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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


CURSO DE GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA ELÉTRICA

SETEMBRO DE 2009
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3

2. PERFIL DO CURSO E DO EGRESSO ....................................................................... 6


2.1 Estrutura Curricular e Perfil de Formação ........................................................... 7
2.2 Requisitos para Integralização Curricular ............................................................ 12
2.3 Atividades Acadêmicas Curriculares ................................................................... 14
2.3.1 Disciplinas Curriculares Obrigatórias e Optativas ................................... 14
2.3.2 Trabalho de Conclusão de Curso e Estágio Curricular ............................ 21
2.3.3 Atividades Complementares .................................................................... 21
2.3.4 Tópicos em Engenharia Elétrica .............................................................. 28
2.4 Formação Complementar Específica (Certificados de Estudos) .......................... 30
2.4.1 Certificado de Estudos em Computação .................................................. 31
2.4.2 Certificado de Estudos em Controle de Processos ................................... 33
2.4.3 Certificado de Estudos em Eletrônica de Potência .................................. 35
2.4.4 Certificado de Estudos em Sistemas de Energia Elétrica ........................ 37
2.4.5 Certificado de Estudos em Telecomunicações ........................................ 40
2.4.6 Certificados de Estudos Abertos .............................................................. 42

3. FORMA DE INGRESSO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS ...... 44


3.1 Forma de Ingresso no Curso de Engenharia Elétrica ........................................... 44
3.2 Forma de Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem ............................. 44
3.3 Sistema de Avaliação do Projeto do Curso .......................................................... 45
3.4 Atividades Articuladas ao Ensino de Graduação ................................................. 46
3.4.1 Programas Especiais de Graduação ......................................................... 46
3.4.2 Programas de Monitoria de Graduação ................................................... 47
3.4.3 Programas de Educação Tutorial ............................................................. 49
3.5 Trabalho de Conclusão de Curso ......................................................................... 50
3.6 Estágio Curricular ................................................................................................ 51

4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEGAGÓGICA .......................................................... 53


4.1 Coordenação do Curso ......................................................................................... 53
4.2 Organização Acadêmico-Administrativa ............................................................. 54
4.3 Atenção aos Dicentes ........................................................................................... 55

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1. INTRODUÇÃO

As expectativas sociais com relação à construção de uma sociedade justa, pacífica e que possa
desfrutar de todos os desenvolvimentos científicos e tecnológicos dependem fortemente da
capacidade dessa sociedade construir e manter uma Universidade de qualidade. Entretanto, a
manutenção da identidade da Universidade como produtora e, efetivamente, disseminadora do
conhecimento, com o objetivo de liderar o desenvolvimento social, tem enfrentado um grande
desafio filosófico: como conciliar sua liberdade de pensamento tendo em vista as demandas de
uma sociedade cada dia mais impulsionada pelas necessidades de um mercado consumista e
imediatista.

Outro grande desafio que a Universidade vem enfrentando é a sua própria sobrevivência
física: ter projeto acadêmico, político e administrativo que seja consonante com recursos públicos
cada vez mais escassos, mantendo a qualidade de suas múltiplas atividades de produção científica
e de difusão do conhecimento gerado.

Em todo o mundo tem se verificado uma grande expansão do ensino superior. Isso
significa uma demanda gigantesca por novas vagas. No Brasil essa crescente demanda pode ser
entendida se levar em conta o crescimento da população jovem no país e também pela
sofisticação crescente do mercado de trabalho, ávido por indivíduos altamente qualificados com
habilidade para processar e usar informações. Vivencia-se um processo de “massificação do
ensino superior”, com os conseqüentes impactos na qualidade do mesmo. Reflexões importantes
que se impõem são: a) é possível suprir as vagas demandadas garantindo a manutenção da
qualidade? b) é possível a Universidade cumprir, neste ambiente, sua missão secular de geradora

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e repositório de conhecimento, ou seja, é possível manter a indissociabilidade entre pesquisa e
ensino.

Sob o ponto de vista do ensino, tem-se que considerar que a Universidade deve buscar
formas de assegurar um ensino que contemple a diversidade do conhecimento e que,
simultaneamente, em nível da individualidade e subjetividade do aluno, forme profissionais com
competência em áreas específicas e capazes de incorporar valores que propiciem o pleno
exercício de sua cidadania. Outra questão a considerar, ainda sobre o projeto pedagógico, é que
para responder positivamente sobre a possibilidade de se manter a indissociabilidade entre ensino
e pesquisa, deve-se saber incorporar os avanços científicos e tecnológicos na prática pedagógica.
Talvez seja oportuno, para se entender o tamanho do desafio a que está se referindo, citar Pierre
Lévy em sua obra Cybercultura, Editora Odile Jacob, França 1998: “O saber fluxo, o saber-
transação de conhecimento, as novas tecnologias da inteligência individual e coletiva estão
modificando profundamente os dados do problema da educação e da formação. O que deve ser
aprendido não pode mais ser planejado, nem precisamente definido de maneira antecipada. Os
percursos e os perfis de competência são, todos eles, singulares e está cada vez menos possível
canalizar-se em programas ou currículos que sejam válidos para todo o mundo.”

Vive-se atualmente um ambiente bastante propício para o repensar dos cursos de


graduação nas Instituições Federais de Ensino Superior. De um lado o Governo Federal tem
influenciado esse nível de ensino com medidas de longo alcance tais como a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), o Sistema Nacional de Avaliação e o ENADE, as Diretrizes
Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Engenharia e por último o REUNI. Por
outro lado, vive-se internamente um momento muito positivo em termos do amadurecimento da
política de Flexibilização Curricular definida pela Câmara de Graduação da UFMG.

Neste contexto, este documento apresenta o projeto político pedagógico do Curso de


Graduação em Engenharia Elétrica da UFMG, que se caracteriza por ter uma estrutura curricular
mais flexível e que incentiva a interação com a sociedade no sentido de se formar profissionais
com competência em áreas específicas e capazes de incorporar valores que propiciem o pleno
exercício da cidadania. É importante mencionar que este projeto é resultado de um conjunto de
reformas e análises curriculares do Curso iniciadas em 1999, que culminou com uma proposta de
um Curso cuja estrutura curricular permite a formação de um Engenheiro Eletricista com

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habilidades técnicas, que se caracterizam pela diversidade, atualidade e dinamismo, e com uma
visão crítica e ampla a respeito da sua inserção na sociedade. Com a finalidade de se adequar ao
avanço tecnológico da área e às demandas de um mercado competitivo, o Curso possui um
currículo continuamente atualizado. O currículo atual está centrado em duas características
básicas: abrangência e flexibilização. A abrangência visa a permitir uma formação ampla nas
diversas áreas que compõem o campo de conhecimentos da Engenharia Elétrica. O curso
engloba cinco grandes áreas de conhecimento: Computação, Controle de Processos, Eletrônica de
Potência, Sistemas de Energia Elétrica e Telecomunicações. Com a flexibilização curricular, o
curso permite que o aluno opte por direcionar sua formação para uma dessas especialidades ou
escolher um perfil de formação misto, combinando conhecimentos de mais de uma área, ou
ainda, dessas com áreas emergentes, tais como a Engenharia de Áudio, Engenharia Biomédica e
Fontes Alternativas de Energia. Assim sendo, as características abrangência e flexibilização
visam formar um Engenheiro Eletricista com alta qualificação técnica e com uma ampla atuação
profissional.

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2. PERFIL DO CURSO E DO EGRESSO

O Curso de Engenharia Elétrica da UFMG tem como objetivo formar engenheiros com sólido
preparo científico e tecnológico, com capacidade para absorver e desenvolver novas tecnologias,
estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas,
considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética
e humanística em atendimento às demandas da sociedade. O curso procura, de maneira efetiva,
desenvolver no seu aluno uma postura de permanente busca da atualização profissional. Para
atingir tal objetivo, o Curso conta com uma série de atividades em classe e extraclasse, que
permite ao aluno exercer a prática do conhecimento e desenvolver o espírito científico e
tecnológico.

O Curso de Graduação em Engenharia Elétrica procura formar engenheiros com as


seguintes competências e habilidades:

• Capacidade de conceber, desenvolver e analisar sistemas, produtos e processos;

• Capacidade para criar, analisar e utilizar modelos físicos e matemáticos


representativos de sistemas reais;

• Capacidade de planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos de engenharia;

• Capacidade para prover a operação e a manutenção de sistemas de engenharia;

• Capacidade de atuar em equipes multidisciplinares;

• Capacidade efetiva de comunicação oral e escrita em língua portuguesa e em pelo


menos uma língua estrangeira;

• Capacidade de síntese e análise, com o domínio dos códigos culturais, científicos,


tecnológicos, lingüísticos e matemáticos necessários para a interpretação da realidade;

• Capacidade de compreender as questões de ordem administrativa, legal, sócio-


econômica, moral, ética, cultural e ambiental, bem como aquelas decorrentes das
relações internacionais.

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O princípio geral para o estabelecimento da estrutura curricular do Curso de Engenharia
Elétrica é que ele deve evoluir de forma integrada com a sociedade, atendendo suas demandas,
mesmo aquelas mais prementes, sem perder de vista a liberdade de pensamento e a geração de
novos conhecimentos. A estrutura curricular é concebida tendo em vista a formação de um
Engenheiro Eletricista com habilidades técnicas, que se caracterizem pela diversidade, atualidade
e dinamismo, e com uma visão crítica e ampla a respeito da sua inserção na sociedade. Para isto,
o currículo é flexível e abrangente na sua estrutura e mais ágil nas suas transformações.

2.1 Estrutura Curricular e Perfil de Formação

Tendo em vista que o processo de aprendizado se torna cada dia mais amplo e complexo, o
Colegiado do Curso de Engenharia Elétrica da UFMG decidiu por estruturar o seu Currículo
dentro dos preceitos fundamentais de flexibilização estabelecidos pela Pró-Reitoria de Graduação
da UFMG dentre outras, quais sejam:

• O curso é um percurso com alternativas de trajetórias;

• O aluno tem um grau de liberdade, relativamente amplo, para definir o seu percurso;

• Os núcleos de conteúdos básicos e profissionalizantes da área de Engenharia Elétrica


são estruturados de maneira a se ter um número mínimo de atividades acadêmicas
obrigatórias, que são integradas, de forma articulada, com as atividades acadêmicas
básicas gerais;

• A estrutura curricular contempla, além de uma formação em área específica do saber,


uma formação complementar em outras áreas da Engenharia;

• Faz parte da estrutura do currículo o conceito de flexibilização horizontal, ou seja, o


aproveitamento de várias atividades acadêmicas diferenciadas para fins de
integralização curricular;

• A estrutura curricular permite ainda uma integração da Graduação com a Pós-


Graduação através de atividades acadêmicas comuns.

A aplicação destes preceitos, além de suas vantagens própria e inerente, proporcionou a


incorporação de outras substanciais vantagens ao currículo do curso, quais sejam:

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• Otimização da carga horária necessária para integralização do Curso;

• Minimização da cadeia de pré-requisitos;

• Eliminação significativa de superposição de conteúdos;

• Integração das atividades de formação básica com as atividades de formação


profissional, quebrando-se a sua rígida separação cronológica;

• Valorização de atividades integradoras nos trabalhos em laboratório, nos trabalhos de


conclusão curso e nas atividades do estágio curricular;

• Valorização de atividades desenvolvidas nas mobilidades estudantis de graduação


nacionais e internacionais, proporcionando ganhos científicos e tecnológicos na
interação com outras Universidades.

De uma forma mais quantitativa, as atividades acadêmicas curriculares mínimas


necessárias para a formação do Engenheiro Eletricista estão especificadas na Tabela I. Pela sua
análise pode-se concluir que o currículo passa a ter um perfil mais equilibrado entre as atividades
obrigatórias de formação básica e as atividades obrigatórias e optativas de formação profissional,
que coexistem na estrutura curricular de forma mais integrada.

A trajetória do aluno pelo curso é caracterizada pelos Certificados de Estudos (Formação


Complementar Pré-Estabelecida) e, opcionalmente, por um Certificado de Estudos Abertos
(Formação Complementar Aberta), que propicie uma adequação do saber específico em
Engenharia Elétrica a outro que o complemente. Os Certificados de Estudos são obrigatórios e
definem as possibilidades de percursos de formação mínima do aluno no curso. Estes
certificados podem ser unicamente de formação específica em Engenharia Elétrica ou mesmo
contemplar uma formação mista, adequadamente articulada entre uma formação específica e uma
formação complementar.

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Tabela I: Atividades curriculares mínimas para integralização do Curso de Graduação em
Engenharia Elétrica (1 crédito = 15 horas).

Tipo de Atividade Créditos por Período Créditos Totais

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º - 10º
Atividades Obrigatórias 17 25 15 12 2 - - 4 75 (31,25%)
Núcleo de Conteúdos Básicos
Atividades Obrigatórias 3 - 5 10 21 25 10 - 74 (30,83%)
Núcleo de Conteúdos
Profissionalizantes
Atividades Optativas - - - - - - 12 26 38 (15,83%)
Núcleo de Conteúdos Específicos
(Certificado de Estudos)
Atividades Optativas - - 4 - - - - 30 34 (14,17%)
Núcleo de Conteúdos Específicos
(Outras Áreas da Eng. Elétrica)
Trabalho de Conclusão de Curso - - - - - - - 6 6 (2,50%)
Estágio Curricular (180 horas - - - - - - - 13 13 (5,42%)
cumpridas no Campo de Estágio)
Total 20 25 24 22 23 25 22 79 240 (100%)

A estrutura curricular do curso propõe cinco Certificados de Estudos pré-estabelecidos,


quais sejam:

• Computação;

• Controle de Processos;

• Eletrônica de Potência;

• Sistemas de Energia Elétrica;

• Telecomunicações.

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Os quatro últimos certificados são de formação específica e o primeiro combina uma formação
específica em Engenharia Elétrica com uma formação complementar na área de Ciência da
Computação. Neste caso esta formação complementar é também pré-estabelecida.

O currículo permite também que o aluno construa sua própria trajetória (Certificado de
Estudos Abertos), mas neste caso deverá obter aprovação prévia e a orientação de um professor.
As disciplinas que fizerem parte desta trajetória alternativa e que pertençam a outras áreas de
conhecimento da UFMG passam a integralizar créditos para o Certificado de Estudos. Atualmente
o Curso de Engenharia Elétrica possuem os seguintes Certificados Abertos:

• Engenharia Biomédica;

• Engenharia de Áudio;

• Fontes Alternativas de Energia.

O currículo, como proposto, permite ainda que a sua estrutura seja complementada com as
seguintes atividades acadêmicas optativas:

• Disciplinas de outras áreas do conhecimento da Engenharia.

• Disciplinas de Formação Livre, que permite ao aluno ampliar sua formação em


qualquer campo do conhecimento com base estrita no seu interesse individual. Nessa
concepção, o aluno buscará obter créditos em atividade acadêmica curricular
regulamentar de qualquer curso e sem nenhuma conexão aparente com a linha básica de
atuação do curso. O aluno utilizará o artifício de disciplina eletiva, que será
posteriormente reconhecida pelo Colegiado do Curso.

• Disciplinas de Línguas Estrangeiras, tais como Inglês Instrumental, Alemão e Francês.


O aluno também utilizará o artifício de disciplina eletiva, que será posteriormente
reconhecida pelo Colegiado do Curso.

• Atividades extraclasses, tais como Projetos Acadêmicos de Graduação, Programas de


Monitoria, Projetos de Educação Tutorial (PET), Projetos de Iniciação Tecnológica,
Projetos de Iniciação Científica, Projetos de Extensão Universitária, Produção
Científica e Tecnológica e Atividades à Distância. Todas estas atividades são

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devidamente reconhecidas pelo Colegiado integralizando créditos na formação do
aluno.

A Figura 1 apresenta o perfil de formação típica para qualquer um dos Certificados, pré-
estabelecidos ou abertos, em termos da carga horária padrão sugerida para o aluno e sua
distribuição entre os vários tipos de atividades curriculares. A carga horária padrão por período
sugerida é de no máximo 375 horas (25 créditos). Pode-se observar uma boa distribuição da carga
horária entre os vários núcleos de conteúdos que compõem a estrutura curricular do Curso e sua
integração com o Estágio Curricular Obrigatório (EC) e com o Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC). A realização do EC está prevista no 9o período, enquanto que a realização do TCC está
prevista no 10o período. Entretanto, estas duas atividades podem ser realizadas a qualquer
momento a partir do 8o período. Outro ponto importante a ser lembrado é que o aluno tem a
liberdade de definir sua carga horária em disciplinas do Certificado de Estudos e em disciplinas
optativas ao longo do 8o, 9o e 10o períodos.

Figura 1: Distribuição da carga horária entre as atividades curriculares ao longo dos dez períodos. A carga
horária padrão por período é de no máximo 375 horas (25 créditos).

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2.2 Requisitos para Integralização Curricular

A seguir são apresentados os requisitos necessários para o aluno obter o diploma de Bacharel em
Engenharia Elétrica pela UFMG.

A carga horária máxima por período é de 420 horas. Estabelecendo o valor de 1 crédito
equivalente a 15 horas, o número máximo de créditos é 28. Entretanto, sugere-se que a carga
horária padrão por período fique em torno de 375 horas (25 créditos). A carga horária mínima é de
225 horas (15 créditos).

O aluno, para integralizar seu Curso, deve cumprir os seguintes grupos:

• Núcleo de Conteúdos Básicos: composto das atividades obrigatórias da Ciência da


Computação, Estatística, Física, Matemática, Humanidades e Engenharia. Carga
horária: 1.125 horas (75 créditos).

• Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes: composto de atividades de formação em


Engenharia Elétrica e de outras Engenharias. Este conjunto de atividades define uma
formação generalista em Engenharia Elétrica, preparando o aluno para uma formação
específica ao final do Curso. Carga horária: 1.110 horas (74 créditos).

• Núcelo de Conteúdos Específicos – Certificados de Estudos: composto de atividades


que definem uma formação específica para o aluno dentro da área de Engenharia
Elétrica e, opcionalmente, dentro de uma formação aberta que a complemente. Os
Certificados de Estudos formalizam a flexibilização vertical para o aluno no Curso.
Todo aluno tem que definir um Certificado de Estudos e, consequentemente, uma
trajetória de formação. O aluno poderá optar por uma formação pré-estabelecida ou
realizar um projeto de formação aberta com aprovação do Colegiado de Curso. Neste
núcleo são válidas as atividades de Estudos Avançados, que permite o aluno cursar
disciplinas na Pós-Graduação na área do Certificado de Estudos escolhido. Carga
horária: 520 horas (38 créditos).

• Núcleo de Conteúdos Específicos – Optativas Gerais: este agrupamento é composto das


atividades que complementam a formação do Engenheiro Eletricista em outras áreas da

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Engenharia Elétrica, diferente daquela definida pelo Certificado de Estudos. São
válidas neste grupo as atividades de formação complementar, formalizando a
flexibilização horizontal para o aluno no Curso. Carga horária: 510 horas (34
créditos).

• Estágio Curricular: o aluno terá que cumprir também uma atividade de Estágio
Curricular supervisionada. Dentre as atitudes que se pretende que o aluno desenvolva
nas atividades de estágio destacam-se:

o Analisar o exercício da atividade profissional em empresas de engenharia elétrica;

o Obter experiência de trabalho, envolvendo informações e conhecimentos de


aplicação prática, que possam contribuir para formação profissional;

o Analisar as diretrizes da empresa e seu modo de funcionamento relacionado com o


exercício profissional;

o Discutir valores pessoais e de trabalho que possam ter contribuído para tornar mais
clara a escolha profissional;

o Examinar o relacionamento humano e o trabalho em equipe;

o Analisar as questões de ética profissional na empresa;

o Comparar a inovação tecnológica na empresa e as metodologias de trabalho;

o Analisar a utilização do tempo na organização empresarial.

A carga horária a ser cumprida no campo de estágio deve ser no mínimo 180 horas
Uma carga-horária de 15 horas é exigida para acompanhamento em sala de aula. Carga
horária: 15 horas + 180 horas = 195 horas (13 créditos).

• Trabalho de Conclusão de Curso: o aluno deverá também realizar um trabalho final de


curso. Este trabalho é uma atividade obrigatória, individual e relatada sob a forma de
trabalho científico (monografia ou artigo) sobre qualquer área do conhecimento da
Engenharia Elétrica. Esta atividade de fim de curso deve refletir um trabalho de
síntese, preferencialmente dentro da área de atuação de seu Certificado de Estudos,
mostrando que o aluno está habilitado para exercer as atribuições de um engenheiro
eletricista. O trabalho final de curso está dividido em duas etapas. Na primeira etapa, o

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aluno irá cursar a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I, com carga
horária de 30 horas. Ao final desta disciplina, o aluno apresentará sua proposta de
Trabalho Final de Curso. No semestre subseqüente, o aluno irá cursar a disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso II, com carga horária de 60 horas (15 horas de
acompanhamento em sala de aula e 45 horas de atividades extraclasse). Carga horária:
30 horas + 60 horas = 90 horas (6 créditos).

Em resumo, o aluno, para integralizar o Curso, precisará cumprir uma carga horária total de
3.600 horas (240 créditos), atendendo as exigências estabelecidas pelas Resoluções
MEC/CNE/CES 2 e 3 de 2007, bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução
CNE/CSE 11 de 2002).

2.3 Atividades Acadêmicas Curriculares

A estrutura curricular do Curso de Engenharia Elétrica é composta por atividades obrigatórias,


optativas e de formação complementar, que permite o aluno exercer a prática do conhecimento e
desenvolver o espírito científico e tecnológico. Estas atividades são descritas a seguir.

2.3.1 Disciplinas Curriculares Obrigatórias e Optativas

A Tabela II apresenta a relação de disciplinas do Curso de Engenharia Elétrica que compõem os


núcleos de conteúdos básicos, profissionalizantes e específicos citados na Seção 2.2. Estas
disciplinas estão agrupadas da seguinte forma:

• Disciplinas que compõem o Núcleo de Conteúdos Básicos;

• Disciplinas que compõem o Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes;

• Disciplinas que compõem o Núcleo de Conteúdos Específicos;

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Tabela II: Relação de disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Engenharia Elétrica agrupadas em
núcleos de formação básica, profissionalizante e específica.

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS

DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO BÁSICA


DCC003 Algoritmos e Estruturas de Dados I 60 0 60 4 OB
DCC004 Algoritmos e Estruturas de Dados II 60 0 60 4 OB
DCC033 Análise Numérica 60 0 60 4 OB
ENGnn1 Formação em Ciências Humanas I 60 0 60 4 OB
ENGnn2 Formação em Ciências Humanas II 60 0 60 4 OB
EQM044 Fenômenos de Transporte 45 0 45 3 OB
EST045 Probabilidades e Processos 60 0 60 4 OB
Estocásticos
FIS054 Introdução à Física Experimental 0 45 45 3 OB
FIS060 Física Experimental EO 0 45 45 3 OB
FIS065 Fundamentos de Mecânica 60 0 60 4 OB
FIS066 Fundamentos da Termodinâmica 30 0 30 2 OB
FIS069 Fundamentos de Eletromagnetismo 60 0 60 4 OB
FIS086 Fundamentos de Oscilações, Ondas e 60 0 60 4 OB
Óptica
FIS088 Fundamentos de Física Quântica 30 0 30 2 OB
MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I 90 0 90 6 OB
MAT002 Cálculo Diferencial e Integral III 60 0 60 4 OB
MAT015 Equações Diferenciais A 60 0 60 4 OB
MAT016 Equações Diferenciais B 60 0 60 4 OB
MAT038 Geometria Analítica e Álgebra Linear 60 0 60 4 OB
MAT039 Cálculo Diferencial e Integral II 60 0 60 4 OB

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Tabela II: Relação de disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Engenharia Elétrica agrupadas em
núcleos de formação básica, profissionalizante e específica (continuação).

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS

DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE


EEE001 Introdução à Engenharia Elétrica 15 0 15 1 OB
EEEnn1 Introdução ao Projeto em Engenharia 60 15 45 4 OB
ELE001 Eletromagnetismo 60 0 60 4 OB
ELE028 Lab. de Circuitos Elétricos I 0 30 30 2 OB
ELE029 Sistemas de Medição 60 30 30 4 OB
ELE031 Lab. de Circuitos Elétricos II 0 45 45 3 OB
ELE032 Teoria dos Materiais 60 0 60 4 OB
ELE033 Circuitos Polifásicos e Magnéticos 45 15 60 4 OB
ELE034 Conversão da Energia 60 0 60 4 OB
ELE035 Lab. de Conversão da Energia 0 30 30 2 OB
ELE042 Processamento de Sinais 60 0 60 4 OB
ELE064 Análise de Circuitos Elétricos I 30 0 30 2 OB
ELE065 Análise de Circuitos Elétricos II 30 0 30 2 OB
ELE066 Análise de Circuitos Elétricos III 30 0 30 2 OB
ELT005 Sistemas Processadores e Periféricos 45 30 75 5 OB
ELT032 Análise de Sistemas Lineares 60 0 60 4 OB
ELT035 Controle de Sistemas Lineares 60 0 60 4 OB
ELTnn1 Sistemas Digitais 45 0 45 3 OB
ELTnn2 Dispositivos e Circuitos Eletrônicos 60 0 60 4 OB
Básicos
ELTnn3 Circuitos Eletrônicos Analógicos 60 0 60 4 OB
ELTnn4 Lab. de Circuitos Eletrônicos I 0 45 45 3 OB
ELTnn5 Lab. de Circuitos Eletrônicos II 0 45 45 3 OB
ELTnn6 Teoria de Comunicações 45 0 45 3 OB
ELTnn7 Lab. de Comunicações 0 30 30 2 OB

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Tabela II: Relação de disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Engenharia Elétrica agrupadas em
núcleos de formação básica, profissionalizante e específica (continuação).

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS

DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA (DISCIPLINAS OPTATIVAS)


DCC008 Software Básico 60 0 60 4 OP
DCC010 Compiladores 60 0 60 4 OP
DCC011 Introdução a Bancos de Dados 60 0 60 4 OP
DCC017 Introdução à Arquitetura de 60 0 60 4 OP
Computadores
DCC024 Linguagens de Programação 60 0 60 4 OP
DCC038 Programação Orientada a Objetos 60 0 60 4 OP
DCC129 Fundamentos da Teoria da 60 0 60 4 OP
Computação
DCC603 Engenharia de Software 60 0 60 4 OP
DCC605 Sistemas Operacionais 60 0 60 4 OP
ECNnn1 Introdução a Economia 30 0 30 2 OP
EEE004 Interfaces para Microcomputadores 45 0 45 3 OP
EEE006 Tecnologia de Dispositivos 60 0 60 4 OP
Semicondutores
EEEnn5 Redes Neurais Artificiais 30 0 30 2 OP
EEEnn6 Sistemas Nebulosos 30 0 30 2 OP
EEEnn7 Fundamentos de Energias Alternativas 45 0 45 3 OP
EEEnn8 Instrumentação Biomédica 60 0 60 4 OP
EEEnn9 Modelagem e Simulação de Sistemas 60 0 60 4 OP
a Eventos Discretos
EEEnn10 Projeto de Sistemas Embutidos 60 0 60 4 OP
EEEnn11 Projetos de Sistemas VLSI 60 0 60 4 OP
EHD002 Máquinas Hidráulicas 60 0 60 4 OP
EHD003 Usinas Hidroelétricas 60 0 60 4 OP

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Tabela II: Relação de disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Engenharia Elétrica agrupadas em
núcleos de formação básica, profissionalizante e específica (continuação).

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS

DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA (DISCIPLINAS OPTATIVAS)


ELE002 Aterramentos Elétricos 60 0 60 4 OP
ELE036 Aplicações de Processamento Paralelo 45 0 45 3 OP
ELE037 Otimização 60 0 60 4 OP
ELE038 Projeto Assistido por Computador 60 0 60 4 OP
ELE039 Acionamentos Elétricos 60 0 60 4 OP
ELE040 Laboratório de Acionamentos 0 45 45 3 OP
Elétricos
ELE041 Manipulares Robóticos 60 0 60 4 OP
ELE043 Compatibilidade Eletromagnética 30 30 60 4 OP
ELE044 Conservação de Energia 45 0 45 3 OP
ELE045 Geração de Energia Elétrica 60 0 60 4 OP
ELE046 Qualidade da Energia Elétrica 45 0 45 3 OP
ELE047 Tecnologia de Máquinas Elétricas 45 0 45 3 OP
ELE048 Veículos Elétricos e Híbridos 45 0 45 3 OP
ELE049 Análise de Sistemas Elétricos de 60 0 60 4 OP
Potência
ELE050 Transitórios em Sistemas de Energia 60 0 60 4 OP
Elétrica
ELE051 Automação de Sistemas Elétricos de 45 0 45 3 OP
Potência
ELE052 Coordenação de Isolamento 45 0 45 3 OP
ELE053 Estabilidade de Sistemas de Energia 45 0 45 3 OP
Elétrica
ELE054 Instalações Elétricas Residenciais e 30 30 60 4 OP
Prediais
ELE055 Planejamento de Sistemas de Energia 45 0 45 3 OP
Elétrica
ELE056 Proteção Digital de Sistemas Elétricos 60 0 60 4 OP
ELE057 Supervisão e Controle de Sistemas de 45 0 45 3 OP
Energia Elétrica

18
Tabela II: Relação de disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Engenharia Elétrica agrupadas em
núcleos de formação básica, profissionalizante e específica (continuação).

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS

DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA (DISCIPLINAS OPTATIVAS)


ELE058 Campos e Ondas 45 0 45 3 OP
ELE059 Fundamentos de Engenharia 60 0 60 4 OP
Biomédica
ELE061 Desenho Técnico 60 0 60 4 OP
ELE062 Distribuição de Energia Elétrica 45 0 45 3 OP
ELE614 Técnicas de Alta Tensão 30 15 45 3 OP
ELE618 Sistemas Elétricos Industriais 45 15 60 4 OP
ELEnn5 Descargas Atmosféricas e Proteção 60 0 60 4 OP
Elétrica
ELT008 Informática Industrial 30 30 60 4 OP
ELT010 Instrumentação Industrial 45 0 45 3 OP
ELT011 Sistemas Distribuídos para 30 0 30 2 OP
Automação
ELT012 Automação em Tempo Real 45 0 45 3 OP
ELT013 Controle Digital 60 0 60 4 OP
ELT014 Laboratório de Controle e Automação 0 60 60 4 OP
I
ELT015 Laboratório de Controle e Automação 0 60 60 4 OP
II
ELT016 Técnicas de Modelagem de Sistemas 30 0 30 2 OP
Dinâmicos
ELT017 Controle Estocástico de Processos 30 0 30 2 OP
ELT018 Introdução ao Controle Adaptativo 30 0 30 2 OP
ELT036 Fundamentos de Redes de 60 0 60 4 OP
Comunicação
ELT037 Multimídia 60 0 60 4 OP
ELT039 Técnicas de Controle de Processos 45 0 45 3 OP
Industriais
ELT040 Eletrônica de Potência 60 0 60 4 OP
ELT042 Laboratório de Eletrônica de Potência 0 45 45 3 OP

19
Tabela II: Relação de disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Engenharia Elétrica agrupadas em
núcleos de formação básica, profissionalizante e específica (continuação).

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS

DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA (DISCIPLINAS OPTATIVAS)


ELT043 Fontes de Alimentação CC e CA 45 0 45 3 OP
ELT044 Teoria da Irradiação e Ondas Guiadas 60 0 60 4 OP
ELT046 Antenas 45 30 75 5 OP
ELT047 Comunicações Digitais 60 0 60 4 OP
ELT048 Comunicações Móveis 60 0 60 4 OP
ELT049 Comunicações Ópticas 60 0 60 4 OP
ELT050 Microondas 60 0 60 4 OP
ELT051 Propagação de Ondas de Rádio 60 0 60 4 OP
ELT052 Redes de Telecomunicações 45 30 75 5 OP
ELT053 Transmissão de Dados 45 0 45 3 OP
ELTnn8 Projetos com Amplificadores 45 0 45 3 OP
Operacionais e Circuitos Analógicos
Integrados
ELTnn9 Redes TCP/IP 60 0 60 4 OP
ELTnn10 Sistemas Especialistas 30 0 30 4 OP
ELTnn11 Controle Multivariável 30 0 30 2 OP
ELTnn12 Análise e Controle de Sistemas Não 30 0 30 2 OP
Lineares
ENU005 Metodologias e Modelos de 60 0 60 4 OP
Planejamento Energético
ENUnn1 Fundamentos de Energia Nuclear 45 0 45 3 OP
EPD001 Organização Industrial para 60 0 60 4 OP
Engenharia
EPD034 Sistemas de Desenvolvimento do 60 0 60 4 OP
Produto
EPD035 Planejamento da Produção 60 0 60 4 OP
EPDnn1 Engenharia Econômica 30 0 30 2 OP

20
Tabela II: Relação de disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Engenharia Elétrica agrupadas em
núcleos de formação básica, profissionalizante e específica (continuação).

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS

DISCIPLINAS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA (DISCIPLINAS OPTATIVAS)


FIS091 Fundamentos da Teoria da 30 0 30 2 OP
Relatividade
FISnn1 Fundamentos de Elasticidade e 30 0 30 2 OP
Hidrodinâmica
MAT118 Variável Complexa 60 0 60 4 OP

2.3.2 Trabalho de Conclusão de Curso e Estágio Curricular

A Tabela III apresenta a relação de disciplinas que deverão ser realizadas para cumprimento do
trabalho final de Curso e do estágio curricular obrigatório. O Colegiado de Curso deverá
regulamentar a realização destas atividades através de resolução específica.

Tabela III: Relação das disciplinas de Trabalho de Conclusão de Curso e de Estágio Curricular no Curso de
Engenharia Elétrica.

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS


EEEnn2 Trabalho de Conclusão de Curso I 15 15 30 2 OB
EEEnn3 Trabalho de Conclusão de Curso II 15 45 60 4 OB
EEEnn4 Estágio Curricular 15 180 195 13 OB

2.3.3 Atividades Complementares

A Tabela IV apresenta a relação das janelas de créditos nas quais podem ser aproveitadas as
atividades complementares do Curso de Engenharia Elétrica. As seguintes atividades são previstas
e descritas a seguir: programas de iniciação científica, projetos acadêmicos de graduação,
programas de monitoria (programa de iniciação a docência), projetos de iniciação tecnológica
(projetos orientados), projetos de extensão, produção científica e tecnológica, atividades

21
acadêmicas à distância, atividades de formação livre, formação em língua estrangeira e vivência
profissional complementar. Estes créditos, aproveitados em atividades complementares, compõem
o núcleo de conteúdos específicos (optativas gerais).

Tabela IV: Relação das janelas de créditos onde podem ser aproveitadas as atividades de formação
complementar do Curso de Engenharia Elétrica.

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS


ENG017 Programa de Iniciação Científica I 30 0 30 2 OP
ENG018 Programa de Iniciação Científica II 15 0 15 1 OP
ENG019 Projeto Orientado I 15 0 15 1 OP
ENG020 Projeto Orientado II 15 0 15 1 OP
ENG021 Projeto de Extensão I 15 0 15 1 OP
ENG022 Projeto de Extensão II 15 0 15 1 OP
ENG023 Programa de Iniciação a Docência 15 0 15 1 OP
ENG024 Produção Científica I 15 0 15 1 OP
ENG025 Produção Científica II 15 0 15 1 OP
ENG026 Atividade a Distância I 30 0 30 2 OP
ENG027 Atividade a Distância II 15 0 15 1 OP
ENG028 Formação Livre I 60 0 60 4 OP
ENG029 Formação Livre II 60 0 60 4 OP
ENG102 Vivência Profissional Complementar 0 30 30 2 OP
ENGnn1 Programa Acadêmico de Graduação I 15 0 15 1 OP
ENGnn2 Programa Acadêmico de Graduação II 15 0 15 1 OP
ENGnn3 Formação em Língua Estrangeira I 60 0 60 4 OP
ENGnn4 Formação em Língua Estrangeira II 60 0 60 4 OP

Programa de Iniciação Científica

Entende-se por Programa de Iniciação Científica atividades realizadas pelo aluno em um mesmo
projeto de pesquisa, com duração mínima de um ano e que estejam sob a orientação de professor
efetivo do quadro docente da UFMG. O aluno poderá pleitear a integralização de até dois
Programas de Iniciação Científica realizados em um mesmo ou em diferentes projetos de pesquisa,

22
computando-se dois créditos para o primeiro e um crédito para o segundo. É válido ressaltar que,
no caso de Programas de Iniciação Científica realizados sem concessão de bolsas, o plano de
trabalho detalhado, incluindo cronograma de atividades, deverá ser submetido ao Colegiado de
Curso para aprovação prévia. A solicitação de atribuição de créditos nesta atividade deverá conter,
obrigatoriamente:

• Formulário de indicação do bolsista assinado pelo orientador, indicando órgão de


fomento financiador da bolsa ou plano de trabalho aprovado previamente pelo
Colegiado de Curso, para os casos de programas sem bolsa;

• Monografia desenvolvida pelo aluno detalhando as atividades técnicas realizadas, sua


relevância e justificativas técnicas, metodologia de trabalho e principais resultados,
devidamente aprovada por seu orientador;

• Avaliação das atividades desenvolvidas pelo orientador, com atribuição de nota e


conceito;

• Comprovante de apresentação do trabalho desenvolvido em uma Mostra de Trabalhos


de Iniciação Científica, como por exemplo, a Semana de Graduação da UFMG.

Projetos Acadêmicos de Graduação

Entende-se por Programas Acadêmicos, as atividades técnicas desenvolvidas pelo aluno no âmbito
dos Programas Especiais de Graduação (PEG) e nos Programas de Educação Tutorial (PET). Tais
programas, desenvolvidos nos Departamentos de Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica e de
Ciência da Computação da UFMG ou no Colegiado do Curso de Engenharia Elétrica, têm duração
mínima de um semestre letivo sob a orientação de um professor vinculado a esses Departamentos
ou indicado pelo Colegiado de Curso. O aluno poderá pleitear a integralização de um crédito por
Programa Acadêmico por semestre letivo e no máximo dois créditos nesta atividade. O plano de
trabalho detalhado, incluindo cronograma de atividades, deverá ser submetido ao Colegiado de
Curso para aprovação prévia. A solicitação de atribuição de créditos nesta atividade deverá conter,
obrigatoriamente:

• Plano de trabalho aprovado previamente pelo Colegiado de Curso;

23
• Relatório conclusivo elaborado pelo aluno sobre as atividades desenvolvidas no
Projeto, devidamente analisado e aprovado pelo professor orientador;

• Avaliação das atividades desenvolvidas pelo orientador, com atribuição de nota e


conceito.

Programa de Iniciação a Docência

Entende-se por Programa de Iniciação a Docência os Programas de Monitoria desenvolvimentos


nos departamentos que ofertam disciplinas para o Curso de Engenharia Elétrica, especialmente os
Departamentos de Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica e de Ciência da Computação, com
duração mínima de um semestre letivo sob a orientação de um professor vinculado a esses
Departamentos ou indicado pelo Colegiado de Curso. O aluno poderá pleitear a integralização de
no máximo um crédito nesta atividade. O plano de trabalho detalhado, incluindo cronograma de
atividades, deverá ser submetido ao Colegiado de Curso para aprovação prévia. A solicitação de
atribuição de créditos nesta atividade deverá conter, obrigatoriamente:

• Plano de trabalho aprovado previamente pelo Colegiado de Curso;

• Relatório conclusivo elaborado pelo aluno sobre as atividades desenvolvidas no


Projeto, devidamente analisado e aprovado pelo professor orientador;

• Avaliação das atividades desenvolvidas pelo orientador, com atribuição de nota e


conceito.

Projetos de Iniciação Tecnológica

Entende-se por Projetos de Iniciação Tecnológica ou Projetos Orientados, as atividades técnicas


desenvolvidas pelo aluno relativas à elaboração de projetos no campo da Engenharia Elétrica e
seus domínios conexos, com duração mínima de um semestre letivo, sob a orientação de um
professor pertencente ao quadro docente da UFMG e matrícula regular no período estabelecido em
calendário. Procura-se incentivar neste tipo de atividade a inovação tecnológica e a geração de
novas idéias. Para efetivar a matrícula nesta atividade, o plano de trabalho detalhado, incluindo
cronograma de atividades, deverá ser submetido ao Colegiado de Curso para aprovação prévia. O

24
aluno poderá pleitear a integralização de até dois Projetos Orientados, não realizados
simultaneamente, computando-se um crédito para cada uma das atividades. A solicitação de
atribuição de créditos nesta atividade deverá conter, obrigatoriamente:

• Plano de trabalho aprovado previamente pelo Colegiado de Curso;

• Relatório Técnico conclusivo elaborado pelo aluno sobre as atividades desenvolvidas


no Projeto;

• Formulário de avaliação do relatório apresentado, pelo orientador, registrando nota e


conceito final atribuídos;

• Comprovante de apresentação do trabalho desenvolvido em uma Mostra de Trabalhos


de Iniciação Científica, como por exemplo, a Semana de Graduação da UFMG.

Projetos de Extensão

Entende-se por Projeto de Extensão, as atividades técnicas desenvolvidas pelo aluno, no âmbito de
um projeto desenvolvido de interesse da sociedade, no campo da Engenharia Elétrica e seus
domínios conexos, com duração mínima de um semestre letivo, sob a orientação de um professor
pertencente ao quadro docente da UFMG. O aluno poderá pleitear a integralização de até dois
Projetos de Extensão, não realizados simultaneamente, computando-se um crédito para cada uma
das atividades. É importante lembrar que o plano de trabalho detalhado, incluindo cronograma de
atividades, deverá ser submetido ao Colegiado de Curso para aprovação prévia. A solicitação de
atribuição de créditos nesta atividade deverá conter, obrigatoriamente:

• Plano de trabalho aprovado previamente pelo Colegiado de Curso;

• Relatório Técnico conclusivo elaborado pelo aluno sobre as atividades desenvolvidas


no Projeto, devidamente analisado e aprovado pelo professor orientador;

• Avaliação das atividades desenvolvidas pelo orientador, com atribuição de nota e


conceito.

25
Produção Científica e Tecnológica

Entende-se por Produção Científica e Tecnológica, as atividades desenvolvidas pelos alunos que
resultem em:

• Trabalho Completo em Anais de Congresso, quando esta atividade se traduzir na


publicação de trabalho completo em evento científico com edição de anais, tipicamente
freqüentado por pesquisadores graduados, onde o aluno figura obrigatoriamente como
um dos autores.

• Artigo Completo em Periódico Científico, quando esta atividade se traduzir na


publicação de trabalho completo em periódico com corpo editorial e sistema de
aceitação de trabalhos através de revisão pelos pares, onde o aluno figura
obrigatoriamente com um dos autores do trabalho.

O aluno poderá pleitear a integralização de até um crédito por Produção Científica,


computando-se o máximo de dois créditos em atividades desta natureza. O Colegiado do Curso
atribuirá nota e conceito à atividade, valorizando prioritariamente o envolvimento do aluno no
trabalho e em sua apresentação, quando se referir a eventos científicos. Os critérios de avaliação
dos trabalhos de produção científica são apresentados na Tabela V. A solicitação de atribuição de
créditos nesta atividade deverá conter, obrigatoriamente:

• Cópia completa do trabalho científico publicado, com todos os dados bibliográficos


necessários à identificação e conceituação do evento ou periódico;

• Declaração emitida pelo docente, um dos autores do trabalho, e responsável pela


orientação do aluno, destacando seu envolvimento na atividade.

26
Tabela V: Critérios de avaliação dos trabalhos de produção científica e tecnológica dos alunos do Curso de
Graduação em Engenharia Elétrica da UFMG.

Tipo de Produção Científica Notas

P1 = Artigos em conferências regionais 60 (sessenta)

P2 = Artigos em conferências nacionais (ex. CBA, COBEP, CBMag etc.) 70 (setenta)

P3 = Artigos em conferências internacionais (ex. IEEE, IFAC, etc., desde 80 (oitenta)


que realizadas no exterior)

P4 = Artigos em revistas de divulgação técnica (ex. InTech, Eletricidade 80 (oitenta)


Moderna, etc.)

P5 = Artigos em revistas nacionais de cunho científico (ex. 90 (noventa)


Controle&Automação, Ciência e Engenharia, etc.)

P6 = Artigos em revistas internacionais de cunho científico 100 (cem)

Observação: nos casos P1 a P3, quando o trabalho for apresentado pelo(a) aluno(a), serão
acrescidos mais 20 (vinte) pontos.

Atividade Acadêmica à Distância

Entende-se por Atividade Acadêmica à Distância ou Ensino à Distância, as atividades de formação


desenvolvidas pelo aluno em Engenharia Elétrica e em seus domínios conexos, não previstas no
núcleo central do curso e efetuadas em forma não-presencial. O aluno poderá pleitear a
integralização de até três créditos por semestre letivo em atividades desta natureza. O plano de
estudos deverá ser submetido ao Colegiado de Curso para aprovação prévia e deverá conter a
definição do tema técnico objeto central do curso, justificativas, cronograma de atividades,
instituição responsável pela atividade e forma de avaliação. Em caso de aprovação, o Colegiado
do Curso indicará um professor tutor e o número de créditos validados para a atividade. O
professor tutor será responsável pelo acompanhamento e avaliação da atividade, atribuindo-lhe ao
final nota e conceito equivalente.

27
Atividades de Formação Livre

Os alunos do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica poderão obter créditos em disciplinas de


Formação Livre, permitindo-o ampliar sua formação em qualquer campo do conhecimento,
distinto da área de Engenharia Elétrica, com base estrita em seu interesse individual, contadas a
partir do ingresso do aluno no curso. Nessa modalidade, o aluno poderá obter um máximo de oito
créditos cursados em atividades acadêmicas curriculares semestrais, programadas por qualquer
outro curso da UFMG. Para obtenção de créditos nessa atividade, o aluno deverá se matricular em
disciplina eletiva no curso correspondente que será reconhecida pelo Colegiado do Curso, em caso
de aprovação.

Atividades de Formação em Língua Estrangeira

Os alunos do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica poderão obter créditos em disciplinas de


línguas estrangeiras, especialmente inglês instrumental, francês e alemão ou outra formação em
línguas de seu interesse individual, contadas a partir do ingresso do aluno no curso. Nessa
modalidade, o aluno poderá obter um máximo de oito créditos cursados em disciplinas de línguas
estrangeiras programadas por qualquer outro curso da UFMG. Para obtenção de créditos nessa
atividade, o aluno deverá se matricular em disciplina eletiva no curso correspondente que será
reconhecida pelo Colegiado do Curso, em caso de aprovação.

Vivência Profissional Complementar

Os alunos do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica poderão obter créditos a partir da


realização de atividades de estágios curriculares não obrigatórios. O Colegiado de Curso deverá
regulamentar o aproveitamento da atividade de estágio obrigatório através de resolução específica.

2.3.4 Tópicos em Engenharia Elétrica

Tópicos em Engenharia Elétrica (TEE) também são previstos na estrutura curricular, cujo objetivo
é incorporar ao Curso atividades acadêmica em áreas emergentes, tornando-o atual e dinâmico.

28
Três tipos de tópicos são previstos: TEE A, B e C, com 30, 45 e 60 horas respectivamente. Os
tópicos estão previstos não apenas para formação específica em cada Certificado de Estudo, mas
também para formação geral. A oferta de Tópicos em Engenharia Elétrica deverá ser
regulamentada através de resolução específica do Colegiado de Graduação em Engenharia
Elétrica.

Tabela VI: Relação das opções de Tópicos em Engenharia Elétrica.

CÓDIGO DISCIPLINA CHT CHP TOT CRED CLASS


EEE007 Tópicos em Engenharia Elétrica A 30 0 30 2 OP
EEE008 Tópicos em Engenharia Elétrica B 45 0 45 3 OP
EEE009 Tópicos em Engenharia Elétrica C 60 0 60 4 OP
EEEn12 Tópicos em Computação A 30 0 30 2 OP
EEEn13 Tópicos em Computação B 45 0 45 3 OP
EEEn14 Tópicos em Computação C 60 0 60 4 OP
EEEn15 Tópicos em Controle de Processos A 30 0 30 2 OP
EEEn16 Tópicos em Controle de Processos B 45 0 45 3 OP
EEEn17 Tópicos em Controle de Processos C 60 0 60 4 OP
EEEn18 Tópicos em Eletrônica de Potência A 30 0 30 2 OP
EEEn19 Tópicos em Eletrônica de Potência B 45 0 45 3 OP
EEEn20 Tópicos em Eletrônica de Potência C 60 0 60 4 OP
EEEn21 Tópicos em Sistemas de Energia 30 0 30 2 OP
Elétrica A
EEEn22 Tópicos em Sistemas de Energia 45 0 45 3 OP
Elétrica B
EEEn23 Tópicos em Sistemas de Energia 60 0 60 4 OP
Elétrica C
EEEn24 Tópicos em Telecomunicações A 30 0 30 2 OP
EEEn25 Tópicos em Telecomunicações B 45 0 45 3 OP
EEEn26 Tópicos em Telecomunicações C 60 0 60 4 OP

29
2.4 Formação Complementar Específica (Certificados de Estudos)

Conforme apresentado anteriormente, a estrutura curricular do Curso de Engenharia Elétrica da


UFMG oferece cinco Certificados de Estudos pré-estabelecidos, quais sejam: Computação,
Controle de Processos, Eletrônica de Potência, Sistemas de Energia Elétrica e Telecomunicações.
Cada uma destas trajetórias será caracterizada a seguir. Todo aluno deverá optar por um
Certificado de Estudos, cujo requisito para sua integralização é cumprir 38 créditos em disciplinas
escolhidas de um conjunto específico para o Certificado escolhido. Um conjunto destas disciplinas
é obrigatório para aquele Certificado e outras são definidas como sub-trajetórias. Tópicos em
Engenharia Elétrica também são previstos para cada Certificado. Além disso, o aluno poderá
complementar sua formação cursando quatro créditos de disciplinas da Pós-Graduação através da
janela de créditos “Estudos Avançados”. Cumprida as exigências regulamentares o aluno receberá
um certificado atestando o cumprimento de um programa de estudos específicos no Curso de
Engenharia Elétrica.

Além das trajetórias pré-estabelecidas, o aluno poderá optar por uma trajetória aberta que é
definida a partir de um projeto centrado em objetivos específicos para o próprio aluno. Esta
alternativa é construída a partir de uma proposição feita pelo próprio aluno com orientação de um
professor e condicionada à autorização prévia do Colegiado. As trajetórias abertas (Certificado de
Estudos Abertos) congregam atividades acadêmicas conexas pertencentes à estrutura curricular do
Curso de Engenharia Elétrica e fora dele, no âmbito dos outros cursos da UFMG. É
imprescindível que na proposição seja realmente caracterizada uma formação complementar em
outra área de conhecimento e sua conexão conceitual com a área de Engenharia Elétrica. O
Certificado de Estudos Abertos não deverá comprometer a formação básica do aluno em
Engenharia Elétrica. A integralização do Certificado de Estudos Abertos segue os mesmos
requisitos dos certificados pré-estabelecidos. Cumprida as exigências regulamentares o aluno
receberá um certificado atestando o cumprimento de um programa de estudos complementares ao
Curso de Engenharia Elétrica, que caracterize a aquisição de conhecimento em uma outra área de
atuação. A criação e o estabelecimento do Certificado de Estudos Abertos são regulamentados
através de resolução específica do Colegiado. Atualmente, o Curso de Engenharia Elétrica possui
três certificados abertos em andamento: Engenharia Biomédica, Engenharia de Áudio e Fontes

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Alternativas de Energia. Outros dois certificados estão sendo preparados: Microeletrônica e
Gestão de Projetos Tecnológicos.

2.4.1 Certificado de Estudos em Computação

A trajetória de Computação no Curso de Engenharia Elétrica abrange um conjunto de habilidades


que permite o engenheiro analisar, conceber, implementar e adaptar sistemas de computação. O
Certificado de Estudos deve prover uma formação que inclui a arquitetura do computador nos
níveis de hardware e software, a organização através de redes e as aplicações de tais sistemas na
solução de problemas de engenharia.

A cada dia, os sistemas de computação passam a fazer mais e mais parte dos sistemas
construídos através da Engenharia. É verdade que, a partir dos conhecimentos obtidos no curso de
Engenharia Elétrica, um engenheiro deve ser capaz de trilhar seus próprios caminhos para se
capacitar e conceber sistemas de computação. Entretanto, a quantidade de conhecimento presente
na área hoje conhecida como "Computação" cresceu tanto nas últimas décadas que já se justifica a
existência de Engenheiros Eletricistas com formação específica em Computação. O Certificado de
Estudos em Computação é uma variação do curso de Engenharia Elétrica na qual são incluídos
conteúdos fundamentais para a concepção dos sistemas de computação. A necessidade de um
profissional com o perfil descrito acima já é grande e se torna maior a cada dia, o que justifica um
esforço por parte da UFMG no sentido de produzir tal engenheiro, com a coalizão de esforços dos
departamentos nos quais existe competência instalada na área. Este esforço se torna ainda mais
justificado quando se leva em conta o fato de que a grande maioria das disciplinas necessárias ao
curso já são oferecidas na UFMG nos cursos de Engenharia Elétrica e de Ciência da Computação.

O Engenheiro Eletricista com Certificado de Estudos Computação terá sua formação


direcionada para a concepção de sistemas de computação a partir, por um lado, de uma visão
sólida dos conceitos envolvidos que transcendem a tecnologia disponível no momento e, por outro
lado, do conhecimento de tal tecnologia como forma de concretização dos sistemas concebidos. A
Tabela VII apresenta as disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Computação.

31
Tabela VII: disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Computação.

CÓDIGO DISCIPLINA
Disciplinas Obrigatórias
DCC603 Engenharia de Software
ELT036 Fundamentos de Redes de Comunicação
Disciplinas Optativas
DCC008 Sofware Básico
DCC010 Compiladores
DCC011 Introdução à Banco de Dados
DCC017 Introdução à Arquitetura de Computadores
DCC024 Linguagens de Programação
DCC038 Programação Orientada a Objetos
DCC129 Fundamentos da Teoria da Computação
DCC605 Sistemas Operacionais
EEE Projeto de Sistemas Embutidos
EEE Projetos de Sistemas VLSI
EEE Tópicos em Computação A
EEE Tópicos em Computação B
EEE Tópicos em Computação C
EEE003 Inteligência Computacional
EEE004 Interfaces para Microcomputadores
EEE Sistemas Especialistas
ELE036 Aplicações de Processamento Paralelo
ELE037 Otimização
ELE038 Projeto Assistido por Computador
ELT008 Informática Industrial
ELT012 Automação em Tempo Real
ELT037 Multimídia
ELT Redes TCP/IP
ENG030 Estudos Avançados

32
2.4.2 Certificado de Estudos em Controle de Processos

A trajetória de Controle de Processos engloba um conjunto de disciplinas que permite a um


profissional analisar, conceber, implementar e adaptar sistemas de controle de processos
industriais, bem como os equipamentos e sub-sistemas específicos desses sistemas. O profissional
deve estar potencialmente apto a atuar tanto nas empresas de engenharia e nas indústrias de
produção de software e equipamentos para automação industrial, quanto nas indústrias usuárias da
automação. Este profissional poderá participar de equipes para:

• Concepção e instalação de unidades de produção automatizadas;

• Automatização completa de unidades de produção em operação;

• Otimização do funcionamento de unidades de produção já automatizadas;

• Concepção de equipamentos para aplicação em automação.

A evolução do sistema econômico-produtivo da sociedade contemporânea vem mostrando


tendências em diversas direções: globalização da produção de bens; elevada taxa de introdução de
novos produtos e de alterações nos produtos já existentes; diversificação de mercados com uma
conseqüente diferenciação de necessidades; produção individualizada para atendimento de nichos
específicos; adoção de padrões de qualidade e normalização cada vez mais rígidos; elevação
dramática da eficiência das plantas produtivas etc. Tais tendências, estrategicamente
compreendidas, têm sido o fator chave na determinação do poderio competitivo das nações. Um
dos sérios desafios colocados para o Brasil é precisamente acompanhar os desdobramentos de tais
tendências, fugindo ao risco de nossa inviabilização tecnológica e econômica.

O Engenheiro Eletricista que optar pelo Certificado de Controle de Processos deverá ser
capaz de analisar processos industriais; propor e implementar modelos matemáticos adequados à
análise e ao controle desses processos; propor estratégias e arquiteturas de sistemas de controle que
otimizem o funcionamento do processo; aplicar as técnicas adequadas para monitoração do
processo; selecionar e projetar os equipamentos específicos para aplicação no controle e
monitoração do processo. A Tabela VIII apresenta as disciplinas que compõem o Certificado de
Estudos em Controle de Processos.

33
Tabela VIII: disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Controle de Processos.

CÓDIGO DISCIPLINA
Disciplinas Obrigatórias
ELT013 Controle Digital
ELT014 Laboratório de Controle e Automação I
ELT039 Técnicas de Controle de Processos Industriais
Disciplinas Optativas
EEE Modelagem e Simulação de Sistemas a Eventos Discretos
EEE Tópicos em Controle de Processos A
EEE Tópicos em Controle de Processos B
EEE Tópicos em Controle de Processos C
EEE Sistemas Especialistas
ELE039 Acionamentos Elétricos
ELE040 Laboratório de Acionamentos Elétricos
ELE041 Manipuladores Robóticos
ELT008 Informática Industrial
ELT010 Instrumentação Industrial
ELT011 Sistemas Distribuídos para Automação
ELT012 Automação em Tempo Real
ELT015 Laboratório de Controle e Automação II
ELT016 Técnicas de Modelagem de Sistemas Dinâmicos
ELT017 Controle Estocástico de Processos
ELT019 Controle Multivariável
ELT040 Eletrônica de Potência
ELT041 Introdução ao Controle Adaptativo
ELT Análise e Sistemas de Controle Não-Lineares
ENG030 Estudos Avançados

34
2.4.3 Certificado de Estudos em Eletrônica de Potência

A Eletrônica de Potência é a área da Engenharia Elétrica que tem como finalidade a conversão da
energia das formas mecânica, solar, eólica, química e outras para energia elétrica e seu
processamento nesta última forma, levando-se em consideração a qualidade, o rendimento, a
atualização tecnológica e Operação confiável do sistema. Os campos de aplicação abrangem os
setores industrial, comercial, de serviços e utilidades domésticas, automotivo, manipuladores
robóticos, biomédico e outros. O engenheiro especialista em Eletrônica de Potência estará
preparado para atuar nas áreas de desenvolvimento de produtos, indústria de transformação e
produção de energia elétrica.

As fontes de energia controladas são hoje indispensáveis em qualquer processo de produção


industrial, bem como no ambiente doméstico. A quase totalidade da energia gerada no planeta é
convertida em algum momento para a forma de eletricidade devido às vantagens desta última sobre
outras formas de energia em termos de transmissão, processamento e armazenamento. Uma
parcela expressiva da energia gerada no planeta é consumida sobre a forma de energia eletro-
mecânica, o que indica a importância e necessidade de treinar profissionais para atuar nesta área.
Sistemas de acionamento elétrico em corrente contínua e alternada abrangem uma extensa área de
potências: de pequenas frações de W até a faixa em torno de 100 MW. Tais sistemas são
utilizados extensivamente na indústria de transformação e de manufatura, tração, estações de
bombeamento de água, gás e petróleo e outras. No outro extremo do espectro de atuação do
profissional de Eletrônica de Potência estão as fontes de alimentação de circuitos eletrônicos que
incluem as fontes de alimentação de toda uma vasta gama de aparelhos eletro-eletrônicos, incluído
os computadores. Esta última aplicação tem demandado constante desenvolvimento e constitui-se
numa das barreiras a serem vencidas para viabilizar a próxima geração de computadores. Tal
diversidade de aplicações e extrema relevância estratégica e econômica implicam numa expressiva
e constante demanda de profissionais para atuação tanto em nível de desenvolvimento de produtos
quanto em nível de operação de sistemas nos diversos ambientes citados anteriormente.

O Engenheiro Eletricista formado na trajetória de Eletrônica de Potência é um profissional


com competência para analisar, especificar, projetar, coordenar e gerenciar equipamentos,
processos e pessoal em aplicações que envolvam sistemas de conversão e processamento da
energia. Para tanto, este profissional terá um perfil interdisciplinar envolvendo conhecimentos de

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dispositivos de potência de estado sólido, topologias de conversores, máquinas elétricas de
corrente contínua e corrente alternada, circuitos eletrônicos analógicos e digitais, aquisição e
processamento digital de sinais, sistemas de controle, computação, entre outros. A Tabela IX
apresenta as disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Eletrônica de Potência.

Tabela IX: disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Eletrônica de Potência.

CÓDIGO DISCIPLINA
Disciplinas Obrigatórias
ELE039 Acionamentos Elétricos
ELE040 Laboratório de Acionamentos Elétricos
ELT040 Eletrônica de Potência
ELT042 Laboratório de Eletrônica de Potência
Disciplinas Optativas
EEE Tópicos em Eletrônica de Potência A
EEE Tópicos em Eletrônica de Potência B
EEE Tópicos em Eletrônica de Potência C
EEE006 Tecnologia de Dispositivos Semicondutores
ELE Fundamentos de Energia Alternativa
ELE041 Manipuladores Robóticos
ELE043 Compatibilidade Eletromagnética
ELE044 Conservação da Energia
ELE045 Geração de Energia Elétrica
ELE046 Qualidade da Energia Elétrica
ELE047 Tecnologia de Máquinas Elétricas
ELE048 Veículos Elétricos e Híbridos
ELE618 Sistemas Elétricos Industriais
ELT Projetos com Amplificadores Operacionais e Circuitos Eletrônicos
Analógicos
ELT013 Controle Digital
ELT014 Laboratório de Controle e Automação I
ELT043 Fontes de Alimentação CC e CA
ENG030 Estudos Avançados

36
2.4.4 Certificado de Estudos em Sistemas de Energia Elétrica

Por Sistemas de Energia Elétrica (SEE) entende-se o conjunto de conhecimentos que habilitem um
profissional a atuar na implantação e operação dos sistemas de energia elétrica, bem como no
planejamento de sua expansão, e no projeto dos equipamentos específicos empregados no sistema.
O campo de atividades do profissional formado na UFMG deverá ser:

• Análise dos SEE, levando em conta parâmetros técnicos, econômicos e sócio-ambientais;

• Automação e supervisão da operação dos SEE;

• Projeto de equipamentos e sistemas para operação do SEE e análise de desempenho e


aplicabilidade dos equipamentos existentes.

Dentro desse perfil, o profissional formado estará potencialmente apto a participar das
equipes de projeto, análise e planejamento na indústria, nas empresas de engenharia e
concessionárias, bem como desenvolver seus próprios empreendimentos.

O setor elétrico representa um dos elementos infra-estruturais de maior importância dentro da


estrutura da economia de qualquer país. No Brasil, em particular, além da característica de
importância intrínseca, soma-se a existência de problemas particulares, devidos à característica de
geração concentrada em grandes distâncias em relação aos centros consumidores e à interligação
de um sistema de dimensões continentais. Além disso, o novo modelo estrutural do setor elétrico
brasileiro em implantação, com a conseqüente reestruturação da indústria de energia elétrica
nacional, acena para objetivos como:

• A competição na geração e comercialização da energia elétrica;

• A liberação de acesso à transmissão da rede básica e a quebra de monopólios de


distribuição;

• A escolha por parte dos consumidores de seus supridores de energia;

• O comércio de energia elétrica em bolsas de valores, nos mercados à vista, médio e de


longo prazos;

• A evolução da capacidade de geração instalada, com ampliação considerável das usinas


termelétricas;

37
• O crescimento da participação do setor privado;

• A interligação dos sistemas norte/nordeste e sul/sudeste;

• A abertura para a produção independente com preservação do funcionamento otimizado


do sistema;

A realidade atual conjuga os desafios conseqüentes da desestatização e desregulamentação da


indústria de energia elétrica nacional com a falta de investimentos ocorrida nos últimos anos neste
setor. Tem-se hoje, de um lado, um mercado carente de profissionais, capacitados a aplicar as
mais recentes técnicas no controle, operação, manutenção e gerenciamento de sistemas elétricos e,
de outro, o sistema elétrico nacional cujo funcionamento deve se primar pelos padrões de
qualidade, confiabilidade, segurança e competitividade.

A Tabela X apresenta as disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Sistemas de


Energia Elétrica.

38
Tabela X: disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Sistemas de Energia Elétrica.

CÓDIGO DISCIPLINA
Disciplinas Obrigatórias
ELE049 Análise de Sistemas Elétricos de Potência
ELE050 Transitórios em Sistemas de Energia Elétrica
Disciplinas Optativas
EEE003 Inteligência Computacional
EEE Sistemas Especialistas
EEE Tópicos em Sistemas de Energia Elétrica A
EEE Tópicos em Sistemas de Energia Elétrica B
EEE Tópicos em Sistemas de Energia Elétrica C
ELE Descargas Atmosféricas e Proteção Elétrica
ELE Fundamentos de Energia Alternativa
ELE002 Aterramentos Elétricos
ELE036 Aplicações de Processamento Paralelo
ELE037 Otimização
ELE042 Processamento de Sinais
ELE043 Compatibilidade Eletromagnética
ELE044 Conservação de Energia
ELE045 Geração de Energia Elétrica
ELE046 Qualidade da Energia Elétrica
ELE051 Automação de Sistemas Elétricos de Potência
ELE052 Coordenação de Isolamento
ELE053 Estabilidade de Sistemas de Energia Elétrica
ELE054 Instalações Elétricas Residenciais e Prediais
ELE055 Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica
ELE056 Proteção Digital de Sistemas Elétricos
ELE057 Supervisão e Controle de Sistemas de Energia Elétrica
ELE062 Distribuição de Energia Elétrica
ELE614 Técnicas de Alta Tensão
ELE618 Sistemas Elétricos Industriais
ELT040 Eletrônica de Potência
ELT043 Fontes de Alimentação CC e CA
ENG030 Estudos Avançados

39
2.4.5 Certificado de Estudos em Telecomunicações

Por Telecomunicações entende-se o conjunto de disciplinas que permite a um profissional analisar,


conceber, implementar e adaptar produtos ou sistemas de comunicação independentes ou aplicados
a outros processos e mecanismos de tratamento da informação.

A existência de uma infra-estrutura adequada de comunicações é hoje uma condição


essencial para o desenvolvimento da economia e da própria sociedade. Isto significa que o atraso
relativo de nosso país deverá ser necessariamente superado, como condição para retomar o
processo de desenvolvimento. Não se trata apenas de alcançar maior difusão de um serviço já
existente, mas de investir pesadamente em novas tecnologias de comunicações, para construir uma
infra-estrutura forte. O ponto principal é a digitalização dos sistemas, visto que esta forma de
implementação permite a transmissão de informação na forma de voz, dados, texto e imagem de
um modo transparente, compondo o que é conhecido como redes digitais de serviços integrados
(RDSI). Desta forma, os sistemas de comunicações se constituirão nas chamadas infovias ou
super-redes de informação, para permitir a comunicação ágil de pessoas e empresas localizadas em
qualquer parte do planeta. Consequentemente, o Governo Federal e a iniciativa privada vêm
fazendo investimentos pesados no desenvolvimento da área de Telecomunicações. As metas são:
uma evolução na telefonia fixa, ampliação da rede de telefonia móvel celular, a criação e a
ampliação dos serviços de comunicação tais como telefonia virtual, telefonia de uso público,
comunicação de dados, paging e TV digital. Este desafio cria uma grande demanda por mão-de-
obra especializada e de formação sólida, não só para dar suporte à implementação e à manutenção
destes sistemas, mas também para o desenvolvimento e o acompanhamento das novas tecnologias
que surgem na área.

O Engenheiro Eletricista com Certificado de Estudos em Telecomunicações a ser formado


terá sua educação direcionada principalmente para a concepção de sistemas de comunicação de
propósito geral. O objetivo é oferecer um leque de disciplinas que abranja o mais completamente
os diversos aspectos da área de Telecomunicações, tais como: sistemas de comunicação,
comunicação de dados, comunicações sem-fio e radiodifusão. A Tabela XI apresenta as
disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Telecomunicações.

40
Tabela XI: disciplinas que compõem o Certificado de Estudos em Telecomunicações.

CÓDIGO DISCIPLINA
Disciplinas Obrigatórias
ELT036 Fundamentos de Redes de Comunicação
ELT044 Teoria da Irradiação e Ondas Guiadas
Disciplinas Optativas
EEE Tópicos em Telecomunicações A
EEE Tópicos em Telecomunicações B
EEE Tópicos em Telecomunicações C
ELE058 Campos e Ondas
ELT037 Multimídia
ELT038 Redes TCP/IP
ELT046 Antenas
ELT047 Comunicações Digitais
ELT048 Comunicações Móveis
ELT049 Comunicações Ópticas
ELT050 Microondas
ELT051 Propagação de Ondas de Rádio
ELT052 Redes de Telecomunicações
ENG030 Estudos Avançados

41
2.4.6 Certificado de Estudos Abertos

O Certificado de Estudos Abertos configura-se numa opção de formação para o aluno em


substituição aos Certificados de Estudos pré-estabelecidos e, portanto, seguem as mesmas
exigências para integralização. O Certificado de Estudos Abertos incorpora uma formação
complementar aberta à formação em Engenharia Elétrica, num projeto pedagógico centrado no
aluno com devida orientação de professores tutores. O Colegiado de Curso deverá regulamentar a
concepção e execução desta formação aberta através de resolução específica. A seguir, são
detalhados os Certificados de Estudos Abertos em execução no Curso de Engenharia Elétrica.

Engenharia de Áudio

O Engenheiro Eletricista formado na área de Engenharia de Áudio deve ser capaz de analisar e
solucionar questões que envolvam a interação da Eletrônica e da Acústica. Este profissional
deverá saber projetar e especificar sistemas de sonorização, estúdios de gravação, rádio e TV, além
de equipamentos para processamento de sinais de áudio e música eletrônica; emitir relatórios
técnicos sobre as características acústicas de ambientes e propor soluções; gerenciar a implantação
de equipamentos de áudio em aplicações que envolvam sistemas de sonorização e/ou de gravação;
especificar sistemas de monitoração e diagnóstico de falhas em equipamentos; propor soluções
para problemas de incômodo auditivo em diferentes ambientes urbanos.

Engenharia Biomédica

As habilidades pretendidas para o Engenheiro Eletricista com certificado em Engenharia


Biomédica estão concentradas, mas não se limitam, nas seguintes áreas:

• Processamento de Sinais Biológicos;

• Processamento de imagens;

• Medição e instrumentação médica;

• Engenharia clínica;

• Engenharia de saúde pública;

42
• Informática médica;

Fontes Alternativas de Energia

O Engenheiro Eletricista formado com o Certificado de Estudos em Fontes Alternativas de Energia


deverá possuir conhecimentos para quantificar, estruturar, analisar e solucionar problemas, ou
aprofundar seus conhecimento nas seguintes áreas:

• Fontes Primárias de Energia;

• Geração de Energia ( Em suas diversas formas);

• Armazenamento Energético;

• Sistemas Isolados, Híbridos e Interligados à Rede;

• Planejamento Energético;

• Aspectos Ambientais;

• Aspectos Econômicos;

• Aspectos Sociais.

Outros dois Certificados de Estudos Abertos encontram-se em formação: Microeletrônica e


Gestão de Projetos Tecnológicos.

43
3. FORMA DE INGRESSO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES
ACADÊMICAS

3.1 Forma de Ingresso no Curso de Engenharia Elétrica

A forma de ingresso no Curso de Graduação em Engenharia Elétrica é realizada, principalmente,


através do Concurso Vestibular da UFMG, onde são disponibilizadas cem (100) vagas para um
curso diurno, sendo cinqüenta (50) vagas para entrada no primeiro semestre letivo e cinqüenta (50)
vagas para entrada no segundo semestre letivo.

Anualmente, as vagas remanescentes geradas pela evasão (desistência, trancamentos,


exclusão etc.) são reaproveitadas nas modalidades de Transferência (alunos de outras
Universidades, públicas ou particulares), Obtenção de Novo Título, Reopção (alunos da própria
UFMG) e Rematrícula (alunos que foram excluídos do próprio Curso de Engenharia Elétrica e que
possuem uma carga horária integralizada no Curso superior a 50%). O número de alunos que
ingressam no Curso através das vagas remanescentes variam de ano a ano, representando cerca de
10 a 15% dos alunos que concluem o Curso anualmente.

Os candidatos que concorrem ao Curso de Engenharia Elétrica, seja através do Concurso


Vestibular, seja através dos processos de Transferência e Obtenção de Novo Título, realizam,
como todos os candidatos aos Cursos da UFMG, provas de conhecimentos gerais em todas as áreas
de conhecimento na primeira etapa do Concurso Vestibular. Na segunda etapa, os candidatos
realizam provas específicas e abertas nas áreas de Português (Redação e Literatura Brasileira),
Matemática, Física e Química. Os candidatos às vagas de Reopção e Rematrícula são avaliados
pelo seu desempenho acadêmico nos Cursos da UFMG.

3.2 Forma de Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem

Os procedimentos de avaliação do processo de ensino e aprendizagem, em geral, ocorrem através


da realização de exercícios, provas escritas e através da realização de trabalhos. Todas as
atividades do Curso, incluindo o Estágio Curricular e o Trabalho de Conclusão de Curso, são

44
avaliadas em 100 pontos. É necessário um desempenho superior ou igual a 60 pontos para o aluno
ser aprovado.

De uma forma geral, as disciplinas obrigatórias têm uma ponderação maior nas avaliações
escritas, enquanto que nas disciplinas optativas esta ponderação cresce em favor da realização de
exercícios e trabalhos. Uma regra estabelecida nos procedimentos de avaliação escrita é que
nenhuma avaliação pode valer, individualmente, mais do que 40 pontos.

É importante ressaltar que faz parte do processo de avaliação a freqüência do aluno em sala
de aula, que estabelece que, é freqüente em determinada disciplina o aluno que comparecer em
pelo menos 75% da carga horária da disciplina. Abaixo deste percentual, o aluno é considerado
infrequente e, portanto, reprovado.

Em relação às disciplinas de laboratório, os procedimentos de avaliação mais comum são:


produção de relatórios e realização projetos integradores de conhecimento. Em algumas
disciplinas de laboratório também ocorrem avaliações escritas.

3.3 Sistema de Avaliação do Projeto do Curso

O Colegiado de Curso possui uma comissão permanente para avaliação do Projeto do Curso.
Atualmente, o Colegiado está encerrando uma avaliação curricular iniciada em 2003, que
culminou com um projeto de reforma a ser implementado no primeiro semestre de 2010.

Uma outra atividade de avaliação que vem sendo discutida no Colegiado de Curso é a
realização de conselhos de avaliação de áreas de conhecimento, envolvendo os instrutores de
disciplinas de área comuns. Estes conselhos devem avaliar as disciplinas correlatas àquela área,
verificando, entre outros aspectos o desempenho dos alunos nestas disciplinas e a relação
aluno/professor. Estes conselhos devem utilizar como subsídios para sua análise os Questionários
de Avaliação que são preenchidos pelos alunos ao final de cada semestre.

Espera-se, também, que ao final de cinco anos após uma reforma curricular, as comissões
de avaliação façam propostas de alteração na estrutura curricular visando sempre uma correção de
rumos nos perfis de formação, inclusão de novas atividades acadêmicas e/ou retirada de atividades
que não estejam correspondendo com os objetivos do Curso.

45
3.4 Atividades Acadêmicas Articuladas ao Ensino de Graduação

As diversas atividades complementares citadas na Seção 2 configuram-se como atividades


acadêmicas articuladas ao ensino de Graduação. Os programas de bolsas da graduação têm por
objetivo oferecer aos alunos complementação acadêmica em diferentes níveis de formação, através
de programas voltados para o desenvolvimento da capacidade crítica, para a aquisição de hábitos
de estudo e para o domínio da sistemática do ensino ou da pesquisa.

Nesta seção estas atividades complementares são caracterizadas. As atividades acadêmicas


que os alunos de graduação do curso de Engenharia Elétrica desenvolvem são, conforme citadas
anteriormente são:

• Programas de Iniciação Cientifica, através de bolsas concedidas pela FAPEMIG e pelo


CNPq e através de bolsas individuais concedidas através de convênios com empresas no
desenvolvimento de projetos específicos.

• Programas de Iniciação Científica voluntária.

• Programas de Graduação coordenados pela Pró-Reitoria de Graduação da UFMG, entre


eles os Projetos Especiais de Graduação (PEG) e os Programas de Monitoria (PMG).

• Programa Educação Tutorial (PET), coordenados pelo MEC, através da Pró-Reitoria de


Graduação.

3.4.1 Programas Especiais de Graduação

Os Programas Especiais de Graduação (PEG) têm como objetivo apoiar o desenvolvimento de


atividades acadêmicas não diretamente vinculadas a disciplinas, que contribuam para a formação
do aluno e para a melhoria do ensino nos cursos. Tal é o caso dos projetos de ensino, atuação em
laboratórios abertos, entre outros. Devido a seu caráter mais abrangente, pressupõe-se que a
responsabilidade por esses projetos possa ficar a cargo dos colegiados de curso ou dos
departamentos, podendo ocorrer consórcio de colegiados, departamentos ou colegiados e
departamentos.

O PEG tem como principais objetivos os mencionados a seguir:

46
• Melhorar a qualidade do ensino de graduação;

• Apoiar atividades curriculares que requeiram o auxílio de alunos de graduação, por


exemplo: laboratório, oficinas etc.;

• Apoiar e estimular programas e projetos de ensino de caráter inovador;

• Oferecer oportunidade de complementação acadêmica a alunos de graduação;

• Oferecer apoio ao desenvolvimento de outras atividades acadêmicas que contribuam para


a formação do aluno de graduação;

• Estimular a integração ensino-pesquisa-extensão;

• Estimular a interdisciplinaridade.

O acompanhamento dos bolsistas é normalmente realizado por cada orientador do projeto ou


sub-projetos, geralmente através das atividades citadas a seguir:

• Reuniões semanais de uma hora/semana com o grupo envolvido no projeto ou sub-


projeto, visando avaliar todas as atividades de uma forma global. Nestas reuniões, os
alunos bolsistas têm participação ativa, com apresentação do andamento e resultados
obtidos nas várias etapas dos projetos ou sub-projetos.

• Reunião semanal com os bolsistas, com o objetivo de dar suporte técnico e de material
bibliográfico de estudos. Nestas reuniões, os alunos serão avaliados de forma sucinta
sobre o aprendizado e avanços obtidos dentro das tarefas destinadas a ele.

• Os bolsistas realizam, normalmente, dois relatórios (parcial e final), contendo descrição e


resultados de todas as atividades desenvolvidas.

• Os alunos dos PEG´s são sempre encorajados e incentivados a realizar apresentações dos
trabalhos desenvolvidos nos foros de Iniciação Científica e/ou Semana Acadêmica dentro
e fora da UFMG.

3.4.2 Programas de Monitoria de Graduação

Os Programas de Monitoria de Graduação (PMG) podem contribuir para que o bolsista, sob a
orientação do professor, seja iniciado no exercício das atividades docentes, por meio de sua

47
vinculação às disciplinas oferecidas pelos departamentos. Entende-se que os projetos devem ser
de responsabilidade do departamento, cabendo-lhe avaliar sua necessidade de monitores para o
desenvolvimento das disciplinas a seu encargo. Ao encaminhar o pedido, o departamento deverá
justificar sua solicitação e explicitar os objetivos a serem atingidos. Estes devem contemplar,
necessariamente, a busca da melhoria do ensino de graduação e integração entre áreas, sendo
necessário que se proceda a uma análise crítica do andamento das disciplinas que oferece. Neste
contexto, os PMG’s têm como objetivos:

• Contribuir para a formação do estudante;

• Incentivar o interesse e iniciar o aluno no exercício das atividades docentes;

• Oferecer aos bolsistas a oportunidade de vivenciar o planejamento e execução de projetos


de ensino e pesquisa associados aos laboratórios de graduação do Departamento;

• Oferecer maior suporte acadêmico aos alunos dos cursos de graduação atendidos pelo
Departamento;

• Aprimorar continuamente as disciplinas de graduação oferecidas pelo Departamento;

• Aprimorar a infra-estrutura dos laboratórios de graduação, por intermédio de projetos de


ensino para o desenvolvimento de guias e módulos de aula prática.

Segundo o entendimento do Colegiado, os planos de trabalho dos bolsistas devem prever não
apenas atividades de iniciação ao exercício da docência, mas também atividades de formação nas
áreas a que estiverem vinculados. Desta forma, adotam-se, normalmente, os seguintes critérios
para o PMG:

• Priorização das disciplinas vinculadas a Laboratórios de Graduação, onde o bolsista tem


grande oportunidade de vivenciar a experiência docente com os conteúdos teóricos e
práticos das disciplinas, e onde sua contribuição para a melhoria da qualidade do ensino
de graduação tem sido mais significativa.

• Orientar a formulação de planos de estudos que possibilitem ao bolsista exercer


atividades docentes coerentes com a proposta do PMG, incluindo também atividades que
contribuam para a formação acadêmica do estudante.

48
• Priorização das disciplinas que estejam em fase de implantação ou em fase de
reformulação laboratorial.

• Oferecer aos bolsistas PMG mini-cursos e palestras durante o ano letivo, junto com
bolsistas de outros programas (PEG, PET), para ampliar sua eficiência no desempenho de
suas funções e aumentar a integração em estes alunos.

• Facilitar o acesso dos bolsistas PMG aos projetos de pesquisa desenvolvidos nas suas
áreas de atuação, para que eles possam vivenciar um pouco da atividade de pesquisa
desenvolvida pelos docentes da UFMG junto aos programas de pós-graduação, com
vistas à melhoria do ensino.

3.4.3 Programas Educação Tutorial

Criado e implantado em 1979 pela CAPES, o PET – Programa de Educação Tutorial – é um


Programa acadêmico direcionado a alunos regularmente matriculados em cursos de graduação.
Eles são selecionados pelas IES – Instituições de Ensino Superior – que participam do Programa e
se organizam em grupos, recebendo orientação acadêmica de professores-tutores. O PET objetiva
envolver os estudantes que dele participam num processo de formação integral, propiciando-lhes
uma compreensão abrangente e aprofundada de sua área de estudos.

PET Engenharia Elétrica - UFMG

O PETEE – Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica é um programa de atividades


extracurriculares que complementam a formação acadêmica de alunos de graduação em
Engenharia Elétrica, assim como alunos do Curso de Engenharia de Controle e Automação que
tenham um interesse especial por Engenharia Elétrica.

No âmbito coletivo do curso, o objetivo essencial do PET é o de estabelecer uma


aproximação entre o corpo discente e o corpo docente dos departamentos de Engenharia Eletrônica
e de Engenharia Elétrica, além dos profissionais de outras áreas do conhecimento, nas realizações
dos eventos propostos, no intuito de forjar ocasiões propícias à discussão e à transmissão de
conhecimentos. As atividades realizadas têm em vista promover a integração entre os alunos de

49
graduação e pós-graduação do curso de Engenharia Elétrica, uma vez que possibilita e incentiva a
criação de novos espaços de diálogos e convívio, nos quais o contato com outras áreas do
conhecimento e com diferentes perspectivas e interpretações permitem uma maior interação e
reflexão acerca dos problemas levantados. O grupo PETEE desenvolve regularmente atividades
tais como: Ciclos de palestras multidisciplinares, Mini-cursos, e outros.

No âmbito individual, busca-se dar condições para que os alunos atinjam um alto nível de
excelência em sua futura atuação como engenheiros, pesquisadores e profissionais nesta área de
conhecimento. Para tanto, o PETEE busca incorporar à formação de seus alunos participantes
(bolsistas e voluntários) elementos de pesquisa, ensino e extensão.

As atividades de pesquisa desenvolvidas pelo grupo PETEE têm por objetivo incentivar,
colaborar e participar da produção acadêmica e científica dos jovens pesquisadores, tanto dos
próprios bolsistas do grupo, quanto dos demais alunos do curso de graduação. É por meio das
atividades de pesquisa que os bolsistas têm a experiência do que poderíamos chamar de um
“treinamento” para a atividade acadêmica dos programas de pós-graduação.

As atividades tais como o desenvolvimento individual de uma pesquisa sob a orientação de


um professor, a apresentação dos resultados das pesquisas em congressos nacionais e até mesmo
em reuniões internas do grupo representam uma forma eficaz de familiarizar os alunos
pretendentes a uma vaga no mestrado aos padrões de produção e exigência dos programas de pós-
graduação.

3.5 Trabalho de Conclusão de Curso

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade obrigatória, individual e relatada sob a
forma de trabalho científico (monografia ou artigo) em qualquer área do conhecimento da
Engenharia Elétrica, caracterizando-se como uma atividade integradora de conhecimentos na
trajetória (Certificado de Estudos) escolhida pelo aluno.

O TCC será dividido em duas etapas. Na primeira etapa, o aluno irá cursar uma disciplina de
Metodologia de Projeto, com carga horária de 30 horas. Esta disciplina tem por objetivo instruir e
orientar o aluno sobre a realização do trabalho de conclusão do curso, isto é, dar condições
necessárias e suficientes para redigir uma monografia, dar conhecimentos sobre metodologia de

50
trabalho entre outras atividades. Ao final desta disciplina, o aluno apresentará sua proposta de
Trabalho de Conclusão de Curso. No semestre subseqüente, o aluno irá cursar a disciplina de
TCC, de carga horária de 60 horas (15 horas de acompanhamento em sala de aula e 45 horas de
atividades extra-classe). A comprovação do cumprimento da carga horária mínima deverá ser
atestada pelo professor orientador do TCC perante o Colegiado do Curso de Engenharia Elétrica.

O TCC é desenvolvido sob a orientação de um professor vinculado ao Curso de Engenharia


Elétrica que tenha interesse e/ou identidade com o tema proposto pelo aluno. Este professor é
definido como o Orientador do Trabalho de Conclusão de Curso do aluno no referido semestre.
Além do orientador, que tem a responsabilidade de acompanhar o desenvolvimento do TCC, o
aluno pode recorrer à co-orientação de outros professores da instituição e/ou de profissionais em
atuação no mercado, com a devida anuência do orientador do trabalho.

O TCC deve observar critérios científicos e profissionais em sua execução, bem como o
Código de Ética do Engenheiro (editado pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura –
CONFEA), buscando revelar competência técnica e nível de conhecimento compatível com as
exigências do mercado de trabalho, bem como a responsabilidade social do futuro profissional.

3.6 Estágio Curricular

O Estágio Curricular (EC) é uma atividade obrigatória de caráter pedagógico planejada,


acompanhada e avaliada, que objetiva complementar a formação do aluno, envolvendo:

• Conhecimentos de aplicação prática no ambiente de trabalho;

• Valores pessoais e corporativos;

• Relacionamento humano e trabalho em equipe;

• Questões de ética profissional;

• Utilização do tempo na organização empresarial.

O EC, independentemente do aspecto profissionalizante, direto e específico, poderá assumir a


forma de atividades de extensão, mediante a participação do estudante em empreendimentos ou
projetos de interesse social, desde que estejam de acordo com os objetivos do EC. O EC será
desenvolvido para fins de aprovação na disciplina específica do Curso de Graduação em

51
Engenharia Elétrica, somente podendo ser realizado por alunos matriculados e que tenham
cursado, pelo menos, 1.800 horas (120 créditos).

O EC tem duração mínima de 180 (cento e oitenta) horas de atividades por um período
mínimo de dois meses. A carga horária do EC é determinada de modo a não prejudicar o
desempenho acadêmico do aluno nas demais atividades curriculares, observando que a carga
horária semanal deverá ser de no máximo 20 (vinte) horas. Esta carga horária poderá exceder 20
(vinte) horas semanais, não ultrapassando 30 (trinta) horas, desde que o aluno esteja cursando
disciplinas com uma carga horária semanal inferior a 20 horas.

É importante ressaltar que, não podem ser utilizadas as atividades realizadas em iniciação
científica e nos projetos acadêmicos (PEG e PET) para o cumprimento do estágio curricular.

As atividades ou experiências profissionais realizados pelo aluno no decorrer do Curso


poderão servir como objeto de estudo para a elaboração do EC, desde que: tenham possuído uma
carga horária mínima igual ou superior à 180 horas. A carga horária deve ser devidamente
comprovada pela empresa ou instituição concedente.

52
4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

4.1 Coordenação do Curso

A coordenação didática do Curso é realizada por um professor cujas atribuições são de presidir o
Colegiado Didático de Curso e atuar como principal autoridade executiva do órgão, com
responsabilidade pela iniciativa nas diversas matérias de competência deste. Na ausência ou nos
impedimentos eventuais do Coordenador, suas atribuições serão exercidas pelo Sub-Coordenador,
também um professor do Curso.

O Colegiado de Curso é presidido pelo Coordenador do Curso e formado pelos seguintes


membros:

• Coordenador do Curso;

• Sub-coordenador;

• Três (03) professores representantes do Departamento de Engenharia Elétrica;

• Três (03) professores representantes do Departamento de Engenharia Eletrônica;

• Um (01) professor representante do Departamento de Ciência da Computação;

• Um (01) professor representante do Departamento de Física;

• Um (01) professor representante do Departamento de Matemática;

• Dois (02) discentes representantes dos alunos de Graduação.

O Colegiado de Curso reúne-se ordinariamente pelo menos uma vez por mês e tem as
seguintes atribuições:

• Orientar e coordenar as atividades do Curso e propor aos Departamentos que mantêm o


curso a indicação de docentes para a oferta de disciplinas;

• Elaborar o Currículo do Curso, com indicação de ementas, créditos e pré-requisitos das


atividades acadêmicas curriculares que o compõem;

• Referendar os programas das atividades acadêmicas curriculares que compõem o curso,

• Decidir das questões referentes à matrícula, reopção, dispensa e inclusão de atividades


acadêmicas curriculares, transferência, continuidade de estudos, obtenção de novo título e

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outras formas de ingresso, bem como das representações e recursos contra matéria
didática, obedecida a legislação pertinente;

• Coordenar e executar os procedimentos de avaliação do curso;

• Representar ao órgão competente no caso de infração disciplinar;

• Elaborar o plano de aplicação de verbas destinadas a este órgão.

O Coordenador do Curso, além de presidir o Colegiado Didático, participa como membro na


Congregação da Escola de Engenharia, órgão de decisão máxima da Unidade, e também como
membro do Conselho de Coordenadores de Graduação da Escola de Engenharia. O Conselho de
Coordenadores desempenha um papel muito importante nos diversos assuntos relacionados com a
Graduação na Escola de Engenharia. Além da atuação na Unidade, o Coordenador do Curso
participa de reuniões organizacionais, quando convocados pela Pró-Reitoria de Graduação.

Os membros do Colegiado de Curso participam de diversas comissões cujos trabalhos


subsidiam o próprio Colegiado em suas decisões e deliberações. Estas Comissões são nomeadas
pelo Colegiado, sendo compostas normalmente por professores dos departamentos de Engenharia
Elétrica e de Engenharia Eletrônica.

4.2 Organização Acadêmico-Administrativa

A organização do controle acadêmico é realizada pela Secretaria do Colegiado de Curso,


exercendo diversas atividades burocráticas e cotidianas fundamentais ao bom andamento do Curso
de Graduação. Dentre as atividades rotineiras, pode-se destacar:

• Atividades relacionadas com a matrícula (lançamento, cancelamento e trancamento) dos


alunos nas disciplinas do Curso.

• Atividades relacionadas com a matrícula e o aproveitamento de estudos dos alunos


oriundos de reopção, transferência, rematrícula e obtenção de novo título.

• Apoio institucional aos projetos acadêmicos sob a tutela do Colegiado de Curso (seleção
de alunos, encaminhamento de ofícios etc.).

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4.3 Atenção aos Discentes

A Coordenação do Curso tem um trabalho direto com os discentes dando todo apoio pedagógico
necessário. O atendimento externo da Coordenação ocorre ordinariamente duas vezes por semana
ou por demanda dos alunos, através de marcação de horários.

A orientação do aluno dentro de cada formação específica é realizada por dois professores do
curso, então chamados de Tutores dos alunos para os respectivos Certificados de Estudos. As
atribuições dos professores tutores são:

• Orientação dos alunos que irão cursar disciplinas para um certificado de estudos pré-
estabelecido ou aberto.

• Elaboração dos horários das disciplinas para cada certificado em conjunto com os
professores responsáveis por estas disciplinas.

• Organização da oferta de disciplinas. Inclusão ou substituição de disciplinas para os


certificados de forma a manter atualizado o curso, evitando a repetição de conteúdos.

Além do trabalho direto com os alunos, a Coordenação do Curso tem o apoio do Grêmio dos
Estudantes de Engenharia Elétrica (GEEE), não apenas nas atividades de integração dos alunos,
mas também na discussão das diversas atividades acadêmicas. Dentre estas atividades, cabe
ressaltar a participação do GEEE na recepção e orientação dos alunos no primeiro semestre letivo
na disciplina “Introdução a Engenharia Elétrica”. Esta atividade com os “calouros” do Curso tem
se mostrado ser muito importante para a adaptação destes alunos no ambiente universitário.

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