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Discente:
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CAPITULO I
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1.3. Justificativa
Em Moçambique a formação profissional há bem pouco tempo sofreu reformas
significativas porque era considerada obsoleta e irrelevante, e as instituições
consumidoras da mão de obra técnica recorriam à mão de obra estrangeira ou ao
sistema de formação profissional internacional para capacitar os técnicos já formados
nos Institutos Médios e Universidades nacionais. Porque de facto os técnicos
nacionais não eram expostos as ferramentas concretas do local do trabalho e
concluíam as suas formações técnicas com apenas conhecimentos teóricos.
É no contexto da situação acima citada que surgiu a necessidade de se reformular a
partir da base todo o sistema de formação técnica profissional, que resultou na
introdução de um modelo de formação baseada em competências, acompanhado pela
obrigatoriedade da realização de estágio curricular no decorrer do processo formativo
dos estudantes.
O local de pesquisa, o ISDB, é uma das instituições que lidera a implementação desta
reforma não só por implementar o modelo de formação baseado em competências,
mas também por ser pioneira na capacitação dos formadores provenientes das várias
instituições neste modelo de ensino (formação em certificado A, em certificado B e
em certificado C).
O resultado da pesquisa por realizar vai os permitir compreender o “como o estágio
curricular contribui no desenvolvimento de competências?” dos formandos que
servirá de amostra do sucesso das reformas e valorização do actual sistema educação
profissional a nível nacional.
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Descrever como o desenvolvimento de competências profissionais através do
profissionais?
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CAPÍTULO II:
2. Marco teórico
estágio (Bolhão, 2013). “Este tipo de estágio deve ter uma relação direta com o curso
formação profissional (Bolhão, 2013)”. Citada por: Catarina dos Santos Prado, (2020,
P.39).
situações práticas onde ele pode exercer de forma inicial a sua profissão e as funções
inerentes à mesma (Kunz, 1999; Melo Silva, 2003; Rocha-de-Oliveira & Piccinini,
Estas duas definições se complementam, sendo que a primeira está mais elaborada e
requeridas pela natureza do trabalho” (Peres & Ciampone, 2006, p.493). Citada por
Neste nosso trabalho vamo-nos cingir na primeira definição porque engloba todos as
A noção de competência não se refere apenas a uma resposta técnica à evolução dos
Até à década de 80, o termo competência estava associado a “aptidão, habilidade, ser
capaz de”, na visão pragmática das empresas. Nas escolas era usado para dar adjetivos
aos alunos, como capazes e incapazes de realizar as tarefas exigidas. Porém, com as
como mola propulsora. É o caso da gestão de mão de obra, onde novos conceitos e
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• Competências de base/Competências fundamentais: são as competências de
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deve ser entendido como uma estratégia de profissionalização e um mecanismo de
(Amorin et al, 1994; Bertelli 2002). Citado por Citado por Ana Filipa De Jesus
apenas um meio de formação das instituições de ensino e passa a ser reconhecido por
alocação do aluno em empresas reais munidas de situações práticas onde o ele pode
exercer de forma inicial a sua profissão e as funções inerentes à mesma (Kunz, 1999;
Melo Silva, 2003; Rocha-de Oliveira & Piccinini, 2012). Para muitos dos alunos, a
experiência no contexto real de trabalho e é fundamental para que o aluno possa ter
uma perceção do que realmente vai ser a sua profissão de futuro e daquilo que lhe é
diz respeito (Caires, 2001; Cardoso, Estêvão & Silva, 2006), citado por Catarina dos
pessoais em consonância.
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CAPÌTULO III: METODOLOGIA DO TRABALHO
COLOCAR CITACCAO
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3.2. Técnicas e instrumento de recolha de dados
a) Técnica de recolha de dados
A entrevista compreende o desenvolvimento e uma interação de significados em que
as características pessoais do entrevistador e do entrevistado influenciam
decisivamente em seu curso: “A entrevista nasce da necessidade que o investigador
tem de conhecer o sentido que os sujeitos dão aos seus atos e o acesso a esse
conhecimento profundo e complexo é proporcionado pelos discursos enunciados
pelos sujeitos.” (AIRES, 2015, p. 29).
Trata-se de um recurso delicado, em que o entrevistador tem de conseguir criar uma
atmosfera de confiança com o entrevistado, caso contrário, os resultados obtidos vão
ter pouca credibilidade. L. Aires menciona três características básicas que podem
diferenciar as entrevistas: “a) as entrevistas desenvolvidas entre duas pessoas ou com
um grupo; b) as entrevistas que abarcam um amplo conjunto de temas (biográficas) ou
que incide em um só tema (monotemáticas); c) as entrevistas que se diferenciam
consoante o maior ou menor grau de predeterminação ou de estruturação das questões
abordadas.” (AIRES, 2015, p. 28).
Entrevista Qualitativa: São entrevistas baseadas em perguntas abertas, podendo
estas dividirem-se em 3 tipos: conversação informal (mais ou menos estruturada),
guia de entrevista/semi-estruturada (inclui um protocolo, que não tem de ser aplicado
de forma ordenada), aberta padronizada, em que a formulação das questões pode ser
alterada, bastando para tanto que se extraia as visões e as opiniões dos participantes.
Ou seja, não se trata de um simples registo de falas já que “o papel do entrevistador
deve ser reflexivo, pois a renegociação permanente das regras implícitas ao longo da
interacção conduz à produção de um discurso polifónico.” (AIRES, 2015, p. 32).
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No processo de recolha de dados teremos entrevistas desenvolvidas entre duas
pessoas ou com um grupo, cujo alvo são estudantes recém graduados no ISDB ou que
estejam na fase de escrever, desde que tenham termininado o estágio curricular e
apresentado o respectivo relatório, (sem excluir os supervisores e os tutores), as
entrevistas serão semi-estruturadas e centradas nas principais questões de pesquisa.
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d) Bibliografia
Prado, C. Dos S. (2020), Formados e informados, Universidade de Lisboa.
Competências).
Silva, R., & Nascimento, I. (2013). Transição do Ensino Superior para o Mundo do
Gil A. C (2002), Como elaborar projectos de pesquisa, 4ª edição, São Paulo, Editora
Atlas S. A.
misto. Tradução Luciana de Oliveira da Rocha.. 2. ed.. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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