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5º Ano
Discente:
Gurué
2023
Correia Manuel Armando
Gurué
2023
Introdução
Objectivos
Geral:
Específicos:
Metodologia
Para a materialização do presente trabalho foi necessário uma busca exaustiva de diferentes
obras relacionadas com o tema em apreço. Ou seja, usou-se a revisão bibliográfica
1.Educação e cidadania
À partida, mostra-se necessário buscar a definição dos termos cidadania e educação, sendo
imperioso reconhecer que ambos constituem conceitos polissémicos.
1.1.1. Educação
Segundo VIANNA, (2008:45) a “educação, em sentido amplo, representa tudo aquilo que
pode ser feito para desenvolver o ser humano e, no sentido estrito, representa a instrução e o
desenvolvimento de competências e habilidades”. O sentido amplo abrange a educação ao
longo da vida do ser humano, enquanto, o sentido estrito corresponde às ações educativas que
ocorrem na sala de aulas entre o professor e os alunos. Dentre as várias perspectivas da
concepção de educação, evidenciamos três fundamentais cuja classificação tem como critério
a forma como se dá a aprendizagem, seja ela por recepção, por autoconstrução ou por
construção guiada, tais formas por sua vez se alicerçam respectivamente nas teorias
psicológicas comportamentalista (Skinner), humanista (Rogers) ou pisco – construtivista
(Piaget) e sócio – construtivista (Vygotsky). Os fundamentos psicológicos da educação
constituem o ponto de partida em que se deduz em uma determinada teoria de ensino e sua
prática consequente, eles governam todo o processo de ensino, implicando a necessidade de
“encaixar de forma justa e coerente teorias de aprendizagem e prática Pedagógica”
1.1.2. Cidadania
A cidadania não é definida de uma forma consensual, porém tida como um dos fundamentos
da República e, no que concerne à educação, é tida como um de seus fins. Como destaca
MIRANDA, (2002:300-304.) “cidadania significa, ainda, mais vincadamente, a participação
em Estado democrático”, esclarecendo que esta noção foi difundida após a Revolução
francesa. Assim, segundo o autor, a cidadania relaciona-se à participação na vida jurídica e
política de um Estado, e ao benefício dos direitos que decorrem desta condição, de modo que
a cidadania apresenta-se como status e objeto de um direito fundamental das pessoas.
Admitindo o dilema quanto à definição de cidadania, CUNHA, (2014:236) nos conduz, com
exemplos, a um conceito
“A cidadania é uma expressão de novo na moda. Como aliás a dignidade. Mas as confusões (e
as corrupções) imperam – mas onde não imperam? A cidadania não é apenas essa qualidade
de ser cidadão – não se confunde, desde logo, com a nacionalidade… Obviamente. Ser
cidadão também não é ser livre porque obediente às leis.(…) A cidadania é, por um lado,
cívica participação na vida pública, é o ‘sentar-se na primeira fila’ nas conferências e nas
reuniões comunitárias, participar dos clubes, das agremiações, interessar-se pela sua terra,
votar, etc. E nesse sentido, o bom cidadão é o que cumpre, e pelo exemplo (e até por uma
inteligente e benévola vigilância e uma atenta pedagogia: por exemplo sobre os mais novos)
faz cumprir as determinações da cidade – leis, sentenças, etc.”
Dessa forma, a educação para a convivência solidária, como destaca LATAPÍ, (1994:56)
“está no centro de uma educação para a paz e os direitos humanos (ou até mesmo o conceito
de democracia)”, sendo a orientação pluralista intercultural uma “dimensão da educação para
a cidadania democrática fundamental na formação dos atuais e futuros cidadãos, porque
advoga e aprofunda os princípios democráticos de justiça social”. Portanto, uma educação
voltada para o pluralismo intercultural valoriza as diferenças, a fim de construir uma
sociedade mais justa, onde todos possam contribuir para uma identidade e um destino
comuns. FRITZSCHE, (2007:35) destaca que, embora a educação para os direitos humanos e
a educação para a cidadania estejam relacionadas, são distintas, destacando, entre outras
diferenças, que a primeira informa sobre a igualdade de direitos para participação, ao passo
que a segunda demonstra a responsabilidade na prática deste direito. Deve-se reconhecer,
contudo, que a educação para a cidadania pode reforçar a educação para os direitos humanos,
mediante a demonstração de que estes, por vezes, são apenas revendições políticas ainda não
concretizadas, e de que alguns direitos, como a participação política, não são exercidos. É
nessa perspetiva que entendemos que a educação para os direitos humanos, para a cidadania e
para a diferença se complementam, sendo que uma educação que fortaleça os conhecimentos
sobre os direitos humanos e promova a compreensão das diferenças entre os indivíduos,
mediante o exercício da empatia e solidariedade, é a base para se fortalecer o regime
democrático, no qual o pluralismo é uma característica permanente. A efetivação das
perspetivas de educação ora abordadas implicam, assim, uma educação que, embora
“axiologicamente imparcial”(NETO, 2015:129) transmita valores, como enumerados, de
“coesão social, aceitação da diversidade cultural, igualdade de oportunidades e equidade,
participação crítica na vida democrática” A educação para a cidadania visa contribuir para a
formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus
direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista,
crítico e criativo, tendo como referência os valores dos direitos humanos.
CUNHA, Paulo Ferreira da. Política mínima – Manual de Ciência Política. Lisboa: Quid
Juris,2014.
SILVA, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros, 2008.
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Contextualizar sobre cidadania no contexto sociológico.
1.1.2. Específicos
Definir os conceitos cidadania e sociologia;
Identificar a relação entre cidadania e sociologia;
Mencionar a importância de uma cidadania num contexto social.
1.2. Metodologia
A cidadania é um conceito muito antigo, que remonta à Grécia Antiga, e diz respeito ao
conjunto de direitos e deveres que um indivíduo possui no âmbito de um determinado
território, o qual está submetido a uma organização política e governamental, que
corresponde ao seu Estado. A ideia de cidadania está directamente ligada à noção de
pertencimento do indivíduo a uma organização sociopolítica e espacial, o que é denotado pela
própria etimologia do termo. Cidadania, em latim, significa civitas, cidade. O fato de integrar
um espaço político e social como as cidades denotava já no passado a existência de
responsabilidades do indivíduo para com aquele grupo, da mesma forma como garantia a ele
os seus direitos (Silva & Silva, 2010).Em síntese, podemos entender o conceito de cidadania
como um conjunto de acções reivindicatórias cujo direccionamento é voltado para interesse
da colectividade. É uma prática que busca melhorar a convivência, qualidade de vida e
harmonizar a relação das pessoas que vivem na cidade, por isso a associação do termo com
cidadania. Ela implica num aprendizado e aperfeiçoamento progressivo das práticas sociais
para além das relações de consumos naturalizadas na sociedade capitalista.
A partir dessa análise, coloca a Sociologia como uma disciplina fundamental ao seu
educando, tanto em sua formação geral quanto no exercício de sua cidadania. Além disso,
coloca que a sociologia tem o papel de buscar e incitar questões de toda a formação da
sociedade. Também, exercita o conhecimento da realidade em que se vive bem como a
tomada de posição por parte dos sujeitos em relação às circunstâncias que estão a sua volta
(Meksenas,1992, p.16).A partir da noção de cidadania, o processo de constituição da
cidadania passa pelo reconhecimento de identidade por parte do educando e auto-reflexão da
realidade que vivencia. A sociologia situa-se, dessa maneira, como uma ferramenta na
construção da cidadania dentro da sala de aula, assim objectivando a partir da sala de aula a
transposição os muros da escola. Portanto, infere-se que a disciplina de sociologia destaca-se
em contribuir para formação geral do estudante estimulando a problematização das questões
políticas, económicas e sociais da sociedade, principalmente quando estabelece relações com
outras sociedades.
3. Considerações finais