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MANUTENÇÃO EM SUBESTAÇÃO 1

DEFINIÇÕES
Subestação:
Conjunto de instalações elétricas em média ou alta tensão que agrupa os
equipamentos, condutores e acessórios, destinados à proteção, medição,
manobra e transformação de grandezas elétricas. As Subestações do Sistema
de Distribuição diminuem a tensão para o nível de distribuição primária de
13,8 kV e 34,5kV.

Indicadores de continuidade:
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC).
Intervalo de tempo que, em média, no período de apuração, em cada
unidade consumidora do conjunto considerado ocorreu descontinuidade da
distribuição de energia elétrica.

Frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora (FEC).


Número de interrupções ocorridas, em média, no período de apuração, em
cada unidade consumidora do conjunto analisado.
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DEFINIÇÕES
Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou ponto de
conexão (DIC).
Intervalo de tempo que, no período de apuração, em cada unidade
consumidora ou ponto de conexão ocorreu descontinuidade da distribuição
de energia elétrica.

Frequência de interrupção individual por unidade consumidora (FIC).


Número de interrupções ocorridas, em média, no período de apuração, em
cada unidade consumidora ou ponto de conexão.

Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ou por


Ponto de Conexão (DMIC).
Tempo máximo de interrupção contínua de energia elétrica, em uma unidade
consumidora ou ponto de execução.
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DEFINIÇÕES
Duração da Interrupção Individual ocorrida em Dia Crítico por unidade
consumidora ou ponto de conexão (DICRI).
Corresponde à duração de cada interrupção ocorrida em Dia Crítico, para cada
unidade consumidora ou ponto de conexão.

Compensação:
Compensação financeira a ser paga ao consumidor que tiver seus limites de
indicadores de continuidade individuais (DIC, FIC, DMIC e DICRI) violados.

Defeito.
Alteração física ou química em um equipamento ou instalação que não
impede o seu funcionamento, todavia pode a curto, médio ou longo prazo,
acarretar a sua indisponibilidade parcial ou total.
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DEFINIÇÕES
Defeitos de evolução lenta.
São originados geralmente pelo envelhecimento natural dos elementos
constituintes das linhas e surgem muito tempo após a energização da
instalação. A detecção prematura permite a intervenção antes que atinja um
grau que coloque a instalação em risco. São exemplos de defeitos de evolução
lenta: poluição em isoladores, oxidação em ferragens, emendas desgastadas
etc.

Defeitos de evolução rápida.


São defeitos cujas consequências em geral podem ocorrer em curto prazo,
portanto requerem intervenções mais rápidas. São originados principalmente
por interferências humanas, mas também podem ocorrer por causas naturais.
Como exemplo: árvore próxima dos condutores, isolador quebrado etc.
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DEFINIÇÕES
Falha:
Interrupção do funcionamento de um equipamento ou instalação pelo
término da habilidade de desempenhar sua função requerida.

Falha Permanente:
São falhas que só permitem a reabilitação do equipamento ou instalação
mediante a intervenção de manutenção.
Falha Transitória:
São falhas que permitem a reabilitação do equipamento ou instalação sem
que haja intervenção de manutenção.

Termovisor:
Também conhecido como termógrafo, é uma câmera equipada com
detectores especiais de infravermelho, que transformam leituras de
temperatura obtidas em campo, em imagens de vídeo.
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DEFINIÇÕES
Ponto Quente:
Aumento da resistência elétrica nas conexões de um componente que ao
passar uma corrente elétrica, gera calor por dissipação da potência.

Efeito Corona: O efeito corona é o fenômeno que ocorre quando o campo


elétrico superficial chega a um limiar que proporciona a ruptura dielétrica do
ar ao redor do equipamento, fazendo através da sua ionização, o ar mudar sua
característica de isolante para condutor. Quando a ruptura ocorre, ocorre o
aparecimento de pequenas descargas ao redor do equipamento, semelhante
a uma coroa, o que deu origem ao nome corona.
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MANUTENÇÃO

1. DIRETRIZES DE MANUTENÇÃO
 NP.1017.004: Diretrizes de Manutenção de Linha de Transmissão
 NP.1017.003: Diretrizes de Manutenção de Subestação
 NP.1017.002: Diretrizes de Manutenção MT/BT

2. FINALIDADE
Estabelecer as ações de planejamento, execução e controle das manutenções
preventivas das SISTEMA ELÉTRICO da CONCESSIONÁRIA. Com foco em
economia, segurança e melhoria dos indicadores de continuidade.
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MANUTENÇÃO

1.2.1 Manutenção

É a combinação de ações técnicas e administrativas, incluindo a de supervisão,


destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa
desempenhar uma função requerida (NBR 5462-1994).

É toda ação necessária para que um equipamento ou instalação seja


conservado ou restaurado de modo a continuar operando de acordo com as
suas condições específicas de uso
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CLASSIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO
Periodicidade

Periódica
São todas as atividades executadas obedecendo a critérios de tempo e
condições pré-definidas.

Aperiódica
São todas as atividades executadas em função da necessidade.
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OBJETIVO
Manutenção Corretiva.
É todo serviço efetuado em equipamentos ou instalações com a finalidade de
restabelecer sua condição normal de operação, após uma falha ou condição
anormal de operação.

Manutenção Preventiva.
Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com
critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a
degradação do funcionamento de um item.

Manutenção Preditiva.
Manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com
base no acompanhamento ou monitoramento de determinados parâmetros
do equipamento ou instalação (vibração, temperatura, ruído), para reduzir ao
mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva.
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OBJETIVO
Manutenção por Melhoria.
É a manutenção realizada com base em análise de falhas recorrentes em
equipamentos e seus componentes, promovendo melhorias e possíveis redefinições de
projeto de modo a tornar a manutenção mais confiável.

Tipos de Manutenção Preventiva.


Inspeção Visual – M1
Inspeção visual, auditiva, olfativa periódica realizada em todos os equipamentos da
subestação, sem que haja indisponibilidade operacional do equipamento. A inspeção
tem o objetivo de encontrar visualmente defeitos estruturais dos equipamentos assim
como ruídos ou odores anormais.

Inspeção M2
Inspeção realizada que acarreta na indisponibilidade operacional, porém não requer
desmontagem parcial ou total do equipamento/instalação. É estabelecida por períodos
fixos (semestral, anual, etc.) e varia para as famílias de equipamentos ou por
necessidade constatada na manutenção tipo M1, com a realização de ensaios elétricos
e mecânicos.
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Tipos de Manutenção Preventiva.


Inspeção M3
Inspeção que acarreta na indisponibilidade operacional, com desmontagem parcial ou
total do equipamento/instalação, incluindo ou não substituição de peças. A
periodicidade pode ser estabelecida considerando os seguintes critérios: número de
operações em curto-circuito, número de manobras do sistema, número de operações,
períodos fixos ou por necessidade constatada nas manutenções tipos M1 ou M2.

Inspeção de Comissionamento
Inspeção de testes e ensaios finais para aceitação, validação e consequente liberação
da subestação, recém construídas, ampliada ou reformadas, para a operação.

Inspeção de Lavagem de Subestação


Inspeção periódica que é realizada dentro da inspeção M1 onde se verifica a
necessidade de limpeza ou lavagem de equipamentos que estão sofrendo com
poluição, vezes de animais e outros que possam acarretar falhas ou defeitos nos
equipamentos, implicando na interrupção do fornecimento de energia.
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Tipos de Manutenção Preventiva.


Correção de Defeito.
É a intervenção que se faz em função de um acompanhamento das
manutenções preventivas e preditivas e, atua na substituição de peças e
componentes do equipamento antes da falha, tomando como base a
condição, na busca de garantir a continuidade do sistema. Esse tipo de
manutenção possibilita a programação dos recursos necessários para a
intervenção de manutenção, uma vez que a falha é esperado.
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Tipos de Manutenção Preditiva.


Inspeção Termográfica.
Inspeção periódica que se fundamenta na detecção e interpretação da radiação
térmica emitida pelos equipamentos e componentes das subestações inspecionadas.
Permite o exame e a avaliação do estado térmico de operações e padrões diferenciais
de distribuição de calor das instalações sem a necessidade de qualquer contato físico
ou indisponibilidade operacional. Na execução da inspeção da subestação com o
aparelho Termovisor, as anomalias detectadas em campo deverão ser priorizadas de
acordo as orientações da tabela abaixo.
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A inspeção com Termovisor contempla todos os equipamentos da subestação.


As partes inspecionadas por equipamento são informadas na tabela a seguir.
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* Independente da existência de pontos quentes, os equipamentos principais de cada subestação (Transformador de Força,
Transformador de Potencial, Transformador de Corrente, Religadores, Disjuntores) devem ter suas imagens termográficas registradas nos
Relatórios de Termovisão. Os equipamentos devem passar por mais uma vistoria termográfica após a retirada de cada ponto quente, o
Relatório de Termovisão deve ser então atualizado com esta nova termografia.
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Tipos de Manutenção Preventiva.


Inspeção Preditiva de Óleo Mineral Isolante.
a) Preditiva Físico-química de OMI Ensaios realizados no óleo mineral
isolante com o objetivo de determinar as características de suas
propriedades físico-químicas e dielétricas, quando novo, visando a sua
aquisição ou adequação para enchimento do equipamento por ocasião da
energização, bem como acompanhar o processo de deterioração durante
sua vida útil, indicando desta forma tipos de tratamento, quando
necessário.

b) b) Preditiva Cromatográfica de OMI Objetivo da análise cromatográfica é


determinar a concentração dos diversos gases dissolvidos numa amostra
de óleo isolante retirada de equipamentos em operação. Detectar
preditivamente falhas na unidade quando ainda incipiente, portanto, em
tempo de serem sanadas.
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Tipos de Manutenção Corretiva.


Inspeção de Emergência.
Inspeção realizada para determinar as causas da falha permanente da
subestação ou equipamento.

Correção de falha.
É todo serviço não programado efetuado em equipamentos ou instalações
com a finalidade de restabelecer sua operação após a ocorrência de uma
quebra/falha.

Tipo de Manutenção por Melhoria.


Manutenção por Melhoria.
É a manutenção realizada com base em análise de falhas recorrentes em
equipamentos e seus componentes, promovendo melhorias e possíveis
redefinições de projeto de modo a tornar a manutenção mais confiável.
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Prioridade.
Prioridade é a classificação que se dá ao defeito no momento da inspeção.
Indicando quais os critérios e forma de avaliação a serem adotados para
definir a ordem a ser realizada a manutenção, de forma a garantir que o
defeito não se torne uma falha.
Prioridade 1 (P1).
São os defeitos nos quais se determina a existência de um risco notório que
implica em perigo em um curto espaço de tempo para o sistema elétrico e a
segurança das pessoas e meio ambiente. O tempo máximo de correção do
defeito é de um mês (15 dias) a partir de sua constatação.

Prioridade 2 (P2).
São aqueles nos quais se determina a não existência de um perigo imediato
para o sistema elétrico e a segurança das pessoas e meio ambiente, porém
podem originar uma falha na instalação podendo, inclusive, reduzir a
capacidade de utilização da mesma. O tempo máximo de correção deste
defeito é de três meses (90 dias) a partir de sua constatação.
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Prioridade.
Prioridade Acompanhamento (A)
São aqueles nos quais se determina a não existência de um perigo imediato
para o sistema elétrico e a segurança das pessoas e meio ambiente. São os
defeitos que não perturbam o funcionamento das instalações, isto é, não têm
um valor significativo para o uso efetivo ou o bom funcionamento destas
instalações. Para este e importante seguir sua evolução.

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