Você está na página 1de 22

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Laboratório como ferramenta de Praticas profissionalizantes no curso


de contabilidade: caso de estudo estudantes finalistas da UCM 2022

Estudante: André Cumachinga Júnior


Numero: 711190139

Lichinga, Novembro 2022


2
Laboratório como ferramenta de Praticas profissionalizantes no curso de
contabilidade: caso de estudo estudantes finalistas da UCM 2022

Estudante: André Cumachinga Júnior


Numero: 711190139

Projecto de trabalho de conclusão de curso


Submetido à Faculdade de Gestão de Recursos
Florestais e Faunísticos na Universidade
Católica de Moçambique como requisita parcial
para a elaboração de monografia no Curso de
Contabilidade e Auditoria

Proposta de orientador:
Dr. Gamito

Lichinga, Novembro 2022


Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................4

1.1 Contextualização.................................................................................................4

1.2 Problematização..................................................................................................5

1.3 Objectivos...........................................................................................................7

1.3.1 Objectivo Geral...........................................................................................7

1.3.2 Objectivos específicos.................................................................................7

1.4 Perguntas norteadoras.........................................................................................7

1.5 Justificativas e relevâncias..................................................................................7

1.6 Delimitação.........................................................................................................8

1.6.1 Espacial.......................................................................................................8

1.6.2 Temática......................................................................................................9

1.6.3 Temporal.....................................................................................................9

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................10

2.1 Laboratório.......................................................................................................10

2.2 Processo de ensino-aprendizagem....................................................................11

2.3 Ensino de contabilidade....................................................................................12

2.4 Teorias..............................................................................................................13

2.4.1 Teoria de escola nova................................................................................13

2.4.2 Teoria da Assimilação...............................................................................14

CAPITULO III: METODOLOGIAS..............................................................................15

3.1 Abordagem Metodológica................................................................................15

3.2 Tipo de pesquisa...............................................................................................15

3.3 Universo............................................................................................................15

3.4 Participante.......................................................................................................15

3.5 Técnicas e Instrumento de pesquisa:................................................................15


3.5.1 Técnicas.....................................................................................................15

3.5.2 Instrumentos..............................................................................................15

3.6 Limitação de pesquisa.......................................................................................15

3.7 Modelo de análise.............................................................................................16

Cronograma.....................................................................................................................17

Orçamento.......................................................................................................................18

Conclusão........................................................................................................................19

Referências bibliográficas...............................................................................................20

CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização
O ensino da contabilidade, como o de qualquer outra área de ensino teórico-
profissionalizante, implicará necessariamente na comunhão e dosagem adequadas dos
conteúdos teórico e prático para que o aluno, o futuro profissional, tão logo deixe os
bancos escolares esteja razoavelmente preparado para o exercício de suas funções.

Uma das preocupações das instituições do ensino superior de contabilidade é a


necessidade de equacionar o ensino como o mercado de trabalho por meio de um ensino
que prepare um profissional apto e qualificado, olhando que o mercado de trabalho tem
buscado profissionais competentes e prático (Kong, 2001). Porem, é lógico que as
instituições de ensino superior de contabilidade ofereçam as actividades práticas para
que o aluno adquira o conhecimento, habilidade e atitude relativa a contabilidade, pois
que, no processo de formação de profissional de contabilidade, tanto a instituição quão
o próprio graduado, precisam estar atento ao trinómio (conhecimento-habilidade-
atitude) resultante da adaptação teórico-prática, que juntos, resulta nas competências
necessárias a actuação do futuro contabilista.

Neste sentido, o estudante durante o curso tem em perspectiva uma formação moldada
para o exercício da sua ocupação. No entanto, por diversos factores, como, por exemplo,
deficiência na aprendizagem ou condições inadequada de ensino, pode estar
apresentando de forma a não atingir os seus objectivos.

3
Neste cenário evidencia-se a relevância de se utilizar ferramentas que auxiliam o
desenvolvimento do aluno no curso de contabilidade.

De acordo com Marion (2001) relaciona alguns métodos que podem ser utilizados no
ensino prático da contabilidade como: estudo de casos, estudo dirigidos, simulações e
jogos de empresa e laboratórios.

A evolução das tecnologias de comunicação e informação influencia no comportamento


dos indivíduos e na maneira como as empresas processam as suas informações sobre o
controle e a gestão do seu negócio, de tal forma que é inadmissível a continuidade
eficiente de qualquer entidade sem a utilização de alguma forma de tecnologia. Deste
modo, as instituições do ensino devem acompanhar esse desenvolvimento e oferecer
conteúdos, metodologias e ambientes de ensino adequados ao mercado de trabalho.

A utilização de ambientes diferentes da sala de aula convencional torna necessário para


estimular o aluno ao aprendizado por reproduzirem, de certa forma, a realidade
profissional, em ambientes como laboratório (masseto 2003).

De acordo com Ferreira (1986) o lugar destinado ao estudo experimental de qualquer


ramo, da ciência, ou aplicação dos conhecimentos científicos com objectivo prático […]
designa-se laboratório (p. 10). Neste sentido entende-se que o laboratório é um local em
que se transforma o conhecimento teórico de algumas ciências, em conhecimento
prático.

Dessa forma a utilização do laboratório contribui para a formação do futuro profissional


de contabilidade competente, possibilitando-o a estar apto para desempenhar as sua
funções no mercado de trabalho.

1.2 Problematização
Há uma percepção que os estudantes não criam conexões necessárias da contabilidade
do campo teórico para o prático, sendo que as universidades estão cada vez mais
investindo no melhor para desenvolver as habilidades essências nos estudantes de
licenciatura em contabilidade. Diante dessa abordagem, levanta-se a reflexão de incluir
nos cursos de licenciatura em contabilidade práticas que proporcionem aos estudantes as
competências e as habilidades fundamentais a sua profissão.

4
Estudos evidenciam que alunos não possuem a experiencia pratica exigida pelo mercado
de trabalho, seja por não terem trabalhados durante a licenciatura ou por não terem
estudados disciplinas praticas suficientes na faculdade durante a formação (Ferreira,
angonese 2015). Também pela escassez de assimilação dos conhecimentos teóricos
(Vasconcelos, 1995). A crença dos empregadores, professores e coordenadores, é de
que as competências adquiridas pelos estudantes não os capacitam para actuação
profissional.

O ambiente académico tem se preocupado com o desenvolvimento de novas


metodologias e atitudes para melhorar a efectividade no processo de aprendizagem
(Berwing, 2013) tais artifícios são denominados estratégias de ensino-aprendizagem,
que são definidas por mazzioni (2013) como os meios que vem sendo utilizados no
processo de ensino com o intuito de atingir a qualidade desejada e os resultados
esperados.

O curso de licenciatura em contabilidade ofertada pela universidade católica de


Moçambique (UCM), possui na sua grelha, disciplina com carga horária tórica e prática,
sendo algumas disciplinas com carga horária prática e oferecido exclusivamente, em
laboratório de ensino como ocorre na faculdade de gestão de recurso florestais e
faunístico. O laboratório contabilístico é oferecido à estudante aprendizagem prática de
simulações empresariais que relatam situações quotidianas ocorridas nas empresas de
contabilidade. Estas situações empresariais são contabilizadas diante o uso de software
de contabilidade (Primavera ERP) sob orientação de docentes.

A questão de como implementar a pratica da contabilidade nos cursos de licenciatura


em contabilidade, de forma a desenvolver nos estudante aptidões que os qualifiquem
para o ingresso no mercado de trabalho tem sua importância, a teoria e pratica devem se
relacionar de forma complementar, contribuindo para o processo de ensino e
aprendizagem ocorra de forma satisfatória.

É oportuno destacar que na cidade de Lichinga o curso de licenciatura em contabilidade


e ofertada em mais de uma instituição do ensino superior, mas só a faculdade de gestão
recurso florestais e faunístico (FAGREFF) tem em sua grelha a disciplina de laboratório
contabilístico.

5
Tendo em vista os aspectos evidenciados, está pesquisa norteia-se pela sequente
problematização: Quais são as percepções dos estudantes em relação a praticas
profissionalizantes simuladas em laboratório de contabilidade para aquisição de
competências?

6
1.3 Objectivos

1.3.1 Objectivo Geral


 Analisar as percepções dos estudantes em relação a práticas profissionalizantes
simuladas em laboratório de contabilidade para aquisição de competências.

1.3.2 Objectivos específicos


 Descrever a percepção de estudantes em relação a importância do laboratório
contabilístico para curso de licenciatura em contabilidade;
 Determinar com base na teoria de assimilação, a percepção dos estudantes sobre
a influência do conhecimento prévio para aquisição de competências;
 Aferir a existência de um ambiente físico, equipamentos e recursos tecnológicos
(softwares) úteis para as simulações laboratoriais;

1.4 Perguntas norteadoras


 As práticas simuladas em laboratório contabilístico são suficientes para
aquisição de competências?
 Qual e a percepção de estudantes em relação a importância do laboratório
contabilísticos?
 Qual e a estrutura do ambiente onde decorre as simulações laboratoriais?

1.5 Justificativas e relevâncias


Considera-se que através do método prático, aluno e levado a aprender por meio de
realização de tarefas em condições semelhantes as encontradas na realidade. A
utilização de laboratório como complementação as actividades ocorridas nas salas de
aulas apresenta-se como uma forma adequada para minimizar a distancia entre sala de
aula e a o mercado de trabalho.

A ideia de desenvolver a pesquisa surgiu da inquietação própria com relação a


percepção de estudante a formação prática proporcionada pelas universidades. Após
pesquisas bibliográfica realizadas na no banco de dados da universidade católica, na
biblioteca virtual da mesma universidade, constatou-se que não há nenhum documento
ou trabalho de conclusão de curso (monografia, dissertação ou tese) que debruce sobre o
estudo da integração de teoria e pratica no ensino de contabilidade no contexto de

7
atendimento as actuais exigências das demandas do mercado de trabalho,
principalmente destacando a inter-relação das competências profissionais quanto a
formação.

Igualmente, pelo contacto com os estudantes é possível resumir a seguinte afirmação “é


muito difícil desenvolver as conexões necessárias da contabilidade do campo teórico
para o campo prático durante o curso de licenciatura”

Subponto de vista social o trabalho justifica-se pela importância em investigar a


situação do curso de contabilidade da faculdade de gestão de recursos florestais,
formadora de profissionais capacitados e grande contribuinte para o desenvolvimento da
cidade de lichinga, no intuito de identificar possíveis desafios no processo ensino
aprendizagem capazes de impedir o bom desempenho na formação de futuros
profissionais.

Entende-se, ser necessário portanto verificar a opinião dos alunos quanto ao


aprendizado onde a pratica seja simulada, para se confirmar se há aprendizagem
significativa e se os conhecimentos prévios adquiridos no decorrer contribuem para essa
aprendizagem, a fim de discutir os resultados de forma a contribuir para possíveis
melhorias no formato da integração teoria pratica conciliado com o mercado de
trabalho.

Por conseguinte, está pesquisa contribuirá com docentes, pesquisadores e gestores do


curso de contabilidade na instituição de ensino onde o estudo vai ser realizado, devido a
possibilidade de apresentar resultados científicos sobre as praticas profissionalizantes.
Alem do mais, concorrera a uma reflexão sobre a utilização das ementas dos
componentes curriculares, de modo a atender se estas se adequam as exigências do
mundo empresarial actual.

1.6 Delimitação

1.6.1 Espacial
A pesquisa limita a uma única instituição do ensino superior, a universidade católica de
Moçambique, faculdade de gestão de recursos florestais e faunísticos, localizada na
Província de Niassa, Cidade de Lichinga, bairro de chiuaula.

8
1.6.2 Temática
O foco deste trabalho está na percepção dos estudantes que cursaram a componente de
laboratório contabilístico sobre a contribuição das práticas profissionalizantes simuladas
nesta disciplina.

1.6.3 Temporal
Este tema vai buscar o entendimento dos estudantes que cursam a componente de
laboratório contabilístico no primeiro semestre de 2022.

Uma vez que tratar-se de um estudo em uma única instituição de ensino os resultados
não permitirão a ampliação para outras instituições.

Este estudo restringe-se a uma única universidade que e a universidade católica de


Moçambique, escolhida como locus de investigação decurso de diversos motivo:

1. A importância da instituição para a cidade, dada a oportunização do acesso ao


ensino superior privado, pois essa instituição é a única na cidade que oferece na
sua grelha do curso de licenciatura em contabilidade a cadeira pratica de
laboratório contabilístico.
2. A acessibilidade aos dados para a realização deste estudo, visto o vínculo do
pesquisador com a instituição. Assim podemos aprofundar o conhecimento
quanto a prática simulada e disponibilizada aos estudantes mediante o
componente curricular.

9
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Laboratório
De acordo com Bueno (1974) a palavra laboratório é derivada do latim científico
“laboratorium” que significa “local de trabalho” ou “lugar onde são feitas experiências”
(p. 2.064). Essa palavra é a união dos termos do latim labor, que, conforme Ferreira, A.
G. (1994, p. 652), significa “sofrimento que se experimenta para fazer alguma coisa,
esforço, trabalho [...]” e oratorium, que, ainda segundo Ferreira, A. G. (1994, p. 810),
quer dizer “oratório”, ou seja, lugar destinado à oração. Para o melhor entendimento
sobre o laboratório, apresentam-se, a seguir, definições de alguns pesquisadores:

Conforme Bueno (1974) é o “lugar onde se fazem preparações científicas, químicas,


farmacêuticas; oficina, lugar onde se elabora, transforma alguma coisa em outra. Lugar
onde se procedem a trabalhos de pesquisas por meio de aparelhos apropriados” (p.
2.064).

Segundo Nascentes (1976) é “qualquer lugar onde se processa transformação notável”


(p. 958), e no entender do Apolinário (2005), é o “lugar onde se elabora, transforma
alguma coisa em outra” (p. 88).

O laboratório é um “lugar destinado ao estudo com objectivo prático (exame e/ou


preparo de medicamentos, fabricação de explosivos, exame de líquidos e tecidos do
organismo” (Ferreira,1986, p. 1.000).

Houaiss e Villar (2001) referem que o laboratório é o “local provido de instalações,


aparelhagem e produtos necessários a manipulações, exames e experiências efectuados
no contexto de pesquisas científicas, de análises médicas, análises de materiais, de testes
técnicos ou de ensino científico e técnico” (p. 1.707).

Para Borba (2002), é o “local onde se realizam experiências e investigações científicas


[...] lugar onde as transformações são em grande número ou muito aceleradas,
permitindo um melhor exame do fato [...]”(p. 935).

Dessas definições, nota-se que são necessários alguns elementos fundamentais para a
existência de um laboratório. Ligam-se, a seguir, alguns itens considerados essenciais:

10
1.º) Ramo da Ciência – uma área do conhecimento, como, por exemplo, química ou
física, na qual está sendo planejado o estudo;

2.º) Local – é necessário um lugar, um espaço específico, ou ambiente adequado ao


cumprimento das actividades para as quais o laboratório se propõe a existir;

3.º) Instrumentos – são necessários instrumentos apropriados para a aplicação do saber


com a finalidade de manipulá-lo, como aparelhos, materiais, utensílios e instalações,
entre outros;

4.º) Transformação – é processo que objectiva a aplicação do conhecimento, ocorrendo


a manipulação, a mudança, o exame, ou a investigação científica.

5.º) Experiência – proporciona a elaboração de um novo conhecimento pelo exercício da


prática, da experiência, podendo-se chamar de pesquisa.

Com relação à utilização do laboratório no ensino, observa-se que para Borba (2002), é
“tudo que serve como experiência ou aprendizado” (p. 935), e é “a actividade
envolvida” na “aprendizagem controlada” (Houaiss e Villar, 2001, p. 1.707), constituída
por um local onde ocorre o ensino científico ou técnico. Então, laboratório também é
um ambiente comum de aprendizagem, em que ocorre a experiência ou vivência por
meio de actividades práticas de alguns ramos do conhecimento, sendo utilizado em
pesquisas científicas ou actividades de ensino de algumas ciências.

2.2 Processo de ensino-aprendizagem


Antes de mais tudo é importante distinguir educação, instrução e ensino, embora no
senso comum pareçam sinónimos.

De acordo com Nérici (1993), educação é:


O processo que visa a revelar e a desenvolver as potencialidades do indivíduo em
contacto com a realidade, a fim de levá-lo a actuar na mesma de maneira consciente,
eficiente e responsável a fim de serem atendidas as necessidades e aspirações da criatura
humana, de natureza pessoal, social e transcendental (p. 29).

Cabe ao professor a tarefa de auxiliar o aluno no processo de ensino aprendizagem [...]


A aprendizagem é o processo de desenvolvimento do conhecimento, de como se
aprende, e o processo de ensino é o conjunto de acções adoptadas para se promover a
aprendizagem. Um não existe sem o outro; a aprendizagem é o fim, o ensino é o meio.

11
A conjunção desses factores recebe o nome de processo ensino-aprendizagem (Souza e
Ortiz, 2006, p. 133-134).

Seguindo esse pensamento, Vasconcelos (1999), diz que “[...] não podemos dizer que
houve ensino se não houve aprendizagem [...]”(p. 98), e “ensinar não é o mesmo que
aprender. Por isso, se o aluno não aprender, todo o esforço feito para ensiná-lo estará
perdido”( Bordenave e Pereira, 2005, p. 39). Nesse sentido, evidencia-se a necessidade
da plena interacção educativa existente no ensino como um conjunto de acções que tem
como objectivo conduzir à aprendizagem. Pozo (2002, p. 55) da o seu parecer que “
embora o fim ultimo seja tornar mais eficaz a aprendizagem isso será possível atraves
de uma melhora do ensino”

2.3 Ensino de contabilidade

De acordo com Masetto (2003), comentando sobre a utilidade desses ambientes


de ensino-aprendizagem pela inserção de aulas em outros espaços, ratifica a sua
importância, relatando:
Os ambientes profissionais são “novos espaços de aulas” muito mais motivadores
para os alunos, muito mais instigantes para o exercício da docência, porque
envolvem a realidade profissional do professor e do aluno, são situações mais
complexas, mais desafiadoras, exigem integração teoria e prática, estão cheias de
imprevistos, exigem a inter-relação de disciplinas e especialidades, desenvolvimento
de habilidades profissionais, bem como atitudes de ética, política e cidadania (p.
82).

Em se tratando especificamente do ensino da contabilidade, a utilização do ambiente de


laboratório torna-se viável como uma estratégia de ensino que tem por objectivo
integrar os conhecimentos teóricos e práticos. Isso permitirá que ocorra uma melhor
compreensão dos alunos, garantindo, de certa forma, que possam aprender fundamentos
essenciais da contabilidade, desenvolvendo uma visão sistémica das operações das
entidades e seus reflexos, bem como o raciocínio contabilístico.

“O objectivo da educação superior em contabilidade deve ser o de formar contadores


profissionais competentes, que possam contribuir efectivamente para a sociedade na qual
exercem suas actividades e para a profissão da qual fazem parte ” (koliver 1999, p. 27).

12
É evidente que uma das finalidades das instituições do ensino superior é formar
profissionais para serem inseridos nos diversos sectores do mercado de trabalho,
participando do desenvolvimento da sociedade. todavia, não se está referindo a formar
um profissional “pronto”, e sim, formar um profissional “apto à inserção” por meio da
aquisição de habilidades e competências necessárias para o desenvolvimento e
crescimento na carreira do profissional da área de contabilidade.

Nossa (1999), acrescenta em afirmar que:


Em relação à formação do aluno, há um pensamento de que o discente deve terminar o
curso de graduação pronto para o mercado de trabalho. Na verdade o curso superior deve
propiciar ao aluno uma estrutura básica de conhecimento para que ele se inicie em uma
carreira profissional (p. 54).

2.4 Teorias

2.4.1 Teoria de escola nova


Martins, P. L. O. (1989), afirma que “na teoria da Escola Nova, há uma valorização da
experiência vivenciada pelo aluno [...] o aluno é considerado o centro do processo” (p.
40). Mizukami (1986) assevera que se devem priorizar actividades do sujeito aluno na
solução de problemas, e não na aprendizagem apenas sob o aspecto da memorização. E
salienta que a questão fundamental do ensino consiste no processo, e não em produtos
da aprendizagem.

Essa teoria debruça que o ensino deve actuar nos seguintes aspectos:

 Prioridade: aluno/método;
 Segundo plano: professor/conteúdo
 Organização pedagógica: sala em forma de anfiteatro, recursos didácticos para
manuseio de aluno, biblioteca, laboratórios e enfoque na compreensão e
interpretação.
 Actividade docente: favorecimento na aprendizagem.

Na perspectiva da escola nova, a educação se direcciona para um novo foco: o


desenvolvimento de competências em vários campos do saber. Alguns autores definem
competência como “a capacidade do sujeito mobilizar recursos (cognitivos) visando
abordar uma situação complexa” (Moretto, 2005, p. 19), e Perrenoud (1999), acrescenta
como sendo “uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação,

13
apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles” (p. 7). Ou seja, o processo de
ensino-aprendizagem ocorrerá com sucesso se o aluno adquirir capacidade de resolver
problemas complexos, utilizando, integrando ou mobilizando alguns conhecimentos.

2.4.2 Teoria da Assimilação


De acordo com Ausubel (2003) a teoria de assimilação ou aprendizagem significativa e
o conhecimento prévio que o aluno trás ao realizar determinadas actividade e um factor
que possui impacto positivo em sua aprendizagem. Para o autor deve-se analisar as
formas de assimilação de conteúdo a partir de uma experiencia concreta, como uma
maneira de pensar a aprendizagem em ambientes educacionais para possibilitar,
estimular e propor uma aprendizagem significativa.

Coelho, Barreto Neto e Marcelo (2008) concordam que a teoria de assimilação


considera a construção intelectual da pessoa em relação a utilização de conceitos como
formuladores de nova informação, assim a informação nova ganha significado para o
sujeito e contribuição para a formação e desenvolvimento da estrutura cognitiva já
existente. Portanto o conhecimento prévio e o factor isolado com maior influencia na
aprendizagem, que ocorre quando um individuo organiza as informações já existente na
estrutura cognitiva, de modo a interagir com novas informações que surgem.

14
CAPITULO III: METODOLOGIAS.

3.1 Abordagem Metodológica


A Abordagem Metodológica: qualitativo interpretativo (sentido ou significativo)

3.2 Tipo de pesquisa


Tipo de pesquisa: Interpretativo (hermenêutico) e Investigação-acção

3.3 Universo
A população desta pesquisa abrange 123 estudantes matriculados no curso de
licenciatura em contabilidade e auditoria na faculdade de gestão de recursos florestais e
faunístico (FAGREFF), destes 25%, 20%, 30% e 25% são do 1 o, 2o, 3o e 4o ano,
respectivamente.

3.4 Participante
A amostra deste estudo contempla a participação de 23 estudantes do 4o ano do curso de
contabilidade e auditoria da FAGREFF, escolhidos por amostragem por conveniência:
sendo que a FAGREFF oferecem a componente de laboratório contabilístico no
primeiro semestre do 4o ano.

3.5 Técnicas e Instrumento de pesquisa:

3.5.1 Técnicas
Análise documental;

Observação participante.

3.5.2 Instrumentos
Os instrumentos que operacionalizam as técnicas são: Guia de entrevista, guia de
observação, gravador de som, máquina fotográfica.

3.6 Limitação de pesquisa


A pesquisa limita a uma única instituição do ensino superior, a universidade católica de
Moçambique, faculdade de gestão de recursos florestais e faunísticos com o foco na

15
percepção dos estudantes que cursaram a componente de laboratório contabilístico sobre
a contribuição das práticas profissionalizantes simuladas nesta disciplina.

3.7 Modelo de análise


Para a análise emprega-se a interpretação das fontes documentais.

16
CRONOGRAMA

CRONOGRAMA DO ANO 2022

Etapa da Pesquisa Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez.


Revisão bibliográfica
Primeiro contato com os professores
Catalogação das informações
Elaboração do questionário pedagógico-
metodológico aos professores
Aplicação dos questionários
Sistematização das informações colhidas
nos questionários
Análise dos dados
Cruzamento dos dados das entrevistas com
os colhidos nos documentos
Síntese e relatório final

17
ORÇAMENTO

CUSTEIO
Item Quantidade Preço Unitário TOTAL
Material de consumo (escritório) Variável Variável 500,00
Assistência à pesquisa: sistematização de 1 500 500
tabelas
Reprografia 10000 0,1 1000
Passagens e diárias Variável Variável 3500
SUBTOTAL - - 5500,00

CAPITAL
Item Quantidade Preço Médio TOTAL
Material bibliográfico (livros nacionais e 30 50,00 1500,00
importados)
Notebook 1 5000,00 5000,00
SUBTOTAL - - 6500,00

Custeio - - 5500,00
Capital - - 6500,00
TOTAL GERAL - - 12000,00

18
CONCLUSÃO

19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

20

Você também pode gostar