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Disciplina:
DISJUNTORES E FUSÍVEIS
Professor: Fiel Ribeiro Matola Filho
• S. O. Frontin, Equipamentos de alta tensão Prospecção e hierarquização de inovações tecnológicas , Goya Editora,
Brasília,
• A.C. C. Carvalho et al., Disjuntores e chaves: aplicação em sistemas de potência , EDUFF, Niterói, 1995;
• NBR - IEC 62271-100:2020 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 100: Al-ternating current circuit-breakers
• NBR - IEC/IEEE 62271-37-013:2021 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 37-013: Al-ternating-current
generator circuit-breakers;
• CIGRE WG 13.04, Asymmetrical current breaking tests , Electra, no. 132, pp. 109-125, 1990;
• D. Sinder, “ Método de cálculo da tensão de restabelecimento transitória para análise da superação de disjuntores de
alta tensão ,” dissertação de mestrado, COPPE/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
Prof.: Fiel Matola - E-mail:1333623@sga.pucminas.br - Tel.: (21)971705110
AULA 1: Conceitos, utilização, tipos, parâmetros principais (elétricos e mecânicos)
ESTABELECER ENERGIZAR
CORRENTES PRÉ-
INTERROMPER DEFINIDAS E DE CURTO
(EXTINÇÃO DE ARCO)
CONDIÇÕES DO SISTEMA
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
• Distâncias
• Estrutura Metálica
• Terminais
• Conectores
• Localização dos Armários de Controle
• Pintura
• Bloqueios mecânicos - KIRK
COMISSIONAMENTO
• Montagem
• Ensaios de Campo
• Operação Inicial
Em cada caso serão analisadas as sobretensões nos equipamentos devido às descargas atmosféricas que podem
atingir as linhas que chegam na subestação. Para tanto, serão utilizados os valores de NBI apresentados a saber:
Ps.: Este é um exemplo de fluxo fácil de calcular, porém, há estudos de fluxos com várias barras
que deverão ser verificados para escolha do disjuntor.
EX.: Imagine que os condutores inseridos na conexão desses disjuntores atende uma máxima
corrente em regime permanente de 300 A. Logo, seu relé deverá condicionar a abertura do seu
disjuntor à 300 A. Essas condições, assim como, a abertura de disjuntores em série é vista no
estudo de seletividade.
Considerando as correntes de curto-circuito podem ser consideradas como constituídas por uma componente
periódica e uma a periódica referidas respectivamente como CA e CC. Durante a interrupção de um curto-
circuito por um disjuntor trifásico, dependendo do tipo de falta, as correntes nas fases terão uma certa
assimetria. Como a atuação de cada disjuntor é independente dos demais, cada polo deve ser capaz de operar
satisfatoriamente em uma eventual ocorrência de valores desfavoráveis das componentes CA e CC em sua
respectiva fase. Os parâmetros a serem definidos para que a especificação garanta a operação correta do
disjuntor são ilustrados na figura abaixo:
Onde:
t1 - instante de ocorrência de falta.
t2 - instante de energização da bobina de abertura do disjuntor.
t3 - instante de separação dos contatos dos contatos do disjuntor.
t4 - instante de interrupção de corrente.
tp - instante de atuação da proteção.
tab - instante de abertura do disjuntor.
tarc- instante de duração do arco elétrico.
ti - instante de interrupção da falta pelo disjuntor.
te - instante de estabelecimento.
Ie - corrente de estabelecimento.
ICA(pico) - valor de crista da componente CA da corrente de falta(=√2 * ICA(eficaz)).
ICC0 -valor inicial da componente CC da corrente de falta(notar que, para a
condição de máxima assimetria admitida, ICCO = ICA).
ICC - valor da componente CC da corrente de falta no instante da separação dos
contatos do disjuntor.
O ângulo de fechamento sobre a onda de tensão no momento do curto-circuito afeta o valor da primeira crista
de corrente que vai acontecer. Os valores de reatâncias e resistências fazem que a primeira crista de corrente,
quando não estamos muito próximos a geradores, seja da ordem de 2,5 a 2,6 vezes o valor da corrente eficaz.
Usualmente no mercado o valor de assimetria 2,6 é o mais utilizado na alta tensão.
A norma determina que a componente CC da corrente de falta, no instante de separação dos contatos do
disjuntor, seja especificada em porcentagem do valor inicial ICC0 e que o menor tempo possível de abertura
seja considerado para a definição desta componente , juntamente com um tempo de atuação da proteção de
0,5 ciclo.
Sendo t o tempo contado a partir do curto circuito e τ a constante de tempo do curto circuito visto dos
terminais do disjuntor, temos o valor da componente CC variando ao longo do tempo segundo a exponencial:
Embora diferentes valores da relação X/R possam ser calculados para diferentes disjuntores da subestação, é
conveniente que todos de mesma tensão nominal sejam especificados para a mesma componente CC,
correspondendo à maior relação X/R dentre ele.
Caso os valores de X/R sejam menores que 17,0, recomenda-se adotar τ=45 ms para o cálculo da componente
CA, correspondendo a um decaimento de 20% em 10 ms.
Porém, a norma menciona valores alternativos para casos especiais, conforme a tensão nominal do disjuntor:
120ms para Ur≤ 53kV; 60ms para72,5 ≤Ur≤ 420kV e 75 ms para Ur=550kV e Ur=800 kV. Em vista da constante
de tempo considerada na definição da componente aperiódica de um disjuntor estar relacionada a sua
capacidade de interrupção nominal em curto, com uma corrente simétrica de curto-circuito inferior à
capacidade nominal do disjuntor, se for esperado constante de tempo superior a 45 ms, pode-se cobrir o caso
pelo ensaio de corrente nominal de curto-circuito assimétrica usando uma constante de tempo de 45 ms.
Para 500kV, por exemplo, a maior corrente de curto é de 25,18kA simétrica e 64,93kA assimétrica o que nos daria um fator de assimetria de 2,578. Como no SIN há
uma obrigatoriedade de utilizarmos 50kA (a corrente de curto Simétrica) no mínimo para 500kV, poderíamos comprar um disjuntor de fator de assimetria 64,93/50 = 1,3
se quiséssemos, pois obrigatoriamente deve ser 50kA. Se estivéssemos fora do sistema interligado nacional, poderíamos comprar um disjuntor de 26kA com fa=2,6.
Respeitando os critérios definidos pelo ONS dos seus Procedimentos de Rede(Diretrizes e Critérios para Estudos
Elétricos), que determina que o sistema deverá ser estável para falta monofásica sem religamento, considerando
a perda de u(tensão) de seus elementos e admitindo-se os tempos máximos(te) definidos na tabela abaixo para
eliminação de defeitos(te=tempo de atuação da proteção(tp)+tempo de interrupção de falta pelo disjuntor(tp)):
Pela tabela, verificamos que o uso de disjuntores de 5 ciclos seria aceitável , pelos
critérios do ONS, para sistemas de 138 a 550 kV, admitindo-se tp ≤1 ciclo. Porém,
vista a capacidade atual dos disjuntores de interromper as faltas em menos de 5
ciclos, a conveniência desta e a evolução histórica do sistema brasileiro,
recomenda-se especificar ti = dois ciclos para todos disjuntores de 750 e 500 kV.
Para 345 e 230 kV podendo especificar ti = três ciclos. E para tensões menores que
138kV é usual especificar ti= cinco ciclos.
No que se refere ao arranjo dos barramentos da subestação, observa-se que a depender da disposição
esquemática dos disjuntores, pode haver distinção no número (ou potência reativa) das células capacitivas
necessárias para minimização da taxa de crescimento de um ou mais equipamentos . Este tipo de procedimento
em geral não proporciona alterações no valor máximo da TRT. Em relação aos estresses dielétricos na câmara de
extinção, se o valor de pico da TRT é superior ao limite regido por norma, são adotadas restrições relacionadas a
patamares específicos de carga, transferência de comando de abertura (trip) ou, mais comumente, o
equipamento é substituído por outro de classe de tensão superior.
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TRT
A corrente de curto circuito que flui
através dos contatos do disjuntor causa as
seguintes solicitações:
Kpp=1,5
• A abertura de faltas quilométricas representa uma operação particularmente difícil para o disjuntor, pois essa
condição combina uma corrente de falta de valor elevado a uma taxa de crescimento da TRT mais alta que a
que se verificaria em caso de falta junto aos terminais do disjuntor Vale lembrar que nos disjuntores a
suportabilidade à taxa de crescimento da TRT é menor para as correntes mais elevadas;
• A figura abaixo ilustra uma falta monofásica em um sistema solidamente aterrado O sistema do lado da fonte é
representado por uma tensão fase neutro U s e uma reatância equivalente X s A linha de transmissão é
representada pela associação de elementos indutivos e capacitivos em cascata, caracterizada por um valor X L
(por unidade de comprimento) de reatância e por um valor Z correspondente à impedância de surto.
A abertura em discordância de fases é determinada pela operação da proteção, causada pela circulação de altas
correntes, da ordem de grandeza das correntes de curto circuito, pelos elos existentes;
Envoltória Carga:
O fechamento de linhas de transmissão longas pode dar lugar ao aparecimento de sobretensões elevadas na
extremidade ainda desconectada, devido à superposição da duplicação da tensão causada pelas reflexões ao
efeito Ferranti. A utilização de resistores de fechamento com um valor próximo da impedância de surto da linha
serve para evitar as sobretensões. A prática usual é especificar uma faixa de valores ôhmicos e o tempo de
inserção mínimo dos resistores destinados a essa aplicação.
Verifica-se qual curva será usada= 28kA/40kA = 70%, usaremos curva T100 para um disjuntor de kpp=1,3.
2)Segunda forma: Dimensionar um disjuntor de 50kA, logo 28kA/50kA = 56%, usaremos a curva T60 para um
disjuntor de kpp=1,3 ; TRT passa, pois tabela tem 478kV
Valor do TRT 1,3 = 446kV, logo para TRT 1,5 = 446*1,5/1,3 = 514,61kV que é maior que 477kV.