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Curso:

Equipamentos Elétricos de Alta Tensão

Disciplina:
CHAVE FUSÍVEL

Prof.: Claudio Conceição


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CHAVE FUSÍVEL – INTRODUÇÃO

Chave Fusível é um equipamento destinado à proteção de sobrecorrente de


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circuitos primários, utilizados em redes aéreas de distribuição urbanas e rural


e em pequenas subestações de consumidor e de concessionárias.

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CHAVE FUSÍVEL – CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

Isolador:
Os isoladores são constituídos normalmente de porcelana vitrificada,
podendo ser fabricados também em material polimérico. Os isoladores das
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chaves fusíveis podem ser constituídos de um ou dois isoladores.

Isolador de corpo único:


Os isoladores de chaves fusíveis devem possuir resistência mecânica
suficiente para suportar os impactos de abertura e fechamento:
F = 130/(D/2)
Onde:
D = distância entre extremidades
D/2 = ponto médio em (m)
F = força aplicada no ponto médio (kg)

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CHAVE FUSÍVEL – CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

Exemplo:
Considerando uma chave fusível de 15kV onde suas extremidades medem
350mm, calcule a força F do isolador.
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CHAVE FUSÍVEL – Isolador de Corpo Único e do Tipo Pedestal


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CHAVE FUSÍVEL – Isolador de Corpo Único


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Aplicação: Redes de distribuição até 34,5kV na coordenação de ramais de


distribuição pequenas subestações e transformadores.

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CHAVE FUSÍVEL – Isolador do Tipo Pedestal


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Aplicação: normalmente empregadas na proteção de subestações de potência


ate 69kV.

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CHAVE FUSÍVEL RELIGADORA


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A chave religadora trabalha em conjunto com outros dispositivos de proteção e de


manobra, para que a quantidade de consumidores afetados em uma possível
situação de falha seja reduzida. Ela tem como finalidade atestar se o defeito na
linha é de origem passageira ou não, e religar o circuito automaticamente caso o
defeito seja passageiro.
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CHAVE FUSÍVEL RELIGADORA - Aplicação

As chaves religadoras podem ser aplicadas em:

•Subestações;
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•Alimentadores, para seccionamento ao longo de um circuito e para


prevenção de desligamentos do alimentador inteiro caso haja faltas
permanentes próximas ao final do alimentador;

•Ramificações estratégicas do alimentador principal para protegê-lo de


interrupções e desligamentos devido à casos de falta nos ramais
•Áreas arborizadas;

•Função de bloqueio de religamentos de circuito, em situações em que


eletricistas trabalham com linhas vivas, ou seja, energizadas;

•Função de seccionamento para manutenção de linhas mortas, ou seja,


desenergizadas.

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CHAVE FUSÍVEL EM ABERTURA EM CARGA.


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CHAVE FUSÍVEL EM ABERTURA EM CARGA: Funcionamento


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Na abertura do contato o arco formado ficara no interior da câmara de


extinção, onde será gerado um gás deionizante proporcionando a extinção do
arco elétrico

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ACIONAMENTO DA CHAVE FUSÍVEL:

As chaves fusíveis unipolares normalmente são operadas através de varas de


manobras. A vara de manobra são constituídas de fibras de vidro e resina
epóxi em sua parte externa e sua parte interna é preenchida com poliuretano
expandido, que além de aumentar a estabilidade impede o acumulo de
umidade.
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CHAVE FUSÍVEL TANDEM:


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No lugar de umas das chaves é utilizado um porta fusível

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CHAVE FUSÍVEL TANDEM:

São utilizadas em instalações onde a necessidade de inspeção e


manutenção seja periódica, sem que haja interrupção do fornecimento de
energia.
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Basicamente, são construídas em cima de vigas de perfil U de aço zincado


aquente.

Os isoladores utilizados são do tipo pilar de porcelana vitrificada.

As facas são fabricadas em cobre eletrolítico de alta condutividade e


dispostas em paralelo dando resistência mecânica muito maior nas
correntes de curto circuito elevado.

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CHAVE FUSÍVEL: Fabricação

As chaves fusíveis são dotadas de um sistema de articulação do cartucho


cuja a construção é função do modelo do fabricante. Para as chaves
fusíveis aplicadas em rede de distribuição, a norma brasileira já
padronizou um sistema de articulação, bem como seus demais
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componentes.

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CARTUCHO OU PORTA FUSÍVEL

Conhecido popularmente como canela é o elemento principal e ativo da


chave fusível. Consiste em um tubo de fibra de vidro ou fenolite com
revestimento interno, este além de promover aumento da robustez do
tubo proporciona em parte na formação dos gases responsáveis pela
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interrupção do arco,

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CARTUCHO OU PORTA FUSÍVEL

Há dois tipos de cartuchos que se diferem pela força de evasão dos gases
no seu interior:
• Saída dos gases somente pela parte inferior do cartucho. Neste caso as
forças resultantes são bem elevadas e transmitidas ao isolador, às
ferragem e às estruturas das chaves.
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• Saída dos gases pelas duas extremidades do cartucho, neste caso a força
atuante na estrutura da chave é bem atenuada.

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ELO FUSÍVEL
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Fusível composto por liga metálica garantindo as características da curva


“Tempo x Corrente”. Os elos fusíveis de má qualidade constituem um grande
transtorno para as concessionarias e seus consumidores.

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ELO FUSÍVEL: Características Mecânicas


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O elo fusível deve ser construído de um material que não altere suas
características físicas e mecânica na passagem da corrente elétrica e com o
decorrer do tempo de utilização, as característica da curva tempo x corrente
tem que permanecer inalterada.

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ELO FUSÍVEL: Características Mecânicas

Elo fusível de botão:


São assim denominados aqueles que possuem na extremidade superior um
botão que deve ser preso na parte superior do porta fusível.
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ELO FUSÍVEL: Características Mecânicas

Elo fusível de argola:


São assim denominados aqueles que possuem nas extremidades superior e
inferior uma argola.
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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


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Os elos fusíveis são caracterizados pelas curvas de atuação Tempo x


Corrente que permite classifica-los em tipos, ex.:

• Elo fusível tipo H;


• Elo fusível tipo K;
• Elo fusível tipo T.

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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


Elo fusível tipo H:
É utilizado na proteção primária de transformadores de distribuição e
fabricado, geralmente, para correntes até 5A. Apresentam tempo de atuação
lento para altas correntes.
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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


Elo fusível tipo K:
É utilizado na proteção de redes aéreas de distribuição urbana e rurais, estes
são considerados fusíveis de atuação rápida.
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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


Elo fusível tipo T:
É utilizado na proteção de ramais primários de redes aéreas de distribuição,
estes são considerados fusíveis de atuação lenta.
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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


Para a correta utilização dos elos fusíveis nas redes de distribuição, deve-se
proceder à coordenação da proteção de vários elementos instalados ao longo
do alimentador. A regra normativa indica que o tempo máximo total de
interrupção do elo protetor não deva exceder a 75% do tempo de fusão do elo
protegido.
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Elo fusível Protegido

Elo fusível Protetor

Elo fusível Protetor

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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


Coordenação de fusíveis tipo K
Elo Fusível Protegido
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Elo Fusível Protetor

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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas


Coordenação de fusíveis tipo K e H

Elo Fusível Protegido K


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Elo Fusível Protetor H

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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas

Regras básicas para coordenação:

• O elo fusível protegido deve coordenar com o elo fusível protetor, para o
maior valor de corrente de curto-circuito ocorrida no ponto de instalação
do elo fusível protetor;
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• Os elos fusíveis do tipo H não devem ser utilizados em ramais primários


dos alimentadores, sua utilização é própria para proteção de transformado
res de distribuição;

• Reduzir ao mínimo o número de elo fusíveis dos alimentadores;

• Reduzir ao mínimo o tipo de elos fusíveis nos alimentadores.

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ELO FUSÍVEL: Características Elétricas

Regras básicas para coordenação:


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• A corrente nominal do elo fusível deve obedecer a equação:


• 𝑰𝒏𝒆 ≥, 𝟏𝟓 × 𝑰𝒎𝒄 , (A);
𝑰𝒇𝒕
• 𝑰𝒏𝒆 ≤ 𝟒
, (𝑨);
𝑰𝒎𝒄 𝑨
• 𝑲= ,
σ 𝑷𝒏 𝒌𝑽𝑨
.

• Onde:
• 𝑰𝒏𝒆 = Corrente nominal do elo fusível;
• 𝑰𝒎𝒄 = 𝐂𝐨𝐫𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚 𝐦á𝐱𝐢𝐦𝐚 𝐝𝐨 𝐚𝐥𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫;
• 𝑰𝒇𝒕 = Corrente de curto-circuito fase terra.
• K = Taxa de corrente

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Exemplo:

Calcular a coordenação do elos fusíveis instalados no alimentador abaixo. As


correntes de curto-circuito trifásicas e monofásicas são dadas no diagrama. A
corrente máxima medida no alimentador é de 16,9A.
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Exemplo:

Escolha dos elos fusíveis dos transformadores:


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Exemplo:

Dimensionamento do elo fusível do canal derivado no ponto 5.


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Exemplo:

Dimensionamento do elo fusível do canal derivado no ponto 5 coordenando


com o maior transformador de 225kVA
𝐼 16,9 16,0
K= σ𝑚𝑐 = = 817,5 = 0,02067𝐴/𝑘𝑉𝐴
𝑃 𝑛 112,5+150+75+225+150+30+45+30
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𝐼𝑛𝑒 = 1,5 112,5 + 150 + 75 + 225 + 150 × 0,02067 = 22𝐴

𝐼𝑓𝑡 122
𝐼𝑛𝑒 ≤ ≤ ≤ 30,5𝐴
4 4
𝐼𝑓𝑡 295
𝐼𝑛𝑒 ≤ ≤ ≤ 73,75𝐴
4 4

𝐼𝑐𝑐 = 650𝐴

𝐼𝑒𝑙𝑜 = 25𝑘

𝑁𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 𝐼𝑐𝑐 𝑑𝑒 25𝑘 = 840𝐴

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Exemplo:

Dimensionamento do elo fusível do canal derivado no ponto 3 coordenando


com o valor de curto-circuito no ponto 5
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Exemplo:

Dimensionamento do elo fusível do canal derivado no ponto 3 coordenando


com o valor de curto-circuito no ponto 5

𝐼 16,9 16,0
K= σ𝑚𝑐 = = 817,5 = 0,02067𝐴/𝑘𝑉𝐴
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𝑃 𝑛 112,5+150+75+225+150+30+45+30

𝐼𝑛𝑒 = 1,5 112,5 + 150 + 75 + 225 + 150 + 30 × 0,02067 = 22,9𝐴

𝐼𝑓𝑡 325
𝐼𝑛𝑒 ≤ ≤ ≤ 81,2𝐴
4 4

𝐼𝑐𝑐 = 810𝐴

𝐼𝑒𝑙𝑜 = 50𝑘

𝑁𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 𝐼𝑐𝑐 𝑑𝑒 50𝑘 = 1350𝐴

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Ensaios de Recebimento:

Os elos fusíveis devem ser ensaiados de acordo com a NBR 5359.


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• Ensaio de tipo:
• Suportabilidade mecânica;
• Elevação de temperatura;
• Características mínimas e máximas de fusão na curva tempo x
corrente;
• Verificação visual e dimensional;
• Resistência elétrica dom elo fusível;
• Verificação de fusão tempo x corrente após envelhecimento
acelerado;
• Verificação do tempo total de interrupção.
• Ensaios de rotina:
• Devem ser realizados todos os 6 primeiros ensaios de tipo.
• Ensaio de recebimento:
• Conforme ensaios de rotina.

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Especificação:

Especificação:
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No pedido de compra de um elo fusível devem constar no mínimo as


seguintes informações:
• Corrente nominal, em A;
• Tipo (K, H ou T);
• Modelo (de botão ou argola);
• Outros dados específicos, se for o caso de alguma aplicação
particular.

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