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Tema 01
Principais Fundamentos e Conceitos
da Política Nacional de Assistência
Social
Tema 01
Principais Fundamentos e Conceitos da
Política Nacional de Assistência Social
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
• Ao longo do século XX, o Estado Republicano brasileiro atuou de forma seletiva sobre
a seguridade social, ora priorizando a previdência ora a saúde, incapaz de interferir no
plano a assistência social e reverter à desigualdade e pobreza.
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
LEITURAOBRIGATÓRIA
Principais Fundamentos e Conceitos da Política Nacional
de Assistência Social
Ao iniciar o tema faz-se necessário esclarecer que a Assistência Social é uma das três
dimensões que compõe a Seguridade Social. É fundamental entender que a Seguridade
Social tem por princípio ser uma política pública social que amplie o acesso a direitos sociais
e a responsabilidade do Estado no enfrentamento, redução e prevenção de situações de
vulnerabilidade e risco social. No contexto brasileiro, as autoras apresentam um processo
histórico dialético de avanços e retrocessos. Esse é o movimento contraditório entre a
elaboração de dispositivos institucionais legais e todas as formas de atrasos na efetivação
material. Frente às políticas neoliberais desestruturastes (PEREIRA, 2012, 18), constitui
uma das ideias centrais do Livro-Texto.
Assim, as autoras apontam que pesquisas sobre políticas sociais indicam que,
historicamente, elas estiveram subordinadas aos interesses econômicos dominantes, com
baixa efetividade social. Portanto, a assistência social, por décadas, foi um espaço da não
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LEITURAOBRIGATÓRIA
política, caracterizado pelo apadrinhamento do mandonismo e coronelismo e cristalizou
uma forma arcaica de fisiologismo próprio da política brasileira.
Desta forma, é importante salientar que a Política Nacional de Assistência Social é fruto
de um processo recente. Assim, o contexto dela remete a luta, na década de 1980, dos
movimentos sociais pela terra, pela moradia e dos sindicatos frente à carestia de alimentos
e à inflação (BELIK, et al., 2001), os quais articularam forças sociais que influenciaram na
elaboração do Capítulo II – Da Seguridade Social (art. 194 a 204) da Constituição Federal
de 1988. A inovação nesse dispositivo de lei foi estabelecer o caráter não contributivo para
aqueles que precisem acessar serviços de seguridade social.
Somente após cinco anos da promulgação do texto constitucional, foi aprovada a Lei Orgânica
de Assistência Social (n. 8.742/1993), legislação que regulamentou a política de assistência
social com caráter não contributivo, posição central do Estado enquanto promotor de acesso
e direitos a serviços sociais, além da participação e controle pela sociedade na formulação,
gestão e execução de políticas assistenciais. (COUTO et al., 2012, p. 56).
Contudo, o contexto político econômico brasileiro do início da década de 1990 aponta para
conjuntura paradoxal na qual os avanços nesses dispositivos que buscam a integração
social são contrapostos à pressões externas por reformas estruturais econômicas do ideário
neoliberal, que colocam em marcha o processo de desmantelamento de direitos sociais.
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LEITURAOBRIGATÓRIA
dispersas e busca aliviar a situação de penúria social nos bolsões de pobreza. “Esta
pulverização mantém a Assistência Social sem clara definição como política pública
e é funcional ao caráter focalista que o neoliberalismo impõe às políticas sociais na
contemporaneidade” (COUTO et al., 2012, p.58).
Em suma, a década de 1990 é marcada pelas pressões internacionais em forjar uma nova
relação entre Estado, sociedade e mercado, o que coloca em questão a possibilidade ou
não de se garantir direitos por meio de políticas sociais públicas. Processo esse que estava
em construção.
Sendo assim, a NOB-SUAS 2005, articulado a PNAS -2004, tem promovido em todo o
território brasileiro a disputa na direção e execução das políticas de assistência social por
sujeitos políticos orientados pela justiça social e promoção de direitos, que, com escopo
técnico, tem enfrentado as resistências das formas arcaicas de assistencialismo.
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LEITURAOBRIGATÓRIA
Nesse sentido, as autoras apresentam cinco eixos estruturantes do PNAS para articulação
das políticas públicas para o enfrentamento das questões sociais: 1) Intersetorialidade:
integração entre programas e serviços frente a fragmentação de políticas focalizadas, com
objetivo de agregar políticas em redes municipais; 2) Usuários da Política: perspectiva de se
superar a ideia de segmentos por faixa etária ou situação de exclusão social para se fortalecer
a categoria de cidadãos ou grupos que e encontrem em situações de vulnerabilidade ou
risco social. 3) Matricialidade Sócio Familiar: deslocar o foco do indivíduo para o grupo
familiar, os arranjos e rearranjos que permeiam essa instituição. 4) Financiamento: criação
do cofinanciamento para realização da política de proteção, com critérios da proteção social
básica ou especial. 5) Estruturação da proteção social CRAS e CREAS: são dois os níveis
de atuação para proteção social.
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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Acesse o site: Planalto Nacional.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.
htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Consulte os artigos 194 ao 204 da Constituição Federal, de 1988. Presidência da República.
Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de outubro de 1988.
Vídeos Importantes
Sistema Único de Assistência Social (SUAS) completa sete anos.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=E-Mb6WUUPVo&feature=BFa&list=PL9
BAB2EB5CFC7EDEF>. Acesso em: 02 jan. 2014.
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LINKSIMPORTANTES
A diretora de Gestão do SUAS, da Secretaria Nacional de Assistência Social/MDS, Simone
Albuquerque, apresenta de forma breve quais são os objetivos do Sistema Único de
Assistência Social, bem como balanço do sete anos de sua existência.
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 5:
A PNAS situa a Assistência Social como Questão 7:
Proteção Social e aponta para a realização A Constituição Federal Brasileira de 1988 e
de ações direcionadas para proteger os ci- a Lei Orgânica da Assistência Social (1993)
dadãos contra os riscos sociais inerentes trouxeram a questão da Assistência Social
aos ciclos de vida e para o atendimento de no país para um novo campo: o campo da
necessidades individuais ou sociais. A es- Seguridade Social e da Proteção Social.
truturação da Proteção Social a ser ofertada Nesse sentido, como se conceitua “Seguri-
pela Assistência Social é apresentada em dade Social” e “Proteção Social”?
dois níveis de atenção: ________________
e _________________.
Questão 8:
a) Proteção Social Básica; Proteção A Medida Provisória n. 813 instituiu o Pro-
Social Intermediária. grama Comunidade Solidária, que se ca-
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AGORAÉASUAVEZ
racterizava por seu grande apelo simbólico
e contribui para fragilizar a Assistência So-
cial no país. Explique de que maneira isso
ocorreu.
Questão 9:
A Política Nacional de Assistência Social
(PNAS) de 2004 vai explicitar e tornar cla-
ras as diretrizes para efetivação da Assis-
tência Social no Brasil. Dessa forma, apon-
te três objetivos dessa política.
Questão 10:
Os Serviços de Proteção Social devem pro-
ver um conjunto de seguranças que redu-
zam ou previnam riscos e vulnerabilidades
sociais. Entre as seguranças a serem ga-
rantidas, existe a Segurança de Convívio.
Em termos ideais, explique como ocorrem
essas garantias legais para o funcionamen-
to da Segurança de Convívio.
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FINALIZANDO
Neste tema, você estudou que, ao longo do século XX, o Estado Republicano brasileiro
atuou de forma seletiva sobre a seguridade social, ora priorizando a previdência ora a saúde,
incapaz de interferir no plano a assistência social e reverter à desigualdade e pobreza. No
Brasil, as políticas sociais historicamente estiveram subordinadas aos interesses econômicos
dominantes, com baixa efetividade social. No contexto das políticas neoliberais da década
de 1990 foi um revés para o processo de normatização dos dispositivos constitucional
de seguridade social. Somente após 5 anos da promulgação da Constituição Federal foi
aprovada a Lei Orgânica de Assistência Social (n. 8.742/1993), legislação que regulamentou
a política de assistência social. E, após dez anos, foi aprovada a primeira Política Nacional
de Assistência Social, em 1998. Portanto, por décadas a Assistência Social esteve relegada
ao plano do clientelismo, apadrinhamento e mandonismo político, estrutura que caracteriza
uma cultura não política, que não permite a participação e luta pela emancipação das
populações em situação de risco ou vulnerabilidade. O avanço para Política de Seguridade
Social ocorre com aprovação, em 2004, da Política Nacional de Assistência Social que busca
normatizar a implementação do Sistema Único de Assistência Social. Em julho de 2005,
foi aprovada a NOB-SUAS n. 130 que prevê a articulação a outras políticas setoriais para
o enfrentamento das desigualdades socioterritoriais brasileiras, destacando-se conceitos
como intersetorialidade, matricialidade sócio familiar e novos perfis para os sujeitos de
direitos dessas políticas sociais.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
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REFERÊNCIAS
BELIK, WALTER; SILVA, JOSÉ GRAZIANO DA; TAKAGI, MAYA. Políticas de combate
à fome no Brasil. São Paulo Perspec. São Paulo, v. 15, n. 4, Dec. 2001. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392001000400013&lng=
en&nrm=iso>. Acesso em: 02 jan. 2014.
GLOSSÁRIO
Workfare: segundo a Assistente Social Potyara Amazoneida P. Pereira (2012), trata-se
da inversão da lógica do Estado de Bem-Estar Social, no qual os direitos sociais eram de
responsabilidade do Estado, garantidos a todos, mesmo aqueles que não estavam inseridos
na sociedade assalariada. Assim, o direito de bem-estar é garantido em troca do trabalho
ou da busca por ele.
Welfare State: “(...) Estado que garante “tipos mínimos de renda, alimentação, saúde,
habitação, educação, assegurados a todo o cidadão, não como caridade, mas como direito
político.” (WILENSKY apud BOBBIO, 1998, p.416).
Modelo Keynesiano: tem por princípio a intervenção estatal na economia pela busca do
pleno emprego, cobranças de impostos, investimento do lucro na produção e política de
empréstimos para circular mercadorias.
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GLOSSÁRIO
Consenso de Washington: reunião ocorrida em 1989, em que representantes das
instituições, como Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Banco Interamericano
de Desenvolvimento, impõem aos presidentes dos países da América Latina medidas como
austeridade fiscal, e abertura de mercados.
GABARITO
Questão 1
Espera-se que o aluno elabore a sua resposta sem apresentar uma visão nuclear de família,
dotando de um entendimento sobre o conceito de maneira a colocá-lo enquanto fenômeno
social plural.
Questão 2
Resposta: Alternativa E.
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GABARITO
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Justificativa: todas as alternativas estão corretas, visto que a Política de Assistência Social
compõe junto com a Previdência Social e a Política de Saúde o tripé da Seguridade Social
brasileira. Também a PNAS expressa as deliberações da IV Conferência Nacional de
Assistência Social, que foi realizada em 2003, e junto com o SUAS tem liberado forças
políticas que disputam a direção social da assistência social na perspectiva da justiça e dos
direitos que conseguem consagrar.
Questão 4
Resposta: Alternativa C.
Questão 5
Resposta: Alternativa D.
Justificativa: os dois níveis de atenção da Proteção Social são Proteção Social Básica e
Proteção Social Especial (de alta e média complexidade).
Questão 6
Resposta: A assistência social no Brasil se caracterizava como “não política”. Era renegada
como secundária e marginal no conjunto das políticas públicas e apoiada por décadas na
matriz do favor, do clientelismo, do apadrinhamento e do mando. Possuía, dessa forma,
pouca efetividade social.
Questão 7
Resposta: Seguridade Social pode ser definida como um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos
à saúde, à previdência e à assistência social; Proteção Social pode ser definida como um
conjunto de iniciativas públicas ou estatalmente reguladas para a provisão de serviços e
benefícios sociais visando a enfrentar situações de risco social ou de privações sociais.
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GABARITO
Questão 8
Resposta: O Programa Comunidade Solidária foi apresentado pelo governo como principal
estratégia para enfrentar a pobreza no país, reforçando a tradição dessa área: a da
fragmentação e de superposição de ações. A Medida Provisória repartiu e obscureceu em
vários Ministérios as atribuições constitucionais previstas para a Assistência Social e, dessa
forma, a Assistência Social ficou fragilizada e continuou sem uma clara definição enquanto
política pública.
Questão 9
Resposta:
Questão 10
Resposta: A segurança de convívio ocorre por meio da oferta pública de serviços continuados
e de trabalhos socioeducativos que garantam a construção, restauração e fortalecimento de
laços de pertencimento e vínculos sociais de natureza geracional, intergeracional, familiar,
de vizinhança e societários.
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Gestão do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
Autor: Rafael Aroni
Tema 02
Os Sujeitos de Direitos na Política
Nacional de Assistência Social
Tema 02
Os Sujeitos de Direitos na Política Nacional de
Assistência Social
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
• O usuário enquanto cidadão ou grupos que estão excluídos dos serviços de proteção
pública, como: trabalho, serviços sociais e redes sociorrelacionais, portanto, em situações
de vulnerabilidade ou risco social.
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
LEITURAOBRIGATÓRIA
Os Sujeitos de Direitos na Política Nacional de
Assistência Social
A Lei Orgânica de Assistência Social, ao regulamentar os dispositivos constitucionais
de Assistência Social, estabelece que os sujeitos ou grupos que demandam o serviço de
proteção são todos aqueles cidadãos que dela necessitarem. Assim, busca-se romper
com a dependência ou transformação do serviço com caráter de caridade para tornar-se
direito consubstanciado na política social, que, ao delimitar situações de vulnerabilidade
e risco social, como carência econômica, desemprego, idade, gênero e raça/etnia,
busca forjar condições para o protagonismo dos sujeitos desses direitos. (YASBEK, 1995;
SANT’ANA, 2009).
É importante que você analise o contexto da conjuntura em que esses dispositivos passam a
ser regulamentados e normatizados. O desemprego estrutural, tanto pela clássica situação
da substituição da força de trabalho humana pelo avanço tecnológico, quanto por expressão
da política do neoliberalismo, marcaram a década 1990, como a atual. Conjugado a esse
contexto, observa-se o aumento da situação de atividades laborais com nenhuma proteção
social, como a informalidade, o que aponta para novas formas em se articular trabalho, pobreza
e desigualdade social, para famílias e trabalhadores precarizados. (COUTO, 2012, p. 69).
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LEITURAOBRIGATÓRIA
Por outro lado, tornam-se objeto de estudos ou, mesmo, perceptível o senso comum, os
efeitos que os programas de transferência de renda como Bolsa Família ou aposentadoria
rural têm sobre dinâmicas de pequenos municípios nos quais a economia local, geralmente
fundamentada na agricultura para subsistência, depende dos recursos desses programas.
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LEITURAOBRIGATÓRIA
remeter à perspectiva de Vicente Faleiros (1991) sobre política pública de assistência social
na constituição de diversas instituições de um Complexo Socioassistencial, no qual: “as
políticas sociais se desenvolvem em articulação com a inclusão, a reprodução e exclusão da
mão de obra no processo produtivo e com as lutas sociais (p. 36)”. Portanto, é fundamental
refletir sobre as implicações em se delimitar uma política não contributiva de seguridade social
ao perfil dos usuários ou dos sujeitos demandatários desses direitos na conjuntura atual.
4) Por último, conceitos de vulnerabilidade e risco social não são estáticos, principalmente
em uma sociedade capitalista, estruturada pela desigualdade social. Portanto, a política
social devem ir além da mera realização de direitos sociais, já que seria a mera reprodução
institucionalizada da desigualdade social, “trata-se de reconhecer essa desigualdade, de
identificar que há um campo de atuação importante que atende a necessidades sociais da
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LEITURAOBRIGATÓRIA
população e que trabalhá-las como direitos da cidadania rompe com lógica de responsabilizar
o sujeito pelas vicissitudes e mazelas que o capitalismo produz.” (COUTO et al., 2012, p. 72).
Outras duas dimensões são abordadas para a Política Nacional de Assistência Social,
as quais configuram importantes mudanças no entendimento da ação dessa política. A
territorialidade, que será tratada no próximo tema, busca superar a fragmentação, por
meio do planejamento e monitoramento de redes de serviços, com objetivo de um alcance
universal da cobertura do sistema, entende que: “A compreensão que incorpora a dimensão
territorial das políticas públicas reconhece os condicionamentos de múltiplos fatores sociais,
econômicos, políticos, culturais, nos diversos territórios, que levam segmentos sociais e
famílias a situação de vulnerabilidade e risco social.” (COUTO et al, 2012, p.73).
Por último, a dimensão da matricialidade sociofamiliar, estabelecido pela PNAS (2004) que
a família é o foco de proteção social e princípio ordenador das ações a serem realizadas
pelo SUAS. Contudo, há que se fazer a reflexão sobre o caráter historicamente construído
sobre essa instituição. A crítica à políticas assistenciais pautadas na disciplina e caráter
moralizador de famílias pobres deve ser questionada pelos desafios em se conhecer a
realidade de novos arranjos e rearranjos familiares e contrapostos a padrões burgueses do
funcionamento desta instituição e, portanto, o reconhecimento de suas particularidades ao
pertencimento a uma classe social.
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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o texto Assistência Social.
Disponível em: <http://www.mds.gov.br/assistenciasocial>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Vídeos Importantes
Milton Friedman em Entrevista Clássica – parte 1 de 3.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=-k6PBWi3OlM>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Um dos principais economistas teóricos do neoliberalismo apresenta argumentos contrários
ao Estado de Bem-Estar Social.
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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1: Questão 2:
A existência dos CRAS e dos CREAS como A PNAS de 2004 ampliou o conceito de
unidades públicas estatais cria oportunida- usuário da Assistência Social. Assinale a
de inédita de qualificação e articulação dos alternativa que indica um dos grupos de
serviços, programas, projetos e benefícios usuários incorporados para além dos sujei-
voltados para o atendimento das necessi- tos históricos tradicionais:
dades sociais e direitos da população nos
seus territórios de abrangência. É a pre- a) Desempregados, subempregados e
sença do Estado nos territórios de mora- precarizados nos seus vínculos laborais.
dia da população com direito de acesso a
b) Idosos.
serviços e programas sociais públicos e de
qualidade (RAICHELIS, 2010, p. 768). c) Pessoas com Deficiência.
Sendo assim, com base em seus conheci- d) Crianças e Adolescentes.
mentos e experiências, elabore um peque-
no texto com o seu entendimento a respei- e) Indígenas.
to de como atuam o CRAS e o CREAS.
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3: dem a não circular ou interagir em áreas
comuns.
Sobre o papel que é atribuído a Assistência
Social nos dias de hoje, é correto afirmar Ela expressa um novo padrão de organiza-
que: ção das diferenças no espaço urbano que
redefine os processos de interação social e
a) É uma solução para combater a pobreza de sociabilidade coletiva.
e nela imprimir o selo do enfrentamento
Essa nova cartografia promove a convivên-
moral da desigualdade.
cia entre grupos e classes heterogêneos,
b) Deve focalizar os bolsões de pobreza, assim como os mais diversos usos e “con-
direcionando seus esforços apenas para trausos” da cidade.
os mais pobres entre os pobres.
a) I apenas.
c) Não deve incluir entre os seus assistidos
os trabalhadores assalariados, pois estes b) I, II, III.
não precisam de proteção social.
c) I, II.
d) Se constitui no lugar de proteção em
d) III apenas.
contraponto ao trabalho formal.
e) Nenhuma das afirmações.
e) Deve criar mecanismos para garantir
que a população usuária da Assistência
Social rompa com o estigma de Questão 5:
desorganizada, despolitizada e disponível A respeito da noção de vulnerabilidade e
para manobras eleitorais. risco social, é possível concluir que:
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AGORAÉASUAVEZ
d) A vulnerabilidade deve ser pensada Questão 9:
somente em casos de grupos específico,
Nos últimos anos, o debate sobre a família
como idosos, mulheres grávidas e
vem adquirindo centralidade no contexto
crianças.
das Políticas Públicas, visto que cada vez
e) A vulnerabilidade e os riscos não mais a família é colocada no centro das po-
devem ser enfrentados como produtos líticas de garantia dos direitos. Segundo o
da desigualdade advinda do sistema Livro-Texto, como essas iniciativas estão
capitalista. sendo desenvolvidas?
Questão 8:
A perspectiva territorial, incorporada pelo
SUAS, é uma grande mudança na Política
de Assistência Social. Qual é o avanço ge-
rado pela incorporação dessa abordagem
na Política de Assistência Social? Explique
como ela funciona e no que essa aborda-
gem se fundamenta.
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FINALIZANDO
Neste tema você estudou que há necessidade de romper com a percepção estigma
ao usuário de política social, enquanto subalterno ou dependente, e, assim, romper com a
ideia da Assistência Social como caridade. A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS n.
8.742) delimita a situação dos demandatários da política aos critérios de vulnerabilidade
e risco social, os quais devem ser atualizados ao contexto da conjuntura do capitalismo
contemporâneo. Assim, desempregados, subempregados e precarizados articulam-se a
essa política como novas formas de reprodução da desigualdade social e pobreza. Assim,
as autoras do Livro-Texto apontam para o processo de redefinição do perfil dos usuários da
assistência social, os quais devem ser observados pela análise ampla das transformações
estruturais do capitalismo contemporâneo. A dinâmica entre outras formas de trabalho e
condições de reprodução social da força de trabalho pressionaram o Estado a incorporar
novos contingentes populacionais demandatários dos serviços públicos de assistência
social, como expressado na PNAS de 2004. Para se traçar esse perfil dos usuários é central
questionar: 1) pela herança de um caráter conservador nos atributos de identidade dos
usuários de políticas sociais no Brasil; 2) a ausência da categoria de análise de classe
social na abordagem da política de assistência social e 3) o assistente social deve pautar o
entendimento de que os usuários não são desorganizados, despolitizados ou mera massa
de manobra eleitoral. Além de se considerar conceitos como territorialidade e matricialidade
sociofamiliar.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
14
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do tra-
balho no mundo contemporâneo. São Paulo: Cortez, 1995.
GLOSSÁRIO
Vulnerabilidade e risco social: as políticas sociais visam ações que cubram, reduzam e
previnam situações decorrentes da pobreza, como ausência de renda, renda precária ou
não acesso a serviços públicos, além das situações de fragilidade nos vínculos afetivos ou
relacionados ao pertencimento social como discriminação étnica, por idade, de gênero ou
deficiências.
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GLOSSÁRIO
Desemprego Conjuntural: fator que influência é um situação temporária de crise econômica,
por exemplo, queda na produção industrial, ou queda nas vendas, diminuição da prestação
de serviços.
Fordismo: o modelo fordista de produção foi criado por Henry Ford (1863-1947) para
produção em massa de automóveis. O sistema previa a atividade repetitiva nas operações
laborais bem como um dos primeiros sistemas de crédito para os operários poderem
adquirem os bens produzidos.
GABARITO
Questão 1
A resposta do aluno deverá se referir a, pelo menos, algum dos pontos das definições de
CRAS E CREAS citadas acima.
16
GABARITO
Questão 2
Questão 3
Resposta: Alternativa E.
Questão 4
Resposta: Alternativa C.
Questão 5
Resposta: Alternativa B.
17
GABARITO
enfrentados de forma individual, assim como eles são produtos da desigualdade advinda do
sistema capitalista. Por fim, a D está incorreta pois a noção de risco e vulnerabilidade deve
abarcar toda a população, não apenas grupos específicos. A alternativa B possui a única
resposta correta, pois, de acordo com o Livro-Texto, muitas situações de risco social e de
vulnerabilidade são determinadas pelos processos de produção e reprodução social.
Questão 6
Questão 7
Resposta: Desde a Poor Law (1834), a Assistência Social não era reconhecida como
direito de cidadania, mas, sim, como uma alternativa à condição de cidadão que, para
acessar alguma modalidade de proteção social pública, tinha que renunciar ao estatuto da
cidadania. Era bastante clara a dualidade existente entre o “pobre”, aquele que dependia da
assistência social, e o “trabalhador”, que trabalhava e não precisava da assistência social.
Questão 8
Questão 9
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GABARITO
ações protetivas que favoreçam a melhoria de suas condições sociais como em ações que
acabem por sobrecarregar e pressionar ainda mais essas famílias, exigindo que assumam
novas responsabilidades diante do Estado e da Sociedade.
Questão 10
Resposta: Arranjos familiares diversos sempre foram características das famílias pobres.
No entanto, essas características foram tratadas ao longo dos tempos como distorções que
deveriam ser corrigidas pelos trabalhadores sociais nos atendimentos às famílias. Nesse
sentido, tem-se construído modelos de intervenção no âmbito da família que dialogam com
esses arranjos como se eles fossem indevidos, buscando preferencialmente os padrões e
expectativas da família burguesa quanto ao seu funcionamento e desempenho de papéis
paternos e maternos.
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Gestão do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
Autor: Rafael Aroni
Tema 03
A Territorialização das Questões
Sociais, o Papel dos Municípios no
Sistema Único da Assistência Social
Tema 03
A Territorialização das Questões Sociais, o
Papel dos Municípios no Sistema Único da
seções
Assistência Social
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
LEITURAOBRIGATÓRIA
A Territorialização das Questões Sociais, o Papel dos
Municípios no Sistema Único da Assistência Social
De maneira introdutória, para você compreender a importância da abordagem territorial
na política de assistência social, deve-se remeter a Lei Orgânica de Assistência Social, que
em sua diretriz de implantação e implementação prevê a descentralização da política de
assistência, como estabelece a lei:
Art. 6o A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a
forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de
Assistência Social (SUAS), com os seguintes objetivos: § 1o As ações ofertadas
no âmbito do SUAS têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à
infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território.
(BRASIL, LOAS n.º 8.742, 1993)
6
LEITURAOBRIGATÓRIA
As autoras do Livro-Texto apresentam o entendimento de território de duas formas
complementares, “onde se concretizam as manifestações da questão social e se criam os
tensionamentos e as possibilidades para seu enfrentamento” (COUTO et al., 2012, p. 73) e
outra abordagem é a que pressupõe a “lógica de proximidade ao cidadão”, ou seja, a lógica
de territorialização “para além da dimensão geográfica, concebendo-o como “espaço
habitado”, fruto da interação entre os homens, síntese das relações sociais” (COUTO et
al., 2012, p. 73). Portanto, são espaços de disputa pelo reconhecimento da cidadania nas
relações sociais.
A última questão remete a autocrítica de que o processo de territorialização pode acarretar uma
inclusão excludente das populações ou indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade ao
se reforçar estigmas e marcadores sociais negativos. Portanto, é um processo em disputa pelo
reconhecimento das necessidades sociais das populações com perspectiva de emancipação
e ruptura a peias de dominação na produção e reprodução da exclusão social.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o artigo: PEREIRA, T. D. Política Nacional de Assistência Social e território: enigmas
do caminho.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rk/v13n2/06.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
A autora aborda uma reflexão crítica aos possíveis desafios e limites da territorialização
para enfrentar a desigualdade social.
8
LINKSIMPORTANTES
Vídeos Importantes:
Assista ao documentário: Vidas no lixo.
Disponível em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=vidas_no_lixo>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O documentário aborda a questão de crianças e adolescentes que sobrevivem da coleta
de produtos recicláveis e restos de alimentos de lixos, nas ruas do Rio de Janeiro. Aborda
diferentes dimensões desta questão social.
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
9
AGORAÉASUAVEZ
do sistema de proteção social básica ou d) Espaços; território.
especial próximo ao cidadão.
e) Municípios; espaços.
b) Implica no tratamento da cidade e de
seus territórios como base de organização
Questão 4:
apenas do sistema de proteção social
básica. Grande parte das vulnerabilidades sociais
dos usuários da política de assistência so-
c) Implica no tratamento da cidade e de
cial não têm origem na dinâmica local, mas
seus territórios como base de organização
em processos estruturais. A partir dessa
apenas do sistema de proteção social
afirmação, assinale a alternativa em que
especial.
não constam esses processos.
d) Ocorre apenas considerando o território
a) Precarização e insegurança no
como espaço usado/utilizado.
trabalho.
e) Ocorre apenas considerando o espaço
b) Enfraquecimento das instituições de
como o local onde se evidenciam as
proteção social.
carências e necessidades sociais.
c) Retraimento do Estado e das Políticas
Questão 3: Públicas.
10
AGORAÉASUAVEZ
d) Segregação Social. Questão 10:
e) Tráfico de drogas. O processo de implementação do SUAS
tem alertado para questões que se colo-
cam no centro do debate em relação a
Questão 6:
territorialização. Uma das questões apre-
A dimensão territorial é vislumbrada como sentadas é em relação a um possível pro-
um avanço potencialmente inovador na Po- cesso de estigmatização aos quais esta-
lítica de Assistência Social. Por que adotar riam sujeitos os beneficiários do processo
essa dimensão é considerado um avanço? de territorialização. Explique o porquê este
estigma pode ocorrer.
Questão 7:
Em que se apoiam as regras que organi-
zam o espaço urbano? O que indicam es-
sas regras?
Questão 8:
Sobre a “Nova Cartografia Social das Cida-
des”. Escreva com as suas palavras o que
representa essa nova cartografia.
Questão 9:
A perspectiva adotada pelo SUAS tem
como base o princípio da territorialização.
Nesse sentido, explique o que você enten-
deu por “princípio da territorialização”. Por
que ele é considerado pelas autoras do
Livro-Texto um elemento-chave para a Po-
lítica de Assistência Social?
11
FINALIZANDO
Nesse tema, você aprendeu que a abordagem territorial é eixo estruturante da Política
Nacional de Assistência Social como objetivo da abordagem do território, a capacidade de
ruptura com medidas fragmentadas e descontínuas, além de se buscar o caráter universalista
na cobertura da Assistência Social. As autoras do Livro-Texto apresentam o entendimento
de território de duas formas complementares, enquanto lócus de manifestações das
questões sociais e para além da concepção do espaço geográfico, enquanto interações
sociais desiguais. Portanto, há que se romper com a percepção homogeneizadora da
pobreza. As diferenças nas formas de produção e reprodução da desigualdade social da
realidade brasileira apresentam situações heterogêneas próprias das dinâmicas territoriais
regionais. É necessário compreender que as realidades locais de vulnerabilidades sociais
são expressões de processos estruturais macros.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
REFERÊNCIAS
BRASIL, Presidência da República. Lei Orgânica da Assistência Social. Lei n. 8.742, de
7 de dezembro de 1993, publicado no DOU de 8 de dezembro de 1993. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.
12
REFERÊNCIAS
CALDEIRA, T. P. R. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo, São
Paulo: Editora 34, 2000.
CASTEL, R. A insegurança social: o que é ser protegido? Rio de Janeiro, Editora Vozes,
2005.
COUTO, B. R.; YAZBEK, M. C.; SILVA e SILVA, M. O.; RAICHELIS, R. O Sistema Único
de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento, 3 ed. Rev. e Atual., São
Paulo, Editora Cortez, 2012
MENDES, E.V.; TEIXEIRA, C.F.; ARAÚJO, E.C.; CARDOSO, M.R.L; Território: conceitos
chave. In: Distrito sanitário: o processo social de mudança de práticas sanitárias do siste-
ma único de saúde. São Paulo: Hucitec; 1993. p. 166-9.
GLOSSÁRIO
Territorialização: princípio de orienta a estrutura de Gestão do SUAS. Estabelece que são
diversos os fatores sociais, econômicos, políticos e culturais que acarretam na situação de
vulnerabilidade e risco social para indivíduos ou famílias. Portanto, orienta o trabalho de
localizar territórios com situações de risco social para ações de superação dessa realidade,
de forma ampla e abrangente. “O princípio da territorialização significa o reconhecimento
da presença de múltiplos fatores sociais e econômicos, que levam o indivíduo e a família a
uma situação de vulnerabilidade, risco pessoal e social” (BRASIL. NOB, 2005: p.91).
13
GLOSSÁRIO
Rede Socioassistencial: “é um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da
sociedade, que ofertam e operam benefícios, serviços, programas e projetos, o que supõe
a articulação entre todas estas unidades de provisão de proteção social sob a hierarquia
de básica e especial e ainda por níveis de complexidade (BRASIL. NOB, 2005, p. 94). Está
referenciada num território e torna-se peça fundamental para estruturação da PNAS.
GABARITO
Questão 1
Resposta:
a. O estudante deve responder o que considera por território, não existindo dessa forma,
certo ou errado.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Resposta: Alternativa B.
Questão 4
Resposta: Alternativa E.
Justificativa: a única alternativa incorreta é a “e”, visto que um dos processos estruturais
a partir do qual se originam as vulnerabilidades sociais é “a política econômica e a sua
desvinculação a política social” e não a sua vinculação. Todas as alternativas restantes
podem originar vulnerabilidades sociais de acordo com o Livro-Texto.
Questão 5
Resposta: Alternativa B.
Questão 6
Questão 7
15
GABARITO
Questão 8
Questão 9
Questão 10
Resposta: Uma das questões que devem ser debatidas é em relação a necessidade de
se considerar que o processo de territorialização pode reforçar o estigma dos territórios
“vulneráveis” e cercar e cercear a mobilidade dos sujeitos na cidade. No entanto, é necessário
pensar que a territorialização é muito importante por fazer com que aquele território pertença
à cidade e que seus sujeitos ganhem a dimensão de citadinos.
16
Gestão do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
Autor: Rafael Aroni
Tema 04
As Realidades do Sistema Único da
Assistência Social nos Municípios
Tema 04
As Realidades do Sistema Único da
Assistência Social nos Municípios
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Como articular uma Política Nacional de Assistência Social que rompa com o paradigma
do assistencialismo e filantropia?
LEITURAOBRIGATÓRIA
As Realidades do Sistema Único da Assistência Social
nos Municípios
As autoras do Livro-Texto buscaram apresentar a realidade em movimento na
construção do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). A pesquisa é realizada em
todas as regiões brasileiras, com o critério de abranger em cada uma dessas regiões dois
estados, um com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e outro com o menor,
perfazendo o total de 625 municípios, além do Distrito Federal, os quais foram sorteados
de forma aleatória e para os quais foram remetidos questionários pela internet para
diagnosticar a realidade do SUAS (COUTO, 2012, p. 49). A amostra conseguiu resultado de
208 questionários respondidos, dos quais foram apresentados a análise e problematizados
por temas. Os principais serão apresentados a seguir. É importante destacar que esse
diagnóstico é fundamental para se conhecer a realidade da implantação e implementação
do SUAS. O ano de pesquisa da pesquisa foi de 2006.
Em 69,2% dos casos a Política Nacional de Assistência Social é administrada pela Secretaria
Municipal de Assistência Social. Em 30,7% dos municípios a política é designada por
departamentos ou setores de governo. Quanto ao nível da gestão, em 57% dos municípios
a gestão é básica; 30% gestão inicial e 12% gestão plena. Como apontado pelas autoras
6
LEITURAOBRIGATÓRIA
(COUTO et al., 2012, p. 91), as políticas de caráter básica tem na prevenção das situações
de risco seu objetivo. O avanço, ainda que pequeno, pela gestão plena do município para
politicas básicas e especiais, com diferentes níveis de complexidade, é o indicativo positivo,
frente às dificuldades de estruturação do sistema.
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
d. Dos recursos financeiros em 2006: em 91,3% da fonte de recursos era o do município.
O âmbito estadual apresentou como 58,7% da fonte de recursos e recursos federais
responderam por 88,9%.
A fonte dos recursos em 71% dos municípios é de origem do Fundo Municipal de Assistência
Social (FMAS). E em 23% dos municípios, a alocação dos recursos não era do FMAS,
contrariando o estabelecido pela PNAS (2004).
Para Proteção Social Básica (PSB) o resultado da pesquisa indicou que 42% dos municípios
apresentaram o programa Bolsa Família, Programa Agente Jovem - 31,4%, Benefício de
Prestação Continuada – 30%, Apoio à Pessoa Idosa – 25,8%, Programa de Apoio e
Integração a Família (PAIF) – 24,4%, Renda Cidadã – 17,4% e Benefícios Eventuais -
11,8% (COUTO et al., 2012, p. 102 e 103). As autoras questionam os dados, como por
exemplo, programa Bolsa Família não estar presente nem na metade dos municípios
pesquisados. Destacam-se também ações de capacitação para geração de renda em 69,9%
dos municípios. As autoras apontam para diminuição na distribuição de cestas básicas.
Entretanto, os resultados apresentam incompletudes e contradições. Por último, salientam
a baixa participação dos demandatários da política em espaços de participação.
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
4. O controle social e monitoramento da PNAS nos municípios
As autoras indicam que os reduzidos percentuais captados para a existência de: equipes
técnicas estruturadas – 19,7% - Municípios, parcerias – 18,3%, Conselhos ativos – 11,5%,
articulação e integração entre as redes socioassistenciais – 7,7%, CRAS estruturado –
6,5%, Recursos alocados do FMAS – 6,3%, entre outros fatores, caracterizam um processo
fragmentado e focalizado da construção do PNAS (COUTO et al., 2012, p. 109).
9
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Acesse o texto: Bolsa Família.
Disponível em: <http://www.mds.gov.br/bolsafamilia>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Vídeos Importantes:
Implantação do SUAS - Desafios e oportunidades.
Disponível em: <http://www.promenino.org.br/Ferramentas/DireitosdasCriancaseAdolescentes/
tabid/77/ConteudoId/e50d993b-91a9-4b6c-b9c4-5adba3a11504/Default.aspx#video3>.
Acesso em: 02 jan. 2014.
10
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 8:
Explique o que significa nível de gestão do
SUAS, como podem ser classificados os
níveis de gestão de um município e em que
nível se encontra a maioria dos municípios
brasileiros.
Questão 9:
O que é possível concluir a partir do trecho
a seguir: “Quando é considerado o número
de Creas existentes nos municípios brasi-
leiros, a realidade é ainda mais marcante,
sendo indicado que 85,1% dos municípios
não constavam com Creas, somente 13%
tinham um Creas, seguindo-se a indicação
de que apenas 2% dos municípios brasilei-
13
FINALIZANDO
Nesse tema, você aprendeu sobre a heterogeneidade da realidade do Sistema
Único de Assistência Social no Brasil contemporâneo. Os dados apresentados para 208
municípios apontam que em 69,2% dos municípios a Política Nacional de Assistência
Social é administrada pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Os condicionantes
para implementação do PNAS indicam que um percentual significativo de municípios
que ainda não possuem CRAS ou CREAS. Quanto às dependências físicas, todos
apresentam dependências insuficientes, remetendo ao processo histórico de improvisação
para a execução de políticas sociais. O quadro de pessoal apresenta-se em formação,
com participação principalmente de profissionais como assistentes sociais, psicólogos e
pedagogos. Quanto aos recursos, há uma predominância dos recursos municipais em
detrimento das instâncias estaduais e federais, originários do Fundo Municipal de Assistência
Social (FMAS). Portanto, o profundo diagnóstico realizado pelo estudo apresentado no
Livro-Texto, embora apresente uma realidade em construção com dificuldades para se
estruturar, permite afirmar maior visibilidade dessa política social, que busca romper com o
assistencialismo e filantropia.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
14
REFERÊNCIAS
BRASIL, Presidência da República. Lei Orgânica da Assistência Social. Lei n. 8.742, de
7 de dezembro de 1993, publicado no DOU de 8 de dezembro de 1993. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.
COUTO, B. R.; YAZBEK, M. C.; SILVA e SILVA, M. O.; RAICHELIS, R. O Sistema Único
de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento, 3 ed. Rev. e Atual., São
Paulo, Editora Cortez, 2012
GLOSSÁRIO
Índice de Desenvolvimento Humano: indicador que busca mensurar níveis de
desenvolvimento humano ao correlacionar indicadores de educação (ano médio de estudo,
ano esperado de escolaridade e alfabetizados), longevidade (expectativa de vida ao nascer)
e renda (Produto Interno Bruto per capita). A escala três gradações, indicadores de 0 a
0, 499 são considerados baixo, de 0,500 a 0,799 são médios e acima de 0,800 são altos
índices de desenvolvimento humano.
15
GLOSSÁRIO
Proteção Social Básica: “tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares
e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos
serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de
pertencimentos social (discriminação etária, étnicas, de gênero ou por deficiência, dentre
outras)” (BRASIL. NOB, 2005, p. 33).
16
GABARITO
Questão 1
Questão 2
Resposta: Alternativa B.
Questão 3
Resposta: Alternativa A.
17
GABARITO
Questão 4
Resposta: Alternativa C.
Questão 5
Resposta: Alternativa D.
Justificativa: a alternativa correta é a D. Todas as outras são fatores que, na pesquisa, foram
considerados dificultadores ou bloqueadores na implementação da PNAS nos municípios.
Questão 6
Questão 7
Questão 8
18
GABARITO
no nível de gestão básica, a qual expressa a capacidade parcial de gestão da PNAS pelos
municípios que assumem a responsabilidade de estruturar a modalidade de proteção social
básica mediante o desenvolvimento de ações de caráter preventivo em relação a situações
caracterizadas como situações de risco.
Questão 9
Resposta: Pode-se concluir que o número de Creas no país é bastante pequeno perto
do tamanho da população, resultando no caso em que a proteção social especial, de
responsabilidade do Creas, encontra-se ainda distante das possibilidades de acesso de
grande parte da população que possa dela necessitar.
Questão 10
19
Gestão do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
Autor: Rafael Aroni
Tema 05
Principais características do Sistema
Único de Assistência Social: os
resultados de pesquisas para região
Sudeste, São Paulo e Minas Gerais
Tema 05
Principais características do Sistema Único
de Assistência Social: os resultados de
seções
pesquisas para região Sudeste, São Paulo e
Minas Gerais
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
• De que modo os resultados da pesquisa nos dois estados apresentados podem ser
analisados?
LEITURAOBRIGATÓRIA
Principais características do Sistema Único de
Assistência Social: os resultados de pesquisas para
região Sudeste, São Paulo e Minas Gerais.
A Política Nacional de Assistência Social (2004) é o marco fundamental para
o reordenamento do Sistema de Proteção Social no que se refere à Seguridade Social
enquanto política pública não contributiva, que atentem a todos que dela demandarem.
Como apontado pelas autoras do Livro-Texto, esse reordenamento estatal tem sido
permeado por embates entre velhas e novas formas de conceber a assistência social. O
maior desafio atual é romper, no plano material, com laços de dependência econômica,
política e social historicamente construídos e superar, no plano simbólico e ideológico, as
representações que ainda reproduzem uma ação conservadora frente à implantação do
SUAS. As pesquisas “apontam a permanência de fortes traços a cultura patrimonialista e
paternalista na assistência social.” (COUTO et al, 2012, p.166), como por exemplo, para
vários casos do primeiro-damismo reciclado.
Outras facetas para essa prática política arcaica são expressões de que as “práticas
clientelistas personalizam as relações com os dominados, o que acarreta sua adesão e
6
LEITURAOBRIGATÓRIA
cumplicidade, mesmo quando sua necessidade não é atendida” (YAZBEK apud COUTO et
al, 2012, p. 168). Assim, concluem que:
Neste tema serão abordados os principais resultados analisados para a realidade dos CRAS
para municípios dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Por Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS) é entendido enquanto equipamento público “porta de entrada
do sistema e que, sob financiamento federal, estende-se por grande parte do território
brasileiro” (COUTO, 2012, p. 173). Assim, o processo busca consolidar a presença do
Estado, balizada pela NOB-SUAS de 2005, em territórios de risco e vulnerabilidade
social, com vistas a fortalecer direitos à cidadania dos demandatários, referenciado pelo
eixo da matricialidade sociofamiliar, em um contínuo processo de fluxo e contra-fluxo
de informações que diagnostique as situações de vulnerabilidade e risco social. Uma
definição para CRAS é:
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
1. Aspectos da infraestrutura e quadro técnico para funcionamento do CRAS: A
realidade do Sudeste apresenta-se heterogênea quanto a infraestrutura física, o que
dificulta uma identidade visual para o demandatário reconhecer o espaço enquanto lugar
de proteção social.
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
de classe sociais em movimento de dissociação e associação (COUTO, 2012, p.195).
Os resultados de pesquisas apontam que são as mulheres-mães que buscam acolhida
nos serviços sociais públicos. Ressalta-se que essa categoria também abrange as
figuras femininas de tias, avós e irmãs. O desafio é a elaboração de metodologias de
intervenção que tenham nesses sujeitos, figuras ativas e coprotagonistas dos processos
de enfrentamento de fragilidades sociais e efetivação de direitos sociais.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o debate proposto no texto A definição de trabalho social da FITS: Por que revisar?. Serv.
Soc. Soc., São Paulo, n. 108, Dec. 2011.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
66282011000400009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02 jan. 2014.
9
LINKSIMPORTANTES
Leia o Código de Ética do Assistente Social. Disponível em: <www.cfess.org.br/arquivos/
CEP_1993.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Vídeos Importantes:
Assista ao vídeo Trabalho Social com as Famílias – CRAS, por Marta Silva Campos. A
assistente social apresenta de forma breve as principais características do trabalho social
no CRAS e os principais conceitos para operacionalizar essa prática.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=xSXRoRzXK_g>. Acesso em: 02 jan. 2014.
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
10
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1: sobrevivência, até sua inclusão em redes
sociais de atendimento e de solidariedade.
[...] o novo paradigma para a gestão pú-
blica articula descentralização e interseto- d) As situações de risco demandarão
rialidade, uma vez que o objetivo visado é intervenções em problemas específicos
promover a inclusão social ou melhorar a e, ou, abrangentes.
qualidade de vida, resolvendo os proble-
mas concretos que incidem sobre uma po-
Questão 3:
pulação em determinado território (MENI-
CUCCI, 2002 apud BRASIL, 2004). O Livro-Texto apresenta que um dos re-
sultados para políticas sociais específicas
A partir da leitura dessa definição so-
pelos demandatários ocorre no Vale do Ri-
bre a perspectiva da intersetorialidade, e
beira, no Estado de São Paulo, por abran-
com base em seus conhecimentos sobre
ger populações em territórios tradicionais
a Política Nacional de Assistência Social
(ribeirinhos ou quilombolas). Nesse senti-
(PNAS/2004) apresente o seu entendimen-
do, o Centro de Referência de Assistência
to sobre esse conceito.
Social articula a política social estruturada
pela PNAS-2004 e NOB-SUAS/2005 a qual
Questão 2: outra política voltada para essas popula-
ções:
Segundo a Política Nacional de Assistência
Social - 2004 assinale a alternativa correta a) Lei nº 10.639/2003.
sobre o Centro de Referência de Assistên-
cia Social: b) Decreto nº 6.040/2007.
11
AGORAÉASUAVEZ
possível dizer que se está diante de uma e) Previdência social, meio ambiente e
família quando encontra-se um conjunto de desporto.
pessoas que se acham unidas por laços
consanguíneos, afetivos e, ou, de solida-
Questão 6:
riedade. Como resultado das modificações
acima mencionadas, superou-se a referên- O texto aponta para a permanência de ve-
cia de tempo e de lugar para a compreen- lhas práticas assistencialistas, presentes
são do conceito de família (BRASIL, 2004). nos Estados de São Paulo e Minas Gerais,
com destaque para a presença do primei-
O trecho acima refere-se a:
ro-damismo reciclado. Com base na leitura
a) Abordagem territorial. do texto, como se caracteriza o fenômeno
do primeiro-damismo reciclado?
b) Perspectiva intersetorial.
12
AGORAÉASUAVEZ
Questão 9: Questão 10:
Com base nos resultados da pesquisa rea- Sobre o princípio da matricialidade socio-
lizada nos CRAS do Sudeste (São Paulo e familiar presente na PNAS/2004, destaque
Minas Gerais), quais foram os apontamen- qual o desafio necessário a ser superado
tos do texto quanto à construção da identi- no entendimento do conceito de família.
dade pública desse Serviço Social e qual o
perfil do demandatário identificado?
FINALIZANDO
Nesse tema, você aprendeu que a Política Nacional de Assistência Social (2004) é
o marco fundamental para o reordenamento do Sistema de Proteção Social no que se
refere à Seguridade Social enquanto política pública não contributiva, que atentem a todos
que dela demandarem. O maior desafio atual é romper, no plano material, com laços de
dependência econômica, política e social historicamente construídos e superar, no plano
simbólico e ideológico, as representações que ainda reproduzem uma ação conservadora
frente à implantação do SUAS. Há que se lutar cotidianamente para romper com práticas
clientelistas, paternalistas e patrimonialistas que reforçam a dependência dos mais pobres.
Assim, o processo busca consolidar a presença do Estado, balizada pela NOB-SUAS de
2005, em territórios de risco e vulnerabilidade social, com vistas a fortalecer direitos à
cidadania dos demandatários, referenciado pelo eixo da matricialidade sociofamiliar, em
um contínuo processo de fluxo e contra-fluxo de informações que diagnostique as situações
de vulnerabilidade e risco social. Foram apresentadas cinco dimensões analisadas da
realidade em movimento para o CRAS da região Sudeste: 1. Aspectos da infraestrutura e
quadro técnico para funcionamento do CRAS; 2. Processo de implementação do CRAS; 3.
Transversalidade no atendimento; 4. A dimensão da matricialidade socioeducativa e familiar
e 5. As dimensões para intersetorialidade territorial.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
13
REFERÊNCIAS
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal Adjunta de Assistência So-
cial, Dicionário de termos técnicos da Assistência Social, Belo Horizonte, ASCOM, 2007.
COUTO, B. R.; YAZBEK, M. C.; SILVA e SILVA, M. O.; RAICHELIS, R. O Sistema Úni-
co de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento, 3 ed. rev. e atual., São
Paulo, Editora Cortez, 2012
Trabajo Social. San José, Costa Rica, 2004. Disponível em: <http://www.ts.ucr.ac.cr/bina-
rios/congresos/reg/slets/slets-018-001.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
SPOSATI. Aldaiza de Oliveira. et al. A assistência social na trajetória das políticas so-
ciais: uma questão em análise. São Paulo: Cortez, 1985.
14
GLOSSÁRIO
Primeiro-damismo: “O ‘primeiro-damismo’ é a institucionalização do assistencialismo na
figura da mulher do governante [...]” (SPOSATI, 1985).
Questão Social: “Na atualidade, a questão social diz respeito ao conjunto multifacetado
das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura,
impensáveis sem a intermediação do Estado. A questão social expressa desigualdades
econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediadas por disparidades nas
relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais. Coloca em causa
amplos segmentos da sociedade civil no acesso aos bens da civilização. Dispondo de uma
15
GLOSSÁRIO
dimensão estrutural, ela atinge visceralmente a vida dos sujeitos numa luta aberta e surda
pela cidadania. (IANNI, 1992), no embate pelo respeito aos direitos civis, sociais e políticos
e aos direitos humanos. Esse processo é denso de conformismos e rebeldias, expressando
a consciência e a luta pelo reconhecimento dos direitos de cada um e de todos os indivíduos
sociais” (IAMAMOTO, 2004, p. 18).
GABARITO
Questão 1
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
16
GABARITO
Questão 3
Resposta: Alternativa B.
Questão 4
Resposta: Alternativa C.
Questão 5
Resposta: Alternativa C.
Questão 6
Questão 7
Questão 8
Questão 9
Questão 10
18
Gestão do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
Autor: Rafael Aroni
Tema 06
Principais características do Sistema
Único de Assistência Social: os
resultados de pesquisas para região
Sul, Paraná e Rio Grande do Sul
Tema 06
Principais características do Sistema Único
de Assistência Social: os resultados de
seções
pesquisas para região Sul, Paraná e Rio
Grande do Sul
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais são as principais legislações que operam enquanto dispositivos para construção
do Sistema Único de Assistência Social – SUAS?
• De que modo os resultados da pesquisa nos dois estados apresentados podem ser
analisados?
LEITURAOBRIGATÓRIA
Principais características do Sistema Único de
Assistência Social: os resultados de pesquisas para
região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
Inicialmente, nesse tema você irá revisar as principais legislações para compreender
o processo de implantação e implementação do Sistema Único de Assistência Social. Como
já estudado, a Política Nacional de Assistência Social remete ao processo de lutas de
movimentos sociais da década 1980, os quais articularam forças sociais, e influenciaram a
elaboração do Capítulo II – Da Seguridade Social (art. 194 a 204) da Constituição Federal
de 1988. A inovação nesse dispositivo de lei foi estabelecer o caráter não contributivo para
aqueles que precisam acessar serviços de seguridade social. O artigo 194 estabelece o
tripé no qual se sustenta a seguridade social, com políticas sociais a garantir direitos
de saúde, previdência e assistência social. Cabe a ressalva que a assistência social na
república brasileira surge com a criação da Legião Brasileira de Assistência em 1947.
Para o contexto contemporâneo, a aprovação da Lei Orgânica de Assistência Social (nº
8.742/1993), regulamentou a política de assistência social: com caráter não contributivo,
posição central do Estado enquanto promotor de acesso e direitos a serviços sociais, além
da participação e controle pela sociedade na formulação, gestão e execução de políticas
6
LEITURAOBRIGATÓRIA
assistenciais, com caráter não contributivo e caráter universalista aos demandatários. Em
15 de outubro de 2004, foi aprovada a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), após
amplo debate e articulação dos fóruns de assistência social, com intuito de redesenhar a
política em cursos com vistas à implementação do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS). Em 2005 foi aprovada a Norma Operacional da Assistência Social NOB/Sua, pela
resolução nº 130, de 15 de junho de 2005, que busca operacionalizar procedimentos básicos
para implementação do SUAS. Frente a esse contexto, serão apresentados resultados
da análise do processo de implementação do SUAS na Região Sul, para municípios dos
Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Novamente, serão destacadas nesse tema as
particularidades para os Centros de Referências de Assistência Social (CRAS). Destaca-se
como resultado geral que:
Para que isso seja possível, os dados da pesquisa indicam que é necessário
insistir no debate da política enquanto direito e reafirmar o lugar do usuário
na condição de cidadão, pois os preconceitos fazem parte do cotidiano da
atenção prestada pela Assistência Social (COUTO, 2012, p. 242).
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
que com muita dificuldade, de quadros interdisciplinares de funcionários. Contudo, a
situação prática vivenciada nos municípios pesquisados, como anteriormente dito, é
pela terceirização, ou contratação por tempo determinado.
9
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o Código de Ética do Profissional Assistente Social do Conselho Federal de Serviço
Social. Texto aprovado em 13/03/1993, com as alterações introduzidas pelas Resoluções
CFESS nº 290/94, 293/94, 333/96 e 594/11.
Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/L8662.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Leia o artigo Notas Acerca das Redes de Políticas Sociais de Mariana Pfeifer.
Disponível em: <http://www.observatoriodaeducacaosuperior.ufpr.br/artigos_1/ARTIGO-08.
pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
10
LINKSIMPORTANTES
Vídeos Importantes:
Assista ao vídeo Mensagem de Laura Acotto no Dia Mundial do Serviço Social de 2011. O
vídeo contém uma mensagem da representante da América Latina e Caribe na Federação
Internacional de Trabalhadores Sociais (FITS).
Disponível em: <http://www.youtube.com/embed/-KRCDkMoA_s>. Acesso em: 02 jan. 2014.
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
11
AGORAÉASUAVEZ
atendimento aos trabalhadores da capital III. Hierarquização da rede pela
federal. complexidade dos serviços e
abrangência territorial de sua
b) Possuía um quadro técnico extenso
capacidade em face da demanda.
distribuído pelas principais capitais
brasileiras. IV. Porta de entrada unificada dos serviços
para a rede de proteção social básica, por
c) Criada em 1942, frente ao engajamento
intermédio de unidades de referência e
do Brasil com tropas na Segunda Guerra
para a rede de proteção social especial
Mundial, buscou dar assistências às
por centrais de acolhimento e controle
famílias dos que foram convocados.
de vagas.
d) Sua estrutura foi criada para suplantar Qual dos itens está corretos:
o modelo do primeiro-damismo vigente
no país, na década de 1950. a) I e II.
b) III e IV.
Questão 3:
c) I, III e IV.
A rede socioassistencial se organizará a
partir dos seguintes parâmetros: d) Todos os itens.
12
AGORAÉASUAVEZ
Com base no relato acima, é possível infe- d) Das Normas Operacionais Básicas.
rir que:
e) Das Leis de Diretrizes e Bases da
a) O processo de ruptura a práticas po- Educação, de Diretrizes da Saúde, da
líticas privatistas, como as Organizações Previdência Social e do Sistema Único de
Não Governamentais. Assistência Social.
b) A permanência do fisiologismo
político que reverbera em práticas Questão 6:
assistencialistas e patrimonialistas. Mesmo dispondo de técnicos capacitados
para a função, o comando da LBA sem-
c) A lei de responsabilidade Fiscal
pre esteve entregue às Primeiras Damas,
permitiu a transparência na contratação
caracterizando o aspecto filantrópico de
de Entidades prestadora de serviços
ações clientelistas, conforme os interesses
sociais.
dos governos vigentes. (Disponível em:
d) As Organizações Não Governamentais <http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/
são prioritárias nas contratações e tesesabertas/0510670_07_cap_03.pdf>.
parcerias para políticas públicas de Acesso em: 02 jan. 2014)
Assistência Social.
Em qual contexto foi criado a LBA, qual o
público ela atendia, e como foi sua extinção?
Questão 5:
A regulamentação da Seguridade Social, Questão 7:
prevista pelo dispositivo da Constitucional
[...] a gente trabalha aqui com índice de vul-
de 1988 para consolidação de direitos so-
nerabilidade social das famílias, todas as
ciais a diversos segmentos da sociedade
famílias são georreferenciadas num territó-
brasileira, se deu pelo dispositivo legal, in-
rio. A hora que muda a delimitação, essa
fraconstitucional:
família muda para outro território, então ela
a) Das Leis Orgânicas do Idoso e dos passa a compor nosso trabalho, de moni-
Portadores de Necessidades Especiais. toramento daquele território então muda,
até nossa série histórica. (Técnico – PR)
b) Dos Estatutos da Previdência Social, (COUTO et al., 2012, p. 245). Esse relato
da Saúde e da Assistência Social. refere-se a qual abordagem da Assistência
Social e é previsto em qual normativa?
c) Das Leis Orgânicas da Previdência
Social, da Saúde e da Assistência Social.
13
AGORAÉASUAVEZ
Questão 8: A qual conceito presente na Política Nacio-
nal de Assistência Social o trecho remete e
“[...] é possível afirmar que o território apre-
quais suas principais características?
senta-se enquanto uma categoria da rea-
lidade concreta, que guarda em si muitas
potencialidades no sentido da mudança de Questão 10:
compreensão da realidade por porta dos
“[...] a construção do novo ordenamento
agentes públicos, bem como para o apro-
político-institucional da Assistência Social
fundamento da democratização do acesso
na perspectiva do SUAS, necessita aproxi-
ao conjunto dos serviços e políticas públi-
mar-se do ‘cotidiano’ dos indivíduos e famí-
cas à população usuária. Nesse sentido,
lias, considerando que é através deles que
depoimentos revelam as muitas descober-
as condições e modo de vida da população
tas realizadas pelos trabalhadores da As-
se expressam concretamente. Nesta dire-
sistência Social a partir da aproximação
ção, o território é concebido como território
com o território vivido. [...] Passamos a
usado.” (COUTO et al, 2012, p. 249)
pensar como integrar este ser humano no
seu território para que ele consiga se rela- A partir do autor citado nesse trecho do li-
cionar lá na sua comunidade nessa cons- vro, apresente seu entendimento para essa
trução de vínculos.” (COUTO et al, 2012, abordagem.
p. 245). A partir do relato acima, apresente
seu entendimento para a abordagem de
território vivido.
Questão 9:
“Entender as particularidades e singulari-
dades de cada família, embora muito im-
portante, não pode mascarar os condicio-
nantes conjunturais e estruturais, portanto
devem ser privilegiados os espaços cole-
tivos de atendimento que fortalecem pro-
cessos sociais emancipatórios, fugindo da
lógica da “psicologização” das sequelas
da questão social” (COUTO et al, 2012, p.
252).
14
FINALIZANDO
Nesse tema, você aprendeu que para se compreender o processo de implantação e
implementação do Sistema Único de Assistência Social é preciso conhecer as legislações
que o estruturam. A Política Nacional de Assistência Social remete ao processo de lutas de
movimentos sociais da década 1980, os quais articularam forças sociais e influenciaram a
elaboração do Capítulo II – Da Seguridade Social (art. 194 a 204) da Constituição Federal
de 1988. A aprovação da Lei Orgânica de Assistência Social (nº 8.742/1993) regulamentou
a política de assistência social: com caráter não contributivo, posição central do Estado
enquanto promotor de acesso e direitos a serviços sociais. Em 15 de outubro de 2004, foi
aprovada a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), após amplo debate e articulação
dos fóruns de assistência social, com intuito de redesenhar a política em cursos com vistas
à implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Em 2005, aprovada a
Norma Operacional da Assistência Social NOB/SUAS, pela resolução nº 130, de 15 de
junho de 2005, que busca operacionalizar procedimentos básicos para implementação do
SUAS. O maior desafio para estruturação do Sistema Único de Assistência Social, com
aprofundamento das políticas públicas sociais e lidar cotidianamente com a cultura política
tradicional do patrimonialismo, assistencialismo e clientelismo, também observado nos
Estados pesquisados. O que por outro lado requer dos agentes e gestores a permanente
fiscalização e monitoramento dos processos de implementação da política de Assistência
Social, para não reproduzir velhas formas conservadoras de políticas privatistas enraizadas
em nosso cotidiano. Foi apresentado de forma breve os principais resultados e discussões
realizados na pesquisa das autoras do livro texto, para realidade em movimento do CRAS,
na região Sul, referentes a: 1. Quanto das condições de financiamento e funcionamento; 2.
Ações desenvolvidas; 3. Relações estabelecidas para os usuários e 4. Dinâmica estabelecida
na rede socioassistencial.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
15
REFERÊNCIAS
BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal Adjunta de Assistência So-
cial. Dicionário de termos técnicos da Assistência Social, Belo Horizonte, ASCOM, 2007.
_____. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde. 2012. Disponível em: <http://portal.
saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24627>. Acesso em: 02 jan. 2014.
COUTO, B. R.; YAZBEK, M. C.; SILVA e SILVA, M. O.; RAICHELIS, R. O Sistema Úni-
co de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento, 3 ed. rev. e atual., São
Paulo, Editora Cortez, 2012
SPOSATI, Aldaiza de Oliveira. et al. A assistência social na trajetória das políticas sociais:
uma questão em análise. São Paulo: Cortez, 1985.
16
GLOSSÁRIO
Legião Brasileira de Assistência: criada durante o Estado Novo na Era Vargas, em
1942, frente ao engajamento do Brasil com tropas na Segunda Guerra Mundial, buscou dar
assistências às famílias dos que foram convocados. Foi moldada ao assistencialismo das
primeiras damas e perdurou até 1995, quando decretada sua extinção sobre acusações de
corrupção.
Sistema Único de Saúde: O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição
Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, Leis Orgânicas
da Saúde, com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde da
população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas
cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto (BRASIL, 2012).
Políticas Sociais Básicas: políticas que compõem o Sistema de Proteção Social Brasileiro:
educação, saúde, trabalho, assistência social, previdência social, justiça, agricultura,
saneamento, habitação popular e meio ambiente. (BELO HORIZONTE, 2001, p. 84).
17
GABARITO
Questão 1
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Questão 4
Resposta: Alternativa B.
O principal desafio para Política Nacional de Assistência Social é romper com a política que
torna privado os serviços públicos.
18
GABARITO
Alternativa A – Errada. Uma vez que o relato aponta a permanência de políticas privatistas.
Alternativa C – Errada. A lei de responsabilidade fiscal, no caso analisado, imposto a
terceirização de serviços que devem ser prestados pelo Estado. Alternativa D – Errada. O
PNAS prioriza a estruturação de uma rede socioassistencial de entidades públicas.
Questão 5
Resposta: Alternativa C.
Questão 6
Resposta: Criada em 1942, com o engajamento do País na Segunda Guerra Mundial. Seu
objetivo era o de prover as necessidades das famílias, cujos chefes haviam sido mobilizados
para a guerra. Tal conjuntura favorece sua criação, uma vez que ocorreu significativa
queda do poder aquisitivo do proletariado e da pequena burguesia urbana. Tinha caráter
assistencialista moldado ao primeiro-damismo. Perdurou até 1995, quando decretada sua
extinção sobre acusações de corrupção.
Questão 7
Questão 8
Resposta: Por território vivido o relato do Técnico do CRAS do Paraná aponta para
operacionalização do conceito de territorialização, ou seja, conhecer de perto da realidade
dos usuários e famílias ao ponto de intervir na criação de elos que integrem esses seres
humanos em suas respectivas comunidades.
Questão 9
19
GABARITO
Questão 10
20
Gestão do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
Autor: Rafael Aroni
Tema 07
A Proteção Social Especial (PSE) nos
Centros de Referência Especializado
de Assistência Social, nas regiões
Sudeste e Sul, no Brasil
Tema 07
A Proteção Social Especial (PSE) nos Centros
de Referência Especializado de Assistência
seções
Social, nas regiões Sudeste e Sul, no Brasil
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
• De que modo os resultados da pesquisa nos dois estados apresentados podem ser
analisados?
LEITURAOBRIGATÓRIA
A Proteção Social Especial (PSE) nos Centros de
Referência Especializado de Assistência Social, nas
regiões Sudeste e Sul, no Brasil.
Neste tema você irá aprofundar os estudos sobre a Proteção Social Especial nos
Centros de Referência Especializado de Assistência Social. Embora não tenha sido o
objeto da pesquisa do estudo apresentado no livro utilizado no curso, de forma pontual foram
apresentadas reflexões para as realidades estudadas. Essa apresentação será dividida
em duas etapas, na primeira você estudará o processo histórico de aperfeiçoamento de
dispositivos e normas operacionais para os CREAS, na segunda parte, será apresentado
de forma pontual os resultados observados, nas realidades pesquisadas. O dispositivo que
define os Centros de Referência Especializado de Assistência Social passou por recente
alteração com a publicação da Lei nº 12.435, de 2011 (conhecida como Lei do SUAS), que
alterou o texto da LEI nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (LOAS).
6
LEITURAOBRIGATÓRIA
que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de
direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da
proteção social especial. (BRASIL, 2011)
Essa alteração foi uma maneira de se oficializar o que já estava previsto pela PNAS/2004.
Vale lembrar que são dois os níveis de Proteção Social Especial previstos pela NOB-
SUAS/2005 que partem da complexidade das situações de risco e vulnerabilidade social. A
de Média Complexidade é defina como:
Alta Complexidade:
Como apresentado por Couto et al. (2012), o CREAS encontra-se em processo de implantação
pois sua realidade é mais complexa e desafiadora. Essa realidade em movimento exigiu
a padronização dos serviços socioassistenciais para o CREAS e CRAS, por meio da
Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009. Nesse sentido, é fundamental conhecer
esse documento intitulado de Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais.
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
II - Serviços de Proteção Social Especial de Média Complexidade:
- abrigo institucional;
- Casa-Lar;
- Casa de Passagem;
- Residência Inclusiva.
De maneira pontual, Couto et al. (2012) apresentam resultados e reflexões para a realidade
de implantação dos CREAS nos estados do Rio Grande Do Sul, Paraná, São Paulo e
Minas Gerais. A realidade do CREAS dos municípios da Região Sudeste é apresentada
em estágio de implantação, o que demanda maior articulação pelo reordenamento
institucional, ou seja, a articulação entre as unidades descentralizadas e capilarizadas, com
o contexto macrorregional, principalmente por Políticas Sociais Especializadas de Média
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
Complexidade. “Em Belo Horizonte (MG) estavam instalados todos os serviços da proteção
social. Em Hortolândia (SP), a mesma situação foi encontrada” (COUTO et al., 2012, p. 208).
Outro desafio é a articulação e estruturação de uma rede socioassistencial para proteção
especializada.
Para os CREAS, dos municípios da região Sul, foram apresentados resultados de ações
de Proteção Social Especial voltada para a erradicação do trabalho infantil, no Paraná, e
ações de proteção a idosos. Em suma, há a necessidade de estruturação e maturação do
processo de implantação da política de proteção social especial.
9
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais pela Resolução Nº 109, de 11
de Novembro de 2009.
Disponível em: <http://www.mds.gov.br/acesso-a-informacao/legislacao/assistenciasocial/
resolucoes/2009/Resolucao%20CNAS%20no%20109-%20de%2011%20de%20
novembro%20de%202009.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Leia a atualização da Lei Orgânica de Assistência Social pela Lei do SUAS, nº 12.435.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.
htm>. Acessado em 02 jan. 2014.
10
LINKSIMPORTANTES
Vídeos Importantes:
Assista ao vídeo Teleconferência sobre Proteção Social Básica - parte 1. Realizado pelo Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o vídeo apresenta oficialmente o Plano
Brasil sem miséria pela Secretária Adjunta da Secretaria Nacional de Assistência Social,
Valéria Gonelli. É apresentado também a expansão de serviços socioassistenciais com
equipes volantes nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de municípios
com áreas extensas, isoladas, rurais e de difícil acesso.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=4FIGUbCPj6A>. Acessado em: 02 jan. 2014.
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
11
AGORAÉASUAVEZ
você conhece a seu respeito, e qual é o I. Atendimento Integral Institucional,
seu posicionamento sobre essa política de Casa Lar, República.
transferência de renda?
II. Casa de Passagem, Albergue, Família
Substituta, Família Acolhedora.
Questão 2:
III. Medidas socioeducativas restritivas e
Sobre o Serviço de Proteção Social de Mé- privativas de liberdade (semiliberdade,
dia Complexidade, são eles: internação provisória e sentenciada) e
Trabalho protegido.
I. Serviço de orientação e apoio
sociofamiliar, Plantão Social, a) I, II.
Abordagem de Rua, Cuidado no
b) I, II e III.
Domicílio.
c) I, III.
II. Serviço de Habilitação e Reabilitação
na comunidade as pessoas com d) Somente III.
deficiência.
12
AGORAÉASUAVEZ
Questão 5: Questão 9:
Quais setores participam nos projetos de “O CREAS deve atender indivíduos, gru-
enfrentamento, redução e prevenção de si- pos e famílias, para que eles sejam “res-
tuações de vulnerabilidade e risco social, sarcidos” no direito à vida” (COUTO et al,
previsto pela LOAS/1993: 2012, p. 210). A partir dessa afirmativa e
com base na leitura dos relatos do livro tex-
a) Diferentes áreas do governo e to sobre a Proteção Social Especializada,
sociedade civil. discorra sobre as principais atribuições e
características identificadas para os CRE-
b) Exclusivamente dos usuários.
AS da Região Sudeste.
c) Usuários e Assistentes Sociais.
Questão 7:
Quais são as diferenças entre medida de
Média e Alta Complexidade nos Serviços
de Proteção Social Especializado?
Questão 8:
Qual a importância da alteração realizada
pela publicação da Lei nº 12.435, de 2011
(conhecida como Lei do SUAS)?
13
FINALIZANDO
Neste tema você estudou que o processo histórico de aperfeiçoamento de dispositivos e
normas operacionais para os CREAS, apresenta normativas atualizadas, como o dispositivo
que define os Centros de Referência Especializado de Assistência Social, passou por recente
alteração com a publicação da Lei nº 12.435, de 2011 (conhecida como Lei do SUAS), que
alterou o texto da LEI nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (LOAS). E a padronização dos
serviços socioassistenciais para o CREAS e CRAS, por meio da Resolução nº 109, de 11
de novembro de 2009. Nesse sentido é fundamental conhecer esse documento intitulado de
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. As autoras do Livro-Texto de maneira
pontual apresentaram resultados e reflexões para a realidade implantação dos CREAS,
nos estados do Rio Grande Do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. A realidade do
CREAS dos municípios da Região Sudeste é apresentada em estágio de implantação, o que
demanda maior articulação pelo reordenamento institucional, ou seja, a articulação entre as
unidades descentralizadas e capilarizadas com o contexto macrorregional, principalmente
por Políticas Sociais Especializadas de Média Complexidade. Para os CREAS dos municípios
da região Sul foram apresentados resultados de ações de Proteção Social Especial voltada
para a erradicação do trabalho infantil, no Paraná, e ações de proteção a idosos. Em suma,
há necessidade de estruturação e maturação do processo de implantação da política de
proteção social especial.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
14
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social., Secretaria de Estado de Assis-
tência Social. Diretrizes Gerais Programa Sentinela. Programa de Combate ao Abuso e
à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Brasília, 2001. Disponível em: <http://
www.abmp.org.br/textos/1093.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.
COUTO, B. R.; YAZBEK, M. C.; SILVA e SILVA, M. O.; RAICHELIS, R. O Sistema Úni-
co de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento, 3 ed. rev. e atual., São
Paulo, Editora Cortez, 2012.
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GLOSSÁRIO
Centro de Referência Especializado de Assistência Social: Art. 6o-C. § 2o O CREAS
é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada
à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco
pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções
especializadas da proteção social especial. (BRASIL, 2011)
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GABARITO
Questão 1
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Questão 3
Resposta: Alternativa B.
Questão 4
Resposta: Alternativa B.
Questão 5
Resposta: Alternativa D.
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GABARITO
governamentais. Alternativa B exclui a participar estatal e sociedade civil. Alternativa C
exclui participação da sociedade civil e instituições não governamentais.
Questão 6
Questão 7
Os serviços de proteção social especial de alta complexidade são aqueles que garantem
proteção integral – moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e
indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando
ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário.
Questão 8
Resposta: Esse dispositivo legal deu nova redação e institucionalizou Serviços de Proteção
Social Básico e Especializado, a partir das contribuições do PNAS/2004 e NOB-SUAS/2005.
Questão 9
Questão 10
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Gestão do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
Autor: Rafael Aroni
Tema 08
O Sistema Único de Assistência Social
e os Desafios para Consolidação da
Assistência Social
Tema 08
O Sistema Único de Assistência Social e os
Desafios para Consolidação da Assistência
seções
Social
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: “O Sistema Único de Assistência
Social no Brasil: uma realidade em movimento”, organizado pelas autoras Berenice Rojas
Couto, Maria Carmelita Yazbek, Maria Ozanira da Silva e Silva e Raquel Raichelis, 3º ed,
Editora Cortez, 2012, Livro-Texto 511.
Roteiro de Estudo:
Gestão do Sistema Único
de Assistência Social - Rafael Aroni
SUAS
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
LEITURAOBRIGATÓRIA
O Sistema Único de Assistência Social e os Desafios
para Consolidação da Assistência Social
A principal conclusão dessa trajetória de estudos, fundamentado no Livro-Texto para
a Política de Proteção Social na implantação e implementação do Sistema Único de
Assistência Social é o seu caráter de transição. Esse movimento é heterogêneo e expressa
a diversidade da realidade nas dinâmicas de desigualdades econômicas, políticas e sociais
da realidade brasileira do início deste século XXI. A explícita dicotomia da realidade em
que a arcaica política patrimonialista, clientelista e assistencialista, diverge dos ideias
que permeiam as legislações, normativas e resoluções que buscam impulsionar uma
outra concepção de política de Estado, pautada no fortalecimento e institucionalização da
Assistência Social enquanto política pública social. O desafio está em engendrar novos
padrões estruturantes de sociabilidades, pautado nos valores de dignidade humana e
cidadania para todas e todos, na busca de um outro patamar civilizacional. Entretanto,
como apontado no Livro-Texto, a dinâmica contraditória da realidade de implementação
do SUAS aponta fissuras potenciais para a emancipação, contudo, fortes forças sociais
conservadoras resignificam e atualizam suas posições de privilégio e dominação,
principalmente da reatualização de ações com base filantrópica e caritativa.
6
LEITURAOBRIGATÓRIA
Os achados da pesquisa indicam que o SUAS é uma realidade e vem
sendo implantado em todo o Brasil, e que o ideário que move a maioria dos
entrevistados é que sua consolidação deve ser efetivada impondo um novo
paradigma nessa área, e que essa tarefa exige vigilância, pois o terreno no
qual se move está eivado de contradições quanto sua materialização. (COUTO
et al., 2012, p. 284).
Como apontado pelas autoras é preciso permanente estado de autoanálise reflexiva das
ações desenvolvidas para não se reproduzir formas conservadoras de atuação:
[...] o exercício laboral dos técnicos, em geral, não difere das formas tradicionais
historicamente desenvolvidas nesse campo particular, ou seja, atendem aos
que chegam através de processo de demanda espontânea, privilegiam as
abordagens individuais, quando muito realizam reuniões grupais onde abordam
temas variados em forma de palestras. (COUTO et al., 2012, p. 286)
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
sem trajetória de atuação política de assistência social e com conhecimento
ainda iniciais da sua construção recente [...] (COUTO et al., 2012, p. 287).
Essa realidade se agrava quando da análise da baixa participação do nível Estadual tanto
na Comissão Intergestores Bipartide quanto Comissão Intergestores Tripartite. Em
contrapartida, os resultados da rede socioassistencial apontam para a significativa presença
de instituições privadas do terceiro setor na contraditória relação entre o público e o privado
na implantação e implementação da política social pública.
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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o texto Controle Social no Sistema Único de Assistência Social: propostas, concepções
e desafios, de Vini Rabassa da Silva et al.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/fass/ojs/index.php/fass/article/
view/4825/3630>. Acesso em: 02 jan. 2014.
BRASIL, Lei nº 8.662, de 7 de Junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social
e dá outras providências. Brasília, 1993.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm>. Acesso em: 02
jan. 2014.
Vídeos Importantes:
Assista ao vídeo Capitalismo, Desenvolvimentismo e Barbárie - José Paulo Netto. Palestra com
um dos principais marxistas do Serviço Social, na qual é feita um amplo debate sobre
as metamorfoses do capitalismo contemporâneo e suas reverberações para as questões
sociais.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Fe4W1D0Qk8g>. Acesso em: 02
jan. 2014.
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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
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AGORAÉASUAVEZ
planos de carreira, nas instituições com IV. Ocupar cargos e funções de direção
CRAS e CREAS. e fiscalização da gestão financeira em
órgãos e entidades representativas da
d) Explicita dicotomia da realidade, em
categoria profissional.
que a arcaica política patrimonialista,
clientelista e assistencialista diverge dos Estão corretas:
ideias que permeiam as legislações,
a) I e IV.
normativas e resoluções que buscam
impulsionar outra concepção de política b) I, II e IV.
de Estado, pautada no fortalecimento e
institucionalização da Assistência Social c) I, II e III.
enquanto política pública social.
d) Somente a IV.
Questão 3: Questão 4:
Segundo o artigo 4º da Lei 8.662 de 7 de Art. 98 - As medidas de proteção à crian-
junho de 1993, dentre as competências do ça e ao adolescente são aplicáveis sempre
Assistente Social, destaca-se: que os direitos reconhecidos nesta Lei fo-
rem ameaçados ou violados:
I. Elaborar, implementar, executar e
avaliar políticas sociais junto a órgãos I. Por ação ou omissão da sociedade ou
da administração pública, direta do Estado;
ou indireta, empresas, entidades e
II. Por falta, omissão ou abuso dos pais
organizações populares.
ou responsável;
II. Elaborar, coordenar, executar e avaliar
III. Em razão de sua conduta. (BRASIL,
planos, programas e projetos que sejam
Estatuto da Criança e do Adolescente.,
do âmbito de atuação do Serviço Social
1990).
com participação da sociedade civil.
São atribuições de ouvir queixa e reclama-
III. Orientar indivíduos e grupos de ções de situações que ameacem ou violem
diferentes segmentos sociais no os direitos das crianças e adolescentes,
sentido de identificar recursos e de bem como aplicar medidas de proteção:
fazer uso dos mesmos no atendimento
a) Conselho Tutelar.
e na defesa de seus direitos.
b) Conselho dos Direitos das Crianças e
Adolescentes.
11
AGORAÉASUAVEZ
c) Conselho da Infância e Juventude. Questão 6:
d) Conselho de Proteção a Infância. Apresente as principais diferenças entre
conselhos de direitos e conselho tutelar.
Questão 5:
Segundo o artigo 5º da Lei 8.662 de 7 de
Questão 7:
junho de 1993, dentre as atribuições priva- Quais são as diferenças de atribuições
tivas do Assistente Social, destaca-se: para a Comissão Intergestores Bipartide e
Comissão Intergestores Tripartite?
I. Realizar estudos sócio-econômicos
com os usuários para fins de benefícios
e serviços sociais junto a órgãos da Questão 8:
administração pública direta e indireta,
“Na dialética contraditória de um processo
empresas privadas e outras entidades.
em movimento, os achados da pesquisa
II. Coordenar, elaborar, executar, nos alertam para um movimento criativo
supervisionar e avaliar estudos, em direção à constituição do sistema úni-
pesquisas, planos, programas e co, mas advertem ao mesmo tempo para o
projetos na área de Serviço Social. risco de “modernização conservadora”, na
perspectiva de uma gestão eficiente, mas
III. Planejar, organizar e administrar despolitizada da assistência social, sem
programas e projetos em Unidade de colocar em questão o significado e a dire-
Serviço Social. ção social das mudanças empreendidas”.
(COUTO et al., 2012, p. 291). Com base no
IV. Fiscalizar o exercício profissional
trecho acima discorra sobre os efeitos da
através dos Conselhos Federal e
modernização conservadora para Política
Regionais.
Nacional de Assistência Social.
a) I e IV.
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AGORAÉASUAVEZ
princípio da Matricialidade Sociofamiliar, rede sociassistencial e de sua efetivação,
qual a principal conclusão apresentada considerando as complexas e intricadas
pelo texto? relações público-privadas como estratégia
integrante da dinâmica das políticas sociais
no atual contexto.” (COUTO et al., 2012, p.
Questão 10: 288 e 289), referente a Rede Socioassis-
“É importante destacar nessas reflexões tencial, qual o principal desafio para sua
finais que permanece o desafio de com- interpretação?
preensão do significado social e político da
FINALIZANDO
Neste tema você aprendeu que a principal conclusão que o Livro-Texto apresenta do
estudo da Política de Proteção Social é seu caráter de transição. Uma dicotomia da realidade
desse processo, em que a arcaica política patrimonialista, clientelista e assistencialista,
diverge dos ideais que permeiam as legislações, normativas e resoluções que buscam
impulsionar uma outra concepção de política de Estado, pautada no fortalecimento e
institucionalização da Assistência Social enquanto política pública social. O desafio está em
engendrar novos padrões estruturantes de sociabilidades, pautado nos valores de dignidade
humana e cidadania para todos na busca de um outro patamar civilizacional. Entretanto, com
apontado no Livro-Texto, a dinâmica contraditória da realidade de implementação do SUAS,
aponta fissuras potenciais para a emancipação, contudo fortes forças sociais conservadoras
resignificam e atualizam suas posições de privilégio e dominação, principalmente da
reatualização de ações com base filantrópica e caritativa.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
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REFERÊNCIAS
____. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional Bá-
sica do Suas – NOB/Suas. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/cnas/
politica-e-nobs/nob-suas.pdf/view>. Acesso em: 02 jan. 2014.
COUTO, B. R.; YAZBEK, M. C.; SILVA e SILVA, M. O.; RAICHELIS, R. O Sistema Úni-
co de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento, 3 ed. rev. e atual., São
Paulo, Editora Cortez, 2012.
GLOSSÁRIO
Implementação: é a otimização daquilo que já estava em funcionamento na estruturação
do SUAS.
Questão 2
Resposta: Alternativa D.
Questão 3
Resposta: Alternativa C.
Questão 4
Resposta: Alternativa A.
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GABARITO
Questão 5
Resposta: Alternativa B.
Questão 6
Questão 7
Questão 8
Questão 9
16
GABARITO
Questão 10
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