XXI. Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e
Artes. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação. 2015. Disponível
em: https://docplayer.com.br/14086124-Transliteracia-na-palma-da-mao-o-
smartphone-naeducacao-do-seculo-xxi.html Acesso em 23 jun 2021.

REIS, Juciele Santos dos; LEAL, Débora Araújo. ARTIGO. A importância da


democratização digital e seus reflexos na educação mediante a pandemia do
COVID-19, [S. l.], p. 1-10, 10 jun. 2021.

REIS, Simone Rocha; SANTOS, Felipe Alan Souza; TAVARES, Jorge Alberto Vieira.
O uso das TICs em sala de aula: uma reflexão sobre o seu uso no colégio Vinícius
de Moraes/São Cristóvão. 3º Simpósio Educação e Comunicação. Infoinclusão:
possibilidades de ensinar e aprender. De 17 a 19 de set. de 2012.

REINALDO, Francisco et al. ARTIGO. Impasse aos Desafios do uso de


Smartphones em Sala de Aula: Investigação por Grupos Focais , [S. l.], p. 1-16,
10 set. 2016.

RIBAS, Ana Carolina; OLIVEIRA, Bianca Soares; GUBAUA, Camila Aparecida; REIS,
Gisele da Rocha; CONTRERAS, Humberto Silvano Herrera. ARTIGO. O uso do
aplicativo qr code como recurso pedagógico no processo de ensino e
aprendizagem, [S. l.], p. 1-10, 2 dez. 2017.

58
SANTOS, Ari de Sousa. ESMERALDO, Guilherme Álvaro Rodrigues Maia. FERRAZ,
Jairo Menezes de. O professor e a tecnologia: O Impacto do Uso das TIC’s no
Processo de Ensino-Aprendizagem. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 06, pp. 205-217. Janeiro de 2020.
SEIXAS, Carlos Alberto et al. ARTIGO. Ambiente virtual de aprendizagem:
estruturação de roteiro para curso online, [S. l.], p. 1-10, 17 dez. 2012.

SILVA, Américo Júnior Nunes da et al. Livro. Capitalismo Contemporâneo e


políticas Educacionais, [S. l.], p. 1-323, 22 jun. 2021.

SILVA Carla Glycia Santos. Estratégias de Ensino: Experiência na disciplina


Metodologia do Ensino Superior com TIC. 2018.

STYLIANOUDAKIS, Marília; BÔAVENTURA, Ricardo Soares. ARTIGO. QR codes


como ferramenta interativa e facilitadora do processo de ensino e
aprendizagem, [S. l.], p. 1-7, 11 ago. 2017.

SOARES, Luiza Carla da Silva. ARTIGO. Dispositivos móveis na educação:


desafios ao uso do smartphone como ferramenta pedagógica, [S. l.], p. 1-12, 15
maio 2016.
TAZRA, S. F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o
professor na atualidade. Érica, 2015. ISBN 8536502002.

TYSKA, Vanessa. ARTIGO. O uso do smartphone como ferramenta de pesquisa


pelos estudantes do ensino médio , [S. l.], p. 1-67, 12 out. 2018.

UNESCO. Unesco recomenda o uso de celulares como ferramenta de


aprendizado. Março 2013. Todos Pela Educação. Disponível em:
https://todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/26059/unesco-
recomenda-o-uso-de-celulares-como-ferramenta-de-aprendizado/. Acesso em:
23/06/2021.

BIBLIOGRAFIA

59
AMORA Michelle. Formação de professores do ensino superior utilizando TIC
com ênfase em M-learning. 1ª ed. - Lisboa: Chiado Books, 2018. ISBN 978-989-52-
4067-8.

DE OLIVEIRA, Claúdio. TIC’S na educação: a utilização das tecnologias da


informação e comunicação na aprendizagem do aluno. Pedagogia em Ação, v. 7,
n. 1, 2015.

RAMOS Maria Altina. Tecnologias e Processos Inovadores na Educação. Editora:


EDITORA CRV. Edição 1ª. ISBN:978-85-444-1126-1.

ROJO, R. (Org.). Escol@ Conectada: os multiletramentos e as TIC’s. 1ª ed. São


Paulo/SP. Parábola. 2013.

SALES Mary Valda Souza. Tecnologias e educação a distância: os desafios para


formação. Editora Eduneb. Edição 1. 2018. ISBN9788578873585.

SILVA, Vladimir et al. ARTIGO. Pensamento computacional na formação de


professores: experiências e desafios encontrados no ensino da computação em
escolas públicas, [S. l.], p. 1-10, 15 jun. 2017.

60

Você também pode gostar