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Ano: 2016
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Marcia Andréia Grochoska
2016
Curitiba, PR
Editora São Braz
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FICHA CATALOGRÁFICA
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Apresentação da disciplina
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Aula 1 – POLÍTICAS NACIONAIS E OS PROGRAMAS LIGADOS À GESTÃO
ESCOLAR: BREVES ENTENDIMENTOS
Apresentação da Aula
Sabe-se que nos dias atuais, discutir política tornou-se um grande desafio
da sociedade. Mas para os educadores esse desafio deve ser enfrentado, pois
atuam num espaço da política, ou seja, a educação é uma política pública,
portanto compreender os aspectos dessas disputas é imprescindível para que
se possa agir e propiciar a melhoria da educação do país. Vale destacar, no
entanto, que esse debate deve fugir do senso comum, compreender a política
educacional de fato como ela se desenha é o elemento principal para a
construção da qualidade da educação, que tanto se deseja para a sociedade.
Construir reflexões a respeito da educação no Brasil, sem dúvida alguma
passa pelo entendimento de que a educação se trata de uma política, ou seja, é
umas das práticas de políticas sociais, que se desvincula na política educacional.
Para tanto, essa aula irá abordar conceitos que respaldaram o entendimento
acerca da política educacional. Primeiramente, apresentará os sentidos da
política e seus desdobramentos, em um segundo momento reflexões sobre a
gestão e por último a relação entre as políticas, a gestão e os programas
nacionais.
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1.1. A política e seus desdobramentos
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a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados” (BRASIL, 1988). Assim, é possível definir que:
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contextos e realidades, nas disputas e nos consensos, para que se garanta esse
direito social que é uma educação de qualidade.
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período houve um grande fortalecimento da autoridade, da hierarquia e de uma
concepção mais tecnicista do ensino, nesses rumos seguiam as políticas
educacionais.
Outro exemplo, importante do contexto histórico para as políticas
educacionais é a década de 1990, que como toda política nos últimos tempos,
passa a sofrer influências das circunstâncias que são mundiais. Assim, as
reformas da educação dos últimos tempos, têm tido como objetivo ajustar os
sistemas educacionais às linhas que definem as reformas do Estado. Tais
reformas são pautadas nos encaminhamentos do Consenso de Washington,
formulado em 1989, que prevê fortemente a ampliação e abertura da economia,
a privatização dos órgãos públicos e serviços sociais tendo como ênfase a
descentralização dos mesmos. (FELDFEBER, 2009)
Essa ordem influencia e define as agendas nacionais, tanto que no Brasil,
um reflexo é que nesse período acontece com ênfase a municipalização do
ensino nos estados brasileiros, a intensificação do trabalho do professor, as
avaliações em larga escala e os processos de descentralização da gestão da
educação.
Resumindo, o que se pretende abordar é que, conforme os contextos da
época, havia maior ou menor poder de intervenção de determinados movimentos
organizados, os conflitos de força e disputas e as políticas educacionais vão se
desenhando, atendendo com maior ou menor ênfase determinadas demandas.
O objetivo aqui é o entendimento de que as políticas educacionais são
gestionadas conforme os contextos históricos e as diferentes concepções de
gestão da educação adotadas.
A partir dessas contextualizações que se torna possível compreender as
próximas discussões que se apresentam e se constituem de suma importância
para as reflexões sobre as políticas educacionais ou seja, a gestão da educação
e a gestão escolar.
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sentido, pode-se dizer que gestão significa, produzir algo, ou ações, ou
contextos, ou encaminhamentos.
Quando se parte do entendimento de um Estado Democrático de Direito,
essas ações, contextos e encaminhamentos não podem se consolidar de forma
isolada, sem interações, devem ser coletivas, compreendendo que a democracia
é um constante exercício nos espaços educacionais. (GROCHOSKA, 2013)
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Vídeo
No seguinte vídeo, Júlio Furtado lista as características de uma
Gestão Escolar de qualidade.
https://www.youtube.com/watch?v=4Ig7q29BBPA
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1.3. Relação entre programas nacionais, políticas e gestão
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Assim, esse espaço da política é concebido como um espaço de disputa
onde a gestão escolar e os programas nacionais são sujeitos desse cenário, no
sentido de que ambas se relacionam e se direcionam de forma cíclica, ou seja,
se constroem dos dois lados. Nesse sentido fugir do senso comum, é propor
reflexões a partir do que de fato esse contexto significa, com propriedade nos
conceitos adquiridos e também conhecendo a realidade na qual se inserem.
Atividade de Aprendizagem
Uma vez verificadas as diferenças entre gestão escolar e
gestão da educação, diferencie as medidas de gestão de uma
escola com a qual tenha contato entre escolar ou de educação.
Resumo de aula
Apresentação da Aula
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delineamento por meio de estratégias implementadas e executadas pela União.
Em um contexto de desigualdades educacionais em todo o Brasil essa
perspectiva se faz importante, no entanto, é necessário o debate para que a
mesma não engesse os processos de gestão que é próprio de cada sistema e
de cada escola e os detalhes disso serão discutidos nesta aula.
Saiba Mais
O maior desafio para a política educacional no Brasil, é a
existência de uma organização federativa, o que significa
que cada estado e município têm sua autonomia para
legislar, conforme previsão constitucional. Essa condição
cria no país inúmeras diferenças nos encaminhamentos
educacionais, seja de gestão, de financiamento, nos
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contextos pedagógicos, carreiras e remunerações dos
profissionais da educação, estrutura físicas das escolas,
entre outros aspectos, seria como se cada ente federado
aplicasse políticas educacionais específicas para seu estado
e seu município.
Importante
O PDE trata-se de um planejamento estratégico, um programa
que tem como foco específico as escolas públicas, no sentido
de apoiar as gestões das unidades e passa a disponibilizar aos
entes federados uma variedade de instrumentos de avaliação e
implementação de políticas educacionais, com o objetivo de
melhorar a qualidade da educação pública. Um dos objetivos do
programa é a o repasse de recursos financeiros, em especial
para aquelas escolas que foram priorizadas. Esses recursos
são utilizados no auxílio da execução do planejamento das
escolas.
Vídeo
Para associar as discussões até o momento a respeito do PDE,
o vídeo a seguir mostra a prof.ª Simone Bergmann
apresentando as suas apreciações a respeito do Plano.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=IsMiq4WvPNM
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É importante ressaltar que o PDE se efetive, no momento de sua
elaboração o mesmo foi desenvolvido em torno de seis pilares que visam dar
sustentação a sua implementação e execução a favor da melhoria educacional:
Importante
Para que houvesse mais clareza e objetividade no
desenvolvimento de seus programas eles passam a ser
organizados por meio de quatro eixos de atuação e na
sequência suas subdivisões, conforme explicita o manual de
orientação do PDE:
1º Eixo - Educação Básica, tendo como subdivisões os
seguintes pontos:
Formação de professores e piso salarial nacional;
Financiamento: salário-educação e FUNDEB;
Avaliação e responsabilização: o IDEB
A partir da definição desses quatro eixos que o PDE tenta direcionar suas
ações, em especial priorizando sistemas e escolas mais fragilizadas em
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determinados contextos, em especial no repasse dos recursos financeiros. É
nesse contexto que surge o Plano de Desenvolvimento da Escola, o qual
chamaremos de PDE-Escola, como um desdobramento do PDE.
O PDE-Escola surge como uma das estratégias do PDE, prevendo que
as unidades de ensino desenvolvam seus planejamentos com base nos
encaminhamentos pré-definidos. Vale ressaltar que não são todas as escolas
que são contempladas pelo PDE- Escola, mas em especial aquelas que
possuem o IDEB, abaixo da média nacional.
Trata-se de ação do Ministério da Educação, que possibilita o poder
público agir com maior ênfase naquelas escolas que possuem um baixo IDEB e
tem como maior centralidade a ação na melhoria da gestão escolar, em especial,
tendo como base a participação da comunidade. (BRASIL, s/d.)
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Importante
PDE-Escola é um desdobramento do PDE que visa a maior
conexão entre os entes federados e um sistema educacional
mais interligado, além disso, o PDE-Escola apresenta como
condicionalidade a sua elaboração conforme o Plano de Ações
Articuladas (PAR).
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Dessa forma, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) passa a utilizar o termo de compromisso para executar a
transferência direta, prevista na referida lei, para a implementação das
ações pactuadas no PAR, considerando as seguintes dimensões do
plano:
I.Gestão Educacional;
II.Formação de Profissionais de Educação;
III.Práticas Pedagógicas e Avaliação; e,
IV.Infraestrutura e Recursos Pedagógicos; (FUNDO NACIONAL DO
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, 2012, s/p.)
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instrumentos de gestão educacional, pois interferem diretamente na política
desenvolvida pelos estados ou municípios.
Atividade de Aprendizagem
Descreva o que é contemplado no PDE que foi resolvido através
do PDE-Escola e quais medidas já foram iniciadas por
entidades governamentais para pôr em prática esses Planos de
Educação.
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Resumo da Aula
Apresentação da Aula
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Como visto nas aulas anteriores, a forma como a educação é gerida tem
um papel muito importante para o desenvolvimento de uma educação pública de
qualidade, tendo como um dos elementos base a gestão escolar tanto quanto a
gestão da educação.
Também se percebe que existem várias estratégias nacionais que
buscam intervir no contexto das gestões locais, como o PDE, PAR e o PDE-
Escola, mas nesse momento será tratado especificamente de uma estratégia de
gestão que se consolida como uma das mais importantes para a política
educacional: os planos de educação.
Vídeo
O vídeo a seguir mostra uma entrevista muito interesse com
pontos de vista de renomados profissionais da área da
educação.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=iSqbZCHSV84
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Nesse sentido, um bom plano de educação aprovado de forma coletiva,
construído com a participação da comunidade escolar a partir das demandas
locais, consegue intervir na gestão dos sistemas de ensino, indiferente ao
governo que está no poder, pois as disputas em defesa da educação de
qualidade se darão em torno de suas metas e objetivos.
É nesse plano que deverão conter: as expectativas da comunidade local
sobre a educação do seu estado ou do seu município, objetivos e metas para
curto, médio e longo prazo, os recursos disponíveis. É um momento de se
construir a educação. Ressalta-se ainda que, além do documento aprovado em
Lei, que assegura constitucionalmente a validade política, o importante também,
é todo o processo de construção que delimitou a existência dessa legislação. A
elaboração dos planos se constituem em espaços de formação, enfrentamentos
e disputas, construção de consensos e em especial o exercício da democracia e
da cidadania.
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alinhados ao plano geral do governo ditatorial. (SILVA e SILVA, 2006) Esse
contexto trouxe para a educação resquícios que até hoje se enfrentam
dificuldades na educação, como a autoritarismo, o coronelismo e a fragmentação
que norteiam os rumos dos planejamentos educacionais.
Em 1987, instala-se a Assembleia Nacional Constituinte, permeado por
um profundo sentimento democrático. Relacionado à educação, o período de
aprovação da Constituição coloca diversos debates na esfera da educação em
defesa do ensino público gratuito e de qualidade, um deles é a elaboração dos
planos de educação.
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que não especificamente, alguns princípios educacionais que visam parâmetros
para o desenvolvimento da educação no país.
Na década de 1990, em meio ao processo de democratização do país,
aprovação da CF e na contramão a instituição de políticas determinadas por
vários mecanismos internacionais, o processo de construção de um
planejamento educacional veio apenas em 1993 nomeado como “Plano Decenal
de Educação para Todos”, que acabou por não vigorar.
Com a aprovação da LDB em 1996, o artigo 9º passa a determinar que “A
União incumbir-se-á de: I – elaborar o Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios” (BRASIL, 1996),
ou seja, mais uma legislação educacional que assegura a construção dos planos
de educação entre os entes federados.
Em todo esse contexto no ano de 2001 é aprovado pela primeira vez no
país um plano nacional da educação sob a Lei nº 10.172 de 09 de janeiro de
2001. Esse plano, definia um diagnóstico da educação brasileira e contava com
duzentos e noventa e cinco objetivos, se concretizando de certa forma num
documento denso.
O mesmo não se efetivou enquanto uma linha de encaminhamentos para
as políticas educacionais, mas destaca-se por consolidar um importante
documento, no sentido de promover o debate sobre questões importantes da
educação, como a valorização dos profissionais de educação, financiamento
educacional, gestão, regime de colaboração entre outros elementos que compõe
o cenário da educação. Nesse sentido ele entra para a história especificamente
porque:
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Alguns autores defendem que o primeiro plano nacional de educação não
se efetivou em especial pela falta de recursos financeiros, ou seja, não houve no
próprio plano a previsão orçamentária para que ele se efetivasse. Para Dourado
(2010), o documento indicava metas e desafios de grande importância para a
qualidade da educação nacional; no entanto, caracterizou-se apenas como algo
formal, pois, sem planejamento financeiro e mecanismos orçamentários que o
garantissem, tornou-se na sua essência mais um documento que não se
efetivou.
Nesse contexto, o PNE de 2001, mesmo que não implementado,
consolida-se como um importante documento da sintetização da política
educacional em determinado momento e sem dúvida, abriu os espaços para que
um novo plano fosse pensando, visto que a vigência do mesmo já estava
findando.
Saiba Mais
O documento referência para as conferências nos estados e
municípios previa seis eixos para de orientação para o debate:
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terminaria na construção de um novo plano de educação, realizado com ampla
participação das comunidades educacionais no país inteiro.
Foram esses mesmos eixos, que em abril de 2010, definindo por temática
a construção de um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional
de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação, constituíram o debate na
conferência nacional, que se consolida como o resultado das demais
conferências, a partir de um espaço de debate, deliberação e participação.
(DOURADO, 2009)
De todo esse processo, no ano de 2014, após muitas polêmicas, em
especial a definição do percentual do PIB nacional destinado para a educação,
foi aprovada a Lei 13.005 de 2014, que institui o Plano Nacional de Educação,
com vigência de dez anos.
Um dos indicativos do PNE é que na sequência, todos os estados e
municípios deveriam aprovar também seus planos municipais e estaduais de
educação, tendo como referência a legislação nacional. No entanto, foi
necessário que se instituísse um prazo limite que foi de doze meses após a
aprovação do PNE, ou seja, junho de 2015.
Infelizmente, no contexto das políticas, essa situação demonstra que o
planejamento educacional ainda caminha a passos lentos e que os governos
locais ainda não têm como opção gerir seus sistemas de ensino por meio da
elaboração dos planos educacionais, e mais, um passo é a aprovação dos PNEs,
o outro é a efetivação e implementação dos mesmos.
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O novo documento não contempla com efetividade a vontade da
sociedade em geral que participou dos seus processos de construção, mas
resulta em documento possível de consensos e de efetividade que vale a pena
ser conhecido na íntegra. Segue a baixo suas metas que sintetizam o teor da
representatividade educacional.
Atividade de Aprendizagem
Destaque e discorra sobre, dentre as 20 metas do PNE, uma
meta referente a gestão da educação e outra da gestão escolar
que podem ser verificadas como metas de grande impacto em
uma escola próxima da sua cidade.
Resumo da Aula
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construídos, que é por meio de conferências e debates com a sociedade em
geral.
Apresentou-se com mais especificidade o PNE de 2001, assim como o
contexto do PNE vigente aprovado no ano de 2014, apresentando suas metas e
direcionamentos.
Apresentação da Aula
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Os recursos investidos na educação têm como objetivo a melhoria
educacional e são providos pelos impostos, taxas que são
recolhidos da população.
Saiba Mais
Os repasses que competem ao FNDE dividem-se em três
formas:
- Os constitucionais;
- Os automáticos;
- Os voluntários (convênios);
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chegaram a um valor suficiente para prover uma educação de qualidade no país,
tendo muito ainda a desenvolver em termos orçamentários.
Outra forma de repasse financeiro, de forma supletiva e redistribuitiva
para os estados e municípios é por meio de fundos, ou seja, a política de fundos.
No ano de 1996 a União redistribuía o dinheiro por meio do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEF) que teve duração de dez anos e deixava
de fora repasses para a educação infantil e ensino médio, no ano de 2007, no
governo Lula, foi substituído e ainda mantêm-se o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (FUNDEB) que, ao contrário do FUNDEF, amplia seus repasses para
a educação infantil, ensino fundamental e também ensino médio. São fundos
estaduais, formados por uma parcela dos 25% de impostos que vão para a
educação. A política de fundos, em especial o FUNDEB, respalda-se na ideia de
que a redistribuição dos recursos, entre o estado e os municípios são destinados
tem como base as matrículas da Educação Básica (SCHENEIDER, 2014) ou
seja: quanto maior o número de matrículas daquele ente, maior o número de
dinheiro recebido.
Cury (2009) coloca que praticamente a maioria dos programas de
transferência de recursos federais, em especial, aqueles que envolvem
diretamente recursos para escolas ou sistemas de ensino compete ao FNDE,
secretarias são de responsabilidade do FNDE, ou seja, essa autarquia tem uma
grande responsabilidade frente a execução das políticas educacionais.
Para entender melhor de que forma esses repasse acontecem, faz-se
importante a compreensão do que são programas de transferência de recursos
A seguir serão listados alguns dos programas de FNDE que têm grande
influência nas políticas de gestão escolar e de educação.
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O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), foi criado no ano de 1995
e objetiva dar assistência financeira direta as escolas públicas de educação
básica dos estados e municípios, de forma suplementar. Tem como foco a
melhoria da infraestrutura física, pedagógica e a gestão escolar nos contextos
financeiros. Para a transferência do dinheiro do PDDE não há necessidade de
realização de convênio, ele é realizado automaticamente conforme o número de
alunos de cada unidade escolar, conforme aponta o censo escolar realizado no
ano anterior. Até 2008, o repasse desses recursos iam apenas para as unidades
de ensino fundamental, com a aprovação da Lei nº 11.947, de 16 de junho de
2009, ampliou-se para toda a educação básica. O dinheiro pode ser usado pelas
unidades para a aquisição de material permanente; manutenção, reparos,
aquisição de material de consumo; avaliação de aprendizagem; implementação
de projeto pedagógico; e desenvolvimento de atividades educacionais. O valor
que vai para cada unidade é fixo por aluno, conforme localidade da escola e
modalidade de ensino. É necessário que cada unidade tenha sua Unidade
Executora própria. O PDDE também é distribuído muitas vezes para escolas
privadas da educação, em especial aquelas que não possuem fins lucrativos
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desses recursos é automática sem obrigatoriedade de convênios, podendo ser
utilizado em pagamentos de manutenção dos transportes, pagamentos de taxas
e impostos, reformas e também para contratação de transporte de veículos
terceirizados, caso haja a necessidade.
Vale destacar que essas mudanças na escolha dos livros didáticos foram
significativas especialmente no que diz respeito à escolha do material pelos
professores. Nesse sentido o professor tem a possibilidade de um contato maior
com os livros, podendo analisá-los, pesquisá-los, compará-los com a base
curricular e o projeto pedagógico da escola. Nessa perspectiva o material tende
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a aproximar-se mais com a realidade escolar, do que apenas receber livros que,
na sua maioria, muitas vezes não eram usados pelas escolas.
Destaca-se também que o programa, no ano de 2002, passa a distribuir
dicionários de Língua Portuguesa a todos os alunos do ensino fundamental
matriculados na época, na 1ª série (hoje 1º ano) como para os alunos dos 5º e
6º séries (5º e 6º anos). O PNLD também visa a aquisição e distribuição de livros
aos alunos do ensino médio, aos alunos de Educação de Jovens e adultos e
também a reposição dos materiais no tempo.
Saiba Mais
Considerando as características descritas
anteriormente, o PNLD tem a seguinte organização:
• PNLD EJA;
• PNLD CAMPO;
• PNLD OBRAS COMPLEMENTARES;
• PNLD ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA;
• PNLD DICIONÁRIOS;
4.1.4. Pro-infância
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anteriormente a adesão a um termo de compromisso entre o FNDE e os
municípios que aderiram ao programa.
O PROINFÂNCIA surge no sentido de que a União cumpra com seu papel
redistributivo, para atender uma demanda que é ainda muito grande no pais, a
falta de vagas na educação infantil. Esse programa vincula-se à meta do PNE
que prevê ampliar o atendimento conforme a demanda da educação infantil no
país.
4.1.5. PROINFO
Importante
Apesar de se entender a importância desses programas e dos
repasses de recursos, o que se percebe é que cada vez mais
os diretores das escolas acabam por assumir as tarefas
administrativas de gastos e prestações de contas, tendo que
deixar de lado os aspectos pedagógicos das escolas.
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A educação de qualidade se faz com recursos e financiamento, nesse
sentido a criação de programas se consolida como importantes estratégias para
que esse objetivo se cumpra.
Atividade de Aprendizagem
Com base no que foi trabalhado a respeito do funcionamento
do FNDE, que programas do governo, dentre os citados neste
material, podem ser verificados no seu município? É possível
utilizar o ambiente de navegação disponível em:
https://meumunicipio.org.br/
Resumo da aula
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Resumo Da Disciplina
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REFERÊNCIAS
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Articuladas, 2015. Disponível em:
http://diversa.org.br/uploads/arquivos/artigos/artigo_marcia_carvalho_2015_05_
26.pdf
40
Portal FNDE. Disponível em: www.FNDE. gov.br. Acesso em 08 de junho de
2016.
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