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Gestão e documentos
1.6 Políticas públicas: o que é isso?
Você já ouviu uma música chamada “Construir a manhã desejada”, do
Gonzaguinha? Ela é bastante conhecida e tem o seguinte trecho: “Eu acredito
é na rapaziada que segue em frente, e segura o rojão, eu ponho fé...”.
E você, constrói o seu amanhã? Você já parou para pensar em quem constrói o
amanhã do nosso país? Parte desse compromisso é dos nossos governantes,
que traçam as políticas públicas que direcionam o nosso país. Vamos lá?
Quando falamos sobre educação torna-se necessário entender as políticas que
a sustentam. Para se compreender o que é política vamos retornar à Grécia
Antiga e verificar o que Aristóteles disse:
A partir dessa premissa vamos conceituar política como a forma dos indivíduos
manterem relações entre si, ou seja, são intenções materializadas em forma de
ações que foram estabelecidas para atender às necessidades coletivas. Por
exemplo: as políticas educacionais, que permitem que os cidadãos tenham
direito de acesso à educação.
Mas não adianta implementar as políticas se não houver recursos para efetivá-
las, torna-se necessário também que os governantes garantam prioridade de
recursos financeiros para a educação pública, pois o compromisso com a
qualidade é também compromisso financeiro com a educação.
Enfim, cabe à sociedade exigir que o Estado efetive políticas públicas para a
educação de qualidade, concebendo-a não como simples acesso às cadeiras
escolares e sim como garantia ao conhecimento historicamente construído. Um
exemplo que podemos dar, sobre a participação da sociedade na efetivação
das políticas públicas, é a participação ativa nas reuniões da Conferência
Nacional de Educação - CONAE.
Referência:
CUNHA, E. de P.; CUNHA, E. S. M.. Políticas públicas e sociais. In:
CARVALHO, A.; SALES, F. (Orgs.) Políticas públicas. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2002.
GUARESCHI, N. et al. Problematizando as Práticas Psicológicas no Modo de
entender a Violência.In: Violência, Gênero e Políticas Públicas. 2004.
De acordo com o artigo 3° da Lei n°. 9394/96, o ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública, nos termos de lei federal.
Referência:
Direção
Setor administrativo:
Conselho Escolar
Grêmio Estudantil
Referência:
Ele é um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de
que maneira, por quem para chegar a que resultados. Além disso, explicita
uma filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade
da escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a
clientela. É a valorização da identidade da escola e um chamamento à
responsabilidade dos agentes com as racionalidades interna e externa.
Você já observou que na maioria dos lugares aonde vamos, existem normas
específicas a serem seguidas? Pois é. Na escola não é diferente. Para que as
relações ali estabelecidas se deem de forma padronizada e legal, é necessário
que haja um documento que normatize as atribuições de cada cargo/ função,
dos direitos, deveres e penalidades em casos de infrações. Esse documento
chama-se Regimento Escolar. Seu conteúdo deve guardar coerência com o
expresso no Projeto Político Pedagógico, de modo a complementá-lo.
Nesta aula citamos que toda Escola possui dois documentos que orientam
suas ações e normas de conduta, que são: Projeto Político Pedagógico,
também conhecido como PPP, documento que orienta as ações pedagógicas a
serem desenvolvidas no âmbito escolar, conforme a visão sócio-político- -
pedagógica da Escola; e o Regimento Interno, documento que determina as
responsabilidades, direitos e deveres dentro da Escola. Ambos os documentos,
devem ser elaborados coletivamente, para garantir a democracia na Gestão
Escolar.
Referência:
Art. 206.
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e
o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de
carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime
jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade. (Constituição Federal/ 88)
A execução das ações fica a cargo dos governos federal, estadual e municipal, e sua
coordenação, a cargo do MEC. Como embasamento para a gestão democrática você
pôde observar que existem diversas Leis. Tais leis orientam os gestores e até mesmo
o cidadão a realizarem um trabalho com políticas públicas efetivas e de interesse de
toda a sociedade.
Referências:
BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96
______ Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Estabelece o Plano Nacional de
Educação, Brasília, 2001.
Tipos de finalidade
Seja qual for o lugar por onde passarmos, sempre haverá regras específicas a
se cumprir. Mesmo que seja uma temporada na casa de um amigo, a boa
educação nos diz que devemos nos adequar às normas da casa, seus
horários, ajudar na manutenção da limpeza da casa, não é verdade? Pois é, na
escola não pode ser diferente. Alunos e funcionários devem saber que a escola
possui uma “lei interna” chamada Regimento Interno, que é um documento de
valor legal, no qual são designadas as atribuições, direitos, transgressões e
penalidades de cada um no âmbito escolar. Devem saber que comportamentos
inadequados, independente do nível hierárquico de quem os cometeu, são
passíveis de punição, respaldadas pelo Regimento Interno. Você certamente já
ouviu falar que “um exemplo educa mais que mil palavras”. E isso é fato!
De nada adianta o professor dar uma excelente aula sobre ética, e no intervalo
“furar” a fila para comprar o lanche. Um funcionário que agride verbalmente um
colega ou aluno está estimulando a violência. Portanto, se a escola é um lugar
que se transmite normas e valores, devemos estar atentos à nossa conduta,
pois somos espelhos vistos o tempo todo. Precisamos estar aptos a educar
através dos nossos exemplos, pois eles repercutirão na história de alguém.
Promovendo o exercício da cidadania
Ou seja, saber respeitar os direitos dos demais. Esses hábitos devem ser
praticados por todos os cidadãos, dentro e fora da escola. Seja ele professor,
diretor, aluno, secretário, porteiro, merendeira, voluntário.
Ao observar os itens citados acima, você pode se auto avaliar e avaliar seus colegas
de profissão. Quais quesitos você enxerga em si? Quais acha que falta e precisa
aprimorar? Pense nisso.
Finalidade humanística
Referência:
Infelizmente, ainda nos dias atuais nos deparamos com matérias jornalísticas
relatando péssimas condições de algumas escolas, muitas vezes pela falta de
uma gestão política responsável, outras, pela ação vândala dos usuários
desses espaços: a população. Exemplo disso, aconteceu um tempo atrás
quando um telejornal exibiu uma reportagem ilustrando a importância da
merenda na redução do índice de evasão escolar através do exemplo de um
cidadão. Porém, outro fator mereceu destaque: o espaço escolar. Mas o que
seria o espaço escolar? Poderíamos dizer que o espaço seria o ambiente onde
o grupo escolar se encontra.
Pensemos agora, numa estrutura básica que garanta aos alunos, professores e
demais funcionários, condições plenas de trabalho e aprendizagem. Sim,
apenas o básico. Existem escolas que ultrapassam nossas expectativas em
relação à estrutura física e tecnológica, em sua maioria, escolas privadas. Mas,
temos também, em alguns casos, escolas púbicas bem gerenciadas, que
apresentam características de qualidade um pouco incomuns.
Sala de aula
Cantina / cozinha
Lugar reservado à guarda, higienização, manipulação, cozimento e distribuição de
alimentos e utensílios.
Laboratório de Informática
Nem todas as escolas possuem esse espaço, mas nele são desenvolvidas, de forma
didática, atividades de pesquisa em grupos, via internet, além da utilização dos
computadores e seus periféricos para elaboração de trabalhos. Aqui também podem
ser guardadas mídias digitais de programas.
Sanitários e vestiários
Esse local deve oferecer estrutura que permita a higiene pessoal de alunos,
professores, funcionários no dia a dia, e comunidade em ocasiões de eventos festivos.
Almoxarifados/ depósitos
Espaço destinado à guarda de materiais diversos, que pode ser dos tipos: de limpeza,
pedagógico, esportivo, etc.
Recomendações - as portas devem ter vão livre de pelo menos 0.80m; - iluminação
com duas lâmpadas fluorescentes no mínimo; - faz-se obrigatório o uso de laje ou
forro; - é obrigatória ventilação, devendo ser instaladas telas para proteção de entrada
de insetos em todas as aberturas de ventilação.
Pátio
Local onde os alunos se reúnem antes e após as aulas, nos intervalos. Onde também
ocorrem eventos sociais comemorativos e de lazer
Espaços multifuncionais
Paisagismo
Comunicação visual
Começa pela inscrição do nome da escola nos espaços externos, que podem
ser nos muros, reservatórios, fachadas. No interior da escola, são as
plaquinhas nas portas indicando os ambientes, restrições quanto à entrada. É o
uso de cores, símbolos, imagens, para indicar procedimentos de segurança,
para sinalizar proibições, para sugerir ações. Por exemplo: em uma biblioteca,
é adequado usar a imagem de uma pessoa com o dedo indicador nos lábios,
pedindo silêncio. Murais de avisos também representam um recurso de
comunicação visual, utilizados para repasse e atualização de informações por
parte dos alunos, funcionários e comunidade.
Conforto térmico
Conforto acústico
Conforto luminoso
O conforto luminoso é proporcionado pela iluminação com intensidade
adequada e bem distribuída nos ambientes, conforme as atividades ali
desenvolvidas. O quadro abaixo oferece algumas sugestões quanto a
luminosidade ideal para alguns ambientes:
Tabela 1
Para ter uma referência, são necessárias 6 luminárias com duas lâmpadas
fluorescentes de 40watts cada, para obter uma luminosidade de 300 lux em uma sala
de 48m2 (6m x 8m).
Para Viñao Frago (1998), um espaço, ao ser projetado, não se mantém como
um simples espaço arquitetural ele é, a partir dos agentes que o ocupam
construído como lugar. “O espaço se projeta ou se imagina; o lugar se
constrói.” (Viñao Frago, 1998, p.61) Pensando nisso, devemos refletir que essa
relação entre todos os agentes que ocupam o espaço escolar, baseia-se num
bom diálogo e interação e por isso, a comunicação efetiva é um fator essencial
nas relações educacionais.
Mas, será que temos sido capazes de utilizar corretamente todo o imenso
potencial que a comunicação eficaz pode nos proporcionar? Usamos de forma
adequada a comunicação em nosso cotidiano para nos fazermos entender e
percebermos as intenções e as habilidades das pessoas com as quais nos
relacionamos? Por que muitas pessoas acreditam que não podem se
comunicar com sucesso quando estão falando em público? Dar atenção a
estes questionamentos é fundamental quando pretendemos modificar para
melhor nossas habilidades comunicativas.
Dimensão socioafetiva
Dimensão sociocognitiva
De posse dessas informações, você pode começar a refletir sobre sua estima e de
seus colegas. Observar seu cotidiano e também, compreender quais fatores lhe
trazem realização, seja pessoal ou profissional.
Autorrealização
O homem, pela sua própria natureza, luta por sua autorrealização, pela
satisfação de todas suas necessidades básicas. Por incluir escolhas livres,
efetua- -se com tensões, conflitos, renúncias e sofrimentos. Goldstein (1980)
define autorrealização como um impulso dominante, inerente ao organismo
humano, que impele o homem a realizar, por todos os meios, suas
potencialidades inatas. As outras necessidades – fome, sede, sexo, entre
outros – seriam apenas manifestações do impulso autorrealizador. Abraham
Maslow procurou compreender e explicar o que energiza, dirige e sustenta o
comportamento humano. Para ele, o comportamento é motivado por
necessidades fundamentais.
A formação da personalidade
Eles são perceptíveis a partir das reações diferenciadas das pessoas nos
grupos, determinando assim o seu temperamento. Ex: ansiedade, energia,
flexibilidade, hostilidade, impulsividade, etc. O desenvolvimento social,
cognitivo e afetivo se dá de forma interdependente, e qualquer desequilíbrio
pode comprometer o conjunto. Os vínculos afetivos estabelecidos
principalmente na infância determinam de modo direto o desenvolvimento
emocional e afetivo do indivíduo, a socialização, as interações humanas e,
sobretudo, a aprendizagem.
A ética e a moral
O espaço escolar deve ser concebido como uma comunidade viva e repleta de
sentido, onde os alunos busquem não só a aprendizagem através da escrita e
da leitura, mas também através da partilha das experiências vividas no
cotidiano. Desse modo, o convívio dentro da escola deve ser organizado de
maneira que os conceitos de justiça, respeito e solidariedade sejam vivificados
e compreendidos pelos alunos como aliados à perspectiva de uma qualidade
de vida melhor. Não basta ensinar conceitos e valores democratizantes, é
preciso que eles sejam vivenciados no convívio intraescolar. A comunidade
escolar deve utilizar seu espaço e sua interatividade para apresentar valores do
ser humano através de exemplos, de sugestões motivadoras, e principalmente
de respeito ao ser humano. Além do educador, toda comunidade escolar
necessita de uma consciência ética profissional perante o aluno, que seja de
amor, com austeridade. Deve ser realista, porém sem ser autocrático.
John Locke por sua vez, defende a percepção como fonte da ideia. Afirma que
a estrutura mental é condicionada a um processo de conquista da verdade por
um processo educacional e cultural obrigatório, por iniciativa do ser ou de
terceiros. David Hume defende uma ciência pelas vias da experimentação.
Para Immanuel Kant, a lei da vontade ética é a que prevalece sobre todas. Ele
afirma que a razão guia a moral e que três são os pilares em que se sustenta:
Deus, liberdade e imortalidade. Para ele, o dever de ser feliz tem duplo sentido:
o da satisfação do ser e o do impedimento dos atos antiéticos.
1.17 Reflexões sobre os conceitos de gênero,
raça e etnia
No estudo sobre “etnia” e “raça”, muitas vezes os dois conceitos são utilizados
como sinônimos. Embora, na maioria das vezes seus conceitos estejam
associados, a diferença entre ambos reside no fato de que raça categoriza
diferentes populações de uma espécie biológica por suas características
fenotípicas (ou físicas), enquanto que etnia ou grupo étnico compreende os
fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, religião, língua e
tradições. Leia as definições abaixo:
No que diz respeito à questão do “gênero”, este, por sua vez, não deve ser algo
pensado isoladamente, mas sim com base nas construções socioculturais em
que esteve inserido, como citado abaixo:
Há diversidade cultural?
Referência: