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Equipamentos de manobra

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Equipamentos de manobra

São dispositivos mecânicos, que na posição fechada mantém a continuidade do circuito


elétrico e na posição aberta asseguram uma distância de isolamento.

seccionador disjuntor seccionador

DISTÂNCIA DE
ISOLAMENTO

POSIÇÃO ABERTA
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Disjuntores

Disjuntores

• São dispositivos automáticos de manobra, podendo


estabelecer, conduzir e interromper correntes sob condições
normais e anormais por um tempo especificado, além de
isolar partes dos sistemas quando na posição aberta.

• A necessidade de realizar sua função de forma absolutamente


confiável, inclui os disjuntores entre os equipamentos de
maior complexidade nas subestações.

• A capacidade de curto-circuito cresceu nos últimos 50 anos:


1000 MVA – 50000 MVA (750 KV)

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Disjuntores

Normas
NBR-IEC-62271-100 – Disjuntores de alta tensão de corrente alternada

NBR-IEC-60694 : 2006 – Especificações para normas de equipamentos de manobra de alta tensão

NBR-7118 – Disjuntores de alta tensão - Especificação

NBR 5389 – Técnicas de Ensaios Elétricos de Alta Tensão - Método de Ensaio

NBR 6936 – Técnicas de Ensaios Elétricos de Alta Tensão - Procedimento

NBR 6940 – Técnicas de Ensaios Elétricos de Alta Tensão - Medição de descargas parciais

NBR 7038 – Guia para ensaios de disjuntores em condições de discordância de fases -Procedimentos

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Disjuntores

Arco elétrico

• Aumento da temperatura  termoemissão


 Liberação de elétrons
 Ionização do meio
- eletromagnética, devido ao campo elétrico dado pela separação dos contatos;
- mecânica ou por choque, devido à colisão de elétrons;
- térmica, devido às altas temperaturas entre os contatos.

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Disjuntores

Arco elétrico

• Características:
 Extremamente móvel
 Capacidade ilimitada de condução de corrente
 Temperatura muito alta
 Sua resistência aumenta com o comprimento e com a diminuição de temperatura

• Formas de extinção:
 Aumentar sua resistência
– Por alongamento
– Diminuição da temperatura
 Desionização do meio
– Quando a corrente passa pelo zero, se o meio permanece ionizado 
formação de novo arco

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Disjuntores

Arco elétrico

 Extinção por aumento da resistência

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Disjuntores

Arco elétrico

• Extinção por diminuição da temperatura


 velocidade da manobra por meio de forças previamente carregadas
(molas, hidráulicos)
 utilização de um meio refrigerante
(óleo, gás)

• Extinção por desionização do meio


 utilização de compostos deionizante
(óleo, gás)

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Disjuntores

Unidade de comando

• É o subconjunto que abrange os elementos de comando, controle e supervisão do


disjuntor.

• Esta unidade varia em função do tipo de acionamento e do meio extintor.

 Um disjuntor a SF6 com acionamento eletro-hidráulico deverá ter sistemas de


supervisão para verificar a densidade do gás e pressão do óleo, incorporados na
unidade de comando.

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Disjuntores

Manobras controladas

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Disjuntores

Sistema de acionamento

• É o subconjunto que possibilita o armazenamento de energia necessária à operação


mecânica do disjuntor, bem como à liberação dessa energia através de mecanismos
apropriados quando do comando de abertura ou fechamento do disjuntor.

• Principais tipos de acionamento:

 por solenoides;
 a mola;
 a ar comprimido;
 hidráulico.

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Disjuntores

Unidade interruptora

• É o subconjunto onde se processa a extinção do arco


elétrico, também chamado de câmara de extinção.

• O meio extintor e, consequentemente a câmara de


extinção, se constituem nos principais elementos de
classificação dos disjuntores.

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Disjuntores

Tipos de disjuntores

 Grande Volume de Óleo (GVO) – 1900  Pequeno Volume de Óleo (PVO) – 1930

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Disjuntores

Tipos de disjuntores

 Disjuntores a ar comprimido – 1940  Disjuntores a sopro magnético – 1950

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Disjuntores

Tipos de disjuntores

 Disjuntores a gás SF6 – 1960  Disjuntores a vácuo – 1970

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Disjuntores

Disjuntores a grande volume de óleo (GVO)

• É o tipo mais antigo de disjuntores a óleo;

• Os disjuntores GVO são utilizados em média e alta tensão até 230kV.

• A característica principal dos disjuntores GVO é a sua grande capacidade de ruptura em


curto – circuito.

15 KV – 200 litros
138 KV – 3000 litros

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Disjuntores

Disjuntores a pequeno volume de óleo (PVO)

• Estes representam o desenvolvimento natural dos antigos disjuntores GVO;

• Possuem fluxo forçado de óleo sobre o arco aumentando-se a eficiência do processo de


interrupção da corrente e diminuindo-se o volume de óleo;

• Em média tensão, são utilizados para todas as capacidades de ruptura (63kA);

• No nível de 138kV a sua capacidade de ruptura por câmara está limitada a um máximo
de 20kA. Portanto, para correntes de entre 20 e 50kA, comuns nesta tensão, deve-se
empregar varias câmaras em série.

15 KV – 3 litros
138 KV – 70 litros

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Disjuntores

Disjuntores a sopro magnético

• Os contatos abrem-se no ar e um campo magnético atrai o arco para as câmaras de


extinção, onde ocorre a interrupção devido: aumento do comprimento; fragmentação nas
fendas da câmara; resfriamento por contato com as múltiplas paredes da câmara.

• A elevada resistência do arco diminui o valor instantâneo da tensão de restabelecimento.


Portanto, o disjuntor não produz grandes surtos de manobra;

• Por não possuírem meio extintor inflamável , são seguros e aptos para certas aplicações.
Porém, provoca rápida oxidação nos contatos, exigindo uma manutenção mais frequente.

• Utilizados em média tensão até 24kV.

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Disjuntores

Disjuntores a ar comprimido

• O mecanismo eletropneumático possui como função: proporcionar a operação do


disjuntor (abrir e fechar contatos), isolar e efetuar a extinção do arco;

• A extinção consiste em criar-se um fluxo de ar sobre o arco, alongando-o;

• Para isolar, o ar deve ter características de pureza, ausência de unidade e pressão


adequadas que são obtidas através de centrais de ar comprimido, compostas de
compressores, filtros e desumidificadores;

• São extremamente rápidos, atingindo tempo de extinção de 2 ciclos;

• São mais utilizados na alta e extra alta tensão, acima de 245kV.

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Disjuntores

Disjuntores a SF6 (hexafluoreto de enxofre)

• O gás SF6 possui características


físico-químicas que o torna um
meio isolante superior ao ar, ou
mesmo, ao óleo;

• Podem ser de pressão única ou dupla pressão;

• Por meio de artifício mecânico é possível obter tempo final de até 2 ciclos;

• São fabricados para níveis de tensão de até 800 KV.

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Disjuntores

Disjuntores a vácuo

• Grande segurança de operação, pois não necessitam de meio inflamável;

• A relação capacidade de ruptura/volume é bastante grande, tornando estes disjuntores


bem apropriados para o uso em cubículos;

• Devido à ausência de meio extintor gasoso ou líquido, é muito utilizado fazer religamentos
automáticos múltiplos;

• Praticamente não requerem manutenção, possuindo uma vida extremamente longa em


termos de números de operações a plena carga e em curto-circuito:

25 KA – PVO (4 manobras); vácuo (100 manobras)


2 KA – PVO (130 manobras); vácuo (20000 manobras)
• São fabricados apenas para média tensão (34 KV) em função do custo.

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Disjuntores

Conclusões

• Os disjuntores a SF6 são a tendência atual para alta e extra alta tensão.

• Contudo os disjuntores a ar comprimido possuem uma posição de destaque nas redes


de alta e extra alta tensão, pois apresentam tecnologia consolidada frente ao SF6, e são,
por natureza, mais rápidos.

• Aplicações em 138kV, bem como em 69kV, estão ainda predominantemente na faixa dos
disjuntores PVO, principalmente por questão econômica.

• Os disjuntores a vácuo são muito utilizados na média tensão como religadores


automáticos, abertura de di/dt elevada e serviços de sincronização.

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Disjuntores

Características gerais

• Tensões
 Tensão nominal
 Tensão Transitória de Restabelecimento (TTR)
 Tensão suportável nominal de impulso atmosférico
 Tensão suportável nominal de impulso de manobra

• Exemplo:
1) Um disjuntor projetado para 145 kV deve ser capaz de suportar uma tensão de impulso
atmosférico pleno de 650 kV e uma tensão de frequência industrial (60 Hz) de 275 kV.

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Disjuntores

Características gerais

• Relativas à Corrente
 nominal de regime permanente
 de interrupção
 de estabelecimento (fator de assimetria )
 De curta duração (1 s; 3 s)

• Relativas à temporização
 Interrupção (abertura + extinção arco)
 Fechamento
 Ciclos de operação (religamento)

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Disjuntores

Especificação segundo normas IEC/ABNT

• Tensões

Classes de tensão (kV) – IEC

Classes de tensão (kV) – ABNT

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Disjuntores

Especificação segundo normas IEC/ABNT

• Correntes

Corrente nominal (A) – IEC/ABNT

Corrente de interrupção de curto-circuito (kA) – IEC/ABNT

Corrente nominal de curta duração, 1 a 3 s (kA) – IEC/ABNT

Corrente de estabelecimento de curto-circuito (kA) – IEC/ABNT

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Disjuntores

Especificação segundo normas IEC/ABNT

• Sequência de operação

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