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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

SENAI-SC

TÉCNICO EM REDES DE COMPUTADORES

PLC - POWER LINE COMMUNICATION

ACESSO À INTERNET - ÚLTIMA MILHA

ELMIS ROSA

Trabalho de Conclusão de Curso

Tijucas-SC

2012
ELMIS ROSA

PLC - POWER LINE COMMUNICATION

ACESSO À INTERNET - ÚLTIMA MILHA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Técnico em
Redes de Computadores do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial –
Senai-SC – como requisito parcial para
conclusão do curso.
Professor Orientador: Aldair Silva

Tijucas-SC

2012
Formulário Termo de Aprovação do TCC

Unidade:  Tijucas

Curso:  Redes de Computadores Ano:


 2012

Professor Orientador:  Aldair Silva

Estudante:  Elmis Rosa

TITULO DO TRABALHO:  PLC – Acesso à Internet – última milha

AVALIADORES: 

Descrição Avaliação

O ESTUDANTE regularmente matriculado no Curso APRESENTOU e ou DEFENDEU


seu Trabalho de Conclusão de Curso.

(Coordenador de TCC)

Assinatura:

(Professor Orientador)

QUANDO PREVISTO BANCA EXAMINADORA


(Membro A)

(Nome da Instituição)
Assinatura:

(Membro B)

(Nome da Instituição)

Data:
DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais que


me sempre me apoiaram em fazer o que
gosto.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por te me ajudado


nessa jornada de dois anos, me ensinando e
mostrando os caminhos corretos; por ter me dado
paciência, força, dedicação e persistência.
Agradeço a minha família e a todos que estiveram
do meu lado durante esse trajeto.
Agradeço meu professor orientador por ter me
orientado sempre da melhor maneira possível.
Agradeço Minha Namorada Camilla por ter tido
paciência e sempre ter me ajudado com palavras
positivas.
“Os problemas nunca vão desaparecer
mesmo na mais bela existência.
Problemas existem para serem
resolvidos, e não para perturbar-nos”.
Augusto Cury
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APTEL Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas


Privados de Telecomunicações
BACKBONE “Espinha dorsal” ou Rede de transporte é o termo utilizado para
identificar a rede principal pela qual os dados de todos os clientes da
Internet passam
BLUETOOTH É uma especificação industrial para PANs (Wireless personal area
networks – áreas de redes pessoais sem fio)
CABLE Modem que utiliza as redes de transmissão de TV a cabo.
MODEM
CENELEC European Commitee for Eletrotechnical Standardisation
CLAMP Nome dado à braçadeira que conecta os acopladores indutivos.
DHCP Dynamic Host Control Protocol
DPL Digital Powerline
ETHERNET Protocolo de interconexão para redes locais
ETSI European Telecommunications Standards Institute (ETSI)
FTTX Fiber to the (x)
GCOI Grupo de Controle, Otimização e Inteligência Computacional
GCOI-EE Grupo de Controle, Otimização e Inteligência Computacional Aplicados
a Sistemas de Energia Elétrica
HFC Hybrid fiber-coaxial
HOME PLUG Padrão de protocolo PLC formado por empresas para estudo e
padronização do PLC
IN-HOME Indoor – acesso a internet PLC em residências.
IP Internet Protocol
ISO International Organization for Standardization
LAN Local Area Network
LLC Logic Link Control
LTE Long Term Evolution
NAP Network Access Point
NOR.WEB Nome da empresa que foi gerada pelas empresas Nortel e Norweb.
OPLAT Ondas Portadoras em Linhas de Alta Tensão
OSI Open Systems Interconnection
PLC Power Line Communications
QoS Quality of Service
RDSI Rede Digital com Integração de Serviços
RTP Real-time Transport Protocol
TCP Transmition Control Protocol
TCP/IP Conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede
TUE’s Tomadas de uso específico
TUG’s Tomadas de uso geral
UDP User Datagram Protocol
USB Universal Serial Bus
VLAN Virtual LAN
WAN Wide Area Network
Wi-Fi Wireless Fidelity
Wi-MAX Worldwide Interoperability for Microwave Access
Wireless Rede Sem Fio
WLL Wireless Local Loop
xDSL (x) Digital Subscriber Line
Sumário

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 12
1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 13
1.2 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 13
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 13
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 14
2.1 HISTÓRICO ..................................................................................................................... 14
2.2 A REDE ELÉTRICA COMO CANAL DE COMUNICAÇÃO ................................... 15
2.3 REDES DE ENERGIA ELÉTRICA ................................................................................. 17
2.3.1 Redes de Transmissão .............................................................................................. 18
2.3.2 Redes de Distribuição............................................................................................... 18
2.3.3 Rede Residencial e Predial....................................................................................... 18
2.4 REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS .................................................................... 19
2.4.1 Meios de Transmissão de dados .............................................................................. 19
2.4.2 Redes de computadores ........................................................................................... 20
2.4.3 Internet ...................................................................................................................... 20
2.4.3.1 Arquitetura da Internet ............................................................................................ 21
2.4.4 Os protocolos de Rede .............................................................................................. 22
2.4.4.1 Modelo OSI .......................................................................................................... 22
2.4.4.2 Modelo TCP/IP .................................................................................................... 23
2.4.4.3 Protocolos da Internet........................................................................................... 23
2.4.4.3.1 O protocolo IP ................................................................................................ 24
2.4.4.3.2 O protocolo UDP ........................................................................................... 24
2.4.4.3.3 O protocolo TCP ............................................................................................ 24
2.4.4.3.4 O protocolo RTP ............................................................................................ 24
2.4.5 Subsistema de acesso ................................................................................................ 25
2.4.6 Soluções de redes internas (indoor)......................................................................... 25
2.4.7 Acesso externo ou Última milha .............................................................................. 25
2.4.8 Backbone ................................................................................................................... 26
3 A TECNOLOGIA POWER LINE COMMUNICATION ..................................... 27
3.1 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO ........................................................................... 27
3.2 TIPOS DE SEGUIMENTO DE REDES PLC .................................................................. 27
3.2.1 Last Mile Access (Outdoor) ..................................................................................... 28
3.2.2 Last Inch Access (Indoor) ........................................................................................ 28
3.3 FAIXAS DE FREQUÊNCIAS PARA SEGUIMENTOS PLC......................................... 29
3.4 TAXAS DE TRANSMISSÃO .......................................................................................... 29
3.5 ELEMENTOS DA REDE PLC......................................................................................... 30
3.5.1 PLC Estação Base..................................................................................................... 31
3.5.2 PLC Modem .............................................................................................................. 31
3.5.3 PLC Repetidor .......................................................................................................... 32
3.5.4 PLC Gateway ............................................................................................................ 32
3.5.5 PLC Dispositivos de Acoplamento .......................................................................... 33
3.6 LEGISLAÇÕES ................................................................................................................ 34
3.7 VANTAGENS E DESVANGENS DO PLC .................................................................... 35
3.7.1 Desvantagens da tecnologia PCL ............................................................................ 35
3.7.2 Vantagens da tecnologia PLC ................................................................................. 36
4 PLC NA ÚLTIMA MILHA ACESSO À INTERNET ........................................... 37
4.1 EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 38
4.2 LINHA MITSUBISHI – SOLUÇÃO PLC 45MBPS PADRÃO DS2 .............................. 38
4.2.1 Modem do Usuário (CPE) ........................................................................................ 38
4.2.1.2 Características do modem CPE .......................................................................... 38
4.2.1.3 Especificações Técnicas do Modem CPE ............................................................ 39
4.2.1.4 Conexões do Modem CPE ................................................................................... 39
4.2.2 Estação Base – Master PLC – Baixa Tensão ......................................................... 40
4.2.2.1 Características do Modem Master PLC................................................................ 40
4.2.2.2 Especificações Técnicas do Modem Master PLC ................................................ 41
4.2.2.3 Conexões do Modem Master PLC ....................................................................... 41
4.2.3 Repetidor PLC – Baixa Tensão ............................................................................... 42
4.2.3.1 Características do Repetidor PLC (Figura 17). ....................................................... 43
4.2.3.2 Especificações Técnicas do Repetidor PLC ............................................................ 43
4.2.3.3 Conexões do Repetidor PLC ................................................................................... 44
4.2.4 Nó de média tensão PLC. ......................................................................................... 44
4.2.4.1 Características do Nó PLC ...................................................................................... 45
4.2.4.2 Especificações Técnicas do Nó PLC ....................................................................... 45
4.2.4.3 Conexões do Nó PLC .............................................................................................. 45
4.2.5 Acoplador Capacitivo .............................................................................................. 46
4.2.6 Acoplador Indutivo .................................................................................................. 47
4.2.7 Tópicos de Rede ........................................................................................................ 47
4.2.8 Arquitetura PLC – Última Milha ........................................................................... 48
5 CONCLUSÃO............................................................................................................ 50
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 51
12

1 INTRODUÇÃO

As tecnologias na área de telecomunicação cresceram rapidamente na última


década, e com esse crescimento veio surgindo inovações, propostas, tecnologias novas,
dentre as mais variadas, ADSL, Wi-MAX, LTE, e nesse meio a tecnologia PLC também
veio crescendo mostrando suas características, positivas e negativas.

Todas as tecnologias foram criadas com um objetivo, e cada uma destacando-se


no seu principal e o PLC, veio com seu principal propósito de oferecer acesso à Internet
banda larga, mas sem gastar com postes, cabos, e etc, para chegar até o cliente.

A infraestrutura da rede elétrica é de grande importância na utilização do PLC,


funcionando como meio transporte para o sinal PLC, trafegar. O sinal PLC e o elétrico
são conduzidos em um mesmo lugar, livremente, eles não se interferem devido a grande
diferença de frequência entre os dois sinais.

No Brasil a tecnologia ainda está em fase testes, crescendo gradualmente, e em


alguns lugares ela foi implantada e esta sendo usada, para que sejam feitas análises e
que se tirem conclusões sobre o funcionamento desta tecnologia.

Como todas as tecnologias de telecomunicação, PLC também contempla


aspectos em comum com outras tecnologias, utilizando-se também do modelo de
referencia TCP/IP, podendo trafegar dados, voz, vídeos.

O presente trabalho Apresenta a tecnologia PLC como mais uma opção para o
acesso a Internet, para última milha, sendo vista como uma ótima opção para operadoras
que querem investir no acesso para última milha, buscando uma possível redução de
gastos.

A tecnologia PLC no Brasil é regulamentada pelo órgão ANATEL (Agencia


Nacional de Telecomunicações), que busca parceria com a ANEEL (Agencia Nacional
de energia elétrica), podendo assim realizar testes, e possíveis implantações no país.
13

1.1 JUSTIFICATIVA

Nem todo mundo atualmente tem a oportunidade de usufruir da Internet, há


lugares em que as tecnologias mais usadas atualmente não chegam com tanta
facilidade, o presente trabalho foi feito para mostrar uma tecnologia pouco usada,
principalmente no Brasil, como uma solução para o acesso à Internet em lugares
onde as outras tecnologias apresentam dificuldades de se instalarem. A tecnologia
PLC se mostra muito viável quando se fala de levar o acesso á Internet na última
milha.

1.2 OBJETIVO GERAL

 Apresentar a tecnologia PLC como acesso à Internet na última milha.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Apresentar a rede elétrica como canal de transmissão de dados.

 Pesquisar a regulamentações evolvidas na tecnologia PLC.

 Relacionar as vantagens e desvantagens da tecnologia PLC.

 Mostrar a topologia e os equipamentos do PLC necessários na ultima milha para


oferecer acesso à Internet.
14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 HISTÓRICO

Segundo a Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e Sistemas


Privados de Telecomunicações (APTEL), desde 1920 os sistemas Powerline Carrier,
chamados no Brasil de OPLAT (Ondas Portadoras em Linhas de Alta Tensão), têm sido
utilizados por empresas de energia elétrica. Os sistemas são usados até hoje para
telemetria, controle remoto e comunicações de voz.

Com o avanço do cabeamento por meio de fibras ópticas e o barateamento dos


sistemas de telecomunicações, diversas empresas de energia elétrica decidiram
abandonar o sistema Carrier, fazendo com que a aplicação dessa tecnologia seja
dificultada, e então fabricantes estão deixando de produzir estes equipamentos por falta
de demanda.

Contudo ainda, algumas poucas aplicações de banda estreita em residências e


sistemas de segurança e automação predial têm utilizado sistemas Porwerline Carrier de
banda estreita, baixa velocidade e com modulação analógica.

Na década de 90 vários testes foram iniciados com comunicação digital de alta


velocidade utilizando linhas de energia e ficou claro que era possível a resolução de
problemas com interferência e ruídos, tornando a transmissão de dados de alta
velocidade viável. Ainda nessa década , em 1997, os possíveis problemas foram
resolvidos. Em 1998 duas empresas se juntam (Nortel e Norweb) e criaram uma nova
empresa chamada de NOR.WEB DPL, que tinha como objetivo de desenvolver e
comercializar a Digital Porwerline (DPL). Com isso empresas elétricas de todo o mundo
estavam pensando em se tornar provedores de serviços de telecomunicações, fazendo
uso de seus ativos de distribuição.

Durante isso o setor de telecomunicações estava crescendo rapidamente no


mundo (celular e internet), e o Brasil estava em curso a maior privatização de empresas
de telecomunicações. Na época quem acompanhava a tecnologia Powerline era o
Subcomitê de Comunicações do GCOI, e a APTEL, criada em 1999, realizando seu
15

primeiro Seminário no mesmo ano, com o tema: Tecnologia Powerline


Communications (PLC).

Atualmente no Brasil vários testes foram realizados pela ANATEL, tendo como
principais objetivos de alguns testes que irão ser citados aqui, o nível de emissão e testar
a rádio frequência da tecnologia PLC, buscando analisar os impactos sobre
radiodifusão, radionavegação (forças armadas) e radioamador. (ANATEL, 2012)

De acordo com a Anatel em 2004 foram realizados testes na cidade de São Paulo
com o apoio da empresa de distribuição elétrica Eletropaulo, os testes não apresentaram
Resultados Satisfatórios.

Em 2005 foi realizado testes na cidade de Goiânia com a CELG (Companhia


energética de Goiás). Os resultados dos testes foram satisfatórios, mas perceberam que
os níveis de emissão do sinal não eram precisos. Um ano depois (2006), na mesma
cidade com a mesma companhia os resultados foram muito satisfatórios, onde o sinal
teve um nível de emissão preciso. (ANATEL 2012)

Esses foram apenas alguns testes realizados com objetivos semelhantes.


Atualmente a comunicação de dados em alta velocidade através da rede elétrica está
ganhando seu espaço, devido as suas vantagens. A ANEEL já aprovou o PLC no Brasil,
visando principalmente à inclusão digital, sendo que cerca de 95% da população já tem
energia elétrica.

2.2 A REDE ELÉTRICA COMO CANAL DE COMUNICAÇÃO

“A Rede de distribuição de energia elétrica é um meio extremamente hostil


como canal de comunicações” (ROSS; JÚLIO, 2011, p. 10). Mesmo parecendo algo
simples, duas tomadas de energia elétrica em uma mesma instalação apresenta função
de transferência bastante complicada devido principalmente á falta de “casamento”
entre as impedâncias das cargas nas terminações de rede. As respostas em amplitude e
fase trabalham em uma faixa bem extensa com a frequência, e elas variam muito.
Podendo então em algumas frequências o sinal pode chegar ao destino com poucas
16

perdas, ou às vezes, em outras frequências, o nível de potência pode ser tão baixo, que o
sinal acaba sendo perdido pelo canal.

De acordo com Ross (2011) a função de transferência do canal PLC varia


também com o tempo e ocorre devido á natureza dinâmica com que as cargas são
inseridas ou removidas da rede elétrica ou mesmo devido a alguns dispositivos que
apresentam impedâncias que variam com o tempo, como as fontes chaveadas ou ainda
alguns tipos de motores. Como resultado o canal pode apresentar, em algumas faixas,
uma boa qualidade para a transmissão, enquanto em outras o canal pode ter uma
capacidade bastante limitada. Por causa da variedade da frequência com o tempo, uma
utilização eficiente da rede elétrica como meio de comunicações requer que uma
abordagem adaptativa que compense de alguma forma as variações da função de
transferência do canal PLC.

A área da telecomunicação tem crescido com o passar o tempo, e “cerca de 50%


de todos os lucros são investidos na infraestrutura das telecomunicações, o que é
necessário para a realização de redes de acesso de telecomunicações”. (Hrasnica;
Haidine; Lehnert, 2004, p. 7). Fazendo com que a rede elétrica, como já é bem
estruturada, seja um ótimo meio para transmissão de dados, economizando assim na
colocação de infraestrutura, e abrangendo uma enorme área para se utilizar. Antes de
entrarmos no Histórico do PLC, a figura 1 nos mostra uma topologia de uma rede
elétrica.
17

Figura 1: Topologia de uma rede elétrica

Fonte: Adaptado de Hraisnica (2004)

2.3 REDES DE ENERGIA ELÉTRICA

Para pode falarmos sobre PLC, precisamos entender um pouco como funciona a
rede de energia elétrica. A produção de energia elétrica pode ser realizada de várias
formas, sendo as mais conhecidas: geração hidrelétrica (utiliza a energia potencial da
água) ou geração termoelétrica (energia potencial dos combustíveis). “No Brasil, cerca
de 90% da energia gerada são através de hidrelétricas, porque o nosso país possui um
rico potencial hidráulico, estimado em mais de 150 milhões de KW.” (GREDER;
HÉLIO, 2002, p. 1).
18

2.3.1 Redes de Transmissão

“Transmissão significa o transporte de energia elétrica gerada até os centros


consumidores.” (GREDER; HÉLIO, 2002, p. 6).

A transmissão ocorre por linhas de transmissão, usando geralmente corrente


alternada que é gerada nos geradores trifásicos de corrente alternada.

2.3.2 Redes de Distribuição

A etapa distribuição do sistema elétrico é feita dentro dos centros de utilização


(bairros, cidades, indústrias). “A distribuição começa na subestação abaixadora, onde a
tensão da linha de transmissão é baixada para os valores padronizados nas redes de
distribuição primária (11 KV; 13,2KV; 15KV; 34,5KV etc.).” (GREDER; HÉLIO,
2002, p. 7). Para chegar ao usuário final, é usada a subestação abaixadora para a baixa
tensão, onde a tensão é diminuída para a utilização (380/220 V, 220/127 V). No Brasil
existem cidades que utilizam a tensão fase-neutro de 220 v (Brasília, Nordeste etc.) e
também outras com 127 V (Rio de Janeiro, São Paulo, Sul do país etc.).

2.3.3 Rede Residencial e Predial

De acordo com Cavalin e Cerverin (2005) as instalações funcionam com dois


tipos de circuito: o de distribuição (atendendo várias cargas) e o de terminal (atendendo
a uma carga específica – ponto de utilização).

Os circuitos terminais partem do quadro de distribuição e alimentam diretamente


lâmpadas, tomadas de uso geral (TUG’s) e tomadas de uso específico (TUE’s).
(Cavalin; Cerverin, 2005, p. 197). Ou seja, quadro para um Ponto. Já os circuitos de
distribuição partem do medidor e se estendem até os quadros de distribuição.
19

Figura 2: Exemplo de um circuito terminal.

Fonte: Adaptado de Cavalin (2005)

2.4 REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

O século XX foi um século onde as tecnologias cresceram rapidamente,


principalmente as tecnologias da informação podendo receber destaque a implantação
mundial das redes telefônicas fixas e móveis, o surgimento dos satélites de comunicação
e a consolidação da Internet.

2.4.1 Meios de Transmissão de dados

O meio de transmissão de dados oferecerem suporte ao fluxo de dados entre dois


dispositivos. Vários meios físicos podem ser utilizados para transmitir o fluxo de dados.
Os meios físicos são divididos em meios guiados, e não guiados.
Os meios físicos guiados utilizados para transmitir dados são (TANENBAUM, 2003):
20

 Fios de cobre - Para trançado;


 Fios de cobre - Cabo Coaxial;
 Fibras ópticas.
 Os meios de físicos não guiados utilizados para transmitir dados são:
 Ondas de rádio;
 Raios laser.

2.4.2 Redes de computadores

Segundo TANENBAUM (2003), no início o sistema computacional era muito


centralizado, poucos setores como empresas e universidades tinham algumas unidades,
que serviam para as pessoas muitas das vezes contemplar aquela maravilha eletrônica.
Ninguém acreditava que em 20 anos, haveria milhões de computadores igualmente
avançados do tamanho de um selo postal.

A Fusão dos computadores e das comunicações teve uma


profunda influência na forma como os sistemas computacionais eram
organizados. O conceito de “centro da computação” como uma sala
com um grande computador ao qual os usuários levam seu trabalho
para o processamento agora está completamente obsoleto. O velho
modelo de um único computador atendendo a todas as necessidades
computacionais da organização foi substituído pelas chamas Redes de
Computadores, nas quais os trabalhos são realizados por um grande
número de computadores separados, mas interconectados.
(TANENBAUM; ANDREW .S, 2003,p 1-2).

2.4.3 Internet

Não devemos confundir internet, como um protocolo, ou algum modo de rede.


Internet é um conjunto de várias redes diferentes, que utilizam protocolos semelhantes e
fornecem determinados serviços semelhantes (TANENBAUM, 2003)
21

2.4.3.1 Arquitetura da Internet

Nesta seção iremos apresentar uma visão geral sobre a internet, utilizando como
referencia a Figura a seguir.

Figura 3: Visão geral da internet.

Fonte: Adaptado de Tanenbaum (2003)

O Cliente realiza uma conexão com a internet via rede telefônica, fazendo a
conexão com o ISP (Internet service Provider – Provedor de Acesso a Internet) através
da emissão de sinais analógicos ao POP (Point Of Presence – Ponto de Presença), que
recebe os sinais da rede telefônica, converte em sinais digitais e os encaminha ao ISP
Regional.

O ISP Regional é um conjunto de roteadores interconectado servindo todas as


cidades da região cobertas por cada ISP. Caso um pacote tenha como destino um host
da região do ISP será entregue diretamente ao host, caso contrário o ISP redireciona o
pacote ao backbone da operadora (TANENBAUM, 2003).
22

2.4.4 Os protocolos de Rede

Os protocolos de rede são um conjunto de regras que controlam o formato e o


significado dos pacotes ou de mensagens trocadas pela rede.

A arquitetura nas redes de computadores consiste na existência de diversas


camadas com cada camada possuindo um protocolo e uma interface. Cada camada
presta serviço a uma camada logo acima. Existem duas importes arquiteturas de rede
que se destacam o modelo de referência Open Systems Interconnection (OSI), e o
modelo de referencia TCP/IP. (TANENBAUM, 2003).

2.4.4.1 Modelo OSI

O modelo OSI foi uma proposta desenvolvida pela ISO (International Standards
Organization – Organização Internacional de Normalização), onde a camada inferior
fornece serviço para a camada superior. Quando um programa aplicativo necessita
comunicar-se, a mensagem passa de uma camada para outro até chegar ao menor nível e
ser transmitida pelo meio de transmissão. O Modelo OSI, foi o primeiro passo em
direção a padronização internacional dos protocolos que empregam o método de
camadas.

Figura 4: O modelo de referencia OSI.

Fonte: Adaptado de Tanenbaum (2003)


23

2.4.4.2 Modelo TCP/IP

O conjunto de protocolos TCP/IP, utilizado na Internet, é composto por quatro


camadas: Aplicação, Transporte, Inter-redes e Host/Rede.(TANENBAUM, 2003). A
Figura a seguir demonstra as camadas do modelo TCP/IP, relacionando-as com as
camadas do modelo OSI, de acordo com a função de cada camada.

Figura 5: O Modelo de referencia TCP/IP.

Fonte: Adaptado de Tanenbaum (2003)

2.4.4.3 Protocolos da Internet

Os protocolos que caracterizam a Internet são:


 IP – Internet Protocol;
 UDP – User Datagram Protocol;
 TCP – Transmission Control Protocol;
 RTP – Real-Time Transport Protocol;
24

2.4.4.3.1 O protocolo IP

O protocolo IP é um protocolo da camada de Rede, é ele o elemento que mantém


a Internet unida. Ao contrário dos protocolos mais antigos da camada de rede, o IP foi
projetado desde o início tendo como objetivo a interligação de redes. Sua tarefa é
fornecer a rede a melhor forma possível (ou seja, sem garantias) de transportar
datagramas da origem para o destino, desconsiderando se as máquinas estão na mesma
rede, ou de haver outras redes entre elas. (TANENBAUM, 2003)

2.4.4.3.2 O protocolo UDP

UDP é um protocolo da camada de transporte, ele oferece um meio para as


aplicações enviarem datagramas IP encapsulados sem que seja necessário estabelecer
uma conexão (Ele não prioriza a segurança). (TANENBAUM, 2003)

2.4.4.3.3 O protocolo TCP

Para a maioria das aplicações da internet é necessária uma entrega confiável e


em sequência, como o protocolo UDP não pode proporcionar isso, foi criado o TCP. Ele
foi projetado especificamente para oferecer um fluxo de bytes fim a fim confiável em
uma inter-rede não confiável. Ele se adapta dinamicamente ás propriedades da inter-
rede e ser robusto diante dos muitos tipos de falhas que podem ocorrer.
(TANENBAUM, 2003)

2.4.4.3.4 O protocolo RTP

A partir do momento que o rádio da Internet, a telefonia da Inter, a musica , a


vídeo conferencia e outras aplicações foram ficando mais comuns, foi percebido que
cada aplicação estava reinventando protocolos de transporte em tempo real parecidos. O
25

Protocolo RTP, foi criado para ser um protocolo de transporte em tempo real genérico,
ou seja, padronizando seu uso. Ele é um protocolo de transporte implementado na
camada de aplicação. (TANENBAUM, 2003)

2.4.5 Subsistema de acesso

O subsistema de acesso é a composição do acesso interno (rede domiciliar) e do


acesso externo (rede de telecomunicações) que interliga o domicílio à central de acesso.
(HRASNICA, 2004)

2.4.6 Soluções de redes internas (indoor)

As tecnologias citadas a seguir estão atualmente disponíveis no mercado de


redes domiciliares e foram consideradas como soluções de redes internas.

 Ethernet com fio;


 Wi-Fi (802.11);
 Phone Line Home – PNA;
 Powerline Home Plug;
 Bluetooth;

2.4.7 Acesso externo ou Última milha

Atualmente no mercado de telecomunicações existem as tecnologias, citadas a


seguir, como soluções para redes externas:

 Acesso via par metálico (xDSL e RDSI);


 Acesso via fibra óptica (FTTX);
 Acesso via cabo coaxial mais fibra óptica (HFC);
26

 Acesso via sistema wireless (rádio e/ou satélite);


 Acesso via rede elétrica (PLC).

2.4.8 Backbone

O backbone consiste em diversos roteadores conectados através de cabos de


fibra óptica de banda elevada e de alta velocidade. Existem casos que backbones de
diferentes operadoras se comunicam para que um pacote possa ser entregue ao host de
destino. A comunicação e a conexão entre backbones é realizada através dos Network
Access Point – Ponto de acesso a Internet (NAPs). Um NAP é basicamente uma sala
composta de roteadores com pelo menos um para cada backbone, e com todos os
roteadores conectados através de uma LAN. (TANENBAUM, 2003).
27

3 A TECNOLOGIA POWER LINE COMMUNICATION

Este capítulo tem como objetivo principal fazer uma introdução teórica e em
seguida apresentar as características técnicas de funcionamento e operação da
tecnologia PLC.

3.1 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO

PLC é um sistema de telecomunicações através de rádio frequências (RF) que


utiliza como meio de transporte a rede elétrica de distribuição (ANATEL, 2003). O
Principio básico de funcionamento da tecnologia PLC esta na frequência dos sinais
gerados. Na tecnologia PLC o sinal gerado opera em MHz (1,7MHz A 30MHz), e o
sinal de energia elétrica em Hz (50Hz a 60Hz), com essa diferença brusca de frequência
os dois sinais podem utilizar o mesmo meio sem que interfira no outro, no mesmo meio
de transmissão. (HRASNICA, 2004).

Figura 6: Espectro de frequência PLC

Fonte: Adaptado APTEN (2012)

3.2 TIPOS DE SEGUIMENTO DE REDES PLC

Existem dois seguimentos de atuação da tecnologia PLC:


 Last Mile Access(outdoor);
 Last Inch Access(Indoor);
28

3.2.1 Last Mile Access (Outdoor)

É a rede de acesso as residências, que conecta os usuários com os provedores de


acesso. A rede outdoor vai desde rede de baixa tensão até o medidor de energia elétrica
das residências. Neste seguimento o PLC apresenta-se como mais um das possibilidades
tecnológicas dentre as quais estão o cable modem e diferentes tipos de xDSL e difusão
sem fios (broadband wireless). É nesse seguimento que as concessionárias de energia
elétrica demonstram interesse, pois a tecnologia PLC utiliza as linhas de transmissão
das redes elétricas, possibilitando a abertura de um novo setor de mercado.

Figura 7: Estrutura de uma rede de acesso PLC

Fonte: Adaptado de Hrasnica (2004)

3.2.2 Last Inch Access (Indoor)

É a rede de acesso que contempla a parte de dentro das residências. Ela começa
do medidor de energia elétrica até a tomada de eletricidade dentro da residência. Devido
a sua capilaridade alguns estudos apontam que o uso de PLC in-home seria mais eficaz
para prover o acesso no interior das residências que o cabo de rede tradicional (UTP),
ou mesmo o wireless.
29

Figura 8: Estrutura de uma rede PLC Indoor

Fonte: Adaptado de Hrasnica (2004)

3.3 FAIXAS DE FREQUÊNCIAS PARA SEGUIMENTOS PLC

A Atual regulamentação em estudo pela ETSI/CENELEC (European


Telecommunications Standards Institute/European Committee for Electrotechnical
Standardization) indica as seguintes faixas de frequências (ANATEL, 2003):
 De 1 MHz a 10/13 MHz para o segmento de acesso (outdoor)
 De 10/13 MHz a 30 MHz para o seguimento in-home (indoor)

3.4 TAXAS DE TRANSMISSÃO

Na tecnologia PLC, as taxas de transmissão foram aumentando com o passar do


tempo, conforme as necessidades e as exigências fossem aumentando. Então foram se
desenvolvendo padrões de adaptadores utilizados para rede local doméstica. Como
nosso foco não é entrar em detalhes sobre cada geração de padrões, abaixo estão citados
os padrões e suas taxas de transmissão:
 Homeplug 1.0 – Taxas de transmissão de 1 a 14Mbps.
 Homeplug 2.0 - Taxas de transmissão até 45Mbps.
 HomePNA 1.0 – Taxas de transmissão de 1Mbps.
 HomePNA 2.0 – Taxas de transmissão de 32Mbps.
30

 HomePNA 3.0 – Taxas de transmissão de Máxima de 240Mbps (ROSS, 2010).

3.5 ELEMENTOS DA REDE PLC

Como mencionado já no decorrer do trabalho, PLC utiliza a rede elétrica para


transmitir informações para realizar diversas aplicações como comunicações e serviços
de automatização. Porém, o sinal de comunicação tem que ser convertido em uma forma
que permita a transmissão de dados através da rede elétrica. Para este propósito as redes
PLC incluem alguns elementos de rede específicos para assegurar a conversão dos
sinais e sua transmissão (HRASNICA, 2004). Elementos PLC são elementos da rede
necessários para a realização de comunicação através das redes elétricas. A tarefa
principal dos elementos básicos é a preparação, conversão, transmissão e recepção dos
sinais em cima dos padrões PLC. A figura 9 nos mostra os pontos de conexão destes
elementos nas redes PLC de acesso externo (outdoor) e interno (indoor). Os seguintes
elementos fazem parte de uma rede PLC básica de acesso:

 PLC estação base.


 PLC modem.
 PLC Repetidores.
 PLC Gateway.
 PLC dispositivos de acoplamento.

Figura 9: Rede PLC e seus elementos (equipamentos).

Fonte: Adaptado de Hrasnica (2004)


31

3.5.1 PLC Estação Base

Os elementos PLC estação base convertem, concentram, gerenciam e transmitem


as informações em uma rede PLC. São instalados próximos aos transformadores de
energia de baixa tensão para as aplicações externas (outdoor), são conectados com a
rede elétrica de baixa tensão de um lado e, do outro lado, com a rede de acesso a WAN.
Entretanto, a estação não conecta dispositivos de usuários individuais, mas prove
comunicações de rede múltiplas interfaces, como xDSL, Hierarquia Digital Síncrono
(SDH) para conexão com um rd de alta velocidade, WLL para interconexão sem fios, e
assim por diante. Desta forma, um PLC estação base pode ser usado para receber
conexão com o backbone usando várias tecnologias e comunicação. A Estação Base
controla a operação de acesso ao meio PLC com redes de acessos WAN (HRASNICA,
2004).

3.5.2 PLC Modem

Os modems PLC conectam equipamentos de comunicações padrões, usados


pelos usuários com o meio de transmissão Powerline. A interface do lado do usuário
pode prover vários padrões de interfaces para dispositivos de comunicações diferentes,
por exemplo, a Ethernet, USB e até Wireless. No outro lado, o modem PLC é conectado
à rede elétrica através de uma junção específica que permite a sua alimentação, a
transmissão e a recepção de sinais no meio Powerline. A junção tem que assegurar uma
separação de tecnologia e agir como um filtro, dividindo as comunicações que operam
acima de 9KHz do poder elétrico de 50 ou 60Hz. O modem PLC implementa todas as
funções da camada física. A segunda camada também é implementada dentro do
modem que inclui seu MAC (Media access control – controle de acesso ao meio) e LLC
(Logical link control – controle de ligação lógica) de acordo com o modelo OSI (Open
Systems Interconnection - Interconexão de Sistemas Abertos) (HRASNICA, 2004).
32

3.5.3 PLC Repetidor

Podem existir locais em que o destino da rede PLC é encontrado longe da sua
estação base, fazendo com que o sinal PLC se enfraqueça devido a distância. A solução
para isso são os repetidores, eles dividem uma rede PLC de baixa tensão em vários
segmentos, recuperando o sinal e logo após colocando novamente na rede elétrica (o
sinal é colocado em uma fase diferente da linha de transmissão), expandindo a cobertura
ou aumentando a largura de banda em segmentos críticos da rede. Estudos revelam que
a cada 1km (quilometro) de rede PLC , é necessário um repetidor.

3.5.4 PLC Gateway

Para conectar um usuário PLC (indoor) com a rede de acesso PLC (outdoor) é
usado um gateway para dividir os ambientes que operam com frequências diferentes. O
gateway converte o sinal transmitido das frequências outdoor para as frequências que
são especificadas para o uso indoor. O ponto de instalação de um gateway normalmente
é próximo da unidade do medidor da residência, conforme mostra a figura 10.

Figura 10: gateway próximo ao medidor de uma residência.

Fonte: Adaptado de Hranisca (2004)


33

3.5.5 PLC Dispositivos de Acoplamento

O acoplamento dos equipamentos PLC à rede elétrica é realizado através de


equipamentos especificamente desenvolvidos, que oferecem o isolamento adequado
entre os sinais de telecomunicações e energia elétrica, garantindo a segurança
operacional do sistema e dos usuários (ROSS 2010).

Acoplamento é o método utilizado para injetar ou extrair o sinal PLC na rede de


elétrica. Os dispositivos de acoplamento foram especialmente desenvolvidos para
permitir a injeção e extração do sinal PLC, tanto nas redes de média tensão quanto nas
redes de baixa tensão. A principal função os dispositivos de acoplamento, como a
própria nomenclatura indica, é acoplar e desacoplar o sinal PLC numa faixa de
frequência limitada e filtrar qualquer outro sinal que não esteja nesta faixa de operação.

Figura 11: Acoplamento indutivo do sinal PLC.

Fonte: Adaptado de ROSS (2010)

Existem 02 (dois) tipos de dispositivos de acoplamento:

 Acoplamento capacitivo que injeta e extrai o sinal PLC através de contato


direto (contato galvânico) com os cabos da rede de distribuição;
 Acoplamento indutivo que injeta e extrai o sinal PLC através de indução
eletromagnética (ferrite).
34

Os Acopladores Indutivos são utilizados para injetar/extrair o sinal PLC sobre as


linhas de energia elétrica de média ou baixa tensão onde não haja ponto de contato
galvânico disponível. Conectado através de uma braçadeira denominada como
“Clamp”, é utilizado como circuito magnético instalado em torno do condutor para que
assim possam acoplar, por indução, o sinal PLC. Este dispositivo possui um
funcionamento idêntico a um transformador de tensão, onde não existe nenhum contato
elétrico entre o enrolamento primário e o secundário, e somente as linhas de indução
eletromagnética atravessam os enrolamentos. Na fabricação deste dispositivo são
utilizados dois tipos de material conforme segue:

Para os acoplamentos em redes de baixa tensão é utilizado o ferrite, para os


acoplamentos em redes de média tensão é utilizado um material magnético flexível,
especial, de altíssima permeabilidade que, para aplicações em média tensão, reduz os
problemas de saturação magnética quando comparado com o uso de ferrite.
(PLCOUPLING, 2012)

Os Acopladores Capacitivos são utilizados para injetar/extrair o sinal PLC sobre


as linhas de energia elétrica de média ou baixa tensão onde haja um bom ponto de
contato galvânico disponível. A qualidade do contato galvânico influência diretamente
na qualidade do acoplamento. Portanto, o ponto de contato deve ser o melhor possível.
O tipo de acoplamento instalado deve ser definido com base na qualidade do sinal e
facilidade de instalação nas condições específicas da rede de distribuição utilizada.
Outra observação importante diz respeito ao comprimento dos cabos de conexão destas
unidades de acoplamento, pois quanto menor for o cabo que realizará a conexão às
linhas de potência ou aos barramentos e disjuntores localizados no interior dos quadros
de distribuição, menor serão as perdas durante o processo de injeção do sinal na rede de
energia (ARTECHE, 2012).

3.6 LEGISLAÇÕES

No Brasil para que o PLC possa ser implantado ou testado depende da aprovação
do nosso órgão responsável pela rede de energia elétrica do Brasil, a ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica). É ela quem da à permissão para a ANATEL (Agencia
Nacional de Telecomunicações) para impor essa tecnologia no Brasil. O órgão
35

responsável pelos testes realizados no Brasil é a APTEL (Associação de Empresas


Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações).

A Diretoria Colegiada da ANEEL aprovou, no dia 25 de agosto


(2009), as regras para utilização da rede elétrica para transmissão de
dados, voz e imagem e acesso à Internet em alta velocidade por meio
da tecnologia Power Line Communications (PLC). A Resolução
Normativa nº 375/2009 que estabelece as condições de
compartilhamento da infraestrutura das distribuidoras vai permitir
significativos avanços ao país, com importante estímulo à inclusão
digital, pois 95% da população brasileira têm acesso à eletricidade por
meio de 63 concessionárias e 24 cooperativas, que levam energia a
63,9 milhões de unidades consumidoras. (ANEEL, 2012).

De acordo com a Aneel as distribuidoras de energia só poderão disponibilizar a


energia elétrica, o serviço de internet, de exploração comercial e de telecomunicações
através do PLC fica de responsabilidade para toda pessoa jurídica detentora de
autorização, nos termos da regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações
(ANATEL), com base no Art.2º da regulamentação Aneel.

3.7 VANTAGENS E DESVANGENS DO PLC

Como todas as tecnologias, a tecnologia PLC, também apresenta suas vantagens


e desvantagens, as duas próximas sessões irão citar as desvantagens e vantagens da
tecnologia PLC.

3.7.1 Desvantagens da tecnologia PCL

As desvantagens que impedem uma total implantação do PLC estão diretamente


e principalmente ligadas a padronização e regulamentação e em parte pela
diversificação e qualidade das redes de distribuição de energia elétrica:

 Mesmo nos países onde já existe exploração comercial, não existe uma
regulamentação forte aceita mundialmente. Cada país vem condicionando a
regulamentação conforme os avanços da tecnologia. No Brasil, ainda não existe
36

sequer uma regulamentação. Existe apenas uma autorização da ANATEL para


realização de testes com a tecnologia

 A padronização também é outra desvantagem, mesmo com várias tentativas


como HomePlug Alliancce, ANATEL, PLCforum e outros órgãos.

 A qualidade da rede elétrica também se torna um problema para algumas


concessionárias brasileiras que possuem redes antigas e precisam de melhorias
até para rede elétrica.

 Falta escala de produção, o que encarece os equipamentos.

 A rede elétrica brasileira possui uma quantidade enorme de ruído o que diminui
a velocidade do sinal PLC e pode até silencia-lo.

 O meio é compartilhado com aproximadamente 50 usuários por subsistema.


Como a banda é compartilhada necessita-se de um bom sistema de segurança

3.7.2 Vantagens da tecnologia PLC

Mesmo que a tecnologia PLC não esteja totalmente pronta e regulamentada,


podemos citar algumas vantagens que mostram o PLC como uma alternativa viável para
transmissão de dados, principalmente como ultima milha.

 Não há a necessidade de uma nova estrutura (a rede já está pronta);

 Barramento compartilhado (custo compartilhado).

 Fácil instalação.

 Rede Doméstica com novas e múltiplas aplicações.

 Alta capilaridade do sistema elétrico para diminuição dos custos de implantação.

 Oportunidade de novos negócios e diversificação de atividades.


37

4 PLC NA ÚLTIMA MILHA ACESSO À INTERNET

Nesta sessão o PLC será apresentado como uma opção de acesso à Internet na
última milha. Última milha, conhecida também como último quilometro de acesso a
rede, é o nome dado ao trajeto do acesso da operadora até o usuário final. Este acesso,
como já foi falado, pode ser feito através de fibra óptica, wireless, par metálico (par
trançado), e até via rede elétrica (utilizando a tecnologia PLC).

Perante as vantagens e desvantagens do PLC já citados, a tecnologia PLC pode


ser uma boa forma de acesso a ultima milha. A Figura a seguir mostra a topologia da
tecnologia PLC na última Milha e na residência do usuário, demonstrando assim uma
rede de acesso PLC, com os equipamentos necessários para o uso da tecnologia PLC.

Figura 12: Rede de Acesso PLC

Fonte: Adaptado de HRANISCA (2004)

Como podemos ver, de acordo com a Figura 12, o acesso da ultima milha vai até
o medidor da residência.
38

4.1 EQUIPAMENTOS

Permitem utilizar a rede de distribuição de energia elétrica como meio de


comunicação para transmissão de sinais em alta velocidade. Neste trabalho serão
apresentados os equipamentos do fabricante Mitsubishi de tecnologia DS2–Geração I que
são necessários para montar uma rede PLC para oferecer acesso à Internet na ultima milha.

4.2 LINHA MITSUBISHI – SOLUÇÃO PLC 45MBPS PADRÃO DS2

Nesta seção serão apresentados os equipamentos da linha Mitsubishi e suas


características.

4.2.1 Modem do Usuário (CPE)

O modem CPE (Customer Premises Equipment), é um transceptor de RF (rádio


frequência), para linhas de energia elétrica de Baixa Tensão, com função de Modem
PLC.

Figura 13: MODEM CPE

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.1.2 Características do modem CPE

 Conecta-se a uma tomada de energia elétrica comum, através de um único cabo;


39

 Fonte de Alimentação e Acoplador Internos;


 Dispõe de outras interfaces para dispositivos domésticos;
 Pode trabalhar como um Terminal VoIP;
 Trabalha em uma única faixa de frequências, evitando interferências;C
 Não necessita de configuração especial pelo usuário.

4.2.1.3 Especificações Técnicas do Modem CPE

A Tabela 1 mostra as principais especificações técnicas do Modem de Usuário-


CPE.

Tabela 1: Especificações Técnicas do Modem CPE

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.1.4 Conexões do Modem CPE

Todos os conectores estão localizados na parte posterior do modem, conforme


mostra a Figura 14.
40

Figura 14: Conectores Modem CPE

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.2 Estação Base – Master PLC – Baixa Tensão

Transceptor de RF (Rádio Frequência), para linhas de energia elétrica de BT


(Baixa Tensão), com função de Master PLC.

Figura 15: Modem Master BT

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.2.1 Características do Modem Master PLC

 Executa as funções de uma Bridge entre o sinal vindo do backbone da rede de


dados com os cabos de Baixa Tensão em um segmento de Rede PLC;
41

 Executa a função de Geração e Injeção do sinal PLC diretamente nas linhas de


energia elétrica de Baixa Tensão;
 Dispõe de vários link’s de frequência para otimização de performance, em
função da distância, evitando interferências em condições adversas;
 Responsável pelo controle e gerenciamento de usuários e novos segmentos de
Rede PLC.

4.2.2.2 Especificações Técnicas do Modem Master PLC

A Tabela 2 mostra as principais especificações técnicas do Master PLC.

Tabela 2: Especificações técnicas do Master PLC

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.2.3 Conexões do Modem Master PLC

Todos os conectores estão localizados na parte posterior do modem, conforme a


Figura 16.
42

Figura 16: Conectores do Modem Master PLC

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.3 Repetidor PLC – Baixa Tensão

Transceptor de RF (Rádio Frequência), para as linhas de energia elétrica de


Baixa Tensão, com função de repetidor PLC.

Figura 17: Modem Repetidor BT

Fonte: HYPERTRADE (2012)


43

4.2.3.1 Características do Repetidor PLC (Figura 17).

 Responsável pela reconstituição (regeneração do sinal PLC), para aumento da


área de cobertura, nas linhas de energia elétrica de Baixa Tensão;
 Executa a função de Geração e Injeção do sinal PLC diretamente nas linhas de
energia elétrica de Baixa Tensão;
 Dispõe de vários links de frequência para otimização de performance, em função
da distancia, evitando interferências em condições adversas;
 Responsável pelo controle e gerenciamento de usuários nos últimos segmentos
de Rede PLC.

4.2.3.2 Especificações Técnicas do Repetidor PLC

A Tabela 3 mostra as principais especificações técnicas do Repetidor.

Tabela 3: Especificações Técnicas do Repetidor PLC

Fonte: HYPERTRADE (2012)


44

4.2.3.3 Conexões do Repetidor PLC

Todos os conectores estão localizados na parte posterior do modem, conforme


mostra a figura 18.

Figura 18: Conexões do Repetidor PLC

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.4 Nó de média tensão PLC.

Transceptor de RF (Rádio Frequência) para as linhas de energia elétrica de


Média Tensão(MT), com função de Repetidor e função de Master para Baixa Tensão.

Figura 19: Master/Repetidor MT

Fonte: HYPERTRADE (2012)


45

4.2.4.1 Características do Nó PLC

 Executa as funções de Bridge entre o BackHaul da Rede de Dados e a Rede de


Média Tensão PLC;
 Executa a função de Geração e Injeção do sinal PLC diretamente nas linhas de
energia elétrica de Baixa Tensão;
 Dispõe de vários links de frequência para otimização de performance, em função
da distância, evitando interferências em condições adversas;
 Topologia ponto-a ponto com desempenho otimizado.

4.2.4.2 Especificações Técnicas do Nó PLC

A Tabela 4 mostra as principais especificações técnicas do Nó de Média Tensão


PLC.

Tabela 4: Especificações Técnicas do Nó PLC

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.4.3 Conexões do Nó PLC

Todos os conectores estão localizados na parte posterior do modem, conforme a


figura 20.
46

Figura 20: Conexões do Nó PLC

Fonte: HYPERTRADE (2012)

4.2.5 Acoplador Capacitivo

O Acoplador Capacitivo para Média Tensão facilita a instalação em linhas de


energia elétrica de Média Tensão. Fabricantes conhecidos são Arteche e Dimat, que
utilizam tecnologia com baixa impedância de inserção. É necessária uma unidade por
circuito elétrico conectado ao segmento de Rede PLC.

Figura 20: Unidade de acoplo capacitivo

Fonte: ARTECHE (2012)


47

4.2.6 Acoplador Indutivo

O Acoplador Indutivo deve ser utilizado quando não há grande facilidade para
cortes e interrupção na rede de energia elétrica de Média Tensão, facilitando a
instalação. Fabricantes conhecidos são Arteche e Eichhoff com baixa impedância de
inserção.

Figura 21: Unidade de acoplo indutivo

Fonte: ARTECHE (2012)

4.2.7 Tópicos de Rede

Os equipamentos PLC da Mitsubishi trabalham como dispositivo de rede “Nível


2” (Switch Ethernet “Nível 2”) com as seguintes funções básicas:

 Suporte a VLAN;
 Suporte a QoS;
 Suporte a CoS;
 Suporte a DHCP;
 Capacidade de Gerenciamento Remoto.
48

4.2.8 Arquitetura PLC – Última Milha

Para exemplificar uma rede PLC para última milha, foi utilizada a seguinte
arquitetura (Figura 22)

Figura 22: Arquitetura de uma Rede PLC para Última Milha

Fonte: O Autor (2012)

Como observado na Imagem a tecnologia PLC utiliza a infraestrura da energia


elétrica que começa pelo Gerador de Energia. Ao chegar no Transformador de MT,
próximo a ele estaria um Modem Master PLC, fazendo o acoplamento do sinal. Após
um trajeto longo seria necessário a utilização de um repetidor para fortalecer o sinal
PLC. Chegando a uma situação como demonstrada na Figura 22, para que não
precisássemos utilizar um repetidor e um modem máster ao mesmo tempo, poderíamos
usar um Nó de média tensão, que faria seu papel de repetidor e de modem Master PLC.

O Sinal então passa pela rede de Baixa tensão chegando então ao medidor da
residência, onde seria necessário um repetidor para levar o sinal até as tomadas de
energia. Depois das tomadas, um modem CPE para filtrar o sinal, e enfim um aparelho
49

com suporte a redes de dados, como já foi falado, dependendo do modem, poderíamos
receber dados por wireless, cabo, etc.

Essa foi uma arquitetura ilustrativa demonstrando todos os equipamentos, mas


nem sempre todos eles vão ser necessários em uma rede última milha.
50

5 CONCLUSÃO

A proposta deste trabalho foi analisar a tecnologia PLC como uma opção para
uma rede de acesso ultima milha. É claro que para entendermos toda a tecnologia PLC,
necessitaria muito mais do que algumas páginas, mas observamos que a tecnologia é de
grande utilidade.

Diante das vantagens citadas, e de toda a análise dos equipamentos conseguimos


perceber a facilidade e o baixo custo que seria para implantar a tecnologia PLC em uma
rede de ultima milha. O PLC não veio para substituir os outros serviços existentes, mas
sim como uma nova alternativa principalmente em lugares onde a tecnologia das
telecomunicações não chegou ainda.

No Brasil, segundo a IBGE, apenas 2% da população não possui energia elétrica


(GESEL 2012), o que facilita para a tecnologia PLC, devido a infraestrutura de energia
elétrica quase que completa. Entretanto nossa rede elétrica não foi projetada para
transmissão de dados, e em comparação com países da Europa e dos Estados Unidos da
América , a nossa malha elétrica é bastante frágil, o que necessitaria de uma adaptação
com intuito de evitar a instabilidade na rede causada pela interferência de aparelhos
eletrônicos, como já havíamos visto.

De acordo com ROSS (2010) muitos experimentos já foram realizados de forma


bem sucedida na Europa, e mostra que o PLC é uma solução viável para implantar redes
de telecomunicações utilizando uma infraestrutura já existente. No Brasil vários testes já
foram realizados, tendo resultados positivos e negativos.

Para muitos profissionais é vista como uma esperança e para outros opositores é
vista como um fracasso, a tecnologia PLC, vem conquistando seu espaço a fim de ser
exposta no mercado, pois já podemos ver um nível de maturidade capaz de ser
experimentada comercialmente no Brasil.
51

REFERÊNCIAS

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http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/7%20-%20ANATEL%20-
%20Maximiliano.pdf> Acesso em: 16 dez. 2012
ANATEL, Pesquisa. Disponível em: <
http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalInternet.do> Acesso em: 16 dez. 2012
ANEEL, PLC – Internet via rede elétrica. Disponível em:
<http://www.aneel.gov.br/hotsite/plc/> Acesso em: 16 dez. 2012
ARTECHE, PLC/BPL Acopladores para M.T. Disponível em: <
http://www.arteche.com/web/frontoffice/verCategoriaPLC.aspx?idioma=3&id_cat=82>
Acesso em: 05 dez. 2012
CAVALIN, G. CERVELIN, S. (1998). Instalações Elétricas Prediais: Conforme Norma
NBR 5410:2004. 21ª Edição. São Paulo: Érica, 2011. 422 p.
GESEL, Notícias Disponível em: <http://www.nuca.ie.ufrj.br/blogs/gesel-
ufrj/index.php?/archives/23402-97,8%25-da-populaco-brasileira-ja-tem-eletricidade,-
aponta-IBGE.html> Acesso em: 08 dez. 2012

GREDER, H. (1996). Instalações Elétricas. 14ª Edição. Rio de Janeiro: LTC – Livros
Técnicos e Científicos, 2002. 479 p.
HOMEPLUG, The homeplug experience. Disponível em:
<http://www.homeplug.org/tech> Acesso em: 08 dez. 2012

HRASNICA,Halid et al. Broadband Power Line Communications: Network Design.


Londres: John Wiley & Sons, 2004.

HYPERTRADE,Solução PLC, 45Mbps. Disponível em:


<http://www.hypertrade.com.br/plc/exibir_texto.asp?cod_texto=154>. Acesso em: 05
dez. 2012.
PINTO, E. L; ALBUQUERQUE, C., P. A Técnica de Transmissão OFDM.
PLCOUPLING Produtos. 2007. Disponível em:
<http://www.plcoupling.com/productos_i.php?aid=2>. Acesso em: 05 dez. 2012
ROSS, J. (2010). PLC – Power Line Communications. s.n.t 90 p.
TANENBAUM, ANDREW S. Redes de Computadores. 4ª Edição. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003. 945 p.

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