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Introdução
O presente trabalho tem como tema: Educação Como Processo Democrático da Sociedade em
Anísio Teixeira. A educação surge desde o aparecimento do homem, com a necessidade de
transmissão de valores da geração mais velha para a mais nova de modo a prepara-lo para uma
vida futura. No entanto, a escolha do tema é justificável partindo do pressuposto da necessidade
de transmissão de valores e da democracia através da educação.
O trabalho tem como objectivo geral: compreender como é que a educação pode contribuir para a
democratização e transformação social; para o efeito constituem objectivos específicos do
trabalho: descrever a vida, influências e obras de Anísio Teixeira; analisar o pensamento
educativo de Anísio Teixeira; reflectir sobre a educação como o processo transformador social e
debater a democratização, integração da Educação em Anísio Teixeira.
Com o trabalho pretende-se responder ao seguinte problema: Que mecanismos devem ser levados
em conta para que a educação constitua um processo democrático da Sociedade? Teixeira
defende a educação como um direito a todo indivíduo e a escola pública deve ser gratuita para
todos graus, assim como defende a necessidade da democratização da educação.
As principais ideias de Anísio Teixeira, dizem respeito a maneira como se pode promover a
educação para a democracia, um ensino gratuito e universal; tornar o ensino algo prático em salas
de aulas. Teixeira, acredita que o conhecimento autentico vem da experiencia, e está foi uma das
bases do movimento da escola nova.
A educação deve ser democrática para todos, garantindo assim o acesso e a permanecia da
criança e proporcionando-lhe um ensino de qualidade. Para Teixeira é necessário procurar ter
confiança na razão humana, pois é dela que depende o enriquecimento do pensamento individual
de cada ser humano com todos os recursos possíveis de informação. No entanto, para que isso
seja possível é indispensável a integração entre o espírito democrático que diz respeito a
confiança do homem e o espírito científico na busca imparcial da verdade, que pode conduzir a
sociedade em sua reconstrução gradual e pacífica.
No que diz respeito a metodologia usada na elaboração deste trabalho, importa referir que de
entre vários métodos, privilegiou-se os seguintes: o método hermenêutico, − por intermédio do
qual fizemos a interpretação das obras consultadas e que efectivamente levou-nos a compreensão
das mesmas; o método analítico, que nos levou a uma análise em torno do pensamento do autor e
de outras obras consultadas; o método descritivo, por meio do qual descrevemos o pensamento de
Anísio Teixeira; o método crítico, que por meio do qual fizemos uma reflexão critica sobre os
conteúdos abordados; o método dedutivo, consistiu em fazer uma avaliação geral do tema.
Quanto à estrutura, o trabalho está organizado em quatro capítulos; sendo que no primeiro I
capítulo: tratamos da vida, influências e obras de Anísio Teixeira é neste capítulo em que
descrevemos o perfil de Anísio Teixeira; no segundo capítulo II: analisamos o pensamento
educativo de Anísio Teixeira; no terceiro capítulo III: buscamos compreender a educação como o
processo transformador social e no capítulo IV: debatemos a democratização, integração da
Educação em Anísio Teixeira.
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Neste capítulo, vamos fazer uma descrição sobre a vida, influências e obras de Anísio Teixeira
dando informações que contemplam as características deste educador, levando em consideração a
sua vida pessoal, intelectual e a sua actuação no campo educacional.
1.1. Vida
Refira-se que aos sete anos, Anisio Teixeiras iniciou a frequentar a Escola na sua terra natal,
especificamente no Instituto Jesuíta São Luís de Gonzaga. No ano de 1914, seguiu à Salvador
com a finalidade de terminar nível secundário no Colégio António Vieira, sob tutela dos Padres
da Companhia de Jesus.
Um dado não menos importante é que a formação que Teixeira recebeu dos Jesuítas,
desempenhou um papel importante ao nível religioso, moral e intelectual que posteriormente
serviu de guia para o resto da vida, aliás é preciso lembrar que graças a formação do que teve.
Teixeira tornou-se um íntegro, conquistou lugares de honra e obteve grande prestígio no seio
daqueles que o conheciam. Na sua juventude tentou alinhar pela companhia de Jesus e pelo
menos conseguira tornar-se sacerdote, no entanto, o Pai não permitiu que isso permanecesse por
muito tempo, pois o seu Pai preferia ver o filho como um Político e por isso de imediato o
mandou para o Rio de Janeiro, para cursar Direito na Faculdade de Direito da Universidade do
Rio de Janeiro onde em 1922 viria a concluir o curso com sucesso.
diz respeito as grandes reformas Estaduais de Ensino ocorrida na década de 1920, além de mais
reformou Ceará, ou seja, lugar onde funcionaram as forças populosas de todo o movimento de
renovação educacional ocorrido no Brasil, (Cfr. NUNES, 2000: 10).
Ainda no exercício do cargo, Teixeira viajou para os Estados Unidos em 1927 onde observou o
sistema educativo Americano, é neste âmbito que ele publica a obra intitulada Aspectos
Americanos da Educação.
Em 1928, Teixeira voltou aos Estados Unidos da América e matriculando-se no Teachers College
da Universidade da Colômbia, onde obteve o Título de Master of Artʹs com especialização em
Educação2 foi neste período que Teixeira manteve contactos com o filósofo Americano John
Dewey, que viria marcar decisivamente sua trajectória intelectual, tornando-se discípulo e
companheiro deste filósofo e propagador de sua obra e ideologia no Brasil traduzindo as obras
deste filósofo para o Português. Teixeira de volta ao Brasil demitiu-se do seu cargo de Inspector
por incompatibilidade com Batista Soares, este que foi o novo governador da província de Bahia.
Neste período ainda foi nomeado Docente da Escola Normal de Salvador para ensinar a Filosofia
e a História da educação.
No ano de 1930, Anísio Teixeira publica a primeira tradução de dois ensaios do filósofo John
Dewey. Estas traduções reunidas receberam o título de vida e educação. No ano seguinte,
Teixeira transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como funcionário do Ministério da
Educação e Saúde e participou da comissão que tinha por finalidade a reorganização do ensino
secundário no Brasil, em seguida recebeu o convite do Prefeito Pedro Ernesto Batista, para
assumir o cargo de Director Geral do Departamento da Educação e Cultura do Distrito Federal.
Teixeira assumiu este cargo durante os 4 anos, isto é, de 1931 a 1935, onde deu início a um
conjunto de medidas organizacionais para estruturar o ensino em vários níveis, neste caso do
ensino primário até o superior e a reforma educacional que o projectou nacionalmente.
Ele criou uma Universidade no Distrito Federal que tinham a Faculdade de Filosofia e Letra;
Faculdade de Ciências da Economia Política e do Direito; Instituto de Artes e Faculdade de
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Educação é um meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transmitidos de uma geração
velha para a geração posterior. Ela se forma através de situações presenciadas e experiências vividas por cada
indivíduo ao longo da sua vida.
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Educação. Nessa universidade, Anísio não assumiu a Reitoria, mas sim nomeou Afrânio Peixoto,
por considera-lo de maior peso Político.
Em 1950, Anísio Teixeira foi agraciado com o Título de oficial da Legião 3 de Honra da França,
um reconhecimento do âmbito internacional do valor deste educador brasileiro. No ano seguir
retornou a acção no plano Federal assumindo o cargo do Secretário-geral da campanha de
aperfeiçoamento do pessoal do ensino superior, nesse período Teixeira também exerceu o cargo
do Director do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, o período do intenso trabalho em volta
da Educação Nacional. Anísio Teixeira, impulsionou os cursos de Pós-graduação, dinamizou o
Instituto orientando-o para a pesquisa Científica e ainda criou o centro brasileiro e pesquisas
educacionais que se desdobraram em centros regionais como os de São Paulo, Minas Gerais, Rio
Grande do Sul na Província de Bahiana.
A Partir do ano 1962, Anísio Teixeira tornou-se membro e conselheiro Federal de Educação e no
mesmo ano a Universidade de Bahia conferiu-lhe o Título de Doutor Honoris Causa, no ano a
seguir foi convidado para ministrar cursos na Universidade de Colúmbia nos Estados Unidos da
América pelo seu brilhante desempenho e como reconhecimento pela sua obra de educador foi
agraciado com a medalha de honra pelo Teachers College da mesma Universidade.
3
Legião corpo ou divisão de um exército
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Refira-se que Anísio Teixeira faleceu dia 11 de Março de 1971, em circunstâncias pouco
esclarecidas, no fosso de um elevador de um Prédio onde vivia Aurélio Buarque de Holanda, que
havia ido até sua residência fazer-lhe uma visita. A polícia considerou esta morte do educador
como sendo acidental, mas a família do educador suspeita que ele possa ter sido vítima de
repressão do governo militar Brasileiro, visto que nessa época houve violentas da ditadura militar
comandada pelo general médio.
1.2. Influências
O pensamento deweyano significou para Teixeira o ponto de partida e lhe permitiu alargar o
campo educacional e também o seu compromisso com a verdade ganhando uma espécie de
mobilidade alimentada por uma atitude de reserva. Para tal, qualquer ideia seria verdadeira se a
crença fosse proveitosa para a sua vida e para a vida dos outros.
Dewey permitiu a Anísio manter sua fé religiosa, mesmo abraçando a Ciência e criticando a
Igreja enquanto instituição histórica e organização. Dewey reforçou, nele a intuição da
possibilidade da aliança entre o político e o místico, entendendo-se por místico não mais o enlevo
sobrenatural, mas o movimento de jogar sua inteligência e sentimento na conversão do seu
pensamento em acção e da sua imaginação em experiência social.
1.3. Obras
Importa referir que Anísio Teixeira, publicou varias obras, dentre elas destacam-se: Aspectos
Americanos da Educação, publicada em 1928; Educação Progressiva: uma pequena Introdução
à Filosofia da Educação de 1934; Educação para a Democracia publicada em 1936; Diálogo
sobre a Lógica do Conhecimento 1968; Educação é um Direito 1968; Educação não é Privilégio
de 1968 e Educação e o Mundo Moderno 1969.
Nessas suas obras, tratou diversos temas da Política educacional, seu financiamento, sua
organização para um sistema público do ensino, a formação e aperfeiçoamento docente, a gestão
da educação pública, os deveres da União e dos Estados com relação à Educação, a constituição
da Universidade Pública e de sua autonomia, a democratização das oportunidades de acesso e
permanência na escola fundamental.
Como vimos no primeiro capítulo, Anísio Teixeira teve uma vida intensa na área educacional, foi
precursor da escola nova no Brasil, ele trabalhou intensamente como Secretário da Educação de
Bahia, contribuiu com a criação da Universidade de Brasília, fundou centros de educação. No
presente capítulo vamos trazer o que educador pensava em torno da educação, neste período que
ele lutava pela educação democrática do seu país e do mundo inteiro.
Anísio Teixeira deixa bem claro na sua concepção que a sociedade 4 deveria ser encaminhada
tendo como princípio a igualdade entre os indivíduos, o educador não se refere à igualdade
mental, mas sim a igualdade individual, onde todos podem participar da sociedade política para
uma educação igual a todos cidadãos. Para afirmar este pensamento, encontramos outra posição
do educador sobre a questão da desigualdade e igualdade social. Teixeira, escreve que o princípio
de igualdade individual proclamado como princípio fundamental de forma social democrática não
se baseia na igualdade psicológico dos indivíduos, mas em sua igualdade política, as quais devem
ser dados oportunidades iguais de desenvolvimento e participação de todos concidadãos.
Para sustentar essa afirmação, forma democrática da vida funda-se no pressuposto de que
ninguém é tão desprovido de inteligência que não tenha contribuição a fazer as instituições e a
sociedade a que pertence, e a forma aristocrática, no pressuposto inverso de que a inteligência
está limitada a alguns que devidamente cultivados poderão ter o privilégio da responsabilidade
social, subordinado os de mais aos seus propósitos e aos seus interesses.
O autor acreditada na necessidade desenvolver no aluno uma atitude crítica de inteligência para
a resolução dos problemas enfrentados no dia-a-dia. Segundo ele, a escola progressiva, fundada
nas novas bases, já havia formado homens que provaram o prazer de conquistar, passo a passo,
o caminho de sua emancipação, (Cfr. Idem: 32).
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Sociedade é um conjunto de seres que convivem de forma organizada
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A escola precisava oferecer condições para que as crianças pudessem viver as situações reais de
aprendizagem, pois os alunos não aprenderia tudo o que praticassem, mas aquilo que lhe desse
prazer e vontade. A escola neste caso deveria ser uma escola de vida e da experiência, com
alunos activos, interessantes e os professores que gostem das crianças. Deveria ser também
transformada em um centro onde se vive e não onde se prepara para vive.
A forma social em todas as suas modalidades oligárquica5 foi a que prevaleceu atrás da história e
a que ainda hoje prevalece em seu número de relações sociais, na igreja, na escola, na indústria,
no comércio e no Estado. Esta forma democrática exprime a convicção de a respeito da
desigualdade dos indivíduos existente em todos eles, salvo alguns deficientes mentais que ainda
hoje são educados num mínimo de inteligência que os que capacitam à participação na
experiência social e a contribuírem para a sociedade em transformação. Tal crença, equivale a
uma hipótese política social que se comprovara pela experiencia, isto é, pela real partição do
individuo na elaboração dos valores da sociedade a que pertence.
Para que essa experiencia se faça em condições apropriadas, a sociedade terá que oferecer a todos
indivíduos o acesso aos meios de desenvolver suas capacidades a fim de capacita-los à maior
participação possível nos actos e instituições em que transcorra sua vida, participação que é
essencial à sua dignidade de ser humano, (Cfr. Ibidem: 26).
Os problemas que se colocam perante os homens são os de análise dos motivos que até hoje
impedem a organização social apropriada ao novo tipo de vida, os da correcção das teorias
imperfeitas que levaram as distorções da pesquisa das novas condições do indivíduo em uma
sociedade cujas profundas transformações materiais determinaram mudanças radicais dos antigos
padrões das relações humanas. Não podemos em face disto fazer análises, por mais perfunctórias
que sejam das condições que acompanharam o desenvolvimento democrático a fim de poder
salientar a necessidade de reconstrução contemporânea à luz das relações entre a forma
democrática da vida e da educação.
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Oligarquia é um termo que tem origem na palavra grega “oligarkhía” cujo significado literal é governo de poucos e
que designa um sistema político no qual o poder está concentrado em um pequeno grupo pertencente a uma mesma
família, um mesmo partido político ou grupo económico. A oligarquia é caracterizada por pequeno grupo que
controla as políticas sociais e económicas em benefício de interesses próprios.
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científica no campo político e económico a ser exercida com a mesma amplitude com
que se estava exercendo no campo do mundo físico e material. Assim como a ciência no
sector material iria produzir as descobertas e as invenções com que alterou a face da
vida humana, algo de semelhante se daria também no mundo propriamente económico e
social, (Ibidem: 27).
Todas essas liberdades estavam subordinadas a uma condição fundamental, a educação. Nesse
sentido, o homem precisa educar-se, formar a sua inteligência para poder usar eficazmente as
novas liberdades dentro da sua sociedade. Essa inteligência no sentido em que focamos, não é
algo nativo mas sim algo de cultivado, de educado, de forma a adquirir-se face a aprendizagem.
No período que Teixeira lutou para uma educação para todos, ela não foi considerada necessidade
para o funcionamento da nova sociedade, estava relegada a iniciativa privada e para aos que
tivessem recurso para consegui-la, dessa forma, a sociedade democrática ia aos poucos se
fazendo oligárquica e a aristocrática. As relações entre a democracia da vida e a educação não
foram percebidas em todo o seu alcance, nem a nova experiencia de vida não se poderia fazer
sem que todos e cada individuo que tivesse oportunidade de se educar até o limite das suas
possibilidades o que acontece hoje.
Portanto, este movimento educacional que vigorou nos fins do século XIX e no princípio do
nosso século caracterizou-se como um movimento de educação limitada em rigor de treino das
massas, mantendo-se o sistema da educação da elite. As oportunidades educacionais ainda
continuaram apenas acessíveis às classes superiores ou aos que tivessem enriquecido com as
novas oportunidades económicas.
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Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente directamente ou
através de representantes eleitos na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da
governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, económicas e culturais que permitem o
exercício livre e igual da autodeterminação política. Também é um modo moral da vida do homem moderno, a sua
ética social que deve ganhar através da educação com uma independência e direcção que permite ao indivíduo viver
com outros com tolerância sem perder personalidade dentro da sua sociedade.
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Com isso, nas sociedades democráticas, a educação intencional é organizada não apenas como
necessidade desse tipo de vida social, mas sim nas condições da sua realização ou seja, a
educação se faz como um processo das modificações necessárias na formação do homem para
que se opere a democracia ou mesmo o modo democrático. Como reconhece Libânio;
A educação pública deve ser unitária, isto é, o ensino básico é um direito fundamental
de todos os brasileiros e um dever do Estado para com a sociedade, cabendo lhe a
responsabilidade de assegurar a escolarização da população. É unitário porque deve
garantir uma base comum de conhecimentos expressos num plano de estudos básicos de
âmbito nacional, garantindo também um padrão de qualidade do ensino para toda a
sociedade, isso porque a necessidade social e o direito de todos os segmentos da
população de dominarem conhecimentos básicos comuns e universais de forma alguma
implicam a exclusão ou desconhecimento da cultura popular e regional, (LIBÂNIO,
1990: 37).
Com essa ideia, a educação na verdade deve ser democrática para todos cidadãos garantindo o
acesso e a permanência no mínimo uma criança de oito anos de idade para uma escolarização e
proporcionando-lhe um ensino de qualidade – que leve em consideração as características
especificas dos alunos que nela frequentam. Ainda ela deve ser democrática no sentido de vigorar
nos mecanismos democráticos de gestão interna envolvendo a participação conjunta da direcção,
dos próprios professores e dos encarregados de educação, também cabe o Estado promover uma
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educação gratuita porque é um direito essencial dos indivíduos para sua construção da sua
cidadania.
Para Dewey (2001: 22), a educação para a democracia requer que a escola se converta em uma
instituição que seja provisoriamente um lugar de vida para a criança em que ela seja um
membro da sociedade e tenha consciência de seu pertencimento e para a qual contribua.
A partir deste pensamento, a educação é um dos fundamentos da crença, por isso, não pode-se ver
a escola como um desejo instrumento de sua realização, mas um meio de se confirmar e se
preservarem as desigualdades sociais. Não é qualquer educação que produz uma democracia, mas
somente aquela que for intencionalmente e lucidamente planificada para produzir esse regime
político e social. A sociedade democrática é a sociedade em que haja o máximo de comum entre
todos os grupos, as relações entre todos os grupos e o sentimento de que todos têm algo a receber
e a dar.
Uma sociedade que consagre a participação em seus benefícios de todos os membros em termos
iguais e que assegure o flexível reajustamento de suas instituições pela interacção das diferentes
formas de vida associada é nessa medida democrática, (DEWEY apud TEIXEIRA, 1977: 209).
Para isso, a sociedade não poderia dar uma educação qualquer, pois deveria oferecer um processo
educativo vivenciado em uma nova escola, em seus valores democráticos. As práticas
democráticas por sua vez deveriam também ser observadas na relação professor-aluno, no
material didáctico utilizado, nos métodos pedagógicos aplicados. A escola democrática é aquela
que põe em prática o ideal democrático e procura tornar a atitude fundamental do professor, do
aluno e da própria administração escolar.
O individuo não é o ser mítico dos direitos naturais saído puro das mãos do Deus e
corrompido pelo pecado ou pela sociedade, mas o animal altamente evoluído,
irrecorrivelmente candidato a homem, graças justamente à sua educabilidade, estamos a
procurar sem romantismo ver como devemos educa-lo para faze-lo homem na plena
significação social da palavra, ou seja, o homem democrático, (Idem: 210).
Com efeito, a educação escolar de nível médio e superior no período passado foi a educação da
classe dominante, ou seja, uma educação de especialistas com privilégios semelhante aos das
classes dominantes, e com isso, a educação de indivíduos para formar a elite social ou do espírito.
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As escolas primárias, devem buscar a formação do Cidadão comum e orientar-se para uma
educação democrática.
Hoje estas escolas estão se ampliando até ao nível médio renovando intensamente a sua
pedagogia para se fazer uma escola de formação humana em que o individuo aprenda a afirmar a
sua individualidade numa sociedade de classes abertas em que a aptidão e o êxito determine o seu
status mais dependente de condições pessoais do que propriamente de hierarquia social pré-
estabelecida.
A teoria liberal da economia e do Estado constituía uma força nova que iria actuar no sentido da
transformação da classe média, embora não entrando numa análise dos factores de ordem
económica que dava motivo a essa modificação da estrutura social.
Teixeira mostra como funcionava o sistema educacional do Estado brasileiro que revelava a crise
em curso no dualismo rígido em suas escolas divididas em dois sistemas, um para a chamada elite
e outra para o povo. Nesta educação para a classe de elite que era composta de filho de antigos
proprietários rurais e da classe comercial, neste caso Escola Secundária e Superior, para o povo
havia Escola Primária, Escola de artes, ofício e a Escola normal.
Para que isto seja possível, é necessária a integração entre o espírito propriamente democrático
que é da confiança no homem e o espírito científico na busca imparcial da verdade que pode
conduzir a sociedade em sua reconstrução gradual e pacífica.
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A educação dentro de uma determinada sociedade não se manifesta como um fim em si mesma,
mas como um instrumento de manutenção ou transformação social. Ela necessita de
pressupostos, de conceitos que fundamentam e orientam os seus caminhos, e a sociedade deve
possuir alguns valores norteadores da sua prática. Ela não é e nem pode ser a prática educacional
que estabelece os seus fins, mas sim quem o faz é a reflexão filosófica sobre a educação dentro de
uma dada sociedade.
As relações entre educação e filosofia parecem ser quase naturais, isto porque a educação
trabalha com o desenvolvimento de jovens e das novas gerações de uma sociedade, a filosofia é a
reflexão sobre o que e como devem ser, ou seja, desenvolver esses jovens dentro da sua
sociedade. (LUCKESI, 1994: 31).
A educação é uma função social que assegura a direcção e o desenvolvimento dos imaturos por
meio de sua participação activa na vida da comunidade a que pertencem, com isso, afirmamos
que a educação varia de acordo com a qualidade de vida que predomina num grupo social. É
particularmente verdade o facto de que uma sociedade que não muda mas que também estimula,
fazendo mudança ideal, terá normas e métodos educativos diferentes dos de outra que aspire
meramente à perpetuação de seus próprios costumes. Nas palavras de Teixeira;
Neste sentido, a educação e a filosofia, são vistas como processos fundamentais da vida do
homem na sociedade, são processos construídos e reconstruídos constantemente ao longo da vida
do homem. Ainda diz Teixeira que uma Filosofia da Educação se faz sentido através dela que se
pretende ter clareza daquilo que se articula na educação e na sociedade, quais suas
consequências, quais seus problemas e quais as hipóteses do trabalho e de vida dos homens
nestas esferas sociais do processo educativo.
Assim sendo, a educação é um facto social, ela é coercitiva, ou seja, é imposto as pessoas,
independente de sua vontade por serem incapazes de reagir diante da acção educativa, essa
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Teixeira deixa claro que a filosofia sendo uma forma de vida de um povo, e não como sistema
filosófico elaborado explicitado deliberadamente, ainda podemos observar que os primeiros
filósofos do ocidente na totalidade tiveram uma preocupação com um aspecto educacional, os
chamados os filósofos pré-socrático, os sofistas, Sócrates, Platão foram os intérpretes das
aspirações dos seus respectivos tempos e apresentaram-se como educadores.
Os pré-socráticos pelo que podemos saber por seus fragmentos, dedicavam-se a perceberem a
origem do cosmos e a criarem uma compressão param a educação moral e espiritual dos homens.
Os sofistas foram educadores fora inclusive no ocidente os primeiros a receberem pagamentos
para ensinar, Sócrates foi o homem que morreu em função do seu ideal de educar os jovens e
estabelecer uma moralização do ambiente Grego ateniense. Platão foi que pretendeu dar ao
filósofo posto de rei a fim de que este tivesse a possibilidade de imprimir na juventude as ideias
do bem, de justiça, de liberdade.
Da mesma maneira, se percorrermos a história filosófica e dos filósofos, vamos verificar que
todos eles tiveram uma preocupação com a definição de uma cosmovisão que deveria ser
divulgada através dos processos educacionais.
Neste caso, educação e filosofia são dois elementos que estão presentes em todas as sociedades,
um como interpretação teórica das aspirações, desejos e anseios de um grupo humano, e a outra
como um instrumento de veiculação dessa interpretação. A filosofia fornece à educação uma
reflexão sobre a sociedade na qual esta situado, sobre o educando, o educador e para onde esses
elementos podem caminhar.
Não há como se processar uma acção pedagógica sem uma correspondente reflexão filosófica, se
a reflexão filosófica não for realizada conscientemente, ela será sob a forma do senso comum
assimilado ao longo da convencia social. Se a acção pedagógica não se processará partir de
conceitos e valores explícitos e conscientes, ela se processará, queiramos ou não baseado em
conceitos e valores que a sociedade propõe a partir de sua postura cultural. Quando não se
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reflecte sobre a educação, ela se processa dentro de uma cultura cristalizado e perenizado, isso
significa admitir que nada mais há para ser descoberto em termos de interpretação do mundo.
Teixeira busca em Dewey o conceito da filosofia para fundamentar uma concepção de filosofia
da educação, tal conceito de filosofia resgata aspectos da Idade Moderna, mostrando que a
filosofia não objectiva a verdade, mas interpretações, a criação de hipóteses na tentativa de
solucionar problemas reais da vida real dos homens. A filosofia nasce da vida social e é em razão
desta mesma vida social que dá a importância vital que a filosofia apresenta.
A filosofia da educação apresentada por Teixeira mostra a necessidade de um acto educativo que
centre sua acção educativa na construção e reconstrução de experiências nas vidas dos
educandos, pois é através deste processo que eles podem pensar e repensar as formas de vida
interpretando e criando hipóteses. Esta filosofia da educação exclui um acto de aprendizagem
sustentado na memorização, mas requer do educando o desenvolvimento de sua autonomia
intelectual.
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Como vimos no capítulo anterior o que Anísio Teixeira pensava sobre os modelos de educação
para uma democracia e liberdade, neste capítulo iremos discutir e analisar este pensamento ou
ideais do educador sobretudo daquilo que deveria ser os critérios e os processos educacionais
para uma democracia numa sociedade.
Se voltarmos à antiguidade grega, vamos notar que na verdade a filosofia da essência não
implicava maiores problemas e a pedagogia que decorria dessa filosofia por sua vez, não
implicava problemas políticos muito sérios na medida em que o homem como um ser humano era
identificado com o homem livre e o escravo não era considerado ser humano consequentemente a
essência humana só seria realizada nos homens livres. Entretanto, o problema do escravismo,
sobre o qual se assentava a produção da sociedade grega, fica descartado e nem era um problema
do ponto de vista filosófico-pedagógico.
Durante a Idade Média, essa concepção essencialista recebe uma inovação que diz respeito
justamente à articulação da essência humana com a criação divina, ao serem criados os homens
segundo uma essência predeterminada, também já seus destinos eram definidos previamente
automaticamente a diferenciação da sociedade entre senhores e servos já estava marcada pela
própria concepção que se tinha da essência humana. E essa essência humana justificava as
diferenças.
A ideia diversa surge na época moderna com a ruptura do modo de produção feudal e a gestação
do modo de produção capitalista. Nesse período, a burguesia e a classe em ascensão manifestava-
se como uma classe revolucionária e enquanto uma classe revolucionária, advogar a filosofia da
essência como um suporte para a defesa da igualdade dos homens como um todo e era
exactamente a partir desse raciocínio que ela acciona as críticas à nobreza e ao clero, ou seja, esta
dominação da nobreza e do clero era uma dominação não natural, não essencial, mas sim social e
acidental.
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Com triunfo da Revolução Francesa significou a vitória dos ideais liberais na sociedade
contemporânea, esses ideais eram utilizados para eliminar a monarquia e tornar a burguesia a
classe dominante, tanto na direcção do Estado, como na direcção da sociedade. Portanto, um dos
aspectos centrais do liberalismo é a vinculação entre o desenvolvimento social e a educação
democrática e que o progresso da sociedade esta ligado a liberdade de cada indivíduo,
dependendo deste individuo o poder graças à instrução garantida pelo Estado desenvolver suas
aptidões e potencialidades. Nisto, o respeito e o reconhecimento da individualidade do aluno foi
uma das marcas da educação liberal e do rompimento com a escola tradicional.
O liberalismo igualitarista, projectado por Dewey e defendido por Teixeira, propunha que a
sociedade capitalista tinha o espírito espontânea de perpetuar os dualismos, as iniquidades, os
privilégios e as injustiças, usando educação para fortificar o status e desenvolver um
individualismo mais económico pela natureza mecânica do progresso material, aos patamares de
uma sociedade verdadeiramente democrática de respeito às individualidades no combate dessa
situação.
O ideal pedagógico da escola nova que projecta a escola como copia e miniatura da
sociedade democrática para produzir indivíduos orientados para a democracia, e não
para a dominação ou subordinação; para a cooperação, em vez da competição; para a
igualdade, e não para a diferença, (TEIXEIRA; 1997: 11).
Neste sentido, será a base de igualdade que será estruturada a pedagogia da essência e nesse caso
a burguesia se tornara a classe dominante, ela por sua vez vai ainda estruturar um sistema
nacional de educação ou de ensino advogando e escolarizando a todos cidadãos. Fazendo isso a
todos homens seria uma condição para converter os servos em cidadão e também seria uma
condição para que esses cidadãos participassem do processo político, e participando esse
processo político, eles consolidariam a ordem democrática e ai estaria muito claro o papel
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político da escola. A escola era proposta como condição para a consolidação de uma ordem
democrática.
Para Savian (2008:32); Os homens são essencialmente livres, essa liberdade funda-se na
igualdade natural, ou seja, essencial dos homens e eles são livres, então podem dispor de sua
liberdade, e na relação com os outros homens, mediante contrato, fazer ou não concessões.
Portanto essas diferenças de talentos entre os indivíduos livres são resolvidas pelo
estabelecimento de regras jurídicas que regulamentam a competição entre os homens pelo
princípio da igualdade porque todos têm direito à propriedade, democracia, paz, liberdade,
protecção da lei, ou seja, a garantia da igualdade jurídica a todos, independentemente de sua
classe social e do seu status. Como afirma Dewey;
Devemos ver com suspeita uma filosofia educacional que, hoje, define a educação
liberal com termos que são o oposto do que é verdadeiramente liberal. A educação
profissional e prática não era liberal na Grécia, porque consistia na instrução de uma
classe servil. (...) Uma educação verdadeiramente liberal hoje deveria negar-se a
instrução profissional em qualquer dos seus níveis, do contexto social, moral e
científico em que devem funcionar os ofícios e profissões sabiamente administrados,
(DEWEY, 2001: 32).
Nesse sentido, a garantia da aplicação dos princípios liberais para todos seria a condição para a
formação de uma sociedade aberta. Para Teixeira, a educação seria um instrumento importante
para o desenvolvimento máximo das potencialidades e aptidões de cada indivíduo dentro de uma
determinada sociedade, e a igualdade jurídica seria assegurada a todos, impedindo os privilégios
de nascimento ou de credo.
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Foi nesse sentido que Teixeira lutou bastante pela educação democrática, com formação comum
para todos, numa sociedade onde estudar era privilégio e os governos autoritários se sucediam.
Essa ideia da educação como direito de todos e de cada um defendido pelo educador, em defesa
de uma educação pública, gratuita, laica, com igualdade para ambos os sexos, obrigatória como
dever do Estado, garantia uma educação democrática de uma sociedade.
Kant mostrou a necessidade de uma educação que forme para uma vida racional, de uma
educação que possibilite aos sujeitos a construção de si, nisso ele possui importância na
sociedade actual. No entanto, esse empreendimento é possível hoje a partir de uma nova
concepção de razão, que não a transcendental de Kant e de uma nova concepção de sujeito. Nesse
sentido, Freire apresenta avanços fundamentais por considerar o carácter essencialmente social da
constituição do sujeito, e por pressupor uma razão que não é transcendental nos moldes
kantianos, é encarnada, histórica.
chave de progresso individual e social. Entretanto, foi nos anos 60 que a educação iniciou a atrair
as atenções de modo especial dos economistas, dos políticos, dos organismos internacionais e dos
movimentos revolucionários.
Essas transformações que tem ocorrido na educação, ou seja, esse processo de avanço, os
homens, as civilizações, estarão em constante mudança, em um devir e a educação deve
acompanhar estas mudanças, auxiliando a vida humana. Uma destas mudanças significativas foi
o avanço da ciência, que se tornou um fenómeno marcante na história da humanidade e da
educação.
Mesmo que não se possa negar que a criança seja um ser em constante transformação,
ela tem seu modo próprio de ser diferente daquele do adulto. Nesta formação da criança
dos valores antigos como o individualismo, os privilégios, as convenções tinham de ser
ultrapassados para que a sua natureza racional e supra sensível pudesse ser resgatada,
(OLIVEIRA apud KANT 2012: 164).
Essa autonomia do reconhecimento não significa auto-suficiência, a exclusão dos outros, mas sim
é alteridade de negação do eu, ou seja, de um tu que faz o indivíduo assumir a radicalidade o seu
eu. Essa autonomia está ligada à identidade cultural que faz parte da dimensão individual e de
classe dos educandos, teve-se ver directamente com a autonomia de nós por nós mesmos. De
acordo com Saviani;
Com isso, a velha ordem social e moral começou se abalar, mudando a família, mudando a
comunidade, mudando também hábitos do homem e os seus costumes, raciocinando-se em
29
ciência, tudo tem o seu porquê e a sua prova, prova e porquê que se encontram nos resultados e
nas consequências dessa ou daquela aplicação. No entanto, para Freire;
Neste sentido, a educação é caracterizada por inconcluso do ser humano na sociedade em que se
encontra inserido e o homem não nasce homem, ele se forma homem pela educação. Nisto, a
educação tem a função de formadora e transformadora da sociedade, pois não é possível ser
indivíduo culto sem passar por meios educativos e das práticas educativas. Esse processo de
formação e transformação que passa por toda vida social, e o homem não pára de se educar para
uma formação permanente que se funda na dialéctica entre teoria e prática.
A prática educativa é um fenómeno social e universal, pois cada sociedade precisa cuidar da
formação dos indivíduos, auxiliando no desenvolvimento das suas capacidades físicas e
espirituais, prepara-lo para a participação activa e transformadora nas várias instâncias da vida
social. Esta pratica não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de
promover os indivíduos dos conhecimentos e experiencias cultuais que os tornam aspectos a
actuar no meio social e a transforma-lo em função de necessidades económicas sociais e politicas
da colectividade, (Cfr. LIBANEO; 1990: 16;17).
Este acto educativo numa sociedade, exerce uma influência para os indivíduos ao assimilarem e
fazendo criação destas influências tornaram indivíduos capazes estabelecerem uma relação activa
e transformadora em relação o seu meio social. Essas influências, se manifestaram através do
conhecimento, experiencia, valores, crenças modo de agir ético, técnicas do conhecimento de
geração dos indivíduos e de grupo social.
Este processo educativo compete-lhe os processos formativos que ocorrem no meio social na qual
os indivíduos estão envolvidos de maneira necessário e inevitável por simplesmente facto de
existirem socialmente, ainda este processo existe nas várias instituições e actividades sociais que
decorrem da organização económica, política sociais da religião, dos costumes das formas de
convivência humana.
30
O ponto central do ideal democrático reside no facto de dar a cada um a oportunidades iguais
para cada um para desenvolver suas competências e capacidades individuais. Nessa
democracia proposta por Teixeira, a localização social não é feita por meio de interesses
políticos das classes dominantes ou pela passagem de uma escola com privilégios, mas sim
decidia em promover a cessão social pelo mérito que cada um provasse e os instrumentos por
excelência da democracia são as instituições e o Estado deveriam organizar de acordo com as
necessidades sociais.
Se a educação não for livre e democrática para mudar a cultura e a sociedade, como é
que essa educação pode ser transformadora? Ora vejamos, o antigo e o moderno, o
velho e o novo os privilegiados e os não privilegiados, dentro dessa linha explicativa, ao
origem desta cisão além da vontade dos praticantes sociais caberiam a educação
impulsionar uma das faces dessa bipolaridade e alavancar a transformação social
(TEIXEIRA; 2000:14).
A escolarização e as lutas sociais pela conquista dos direitos da cidadania efectivam a sua
contribuição para uma democratização social e política da sociedade. Assim, a realização das
tarefas básicas da escola e os professores estão somente cumprindo a responsabilidade aos alunos
no domínio dos conhecimentos culturais e científicos, com isso, a educação deve envolver
capacidades cognitivas e operativas para a actuação no trabalho e nessas lutas sociais da
democracia. Como afirma Libaneo;
A partir deste pensamento, a escola seria necessária e capaz de proporcionar a todos alunos na
igualdade de condições, o domínio dos conhecimentos sistematizados e o desenvolvimento de
suas capacidades intelectuais que os professores dariam nestas lutas pela democracia social.
7
Escolarização básica constitui um instrumento indispensável a construção de sociedade democrática porque tem a
função de socializar uma parcela de um saber sistematizado que constitui a formação e ao exercício de cidadania.
31
Nas palavras de FREIRE (2001:36), a educação seria um grande caminho para a mudança
social, para a formação de sujeitos históricos, atores e autores de seus processos históricos
quotidianos de emancipação colectiva e individual.
Com isso, a educação das massas se faria como algo absolutamente fundamental entre indivíduos,
neste caso, ela desvestida da roupagem alienada e alienante, seja uma força de mudança e de
libertação. Então a opção teria de ser também, entre uma educação para a domesticação,
alienação e uma educação para a liberdade, uma educação para o homem objecto ou educação
para o homem sujeito.
Isto para se efectuar os vínculos entre a escolarização a as lutas pela democracia da sociedade,
será necessariamente uma actuação em duas frentes, que é política e pedagogia, que coordenam e
actuam num único carácter político. Esta actuação política e pedagógica implica um
envolvimento dos educadores nos movimentos sociais e organizações sociais e particularmente
nas lutas organizadas em defesa da escola unitária democrática e gratuita.
Portanto, tudo isso apoia-se em duas crenças: uma que é a escola que continua sendo uma
instância necessária de democratização intelectual e política; outra que é a política educacional
inclusiva que deve estar fundamentada na ideia de que o elemento nuclear da escola é actividade
de aprendizagem, rodeado no pensamento teórico e associada aos motivos dos alunos.
O progresso científico não permitiu somente uma mudança no aspecto material da vida humana,
mas também na própria concepção dos homens sobre a vida. A ciência moderna permite que o
homem se veja como uma individualidade capaz de criar, explorar e como uma individualidade
com condições de ser responsável pela vida social. A personalidade e a cooperação são
ingredientes geradores da democracia social. É justamente este aspecto democrático para a vida
social que a filosofia de Teixeira pretender articular nas nossas sociedades.
Portanto, a democracia social defende que os homens sociais tenham liberdade e condições
suficientes para tratar de sua liberdade. Desta forma, Teixeira questiona a forma com que a
passagem de uma educação tradicional para uma educação mais liberal tratou a liberdade
humana. A educação tradicional podava de forma extrema a manifestação da inteligência, da
criatividade do homem. Entretanto, tudo o que era ditado ao educando tornava-se verdade
absoluta, autoritária, dominadora, isso tanto no sentido cognitivo quanto no sentido moral.
Portanto, a nova sociedade é a sociedade criada pela ciência e pela democracia, esta porem exige
uma Cidade particularmente devotado aos seus ideais e seus métodos. A nova Cidade não pode
escapar a um sentido religioso, mas a sua religiosidade tem de ser fundada no novo saber humano
e na nova fé democrática que tem de inspirar.
Em face da consciência que hoje temos de que o homem será o que dele fizerem a sociedade e
educação e a sociedade democrática subsistira por conduzir um tipo especial de educação escolar,
esta educação devera ser capaz de inculcar atitudes muito espaciais e particularmente difíceis por
isto que contraria a velhas atitudes milenárias do homem, terá também de inculcar o espírito de
objectividade, o espírito de tolerância, o espírito de investigação, o espírito de ciência, o espírito
de confiança e o espírito do amor ao homem e o da aceitação e utilização que a ciência a cada
momento lhe traz um largo e generoso sentido humano.
É a sociedade como um todo que mais do que qualquer outro grupo, estará interessada na
formação do cidadão, do membro desse corpo social extremamente completo e plural em que ela
se transformou, (Idem: 1996: 46).
Com esta nova função dominante, sem perder as suas preocupações pela formação dos
profissionais liberais e pelas novas ocupações de carácter técnico e científico da sociedade em via
de modernização, a Universidade teria de fazer-se a instituição de formação dos seus próprios
34
professores e dos professores das escolas secundárias e das escolas normais para a grande
expansão e consequente mudança radical, mudança do sistema educacional.
Teixeira entende que as escolas deveriam preparar os cidadãos de um país, sobretudo da língua
materna e literatura nacional, a matemática elementar e aplicada, a geografia e a história do
mesmo país e a introdução à ciência e estudos de ciências aplicadas, de desenho e de artes
industriais, e antigas, estudos científicos propedêuticos seriam enriquecimentos de currículos que
as melhores escolas com alunos excepcionais. Enfim, o educador ressalta que as escolas
primárias devem ser centros de estudos da cultura de um Estado, da literatura, da geografia, da
história e ciências sociais. Só a matemática e as ciências físicas seriam universais.
35
Numa análise histórica, o sistema educacional em Moçambique foi o resultado de uma grande
evolução que se caracteriza por quatro períodos. A primeira que corresponde ao período colonial
até em 1975, caracterizada por redução restrita definida em aspectos culturais raciais. A segunda
época inicia após a independência nacional que é caracterizada por esforço no sentido de
alargamento do sistema educativo para todos os moçambicanos.
Este processo educativo foi interrompido pala guerra de desestabilização que abalou o país a
partir de 1976 e resultou o desaparecimento físico de muitos professores, isto é, rapto de alunos, e
destruição de infra-estruturas, principalmente na década de 1980. O terceiro período inicia-se
com o Acordo Geral de Paz e as eleições de 1994, foi um período de estabilidade social e
crescimento económico, caracterizado por uma retomada de investimento na educação. De
acordo Graça Machel;
consciência auto reflectiva que ajude a resolver as resistências, ou seja, as ideologias através de
uma espécie de trabalho que consiste numa actividade cognitiva que leva ao reconhecimento.
A educação não pode se limitar na luta de classes, mas sim deve ir mas além tornando-se uma
actividade cognitiva e científica que leva ao reconhecimento ajudando a dissolver e a superar as
resistências ou ideologias para alcançar o auto reconhecimento tornando-se um processo de
esclarecimento e de emancipação.
A filosofia da educação proposta por Teixeira demostra uma necessidade de um acto educativo
que centre sua acção educativa na construção e reconstrução de experiências na vida dos alunos,
e é através desse processo que eles podem analisar e repensar as formas de vida reflectindo.
Essa filosofia da educação articula numa qualidade de lidar-se com a liberdade do aluno, pois
este aluno não faz o que quer sem levar em conta o aspecto da sua vida social. A experiência se
constitui da relação entre os homens e da compreensão que estes tenham destas relações e a
própria moral está em construção é não será algo determinado, mas sim pensado colectivamente.
Para Kant (2006:30) a acção educativa deve seguir a experiência, essa educação não deve ser
puramente mecânica e nem pode se fundar num raciocínio puro, mas sim deve apoiar se nos
princípios e guiar-se na experiencia.
A partir desta pedagogia kantiana, podemos afirmar que uma educação que vise formar sujeitos
autónomos deve unir lições da experiencia e os projectos da razão, isto é, basear-se apenas no
raciocínio puro, estará alheia a realidade e não contribuirá para a superação da condições e
heteronomia8 no caso de se guiar apenas pela experiência de heteronomia e, no caso de guiar-se
apenas pela experiência.
De acordo com Illich (1985: 12), a escolaridade não promove nem a aprendizagem e nem a
justiça, pois os educadores insistem em embrulhar a instrução com diplomas. Misturam-se na
escola, aprendizagem e atribuição de funções sociais.
8
Heteronomia é uma Condição de um indivíduo ou de um grupo social que recebe de fora de um outro, a lei à qual
obedece. Em Kant, por oposição à autonomia da vontade. A heteronomia compreende todos os princípios da
moralidade aos quais a vontade deve submeter-se: educação, constituição civil, sentimentos etc.
37
O sistema de educação determina também a relação que surge entre o cidadão e o Governo,
dando espaço a um debate à volta das questões políticas numa busca comum pelas soluções dos
problemas que o país enfrenta, ou seja, conduz para uma situação em que o cidadão se mantém
silencioso perante o seu Governo, nutrindo frustração e revolta. Falar de um sistema nacional de
educação é falar também de poder ou da ausência do mesmo, em particular quando o sistema
educativo não responde à sua função essencial que é a de aumentar a capacidade de intervenção
dos seus cidadãos.
O fracasso do ensino é um tema que vem sendo debatido em muito países do mundo moderno,
esta discussão da problemática da qualidade do ensino sobretudo nos níveis secundários e
superiores. Em Moçambique este problema origina-se nas primeiras classes iniciais do ensino
primário, isto porque existem alunos que terminam a 7ª classe sem domínio convenientemente da
leitura e escrita.
Diante disso, existem vários elementos que afectam o fracasso do ensino, que são comuns a todos
os países, com este problema da qualidade do ensino. Alguns países como nosso, observa-se
algumas escolas, terem falta de condições básicas e mínimas para o desenvolvimento normal do
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processo de ensino e aprendizagem, ainda nota-se que há escolas primárias que funcionam por
baixo das árvores e outras escolas não dispõe de carteiras para os alunos sentarem, superlotação
nas turmas como é o caso das escolas secundárias. Estes elementos fazem com que haja o grande
fracasso do ensino no estado moçambicano.
O fracasso do ensino tem sido por causa das escolas públicas não serem capazes de atender o
direito social de todas as crianças e jovens receberem escolarização básica e o Estado por sua vez
não tem comprido a sua obrigação social de assegurar as condições necessárias para promover o
ensino de qualidade aos estudantes, isto porque o próprio funcionamento da educação, os
programas, as práticas de ensino, o preparo profissional do professor não tem tido uma
responsabilidade. Como afirma Teixeira,
O fracasso do ensino no mundo moderno tem mostrado uma crise devido a inadequação
da escola às realidades da sociedade e do tempo em que vivemos. Ainda exige um
progresso escolar que suscite simultaneamente por mutações socioeconómicas radicais e
pela substituição de instituições escolares, (Idem: 218).
Com isso, compete a educação formar cidadãos maturos capazes de enfrentar e vencer os
problemas que hoje muitos países enfrentam como Moçambique. Por essa razão, é
necessariamente providenciar uma educação democrática a todos e também capaz de fornecer aos
cidadãos as bases em face ao desenvolvimento na vida social. Para Ngoenha;
Foi nos finais de 1980 que surgiram as primeiras escolas privadas, justificadamente
porque a escola pública não oferecia lugares em quantidades suficientes e nem a
qualidade era a mais desejável. A proliferação das escolas privadas passou a ser a
avenida encontrada pelas elites moçambicanas para garantir uma educação separada
para os filhos e parentes, (NGOENHA, 2004: 11).
Para tal, o princípio fundamental de uma verdadeira Educação democrática esta na igualdade de
oportunidade para todos, isto é, princípio da possibilidade do acesso de todos a um nível
educacional e cultural. Isto significara ainda que os elementos devem estar ao alcance de todos,
sem quaisquer restrições de ordem económica, racial, religiosa, política ou qualquer outra.
Para que isto aconteça é necessário admitir que os Professores, os alunos, pais e encarregados de
educação tenham uma luta decisiva criando uma inovação, exigindo que sejam deixados a fazer o
que sabem fazer e não se submetendo inteiramente as constantes projecções que muitas das vezes
não concordam com elas.
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Quando reflectimos hoje em torno da educação podemos perceber que a finalidade da educação é
preparar o homem para ser um individuo que pense e que se dirija por si numa ordem social,
intelectual diferentemente nos tempos antigos que a educação era ministrada por lar e a
comunidade, era uma ordem estática e consistia em ensinar a seguir e a obedecer.
Como diz Teixeira (2000: 36) se queremos que a nova ordem de coisas funcione com harmonia e
integração precisamos de pensar de modo para que cada homem tenha as qualidades de um
líder.
Com isso, hoje a vida de família já não é como em outros tempos, uma instituição de educação e
a vida social tornou se tão eminentemente complexos que oferecem a criança sua visão e análise
em aspectos fragmentários no seu todo, ou seja, essas instituições ganham uma certa velocidade
de democracia e transformação que não lhes pode ser conscientes na sua acção educativa numa
sociedade. Nisto, a necessidade da educação tornar-se grande parte de si, a funções da família e
do meio social que correspondem a uma verdadeira premência dos nossos tempos.
A escola deve ser o lugar onde a criança venha a viver plena e integralmente. A criança vivendo
nessas condições poderá ganhar os hábitos morais e sociais de que precisa para ter uma vida
feliz e integradora em um meio dinâmico e flexível, (Idem: 40).
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Diante disso, a criança deve ter uma situação real da vida e faz com que esta criança aprenda
essas atitudes sociais, indispensáveis a vida moderna. A escola precisa dar a criança não só um
mundo de livros, mas sim ensinar a contar, ensinar a ciência para saber julgar e pensar as coisas,
sobre tudo da democracia.
A educação deve promover oportunidades para a prática da democracia, isto é, um regime social
em que cada individuo conta plenamente como uma pessoa. Essa democracia da educação ou da
escola deve ser para o professor assim como aluno, para que procurem dar a direcção própria e da
participação nas responsabilidades da sua vida económica. A criança deve ganhar através da
escola esse sentido de independência e direcção que lhe permite viver com os outros com a
tolerância e personalidade.
Entretanto, o que a educação deve fazer nesta época actual é dar os métodos para como lidar com
os problemas que se encontram dentro de uma determinada sociedade e dar sentido da
responsabilidade social que assiste na solução desses tais problemas. Para que aja a educação, é
necessariamente uma democracia, esta tal educação que terá sua finalidade ajudar os nossos
jovens em um meio social liberal, a resolver o seus problemas morais, éticos e humanos.
A educação assume a função de emancipação e humanização, é assim que ela se torna num
processo de auto recuperação do indivíduo de alineação histórica e do quotidiano de auto
reconhecimento como sujeito participante na história da humanidade.
Neste sentido, a discussão sobre cidadania voltada na perspectiva da educação nos leva a uma
reflexão sobre a função da escola enquanto espaço de formação dos cidadãos. Se o papel da
escola é de transformação social e também dos sujeitos, cabe investigar em que medida se dá esta
proposta.
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Portanto, relacionar escola com cidadania gera questões a serem pensadas. Os direitos básicos
estão garantidos, a acção seguinte é a busca da qualidade. O direito ao acesso a educação para
todos garante o reconhecimento de um valor, pois a escola é o espaço onde as pessoas dispõem
para conhecer leis, direitos e deveres da cidadania.
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Conclusão
A Filosofia da educação de Anísio Teixeira não contém a solução inteira para os dilemas do acto
humano de educar, ensinar e aprender, mas sim aponta para novas perspectivas ou indica
alternativas de solução válidas para os problemas educacionais de hoje, pois Teixeira foi um
crítico não apenas dentro do movimento dos pioneiros da educação nova no Brasil mas de todo o
mundo, como filósofo permanentemente repensou sua acção pedagógica.
Por essa razão a sua filosofia da educação, voltada para um mundo em transformação, valoriza o
método experimental a pesquisa, a sociedade democrática, a construção da cidadania, o
industrialismo, uma nova moral baseada na ciência e a formação de um educador que tenha a
atitude reflexiva e autocrítica do filósofo que repensa sua prática pedagógica.
Hoje, o espaço da escola e da sala de aula deveria propiciar elementos de pesquisa para os
professores, considerados não apenas como transmissores de saber, mas capazes de reflexão e
análise de sua prática e de seu espaço de actuação.
escola sendo uma instituição social, cabe oferecer o ensino de qualidade aos cidadãos e organizar
sua prática em bases que possam contribuir para a sustentação da sociedade democrática.
Bibliografia
Obras principais
TEIXEIRA, Anísio. Educação e o Mundo Moderno. 2ª ed. São Paulo, editora nacional, 1977.
Obras Secundárias
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_____________. Política e Educação: Ensaios, 5ª ed. São Paulo, Cortez editora, 2001.
FERRO, Maria de Amparo Borges: Democracia da Educação. Brasília, editora INEP, São Paulo
1984.
FREIRE; Paulo. Educação Como Prática da Liberdade. Brasília, editora paz e terra Lta, 1967.
ILLICH, Ivan. Sociedade Sem Escolas. 7ª ed. Brasília, vozes editora, 1985.
LIBANEO, José Carlos. Didáctica Geral. São Paulo, cortez editora, 1990.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. Cortez editora, são Paulo, 1994.