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ESTADO DE GOIÁS

MUNICÍPIO DE PLANALTINA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA TÉCNICO PEDAGÓGICA

PROJETO

AÇÕES DE CIDADANIA

Planaltina-GO
2023
ESTADO DE GOIÁS
MUNICÍPIO DE PLANALTINA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA TÉCNICO PEDAGÓGICA

1 – INTRODUÇÃO

Esse projeto visa provocar reflexões que contribuirão para uma nova realidade
na aprendizagem e formação humana, referente a conflitos e adaptações nos ambientes
escolares, através do diálogo e respeito. Dessa forma, com ênfase na construção da
responsabilidade e da autonomia direcionado aos estudantes da Rede municipal de
Ensino de Planaltina Goiás.
Nessa perspectiva pedagógica, pretendemos promover momentos de reflexão
sobre valores morais, ética e cidadania que transforme as atividades desenvolvidas no
ambiente escolar, em diferentes campos do conhecimento. Portanto, a reflexão é
primordial para o aprimoramento do processo educacional e a das relações
interpessoais, com o conhecimento, valores, atitudes, ações e, sobretudo, com
autonomia intelectual de todos os envolvidos.
2- JUSTIFICATIVA
A formação para a Cidadania é um processo que começa em casa e se estende ao
longo da vida, seja no meio próximo das crianças/estudantes com as questões da
identidade, relações interpessoais, escolhas, justiça, bem e mal e desenvolve-se na
medida em que se expandem os horizontes de vida. Assim, vimos à possibilidade de
realizar através das Unidades Escolares, um trabalho de cunho educativo que consiste
em ajudar as pessoas a aprender como podem tornar-se cidadãos ativos, informados e
responsáveis. E, preocupados com o bem-estar dos outros coerentes nas suas opiniões e
argumentos. Responsáveis na sua ação cívica.
As Unidades Escolares são centros responsáveis não só por gerar educação,
conhecimento e responsabilidade, mas também por promover o desenvolvimento
cidadão de suas crianças/estudantes. O projeto busca fazer a diferença na vida de
crianças/estudantes e da comunidade onde está instalada. Por isso, de acordo com os
valores democráticos, a educação deve promover uma construção de personalidades
críticas que almejam o exercício da cidadania, baseados em princípios democráticos de
justiça, igualdade, bem como a participação ativa de todos na sociedade, tanto na vida
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pública ou política, proporcionando o respeito humano as diversidades de raça, classe e


gênero.
Sendo assim, nas Unidades Escolares pretende-se buscar alternativas de estudos
sobre os Direitos Humanos (respeito, ética, cidadania e justiça), gênero e diversidade,
onde por meio deste estudo, objetiva-se despertar em nosso crianças/estudantes o seu
papel na sociedade, sua postura para a cidadania e os valores humanos, como o respeito
mútuo, igualdade, honestidade, justiça, elevar sua autoestima, traçar objetivos, ter
perspectivas, respeitar as diferenças, coibir qualquer tipo de violência, contemplar o
diálogo, e fazer com que nossos estudantes reflitam, repensem sobre sua conduta, tanto
na família, na escola e na sociedade e se reconheçam acima de tudo agentes de
transformação na sociedade, os próprios sujeitos da história.

3- OBJETIVO GERAL
Desenvolver a consciência de uma cidadania universal, na qual cada indivíduo
se preocupe com a preservação do planeta e com a paz entre os povos.

4-OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Promover ações educativas que auxiliem na formação ética das crianças-
estudantes;
• Colaborar na educação dos estudantes para serem cidadãos conscientes,
conhecedores de seus deveres e capazes de lutar por seus direitos;
• Fomentar a democracia e a convivência social na comunidade escolar e na
sociedade;
• Propiciar o desenvolvimento da autoestima: condição essencial para a formação
de um cidadão pleno;
• Incentivar a valorização das diferenças;
• Utilizar atividades pedagógicas sobre o tema cidadania, visando promover a
consciência cidadã entre os estudantes.
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4-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Cidadania e direitos humanos são temas que estão presentes cada vez mais
em nosso dia a dia. Por direitos humanos entendemos como os direitos de todos ao
reconhecimento da dignidade intrínseca do ser, independentemente de qualquer
julgamento moral ou de condição racial, étnica, social, econômica, política, sexual,
religiosa ou educacional, como observa Nanci Cardia (1995, p.5), e por isso, são
entendidos como direitos universais.
Já a palavra cidadania pode ter diversos usos. Os gregos que a utilizavam
como o direito coletivo, passando pelo direito internacional, em que tem relação com a
nacionalidade, até a visão liberal que acredita em individualização da cidadania dentro
das esferas pública e privada. No Brasil, o termo cidadania ganhou cada vez mais
espaço a partir do fim da ditadura militar, como evidencia Jose Murilo de Carvalho
(2002, p.7), ao descrever que:
O esforço de reconstrução, melhor dito, de construção da democracia no
Brasil ganhou ímpeto após o fim da ditadura militar, em 1985. Uma das
marcas desse esforço é a voga que assumiu a palavra cidadania. Políticos,
jornalistas, intelectuais, líderes sindicais, dirigentes de associações, simples
cidadãos, todos a adotaram. A cidadania, literalmente, caiu na boca do
povo. Mais ainda, ela substituiu o próprio povo na retórica política. Não se
diz mais "o povo quer isto ou aquilo", diz-se "a cidadania quer". Cidadania
virou gente. No auge do entusiasmo cívico, chamamos a Constituição de
1988 de Constituição Cidadã.
Roseau (apud Cicília Krohling Peruzzo, 2002, p.03) salienta que
“A cidadania é vista como um direito coletivo, que favorecendo o
desenvolvimento da individualidade, pressupõe a ação política e sua
socialização, e tendo como suporte uma legislação que procura levar em
conta os princípios de igualdade e de liberdade” e, implica não só em direitos
do indivíduo, mas também seus deveres na sociedade.
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Uma outra concepção de cidadania, desenvolvida por Rousseau, no século


XVIII, é originada da noção grega de “polis” (cidade), à qual se liga “politikos”
(político = ser social). A “polis” integralmente constituída correspondia a uma sociedade
politizada, na qual a esfera pública ocupava um território mais amplo nas vidas dos
cidadãos e estava situada num plano muito mais elevado de importância do que os
assuntos privados dos indivíduos. (...) A “polis” baseava-se na ação coletiva, portanto,
na liberdade coletiva. “A cidadania refletia a integração do indivíduo à coletividade
política” (ABRANCHES, 1985, p. 9).
No âmbito da educação, o que todos nós esperamos dentro do processo
educacional, que nos traga além de conhecimento uma educação vinculada à vivência
da cidadania.
A atual LDB avançou na ampliação do atendimento pela rede regular de ensino,
ampliando a responsabilidade do ensino público em relação ao desenvolvimento social
dos educandos.
A questão da democratização do ensino e dos direitos assegurados pelo Estado
passa pela cidadania conquistada e não tutelada, pois, como descreve Pedro Demo
(1992, p.16), “a obstaculização do processo de formação da cidadania inclui a tutela, em
particular políticas sociais assistencialistas que aplacam o potencial reivindicativo e
transformador em troca de migalhas”.
O abandono da escola prematuramente, a incidência da retenção nas séries iniciais
e o índice referente à ausência do aluno demonstram a dificuldade que a escola pública
tem de ser instrumento equalizador de oportunidades. Entretanto, a educação é um dos
instrumentos fundamentais de construção da cidadania, processo que fica
comprometido, pois a exclusão de boa parte dos alunos se mantém em índices
alarmantes.
A Escola, como bem salienta Joseida Schütt Zizemer (2006, p.147) não pode ser
considerada nem totalmente construtora de cidadania, nem totalmente negadora de
cidadania. Em sua atividade cotidiana manifestam-se conflitos, silêncios, autoridade,
autoritarismo, paz, violência, inclusão, exclusão, enfim, numa contradição que reflete o
viver comum da sociedade, apesar de sua especificidade.
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Mas, passando para o plano da realidade e da vivencia no dia-a-dia na escola,


percebemos o quanto que a escola não está conseguindo despertar para a cidadania os
seus alunos. Um dos grandes entraves encontrados para este problema é observado por
Ernani L. Bohnenberger (2007, p.1), ao descrever que:
Educação e cidadania são interdependentes. A educação é inerente a qualquer
sociedade, mas nem toda sociedade viabiliza uma educação cidadã. Educação para a
cidadania exige um projeto político, o projeto democrático. Cidadania caracteriza-se
pela participação consciente dos cidadãos nas decisões e uma obediência consciente
às normas democraticamente estabelecidas. Participação consciente e esclarecida é o
núcleo central da cidadania. Nesta lógica, a educação para a cidadania requer
envolvimento cognitivo e afetivo do indivíduo. O repasse simples de informações e
conhecimentos raramente consegue motivar as pessoas à participação. As escolas
frequentemente ficam no nível da transmissão de conhecimentos, sem envolver o
aluno.
Assim, é fato que a escola, atualmente, não consegue viabilizar uma educação
cidadã. Para que esta realidade se concretize, faz-se necessário que a escola realmente
trabalhe em prol da formação de sujeitos cidadãos, como descreve Joseida Schütt
Zizemer (2006, p.147):
A Escola cidadã é a que trabalha em prol da formação de sujeitos, que leva a
sério a questão dos direitos humanos, que compreende o estar no mundo como estar
sendo, em permanente construção, e o ser humano como inconcluso em sua
historicidade. No entanto, a Escola trabalha com uma diversidade cultural, com
diferentes sujeitos, diferentes visões de mundo e isso faz com que a experiência
educacional seja também tomada pelas contradições inerentes ao ser humano.
Contradições que se manifestam permanentemente, de forma que a Escola cidadã
não o é em sua completude, ela é um “estar sendo”.
Para que a escola possa efetivamente viabilizar uma educação voltada para a
cidadania é necessário que ela busque o desenvolvimento do estudante/criança através
de uma convivência respeitosa, livre, democrática, que permita a curiosidade de
aprender, tanto sobre os acontecimentos históricos e científicos já desenvolvidos como a
criação de novos conhecimentos.
O contexto atual, observado a partir da década de 90, estabelece novos desafios
para a educação segundo Lourdes Marcelino Machado (1997, p.93), pois o mundo
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globalizado, ao mesmo tempo, multiculturalista, fragmentado e em mudança contínua,


exige uma formação flexível que proporcione ao estudante o desenvolvimento de
raciocínio lógico, autonomia, articulação verbal, capacidade de iniciativa, comunicação
e cooperação, capacidade de tomar decisões.
O ensino de conteúdos de cidadania e de direitos humanos foi enfatizado, como
parte dos temas transversais propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
principalmente no ensino básico brasileiro (nos níveis fundamental e médio).
Os PCN’s de 1998 surgem num contexto em que se reconhece oficialmente os
direitos universais do ser humano, a igualdade entre os indivíduos e a diversidade
cultural e étnica no Brasil, como afirmam Sidney Reinaldo da Silva e Marcos Vinícius
Pansardi (2007, p.1), tornando-se um exemplo de como é possível conciliar a
universalidade dos direitos humanos com a diversidade cultural e étnica existente no
país, propondo também que a escola leve em conta a possibilidade de se combater a
desigualdade de condições sociais, a injusta divisão de renda e de oportunidades. E
complementam os referidos autores:
Os PCN recomendam que o trabalho pedagógico deve partir do
conhecimento das demandas sociais existentes no Brasil. A proposta é a de tratar a
cidadania com base na atitude de valorização da solidariedade como princípio ético
e como fonte de fortalecimento recíproco. Assim como a Constituição procura
reconciliar os direitos individuais e coletivos, os PCN propõem uma ética que
reconheça, ao mesmo tempo, a igual dignidade dos seres humanos e a necessidade
de afirmação da diferença, por meio do incentivo a uma política que afirme o
elemento diferenciador, negado no não reconhecimento das características próprias
das minorias, que são usadas apenas para discriminar e oprimir (SILVA;
PANSARDI, 2007, p.2).
A proposta de cidadania apresentada nos PCN, inspirando-se nessa Constituição, é
comunitária. Nessa concepção de cidadania, o objetivo da democracia é garantir a
participação da comunidade, articulada em diversos níveis de organização, na
deliberação pública.
Segundo Ângela Viana Machado Fernandes e Melina Casari Paludeto (2010), os PCNs
indicam como objetivos do ensino fundamental, que os alunos sejam capazes de:
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a) compreender a cidadania como participação social e


política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais,
adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;b) posicionar-se de maneira
crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o
diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;c) conhecer
características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais,
como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e
pessoal e o sentimento de pertinência ao país
Mais recentemente, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos
(PNEDH), de 2006, afirma que a educação em direitos humanos é compreendida como
um processo sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de
direitos, articulando as seguintes dimensões:
a) apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre direitos
humanos e a sua relação com os contextos internacional, nacional e local; b)
afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos direitos
humanos em todos os espaços da sociedade; c) formação de uma consciência cidadã
capaz de se fazer presente nos níveis cognitivo, social, ético e político; d)
desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de construção
coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados; e)
fortalecimento de práticas individuais e sociais que gerem ações e instrumentos em
favor da promoção, da proteção e da defesa dos direitos humanos, bem como da
reparação das violações. Sendo a educação um meio privilegiado na promoção dos
direitos humanos, cabe priorizar a formação de agentes públicos e sociais para atuar
no campo formal e não formal, abrangendo os sistemas de educação, saúde,
comunicação e informação, justiça e segurança, mídia, entre outros (BRASIL,
2006).
Assim, vislumbra-se como ideal, um projeto pedagógico voltado para a
construção da cidadania, mediante o tempo e o espaço privilegiados da educação
escolar, decorrerá muito mais da política educacional concreta a ser desenhada em cada
sistema de ensino e das próprias escolas que do impacto direto e efetivo de novos
dispositivos.
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5- METODOLOGIA
Nesse projeto iremos proporcionar aos estudantes as seguintes habilidades:
 Incorporação de direitos e responsabilidades – conseguir se posicionar em
relação a direitos e responsabilidades para além de seus interesses individuais e
considerando o bem comum;
 Tomada de decisão – ter consciência do impacto que suas decisões têm nos
grupos e na sociedade, responsabilizando-se por suas ações para planejar e
decidir coletivamente sobre questões que afetam a todos;
 Ponderação sobre consequências – saber refletir sobre situações concretas em
que gatilhos emocionais, frustrações e ações pessoais causam impactos nos
demais e no contexto, buscando formas de aprimoramento;
 Análise e incorporação de valores próprios – vivenciar e identificar valores
importantes para si e para o coletivo. Assim, precisam considerar seus valores
em situações novas, ponderar sobre o correto a ser feito antes de agir e, em
seguida, agir de acordo com essa reflexão;
 Postura ética – reconhecer e ponderar valores conflitantes e dilemas éticos antes
de se posicionar e tomar decisões;
 Participação social e liderança – realizar projetos escolares e comunitários,
mobilizando pessoas e recursos, e assumir liderança compartilhada em grupos e
na escola;
 Solução de problemas ambíguos e complexos – ficar confortável e sentir
interesse em lidar com desafios do mundo real que demandam novas abordagens
ou soluções.

SUGESTÃO DE ATIVIDADES:

Educação Infantil:
 Apresentar de forma lúdica às crianças noções sobre cidadania;
 Exercitar a união e solidariedade;
 Dinâmica de aprender sobre direitos e deveres do cidadão, bem como de exercer
a cidadania por meio de brincadeiras;
 Sensibilizar a criança e a comunidade escolar para o pleno exercício da
cidadania, através do teatro infantil;
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 Realizar atividades em grupo para as crianças desenvolverem atitudes


colaborativas e responsáveis;
 Atividades voltadas a criar soluções (desde reciclagem até planos de ação para
minimizar o desperdício), elas aprenderão como o poder de transformação está
em suas mãos sendo cidadãos conscientes.;
 Por meio de trabalhos em equipe e jogos em grupo, a criança aprende como
ajudar seus colegas.

Ensino Fundamental:
 Língua Portuguesa
Nas práticas de linguagem, a cidadania é abordada no campo da vida pública, ao
propor leitura e escrita de textos que se referem à cidadania e ao exercício de direitos,
especialmente artigos jornalísticos, publicitários, políticos, jurídicos e reivindicatórios.
Alguns gêneros textuais desse campo para trabalhar em sala de aula a fim de
engajar os estudantes em uma causa, buscar soluções para um problema e propor
intervenções práticas são:
 Notas;
 Álbuns noticiosos;
 Notícias;
 Reportagens;
 Cartas do leitor (revista infantil);
 Comentários em sites para criança;
 Textos de campanhas de conscientização;
 Estatuto da Criança e do Adolescente;
 Abaixo-assinados;
 Cartas de reclamação;
 Regras e regulamentos.
 Propor à turma a leitura e compreensão conjunta dos textos e realizar uma
discussão sobre o tema, em que todos participem contribuindo com opiniões e
compartilhando dúvidas;
 Elaborar uma campanha de conscientização sobre um tema que envolva a
cidadania, como os direitos das crianças e dos adolescentes conforme o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA);
 Analisar textos e distinguir fatos de opiniões/sugestões;
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 Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar;


 Apresentar um tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola
e/ou na comunidade e estimular os alunos a opinar e defender um ponto de vista,
de forma oral ou escrita;
 Buscar e selecionar informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais
em textos que circulam nos meios de comunicação;
 Produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observação
e pesquisas em fontes de informação;
 Exposição de trabalhos sobre cidadania, a fim de estimular os estudantes a
formularem perguntas pertinentes ao tema.

 Arte
Esse componente curricular contribui para a interação crítica dos estudantes com
a complexidade do mundo e favorece o respeito às diferenças e o diálogo intercultural,
os quais são importantes para o exercício da cidadania. A Arte propicia a troca entre
culturas e favorece o reconhecimento de semelhanças e diferenças entre elas.
A aprendizagem de Arte precisa alcançar a experiência e a vivência artísticas
como prática social, permitindo aos estudantes que sejam protagonistas e criadores na
prática da cidadania.
Entre as atividades proposta para esse fim, estão:
 Criação artística que permita a expressão de cada estudante;
 Exposição das criações, a fim de estimular o respeito à singularidade criativa;
 Saraus;
 Espetáculos;
 Performances;
 Teatro;
 Recitais;
Intervenções e outras apresentações/eventos artísticos e culturais que enalteçam
as diferenças e o entendimento destas.
 Educação Física
Entre as oito dimensões de conhecimento desse componente curricular, está a
construção de valores, que engloba o conhecimento das práticas corporais e a
aprendizagem de valores e normas voltadas ao exercício da cidadania em prol de uma
sociedade democrática.
Entre as atividades propostas, estão:
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 Permitir a compreensão da origem da cultura corporal de movimento e seus


vínculos com a organização da vida coletiva e individual;
 Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética
corporal, a fim de analisar criticamente os modelos disseminados na mídia e
discutir posturas consumistas e preconceituosas;
 Refletir criticamente sobre as relações entre a realização das práticas corporais e
os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais;
 Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às
diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam;
 Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos
e combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e
aos seus participantes;
 Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade
cultural dos povos e grupos;
 Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e
produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário.

 Língua Inglesa
Esse componente curricular permite aos estudantes novas formas de engajamento
e participação em um mundo social cada vez mais globalizado e plural. Isso possibilita
o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania ativa e
amplia as possibilidades de interação e mobilidade, abrindo novos percursos de
construção de conhecimento e de continuidade nos estudos.
Para trabalhar as práticas de cidadania na escola tendo como base a Língua
Inglesa, é possível utilizar as seguintes atividades:
 Apresentar a função social e política da língua;
 Explorar a dimensão intercultural;
 Comunicar-se em língua inglesa para a compreensão dos valores e interesses de
outras culturas e para o exercício do protagonismo social;
 Elaborar trabalhos em língua inglesa para identificar similaridades e diferenças
em relação à língua materna, articulando-as em relação a aspectos sociais,
culturais e de identidade;
 Conhecer diferentes patrimônios culturais – materiais e imateriais – difundidos
na língua inglesa, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de
perspectivas no contato com diferentes manifestações artístico-culturais.

 Ciências da Natureza
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Na área de Ciências da Natureza, as práticas de cidadania estão relacionadas a


utilizar a ciência para atuar na sociedade, o que possibilita aos estudantes um novo olhar
sobre o mundo para escolhas e intervenções conscientes pautadas no bem comum.
Algumas atividades para trabalhar a cidadania nessa área são:
 Observar o mundo a sua volta e fazer perguntas;
 Analisar demandas, delinear problemas e planejar investigações;
 Propor hipóteses sobre um tema relevante na sociedade;
 Planejar e realizar atividades de campo (experimentos, observações, leituras,
visitas a ambientes virtuais etc.);
 Desenvolver e utilizar ferramentas, inclusive digitais, para coleta, análise e
representação de dados;
 Avaliar informação (validade, coerência e adequação ao problema formulado);
 Elaborar explicações e/ou modelos;
 Associar explicações e/ou modelos à evolução histórica dos conhecimentos
científicos envolvidos;
 Desenvolver soluções para problemas cotidianos usando diferentes ferramentas.

 Geografia
O componente curricular de Geografia se baseia no conhecimento espacial para
representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionar
componentes da sociedade e da natureza.
Desse modo, os estudantes precisam se apropriar de conceitos que permitam
identificar os fatos que podem ser observados e localizados no tempo e no espaço para o
exercício da cidadania.
As atividades para trabalhar as práticas da cidadania tendo como foco a
Geografia podem ser abordadas com base nos seguintes conceitos:
 Região;
 O sujeito e seu lugar no mundo;
 Noções de pertencimento e identidade;
 Formas de representação e pensamento espacial.
 Outras atividades relacionadas ao exercício da cidadania e à aplicação de
conhecimentos da Geografia diante de situações e problemas da vida cotidiana
incluem:
 Estabelecer regras de convivência na escola e na comunidade;
 Discutir propostas de ampliação de espaços públicos;
 Propor ações de intervenção na realidade visando à melhoria da coletividade e
do bem comum.
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 História
Em História, o objetivo é estimular a autonomia de pensamento e a capacidade
de reconhecer que os indivíduos agem de acordo com a época e o lugar nos quais
vivem, preservando e transformando seus hábitos e condutas. A percepção de que existe
uma grande diversidade de sujeitos e histórias estimula o pensamento crítico, a
autonomia e a formação para a cidadania.
Entre as sugestões de atividades para trabalhar as práticas da cidadania em sala
de aula, estão:
 Descrever e distinguir os papéis e as responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade;
 Identificar as diferenças entre os variados ambientes em que vive (doméstico,
escolar e comunitário), reconhecendo as especificidades dos hábitos e das regras
que os regem;
 Conhecer as histórias da família e da escola e identificar o papel desempenhado
por diferentes sujeitos em espaços variados;
 Reconhecer espaços de sociabilidade e identificar os motivos que aproximam e
separam as pessoas em diferentes grupos sociais ou de parentesco;
 Identificar e descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em
diferentes comunidades;
 Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive,
seus significados, suas especificidades e sua importância;
 Analisar as transformações políticas, econômicas, sociais e culturais de 1989 aos
dias atuais, identificando questões prioritárias para a promoção da cidadania e
dos valores democráticos.

6 - AVALIAÇÃO

Por se tratar de um trabalho coletivo e muito abrangente, caberá ao professor


analisar o envolvimento de cada um no desenvolvimento das ações. Se dará de forma
continuada, ou seja, constante. Além da observação constante, fichas de avaliação e
autoavaliação poderão ser utilizados como recurso.

A Superintendência Técnico Pedagógica organizou esse material para auxiliar os


amigos professores no trabalho sobre o tema “Cidadania”. Esperamos que ajude de
alguma forma.
Bom trabalho a todos!!
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