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PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO EM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS DE ALTA TENSÃO

IEC PUC MINAS

Disciplina:

DISJUNTORES E FUSÍVEIS
Professor: Fiel Ribeiro Matola Filho

Prof.: Fiel Matola - E-mail:1333623@sga.pucminas.br - Tel.: (21)971705110


CRITÉRIO DA DISCIPLINA

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BIBLIOGRAFIA
• J. M. Filho, Manual de equipamentos elétricos , LTC, 5a ed.,

• S. O. Frontin, Equipamentos de alta tensão Prospecção e hierarquização de inovações tecnológicas , Goya Editora,
Brasília,

• A.C. C. Carvalho et al., Disjuntores e chaves: aplicação em sistemas de potência , EDUFF, Niterói, 1995;

• Normas técnicas – ABNT, IEEE e IEC –a serem indicadas durante o curso;

• Manuais e catálogos de fabricantes.

• NBR - IEC 62271-100:2020 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 100: Al-ternating current circuit-breakers

• NBR - IEC/IEEE 62271-37-013:2021 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 37-013: Al-ternating-current
generator circuit-breakers;

• NBR – IEC 60060: 2013 - Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão

• CIGRE WG 13.04, Asymmetrical current breaking tests , Electra, no. 132, pp. 109-125, 1990;

• Epaminondas de Souza Lage, Curso Técnico de Eletrotécnica, Disciplina: Prática de acionamentos elétricos I

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AULA 1: Conceitos, utilização, tipos, parâmetros principais (elétricos e mecânicos)

AULA 2: Especificando um disjuntor 1: Metodologias para escolha e dimensionamento


(principais estudo), formação e extinção do arco-elétrico.

AULAS AULA 3: Especificando um disjuntor 2: Interrupção de correntes elétricas


Mecanismo de Operação.

AULA 4: Especificando um disjuntor 3: Ensaios e Testes e Manutenção.


Fusíveis: Conceitos, utilização, tipos, parâmetros principais metodologias
para escolha, operação dos fusíveis.

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ENSAIOS

Os ensaios de importância comercial realizados sobre disjuntores podem ser classificados como de tipo, de rotina e
especial.
Os ensaios de tipo são realizados sobre uma unidade escolhida em cada lote de disjuntores idênticos adquiridos pela
mesma ordem de compra, enquanto os ensaios de rotina são realizados sobre todas as unidades adquiridas, também
podem ser aceito ensaio de uma outra máquina com as mesmas características já testadas.

Os ensaios de rotina são realizados previamente pelo fabricante sobre os disjuntores de determinado tipo, que deve ser
equivalente ao que se deseja adquirir, mas sobre unidades não incluídas no fornecimento, com a finalidade de
demonstrar o desempenho dos disjuntores dessa linha face às solicitações usuais.

Os ensaios especiais são solicitados conforme aplicação especiais, sendo um ensaio de tipo.

A critério do comprador, relatórios de ensaios de tipo (certificados por laboratórios independentes) podem ser aceitos
em substituição a testes de tipo.

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ENSAIOS

• Ensaios de Tipo

Ensaios dielétricos
Ensaios de tensão à frequência industrial.
Ensaios de tensão de impulso de manobra.
Aplicação com tensão de impulso atmosférico.
Ensaios de poluição artificial.
Ensaios de descargas parciais
Ensaios de circuitos auxiliares e de controle.
Ensaio de tensão como condição de verificação.

Medição da resistência dos circuitos;


Ensaios de elevação de temperatura;
Ensaios de corrente suportável de curta duração e valor de crista da corrente suportável;
Verificação da proteção;
Ensaios de estanqueidade;
Ensaios de compatibilidade eletromagnética;
Ensaios de estabelecimento e interrupção de correntes de curto-circuito.

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ENSAIOS

• Ensaios Especiais

Ensaios exigidos conforme aplicação, projeto ou parâmetros nominais dos disjuntores

 Ensaios de radiointerferência.
 Ensaios para verificação do grau de proteção.
 Ensaios de compatibilidade eletromagnética (EMC).
 Ensaios de durabilidade mecânica prolongada para condições especiais de serviço.
 Ensaios em alta e baixa temperaturas.
 Ensaios de umidade.
 Ensaios de carga estática terminal.
 Ensaios de corrente crítica
 Ensaios de interrupção de falta quilométrica.
 Ensaio de estabelecimento e interrupção em discordância de fases.
 Ensaios de durabilidade elétrica (somente para disjuntores de tensão nominal ≤ 52)
 Ensaios de operação sob condições severas de gelo.
 Ensaios de falta a terra monofásica e bifásica.
 Ensaios de manobra de correntes capacitivas.
 Ensaios de chaveamento de reatores shunt e motores.

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ENSAIOS

• Ensaios Especiais

 Ensaios de interrupção das faltas evolventes.


 Ensaio de interrupção de faltas com operação de disjuntores em paralelo.
 Ensaio de abertura de transformador em vazio.
 Ensaio de abertura de correntes de falta com zeros atrasados (para determinação das
características dos arcos elétricos, a serem consideradas nas simulações).

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ENSAIOS

• Ensaios de Rotina

 Ensaio dielétrico no circuito principal.


 Ensaios nos circuitos auxiliar e de controle.
 Ensaio de medição da resistência do circuito principal.
 Ensaio de estanqueidade.
 Verificações de projeto e visual.
 Ensaios de operação mecânica.

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ENSAIOS

• Ensaios de Rotina
A lista de ensaios de rotina da norma ANSI/IEEE C 37 09 1999 e seu suplemento
ANSI/IEEE C 37 09 a 2005 é um pouco mais extensa que a da norma IEC 62271 100 por
relacionar, juntamente com os ensaios nos disjuntores propriamente, ensaios em alguns
componentes, como buchas.

Ensaios nas buchas.


Ensaios nos reservatórios de ar comprimido.
Ensaios de pressão.
Ensaios de vazamento.
Ensaios dos resistores, aquecedores e bobinas.
Ensaios de distanciamento e de ajustes mecânicos.
Ensaios dos tempos de operação no fechamento e abertura.
Ensaios dos sistemas de armazenagem de energia.
Ensaios de condutividade das partes condutoras.
Ensaios de suportabilidade dos circuitos secundários e de controle à tensão de
frequência industrial.
Ensaios de suportabilidade dos componentes isolantes principais à tensão de
frequência industrial.
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COMISSIONAMENTO

• Montagem

É muito importante na montagem de um disjuntor está com o manual em mãos. A


montagem poderá ser combinado junto com o fabricante se será feito pelo próprio
fabricantes ou por terceiros. Caso este último, é interessante que a supervisão seja feito
pelo fabricante, para sanar dúvidas e qualquer problema ter um acionamento rápido da
equipe de engenharia.

Pontos importantes à serem seguidos:


 Normas de segurança, principalmente em subestações energizadas;
 Verificação da embalagem, principalmente os locais que vem o meio isolante(SF6, ar-
comprimido, óleo, etc.);
 Caso o disjuntor não seja montado assim que chegar, deverá ser verificado com o
fabricante sobre a armazenagem (local do estoque, tempo que ficará estocado, etc.),
principalmente por conta dos circuitos. (Verificar o tempo que deverá ser ligado os
circuitos auxiliares);
 Alguns produtos são utilizados para limpeza, deverá ser verificado no manual os que
podem ser utilizados;

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COMISSIONAMENTO

• Montagem

 No momento da montagem, sempre verificar as condições de pressão do disjuntor;


 Deverá ser verificado como o disjuntor será montado, se ele pode ser deitado e depois
ser virado, ou não, ser montado com o munk ou guindaste totalmente na vertical.

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COMISSIONAMENTO

• Montagem

 Deverá ter uma atenção para as condições de enchimento do meio isolante,


principalmente o SF6 e o óleo, por conta das condições ambientais;
 Verificação da posição dos terminais de alta tensão;
 Verificação das instalações referente à outros elementos auxiliares (resistor pré
inserção, sincronizador, capacitor de equalização)
 Limpeza nos terminais e conectores para instalação;
 Conexão do aterramento. (em caso de subestação energizada, deverá seguir as regras
de trabalho de linha-viva);
 Verificação das molas/outras condições de acionamento.

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COMISSIONAMENTO

• Ensaios de Campo

 Verificação visual;
 Verificação dimensional com o projeto;
 Controle de estanqueidade após montagem;
 Ensaio de resistência de contato;
 Ensaios dos circuitos elétricos;
 Ensaio de operação mecânica (quando aplicável);
 Ensaio de continuidade nos condutores de BT ligadas aos mecanismos;
 Verificação da resistência de aquecimento;

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COMISSIONAMENTO

• Operação Inicial

Com ajuda do manual deve-se tomar algumas medidas a serem observadas para
operação. Alguns clientes solicitam treinamentos para seus operados na especificação do
disjuntor, além disso, também pode ser contratado um supervisor do fabricante para o
acompanhamento da operação inicial.

 Antes da energização fazer os ciclos de testes do equipamento;


 Para SF6 atentar para pressão mínima do gás (mesmo que para ciclos de testes sem
tensão e sem corrente);
 Alguns problemas podem ocorrer, abaixo segue possíveis causas e medidas corretivas:
SINALIZAÇÃO OCORRÊNCIA CAUSA POSSÍVEL MEDIDAS CORRETIVAS
Localizar pontos de
Normalmente um
Perdas de SF6 Vazamento vazamentos. Encher gás até
pequeno vazamento
pressão ok.
Localizar pontos de
Bloqueio Geral de SF6 Impossibilidade de Manobrar Vazamento vazamentos. Encher gás até
pressão ok.
Verificar tensão/alimentação
Bloqueio de Fechamento
Mola de fechamento não carregada Motor com defeito do motor, caso negativo, trocar
(geralmente acima de 10s)
motor.
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MANUTENÇÃO

Com a finalidade de preservar a segurança do disjuntor, o mesmo deve ser submetido à


manutenção. Cada inspeção e medida de manutenção tem por finalidade:

 detectar o grau de desgaste de determinadas peças e o seu estado geral,


 tratar de que as peças ainda operacionais mantenham o seu bom estado,
 substituir determinadas peças a título preventivo por peças novas,
 assegurar o bom estado do equipamento.

Os trabalhos de manutenção necessárias podem ser divididas de acordo com alguns ponto:

 Programas de manutenção recorrente;


 Avarias;

No caso dos programas de manutenção, deverá seguir os procedimentos do fabricante, caso o


comprador tenha seu procedimento, deverá ser apresentado para o fabricante para verificar se é
possível fazê-los. Abaixo seguem um exemplo de programa de manutenção.

Em referência as avarias, deverá verificar junto ao manual as soluções, caso não encontre deverá
entrar em contato com o suporte do fabricante.

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MANUTENÇÃO

Verificação O que fazer Tempo


Testar a pressão de SF6 com o manômetro do
disjuntor
Verificar sujeiras em peças ioladas
Verificar danos na porcelana;
O disjuntor deve ser colocado
Verificar terminal de aterramento Após 10 anos ou 3000 ciclos de operação.
Verificação Geral fora
Verificar número de Operações (varia de acordo com fabricante)
de operação.
Verificar Controles no Acionamento
Verificar condensação
Verificação dos circuitos: bloqueios, comandos, etc.
Verificar se há corrosão
Todos do item Verificação Geral
Aspirar o gás
O disjuntor deve ser colocado
Verificar dissapador
Manutenção geral Após 20 anos ou 6000 ciclos de operção. fora
Substituição de filtros
de operação.
Verificar conexões elétricas
Medir teor de umidade do gás

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FUSÍVEIS

Fusível é um dispositivo utilizado para proteger um circuito elétrico de um curto-circuito


(sobrecorrente) e sobrecarga de longa duração.

O fusível é um corpo oco, como um cano de vidro ou plástico muito pequeno. Dentro
contém um elo condutor metálico, feito de chumbo ou estanho. O elo fica conectado a
duas cápsulas de metal, localizadas nas duas extremidades.

Base: é o suporte da estrutura do fusível

Porta fusível: local onde ficam os fusíveis

Anel de proteção: serve para proteger a rosca da base, evitando o


contato dela com o circuito

Fusível: parte que contém o elo fusível

Indicador: parte indicativa da operação do fusível

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FUSÍVEIS

O FUSÍVEL É ESPECIFICADO COM AS CARACTERÍSTICAS ABAIXO:

 Corrente nominal: é o valor da corrente que o fusível aguenta sem se fundir. Esse valor
normalmente está indicado no corpo do fusível.

 Corrente de ruptura: é o maior valor de uma corrente que o fusível tem capacidade
para interromper.

 Corrente convencional de atuação: é o valor exato de uma corrente que faz o fusível
atuar em um tempo definido.

 Curva característica: é a apresentação da relação entre o tempo necessário para a


interrupção devido a corrente. Essa curva determina se o fusível é rápido ou retardado,
dependendo do tempo de atuação.

 Elo fusível: o elo do fusível pode ser feito de chumbo ou estanho. O chumbo se funde a
327ºC e o estanho a 232ºC.

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FUSÍVEIS

Base:

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FUSÍVEIS

Porta fusível:

Anel de proteção:

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FUSÍVEIS

Fusível

Indicador:

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FUSÍVEIS
TIPOS DE FUSÍVEIS (pela sua atuação):

 Ultra-rápidos: Os fusíveis de ação ultra rápida são uma excelente proteção contra curtos-circuitos, porém são
inadequados para a proteção contra sobrecargas. Projetados para a proteção de dispositivos semicondutores
de potência.

 Rápidos: Os fusíveis de ação rápida são adequados para a utilização onde não há variações de corrente. São
destinados à atuação instantânea, sobe correntes elevadas ou anormais. Sua fusão ocorre imediatamente, ao
ato da circulação de correntes para valores acima das quais foi dimensionado. Os fusíveis de ação rápida são
utilizados em cargas que não há corrente de partidas, como cargas resistivas e em circuitos eletrônicos, na
proteção de componentes semicondutores, como o diodo e o tiristor em conversores estáticos de potência.
Esta categoria de fusíveis não possui a gota de estanho em seu elo-fusível.

 Fusíveis Retardado: São utilizados em circuitos onde a corrente de partida atinge valores superiores à nominal.
Os fusíveis de ação retardada possuem uma gota de estanho no elo fusível. Esta gota absorve parte do calor
provocado pela corrente de partida dos motores elétricos (cargas indutivas). A corrente de partida dos
motores, apesar de elevada, não alcança os parâmetros das correntes de curto circuito. A corrente de partida
IP desaparece logo após o motor se aproximar de sua velocidade nominal, estabilizando o circuito aos valores
nominais de corrente. Caso a corrente de partida do motor não regrida, nos tempos determinado pelo
fabricante do fusível, ocorre a queima do fusível, sinalizando um problema na instalação.
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FUSÍVEIS

TIPOS DE FUSÍVEIS (segundo faixa de interrupção e categoria de utilização):

Esta classificação é composta de 2 letras.

A primeira letra, minúscula, indica a Faixa de Interrupção, isto é, para qual tipo de corrente excessiva, o fusível irá
atuar.
 "g" - Atuação para correntes de sobrecarga e de curto circuito.
 "a" - Atuação apenas para correntes de curto circuito.

A segunda letra, maiúscula, designa a categoria de Utilização, ou seja, que tipo de equipamento elétrico o fusível
irá proteger.
 "L/G" - Proteção de linhas, cabos e uso geral.
 "M" - Proteção de circuitos de motores.
 "R" - Proteção de circuitos com semicondutores.
 “Tr” - Proteção de transformadores.

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FUSÍVEIS
TIPOS DE FUSÍVEIS (quanto ao seu dimensional):

 Tipo Rolha: Tipo de fusível, atualmente pouco usado, mas que já foi muito
utilizado, geralmente em conjunto com um tipo de chave faca, também pouco
usada hoje em dia.

 Tipo Cartucho: São montados em cartucho de papelão, cerâmica, vidro, etc.


Maior uso em instalações industriais de pequeno porte e mais antigas,
domiciliares mais antigas. Eletrodomésticos eletrônicos, automóveis, etc.

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FUSÍVEIS
TIPOS DE FUSÍVEIS (quanto ao seu dimensional):

 Tipo NH: As letras N e H são as iniciais de Niederspannungs Hochleistungs, que


em língua alemã significa "Baixa Tensão e Alta Capacidade de Interrupção". É
fabricado para correntes normalizadas de 4 a 1250 A. Possuem tensão nominal
de 500 Vca ou 250 Vcc. Sua capacidade de interrupção chega a 120 kA para 500
Vca e 100kA para 250 Vcc. Oferecem categorias de utilização gL ou gG, em
quatro tamanhos. O conjunto é formado por fusível e base. A colocação e/ou
retirada do fusível é feita com o punho saca-fusível, porém devem ser
manuseados por pessoas qualificadas.

Possui um indicador de seu estado queimado/não queimado, de rápida


e fácil identificação. Possui fina areia de quartzo em seu interior, com a
finalidade de abafar o arco elétrico formado no momento da sua
ruptura. Excelente para uso na proteção de curto-circuito em instalações
elétricas industriais de maior porte, subestações, em grandes painéis
com muitos circuitos e em chaves seccionadoras

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FUSÍVEIS
TIPOS DE FUSÍVEIS (quanto ao seu dimensional):

 Tipo Diazed-D: É o modelo de fusível utilizado na proteção de curto-circuito em instalações elétricas comerciais e industriais, e
que, quando corretamente instalados, permitem o seu manuseio sem riscos de toque acidental. Destina-se a proteção de
motores, painéis de comando entre outros. Oferecem categoria de utilização gL/gG, em três tamanhos, com ações retardada,
rápida e ultra rápida. Seu elemento fusível é fabricado em liga de cobre ou de prata. As áreas de contato ou bases, em liga latão
com tratamento da superfície em níquel. Já seu corpo em material cerâmico (esteatita).

Oferece faixa de atuação 2A a 100A em 500VCA. Possui como indicador de atuação uma espoleta de aviso, que é expelida no
momento da ruptura do elo fusível. A espoleta de aviso segue o mesmo código de cores do parafuso de ajuste, que define a
corrente nominal da peça. Também possui fina areia de quartzo em seu interior, com a finalidade de abafar o arco elétrico formado
no momento da sua ruptura.

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FUSÍVEIS
TIPOS DE FUSÍVEIS (quanto ao seu dimensional):

Tabela de cores para a especificação da corrente nominal dos fusíveis DIAZED.

 Tipo NEOZED: possuem tamanho reduzido e são aplicados na proteção de


curto-circuito em instalações típicas residenciais, comerciais e industriais.
Possui categoria de utilização gL/gG, em dois tamanhos (D01 e D02) atendendo
as correntes nominais de 2 a 63A.Limitadores de corrente, são aplicados para
até 50kA em 400VCA.

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FUSÍVEIS

TIPOS DE FUSÍVEIS (quanto ao seu dimensional):

 Tipo Sitor: São fusíveis que oferecem dupla proteção: proteção de circuitos
(gL/gG) e semicondutores (gR/aR), em uma mesma peça, atendendo as
correntes nominais de 32 a 710 A. São ideais para proteção em instalações
industriais de aparelhos equipados com semicondutores (tiristores e diodos)
em retificadores e conversores. É um fusível de ação rápida ou ultra rápida.
Construtivamente, seu aspecto físico é semelhante aos fusíveis NH.

 Tipo Silized: São utilizados na proteção de curto-circuito de semicondutores,


carga dos tiristores e diodos de potência,. em três tamanhos, atendendo as
correntes nominais de 16 a 100A. Construtivamente, seu aspecto físico é
semelhante aos fusíveis Diazed.

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CHAVES FUSÍVEIS

TIPOS DE FUSÍVEIS (quanto ao seu dimensional):

Chaves fusíveis são dispositivos eletromecânicos que tem como função básica
interromper o circuito elétrico quando ocorrer a fusão do elo-fusível.

É um equipamento utilizado em circuitos primários (média tensão) na proteção


contra sobre correntes, originadas por sobrecargas e curtos-circuitos.

Desenvolvida para atender as exigências e expectativas para sua aplicação, as


chaves fusíveis podem ser poliméricas ou de porcelana.

Chaves fusível de
porcelana
Chave fusível polimérica

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CHAVES FUSÍVEIS

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CHAVES FUSÍVEIS

CHAVE FUSÍVEL – ISOLADOR DE CORPO ÚNICO

Chave utilizada, usualmente, nas redes de distribuição.

1.Isolador de corpo único;


2.Contato superior;
3.Porta-fusível;
4.Olhal para manobra;
5.Guia para o porta fusível;
6.Articulação;
7.Suporte de fixação;
8.Terminal de fonte;
9.Terminal de carga.

Geralmente são chaves que trabalham no máximo com 16kA.

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CHAVES FUSÍVEIS

CHAVE FUSÍVEL – ISOLADOR PEDESTAL/SUPORTE

Chave utilizada, usualmente, em subestações

1.Isolador suporte
2.Terminal de fonte
3.Terminal de carga
4.Porta fusível
5.Guia para o porta fusível
6.Olhal para manobra
7.Base de fixação
8.Articulação
9.Terminal de terra

Geralmente são chaves que trabalham no máximo com 25kA.

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CHAVES FUSÍVEIS

CHAVE FUSÍVEL - RELIGADORA

Rápida restauração do fornecimento, maior continuidade do sistema elétrico.


Usada em locais de difícil acesso. Um fusível por vez. Abertura sem carga.

Em um primeiro momento a carga fica submetida ao primeiro porta-fusível que é


o elemento que contém todo o conjunto do fusível e com isso, os demais
permanecem como reserva. Ao ocorrer um defeito e consequentemente uma
operação no primeiro porta-fusível, ao final da sua abertura este deverá acionar
algum dispositivo de manobra que transfira a carga para o segundo porta-fusível,
reestabelecendo o circuito o mais rápido possível!

Caso o defeito permaneça ao final da abertura do segundo porta-fusível, um


outro dispositivo de manobra deverá ser acionado e a carga deverá ser
transferida para o terceiro porta-fusível. Caso o defeito persista, o circuito será
desligado até que o problema seja avaliado e resolvido!

O tempo entre a abertura dos porta-fusíveis são determinados para que caso seja
de origem passageira, o problema possa ser resolvido naturalmente. Por
exemplo, em caso de galhos de árvores empurrados pelo vento ou em pássaros
pousados nos cabos das linhas.
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CHAVES FUSÍVEIS

CHAVE FUSÍVEL – TANDEM FUSÍVEL

Combina as funções de chave tandem e fusível. Acionamento por vara de


manobra. Usada no by pass de religadores e disjuntores de alimentadores.

São utilizadas em instalações onde a necessidade de inspeção e manutenção seja


periódica, sem que haja interrupção do fornecimento de energia

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ELOS FUSÍVEIS

Para se evitar queimas desnecessárias ocasionadas pela passagem de correntes de surto, provocadas por
descargas atmosféricas, além da necessidade de coordenação com elos fusíveis de transformadores, o menor elo
fusível a ser usado na rede geralmente será o elo 10K.

DIMENSIONAMENTO:

1. A capacidade de interrupção do porta-fusível deve ser maior que a corrente de curto-circuito trifásico
(simétrico e assimétrico) do ponto de instalação

2. O elo fusível deve ser capaz de suportar a corrente de inrush do momento de energização do circuito

3. Condições de seletividade. (serão vistas na disciplina de Para-raios, Elos fusíveis, Muflas e Buchas)

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TESTE FUSÍVEIS

Partindo do comportamento elétrico do fusível, podemos dizer que se ele estiver bom, deve apresentar uma baixa resistência,
uma resistência praticamente nula, com continuidade para a corrente, enquanto que um fusível queimado ou aberto não deixa
passar a corrente, ou seja, tem uma resistência infinita. Conhecendo este comportamento elétrico, o teste básico de um fusível
consiste em se verificar se ele deixa ou não passar a corrente. Se ele deixar passar a corrente, com uma resistência muito baixa
então ele está bom. Se não deixar, isso indica que o seu elemento está interrompido ou queimado e ele deve ser substituído, pois
está "aberto" ou queimado.

Interpretação do teste:
a) Se houver continuidade ou resistência muito baixa (inferior a 1 ohm) o fusível está em
bom estado.
b) Se não houver continuidade ou resistência infinita, então o fusível está aberto
(queimado). Substitua por um de mesma corrente.
c) Estados intermediários, ou seja, resistências altas podem indicar a presença de umidade,
mas de qualquer forma o fusível estará aberto, devendo ser substituído.

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TESTE CHAVES FUSÍVEIS

ENSAIOS DE TIPO: ENSAIOS DE ROTINA (RECEBIMENTO):

• Tensão suportável nominal de impulso atmosférico; • Inspeção geral;


• Tensão suportável a frequência industrial a seco; • Verificação dimensional;
• Tensão suportável e frequência industrial sob chuva; • Tensão suportável a frequência industrial a seco;
• Corrente suportável nominal de curta duração; • Medição da resistência ôhmica de contato;
• Radio interferência; • Operação mecânica;
• Elevação de temperatura; • Abertura e fechamento com esforço lateral;
• Medição da resistência ôhmica de contato; • Resistência dos isoladores ao impacto;
• Operação mecânica; • Verificação das ferragens;
• Abertura e fechamento com esforço lateral; • Verificação dos terminais.;
• Esforços mecânicos de tração, compressão e flexão;
• Resistência dos isoladores ao impacto;
• Resistência mecânica do gancho e do olhal;
• Análise química da liga de cobre;
• Porosidade;
• Ciclos térmicos.

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DÚVIDAS SOBRE QUESTÕES DA PROVA

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MUITO OBRIGADO!!!!!!

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