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1.

CAPÍTULO 1 – A Criança como sujeito de direito,

através da Educação Infantil

Há tempos os cientistas sociais e educadores se preocupam com temas

ligados ao desenvolvimento econômico, a modernização, a participação

política, a democracia ou a mobilidade social ligadas direta ou indiretamente à

educação. Hoje a deficiência e a exclusão social, são temas ligados

diretamente a políticas públicas.

No artigo 7° da Constituição Brasileira de 1988, 34 itens, aplicam aos

cidadãos brasileiros a noção de seus direitos políticos, e direitos sociais, que

vão desde o direito ao emprego e a educação até o direito ao atendimento,

pelo setor público, de suas necessidades de saúde, lazer, seguro social, dentre

outros. Parece óbvio, a execução destes direitos, mas ainda estamos muito

longe de começar a concretizar esta jornada. Este capítulo abordará a questão

da educação infantil como ponto de partida para a concretização de um futuro

cidadão agente de seus direitos, pois conforme afirma a professora Graciane:

“(...) a concepção de exclusão social é inseparável do conceito de


cidadania e se refere aos direitos que as pessoas têm de participar
da sociedade e usufruir dos benefícios e bens produzidos por ela.
Sejam os direitos civis, políticos e sociais definidos como: aqueles
que protegem o cidadão contra o arbítrio de Estado, facultando
direito de ir e vir, se expressar com liberdade; enquanto os direitos
políticos facultam o papel do cidadão na organização política de sua
comunidade, votar, ser votado, etc.; enquanto direitos sociais se
vinculam a vida digna e a convivência social, educação, saúde,
trabalho dentre outros. (GRACIANE, 2006, p.03).

Portanto o conceito de exclusão está ligado à análise da deficiência e

da desigualdade, por não proporcionarem uma cidadania efetiva, no que refere


à participação ativa da comunidade na vida política e social. Segundo a

professora Graciane (2006), o conceito de inclusão está diretamente ligado a

efetivação das políticas públicas, Estado e Sociedade Civil, orçamentos

participativos e a implementação de organizações não governamentais e

movimentos sociais que emponderam as políticas públicas.

Kuhlmann em seu livro Infância e Educação infantil uma abordagem

histórica realiza uma reflexão em torno da história da infância e da sua

educação, a partir de um levantamento de bibliografias e das pesquisas sobre

o tema. Kulmann apud Plaisance:

(...) escrevendo sobre a escola maternal, entende ser necessário ir


além da descrição das origens sociais das crianças que frequentam
a instituição e das repercuções disso sobre seu funcionamento.
Trata-se de empreender a construção das relações entre o
fenômeno- histórico - da escolarização se explicaria em relação aos
outros fatos sociais, envolvendo a demografia infantil, o trabalho
feminino, as transformações familiares, novas representações
sociais da infância, etc.( KULMANN, 1998,p.15)

Sendo assim a instituições educacionais para crianças pequenas estão em

estreita relação com as questões que dizem respeito à história da infância, da

família, da população, e das demais instituições educacionais.

No Brasil, as primeiras iniciativas dirigidas as educação das crianças,

começaram em São Paulo, porém agora voltada às camadas trabalhadoras.

Esta educação possuía um cunho assistencialista e o contexto histórico refletia

os conflitos dos operários das primeiras décadas do século. Segundo Campos,

Rosemberg e Ferreira (1993):

“(...) Tanto as creches nos locais de trabalho, como as creches


filantrópicas e, menos acentuadamente, os “parques infantis” da
cidade de São Paulo, tinham como principal preocupação atender às
necessidades das mães que trabalhavam fora, com objetivo de
cuidado e assistência à infância.” (CAMPOS, ROSEMBERG e
RERREIRA, 1993, p.103)

De acordo com os Indicadores da Qualidade da Educação Infantil

(2009), a educação infantil no Brasil registrou muitos avanços nos últimos

vinte anos. A Constituição federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional de 1996 a definiram como primeira etapa da educação

básica. Porém, para que esse direito se traduza realmente em melhores

oportunidades educacionais para todos e em apoio significativo ás famílias

com crianças até seis anos de idade, é preciso que as creches e as pré-

escolas, que agora fazem parte integrante dos sistemas educacionais,

garantam um atendimento de boa qualidade.

Os Parâmetros de Qualidade da Educação Infantil (2008) determinam:

“As instituições públicas de educação Infantil no Brasil


destinam-se às crianças, brasileiras e estrangeiras, sem
distinção de gênero, cor, etnia, proveniência social, credo
político e religioso, com ou sem necessidades especiais. Cabe
às gestoras e aos gestores das instituições de educação Infantil
permitir a matrícula ao longo de todo o ano letivo, sempre que
houver vaga disponível. Entretanto, matricular ou não uma
criança de 0 até 6 anos na instituição de Educação Infantil é um
ato de livre vontade das mães e dos pais e/ou responsáveis
pelas crianças.”( Parâmetros de Qualidade para Educação
Infantil,2008,vol2,p.28)

Porém faz-se necessário descrever a importância da inserção da

criança na Educação Infantil que tem como finalidade “... o desenvolvimento

integral da criança até 6 anos de idade em seus aspectos físicos,

psicológicos,intectual e social, complementando a ação da família e da

comunidade”.(art.29 da LDB). A Educação Infantil tem a finalidade para

estabelecer como uma de suas diretrizes a dissociabilidade entre o cuidado e a

educação no atendimento às crianças da Educação Infantil.


As mudanças em torno da educação voltada a crianças de 0 a 6 anos,

deram início nas décadas de 80 e 90 com a Constituição da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional- LDBEN (Lei n.º9.394/199), que definem

questões significativas como a inserção da Educação infantil no capítulo da

Educação, determinando claramente sua função de se educar e de se cuidar

da criança de 0 a 5 anos.

Além da Constituição Federal de 1988, o direito à educação infantil vem

assegurado em outras normas nacionais, principalmente a LDBEN o Estatuto

da Criança e do Adolescente - ECA (Lei n.° 8.069/1990) cita a educação infantil

como primeira etapa da educação básica, com a finalidade de uma educação

para todos:A LDBEN, artigos 29 a 31, expressa a forma de pensar a creche

enquanto instituição de educação. Tendo como um dos pontos principais a

finalidade da educação infantil , ou entidades equivalentes, para crianças de

até três anos de idade:

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem


como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos
de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três


anos de idade;

II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de


idade.

Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante


acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo
de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº9394/96, no

artigo 21, recomenda que a Educação Infantil faça parte do sistema de ensino
compondo a Educação Básica como primeira etapa, e propõe ainda que a

proposta pedagógica contenha intencionalidade, gestão compartilhada,

envolvendo o corpo docente, a família, a comunidade e as crianças.

Também sugeri o envolvimento dos professores em um fazer

pedagógico que viabilize atividades de aprendizagem significativas, baseadas

no lúdico, no jogo, na expressão, no brincar e na construção de identidade

desta criança, segundo Kishimoto (1988):

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento


da identidade e a autonomia. (...) è papel de o educador observar e
coletar informações sobre as brincadeiras das crianças para
enriquecê-las em futuras oportunidades. Sempre que possível o
educador deve participar das brincadeiras e aproveitar para
questionar com as crianças sobre as mesmas. É importante
organizar e estruturar o espaço de forma a estimular na criança a
necessidade de brincar, também visando facilitar a escolha da
brincadeira. (KISHIMOTO, 1988, p38)

Parte do educador a estimulação da imaginação infantil, através de

jogos e brincadeiras, objetivando o alcance da aprendizagem, do conhecimento

e da compreensão do mundo ao redor. A educação em espaço coletivo

favorece essa interação da criança com o mundo que o cerca.

A busca pela construção de uma pedagogia da Educação Infantil,

conforme afirma Bondioli e Mantovani (1998) entendem a educação infantil de

uma forma articulada, complementando a educação da família, num papel

político e social caracterizando especificidades próprias do cuidar, tornando

assim evidente a necessidade da assistência na infância como: alimentação,

higiene, saúde, cuidados físicos e pediátricos. E em paralelo, uma educação

adequada, com ambiente estimulador para o desenvolvimento e para a

construção do conhecimento.
No Brasil, alguns princípios de qualidade foram sugeridos por Campos e

Rosemberg (1995) para o trabalho em creches, como: respeitar os direitos

fundamentais da criança, com critérios relativos à organização e ao

funcionamento interno, possibilitar à criança o direito à brincadeira, à atenção

individualizada, a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante, ao contato

com a natureza, às boas e adequadas condições de higiene e saúde, a uma

alimentação sadia, a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de

expressão, ao movimento em espaços amplos, à proteção, afeto e amizade, a

expressar seus sentimentos, a uma especial atenção durante seu período de

adaptação à creche, a desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa.

As autoras defendem que a construção de uma política de creche

deve ter como compromisso assegurar os direitos fundamentais da criança,

seu bem-estar e desenvolvimento, saúde, alimentação sadia e higiene, a

brincadeira, o contato com a natureza e a ampliação de seus conhecimentos.

Atualmente os trabalhos educativos criam novas possibilidades de

descobertas feitas pelas próprias crianças, como num processo investigativo de

sentimentos, valores, papéis sociais e costumes. A importância desta etapa

marcante na vida crianças se deve a boa formação e prática pedagógica

realizada. A educação coletiva de crianças de creches e deve se preocupar

com sua formação integral de cidadão e agente transformador de sua

realidade. Segundo o Referencial curricular Nacional para Educação Infantil

(RCNEI), 1998:

Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades.


Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados,
brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que
possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis
(RCNEI, 1998, p.23).
Compreendendo este agente transformador, podemos dizer segundo

Bondioli e Mantovani que a pedagogia da creche contém práticas educacionais

familiares e extrafamiliares que constituem o patrimônio essencial do

conhecimento de como educar a criança, tentando subtrair o senso comum,

inserindo nesta educação a busca de saber e prática diversas, solicitando

assim a superação do estereótipo assistencialista e do preconceito com estas

instituições. Portanto faz-se necessário e essencial a pesquisa pedagógica que

tenha a criança como seu dependente para se alcançar resultados que

determine a produtividade da integração entre saber e fazer na pesquisa

pedagógica da creche.

Segundo Cerisara (1999), a escola infantil (0 a 3 anos) é um lugar

onde as crianças aprendem as combinações para o convívio social, a integrar-

se com os outros, a trabalhar em grupo e a partilhar brinquedos e materiais, a

cuidar das suas coisas ( organizar, emprestar e guardar). São capazes também

de desenvolver o seu senso de respeito público e de liderança e viver com

intensidade as experiências que se constituem diariamente.

Os conteúdos da primeira etapa da educação Infantil têm uma

profunda relação com a pauta do desenvolvimento da criança. Neste ambiente

educacional a criança é estimulada ao alimentar-se, no momento de

higienização ao valar-se, na hora destinada ao descanso, é instigada a

controlar seus esfíncteres, no convívio com outras crianças é estimulada nos

jogos, na exploração de seu meio e de seus movimentos.

Para que a criança pequena se faça agente ativo de seus direitos de

desenvolvimento inserido na Educação Infantil, buscamos no Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA) 2005 no seu Capítulo IV que dá a criança e ao


adolescente, direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer. Neste mesmo

capítulo no artigo 53 assim dispõe-se:

“A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao


pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurando-se-lhes:
I-igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
II - direito a ser respeitado por seus educadores;
III- direito a contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instância escolares superiores;
IV- direito de organização e participação em entidades
estudantis;
V- acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência

Para se educar crianças, necessitamos de objetivos que capacitem seres

humanos a viver em uma sociedade contemporânea. Segundo Odena (1999), o

objetivo geral para escola de 0 a 3 anos deve ser o de “formar pessoas para

autonomia pessoal e a solidariedade, capazes de experimentar, expressar-se,

comunicar-se, sentir segurança, amar, ser feliz, ter autodomínio e compreender

seu contexto”. A creche se caracteriza por ser um ambiente social de aceitação

e rico em possibilidades de adquirir novas e positivas experiências e

linguagens: corporais, cognitivas, afetivas e emocionais.

A inserção das crianças de 0 a 3 anos de idade no sistema de ensino

impõe-nos um grande desafio. Como garantir tanto o cuidado quanto a

educação nessa faixa etária? Embora a relação entre o cuidar e o educar seja

necessária, na educação da criança pequena ela se torna imprescindível.

Propiciar oportunidades para as crianças aprenderem a gostar de si

próprias, desenvolvendo um autoconceito positivo e aprendendo a reconhecer

e respeitar as características pessoais de cada um constitui tarefa educativa

das mais importantes, tanto na infância quanto na adolescência. Segundo

STRENZEL (2000), “... Quebrar o muro de isolamento entre creche e família


significa iniciar um diálogo, de modo que a presença e a participação das

famílias no contexto da instituição possam de fato se concretizar”. Desta forma

a aproximação facilita o trabalho de reconhecimento de bagagem cultural que a

criança trás de seu convívio social.

De acordo com Vygotsky (2002) a relação da criança com os amigos,

contribui para o desenvolvimento de competências sociais. Geralmente os

grupos sociais naturais da criança são heterogêneos do ponto de vista

cronológico, o que proporciona uma maior variedade de situações de influência

mútua e diferenças compartilhadas.

Segundo Cerisara (1999) a escola infantil (0 a 3 anos) é um lugar onde as

crianças aprendem as combinações para p convívio social, a integrar-se com

outros, a trabalhar em grupo, desenvolver o senso de respeito e o senso de

liderança. As crianças vivem com intensidade suas experiências que se

estabelecem diariamente neste processo sócio educativo estabelecido por

estas instituições.

Portanto, o direito de ser criança enfrenta outras barreiras além da

freqüência a uma instituição que lhe respeite sua condição específica há de se

entender a Educação Infantil como um lugar de aprendizagens e alegria da

criança e não de meros cuidados ou uma preparação para o ensino

fundamental.
2. CAPÍTULO: A psicipedagogia presente na formação
da criança pequena

Assim sendo, neste segundo capítulo abordaremos questões de direito e

cidadania, trago assim a proposta da psicopedagogia como arcabouço teórico,

que vem crescendo no Brasil desmistificando uma educação caritativa, atuando

com uma educação assistida para seus aspectos físico, psicológico, intelectual,

social e afetivo. Complementando a ação da família e da comunidade,

agregando a didática, valores que favorecem a emergência de um projeto de

cultura e solidariedade além de uma ética do cuidado educacional. Compondo

assim, um ideal pedagógico.

A psicopedagogia surgiu da necessidade de cuidado social em ações de

intervenção e prevenção, com o intuito de ajudar as pessoas com problemas

de aprendizagem, e seus ramos de atuação situam-se, sobretudo, na ações

preventivas em instituições e na clínica com atendimentos individualizados

(BOSSA, 2011, p.48).

Portanto, a psicopedagogia propõe-se a buscar uma resposta para os

conflitos na aprendizagem com técnicas de trabalho que podem ser

desenvolvidas de maneira individual ou em grupo, para assim resgatar a

vontade de aprender, de modo a observar quais fatores, possivelmente, podem

contribuir ou não para a processo de ensino-aprendizagem.

Seguindo este posicionamento, as relações sociais mostram-se

essenciais para o desenvolvimento da criança, desde seu primeiro contato com


a instituição escolar, pois elas orientam o sujeito na construção do

conhecimento (MARTINI, 1994, p.4).

O sujeito durante a sua vida acaba se constituindo, aprendendo e

reaprendendo. Pela aprendizagem o ser humano passa a se desenvolver, de

maneira a constituir sua própria identidade a partir de suas vivências, segundo

Martini, (1994, p.1) ‘‘o [...] processo de aprendizagem pode ser positivo,

prazeroso e eficaz, mas, por outro lado, o inverso pode ocorrer, e o aprender

torna-se uma dificuldade e um desprazer’’.

De acordo com Elza dos Anjos, (2015) .Por ser uma ação complexa, o

processo de ensino e aprendizagem, faz-se necessário o aprofundamento das

questões que estão inceridas nesse processo. O papel do psicopedagogo

fundamenta-se, sobretudo, nas dificuldades que podem acontecer nesse

processo, de maneira que o mesmo, provavelmente, possa desvelar os

obstáculos que estão impedindo o sujeito de aprender para que consiga, assim,

oportunizar possíveis meios para intervir adequadamente junto ao problema.

Para Piaget as relações sociais são determinantes para o

desenvolvimento, pois o sujeito influencia e acaba por ser influenciado pelo

ambiente social. As crianças aprendem a se comportar por meio da interação

com os adultos, a cada contato, novos comportamentos vão surgindo.

O nível de socialização é algo que impacta de maneira contundente as

sua identidade. Contudo, é importante ressaltar que os estágios de maturação

vão influenciar o nível de socialização. Piaget definiu graus de socialização

que variam do zero para o recém-nascido, ao maior que seria quando a


criança tem autonomia. Segundo Piaget a socialização conta com dois

requisitos básicos, a cooperação e a coação.

A relação de cooperação é dinâmica por gerar possibilidades; como


afirma Piaget, os caminhos, para aquele que se compromete em ser
cooperativo com o outro, são muitos. Quanto à criança, as primeiras
relações que estabelece são as de coação – pai, mãe/filhos (as);
adulto, professor/criança. Isso, pelo fato de que o infante é aquele
que deverá ser educado e orientado pelo adulto. O próprio Piaget
afirma ser esta fase obrigatória e necessária para se estabelecer o
processo de socialização da criança. (GOMEZ et al, 2010,p.1)

Para que aconteça a aprendizagem é importante que se estabeleçam

vínculos afetivos, pois eles possibilitam o desenvolvimento. Para Sisto (1996)

esse enaltecimento da afetividade, deixando outros fatores intelectuais de

lado, pode acabar tarimbando crianças normais, como crianças com

desordens mentais, porque elas podem ter apenas problemas de

aprendizagem em uma área do conhecimento, que são de fácil resolução.

Pode-se inferir que o psicopedagogo atua na escola de modo a fomentar

o pensamento sobre as diferentes demandas que surgem no âmbito escolar.

Seu trabalho pauta-se na possibilidade de desenvolver no aluno a capacidade

de tornar-se mais consciente e ativo no seu próprio processo de

aprendizagem. Para isso, faz-se necessário que o psicopedagogo tenha uma

escuta e um olhar diferenciado sobre cada sujeito, cada grupo, e cada

contexto.

Para Brandão (2002), o educador que faz a escolha da educação

popular deve saber que a multiplicação de alguns gestos simples vividos na

escola, ao mudar para melhor as pessoas , haverá de participar do que constrói


a multidão daqueles que participarão do tomar nas mãos o que transforma o

rumo e o destino de seus mundos sociais. Assim o autor segue a narrativa:

Na verdade, como sempre acontece quando estamos lidando


com o saber o e aprender, o que se vive é um cuidadoso e
lento trabalho de lidar com os momentos inesperados da
experiência da vida de cada pessoa educanda. De olhar nos
olhos de uma gente que não raro precisou esperar mais da
metade da vida para ser aceita em um banco da escola.
Quando um dia os inúmeros relatos sobre “experiências de
educação popular” forem lidos com este olhar, então se
recordara esta dimensão interativa e afetuosa de um trabalho
que escolheu não apenas educar os que um dia Franz Fanon
chamou de “os deserdados da terra”, mas educá-los
acreditando que também através disto eles pudessem estar
entre os que aprenderam a escrever com a mente e com as
mãos uma história diferente a respeito da terra que um dia os
deserdou. (BRANDÃO,2002,p.44)

De acordo com Gomes (2011),a necessidade da Educação Infantil pública

atrela-se historicamente aos desfavorecidos, no âmbito assistencial. As

mudanças causadas pelas revoluções industriais em todo o mundo lançaram

as mulheres no mercado de trabalho criando a preocupação do cuidado com

seus filhos, o que criou a necessidade de instituições de atendimento as

crianças pequenas, as creches. Até a década de vinte as instituições tinham

um caráter filantrópico.

As creches e jardins de infância cresceram de forma desordenada,

principalmente para combater a mortalidade infantil, a desnutrição e atender

aos apelos das campanhas de vacinação. Assim percebe-se a educação

infantil num prisma de assistência, cuidado e conservação da vida, não

havendo uma preocupação educacional com o desenvolvimento integral da

criança. Segundo Silveira:

No Brasil o modelo assistencialista foi seguido por muitos anos, ou


pelo menos até a década de 80 quando houve uma ampliação das
discussões sobre as reais funções da Educação Infantil que
atendesse as necessidades da sociedade moderna. Foi aí que surgiu
a concepção de que as crianças não necessitavam apenas de
cuidados, mas também de educação. (SILVEIRA, 2011)

As práticas que ainda guardam uma concepção assistencialista resultam

de uma concepção histórica e social, que precisa ser revista por todos os

envolvidos nessa atividade, especialmente os professores e profissionais

responsáveis pelos cuidados e educação das crianças nas instituições de

Educação Infantil.

Esta educação das crianças desfavorecidas foi motivo de preocupação

para determinados segmentos que almejavam contornar o sofrimento dos

menores ou garantir-lhes a conquista de seus direitos, incluindo, um local de

assistência e educação. Um trabalho que exige a atenção de equipes

multidisciplinares, além do envolvimento familiar contundente. Como ressalta

Silva (2009):

(...) Isto significa conceber o desenvolvimento físico, cognitivo,


afetivo, social e cultural das crianças como processo único,
marcado por diferentes dimensões que acontecem no interior
das relações entre os adultos e as crianças. (Silva, 2009p. 51)

Nessa perspectiva, o cuidado passa a ser considerado como uma

ajuda para a criança desenvolver-se como ser humano, integrando assim o

conjunto de relações que as crianças participam sob a responsabilidade de

adultos familiares ou profissionais.

Para Haddad (1991), o processo de construção do atendimento às

crianças desde os primeiros meses de vida até os 6 anos de idade como uma

prática educacional, constitui-se não apenas a identidade da própria instituição,

mas também a identidade da criança que a freqüenta e dos adultos que dela se

ocupam nesse espaço.


A integração entre as funções de cuidar e de educar consolidou-se, no

plano teórico e legal. De acordo com Silva (2009), isto implica em uma

compreensão alargada das funções da instituição de Educação Infantil que

considere o tempo da infância como um tempo de participação e de produção

de cultura, e as crianças como capazes de se expressar por meio de diferentes

linguagens.

Segundo Campos (1995), outro importante ele mento da prática

profissional na Educação Infantil refere-se á relação entre as instituições de

Educação Infantil e as famílias das crianças. No plano legal e da produção

teórica, não há duvidas sobre o reconhecimento de que a Educação Infantil é

direito da criança e, como tal, deve se organizar como um atendimento

educacional.

. Contudo, é relevante afirmar que não se esgotam aqui as

possibilidades sobre o assunto. Visto que, a complexidade humana é algo

mutável e sempre recheada de muita diversidade.

Paulo Freire defende este ideal declarando que não há prática educativa

ou nenhuma outra prática que escape aos limites ideológicos, epistemológicos,

políticos, econômicos, culturais. Mediante a este pensamento declara: “... não

podendo tudo, a prática educativa pode alguma coisa.” (FREIRE, 1992, p.47).
3. CAPÍTULO 3 O Papel do Psicopedagogo no primeiro
contato com a criança da educação infantil

Pose ser assustador para a criança pequena se desvencilhar do contato

direto com a família ao ser inserida em um ambiente escolar . Faz – se de

fundamental importância o profissionalismo e o cuidado do educador que irá

receber esta criança na educação infantil e buscando compreender o papel da

Psicopedagogia dentro Instituição e o contexto atual da Educação Infantil no

país, o objetivo maior é refletir sobre a ação do psicopedagogo neste

determinado campo de atuação em que estão inseridas crianças de zero a

cinco anos de idade.

Ao longo da historia da educacção no Brasil e no mundo , vimos que

inicialmente a preocupação com o ensino na educação infantil apareceu com a

inclusão da mulher no mercado de trabalho no inicio da industrialização, isso

pelo fato de não terem com quem deixar seus filhos. Sendo assim, na época

em que surgiram as instituições de ensino para essa faixa etária, era normal a

preocupação maior em relação ao cuidado com as crianças do que em relação

ao que elas podiam aprender durante o período que frequentavam esses

estabelecimentos.

Atualmente, embora, já tenha avançado bastante esse pensamento caritativo e

assistencialista, ainda encontramos esse fator mistificado de apenas cuidar

existente em nosso meio. Principalmente com as crianças pequenas, de que

elas não podem aprender e que estão ali simplesmente para serem cuidadas.
Por esta razão ,nos deparamos com o desafio de ampliar as políticas

públicas para a educação das crianças pequenas, refletindo sobre as

diferentes infâncias e implementar a urgente formação especifica de

professores para creches e pré-escolas e definir pedagogias especificas para

essa etapa da educação básica. (Barbosa, 2009)

Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de

aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em

suas dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando

necessário, para outros profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista,

etc. que realizam diagnósticos especializado e exames complementares com o

intuito de favorecer o desenvolvimento da potencialização humana no

processo de aquisição do saber.

O psicopedagogo é o profissional que está preparado para auxiliar

diretamente com os educadores realizando atendimentos pedagógicos

individualizados, contribuindo para a compreensão de problemas na sala de

aula, permitindo ao professor ver alternativas de ação e ver como as demais

técnicas podem intervir, bem como participando do diagnóstico dos distúrbios

de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos.

De acordo com Pereira e Santos é importante salientar que o

conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas

também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da

família e no mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é

responsável por grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. O que

a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao


desenvolvimento de seu filho também são de grande importância para o

psicopedagogo chegar a um diagnóstico.

O psicopedagogo tende a prevenir os problemas de aprendizagem, ao

invés de remediá-los por meio da busca de diversos serviços escolares dos

quais os alunos participam e na medida do possível, do ambiente familiar e

social em que eles vivem, auxiliando o aluno a desenvolver o máximo de suas

potencialidades.

Segundo Andrade (2004) a psicopedagogia ainda está buscando a

autonomia de uma disciplina e delimitando cientificamente a aprendizagem

humana com sua temática, o sujeito aprendente ou sujeito em situação de

aprendizagem como seu sujeito e a pesquisa de intervenção como o método

de investigação de realidade que lhe interessa a aprendizagem como uma

área de conhecimento ou de atuação “interdisciplinar nos processos de

aprendizagem” (CASTANHO 2002. P 30).

O trabalho do psicopedagogo, portanto, não se apresenta como

reeducativo mas, sim como terapêutico (terapia centrada na aprendizagem),

não se dirige para um público especificamente, porque aprendentes somos

todos nós, humanos: crianças, jovens ou velhos que nos mantemos vivos e

atuantes, enquanto aprendemos e ensinamos e podemos contribuir com a

nossa marca para a evolução da humanidade.

É possível perceber que a Psicopedagogia também tem papel

importante em um novo momento educacional que é a inserção e manutenção

dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) no no ensino

regular, comumente chamada inclusão.


O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de
práticas que buscam articular as expectativas e os saberes das
crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural, artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo à
promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de
idade. (RESOLUÇÃO CNE/CBE 5/2009, Art. 3º)

De acordo com os princípios da psicopedagogia, o psicopedagogo deve

trabalhar para possibilitar a todas as crianças o direito de aprender. A leitura e

a escrita são ferramentas para o acesso ao saber acumulado representado

pela cultura, o psicopedagogo deverá contribuir para que os educandos supere

o problema de aprendizagem e consiga ter acesso a esse saber. A princípio, o

psicopedagogo deve respeitar a individualidade do ser humano e ajudá-lo na

superação de suas dificuldades.

A Psicopedagogia é formada pela junção de duas ciências a psicologia e

pedagogia – assim sendo, uma ciência que estuda o processo de ensino

aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo, o ser humano em

processo de construção do conhecimento (FELDMANN, 2006).

Comprometida com a melhoria das condições do aprendizado seu

objetivo é identificar as dificuldades essenciais na construção do saber e do

não saber. É uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e

com os problemas dele decorrentes. Acreditamos que, se existissem nas

escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o número de

crianças com problemas seria bem menor.


A escola é grande responsável pela formação do homem, o trabalho do

psicopedagógico tem por finalidade criar competências e habilidades para a

solução dos problemas relacionados às dificuldades do aprendizado infantil e

os desafios enfrentados com a família e a escola.

Nessa perspectiva, “o psicopedagogo não é um mero “resolvedor” de

problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua

especificidade, pode ajudar à escola a remover obstáculos que se interpõem

entre os sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção

de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e da

capacidade de pensamento crítico” (Tanamachi, 2003, p. 43).

Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando

encontra consonância e parcerias na escola, pode promover efeitos muito

positivos para a minimização das dificuldades que emergem no contexto

escolar, apesar de representar um constante desafio, pois requer o

envolvimento de toda a equipe, e um desejo permanente de mudanças, para

que as transformações, de fato, ocorram.

É importante o dialogo e a interação entre psicopedagogo e professor e

de outros envolvidos no processo de ensino aprendizagem, sendo a instituição

escolar parte da sociedade e a aprendizagem partindo da interação da criança

na interação com o meio social, torna-se importante ressalta a importância que

o mundo sociocultural tem na aprendizagem da mesma, contribuindo para as

construções de aprendizagem daquela criança, o psicopedagogo nos ajuda a

entender a ação do aluno, quando o professor não sente prazer e não se

sente seguro com seu processo de ensino aprendizagem, dificilmente os


alunos contribuirão seus conhecimentos de forma tranquila e sem problemas

(SOUZA, 2011).

A instituição de Educação Infantil enquanto espaço de atuação do

psicopedagogo leva a buscar alternativas para a formação dos profissionais

que trabalham diretamente com as crianças inseridas neste espaço

institucionalizado, ainda que esta não seja uma tarefa fácil. Segundo Hoffmann

e Silva, 2014, p. 12,

Essa formação deve ultrapassar os treinamentos ou a simples


sugestão de atividades e brincadeiras a realizar. É necessário,
sobretudo, um trabalho de reflexão crítica sobre as práticas
desenvolvidas no dia a dia, por meio de espaços de trocas e de
diálogo entre educadores e de divulgação de experiências
inovadoras que contemplem a criança na atualidade, numa postura
investigativa e curiosa sobre seus singulares contextos de vida.

Por conseguinte, o psicopedagogo encontra campo para atuar e

desenvolver um trabalho de formação, contribuindo para a construção de uma

educação infantil de qualidade e da identidade profissional dos educadores,

professores e atendentes. Trata se, assim, de autoria, não somente por parte

das crianças, havendo uma ressignificação do papel destes profissionais.

O período escolar, ainda mais o ensino infantil, é uma das fases mais

importantes na vida de uma pessoa. Afinal, é nela em que alguns traços de

personalidade são construídos, e o ambiente escolar desempenha um papel

socializador em que a criança começa a ampliar sua rede de relações.

Especialmente o professor nessa fase, tem forte contribuição para que ela

consiga desenvolver conhecimentos expressivos.


Já as habilidades desse educador é saber a diferença entre brincar e

ensinar, já que é brincando que as crianças amadurecem, exploram o ambiente

e refletem sobre as formas culturais onde vivem. Em contrapartida, o professor

deve utilizar seus conhecimentos para elaborar comentários, formular

perguntas, provocar desafios e incentivar a verbalização.

Portanto, além das rotinas de sala de aula, o professor em educação

infantil tem o compromisso em manter um zelo pelas crianças que as

acompanham em todos os ambientes, desde os pátios da escola até na

convivência em casa com seus pais.

Assim sendo, é extremamente necessário que esse profissional esteja

em uma constante busca por aprender sobre o desenvolvimento de crianças e

a forma como elas vêem e sentem o mundo, criando oportunidades para elas

se manifestarem seus pensamentos, linguagem, criatividade, reações,

imaginação, ideias e se inserir em seus meios e relações sociais.


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